anais iii conlid
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Ana Maria de Carvalho Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares
(organização)
PRÁTICAS DISCURSIVAS, LINGUAGENS E ENSINO
Anais do III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso
Mossoró-RN, 04 a 06 de dezembro de 2013
CADERNO DE RESUMOS
Ana Maria de Carvalho Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares
(organização)
PRÁTICAS DISCURSIVAS, LINGUAGENS E ENSINO
Anais do III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso
Mossoró-RN, 04 a 06 de dezembro de 2013
CADERNO DE RESUMOS
Práticas discursivas, Linguagens e Ensino: II Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso
Francisco Paulo da Silva (Coordenador Geral)
Ana Maria de Carvalho; Lúcia Helena de Medeiros da Cunha Tavares (Organizadoras dos Aanais)
Capa, projeto gráfico, editoração eletrônica e diagramação
Geilson Fernandes de Oliveira
Comissão Científica
Alexandre Bezerra Alves (UERN); Aluísio Barros de Oliveira (UERN); Ana Maria de Carvalho (UERN); Cláudia Rejane
Pinheiro Grangeiro (URCA); Emílio Soares Ribeiro (UERN); Francisca de Fátima Araújo Oliveira (UERN); Francisca
Otília Neta (UERN); Francisca Vilani de Souza (UERN); Gilberto de Oliveira Silva (UERN); Gilson Chicon Alves
(UERN); Gilton Sampaio de Souza (UERN); Isadora Valencise Gregolin (UFSCAR); Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho
(UERN); Ivone Tavares Lucena (UFPB); José Gevildo Viana (UERN); José Roberto Alves Barbosa (UERN); Keyla
Maria Frota Lemos (UERN); Lucas Vinício de Carvalho Maciel (UERN); Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares
(UERN); Maíra Fernandes Martins Nunes (UFCG); Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (UERN); Maria do Socorro
da Silva Batista (UERN); Maria Regina Barakuhy Leite (UFPB); Moisés Batista da Silva (UERN); Monica da Silva Cruz
(UFMA); Nilton Milanez (UESB); Dr. Raimundo Leontino Leite Gondim Filho (UERN); Silvia Maria Costa Barbosa
(UERN); Stélio Torquato Lima (UFC)
Revisão
Os textos aqui apresentados foram os selecionados pela comissão científica que compõe esta publicação e integraram o
III CONLID. Cada autor foi responsável pela revisão de seu próprio texto e por ele responde por quaisquer questões e/ou
atos que venham a ser levantados.
Edição – 2013
ISBN 978-85-7621-077-1
Reitor
Pedro Fernandes Ribeiro Neto
Vice-Reitor
Aldo Gondim Fernandes
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
João Maria Soares
Editora Chefe
Marcília Luzia Gomes da Costa
Conselho Editorial
João Maria Soares; Eduardo José Guerra Seabra; Humberto Jefferson de Medeiros; Sérgio Alexandre de Morais
Braga Júnior; Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares; Bergson da Cunha Rodrigues
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 29
GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
A TRANSCRIAÇÃO DA IMAGEM DO ESPELHO NO FILME WILLIAM WILSON 30 Evaldo Gondim dos Santos; Maria da Luz Duarte Leite Silva
ANÁLISE MULTIMODAL DE UM FOLDER DO BANCO DO BRASIL 31
Antônio Felipe Aragão dos Santos
AS PRINCESAS CONTINUAM AS MESMAS? AS TRANSFORMAÇÕES DAS
PRINCESAS DISNEY NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
32
Edja Lemos Fernandes; Daiany Ferreira Dantas
CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO DISCURSO E FORMAÇÕES DISCURSIVAS: UMA
ANÁLISE DA PROPAGANDA “O BOTICÁRIO” DIA DOS NAMORADOS
33
Leila Emídia Carvalho Fontes Cardoso; Marlon Ferreira de Aquino
O FILME CASTLE FREAK ENQUANTO UMA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO
CONTO O INTRUSO, DE H. P. LOVECRAFT
34
Emílio Soares Ribeiro; Jorge Witt de Mendonça Júnior
O GÓTICO EM THE SANDMAN 35
Paulo José Cavalcanti Holanda; Emílio Soares Ribeiro
O GROTESCO FEMININO NAS TIRINHAS DA QUADRINISTA CHIQUINHA 36
Marilia Gabriela Nascimento França; Daiany Ferreira Dantas
GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
A ADAPTAÇÃO DE MENINA DE OURO PARA O CINEMA 37
Francisca Jucélia da Silva
A INTERLOCUÇÃO DE TRISTRAM SHANDY COM A LITERATURA BRASILEIRA: O
CASO BRÁS CUBAS
38
Maria Valeska Rocha da Silva
AMOR, PECADOS E MORTES: A RELAÇÃO ENTRE ESSES ELEMENTOS NA OBRA
LA CELESTINA
39
Erivaneide Pereira da Silva; José Rodrigues de Mesquita Neto
BREAK ON THROUGH: A DUALIDADE E ALUSÕES À BÍBLIA DE JIM MORRISON E
WILLIAM BLAKE
40
Gilvan Lima Silva
O CONTEXTO HISTÓRICO E OS CONFLITOS RETRATADOS ATRAVÉS DO
REALISMO MÁGICO NA OBRA: PEDRO PÁRAMO DE RUAN RULFO
41
Maria Dayane de Oliveira; Maria Jackeline Rocha Bessa; Marta Jussara Frutuoso da Silva
O PRAZER DE LER: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE LEITORES
LITERÁRIOS DE ALUNOS DE ESPANHOL
42
Jozadaque Pereira da Cunha; Maria Michele Colaço Pinheiro
O TEATRO DO ABSURDO ONTEM E HOJE 43
Isabela Feitosa Lima Garcia; Nathalia Bezerra da Silva Ferreira; Francisco Carlos Carvalho da
Silva
O TEXTO LITERÁRIO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O APRENDIZADO
DE LÍNGUA ESPANHOLA
44
Maria Michele Colaço Pinheiro; Jozadaque Pereira da Cunha
OS CRIMES COMETIDOS POR AMARO VIEIRA EM O CRIME DO PADRE AMARO –
EÇA DE QUEIRÓS
45
Emanuele Camila Gomes Ferreira; Fernanda Aparecida Alves da Costa
OS REFLEXOS POLÍTICOS NA OBRA CANTO GERAL DE PABLO NERUDA 46
Francisca Aldilene Alves; Marta Jussara Frutuoso da Silva
SOR JUANA E GREGÓRIO DE MATOS: CONFLUÊNCIAS TEMÁTICO-BARROCAS 47
Leila Maria de Araújo Tabosa; Ciro Soares dos Santos
SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ: EXPRESSÃO DE AMOR E DE DEVOÇÃO AO
CONHECIMENTO
48
Andresa Soares Carvalho; Ciro Soares dos Santos
GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
A AUTORIDADE QUE TRANSITOU: UM ESTUDO SOBRE OS DISCURSOS DE
SUJEITO-PROFESSOR E SUJEITO-ALUNO A PARTIR DAS RELAÇÕES DE PODER
EM SALA DE AULA
49
Carolina Coeli Rodrigues Batista
A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DO IDEB E SEUS EFEITOS NA CONSTITUIÇÃO DA
IDENTIDADE DA ESCOLA E DO PROFESSOR
50
Elaine da Silva Reis
A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA 51
Dalva Pereira Barreto de Araújo; Mayane Santos Amorim
A IMAGEM DOS ALUNOS SOBRE A PRODUÇÃO DE TEXTOS: OLHARES DO
PROFESSOR E DOS ALUNOS-BOLSISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
52
Manoel Guilherme de Freitas; Antônia Cláudia de Lucena; Eliane Fabiana Peixoto de Queiroz; José
Adalberto Silva Pereira
A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA QUALIDADE DE ENSINO E NO PROCESSO DE
DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA
53
Geniclébia de Oliveira Augusto; Jonas Leonardo Mesquita de Amorim; Francisca Otília Neta;
Orientadora: Arilene Maria Soares de Medeiros
ANÁLISE DAS EMENTAS DE LITERATURA NA GRADUAÇÃO: VOZES DA RELAÇÃO
LITERATURA E ENSINO USP E UERN
54
Afrânio Gurgel de Lucena; Maria Edileuza da Costa
ARTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POSSIBILIDADES DE
DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA
55
Maria do Socorro da Silva Batista; Roberlilson Paulino da Silva
AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, LINGUAGEM... NOS DISCURSOS DE ALUNOS
CONCLUDENTES EM LETRAS
56
José Marcos de França
AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
57
Claudia Janaina Galdino Farias
AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: UMA REALIDADE A SER
ANALISADA A PARTIR DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
58
Maria Clivoneide de Freitas Freire; Maria de Fátima de Carvalho Dantas; Maria Bonfim Gonçalves
BLOG: UMA FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO INOVADOR 59
Maria Francilene Câmara Santiago
COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: O TEXTO PUBLICITÁRIO NO PROCESSO
EDUCOMUNICATIVO
60
Anadelly Fernandes Pereira Alves
CONSTRUÇÃO DO GÊNERO PROJETO DE PESQUISA EM TURMAS DE
GRADUAÇÃO EM LETRAS
61
Joseane Campêlo da Silva; Profa. Orientadora Drª. Ana Maria de O. Paz
ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL 62
Iranilson Pereira de Melo
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO NO
PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR
63
Raniere Marques de Melo
FORMAÇÃO DOCENTE, INICIAL E CONTINUADA: O QUE PENSAM PROFESSORAS
COM FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA SOBRE ESSAS QUESTÕES?
64
Claudia Janaina Galdino Farias
GLOBALIZAÇÃO, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO: O DISCURSO MERCANTILISTA DAS
INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO EM NATAL/RN SOB A PERSPECTIVA DA
ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO
65
João Batista da Costa Júnior
LEITURA X CONDIÇÂO HUMANA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA 66
Altaíza Rosângela da Silva Pereira; Maria Lúcia dos Santos
LETRAMENTO DIGITAL: UM OLHAR SOBRE O DOCENTE NO USO DAS
TECNOLOGIAS E DAS MÍDIAS NA CONTEMPORANEIDADE
67
Raimunda Valquíria de Carvalho Santos; Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria de Oliveira Paz
LITERATURA INFANTIL: CONSTRUINDO SIGNIFICADOS E DESPERTANDO O
IMAGINÁRIO
68
Maria Carmem Silva Batista
O DISCURSO RELIGIOSO: DA INTERDISCURSIVIDADE AOS EFEITOS DE SENTIDO 69
Manoel Guilherme de Freitas; Josefa Christiane Mendes Martins
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES:
VISÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA CAMPOS CENTRAL/UERN
70
Antonia Maíra Emelly Cabral da Silva Vieira
O PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE E O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM DO ALUNO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO IDEB
71
Maria da Luz Duarte Leite Silva; Maria Macivânia da Costa
O TRABALHO COM A IMAGEM EM CONTEXTO ESCOLAR: REPRESENTAÇÕES DE
UMA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA
72
Ana Cláudia Soares Pinto
POR QUE (NÃO) ENSINAR LITERATURA POTIGUAR NA ESCOLA? 73
André Magri Ribeiro de Melo; Jaiza Lopes Dutra Serafim; Kuesia de Farias Freitas Mendes; Lílian
de Oliveira Rodrigues
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM 74
Charles Carlos da Silva; Diego Dias de Queiroz; Maria da Paz de Aquino Amorim
“QUE SAUDADES DA PROFESSORINHA...”: VOZES DA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA DE
SÃO JOSÉ DA LAGOA TAPADA – PB
75
Rozilene Lopes de Sousa
TEXTO LITERÁRIO E ENSINO: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO PROPOSTA DE
ENSINO PARA OS CONTOS MACHADIANOS
76
Elizabeth Nascimento de Lima; Iranildo Mota da Silva
GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA
A ESCOLA ESPECIALIZADA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO MUSICAL PLURAL:
UM PANORAMA GERAL PARA UM ESTUDO SINGULAR NA EMUFRN
77
Ana Claudia Silva Morais; Carolina Chaves Gomes
DIVISÕES RÍTMICAS EM GRÁFICOS ESPAÇO-TEMPORAIS 78
Antônio Carlos Batista de Souza
ENSINO E APRENDIZAGEM DE MÚSICA: CORAL INFANTO JUVENIL SEMENTINHA
(NATAL/RN)
79
Priscila Gomes de Souza
FORMAÇÃO MUSICAL ESPECIALIZADA E PROPOSTA CURRICULAR: REFLEXÕES
E DESAFIOS NA CONTEMPORANEIDADE
80
Isac Rufino de Araújo
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA ESPECIALIZADA NA EMUFRN 81
Ana Claudia Silva Morais; Carolina Chaves Gomes
GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
A APRENDIZAGEM DOS PRETÉRITOS PERFECTO SIMPLE E PERFECTO
COMPUESTO POR MEIO DE NOTICIAS DE JORNAL ONLINE, EL EXCÉLSIOR
82
André Silva Oliveira; Germana da Cruz Pereira
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE NO ENSINO DO ESPANHOL COMO
LÍNGUA ESTRANGEIRA
83
Marta Regina de Oliveira
A LITERATURA E SUAS POSSIBILIDADES: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ENSINO DE
ESPANHOL
84
Bruno Rafael Costa Venâncio da Silva; Josilene Pinheiro-Mariz
A MÚSICA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO APRENDIZADO DE IDIOMAS 85
Rosivânia Maria da Silva
A TEXTUALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE ESPANHOL COMO REQUISITO
FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM E/LE: UMA ANÁLISE DE MATERIAL
86
Carlos Henrique da Silva
ANÁLISE DE ERROS E INTERLÍNGUA: ESTUDO DO EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES
EM TEXTOS DE ALUNOS BRASILEIROS
87
Pedro Adrião da Silva Júnior; Yordanys González Luque
ENSINO DE ESPANHOL À DISTÂNCIA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS
PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DA COMPREENSÃO E PRODUÇÃO
ORAL
88
Luanna Melo Alves; Samuel de Carvalho Lima
MÍDIAS DIGITAIS: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LE ATRAVÉS DAS REDES
SOCIAIS
89
Rosivânia Maria da Silva
PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS BRASILEIROS E ANÁLISE DE ERROS: USOS
EQUIVOCADOS DOS ARTIGOS
90
Pedro Adrião da Silva Júnior; Yordanys González Luque
GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-
LÍRICO
A CONDIÇÃO HISTÓRICA DE PRODUÇÃO E AUTORAL DAS OBRAS CANÔNICAS
OS MISERÁVEIS E O CONDE DE MONTE CRISTO
91
Bárbara Raquel Abreu F. Lima
A FORTALEZA DE ÂNGELA GUTIÉRREZ: UMA LEITURA DE O MUNDO DE FLORA 92
Maria Valdenia da Silva
A POESIA CONTEMPORÂNEA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SUA ABORDAGEM EM
SALA DE AULA
93
Keyla Freires da Silva; Roberto Bezerra de Menezes
CONFLITOS DE UM AMANUENSE: EU QUE NARRO, QUEM SOU? 94
Keynesiana Macêdo Souza; Rosanne Bezerra de Araújo
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE CAETÉS, DE GRACILIANO RAMOS 95
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
DA ESTÉTICA DA TEATRALIDADE: APRESENTANDO O DIÁRIO ÍNTIMO DE
FLORBELA ESPANCA
96
Abraão Vitoriano de Sousa
DA TRADIÇÃO À MODERNIDADE: ANÁLISE DA POSTURA DO NARRADOR EM AI
JESUS! E O IDIOTA
97
Maria Betânia Peixoto Monteiro da Rocha
ENTRE O FÍSICO E O SIMBÓLICO: REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA O
FEMININO EM MARINA COLASANTI
98
Nathalia Bezerra da Silva Ferreira; Isabela Feitosa Lima Garcia
FITA-VERDE NO CABELO EM DIÁLOGO COM OS CONTOS MARAVILHOSOS E AS
CIRCUNSTÂNCIAS SÓCIOCULTURAIS DA ATUALIDADE
99
Jaquelânia Aristides Pereira
HAROLDO DE CAMPOS E GREGÓRIO DE MATOS, LEITORES DO ECLESIASTES OU
O NEOBARROCO LÊ O BARROCO
100
Ciro Soares dos Santos; Leila Maria de Araújo Tabosa
IRONIA, DÚVIDA E MORTE NOS FRAGMENTOS DO POETA JOÃO LINS CALDAS 101
Cássia de Fátima Matos dos Santos
LITERATURA CONTEMPORÂNEA X CONDIÇÃO HUMANA 102
Ivanete Dias Queiroz Costa; Maria Lúcia dos Santos
MÁSCARAS DA MORTE NO CONTO “A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA”,
DE GUIMARÃES ROSA
103
Antonia Marly Moura da Silva; Rosaly Ferreira da Costa Santos
MODOS DE FIGURAÇÃO NO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO – SOBRE A
PERSONAGEM EM CLARABOIA
104
Pedro Fernandes de Oliveira Neto
O ARADO COMO METÁFORA DO AMOR 105
Janaina Silva Alves
O NARRADOR SILENCIADO: VOZES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA EM PEPETELA 106
Marília Maia Saraiva
PERFUMES E SÍMBOLOS: A REVELAÇÃO DOS PERFUMES, DE GILKA MACHADO, E
O SIMBOLISMO FRANCÊS
107
Maria Graciele de Lima
TEATRO DE ILUSÕES: A SUTILEZA DO NARRADOR 108
Nayara Martina Freire
GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
AS REDES SOCIAIS E A VEICULAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MUNDO 109
Almirene Maria Vital da Silva Sant’anna; Maria Rosane Passos dos Santos
ASPECTOS INTERDISCURSIVOS PRESENTES NAS PROPAGANDAS DA DULOREN 110
Edilene Leite Alves; Maria da Luz Duarte Leite Silva; Maria Macivania da Costa
ATAQUE COM ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA: O DISCURSO DA GUERRA E AS
ESTRATÉGIAS DE AFRONTAMENTO NO JORNALISMO
111
Allan Erick Sales Fernandes
DESAFIO DOS GÊNEROS DIGITAIS NO MEIO EDUCACIONAL 112
Joana D’arc Moreira de Souza; Elizabeth Maia Cardoso
DISCURSO, SUJEITO, MÍDIA E INTERDIÇÃO: A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE
FEMININA NAS PROPAGANDAS DE CERVEJAS
113
Laura Barreto
DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O JORNALISMO COMO
PONTE ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE; A MÍDIA E OS DESAFIOS DA
TRANSDISCIPLINARIDADE
114
Bárbara Raquel Abreu F. Lima
DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA
ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA
115
Francisco Vieira da Silva; Regina Baracuhy
EMBATE MIDIÁTICO, LUTAS E CONQUISTAS:
A REVOLTA DO BUSÃO E AS JORNADAS DE JUNHO EM NATAL/RN
116
Modesto Cornélio Batista Neto; Weslley Mayron Cunha Pacheco
GÊNERO CRÔNICA NO JORNAL IMPRESSO ‘DE FATO’: ESPAÇO E
CONSIDERAÇÕES
117
José de Paiva Rebouças; Márcia de Oliveira Pinto
IDEOLOGIA DO COTIDIANO E IDEOLOGIA OFICIAL NO PROCESSO DE
AGENDAMENTO DO DISCURSO DA IMPRENSA SOBRE A RESISTÊNCIA DE
MOSSORÓ AO BANDO DE LAMPIÃO
118
Cid Augusto da Escóssia Rosado
INFÂNCIA NA SOCIEDADE DO CONSUMO 119
Maria Soberana de Paiva; Karlla Christine Araújo Souza; Jucieude de Lucena Evangelista; Márcia
de Oliveira Pinto
NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO
CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI
120
Patrícia Gomes de Mello Sales; Francisco Vieira da Silva
O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO
ROSALBA CIARLINI
121
Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo
POR UMA DEFINIÇÃO CRÔNICA 122
Márcia de Oliveira Pinto
UMA ABORDAGEM DA TERCEIRA VERSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE
DIREITOS HUMANOS NA MÍDIA
123
Pedro Henrique da Silva Filgueira
GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA BAIANA: PROCESSOS DE IDENTIDADE ATRAVÉS
DA RELAÇÃO ENTRE DISCURSO E IDEOLOGIA
124
Reginete de Jesus Lopes Meira; Palmira Virgínia Bahia Heine
A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER MODOS DE SUBJETIVAÇÃO E AS PRÁTICAS
DISCURSIVAS
125
Gesiel Prado
A MÍDIA E O DISCIPLINAMENTO DO SUJEITO: OS DISCURSOS SOBRE O CORPO
NA PÓS-MODERNIDADE
126
Reinaldo Alves Teixeira
A MULHER NAS PROPAGANDAS DA SKY 127
Rosamaria da Silva
A PALAVRA INTERTIDADA NAS CARTAS DE CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
NAZISTA
128
Plinio Pereira Filho
A REPRESENTAÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E AS VONTADES DE
VERDADE ATRAVÉS DAS IMAGENS PROPAGADAS
129
Luciana Fernandes Nery; Carla Jeane S. Ferreira e Costa
A REPRESENTAÇÃO DISCURSIVA DA MULHER NO GÊNERO CHARGE 130
Almirene Maria Vital da Silva Sant’Anna; Maria Rosane Passos dos Santos
ANÁLISE DO DISCURSO E A PESQUISA NA ENFERMAGEM 131
Deivson Wendell da Costa Lima; Alcivan Nunes Vieira
ANÁLISE INTERDISCURSIVA LITERO-RELIGIOSA EM O LEÃO, A FEITICEIRA E O
GUARDA-ROUPA
132
Alaide Angélica de Menezes Cabral Carvalho; José Roberto Alves Barbosa
DISCURSIVIDADE: REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS NA POLÊMICA SOBRE O
LIVRO DIDÁTICO “POR UMA VIDA MELHOR”
133
Flágila Marinho da Silva Lima
DISCURSO E MÍDIA: OLHARES TRANSVERSOS SOBRE A CIDADE DE SÃO LUÍS EM
SEUS 400 ANOS
134
Juliana Matos Lavra
DISCURSO E PRODUÇÃO DE IDENTIDADE FEMININA: O TRABALHO EM 135
DESTAQUE NA MÍDIA
Márcia Bezerra de Morais
É DO TANQUINHO QUE ELES GOSTAM MAIS: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO GAY
NA REVISTA JÚNIOR
136
Paulo Aldemir Delfino Lopes
E FORAM FELIZES PARA SEMPRE? UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE OS
CONTOS DE FADAS NA ÓTICA DA ARTISTA CANADENSE DINA GOLDSTEIN
137
Edjane Gomes de Assis
“É PRETINHA, MAS É GENTE FINA”: ASPECTOS DA HETEROGENEIDADE
DISCURSIVA NO DISCURSO DE UMA DOCENTE NEGRA
138
Francisca Ramos-Lopes; Dayane Priscila Pereira de Souza
“EM DEFESA DO HOMOSSEXUALISMO”: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DOS
EFEITOS DE SENTIDO E DA CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS
139
Francicleide Liberato Santos; Aloísio de Medeiros Dantas
“ESCRITOR É COISA DE PROFISSIONAL”: IDENTIDADE, LETRAMENTO(S) E
LITERATURA
140
Sahmaroni Rodrigues de Olinda
FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA DISCURSIVA 141
Ivanilda Rocha dos Santos; Anderson de Carvalho Pereira
MÍDIA E PRODUÇÃO DISCURSIVA DAS IDENTIDADES DA MULHER
TRABALHADORA NA CONTEMPORANEIDADE
142
Márcia Bezerra de Morais
MODO DE SUBJETIVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NO DISCURSO DA
TATUAGEM
143
Edileide Godoi; Regina Barachuy
MODOS DE SUBJETIVAÇÃO EM CONTOS PROIBIDOS DE MARQUÊS DE SADE 144
Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento; Karoline Machado Freire Pereira
MODOS DE SUBJETIVAÇÃO FEMININA NAS RELEITURAS DE CONTOS INFANTIS
PARA O CINEMA
145
Luiza Helena Praxedes Fernandes
MULHER E SEXUALIDADE NA REVISTA NOVA: EFEITOS DE MEMÓRIA 146
Valéria Batista Costa; Aline Peixoto Bezerra
NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO DE
NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA
147
Elielder de Oliveira Lima
NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR – UMA ABORDAGEM DISCURSIVA SOBRE A
LINGUAGEM PUBLICITÁRIA
148
Heder Rangel
NOVOS SUBSTRATOS DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA SOBRE O FEMININO: A 149
SUBVERSÃO DA IMAGEM DA MULHER MODERNA EM MULHERES ALTERADAS,
DE MAITENA
Ana Carolina Souza da Silva Aragão
O PAPEL DA MEMÓRIA NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO DA PROPAGANDA
IMPRESSA
150
Marcia Rita dos Santos Sales
ORDEM NO DISCURSO: INTERDIÇÃO À “DEVASSA”- SEXUALIDADE COM
MODERAÇÃO
151
Cleide Regina Rodrigues
OS GRITOS DO SILÊNCIO: EM FOCO A EAD 152
Francineide Ferreira de Morais
PICHAÇÕES DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS, PRÁTICAS DISCURSIVAS E
IDENTITÁRIAS?
153
Camila Tavares dos Santos
POR QUE OS ALUNOS (NÃO) QUEREM LER: AS FORMAS DE RESISTÊNCIA NAS
AULAS DE LEITURA
154
Ângela Maria Leite Aires; Luciana Fernandes Nery
PÓS-ESTRUTURALISMO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR A LUTA SOCIAL
DE GÊNERO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM
155
Gustavo Cândido Pinheiro; Dina Maria Martins Ferreira
PRÁTICAS DISCURSIVAS E VONTADES DE VERDADE: ANÁLISE DO ESTEREÓTIPO
DO GORDO NAS REDES SOCIAIS
156
Carolina Coeli Rodrigues-Batista
REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DE EMPODERAMENTO DO SUJEITO EM
ESCOLAS PÚBLICAS DE CONCEIÇÃO DO JACUÍPE - BA
157
Adriana Reis; Carla L. C. Borges
RELAÇÕES DE PODER NO DISCURSO POÉTICO DE ANTÔNIO FRANCISCO:
DESVELANDO IDENTIDADE(S) DO NORDESTE/NORDESTINO
158
Jocenilton Cesário da Costa; José Gevildo Viana
RELATOS HISTÓRICOS EM MEMÓRIAS DO CARCERE: SUJEITO, PODER E
RESISTÊNCIA NA PERSPECTIVA DE MICHEL FOUCAULT
159
Margarete Solange Moraes
REPRESENTAÇÕES DA CIDADE DE FORTALEZA ÀS PÁGINAS DO CADERNO DE
CULTURA DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE
160
Emias Oliveira da Costa; Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho
RETRATOS DE MOSSORÓ EM PRÁTICAS DISCURSIVAS: EFEITOS DE SENTIDO
SOBRE A CIDADE NO DISCURSO IMAGÉTICO
161
Jailson Alves Filgueira; Francisco Paulo da Silva
UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM FEMININA NA REVISTA HOY MUJER 162
Ana Maria de Carvalho; Aline Alves de Meneses
UMA ESQUIZOANÁLISE DISCURSIVA DAS TÉCNICAS DE SI DA TRAVESTILIDADE 163
Emanoel Raiff Gomes da Nóbrega Filho
GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
A CONSTITUIÇÃO DA AUTORIA EM TEXTOS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO 164
Hubeônia Morais de Alencar
A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DA ARTICULAÇÃO DOS
GÊNEROS DO DISCURSO
165
José Válter Rebouças; Mikaeli Cristina Macêdo Costa
A ORGANIZAÇÃO LINGUÍSTICA E A RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA NOS
TEXTOS PRODUZIDOS PELOS CANDIDATOS AO PSV 2010 DA UFRN
166
Elis Betânia Guedes da Costa; Maria das Graças Soares Rodrigues
A VITRINE IDEOLÓGICA DO JORNALISMO: UMA ANÁLISE DOS MECANISMOS
ENUNCIATIVOS NOS EDITORIAIS
Elizabeth Nascimento de Lima; Iranildo Mota da Silva
167
AINDA DISCUTINDO GÊNEROS TEXTUAIS: AFINAL, OUTDOOR, REVISTA E
JORNAL SÃO GÊNEROS OU SUPORTES?
168
Agenilda França Santos
CONJUNTOS E SISTEMAS DE GÊNEROS: UMA INTER-RELAÇÃO
TEXTUAL/DISCURSIVA NOS GÊNEROS BOLETIM DE OCORRÊNCIA ELETRÔNICO,
TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA E INQUÉRITO POLICIAL
169
Erivaldo José da Silva
EM TORNO DO CONCEITO DE GÊNEROS DO DISCURSO/TEXTUAIS: DIÁLOGOS
ENTRE O CÍRCULO DE BAKHTIN E O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO
170
Débora Maria da Silva Oliveira
FICAR E NAMORAR: FRAMES E MODELOS CULTURAIS NA PRODUÇÃO DO
GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO
171
Milton Guilherme Ramos
GÊNEROS DISCURSIVOS NARRATIVOS: COMPARANDO DOSTOIÉVSKI E
REDAÇÕES DO VESTIBULAR UNICAMP
172
Lucas Vinício de Carvalho Maciel
GÊNEROS DISCURSIVOS/GÊNEROS TEXTUAIS: CONVERGÊNCIAS E
DIVERGÊNCIAS
173
Indneide Dannyelle Maria Luzziara Araújo de Melo Medeiros; Raimunda Valquíria de Carvalho
Santos
GÊNEROS DO DISCURSO NA ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO: CONCEPÇÕES
TEÓRICAS SUBJACENTES
174
Adiniz Mendes da Silva Júnior
GÊNEROS TEXTUAIS: SUGESTÕES TEÓRICAS INICIAIS 175
Jaciara Limeira de Aquino; Zailton Pinheiro Guerra
INTERAÇÃO E O ENSINO: IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE
LÍNGUA PORTUGUESA
176
Manoel Guilherme de Freitas
LITERATURA INFANTIL: NORTEANDO A PRÁTICA DOCENTE NAS SÉRIES
INICIAIS
177
Francisca Mendes de Souza Santana; Maria Vanice Lacerda de Melo Barbosa
O “OUTRO” QUE SUSTENTA O “EU” DO SUJEITO PRODUTOR DE TEXTOS EM
AMBIENTE ESCOLAR
178
Maria de Fátima Pereira Melo; Maria do Socorro Maia Barbosa Fernandes
O GÊNERO CARTA-CRÔNICA NO JORNALISMO POTIGUAR: UM RESGATE DA
HISTÓRIA CULTURAL DO HOMEM SERTANEJO
179
Lucimar Bezerra Dantas da Silva
O GÊNERO DISCURSIVO CHARGE NA SALA DE AULA DE LÍNGUA MATERNA:
UMA PROPOSTA BAKHTINIANA Fernanda de Moura Ferreira; Maria da Penha Casado Alves
180
ORQUESTRANDO VOZES OUTRAS: RELAÇÕES DIALÓGICAS NA CONSTRUÇÃO
DE SENTIDOS EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO
181
Antonio Flávio Ferreira de Oliveira; Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento
REFERENCIAÇÃO NO TEXTO DESCRITIVO: ANÁLISE DE GÊNEROS DE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (REVISTA CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS)
182
Ananias Agostinho da Silva
REGISTRANDO MEMÓRIAS DO GRUPO ESCOLAR DUQUE DE CAXIAS- MACAU/RN:
UM FOMENTO À LEITURA E À ESCRITA
183
Priscila do Vale Silva Medeiros; Lílian de Oliveira Rodrigues
REVISÃO E REFACÇÃO TEXTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL 184
Jailma Rodrigues Felipe da Costa; Risoleide Rosa Freire de Oliveira
SOB UM NOVO OLHAR: MARCAS DE DIALOGISMO EM ARTIGO DE OPINIÃO DA
OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA (OLP)
185
Francisca Lúcia Barreto de Lima Soares; Marília Costa de Souza
UM ESTUDO SOBRE O GÊNERO DISCURSIVO REGIMENTO ESCOLAR 186
Raimunda Valquíria de Carvalho Santos; Ana Maria de Oliveira Paz
GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
A COMPETÊNCIA LEITORA E AS CONCEPÇÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA
REDE PÚBLICA
187
Gibson Nascimento de Azevedo; Janaína Weissheimer
A METÁFORA DA VIOLÊNCIA NA SALA DE AULA 188
Abdoral Inácio da Silva
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: PRÁTICAS E EVENTOS 189
Altaíza Rosângela da Silva Pereira; Ana Mara Alves de Freitas
AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
190
Claudia Janaina Galdino Farias
AS “LONGAS COLHERES”: CONSTITUINDO E (RES) SIGNIFICANDO PRÁTICAS
DOCENTES
191
Francisca Ramos-Lopes; Jamilly de Oliveira Prazeres
CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E FORMAÇÃO
CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
292
José Wanderley Alves de Sousa; Josefa Maria de Sousa
CONSIDERAÇÕES SOBRE QUESTÕES DE LEITURA NO LIVRO DIDÁTICO
“PORTUGUÊS: LINGUAGENS” DE CEREJA E MAGALHÃES
193
Jeane Vieira da Silva; Lucas Vinício de Carvalho Maciel
CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DE DISCURSO PARA UMA ABORDAGEM
DISCURSIVA DA LEITURA
194
Flágila Marinho da Silva Lima; Mayane Santos Amorim
DIÁRIO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO
MÉDIO
195
Ângela Cláudia Resende do Nascimento
ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE UMA
TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN
196
Joceilma Ferreira Dantas; Lúcia Cristina Alves; Micharlane de Oliveira Dutra; Orientador: Prof.
Me. Ananias Agostinho da Silva
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO NO
PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR
197
Raniere Marques de Melo
LEITURA E ENSINO: ABORDAGEM DOS IMPLÍCITOS LINGUÍSTICOS E
PRAGMÁTICOS
198
Maria Leuziedna Dantas
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: O GÊNERO NOTÍCIA EM SALA DE AULA 199
Abraão Vitoriano de Sousa
LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS 200
Débora Katiene Praxedes Costa; Kelli Karina Fernandes Freire
MATERIALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA REDAÇÃO DO ENEM 201
Francisca Vilani de Souza
O ENSINO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS EM DISCURSOS DE
PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS
202
Maria Eliete de Queiroz; Crígina Cibelle Pereira
O TRABALHO DO PROFESSOR COM OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
203
Maíra Cordeiro dos Santos; Lília dos Anjos Afonso
O USO DE SOFTWARE LIVRE EM SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA COM O
GCOMPRIS
204
Alysson Max Olinto Torres Veríssimo; Fernanda de Moura Ferreira; Orientador: Sebastião Emídio
Alves Filho
OS USOS DO ANTES EM GÊNEROS ACADÊMICOS 205
Carla Daniele Saraiva Bertuleza; João Bosco Figueiredo-Gomes
REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO PIBID - LETRAS – CFP
– UFCG
206
Anaildes Germano Soares; José Wanderley Alves de Sousa
REFLEXÕES SOBRE O SILENCIAMENTO NAS AULAS DE LEITURA 207
Josimar Soares da Silva
RETEXTUALIZAÇÃO: UMA FERRAMENTA NO PROCESSO
ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
208
Catarina Ferreira Alves; Sheila Maria Candida dos Santos
TRABALHANDO OS GÊNEROS ORAIS EM LÍNGUA PORTUGUESA: O RPG COMO
FERRAMENTA DE ENSINO
209
Adalberto Barbosa Junior; Ana Rafaella Alves Pereira
UM ESTUDO CONCISO ACERCA DA IDEOLOGIA LINGUÍSTICA PRESENTE NA
ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
210
Emmanuella Farias de Almeida Barros
USOS DO SER NA HISTÓRIA DO MUI NOBRE VESPARINO, IMPERADOR DE ROMA,
PORTUGUÊS MÉDIO
211
Anikele Frutuoso; João Bosco Figueiredo Gomes
GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO HOMOAFETIVO NA ORDEM DO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
212
JJ Domingos
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA EM CANÇÕES DE LUIZ GONZAGA 213
Francisca Joilsa da Silva
A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE DE LEITORES NA REDE SOCIAL SKOOB 214
Midiã Ellen White de Aquino
A “DEFORMAÇÃO” DO OLHAR EM CLARICE LISPECTOR: UMA LEITURA DOS
CONTOS “EVOLUÇÃO DE UMA MIOPIA” E “O CRIME DO PROFESSOR DE
MATEMÁTICA”
215
Ana Cristina Lima Santos; Antonia Marly Moura Silva
A IDENTIDADE PESSOAL NO GÊNERO DEPOIMENTO: UM EXERCÍCIO ANALÍTICO
SOB A ORIENTAÇÃO DA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA E COMUNICACIONAL DO
DISCURSO
216
João Batista da Costa Júnior
A IMAGINAÇÃO POÉTICA DO SERTANEJO EM CATULLO DA PAIXÃO CEARENSE 217
Marcelo Silva de Andrade; Karlla Christine Araújo Souza
A INFÂNCIA MODERNA: REFLEXÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
PERMEADA PELA PUBLICIDADE
218
Maria Soberana de Paiva; Karlla Christine Araújo Souza
A TESSITURA DO CUIDADO EM SAÚDE E A CIÊNCIA 219
Lorrainy da Cruz Solano; Ailton Siqueira de Sousa Fonseca
AQUELES DOIS SOB A ÓTICA DOS ESTUDOS CULTURAIS E DA TEORIA QUEER 220
Diego Menezes Augusto; Maria Verônica Anacleto Pontes
CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ: A INTERDISCURSIVIDADE NA POESIA DE
PATATIVA DO ASSARÉ
221
Sergio Rubens Alves Cavalcante; Wandeson Alves de Oliveira
CONCEPÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA ASSOCIADAS ÀS DIVERSAS DISCIPLINAS
CURRICULARES
222
Laura Barreto; Orientadora: Márcia Karina
DESCONSTRUINDO IDENTIDADES EM CONTOS DE AMOR RASGADOS, DE MARINA
COLASANTI: SUBJETIVAÇÕES EM CRISE NA LITERATURA DO SÉCULO XX
223
Davi Tintino Filho; Maria Eliane Souza da Silva
DISCURSIVIDADES COTIDIANAS: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO PELO DISCURSO
DA COMERCIALIZAÇÃO DO CORPO
224
Jéssica Oliveira; Maria Eliza Freitas do Nascimento
DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA
ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA
225
Francisco Vieira da Silva
ENVELHECIMENTO E CORPOREIDADE: A INSCRIÇÃO DE SENTIDOS SOBRE O
CORPO E A VELHICE
226
Mestre Francisca Alves da Silva
“LISBELA E O PRISIONEIRO”: PROTAGONISTAS PERSONIFICADORES DO
“JEITINHO-BRASILEIRO” E DA INFLUÊNCIA EXTERNA NO SER NACIONAL.
ANÁLISES E CONTEXTO HISTÓRICO
227
Davi Jeremias da Silva Moura; Sáskhia Raíssa Torquato de Lima
O AVESSO DAS CANÇÕES - A TEORIA BAKHTINIANA DA CARNAVALIZAÇÃO
NAS CANÇÕES DA MPB
228
Elielder de Oliveira Lima
O ESPAÇO DA PALAVRA COMO LUGAR DE ENFRENTAMENTO DO SOFRIMENTO
PSÍQUICO
229
Aline Gracindo; Camila Mesquita; Deivson Wendell
O “EU” (NEGRO) E O “OUTRO” (BRANCO): MARCAS DE ALTERIDADE NAS
RELAÇÕES AFETIVAS EM “CLARA DOS ANJOS” DE LIMA BARRETO
230
Ana Gabriella Ferreira da Silva; Geilma Hipólito Lúcio
O OUTRO NO TEMPO LÍQUIDO 231
Josilene Queiroz de Lima
O SUJEITO SERTANEJO NO DISCURSO POÉTICO DE PATATIVA DO ASSARÉ 232
Ednilda Pereira de Oliveira; Maria Eliza Freitas do Nascimento
PAIXÕES E FERRAMENTAS DA LABUTA DOCENTE: UMA IDENTIDADE LAVRADA
NO ENSINO DE HISTÓRIA
233
Gilberliane Mayara Andrade Melo
POLICARPO E FLORIANO: FIGURATIVIZAÇÕES DA MASCULINIDADE DO
HOMEM BRASILEIRO EM ROMANCES DE FINAL DESDITOSO
234
George Patrick do Nascimento
S. BERNARDO DOS VENTOS UIVANTES: UM PERCURSO MARXISTA DA MEMÓRIA 235
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES: JOGOS DE ALTERIDADE E
DIALOGISMO NA FILOSOFIA BAKHTINIANA
236
Geilma Hipólito Lúcio; Ana Gabriela Ferreira da Silva
UNIÃO CIVIL HOMOAFETIVA: UMA LEITURA PELO VIÉS FOUCAULTIANO 237
Viviana Bezerra de Mesquita; Francisco Paulo da Silva
VISIBILIDADE MIDIÁTICA E SUBJETIVIDADE: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS
ESTRATÉGIAS DE SUBJETIVAÇÃO EM MAMÍFEROS E MAMÍFEROS CRESCIDOS DA
PARMALAT BRASIL
238
Antonio Genário Pinheiro dos Santos; Ana Rafaela Oliveira e Silva
GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O
HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO
239
Bruna Silva Rodrigues; Francisco das Chagas de Medeiros Júnior; Marcília Luzia Gomes da Costa
Mendes
A CORRUPÇÃO AOS OLHOS DAS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013 240
Clara Dulce Pereira Marques; Francisco Paulo da Silva
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA PROPAGANDA PESSOAL E
PUBLICIZAÇÃO DE SENTIMENTOS
241
Emanuella Rodrigues Veras da Costa
ANGLICISMOS NO BRASIL: POSICIONAMENTOS FAVORÁVEIS E
DESFAVORÁVEIS AO PROJETO ANTI-ESTRANGEIRISTA DE ALDO REBELO
242
Graziane Praxedes dos Santos; Ana Jóis Garcia; José Roberto Alves Barbosa
ARTICULAÇÕES SOBRE PODER E RESISTÊNCIA DO SUJEITO FOUCAULTIANO 243
Karla Jane Eyre da Cunha Bezerra Souza
COMUNICAMÃO, NEM SÓ A BOCA FALA 244
Daniel Soares Dantas
ETHOS DISCURSIVO E RELAÇÕES DE PODER-SABER NA LITERATURA DE
AUTOAJUDA
245
Geilson Fernandes de Oliveira; Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes
GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE ESPANHOL 246
Thayannyjacitha Lima e Silva
LINGUAGEM NÃO VERBAL: ANÁLISE DE SUA FUNÇÃO NA CONVERGÊNCIA
ENTRE COMUNICAÇÃO E MODA
247
Nayana Gurgel de Moura
NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO DE
NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA
248
Elielder de Oliveira Lima
NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO
CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI
249
Patrícia Gomes de Mello Sales; Francisco Vieira da Silva
O DIALOGISMO NO CIBERESPAÇO PELA EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS SOBRE DROGAS
250
Débora Maria da Silva Oliveira; Maria da Penha Casado Alves
O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO
ROSALBA CIARLINI
251
Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo
O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR
BRASILEIRO
252
Jaisna Araújo da Costa Oliveira; Marcília Luzia G. C. Mendes
O SILENCIAMENTO DA RUA CONDE D’EU NA CIDADE DE MOSSORÓ 253
Maria Goretti Medeiros Filgueira
PRÁTICAS SOCIAIS DE AMIZADE E SOCIABILIDADES NA INTERNET: COMO AS
RELAÇÕES NÃO PRESENCIAIS SE DÃO ATRAVÉS DO FACEBOOK?
254
João Carlos Magagnin
RETALHOS: O CUIDADO DE SI COMO UM CULTIVO DA ALMA 255
Pâmella Rochelle Rochanne Dias de Oliveira
GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
A INTERNET COMO SUPORTE PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE
ENSINO/APRENDIZAFEM DE LÍNGUA INGLESA
257
Ana Paula Pereira da Costa Debus; Keyla Maria Frota Lemos
A MULTIMODALIDADE E O ENSINO CRÍTICO DE LEITURA NA ESCOLA 257
Eliete Alves de Lima; Luciana Pereira dos Santos; Marcos Nonato de Oliveira
A RELEVÂNCIA DOS ESTUDOS DO LETRAMENTO CRÍTICO PARA A EDUCAÇÃO
NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO
258
Jhuliane Evelyn da Silva; Marco Antônio Margarido Costa
ANÁLISE DA ABORDAGEM AVALIATIVA DOS PROFESSORES DE INGLÊS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DA MAÍSA
259
Maria Geiza Ferreira Freire
ANÁLISE DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE: O FATOR MOTIVACIONAL E
A PRODUÇÃO ORAL NA SALA DE AULA DE ESPANHOL DO IFRN
260
Renata Arnaud de Lucena Praxedes; Raquel de Araújo Serrão
AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
261
Claudia Janaina Galdino Farias
AS NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LEITURA E DE
ESCRITA
262
Maria Poliana Ferreira de Lima Aquino; Edimar Ferreira de Souza
AVALIAÇÃO DOCENTE: O OLHAR DO OUTRO SOBRE O EXERCÍCIO
PROFISSIONAL DO PROFESSOR
263
Diego Martín Bravo
COMUNICAÇÃO, NEM SÓ A BOCA FALA 264
Daniel Soares Dantas
CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE MATERIAL DIDÁTICO: UMA AVALIAÇÃO DO
LIVRO AMERICAN HEADWAY STARTER B.
265
Késia Maressa Costa Moraes Xavier; Deny de Souza Gandour; Margarete Solange Moraes
DISCURSO E IDENTIDADE DOCENTE DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA
EM FORMAÇÃO
266
José Wanderley Alves de Sousa
ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS CONCEPÇÕES
DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS
267
Dayana Maria Freitas França; Antonia Lidiana da Silva Moreira; Edmar Peixoto de Lima
GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE ESPANHOL 268
Thayanny Jacitha Lima e Silva
LETRAMENTO DIGITAL: CONCEPÇÕES DOCENTES 269
Lília dos Anjos Afonso; Maíra Cordeiro dos Santos
LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS 270
Débora Katiene Praxedes Costa; Kelli Karina Fernandes Freire
O BLOG COMO SUPORTE DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
271
Josefa Christiane Mendes Martins; Sebastiana Rafaela Silva Pinto; Cristiane Lins da Silva; Manoel
Guilherme de Freitas
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PROFESSOR DE ESPANHOL NO PARFOR:
ANÁLISES DAS ATIVIDADES REALIZADAS COMO PRÁTICAS DE LETRAMENTO
272
Carlos Henrique da Silva
O GÊNERO JOKE COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE INGLÊS
NO ENSINO MÉDIO
273
Paulo Rodrigo Pinheiro de Campos
O JORNAL DIGITAL E O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA NA SALA DE AULA
DE LÍNGUA PORTUGUESA
274
Aline Uchoa Pereira; Maria Jarina Barbosa
PARA ALÉM DA FORMA: FAZENDO UMA ANÁLISE MULTIFUNCIONAL DE
CARTAZES DE PROTESTO
275
Jhuliane Evelyn da Silva; José Roberto Alves Barbosa
PODER, DISCURSO E ENSINO DE LE: UMA LEITURA DISCURSIVA DOS ARTIGOS
DO THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO DOCENTE
276
Antonio Genário Pinheiro dos Santos
PROPOSTA DE ATIVIDADE ON-LINE PARA A PROMOÇÃO DA COMUNICAÇÃO
MEDIADA POR COMPUTADOR (CMC)
277
Samuel de Carvalho Lima
REPRESENTAÇÕES SOBRE O “BOM ALUNO” NA FALA DE PROFESSORES DE
INGLÊS EM FORMAÇÃO INICIAL
278
Ewerton Mendonça de Oliveira; Orlando Vian Jr.
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS COM GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA DE
LÍNGUA ESPANHOLA
279
Josimar Soares da Silva
MODALIDADE PÔSTER
A ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO PUBLICITÁRIO DO PAPEL RECICLATO SUZANO
PELO VIÉS DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO
280
Amanda Arruda Alves; Kainara de Souza Alencar; Carla Monara de Paiva Silva
A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O
HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO
281
Bruna Silva Rodrigues; Francisco das Chagas de Medeiros Júnior; Marcília Luzia Gomes da Costa
Mendes
A CONCEPÇÃO DO PENSAMENTO EM ALBERTO CAEIRO 282
Amanda Arruda Alves
A CONFIGURAÇÃO DO INSÓLITO NO CONTO “A DANÇA COM O ANJO” DE LYGIA
FAGUNDES TELLES
283
Monica Valéria Moraes Marinho; Antonia Marly Moura da Silva
A CONSTRUÇÃO DO ETHOS NO DISCURSO DE POSSE DA GOVERNADORA
ROSALBA CIARLINE
284
Maria Cedna dos Santos Freire; Carlos Michel de D. Q. de Medeiros; Ana Maria de Carvalho
A DITADURA DA BELEZA COMO FORMA DE CONSUMO E PADRÃO ESTÉTICO 285
Edilana Carlos da Silva; Daiany Ferreira Dantas
A ÉTICA JORNALÍSTICA E A FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA: UMA ANÁLISE
DO CASO MUÇÃO
286
Valéria Pereira dos Santos de Lima; Maria Aminadabe Costa da Silva; Márcia de Oliveira Pinto
A FORMAÇÃO DISCURSIVA NA ESPETACULARIZAÇÃO DA NOTÍCIA 287
Oscarina Caldas Vieira; Andrea Sergina Gomes; Ana Maria de Carvalho
A PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL EM LÍNGUA INGLESA NO CAWSL 288
Laura Dalyane Nascimento Nunes; Silvano Pereira Araújo
A PRÁTICA DOCENTE COMO BASE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 289
Laís Klennaide Galvão da Silva; Karine Menezes Ribeiro; Maria Solange de Farias
A PRODUÇÃO DISCURSIVA DA MÍDIA SOBRE O CORPO, JUVENTUDE E BELEZA 290
Sebastiana Cristina Torres da Silva; Maria de Fátima de Lima Oliveira; Sandro Rodrigo Pinto
Lopes; Ana Maria de Carvalho
A TEORIA DIALÓGICA DE BAKHTIN NOS GÊNEROS DISCURSIVOS: UMA ANÁLISE
DE NARRATIVAS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
291
João Paulo Pereira
AMBIGUIDADE NO GÊNERO TEXTUAL ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: UMA
PROPOSTA DE ENSINO
292
Jéssica Fernandes Lemos; César Tardelly de Medeiros Silva; Fernanda Hingryd da Silva; Paula
Regina da Silva
ANÁLISE DA PROPAGANDA DE APARELHOS CELULARES: UMA PROPOSTA
MULTIMODAL CRÍTICA PARA O ENSINO DE LÍNGUAS
293
Myrna Cibelly de Oliveira Silva; Gabriela Mirtes Bezerra Carvalho; José Roberto Alves Barbosa
ANÁLISE MULTIMODAL A PARTIR DA PROPAGANDA DO YOGA: UMA PROPOSTA
PARA O ENSINO DE LEITURA
294
Júlio Sérgio B. dos Santos; José Roberto Alves Barbosa
APRENDENDO ARTE E LITERATURA FORA DOS MUROS ESCOLARES: UMA
EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
295
Antonio da Silva Arruda; Glessyane Cavalcante Ferreira; Flávio Hermes de Menezes; Cássia de
Fátima Matos dos Santos
AS CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA PRESENTES NO DISCURSO DOS PROFESSORES
DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CURSO DE LETRAS
296
Sueilton Junior Braz de Lima; Josefa Lidianne de Paiva; Edmar Peixoto de Lima
AS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO PROFESSOR DE LINGUA PORTUGUESA
NO ENSINO DE GRAMÁTICA
297
Fabiana Maria da Silva Nascimento; Fernanda de Oliveira; Gleys Ocidália de Lima Silva; Ananias
Agostinho da Silva
AS RELAÇÕES DIALÓGICO-VALORATIVAS NO GÊNERO NOTÍCIA ONLINE 298
Amanda Maria de Oliveira; Maria da Guia de Araújo; Rodrigo Acosta Pereira
ASPECTOS DA NARRATIVA EM FELICIDADE CLANDESTINA DE CLARICE
LISPECTOR
299
Edson Santos de Lima; Mayara Costa Pinheiro
CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM GRUPO DE TERAPIA COMUNITÁRIA:
ESPAÇO DA PALAVRA
300
Aline Gracindo; Camila Mesquita; Lorrainy da Cruz Solano
CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE CAPS II NO MUNICÍPIO
DE MOSSORÓ-RN
301
Gleyson Henrique Lima Ferreira; Maíle Raihara Guimarães Moura; Lorrainy da Cruz Solano
CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E FORMAÇÃO
CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
302
Francisca Vieira de Sousa; Gleydson de Azevedo Virgulino; José Wanderley A. de Sousa
CONCEPÇÃO DE JUVENTUDE RURAL EXPRESSA NO BLOG “JUVENTUDE SEM
TERRA”
303
Ana Paula Cardoso da Rocha
CRENÇAS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM
DE LÍNGUA ESPANHOLA NA UNIVERSIDADE
304
Julyana Deyse Silva de Oliveira; Marcos Nonato de Oliveira
CRENÇAS E ENSINO DE LÍNGUAS: PERCURSO, ESTADO DA ARTE E PERSPECTIVA
PARA A PESQUISA EM ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA
305
Ana Carla de Azevedo Silva; Renata Helvécia Lopes Costa; Regiane S. Cabral de Paiva
DIALOGISMO BAKHTINIANO EM NARRATIVAS: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES
DIALÓGICAS EM “A PAINFUL CASE”
306
Wigna Thalissa Guerra; Lucas Vinício de Carvalho Maciel
DIALOGISMO EM PROPOSTAS DE LEITURA E DE PRODUÇÕES TEXTUAIS DE
GÊNEROS NARRATIVOS NO LIVRO DIDÁTICO
307
Bruna Gabrieli Morais da Silva; Lucas Vinício de Carvalho Maciel
DIFICULDADES DE PRONÚNCIA DO FONEMA VELAR /X/ POR ALUNOS
POTIGUARES ESTUDANTES DE ESPANHOL
308
Jucymário de Lima Silva; Francisco Robson Lima dos Santos; Maria Solange de Farias
DIFICULDADES NA PRONÚNCIA DO FONEMA VIBRANTE ESPANHOL POR
ESTUDANTES DO CURSO DE LETRAS/ESPANHOL DA UERN
309
Antônio Marcos Melo da Silva; Cristiane Alves da Fonsêca; Maria Solange de Farias
EDGAR ALLAN POE NO BRASIL: A TRADUÇÃO DO GÓTICO NA SÉRIE CONTOS DO
EDGAR
310
Mayara Andressa Maia de Freitas; Emílio Soares Ribeiro
ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE UMA
TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN
311
Joceilma Ferreira Dantas; Lúcia Cristina Alves; Micharlane de Oliveira Dutra; Ananias Agostinho
da Silva
ENTRE ANTI-HERÓIS E PERDEDORES: A AUTODEPRECIAÇÃO DOS
PROTAGONISTAS NAS PROPAGANDAS PUBLICITÁRIAS
312
Shemilla Rossana de Oliveira Paiva; Bárbara Marina Almeida dos Santos; Marcília Luzia Gomes
da Costa Mendes
ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS CONCEPÇÕES
DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS
313
Dayana Maria Freitas França; Antonia Lidiana da Silva Moreira; Edmar Peixoto de Lima
EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: RELEVÂNCIAS DA ATUAÇÃO DO PIBID
LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA CRISTIANO CARTAXO EM CAJAZEIRAS – PB
314
Francisca Fábia Avelino Félix; Laurivan Nunes de Menezes; Francisca Vieira de Sousa; José
Wanderley Alves de Sousa
FORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
APLICADA À EDUCAÇÃO MUSICAL NA REDE DE ENSINO BÁSICO DE MOSSORÓ-
RN
315
Carlos Antonio Santos Ribeiro; José Igor Paulino da Silva; Giann Mendes Ribeiro
FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA DISCURSIVA 316
Ivanilda Rocha Dos Santos; Anderson de Carvalho Pereira
GÊNERO DIGITAL: UM ESTUDO DO BLOG RG NEWS 317
Carla Monara de Paiva Silva; Francisca Renata de Oliveira; Ana Maria de Carvalho
GÊNERO TEXTUAL E O ENSINO DE LÍNGUA: TRABALHANDO COM HISTÓRIAS
EM QUADRINHOS (HQS)
318
Francieide Maria da Silva; Gesiana Alves da Silva; Paula de Sousa Alves
GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS NA PROVA DO PROCESSO SELETIVO
VOCACIONADO DO ANO DE 2009 DA UERN
319
Érida Campos Paiva; Maria Nayara Pessoa de Lima; Marta Jussara F. da Silva
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO: A ABORDAGEM DO GÊNERO CARTA EM LIVRO
DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA
320
Carolyne Mauricio Da Silva; Edmilson Luiz Rafael
GÊNEROS TEXTUAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
321
Francisca Vieira de Sousa; Joana D’arc de Andrade Freitas
JULIAN ASSANGE E SUA TRANSFORMAÇÃO EM UM MITO 322
Tamara de Sousa Sena; Daiany Ferreira Dantas
LEITURA E CONHECIMENTO PRÉVIO: ASPECTOS FACILITADORES NA
COMPREENSÃO DO TEXTO
323
Shara Raiany de Oliveira; Franceliza Monteiro da Silva Dantas
LEITURA E ESCRITA: PROJETO DE PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA
CRISTIANO CARTAXO
324
Marilene Gomes de Sousa; Francisco Danillo Pereira Tavares; Luiza Correia Alves Neta; José
Wanderley Alves de Sousa
LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO DE ESPANHOL NO IFRN: UM ESTUDO SOBRE AS
CRENÇAS DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DOS CÂMPUS DE NATAL
325
Renata Arnaud de Lucena Praxedes
LETRAMENTO DIGITAL E FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM: UMA ANÁLISE
DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PROGRAMA PIBID – UFRN – CURRAIS
NOVOS
326
Marcossuel Soares Batista da Silva; Maria Suely Dantas Gomes; Ana Maria de Oliveira Paz
LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NA ESCOLA PÚBLICA: UM
ESTUDO SOBRE O ENSINO DE TEXTO NO NÍVEL MÉDIO
327
Maria Gabriella Pereira do Carmo Araújo; Débora Lorena Lins; Maria Zenaide Valdivino da Silva
LÍNGUA MATERNA: DISCURSO DA TEORIA X DISCURSO DA PRÁTICA 328
Patrícia Wanderley Nunes; Sinthya Fernanda Diniz Araújo; Soraia Carneiro de Oliveira; José
Marcos Rosendo de Souza
LITERATURA NA SALA DE AULA: DA FORMAÇÃO DE LEITORES À FORMAÇÃO
DE PROFESSORES
329
Fabiola Melo; Itamara Almeida; Sandrely Bezerra; Cássia de Fátima Matos dos Santos
MATERIALIDADES NOS DISCURSOS SOBRE A BAIANIDADE NA PUBLICIDADE DE
TURISMO
330
Reginete de Jesus Lopes Meira; Palmira Vírginia Bahia Heine
MULHER EM FOCO: UMA ANALISE DO FEMININO NO SERIADO “FEMME
FATALES” DO CANAL CINEMAX
331
Bruna Silva Rodrigues; Edja Lemos Fernandes; Dayane Ferreira Dantas
O DIALOGISMO NA CONSTITUIÇÃO DE NARRATIVAS 332
Marcos Paulo de Azevedo; Lucas Vinício de Carvalho Maciel
O DISCURSO POLÍTICO ATRAVÉS DE CHARGES: CONSTRUINDO OS SENTIDOS 333
Jocival Freitas da Silva; Lícia Fernanda Dantas da Silva; Maria Fátima de Carvalho Dantas
O ELEMENTO LÚDICO NAS AULAS DE ESPANHOL NAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO MÉDIO
334
Beatriz Fernandes da Costa; Josirranny Priscilla da Silva; Maria Solange de Farias
O ENSINO DE MÚSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E SEUS DIFERENTES
CONTEXTOS
335
Francisco Lizoyrlo dos Santos Nery; Antonio Kállio Wagner Fernandes Pimenta; Raimundo
Reudson Maia de Almeida
O EXILAR POÉTICO DA DITADURA MILITAR: AS ENTRELINHAS DA
INTELIGÊNCIA CRÍTICA
336
Emanuella Pereira de Souza; Wênia Kaíres Faustino Nunes
O GÊNERO CARTA ABERTA NO JORNAL “O MOSSOROENSE” 337
Dianna Paula Pinto Moreira; Isliane Saraiva de Assis; Lucimar Bezerra Dantas da Silva
O GÊNERO LITERÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA LINGUA
ESPANHOLA
338
Yanáskara Roberta Medeiros; Oscarina Caldas Vieira; Maria Solange de Farias
O GÊNERO MANCHETE COMO OBJETO DE ENSINO: VIVÊNCIAS DE UMA
PRÁTICA EM SALA DE AULA
339
Klênia Cibelly Freire de Carvalho; Jéssica Fernandes Lemos; Larissa Aquino de Sousa; Lúcia
Helena de Medeiros
O JORNAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ESCOLA 340
Larissa Aquino de Sousa; Naara Freire de Sousa; Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares
O LÚDICO NA PROPAGANDA POLÍTICA: UM ESTUDO DO BONECO NILDO NA
CAMPANHA À PREFEITURA DO NATAL/RN (2012)
341
John Willian Lopes; Adriano Lopes Gomes
O PAPEL DO PIBID NA DESMISTIFICAÇÃO DE CRENÇAS NAS AULAS DE
ESPANHOL DE ESCOLAS PÚBLICAS MOSSOROENSES
342
Josenildo Fernandes Sobrinho; Renata Helvécia Lopes; Michelania Vidal de Oliveira; Maria
Solange de Farias
O SOLADO VERMELHO COMO MITO DE PODER E EXCLUSIVIDADE ATRAVÉS
DAS CELEBRIDADES
343
João Carlos Magagnin; Thiago Fernandes Diógenes
O TEXTO LITERÁRIO NO MANUAL EL ARTE DE LEER 1 SOB UMA PERSPECTIVA
SEMIÓTICA
344
Antônio Marcos Melo da Silva; Lais Francielly Garcia do Nascimento; Samira Luara Góis Araújo;
Maria Solange de Farias
O USO DO CELULAR COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO E APRENDIZAGEM
DE ESPANHOL
345
Ana Paula Alves Ferreira; Wanda Maria da Silva; Maria Luzia Carlos da Silva; Maria Solange de
Farias
OBRIGADO POR FUMAR: DISCURSO E PERSUASÃO NUM MESMO CONTEXTO 346
Edinalva Inocêncio da Silva; Eric Maycon da Silva Correia; Maria das Graças dos Santos Correia
ORQUESTRA DE FLAUTA-DOCE ANTÔNIO CAMPOS 347
Priscila Gomes de Souza; Agostinho Lima
OS CONCEITOS BAKTHINIANOS APLICADOS À LITERATURA DE CORDEL 348
Francisca Aline Micaelly da Silva Dias; Francisco Clébison Chaves Lopes
OS DISCURSOS EM DUAS REPORTAGENS DA VEJA E DA ÉPOCA: O CASO DE LULA
E ROSEMARY
349
Maria Jackeline Rocha Bessa; Maria Dayane de Oliveira; Maria de Fátima de Carvalho Dantas
PERCEPÇÃO DAS NECESSIDADES PSICOLÓGICAS BÁSICAS PARA APRENDER
MÚSICA NA ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS PORTADORES DE CÂNCER DE
350
MOSSORÓ E REGIÃO – AAPCMR
Flávia Maiara Lima Fagundes; Giann Mendes Ribeiro
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID):
IMPACTOS E CONTRIBUIÇÕES FORMATIVAS PARA O CURSO DE LETRAS -
ESPANHOL DA UERN
351
Lais Klennaide Galvão da Silva; Naftali Lima de S. Rebouças; Jucymário de Lima Silva; Maria
Solange de Farias
QUESTÕES DE RAÇA: A MULHER NEGRA NA MÍDIA 352
Dinara Lidiane Carvalho; Edilana Carlos da Silva; Daiany Ferreira Dantas
REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO PIBID - LETRAS – CFP
- UFCG
353
Francisco Danillo Pereira Soares; Laurivan Nunes de Menezes; José Wanderley Alves de Sousa
REFERENCIAÇÃO E A MESA VOADORA 354
Francisco Romário Paz Carvalho
RUBEM BRAGA NA SALA DE AULA: A INTIMIDADE DA CRÔNICA COM O LEITOR 355
Ednilda Pereira de Oliveira; Maria Daiane Peixoto; Reginaldo Fernandes da Costa; Maria de
Fátima de Carvalho Dantas
SINÔNIMOS EM SALA DE AULA: O ENSINO TRADICIONAL E NOVAS
PERSPECTIVAS
356
Antonia Jackcioneide Oliveira da Silva; Fernanda Hingryd da Silva; Alectsandra Caetano de Sousa;
Paula Regina da Silva
TEACHING READING: O ENSINO DE LEITURA NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA 357
José Bezerra de Souza; Paulo Henrique Raulino dos Santos; Francisco Marcos de Oliveira Luz
TECNOLOGIA E SOCIEDADE: UMA RELAÇÃO CULTURAL 358
Desirée Pires de Lima; Karla Morgânia da Silva Lins; Samara Monteiro da Silva
TRANSGRESSÃO E VERGONHA EM PÚBLICO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA
REPRESENTAÇÃO DO CORPO MASCULINO NO COMERCIAL TELEVISIVO DO
REXONA MEN
359
Caio César Silva Cavalcante; Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes
UM OLHAR SOBRE OS ARGUMENTOS 360
Janaíne Januário da Silva; Jéssica Santos Cavalcante; Maria Camila Moraes da Silva
UMA LEITURA DISCURSIVA DAS RELAÇÕES DE PODER/SABER NOS ARTIGOS DO
JORNAL THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO DOCENTE
361
Antônio Genário Pinheiro dos Santos; Bárbara Deysy dos Santos
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: ESCOLA E SOCIEDADE 362
Carla Monara de Paiva Silva; Débora katiene Praxedes Costa; Francisca Renata de Oliveira
VERTENTES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO SERIDÓ 363
Ray Max de Medeiros Batista
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Apresentação
O III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso - III CONLID - é uma iniciativa do
Grupo de Estudos do Discurso da UERN (GEDUERN), em parceria com o Grupo de Pesquisa
em Linguística e Literatura (GPELL), o Grupo de Estudos em Tradução (GET), o
Departamento de Letras Vernáculas (DLV), o Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) e o
Departamento de Arte (DART), da Faculdade de Letras e Artes (FALA) da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
O Colóquio tem como objetivo proporcionar discussões de caráter interdisciplinar,
sobre a relação entre sujeito e linguagem na atualidade, congregando pesquisadores e linhas
de pesquisa que articulem saberes na produção de conhecimento em diferentes domínios
discursivos, como forma de divulgar a produção acadêmica e propiciar intercâmbio de
experiências entre pesquisadores da UERN e de outras instituições do país, em várias
perspectivas teóricas.
Em sua 3ª edição, o Colóquio propõe uma discussão acerca da atualidade da temática
em torno das Práticas discursivas, Linguagens e Ensino, procurando enfatizar essas
discussões nas conferências e discussões propostas em seus Grupos de Trabalho (GTs).
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
A TRANSCRIAÇÃO DA IMAGEM DO ESPELHO NO FILME WILLIAM WILSON
Evaldo Gondim dos Santos (UERN/UFRN)
Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN)
RESUMO: No presente trabalho, buscamos realizar uma análise da transcriação da imagem do
espelho como lugar de criação que aponta para um olhar de constante deslocamento do personagem
principal para si mesmo no filme William Wilson (1968), do cineasta Louis Malle (1932-1995). Com
esse intento, tratamos do processo de transcriação poética (CAMPOS, 2009) enquanto recriação que
parte para a constituição de uma outra obra e com outros meios, com outras possibilidade de
agenciamentos sígnicos (DELEUZE, 1995), bem como fabulações que põem em crise modelos de
verdade (DELEUZE, 2005). Assim sendo, a tradução da imagem do espelho do conto William Wilson
(1839), de Edgar Allan Poe (1809-1849), para o cinema por Louis Malle traz à baila a questão de
modelos de verdade voltados para sedimentações que são fissuradas pela imagem do espelho ao fazer
delirar as vontades de um eu enclausurado na posição de sujeito cognoscente. Além disso, nossa
análise aponta também para a atividade do cineasta enquanto processo de fabulação que não
simplesmente busca verter a literatura para o cinema de forma estanque, mas que a repete com
diferença e, por conseguinte, com distanciamento crítico.
PALAVRAS-CHAVE: Transcriação. Imagem. Espelho.
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
ANÁLISE MULTIMODAL DE UM FOLDER DO BANCO DO BRASIL
Antônio Felipe Aragão dos Santos (UFC)
RESUMO: A proposta deste trabalho é analisar algumas categorias de modalização presentes em um
anúncio publicitário e mostrar de que forma essas categorias ajundam na produção de sentidos.
Utilizamos um folder do Banco do Brasil como objeto de análise e por meio dos estudos de Gunther
Kress e van Leuween (1996) sobre modalizações e a Análise Crítica do Discurso de Fairclough
(2001), fizemos as análises dos atos semióticos presentes no folder. A linguagem do mundo atual
privilegia modalidades diferentes da escrita, principalmente quando se trata de gêneros que valorizem
o jogo de cores, imagens e mesmo sons, como é o caso de anúncios publicitários veiculados tanto em
jornais, revistas e folders como em rádio e televisão. Neste trabalho, fazemos uma apresentação do
referencial teórico utilizado em nossas análises e posteriormente trazemos os resultados e
considerações finais sobre a importância de se atentar para a riqueza de atos semióticos presentes em
gêneros como o anúncio publicitário, mostrando que a habilidade de leitura/abordagem de textos
multimodais, mais do que nunca, é uma necessidade da vida moderna. A análise de um folder de um
banco nos mostra como os diferentes atos semióticos são manipulados com o objetivo de induzir o
usuário de um serviço a buscar outros serviços de que o banco dispõe.
PALAVRAS-CHAVE: Texto. Discurso. Multimodalidade.
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
AS PRINCESAS CONTINUAM AS MESMAS? AS TRANSFORMAÇÕES DAS PRINCESAS
DISNEY NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
Edja Lemos Fernandes (UERN)
Daiany Ferreira Dantas (UERN)
RESUMO: O presente trabalho visa mostrar como as animações cinematográficas das Princesas dos
estúdios da Walt Disney representam padrões de beleza e sexualidade e buscam, em seus limites, dar
ressonância aos questionamentos sociais a respeito de um feminino universal. Para tanto, observamos
as tentativas pós-modernas da indústria em diversificar os padrões físicos e as atitudes sociais das
personagens princesas. O artigo se reporta às contribuições de Gubernikoff (2009) a respeito de como
as mulheres são desenhadas na mídia. Bem como, utilizaremos em nosso marco teórico as
contribuições de Teresa de Laurentis (1989), cujo trabalho aponta que o cinema é uma tecnologia de
gênero, pois se trata de um aparato extremamente institucionalizado e mediado capaz de tornar
visíveis ideais de gênero – massivamente normativos, em função do contexto de produção da indústria
cinematográfica. A teórica se apropria do conceito de dispositivo de controle da sexualidade de Michel
Foucault, que mostra que vivemos numa rede de discursos e instituições que produzem e reproduzem a
sexualidade, omitindo do espaço público os corpos dissidentes. Laurentis analisa os filmes a partir de
uma leitura semiótica voltada para os trabalhos de Propp e Barthes, destacando a construção das
personagens, actantes, sujeitos e objetos por meio de um recorte que prioriza a questão do gênero.
Avaliaremos em nosso trabalho um comparativo gráfico entre as narrativas das princesas clássicas,
Branca de Neve, Cinderela e Bela Adormecida e das contemporâneas das produções mais recentes,
Merida, Tiana e Rapunzel. Observamos que há um empenho em contextualizar a composição das
personagens com o contexto atual, posterior às lutas feministas. A vida doméstica, as referências
familiares, o trabalho, e as variações físicas de aparência são inseridas nas tramas. Mas, algumas
questões são ainda excluídas, prevalecendo a fidelidade a lógica narrativa dos roteiros Disney.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Princesas Disney. Semiótica.
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO DISCURSO E FORMAÇÕES DISCURSIVAS: UMA
ANÁLISE DA PROPAGANDA “O BOTICÁRIO” DIA DOS NAMORADOS
Leila Emídia Carvalho Fontes Cardoso (UERN)
Marlon Ferreira de Aquino (UERN)
RESUMO: Este artigo propõe fazer uma análise sobre as condições de produção e as formações
discursivas presentes na propaganda da campanha de dia dos namorados da marca “O Boticário” de
2011 e em que medida tais condições de produção podem interferir no produto final. O discurso é uma
prática social de produção de textos, ou seja, como construção social o discurso deve ser analisado
considerando seu contexto histórico-social, sua formação discursiva e assim chegar até suas condições
de produção para compreender como os sujeitos alcançam um determinado sentido de um discurso
como, por exemplo, uma propaganda, influenciados por suas ideologias, as do autor do discurso e do
meio que está veiculada. Os principais estudiosos da Analise do Discurso foram utilizados para
fundamentar este trabalho. BRANDÃO (1998, 2004), MUSSALIM (2001), ORLANDI (2001, 2007)
entre outros nomes foram citados para ajudar a explicar como esses recursos linguísticos usam as
ideologias dos sujeitos para interferir na criação de sentidos. De acordo com o estudo realizado nesse
trabalho pudemos perceber que o gênero propaganda é uma ferramenta muito poderosa na propagação
de discursos ideológicos e que os recursos linguísticos presentes nela são utilizados como ferramentas
para conseguir atingir seu objetivo, que é o de convencer o público alvo.
PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Condições de produção. Formação Discursiva.
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
O FILME CASTLE FREAK ENQUANTO UMA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO
CONTO O INTRUSO, DE H. P. LOVECRAFT
Emílio Soares Ribeiro (UERN)
Jorge Witt de Mendonça Júnior (UERN)
RESUMO: O gótico pode ser caracterizado de diversas maneiras. Desde o primeiro registro literário
considerado gótico (The Castle of Otranto, de Horace Walpole), sua descrição tem evoluído e
encontrado diferentes faces. Porém foi em H. P. Lovecraft que o gênero se desenvolveu de forma mais
bem delimitada e ganhou contornos bem definidos. A cosmogonia desenvolvida pelo autor, o
posteriormente chamado Mito de Cthulhu, permeia todo o seu universo ficcional, e tem, entre suas
principais características, a criação de uma atmosfera de horror extremo. A presente pesquisa almeja
investigar os aspectos de literatura gótica presentes do conto O intruso, de H. P. Lovecraft, e, em
seguida, investigar a tradução intersemiótica desses aspectos em sua adaptação para o cinema, o filme
Castle Freak, de Stuart Gordon. Para tal, embasamo-nos nos estudos de tradução, com autores como
Rodrigues (2000) e Vieira (1996); em estudos sobre os recursos cinematográficos, revisando autores
como Martin (2007); e nas discussões sobre o gótico de Savoy (2002) e Hogle (2002). Para a análise
do gótico no cinema, também recorremos à semiótica americana, a partir de releituras de Ribeiro
(2007) e Santaella (2008). Após a análise do corpus, conclui-se que, ao traduzir elementos
pertencentes à literatura gótica (o castelo, o protagonista e aspectos como o uncanny e o Duplo) do
conto O Intruso para o cinema, o diretor Stuart Gordon recriou o protagonista da obra escrita,
desenvolvendo uma história paralela para ilustrar sua narrativa. O elemento uncanny é identificado no
conto e traduzido no filme tanto para a criatura (freak) quanto para o personagem criado pelo diretor
(John Reilly). Entre esses dois personagens, constrói-se uma relação dupla, pois os personagens
dispõem de características semelhantes, como a busca por uma identidade.
PALAVRAS-CHAVE: Gótico. Lovecraft. Semiótica. Literatura. Cinema.
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
O GÓTICO EM THE SANDMAN
Paulo José Cavalcanti Holanda (UERN)
Emílio Soares Ribeiro (UERN)
RESUMO: Através de uma análise semiótica fundamentada na Teoria dos Signos de Pierce, o
presente trabalho investiga os aspectos fundamentais da estética gótica presentes na graphic novel The
Sandman (1989), do escritor inglês Neil Gaiman. O trabalho se propõe a abordar sistematicamente o
gótico, introduzindo um conceito atual sobre o gênero, à medida que expõe gradualmente aspectos
estéticos que fundamentam tal conceito. Além disso, através de revisão bibliográfica de autores como
Botting (1996), Lovecraft (1973) e Punter (2007), o trabalho busca introduzir a estética gótica da
graphic novel no meio acadêmico. As produções na área foram, durante muito tempo, consideradas
como gêneros inferiores de produção artística. Mostramos no decorrer do trabalho a sofisticação
estética da literatura gótica e a profundidade temática que pode ser alcançada pelo amálgama de
comunicação verbal e visual que constitui uma graphic novel. A análise de como tais signos
significam na construção de The Sandman ocorre por meio da utilização dos conceitos e estratégias
baseadas na semiótica Peirciana. Diferentes tipos de horror e diferentes reações de medo a cada um
deles por parte dos personagens foram representados verbalmente e imageticamente em The Sandman,
deixando claro o teor gótico da obra.
PALAVRAS-CHAVE: Maravilhoso. Gótico. Graphic Novel. The Sandman. Semiótica.
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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS
O GROTESCO FEMININO NAS TIRINHAS DA QUADRINISTA CHIQUINHA
Marilia Gabriela Nascimento França (UERN)
Daiany Ferreira Dantas (UERN)
RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise semiológica da série O viver feminino pela ótica de
Chiqsland Corp., da quadrinista brasileira Fabiane Bento Langona – mais conhecida pela assinatura
Chiquinha –, publicadas no portal Universo Online, ao longo do ano de 2013. Por meio dos elementos
de semiologia e do conceito de Mitologias presentes na obra de Roland Barthes, buscamos refletir
sobre as representações da mulher na mídia contemporânea, desconstruindo o imaginário de um
feminino glamouroso e perfectível a partir das problematizações de gênero agenciadas pela autora.
Chiquinha aborda, no formato de tiras, temas que expõem de forma exagerada e irônica a maneira
como as mulheres jovens – em idade reprodutiva e ingressando no mercado de trabalho – vivenciam a
normatização do corpo feminino, face às exigências de desempenho físico e profissional, ao passo em
que precisam lidar com questões cotidianas e orgânicas, tais como TPM e depilação. A autora utiliza o
humor para rebater mitos associados à feminilidade e desnaturalizar a relação entre a vida feminina
adulta e a subordinação aos dispositivos de controle vinculados à vivência da sexualidade e aos
padrões de beleza. O texto se desenvolve em diálogo com a perspectiva de gênero de Butler (2003),
que parte de um viés político e filosófico. Utilizaremos também as concepções de grotesco de Bakhtin
(1999) e grotesco feminino de Russo (2000).
PALAVRAS-CHAVE: Grotesco feminino. Tiras. Mulheres quadrinistas. Semiologia. Metalinguagem
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
A ADAPTAÇÃO DE MENINA DE OURO PARA O CINEMA
Francisca Jucélia da Silva (CAPES/PPGL/UERN)
RESUMO: A partir do surgimento das produções audiovisuais, como por exemplo, a novela,
minisséries e filmes, que sofreram grande influência da literatura, é possível ver nas várias
adaptações de gêneros literários para as telas, sejam elas, nas telas televisivas ou nas grandes
telas do cinema, pois a sociedade que é habituada com imagens e áudio que permitem mais
afinidade entre os telespectadores e a obra literária que passa ter uma grande procura após o
acesso ao filme. Nessa perspectiva, pretendemos analisar os aspectos e as características da
personagem Maggie adaptada da obra Menina de Ouro de F. X. Toole para o cinema.
Considerando, portanto, a adaptação cinematográfica, para que se possa verificar como e
quais os aspectos dessa personagem, bem como, analisar como a semiótica interage na análise
dos signos na literatura e no cinema. Sendo assim, faz-se necessário pensar em uma análise
dos signos apresentados nas cenas do filme, para que possamos intensificar as emoções que
algumas cenas traduzem ao público. Concluímos que os diversos recursos cinematográficos,
principalmente, os tipos de planos com a posição das câmeras, que foram usados pelo diretor
e pela equipe da produção de Menina de Ouro, foram de suma importância e expressivos para
observamos os aspectos do personagem feminino Maggie Fitzgerald e sua determinação para
vencer o preconceito machista e formar uma identidade, conseguindo realizar o seu maior
desejo, ser uma boxeadora profissional. Sendo assim, pretendemos que com esse trabalho seja
possível aprofundarmos nos estudos e ampliar o conhecimento sobre adaptação/tradução,
especificamente, sobre a tradução intersemiótica.
PALAVRAS-CHAVE: Adaptação. Personagem feminino. Cinema. Reescrita. Tradução
intersemiótica.
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
A INTERLOCUÇÃO DE TRISTRAM SHANDY COM A LITERATURA
BRASILEIRA: O CASO BRÁS CUBAS
Maria Valeska Rocha da Silva (UFRN)
RESUMO: No ano em que são comemorados os 300 anos de nascimento do escritor e
satirista inglês Laurence Sterne, este trabalho oferece uma revisão das principais leituras
críticas sobre as relações entre seu principal romance, A vida e as opiniões do cavaleiro
Tristram Shandy, publicado pela primeira vez na Inglaterra em nove volumes, entre 1760 e
1767, e o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 1880, considerado um ponto de
virada na obra de Machado de Assis (CANDIDO, 2012). Para tanto, o presente estudo oferece
um panorama do que tem sido produzido pela fortuna crítica machadiana sobre esse vínculo –
estabelecido pelo próprio narrador em Brás Cubas –, abrangendo inicialmente as reações
imediatas à publicação do romance brasileiro e o tratamento das questões da identidade
nacional e do humor pelos seus primeiros críticos, ainda no século XIX. A seguir, focaliza o
prosseguimento dessa discussão na primeira metade do século XX (MAYA, 1912; PUJOL,
1917; GOMES, 1936) e mostra a paulatina construção de Sterne como um parâmetro estético
para a consideração da obra de Machado de Assis no exterior, a partir dos anos 60 (MASSA,
2008; CALDWELL, 1970). Este acompanhamento do percurso crítico comparativo entre
Tristram Shandy e Brás Cubas prossegue até o final do século XX e início do século XXI,
com a inclusão de dois estudos intertextuais que examinam ambas as obras sob dois prismas
diferentes: como manifestações da sátira menipeia (SÁ REGO, 1989) e como expoentes de
uma forma shandiana (ROUANET, 2007), respectivamente. Este trabalho conclui que o
universo dos laços entre as obras de Sterne e Machado de Assis e suas diversas interpretações
está entre os elementos de consideração essencial para o tratamento do que John Gledson
chama “o maior problema de todos, o Santo Graal dos estudos machadianos, a explicação
para a ‘crise dos quarenta anos’, e para o novo tom satírico e o experimentalismo de Brás
Cubas” (GUIMARÃES, 2004).
PALAVRAS-CHAVE: Tristram Shandy. Brás Cubas. Literatura comparada. Crítica literária.
Humor.
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
AMOR, PECADOS E MORTES: A RELAÇÃO ENTRE ESSES ELEMENTOS NA
OBRA LA CELESTINA
Erivaneide Pereira da Silva (IFRN)
José Rodrigues de Mesquita Neto (UFRN/UERN)
RESUMO: A proposta desse trabalho é analisar, principalmente, a temática morte e sua
relação com os pecados capitais na obra renascentista La Celestina, publicada em 1499, de
Fernando de Rojas. Observando que os pecados caminham paralelos aos episódios da morte,
sendo perceptível na ação de cada um dos personagens. E por apresentar as temáticas que se
contrastam como o amor e a morte, a referida novela proporciona múltiplas reflexões,
principalmente, no que se refere à consequência das ações de cada personagem. Para realizar
esse trabalho fizemos a leitura da obra em três versões (sendo a primeira de Dorothy S.
Severin (2002) que é a obra mais completa e possui um espanhol mais arcaico, a segunda uma
adaptação com uma linguagem mais familiar e a terceira e última uma versão em português de
Millôr Fernandes (2008), além de leituras sobre o marco histórico no qual foi escrito a obra e
outras mais sobre a temática morte, para isso usamos Jiménez e Rodríguez (2008) e Maranhão
(1986) respectivamente. Para finalizar, conseguimos observar como essas três temáticas
caminham de forma paralela na obra. Começando pelo amor entre Calisto e Melibeia, os
pecados que vem sendo realizados pelos personagem por causa desse amor e as seguidas
mortes.
PALAVRAS-CHAVES: La Celestina. Amor. Pecado. Morte.
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
BREAK ON THROUGH: A DUALIDADE E ALUSÕES À BÍBLIA DE JIM
MORRISON E WILLIAM BLAKE
Gilvan Lima Silva (FECLESC)
RESUMO: A cena cultural e musical no final dos anos 60 estava explodindo nos Estados
Unidos e também no mundo. Neste período, as drogas, o sexo e o rock’n’roll estavam no auge
bem como o movimento hippie. Foi neste cenário, em 1967, que a banda The Doors veio à
tona. Jim Morrison, cantor da banda The Doors, compositor e poeta norte-americano deixou-
se influenciar por diferentes escritores, como por exemplo: William Blake, o primeiro grande
poeta do romantismo inglês. Nota-se inclusive no próprio nome da banda, que tem origem do
título do livro The doors of perception (1954) de Aldous Huxley no qual provém de uma
citação de William Blake. Além disso, Morrison compartilhou das ideias e temáticas de
Blake, perceptível tanto em suas músicas quanto em suas entrevistas, nas quais sempre
recorria aos pensamentos de Blake, como por exemplo, para falar de sua visão apocalíptica.
Desta forma, este trabalho tem como objetivo analisar a música break on through da banda
The Doors, apontando as semelhanças e de como elas são trabalhadas nas temáticas, que
ambos artistas, dois revolucionários, utilizaram na composição de seus trabalhos, dando
ênfase na questão da dualidade e das alusões à Bíblia, nas quais expressam ideias totalmente
diferentes dos ideais da sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Jim Morrison. William Blake. Dualidade. Alusão Bíblica.
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
O CONTEXTO HISTÓRICO E OS CONFLITOS RETRATADOS ATRAVÉS DO
REALISMO MÁGICO NA OBRA: PEDRO PÁRAMO DE RUAN RULFO
Maria Dayane de Oliveira (UERN/CAMEAM)
Maria Jackeline Rocha Bessa (UERN/CAMEAM)
Marta Jussara Frutuoso da Silva (Orientadora - UERN)
RESUMO: Sabe-se que não se pode aprender uma língua apenas assimilando estruturas
gramaticais e aspectos fonético-fonológicos, é necessário conhecer também a cultura e os
costumes de determinado povo, para então compreender especificidades da mesma. Partindo
desse pressuposto este trabalho surge a partir das discussões e exposições nas aulas da
disciplina de literatura hispano-americana III da grade curricular do curso de letras espanhol
da UERN/CAMEAM e da necessidade de se trabalhar a cultura e a identidade de um povo
através da literatura. Sendo assim, nosso objetivo é analisar o contexto histórico que perpassa
a obra Pedro Páramo, de Ruan Rulfo, considerado um dos principais representantes do
Realismo mágico durante a revolução novelística dos anos 40, que constitui o Corpus de
nossas análises. Para este estudo, nos apoiaremos em Rulfo (2001), Ferrer (1990), Josef
(1989), Rodriguez (2004), entre outros. Esperamos com este trabalho, apresentar resultados de
um estudo inicial sobre o contexto histórico da obra, e sobre como, as características do
Realismo mágico estão refletidas na novela de Ruan Rulfo. Esperamos ainda que este trabalho
sirva como referência para alunos e professores brasileiros, que tenham interesse em trabalhar
com literatura no ensino de língua espanhola, uma vez que é de suma importância o trabalho
com a literatura para uma maior compreensão e assimilação de identidades culturais.
PALAVRAS- CHAVE: Pedro Páramo. Realismo Mágico. Contexto Histórico.
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
O PRAZER DE LER: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE LEITORES
LITERÁRIOS DE ALUNOS DE ESPANHOL
Jozadaque Pereira da Cunha (UERN)
Maria Michele Colaço Pinheiro (UERN)
RESUMO: O presente artigo foi desenvolvido a partir de reflexões sobre o papel do texto
literário nas aulas de espanhol como língua estrangeira realizadas durante as discussões nas
aulas do Mestrado em Letras na UERN/CAMEAM. Naquelas discussões ficou evidente a
importância do texto literário para o ensino e aprendizagem de línguas, além de contribuir
para uma ampla formação cultural do aluno. Apesar dessa importância verificamos que são
poucos os alunos atraídos por essa leitura e que esse desinteresse poderia ser resultado das
estratégias utilizadas pelo professor na sala de aula. Diante disso, discutimos nesse artigo
bases teóricas com o objetivo de contribuir para a formação de leitores literários de alunos de
língua espanhola como língua estrangeira, mas especificamente do ensino médio. Para isso
nos embasamos em autores como Filola (1998) e (2004), Muñoz (2007), Cosson (2009),
Soares (2009), Kato (2007), OCEM (2008), PCNEM (2000) e Colomer (2003). Com essas
leituras concluímos que o primeiro passo para a formação desses leitores é despertar o
interesse do aluno através da motivação, ou seja, o momento em que antecede a leitura exata
com a contextualização. Além da motivação, verificamos que a interação entre o texto e o
leitor é fundamental para a compreensão e o prazer do texto lido e por último, a avaliação que
deve ser centrada na interpretação.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Literatura. Espanhol.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
O TEATRO DO ABSURDO ONTEM E HOJE
Isabela Feitosa Lima Garcia (UECE)
Nathalia Bezerra da Silva Ferreira (UECE)
Francisco Carlos Carvalho da Silva (Orientador - UECE)
RESUMO: Samuel Beckett (1906-1989) é considerado um dos pioneiros do "Teatro do
Absurdo", teatro que buscava uma expressividade inovadora, propondo uma reflexão sobre o
absurdo da condição humana. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo estava destruído e
dividido pela Guerra Fria. Os valores e crenças haviam sido destruídos, a humanidade vivia
um pesadelo em que não havia certeza alguma, nem esperanças. A sociedade vivia um estado
de apatia, em que a "vida" perdera todo seu sentido. A impotência humana diante do caos
gerou uma crise espiritual, pois as pessoas desiludidas questionavam a existência de um ser
"superior" que poderia salvá-las. Nesse contexto, surge então, o "Teatro do Absurdo", sua
construção altamente racional, visava criticar a estupidez humana instalada no pós-guerra. Ele
retrata a absurdidade, refletido em ações absurdas de suas personagens; ao expor essa
situação, abre espaço para a tomada de consciência pelo homem, da falta de sentido (ou,
portanto, do sentido absurdo) da sua condição. Assim sendo, o presente trabalho tem como
objetivo principal traçar uma análise hermenêutica do "Teatro do Absurdo" relacionando-o ao
contexto sócio histórico do seu surgimento e, mostrando ainda o impacto que o mesmo
causou no período. Para tanto, recorreremos aos conceitos de teatro presente em Dicionário
de Teatro (2005), de Ubiratan Teixeira, "absurdo" em O mito de Sísifo (1989) de Albert
Camus e "Teatro do Absurdo" em The theatre of the absurd (2001) de Martin Esslin.
PALAVRAS-CHAVE: Teatro. Absurdo. Teatro do Absurdo.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
O TEXTO LITERÁRIO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O
APRENDIZADO DE LÍNGUA ESPANHOLA
Maria Michele Colaço Pinheiro (UERN)
Jozadaque Pereira da Cunha (UERN)
RESUMO: Apresentamos neste artigo uma visão atual da importância que é dada ao texto
literário no ensino de Língua Espanhola no Brasil. Nos anos 50, no método gramática-
tradução, o texto literário era a base dos estudos de qualquer língua estrangeira, mas o foco
era dado apenas na tradução. Atualmente, os livros didáticos, baseados no método
comunicativo, dão um espaço muito pequeno ao texto literário, geralmente aparecem apenas
nos apêndices ao final de cada unidade, focando apenas os aspectos culturais, subutilizando
assim, seu uso. O presente trabalho tem como objetivo investigar o tratamento dado a
literatura em sala de aula, com o fim de apresentar uma visão atual da situação do texto
literário como instrumento didático utilizado nas aulas de Língua Espanhola. A metodologia
utilizada será a análise e comparação de dados apresentados em artigos, dissertações e teses
publicadas na última década com pesquisas relacionadas ao tema. A base teórica para o
desenvolvimento da pesquisa será Aragão (2006); García (2006); Valades (2004); Paiva
(2012); Calvo (2009); Moreira, Braga e Sousa (2012); Fernandes e Marreiro (2010); Dantas e
Lima (2010). Este trabalho contribuirá para que professores da área de Língua Espanhola
possam refletir sobre a importância da literatura no ensino de Línguas, contribuindo assim
para um aprendizado mais eficaz e global.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Texto. Espanhol.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
OS CRIMES COMETIDOS POR AMARO VIEIRA EM O CRIME DO PADRE
AMARO – EÇA DE QUEIRÓS
Emanuele Camila Gomes Ferreira (FVJ)
Fernanda Aparecida Alves da Costa (FVJ)
RESUMO: A obra O crime do Padre Amaro foi publicada em três versões: a primeira versão
foi publicada em forma de folhetim em 1875; em 1876, a obra é reformulada e publicada
novamente, mas é no ano de 1880 que a obra toma forma de narrativa literária e é publicada,
dessa vez, como edição em volume. Nessa obra, Eça de Queirós se utiliza da ironia para
criticar e denunciar o clero português que por vezes pregava a moralidade em suas igrejas,
mas não agia da maneira com a qual pregavam. Propôs com essa narrativa mostrar a
realidade social, da qual não tratavam os escritores do Romantismo. Esta narrativa apresenta
traços deterministas, pois as personagens apresentam o caráter convencionado pela herança,
pelo meio e pela circunstância (momento histórico). Partindo dessa premissa, encontramos em
O crime do Padre Amaro a realidade presente nessa sociedade da qual o autor fazia parte,
com intuito de desmascarar a imoralidade da igreja e da burguesia da época, que se
contrapõem à realidade que a igreja tanto primava. Para dar respaldo ao nosso trabalho, nos
embasaremos em Filho (1995) e Júnior (1980 e 1990), pois esses autores falam sobre a
transição do Romantismo para o Realismo e nos mostram aspectos da obra de Eça de Queirós
em análise.
PALAVRAS-CHAVE: Realismo. Crítica religiosa. Determinismo.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
OS REFLEXOS POLÍTICOS NA OBRA CANTO GERAL DE PABLO NERUDA
Francisca Aldilene Alves (UERN/CAMEAM)
Marta Jussara Frutuoso da Silva (UERN/CAMEAM)
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo promover um esclarecimento sobre os reflexos
políticos na poesia de Pablo Neruda, ressaltando a importância de sua poesia engajada, no
tocante ao poeta chileno ter sido um eterno engajado, um incansável defensor do povo. Seus
versos presentes no livro Canto Geral (1984), nos poemas “Ao meu Partido, “González
Videla, o traidor do Chile” e “A grande alegria” constituem o corpus dessa pesquisa que serve
de instrumento e arma contra as injustiças sociais de seu tempo a partir de 1946. A presente
pesquisa se insere na linha de pesquisa bibliográfica e de método de abordagem dedutiva que
se propõe em compreender as raízes do engajamento político, enfatizando, como a utilização
das palavras poéticas serviram de combate e ação política e a relação do poeta com a causa
comunista. Para tanto, nos embasaremos nos estudos de Costa (2006), Fernandes (2010)
Sartre (1973) Candido (2006), entre outros que abordam toda a trajetória de Pablo Neruda
politicamente e poeticamente. Ao longo dessa pesquisa fazemos uma abordagem sobre a arte
pela arte e arte e poesia engajada, posteriormente traçaremos um panorama da vida e obra de
Pablo Neruda e todas as motivações que o poeta seguiu para a criação de sua poesia política,
finalmente apresentaremos as análises de três poemas que fazem referência a três momentos
na poesia engajada nerudiana. A vida, obra, o pensamento, a ação política de Neruda, entre
seus sonetos de amor e o platonismo pela política chilena interferem diretamente nas decisões
políticas do poeta. Sob essa perspectiva realista, chegamos a uma conclusão que a liberdade
de ação do poeta e político é limitada, e diante desse quadro, emerge a trajetória política e
intelectual de Neruda.
PALAVRAS-CHAVE: Pablo Neruda. Poesia. Político. Engajamento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
SOR JUANA E GREGÓRIO DE MATOS: CONFLUÊNCIAS TEMÁTICO-
BARROCAS
Leila Maria de Araújo Tabosa (Doutoranda - UFRN)
Ciro Soares dos Santos (Doutorando - UFRN)
RESUMO: O presente trabalho, destinado ao grupo de trabalho cujo título é “Literaturas de
Línguas Estrangeiras”, para o III Conlid-2013, se insere no conjunto dos trabalhos de
perspectiva teórico-analítica de estudo literário comparativo de um corpus poético integrado
por sonetos filosófico-morais, em espanhol, de Sor Juana Inés de la Cruz (1651-1695) e, em
português, de Gregório de Matos e Guerra (1636-1696). A análise será orientada pelas teorias
barrocas mais recentes, as quais compreendem o barroco a partir das noções de elipse
kepleriana, a obra Barroco (SARDUY, 1989), “eon”, do estudo O barroco (D’ORS, 1990) e
a curva ao infinito, da publicação A dobra: Leibniz e o barroco (DELEUZE, 1991) a fim
garantir consistência à reflexão temática a ser priorizada no estudo com base nos livros
Estudos sobre o barroco de Hartzfeld (2002) e La época barroca en el México colonial de
Leonard (1976). O sentimento de vazio frente às vanidades do mundo diante do qual o
homem se percebe é tema recorrente na obra dos escritores barrocos mesmo sem haver
cogitação de comunicação entre Gregório de Matos e Sor Juana: as duas personalidades
históricas encarnam em suas biografias e em seus poemas o espírito de seu tempo, uma no
Brasil colonial, outra na Nova Espanha. O objetivo da análise é o de apresentar os poemas de
Sor Juana em comparação aos de Gregório de Matos como objetos da estética do barroco com
sincronias temáticas relacionadas com a estrutura de sua época de primeira leitura-circulação.
As duas obras são legados estético-culturais que podem ser lidos entre si, tanto no século
XVII como na contemporaneidade a partir de uma perspectiva moderna na concepção de
barroco na atualidade.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura estrangeira. Literatura brasileira. Sor Juana. Gregório de
Matos. Barroco.
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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ: EXPRESSÃO DE AMOR E DE DEVOÇÃO AO
CONHECIMENTO
Andresa Soares Carvalho (IFRN)
Ciro Soares dos Santos (UFRN)
RESUMO: O barroco hispano-americano atingiu seu auge no século XVII, período
conhecido como el siglo de Oro no Novo Mundo, época marcada pelo domínio da Igreja
Católica e pela rigidez de uma sociedade patriarcal. Nesta época, a monja mexicana Sor Juana
Inés de la Cruz ganha notoriedade por sua expressão de amor e de devoção ao conhecimento.
Para abordar a temática de Sor Juana como intelectual religiosa e devotada ao estudo,
recorremos às considerações de Alfonso Méndez Plancarte, em Obras Completas de Sor Juana
Inés de la Cruz, e em Sor Juana Inés dela Cruz o las trampas de la Fe, de Octávio Paz. A partir
desses autores, apresentamos, por meio da contextualização sociocultural e da análise
estrutural do soneto de Amor y Discreción número 166, da redondilla número 92 das Sátiras
Filosóficas, além dos documentos Carta Atenagórica e a Respuesta a Sor Filotea de la Cruz,
como o amor da “Fénix Mexicana” à literatura é correlato de um viver dedicado à leitura,
demonstrado a partir da Nota Biográfica e no decorrer deste estudo a beleza dos versos da
Décima Musa. A destreza de sua argumentação e a profundidade intelectual de suas
referências teológicas e filosóficas reflete sua dedicação ao estudo para elaborar poesia. A
construção dos poemas a partir de jogos lúdicos com a linguagem desperta o interesse de
novos estudos, bem como, gera uma rica fonte de informação para o processo de ensino-
aprendizagem da Língua Espanhola.
PALAVRAS-CHAVE: Sor Juana. Amor. Devoção. Conhecimento.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
A AUTORIDADE QUE TRANSITOU: UM ESTUDO SOBRE OS DISCURSOS DE
SUJEITO-PROFESSOR E SUJEITO-ALUNO A PARTIR DAS RELAÇÕES DE
PODER EM SALA DE AULA
Carolina Coeli Rodrigues Batista (UFPB)
RESUMO: Considerando a escola um espaço onde essas relações de poder se tornam
bastante evidentes, estudamos de que modo se estabelecem essas relações a começar da
associação estabelecida por Foucault entre poder e saber, já que, a escola é um importante
vetor da consolidação dessa relação. Assim, analisamos quais são os artifícios dos quais o
professor se utiliza enquanto “detentor do poder” a fim manter-se nessa posição, as vontades
de verdade das quais o sujeito-professor lança mão para formular os jogos de verdade que
“regulam” o comportamento do sujeito-aluno, apesar da perceptível diminuição da autoridade
daquele (sujeito-professor) no espaço da sala de aula, as estratégias de resistência das quais
esse sujeito-aluno se vale diante do poder do professor, e, principalmente, o modo como
atualmente se dá a subjetivação dos indivíduos em sujeito-professor e sujeito-aluno na nossa
sociedade. Nosso estudo fundamenta-se teoricamente na Análise do Discurso de Linha
Francesa, mais especificamente nas teorizações foucaultianas que envolvem temas como
subjetivação, discurso, saber, poder e disciplina. Para ilustrar nosso trabalho, utilizamos
trechos de transcrições de aulas coletadas em uma escola estadual da cidade de Campina
Grande - PB. O presente trabalho propõe alguns pontos de reflexão a partir da observação e
análise da relativa perda da autoridade do sujeito-professor no espaço da sala de aula e dos
novos lugares ocupados por sujeito-professor e sujeito-aluno na cadeia das relações de poder
que envolvem o espaço da sala de aula. Podemos observar que diversos fatores como as novas
tendências pedagógicas, as práticas jurídicas relacionadas à criança e ao adolescente, a nova
estruturação da instituição família e fatores de ordem sócio-econômica estão diretamente
ligados à constituição de um sujeito-professor diferente do de outrora, assim como desse
“novo” sujeito-aluno que se apresenta na contemporaneidade.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Subjetivação. Saber. Poder. Sala de aula.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DO IDEB E SEUS EFEITOS NA CONSTITUIÇÃO
DA IDENTIDADE DA ESCOLA E DO PROFESSOR
Elaine da Silva Reis (UFCG)
RESUMO: Os discursos políticos referentes à qualidade da educação passaram a ser
disseminados na sociedade brasileira com maior ênfase em meados dos anos 1990, momento
em que a qualidade da educação tornou-se objeto de regulação federal. Sendo assim, sob a
construção discursiva da eficácia do monitoramento da qualidade do ensino formal no país, de
modo a contribuir com sua elevação, políticas de avaliação externa, como o IDEB,
consolidaram-se no cenário educacional brasileiro e vêm interferindo na organização da
escola e na organização do trabalho escolar. Partindo da compreensão de que esses discursos
ratificam na sociedade estereótipos que marcam a instituição escolar e, em particular, a
identidade do sujeito professor, este trabalho busca investigar os discursos que embasam as
políticas públicas relacionadas à implantação do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) no Brasil e seus efeitos na constituição da identidade da escola e do sujeito
professor. Tratando-se de uma pesquisa qualitativa documental, o presente estudo examina
documentos que tratam da avaliação do sistema educacional, da qualidade da educação básica
e, particularmente, do IDEB. Para tanto, respalda-se nos pressupostos teóricos da Análise do
Discurso (AD) de linha francesa, a partir de autores como Pêcheux (1997), Robin (1977) e
Courtine (2006), em conceitos foucaultianos como discurso, relações de poder e vontades de
verdade e nos Estudos culturais, representados por Hall (2006), Bauman (2005) e Silva
(2000).
PALAVRAS-CHAVE: Discursos. IDEB. Escola. Professor.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
Dalva Pereira Barreto de Araújo (UEFS)
Mayane Santos Amorim (UEFS)
RESUMO: A realidade escolar brasileira está imersa em um contexto de obstáculos
construídos pelo modelo de sociedade que se formou nos últimos séculos e que se consagra na
atualidade. Inovar e transpor as práticas arraigadas no sistema de ensino é um desafio, na
medida em que o que interessa ao modelo educacional vigente são resultados apresentados
por dados quantitativos que alimentam as estatísticas. Partindo desse pressuposto, pretende-se
fazer neste trabalho uma análise da gestão desenvolvida em uma escola pública da rede
estadual de Feira de Santana-BA, relacionando-a às orientações previstas na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB) e no Plano Nacional de Educação (PNE) que expressam
a necessidade da democratização da gestão do ensino público na educação básica, com o
objetivo de responder a indagação: a efetivação da gestão democrática em uma Unidade de
Ensino contribui para o desenvolvimento de uma educação transformadora no contexto social
e educacional vigente? Utilizou-se como suporte teórico para análise os estudos de Vítor
Henrique Paro voltados para a gestão escolar democrática, os estudos de Ilma Passos
Alencastro Veiga focados no Projeto Político Pedagógico e os estudos de Paulo Freire, entre
outros teóricos. O resultado da análise demonstra que a democratização da gestão escolar
começa a ser efetivada na medida em que o Projeto Político Pedagógico passa a ser
executado, pois a construção coletiva desse documento inicia o processo, no momento em que
abre espaço para as comunidades escolar e local participarem das decisões, discussões e
deliberações que compõe o dia-a-dia de uma escola. Quanto ao desenvolvimento de uma
educação transformadora, é possível perceber avanços na construção de um espaço escolar
possibilitador de uma prática pedagógica que permite o conhecimento da realidade social, de
novas concepções e de novas tecnologias que articulem teoria e prática, ambos instaurados
pelo exercício da gestão participativa e democrática.
PALAVRAS-CHAVE: Gestão democrática. Educação. Sociedade.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
A IMAGEM DOS ALUNOS SOBRE A PRODUÇÃO DE TEXTOS: OLHARES DO
PROFESSOR E DOS ALUNOS-BOLSISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Manoel Guilherme de Freitas
Antônia Cláudia de Lucena
Eliane Fabiana Peixoto de Queiroz
José Adalberto Silva Pereira
RESUMO Este artigo objetiva refletir acerca da concepção e/ou imagem de que têm os
alunos do ensino médio noturno da Escola Estadual Professora “Maria Edilma de Freitas”,
escola-campo do subprojeto: “Ler para retextualizar: interagindo com as linguagens”, do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/UERN), a partir do ato de
produção de textos escritos pelos sujeitos-aprendizes in loco, durante as aulas de língua
portuguesa, especialmente da sequência textual: expositivo-argumentativa. Neste corpus,
faremos alusão à corrente francesa de Análise de Discurso, doravante, AD, pois acreditamos
ser imprescindível à compreensão da imagem (contato inicial) dos alunos com a produção de
textos. Nesse sentido, citaremos nesse esboço teórico-conceitual: Ruiz (2010), Brandão
(2000), Mussalin (2005), Freitas (2008), Reboul (2000), Koch & Elias (2009, 2010), dentre
outros. Assim sendo, pretendemos palativamente desconstrui-la através das teorias
enunciativas e /ou discursivas da linguagem, que não se limita a esquemas formais de textos, a
modelos estanques de leitura e de escrita, contudo a partir de situações reais de aprendizagens.
Para tanto, aos poucos, essa interpretação equivocada de produção de texto foi sendo superada
através de possibilidades plurais e heterogêneas de acesso à escrita. Portanto, os modelos de
redações escolares entendidas como estanques, fórmulas prontas, acabaram sendo superadas
com significações e retextualizações, num ato concreto e interativo dos alunos da escola-
campo com tais produções.
PALAVRAS-CHAVE: Imagem. Análise do Discurso. Produção de textos. Redações.
Expositivo-argumentativo.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA QUALIDADE DE ENSINO E NO PROCESSO DE
DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA
Geniclébia de Oliveira Augusto (UERN)
Jonas Leonardo Mesquita de Amorim (UERN)
Francisca Otília Neta (UERN)
Orientadora: Arilene Maria Soares de Medeiros (UERN)
RESUMO: Esta comunicação discute a participação dos pais na qualidade de ensino e no
processo de democratização da gestão, apresentando diferentes concepções de autores que
pesquisam estes temas, tomando como referência teórica artigos publicados nas revistas
Educação & Sociedade, Linhas Críticas, Revista Brasileira de Educação (ANPED) e Revista
Brasileira de Política e Administração da Educação (ANPAE), na última década. O trabalho é
decorrente da pesquisa Investigando a Escola Pública sob a Perspectiva da Família, financiada
Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN) e vinculada ao
Grupo de Estudos e Pesquisa em Estados, Educação e Sociedade – GEPEES, cuja
metodologia utilizada consiste num levantamento de artigos publicados, seguido de leitura e
fichamento, com apresentação e discussões no grupo de pesquisa. Pretende-se discutir como a
qualidade de ensino é compreendida na perspectiva dos pais, buscando nas pesquisas de
autores que estudam este tema e como as participações desses pais contribuem para a
qualidade de ensino e democratização da escola. Enfim, como é importante que os pais
estejam presentes na vida escolar dos filhos, motivando-os para que realizem atividades,
melhorando seu desempenho escolar, cabe á escola favorecer a participação e contribuição. E
também como estes pais contribuem para o processo de democratização da escola.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
ANÁLISE DAS EMENTAS DE LITERATURA NA GRADUAÇÃO: VOZES DA
RELAÇÃO LITERATURA E ENSINO USP E UERN
Afrânio Gurgel de Lucena (UERN)
Maria Edileuza da Costa (UERN)
RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise de enunciados do Curso Letras/Português
como propostas de ensino que regulamentam uma das bases da prática docente. Para tanto,
foram analisadas as Ementas/Programas Resumidos de Literatura da Universidade de São
Paulo – USP e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. Fizemos um
estudo sobre as condições de fundação e institucionalização da USP como ideal paulista de
formação das elites que viriam a garantir governabilidade nacional; e da UERN como
realidade potiguar da interiorização do ensino superior. Para compreendemos o corpus como
possível proposta disciplinar, buscamos no conceito foucaultiano de disciplina um aporte
teórico que eleva o entendimento das propostas curriculares no ensino superior. Como
sustentação teórica, temos: Foucault (2000, 2009, 2010); Medeiros (2009); Todorov (2012);
Weber (2011); Chiappini (1988, 2005); Cardoso (1982); dentre outros que verbalizam os
estudos dos enunciados didáticos e a proposta de se ter um ensino moderado a partir do texto
literário como condição curricular para a relação literatura e ensino na formação do futuro
professor. Diante das inúmeras disciplinas que formam as grades curriculares das duas IES
supracitadas, nosso corpus emergiu dos seguintes componentes curriculares: Literatura
Portuguesa I, II e III e Literatura Brasileira I, II, III e IV.
PALAVRAS-CHAVE: Ementas/Programas Resumidos. Formação docente. Literatura e
ensino.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
ARTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POSSIBILIDADES DE
DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA
Maria do Socorro da Silva Batista (UERN)
Roberlilson Paulino da Silva (UERN)
RESUMO: O trabalho discute a relação entre arte e educação ambiental enquanto estratégia
de formação da consciência crítica no ensino fundamental. A partir de revisão bibliográfica e
análise documental, abordamos a problemática inerente ao meio ambiente a partir dos seus
determinantes e a educação ambiental numa perspectiva crítica capaz de formar para o
exercício da cidadania. Nesta perspectiva analisamos que a arte pode contribuir para a
conscientização ambiental pois abrange um conjunto diversificado de conhecimentos que
possibilitam a transformação do ser humano, propicia o desenvolvimento do pensamento
artístico e tende a aguçar a reflexão necessária à formação de valores socioambientais. Sendo
a escola um espaço privilegiado para a realização da educação ambiental, defendemos uma
ação interdisciplinar que contemple a formação de conceitos, hábitos e atitudes
socioambientais com o apoio de atividades artístico-culturais. Concluímos que a arte e a
educação ambiental são ferramentas essenciais para o desenvolvimento de uma educação
crítica, que propicia a cidadania e reflexão. Destacamos, no entanto que é necessária uma
melhor articulação entre essas áreas de conhecimento, de modo a propiciar maior
aprofundamento teórico sem limitações aos aspectos meramente práticos. Isto torna necessária
a inclusão de forma mais intensa destas temáticas em todos os níveis de ensino e
primordialmente nos cursos de formação de professores, bem como nos projetos pedagógicos
das escolas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação ambiental. Arte. Formação. Interdisciplinaridade.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, LINGUAGEM... NOS DISCURSOS DE ALUNOS
CONCLUDENTES EM LETRAS
José Marcos de França (UFPB)
RESUMO: Neste artigo, um recorte de nossa tese de doutoramento, temos como objetivo
apresentar os resultados parciais de nossas análises dos discursos de sujeitos-alunos do curso
Letras-português, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sobre as concepções de língua,
linguagem, gramática e ensino de língua materna a partir das respostas dos questionários
aplicados. Nosso propósito neste trabalho é analisar, sob os aportes da Análise do Discurso
(AD) francesa, os discursos sobre as concepções de língua, linguagem, gramática e ensino de
língua materna que possam revelar em que jogos de verdade estão envolvidos e que vontades
de verdade e saber-poder, que envolvem tais concepções, foram absorvidos pelos sujeitos-
alunos e como eles são revelados no seu dizer, no sentido de constatar se e até onde eles estão
alinhados com as “verdades” e “saberes” da proposta do Projeto Pedagógico do curso, o qual
objetiva formar “novos” professores sob os paradigmas das ciências da linguagem, com
concepções claras e objetivas de conceitos norteadores para o ensino de língua materna em
flagrante contraponto com um ensino normativo-gramatical tradicional. Os sujeitos-alunos em
foco desta pesquisa foram os concludentes do referido curso, do período 2012.2, formados
dentro da grade curricular implantada com a reforma curricular proposta no Projeto
Pedagógico que passou a vigorar em 2008.2. Isso se justifica na medida em que a grade
curricular “nova” procura abranger nas diversas disciplinas criadas as “novidades” científico-
linguísticas do campo das Letras, a começar pela terminologia empregada. Com esse
procedimento, buscamos averiguar com que concepções de língua, linguagem, gramática e
ensino de língua materna o egresso do curso Letras-português estava saindo do referido curso
para entrar no campo de trabalho, como professor de língua materna: se foram
“contaminados” pelos novos paradigmas conceptuais e como isso se revela.
PALAVRAS-CHAVE: Língua. Linguagem. Ensino de língua materna. Gramática. Curso de
Letras.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)
RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar as contribuições de
eventos de formação continuada vivenciados por professores de Língua Portuguesa
envolvidos no Programa Ensino Médio Inovador, doravante ProEmi. A pesquisa foi realizada
em uma escola pública estadual da zona urbana da cidade de Campina Grande – PB, durante
os meses de Junho e Julho de 2013. Para tanto, participamos e audiogravamos três eventos de
formação, todos voltados para a elaboração de enunciados para questões didáticas, ministrado
por uma professora da área de Letras da Universidade Federal de Campina Grande. A referida
formação continuada aconteceu na própria escola em que trabalham os docentes e, diante das
experiências vivenciadas, concluímos que a formação recebida contribuiu significativamente
para a formação profissional do professorado. Para fundamentação de nosso estudo nos
apoiamos em Alves (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nóvoa
(1991), Perrenoud (2002) e Tardif (2002). É importante destacar a relevância dos estudos da
Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem
contribuído expressivamente para o desenvolvimento de pesquisas dessa grande área que se
consolidou como Formação de Professores.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio Inovador. Formação continuada. Contribuições.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: UMA REALIDADE A SER
ANALISADA A PARTIR DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Maria Clivoneide de Freitas Freire
Maria de Fátima de Carvalho Dantas
Maria Bonfim Gonçalves
RESUMO: Este artigo objetiva contextualizar, discutir e analisar o processo de
ensino/aprendizagem de língua materna, a partir do livro didático de língua portuguesa
(doravante LDP), do 1ºano do ensino médio, de uma escola pública estadual, da cidade de Pau
dos Ferros/RN. O LDP a ser analisado é de autoria de Abaurre & Abaurre & Pontara (2010).
A análise será feita observando o fato de as autoras praticamente não apresentar uma proposta
didático-metodológica para trabalhar com as novas tecnologias (e-mail, blog, facebook,
twitter, entre outros exemplos afins), limitando-se apenas a fornecer endereços de sites.
Procedimento esse que parece não atende às necessidades prementes dos professores e dos
alunos, frente à vivência com o letramento digital, haja vista que essa vivência exige um
conhecimento sistematizado para evolução/ascensão dos sujeitos usuários. Para a realização
desse objetivo nos apropriamos das referências teóricas de Dimenstein (2011), Dickinson
(2005), Xavier (2004), Xavier et al (2011), Lima (2010), Brasil (2000), Bunzem e Mendonça
(2013), Shepherd e Saliés (2013), entre outros teóricos que discutem essa vertente.
Compreendemos que no atual contexto sociohistórico não se deve pensar o
ensino/aprendizagem de língua materna aquém da experiencialidade com o uso dos recursos
tecnoculturais mediados pelo computador conectado à internet. Dessa forma, avaliamos ser
imperioso que o livro didático de língua portuguesa, enquanto um recurso didático presente,
no dia a dia da sala de aula, esteja em sintonia com as alternativas de trabalho no âmbito das
múltiplas linguagens. Uma prioridade ímpar para os sujeitos aprendizes no que diz respeito ter
acesso ao letramento digital em prol do atendimento às suas necessidades sociais, dentro da
sociedade pós-moderna.
PALAVRAS-CHAVE: Livro didático de português. Novas tecnologias. Professores e alunos.
Ensino/aprendizagem de língua materna. Internet
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
BLOG: UMA FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO
INOVADOR
Maria Francilene Câmara Santiago (UERN)
RESUMO: Percebendo que numa escola estadual de Apodi, há um projeto no qual a
professora introduz o uso do Blog como ferramenta de aprendizagem, este artigo analisa o uso
pedagógico do Blog no Ensino Médio Inovador, como ferramenta de aprendizagem
colaborativa na construção e sistematização do conhecimento. Os objetivos específicos foram:
constatar como a escola trabalha com o Blog; analisar as condições de funcionamento e
utilização do Blog pela comunidade escolar; investigar como o Blog está sendo utilizado
como espaço de aprendizagem pelos estudantes e verificar se está sendo uma ferramenta para
melhorar os níveis de leitura e de escrita dos estudantes. Para atingir tais objetivos
desenvolvemos uma pesquisa de campo, de natureza qualitativa e caráter descritivo. Os
instrumentos de coleta foram: a análise das publicações no Blog Portal do AD e dois
questionários compostos de perguntas subjetivas aplicados respectivamente, junto à
professora e os 23 alunos envolvidos no projeto. Os dados coletados revelaram que há falhas
na metodologia, especificamente no que diz respeito à revisão dos textos por parte da
professora juntamente com os alunos, mas o Blog tem sido uma ferramenta de aprendizagem
interessante, pois motiva os estudantes na realização de atividades educativas fundamentadas
numa perspectiva formativa e serve também como ponto de partida para o desenvolvimento
das novas estratégias de ensino.
PALAVRAS CHAVE: Blog. Tecnologias. Escola. Aprendizagem.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: O TEXTO PUBLICITÁRIO NO PROCESSO
EDUCOMUNICATIVO
Anadelly Fernandes Pereira Alves (UERN)
RESUMO: A contemporaneidade vem sendo marcada por constantes mudanças na
comunicação, além de fortes transformações culturais e sociais. A globalização possibilitou
conexão em tempo real por meio da internet, favorecendo uma comunicação instantânea entre
diferentes partes do mundo, além de cruzar conteúdos adquiridos em diferentes mídias. Nesse
sentido, o atual cenário, brevemente descrito, deu à comunicação a possibilidade de ser vista
como parte de um processo educativo, criador de novas linguagens e de novas condições para
o aprendizado. Soares (2011) classifica a união entre a prática formal da escola e a informal,
presente nas tecnologias de comunicação, como Educomunicação, e reconhece a importância
da mídia para a educação, uma vez que cria novos campos de atuação que possibilitam a
convergência de saberes. A publicidade, como enunciatário dos discursos sociais, é presença
constante na sociedade atual, inclusive na escola, tanto para os educadores quanto para os
educandos. Com isso, a parte empírica desse estudo implica em uma pesquisa exploratória
baseada em uma revisão bibliográfica, buscando entender como o texto publicitário pode
auxiliar no processo educomunicativo. Conclui-se que o texto publicitário no ambiente
escolar motiva o aluno a não ser um receptor influenciado pelo discurso midiático, uma vez
que poderá leva-lo ao consumo exagerado.
PALAVRAS-CHAVE: Educomunicação. Linguagem. Texto publicitário.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
CONSTRUÇÃO DO GÊNERO PROJETO DE PESQUISA EM TURMAS DE
GRADUAÇÃO EM LETRAS
Joseane Campêlo da Silva (UFRN)
Profa. Orientadora Drª. Ana Maria de O. Paz (UFRN)
RESUMO: Este trabalho faz parte da pesquisa “Projeto de letramento com foco na escrita da
iniciação científica e suas implicações para a agência no domínio acadêmico” desenvolvido
na UFRN - CERES- DLC (Campus de Currais Novos). Seu objetivo consiste em relatar
vivências experienciadas pelos alunos da graduação em Letras ao produzirem projetos de
pesquisa em aulas da disciplina Produção de textos III. A pesquisa insere-se na vertente das
investigações de natureza qualitativa (BODGAN; BIKLEN, 1994; STAKE, 2011) e no
âmbito da Linguística Aplicada. Adotamos como procedimentos metodológicos a realização
de leituras teóricas, observação do processo de construção e apresentação dos projetos
produzidos no decorrer das aulas, assim como entrevistas realizadas com os alunos da
disciplina. Teoricamente, baseia-se nos pressupostos dos Estudos de letramento, mais
especificamente dos projetos de letramento (KLEIMAN, 2006, 2009; OLIVEIRA, 2007;
OLIVEIRA; KLEIMAN, 2008; SOARES, 2001; TINOCO, 2008; OLIVEIRA; TINOCO;
SANTOS, 2011), nos postulados da área da investigação científica ( FLICK, 2004;
CHIZZOTTI, 2000; 2006; MOREIRA; CALEFFE, 2006; KLEIMAN, 2002; GIL, 2002;
REY, 2003; SANTOS, 2004; ; SEVERINO, 2002; SZYMANSKI, 2002), e na teoria dos
gêneros (BRONCKART, 1999). Os resultados preliminares apontam que os alunos mesmo
enfrentando dificuldades em termos de escrita produziram projetos e apresentaram o gênero
em conformidade com as orientações propostas pelos referenciais estudados. O êxito na
referida produção se deve ao fato de seu desenvolvimento ocorrer de forma processual e
colaborativa, o que favoreceu significativamente a elaboração dos projetos. Além disso, o
reconhecimento da relevância da escrita do gênero para a agência dos colaboradores na
instância social e, sobretudo acadêmica. Nesse sentido, os dados revelam a ampliação da
compreensão dos alunos acerca da produção de projetos de pesquisa, assim como do percurso
em que se desenvolvem, o que se implica na melhoria de suas produções textuais na instância
em foco.
PALAVRAS-CHAVE: Projeto de pesquisa. Graduação. Práticas processual e colaborativa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL
Iranilson Pereira de Melo (UCAM)
RESUMO: As discussões que ascendem “o Local” têm como principais produções, os livros
memorialistas, que exaltam grandes nomes e famílias, “um espelho de uma história
tradicional” de meados do século passado, que apresentando pouco rigor cientifico, levando
em consideração que seus principais escritores fazem parte de famílias influentes da cidade,
ou ainda políticos com mandatos no poder legislativo na cidade no presente ou no passado.
Para tanto, o presente artigo tem por objetivo analisar a Lei Municipal 283/2009 na cidade de
João Câmara/RN que torna obrigatório o ensino de história local nas escolas do município. A
presente Lei requer um olhar/estudo cauteloso, pois, a proposta de se ensinar história, e neste
caso, história local, se deve propor a construção de um conhecimento critico reflexivo, que
permita aos discentes estarem ativos e participantes na sociedade, portanto, tendo os
professores quanto “formadores de opinião” ir além dos discursos dominantes, das
personalidades politicas que circulam na cidade; contudo, a efetivação da presente Lei acaba
“estimulando” aos docentes a utilização dos livros memorialistas sem que haja a
problematização devida do conteúdo escritos nos livros, reproduzindo discursos dominantes, e
muitas vezes tomados como verdades. Assim, o ato de se ensinar/estudar história local, deve
ser mais discutido no âmbito acadêmico, e permitir, novos estudos que posteriormente com os
seus resultados, a inserção de um conhecimento mais científico no espaço escolar, norteado
por boas práticas docentes dialogando com ensino/aprendizagem eficientes.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de história. História local. Lei 283/2009
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E
INOVAÇÃO NO PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR
Raniere Marques de Melo (UFCG)
RESUMO: O presente artigo expõe a discussão sobre o ensino de língua materna no
Programa Ensino Médio Inovador, tendo em vista que esse Programa é uma estratégia do
Governo para uma redefinição curricular do ensino médio. Diante disso, este trabalho se
propõe a refletir sobre o processo de inovação no ensino de língua, com foco na descrição do
documento orientador e das concepções de inovação nele demarcadas. Por isso, esta é uma
pesquisa, inicialmente, bibliográfica, valendo-se de uma abordagem qualitativa, tendo sido
desenvolvida a partir da observação e análise do referido documento. Os apontamentos
teóricos utilizados, aqui, apresentam uma reflexão sobre as práticas sociais de leitura e de
escrita e sobre as perspectivas que o ProEMI tem dado a elas: Letramentos múltiplos
(STREET, 2007; ROJO, 2009; KLEIMAN, 1995) e multiletramentos. Na esteira desse
entendimento teórico, nosso objetivo é discutir quais as orientações do Documento Orientador
do Programa, no que se refere ao ensino de Língua Portuguesa e do macrocampo Leitura e
Letramento. Os resultados, ainda que incipientes, leva-nos a entender o Programa exercendo
um papel determinante na produção da inovação escolar, embora que, apresente, por vezes,
vestígios de um ensino tradicional. Por fim, consideramos que a inovação pode aparecer do
discurso do Governo, nos instrumentos utilizados para o trabalho docente e, por último, na
ação da escola. Salientamos que algumas melhorias devem ser feitas, por exemplo, quanto ao
trabalho de formação docente, para o desenvolvimento de uma prática de ensino inovadora.
PALAVRAS-CHAVE: Inovação curricular. Práticas inovadoras. Ensino de Língua.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
FORMAÇÃO DOCENTE, INICIAL E CONTINUADA: O QUE PENSAM
PROFESSORAS COM FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA SOBRE ESSAS QUESTÕES?
Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)
RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar e discutir as concepções
de formação docente, inicial e continuada de professoras atuantes no Ensino Fundamental I de
uma escola da rede privada localizada na zona urbana da cidade de Campina Grande – PB. A
pesquisa foi realizada no ano de 2011, quando cursávamos a Especialização em Linguística
Aplicada ao Ensino de Língua Materna da Universidade Federal de Campina Grande. Para
tanto, entrevistamos 15 professoras, em contexto de planejamento pedagógico realizado na
própria escola em que trabalham as docentes. Como aporte teórico, nos fundamentamos em
Carreira (1999), Cordeiro (2009), Ferry (1987), Honoré (1980), Marques (2006), Nóvoa
(1991), Tardif (2010), entre outros. O nosso estudo, além de contribuir com uma significativa
discussão acerca do que pensam professoras com formação em Pedagogia acerca da formação
docente, inicial e continuada, também contribui com um exame bibliográfico acerca da
Formação de Professores no Brasil, campo de estudos cada vez mais abrangente. É importante
destacar a relevância dos estudos da Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho,
uma vez que esse campo tem contribuído expressivamente para o desenvolvimento de
pesquisas dessa grande área denominada Formação Docente, evidenciando, entre tantas outras
questões, o professor, suas práticas e concepções.
PALAVRAS-CHAVE: Formação docente. Inicial e Continuada. Pedagogas. Concepções.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
GLOBALIZAÇÃO, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO: O DISCURSO MERCANTILISTA
DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO EM NATAL/RN SOB A
PERSPECTIVA DA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO
João Batista da Costa Júnior (UFRN)
RESUMO: Diante dos processos e discursos da globalização, os eventos sociais e discursivos
passam por mudanças profundas em suas configurações, destacando a hegemonia do discurso
neoliberal frente às inúmeras transformações que ocorrem na sociedade global. Nesta
perspectiva, refletir criticamente sobre as questões de linguagem no contexto da globalização,
procurando entender como as práticas discursivas são afetadas em função das mudanças por
que passam o mundo global revestido por ideologias, lutas hegemônicas e relações de poder
constitui-se num fecundo debate inerente à relação entre discurso e sociedade. Neste sentido,
este trabalho, ancorado no aporte teórico-analítico da Análise Crítica do Discurso (ACD), em
sua vertente transdisciplinar (FAIRCLOUGH, 2006), tem como objetivo analisar a
recontextualização e a comodificação discursiva por que passa a educação no contexto da
globalização. A pesquisa assenta-se no paradigma qualitativo-interpretativista. O corpus
analisado concentrou-se numa pequena amostra de anúncios e outddors usados nas campanhas
publicitárias de instituições privadas de ensino em Natal/RN no ano de 2010. Os dados
evidenciam que a educação oferecida pelas instituições privadas, no contexto da globalização,
configura-se como uma agência mercadológica e que a nova face do discurso educacional está
imbricada a uma representação social de ensino como uma mercadoria na economia do
conhecimento emergente. Portanto, a pesquisa autoriza-nos a inferir que, com a crescente
difusão da mercantilização do ensino, o conhecimento tornou-se um poderoso mercado da
indústria cultural, midiática e mercantilista.
PALAVRAS-CHAVE: Análise Crítica do Discurso. Globalização. Linguagem. Educação.
Recontextualização.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
LEITURA X CONDIÇÃO HUMANA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA
Altaíza Rosângela da Silva Pereira (UERN)
Maria Lúcia dos Santos (UERN)
RESUMO: O presente trabalho ocupa-se das questões pertinentes à leitura e literatura,
buscando perceber a influência que exercem na formação da cidadania. Essa preocupação não
se restringe ao ambiente escolar, ultrapassa os muros da escola, estabelece relações de
analogia entre a leitura e a literatura, analisando de forma sucinta a sociedade contemporânea.
Enfoca a sociedade pós-moderna e os avanços tecnológicos. Aborda o atual contexto, a
modernização do mundo que se intensifica a partir da Revolução Industrial, ganha proporções
e atravessa os tempos, adentrando no nosso cotidiano. Aqui são tecidas considerações à luz de
diversos autores com o intuito de despertar reflexões acerca dessas diversas situações sob o
manto pós-moderno. Discorre sobre a supervalorização das altas tecnologias em detrimento
da formação e condição humana. Enfatiza a sociedade pós-moderna tendo a pretensão não de
apontar caminhos ou respostas, mas de ocasionar reflexões sobre a educação condizente a
esse momento, no qual se invertem os valores, os limites são desrespeitados, valores éticos e
princípios morais são relegados a um plano secundário. Questiona-se qual o papel da leitura e
da literatura como instrumento para o resgate de valores e formação da cidadania. Busca-se
respaldo teórico em estudiosos educadores, tais como Rubem Alves, Edgar Morin, José
Carlos Libâneo, Paulo Freire, entre vários outros autores que se ocupam do atual momento,
do período de transição, voltando sua atenção para o futuro da humanidade e considerando a
importância da educação para as gerações futuras. Estes autores defendem também a
construção de uma sociedade mais justa, igualitária, consciente e crítica, tratando de questões
relacionadas à condição humana. Questiona-se ainda de que maneira a leitura e a literatura
podem corroborar para a formação de cidadãos reflexivos, críticos e conscientes, capazes de
selecionar, assimilar e utilizar as informações recebidas, interpretando-as e transformando-as
em conhecimento pertinente, tornando-se, dessa forma, autores, sujeitos de sua própria
história, valores e princípios éticos/morais, priorizando a condição humana em todas as suas
dimensões.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Sociedade pós-moderna. Educação humanizadora.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
LETRAMENTO DIGITAL: UM OLHAR SOBRE O DOCENTE NO USO DAS
TECNOLOGIAS E DAS MÍDIAS NA CONTEMPORANEIDADE
Raimunda Valquíria de Carvalho Santos ( UFRN)
Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria de Oliveira Paz (UFRN)
RESUMO: Neste novo contexto global, a informação transformou-se no produto mais
importante para o desenvolvimento econômico, político e social de cada nação, e não apenas
o acesso à informação é determinante para a participação ativa e democrática na sociedade,
como a produção e disseminação do conhecimento podem ajudar de forma significativa para a
construção da cidadania. Dessa forma, a educação tem um papel fundamental, na inserção
desse novo contexto no ambiente escolar, sendo, portanto inquestionável a necessidade da
inserção e do uso das novas tecnologias e das mídias na sala de aula, tendo em vista que
aparecem como recursos essenciais para o ensino e a educação não pode subtrair-se a essas
inovações. Mesmo diante dessa realidade, ainda observamos nas escolas que há resistências
por parte dos professores quanto ao uso dos artefatos tecnológicos e das mídias na sala de
aula, sendo esse um motivo que gera discussões e suscitam a criação de programas de
formação que possam dar suporte e norteamentos no tocante ao letramento digital dos
docentes, vislumbrando uma prática diferenciada. Assim sendo, objetivos nessa pesquisa
apresentar discussões teóricas sobre a receptividade e uso por parte dos docentes das
tecnologias e das mídias em suas práticas pedagógicas cotidianas, como também
apresentarmos um panorama dos programas de formação continuada na área das novas
tecnologias encaminhados as escolas públicas brasileiras nas últimas décadas. Trata-se de
uma investigação de natureza qualitativa de caráter bibliográfico (BOGDAN; BILKLEN,
1994; GIL, 2008). Teoricamente, ancoramos este estudo nos postulados que discorrem sobre
as tecnologias na sala de aula e no letramento digital docente (DELORS, 2005; LEPELTAK,
2005; KENSKI, 2008; HANCOCK, 2005; GUZZI, 2006; FARIA, 2002, COLL, 2004; COPE,
KALANTZIS, 2000; BUZATO, 2001, ARAÚJO, 2010, 2012) dentre outros. Os resultados
evidenciam que ainda há forte resistência dos docentes quanto ao uso das tecnologias e das
mídias na sala de aula, uma vez que esses artefatos são utilizados mais para o uso nas
atividades de cunho pessoal e menos profissional, inviabilizando assim, o uso de recursos que
contribuem para uma prática pedagógica diferenciada, quando atentamos para a sociedade e
os cidadãos que a compõem na contemporaneidade.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento digital. Novas tecnologias na sala de aula. Prática
docente.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
LITERATURA INFANTIL: CONSTRUINDO SIGNIFICADOS E DESPERTANDO O
IMAGINÁRIO
Maria Carmem Silva Batista (UERN)
RESUMO: O presente trabalho representa a investigação e busca constante da compreensão
acerca das concepções de literatura infantil que fundamentam a prática docente no processo
de formação leitora dos discentes. Isto por compreendermos que a concepção de Literatura
Infantil direcionada somente para desenvolver uma habilidade de leitura ou como ferramenta
para se aplicar instrução moral acaba por tornar-se inadequado frente à formação de um leitor
literário. Uma vez que entendemos, o bom leitor, como aquele indivíduo que ao ser envolvido
em uma relação de interação com a obra literária, procura compreender o texto e o relaciona
com o mundo em que está inserido, construindo, reconstruindo e elaborando novos
significados. Acreditamos ser desta forma que a leitura contribui significativamente para uma
sociedade letrada, bem como no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual. Para
isso, nos fundamentamos teoricamente em autores como ABRAMOVICH (1997), ARROYO
(1990), LAJOLO (2008) entre outros. O foco deste trabalho versa sobre como os docentes de
uma escola da zona rural do Município de Mossoró concebem e desenvolvem a proposta da
literatura infantil nas turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil. Concepções e Práticas. Leitor Literário. Formação
do Leitor.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
O DISCURSO RELIGIOSO: DA INTERDISCURSIVIDADE AOS EFEITOS DE
SENTIDOS
Manoel Guilherme de Freitas (UERN)
Josefa Christiane Mendes Martins (UERN)
RESUMO: O presente artigo objetiva fazer um estudo/análise do discurso religioso do sumo
pontífice Francisco proferido em entrevista ao Programa Fantástico, no decorrer da Jornada
Mundial da Juventude 2013 que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro. Na entrevista, o bispo
de Roma falou para o Fantástico sobre os escândalos no Vaticano, os protestos no Brasil, a
perda de fiéis da Igreja Católica e sobre o exemplo de simplicidade que prega para o clero.
Analisaremos a partir deste discurso as formações ideológicas e a interdiscursividade
estabelecida e os efeitos de sentido explicitados, a partir da pregação do Santo Padre. Para
este fazer acadêmico nos respaldaremos nos construtos teóricos da Análise do Discurso com
Mussalim (2003), Mazzola (2009) e Orlandi (2006).
PALAVRAS-CHAVE: Interdiscursividade. Formações ideológicas. Efeitos de sentidos.
Discurso do Papa Francisco.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES:
VISÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA CAMPOS CENTRAL/UERN
Antonia Maíra Emelly Cabral da Silva Vieira (UERN)
RESUMO: A sociedade atual passa por diversas transformações que alocam a escola como
geradora de conhecimentos necessários a vivência, com isso o professor torna-se fundamental
para mediação dos saberes, bem como problematização das idéias, a fim de provocar a busca
por novas aprendizagens que se tornem essenciais para uma formação social, humana e
cultural, satisfatória, com intuito de atender as necessidades da sociedade contemporânea.
Nessa perspectiva, a prática pedagógica impõe desafios teórico-práticos aos futuros
professores, fato que reforça estudos e debates sobre a formação inicial para atender a tais
necessidades. Destaca-se, assim, na formação acadêmica, o estágio supervisionado como eixo
central formativo nos cursos de licenciatura. Objetiva-se nesse estudo preliminar, identificar e
refletir sobre as contribuições dos estágios I e II na formação de professores, para esse fim
busca-se depoimentos e reflexões dos discentes do 7º período, noturno, no semestre 2013.1 do
curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Pesquisa de
natureza qualitativa, quanto aos fins, e pesquisa bibliográfica, quanto aos meios Apóia-se nos
estudos de Pimenta E Lima (2004), DUBAR (1997), Imbernom (2002), Novoa (1997).O
método de coleta de dados utilizado foi a entrevista semi-estruturada fundamentado pelos
autores Richardson (2010) e MACEDO (2006).A prática do estágio supervisionado destaca-se
como lócus na busca de estratégias para atuação do professor iniciante e construção da sua
identidade. Os saberes construídos através dessa prática corroboram para construção de
conhecimentos necessários a atuação desse profissional, a experiência adquirida através dessa
prática supera expectativas dos alunos que muitas vezes ansiosos pelo primeiro contato são
tomados por sentimentos como medo e angustia. Os dados revelam que o estágio contribui
para diálogos e reflexão acerca dos saberes pedagógicos e práticos, superação das dificuldades
iniciais para atuação pedagógica e construção da identidade profissional. Nesse sentido, visa
uma interação maior do aluno com o seu campo de exercício docente como também com a
contextualização das teorias aprendidas, possibilitando que o indivíduo possa crescer como
profissional e como humano, tendo a probabilidade de aprimorar seus conhecimentos e
adquirir saberes essenciais à docência.
PALAVRAS-CHAVE: Formação inicial. Estágio. Professor.
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
O PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE E O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM DO ALUNO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO IDEB
Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN)
Maria Macivânia da Costa (UERN)
RESUMO: Esta pesquisa surgiu da necessidade em analisar baseando-se em dados do IDEB
(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), como se dá a relação do professor do Rio
Grande do Norte e o processo de aprendizagem do aluno da Educação Básica- Ensino Médio
do Estado do Rio Grande do Norte. É, portanto, na tentativa de compreender a causa que está
dificultando o avanço da aprendizagem do aluno do Ensino Médio do Rio Grande do Norte
que recorremos a alguns documentos oficiais e teóricos nacionais e internacionais como
Ramalho (1993), Ramalho, Nuñez, Guarthier (2003-2004), Schon (2000), Imbernom (2010),
Tardif ( 2002-2005), Garrido e Mora( 2000), a Lei de Diretrizes e Bases n° 9.394/96, dentre
outros que venham a contribuir no entendimento da problemática da pesquisa. Para tanto, a
nossa pesquisa, caminhará por uma abordagem qualitativa e quantitativa, inserida no enfoque
etnográfico, numa tentativa de nos voltarmos para as concepções e/ou significados
teóricos/práticos. Diante de tantos posicionamentos á respeito de como desenvolver uma ação
pedagógica eficaz, ficamos a questionar ainda mais sobre o que está faltando para o professor
desenvolver uma prática pedagógica que supere o baixo nível de aprendizagem da educação
básica do Rio Grande do Norte, visto que os indicadores do nível de aprendizagem de nosso
aluno de 2005 a 2009 apesar de atender as metas previstas em relação ao estado, porém em
relação ao Brasil estes índices são baixos. Outra causa que nos inquieta é que a pesar dos
índices atenderem as metas previstas percebemos enquanto educadores que esses índices não
condizem com a realidade de nossas escolas.
PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento. IDEB. Ensino/aprendizagem. Aluno. Professor.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
O TRABALHO COM A IMAGEM EM CONTEXTO ESCOLAR:
REPRESENTAÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Ana Cláudia Soares Pinto (UFPB)
RESUMO: As significativas mudanças ocorridas no mundo do trabalho, principalmente
depois da década de 90, passaram a considerar a educação como um trabalho intelectual
fazendo emergir um novo objeto de estudo em cena - o trabalho docente. Surge a
oportunidade e a necessidade de se aprofundar a reflexão enfocando o trabalho do professor
não só a partir do que dizem/escrevem sobre este profissional, mas verificando, entre outras
coisas, o que esse profissional diz sobre seu fazer. Neste cenário, o trabalho do professor é
visto como uma atividade que possibilita uma abertura reflexiva inclusive ampliando as
possibilidades de melhor se compreender sua complexidade. Diante desse contexto, este
artigo tem como objetivo analisar algumas representações de uma professora do Ensino
Fundamental sobre o trabalho com o texto imagético em sala de aula. Sob a orientação
teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo, representada principalmente pelos
trabalhos de Bronckart (2004, 2006), Machado (2007, 2009) e Bueno (2009) analisamos
respostas de uma entrevista semiestruturada feita com a professora observando as marcas
linguísticas e representações do agir presentes nesse texto. Identificamos quais figuras do agir
são mais recorrentes no seu discurso e que implicações os resultados que identificamos têm
sobre a interpretação do trabalho docente com o texto imagético em sala de aula. Como
resultado, observamos a presença predominante da figura de ação canônica nas respostas o
que demonstra um discurso impessoal, com poucas marcas de implicação da professora com o
contexto em que atua.
PALAVRAS-CHAVE: Representação. Figuras do agir. Interacionismo Sociodiscursivo
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
POR QUE (NÃO) ENSINAR LITERATURA POTIGUAR NA ESCOLA?
André Magri Ribeiro de Melo (UERN)
Jaiza Lopes Dutra Serafim (UERN)
Kuesia de Farias Freitas Mendes (UERN)
Lílian de Oliveira Rodrigues (UERN)
RESUMO: Este trabalho origina-se a partir do planejamento, desenvolvimento e observação
de oficinas pedagógicas acerca do texto literário numa turma de ensino médio na Escola
Estadual Juscelino Kubitschek, do município de Assu/RN. O registro desse trabalho constitui
parte do subprojeto “Literatura na sala de aula: da formação de leitores à formação de
professores”, no âmbito do programa PIBID-UERN/LETRAS/ASSU. Neste trabalho, nos
propomos a discorrer em torno de um questionamento de suma importância em nossa atual
sociedade: por que (não) ensinar literatura na escola? Objetiva-se estudar as concepções que
norteiam os processos de ensino e aprendizagem do texto literário em sala de aula, a partir da
experiência construída juntos aos alunos da 1ª série do Ensino Médio. Procedeu-se
metodologicamente a partir da organização e produção das oficinas pedagógicas,
desenvolvimento in loco e posterior análise e reflexão com vistas a discutir o porquê do
ensino de literatura na esfera escolar. Percebeu-se que as práticas pedagógicas ligadas à
literatura foram, por um tempo crucial da vida escolar dos alunos observados, apagadas ou
deixadas à deriva, sem um enfoque propriamente específico, teoricamente embasado e
educativamente transformador. Há que se observar, no entanto, que diante dessa realidade o
gosto pela literatura é nato – mesmo que num primeiro contato consciente, ou numa
continuidade das experiências extraescolares.
PALAVRAS-CHAVE: Texto Literário. Ensino. Escola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Charles Carlos da Silva (UERN)
Diego Dias de Queiroz (UERN)
Maria da Paz de Aquino Amorim (UERN)
RESUMO: A psicologia da educação está relacionada ao desenvolvimento e a aprendizagem,
abordando situações do cotidiano, dando ênfase a escola como espaço de socialização do
sujeito. Para a compreensão do papel do professor e do aluno e das interações entre a escola,
família e sociedade. É fundamental entender alguns conceitos trazidos por alguns teóricos da
educação. Este artigo tem como objetivo identificar as percepções que os professores
acadêmicos têm sobre sua atuação no processo de ensino-aprendizagem dos alunos e analisar
questões referentes aos modos de aprendizagem, as estratégias de mediações pedagógicas,
como também, as dificuldades e facilidades encontradas ao se trabalhar em sala de aula. Este
trabalho é fruto de uma pesquisa desenvolvida com docentes, versando sobre as mediações
pedagógicas e a forma do professor trabalhar a psicologia em sala de aula. Nesse sentido,
discute-se como o aluno aprende, quais estratégias são utilizadas, quais as dificuldades
encontradas e as diversas visões de teóricos sobre aprendizagem. Para a realização desse
trabalho, realizou-se pesquisa bibliográfica dos autores: AMARAL (2007); ROGERS (1986);
PRETI (2010) e levantamento de informações, utilizando como recurso principal, o
questionário, aplicado a um professor da rede municipal de ensino de Martins/RN. A partir
desse estudo, pode-se inferir que a aprendizagem é uma construção mediada que requer
organização, disciplina e planejamento.
PALAVRAS-CHAVE: Psicologia da Educação. Ensino-aprendizagem. Socialização.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
“QUE SAUDADES DA PROFESSORINHA...”: VOZES DA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA
DE SÃO JOSÉ DA LAGOA TAPADA – PB
Rozilene Lopes de Sousa (UFCG)
RESUMO: A história da educação brasileira tem dado margem e estudos diversos que
cuidam de enxergar a gênese do sistema educacional, ao longo dos tempos. Sob este prisma, o
presente trabalho objetiva analisar a estruturação do campo educacional de São José da Lagoa
Tapada, município do Alto Sertão paraibano,, pelo viés da educação primária, a partir da
criação da Escola Genésio Araújo. Discute-se, assim, a importância das memórias de
professoras que atuaram, principalmente, entre os anos 60 e 70, naquela cidade, sob a forma
de narrativas gravadas para a (re) construção de momentos significativos da história da
educação brasileira e do município em foco. Entende-se, assim, que o estudo contribui para
que, a partir da escuta e escrita de histórias de vidas dessas professoras, discuta-se a
identidade do professor e as concepções de educação e sociedade veiculadas nas práticas
cotidianas relatadas pelas colaboradoras, com vistas a enxergar os reflexos da educação
brasileira no processo de democratização da sociedade. Referenda-se pela pesquisa que o
emaranhado de sentidos bordados nas práticas docentes em diversos momentos da história
brasileira, não pode deixar de ser tomado como pressuposto para análise do trabalho
desenvolvido na maioria das nossas escolas, sobretudo nas de Educação Infantil e Ensino
Fundamental.
PALAVRAS-CHAVE: História da Educação. Ensino Primário. Memórias de Professoras.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
TEXTO LITERÁRIO E ENSINO: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO
PROPOSTA DE ENSINO PARA OS CONTOS MACHADIANOS
Elizabeth Nascimento de Lima (UFRN)
Iranildo Mota da Silva (UFRN)
RESUMO: Hoje no Brasil, um dos temas mais debatidos nos cursos de letras é a forma de
como se apresenta o ensino de Literatura. Seja em relação à postura do professor, como se
encontra o interesse dos alunos, quais os recursos dispostos pela escola e quais são as
metodologias que se dispõem, os debates se afloram. O que se apresenta como certeza é o
quanto a Literatura é importante para o processo de humanização destes alunos. Segundo
Cândido (1995) a literatura é uma necessidade universal, pois ela dá aos alunos forma aos
seus sentimentos e à visão de mundo que os humaniza. Desta forma, negá-la seria mutilar a
humanização dos sujeitos. Para isso é importante que saibamos que ensinar Literatura não é
dividi-la, mas apresentá-la em toda a sua plenitude, sem dividi-la em textos adequados ou
inadequados. Percebe-se, portanto, que o professor de Literatura se vê em um grande impasse:
Como ensinar Literatura e quais são as metodologias que captam a atenção dos alunos para o
texto literário. Por conseguinte, objetivamos com este trabalho apresentar uma proposta
pedagógica para o ensino do texto literário Machadiano. Para isso nos baseamos nos estudos
desenvolvidos por Cosson (2006) que apresenta uma sequência didática para o ensino de
literatura. Desta forma aplicamos a sequência expandida apresentada por este autor no livro
“Machado de Assis para principiantes” de Marcos Bagno e a apresentamos como uma das
“armas” das quais o professor pode fazer uso para lograr êxito no que concerte ao ensino do
texto literário em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura e ensino. Texto Literário. Contos Machadianos. Sequência
didática.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA
A ESCOLA ESPECIALIZADA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO MUSICAL
PLURAL: UM PANORAMA GERAL PARA UM ESTUDO SINGULAR NA EMUFRN
Ana Claudia Silva Morais (UFRN)
Carolina Chaves Gomes (UFRN)
RESUMO: As escolas especializadas em música são espaços diversificados que podem
agregar variadas atividades de ensino e aprendizagem musical desde o âmbito de ensino
formal ao informal no decorrer da formação de seus participantes. De maneira geral, essas
escolas não estão subordinadas às exigências da LDBEN 9.394/96 em termos de
regulamentação curricular (BRASIL, 1996), são livres do controle de agências do Estado ou
de instituições religiosas, não conferem diplomas reconhecidos pelo Ministério de Educação e
seu ensino se enquadra dentro da educação profissional de nível básico (CUNHA, 2009). Com
a falta de regulamentação específica há escolas especializadas em música com múltiplos
objetivos e currículos, caracterizando assim, as Escolas de Música Livre que são
prioritariamente privadas. Entretanto, no contexto da escola especializada, identificamos que a
Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – EMUFRN – apresenta
características distintas por estar vinculada a Universidade Federal e possuir uma escola
técnica, tratando-se de uma autarquia, detentora de autonomia administrativa, patrimonial,
financeira, didático-pedagógica e disciplinar (Lei nº 12.677/2012). Dessa forma, temos
interesse em refletir sobre a mesma com objetivo de caracterizar o ensino e aprendizagem
musical na escola especializada em música, enquanto espaço de formação e especificamente
nos cursos de graduação da EMUFRN, visto que essa escola contempla, dentre outros cursos,
a graduação em música – bacharelado, voltada para o ensino do instrumento e a licenciatura
visando a formação docente em múltiplos contextos educacionais, proporcionando eventos
musicais, concertos e outros fazeres artísticos, onde alunos e professores são envolvidos
interagindo através da performance individual ou coletiva. Assim, para melhor entendimento
sobre esse contexto observamos dados legais, estruturais, curriculares e questionamos alguns
professores e alunos por meio de amostragem não probabilística nos quais os participantes
foram selecionados por conveniência. Como essa fase de investigação está em andamento,
espera-se que os resultados possam trazer relatos de vivências e experiências que oportunizem
uma melhor compreensão acerca da escola especializada em música quanto a formação
musical e às interações presentes nesse ambiente plural referentes ao ensino de música e a
performance.
PALAVRAS-CHAVE: Escola especializada. Formação musical. Escola de Música da
UFRN.
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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA
DIVISÕES RÍTMICAS EM GRÁFICOS ESPAÇO-TEMPORAIS
Antônio Carlos Batista de Souza (UERN)
RESUMO: O ritmo é um fenômeno natural à vida independentemente de qual seja o reino.
Os ciclos dos anos, das estações, das marés, das fases ergotróficas e trofotróficas, da digestão,
da pulsação cardíaca, da respiração, etc., estão manifestados no cotidiano. Na música,
especificamente, o ritmo requer uma ordenação elaborada muitas vezes artificialmente
exigindo do executante um raciocínio sistemático para as realizações e/ou percepções
temporais, muitas das vezes complexas. No estudo da Teoria e Percepção Musical é comum
serem observados diferentes níveis de compreensão e internalização temporal, no que diz
respeito à realização e percepção rítmica onde no processo da construção e assimilação de
saberes vários métodos apresentam os tradicionais solfejos rítmicos e jogos virtuais
disponibilizados na internet apresentam propostas diversas como elementos facilitadores para
tal fim. Entretanto, é perceptível a dificuldade de alguns que se dão ao estudo musical, quanto
à assimilação das elaborações rítmicas e consequentemente, à manutenção da constância
temporal em suas execuções. O trabalho em tela trata-se de um relato de experiência no qual
por mais de uma década o proponente apresenta situações de pulsações, sub pulsações e
divisões rítmicas através da visualização em gráficos onde o leitor tem a possibilidade de
vivenciar uma localização espaço-temporal, de forma a utilizar de um recurso até então
supostamente não empregado pata tal fim. Acrescido a isto, também é proposta a utilização de
fonemas que substituem a contagem das sub-pulsações nas situações propostas, onde se tem
verificado uma maior clareza entre os alunos, no tocante ao início do aprendizado do solfejo
rítmico, realização de síncopes em compassos simples e compostos, quiálteras, compassos
complexos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação musical. Percepção Musical. Solfejo Rítmico.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA
ENSINO E APRENDIZAGEM DE MÚSICA: CORAL INFANTO JUVENIL
SEMENTINHA (NATAL/RN)
Priscila Gomes de Souza (UFRN)
RESUMO: O presente artigo aborda um relato de experiência no coral infanto-juvenil da
Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Templo Central de Natal/RN. Na atividade com o
coral iniciou-se um processo de musicalização com vistas a uma melhoria do desempenho
musical de cada um e do grupo e, indiretamente, que contribua com a melhoria da
concentração, disciplina, capacidade de agir coletivamente e para a socialização dos
participantes. O canto coral é atividade de expressão artística muito valorizada no âmbito de
instituições religiosas. É, mesmo, uma das bases centrais para a objetivação da liturgia. A
ação pedagógica e musical envolveu 60 crianças e adolescentes, de 9 a 14 anos de idade. Toda
a atividade foi registrada em diários de campo durante o período de fevereiro de 2011 a
setembro de 2013. Foram registradas as atividades de contato e abordagem de músicas; de
aprendizagem de técnicas básicas de canto; do desenrolar do envolvimento de cada
participante com a música e com o grupo; de ensaios e apresentações. O Coral Infantil
contribuiu para a musicalização de membros da Igreja e da comunidade; para o
desenvolvimento de aspectos cognitivos, emocionais e sociais dessas crianças. Sendo o
Coral Infantil um excelente instrumento didático-pedagógico no processo de ensino e
aprendizagem musical, entendemos que conseguimos promover a prática musical coletiva, o
gosto pela música e pelo canto e o desenvolvimento pessoal e social.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Musical. Ensino e Aprendizagem de Música. Coral
Infantil.
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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA
FORMAÇÃO MUSICAL ESPECIALIZADA E PROPOSTA CURRICULAR:
REFLEXÕES E DESAFIOS NA CONTEMPORANEIDADE
Isac Rufino de Araújo (UERN/UFRN)
RESUMO: Este artigo traz reflexões sobre aspectos a serem considerados para elaboração de
propostas curriculares contemporâneas, concernente à formação musical visando chamar a
atenção das escolas, em especial neste caso, as especializadas em ensino de música, as quais
tem uma tendência histórica em reproduzir modelos educacionais musicais
descontextualizados da vivência dos alunos perpetuando assim a hegemonia curricular
herdada do eurocentrismo. Através de uma análise bibliográfica sobre o tema, entendemos o
quão emergente é a temática aqui apresentada tendo em vista os benefícios que a discussão
poderá trazer para a área de educação musical em seus diversos níveis. O filósofo da educação
musical David Elliott trata da organização e implementação de currículos como “práticos”,
“reflexivos” – “reflective musical practicums” (ELLIOTT, 1995, p. 241-295). Para Elliott
(1995, p. 271-272), é preciso ainda muito trabalho para transformar “programas ‘baseados em
produtos’” em “práticas musicais reflexivas” A proposta pedagógica e o corpo docente das
instituições devem ter a consciência deste aspecto sabendo aproveitar o discurso musical do
aluno agregando novos conhecimentos a partir de sua experiência, tornando o aprendizado
mais interessante. Podemos perceber que a hegemonia curricular não deve prevalecer como
uma determinação ou escolha plausível em virtude da heterogeneidade dos indivíduos em
nossa sociedade com seus respectivos traços culturais característicos. Não é possível aplicar
um modelo de proposta curricular único para atender os diversos objetivos dos alunos nem
desconsiderar suas experiências prévias. Concluímos que o desafio das instituições de ensino
musical está em determinar uma prática pedagógica adequada que estimule a reflexão crítica
sobre a prática, qualifique o conhecimento, e preserve a essência da experiência prévia
garantindo a evolução musical do ingressante e sua continuidade até concluir o curso. Com
esta análise bibliográfica esperamos contribuir para a reflexão sobre o tema exposto tendo em
vista sua pertinência ainda na atualidade.
PALAVRAS-CHAVE: Proposta curricular. Escola especializada em música. Contexto do
aluno. Experiência prévia. Práticas musicais reflexivas.
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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA ESPECIALIZADA NA EMUFRN
Ana Claudia Silva Morais (UFRN)
Carolina Chaves Gomes (UFRN)
RESUMO: O estágio supervisionado se configura como uma oportunidade para aliar os
conhecimentos teóricos desenvolvidos ao longo do curso de formação inicial com a prática
em sala de aula, oferecendo ao estudante possibilidades reais da prática docente, prontidão
para a resolução de problemas, desenvolvimento da criatividade e desenvoltura no pensar
pedagógico durante os planejamentos e execução das aulas. A estrutura curricular da
graduação em música – licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN corresponde a quatro estágios supervisionados como disciplina obrigatória, pois de
acordo com a LDB – lei nº 9394/96, os estágios constam de atividades de prática pré-
profissional, exercidas em situações reais de trabalho, nos termos da legislação em vigor,
contudo, nesse trabalho vamos delimitar o campo de discussão a uma dessas disciplinas, o
Estágio Supervisionado II referente à prática docente em escolas especializadas em música.
Dessa forma, o artigo objetiva relatar como se deu a estruturação da disciplina, quais foram as
estratégias utilizadas para a condução da mesma e quais os impactos percebidos de acordo
com a percepção das supervisoras do estágio e dos estudantes envolvidos durante o estágio
supervisionado II. Essa disciplina possui carga horária de cem horas, sendo trinta hora/aula
presenciais na EMUFRN; vinte hora/aula de observação da prática profissional do docente
supervisor de estágio na escola especializada; vinte hora/aula de regência de classe realizada
na(s) turma(s) observadas do docente supervisor e trinta hora/aula para a elaboração do
relatório final, o qual acontece concomitantemente às aulas presenciais. A professora da
disciplina atua como mediadora desse processo mantendo um acompanhamento próximo ao
aluno ao trazer leituras e fundamentações teóricas referentes ao campo de estágio, a escola
especializada, informações sobre o campo de atuação docente, o Curso de Iniciação Artística
– CIART e orientando os planejamentos dos graduandos para a regência em sala de aula.
Como resultado, observa-se que as estratégias utilizadas durante condução da disciplina
permitiram um diálogo fundamental a respeito da prática docente, pois os alunos expõem suas
preocupações, as soluções encontradas, tiram dúvidas surgidas durante a regência e/ou
observação, entre outros aspectos, de forma que possam adquirir autonomia, sintam-se mais
seguros e obtenham uma maior compreensão do contexto da realidade social da escola de
música, permitindo assim, um posicionamento crítico e reflexivo da realidade encontrada
pelos estagiários.
PALAVRAS-CHAVE: Estágio supervisionado. Escola especializada em Música. Escola de
Música da UFRN. CIART.
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
A APRENDIZAGEM DOS PRETÉRITOS PERFECTO SIMPLE E PERFECTO
COMPUESTO POR MEIO DE NOTICIAS DE JORNAL ONLINE, EL EXCÉLSIOR
André Silva Oliveira (UFC)
Germana da Cruz Pereira (UFC)
RESUMO: Este trabalho se pauta no pressuposto de que os pretéritos perfecto simple e
perfecto compuesto são utilizados, em noticias de jornal, na variedade continental (mexicana),
conforme a norma padrão da Língua Espanhola. O estudo sustenta-se sob os princípios
básicos de uso e forma de expressão dos dois pretéritos em língua espanhola de autores como
Sánchez (2006), Moreno (2007) e Milani (2010). De acordo com Sánchez (2009) o pretérito
perfecto simple: “expressa o desenvolvimento de uma ação verbal que se apresenta como
terminada no momento em que se encontra o que fala, podendo medir um período maior ou
menor de tempo entre o momento em que realizou a ação e o presente de quem fala”. Em
relação ao pretérito perfecto compuesto Moreno (2010) define-o como a forma de expressar
um acontecimento ocorrido no passado delimitando-o em um tempo presente. O propósito
desta investigação consiste na aprendizagem dos pretéritos perfecto simple e perfecto
compuesto, dos contextos em que eles são utilizados, dos seus marcadores temporais próprios
e das principais características que diferenciam esses dois pretéritos em língua espanhola por
meio da utilização de noticias de jornal e aplica-las ao ensino-aprendizagem de espanhol. Para
a composição do corpus da pesquisa, foi escolhido um jornal online, El Excélsior, na
variedade continental (mexicana) da língua espanhola. Para isto, usamos como recurso a
coleta 8 noticias do periódico escolhido que perfizeram um total de 5715 palavras e 204
ocorrências dos dois pretéritos, 184 do pretérito perfecto simple e 20 do pretérito perfecto
compuesto, e, a partir disso, fizemos uma analise das construções oracionais que continham
ambos os pretéritos. Antes do inicio da pesquisa, foi realizado um teste com os participantes
para averiguar o nível de conhecimento dos participantes em relação aos dois pretéritos, do
qual obtivemos uma porcentagem de 66,15% de acerto. Após o término da pesquisa,
aplicamos novamente o mesmo teste, e obtivemos uma porcentagem de 82,30% de acerto.
PALAVRAS-CHAVE: Língua Espanhola. Pretérito Perfecto Simple. Pretérito Perfecto
Compuesto.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE NO ENSINO DO ESPANHOL COMO
LÍNGUA ESTRANGEIRA
Marta Regina de Oliveira (UERN)
RESUMO: A leitura é uma das modalidades mais complexas e essenciais da atividade
linguística; é também uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento de nossa vida
acadêmica e requer uma compreensão prévia do texto. Considero que para que haja uma
leitura produtiva e objetiva é necessário o ensino de estratégias de leitura para que facilitem e
possibilitem ao leitor/aluno identificar os objetivos e a destacar os aspectos mais importantes
do texto. Este estudo tem como finalidade incentivar e mostrar a importância das estratégias
de leitura para formação de um leitor competente. Para cumprir com o objetivo inicial,
realizei uma revisão bibliográfica com autores renomados da área, como Solé (1998),
Kleiman (1997) e Muñoz (2005), paralelamente observei em aulas com propostas de leituras
as dificuldades existentes na compreensão de textos em língua espanhola de alunos
universitários da Disciplina Fundamentos da Língua Espanhola na Universidade Estadual do
Rio Grande do Norte – UERN/CAWSL. Os resultados obtidos nessa pesquisa promovem a
reflexão e aplicação direta nas aulas de leitura de língua espanhola. Concluo que para a
formação de leitores autônomos, é de suma importância que mostre na leitura as devidas
estratégias para uma boa compreensão, que incentive no aluno o prazer da leitura para que
sejam capazes de enfrentar diversos tipos de textos, que sejam capazes também de detectar
falhas na compreensão gerenciando assim suas próprias correções.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Estratégias. Língua Espanhola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
A LITERATURA E SUAS POSSIBILIDADES: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E
ENSINO DE ESPANHOL
Bruno Rafael Costa Venâncio da Silva (UFCG / IFRN)
Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG)
RESUMO: Tanto a literatura quanto a variação linguística são componentes esquecidos e
desvalorizados no ensino-aprendizagem de espanhol e outras línguas adicionais. Este artigo
tem a intenção de discutir a importância de ambos, através de uma proposta de não
dicotomização do ensino de aspectos linguísticos e literários na sala de aula. No primeiro
momento, discutiremos a importância da variação linguística no ensino de espanhol no
contexto brasileiro através de uma pesquisa bibliográfica apoiada por autores que tratam do
tema (MORENO FERNÁNDEZ, 2010; VILHENA, 2013; ANDIÓN HERRERO, 2008;
LUCCHESI, 2004) e por uma pesquisa documental através das Orientações Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio (2006). No segundo momento, apoiar-nos-emos nos estudos
de Preti (2004) sobre a análise da variação linguística em textos literários para incluí-la na
proposta de Brait (2000; 2003) para o ensino, na intenção de que se produzam conhecimentos
e se discuta em sala de aula a língua em uso através do texto literário. Por fim, discorreremos
as considerações sobre propostas didáticas que envolvam ambos componentes, enfatizando
sua importância o ensino de espanhol.
PALAVRAS-CHAVE: Variação linguística. Literatura. Ensino de espanhol.
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
A MÚSICA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO APRENDIZADO DE
IDIOMAS
Rosivânia Maria da Silva (UERN)
RESUMO: A discussão sobre a importância dos recursos didáticos embora não seja assim
tema tão recente é sempre pertinente, devido a necessidade que o ensino enfrenta em atingir
grupos cada vez mais diversificados. Tais recursos permitem dinamizar os vários contextos
dentro da educação, inclusive no que se diz respeito ao ensino de línguas através da música.
Nessa perspectiva, isto nos fez refletir quanto a real potencialidade desta ferramenta como
recurso facilitador no ensino de idiomas.Após uma leitura criteriosa nos últimos meses,
baseada na pesquisa bibliográfica e na análise de dados colhidos através de aulas práticas ,
buscamos subsídios que pudessem respaldar nossas afirmações quanto a importância deste
trabalho para o ensino de idiomas , pois embora a música já seja usada por alguns docentes
com caráter pedagógico, percebe-se que ainda existem mitos e entraves que são obstáculos
para sua definitiva aplicação na sala de aula.Faz-se necessário refletirmos sobre esta
importância da música no ensino de idiomas e até mesmo em língua materna ,conceber
estratégias e buscar maneiras de promover e potencializar o conhecimento através da música
como ferramenta que vai além de estímulo motivador.
PALAVRAS-CHAVE: Recursos. Música. Idiomas. Aprendizagem.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
A TEXTUALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE ESPANHOL COMO REQUISITO
FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM E/LE: UMA ANÁLISE DE
MATERIAL
Carlos Henrique da Silva (UFRN)
RESUMO: O ensino de língua estrangeira, mais especificamente o de Espanhol precisa ser
pensado de maneira que desenvolva uma prática de ensino onde a linguagem seja vista como
forma de participação social, pois é através dela que “o homem se comunica, tem acesso à
informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constroi visões do mundo, produz
conhecimento” Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs - (1998). A partir desta
perspectiva este trabalho pretende apresentar a análise de um livro didático utilizado no 9º ano
de uma escola da rede particular em um município do RN. Metodologicamente, a investigação
insere-se no âmbito da Linguística Aplicada e segue uma abordagem de pesquisa de natureza
interpretativista. Para a construção dos dados foram utilizados entrevistas semiestruturadas
constituídos por perguntas abertas com os alunos da série eleita para a pesquisa. Como aporte
teórico adotaremos os pressupostos teóricos dos PCNs (1998); DIAS (2009); e RIBEIRO
(2012). Os resultados preliminares indicam que o ensino de E/LE que tenha como foco a
textualidade, favorece a construção da aprendizagem de língua estrangeira capaz de
desenvolver maior uma participação social dos sujeitos envolvidos no aprendizado. A
contribuição deste trabalho reside na possibilidade de contribuir para uma melhor avaliação
dos materiais didáticos a serem utilizados nas escolas no tocante ao ensino/aprendizagem de
língua.
PALAVRAS-CHAVE: Livro didático. Textualidade. Aprendizagem de LE.
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
ANÁLISE DE ERROS E INTERLÍNGUA: ESTUDO DO EMPREGO DAS
PREPOSIÇÕES EM TEXTOS DE ALUNOS BRASILEIROS
Pedro Adrião da Silva Júnior (UERN)
Yordanys González Luque (USAL)
RESUMO: O uso das preposições na língua portuguesa e espanhola, por mais que haja
coincidências, registra diferenças de uso, as quais produzem confusão entre os brasileiros
estudantes de espanhol. Em nossa prática como docente, frequentemente observamos, em
textos escritos e orais de alunos brasileiros, frases como: “…llegamos en la ciudad natal…”,
“Yo vengo de autobus todos los…”, “Una vez conoci un joven de pelos…”. Estas frases
evidenciam que os alunos empregaram as preposições segundo as relações sintagmáticas de
sua língua materna, o português. Nestas orações, observamos que o uso das preposições se da
de forma inadequada, segundo a norma espanhola, ou simplesmente seu uso foi omitido. O
presente trabalho pretende apresentar uma pesquisa na qual se analisou 25 textos escritos,
com a finalidade de contrastar as estruturas das duas línguas em questão - o português (língua
materna) e o espanhol (língua estrangeira), assinalar, descrever e justificar os erros específicos
do corpus, bem como definir as estratégias que costumam utilizar os alunos para comunicar-
se na língua estrangeira. Este artigo se fundamenta na análise de erros da interlíngua de alunos
brasileiros da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) da Licenciatura em
Língua Espanhola, sobre o uso das preposições. Utilizamos os modelos teóricos da linguística
contrastiva prática: análise contrastiva, análise de erros e interlíngua. É uma pesquisa que se
caracteriza por ser qualitativa e descritiva. Analisaremos, neste estudo, o uso das preposições
com os artigos definidos, o uso e omissão da preposição a e por último, o uso da preposição
en. Concluímos, em nossa pesquisa, que os alunos empregam ou omitem as preposições
segundo o conhecimento que possuem acerca do uso dessa classe gramatical em sua língua
materna.
PALAVRAS-CHAVE: Análise de erros. Interlíngua. Texto escrito. Alunos brasileiros.
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
ENSINO DE ESPANHOL À DISTÂNCIA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS
PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DA COMPREENSÃO E
PRODUÇÃO ORAL
Luanna Melo Alves (IFRN)
Samuel de Carvalho Lima (IFRN)
RESUMO: Através do câmpus Educação a Distância (EaD), o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) oferece o Curso Superior de
Licenciatura em Letras Espanhol, com o objetivo de formar professores para a Educação
Básica. O objetivo deste trabalho é analisar as propostas de atividades para o ensino da
compreensão e produção oral flagradas na oferta desse curso a distância. Teórico-
metodologicamente, somos motivados por Lankshear, Snyder e Green (2000), que indagam
acerca dos usos das tecnologias por educadores, e damos continuidade à realização dos
estudos de cunho predominantemente exploratório e descritivo que elucidam as relações entre
linguagem/ensino/tecnologia (LIMA, 2013; CARVALHO; LIMA; ARAÚJO, 2013; FORTE-
FERREIRA; LIMA; LIMA-NETO, 2012; LIMA, 2012; LIMA; ARAÚJO, 2011). Nosso
mapeamento inicial resultou na distinção das propostas de atividades desenvolvidas na
disciplina Língua Espanhola IV, aproximando-as ou da concepção de proposta de atividade
online do tipo exercício ou da concepção de proposta de atividade online do tipo
comunicativo. O recorte do nosso estudo elucidou, portanto, que a oferta do ensino de
espanhol a distância é praticada, predominantemente, através das propostas de atividades
online do tipo exercício, que priorizam a relação aluno/computador. Em nossas conclusões,
pondera-se acerca do status das propostas de atividades, cujo papel poderia promover mais
comunicação e, inclusive, o letramento digital dos participantes do processo de ensino-
aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Proposta de Atividade. Compreensão e Produção oral. Educação a
Distância. Língua Espanhola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
MÍDIAS DIGITAIS: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LE ATRAVÉS DAS REDES
SOCIAIS
Rosivânia Maria da Silva (UERN)
RESUMO: O rol de possibilidades proporcionados pelas tecnologias e internet na educação,
tem projetado os saberes para um novo contexto da sociedade moderna. Não podemos ser
indiferentes ao papel que estes instrumentos tem na construção e aperfeiçoamento do
conhecimento, tornando o saber inovador, dinâmico e interativo.A construção dessa nova
perspectiva de ensino implica em uma adaptação ao modelo educacional atual, sintonizado
com a era digital . A promoção do ensino e aprendizado via usos das mídias sociais e recursos
tecnológicos permite explorar as habilidades indispensáveis ao aprendizado de língua
estrangeira, de forma que estas sejam trabalhadas de modo lúdico, singular e antenado com
essa geração digital, da qual já fazem parte, nossos alunos.O trabalho proposto busca
apresentar questionamentos sobre o uso das mídias sociais nas aulas de língua estrangeira,
apresenta vantagens quanto a utilização de material autentico e descontraído , além de
mostrar que é possível o uso destas ferramentas dentro de contextos linguísticos abordando
habilidades especificas. . Propõe ainda desmistificar a impressão que para se trabalhar com
estes instrumentos tem que ser um especialista.Trata-se, portanto, de uma nova perspectiva do
aprendizado de ELE do qual já fazemos parte.
PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais. Internet. Ensino-aprendizagem. Mídias digitais.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS BRASILEIROS E ANÁLISE DE ERROS: USOS
EQUIVOCADOS DOS ARTIGOS
Pedro Adrião da Silva Júnior (UERN)
Yordanys González Luque (USAL)
RESUMO: O uso equivocado do artigo é bastante comum entre os alunos brasileiros que estudam
espanhol. O linguista Torijano (2002) acredita que as razões principais pelas quais os artigos causam
problemas aos luso-falantes são provocadas pela diferença morfológica dos artigos em português e em
espanhol, com uma diferença interlinguística claramente maior que as existentes, a este respeito, entre
as outras línguas romances, com exceção do romeno, que apresenta um sistema de flexão por
sufixação excepcional. Também aponta, como um dos principais fatores que ocasionam os erros, a
coincidência morfológica do artigo neutro lo espanhol, equivalente ao artigo masculino e neutro do
português o. Em nossa análise, encontramos frases como: “Pues lo tema principal…”, “Ha sido una
viaje muy agradable…”, “…una alma misericordiosa que…”, as quais exemplificam e constatam as
ideias de Torijano sobre o uso dos artigos por parte de alunos brasileiros: Para elaborar nosso estudo,
analisamos 25 textos escritos, com a finalidade de contrastar as estruturas do português (língua
materna) e do espanhol (língua estrangeira). Pretendemos com estas análises, apresentar, descrever e
justificar os erros específicos deste corpus e definir as estratégias utilizadas pelos alunos. Este artigo
se fundamenta na análise de erros da interlíngua de alunos brasileiros da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN) do 5º e 6º períodos da Licenciatura em Língua Espanhola. Utilizamos a
linguística contrastiva prática e seus três modelos teóricos: análise contrastiva, análise de erros e
interlíngua. É uma pesquisa que se caracteriza por ser qualitativa e descritiva. Concluímos, com o
corpus analisado, que os erros são provocados, geralmente, por falta de conhecimento do gênero do
substantivo que acompanha o artigo, pela confusão que estabelecem os aluno ao usar o artigo definido
el e o artigo neutro lo e o desconhecimento das regras de eufonia.
PALAVRAS-CHAVE: Análise de erros. Produção escrita. Alunos brasileiros. Artigos.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
A CONDIÇÃO HISTÓRICA DE PRODUÇÃO E AUTORAL DAS OBRAS
CANÔNICAS OS MISERÁVEIS E O CONDE DE MONTE CRISTO
Bárbara Raquel Abreu F. Lima (UERN)
RESUMO: Uma obra literária considerada como parte integrante do cânone tem a forte
característica da atemporalidade. O tempo, além deste metafórico e metafísico do eterno,
incide sobre outro aspecto: o tempo em que foram escritas e a condição histórica da produção
das obras. Partindo da leitura dos clássicos franceses Os miseráveis, de Victor Hugo (2007) e
de O conde de Monte Cristo, escrita por Alexandre Dumas (2009), o presente trabalho tem
como objetivo analisar através de um estudo comparado a condição histórica de produção e
autoral das obras canônicas francesas, apresentando a obra e o escritor, e aferir como o
período vivenciado à época pelos autores foi capaz de influenciar diretamente os livros
literários em questão. Atento aos sussurros de suas épocas, do ser humano e, especialmente da
vida, é o autor quem desenha com seus termos um novo universo: a obra de ficção. Francesas,
escritas retratando como pano de fundo o período histórico de revoluções, com autores
presente intrinsecamente naquelas tramas, as duas obras que serão analisadas no decorrer
deste trabalho, Os miseráveis, publicada originalmente no ano de 1862, e O conde de Monte
Cristo, cuja primeira edição foi a público em 1844, têm em comum ainda o fato da
preocupação não apenas em registrar fatos históricos, mas apresentar principalmente esses
acontecimentos, como forma de delinear aspectos sociais de uma época, através de histórias e
personagens com forte dramaticidade. Com isso, parte da vida dos autores Hugo e Dumas é
resgatada para a realização de prováveis conexões com as obras, ressaltando especialmente o
período histórico vivenciado por ambos, o que definitivamente culminou para a produção de
clareza e sentido dos livros. O contexto de produção e circulação do romance é importante
para entendermos como os fatores sociais, históricos e culturais tornaram possível sua ampla
divulgação, especificamente no Brasil. Como referencial teórico, são utilizados os estudos de
Georg Lukács (2000) sobre teoria do romance, Ofir Aguiar (2002) e Rosângela Guimarães
(2008) sobre as traduções e publicações das obras abordadas.
PALAVRAS-CHAVE: Os miseráveis. O conde de Monte Cristo. Condições de produção.
Primeiras publicações.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
A FORTALEZA DE ÂNGELA GUTIÉRREZ: UMA LEITURA DE O MUNDO DE
FLORA
Maria Valdenia da Silva (UECE)
RESUMO: O presente trabalho traz um olhar sobre a representação de cidade no romance
contemporâneo, tendo como objeto de análise o livro O mundo de Flora, da ensaísta e
escritora cearense Ângela Gutiérrez. Publicada inicialmente em 1990, a obra tem como
cenário a cidade de Fortaleza, revivida através de flashes memorialísticos que retratam uma
cidade alegre, ingênua e em processo de crescimento no início do século XX. Esses flashes
são revelados pelo olhar arguto, sensível e infantil da personagem Flora. O estudo desse
romance nos interessou não apenas por sua temática, que, por si só, já parece bastante
instigante, mas sobretudo por sua estrutura narrativa bem peculiar, marcada por diversas
colagens e superposições de planos, influências diretas das vanguardas europeias, em especial
do cubismo. Concebendo a cidade como o espaço multifacetado no qual História e cultura se
interpenetram, torna-se possível vê-la sob vários olhares. Logo a questão não se esgota no ver
a cidade, importa muito mais examinar os olhares que se lança sobre ela, ou seja, discutir
significados. São esses olhares significativos que procuraremos destacar na obra O mundo de
Flora. Para a realização de nossa pesquisa de investigação literária, utilizamos como
fundamentação teórica os estudos sobre a cidade de Gomes (1994), Bachelard (1999) e
Rosnique (1988) entre outros.
PALAVRAS-CHAVE: O mundo de Flora. Cidade. Romance contemporâneo.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
A POESIA CONTEMPORÂNEA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SUA ABORDAGEM
EM SALA DE AULA
Keyla Freires da Silva (URCA)
Roberto Bezerra de Menezes (URCA)
RESUMO: A poesia não tem lugar de destaque entre os estudantes de letras e literatura,
assim como entre os professores, tanto do nível fundamental/médio, quanto no nível superior.
Devido a isso, há uma resistência, velada, de certo modo, em trabalhar textos poéticos em sala
de aula. Em geral, tem-se uma percepção da poesia como gênero de difícil entendimento e
compreensão, o que é fruto de uma visão classicizante do objeto literário. Procuraremos
averiguar de que modo as aberturas propostas pela poética contemporânea de língua
portuguesa permitem ao aluno de letras uma maior intimidade com o jogo discursivo do texto
literário, sem as amarras criteriosas dos compêndios de história da literatura que tanto
determinam e limitam os textos literários com sua carga de informações extraliterárias. A fim
de desmistificar essa visão logocêntrica e, assim, atingirmos nosso objetivo, utilizaremos
poemas de Herberto Helder, António Ramos Rosa, Paulo Leminski, Cacaso, Paulo Henriques
Britto, Manoel de Barros, Adélia Prado, Mario Quintana, Nuno Ramos, Hilda Hilst, por
exemplo. Iremos, para tanto, nos apoiar em concepções teórico-filosóficas ditas pós-
estruturalistas, tais como Maurice Blanchot (2008; 2009), Roland Barthes (2007; 2008),
Michel Foucault (2000), Giorgio Agamben (2007), Gilles Deleuze (1997) e Jacques Rancière
(2009; 2011). Acreditamos, assim, oferecer uma visão do texto literário poético aberta à
conversação para o leitor crítico em formação, o aluno de letras.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Poesia. Literatura Contemporânea.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
CONFLITOS DE UM AMANUENSE: EU QUE NARRO, QUEM SOU?
Keynesiana Macêdo Souza (UFRN)
Rosanne Bezerra de Araújo (UFRN)
RESUMO: Neste trabalho sobre o romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, pretende-se
traçar, em linhas gerais, algumas reflexões no tocante aos conflitos vivenciados pelo
protagonista e ao tom melancólico que perpassam toda a narrativa desse livro ímpar no
panorama literário brasileiro. Trata-se de uma obra atípica dentro da ficção da década de 1930
por ser uma voz dissonante comparada às produções regionais e sociais da época. Sua
temática mescla entre o homem e sua relação conflituosa com a vida; a profissão e a arte; o
presente e o passado; o amor e as frustrações. Belmiro Borba, narrador-personagem, é um
homem sentimental e tolhido pelo excesso de vida interior, que resolve escrever um diário e
assim registrar no papel suas histórias, sentimentos, meditações e ilusões. Nessa perspectiva,
este trabalho se insere na vertente de estudos da Literatura brasileira que adota como reflexão
crítica a estética da melancolia, algo voltado para uma concepção de melancolia criativa.
Como ponto de partida para esta discussão, toma-se o pensamento de Aristóteles (1998),
Kristeva (1989), Benjamin (2011), Lambotte (2000) e Bauman (2001) para articular pontos
pertinentes ao tema que se mostram presentes no romance em estudo. Com essa análise, é
possível refletir sobre o sujeito inserido no caos da modernidade, procurando relacionar esses
dados com os demais aspectos que perfazem os caminhos dessa melancolia.
Palavras-chave: Cyro dos Anjos. Modernidade. Melancolia. Criação literária.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE CAETÉS, DE GRACILIANO RAMOS
Marcel Lúcio Matias Ribeiro (IFRN)
RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar o romance Caetés (1933), de Graciliano
Ramos (1892-1953). Caetés é o livro de estreia do escritor alagoano. Os críticos tendem a
classificá-lo como uma espécie de ensaio para a obra maior do autor. Por isso, em alguns
casos sem nenhuma análise, Caetés é posto em plano inferior na fortuna crítica referente à
obra de Graciliano Ramos. No entanto, observa-se que o romance possui aspectos importantes
que não são notados em análises reducionistas. Para se ter uma visão mais ampla da narrativa,
é pertinente inserir o romance no contexto de sua publicação, observar a perspectiva estética
de Caetés e avaliar como esta narrativa se relaciona com as outras obras do autor. Como
suporte teórico para o presente estudo, são utilizados os ensaios “Ficção e confissão” (1956),
“Os bichos do subterrâneo” (1961), ambos de Antonio Candido, além do ensaio “Uma grande
estreia” (2009), de Luís Bueno. Ao final, percebe-se que Caetés apresenta rupturas à estética
realista/naturalista tradicional; dialoga com toda a produção literária do escritor, servindo
como prenúncio para a produção narrativa de Graciliano, que, como observou Candido,
percorre o caminho da ficção para a confissão; e proporciona considerações críticas sobre o
processo de elaboração do romance e sobre a relação entre a realidade e a ficção.
PALAVRAS-CHAVE: Graciliano Ramos. Caetés. Romance. Narrativa de 30.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
DA ESTÉTICA DA TEATRALIDADE:
APRESENTANDO O DIÁRIO ÍNTIMO DE FLORBELA ESPANCA
Abraão Vitoriano de Sousa (UFCG)
RESUMO: A obra de Florbela D’alma Conceição Espanca (1986 – 1930), ou eternamente
Florbela Espanca, afigura uma das mais líricas produções da literatura portuguesa do século
XX, ora marcada pelo sentimentalismo arrebatador, ora pela presença multifacetada do
feminino – como assim tão bem aparece representado nos livros póstumos Charneca em Flor
(1931) e O dominó preto (1982). Em face disso, este trabalho tem por objetivo: evidenciar
uma breve abordagem da vida e obra de Florbela Espanca, apresentando os aspectos centrais
do seu diário íntimo. Para tanto, tornou-se necessário uma pesquisa bibliográfica de caráter
qualitativo descritivo, ancorada nos seguintes autores: Bellodi (2006), Dal Farra (2012),
Junqueira (2003), entre outros. Publicado pela primeira vez em 1981 e intitulado de O Diário
do Último Ano, este exemplar delineia trinta e dois fragmentos em forma de concisos
comentários, confidências e divagações nos meses antecedentes ao suicídio da escritora em 8
dezembro de 1930, em Matosinhos - Portugal. Embora Florbela Espanca tenha o
reconhecimento maior pela sua criação poética, sobretudo os sonetos, observa-se, pois, a sua
genialidade neste diário que não se limita simplesmente a desvendar vivências cotidianas, ela
assume os seus impulsos criativos e suas personas diante de uma composição híbrida de
nuances confessional e ficcional – além de características genuinamente poéticas. Notou-se,
de fato, que o estudo da prosa florbeliana explicitou um importante olhar para as
transfigurações de estilo, temas e facetas da escritora lusitana, por sua vez, também
recorrentes em suas demais produções literárias.
PALAVRAS-CHAVE: Florbela. Diário. Literatura.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
DA TRADIÇÃO À MODERNIDADE: ANÁLISE DA POSTURA DO
NARRADOR EM AI JESUS! E O IDIOTA
Maria Betânia Peixoto Monteiro da Rocha (UFRN)
RESUMO: A postura do narrador ganha novos formatos no decorrer do tempo e deslocar do
espaço, sendo a literatura lócus de internalização de tais transformações. O movimento
dialético descrito por Candido (2000), que une a arte e a sociedade num vasto sistema
solidário de influências recíprocas, nos permite ver como o narrador da tradição oral de contar
histórias – aquele que segundo Walter Benjamin (1993) formulava sua fala a partir do
substrato extraído da experiência vivida – abre caminhos para o narrador do romance
tradicional – colocado ao lado do leitor com o objetivo de contar uma história que “viu”
acontecer, é a sua “experiência” ficcional que ele quer transmitir. A postura hegemônica deste
narrador é deixada para traz e a literatura testemunha o surgimento de outro: o narrador do
romance moderno. À luz do pensamento de Rosenfeld (2009) – para quem a teoria
heliocêntrica é capaz de romper com a noção de perspectiva nas artes a ponto de destronar o
narrador do romance tradicional –, de Bakhtin (2010) e do seu Círculo, que discorrem sobre a
internalização do descentramento no romance moderno. O presente artigo analisa a
articulação do narrador da obra O Idiota, de Fiódor Dostoiévski, estabelecendo uma
comparação com a ficção contística do autor potiguar Bartolomeu Correia de Melo, que se
apresenta interstício entre tradição e modernidade.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Narrador. Tradição. Modernidade.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
ENTRE O FÍSICO E O SIMBÓLICO: REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIA
CONTRA O FEMININO EM MARINA COLASANTI
Nathalia Bezerra da Silva Ferreira (UECE)
Isabela Feitosa Lima Garcia (UECE)
RESUMO: Marina Colasanti destaca-se no cenário da literatura brasileira como a escritora
versátil que escreve poemas, contos, crônicas e crítica feminista, sendo também autora de uma
vasta produção literária destinada ao publico infanto-juvenil. Em seus contos, há uma grande
variedade de personagens femininas que remetem, por muitas vezes, à violência sofrida pelas
mulheres. Essa violência é expressa de forma física ou também simbólica. O presente trabalho
teve por objetivo analisar as personagens femininas de Marina Colasanti nos contos
Verdadeira estória de um amor ardente, inserido na obra Contos de amor rasgados (1986), e
A moça tecelã, do livro Doze reis e a moça no labirinto do vento (1998), considerando as
relações de gênero, tendo como foco principal a violência a que as personagens estão
submetidas em seus referidos contos. Busca-se ainda analisar como essas personagens reagem
à violência, se buscam o caminho da submissão ou se optam pela resistência. Adotou-se,
como metodologia, a leitura e análise crítica dos contos em referência sob a perspectiva da
teoria feminista, utilizando como referencial teórico Beauvoir (1949) e os estudos de Coelho
(1991, 2003) sobre o conto de fadas e os contos maravilhosos, entre outras obras que, direta
ou indiretamente, abordam a temática deste trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Gênero. Violência.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
FITA-VERDE NO CABELO EM DIÁLOGO COM OS CONTOS MARAVILHOSOS E
AS CIRCUNSTÂNCIAS SÓCIOCULTURAIS DA ATUALIDADE
Jaquelânia Aristides Pereira (UECE)
RESUMO: Fita-Verde no cabelo é uma narrativa de Guimarães Rosa que inicialmente foi
inserida no volume de contos denominada Ave Palavra, publicada em 1970. Trata-se de uma
nova versão literária do conto clássico O Chapeuzinho Vermelho, de Charles Perrault,
recriada tanto no nível da linguagem quanto no âmbito do conteúdo, numa tematização da
caminhada solitária do homem desde a infância até sua maturidade, permeada pelo sentimento
de morte. Este trabalho apresentará o resultado de nossa leitura desse conto roseano através
de uma análise que procura desvendar os fios desse texto literário, tecido em sintonia com a
tradição dos contos maravilhosos, o pulsar do homem da atualidade e suas inquietações
sociais e existenciais. Colocaremos em evidência o modo como Guimarães Rosa revaloriza a
literatura infantil, mediante uma reescrita que adota os mesmos procedimentos literários de
seus outros textos considerados criações literárias. Elegemos como fundamentação teórica
para a nossa pesquisa os estudos de Propp (1984) e Coelho (1981, 1991) sobre os contos de
fadas e os contos maravilhosos, as pesquisas de Todorov (1980) sobre a narrativa literária, os
trabalhos de Jenny (1979), de Nitrini (1997), de Carvalhal (1992) e outros autores que
pesquisaram ou ainda pesquisam sobre a literatura comparada e as particularidades da teoria
da intertextualidade.
PALAVRAS-CHAVE: Fita-verde no cabelo. O Chapeuzinho Vermelho. Intertextualidade.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
HAROLDO DE CAMPOS E GREGÓRIO DE MATOS, LEITORES DO
ECLESIASTES OU O NEOBARROCO LÊ O BARROCO
Ciro Soares dos Santos (UFRN)
Leila Maria de Araújo Tabosa (UFRN)
RESUMO: O trabalho consiste em uma abordagem comparativa entre poemas do intelectual
paulista e soneto do escritor baiano para verificação das expressões do eu-lírico quanto às
suas confluências e às suas diferenciações. Os Estudos sobre o barroco, de Helmut Hatzfeld
(2002), a abordagem A cultura do barroco: análise de uma estrutura histórica, de José
Antonio Maravall (1997), assim como as considerações crítico-teóricas verificadas em
Barroco, neobarroco, transbarroco e em Ruptura dos gêneros na literatura latino-
americana, de Haroldo Campos (2004, 1979) orientam o estudo do eu-lírico da poesia de
Haroldo de Campos nos poemas de títulos “Poema Qohelético I” e “Poema Qohelético II”,
reunidos no livro Crisantempo, em comparação com o soneto “Sobre a inconstância dos bens
do mundo”, de Gregório de Matos. O objetivo de apresentar aproximação existente entre os
dois poetas será perseguido a partir de reflexão orientada para demonstrar como a obra de
Haroldo de Campos, poeta do século XXI, guarda unidade quanto à sua ensaística crítica, ao
seu trabalho tradutório e à sua prática poética: estudo, tradução composição são tarefas
coexistentes em simultaneidade na vida do escritor paulista. No século XXI, a poética
haroldiana se alimenta do barroco e da Bíblia com seus estudos da obra de Gregório de Matos
e suas traduções ao poema “Eclesiastes”.
PALAVRAS-CHAVE: Haroldo de Campos. Gregório de Matos. Barroco. Neobarroco.
Bíblia.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
IRONIA, DÚVIDA E MORTE NOS FRAGMENTOS DO POETA JOÃO LINS
CALDAS
Cássia de Fátima Matos dos Santos (UERN)
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo apresentar parte dos resultados sobre o estudo
dos fragmentos do poeta potiguar João Lins Caldas (1888-1967). Os documentos pesquisados
foram dois cadernos selecionados do arquivo do poeta, composto de 50 (cinquenta) cadernos
manuscritos digitalizados. Desse universo, 11 (onze) cadernos manuscritos contêm
fragmentos (SANTOS, 2010). A metodologia desenvolveu-se a partir de estudos teóricos
sobre os manuscritos autógrafos, cuja característica é ter sido escrito pelo punho do próprio
autor, não sendo uma cópia ou reprodução. Trata-se de uma pesquisa documental em fontes
primárias, pois são documentos originais (CANDIDO, 2005). Foi feita a digitação dos dois
cadernos manuscritos, uma das etapas importantes do projeto, como também a catalogação e
organização desses fragmentos. Os resultados demonstram que os fragmentos presentes nos
dois cadernos selecionados apresentam semelhança com a escrita fragmentária de Fernando
Pessoa em o Livro do desassossego, estudada por Souza (2009), e com os fragmentos de
François La Rochefoucald, em Máximas e reflexões (2007). Os fragmentos do poeta João Lins
Caldas expõem temáticas e assuntos que vão desde situações do cotidiano, mais simples e
corriqueiras até as de cunho mais filosófico, como morte, sonho, vida, política, religião,
dúvida existencial, dentre outras. Tal elaboração aponta para o vasto conhecimento intelectual
do autor e sua capacidade reflexiva, demonstrando serem os fragmentos, a exemplo da sua
poesia, textos repletos de elementos estéticos e filosóficos, conduzindo-nos, portanto, a uma
investigação sobre essa escritura fragmentária, buscando formular sentidos e contribuir para o
aprofundamento dos estudos em torno de sua produção poética.
PALAVRAS-CHAVE: João Lins Caldas. Fragmentos. Manuscritos. Poesia potiguar.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
LITERATURA CONTEMPORÂNEA X CONDIÇÃO HUMANA
Ivanete Dias Queiroz Costa (UERN)
Maria Lúcia dos Santos (UERN)
RESUMO: O presente escrito ocupa-se das questões relacionadas ao ensino da leitura, bem
como da literatura, e sua importância para a formação do leitor. Busca-se suporte teórico em
autoridades no assunto, tais como: Edgar Morin (2003), Paulo Freire (2002), José Carlos
Libâneo (2001), autores que consideram a condição humana como ponto de fundamental
importância para a educação. O objetivo maior desse texto é fomentar discussões e reflexões
acerca de a literatura ser uma das artes que em muito contribui, não somente para a formação
dos leitores, mas (e principalmente) oportunizando-lhes o desenvolvimento das
potencialidades humanísticas em todas as suas dimensões. De acordo com Morin a literatura
pode ser vista como Escola em seus diversos aspectos: Escolas de língua, Escolas de
qualidade poética da vida, Escola de descoberta de si mesmo, bem como Escola de
complexidade e Escola de compreensão humana. Aponta-se aqui a literatura infanto-juvenil
brasileira que, nos moldes da teoria de Edgar Morin, exerce/desempenha uma função
essencialmente humanizadora, ou seja, de forma significativa. Lança-se mão de escritores
contemporâneos como Ligya Bojunga (2009), Clarice Lispector (2006), Marina Colasanti
(1985), buscando detectar/perceber nuances do pensamento Edgariano, que consideram haver
na literatura, assim como na música, cinema e poesia, um pensamento profundo sobre a
condição humana. Busca-se estabelecer relações analógicas entre os autores citados,
observando semelhanças e diferenças, buscando compreendê-las à luz da teoria de Edgar
Morin.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Literatura. Condição humana.
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
MÁSCARAS DA MORTE NO CONTO “A HORA E A VEZ DE AUGUSTO
MATRAGA”, DE GUIMARÃES ROSA
Antonia Marly Moura da Silva (UERN)
Rosaly Ferreira da Costa Santos (UERN)
RESUMO: O propósito deste trabalho é analisar o conto “A hora e a vez de Augusto
Matraga”, integrante de Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa, observando aspectos da
morte expressos na configuração do personagem central. O propósito é destacar a morte como
redenção, bem como o caráter simbólico da morte na representação do destino de Augusto
Matraga, protagonista da história narrada. Para tanto, tomamos por base teórica a coletânea
Fortuna crítica, organizada por Eduardo F. Coutinho (1991), a qual reúne valiosos trabalhos
críticos em torno da obra desse grande escritor brasileiro, também os postulados de Jean
Baudrillard (1996) que faz uma abordagem sobre as diversas categorias da morte. É oportuno
enfatizar que dentre as características marcantes na obra Roseana, é notadamente reconhecida
pela crítica especializada, a questão da linguagem refletida através de um regionalismo
peculiar, traço em que a paisagem sai do foco da questão para dar vez ao ser humano em
conflito consigo próprio. Deste modo, as dualidades são recorrentes em sua obra. O bem e o
mal, o terreno e o divino, Deus e o Diabo são elementos que permeiam a ficção do escritor
mineiro e também na narrativa eleita para a análise pretendida. Trata-se da trajetória heroica
de Augusto Matraga, que no início da trama é um homem rico, poderoso e prepotente que
desce desse lugar para ocupar o lugar dos rebaixados e abandonados. Decorrente de suas
atitudes, o personagem é deixado pela família e, em sequência, a derrocada de seu prestígio
social. A partir de então, Matraga passa por uma grande transformação não somente social,
mas também espiritual e, assim, passa a “viver” em função de sua redenção. Dessa forma, seu
corpo se anula simbolicamente a partir, primeiramente, da negação da sua própria identidade,
do seu eu. O mal desaparece para “nascer-renascer” um novo homem, o sujeito que busca
agora a remissão de seus pecados e consequentemente a salvação. Nessa caminhada mítica e
mística, Matraga se depara com Joãozinho Bem-Bem com o qual trava um duelo em que
ambos morrem. A morte de Augusto Matraga, nesse momento, transcende a morte corpórea.
Nessa perspectiva, a difícil passagem da vida para morte configura-se em um valor metafórico
que simboliza a tão esperada redenção. É através da morte que ele encontra finalmente o seu
destino, a “sua hora e sua vez”.
PALAVRAS-CHAVE: Augusto Matraga. Linguagem. Morte. Redenção.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
MODOS DE FIGURAÇÃO NO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO – SOBRE A
PERSONAGEM EM CLARABOIA
Pedro Fernandes de Oliveira Neto (UFRN)
RESUMO: Cada romance é responsável pela produção de um conjunto de sentidos proposto
pelo romancista através do narrador e assimilado (ou não) através da leitura. Nesse processo
não é de nosso interesse – ao menos por enquanto – tratarmos do segundo polo, mas do
primeiro, isto é, como o narrador trabalha e engendra sentidos no processo de construção da
personagem. Ao compreender que este elemento se desenvolve no andamento da diegese, o
que entra nesse jogo são os modos de figuração do romance: as caracterizações (quando as
há), as volições psicológicas, e por fim, as ações, são materiais que atuam na construção e
responsáveis ora em parte ora em totalidade para o funcionamento e a existência da narrativa.
A partir dessas considerações, esta comunicação intenta uma leitura da personagem no
romance de José Saramago – Claraboia (2011). Na leitura consideramos todos os elementos
que se mostram como diretamente associados à categoria no romance, até mesmo aquelas
ações que revelam, de um modo ou de outro, traços psicológicos, comportamentais ou
conformação histórica da personagem, lugares perquiridos por leituras de Michel Zéraffa
(2010), Mikhail Bakhtin (2003), Carlos Reis (2013). O que, no fim, essas considerações
apontam é, não somente a extensa função de complemento e conformação de um universo
coerente do romance, mas a composição de um modo de criação da realidade romanesca.
PALAVRAS-CHAVE: Figuração. Personagem. Romance.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
O ARADO COMO METÁFORA DO AMOR
Janaina Silva Alves (IFRN)
RESUMO: O presente trabalho visa apresentar uma leitura analítica do poema “Arado”, que
está inserido na obra O arado (1959) da poetisa potiguar Zila Mamede. Nessa perspectiva,
propusemo-nos fazer uma leitura com um olhar voltado para as relações entre tradição e
modernidade. Para isso, ancoramo-nos em alguns teóricos como Friedrich (1991), Berman
(2007), Baudelaire (1996) e outros na tentativa de compreendermos como os elementos da
terra, do cotidiano, associados à tradição, vão se fazendo presentes nos versos do poema e
entrelaçando-se com um fazer literário moderno na elaboração de uma lírica telúrica. Além
disso, observamos que as relações entre tradição e modernidade vão estar presentes não só na
construção poética, mas também no tocante ao conteúdo do poema no momento em que
percebemos haver uma construção poética elaborada a partir de uma experiência individual
com os elementos da terra e que, transfigurados para o plano estético do texto, torna-se uma
experiência universal à medida que o eu-lírico escolhe o arado como metáfora do amor.
Assim, nossa leitura analítica se detém em apontar como o poema vai se constituindo em um
projeto poético que escolhe o amor a terra como motivo particular e, ao mesmo tempo,
universal, pois tem-se um lírico que versa acerca da problematização humana imbricada com
os elementos da terra, tornando-se uma criação de cunho universal e atemporal.
PALAVRAS-CHAVE: Tradição. Lírica telúrica. Modernidade. Regional. Universal.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
O NARRADOR SILENCIADO: VOZES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA EM
PEPETELA
Marília Maia Saraiva (IFRN)
RESUMO: A problematização do discurso histórico é uma característica marcante na
narrativa de Pepetela. Na construção dos seus romances, o autor sempre busca mostrar o lado
do colonizado, a outra versão da história, o ponto de vista do marginalizado, do explorado, do
oprimido. Nesse contexto, o objetivo principal deste trabalho é promover uma discussão
acerca da relação entre história, memória e literatura na construção do narrador no romance A
grande família: o tempo dos flamengos (1999), do escritor angolano Pepetela. A obra em
questão narra um fato específico da história de Angola: a ocupação holandesa, representada
pela Companhia das Índias Ocidentais, em Luanda, durante sete anos, de 1642 a 1648, mas
sob a ótica de um escravo. E, como se não bastasse a própria condição de escravo que
condena socialmente o narrador, Pepetela ainda acrescenta mais duas características: a mudez
e a condição de analfabeto. Um escravo mudo, analfabeto e sem nome próprio é o grande
narrador do romance, o detentor dos fatos na narrativa, que deslinda o lado cruel e desumano
do colonizador. Para tanto, utilizam-se como referência teórica os textos: “A hora da estrela:
uma questão de gênero?”, do professor Albuquerque Júnior (2007); “O que é literatura e tem
ela importância?”, de Jonathan Culler (1999); “Sobre o conceito de história”, de Walter
Benjamin (1985). Ao final, percebe-se que Pepetela faz uma inversão do centro elitista
dominante, pois desloca da margem aquele que é discriminado e lhe atribui o poder de
controlar a ficção na posição mais privilegiada: a de narrador.
PALAVRAS-CHAVE: Pepetela. Narrador. Literatura. História. Memória.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
PERFUMES E SÍMBOLOS: A REVELAÇÃO DOS PERFUMES, DE GILKA
MACHADO, E O SIMBOLISMO FRANCÊS
Maria Graciele de Lima (UFPB)
RESUMO: O início do século XX trouxe muitas novidades culturais para a Europa e,
posteriormente, para o Brasil. As chamadas Vanguardas Europeias (Futurismo, Dadaísmo,
Surrealismo, entre outras) constituíram-se como impactantes propostas para se repensar as
artes e a cultura de forma mais ampla. No caso relativo à Literatura produzida no Brasil, as
manifestações apresentaram um caráter bastante híbrido e oscilaram entre práticas
tradicionalistas e inovadoras. Neste sentido, o presente artigo tem o objetivo de discutir de
maneira mais a obra intitulada A revelação dos perfumes (1916), escrita pela carioca Gilka
Machado, mostrando elementos nela presentes que revelam um profundo diálogo com o
Simbolismo europeu, mas que não a distanciam das possibilidades de produção literária
brasileira do período em questão. É importante dizer que a referida publicação ainda não
encontrou, mesmo depois de tanto tempo, a atenção merecida pela crítica nacional e pede um
olhar atento a fim de trazer à luz sua riqueza literária, assim como sua importância devida.
Para a discussão aqui apresentada, os apontamentos feitos por críticos e estudiosos como
Teles (2009), Pierre Rivas (2005) e Michel Espagne (2012) serão o apoio teórico utilizado e,
certamente, lançarão luzes sobre esta proposta de compreensão acerca da obra de Gilka
Machado.
PALAVRAS-CHAVE: Simbolismo. Gilka Machado. Revelação dos Perfumes.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO
TEATRO DE ILUSÕES: A SUTILEZA DO NARRADOR
Nayara Martina Freire (UERN)
RESUMO: As tendências realistas combateram fortemente o estilo romântico, no século XIX
e isso passou a ser observado na Literatura Brasileira, especificamente, na prosa. Embora os
romances tenham grande relevância nessa corrente literária, o conto também possui
expressividade dramática fundamentada nos ideais estilísticos do autor. Assim, em Missa do
Galo (1893), o escritor Joaquim Maria Machado de Assis apresenta um pequeno episódio do
cotidiano, que nos permite fazer uma análise dos aspectos sociais e psicológicos que
envolvem o conto. Além disso, observaremos as suspeitas que o diálogo metafórico é capaz
de sugerir, bem como os recursos estilísticos utilizados pelo autor que desencadeia uma
atmosfera misteriosa harmoniosamente promovida pela ironia e a sutileza. Através dessa
narrativa curta, também é possível abordar as características temáticas mais utilizadas por
Machado, como adultério, a presença analítica das figuras dramáticas e o comportamento
ambíguo. A construção literária e a estilística machadiana se tornam bem evidentes entre
Nogueira e Conceição a partir do diálogo de forte sutileza, e conteúdo sensual e sugestivo.
Neste conto, perceberemos a capacidade de manipulação machadiana, mediada por um
narrador personagem de características sutis e duvidosas que, implicitamente, expressa sua
intenção ao contar um dado momento insólito. Com isso, Gotlib (2006), Gancho (2006),
Duarte (2006), Bosi (2003) e outros críticos salientam os elementos estruturais e contextuais
empregados por Machado de Assis em sua composição literária, seu estilo de narrar
peculiarmente misterioso, os principais recursos utilizados para a construção do enigma em
destaque e a influência da visão unilateral do narrador protagonista. No entanto, é a partir
desses aspectos que, também, nos propomos a fazer uma análise das personagens principais,
compreender a distinção entre autor e narrador e que relação estabelecem com o enredo,
considerando a tipologia do conto tal qual gênero textual e, concomitantemente, perceber os
elementos psicológicos que norteiam a formação do enigmático teatro de ilusões.
PALAVRAS-CHAVE: Ironia. Machado de Assis. Missa do Galo. Narrador. Sutileza.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
AS REDES SOCIAIS E A VEICULAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MUNDO
Almirene Maria Vital da Silva Sant’anna (UEFS)
Maria Rosane Passos dos Santos (UEFS)
RESUMO: As transformações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas, especialmente no
campo da informática e das telecomunicações provocaram mudanças nas formas de produzir,
consumir e ensinar. Vive-se em um mundo onde as relações entre a sociedade e o espaço são
mediadas cada vez mais pela tecnologia da informação e, por isso, o educador atual, precisa
também ser o mediador dos recursos tecnológicos, utilizando-os a seu favor na elaboração e
execução das atividades em sala de aula. Assim, percebendo a importância do uso da
tecnologia na construção do conhecimento, toma-se como elemento norteador a rede social
facebook para socializar, comentar e produzir textos variados, a fim de demonstrar que as
redes de relacionamento veiculam amenidades, mas têm uma função social relevante quando
utilizadas de forma adequada e monitorada. São, então, postados textos e sugeridas leituras
que devem ser compartilhadas e comentadas online, veiculando o conhecimento e partilhando
saberes. Toma-se como base a teoria dialógica do discurso proposta por Bakhtin que postula a
noção de que as vozes integrantes de um texto são originárias de múltiplos discursos e os
sujeitos fazem uso desses discursos na formulação de seu próprio dizer. Sendo assim, toda
semana são sugeridas leituras, comentários e produções textuais que são socializados na rede
social e discutidos em sala de aula, abordando não apenas o conhecimento linguístico, mas,
principalmente o conhecimento de mundo de cada indivíduo. Como os jovens têm muitos
atrativos fora da escola, é preciso adequar as atividades docentes aos atrativos vistos por eles
diariamente fora da sala de aula. De acordo com Piaget (2006), “educar é adaptar o indivíduo
ao meio social”. Por isso, são necessários que sejam utilizados, os recursos midiáticos no
planejamento e execução das ações pertinentes ao processo ensino/aprendizagem para que os
alunos sintam-se motivados e consigam exteriorizar seus conhecimentos de forma
significativa.
PALAVRAS-CHAVE: Rede social. Recursos tecnológicos. Facebook. Conhecimento.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
ASPECTOS INTERDISCURSIVOS PRESENTES NAS PROPAGANDAS DA
DULOREN
Edilene Leite Alves (UERN)
Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN)
Maria Macivania da Costa (UERN)
RESUMO: A presente pesquisa tem por objetivo analisar a interdiscursividade presente em
duas propagandas da DULOREN, identificando suas formas persuasivas bem como a
formação discursiva em sua elaboração. Para este fim, nos subsidiamos nas teorias de
Mussalim (2003), Mazzola (2009), Duailibi (2008). Sabemos que analisar uma propaganda
não é fácil, pois em sua composição existem discursos explícitos e implícitos que fazem toda
a diferença, daí a utilização da interdiscursividade para persuadir o público leitor. Podemos
dizer que a variedade de sentidos que contribuem para a ambiguidade do enunciado, pode
levar o leitor a formar seu próprio significado. Logo, o que se percebe nas propagandas
analisadas é um predomínio do sentido próprio da propaganda que é o do produto divulgado,
os aspectos interdiscursivos, servem apenas para chamar a atenção do leitor/consumidor. A
propaganda da DULOREN para chamar a atenção do cliente se utiliza de imagens chamativas
como uma bela mulher, a bandeira do Brasil, a relação do seio da mulher com o Hino
Nacional, igreja dentre outras, pois o fato de está envolvendo o produto com imagens tão
chamativas o consumidor passa a olhar as propagandas com mais atenção, inclusive os
detalhes, persuadindo-se com a beleza dos produtos que estão sendo mostrados em meio a
esta intertextualidade existente em todas as propagandas da marca.
PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Propaganda. Interdiscursividade.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
ATAQUE COM ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA: O DISCURSO DA GUERRA E AS
ESTRATÉGIAS DE AFRONTAMENTO NO JORNALISMO
Allan Erick Sales Fernandes (UERN)
RESUMO: Este trabalho propõe uma análise da narrativa jornalística na cobertura do ataque
com armas químicas ocorrido na Síria, em 21 de agosto de 2013. O acontecimento discursivo
chegou ao conhecimento do público de Mossoró através de vários veículos informativos,
dentre os quais foram analisadas matérias de um impresso local, o Jornal de Fato, e um artigo
publicado em um portal jornalístico de grande visibilidade na internet, o Viomundo. As
análises mostraram a ocorrência de lutas por fixação de sentido entre os dois veículos. As
matérias do impresso, produzidas pela agência Associeted Press, buscaram preservar o
discurso dominante de intervenção militar e da segurança mundial, com base em enunciados
que irromperam na narrativa jornalística pós-onze de setembro. O portal assumiu uma postura
de contra-discurso através da emergência de conteúdos históricos subjugados como forma de
esclarecer presente e passado. As análises sugerem também um deslocamento do observador
de segunda ordem proposto por Luhmann, quando a narrativa jornalística parte de agências de
notícias. A noção de biopoder de Michel Foucault e o orientalismo de Edward Said, figuram
como elementos preponderantes na fixação do discurso da guerra. Os desdobramentos do
evento sinalizam para uma mudança no eixo de poder geopolítico, expresso pelo equilíbrio
dos discursos antagônicos.
PALAVRAS-CHAVE: Síria. Discurso. Jornalismo. Oriente Médio.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
DESAFIO DOS GÊNEROS DIGITAIS NO MEIO EDUCACIONAL
Joana D’arc Moreira de Souza (UFC)
Elizabeth Maia Cardoso (UFC)
RESUMO: Este trabalho apresenta considerações sobre a formação do escritor-leitor
utilizando gêneros digitais numa tentativa de enfatizar a dimensão em que a tecnologia digital
está presente no meio educacional, assim como a sua influência na produção de textos pelos
educandos. No contexto da dinâmica tecnológica, percebe-se como os alunos estão
intensificando o uso das redes sociais e dela fazendo a aplicação de determinados gêneros
digitais. Em muitos docentes existe a preocupação da interferência desses recursos na leitura e
escrita dos seus alunos. Sob a perspectiva sociocultural de Vygotsky, foram consideradas as
formas dialógicas interativas nas redes sociais, como metodologia para a construção do
pensamento e da linguagem e, por meio dela fazer observações relativas à formação discente
no âmbito da leitura e escrita textual. Depois de apreciar alguns diálogos virtuais, identificou-
se a variedade linguística e a hiperprodução de textos. Isso indica a grande facilidade do aluno
em criá-los, através da comunicação interativa e linguagem própria. Foram investigados os
hipertextos, chats, os blogs, fóruns entre outros. Verificou-se ainda que a liberdade de
expressão muito contribui para a veiculação da mensagem entre usuários, pois eles precisam
ser ágeis na elaboração do pensamento e colocar em prática no conteúdo escrito, assim como
precisam ser velozes na leitura para prontamente responder ao seu interlocutor.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros digitais. Leitura e escrita.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
DISCURSO, SUJEITO, MÍDIA E INTERDIÇÃO: A CONSTITUIÇÃO DA
IDENTIDADE FEMININA NAS PROPAGANDAS DE CERVEJAS
Laura Barreto (ULHT)
RESUMO: A mulher contemporânea sofreu uma grande influencia do seu histórico-social.
Durante muitos anos a mulher devia obediência ao gênero masculino, nada deveria ser feito
sem consentimento do seu pai/esposo. Hoje, a mulher possui autonomia de suas vontades.
Essa evolução feminina favoreceu, também, uma grande evolução na sociedade, pois a mulher
ocupa cargos importantes que antes eram denominados apenas para os homens. Levando isso
em consideração, a mídia sempre se utilizou de artifícios que chamassem a atenção de seu
publico alvo. A mulher, devido a inúmeras transformações ocorridas durante o tempo,
começou a se tornar um desses artifícios, especialmente em propagandas de cervejas, que se
apropriam do corpo feminino tornando-o um objeto de consumo. Nesse sentido, esta trabalho
tem como objetivo analisar de que modo se dá a constituição da identidade feminina no
discurso da publicidade na sociedade. O trabalho está fundamentado teoricamente em
Pêcheux (1998), Foucault (1988), Orlandi (2005, Hall (2006), Bauman (2005), Davallon
(2007), Halbwachs (2006), Kellner (2001), dentre outros. Os corpus analisados são quatro
propagandas de cervejas vinculadas em comerciais televisivos e revistas, entre os anos 2006 e
2007, assim como os novos itens implementados pelo CONAR em abril de 2008, que prevê a
interdição dessas propagandas, extraídos via on-line. Na análise percebe-se que, com esses
novos itens, a agressividade ao corpo feminino diminuiu consideravelmente, porém podemos
perceber que antes dessas novas “leis” o corpo da mulher era explorado de todas as formas
possíveis, deixando a mulher a assumir, principalmente, a identidade de objeto sexual.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sujeito. Publicidade. Mídia. Mulher. Interdição
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O JORNALISMO COMO
PONTE ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE; A MÍDIA E OS DESAFIOS DA
TRANSDISCIPLINARIDADE
Bárbara Raquel Abreu F. Lima (UERN)
RESUMO: O presente artigo se propõe a discutir as noções de disseminação e divulgação
popular da produção científica através das atividades jornalísticas. Um dos grandes
diferenciais da popularização do conhecimento que vivemos no século XXI é a consciência,
ainda que em fase inicial, de que é fundamental e preciso pensar a ciência a partir de um
processo que envolva a sociedade e isto está cada vez mais em pauta na contemporaneidade.
É um artifício que se configura como interesse na formação dos meios de comunicação de
massa. Assim, os veículos de comunicação acabam por ser um potencial divulgador não
apenas da produção científica no sentido acadêmico, mas de tudo àquilo que a ciência é capaz
de fazer em benefício do bem comum, ou seja, algo que em um presente próximo ou
imediatamente, possa sair dos laboratórios e fazer parte da vida dos cidadãos. A ideia central
do artigo é a de refletir sobre as perspectivas acerca do discurso científico na mídia, buscando
como novo eixo, a formação de propagação de conteúdo através de uma abordagem
transdisciplinar. Como referencial teórico, utilizamos o conceito de transdisciplinar adotado
por Nicolescu (1994), os estudos de Pedro Demo (2008) sobre observação participante e o
saber pensar e intervir unindo ciência e sociedade, Solange Santos (2007) com ciência,
discurso e mídia, além de Isabelle Stengers (2002), e a invenção das ciências modernas.
PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Jornalismo. Sociedade. Transdisciplinaridade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA
ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA
Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)
Regina Baracuhy (PROLING/UFPB)
RESUMO: Esse texto intenta analisar a discursivização da intimidade na mídia, tendo a
fotografia como o elemento propulsor. Para tanto, partimos da constatação de que, nos tempos
atuais, a intimidade não se restringe tão-somente aos ambientes de extremo recato e
privacidade, uma vez que se exibe despudoradamente nos mais variados veículos midiáticos.
Assim, o sujeito contemporâneo, ao expor elementos que outrora estavam circunscritos a sua
vida privada, corrobora toda uma constituição sócio-histórica que permite a aparição de
discursos sobre a intimidade na mídia. Desse modo, a clássica indagação foucaultiana acerca
do “quem somos nós hoje” passa necessariamente pela investigação dos discursos produzidos
pelos sujeitos sobre si no seio da denominada sociedade do espetáculo (DEBORD, 2003).
Enxertamos no âmbito desse debate a premência de averiguarmos o papel da fotografia – que
retrata momentos peculiares da intimidade do sujeito – como um elemento que tanto se
constitui num discurso (imagético) da vida privada, como faz emergir outros discursos.
Destarte, esse texto analisa algumas materialidades discursivas que trazem à tona a assunção
da intimidade nas bordas da mídia, de maneira a suscitar uma discussão preliminar sobre essa
temática, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso, conforme praticada no
Brasil, na confluência dos estudos de Michel Pêcheux e Michel Foucault.
PALAVRAS-CHAVE: Intimidade. Discurso. Mídia.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
EMBATE MIDIÁTICO, LUTAS E CONQUISTAS:
A REVOLTA DO BUSÃO E AS JORNADAS DE JUNHO EM NATAL/RN
Modesto Cornélio Batista Neto
Weslley Mayron Cunha Pacheco
RESUMO: Embora o jornal norte-americano New York Times tenha noticiado que a capital
do Rio Grande do Norte, Natal, tenha sido a cidade pioneira na luta contra o aumento das
tarifas no transporte publico no ano de 2013 é essencial lembrar que este “ato de rebeldia” de
setores da sociedade, em especial da juventude natalense, ecoou Brasil afora e foram várias as
capitais e grandes cidades que entraram na luta pela revogação do aumento das passagens de
ônibus e protagonizaram grandes manifestações populares que se massificaram e
multiplicaram as bandeiras de luta do movimento, contudo já no ano de 2012, Natal era palco
de manifestações neste sentido quando em outubro – durante as eleições – setores populares já
discutia e lutava contra os aumentos. A capital potiguar foi a cidade pioneira das lutas,
embora a imprensa/mídia nacional silencie sobre este aspecto e destaque com afinco os
acontecimentos no eixo Rio - São Paulo. Diante de tal quadro nos propomos a fazer um
balanço do embate midiático, das lutas e das conquistas que a Revolta do Busão e as Jornadas
de Junho implicaram/implicam a sociedade natalense levando em consideração também as
condicionantes nacionais e estando ciente que esta síntese é limitada já que as manifestações
ainda provocam efeitos na esfera social. Neste sentido nos valeremos de uma articulação entre
História e Análise do Discurso tendo como corpus da pesquisa, entrevistas com parlamentares
da Câmara Municipal de Natal, manifestantes das Jornadas de Junho e militantes de partidos
políticos presentes as manifestações onde identificaremos as varias posições-sujeitos destes
atores analisando também materialidades discursivas da mídia e da imprensa local na leitura
deste processo social que no tabuleiro político colocou em xeque a democracia burguesa e
pseudo-representativa.
PALAVRAS-CHAVE: Jornadas de Junho. Revolta do Busão. Embate Midiático.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
GÊNERO CRÔNICA NO JORNAL IMPRESSO ‘DE FATO’:
ESPAÇO E CONSIDERAÇÕES
José de Paiva Rebouças (UERN)
Márcia de Oliveira Pinto (UERN)
RESUMO: Nossa pesquisa tem como objetivo geral investigar o espaço do gênero “crônica”
dentro da edição impressa do Jornal de Fato. Para atendermos a este propósito, propusemos
dois objetivos específicos: apontar se esse jornal impresso de Mossoró/RN mantém o gênero
“crônica” em suas páginas, determinando a sua regularidade, e caracterizar como se configura
o espaço destinado para este gênero. Esta investigação será fundamentada numa pesquisa
bibliográfica baseada em Beltrão (1960), Costella (1984), Sousa (2001), Lustosa (2004), entre
outros, para tratar do Jornalismo Impresso e em Silva (2012) Melo (2003), Sá (1992), Lopes
(2010), Moisés (1978), Pereira (2004), Neiva (2005), Cândido (1992) e Beltrão (1980) para
tratar do gênero “crônica”. De acordo com os objetivos traçados, nossa pesquisa terá como
metodologia a análise de conteúdo. O corpus de nossa investigação compreendeu a coleta de
26 edições impressas durante o mês de julho/2013 sem contar com às segundas-feiras, dia em
que não há publicação. Adiantamos que o resultado da nossa investigação desmistificou nossa
hipótese inicial, pois achávamos que com a urgência das redações dos jornais, que exigem
mais objetividade na feitura da notícia, o espaço dado à crônica seria comprometido. No
entanto, adiantamos que o Jornal de Fato não só mantém viva a tradição do gênero, como lhe
abre espaços diários para a sua publicação.
PALAVRAS-CHAVE: Crônica. Jornalismo. Jornal Impresso.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
IDEOLOGIA DO COTIDIANO E IDEOLOGIA OFICIAL NO PROCESSO DE
AGENDAMENTO DO DISCURSO DA IMPRENSA SOBRE A RESISTÊNCIA DE
MOSSORÓ AO BANDO DE LAMPIÃO
Cid Augusto da Escóssia Rosado (FMC)
RESUMO: O bando de Lampião, mais temido grupo de cangaceiros do Nordeste, atacou
Mossoró-RN aos 13 de junho de 1927, na intenção de saqueá-la. A defesa da cidade, liderada
pelo prefeito Rodolfo Fernandes, venceu a briga. O embate rendeu ao lugar o epíteto de
"Terra da Resistência" e deu origem a um dos mais significativos casos de agendamento da
imprensa potiguar, por três aspectos. O primeiro é a retomada regular do assunto pela mídia,
durante 86 anos, a cada mês de junho. O segundo é a repercussão em fatos concretos, já que o
substantivo "resistência" passou a nominar logradouros, prédios públicos, empresas, tornou-se
obrigatório na retórica das autoridades e originou o Chuva de Bala no País de Mossoró,
megaespetáculo teatral reeditado nos festejos juninos, desde 2003. O terceiro é a quebra do
paradigma de que a mídia, ao agendar assuntos para o debate público, diz às pessoas sobre o
que e como pensar. Isto porque, embora os veículos de comunicação tenham se dedicado
majoritariamente a louvar os heróis, especialmente Rodolfo Fernandes, e a satanizar os
cangaceiros, entre os quais Jararaca, que foi preso e assassinado pela polícia, a informação-
quase mediada acabou distorcida no processo de recepção. Apesar de bombardeados com
discursos semelhantes, os leitores-interlocutores refrataram ao menos em parte a ideologia
oficial daqueles enunciados e fizeram surgir, na ideologia cotidiana, o mito de que Jararaca,
após a morte, virou santo e faz milagres. Os heróis, por sua vez, tornaram-se entidade
abstrata, sem nome e sem rosto, de modo que o próprio prefeito é pouco lembrado. Partindo
de tais constatações, o artigo serve-se do método da Análise Dialógica do Discurso (ADD),
respaldada em Bakhtin e seu ciclo, bem como na teoria do agenda-setting, de McCombs e
Shaw, para alcançar o objetivo geral de problematizar elementos ideológicos contidos em
enunciados da imprensa sobre a resistência de Mossoró ao bando de Lampião que justifiquem
a ruptura no processo de agendamento resultante no esquecimento dos heróis e na elevação de
um cangaceiro à condição de milagreiro. De modo específico, a partir de um corpus formado
por textos jornalísticos veiculados em junho de 1927 e junho de 2013, o trabalho averigua a
interferência da ideologia oficial e da ideologia do cotidiano no processo de "santificação" do
inimigo e observa razões para o desvio no processo de agendamento. A pesquisa é inédita e
pretende contribuir para o estudo da imprensa na formação da realidade social.
PALAVRAS-CHAVE: Ideologia. Discurso. Agenda-setting. Cangaço. Mossoró.
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
INFÂNCIA NA SOCIEDADE DO CONSUMO
Maria Soberana de Paiva (UERN)
Karlla Christine Araújo Souza (UERN)
Jucieude de Lucena Evangelista (UERN)
Márcia de Oliveira Pinto (UERN)
RESUMO: Atualmente a publicidade dirigida para as crianças se tornou alvo de severas
críticas da sociedade em relação aos possíveis efeitos nocivos que pode causar sobre a
formação infantil. As crianças constituem seres sociais em formação cognitiva e psicológica e
por isso são consideradas incapazes de construírem sozinhas uma argumentação contrária ao
discurso da publicidade, pois ainda não dispõem de mecanismos suficientes para entenderem
seus objetivos de venda e persuasão, sendo assim mais vulneráveis a esse discurso persuasivo.
Desse modo o presente trabalho objetivou pesquisar a relação estabelecida entre as crianças e
a publicidade televisiva infantil, buscando refletir sobre a importância da mediação da família
nessa relação. A nossa pesquisa realizou-se através de questionários estruturados, com a
participação de 85 famílias de estudantes entre seis e doze anos de idade da Escola Municipal
Alcides Manoel de Medeiros do município de Mossoró-RN. Os resultados revelaram que a
mediação da família e da escola se mostra essencial na formação de consumidores conscientes
no futuro. Além de haver necessidade de um amplo debate público acerca da reponsabilidade
que anunciantes, agências de publicidade, meios de comunicação e toda a sociedade devem
assumir frente à relação das crianças e a publicidade, objetivando a preservação da infância.
PALAVRAS-CHAVE: Publicidade televisiva. Infância. Família.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO
CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI
Patrícia Gomes de Mello Sales (PROLING/UFPB)
Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)
RESUMO: Pretendemos neste artigo discutir a carnavalização do corpo feminino nos cartuns
eróticos de Angeli, os quais foram publicados na rede digital. Para tanto, levamos em
consideração que tal carnavalização não prescinde de uma discussão acerca da constituição
sócio-histórica do corpo da mulher. Neste ínterim, buscamos subsídio teórico na noção de
carnavalização (BAKHTIN, 2010), no intuito de perscrutar a constituição de uma erótica do
corpo da mulher pretendida pelos cartuns, a partir de imagens exageradas desse corpo. Nossas
análises apontam que o corpo feminino dos cartuns de Angeli carnavaliza-se na medida em
que observamos uma ênfase desproporcional em algumas partes do corpo, principalmente nas
zonas erógenas, coadunando, assim, com a construção de uma erótica do corpo da mulher
amparada numa memória que circunscreve esse corpo. As imagens, conforme assinala
Pêcheux (1999), são responsáveis pela mobilização de uma memória social que inscreve os
discursos na rede da história. Dessa maneira, podemos constatar que, das imagens do corpo
feminino veiculadas pelos cartuns analisados, ressoam ecos de memória que inscrevem
discursivamente o corpo feminino. Esses movimentos de memória circunscrevem
historicamente o corpo e a história do sujeito mulher no que tange especificamente ao campo
da sexualidade. Portanto, a carnavalização do corpo feminino não está apartada das
representações sociais acerca do sujeito mulher, o que atesta o fato de a linguagem estar
permeada por diferentes acentos, pontos de vista, já-ditos, os quais estão visceralmente
atrelados às condições sociais e históricas.
PALAVRAS-CHAVE: Corpo feminino. Carnavalização. Cartuns Eróticos.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO
ROSALBA CIARLINI
Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo (UnP)
RESUMO: A pesquisa em questão tem a finalidade de estudar o uso da Assessoria de
Comunicação do Governo do Estado para propagar o discurso do gestor da ocasião. Para isso,
foi feita uma pesquisa no site do Governo do Estado do Rio Grande do Norte para identificar
como tudo ocorre. Constatou-se que um terço das matérias publicadas entre 1º de janeiro e 15
de fevereiro de 2011 tratavam de forma direta ou indireta de acusar o governo anterior pelas
dificuldades administrativas e reforçar o discurso da Terra Arrasada. O recorte temporal
escolhido se justifica por se tratar do período entre a posse da governadora Rosalba Ciarlini e
a primeira vez em que ela foi à Assembleia Legislativa fazer a leitura da mensagem
anual.Para estudar o material coletado, utilizou-se o método da Análise do Discurso inspirada
em textos de Michel Foucault e Patrick Charaudeau. O objetivo geral desse trabalho é analisar
a estratégia discursiva da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado do Rio Grande
do Norte com o fim especifico de responsabilizar a administração anterior e justificar medidas
impopulares e responder às seguintes perguntas: há elementos que remetam ao discurso da
terra arrasada nos textos do site do Governo? Existe influência do discurso político (com seus
interesses) no discurso administrativo em questão? O discurso da terra arrasada foi usado para
tentar convencer a população de que o DEM recebeu do PSB um Estado falido? O trabalho
partiu do pressuposto que essas medidas teriam efeito na opinião pública através do
agendamento dos assuntos abordados na mídia, mas uma pesquisa realizada pelo Instituto
Consult, usada como fonte neste trabalho, apontou que a estratégia não atingiu o objetivo
esperado.
PALAVRAS-CHAVES: Terra Arrasada. Discurso. Agendamento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
POR UMA DEFINIÇÃO CRÔNICA
Márcia de Oliveira Pinto (UERN)
RESUMO: Constitui uma questão pacífica que a crônica é um gênero jornalístico. Ela é
produto do jornal, se nutre dos fatos do cotidiano e dele depende para sua expressão pública.
Ela apresenta as três condições necessárias para qualquer manifestação jornalística:
atualidade, oportunidade e interesse coletivo. Figura no jornalismo como matéria inteiramente
ligada e indispensável ao espírito da edição noticiosa e retrata os fragmentos diários. As
crônicas nascem em um universo de urgência e está vinculada a acontecimentos datados, o
que lhe faz atuar quase como um comentário casual, de circunstância sobre algo que, de outra
maneira, perder-se-ia para sempre. Ela costuma trazer o comentário da notícia do dia, mas
também pode acontecer o inverso: “a crônica faz a notícia – a informação formada. É quando
ela se desvencilha de suas obrigações imediatistas e gera situações, personagens que se
tornam pessoas, coisas que se humanizam.” (PORTELLA, 2002). Apesar dessa relação
íntima com os fatos jornalísticos, a crônica pode ser considerada arte na página do periódico,
uma vez que os acontecimentos do dia-a-dia – ao contrário do que ocorre no jornalismo – só
serão utilizados como pretexto para que o cronista exercite a sua competência linguística e
literária. Mesmo escritas com a rapidez típica das redações e presas à necessidade da
editoração e circulação do jornal diário, ela é o “acento lírico”, como sugere Coutinho (1995),
que se destaca dos demais gêneros opinativos da edição noticiosa. O cronista, segundo Moisés
(1997), pretende-se não o repórter, mas o poeta ou o ficcionista do cotidiano, e retira do
acontecimento sua porção mágica de fantasia. A fim de definir o gênero, encontramos na
bibliografia brasileira quatro tentativas: Beltrão (1980) usa o jornalismo como critério;
Coutinho (1995) parte de uma tipologia literária; Moisés (2002) procura uma correspondência
com os gêneros literários e Candido (1992) orienta-se pela estrutura da narrativa. Dialogando
com esses conceitos, objetivamos, para este artigo, analisar três crônicas e classificá-las
conforme as definições elencadas por estes autores.
PALAVRAS-CHAVE: Crônica. Gênero. Jornalismo. Literatura.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
UMA ABORDAGEM DA TERCEIRA VERSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE
DIREITOS HUMANOS NA MÍDIA
Pedro Henrique da Silva Filgueira (PPGARC/UFRN)
RESUMO: Os movimentos sociais e os setores da sociedade que defendem a democratização
dos meios de comunicação estão corriqueiramente em embate com a mídia empresarial
brasileira, travando assim uma disputa política. Enquanto os donos dos meios de comunicação
procuram consolidar seus veículos, os movimentos sociais discutem a democratização desses
meios. Esse embate nos coloca diante da necessidade de um questionamento em relação à
comunicação social no Brasil. A partir dos objetivos do estudo, definimos e aplicamos os
seguintes procedimentos metodológicos: No primeiro momento, fizemos a revisão
bibliográfica acerca dos temas “direitos humanos” e “democratização dos meios de
comunicação”. O segundo momento da pesquisa foi a estruturação do blog
http://midiaepndh3.wordpress.com/, no qual publicamos uma série de matérias veiculadas em
diferentes órgãos da imprensa nacional, abordando o processo de aprovação do PNDH - 3 e
que expressam opiniões divergentes. Concluída essa seleção, passamos a desenvolver nossa
análise em torno da perspectiva contemporânea de estudos dos efeitos da mídia na hipótese da
Agenda Setting. A Agenda Setting foi elaborada por Maxwell McCombs e Donald Shaw
na década de 1970. Esta linha de pesquisa vem propor uma nova etapa no que diz respeito à
investigação sobre os diversos efeitos da comunicação de massa sobre o público. A mídia
então determina as pautas que tem mais interesses políticos ou econômicos e o espaço que
elas terão na programação. A análise dos dados obtidos na pesquisa indicou que existem
evidências da saliência do tema “Comunicação Social e PNDH-3” nos meios pesquisados.
Isso foi comprovado pela cobertura oferecida pela mídia nos períodos de janeiro a maio de
2010. Além da saliência, o tema recebeu diversos atributos, caracterizando assim um segundo
nível de agendamento da mídia. O agendamento de atributos foi possível pela classificação
realizada através dos títulos das matérias. A análise desses títulos e das matérias se tornou
possível para mostrar a coerência com a hipótese da existência de um segundo-nível do
agendamento. Foi possível perceber também na pesquisa a maior cobertura de outros temas
do Programa Nacional de Direitos Humanos em relação ao tema da Comunicação Social. Isto
comprova a nossa percepção dos limites da mídia conservadora para pautar apenas os temas
que lhe são de interesse político e econômico, vendo-se tensionada a abordar os demais temas
do PNDH-3, o que também é uma maneira de atingir todo o programa.
PALAVRAS-CHAVE: Direitos humanos. Democratização da comunicação. Agenda setting,
PNDH.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA BAIANA: PROCESSOS DE IDENTIDADE
ATRAVÉS DA RELAÇÃO ENTRE DISCURSO E IDEOLOGIA
Reginete de Jesus Lopes Meira (UEFS)
Palmira Virgínia Bahia Heine (UEFS)
RESUMO: Esse trabalho busca elucidar o processo de construção de identidade baiana
perpassando pelo viés da linguagem e da ideologia acreditando que a língua funciona como
mola propulsora para a construção identitária de um povo. A representação social de uma
cultura nada mais é que um construto ideológico que surge a partir do discurso. Desta forma,
podemos afirmar que a ideologia se materializa no discurso e é através dele que se constroem
as marcas de identidade de uma comunidade. Assim, pode-se dizer que a identidade é uma
construção discursiva que repousa sob um viés ideológico. A identidade baiana revela- se
através das suas características constituindo o que se chama de “ baianidade”, termo surgido
para definir a identidade daqueles que nascem nesse estado e possuem essas características
relacionadas ao modo de ser baiano, Dentre as quais se destacam: a religiosidade, o
sincretismo, a sensualidade corporal e o desprendimento para as artes como a arte, dança e a
música, a culinária condimentada, a “ malemolência, a alegria inata, o gosto pela festa, a
simpatia, a cordialidade e a hospitalidade. O jogo da construção da identidade baiana será
aqui discutido com base em teóricos da análise do discurso de orientação francesa com
contribuições de outros teóricos como Fiorin e Stuart Hall.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade baiana. Linguagem. Ideologia. Discurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER MODOS DE SUBJETIVAÇÃO E AS
PRÁTICAS DISCURSIVAS
Gesiel Prado (FCLar)
RESUMO: As discussões apresentadas são oriundas da pesquisa de doutoramento, Entre um
gesto e outro, o sujeito: práticas de subjetivação pelo discurso da etiqueta e das boas
maneiras no Brasil oitocentista¸ orientado pela Profa. Dra. Maria do Rosário Gregolin. Deste
modo, o objetivo da comunicação é apresentar e discutir algumas das contribuições da análise
genealógica do sujeito empreendida por Michel Foucault para estudo das práticas de
subjetivação no campo teórico-metodológico da Análise do Discurso derivada dos trabalhos
de Michel Pêcheux e seu grupo. Foucault afirma que seu interesse é analisar como o saber,
poder e as práticas de si atuam na construção do sujeito. Assim, a noção de subjetividade é
sempre entendida como um processo, o que leva à problematização da noção empírica de
sujeito, que vê nos atos e escolhas as repostas para compreender o sujeito. Com base nisso a
proposta genealógica se distancia da questão quem sou eu? e se coloca diante da reflexão de
quem somos nós hoje? quais práticas levam a nos reconhecermos enquanto sujeitos?. O
método genealógico convida ao analista do discurso olhar para o discurso para compreender
os diferentes modos de subjetivação. A genealogia, portanto, se dispõe a perceber o sujeito
pelo discurso e não o sujeito do discurso, entendendo assim que não é pelos atos de
enunciação que se atesta a sua existência. Deste modo, acredito que o método genealógico do
sujeito foucaultiano contribui teoricamente para estudo da subjetividade, no campo teórico-
metodológico da Análise do Discurso, embora exista um conceito de sujeito, não há uma
teoria da subjetivação.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Subjetivação. Sujeito. Análise do Discurso
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A MÍDIA E O DISCIPLINAMENTO DO SUJEITO: OS DISCURSOS SOBRE O
CORPO NA PÓS-MODERNIDADE
Reinaldo Alves Teixeira
RESUMO: No presente trabalho, procuraremos analisar os discursos sobre o corpo na pós-
modernidade. A assunção do corpo enquanto máquina se difunde simultaneamente à
emergência do capitalismo enquanto modo de produção, que irá exigir para si um corpo
individualizado. Aqui emerge o individualismo moderno do corpo-indivíduo, cuja função é
requisitada pelas modernas tecnologias de produção. No entanto, a possibilidade de
disciplinamento do corpo ganha maior visibilidade e aplicabilidade com a substituição, pelo
darwinismo, da idéia de criação divina pela teoria da evolução. O corpo humano perde o seu
caráter de imutabilidade e de modelo atemporal e, na pós-modernidade, torna-se suscetível à
mudanças e à manipulações. A suscetibilidade do corpo às mudanças é difundida pelos
discursos midiáticos acerca da beleza e dos padrões estéticos pós-modernos. Tais discursos
circulam de forma abundante e são explorados exaustivamente pelos meios de comunicação,
conforme poderemos observar na análise de uma reportagem da Revista Veja, a qual foi
publicada na edição do dia 12 de janeiro de 2011.
PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Corpo. Disciplinamento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A MULHER NAS PROPAGANDAS DA SKY
Rosamaria da Silva (UERN)
RESUMO: O presente trabalho objetiva analisar como a publicidade discursiviza sobre a
mulher na contemporaneidade, produzindo determinados efeitos de sentido,considerando
como os discursos constroem a identidade feminina, e como pela ativação da memória
discursiva e pelas relações interdiscursivas os múltiplos sentidos podem ser identificáveis.
Direcionamos a análisea uma propaganda da SKY, sendo esta uma importante produtora de
discursividades e identidade femininas, contribuindo para a construção de uma visão
idealizada da mulher, em que todas poderiam, potencialmente, se identificar, naturalizando,
assim, formas de ‘ser mulher’, enquanto outras formas são esquecidas em seu discurso. Para
isso, trabalharemos com alguns dispositivos teóricos de análise propostos por Michel Foucault
(1999; 2008) e radicados na Análise de Discurso de linha francesa como: sujeito, poder,
discurso, como também as contribuições de Pêcheux (1999) em relação ao papel da memória.
Nortear-nos-emos também em estudos de Fernandes (2012), Orlandi (1999) e Gregolin (2005;
2007). O corpus para a análise é composta de uma propaganda, dentre várias que compõem a
campanha da TV por assinatura, SKY, veiculadas em TV por assinatura via satélite intitulada
“TôTVendo na SKY”. A partir da análise do corpus, evidenciamos como o discurso da SKY
joga com os papéis antigos e contemporâneos da mulher, criando diferentes espaços, para
diferentes posições de sujeito, com o objetivo de vender a partir de um produto, uma ideia, um
estilo de vida.Destarte, o discurso da SKY vende uma imagem ideal de mulher,
aparentemente moderna. Ao mesmo tempo, porém, reafirma o lugar que sempre coube a ela
no lar, que é o de suprir todas as necessidades do marido e dos filhos, trabalhando para
discipliná-la, docilizá-la, moldando-lhe a forma de agir e se comportar, trazendo-a para a
ordem do discurso.
PALAVRAS-CHAVE: Publicidade. Discurso. Identidade. Mulher.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A PALAVRA INTERTIDADA NAS CARTAS DE CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
NAZISTA
Plinio Pereira Filho (CEAD UFPB/FADIMAB)
RESUMO: Foucault (1993) ressalta que, se o genocídio é, de fato, o sonho dos poderes
modernos, não é por uma volta ao velho direito de matar. É porque o poder se situa e se
exerce ao nível da vida, da espécie, da raça e dos fenômenos maciços da população. É o que
podemos observar ao analisar o regime nazista, onde foram mortos legitimamente aqueles que
constituíam uma espécie de perigo biológico para os outros, a exemplo dos judeus, não-
arianos, homossexuais, ciganos, deficientes mentais, entre outros. Este trabalho que nasceu a
partir de uma visita, em 2011, ao principal campo de concentração nazista da Europa, na
Cracóvia, Polônia, vislumbra fazer, mesmo com considerações preliminares e parciais, a
análise da palavra interditada por meio das memórias de discursos escritos daquelas que
passaram pelo regime nazista durante a Segunda Guerra. Muito se falou do regime nazista
quanto movimento histórico, porém pouco se produziu - em especial na língua portuguesa -
sobre as condições de produção e as memórias dos prisioneiros, tendo em vista a ideologia do
regime nazista, das interdições de seu “dizer” e dos silenciamentos como mecanismo
discursivo de significação frente às “verdades” dos campos de concentração. Para isso,
mobilizamos as noções de Foucault de sujeito, discurso, interdição e poder, através de obras
como A Ordem do Discurso, Microfísica do Poder, Arqueologia do Saber, dentre outras.
Abordamos, através da obra As Formas do Silêncio, as contribuições de Eni Orlandi à respeito
da compreensão do ‘silêncio’ como unidade de significações, bem como dos estudos sobre o
Regime do Estado Totalitário, abordado na obra Os limites do Totalitarismo, de Hannah
Arendt, o Holocausto: O massacre de 6 milhões, de Ben Abrahan. Dados a escassez de
bibliografia sobre Auschwitz em língua portuguesa, propomos a abordagem e uso de obras
em língua inglesa, tais como: Auschwitz – a new history, de Sybille Steinbacher; 64735 -
From A Name to A Number: A Holocaust Survivor’s Autobiography, de Alter Wiener; como
parte constituinte e indispensável para pensarmos o sujeito, as condições de produção a partir
do espaço e das memórias.
PALAVRAS-CHAVE: Interdição. Condições de produção. Judeus. Nazismo. Cartas
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A REPRESENTAÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E AS VONTADES DE
VERDADE ATRAVÉS DAS IMAGENS PROPAGADAS
Luciana Fernandes Nery (UEPB)
Carla Jeane S. Ferreira e Costa (UFCG)
RESUMO: A nossa imagem é construída ao longo dos tempos através do olhar do outro e de
nós mesmos. Desse modo, na busca dessa construção das nossas identidades é comum nos
deparamos com imagens estereotipadas que interferem diretamente na forma como somos
vistos. Através delas, somos submetidos a determinados grupos que possuem vontades de
verdade diferentes das nossas e que inevitavelmente acabam nos influenciando. Nesse
contexto, é comum nos depararmos com imagens, muitas vezes, negativas em relação ao
professor que cristalizam as ações e visões desse sujeito, fazendo com que a sociedade o
conceba como um sujeito à margem. Diante disso, pretendemos nesse trabalho analisar a
representação da identidade do professor no gênero charge atentando para as vontades de
verdade perpassadas através da construção dessas identidades. Para tanto, utilizamos os
pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, sobretudo através dos
estudos de Coracini (2007), Foucault (1995, 2010), Hall (2006), Orlandi (2007, 2008), dentre
outros. Este trabalho vem sendo desenvolvido como forma de amadurecimento teórico e a
busca incessante de tentarmos compreender a forma como professor é visto na sociedade
contemporânea. Desse modo, pretendemos com este trabalho apresentar um olhar mais crítico
em relação às imagens que são propagadas como verdades absolutas e que, comumente, são
aceitas sem questionamentos.
PALAVRAS-CHAVE: Professor. Identidade. Vontades de verdade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
A REPRESENTAÇÃO DISCURSIVA DA MULHER NO GÊNERO CHARGE
Almirene Maria Vital da Silva Sant’Anna (UEFS)
Maria Rosane Passos dos Santos (UEFS)
RESUMO: Desde a antiguidade os discursos sobre a mulher são atravessados pelos sentidos
de inferioridade: submissa, incapaz, frívola, entre outros. Apesar das mudanças sociais e
conquistas feministas, é possível perceber que esses discursos ainda permanecem e são
materializados de diversas formas. Nota-se isso nas músicas, nas novelas, nos discursos
masculinos que, em geral, revelam uma ideologia que subjuga a capacidade intelectual da
mulher. Assim, o presente trabalho visa analisar a representação discursiva da mulher no
gênero charge, buscando compreender os processos de construção dos sentidos acerca da
imagem feminina, identificando as formações discursivas e ideológicas atreladas a ela,
relacionando os sentidos gerados aos gestos do interdiscurso que embasam a construção
discursiva da noção do que é ser mulher. A base teórica do referido trabalho é a teoria da
Análise de Discurso de linha francesa, mais precisamente pecheutiana. Na análise de discurso,
o discurso é social, historicamente construído e ideologicamente marcado, por isso, mais do
que interpretar é preciso compreender como os discursos fazem sentido, compreender as
condições de produção dos discursos; que não existe sujeito sem discurso nem discurso sem
ideologias. Para atingir tal objetivo foram analisadas duas charges veiculadas no facebook que
evidenciaram formações discursivas e ideológicas marcadas pelo preconceito em relação à
mulher. Tais discursos se filiam a já ditos (interdiscursos) sobre a imagem da mulher, como:
só serve para os trabalhos domésticos, lugar de mulher é na cozinha, mulher tem que cuidar
dos filhos, e só entende de amenidades, entre outros. Assim, a análise das referidas charges
demonstra que os discursos acerca da imagem da mulher são perpassados pelos sentidos de
inferioridade, reforçando preconceitos e estereótipos que mantêm a ideologia de submissão
feminina e silencia seu papel histórico de conquistas e constituição da sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Representação discursiva. Mulher. Discurso. Interdiscurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
ANÁLISE DO DISCURSO E A PESQUISA NA ENFERMAGEM
Deivson Wendell da Costa Lima (FAEN/UERN)
Alcivan Nunes Vieira (FAEN/UERN)
RESUMO: Este ensaio objetiva apresentar a Análise do Discurso (AD) na perspectiva da
corrente francesa de pensamento, enquanto método para a pesquisa no campo da saúde e, em
particular, na enfermagem. Foi elaborado a partir de um aprofundamento teórico-
metodológico sobre a AD, em uma pesquisa realizada em nível de mestrado; esta objetivou
analisar os discursos dos enfermeiros sobre a escuta na atenção ao sujeito em sofrimento
psíquico, no âmbito dos serviços de saúde mental. A partir de então, este estudo será
mencionado como Estudo de Referência. O texto foi estruturado de forma a sistematizar os
passos na adoção da AD enquanto método para a análise de falas, compreendidas a partir de
então como discursos produzidos por sujeitos em determinados contextos. Destaca-se que a
aplicação da AD exige uma compreensão prévia da sua historicidade e dos seus conceitos
fundamentais: sujeito, linguagem e discurso. Foram discutidos os momentos da AD e os
passos para a identificação dos dispositivos analíticos do discurso, enquanto momentos que
subsidiam a descrição das formações discursivas e da formação ideológica. Para a AD o
sujeito é descentrado e se presentifica na linguagem; ele não corresponde ao sujeito da razão
cartesiana. O discurso é uma função, sendo produzido mediante regras que estabelecem o que
pode e o que deve ser dito em uma determinada formação discursiva; e a linguagem, por sua
vez, não corresponde à fala em sua literalidade. Partindo destes conceitos, depreende-se que
essa proposta estabelece uma ruptura teórica com métodos e técnicas de análise que concebem
o sujeito pela razão ótica cartesiana e a fala enquanto linguagem. Aposta-se em uma proposta
metodológica que seja pautada na compreensão de que, na relação pesquisador e pesquisado,
os sujeitos estão implicados e a produção do conhecimento está atravessada por suas
historicidades e singularidades. A análise do discurso emerge, portanto, como um método
capaz de ressignificar as pesquisas no campo da saúde e na enfermagem, pois, em muitas
situações lidam-se com os discursos e com os seus contextos; fazendo-se necessário
desenvolver uma metodologia de análise que apreenda as relações entre o discurso e suas
condições de produção, e não uma análise da fala por ela mesma. Aposta em um movimento
de mudança na forma de produzir conhecimento, e em uma apreensão diferente das relações
do sujeito com o seu discurso.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Pesquisa. Linguagem. Ensino de Enfermagem.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
ANÁLISE INTERDISCURSIVA LITERO-RELIGIOSA EM O LEÃO, A FEITICEIRA
E O GUARDA-ROUPA
Alaide Angélica de Menezes Cabral Carvalho (UERN)
José Roberto Alves Barbosa (Orientador - DLV/UERN)
RESUMO: A finalidade dessa pesquisa é a necessidade de descrever e interpretar o caráter
interdiscursivo no discurso litero-religioso presente na obra As Crônicas de Nárnia, mais
especificamente no segundo livro da série: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, uma vez
que, esse discurso não foi gerado ao acaso. Enfatizaremos em nossa pesquisa os discursos
constituinte e o Archéion imbricados na obra de C. S. Lewis. Para desvendá-lo, iremos tentar
responder quais intenções há por trás dele? Qual a sua proposta? De que maneira pretendeu-se
que ele agisse sobre os leitores/espectadores? Qual a ideologia presente nos diálogos dos
personagens e nas imagens simbólicas? Para isso analisaremos o corpus e, mais
especificamente evidenciaremos o diálogo interdiscursivo com o texto bíblico. Para realização
desta pesquisa, tomaremos por fundamentação as categorias de memória discursiva e
interdiscurso da AD, além de discurso autoconstituinte e heteroconstituinte. Tomando como
base os estudos de autores como Foucault (2008), Brandão (2004), Maingueneau (1997),
Orlandi (2003), Possenti (2007), entre outros, sobre as noções de memória discursiva,
ideologia e discursos auto constituintes. A pesquisa de caráter qualitativo, revelou à
necessidade de identificar e refletir a intersicursividade lítero-religiosa uma vez que o texto
alcança multidões, mobiliza subjetividades e carrega ideologias e representações de mundo. A
necessidade de entendê-lo é de extrema importância.
PALAVRAS-CHAVE: Interdiscurso. Auto-constituição. Memória discursiva. Discurso
litero-religioso.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
DISCURSIVIDADE: REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS NA POLÊMICA SOBRE
O LIVRO DIDÁTICO “POR UMA VIDA MELHOR”
Flágila Marinho da Silva Lima (UEFS)
RESUMO: O presente artigo visa refletir sobre os discursos acerca da polêmica do livro didático Por
Uma Vida Melhor. Para tanto, utilizar-se-á a teoria da Análise de Discurso de orientação francesa,
mais precisamente de filiação pecheutiana, como dispositivo teórico de análise. Sabe-se que os
sujeitos e os sentidos são construídos no discurso, é nesse sentido que não existirá, na AD, sujeito sem
discurso nem discurso sem ideologia. Assim sendo, parte-se do principio de que todo discurso é
ideológico e reflete a ou as posições sociais ocupadas pelos sujeitos ao enunciarem. A composição do
corpus foi efetivada a partir da seleção de dois depoimentos sobre a polêmica do livro didático, sendo
um comentário do renomado jornalista Alexandre Garcia da rede Globo e uma entrevista com o senhor
Cesar Callegari do Conselho Nacional de Educação (CNE). A partir da análise do referido material foi
possível compreender o funcionamento das relações ideológicas nos discursos desses sujeitos, afinal,
nenhum discurso é dotado de neutralidade, e as posições sujeitos determinam o que pode e deve ser
dito em determinada circunstância. Destarte, os sujeitos ao enunciarem expõem ideias, posturas,
valores, preferências, demarcam suas formações discursivas e assim, se inscrevem em determinadas
formações ideológicas.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Ideologia. Formação discursiva. Sujeito. Livro didático
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
DISCURSO E MÍDIA: OLHARES TRANSVERSOS SOBRE A CIDADE DE SÃO
LUÍS EM SEUS 400 ANOS
Juliana Matos Lavra (UFMA)
RESUMO: Segundo Halbwachs (2006), embora sejam os indivíduos que lembrem certos
acontecimentos, são os grupos sociais que decidem o que é “memorável” e as formas pelas
quais um fato será lembrado. Desse modo, a memória torna-se “uma reconstrução do
passado” (BURKE, 2000, p.70) e é por meio de discursos que essa reconfiguração acontece.
No espaço midiático, é possível obervarmos como esse movimento da memória é
constantemente operado, ao assistirmos a um mesmo episódio configurado de distintas
maneiras, de acordo com os grupos que gerenciam certos meios. Este trabalho apresenta
alguns recortes da pesquisa de Iniciação Científica sobre os 400 anos da cidade de São Luís
na mídia eletrônica, inserida no Projeto As identidades de São Luís em sites, desenvolvida no
Grupo de Pesquisa e Estudos em Linguagens e Discurso do Maranhão (GPELD/DELER-
UFMA). Avaliamos os movimentos discursivos operados pelo agenciamento de sentidos e
memórias em duas propagandas impressas que tematizaram os 400 anos da cidade de São
Luís e circularam na capital ludovicense entre os anos 2011 e 2012 e também uma reportagem
divulgada no site de um jornal de grande circulação nacional, no dia do aniversário da cidade.
O referencial teórico pauta-se em estudos sobre o discurso (FOUCAULT, 2008) e sua relação
com a memória (LE GOFF, 2012).
PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Discurso. Memória. Comemoração.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
DISCURSO E PRODUÇÃO DE IDENTIDADE FEMININA: O TRABALHO EM
DESTAQUE NA MÍDIA
Márcia Bezerra de Morais (UERN/GEDUERN)
RESUMO: Este artigo é um recorte de uma pesquisa de Mestrado, vinculado à linha de
pesquisa “Discurso, memória e identidade” do Programa de pós-graduação em Letras da
Universidade do Estado do Rio Grande Norte – PPGL, bem como na linha de pesquisa
“Estudo dos processos de produção identitária e de modos de subjetivação na
contemporaneidade” do Grupo de Estudos do discurso da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte – GEDUERN. Defronte as mudanças políticas, sociais, econômicas e
culturais delineando a sociedade contemporânea, despontam novos papéis para os sujeitos,
homens e mulheres ao longo de algumas décadas experienciam um cenário de imensas
transformações, reservando especificamente para a mulher espaços outros na vida pública,
como resultado de seus enfrentamentos e lutas travadas pelo desejo de desbravar esse trajeto
que lhes era negado. Essas modificações possibilitam perceber como os discursos elaboram
efeitos de sentidos a partir de práticas discursivas que se entrelaçam com o que é social e
historicamente construído. Para tanto, intentamos adotar uma determinada perspectiva de
investigação linguística, enveredando por rumos analíticos que vislumbram uma observação
apurada para a proliferação de sentidos. Assim, a abordagem da pesquisa em foco
fundamenta-se no conceito de arquivo apresentado por Foucault, favorecendo historicizar os
acontecimentos que estão imbricados à temática do trabalho feminino. Decidimos refletir aqui
sobre a os discursos que fabricam as identidades femininas na contemporaneidade objetivando
analisar quais elementos são exigidos pelo mercado de trabalho na sociedade contemporânea
para produzir identidades sobre a mulher trabalhadora. O alicerce para fundamentar nossas
reflexões está no entrecruzamento da linguagem com o histórico, para tanto adotamos como
aporte teórico a Análise do Discurso de tradução francesa e as contribuições de Michel
Foucault à teoria do Discurso, atrelando aos estudos culturais, estudos históricos sobre a
mulher e estudos da mídia. O método arqueológico, formulado por Michel Foucault, delineará
o trajeto de análise, sendo aplicados os seguintes dispositivos de análise: enunciado,
regularidade discursiva, arquivo, memória discursiva, interdiscursividade e trajeto temático.
Nosso corpus parte de um arquivo composto por revistas da VOCÊ S/A, impressa e digital, de
edição especial para mulher, materialidades que serão trabalhadas a partir de um “trajeto
temático”, possibilitando a delimitação em torno do “MERCADO DE TRABALHO NA
CONTEMPORANEIDADE E PRODUÇÃO DE IDENTIDADES DA MULHER
TRABALHADORA”. Assim, este trabalho de pesquisa torna-se relevante no sentido de
facultar uma maior perscrutação das práticas discursivas em torno da discursivização da
mulher trabalhadora nos dias vigentes.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Discurso midiático. Memória.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
É DO TANQUINHO QUE ELES GOSTAM MAIS: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
GAY NA REVISTA JÚNIOR
Paulo Aldemir Delfino Lopes (UFPB/PPGL)
RESUMO: O presente artigo, resultante da pesquisa desenvolvida no mestrado em Letras, busca na
Análise do Discurso, sobretudo nas formulações foucaultianas, o aporte teórico, metodológico e
analítico que possibilite a compreensão dos processos de constituição do sujeito gay na revista
JUNIOR. A revista, tomada como artefato midiático, é portadora de diversos discursos imagéticos e
verbais sobre o ser gay em nossa cultura, constituindo-se como objeto de uma pedagogia,
especialmente no tocante ao corpo, às formas de cuidado e aos meios para sua transformação,
oferecidos pela medicina e pela estética. Com base na noção de memória discursiva, buscamos
evidenciar como esses discursos são dinâmicos e fundamentais para que as identidades sejam
transformadas/reinventadas, exatamente por se situarem nas fronteiras entre o linguístico e o não
linguístico. A interdição ao pornográfico, no veículo midiático em questão, é um processo constitutivo
de sentido que possibilita à revista esquivar-se de restrições de conteúdo, uma vez que é voltada para o
público juvenil.
PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Sujeito. Discurso. Cultura. Corpo.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
E FORAM FELIZES PARA SEMPRE? UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE OS
CONTOS DE FADAS NA ÓTICA DA ARTISTA CANADENSE DINA GOLDSTEIN
Edjane Gomes de Assis (UFPB)
RESUMO: O trabalho tem por objetivo analisar o processo de discursivização construído
pela fotógrafa canadense Dina Goldstein na série intitulada “Fallen Princesses”. Na esteira
dos pressupostos da Análise do discurso francesa, observamos que a autora se utiliza de toda
uma materialidade discursiva, entrecruzada de fios ideológicos que perpassam no
interdiscurso, para instaurar um processo de subjetivação das princesas imortalizadas nos
contos de fadas. Com base nos estudos de Pêcheux (1996) e Foucault (2006), observamos que
as princesas projetadas pela fotógrafa ressurgem neste novo acontecimento, revestidas de
ressignificações típicas da cultura cotidiana: São mulheres comuns, mortais e que vivenciam
os conflitos e dramas do mundo moderno. Da série, composta por dez princesas, selecionamos
três (Branca de Neve, Rapunzel e Jasmine), para evidenciar como a memória discursiva
reaparece nas interfaces do (re)dizer. Para tanto, nosso percurso investigativo está
sistematizado da seguinte forma: No primeiro tópico - Os contos de fadas e seus objetos
simbólicos - percorremos os dizeres que identificam o processo narrativo das histórias. Cada
elemento, cada ação dos personagens, são determinantes para os efeitos de sentido que se
busca instaurar. No segundo tópico - As figuras femininas e a sedimentação dos valores
tradicionais – analisamos o processo de representação das imagens femininas instauradas
nestas histórias. Identificamos os valores que caracterizam os mecanismos de subjetivação das
personagens. E no terceiro e último tópico - As novas princesas da contemporaneidade e seus
mecanismos de representação - analisamos os efeitos de sentido presentes na representação
das princesas Branca de Neve, Rapunzel e Jasmini, conforme a ótica da autora. Nossa análise
nos leva a ver e entrever que cada elemento simbólico retoma memórias e modelos já
cristalizados reafirmando outras perspectivas e, consequentemente, imprimindo novos valores
sobre a princesa/mulher dos dias atuais. As imagens são emolduradas de novos sentidos na
busca de manter uma relação dialógica entre a ficção e a realidade.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetivação. Discurso. Contos de fadas. Cotidiano.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
“É PRETINHA, MAS É GENTE FINA”: ASPECTOS DA HETEROGENEIDADE
DISCURSIVA NO DISCURSO DE UMA DOCENTE NEGRA
Francisca Ramos-Lopes (UERN/PRADILE/PROFLETRAS)
Dayane Priscila Pereira de Souza (UERN/PIBIC)
RESUMO: Nesta comunicação, apresentaremos uma análise exploratória de uma dentre as
15 narrativas de docentes negros(as) que compõe o corpus da tese de doutorado de Ramos-
Lopes (2010). Observaremos como se dá o processo de constituição identitária da docente
identificada como Sol, tomando como foco a imagem que a investigada construiu de si a
partir da interferência de marcas advindas do discurso de outros sujeitos que atravessaram sua
história de vida. A linha teórica parte da Análise do Discurso de Linha Francesa nas
perspectivas de Pêcheux (1990 e 2006) e Maingueneau (1993 e 2001), entrelaça-se aos
estudos acerca da Heterogeneidade Discursiva sob a ótica de Authier-Revuz (1990, 1998 e
2004), aos estudos sociológicos à luz dos escritos de Bauman (2003, 2005, 2009), Giddens
(2002) e a temática da negritude e do racismo, sob o respaldo de Cunha Jr. (2008, 2009) e
Munanga (2003, 2009a, 2009b). A pesquisa tem como lugar de origem a Linguística
Aplicada, sendo do tipo descritiva/interpretativista (MOITA-LOPES, 1996). A metodologia
adotada será pesquisa bibliográfica, leitura e análise descritiva dos dados. Estes, parcialmente,
apontam para uma constituição identitária fragmentada, marcada por discursos repletos de
discriminação e preconceito durante a vida da docente. Compreendemos que o discurso da
investigada é marcado por enunciados utilizados negativamente, em diversos contextos
sociais, tais como a família, a escola, as relações afetivas e a profissão. Há indicativos de que
mesmo ela se encontrando em um jogo de forças que afetavam sua mobilidade espacial e
social, que lhe negavam escolhas, segurança e liberdade igualitárias a outros sujeitos com os
quais convivia socialmente, não se deixou abater, muniu-se de estratégias de sobrevivência,
tais como o estudo e a profissão da docência para alcançar espaços sociais diferentes daquele
que se encontrava.
PALAVRAS-CHAVE: Heterogeneidade discursiva. Constituição identitária. Negritude e
discriminação. Discurso do Outro. Imagens de si.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
“EM DEFESA DO HOMOSSEXUALISMO”: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DOS
EFEITOS DE SENTIDO E DA CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS
Francicleide Liberato Santos (UFCG)
Profº Orientador: Aloísio de Medeiros Dantas (UFCG)
RESUMO: Pensar os acontecimentos linguísticos discursivamente implica pensá-los a partir
dos processos histórico-sociais constitutivos da linguagem. Embasando-se neste
direcionamento teórico, proporcionado pela Análise de Discurso de base francesa (AD),
propõe-se uma análise do posicionamento assumido pelo colunista Hélio Schwartsman frente
ao acontecimento discursivo, envolvendo o posicionamento do pastor Silas Malafaia em
relação às comunidades homoafetivas. A nossa análise busca perceber a partir dos
posicionamentos assumidos por Hélio Schwartsman a relação interdiscursiva que norteia o
seu dizer, permitindo-nos identificar que efeitos de sentido estão presentes na constituição da
posição sujeito assumido por este em relação a comunidade homoafetiva. Para tanto,
escolheram-se três textos do colunista publicados na Folha de São Paulo, - O pastor e os
gays; Em defesa do homossexualismo; Esteira de eufemismos - em que Hélio Schwartsman, a
partir dos efeitos de sentidos produzidos pelo dizer de Silas Malafaia, estabelece relações
interdiscursivas que asseguram o seu posicionamento e retomam efeitos de sentido
preestabelecidos. Na perspectiva discursiva, o texto “é definido pragmaticamente como a
unidade complexa de significação, consideradas as condições de sua produção” (ORLANDI,
2008, p. 22), dessa forma, o texto é o que garante a materialização dos discursos e se constitui
a partir do processo de interação, necessitando assim ser analisado extrapolando os limites
linguísticos. A multiplicidade de sentidos revela que o texto não pode ser considerado um
todo homogêneo, em um mesmo texto encontram-se discursos diversos que se apoiam em
formações discursivas distintas. A importância de se depreender os recortes textuais encontra-
se no fato destes possibilitarem compreender o texto enquanto mecanismo de funcionamento
discursivo, dessa forma, busca-se estabelecer relações significativas entre elementos
significantes. Em função destes recortes textuais trazem-se para a análise as sequências
discursivas que nos permite operacionalizar os conceitos teóricos da AD e nos proporciona
analisar o acontecimento discursivo correspondente a certo lugar apoiado em uma dada
formação social, perpassada por implicações ideológicas que revelam a individuação do
sujeito. Neste movimento discursivo, apresentaremos os conceitos de sujeito e como este se
torna individuado, assim como a relação interdiscursiva que nos permite identificar os efeitos
de sentido que envolvem o discurso.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Efeitos de Sentido. Individuação.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
“ESCRITOR É COISA DE PROFISSIONAL”: IDENTIDADE, LETRAMENTO(S) E
LITERATURA
Sahmaroni Rodrigues de Olinda ( UFC)
RESUMO: Este trabalho visa a discutir o processo de formação e negociação da(s)
identidade(s) de escritor(a) literário para sujeitos que não possuem livros publicados e
reconhecidos como pertencentes ao discurso literário, entretanto, fazem circular gêneros
literários em outros suportes. São escritores e escritoras que não estão na ordem dos livros,
sem embargo, produzem e fazem circular textos literários em outros suportes textuais que não
o objeto livro. O objetivo é perceber como se dá esta negociação identitária, uma vez que as
práticas de letramentos produzem identidades e são condicionadas pelas práticas discursivas.
Embasam este trabalho a perspectiva dos letramentos sociais de Brian Street (2012)
transpassados pelas práticas discursivas (FAIRCLOUGH, 2012), e o entendimento da
Literatura como uma prática sóciodiscursiva (MAINGUENEAU, 2001) e atividade
responsiva (BAKHTIN, 1996), entendendo identidade como construção sociorretórica que se
dá nestas práticas conflituosas. Analisarei conversas em chat do facebook que mantenho com
sujeitos de minha pesquisa de Doutorado em andamento. O intuito da pesquisa é visibilizar a
produção “literária” que pulula em espaços não reconhecidos socialmente como lugares
artisticoliterários, visando descolonializar as práticas estéticas deslegitimadas, confrontando-
as com as práticas hegemônicas e legitimadas e desvelando os meios de produção social da
crença, conforme nos orienta Pierre Bourdieu (2008).
PALAVRAS-CHAVE: Discurso literário. Letramento literário. Identidade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA
DISCURSIVA
Ivanilda Rocha dos Santos (UESB)
Anderson de Carvalho Pereira (UESB)
RESUMO: Há décadas a escola pública vem sendo questionada pelo seu despreparo em
trabalhar com as crianças das classes populares. Observamos que as dificuldades de
aprendizagem não podem, via de regra, ser atribuído aos problemas extra-escolares. Diante
disso, procuramos analisar como professores da rede pública de ensino lidam com sintoma
que rotula crianças como “fracassadas” ocorrendo à exclusão de forma velada. Este artigo
procura trazer algumas reflexões a respeito da questão do fracasso escolar de crianças vindas
das classes populares. Mostrando como crianças vêm sendo excluídas na/pela escola numa
perspectiva discursiva. Partindo do pressuposto que o sujeito é atravessado pela ideologia e o
que fala ou compreende está relacionado com o lugar que está inserido, e, é afetado por esse
aspecto que o sujeito se constitui e (re)produz seu discurso, o estudo objetiva analisar
narrativas de falas de professores do ensino fundamental I buscando analisar os sentidos que
são produzidos nos seus discursos e de que forma o sujeito é constituído. Para isto,
utilizaremos o método de pesquisa da Análise do Discurso (AD) fundada nas teorias de
Michel Pêcheux. A pesquisa está em andamento e esperamos contribuir para uma reflexão
acerca dos discursos de professores que retratam o aluno da classe popular como “aquele que
não aprende” produzindo uma visão estereotipada dessas crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Fracasso escolar. Exclusão. Análise do discurso. Escola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
MÍDIA E PRODUÇÃO DISCURSIVA DAS IDENTIDADES DA MULHER
TRABALHADORA NA CONTEMPORANEIDADE
Márcia Bezerra de Morais (UERN-GEDUERN)
RESUMO: Este trabalho de pesquisa “Mídia e produção discursiva das identidades da
mulher trabalhadora na contemporaneidade” é um recorte de uma pesquisa de Mestrado,
vinculado à linha de pesquisa “Discurso, memória e identidade” do Programa de pós-
graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio Grande Norte – PPGL, bem como na
linha de pesquisa “Estudo dos processos de produção identitária e de modos de subjetivação
na contemporaneidade” do Grupo de Estudos do discurso da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte - GEDUERN. Na tessitura dos discursos que produzem as identidades
femininas na contemporaneidade, a mídia, a serviço de determinadas instituições que detêm o
saber e o poder, se vale de uma produção discursiva que expressa uma “vontade de verdade”
no enquadramento da mulher para atender aos interesses de ordem política e econômica
vigente (globalização, neoliberalismo). Com isso, emerge nas relações discursivas o
funcionamento da política de controle e disciplina dos corpos para responder aos impositivos
do mercado de trabalho, em que as profissionais devem aperfeiçoar habilidades intra e
interpessoais, discurso esse ancorado na crescente competitividade que vem se acirrando no
mudo dos negócios. Neste sentido, a pesquisa está inserida no campo de estudos denominado
Análise do Discurso de filiação Francesa, com foco nas contribuições de Michel Foucault
para esse campo de estudo de multiplicidade de abordagens, métodos e objetos de análise que
o caracteriza, este trabalho enfatizará categorias de análise, como: Formação Discursiva,
Interdiscurso, Memória, Saber/Poder e Vontade de Verdade, abordando também os estudos
sobre a mídia e identidade, nos quais se fundamentará como elementos imprescindíveis à
análise do corpus em questão. Desse modo, objetiva-se analisar os processos de formação de
identidades da mulher trabalhadora por meio de práticas discursivas, intentando investigar o
modo como os saberes sobre a mulher trabalhadora são fabricados e entram na “ordem do
discurso”, delineando os modos de ser dessa mulher na atualidade. Assim, volvemos o olhar
para a produção discursiva que se faz em torno dessa temática, procurando analisar, à luz das
teorias da Análise do Discurso de tradição Francesa, os efeitos de memória dessa produção
discursiva, no que tange à construção da identidade da mulher trabalhadora na
contemporaneidade. Desse modo, a análise discursiva realiza-se a partir das regularidades e
das vontades de verdade presentes no arquivo composto por textos verbais e imagéticos
produzidos sobre essas identidades e que se materializam na revista VOCÊ S/A, impressa e
digital, de edição especial para mulheres.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Mídia. Identidade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
MODO DE SUBJETIVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NO DISCURSO
DA TATUAGEM
Edileide Godoi (doutoranda/PROLING)
Regina Barachuy (UFPB)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar, como se dá o processo de subjetivação
e a produção de identidade do sujeito tatuado na mídia, após o projeto de lei que prevê normas
de higiene para os estúdios de tatuagem. É bem verdade que o cenário de discussão que se
forma com a criação e implementação de políticas de ações para a prática da tatuagem se
oferece como objeto de pesquisa para compreendermos essa prática na contemporaneidade.
Isso a partir de questões como: Em que ordem do discurso se insere a prática da tatuagem na
atualidade que propõe um tipo sujeito e uma identidade? Quais os efeitos de verdade são
construídos no discurso da tatuagem contemporaneamente que abriu caminho para um modo
de subjetivação proposto midiaticamente? Entendemos que um dos modos de discutir e buscar
responder essas questões é lançando mão dessa prática dentro um contexto histórico
especifico, buscando na dispersão enunciativa a memória discursiva por meio da qual se
delineia um conjunto de dizeres pertencentes ao verdadeiro de uma época. Para tanto,
tomamos como construto teórico a Análise do Discurso francesa, isso porque essa teoria nos
permite compreender como os acontecimentos discursivos possibilitam na atualidade o
aparecimento de determinados dizeres e não outros em seu lugar, além de que nos permite
pensar, a partir de práticas discursivas, os sujeitos e seu processo de identificação.
PALAVRAS-CHAVE: Tatuagem. Sujeito. Identidade.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
MODOS DE SUBJETIVAÇÃO EM CONTOS PROIBIDOS DE MARQUÊS DE SADE
Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento (UFPB)
Karoline Machado Freire Pereira (UFPB)
RESUMO: O presente trabalho é uma leitura sobre o filme Contos proibidos do Marquês de
Sade e objetiva fazer um estudo sobre os modos de subjetivação. Para esse estudo,
mobilizam-se pressupostos teóricos da Análise do Discurso francesa, principalmente as
contribuições oriundas dos estudos de Michel Foucault. Metodologicamente, esta pesquisa
apresenta uma abordagem qualitativa e um caráter descritivo e interpretativo. A leitura do
filme permite observar que saberes e poderes estão entrelaçados de forma a exercer domínio
sobre os sujeitos, fabricando-os, modelando-os, de certa forma. Assim, saberes do campo
discursivo da medicina, da religião, por exemplo, legitimam o Estado no exercício de poderes
sobre os sujeitos. Desse modo, os procedimentos mobilizados para produção dos sujeitos,
efetuam-se a partir da vontade de verdade de uma época, sendo que essa vontade de verdade
se apoia sobre um suporte institucional, legitimando-o a agir sobre os sujeitos. Ademais, a
construção dos sujeitos ocorre, considerando-se que esses estão inscritos em um espaço sócio-
ideológico em que se contrapõem o discurso do desejo, associado ao sensualismo,
materializado em Sade, e o discurso do poder institucional, materializado naqueles que o
representam. Portanto, na construção da subjetivação, o sujeito é interpelado por dispositivos
de governo, incluindo procedimentos técnicos que são adotados para disciplinar o corpo e a
mente desses sujeitos, tais procedimentos, cabe dizer, quase que se assemelham a
instrumentos de punição, pois visam moldar, corrigir, curar, os sujeitos conforme certa
vontade de verdade.
PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso francesa. Subjetivação. Contos do Marquês de
Sade.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
MODOS DE SUBJETIVAÇÃO FEMININA NAS RELEITURAS DE CONTOS
INFANTIS PARA O CINEMA
Luiza Helena Praxedes Fernandes (UERN)
RESUMO: As releituras de contos infantis para o cinema tem funcionado em nossa
contemporaneidade, como um mecanismo artístico que propõem, pelo menos na maioria das
ocorrências e/ou na maior parte de seu conteúdo, a fuga de um modelo exclusivista e definido
de sujeito. Principalmente nas últimas décadas no que concerne ao sujeito feminino. A
globalização muito contribuiu para que os recursos audiovisuais se tornassem importantes
contribuintes na arte de entreter, educar, persuadir e etc. Dessa forma não é estranho que a
literatura que até antes do advento do cinema era uma arte que em seus primórdios se deu na
oralidade, depois na escrita e posteriormente na encenação de peças teatrais. Atualmente,
ganha novas roupagens dentro do cinema, que se configura como uma das artes
contemporâneas na atual sociedade globalizada e se insere como um dispositivo que atua no
processo de subjetivação feminina atual. Diante disso, a presente análise tem por objetivo,
refletir sobre os processos de subjetivação feminina nas releituras de contos infantis para o
cinema. Para tal, será feito uma breve análise descritiva e comparativa das personagens da
Disney produções, “Merida”, da animação fílmica “Valente”, da Pixar Disney (2012) e
“Fiona”, protagonista feminina do primeiro filme da saga animada da Dream Works “Shrek”
(2001). Serão tomados aqui, os embasamentos teóricos sobre modos de subjetivação e
mecanismo de subjetivação abordados por Michel Foucault (1979/1999) em algumas de suas
obras que problematizam esta questão. Bem como, o conceito de “Anjo do lar” da critica
feminina, da escritora britânica Virginia Woolf (1996). Além de outros que nos darão suporte
teórico para as discussões aqui propostas. Dessa forma, neste trabalho partimos da hipótese de
que os discursos do que é um sujeito feminino dentro deste contexto das releituras dos contos
de fadas para o cinema, ora funcionam como mecanismos de subjetivação permitindo a
“libertação” desse sujeito feminino ora, atuam como dominadores e conformadores na forma
de ser sujeito, tanto para si mesmo, quanto com relação ao outro.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetivação. Releitura. Contos de fadas. Cinema. “Anjo do lar”.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
MULHER E SEXUALIDADE NA REVISTA NOVA: EFEITOS DE MEMÓRIA
Valéria Batista Costa (UERN)
Aline Peixoto Bezerra (UERN)
RESUMO: A mídia, enquanto agente de divulgação e circulação de discursos, produz,
incessantemente, materialidades discursivas sobre a relação da mulher com a sua sexualidade
na tentativa de construir representações simbólicas sobre formas e práticas de si. Neste
sentido, o presente trabalho tem como objeto de análise a discursividade formulada sobre o
sujeito feminino e seus modos de vida afetivos e sexuais, em textos da revista Nova, a partir
dos dispositivos teóricos da Análise do Discurso Francesa. Nosso objetivo central é
descrever/interpretar os efeitos de memória acionados pela revista Nova na produção da
mulher como sujeito da sexualidade na atualidade. Nesse sentido o corpus constitui-se de
matérias da revista Nova que tematizam a relação entre mulher e sexualidade. Tomando essa
relação como trajeto temático, selecionamos os textos da revista que colocavam em discurso
as práticas de si femininas no domínio da afetividade e da sexualidade. Com base na análise
destas materialidades discursivas que constituem o corpus, foi possível identificar nos efeitos
de sentido produzidos pela revista, uma centralidade de discursos que projetam a mulher
contemporânea para uma identificação com a imagem de um sujeito da sexualidade que
evidencia sua feminilidade através de práticas de si que valorizam uma liberação sexual,
demonstrada por meio da sedução, sensualidade e independência financeira.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Mídia. Sexualidade feminina. Subjetividade.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO
DE NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA
Elielder de Oliveira Lima (SEDUC-UECE)
RESUMO: A proposição da pesquisa é analisar as estratégias discursivas adotadas por
gestores escolares e professores postos em situações nas quais se deparam com propostas
voltadas a desestabilizar sistemas de representações fundadas em ideias de normalidade
heterossexual e, portanto, a promover o enfrentamento à homofobia nas escolas. É inegável o
importante papel da escola na interlocução e discussão sobre a homofobia, uma vez que na
sociedade este ainda é um assunto negligenciado ou encarado sob pontos de vistas
preconceituosos e heterossexistas. Conceber o gênero como uma dimensão central no
processo de construção das identidades individuais e coletivas e com a consciência de que
este é um conceito de caráter processual – pois a identidade de gêneros é incessantemente
construída e reconstruída nas relações sociais de interação com outros indivíduos -, o fato de
escola ser uma instituição social reforça a pertinência de discutir a homofobia e problematizar
os discursos de negação que envolve a envolve. Ao problematizar os discursos dos gestores
escolares e professores e investigar os modos de interpelação de matrizes de enunciações,
observou-se que tais estratégias, nos contextos em que foram analisadas, refletiam não apenas
ditames da heteronormatividade, mas revelaram uma indisposição que, bem mais do que uma
indiferença, situa-se em uma resistência ou uma simples recusa, expressa em estado de
"negação" que tende a preservar intacto todo um quadro de opressão cujos centros
gravitacionais são a "masculinidade hegemônica" (CONNELL, 2005) e a
heteronormatividade. Uma negação que não raro pode configurar, na escola, numa espécie de
reação em contraposição a qualquer esforço em favor do "direito democrático à sexualidade"
(RIOS, s/d) e do reconhecimento dos "sujeitos da política sexual" (CORRÊA, 2006).
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Homofobia. Escola pública. Negação.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR – UMA ABORDAGEM DISCURSIVA SOBRE
A LINGUAGEM PUBLICITÁRIA
Heder Rangel (UFAL / Campus do Sertão / Delmiro Gouveia)
RESUMO: Trazemos neste trabalho uma análise discursiva sobre a linguagem publicitária
cuja ancoragem epistemológica se dá pela teoria da Análise de Discurso (AD), de origem
francesa (MICHEL PÊCHEUX). Acrescentamos interlocuções com Bakhtin, Cavalcante,
Magalhães, Florêncio. Incluímos estudiosos da comunicação, da publicidade e do marketing –
Neves, Sant’Anna, Gracioso, Predebon –, numa tentativa de analisar os sentidos deste tipo de
discurso a partir do corpus formado por anúncios de uma campanha de indústria, com traços
de institucionalidade, que possui como slogan e fecho do comercial: NÃO EXISTEM
GRANDES EMPRESAS SEM GRANDES MARCAS. ANUNCIE, veiculada em 2001,
assinada pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) e entidades ligadas à
comunicação publicitária. Possibilitar uma leitura crítica do discurso publicitário, identificar
marcas explícitas e implícitas, indicativas de um já-dito revelador, compreender as
manifestações discursivas que se constituem por entre as relações sociais, reconhecer traços
ideológicos que afetam os universos discursivos constituintes do sentido e das posições dos
sujeitos são alguns dos objetivos a que nos propomos. Os enunciados demonstram vários
propósitos que se constituem sob o funcionamento ideológico das posições dos sujeitos e dos
sentidos, justificando-se a necessidade de tentarmos entender as superposições que compõem
o tecido social. Nossa posição tem a intenção de busca e apreensão dos sentidos da
publicidade na sociedade, numa tentativa de desvelar o que acontece em termos de raciocínio
/ interpretação / intermediação do discurso publicitário. Até onde as formas de apresentar tais
discursos interferem em escolhas e opções? Como esse discurso significa? Qual é seu raio de
ação? Como trabalha sua força de persuasão? Compreendendo o funcionamento da
linguagem, especialmente, a que se configura no discurso publicitário, detectamos sua
opacidade através das peças publicitárias, as quais se envolvem em múltiplas inter-relações
sociais. Os enunciados indicaram-nos pistas sobre o processo estrutural da sociedade que
alinha transformações ao longo do tempo, invade espaços, coloca impulsos de várias ordens:
do consumo, da beleza, do espetáculo, da sobrevivência, da imagem e do mercado. Esses tipos
de persuasão ocorrem a um só tempo, cotidiana e sistematicamente, e estão dispostos, de
maneira evidente na publicidade. A partir da abordagem teórica utilizada, identificamos que a
produção do discurso publicitário – sintoma do capital – está pautada nas interlocuções sociais
e no exercício de um poder que utiliza uma linguagem opaca, focalizada em conflitos,
contradições, promessas de sucesso a todo custo, encontrando terreno fértil para seu próprio
desenvolvimento e manutenção do capitalismo.
PALAVRAS-CHAVE: Análise de Discurso. Publicidade. Marketing.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
NOVOS SUBSTRATOS DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA SOBRE O FEMININO: A
SUBVERSÃO DA IMAGEM DA MULHER MODERNA EM MULHERES
ALTERADAS, DE MAITENA
Ana Carolina Souza da Silva Aragão
RESUMO: O sujeito contemporâneo padece do desconhecimento essencial de seu ser,
buscando verdades que consigam lhe restituir a sua identidade, quer ter acesso à verdade
fundamental sobre sua própria constituição. Investigando esse processo de ontologia do
sujeito contemporâneo, em especial, o ser mulher, este artigo se propõe a perscrutar as
manifestações discursivas que revestem o signo da mulher moderna, tendo como referência a
análise da palavra, imagem e outros constituintes de sentido que compõem as representações
discursivas nas vinhetas da obra Mulheres Alteradas, de Maitena Burundarena. Essas
narrativas constituem nosso corpus porque endossam questões da natureza subjetiva da
mulher moderna, concentrando-se na realização sexual e profissional, desejos, pulsões, no
consumo em massa, na maternidade, no “corpo ideal”, etc. A metodologia empregada nesse
trabalho é de cunho bibliográfico e hipotético-dedutivo, tendo utilizado como delimitação
teórica desde as teorias dos estudos culturais sobre gênero, pós-modernidade e representações
culturais (Hall, Zinani, Chartier e Geertz) sem interditar “outras” vozes que fazem parte desta
leitura, como os estudos sobre as “pequenas narrativas” (História Nova) e, principalmente, a
que trata da mobilidade discursiva sobre o feminino pautada na Análise do Discurso de
orientação francesa, cujo teórico principal adotado é Michel Foucault. As leituras analíticas
dos quadrinhos apontaram que seus elementos constitutivos de significação condensam uma
preocupação em localizar e posicionar a sexualidade da mulher que se revela, muitas vezes,
perdida e confusa em sua dinâmica identificatória, não sabe o que é ou não quer saber.
Questões sobre produção e efeitos de significação relativas à circulação de um discurso sobre
uma mulher moderna e, também, de imagens a ela vinculadas sugerem que há uma complexa
interação entre o imaginário cultural calcado no ideário do projeto moderno, base do discurso
feminista, e os reflexos históricos dessa discursivização nas pequenas narrativas das mulheres
comuns encontradas nesses quadrinhos.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetivação. Análise do Discurso. Mulher. Histórias em quadrinhos.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
O PAPEL DA MEMÓRIA NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO DA PROPAGANDA
IMPRESSA
Marcia Rita dos Santos Sales (UFBA)
RESUMO: O presente trabalho propõe analisar a propaganda em sua materialidade
simbólica. Serão analisadas peças publicitárias de produtos diversos, veiculadas em revistas e
outdoors. “Desvendar” os sentidos de um texto é tentar atravessá-lo em busca dos efeitos
desses sentidos nas relações de linguagem, ou seja, nas relações de sujeitos e de sentidos.
Significa dizer que, para encontrar o movimento dos sentidos, é preciso partir do discurso em
seu funcionamento e considerá-lo como o espaço onde se pode enxergar a relação entre a
língua e os sujeitos em suas posições, percebendo como a língua pode produzir sentido por e
para sujeitos. Trata-se de observar o discurso e sua relação com outros discursos. Este estudo
será orientado à luz da Análise de Discurso de linha francesa, segundo o teórico Michel
Pêcheux, que objetiva, com sua teoria, “explicitar os mecanismos de determinação histórica
dos processos de significação”. (ORLANDI, 2005). O foco será o papel da memória na
construção do sentido. Na perspectiva da AD pechetiana, a memória é tratada como
interdiscurso, que é “definido como aquilo que fala antes, em outro lugar,
independentemente” (ORLANDI, 2009). Assim, será adotado o procedimento de ir e vir
constante entre teoria, consulta ao corpus e análise, a fim de perceber como os sentidos já
ditos por alguém, em outro momento, em algum lugar, mesmo muito distantes, produzem um
efeito sobre o que se diz nas propagandas que serão analisadas.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Propaganda. Sentido. Memória. Interdiscurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
ORDEM NO DISCURSO: INTERDIÇÃO À “DEVASSA”- SEXUALIDADE COM
MODERAÇÃO
Cleide Regina Rodrigues (IFRN-Câmpus Mossoró)
RESUMO: A mídia pode ser considerada como um instrumento influenciador do
comportamento dos sujeitos, aqui pensados como um ser social, coletivo, histórico que de
uma forma ou de outra faz parte dos discursos que circulam em uma sociedade. Os discursos
veiculados pela mídia operam um jogo no qual se constituem identidades a partir da
regulamentação de saberes sobre o uso que as pessoas devem fazer de seu corpo, de sua vida.
Esses discursos, articulados com outros enunciados, dialogam em outros espaços da vida
social, deslocam sentidos cristalizados na memória discursiva dos sujeitos. Dessa forma, os
textos produzidos pela mídia são fonte poderosa e inesgotável de produção e reprodução de
subjetividades, evidenciando sua sofisticada inserção na rede de poderes e nos valores que
normatizam as relações sociais. Na sociedade contemporânea e pós-moderna, algumas regras
morais implicam numa sociedade preconceituosa, cheia de restrições e tabu, ou seja, numa
sociedade de controle na qual há uma política de silenciamento daquilo que oferece perigo,
que transgride a norma. Portanto, os sujeitos ao proferir seu discurso são controlados pela
ordem: não se diz o que quer em qualquer hora, em qualquer lugar. Partindo dessas
considerações, nos propusemos a fazer uma análise discursiva da interdição à propaganda da
Cerveja Devassa veiculada na mídia impressa, televisiva e virtual em fevereiro de 2010. O
objetivo deste trabalho de pesquisa é refletir sobre como atua a interdição, enquanto controle,
no discurso publicitário perpassado pelo discurso da sexualidade. Para tanto, tomaremos
como base teórica a AD francesa, nos respaldando basicamente nos pressupostos teóricos de
Foucault (2004, 2005, 2007, 2008). Nessa análise, partiremos da hipótese de que a interdição
da propaganda faz parte de um processo de produção de modos de vivenciar, interpretar e
definir a sexualidade, como uma estratégia de poder que visa ao controle dos sujeitos na
sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sexualidade. Propaganda. Interdição.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
OS GRITOS DO SILÊNCIO: EM FOCO A EAD
Francineide Ferreira de Morais (UFPB - PROLING)
RESUMO: A educação a distância (EAD), embora não seja tão recente, na última metade do
século passado, sofreu grande ampliação, tornando-se um meio possibilitador de condições
para instituições educacionais de ensino superior atenderem às novas demandas sociais e à
qualificação profissional. É uma das formas de se permitir o acesso democrático à população
brasileira à universidade, principalmente de pessoas que não puderam continuar sua
escolaridade em tempos passados, por múltiplas razões, uma delas a carência de instituições
escolares convencionais em suas regiões. Em vista disso, o Ministério da Educação (MEC)
regulamentou a EAD e instituiu, conforme o Decreto 5.800, de 8 de junho de 2006, o Sistema
Universidade Aberta do Brasil - UAB, a fim de assegurar a expansão e a interiorização da
EAD, ofertando cursos e programas de educação superior em todas as regiões do País, fato
que cada vez ganha espaço na sociedade atual. No entanto, compreendendo a educação
enquanto prática social e política, logo, discursiva, torna-se alvo de constantes avaliações,
resultantes de interpretações do dito e do não dito constituídos nos discursos, como é o caso
deste artigo. Assim sendo, preocupo-me, aqui, com os silêncios que perpassam os discursos
referentes à instituição EAD - o político e o pedagógico -, de modo a confrontá-los e a
investigar possíveis distanciamentos entre o que é materializado no enunciado e o que é
discursivizado sobre a EAD – democratização, acesso à profissionalização de qualidade,
autonomia na construção do conhecimento etc - e os enunciados denunciadores da situação do
ensino-aprendizagem. Para isso, tomo como instrumento de análise um discurso do ministro
da educação, Aloísio Mercadante, o discurso docente, por meio de uma prova final de um
curso de licenciatura e o discurso discente, a partir das respectivas respostas dadas àquela, os
quais serão analisados segundo os pressupostos teóricos da Análise do Discurso francesa,
considerando as abordagens discursivas de Foucault e de Pêcheux.
PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Silêncios Discursivos. Discursos Político e
Pedagógico.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
PICHAÇÕES DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS, PRÁTICAS DISCURSIVAS
E IDENTITÁRIAS?
Camila Tavares dos Santos (UFMA)
RESUMO: As pichações também fazem parte do cenário do Centro Histórico de São Luís,
embora sejam vinculadas frequentemente aos grandes centros urbanos. Tendo em vista que
essa modalidade de grafismo esteja relacionada comumente às práticas de vandalismo,
objetiva-se por meio deste trabalho lançar um novo olhar sobre as pichações apontando por
que essas inscrições encontradas em diversos locais da cidade ludovicense também podem ser
consideradas práticas discursivas e reprodutoras de identidades, considerando o sentido
expresso em seus enunciados. Metodologicamente foram analisadas seis pichações
encontradas no Centro Histórico em 2013, e, seguindo os pressupostos teóricos da Análise do
Discurso (AD) francesa, discute-se se tais enunciados podem ser considerados práticas
discursivas e identitárias. Observou-se por meio dos registros encontrados que as pichações
muito revelam sobre os sujeitos de uma cidade, suas ideologias, história e memória, ou seja,
os enunciados contidos nelas sempre estão estabelecendo relações diretas com quem os
enuncia denotando suas identidades. Como resultado deste trabalho, concluiu-se, a partir dos
conceitos de identidade e prática discursiva, extraídos da (AD), que é possível sim pensar as
pichações como práticas discursivas, uma vez que estas são realizadas por sujeitos imersos a
uma história, além disso, seus enunciados materializam a linguagem imprimindo por meio
dela suas identidades, dando corpo aos sentidos, estabelecendo relações diretas com a história
e a memória desses sujeitos.
PALAVRAS-CHAVE: Pichação. Identidade. Prática Discursiva. São Luís.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
POR QUE OS ALUNOS (NÃO) QUEREM LER: AS FORMAS DE RESISTÊNCIA
NAS AULAS DE LEITURA
Ângela Maria Leite Aires (UEPB)
Luciana Fernandes Nery (UEPB)
RESUMO: No processo de ensino-aprendizagem, a leitura, conforme as perspectivas
tradicionais é baseada num aspecto caracterizado pela evolução passo-a-passo: ensina-se a
decorar o alfabeto, depois, decodificar palavras isoladas e frases, até chegar aos textos.
Práticas escolares estruturadas nessa hierarquia acabam gerando uma aversão dos discentes às
atividades que são propostas em sala de aula. Nesse sentido, buscando tentar entender o
porquê dos alunos não gostarem ou não quererem ler, o presente estudo tem como objetivo
analisar as formas de resistência dos alunos nas aulas de leitura. Para isso, teceremos
reflexões sobre a importância da leitura em sala de aula, e o porquê da resistência por parte
dos alunos. Nosso trabalho fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso
(AD) de linha francesa seguindo os estudos de Orlandi (2008), Coracini (1995), Foucault
(1992), Fiorin (1988), entre outros. O corpus de nossa análise é constituído de atividades
desenvolvidas por alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade
de Monteiro-PB. Partimos da premissa de que a leitura deve ser trabalhada em sala de aula
para tornar o aluno crítico, tornando-o um leitor produtor de sentidos a partir da sua posição
social, histórica e ideológica, apoiando-se na materialidade linguística e nas condições de
produção, estabelecendo assim sentido para o que ler.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Formas de resistência. Análise do discurso.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
PÓS-ESTRUTURALISMO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR A LUTA
SOCIAL DE GÊNERO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM
Gustavo Cândido Pinheiro (UECE)
Dina Maria Martins Ferreira (UECE/PosLA/NIPRA)
RESUMO: As discussões sobre as lutas dos novos movimentos sociais têm causado variados
empates teórico-ideológicos na área das humanidades, no entanto, há a sensação de certo
desprestigio das questões de gênero frente a outras lutas sociais, como a luta classista. Neste
trabalho, pretendemos enfatizar a validade dos estudos de gênero social no campo das
ciências sócias e humanidades, notadamente nos estudos da linguagem. Para tanto,
buscaremos suporte teórico em renovadas leituras do pensamento de autores como: Foucault
(1995) e Derrida (1991, 2004), pensadores que compõem um multifacetado campo de estudos
e perspectivas que vêm se alastrando em diversas áreas do conhecimento na
contemporaneidade. De forma especifica, buscaremos refletir sobre as contribuições e insights
pós-estruturalistas no que diz respeito a teorizações sobre o gênero social no campo da
Filosofia Queer (BUTLER, 1997). A teorização Queer em dialogo com o pensamento pós-
estrutural tem se engajado nas chamadas “lutas menores”, entendendo que se faz urgente
descentralizar polaridades e binarismos causadores de dominações e hierarquias (DERRIDA,
1991). Nessa perspectiva o poder não é entendido como um movimento linear, centrado ou de
direção única, mas multifacetado por todo tecido social (FOUCAULT, 1995), as lutas são,
portanto, diversas. Para estes autores, identidades e subjetivações de gênero passam a ser
compreendidas como construídos em práticas discursivas e como tal involucradas em relações
de poder. Esperamos com este trabalho, salientar minimamente a necessidade de pensar a
diversidade de antagonismos presentes no mundo social contemporâneo.
PALAVRAS-CHAVE: Pós-Estruturalismo. Práticas Discursivas. Gênero social.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
PRÁTICAS DISCURSIVAS E VONTADES DE VERDADE:
ANÁLISE DO ESTEREÓTIPO DO GORDO NAS REDES SOCIAIS
Carolina Coeli Rodrigues-Batista (UFPB)
RESUMO: Podemos facilmente perceber que nos dias atuais as redes sociais ocupam cada
vez mais espaço nas nossas vidas. É quase impossível para o sujeito moderno manter-se
“desconectado”. As redes sociais são apenas um segmento da mídia que, por sua vez, nos
bombardeia constantemente com excessivas informações. São milhares de opções de
programas, reportagens, imagens, sons, animações, novelas, telejornais, redes sociais, enfim, a
mídia se faz presente o tempo todo, quase todo o tempo. É inegável a relevância do papel da
mídia para a formação da sociedade moderna. Dada essa importância, deve-se ter consciência
do papel da mídia enquanto formadora de opinião e “difusora” de verdades que constituem a
nossa sociedade, fazendo-a pensar e agir tal e qual o faz. Compreendendo o aspecto acima
citado, surge um questionamento acerca das verdades e das práticas discursivas que circulam
socialmente e da relação da mídia com a construção e difusão dessas verdades. Uma verdade,
em particular, nos chama a atenção: “ser gordo é ruim”, atrelada a essa verdade estão outras
que se correlacionam entre si como, por exemplo, “uma pessoa gorda não pode ter uma vida
afetiva saudável”, ou “ninguém se interessa afetivamente por uma pessoa gorda”, ou ainda,
“quem é gordo não é feliz”. Nossa investigação começa com uma discussão acerca das
vontades de verdade a partir da perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa e da
importância da mídia no processo de naturalização dessas verdades na sociedade. Num
segundo momento, discutimos o caso dos estereótipos, em especial, o estereótipo do gordo na
mídia, mais especificamente nas redes sociais. Ao longo do trabalho, traremos alguns
exemplos de imagens da internet a fim de ilustrar as nossas discussões. Teoricamente, nos
embasaremos nos pressupostos da Análise do Discurso de linha francesa, mais detidamente,
nos pressupostos foucaultianos, no que se refere às vontades de verdade. Além de
considerarmos alguns estudos acerca da percepção da sociedade no que se refere ao sujeito
considerado gordo. Desse modo, refletimos sobre as práticas discursivas cotidianas que
envolvem o sujeito gordo na sociedade contemporânea.
PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Redes Sociais. Estereótipo. Gordo. Vontades de verdade.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DE EMPODERAMENTO DO SUJEITO
EM ESCOLAS PÚBLICAS DE CONCEIÇÃO DO JACUÍPE - BA
Adriana Reis (Mestranda/UEFS)
Profª Dra. Carla L. C. Borges (Orientadora/UEFS)
RESUMO: Elementos discursivos atuantes em jovens, dentro do ambiente escolar, imputam-
lhes uma condição de empoderamento e os coloca na posição de líderes, que impelem outros
jovens à práticas condenadas pela sociedade, e que, ao mesmo tempo, os sujeitam a estas
condutas por suas influências sociohistóricas. O objetivo deste estudo é, portanto, analisar a
materialidade discursiva destes jovens, avaliando em que medida lhes são atribuído o respeito,
o temor, a confiabilidade pela comunidade escolar da qual fazem parte, e em que arroga a
condição de transgressores da ordem estabelecida. A Análise do Discurso permite trabalhar
com as relações entre língua e sujeito, os interdiscursos na perspectiva de observar os ditos e
também os não-ditos no discurso de liderança dos adolescentes, refletindo sobre como o
sujeito é constituído pela linguagem. Analisaremos quais as representações simbólicas do
poder que o adolescente de comportamento marginal, que se impõe dentro da escola com suas
construções discursivas que dão a estes sujeitos a condição de liderança frente à comunidade
escolar. As convicções políticas, culturais, sociais, religiosas e ideológicas coexistem lado a
lado moldando, fundamentando, inscrevendo-se na língua, erigindo todas as suas condições
de produção. Investigar as representações discutidas e reconfiguradas do adolescente que se
impõe como marginal, dentro dos espaços educativos das escolas públicas de Conceição do
Jacuípe é o que move esta pesquisa. A relevância deste trabalho perfaz-se na compreensão
discursiva, portanto, social do papel do adolescente, como forma de levantar discussões que
possam auxiliar na difícil tarefa de prevenir a delinquência juvenil, e consequentemente,
aproximar, cada vez mais, a dignidade, o respeito e a liberdade de um maior número de
jovens, no sentido de entender as possíveis razões para apresentarem este perfil, analisando a
importância dos discursos que interpelam sua vida. O corpus desta pesquisa está sendo
constituído com o desenvolvimento de uma pesquisa qualitativa, descritiva, com dados
analisados através de interpretações dos fenômenos à luz da Análise do Discurso, na linha de
Pêcheux, aliando-se às discussões sobre poder de Foucault, observando os efeitos de sentido
que são atribuídos socialmente às figuras humanas destes jovens pelo corpo administrativo e
docente, através dos quais se verificará o olhar perpassado de ditos e não ditos sociais para o
adolescente rebelde e sujeito marginal e suas implicações no imaginário popular.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Empoderamento. Adolescência.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
RELAÇÕES DE PODER NO DISCURSO POÉTICO DE ANTÔNIO FRANCISCO:
DESVELANDO IDENTIDADE(S) DO NORDESTE/NORDESTINO
Jocenilton Cesário da Costa (PPGL/CAMEAM/UERN)
José Gevildo Viana (UERN)
RESUMO: Os diferentes discursos que se manifestam no campo social e constituem práticas
discursivas comandadas por diferentes sujeitos são configurados pelos fatores que
possibilitam diversas trocas simbólicas. É nesse escopo em que é perceptível a busca pelas
vontades de verdade, denotando, portanto, aquilo que padece as relações de poder. Essa
premissa leva ao entendimento dos diferentes objetos que se discursivizam na amostragem
daquilo que enreda as visibilidades e dizibilidades na construção da identidade nordestina.
Partindo desse pressuposto, o artigo, ora apresentado, visa a analisar, no funcionamento
discursivo da poesia de Antônio Francisco, como se constrói a identidade do Nordeste e do
nordestino a partir das relações de poder que se disseminam na engrenagem social na qual o
sertanejo se insere. Para essa investidura, tomam-se por base os pressupostos teóricos da
Análise do Discurso (AD) de patente francesa, através do pensamento de Michel Foucault e
Michel Pêcheux, expoentes da construção da AD enquanto disciplina, bem como de alguns
estudiosos brasileiros da área, como Fernandes (2008), Gregolin (2001; 2006), Milanez
(2004),), Orlandi (2002), Silva (2004), entre outros. Ainda nesse postulado teórico, discute-se
a identidade com base em Hall (2005; 2008), Bauman (2005), Silva (2008) e Woordward
(2008). Num plano metodológico, realiza-se, num primeiro momento, um estudo sobre a
teoria que embasa o presente estudo; logo após, uma discussão da poesia popular, com ênfase
ao autor representativo da cultura popular do Rio Grande do Norte, Antonio Francisco; em
seguida, adentra-se na análise do corpus, que é constituído do poema Uma carrada de gente,
extraído do livro Por motivos de versos (MELO, 2005). Partindo do método
arqueogenealógico proposto por Foucault, reverbera-se, em nossa análise, que o sujeito
enunciador aponta que o poder não permanece estagnado a um determinado sujeito; ele é
movediço. É dessa forma que, na prática discursiva em questão, se percebe o controle do
poder no representar da veiculação de saberes em busca de verdades políticas, mesmo quando
o nordestino assume o papel de governante. Assim, é possível apreender que a inserção do
sertanejo na engrenagem social, seja de ou ao encontro do poder, consegue explicitar que o
(não) comando deste contribui para o cenário das desigualdades sociais do/no Nordeste.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Relações de poder. Identidade nordestina
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
RELATOS HISTÓRICOS EM MEMÓRIAS DO CARCERE: SUJEITO, PODER E
RESISTÊNCIA NA PERSPECTIVA DE MICHEL FOUCAULT
Margarete Solange Moraes (UERN)
RESUMO: Preso em 1936, sem acusação formal ou julgamento, o escritor Graciliano Ramos
é deportado no porão do navio Manaus juntamente com outros prisioneiros. Do resgate das
experiências vividas por ele e demais detentos nos presídios do Rio de Janeiro, resulta a obra
Memórias do Cárcere. A partir dos enunciados dessa escritura confessional, este artigo
apresenta algumas reflexões sobre a relação sujeito, poder e resistência na perspectiva do
filósofo Michel Foucault com finalidade de evidenciar os rastros de memória da política do
Estado Novo e a resistência do sujeito encarcerado em Memória do Cárcere. Com base na
temática e na experiência do sujeito abordado na narrativa, este trabalho se desenvolve a partir
dos seguintes questionamentos: “Como se exerce o poder em Memória do Cárcere e como os
sujeitos encarcerados se constituem como sujeitos da resistência? Em Carvalho (2008) é dito
que o sujeito está em constante construção no interior da história e se constitui em práticas
historicamente analisáveis. Ao relatar suas experiências, o narrador faz registros que
permitem resgatar a atuação violenta dos que exerciam o poder em nome do Estado Novo, por
meio das quais serão analisadas o exercício do poder e a resistência dos sujeitos envolvidos no
contexto da obra. No dizer de Bosi (2002) a escritura de Graciliano empresta voz aos
múltiplos fantasmas do sujeito que estava recoberto pela máscara social, trazendo a tona o que
antes foi contido pelo governo ditatorial. Resistindo à mentira, a narrativa literária descobre
verdades que foram silenciadas, apagadas, deixando de lado a ficção para ser o lugar da
verdade mais exigente. Nesse sentido, recorremos aos efeitos da memória, para
descrever/interpretar como se produz o sujeito frente as relações de poder que se inscrevem
em Memórias do Cárcere.
PALAVRAS-CHAVE: Poder. Memória. Sujeito. Resistência.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
REPRESENTAÇÕES DA CIDADE DE FORTALEZA ÀS PÁGINAS DO CADERNO
DE CULTURA DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE
Emias Oliveira da Costa (UERN)
Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho (UERN)
RESUMO: Embora esteja inserido num jornal cujas matérias não se restringem a um
território regional, o Caderno3 se volta exclusivamente para a cena cultural fortalezense; ela,
todavia, ao mesmo tempo em que se fecha em si mesma, deseja-se integrada ao circuito
cultural nacional. Os eventos que aparecem às páginas desse caderno, resultantes da seleção
que ele faz do que pretende publicar, sinalizam pistas para se perceber como a capital
cearense está aí representada; essa representação, e todo aspecto urbano que há nela, está
pressuposta aos espaços culturais a que se atribui visibilidade. Os discursos que se veiculam a
partir dos temas próprios do Caderno3, permitem esboçar a figura de um homem e uma
cultura urbana. Identificar e descrever tais discursividades acerca da cidade de Fortaleza e a
forma como elas se constituem apresentam-se como objetivo principal desse trabalho. Para
tanto, foi necessário compreender o Caderno3 enquanto prática discursiva; por isso, Michel
Foucault torna-se o principal aporte teórico desse artigo, não apenas por fornecer subsídios à
investigação da linguagem em seu nível enunciativo, mas, também, por suas reflexões acerca
da ideia de heterotopia. Uma vez que se analisa um ‘discurso sobre a cidade’, os conceitos de
espaço urbano, bem como a própria concepção de cidade são indispensáveis à compreensão
daquelas representações. Dessa forma, não se pode evitar uma perspectiva transdisciplinar, de
modo que foram utilizadas noções oriundas de outros campos de pesquisa, em especial os da
‘nova geografia cultural’, a qual estuda os fatores urbanos em sua dimensão simbólica,
sociológica e filosófica.
PALAVRAS-CHAVE: Prática discursiva. Caderno de Cultura. Cidade.
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
RETRATOS DE MOSSORÓ EM PRÁTICAS DISCURSIVAS: EFEITOS DE
SENTIDO SOBRE A CIDADE NO DISCURSO IMAGÉTICO
Jailson Alves Filgueira (UERN)
Orientador: Prof. Dr. Francisco Paulo da Silva (UERN)
RESUMO: Neste trabalho tomamos a imagem como discurso para descrever/ interpretar a
produção dos efeitos de sentido nos enunciados que discursivizam a cidade de Mossoró como
cidade da liberdade, da resistência, da cultura e como metrópole do futuro. Para tanto,
tomamos como material de análise diferentes gêneros discursivos e suportes textuais tais
como panfletos, reportagem, monumentos históricos, produzidos nas práticas discursivas que
perfilam a cidade. Observamos que em Mossoró os sentidos são produzidos em torno de fatos
históricos e sociais que enaltecem a cidade com o discurso da liberdade, da resistência, da
cultura e como Metrópole do futuro. Tais fatos referem-se ao Motim das Mulheres, à
Libertação dos Escravos, ao 1º Voto Feminino da América Latina, a Resistência ao Bando de
Lampião e à inclusão pela revista Veja de Mossoró como metrópole do futuro. Recorrentes
nas práticas discursivas, esses acontecimentos materializam-se na historiografia, na mídia, em
comemorações patrocinadas pelo poder local e mesmo no espaço urbano. Na análise,
observamos a relação saber/poder na confecção e nas formas de circulação desses discursos,
de modo que os efeitos da memória nos enunciados envolvem uma operação cultural, política
e histórica. Nesse gesto, o simbólico se manifesta na ordem do dizível e visível, tendo como
intuito, no domínio de uma FD, acionar o imaginário social. A análise deteve-se nos efeitos de
sentido produzidos pelos enunciados imagéticos, sem desprezar sua relação com o sincretismo
de linguagens neles presentes e também considerando seu funcionamento na rede de memória
discursiva que a mídia e o poder local mobilizam sobre Mossoró e seu povo. Assim, com base
nos conceitos teóricos fornecidos pela Análise do Discurso de orientação francesa,
consideramos que as imagens devem ser vistas como documentos que informam sobre a
cultura material de um determinado período de uma sociedade e de um povo.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Cidade. Imagem. Memória. Efeitos de Sentido.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM FEMININA NA REVISTA HOY
MUJER
Ana Maria de Carvalho (UERN/GEDUERN)
Aline Alves de Meneses (UERN)
RESUMO: Este trabalho objetiva descrever/analisar a imagem feminina que se configura
discursivamente na revista mexicana Hoy Muje. Trata-se de uma investigação de cunho
qualitativo que se preocupa com a interpretação do fenômeno, considerando, sobretudo, o seu
significado e sua relevância para os estudos da linguagem, exigindo, dessa forma, uma
abordagem interpretativista na apresentação e análise dos dados. Assim, à luz da Análise do
discurso, principalmente com as contribuições de Foucault sobre discurso, sujeito e poder e
em diálogo com as noções indicadas por Ortega como biosssociabilidade e práticas
bioscéticas, foram analisadas duas capas da revista Hoy Muje e dois anúncios publicitários
que essa revista comporta. Nessas materialidades discursivas se destaca um perfil ideal de
mulher, cujo corpo é perfeito, saudável, “na medida certa” e que para consegui-lo há o apelo
para submissão das mais variadas tecnologias que vão de intervenções cirúrgicas a terapias a
laser. Dessa forma, a revista, enquanto veículo midiático, participa da construção do
imaginário de seus leitores. Ela expõe, indica e estipula os estereótipos ou padrões a seguir. É
dessa forma que consideramos as imagens femininas refletidas nas cenas discursivas de Hoy
Mujer capazes de funcionar como modelos socializadores e como elementos culturais
responsáveis na construção de subjetividades femininas.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Efeitos de sentido. Imagem feminina. Revista Hoy Muje.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
UMA ESQUIZOANÁLISE DISCURSIVA DAS TÉCNICAS DE SI DA
TRAVESTILIDADE
Emanoel Raiff Gomes da Nóbrega Filho (UFPB/PPGL)
RESUMO: Este trabalho tem a pretensão de analisar como as travestis, em seu modo
específico de existência, puderam, não só desenvolvê-lo, bem como tê-lo construído a partir
de certas técnicas de si, na construção de sua subjetivação. Ou seja, tomaremos tais técnicas
como construtos discursivos que, engendrados de determinado modo, e não, de outro,
permitiram exatamente a existência deste indivíduo que transita entre dois gêneros. Tomamos
ainda, a Teoria Queer e as críticas de Butler (2013) às concepções de gênero, sexo, corpo e
desejo, enfocando tais questões como produções discursivas a fim demonstrar como a
transformação do corpo da travesti implica, ao mesmo tempo, uma retomada do padrão
binário de gêneros e um desmantelo do mesmo, fazendo com que sua subjetividade apareça
sob novos avatares em que o gênero, o sexo, o corpo e o desejo não sigam mais os parâmetros
nem as leis do padrão heteronormativo, quebrando a binariedade. Assim, partimos de um
conjunto de tirinhas do cartunista Laerte Coutinho, intituladas Muriel Total, as quais tratam
do tema da travestilidade, para apresentar o nosso percurso de leitura da construção deste
sujeito, a travesti, a partir de seu próprio corpo categoricamente compreendido como
linguagem, isto é, como discurso. Nesse sentido, propomos, também, uma esquizoanálise
discursiva do sujeito travesti, tomando a crítica deleuziano-guattariana à estruturação edipiana
de Freud (como a interpelação do sujeito às normas), objetivando demonstrar que o desejo,
tomado discursivamente enquanto elemento estruturante do sujeito, foge às normas sociais
heteronormativas, fazendo emergir uma subjetividade tangente – a da travesti. Assim,
contamos com um aporte teórico do campo da linguagem, que é o da Análise do Discurso
francesa, bem como outros campos de saber, tais como o filosófico, o psicanalítico, o
antropológico, o sociológico, com o propósito de compreender, no nosso percursivo
discursivo de leitura, como as técnicas de si da travestilidade, enquanto modo de existência,
são o resultado de práticas e discursos encontrados no padrão heteronormativo, ao mesmo
tempo em que são abandonados, refeitos, possibilitando a existência de um sujeito novo e
subversivo: a travesti.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas discursivas. Gênero. Travesti. Subjetividade. Técnicas de si.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
A CONSTITUIÇÃO DA AUTORIA EM TEXTOS DE PROFESSORES EM
FORMAÇÃO
Hubeônia Morais de Alencar (UERN)
RESUMO: A produção textual em sala de aula tem sido o foco de diversas pesquisas na área
da linguagem. A recorrência da temática nas salas de aula de formação de professores, nos
encontros com profissionais de ensino e nos eventos de divulgação científica na área da
linguagem é retomada geralmente no sentido de se apresentar o grande distanciamento
existente entre o ensino de habilidades de escrita e o desempenho dos aprendizes ao
escreverem. Essa dificuldade não se restringe aos estudantes da Educação Básica. Percebemos
nos textos produzidos pelos graduandos de Letras problemas semelhantes àqueles encontrados
nas produções textuais de alunos do Ensino Fundamental e Médio. Partindo dessa realidade,
este trabalho é parte de uma pesquisa em desenvolvimento no doutorado, cujo foco é a
produção textual de alunos no curso de Letras da UERN, com o propósito de analisar a escrita
em seu caráter processual, a partir da mediação da professora. Nosso objetivo maior é discutir
o significado da produção textual, numa perspectiva discursiva, o seu papel na formação de
alunos do curso de graduação em Letras e, com base nessa discussão, analisar o processo de
escrita desses sujeitos, observando a relevância da mediação do professor em sala de aula para
o desenvolvimento da autoria de textos produzidos por esses alunos. Buscaremos refletir
sobre a autoria dos textos produzidos por acadêmicos de Letras, no sentido de neles
perceberem a voz do outro e imprimir-lhes a própria voz. Nosso estudo respalda-se numa
análise dialógica do discurso, norteando-se teoricamente nas ideias do Círculo de Bakhtin.
Recorreremos às obras de Bakhtin/Volochínov (2003; 2008; 2010) e seus estudiosos
(FARACO, 2009; BEZERRA, 2008; PONZIO, 2010; dentre outros), principalmente, nas suas
orientações sobre “dialogismo” e “exotopia”, e, como seus desdobramentos, “autor” e
“autoria”. Os dados foram constituídos em situação de ensino, envolvendo
professora/pesquisadora e alunos do 5º Período de Letras/UERN, inscritos na disciplina
Didática da Língua Portuguesa. Para tanto, houve a aplicação de um questionário aberto;
discussão de textos; (re)escrita de um artigo. Os resultados têm nos mostrado que grande parte
dos alunos, apesar de já ter cursado as principais disciplinas que instrumentalizariam à sua
prática de produção textual no curso, enquanto aluno, e embasariam teoricamente o seu fazer
nas escolas, enquanto professor, declara-se despreparada para trabalhar a produção textual em
sala de aula. Além disso, sua escrita é reveladora da dificuldade que eles têm ao produzirem
um texto, tanto no aspecto formal quanto no aspecto discursivo.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Escrita. Autoria.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DA ARTICULAÇÃO DOS
GÊNEROS DO DISCURSO
José Válter Rebouças (PPGL/UERN)
Mikaeli Cristina Macêdo Costa (PPGL/UERN)
RESUMO: Este artigo pretende discutir, à luz do pensamento de Bakhtin (2009/2004) no que
concerne ao sociointeracionismo e à análise dos gêneros do discurso através da interação
dialógica, Schneuly e Dolz (2004), Koch e Elias (2006) entre outros elencados nas
referências, ressaltando sobre a importância da leitura e produção do texto como práticas de
interação da linguagem indispensáveis ao desenvolvimento ideológico e cognitivo do
educando, considerando os pressupostos que os Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN
(Brasil, 2000) preconizam como uma das finalidades da Língua Portuguesa, que é fazer uso
das mais diferentes linguagens contemplando uma proposta interdiscursiva, a fim de
desenvolver as proficiências leitora e escritora dos alunos. Para tanto, propõe-se analisar a
importância da leitura e produção como práticas de uso recorrente na vida do discente, a fim
de propiciar-lhe mais prazer e proficiência na interpretação da dimensão social, política,
histórica e econômica em que está inserido. Metodologicamente, esta pesquisa norteou-se pela
discussão e análise, a partir da prática docente do proponente e de outros professores do
Ensino Médio, de questões como: De que maneira a leitura e a produção textual são
trabalhadas na prática discursiva em sala de aula? A proposta discursiva contempla a
diversidade de gêneros textuais? Em um segundo momento, abordar-se-á acerca do texto
como algo bem mais abrangente do que uma simples sequência de frases, ressaltando a
importância dos fatores de textualidade para a unidade textual, bem como a mobilização das
competências necessárias para a efetivação das práticas discursivas através da interação
verbal. Nas considerações finais do trabalho, pretende-se fazer uma recapitulação das fases do
desenvolvimento da pesquisa e as contribuições em conhecimentos oportunizados ao autor,
sugerindo-se, sobretudo, que outros estudos se desencadeiem a fim de proporcionar cada vez
mais uma educação fundamentada nos princípios do letramento, bem como a melhoria na
formação e atuação da prática pedagógica como meio de crescimento profissional e humano.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros do discurso. Leitura e produção textual. Interação verbal.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
A ORGANIZAÇÃO LINGUÍSTICA E A RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA
NOS TEXTOS PRODUZIDOS PELOS CANDIDATOS AO PSV 2010 DA UFRN
Elis Betânia Guedes da Costa (IFRN- UFRN/PPgEL)
Maria das Graças Soares Rodrigues (UFRN/PPgEL)
RESUMO: Este trabalho é um recorte do meu projeto de doutorado intitulado “A
responsabilidade enunciativa em artigos de opinião do vestibular 2010 da UFRN”. O interesse
em estudar o gênero em questão justifica-se não só pela importância do mesmo no cenário
educacional atual assim como, por termos percebido no decorrer de nossas experiências
profissionais as angústias e dificuldades dos alunos em produzir um texto argumentativo
posicionando-se e argumentando de forma a defender um ponto de vista. Optamos assim por
estudar a Responsabilidade Enunciativa e a construção do Ponto de Vista (PdV) no gênero
artigo de opinião a partir das redações dos alunos que concorreram ao vestibular da UFRN.
Nesse trabalho, apresentaremos um estudo com as provas de redação aplicadas no vestibular
2010, que solicitava aos alunos a produção de um artigo de opinião, que abordasse a polêmica
sobre o uso das câmeras de segurança. Nessa direção, pretendemos investigar como o
vestibulando, enquanto articulista, assume as informações veiculadas no seu artigo. Dessa
forma, nossa pesquisa busca responder às seguintes questões: (1) O vestibulando assume as
informações veiculadas no artigo de opinião? (2) Em caso positivo, de que forma? (3) Como o
vestibulando organiza o discurso no que diz respeito à responsabilidade enunciativa? (4) Que
marcas linguísticas nos levam a identificar as diferentes vozes presentes nos textos? Nesse
sentido, estabelecemos como objetivos identificar, descrever, analisar e interpretar as
diferentes vozes presentes no texto e a forma como o aluno assume (ou não) os diferentes
pontos de vista manifestados no texto, no momento da argumentação e da contra-
argumentação. Para realizar nosso estudo, subsidiamo-nos em autores do Dialogismo, da
Análise Textual dos Discursos, da Teoria Enunciativa e da Análise do Discurso, entre eles,
Bakhtin (1995), Adam (2008), Rodrigues, Passeggi e Silva Neto (2010). Seguiremos a
abordagem qualitativa de natureza interpretativista. Nosso corpus é composto por artigos de
opinião produzidos por candidatos ao vestibular 2010 da UFRN das diferentes áreas
(humanística I, humanística II, tecnológica I, tecnológica II e biomédica). De forma geral, as
análises preliminares revelam a presença de algumas marcas linguísticas (adjetivos,
conectores, marcadores temporais, índices de pessoas) que constroem o grau de
responsabilidade enunciativa do articulista, favorecendo o envolvimento e a assunção da
responsabilidade enunciativa.
PALAVRAS-CHAVE: Artigo de opinião. Vestibular. Responsabilidade enunciativa. Ponto
de vista.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
A VITRINE IDEOLÓGICA DO JORNALISMO: UMA ANÁLISE DOS
MECANISMOS ENUNCIATIVOS NOS EDITORIAIS
Elizabeth Nascimento de Lima (UFRN)
Iranildo Mota da Silva (UFRN)
RESUMO: O editorial caracteriza-se como um gênero que exprime a opinião de um órgão de
imprensa acerca de algum acontecimento, de uma política pública ou de um fato social
recente, apresentando argumentos que possam influenciar, de alguma maneira, a opinião dos
leitores. Frequentemente, apresenta-se como um discurso capaz de orientar retoricamente
pontos de vista, estados emocionais e até atitudes. O objetivo deste trabalho é analisar,
comparativamente, exemplares do gênero editorial, considerando os seguintes aspectos: a
titulação, o conteúdo temático, os posicionamentos enunciativos, a estrutura composicional e
o estilo (escolhas lexicais). Para tanto, foram selecionados, 3 (três) editoriais publicados nas
revistas Veja, Istoé e CartaCapital escritas acerca de reportagens sobre o mesmo tema, a
escolha do novo pontífice da Igreja Católica, o Papa Francisco I. Este trabalho embasa-se
teoricamente nos estudos desenvolvidos por Bakhtin (1992) da conceituação de gêneros
discursivos como tipos relativamente estáveis de enunciados, e no que se refere à
conceituação do gênero editorial utilizamos Pereira e Rocha (2006) e Souza (2006). Para a
investigação dos aspectos enunciativo-pragmáticos expressos nesse gênero discursivo,
recorremos a Cervoni (1989), Bronckart (1999) e Adam (1992). A análise do corpus revelou
que o editorial não tem uma forma única, estandardizada, mas há uma presença significativa
de características recorrentes, tais como: macroestrutura argumentativa, modalizadores, e
posicionamentos enunciativos.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas discursivas. Editorial. Mecanismos enunciativos.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
AINDA DISCUTINDO GÊNEROS TEXTUAIS: AFINAL, OUTDOOR, REVISTA E
JORNAL SÃO GÊNEROS OU SUPORTES?
Agenilda França Santos (UEFS)
RESUMO: Pretende-se através deste artigo oferecer uma pequena contribuição para os
estudos e análises relativos aos gêneros discursivos/textuais e suas peculiaridades que até hoje
nos inquietam, um exemplo, que é o ponto central deste trabalho, é a questão dos suportes.
Parte-se do suposto de que todo gênero tem um suporte, porém a análise entre ambos ainda
tem-se mostrado de forma complicada em determinadas situações, a identificação não é tão
simples, por isso demanda bastante cautela e embasamento teórico para defesa de uma ou
outra classificação, é o que se pode observar na análise de outdoors, cuja influência do suporte
é tão grande que o gênero recebe o seu nome, como uma forma de distingui-lo de outros
gêneros. Sendo assim, mostra-se primordial estabelecer categorias considerando aspectos
limítrofes na relação entre o gênero e o suporte, tendo em vista que os mesmos além de
ampararem a mensagem, auxiliam na delimitação e apresentação de um gênero. Toma-se
como base teórica principal a definição de gêneros do discurso defendida por Bakhtin (2003),
acompanhadas pelos estudos, também sobre os gêneros, desenvolvidos por Marcuschi (2008),
assim como a classificação dos suportes em convencionais e incidentais feitas por este autor.
Vale salientar que este trabalho não visa fazer classificação de suportes, mas sim tentar
apresentar caminhos possíveis para sua identificação e análise, contribuindo para a seleção de
gêneros e suas formas de apresentação.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Suporte. Definição. Análise.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
CONJUNTOS E SISTEMAS DE GÊNEROS: UMA INTER-RELAÇÃO
TEXTUAL/DISCURSIVA NOS GÊNEROS BOLETIM DE OCORRÊNCIA
ELETRÔNICO, TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA E INQUÉRITO
POLICIAL
Erivaldo José da Silva (UFPE)
RESUMO: No universo das práticas textuais / discursivas que perpassam nossas práticas
cotidianas, não há como defender mais uma noção de gênero “puro” como se fosse possível
uma abordagem que deixasse de lado a complexidade de fatores que favorece a escolha de um
determinado gênero textual/discursivo. Sendo assim, este trabalho defende a noção de que
todo gênero se encontra inserido num universo linguístico com outros gêneros e com eles
guarda alguma inter-relação específica. Nesse contexto, destacamos os conceitos de conjuntos
de gêneros e sistemas de gêneros de Bazerman (2005), e também a visão de gênero não como
tipo isolado, mas como parte de sistemas multidimensionais de atividade (idem, 2007). Para a
primeira expressão, o conceito seria o de uma totalidade de gêneros, orais ou escritos,
produzidos por um indivíduo quando do desempenho de suas atribuições profissionais ou
acadêmicas e sistemas de gêneros abrangeriam os vários conjuntos de gêneros, considerando
produção, circulação e uso. Também nos preocupamos em investigar a ação retórica desses
gêneros (MILLER, 2012) e ainda seus propósitos comunicativos (BHATIA, 1997). Assim, a
análise do corpus deste trabalho, a saber: Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOE), Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e Inquérito Policial (IP) aponta para a necessidade de
se considerar os gêneros em sua natureza dinâmica e em suas diversas possibilidades de inter-
relações, além de mostrar a importância dessa ocorrência simultânea nas práticas discursivas.
Dessa forma, o objetivo deste artigo é o de analisar criticamente os gêneros elencados,
coletados na instituição de Polícia Civil de Pernambuco e, no âmbito do pressuposto teórico
eleito, mostrar como se dão a produção, a circulação e a recepção dos gêneros considerados
bem como a influência desses movimentos retóricos nas comunidades discursivas em que se
inserem. Espera-se, como resultado, mostrar que a elaboração de um gênero textual, que
antecede outro gênero, já organiza o discurso de tal maneira que favoreça o que se espera
futuramente conseguir, revelando uma complexa rede de propósitos comunicativos.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Conjuntos e sistemas de gêneros. Ação retórica. Propósito
comunicativo.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
EM TORNO DO CONCEITO DE GÊNEROS DO DISCURSO/TEXTUAIS: DIÁLOGOS
ENTRE O CÍRCULO DE BAKHTIN E O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO
Débora Maria da Silva Oliveira (UFRN)
RESUMO: A Análise Dialógica de Discurso e o Interacionismo Sociodiscursivo
impulsionaram várias discussões teóricas e pensamentos sobre o desenvolvimento de uma
pedagogia com foco central no ensino∕aprendizagem de línguas. Para compreender a dinâmica
das relações existentes entre os gêneros discursivos e textuais precisamos saber que a teoria
de gêneros do discurso centra-se no estudo das situações de produção dos enunciados ou
textos, enquanto a teoria de gêneros de textos frisa mais a descrição da materialidade textual,
isso porque esses trabalhos possuem vias metodológicas diferentes, ora mais centrados nas
questões das enunciações e seus aspectos sócio-históricos, ora sobre a descrição da
composição e da materialidade linguística dos textos no gênero. Teoricamente, adotam-se os
postulados apresentados pelas pesquisas de interlocutores como: Baltar (2007), Barros (2005),
Brait (2005, 2007), Bonini (2011), Faita (2005), Faraco (2007), Rodrigues (2005), Acosta-
Pereira (2008), Rojo (2005), dentre outros. Em termos metodológicos, trata-se de uma
investigação inserida no campo da Linguística Aplicada e segue vertente de abordagem
sociológica. Os resultados evidenciam que cada perspectiva trabalha com uma finalidade
específica, e apesar das diferenças metodológicas, ambas constituem possibilidades de
análises inesgotáveis, assim como as possibilidades de uso da linguagem são completamente
infinitas, rever os conceitos possibilita ter uma visão coerente sobre as diferentes perspectivas
epistemológicas de estudo dos gêneros do discurso/textuais.
PALAVRAS-CHAVE: Círculo de Bakhtin. Interacionismo Sociodiscursivo. Gênero do
Discurso/Textual
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
FICAR E NAMORAR: FRAMES E MODELOS CULTURAIS NA PRODUÇÃO DO
GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO
Milton Guilherme Ramos (UERN/CAWSL)
RESUMO: Este trabalho objetiva evidenciar os frames ativados por vestibulandos e pré-
vestibulandos em torno de Ficar e Namorar na produção do gênero artigo de opinião e, a partir
deles, inferir modelos culturais. Metodologicamente, a pesquisa se ancora em uma abordagem
que reúne dados qualitativos e quantitativos (GONÇALVES, 2005; CRESWELL, 2007). O
corpus de análise é constituído de 168 textos produzidos por vestibulandos do PSV/2005 da
UFRN, Natal, RN, e por estudantes do 3º Ano do ensino médio da Escola Estadual Juscelino
Kubitschek (EEJK), Assú, RN (2008). O quadro teórico a qual se insere esta pesquisa remete
a Análise Textual dos Discursos (ATD), abordagem teórica e descritiva proposta por Adam
(2006; 2008; 2010) e complementada pela Semântica de Frames (FILLMORE, 2006;
FELTES, 2007). A análise do corpus evidencia que vestibulandos e pré-vestibulandos
ativaram frames semelhantes para Ficar, construindo, na maior parte dos textos, uma
representação negativa para essa forma de relacionamento, enquanto os frames ativados para
Namorar confirmam uma representação positiva para essa forma de relacionamento,
parecendo refletir o modo de viver de uma cultura assentada na linearidade das relações
afetivas: namoro, noivado, casamento, família. Por outro lado, aponta ainda a presença de
alguns modelos culturais na produção de vestibulandos e pré-vestibulandos. Pode-se concluir,
a partir da análise do artigo de opinião, que o ensino com base nos gêneros textuais é
produtivo na proporção em que possibilita a percepção da heterogeneidade da linguagem,
assim como dos aspectos linguísticos, discursivos e cognitivos que estão imbricados no
processo da produção textual.
PALAVRAS-CHAVE: Frames. Modelos Culturais. Artigo de Opinião.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
GÊNEROS DISCURSIVOS NARRATIVOS: COMPARANDO DOSTOIÉVSKI
E REDAÇÕES DO VESTIBULAR UNICAMP
Lucas Vinício de Carvalho Maciel (UERN/Unicamp)
RESUMO: Este trabalho representa parte das discussões a que temos nos dedicado no
desenvolvimento de nossa pesquisa de doutorado “Dialogismo em narrativas”
(Unicamp/CNPq), em que buscamos observar como as relações dialógicas se apresentam em
redações narrativas do Vestibular Unicamp. Apoiando-nos em diversos textos do Círculo de
Bakhtin (BAKHTIN, 1919/1921, 1929/1963, [1952-1953]; VOLOCHÍNOV/BAKHTIN,
1929; MEDVEDEV, 1928) e em estudiosos da obra bakhtiniana (BRAIT, 2002, 2005;
FARACO, 2003; MACIEL, 2008, 2011), pretendemos discutir se certas relações dialógicas,
vislumbradas por Bakhtin nas novelas e nos romances de Dostoiévski, podem ser também
encontradas em redações de vestibulandos. Interessa-nos, assim, questionar se os tipos de
discurso (discurso diretamente orientado para o referente, discurso objetificado, discurso
bivocal), a amplitude do diálogo (micro-diálogo, diálogo, diálogo amplo), os espaços
composicionais de retomada da palavra alheia (voz alheia no discurso do herói, no discurso do
narrador, no discurso do autor), os modos de retomada da palavra alheia (em estilo linear ou
em estilo pictórico), apontados por Bakhtin na obra do romancista russo, aparecem (e de que
modo) em curtas narrativas de vestibulandos. Dados os limites dessa exposição, escolhemos
apenas uma redação, a partir da qual discorremos sobre esses pontos. Mostraremos nessa
análise que, de nosso ponto de vista, certas observações de Bakhtin a respeito da obra de
Dostoiévski podem ser válidas no exame de uma redação do vestibular Unicamp. Facilitou-
nos esse cotejamento a natureza prioritariamente narrativa desses textos, que traziam relações
entre as vozes de narrador e personagens e diálogos entre as personagens. No caso específico
da redação examinada, observa-se uma conjugação entre microdiálogo, diálogo exterior e
grande diálogo; o que, de algum modo, a aproxima de certas obras dostoievskianas. Isso não
significa, porém, que todas as características da escrita de Dostoiévski apontadas por Bakhtin
estejam presentes na redação. Ainda assim, espero que esta exposição possa mostrar que
determinados apontamentos de Bakhtin podem servir à análise de redações, na medida em que
esses textos também permitem divisar relações dialógicas da linguagem.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Narrativas. Dostoiévski. Vestibular Unicamp.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
GÊNEROS DISCURSIVOS/GÊNEROS TEXTUAIS: CONVERGÊNCIAS E
DIVERGÊNCIAS
Indneide Dannyelle Maria Luzziara Araújo de Melo Medeiros (UFRN-PPGEL)
Raimunda Valquíria de Carvalho Santos (UFRN/PPGEL)
RESUMO: Ao conceber os gêneros como uma manifestação social e cultural da linguagem
subjaz a compreensão de que eles se manifestam e se corporificam através de textos, orais ou
escritos, que vivenciamos diariamente, haja vista que são inúmeras as variações linguísticas
existentes em nossa sociedade e os incontáveis gêneros discursivos/textuais que são criados e
recriados de acordo com as necessidades sóciodiscursivas da humanidade. Diante dessa
premissa, esta pesquisa tem o objetivo de discutir algumas teorias que versam sobre os
gêneros discursivos/textuais, a fim de depreender as divergências e convergências que
envolvem essa duas correntes teóricas. Para dar conta do objetivo foi feita a leitura sistemática
das teorias adotando-se uma abordagem qualitativa com um delineamento bibliográfico Gil
(2002). Teoricamente este trabalho ancora-se nos pressupostos de Bakhtin (2011, 1997), Rojo
(2005), Bronckart (2006; 2008; 2012), Marcuschi (2002, 2006, 2008), PCNs (1998). Os
resultados apontam convergências entre as teorias dos gêneros do discurso e dos gêneros
textuais, mas também evidenciam divergências teóricas e metodológicas que é preciso
entender para ter clareza ao optar por uma ou outra vertente. A relevância dessa pesquisa
consiste em trazer para a academia discursões que possibilitam uma compreensão mais
abrangente sobre as teorias que permeiam os estudos dos gêneros discursivos/textuais.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Gêneros textuais. Divergências e
convergências.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
GÊNEROS DO DISCURSO NA ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO:
CONCEPÇÕES TEÓRICAS SUBJACENTES
Adiniz Mendes da Silva Júnior (UFPE)
RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar algumas das principais concepções teóricas
que fundamentam a noção de gêneros do discurso tal como pensada por Bakhtin (2003 [1952-
1953]) no texto Os gêneros do discurso. Ou seja, vamos olhar para esse objeto por meio dos
já-ditos do Círculo de Bakhtin e de outros especialistas, bem como dos ditos do próprio texto,
buscando suas bases, seus fundamentos epistemológicos. Julgamos importante e necessária tal
discussão, ao menos por três motivos: 1- a constante referência a esse texto de Bakhtin em
estudos sobre os gêneros, que não se filiam especificamente às teorias do Círculo; 2- a
importância desse assunto – os gêneros do discurso - para o ensino/aprendizagem de línguas,
não só a materna, bem como para outras áreas do conhecimento; 3- e a relevância desse ponto
de vista sobre os gêneros para os estudos linguístico-discursivos. Inicialmente traremos a
definição de Bakhtin e faremos um resumo de sua explanação sobre os gêneros; em seguida,
apresentaremos algumas concepções subjacentes a tal visão: língua/linguagem em sua(s)
concepção sócio-histórica e ideológica, interação verbal, a realidade dialógica da linguagem,
o enunciado, o plurilinguismo; por fim, faremos as considerações finais. A pesquisa será
bibliográfica e nos basearemos no seguintes autores: Bakhtin (1993 a; 1993b; 1995; 2003);
Brait (2003); Faraco (1993); Fiorin (2006); Voloshnov ([1930] 1976); (s/d)).
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros do discurso. Dialogismo. Enunciado.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
GÊNEROS TEXTUAIS: SUGESTÕES TEÓRICAS INICIAIS
Jaciara Limeira de Aquino (UERN)
Zailton Pinheiro Guerra (UERN)
RESUMO: Tendo em vista que os estudos sobre gêneros textuais ocupam hoje uma vasta
literatura que engloba o estudo dos textos/gêneros em suas realizações concretas e funcionais,
buscamos aqui refletir, a partir dos posicionamentos pioneiros de Bakhtin, o que são gêneros
textuais por meio de teorias definidas pelo uso funcional da língua. Assim, seguindo os passos
do referido autor, consideraremos também posicionamentos de outros autores, como,
Bazerman (2005), Vian Jr. (2001) e Marcuschi (2008). Os conceitos evidenciados aqui
funcionam como eixos norteadores no trato dos textos enquanto objetos funcionais que
situam-se em práticas de comunicação efetivas, desempenhando um papel discursivo que atua
nas relações sociais de interação. Desse modo, contribui na esfera do ensino, ajudando a
compreender os textos não como artefatos desvinculados de um contexto social específico,
mas como discursos situados que cumprem expectativas comunicacionais específicas e
determinadas, haja vista a situação discursiva, os componentes sociais e culturais que
permeiam toda a relação interativa. Acreditamos, com este artigo, suscitar reflexões teóricas
que possibilitem tratar os textos enquanto gêneros textuais, já que é dessa forma, que
estaremos enfocando a língua do ponto de vista social e funcional, pois considerar textos e/ou
enunciados nesse sentido, é ativar a concreticidade da linguagem, da comunicação e da
interação.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Linguagem. Ação social.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
INTERAÇÃO E O ENSINO: IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE
LÍNGUA PORTUGUESA
Manoel Guilherme de Freitas (PPgEL/UERN)
RESUMO: Este artigo objetiva refletir acerca da interação no ensino de Língua Portuguesa,
com ênfase nos gêneros textuais/discursivos, principalmente se estes estão presentes nas salas
de aula enquanto práticas sociais discursivo-interativas, voltadas à melhoria do processo
ensino-aprendizagem das escolas. Nesse sentido, defendemos a ideia de que não há ensino de
qualidade de Língua Portuguesa, se não partir da utilização do texto em salas de aula como
unidade básica de ensino, materializada nos gêneros textuais, bem como em uma proposta de
ensino pautada na concepção sociointerativa da língua. Dessa forma, salientamos que a
interação poderá ser uma alternativa viável de acesso à leitura, à escrita e à produção textual,
desde que os gêneros textuais/discursivos sejam práticas não silenciadas pelo professor
cotidianamente in loco de sala de aula. Para tanto, referenciaremos Bakhtin (1995, 2002),
Mussalin (2005), Brait (2000), dentre outros. Logo, será a partir de sua inserção social e da
materialização das vozes das enunciações reais dos falantes da língua, que ela acontece. Este
pensar social sobre a/da língua é devido à existência de uma quantidade quase infinita de
gêneros textuais/discursivos presentes na mídia virtual, na impressa escrita, nos jornais, nas
revistas, bastando para isso que o professor operacionalize e os redimensionem sua prática
escolar/pedagógica, através de um ensino de LP instigante, dinâmico, voltado à formação de
leitores e de produtores de texto em potenciais na língua.
PALAVRAS-CHAVE: Interação. Gêneros textuais/discursivos. Práticas sociais. Concepção
sociointerativa. Ensino.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
LITERATURA INFANTIL: NORTEANDO A PRÁTICA DOCENTE NAS SÉRIES
INICIAIS
Francisca Mendes de Souza Santana (ISEC)
Maria Vanice Lacerda de Melo Barbosa (ISEC, UFPB/Proling)
RESUMO: Quando pensamos numa prática sólida e consistente nos vêm diversas reflexões a
respeito de como desenvolver um trabalho com a literatura infantil na sala de aula e que
caminhos percorrer para que a aprendizagem aconteça. Então, aliada à prática podemos
manter uma parceria com a literatura infantil que, por sua vez, será como uma ferramenta de
trabalho. Partindo de questionamentos e observação é que aos poucos se descobre que os
contos de fadas ou diferentes histórias infantis provocam nas crianças interesse e fascínio em
“povoar” esse mundo. O objetivo maior desse trabalho foi pesquisar, se o uso de histórias
infantis incentivam o processo de ensino de leitura e escrita. Assim se procedendo,
proporcionar aos alunos do 1º ano do Colégio Nossa Senhora de Lourdes de Cajazeiras, o
aprimoramento da leitura através de atividades desenvolvidas em sala de aula, a partir de
diferentes histórias. Para embasarmos as discussões teóricas, apoiamo-nos nos postulados de
Bakhtin (2010), Cagliari (2000), Koch (2008), Lajolo; Zilberman (1988) e Marcuschi (2008).
As experiências explicitadas pelas crianças nos levaram a perceber que, a cada história
narrada, a criança vai tendo a oportunidade de agir e interagir sem que precise pressioná-las
para aprender, até mesmo, regras gramaticais. O fascínio das histórias com seus magníficos
personagens norteiam o trabalho de forma simples e profunda. Acredita-se, portanto, que a
literatura infantil pode ser precursora, ao abrir caminho da imaginação, para o gosto pela
leitura e, principalmente, para o desafio das crianças em vencer seus conflitos. Os contos de
fadas possibilitam ao leitor experiências com o seu mundo real atrelado ao fictício. Então,
para que a prática da sala seja um lugar onde todos aprendam com prazer não será diferente se
buscarmos apoio na Literatura infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura infantil. Leitura. Escrita. Ensino fundamental.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
O “OUTRO” QUE SUSTENTA O “EU” DO SUJEITO PRODUTOR DE TEXTOS EM
AMBIENTE ESCOLAR
Maria de Fátima Pereira Melo (UERN)
Maria do Socorro Maia Barbosa Fernandes (UERN)
RESUMO: Este artigo discute os pressupostos da Heterogeneidade Mostrada e Marcada,
postulada por Jackeline Authier-Revuz (1990; 1998; 1999) em interface com o dialogismo de
Bakhtin (1981; 1993; 1997). Na declaração da Authier-Revuz de que “constitutivamente, no
sujeito e no seu discurso está o Outro”reencontramos, de fato, elementos do dialogismo
bakhtiniano, quando este assegura que é “através da palavra, que sujeito se define em relação
ao outro”. Assim, com base nestes dois aportes teóricos, objetivamos analisar as marcas
linguísticas que sinalizam a heterogeneidade mostrada e marcada nos textos dos alunos do
Curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio na modalidade PROEJA, como
forma de apreender as acepções das vozes sociais presentes nessas produções. Para tanto,
selecionamos como corpus investigativo, dois textos, dentre os dezoito textos produzidos por
alunos do 3º ano dessa modalidade, em uma atividade de Língua Portuguesa que tinha como
tema dissertativo A Violência no Brasil. Na composição do recorte metodológico para a
análise dos dados foram transcritos excertos dessas dissertações, onde nos preocupamos em
identificar, como apoio às nossas análises, o atravessamento linguístico nesses textos, das
formas do discurso direto, discurso indireto, aspas, glosas enunciativas, etc., tipos de
modalizações autonímicas que jogam com a constituição do sujeito e do discurso e com a
inscrição do outro nesse discurso. Na análise dos dados, constatamos que os alunos organizam
seus textos articulando diversos saberes carregados de valores ideológicos que os afetam e os
constituem enquanto autores. As formas das heterogeneidades marcadas e mostradas mais
frequentes que os alunos trazem para os seus discursos são: o objeto direto, o objeto indireto,
e as aspas - seja para validar o seu discurso, enfatizar uma expressão, ou apresentar uma não
coincidência com o seu dizer, mostrando, certa ironia. Assim, observamos que as formas da
heterogeneidade mostrada e marcada presentes na superfície dos textos desses alunos,
testemunham as diferentes vozes de seus contextos socioculturais e ideológicos.
PALAVRAS-CHAVE: Texto. Heterogeneidade. Dialogismo. Sujeito.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
O GÊNERO CARTA-CRÔNICA NO JORNALISMO POTIGUAR: UM RESGATE DA
HISTÓRIA CULTURAL DO HOMEM SERTANEJO
Lucimar Bezerra Dantas da Silva (UERN)
RESUMO: O conceito de Tradição discursiva (TD), desenvolvido no final dos anos 90 no
âmbito da linguística românica alemã por Koch (1997) e Schlieben-Lange (1983), com base
na teoria da linguagem de Coseriu (1979; 1980), pode ser compreendido a partir das relações
de tradição que os textos estabelecem entre si ao longo do tempo. Esse conceito, divulgado no
Brasil, primeiramente por Kabatek (2004) e depois em várias pesquisas ligadas ao PHPB que
estudam a história dos textos, tem sido produtivo para compreender os traços de mudança e de
permanência que podem ser observados nos diversos gêneros em sua trajetória. Neste
trabalho, faremos um recorte da tese “Carta-crônica: uma tradição discursiva no jornalismo
potiguar” com o objetivo de descrever aspectos do contexto em que as cartas-crônica foram
produzidas e circularam. Embora esse gênero apresente uma grande variação de temas,
observamos que a descrição do homem sertanejo, no que se refere aos seus costumes e
tradições culturais é um tema recorrente na maioria das cartas que compõe o corpus e pode
ser considerado um traço de permanência que caracteriza a carta-crônica em sua trajetória. A
metodologia utilizada baseou-se no modelo proposto de Zavam (2009) para análise diacrônica
de textos, vistos como gênero ou como TD. Segundo a autora, o estudo diacrônico dos
gêneros e/ou TD deve considerar três categorias: o contexto, o texto e a norma/forma. Assim,
selecionamos 06 cartas-crônica de um total de 75 do corpus da tese, nas quais analisamos a
história social do homem sertanejo. A análise do contexto mostrou que as cartas-crônica
revelam aspectos significativos da história e da cultura do homem sertanejo e que esse aspecto
revela um dos traços de permanência desta TD.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Carta-crônica. Tradição discursiva. Traço de permanência.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
O GÊNERO DISCURSIVO CHARGE NA SALA DE AULA DE LÍNGUA MATERNA:
UMA PROPOSTA BAKHTINIANA
Fernanda de Moura Ferreira (UFRN/PPgEL)
Orientadora: Profa. Dra. Maria da Penha Casado Alves (UFRN/PPgEL)
RESUMO: Atentando-se para o fato de o ensino de Língua Portuguesa se pautar sob uma
perspectiva do gênero discursivo, sendo isso motivado pelas recomendações presentes nos
PCN e por ser a orientação seguida em exames como o ENEM, as salas de aula de língua
materna procuram adaptar-se a essa parametrização que coloca o gênero como objeto a ser
trabalhado/enfocado. Porém, ocorre que por diversos fatores tal orientação não tem sido
observada. Dessa forma, são importantes que propostas de trabalho que apresentem tal
orientação possam ser disponibilizadas a fim de auxiliar a entrada da perspectiva do gênero no
ensino de língua, servindo, pois, de apoio a mais para a sala de aula. Assim, neste artigo traz-
se uma proposta de trabalho voltada para a sala de aula do terceiro ano do ensino médio,
baseando-se na perspectiva do gênero e trazendo exemplares da charge como textos
representativos do gênero a ser abordado. O aparato teórico escolhido para embasar tal
proposta é a Análise Dialógica do Discurso-ADD (advinda das reflexões teóricas feitas por
Bakhtin e o Círculo) no tocante aos conceitos de língua, gênero discursivo, enunciado e estilo.
Ramos (2010, 2011) entre outros que pensam a charge teoricamente foram utilizados
enquanto aportes. Este trabalho enquadra-se na área de conhecimento da Linguística
Aplicada.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Gênero. Charge.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
ORQUESTRANDO VOZES OUTRAS: RELAÇÕES DIALÓGICAS NA
CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO
Antonio Flávio Ferreira de Oliveira (UFPB)
Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento (UFPB)
RESUMO: Este trabalho investiga as relações dialógicas na construção de sentidos em
relatórios de estágio, focando a mobilização de vozes outras na rede de sentidos desses
gêneros. Objetiva descrever e analisar as vozes que são orquestradas na construção de
sentidos do gênero relatório de estágio e como essas vozes se inter-lacionam dialogicamente.
Para isso, foi analisado um corpus composto por 06 (seis) relatórios de Estágio
Supervisionado escritos por estudantes do 6º período do curso de Letras. Como suporte
teórico, mobiliza os estudos desenvolvidos no âmbito do círculo de
Bakhtin/Volochinov/Medvedev. Metodologicamente, esta pesquisa apresenta uma abordagem
qualitativa e um caráter descritivo e interpretativo. A análise revela que na construção dos
gênero relatório de estágio foram gerenciadas as seguintes vozes: (a) vozes de professores;
(b) vozes de alunos; (c) vozes de documentos oficiais; e (d) vozes de teóricos da área do
conhecimento. Destaque-se que, embora a voz do autor do gênero relatório seja perpassada
constitutivamente pela voz do Outro, ele marca pontos do discurso como não pertencendo a
ele, mas a um outro – dialogismo mostrado. Esse dialogismo materializa pontos de encontro
com a voz de outros, sendo essas vozes orquestradas visando construir certos efeitos de
sentido como, por exemplo, de objetividade, verdade, fidelidade, não responsabilidade
enunciativa. Assim, cabe dizer, verifica-se uma orquestração de um ‘coral’ de vozes outras
em que o autor do relatório busca a harmonia dessas vozes (entre elas e com a sua própria
voz).
PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo mostrado. Vozes de outrem. Construção de sentidos.
Relatório de estágio supervisionado.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
REFERENCIAÇÃO NO TEXTO DESCRITIVO: ANÁLISE DE GÊNEROS DE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (REVISTA CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS)
Ananias Agostinho da Silva (UFRN)
RESUMO: Neste trabalho, apresentamos uma reflexão metodológica e analítica sobre a
referenciação em tipos ou sequências textuais descritivas que entram na constituição de
gêneros textuais de divulgação científica, especificamente em notícia da Revista Ciência
Hoje. Trata-se de notícia titulada de Saudoso poetinha, que descreve sobre a vida e a obra do
poeta Vinicius de Morais, que, neste ano, caso estivesse vivo, completaria cem anos de idade.
Inscrevendo-se no âmbito dos estudos em Linguística Textual, a empreitada aqui encetada
parte dos seguintes pressupostos: i) o texto é um universo de relações sequenciadas, porém
não-lineares (KOCH, 2004), ii) a referenciação é uma atividade que consiste na
(re)construção de objetos-de-discurso (MONDADA e DUBOIS, 2003), iii) as expressões
referenciais são de significativa importância na progressão textual, orientação argumentativa e
construção de sentido do texto (CAVALCANTE, 2003) e iv) o descritivo é um tipo textual
onipresente nas práticas comunicativas do dia-a-dia que tem uma organização definida por
categorias e regras que lhes são próprias (ADAM, 1987; MARQUESI, 2004). O percurso
metodológico e olhar analítico empreendido neste trabalho revelaram a importância do modo
de constituição de expressões nominais referenciais (MARQUESI, 2004) em gênero textual
marcado por sequências descritivas, considerando a função de orientação argumentativa ao
retratar o objeto descrito de uma determinada maneira dentre muitas outras possíveis.
PALAVRAS-CHAVE: Referenciação. Texto descritivo. Texto de divulgação científica.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
REGISTRANDO MEMÓRIAS DO GRUPO ESCOLAR DUQUE DE CAXIAS-
MACAU/RN: UM FOMENTO À LEITURA E À ESCRITA
Priscila do Vale Silva Medeiros (UERN)
Lílian de Oliveira Rodrigues (UERN)
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposição metodológica do nosso
projeto de intervenção, este que foi elaborado para servir como base para o trabalho de conclusão do
curso de Mestrado Profissional em Letras (Profletras), que ocorre na Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte (UERN), no Campus Prefeito Walter de Sá Leitão, na cidade do Assú, sob a
coordenação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e tem como temática a
leitura e a escrita, a produção de memórias literárias e a dialogicidade entre comunidades
discursivas. O projeto será aplicado na Escola Estadual Duque de Caxias, na cidade de Macau, nas
turmas de 7º e 8º anos. O objetivo principal é fomentar a leitura e a escrita por meio do gênero
discursivo “memórias literárias”, com base nos registros orais de pessoas que estudaram no “antigo
Grupo Escolar Duque de Caxias”. Como instrumento norteador, lançaremos mão do material das
Olimpíadas de Língua Portuguesa, de 2012, mais especificamente o caderno “Se bem me
lembro...”, que aborda o gênero memórias literárias. Como conclusão do projeto, proporemos a
edição e publicação de um livro de memórias escritas a partir dos relatos coletados pelos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Escrita. Memórias literárias.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
REVISÃO E REFACÇÃO TEXTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
Jailma Rodrigues Felipe da Costa (UERN)
Risoleide Rosa Freire de Oliveira (UERN)
RESUMO: Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre produção textual no ensino
fundamental, na qual tínhamos como objetivos principais, investigar que metodologias os
professores de língua portuguesa utilizam ao revisarem os textos escritos por seus alunos,
como também contribuir para melhor efetivação dessa prática. Para tanto, observamos se os
professores têm como hábito propor a refacção dos textos dos alunos, considerando que a
revisão e a refacção textual são atividades recursivas indispensáveis para um ensino produtivo
de língua materna, o qual requer escrita e re-escrita de textos. A pesquisa é de natureza
qualitativa e interpretativa, tem como referencial a teoria/análise dialógica do discurso do
Círculo de Bakhtin. Os dados para estudo foram constituídos a partir de observações em salas
de aula, conversas informais e questionários aplicados a professoras atuantes em duas salas de
aula do nono ano do ensino fundamental, além de aplicação de oficina sobre refacção e
revisão de textos, por meio da qual analisamos textos produzidos pelos alunos. A análise dos
dados aponta para a necessidade de a revisão de textos no ensino fundamental ter por base
uma concepção dialógica de linguagem, subsidiada pela interação socioverbal entre professor
e alunos, o que implica o efetivo trabalho com gêneros discursivos, sejam eles orais e escritos,
relacionados com as diversas atividades presentes na vida dos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Produção e revisão de textos. Ensino Fundamental. Análise dialógica
do discurso.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
SOB UM NOVO OLHAR: MARCAS DE DIALOGISMO EM ARTIGO DE OPINIÃO
DA OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA (OLP)
Francisca Lúcia Barreto de Lima Soares (UERN)
Marília Costa de Souza (UERN)
RESUMO: Este artigo propõe como objetivo principal analisar, sob a visão bakhtiniana da
linguagem, elementos que caracterizam o dialogismo presente em um artigo de opinião,
selecionado na fase estadual (Ceará) da Olimpíada de Língua Portuguesa 2012 (OLP). O texto
foi produzido em situação escolar por um aluno da EEFM Beni Carvalho, deficiente visual
para a OLP, programa nacional de incentivo à leitura e à escrita, de caráter bienal e contínuo
que premia as melhores produções de escolas públicas em todo o país. Para esta análise
discursiva, buscou-se na teoria de Bakhtin (2006), além de Brait (2012), referencial, a fim de
tentar entender de que modo a condição especial do aluno se revela em seu discurso, que
constitui o corpus da investigação e se intitula Sob um novo olhar. Pela íntima relação que
apresentam, ainda serão abordadas, no percurso analítico, categorias como autoria e
enunciado. O texto escolhido como corpus trata da questão do atendimento a pessoas com
necessidades especiais pelo poder público, principalmente no que concerne à educação e à
acessibilidade. Embora escrito de modo impessoal, como preconiza o gênero discursivo em
estudo, buscaremos sinais indicativos da relação entre o discurso do aluno e outros discursos
que circulam socialmente acerca do tema tratado.
PALAVRAS-CHAVE: Artigo de opinião. Dialogismo. Gênero discursivo. OLP.
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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
UM ESTUDO SOBRE O GÊNERO DISCURSIVO REGIMENTO ESCOLAR
Raimunda Valquíria de Carvalho Santos (UFRN/PPgEL)
Ana Maria de Oliveira Paz (Orientadora/UFRN/DLC/PPgEL)
RESUMO: Os estudos que discorrem sobre os gêneros da esfera jurídica se efetivam cada
vez mais nas pesquisas concernentes a linguagem na atualidade. Esses gêneros são das mais
variadas espécies: petições, sentenças, pareceres, pautas, atas de audiências, denúncias,
recursos, declarações, habeas corpus, embargos, procurações e mais de um sem-número de
documentos que circulam na área e que trazem em seu escopo o perfil do produtor e da
instância jurídica em que são produzidos. Na condição de pesquisadora dessa temática, venho
em média há um ano dedicando-me em analisar o contexto de produção, estilo,
regulamentação e circulação desses gêneros, de modo mais específico, o gênero ata de
audiência com vistas a compreender toda a dinâmica necessária para a sua construção. O
envolvimento com os gêneros dessa esfera, os quais são legislados e prescritivos,
oportunizaram-me compreender melhor o funcionamento das produções que normatizam
atividades, ações e procedimentos em ambientes jurídicos e também nas instituições
escolares. Em face dessas considerações, objetivamos neste estudo analisar o gênero
regimento escolar, no que diz respeito ao conteúdo temático, ao estilo, e a estrutura
composicional, tendo em vista que o regimento apresenta em sua organização regras para a
conduta na escola, regimes, direitos e deveres dos membros que compõem a instituição e
assim, norteia as ações e direcionamentos desenvolvidos pelos participantes do processo
educativo. Teoricamente, ancoramos a análise proposta nos postulados de Bakhtin e no
Círculo dos estudos dialógicos dos discursos (BAKHTIN, 2006; 2011; BRAIT, 2005; 2012
RODRIGUES, 2005, ACOSTA-PEREIRA, 2012, ALVES, 2012; ROJO, 2005) dentre outros.
Metodologicamente, seguimos as orientações da pesquisa de natureza qualitativa, embasada
nas orientações de análise em Rodrigues (2005) e Rojo (2005). Os dados preliminares
analisados apontam para a importância de pesquisas no âmbito da linguagem que discutam
documentos orientadores das atividades escolares, uma vez que esse gênero representa a
expressão política, administrativa, constitucional e disciplinar da escola.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros escolares. Gênero Regimento Escolar. Linguagem.
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
A COMPETÊNCIA LEITORA E AS CONCEPÇÕES DE ENSINO E
APRENDIZAGEM NA REDE PÚBLICA
Gibson Nascimento de Azevedo (UFRN)
Janaína Weissheimer (UFRN)
RESUMO: Diferente do que acontece com a fala ou o caminhar, a aquisição da capacidade
de ler corresponde a um processo de complexas adaptações do sistema nervoso, que necessita
de estímulo e orientação, sendo mais dependente do ambiente externo. Dessa forma, para se
apropriardo sistema alfabético, a criança precisa se tornar consciente de que um princípio o
rege: as letras (grafemas) representam sons da fala (fonemas). Além de compreender esse
princípio, é indispensável o aprendizado das regras de operação do código da língua que está
sendo aprendida. E é nesse contexto que a alfabetização se encaixa. Existem vários modelos
de alfabetização e cada um deles destaca um aspecto diferente no aprendizado no que diz
respeito à leitura. Assim sendo, o presente trabalho reporta um estudo que teve como
objetivos: (a) verificar qual o tipo de competência leitora que o método de alfabetização
aplicado nas escolas pesquisadas pretende desenvolver nos aprendizes; (b) aferir o papel da
Provinha Brasil como instrumento preditor das habilidades de leitura em alunos do segundo
ano do ensino Fundamental I; e (c) analisar os tipos de habilidades de leitura e escrita que os
alunos demonstram ter desenvolvido a partir dos critérios de medição da Provinha Brasil.
Teoricamente este estudo fundamenta-se nos pressupostos de Aprendizagem da Leitura, mais
especificamente no que propõe Amaro Jr.; Casella e Costa (2011); Dehaene (2009); Oliveira e
Silva (2011), entre outros. Os dados deste estudo qualiquantitativo foram coletados a partir
dos escores da Provinha Brasil de alunos de oito turmas do segundo ano do ensino
Fundamental I e de dados gerados a partir de entrevistas com os professores desses alunos em
escolas públicas. Entendemos que os resultados do presente estudo são relevantes à medida
que contribuem para o advento de pesquisas no âmbito educacional, uma vez que os
resultados apontam possíveis insuficiências na competência leitora dos aprendizes, além de
oferecerem uma visão acerca do panorama atual do ensino e aprendizagem na fase da
alfabetização na cidade de Natal, RN.
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Competência Leitora. Provinha Brasil.
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
A METÁFORA DA VIOLÊNCIA NA SALA DE AULA
Abdoral Inácio da Silva (UFCG)
RESUMO: A linguagem verbal é uma das formas mais importantes para a comunicação
humana. É através dela que o ser humano expressa o pensamento e interage com os outros. O
uso da linguagem para atender às necessidades comunicacionais e materiais passa, por vezes,
para uma dimensão metaforizada e nesse sentido as ideias passam a ser expressas por meio de
construções metafóricas, pois esse uso, ao longo da evolução humana, se constituiu em uma
maneira eficaz de convívio social. A fundamentação teórica baseou-se na teoria de Lakoff e
Johsonsobre metáforas cotidianas e de como o uso metafórico das ideias tem como referência
alguns aspectos relacionados ao corpo humano, por exemplo, por isso a maioria das metáforas
tem o referencial das percepções humanas, tais como direção, dimensão, entre outras. Uma
das motivações para que o uso metafórico se transforme em atitudes físicas, como a violência,
é descrita ao longo deste trabalho e reflete um comportamento que vem tornando-se comum
em diversos ambientes sociais, como a escola, o que gerou o objeto deste estudo: a violência
em sala de aula a partir de construções metaforizadas, a partir de textos produzidos por alunos
do 3º ano do Ensino Médio sobre o tema. Salientamos, também, que a violência no ambiente
escolar começa quase sempre através de construções lingüísticas que conduzem à
agressividade, hoje convencionado comobullyng.
PALAVRAS-CHAVE: Metáfora. Linguagem. Ambiente Escolar
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: PRÁTICAS E EVENTOS
Altaíza Rosângela da Silva Pereira (UERN)
Ana Mara Alves de Freitas (UERN)
RESUMO:O conceito de letramento, embora já faça parte do discurso escolar, surgiu, no
Brasil, há pouco mais de três décadas, por isso há a necessidade de definir e diferenciar os
termos alfabetização e letramento. E distinguir suas acepções ainda têm causado muitos
equívocos entre os pesquisadores. Considerando, pois, que a alfabetização e o letramento são
imprescindíveis ao bom desenvolvimento escolar e sociocultural dos alunos, tanto no
processo educacional como fora dele, é que se faz necessário entender o que é letramento,
método de ensino e alfabetização, além de saber diferenciar as práticas dos eventos de
letramento.Assim, se antes tínhamos um conceito de alfabetização limitado ao ato de escrever
o próprio nome, hoje, esse conceito torna-se muito mais abrangente. Para ser alfabetizado, o
aluno deve ser capaz de ler e entender o que está escrito e, além disso, estar apto a fazer uso
de práticas da escrita. Logo, o objetivo deste trabalho consiste em definir e distinguir
alfabetização e letramento, práticas e eventos de letramento, bem como múltiplos letramentos
e multiletramentos, frisando, para o docente, a importância de cada conceito para o cotidiano
escolar e extraescolar. Para isso, reportaremos aos estudos de Kleiman (2005) e Street (2012),
buscando neles aportes teóricos de conceitos e aplicações dentro e fora da sala de
aula,dialogando com exemplos do cotidiano,de forma que fique clara, para o docente, a
importância em saber distingui-lo se perceber que alfabetização e letramento estão associados
ao desenvolvimento pleno do indivíduo. Diante dessas concepções, percebe-se que é
necessário que o professor reflita sua prática de ensino e viabilize ações que desenvolvam em
seus alunos não só o aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação
– ou seja, a aquisição de habilidades mecânicas– mas também a capacidade de interpretar,
compreender, criticar, ressignificar, produzir e dominar um conjunto de práticas de uso da
escrita além do cotidiano escolar, ou seja, em todos os eventos de letramento nos quais
estejam inseridos.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento, alfabetização, práticas e eventos de letramento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)
RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar as contribuições de
eventos de formação continuada vivenciados por professores de Língua Portuguesa
envolvidos no Programa Ensino Médio Inovador, doravante ProEmi. A pesquisa foi realizada
em uma escola pública estadual da zona urbana da cidade de Campina Grande – PB, durante
os meses de Junho e Julho de 2013. Para tanto, participamos e áudio gravamos três eventos de
formação, todos voltados para a elaboração de enunciados para questões didáticas, ministrado
por uma professora da área de Letras da Universidade Federal de Campina Grande. A referida
formação continuada aconteceu na própria escola em que trabalham os docentes e, diante das
experiências vivenciadas, concluímos que a formação recebida contribuiu significativamente
para a formação profissional do professorado. Para fundamentação de nosso estudo nos
apoiamos em Alves (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nóvoa
(1991), Perrenoud (2002) e Tardif (2002). É importante destacar a relevância dos estudos da
Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem
contribuído expressivamente para o desenvolvimento de pesquisas dessa grande área que se
consolidou como Formação de Professores.
PALAVRAS – CHAVE: Ensino Médio Inovador; Formação continuada; Contribuições.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
AS “LONGAS COLHERES”: CONSTITUINDO E (RES) SIGNIFICANDO
PRÁTICAS DOCENTES
Francisca Ramos-Lopes (UERN/PRADILE/PROFLETRAS)
Jamilly de Oliveira Prazeres (UERN/NAESM)
RESUMO:Nesta produção, objetivamos descrever algumas práticas de leituras usadas em
uma sala de aula de língua portuguesa e problematizar como as possíveis práticas refletem no
processo de ensino/aprendizagem dos alunos Os postulados advém de teorias psicolinguísticas
e interacionistas da linguagem e estão respaldados pela discussão de Solé (1998), Koch
(2009), Kleiman (1993), Leffa (1996), Rangel (2007), dentre outros. A pesquisa é de base
qualitativa-interpretativista e descreve a experiência de uma docente com o texto “As longas
colheres’ (1993) retirado do livro “Histórias da Tradição Sufi” - Edições Dervish –Instituto
Tarika. Os dados são reveladores de que a experiência realizada produz efeitos de sentidos de
que o docente querer uma forma correta, pensar em respostas prontas, a serem apresentadas
pelo aluno, ou querer que eles repitam as mesmas construções presentes no texto não se
apresenta ao discente como uma estratégia positiva. A esse respeito, consideramos
significativo que primeiro os alunos reconheçam o contexto para que possam pensar e (re)
pensar sobre possíveis equívocos ou lacunas deixadas pelo texto e que precisam ser
preenchidas por eles. Concluímos que a leitura interligada com o lógico e compatível com o
público em questão, facilita o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das
competências e habilidades do aluno nas pratica efetiva do docente e na aprendizagem em
aulas de língua portuguesa.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas docentes. Práticas de leitura. Ensino/aprendizagem. Aulas
de português.
ISBN 978-85-7621-077-1
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CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
José Wanderley Alves de Sousa (UAL – CFP – UFCG/PIBID - CAPES) Josefa Maria de Sousa (EEEFM Mons. Constantino Vieira /PIBID - CAPES)
RESUMO: O subprojeto Casa de Vaga-Lumes vincula-se ao Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da UFCG, financiado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento DE Pessoal de Nível Superior (CAPES). O objetivo maior desta proposta de
intervenção pedagógica é fomentar a iniciação à docência de estudantes do Curso de
Licenciatura Plena em Letras do Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG), para atuar, principalmente, na educação básica em
escolas públicas. A área contemplada pelo projeto é Língua Portuguesa e suas respectivas
literaturas. Os bolsistas atuam nas Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cristiano
Cartaxo e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Constantino
Vieira, da cidade de Cajazeiras – PB. O objetivo maior deste subprojeto é possibilitar a
professores e alunos de Língua Portuguesa de Ensino Médio das escolas conveniadas e a
alunos do Curso de Letras do CFP – UFCG, um trabalho dialógico que propicie o
desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais
diferentes gêneros textuais/discursivos. Visa, então, contribuir para a inserção dos alunos na
sociedade, como cidadãos conscientes, capazes, não só de analisar as várias situações de
convivência social como também se expressar criticamente em relação a elas. As atividades
desenvolvidas consistem num conjunto de ações voltadas, especialmente, para a superação de
problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração o
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB e o desempenho das escolas parceiras
e universidade, expressos através das avaliações da PROVA BRASIL, do Sistema de
Avaliação da Educação Básica - SAEB, do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM e do
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE.
PALAVRAS-CHAVE: Iniciação à Docência. Educação Básica. Língua Portuguesa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
CONSIDERAÇÕES SOBRE QUESTÕES DE LEITURA NO LIVRO DIDÁTICO
“PORTUGUÊS: LINGUAGENS” DE CEREJA E MAGALHÃES
Jeane Vieira da Silva (UERN)
Prof. Me. Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador/UERN)
RESUMO: Neste trabalho expomos reflexões a que chegamos no curso do desenvolvimento
de nossa monografia, em que propomos a analisar questões de leitura presentes no livro
didático de 6º ano do ensino fundamental, “Português: Linguagens” de William Roberto
Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Conjugando perspectivas teóricas de Bakhtin ([1952-
1953]), Duarte (1995), Koch (2002), entre outros, examinamos as questões de leitura do
primeiro capítulo do livro didático. Nesse exame, passamos por questões como: (i) a relação
entre o autor-texto-leitor (conforme KOCH, 2002); a ativa posição responsiva (BAKHTIN,
[1952-1953]) do aluno frente às questões de leitura; as diferentes finalidades com que os
textos foram empregados nas questões de leitura, ou seja, observamos se estávamos diante de
uma “leitura do texto - pretexto” ou de uma “leitura - fruição do texto”, por exemplo. De
nossa análise, depreendemos que as questões de leitura do capítulo examinado passam por
vários aspectos da leitura: há desde questões, mais diretas, de “seleção de informação” a
questões que exigem do aluno inferências mais complexas como, por exemplo, o
relacionamento de sua vida a outras realidades. De todo modo, fica claro que mesmo nas
questões de “simples” seleção de informação, a posição ativa do aluno como respondente é
fundamental para que se estabeleça a leitura.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Livro Didático; Língua Portuguesa.
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CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DE DISCURSO PARA UMA ABORDAGEM
DISCURSIVA DA LEITURA
Flágila Marinho da Silva Lima (UEFS)
Mayane Santos Amorim (UEFS)
RESUMO: Com este estudo, busca-se refletir sobre as contribuições da Análise de Discurso
(doravante AD) para o trabalho com a leitura na perspectiva discursiva. Assim sendo, o aporte teórico
utilizado é a Análise de Discurso de Linha Francesa, mas precisamente, de orientação pecheutiana. É
sabido que a AD procura romper com a ilusão do sentido único, tendo em vista que a opacidade é uma
característica constitutiva da língua e, portanto, sujeitos e sentidos são gerados no discurso. Destarte, a
literalidade do texto, o único sentido, o sentido pretendido, a transparência da língua é, na verdade, um
efeito ideológico. Outro ponto igualmente importante é o fato de a AD não conceber a língua apenas
como estrutura, mas esta é sempre e totalmente imbricada pelas relações históricas, sociais e,
sobretudo ideológicas. Assim, a língua é materializada em textos, que por sua vez materializam
discursos, e estes materializam ideologias. Portanto, a AD propõe problematizar a leitura buscando
não o sentido único e acabado, mas os sentidos possíveis atrelados ao texto em questão. Busca-se
compreender como esses sentidos são gerados e quais as relações históricas sociais e ideológicas que
perpassam o texto para a constituição desses discursos, sujeitos e sentidos. Para compor o corpus deste
trabalho foi selecionado o livro de Língua Portuguesa, 6º ano da coleção Diálogo, no qual foi
escolhida uma leitura da seção intitulada: dialogando com o texto, com isso pretende-se refletir sobre o
traquejo do livro com a leitura e de que forma a AD contribui para (re)significar tal labor. Com este
estudo foi possível perceber que o livro didático ainda permanece explorando a leitura apenas nos
níveis da inteligibilidade e, por vezes, sinaliza para a interpretação, sem um avanço para o nível da
compreensão. Há um silenciamento no sentido de não discutir como os discursos se apresentam no
texto e de que modo eles se relacionam com a história, com o social, com a ideologia e a memória
discursiva, uma vez que, esses elementos constituem e, portanto, significam a linguagem.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Discurso. Ideologia. Sentidos. Sujeito leitor
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DIÁRIO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA EXPERIÊNCIA NO
ENSINO MÉDIO
Ângela Cláudia Resende do Nascimento (UFPE)
RESUMO:Este trabalho aborda a construção do sujeito escritor, experiência de escrita de
alunos do 1º ano do Ensino Médio na Escola Estadual 11 de agosto em Umarizal-RN, em
diários íntimos das aulas de Língua Portuguesa. Os diários foram escritos a partir das
experiências em sala de aula, e contam com a escrita de impressões sobre o conteúdo didático,
dúvidas surgidas sobre o conteúdo, bem como reflexões sobre a língua, a visão subjetiva de
cada aluno sobre o ensino e a forma como esses temas foram passados para eles. A proposta
de escrita do diário foi feita com o objetivo de influenciar gradativamente a escrita desses
alunos/sujeitos/escritores, cujos relatos giravam em torno de quase nenhuma experiência de
escrita em sala de aula,para a partir de então, observar as estratégias utilizadas por eles para
atenderem à proposta de escreverem o diário íntimo com fins reflexivos depois de dadas as
orientações para tal tarefa e investigar os efeitos e resultados obtidos nesta experiência ao
final do ano letivo na prática escrita desse aluno e sugerir mudanças ou adaptações
construtivas e enriquecedoras na prática de sua escrita. O referencial teórico para este trabalho
está apoiado no interacionismo sócio-discursivo (ISD) e nos conceitos de agência, gênero e
escrita de Bazerman (2011, 2011, 2007), Miller (2012), bem como no conceito de gêneros
discursivos de Bakhtin (1979). Foi constatado, numa análise preliminar dessa pesquisa, que os
alunos apresentaram reações diversas à proposta de se colocarem como escritores/narradores
de uma experiência. E à medida que as aulas aconteciam a escrita fluiu mais facilmente, de
forma que foi observado discursos de extensão maiores, aspectos como afetividade
demonstradas na escrita, mais reflexões e relatos que ao final da experiência rendeu um
trabalho proveitoso e de impacto na escrita marcado por traços de confidencialidade e
estratégias diversificadas para sua construção.
PALAVRAS-CHAVE: Diário. Língua Portuguesa. Ensino Médio. Interacionismo
sociodiscursivo.
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ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE
UMA TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN
Joceilma Ferreira Dantas (UERN)
Lúcia Cristina Alves (UERN)
Micharlane de Oliveira Dutra (UERN)
Orientador: Prof. Me. Ananias Agostinho da Silva (UERN)
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo, através da observação em sala de aula,
compreender como ocorre o processo de ensino de gramática, considerando a importância de
se adotar uma perspectiva interativa no trabalho com gramática em sala de aula. Para isso,
realizamos observações de dez horas/aulas em uma turma de nono ano do ensino fundamental
de uma escola de rede estadual de Patu - RN. As observações foram realizadas no período
vespertino. Vale ressaltar que este artigo trata, apenas, de uma análise simplificada, visto que
a carga-horária de observação foi relativamente curta para se tecer comentários generalizados
e mais abrangentes. Considerando o exposto, buscamos desvendar a estrita relação entre as
normas gramaticais e o encadeamento das ideias na hora de aplicá-las em sala de aula, bem
como também o processo de interação. Cientes da relevância deste artigo, para melhor
desenvolver as interpretações aqui empreendidas, foram realizados estudos bibliográficos,
tendo como base os seguintes autores: Antunes (2007), Travalgia (2001) entre outros. Os
resultados apontam que, na turma pesquisada, a gramática tem sido vista como um problema
para o professor e para os alunos, pois discutir elementos linguísticos baseando-se apenas em
normatizações da língua padrão parece não ter muito sentido. Os alunos apresentam
necessidade de serem estimulados a refletirem sobre a gramática/língua que fazem uso e não
simplesmente sobre exemplos fabricados pelos livros didáticos ou por gramáticas escolares. A
língua a ser estudada em sala deve ser a língua dos alunos, aquelas que eles efetivamente
utilizam em situações diárias de comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Gramática. Interação.
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ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E
INOVAÇÃO NO PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR
Raniere Marques de Melo (UFCG/POSLE)
RESUMO: O presente artigo expõe a discussão sobre o ensino de língua materna no
Programa Ensino Médio Inovador, tendo em vista que esse Programa é uma estratégia do
Governo para uma redefinição curricular do ensino médio. Diante disso, este trabalho se
propõe a refletir sobre o processo de inovação no ensino de língua, com foco na descrição do
documento orientador e das concepções de inovação nele demarcadas. Por isso, esta é uma
pesquisa, inicialmente, bibliográfica, valendo-se de uma abordagem qualitativa, tendo sido
desenvolvida a partir da observação e análise do referido documento. Os apontamentos
teóricos utilizados, aqui, apresentam uma reflexão sobre as práticas sociais de leitura e de
escrita e sobre as perspectivas que o ProEMI tem dado a elas: Letramentos múltiplos
(STREET, 2007; ROJO, 2009; KLEIMAN, 1995) e multiletramentos. Na esteira desse
entendimento teórico, nosso objetivo é discutir quais as orientações do Documento Orientador
do Programa, no que se refere ao ensino de Língua Portuguesa e do macrocampo Leitura e
Letramento. Os resultados, ainda que incipientes, leva-nos a entender o Programa exercendo
um papel determinante na produção da inovação escolar, embora que, apresente, por vezes,
vestígios de um ensino tradicional. Por fim, consideramos que a inovação pode aparecer do
discurso do Governo, nos instrumentos utilizados para o trabalho docente e, por último, na
ação da escola. Salientamos que algumas melhorias devem ser feitas, por exemplo, quanto ao
trabalho de formação docente, para o desenvolvimento de uma prática de ensino inovadora.
PALAVRAS-CHAVE: Inovação curricular. Práticas inovadoras. Ensino de Língua.
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LEITURA E ENSINO: ABORDAGEM DOS IMPLÍCITOS LINGUÍSTICOS E
PRAGMÁTICOS
Maria Leuziedna Dantas (IFPB- Campus Sousa)
RESUMO: O objetivo deste trabalho é abordar os implícitos linguísticos e pragmáticos a
partir dos gêneros textuais manchetes de notícias e charges, com a finalidade de compreender
como são apresentadas as concepções e classificações dos implícitos linguísticos e
pragmáticos, tais como a pressuposição e o subentendido, tendo em vista as contribuições da
aplicação dessas teorias para o desenvolvimento do ensino produtivo da leitura, distanciado de
práticas decodificativas. Para tanto nos respaldamos principalmente, nas contribuições de
Ducrot (1987) e Moura (2007), como referencial teórico deste estudo de natureza
interpretativa dos dados referentes às expressões linguísticas ativadoras dos implícitos, tais
como: expressões definidas que servem para fazer a referência, como os nomes próprios, os
verbos de mudança de estado, verbos interativos, expressões temporais, prefixo re, conectores
circunstanciais e alguns advérbios, frente aos gêneros mencionados. Através das análises
verificamos que existem termos da língua que geram a pressuposição, já o subentendido não
está marcado na frase, ou seja, não é ativado por algum termo linguístico pertencente ao que
foi enunciado, sendo então, uma inferência ativada pragmaticamente. Portanto, observamos a
importância do reconhecimento dos implícitos no processo de leitura, pois a compreensão do
texto não é apenas orientada pelas pistas textuais explícitas, há marcas intencionais a serem
reveladas e que precisam ser distinguidas pelo leitor, como forma de atribuir sentidos que
reconstroem a enunciação.
PALAVRAS-CHAVE: leitura. Implícitos. Ensino.
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LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: O GÊNERO NOTÍCIA EM SALA DE AULA
Abraão Vitoriano de Sousa (UFCG - CFP)
RESUMO: A importância da leitura e escrita na escola consiste em um dos mais
significativos aprendizados cuja contribuição maior referenda o exercício do letramento e
cidadania. Neste sentido, pautando-nos nas dificuldades encontradas pelos alunos do ensino
médio da Escola Constantino Vieira (Cajazeiras – PB) acerca da interpretação e produção
textual, consideramos relevante enquanto bolsistas do PIBID(Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência) trabalhar tal abordagem pontuando, sobretudo, o gênero textual nas
aulas de língua portuguesa. Objetivamos, pois, apresentar o gênero textual/jornalístico notícia,
buscando aperfeiçoar as competências de leitura e escrita dos alunos. Para tanto, utilizamos
como referências teóricas: Kleiman (2006); Orientações Curriculares para o Ensino Médio
(2008); Oliveira (2010), entre outros. No que concerne aos pressupostos metodológicos,
realizamos uma pesquisa bibliográfica e com base nesta elaboramos sequências didáticas para
abordar o tema em sala de aula. Com o auxílio do docente, monitoramos as atividades no
intuito de confeccionar como produto final: um mini-jornal. Nossa escolha pelo referido
gênero e perspectiva didáticajustificou-se, de fato, pela familiaridade e interesse dos
estudantes por essa estrutura, o que influenciou positivamente na produção e apresentação de
textos. Trabalhar com leitura e produção textual na escola, apesar de alguns entraves,
culminou em um repertório rico de vivências no que compete à nossa atuação como bolsistas
do PIBID e, posteriormente, futuros profissionais da educação.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Texto; Notícia.
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS
Débora Katiene Praxedes Costa (UERN/PROFLETRAS)
Kelli Karina Fernandes Freire (UERN/PROFLETRAS)
RESUMO: Os estudos do letramento têm evidenciado novos caminhos para a formação
docente, influenciando de forma direta em sua prática. Seguindo por este percurso,
refletiremos sobre as possibilidades de práticas escolares que levem em conta o
desenvolvimento de habilidades e competências do aluno como ser individual e social.
Pretendemos, neste trabalho, refletir sobre a importância dos estudos de Letramento na
formação do professor de língua materna, além de contextualizar as práticas escolares como
práticas sociais, tendo em vista as implicações na prática de ensino e aprendizagem na sala de
aula. Para isso, escolhemos duas propostas de atividades de escrita e (re)escrita para
analisarmos à luz das teorias de Kleiman (2005, 2008), Silva (2009), Antunes (2003) e
Marcuschi (2003) e verificarmos se há uma consonância entre teoria e prática. Diante das
leituras e discussões sobre a atuação do professor, constatamos que os planos de ensino
analisados apresentam propostas com pontos condizentes com o que foi visto nos textos
estudados, uma vez que são desenvolvidas com base no uso concreto e social da língua e
envolvem práticas escolares adequadas às características do aprendiz e às situações de
interação entre os conhecimentos adquiridos por meio da leitura e da prática da escrita.
Assim, atestamos o papel do professor como agente do letramento e, dessa forma, como o
responsável por promover práticas que estimulem em seus alunos as capacidades para sua
inserção nas mais diversas situações em que se faça necessário o uso da escrita. Para isto, o
docente precisa ter os conhecimentos imprescindíveis para fundamentar suas ações e levar em
conta se estas terão função na vida dos seus alunos, se promoverão suas
capacidades/habilidades levando-os a participarem ativamente das mais diversas atividades
em seu meio social. Em suma, os estudos do letramento permitem ao docente um trabalho
efetivo no ensino aprendizagem. O letramento docente, assim, oportuniza ao professor ser um
agente social do conhecimento e não só um mero transmissor de saberes.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Formação do professor. Práticas escolares. Contexto
social.
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
MATERIALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA REDAÇÃO DO
ENEM
Francisca Vilani de Souza (UERN)
RESUMO: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa,
conhecer a proposta de redação e aplicar conceitos de várias áreas de conhecimento.
Selecionar e interpretar informações, demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos
necessários para a construção da argumentação e, elaborar proposta de intervenção para o
problema abordado respeitando os direitos humanos são competências exigidas na redação do
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Este estudo tem como objetivo conhecer como
são materializadas nas aulas de Língua Portuguesa tais competências. O corpus investigado
são escolas públicas do Ensino Médio na cidade de Mossoró. Buscou – se aprofundamento
teórico em Oliveira (2010), Mendonça (2006), Salvador (2012), Dionísio (2002), Marcuschi
(2008), Passarelli (2012) entre outros. A clareza e concisão com a qual o autor expõe seus
argumentos fundamentam sua produção. Bem como a escolha adequada do vocabulário e
dos argumentos. No entanto, a coerência não se encontra no texto nem no leitor, mas no
encontro entre os dois no ato da leitura. O domínio da escrita é fundamental, portanto as
pessoas precisam dominá-las. A ordem lexical, bem como a sintático-semântica são condições
concretas da situação de comunicação, uma vez que a escrita cumpre diferentes funções
comunicativas numa sociedade letrada. Logo, capacitar o aluno a produzir discursos ágeis se
faz necessário para sua intervenção na prática social significativa. A produção do texto
dissertativo – argumentativo é condição fundamental para desenvolver competências
exigidas na dinâmica do ENEM e de demais práticas sociais vivenciadas no âmbito da
formação social, cultural e política.
PALAVRAS – CHAVE: Redação do ENEM. Argumentação. Ensino Médio.
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
O ENSINO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS EM DISCURSOS DE
PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS
Maria Eliete de Queiroz (UERN)
Crígina Cibelle Pereira (UERN)
RESUMO: Como parte do projeto institucional de pesquisa “O ensino e a produção de textos
acadêmico-científicos de professores e alunos dos Cursos de Letras e de Pedagogia”, o nosso
trabalho, para essa comunicação, investiga a prática de produção de texto no ensino superior
por meio de discursos recortados de depoimentos de professores do Curso de Letras. Como
aporte teórico, o trabalho adota a concepção sociointeracionista da linguagem, advinda dos
estudos de Bakhtin (2003) e as reflexões acerca do ensino de língua materna e de estudos
sobre conteúdos e metodologias necessários à formação do professor de Língua Portuguesa
(ANTUNES, 2003; GERALDI, 2004; BARZOTTO, 2008a, 2008b; BUZEN et all, 2006),
entre outros. Esta pesquisa assume um caráter descritivo e interpretativo, de base qualitativa.
O universo de estudo é constituído por professores do Curso de Letras do CAMEAM/UERN.
Para a coleta dos dados, aplicamos a técnica do depoimento, por meio da qual organizamos os
discursos sobre o ensino da produção de texto que constituem nosso objeto de investigação,
buscando compreendê-los como prática social e institucional. Nesses termos, observamos que
o ensino do texto acadêmico-científico na universidade, atende às especificidades dos gêneros
a serem ensinados e produzidos, por exemplo, relatórios e monografias, considera a escrita
como processo e a especificidade inerente a cada disciplina, possibilitando situações de
interação comunicativa.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Produção de texto. Discursos de professores.
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
O TRABALHO DO PROFESSOR COM OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA
ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Maíra Cordeiro dos Santos (IFRN)1
Lília dos Anjos Afonso (UFPB)2
RESUMO: O advento da tecnologia no mundo moderno modificou os parâmetros de vida e
de comunicação sociais e, com isso, passaram a ser notórias e necessárias as contribuições do
uso de materiais digitais na educação. Entretanto, apesar da crescente demanda pelos recursos,
ainda não existem materiais didáticos nem recursos físicos suficientes para atender a esse
novo cenário, sobretudo na área de língua portuguesa e produção de textos. Esses
instrumentos permitem a efetividade de um ensino que se institua não somente pelo manejo
do aparato tecnológico, mas, além disso, pelo estímulo ao desenvolvimento de capacidades
técnicas, conceituais e humanas. Nesse sentido, a utilização de Objetos de Aprendizagem
(OA) mostra-se importante para auxiliar a formação dos alunos e professores no processo de
ensino-aprendizagem de conteúdos escolares, adaptando-se aos modelos sociais modernos.
Nesse panorama, utiliza-se a concepção teórico-metodológica do Interacionismo
Sociodiscursivo (ISD), ao considerar os contextos sociossubjetivo, físico e sociopsicológico
que envolvem o processo de produção textual, capacitando os alunos e adotar e adaptar os
gêneros de textos às mais diversas situações de comunicação da sociedade. A partir da
pesquisa bibliográfica e da observação sistemática, e tomando por base as concepções de
Bronckart (1999; 2006; 2008), Barbosa (2008), Leffa (2006), Silveira (2008) Spinelli (2007),
dentre outros, este artigo tem como objetivo identificar os desafios e as possibilidades de
utilização de OA na escola por professores de língua materna, levando em consideração as
dificuldades com relação aos recursos físicos disponíveis no espaço escolar (computadores,
tablets, internet), à falta de formação do professor para trabalhar com tecnologias da
informação, poucos OA disponíveis nos repositórios, etc. A partir da análise, pode-se
ponderar que o trabalho com o OA no processo de ensino-aprendizagem de língua materna
proporcionará ao aluno o desenvolvimento das capacidades linguísticas de leitura e produção
de texto, de forma lúdica, dinâmica e interativa, entendendo o texto como resultado das
condições sócio-históricas da sociedade em que se vive e como um produto construído através
de um processo de aperfeiçoamento progressivo do texto.
1 Tutora a Distância – UFPB Virtual. Mestre em Linguística – UFPB e Pós graduanda em Literatura e
Ensino pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN.
[email protected] 2 Tutora a Distância – UFPB Virtual. Especializada em Educação a Distância – SENAC/PB e em
Ciências da Linguagem - UFPB. Pós graduanda em Literatura e Ensino pelo Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN. [email protected]
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PALAVRAS-CHAVE: Trabalho do professor. Tecnologia. Objetos de aprendizagem. Língua
Portuguesa. GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
O USO DE SOFTWARE LIVRE EM SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA COM O
GCOMPRIS
Alysson Max Olinto Torres Veríssimo (UFERSA)
Fernanda de Moura Ferreira (UFRN/PPgEL)
Orientador: Sebastião Emídio Alves Filho (UERN)
RESUMO: O uso de softwares educacionais tem mostrado grandes benefícios como
ferramenta de apoio no processo de ensino-aprendizagem por ser uma atividade lúdica e
prazerosa, onde o aluno aprende brincando. No entanto, ainda há desconhecimento por parte
dos docentes dos softwares disponíveis no mercado, em especial os de licença livre. Desta
forma, este artigo tem por objetivo trazer os resultados de um experimento feito com crianças
do ensino fundamental de um escola da cidade do Natal-RN com o uso da Suíte Educacional
GCompris. Dentre os jogos disponíveis no aplicativo, utilizou-se “A letra desaparecida”, a
qual pretende auxiliar o aluno a construir seu conhecimento sobre ortografia, aprimorando
competências tais como a escrita e a leitura. Utilizou-se como aporte teórico principal para
esta pesquisa Valente (1999) o qual se dedica ao estudo da informática aplicada à educação;
também Albernaz (2009) que trata da mesma temática sob a forma de relato de experiência.
Análises foram realizadas e demonstram a contribuição desta pesquisa com relação à inclusão
digital, ao letramento e ao desenvolvimento do raciocínio lógico através do uso software livre.
A metodologia utilizada foi quantitativa, ao passo que trabalha com dados de ordem
numérica, e qualitativa, por lidar com a interpretação dos dados gerados. A análise dos dados
permitiu avaliar de forma positiva o potencial do jogo computacional no processo de
aquisição da escrita dos discentes.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Jogos educacionais, Escrita.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
OS USOS DO ANTES EM GÊNEROS ACADÊMICOS
Carla Daniele Saraiva Bertuleza (PPGL/UERN)
João Bosco Figueiredo-Gomes (PPGL/UERN)
Geralmente, as gramáticas tradicionais e/ou livros didáticos caracterizam os advérbios com
base apenas em critérios morfológicos, sintáticos e semânticos. Além disso, algumas
gramáticas, no capítulo dos advérbios, referem-se a palavras de difícil classificação, como
alguns usos do antes, chamando-as de palavras denotativas, por exemplo. Essa constatação
mostra que se trata ainda de uma classe pouco explorada diante da sua complexidade no
âmbito funcional e cognitivo, pois é uma classe heterogênea que não se prende somente a um
núcleo, mas também ao conteúdo semântico-discursivo da oração. Desse modo, este trabalho
busca mostrar que o antes assume novos usos, diferentes do uso prototípico como advérbio
nos gêneros acadêmicos. Para dar conta desse objetivo, ancoramo-nos na Linguística
Funcional Centrada no Uso – LFCU (cf. MARTELOTTA, 2011), principalmente em
estudiosos como Givón, Hopper, Traugott, Bybee, Heine, entre outros e, sobretudo, no
paradigma da gramaticalização. Observa, a partir de dados sincrônicos, indícios da trajetória
de mudança, se comparados à etimologia, ao uso prototípico e à caracterização tradicional,
identificando os processos pelos quais esse item passa para ter novos usos. Selecionamos os
gêneros acadêmicos: dissertação de mestrado e a tese de doutorado, de onde foram levantadas
amostras em que havia o uso do antes, cuja análise se centrou em duas dimensões: a dimensão
formal (morfossintática) e a dimensão significativa (semântica, pragmática e discursiva). Os
resultados empíricos mostram que o item antes assume as seguintes funções nos gêneros
acadêmicos: antes espacial, antes temporal, conector de tempo, divisor de época, contrastivo,
marcador discursivo e introdutor de tópico, usos que vão além da sua função de advérbio,
passando por um processo de mudança, por meio da trajetória metafórica ESPAÇO > TEMPO
> TEXTO.
PALAVRAS-CHAVE: Linguística Funcional. Gramaticalização. Gêneros Acadêmicos.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS
TEXTUAIS NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO
PIBID - LETRAS – CFP – UFCG
Anaildes Germano Soares (EEEFM Cristiano Cartaxo/PIBID –CFP - UFCG/CAPES)
José Wanderley Alves de Sousa (PIBID – Letras – UAL - CFP - UFCG/CAPES)
RESUMO: O aluno do ensino médio está em um processo de transição e formação de
opiniões que lhe serão importantes, à leitura, compreensão, interpretação e,
consequentemente, à produção textual no ensino médio, favorecendo com que o texto precise
ser encarado como de relevância fundamental. Boa parte dos alunos que chegam ao ensino
médio, apresenta dificuldades relevantes na leitura e escrita de textos, bem como, na
compreensão dos mesmos, sobretudo quando se propõem a defender um ponto de vista com
argumentos fundamentados em um conhecimento prévio sobre determinado assunto. Essa
problemática construiu-se ao longo de muito tempo pelo fato de nossos alunos não serem
habituados à leitura e a produção de gêneros/tipos textuais diversos. Em resposta a um
trabalho de ensino-aprendizagem da leitura e produção textual, o aluno precisa ser
conscientizado que esse trabalho exige apresentação e conhecimento de uma estrutura
conveniente, bem como recursos específicos para a sua construção. O discente deve ser
preparado para conhecimentos quanto à tipologia textual, bem como ideias, habilidades com a
ortografia, organização estrutural frasal e oracional, dentre outros fatores de textualidade.
Neste sentido, o presente projeto objetiva, em linhas gerais, apresentar resultados até agora
desenvolvidos pelo Programa Institucional de Iniciação à Docência, vinculado à CAPES, de
forma mais específica pelo Subprojeto de Letras – Língua Portuguesa do Centro de Formação
de Professores da Universidade Federal de Campina Grande. Visa, sobretudo, apresentar
produtos oriundos de propostas de redimensionamento das práticas de leitura e produção de
gêneros e tipos textuais na sala de aula da Educação Básica, mais especificamente na EEEFM
Cristiano Cartaxo, da cidade de São José da Lagoa Tapada – PB.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Língua Portuguesa. Gêneros Textuais. Iniciação à
Docência.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
REFLEXÕES SOBRE O SILENCIAMENTO NAS AULAS DE LEITURA
Josimar Soares da Silva (UEPB)3
RESUMO: Ao falarmos em leitura, nos veem a mente aquela atividade desenvolvida por
aqueles que desfrutam de prazer, em que o leitor indaga, reflete e (re) constrói suas hipóteses
a serem acordadas ou refutadas. Nas salas de aulas de língua portuguesa nas aulas de leitura e
produção textual no Ensino Fundamental II (7º Ano), isso não se efetiva e a cada dia os
alunos se distanciam da leitura. Um dos aspectos a ser comumente observado é o – silêncio -
se faz presente em distintos momentos interacionais no ensino da leitura. De acordo com
minha experiência docente, o silêncio toma conta da sala quando perguntamos algo sobre o
que leram e a mensagem do texto na maioria das vezes não é compreendida e os alunos
acusam isso através do silêncio em sala de aula. Inserido nos estudos da interação, nosso
trabalho se fundamenta nas teorias da Análise da Conversação de (KERBRAT-
ORECCHIONI, 2006); (MARCUSCHI, 1991); a Pragmática de (ARMENGAUD, 2007); a
Interação existente entre os elementos verbais e não verbais de (ACIOLI, 2007); a Interação
(KOCH, 2006); (LENVINSON 2007), dentre outros. É objetivo deste trabalho, portanto,
discutir como se configura a interação professor-aluno na aula de língua portuguesa e como o
silêncio repercute na construção de sentidos em sala de aula. Logo, nossa reflexão inicial, nos
mostra que estudos anteriores envolvendo elementos verbais e não verbais e no presente
artigo, os elementos não verbais servem como pistas para contextualização para
compreendermos os objetivos pedagógicos e comunicativos do professor, e das atitudes de
aprendizagem dos alunos. Neste sentido, podemos inferir que o processo de aprendizagem da
leitura configura-se como resultados das ações verbais e não verbais do professor e alunos, e
que envolve a interpretação do silêncio em diferentes momentos em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Interação. Pistas de contextualização. Línguagem verbal e não
verbal.
3Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores pela Universidade Estadual da Paraíba.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
RETEXTUALIZAÇÃO: UMA FERRAMENTA NO PROCESSO
ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
Catarina Ferreira Alves (UERN)4
Sheila Maria Candida dos Santos (UERN)5
RESUMO: Os gêneros textuais são uma ferramenta importante para nossa comunicação. Eles
fazem parte da nossa vida e os utilizamos para interagir com as pessoas que estão ao nosso
redor. No nosso trabalho abordaremos sobre uma das maneiras efetivas de trabalhar os
diversos gêneros textuais, seja na modalidade escrita ou oral. Visando contribuir com o ensino
de língua portuguesa (LP) nossa pesquisa aborda a retextualização como ferramenta para o
ensino da mesma. Para o desenvolvimento fizemos uma pesquisa bibliográfica sobre o que
seria retextualização e o que os autores que trabalham com essa temática falam sobre o tema.
Inicialmente apresentamos um seminário e só depois materializamos neste artigo. Para
subsidiar nossa pesquisa nos norteamos em autores como: Dell’Isola (2007), Marcuschi
(2001), Antunes (2009), Bakhtin (2000), dentre outros que abordam a questão dos gêneros
textuais relacionados com o ensino de língua. Primeiramente discutiremos sobre o que é
retextualização, abordando a retextualização de gêneros orais e escritos e em seguida
abordaremos as contribuições dessa atividade para o ensino de português. Esperamos que
nossa pesquisa seja um subsidio para educadores, bem como, ponto de partida para discussões
futuras, que venham, sobretudo, valorizar e enriquecer o ensino de língua portuguesa e o
aprendizado dos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Gêneros textuais. Ensino de português.
4 Aluna do curso de Pós-graduação em Leitura e Produção de texto da Faculdade de Letras e Artes-FALA da
Universidade do Estado do Rido Grande do Norte-UERN; Mossoró-RN; Brasil; 59600-000; e-mail:
[email protected]. 5 Aluna do curso de Pós-graduação em Leitura e Produção de texto da Faculdade de Letras e Artes-FALA da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN; Mossoró-RN; Brasil; 59600-000; e-mail:
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
TRABALHANDO OS GÊNEROS ORAIS EM LÍNGUA PORTUGUESA: O RPG
COMO FERRAMENTA DE ENSINO
Adalberto Barbosa Junior (UERN)
Ana Rafaella Alves Pereira (UERN)
RESUMO: O ensino de língua portuguesa tem dado pouco espaço para a explanação dos
gêneros orais em sala de aula. O livro didático costuma privilegiar mais a escrita do que a
fala, deixando professores sem um rumo a seguir de como trabalhar os gêneros orais como o
debate regrado, o discurso em público, e apresentações de seminários etc. Respaldados em
estudiosos que trataram sobre o gênero oral para uso em sala de aula como Marcushi (2003),
Gomes (2007), Pontes e Costa (2008) e Schneuwly e Dolz (2004), procuramos apresentar o
jogo de RPG como ferramenta de ensino, principalmente no que diz respeito ao ensino dos
gêneros orais. O RPG tem sido utilizado já por outras disciplinas e tem apresentado resultados
satisfatórios. Amparado nos estudos de Higuchi (2004), Schimit (2008), Andrade (2011) e
Vasques (2008); procuramos traçar as origens desse jogo, sua estrutura, funcionamento e as
contribuições que tem oferecido como ferramenta tanto para apreensão do conteúdo como
desenvolvimento da prática dos gêneros orais.
PALAVRAS-CHAVE: Escrita. Fala. Gêneros orais. Jogo. RPG.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
UM ESTUDO CONCISO ACERCA DA IDEOLOGIA LINGUÍSTICA PRESENTE NA
ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
Emmanuella Farias de Almeida Barros (UFPE)
RESUMO: A alfabetização é um tema que sempre vem sendo discutido por diversas áreas do
conhecimento pela sua importância e pela necessidade de melhoras sinalizadas com as
pesquisas divulgadas. Sendo assim, esse trabalho é um ensaio realizado com a tentativa de
esclarecer algumas questões pertinentes e divulgar informações ainda pouco comentadas
nesse estudo.Partindo desse princípio, foi desenvolvido esse trabalho sobre a alfabetização na
perspectiva da ideologia linguística, elucidando conceitos e relacionando teorias que
procurem explicar como a alfabetização pode ser utilizada como um divisor social. Os
objetivos são reflexivos e estão pautados na análise social das práticas de leitura e escrita
desenvolvidas em sala de aula, em relação ao uso do código situado em dado contexto. Para a
realização desse trabalho a base teórica utilizada contempla o pensamento de Bernstein
(1996), Duranti (2004), Soares (2008) e Fairclough (1941). A partir do levantamento teórico e
das análises sociais no ato de ler e de escrever foi percebido que o signo linguístico, então, por
não representar uma neutralidade e estar relacionado ao processo de alfabetização evidencia
duas perspectivas imbricadas naturalmente pelo uso da linguagem e os processos de
socialização enraizados na sua natureza: Alfabetização e Ideologia Linguística. É claro que a
tarefa de alfabetizar não significa, necessariamente, que há uma ideologia linguística, mas
percebe-se nesse trabalho que há certa interdependência, de maneira que o trabalho docente é
fundamental nesse processo e as divisões são apresentadas e/ou introduzidas nessas práticas
de ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Ideologia Linguística. Prática de Ensino.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
USOS DO SER NA HISTÓRIA DO MUI NOBRE VESPARINO, IMPERADOR DE
ROMA, PORTUGUÊS MÉDIO
Anikele Frutuoso (PIBIC-CNPq - UERN)
João Bosco Figueiredo Gomes (UERN)
RESUMO: A gramática tradicional classifica o verbo ser ou, como verbo existencial, por
conseguinte, intransitivo; ou como verbo auxiliar, em locuções verbais; ou como “verbo de
ligação”, “cópula”, “relacional”, “de estado”, aquele sem significação, que expressa tão
somente as categorias tempo, modo e, para alguns, aspecto, portanto carente de transitividade
e que tem a função de ligar e relacionar dois elementos: sujeito e predicado. Com base nisto,
com o interesse pela gramaticalização do item lexical ser, esse trabalho tem como objetivo
verificar os diferentes usos e funções do SER em uso no português médio garimpados do
gênero textual GON, História do mui nobre vesparino, imperador de Roma. No paradigma
funcionalista em que se abriga o estudo da gramaticalização, esta pesquisa analisa
sincronicamente os dados amostrais do Corpus Diacrônico do Português – CODIPO. Por
razões metodológicas, esta pesquisa foi dividida em dois momentos: no 1º momento,
refinamos e validamos do CODIPO, no 2º momento, fizemos o levantamento e análise de
dados amostrais das orações com ser. Os dados levantados foram submetidos ao programa
Statistical Package for the Social Sciences (NIE et al. 1[1968]2007), para o cálculo da
frequência de cada variável, cruzamentos de dados e tratamento estatístico e, com base nesse
resultado quantitativo, abalizaremos a análise qualitativa visando explicar o fenômeno de
gramaticalização e mudança dos usos do ser. As análises comprovam que o SER já assumia
outras funções diferentes do da gramática tradicional, os de SER caracterizador, SER
identificador, Ser pertencer, SER sentido de situa-se, SER intensificador,SER sentido de ficar.
PALAVRAS-CHAVE: Gramaticalização. Usos do SER. Português médio. Gênero GON.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO HOMOAFETIVO NA ORDEM DO DISCURSO
PUBLICITÁRIO
JJ Domingos (UFPB)
RESUMO: Questão fulcral no campo dos estudos da Linguagem e do Discurso na atualidade,
o lugar do sujeito na mídia instiga-nos a problematizar, neste trabalho, as estratégias e as
condições de possibilidade por que passa o sujeito gay a fim de constituir-se enquanto
experiência histórica do presente. Este nosso propósito é conduzido pelo pensamento de
Michel Foucault (1926-1984) acerca do que deve ser o sujeito, que posição ele deve ocupar no
real ou no imaginário para se tornar sujeito legítimo deste ou daquele conhecimento. Em
paralelo com as contribuições do pensamento foucaultiano, buscaremos no interior do
arcabouço teórico da Análise do Discurso Francesa, elementos que nos possibilitem pensar o
sujeito homoafetivo a partir de uma relação determinada com o discurso sobre a verdade.
Nesse sentido, nossa discussão mover-se-á por alguns conceitos desse campo de saber:
sujeito, discurso, enunciado, séries enunciativas. Ainda no terreno da AD, e apoiados em seu
princípio basilar no qual o discurso se constitui no momento em que linguagem e história se
alcançam no interior das relações sociais, trataremos discursivamente nosso objeto na
perspectiva da Semiologia Histórica, proposta e desenvolvida por J.J.Courtine (2006). Essa
abordagem analítica do discurso tem seu lastro no conjunto das formulações por que passou o
projeto teórico da Análise do Discurso empreendido por Michel Pêcheux (1969-1983).
Seguindo a linha do raciocínio de Foucault mencionada anteriormente, que se encaminha no
sentido de questionar como seres humanos tornam-se sujeitos, nosso trabalho analítico
desenvolver-se-á com base em peças publicitárias dirigidas ao público gay ou que a este faz
referência. Ao passo que descrevemos os enunciados das propagandas, interrogamos a mídia
enquanto um dispositivo de saber/poder sobre a sexualidade e, do mesmo modo, um lugar de
reverberações discursivas sobre o sujeito na relação com a homoafetividade.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sujeito homoafetivo. Verdade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA EM CANÇÕES DE LUIZ
GONZAGA
Francisca Joilsa da Silva (UERN)
RESUMO: Nosso trabalho tem por finalidade estudar como se constrói a identidade feminina
em canções de Luiz Gonzaga, identificando como a mulher é vista nessas letras, de maneira
que são composições de épocas diferentes, que se modificam de acordo com o contexto em
que se insere. Por não ser um tema novo e ter poucos estudos realizados nessa linha de
pesquisa, procuramos um melhor aprofundamento nos estudos, assim obter melhores
respostas para a nossa pesquisa. A metodologia utilizada nesse estudo se dá com o método
dedutivo, pois a pesquisa vai abranger a identidade em um aspecto amplo, para assim chegar
mais especificamente na identidade feminina figurada nas canções de Luiz Gonzaga.
Contamos com as teorias de Silva (2003), Lucena (2003), Tomaz Tadeu da Silva (2009),
Muraro e Boff (2010), Stuart Hall (2011), Marcelo e Rodrigues (2012), dentre outros teóricos.
A pesquisa, caracteriza-se como histórico, comparativo e descritivo, tem caráter qualitativo,
enfocando análises da identidade feminina nas canções do Rei do Baião. O nosso estudo
constitui-se em descrever a mulher em épocas abordadas nas canções, no qual realizaremos
uma amostragem probabilista. Nesse sentido buscaremos analisar como se dar a construção da
identidade feminina em canções de Luiz Gonzaga, e refletir como a mulher, e em especial a
mulher nordestina é exposta nessas canções nas décadas 50, 53 e 77, escritas e cantadas pelo o
Rei e seus vários parceiros, nos ritmos nordestinos que encantaram todo o Brasil. Ritmo que
cresceu e obteve muitas ramificações ao longo do tempo, e que hoje o forró é um gênero
musical que representa a musica popular do Nordeste, e as mulheres continuam sendo
símbolo de expiração para as composições de muitos estilos de forró existentes.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Feminino. Canção. Luiz Gonzaga.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE DE LEITORES NA REDE SOCIAL SKOOB
Midiã Ellen White de Aquino (PPgEL/UFRN)
RESUMO: Esta proposta de trabalho tem como objetivo analisar resenhas publicadas na rede
social Skoob (específica sobre livros, leituras e discussões entre leitores) visando à recepção
da obra Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice Lispector, com o intuito de
refletir sobre a constituição da subjetividade do sujeito leitor nesse ambiente virtual. A
abordagem é feita a partir de algumas características pertinentes a subjetividade necessária e a
subjetividade acidental, categorias que estão inseridas nos estudos de Vincent Jouve (2013).
Partindo do pressuposto de que toda leitura é carregada de subjetividade, ao leitor é dada a
liberdade de construir os sentidos do texto com base no seu conhecimento de mundo. Assim,
cada indivíduo delineia um pouco de si no momento da leitura, em um jogo de interação com
a obra possibilitando um retorno ao seu interior e, consequentemente, uma descoberta de si
mesmo por meio do objeto literário. Deste modo, tal análise coloca em primeiro plano as
reações e inferências interpretativas dos leitores e suas implicações pessoais sobre o romance
clariceano.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Leitor. Leitura Subjetiva. Skoob.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A “DEFORMAÇÃO” DO OLHAR EM CLARICE LISPECTOR: UMA LEITURA
DOS CONTOS “EVOLUÇÃO DE UMA MIOPIA” E “O CRIME DO PROFESSOR DE
MATEMÁTICA”
Ana Cristina Lima Santos (UERN)
Antonia Marly Moura Silva (UERN)
RESUMO: Os contos “O crime do professor de matemática” e “Evolução de uma miopia”
foram publicados originalmente nas coletâneas Laços de família (1960) e A legião estrangeira
(1964), respectivamente. Nas referidas obras, bem como nas demais que compõem a poética
da autora Clarice Lispector é recorrente a incansável busca pela autodescoberta que se torna
perceptível através de uma exploração fenomenológica do olhar. Nesse sentido, os escritos
lispectorianos procuram, pois, desbravar os recônditos da alma humana trilhando pelos
caminhos da subjetividade de um olhar que as personagens projetam para o seu interior
impulsionadas por estímulos externos. Este olhar penetra de modo atento e paciente os seres
fictícios Claricianos com a finalidade descortinar a consciência de si e dos outros que
coexistem em si, ou mesmo do universo que os engloba, ultrapassando as fronteiras da visão
tradicional, cartesiana. A atividade visual e especificamente sua face “deformada”, eixo
temático que une os contos selecionados, constitui o objeto de análise deste trabalho que
objetiva compreender a representação da limitação visual metaforizada como instrumento
capaz de voltar o olhar dos protagonistas para dentro de si revelando o caráter fragmentário,
inconcluso da constituição do sujeito. Para fundamentar esta discussão optou-se por recorrer
às formulações feitas por Bosi (1988) e Ginzburg (2003/2004) a cerca da temática eleita. Ao
término do trabalho espera-se entender o que os personagens em análise podem ver sobre si,
sobre o mundo, sobre os outros que constituem seus avessos, considerada a miopia que lhes
caracteriza e a partir da qual se desvela a compreensão vivenciada por ambos de que as
profundezas do ser são incompreensíveis.
PALAVRAS-CHAVE: Conto. Clarice. Autodescoberta. Olhar. Deformação
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A IDENTIDADE PESSOAL NO GÊNERO DEPOIMENTO: UM EXERCÍCIO
ANALÍTICO SOB A ORIENTAÇÃO DA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA E
COMUNICACIONAL DO DISCURSO
João Batista da Costa Júnior (UFRN)
RESUMO: Percebe-se que, na modernidade tardia, as instituições privadas de ensino têm
estreitado cada vez mais seu vínculo com os segmentos empresarias. Gerenciados por uma
ótica economicista, os setores privados da educação enfatizam em seus discursos a
necessidade de o aluno contratar crédito estudantil como condição para sua formação
acadêmica e profissional, mercantilizando, assim, a educação como bem de consumo. Sob
essa perspectiva, esta pesquisa objetiva contribuir para uma visão crítica e reflexiva a respeito
dos discursos e do processo da construção identitária pessoal diante da relação entre educação
superior privada e mercado como fios que se entrecruzam na modernidade tardia. Como
questão norteadora, partimos da indagação: Que representações alunos de instituições
privadas de ensino superior fazem a respeito de sua própria identidade pessoal quando falam
sobre a aquisição do crédito estudantil PRAVALER? A pesquisa está inscrita na Abordagem
Sociológica e Comunicacional do Discurso – ASCD, (PEDROSA, 2011, 2012) e no quadro
teórico da Análise Crítica do Discurso – ACD, (FAIRCLOUGH, 2006, 2008;
CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999), dialogando com os estudos sociológicos de
BAJOIT (2008). O trabalho se constituiu metodologicamente numa abordagem de natureza
qualitativo-interpretativista (CHIZZOTTI, 1991; BOGDAN e BIKLEN, 1994; MINAYO,
1994), assentando-se nos pressupostos da Linguística Aplicada contemporânea (SIGNORINI,
1998; MOITA-LOPES, 2006; MENEZES, SILVA, GOMES, 2009). O corpus analisado
concentrou-se numa compilação de 04 depoimentos coletados diretamente do site da Agência
PRAVALER. As categorias analíticas que elegemos para conduzir a análise dos dados
ancoraram-se na perspectiva teórica da Linguística Sistêmico-Funcional, especificamente no
Sistema de Avaliatividade (MARTIN E WHITE, 2005) e no Sistema de Transitividade
(CUNHA & SOUZA, 2011). Os dados analisados evidenciam que a construção da identidade
pessoal dos alunos que contratam o crédito estudantil concorre para uma consonância
existencial, no intuito de alcançar sua realização pessoal e reconhecimento social.
PALAVRAS-CHAVE: Abordagem Sociológica e Comunicacional do Discurso.
Depoimento. Crédito estudantil. Identidade pessoal.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A IMAGINAÇÃO POÉTICA DO SERTANEJO EM CATULLO DA PAIXÃO
CEARENSE
Marcelo Silva de Andrade (UERN)
Karlla Christine Araújo Souza (UERN)
RESUMO: Considerado um dos maiores poetas brasileiro do início do século XX, Catullo da
Paixão Cearense (1963-1946) fez do sertão e do sertanejo tema recorrente em seus poemas.
Abordando as práticas, os saberes e o cotidiano do sertanejo. O presente artigo tem por
objetivo analisar o sertão e o sertanejo na poesia de Catullo da paixão Cearense (1963-1946).
Investiga, especificamente, as imagens poéticas que o sertanejo, da obra de Catullo, constroi
do sertão, fazendo valer, assim, o devaneio e a imaginação poética. Imaginação que o permite
pensar e viver o sertão como um lugar belo, grandioso e inigualável. Para tal pesquisa me
aproprio, principalmente, do pensamento de Gaston Bachelard acerca da imaginação e do
devaneio poético. O denominado Bachelard noturno, amante da poesia e da arte, inovador da
noção de imaginação. Em que apresenta o devaneio poético, semente da imaginação poética,
como algo em que todos os sentidos se despertam e se harmonizam, caracterizando-se como
possibilidades de existência. Esta pesquisa pode ser compreendida como um estudo sobre o
imaginário. Desse modo, farei uso do pensamento de Gilbert Durand (1997), para quem o
imaginário é o conjunto das imagens e das relações entre imagens que constituem o
pensamento humano. Ainda segundo o autor, o imaginário não está fora do real, pois seu
substrato é a realidade. E tendo convicção de que a questão central dessa pesquisa é o sujeito,
o pensamento complexo de Morin contribuirá sobremaneira para uma compreensão mais
ampla do sujeito do sertão, tendo em vista que leva em consideração todas as dimensões:
antropológica, sociológica, histórica, psicológica, biológica etc. Em que natureza e cultura são
indissociáveis. Enfim, penso, com Morin (2003), que tomar a poesia como um material de
estudo é ter a possibilidade de compreender a dimensão poética da existência humana.
PALAVRAS-CHAVE: Sertão. Sertanejo. Poesia. Imaginação.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A INFÂNCIA MODERNA: REFLEXÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
PERMEADA PELA PUBLICIDADE
Maria Soberana de Paiva (UERN)
Karlla Christine Araújo Souza (UERN)
RESUMO: A infância constitui uma forma particular de pensar a criança contemporânea,
revelando-se uma fase essencial na formação do sujeito em sociedade. Nela a criança
desenvolve as competências cognitivas e afetivas essenciais para agir e perceber o mundo
social em que se encontra inserida desde seu nascimento, permeada ao mesmo tempo pelas
principais instituições de socialização e instrução social, a família e a escola, bem como as
mídias, em especial a televisão, que atualmente consolidou-se como um dos principais
mecanismos de transmissão e manutenção de normas e valores sociais. Consideramos que a
atuação da mídia como instância socializadora e atuante revela mudanças históricas e sociais
nos espaços de formação e socialização em sociedade, colaborando assim para a constituição
de um novo sujeito social. Desse modo, o presente estudo buscou refletir sobre a constituição
da criança em um ser social, observando a presença da publicidade televisiva nesse processo,
que através de um discurso persuasivo e sedutor passou a atuar sobre a formação da
subjetividade e da individualidade infantil, na medida em que concretizou-se como modelo de
referência para comportamentos e ações em sociedade. Esperamos contribuir assim para a
construção de um novo olhar sobre a constituição da criança em sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Publicidade infantil. Televisão. Infância.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
A TESSITURA DO CUIDADO EM SAÚDE E A CIÊNCIA
Lorrainy da Cruz Solano (Faculdade Vale do Jaguaribe)
Ailton Siqueira de Sousa Fonseca (UERN)
RESUMO: O tema cuidado em saúde tem transitado em todos os espaços do trabalho em
saúde emergindo como uma senha para a discussão acerca dos processos de trabalho no
cenário brasileiro. Este texto objetiva discutir a importância do cuidado científico para a
construção do cuidado em saúde e as implicações desses modos de cuidado frente às
demandas do sistema único de saúde. Destaca-se o modo como estamos acumulando
conhecimentos por vezes reducionistas, fragmentados, descontextualizados, voltados para
demandas externas (como o mercado de trabalho) em detrimento as necessidades sociais por
saúde. Vale salientar que o cuidado científico a que este texto refere-se não é exclusivo da
vida acadêmica, ao contrário atravessa todo o processo de trabalho do em saúde desde o
assistir/intervir, passando pelo gerenciar/administrar, ensinar/aprender e por fim o
pesquisar/investigar. É preciso pensar quepor ecoar nos espaços sejam da formação, gestão ou
assistência os preceitos da ciência moderna de rigor científico é que escorrem entre as frestas
do processo de produção de sentidos nos atos de cuidar o encantamento da ciência. Sendo
assim, pensar que o cuidado científico é um dos fios que compõe a trama do cuidado em
saúde e por isso integra uma tapeçaria com fios polifônicos e polissêmicos como humanidade,
vida, poesia, mundo, terra e que por isso o cuidado em saúde que está presente nos
imaginários e nas práticas individuais e coletivas dos sujeitos envolvidos passa
necessariamente pelo os modos de ser que temos frente às ciências. Precisamos pensar em
outros caminhos em que novos pactos de solidariedade, humanidade e ética possam existir e
assim os sujeitos envolvidos no processo de produção dos serviços de saúde possam
estabelecer novos pactos de convivência em consonância com os princípios e diretrizes do
SUS.
PALAVRAS-CHAVE: Cuidado. Cuidado em saúde. Ciência.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
AQUELES DOIS SOB A ÓTICA DOS ESTUDOS CULTURAIS E DA TEORIA
QUEER
Diego Menezes Augusto (UEPB)
Maria Verônica Anacleto Pontes (UFCG)
RESUMO: Este trabalho objetiva analisar o conto Aqueles dois do escritor gaúcho Caio
Fernando Abreu por meio dos Estudos Culturais e da Teoria Queer. A ideologia
heteronormativa forja mecanismos discursivos e comportamentais que tolhem, excluem e
maltratam as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexos - LGBTI por não
reproduzirem o padrão de gênero e sexual eleito como norma pela minoria dominante; atos
irascíveis que variam de xingamentos a assassinatos hediondos. E tal lógica cruel traz
consequências incomensuráveis nas vidas das pessoas LGBTI. Raul e Saul, personagens do
conto em questão, no processo de identificação e reconhecimento mútuo, constroem modos de
subjetivação que lhes protegem dos efeitos negativos das intempéries supracitadas.
PALAVRAS-CHAVE: Estudos culturais. Teoria queer. Caio Fernando Abreu.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ: A INTERDISCURSIVIDADE NA POESIA DE
PATATIVA DO ASSARÉ
Sergio Rubens Alves Cavalcante (UERN)
Wandeson Alves de Oliveira (UERN)
RESUMO: O interdiscurso é um dos objetos de estudo da disciplina Análise do Discurso.
Afim refletir a cerca de como os discursos se interligam e de contribuir para os estudos de
analise do discurso tendo como foco o interdiscurso, o seguinte trabalho preocupa-se em
analisar em como a interdiscursividade está presente na poesia do poeta Patativa do Assaré,
mais especificamente objetiva-se em: primeiro, analisar a interdiscursividade no discurso de
Patativa do Assaré; segundo, identificar a identidade, a crítica social e as questões históricas
presentes no discurso de Patativa. Além de ver como se dá a construção de sentido nesse
mesmo discurso. Trata-se de uma pesquisa caráter qualitativo e interpretativo para tanto nos
embasamos em estudos de teóricos como de Nascimento (2011) e Mussalim (2003). Ao
analisar o discurso de Patativa do Assaré focamos nossa pesquisa no poema Cante lá que eu
canto cá, para observar a interdiscursividade principalmente de caráter religioso, a identidade
do sertanejo e sua luta constante diária por sobrevivência no seco e quente sertão nordestino e
a critica social. De acordo com o exposto, podemos concluir que a pesquisa feita contribui
significativamente para os estudos da AD, no que diz respeito a interdiscursividade, para a
percepção e interpretação da poesia de Patativa do Assaré e também para os nossos estudos
acadêmicos.
PALAVRAS-CHAVE: Assaré. Interdiscursividade. Análise do Discurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
CONCEPÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA ASSOCIADAS ÀS DIVERSAS
DISCIPLINAS CURRICULARES
Laura Barreto (ULHT)
Orientadora: Márcia Karina (UFPB)
RESUMO: Este estudo aborda as Concepções de gênero associadas às diversas disciplinas
curriculares, realizada com professores do Ensino Médio do Colégio Menino Deus, instituição
privada que atende a alunos de classe média do município de Mossoró – RN, tendo como
questão norteadora: de que maneira a escola associa a questão do gênero às diversas
disciplinas curriculares? Nesse sentido, procurou-se abordar as mais recentes literaturas
acerca dos temas em destaque: relações de gênero, sexualidade, relações de poder, escola e
docência, a fim de compreendermos a realidade da qual nos propomos a estudar. Quanto ao
objetivo que se pretendeu alcançar foi o de analisar e compreender as associações de gênero
na escola a partir dos papéis masculinos e femininos associados às diversas disciplinas
curriculares. O estudo foi desenvolvido com base na abordagem qualitativa, utilizando-se
como técnica de coleta de dados a observação direta e a entrevista semiestruturada. A análise
dos dados partiu dos discursos de Olabuenaga e Ispizúa, através do método da análise de
conteúdo. Os autores que subsidiaram o estudo foram: Foucault (1988), Hall (2006), Harding
(1983, 2010), Bourdieu (1998), Perrenoud (1993, 1994), Saviani (2008), Scott (1990, 1995,
2002), Butler (1987), Louro (2010, 2007), Richardson (2010) e outros. Os resultados revelam
que a mulher contemporânea sofreu uma grande influencia do seu histórico-social. Durante
muitos anos a mulher devia obediência ao gênero masculino, nada deveria ser feito sem
consentimento do seu pai/esposo. Hoje, a mulher possui autonomia de suas vontades. Essa
evolução feminina favoreceu, também, uma grande evolução na sociedade, pois a mulher
ocupa cargos importantes que antes eram denominados apenas para os homens. No entanto,
ainda há o preconceito quanto aos sexos e as profissões escolhidas. A escola, por sua vez, é o
ambiente que tem por função ensinar conteúdos e repassar valores e, o professor, ocupa um
lugar importante nessa tarefa. Nesse sentido, na investigação realizada, os docentes dos mais
variados sexos que lecionam as diversas disciplinas escolares, apesar de alguns sofrerem com
discriminações por parte dos alunos e pais, não são contratados pela questão de gênero e, sim,
pela sua qualificação e competência. Desse modo, a instituição investigada não associa a
questão do gênero à disciplina lecionada na contratação dos seus funcionários.
PALAVRAS-CHAVE: Relações de Gênero. Escola. Educação. Docência.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
DESCONSTRUINDO IDENTIDADES EM CONTOS DE AMOR RASGADOS, DE
MARINA COLASANTI: SUBJETIVAÇÕES EM CRISE NA LITERATURA DO
SÉCULO XX
Davi Tintino Filho (IFRN)
Maria Eliane Souza da Silva (IFRN)
RESUMO: Este estudo visa à reflexão da condição humana na contemporaneidade, a partir
do olhar crítico sobre a ficção da autora Marina Colasanti, cuja produção literária, em sua
maior parte, deu-se no século XX, evidenciando as transformações identitárias, como parte
constituinte dos jogos de poder, das diferenças entre homens e mulheres, com aqueles se
sobrepujando, quase sempre, a estas. No sentido de questionar essa ordem, na obra Contos de
amor rasgados (1986), Colasanti dar vida a um espaço ficcional que desconstrói a solidez das
posições histórica e convencionalmente construídas em torno dos gêneros, fazendo-nos
refletir acerca daquilo que a tradição procura naturalizar, o que, na verdade, percebemos ser
de ordem cultural. A autora, por meio de uma linguagem altamente alegórica, possibilita-nos
aproximar o discurso literário de discursos outros, ensejadores de reflexões em torno de
aspectos relacionados a humanidades, como a construção de subjetividades. Nesse sentido,
buscamos, principalmente, em Suely Rolnik, psicoterapeuta e crítica cultural (leitora profunda
dos filósofos franceses Félix Guattari e Gilles Deleuze), embasamento sobre o processo de
“controle de subjetivação” (GUATTARI; ROLNIK, 2011) a que estamos sujeitos,
enformados numa rígida molaridade, controladora dos corpos. De Rolnik, vislumbramos,
ainda na mesma esteira discursiva, a aproximação do texto de Colasanti do conceito de “corpo
vibrátil” (ROLNIK, 2011), como aquele que transcende a mera constituição orgânico-
biológica e se revela como uma espécie de corpo anárquico, dotado de capacidade de
metamorfose, escorregadio entre as teias aderentes das formações capitalísticas. Esse corpo é
o que, notadamente, encontramos nos microcontos da obra, os quais nos impulsiona para a
discussão acerca das identidades, como construções sociais que nos são impostas, e das
subjetivações, enquanto energia que nos habita e nos torna singulares. É o corpo cuja voz,
logo no conto que funciona como prólogo do livro de Colasanti, fala sobre uma “coceira no
ouvido”, ouvido que, alegoricamente, conduz a uma porta, aberta para mudança, para o
descentramento da ordem. A confluência desses corpos, de onde emanam afetos que
desestabilizam os eixos, conforme desenvolveremos, constitui o que Deleuze (2011)
denominou de “povo menor”, ou como Barthes os chamou de “povoléu” (1979). Assim, essas
denominações referenciam, conceitualmente, aquilo a que Colasanti deu vida em sua ficção: a
existência de uma população, menor, não em extensão ou casta, mas que “funciona” na
contramão ideológica das identidades, como potência, como um “povo por vir” (DELEUZE,
2011).
PALAVRAS-CHAVE: Ficção. Identidade. Subjetivações. Corpo vibrátil. Povo menor.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
DISCURSIVIDADES COTIDIANAS: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO PELO
DISCURSO DA COMERCIALIZAÇÃO DO CORPO
Jéssica Oliveira (UERN)
Maria Eliza Freitas do Nascimento (UERN)
RESUMO: A mídia está no rol dos discursividades do cotidiano que produz diferentes efeitos
sobre os sujeitos sociais. Por isso, neste trabalho, temos como objetivo analisar o discurso
sobre a comercialização do corpo, observando como o sujeito é construído, a partir da relação
com a memória discursiva. Nessa era pós-moderna, a fragmentação é a marca constitutiva do
sujeito, visto como uma possibilidade múltipla de posições discursivas. Desse modo, a mídia
opera como um dispositivo que induz a uma nova maneira de ver o corpo, tornando-o um
objeto tido idealizado, algo a ser atingido, seguido e esculpido. Entretanto, esse corpo que
pode ser fabricado, também pode ser comercializado, como um produto de consumo,
favorecendo a se refletir sobre a construção desse sujeito que coloca seu corpo à venda. Desse
modo, usamos como corpus de análise a capa da revista Veja que apresenta uma matéria
sobre a garota catarinense que vendeu a virgindade. Usamos como base teórica a Análise de
Discurso, por meio das contribuições de Pêcheux e Foucault e também nos apoiamos nos
estudos culturais com Stuart Hall para discutir o sujeito pós-moderno. O corpo nessa
produção discursiva está ligado a uma ordem do discurso midiático que influencia os modos
de ser sujeito, promovendo novas vontades de verdade que determinam as práticas sociais
contemporâneas.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sujeito. Corpo. Mídia.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA
ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA
Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)
RESUMO: Esse texto intenta analisar a discursivização da intimidade na mídia, tendo a
fotografia como o elemento propulsor. Para tanto, partimos da constatação de que, nos tempos
atuais, a intimidade não se restringe tão-somente aos ambientes de extremo recato e
privacidade, uma vez que se exibe despudoradamente nos mais variados veículos midiáticos.
Assim, o sujeito contemporâneo, ao expor elementos que outrora estavam circunscritos a sua
vida privada, corrobora toda uma constituição sócio-histórica que permite a aparição de
discursos sobre a intimidade na mídia. Desse modo, a clássica indagação foucaultiana acerca
do “quem somos nós hoje” passa necessariamente pela investigação dos discursos produzidos
pelos sujeitos sobre si no seio da denominada sociedade do espetáculo (DEBORD, 2003).
Enxertamos no âmbito desse debate a premência de averiguarmos o papel da fotografia – que
retrata momentos peculiares da intimidade do sujeito – como um elemento que tanto se
constitui num discurso (imagético) da vida privada, como faz emergir outros discursos.
Destarte, esse texto analisa algumas materialidades discursivas que trazem à tona a assunção
da intimidade nas bordas da mídia, de maneira a suscitar uma discussão preliminar sobre essa
temática, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso, conforme praticada no
Brasil, na confluência dos estudos de Michel Pêcheux e Michel Foucault.
PALAVRAS-CHAVE: Intimidade. Discurso. Mídia.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
ENVELHECIMENTO E CORPOREIDADE: A INSCRIÇÃO DE SENTIDOS SOBRE
O CORPO E A VELHICE
Mestre Francisca Alves da Silva (CSJ)
RESUMO: Vivemos em uma sociedade que cultua a juventude, o belo, o novo. O ideal de
felicidade está associado à juventude e o modelo de corpo apresentado com correto e saudável
é um espelho dessa aparência. Encontramos nisto um dos grandes conflitos na relação do
sujeito com o envelhecimento. A biopolítica nas sociedades ocidentais colocou no centro de
suas atenções o discurso médico, visando à medicalização e disciplinamento da sociedade.
Essa medicalização da sociedade ocupa lugar central quando o assunto é velhice. Os discursos
que circulam sobre o envelhecimento são atrelados ao discurso da medicina. A prática de
hábitos saudáveis, alimentação adequada, atividade física e o constante cuidar de si são
estratégias biopolíticas para a padronização e uniformização das subjetividades, visando à
saúde e a contínua vigilância dos corpos. Neste trabalho tratamos sobre a relação da velhice
com o corpo, os discursos circulantes na mídia sobre o tema, as práticas discursivas e a
produção de sentidos sobre a construção do novo velho. A partir de materialidades discursivas
da mídia, entendendo esta como uma prática discursiva na qual poder e saber se articulam por
intermédio de jogos de verdades que produzem sentidos sobre a constituição dos sujeitos
modernos, buscamos descrever/interpretar como a velhice é desenhada em nossa cultura. Para
tanto temos como referência teórica e metodológica a Análise de Discurso Francesa, com
ênfase nos estudos de Michel Foucault.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Corpo. Envelhecimento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
“LISBELA E O PRISIONEIRO”: PROTAGONISTAS PERSONIFICADORES DO
“JEITINHO-BRASILEIRO” E DA INFLUÊNCIA EXTERNA NO SER NACIONAL.
ANÁLISES E CONTEXTO HISTÓRICO
Davi Jeremias da Silva Moura (UERN)
Sáskhia Raíssa Torquato de Lima (UERN)
RESUMO: O trabalho realiza uma análise específica do contexto histórico e social das raças
brasileiras no início da colonização do país e de como a miscigenação e a socialização com
diferentes culturas gerou o típico “jeitinho brasileiro”, além de avaliar como esse “jeitinho” se
materializa no ser nacional e como o brasileiro é suscetível à influência externa. Para tal
análise, foi escolhida uma forma de arte bastante apreciada por pessoas do Brasil e do mundo:
o cinema. O filme brasileiro “Lisbela e o Prisioneiro”, dirigido por Miguel Arraes de Alencar
Filho, foi o foco da pesquisa, especificamente com atenção redobrada aos seus protagonistas
Leléu (Selton Mello) e Lisbela (Débora Falabella), que têm um foco maior durante a produção
e representam bem nos seus papeis os estereótipos que compõem diretamente as
características relacionadas ao “jeitinho brasileiro”. No filme, o Nordeste do Brasil é utilizado
como cenário da narrativa, incluindo locações, personagens típicos do local, vocabulário e
alguns costumes bem regionais. A metodologia utilizada foi a consulta ao filme, assistido
várias vezes; e a pesquisa bibliográfica, para revisar os autores da área. O trabalho apresenta
discussões quanto ao cinema brasileiro (REIA-BAPTISTA, 2007), ao choque cultural,
formação social e o contexto histórico do “jeitinho brasileiro” (RIBEIRO, 1995; TÚLIO,
2007).
PALAVRAS-CHAVE: Miscigenação. “Jeitinho brasileiro”. Lisbela e o Prisioneiro.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
O AVESSO DAS CANÇÕES - A TEORIA BAKHTINIANA DA
CARNAVALIZAÇÃO NAS CANÇÕES DA MPB
Elielder de Oliveira Lima
RESUMO: A pesquisa teve como objetivo analisar a presença de elementos
carnavalizadores nas canções da Música Popular Brasileira (MPB) produzidas no
período da Ditadura Militar. Partindo do pressuposto de que o fenômeno da
carnavalização pode ser compreendido com uma influência do carnaval na literatura e
em outros gêneros trazemos à discussão o fato de que canções produzidas sob repressão
podem apresentar marcas de elementos carnavalizadores. A fim de analisar o conceito da
Carnavalização, empreendemos um levantamento das particularidades teóricas
apresentadas pelo pensador russo, Mikhail Bakhtin, nas obras Problemas da Poética de
Dostóiévski (1981) e A cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto
de François Rabelais (1987). O corpus da investigação é constituído por canções da
Música Popular Brasileira, produzidas no período de 1964 a 1985. Foi a partir da análise
do corpus que identificamos os elementos carnavalizadores nas músicas da MPB. Desta
forma, podemos dizer que o carnaval deve ser visto como cultura, ou seja, uma estrutura
que fornece um sistema de significados para as ações e representações sociais dos
indivíduos. Nessa perspectiva, o carnaval ultrapassa o momento ritual da festa para
incrustar-se no cotidiano, na maneira de ver o mundo, no modo de relativizar a ordem
social por meio da ambivalência, da paródia, do riso, enfim da festa.
PALAVRAS-CHAVE: Bakhtin. Carnavalização. MPB.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
O ESPAÇO DA PALAVRA COMO LUGAR DE ENFRENTAMENTO DO
SOFRIMENTO PSÍQUICO
Aline Gracindo (UERN)
Camila Mesquita (UERN)
Deivson Wendell (UECE)
RESUMO: Vivemos em um mundo que se encontra em permanente movimento, graças às
constantes intervenções e transformações feitas pelo homem. À medida que este homem
modifica o mundo, também modifica a si, pois vai experienciando esse novo mundo e
apropriando-se de novas matérias primas constitutivas e modificadoras de sua subjetividade.
Essa situação produz sempre um novo sujeito, pois as situações concretas exteriores incidem
sobre a sua história de vida, provocando experiências significativas, como perdas e
frustrações, que afetam a sua forma de ser, pensar e agir e que, portanto, tem a capacidade de
colocá-lo frente a frente com questões interiores, íntimas ao “eu”, dilemas existenciais, crises
psíquicas. Para aprender a conviver com tais mudanças ou superá-las e para o sujeito
compreender o seu sofrimento psíquico, tem-se a Terapia Comunitária. Esta abordagem
terapêutica expandiu-se por diversos municípios brasileiros, sendo exercido nos serviços de
saúde e social, dentre estes, tem-se o Espaço da Palavra em uma Unidade Básica de Saúde de
Mossoró/RN. Procuramos demonstrar o que têm mudado na vida de frequentadores do
Espaço da Palavra, onde os sujeitos, especialmente os usuários de psicotrópicos, reúnem-se
semanalmente desde setembro de 2012, para falar de suas vivências pessoais e escutar os
outros. Para isso, recorremos à observação participante e aos subsídios teóricos que tratam do
sujeito e da Terapia Comunitária. A partir da nossa vivência, percebemos que, antes de suas
entradas no Espaço, muitos dos participantes não tinham possibilidades de discussão de suas
angustias, e encontraram no mesmo um lugar de acolhimento, onde, por meio do trabalho
terapêutico em grupo, estes compartilham sofrimentos e procuram conjuntamente
possibilidades de intervenções. O Espaço transforma-se assim em espaço de convivência,
além de espaço de terapia, sendo um reforçador das relações de vínculo, refletindo em
melhoria de qualidade de vidas, pois estes demonstraram sentirem-se mais fortes, com
autoestima elevada, e com uma capacidade de viver suas emoções e dores por si, resultando
na decisão de desmame dos medicamentos por alguns, e no desejo de diminuir, ou na
diminuição efetiva da quantidade ou da frequência do seu uso por outros. Assim sendo,
podemos visualizar o Espaço como um lugar de acolhimento e transformação, que transforma
o unitário em comunitário, o individual em coletivo, e o sofrimento em resiliência, força,
independência. Cabendo como um espaço de alta resolubilidade no contexto da Atenção
Básica como forma de minimizar e prevenir o sofrimento psíquico e de aumentar a qualidade
de vida dos comunitários.
PALAVRAS-CHAVE: Sujeito. Terapia Comunitária. Sofrimento Psíquico.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
O “EU” (NEGRO) E O “OUTRO” (BRANCO): MARCAS DE ALTERIDADE NAS
RELAÇÕES AFETIVAS EM “CLARA DOS ANJOS” DE LIMA BARRETO
Ana Gabriella Ferreira da Silva (UERN)
Geilma Hipólito Lúcio (UERN)
RESUMO: O trabalho trata-se de uma análise literária da obra Clara dos Anjos, de Lima
Barreto, no qual objetiva-se entender como se constitui as relações afetivas inter-raciais entre
os personagens Cassi Jones (branco) e Clara dos Anjos (negra) e as consequências dessa
afetividade na formação identitária da protagonista. Para compreender este processo de
construção, buscaremos os estudos da alteridade de Duschatzky e Skliar (2001), que explicam
a formação do “eu” através do olhar sob o “outro”, o que implica uma identidade deformada
ou em constante construção. Ao mesmo tempo em que a alteridade se apresenta, as vozes
sociais aparecem como fatores determinantes na composição dos discursos e do romance
como um todo. Tendo em vista que para uma completa compreensão da literatura de Lima
Barreto é necessário um olhar autobiográfico, utilizaremos os conceitos de plurilinguismo
teorizado por Bakhtin (1993) cujas vozes dos personagens, narrador e autor se imbricam
compondo o gênero romance. Além da alteridade é necessário compreender historicamente as
relações afetivas entre brancos e negros da sociedade abolicionista e pós-abolicionista e a
identidade da mulher negra em seu percurso histórico. Para tanto nos respaldaremos em
Munanga (2004), Bauman (2005) e Santos (2004) que tratam da problemática do negro dentro
das relações amorosas.
PALAVRAS-CHAVE: Alteridade. Plurilinguismo. Identidade. Relações afetivas.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
O OUTRO NO TEMPO LÍQUIDO
Josilene Queiroz de Lima (POSEDUC/UERN)
RESUMO: O objetivo deste artigo é compreender as visões que se constrói do outro com o
qual se compartilha o modo de vida líquida na sociedade pós-moderna. Para isso foram
utilizadas as ideias do sociólogo polonês Zygmunt Bauman sobre o processo de globalização
e suas consequências para a sociedade contemporânea, e como contraponto se apresenta o
conto “O outro” de Rubem Fonseca, para uma imersão na máxima – a arte imita a vida ou a
vida imita a arte? Destarte, lança-se um gesto de leitura sobre um corpus formado pelas
reflexões sobre o outro no tempo líquido e nas relações sociais do homem habitante da
sociedade líquido-moderna, permeada pela insegurança e pelo medo. Nesse sentido, toda a
sequência dos fatos apresentados no conto e descritos neste texto comunga com as ideias de
Bauman sobre o modo de viver advindo com o processo de globalização, que ora aproxima,
ora afasta os seres humanos, eventos contemporâneos que levam o ser humano a construir em
uma mesma comunidade verdadeiras fortalezas entre o homem globalizado, social e
economicamente, e os demais sujeitos da subclasse, estranhos ao seu modo de vida líquida.
Sendo os fatos aqui apresentados provocativos para reflexões no tocante ao contexto da
existência atual.
PALAVRAS-CHAVE: Sociedade. Visões do outro. Medo.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
O SUJEITO SERTANEJO NO DISCURSO POÉTICO DE PATATIVA DO ASSARÉ
Ednilda Pereira de Oliveira (UERN)
Maria Eliza Freitas do Nascimento (UERN)
RESUMO: É pertinente conhecer os fatores sociais que propiciaram o surgimento da Análise
do Discurso como disciplina, a qual se preocupa com o discurso enquanto prática discursiva.
Para o analista do discurso o sentido de determinado enunciado não se encontra na linearidade
do significante, mas apresenta-se em sua relação com o exterior, ou seja, a situação social
influência na sua produção e circulação. Desse modo, a Análise do Discurso é um campo de
pesquisa cujo objetivo é compreender a produção social de sentidos, realizada por sujeitos
históricos, por meio da materialidade das linguagens. (GREGOLIN, 2007). Assim,
pretendemos com este trabalho analisar no discurso poético de Patativa do Assaré, usando
como corpus o enunciado “Aqui Tem Coisa”, a constituição do sujeito sertanejo e sua
articulação com a memória discursiva, verificando as influências do discurso religioso e
político na construção do sentido na poesia. Para fundamentar o trabalho, foram utilizadas as
considerações de Orlandi (2010), Gregolin (2007), Fernandes (2007), Maingueneau (2006),
Nascimento (2010), Foucault (1961) e Pêcheux (1982). Assim sendo, estaremos discutindo
questões relacionadas ao discurso literário, focalizando as categorias discursivas e as
condições de produção, para mostrar como o sujeito sertanejo é construído na rede discursiva
pela posição que ocupa, ligando-o aos traços identitários do sertão nordestino.
palavras-chave: Discurso Literário. Memória. Sujeito. Sentido.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
PAIXÕES E FERRAMENTAS DA LABUTA DOCENTE: UMA IDENTIDADE
LAVRADA NO ENSINO DE HISTÓRIA
Gilberliane Mayara Andrade Melo
RESUMO: Resgata algumas experiências vividas como professora-formadora na disciplina
de Ensino de História da Faculdade de Educação na Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte (UERN) entre os semestres de 2010.2 à 2012.2. Pretende promover maiores
reflexões acerca da identidade pedagógica desenvolvida nesse período, tendo como
instrumentário de pesquisa o método (auto)biográfico, por ser este o mais fiel aos desígnios
formativos da interação subjetividade/objetividade social. Constata a importância do estudo
da memória como ferramenta ímpar na (re)significação da práxis pedagógica, na medida em
que informa, forma e “desenforma” o profissional docente. Para tanto, pleiteia discussões de
autores como Josso (2003), Ferraroti (2000), Nóvoa (2002), Tardif (2003), entre outros, que
também contribuem para o desnudar do objeto almejado. E ainda, Utiliza análises
documentais sem, contudo desfavorecer as fontes primárias, reafirmadas na essência das
narrativas coletadas. Considera o processo ensino-aprendizagem um espaço profícuo de
inquietações, independente do agente, pois professor ou aluno, ambos aprendem e ensinam à
medida que repensam sua história. Conclui que o entendimento da identidade profissional
docente passa pela reconstrução de suas experiências, pelo aguçar de todos os sentidos,
experimentar da vida, saborear das fantasias em confronto com a realidade, que ela só é
racional quando idealizada primeiro no mundo das ideias, depois do concreto.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História. Método (auto)biográfico. Práxis pedagógica.
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
POLICARPO E FLORIANO: FIGURATIVIZAÇÕES DA MASCULINIDADE DO
HOMEM BRASILEIRO EM ROMANCES DE FINAL DESDITOSO
George Patrick do Nascimento (UFCG – CFP/PIBID-LETRAS)
RESUMO: O presente trabalho discorre sobre determinadas interseções e distanciamentos
que caracterizam (ou não) o insucesso nas tramas das personagens Policarpo Quaresma e
Fabiano nas obras Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto e Vidas Secas, de
Graciliano Ramos. Numa perspectiva que analisa a construção de uma identidade
genericamente masculina, no primeiro caso de um homem típico da República Velha e, na
segunda situação, de um indivíduo que incorpora uma conceituação historicamente
promulgada de cidadão nordestino, procurou-se, a partir das postulações teóricas de autores
como Albuquerque Júnior (2013), Castello (2004), Morin (2007), entre outros, examinar
comparativamente o processo histórico-social que acarretou na reconfiguração de valores
inerentes ao homem brasileiro de épocas e localidades distintas, todavia essa revalorização
caracterizou-se por readequações das condições comportamentais e subjetivas humanas na
formulação de um estereótipo socialmente masculinizado, situados, neste caso, nas primeiras
cinco décadas da constituição republicana governamental brasileira, exemplificados a partir
dos personagens delineados nos textos supracitados. Concluiu-se, neste primeiro momento,
que os valores figurativizados por Policarpo Quaresma mostram, na sua essência, uma
feminização social do gênero masculino na região Sudeste Pós-Império, enquanto que
Fabiano representa o ser que se esforça em emoldurar uma concepção de homem másculo e
viril, figurativizações típicas das ideologias eugênicas e patriarcais, na formulação
regionalista do povo nordestino.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada. Masculinidade. Valores Histórico-Sociais.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
S. BERNARDO DOS VENTOS UIVANTES: UM PERCURSO MARXISTA DA
MEMÓRIA
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva (IFRN)
RESUMO: São Bernardo dos Ventos Uivantes: um percurso marxista da memória é um
ensaio, fruto da leitura comparativa dos clássicos O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily
Brontë e S. Bernardo, de Graciliano Ramos, sob as perspectivas da memória cultural e da
identidade, utilizando-se o marxismo como ferramenta para crítica literária. Visa ressaltar as
formas de percepção dos séculos XIX e XX, a mentalidade social e a ideologia das épocas
refletidas na estética literária. O método de abordagem utilizado foi a pesquisa bibliográfica,
reportando-se, ainda, ao método dialético, uma vez que elas não podem ser consideradas fora
de um contexto social e histórico. Para tanto, discutirá alguns pontos de convergência entre as
obras, tais como a noção de propriedade, as relações sociais e produtivas, a construção das
identidades sociais e discursivas. Bosi (1994), Candido (2006), Eagleton (2011), Falleiros
(2002), Marx (2006), entre outros, são nomes que dão respaldo à pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: Crítica literária. Marxismo. Memória. Identidade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES: JOGOS DE ALTERIDADE
E DIALOGISMO NA FILOSOFIA BAKHTINIANA
Geilma Hipólito Lúcio (UERN)
Ana Gabriela Ferreira da Silva (UERN)
RESUMO: A concepção de sujeito é fundamentada pelo meio social tenso das relações, na
qual o “outro” é quem define e organiza quem sou, pois dentro dessas relações, por meio da
linguagem, somos constantemente afetados pelos discursos dos outros, estes se estabelecem
como parte de nossa formação humana subjetiva e identitária. Para Bakhtin, as relações de
alteridade participam de todas as instâncias na composição do indivíduo. Desse modo, dentro
de sua filosofia, que exalta um excedente de visão estabelecido por meio de processo
dialógico, este trabalho objetiva mostrar a construção da personagem Lóri no livro Uma
Aprendizagem ou o livro dos prazeres (1969), de Clarice Lispector, observando ao longo do
enredo os diálogos entre os discursos de Lóri e seu namorado Ulisses, professor de filosofia
que corporifica o sentido de incompletude da personagem Lóri. Essa dinâmica focaliza o
conflito do tema da identidade na qual a personagem busca constituir. Partindo desse
pressuposto, será utilizado, dentro dessa perspectiva bakhtiniana, a relação de alteridade e
dialogismo na obra supracitada, arguindo no envolto dessa relação amorosa e percebendo
como o eu é construído à mirada do outro. Todo esse entrecruzamento de diálogos, além das
obras de Bakhtin, será reportado por alguns autores que pensam questões contemporâneas sob
a ótica da filosofia bakhtiniana, como Ponzio (2012), Geraldi (2010), Fiorin (2008) e Miotello
(2008, 2011).
PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo. Alteridade. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
UNIÃO CIVIL HOMOAFETIVA: UMA LEITURA PELO VIÉS FOUCAULTIANO
Viviana Bezerra de Mesquita (UERN)
Francisco Paulo da Silva (UERN)
RESUMO: Michel Foucault pensa a homossexualidade como uma forma de vida, um modo
de subjetivação, de autocondução dos prazeres e da liberdade ética. Nessa esteira o que se
deve colocar como questão para o homossexual não deve ser a afirmação de uma identidade,
mas como ele se singulariza ao experimentar a vida a partir de seus desejos. Historicamente
os sujeitos homossexuais foram interditados e submetidos a variadas práticas e tecnologias do
poder e do saber e, por tais práticas, foram enquadrados num grupo dos pervertidos,
desviantes, doentes. Na atualidade, desenvolvem-se práticas que levam o sujeito homossexual
a serem reconhecidos pela singularidade de suas práticas, como alguém que deseja o mesmo
sexo sem que isso deva ser um estigma, um desvio, um motivo de exclusão. Contribui para
isso a instituição do Estado de Direito e as lutas travadas pelo movimento LGBT, dentre as
quais se destaca, no Brasil, a luta pela legitimação da União Civil homoafetiva. Mas, de fato,
convive-se com uma variedade de posições sobre a homossexualidade que faz circular
discursos produzidos em diferentes Formações Discursivas (no campo religioso, político,
jurídico, no campo do movimento LGBT, etc.) marcando a interdiscursividade que constrói o
sujeito homossexual e demarca politicamente a legitimação da relação entre casais
homossexuais. Diante dessa realidade, inserimo-nos nas leituras de Michel Foucault sobre o
dispositivo da sexualidade e a constituição do sujeito homossexual tomado na relação
saber/poder e resistência para tecer considerações sobre a União Civil entre homossexuais. O
que nos move como questão é entender como se constitui o homossexual como sujeito ético
na proposta de legitimação de sua união civil pelo Estado. Para empreender nossa discussão,
apoiamo-nos em Foucault quando nos coloca que vivemos num mundo relacional
consideravelmente empobrecido e que devemos lutar contra esse empobrecimento do tecido
relacional, devemos obter o reconhecimento das relações de coexistência provisória (2010), o
que nos encaminha para analisar focos de resistência que sevem de índicos a inscrição do
sujeito homoafetivo como sujeito de resistência, ao se considerar o tecido relacional inventivo
das relações homoafetivas e a proposta de União Civil pleiteada pelo movimento LGBT junto
ao Estado.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. União Homoafetiva. Resistência.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO
VISIBILIDADE MIDIÁTICA E SUBJETIVIDADE: UMA ANÁLISE DISCURSIVA
DAS ESTRATÉGIAS DE SUBJETIVAÇÃO EM MAMÍFEROS E MAMÍFEROS
CRESCIDOS DA PARMALAT BRASIL
Antonio Genário Pinheiro dos Santos (UFRN)
Ana Rafaela Oliveira e Silva (UFRN)
RESUMO: A prática discursiva midiática age imperiosamente com estratégias ligadas a
regimes de verdade que promovem visibilidade de um produto ou marca e permitem que
sujeitos sejam subjetivados. Assim, com esse trabalho objetivamos analisar como a mídia
opera a subjetividade da criança a partir das dizibilidades veiculadas na propaganda
Mamíferos e mamíferos crescidos da Parmalat Brasil que ocupou o espaço de visibilidade
pública entre os anos de 1996 a 2006. Atentamos para o regime de positividade da
propaganda buscando enxergar como a interdiscursividade, a memória e as relações de saber
são trabalhados para produzir efeitos de sentido capazes de assegurar o ineditismo do
discurso da Parmalat bem como a adesão dos consumidores sob o crivo da necessidade e da
eficiência do respectivo produto. Encontramos respaldo teórico nos pressupostos da Análise
do Discurso de tradição francesa, sobretudo nos trabalhos de Foucault (1999, 2005, 2007),
Gregolin (2003), Pêcheux (2008), Sargentini (2011), dentre outros, a partir dos quais nos
debruçamos sobre a questão da produção de dizibilidades e o trabalho de uma polícia
discursiva voltada ao controle do dizer e de seus efeitos de sentido. Nossas análises apontam
para o trabalho imperioso da mídia televisiva que constrói efeitos de real e opera a partir de
regimes de positividade materializando vontades de verdade ao mesmo tempo em que
oportuniza silenciamentos e interdições. Nessa perspectiva, são evidenciadas práticas
discursivas astutas que subjetivam sujeitos sociais, neste caso, a criança, uma vez que esta é
apresentada e discursivizada com índice de memória e valoração que asseguram os efeitos
de positividade, ineditismo e eficiência dos produtos da Parmalat Brasil na televisão.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Mídia. Efeito de Sentido. Sujeito.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O
HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO
Bruna Silva Rodrigues (UERN)
Francisco das Chagas de Medeiros Júnior (UERN)
Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (UERN)
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno Pink Money
(dinheiro rosa), segmento de mercado que representa na sociedade contemporânea a inserção
do público homossexual detentor de um poder de compra especifico, não mais sendo
consumidores exclusos, como por muito tempo foram, devido a sua condição sexual e afetiva.
O público enquadrado no ‘Mercado Rosa’ são os homossexuais com condições mais
abastadas (estão em sua maioria, entre as classes A, B e C, segundo o instituto de pesquisa
INSEARCH), que gastam em media 30% a mais do que os heterossexuais em entretenimento,
lazer e artigos de luxo (Associação da Parada do Orgulho GLBT, 2006). Com a perspectiva de
gerar um lucro maior e satisfação para o seu publico, essa indústria chega para agregar ao
mercado, focando em algo que outrora nunca foi priorizado, propiciando aos gays que se
sintam a vontade e recompensados por terem produtos voltados para sua demanda. Destarte, o
tema debatido mostra ser uma fatia de mercado anteriormente suprimida, já que o público
homossexual não tinha serviços e produtos que atendessem as suas perspectivas e anseios de
consumo, tendo assim, com a ascensão do poder aquisitivo, um mercado capital que se volta
para este nicho. Assim sendo, para analisar este fenômeno, tomamos como base às
idealizações de poder de Babbio (1996), que constrói um pensamento social a respeito da
obtenção econômica social e as perspectivas de sociedade e sexualidade se darão sobre as
bases do pensamento de Foucault. Ainda, realizamos um percurso sobre as formas de se ver a
homossexualidade até a contemporaneidade, fundamentando-nos no pensamento do
Ceccarelli (2000).
PALAVRAS-CHAVE: Pink Money. Homossexualidade. Nicho de mercado.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
A CORRUPÇÃO AOS OLHOS DAS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013
Clara Dulce Pereira Marques (PPGL/GEDUERN/UERN)
Francisco Paulo da Silva (PPGL/GEDUER/UERN)
RESUMO: Em junho de 2013, emerge no Brasil um conjunto de manifestações que coloca
nas ruas do país a insatisfação popular em torno de vários temas da política, destacando-se a
luta contra a corrupção e por melhores condições de vida nas cidades. Iniciada pelo
Movimento Passe Livre, as manifestações incorporaram outras reivindicações além da tarifa
zero nos transportes públicos e arregimentou uma multidão de brasileiros insatisfeitos com o
modelo político, social e econômico vigente. Com o olhar sobre os efeitos discursivos dessas
manifestações, o presente trabalho tem como objetivo descrever e interpretar a materialidade
discursiva e os efeitos de sentidos produzidos pelos enunciados que tematizaram a corrupção
nas manifestações de junho de 2013 no Brasil. Para tanto, movimenta-se entre o trabalho
discursivo no contexto contemporâneo de midiatização dos movimentos sociais que faz
circular enunciados produzidos pela mídia e pelos manifestantes, atentando para o efeito de
memória que inscreve uma história do presente sobre a corrupção e os sujeitos envolvidos na
trama política atual. O corpus constitui-se de enunciados da mídia impressa e virtual e/ou
produzidos pelos manifestantes e que circularam na mídia e nas ruas brasileiras por ocasião
das “Manifestações de Junho”. A análise fundamenta-se nas contribuições da Análise do
Discurso de orientação francesa e recorrerá aos dispositivos propostos por essa disciplina tais
como acontecimento, memória discursiva, formação discursiva e posição-sujeito, devendo
apontar as regularidades que se inscrevem na produção dos efeitos de sentidos que tais
enunciados deixam entrever no fio discursivo.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Corrupção. Manifestações de 2013.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA PROPAGANDA PESSOAL E
PUBLICIZAÇÃO DE SENTIMENTOS
Emanuella Rodrigues Veras da Costa (UERN)
RESUMO: O intuito deste artigo é realizar uma reflexão, acerca da necessidade das pessoas
em utilizar as redes sociais para propaganda pessoal e para transmitir seus sentimentos, em
especial no aplicativo Instagram, que devido sua grande utilização de usuários, se tornou um
mecanismo de rede social, que utiliza de ferramentas como imagens e vídeos, onde isso se
tornou mais fácil e visível publicizar seus grandes momentos, sentimentos e conquistas. A
grande necessidade de publicizar seus sentimentos tem aumentado a cada dia, e as redes
sociais estão colaborando para isso acontecer de maneira espontânea, elevando a facilidade
em realizar uma propaganda pessoal de maneira direta e sem dificuldades, permitindo que as
pessoas criem e elaborem a melhor forma como querem ser vistas pelos demais usuários, onde
cria uma grande expectativa dos demais. Essa grande necessidade do “eu” de cada sujeito,
externar e publicizar seus sentimentos mais íntimos, torna-se uma maneira de abrigar,
descansar em segurança e até mesmo de se livrar de suas ansiedades e tristezas, onde se torna
a cada dia uma atitude mais comum entre pessoas de diversas idades, onde o foco das redes
sociais era passar e levar a informação, muitos utilizam como suporte para liberar suas
aflições, conquistas, desejos, enfim, uma série de sentimento externados de maneira
desenfreada, liberados nas redes sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Sentimentos. Redes sociais. Sujeito. Subjetividades.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
ANGLICISMOS NO BRASIL: POSICIONAMENTOS FAVORÁVEIS E
DESFAVORÁVEIS AO PROJETO ANTI-ESTRANGEIRISTA DE ALDO REBELO
Graziane Praxedes dos Santos (UERN)
Ana Jóis Garcia (UERN)
José Roberto Alves Barbosa (UERN)
RESUMO: Existem milhões de falantes nativos e não nativos de língua inglesa. É a língua
estrangeira mais falada no mundo todo. Ela se expande continuamente se inserindo cada vez
mais em países através dos meios de comunicação, do turismo, da publicidade, da música, da
tecnologia, da informática e da economia. No Brasil, há muito vem se discutindo o uso de
palavras e expressões de origem estrangeira. Dentre as discussões atuais sobre preservação da
língua portuguesa, as mais polêmicas e debatidas foram impulsionadas a partir da elaboração
do projeto de lei anti-estrangeirista nº 1676, no ano de 1999, pelo, então, deputado Aldo
Rebelo, que propõe a promoção, proteção e defesa da língua portuguesa como símbolo de
identidade nacional. Muitos estudiosos da língua, como linguistas, professores e gramáticos
têm avaliado essa proposta e manifestado suas opiniões a respeito da atitude de Rebelo, uns
em apoio, outros contra a postura conservadora do deputado. Devido à repercussão causada
pelo projeto, desenvolvemos esta pesquisa de caráter qualitativo, tomando como base o
método bibliográfico, em que se pretendeu revelar esses argumentos, com o objetivo de
comparar as opiniões favoráveis e desfavoráveis de estudiosos como os linguistas Marcos
Bagno, Carlos Faraco, Kanavillil Rajagopalan, Mauro Ventura e algumas outras renomadas
autoridades no assunto. A partir desse levantamento bibliográfico, analisamos os diversos
posicionamentos que vêm acontecendo com relação à necessidade dos estrangeirismos,
principalmente os da língua inglesa, no português. Nossa pesquisa aponta que, em meio a
discursos tão conflitantes, Rebelo foi, por muitas vezes, declarado como um protetor da língua
portuguesa, ao mesmo tempo em que foi taxado de preconceituoso e xenófobo. Se por um
lado os empréstimos são tidos como uma ameaça cultural, em contra partida, são considerados
inevitáveis e até enriquecedores para a língua. Essas opiniões divergentes favoreceram o
confronto de posicionamentos na arena linguística do Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Estrangeirismos. Inglês. Projeto. Português. Debate.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
ARTICULAÇÕES SOBRE PODER E RESISTÊNCIA DO SUJEITO
FOUCAULTIANO
Karla Jane Eyre da Cunha Bezerra Souza (UERN)
RESUMO: Estamos no interior de uma sociedade repleta de poderes cuja função é trabalhar o
indivíduo a fim de incutir uma nova forma de ser sujeito, aquela que vai oferecer uma certa
utilidade. O poder, que funciona através do discurso, desenvolve procedimentos que
controlam o que é dito, por quem é dito e de como esses dizeres se distribuem na ordem
discursiva. Limita a produção dos discursos utilizando-se, para isso, das interdições e
rejeições; e seleciona os sujeitos falantes, pois ninguém entrará na ordem do discurso se não
atender a certas exigências. São procedimentos de rarefação do discurso, a fim de se efetivar
as relações de poder, desviar os perigos e dominar seu acontecimento aleatório, ou seja,
manter a ordem dos discursos controlada. Vale lembrar que não estamos nos referindo aqui ao
poder como um objeto, como algo que se possui ou lugar que se ocupa, mas ao poder
multidirecional. São os micro-poderes dispersados em todas as sociedades, cujos efeitos
controlam os discursos e determinam o sujeito, fabricando uma identidade obrigatória que é,
ao mesmo tempo, efeito e instrumento do poder. A rede de poderes atravessa todas as
instâncias da sociedade (escola, hospital, fábrica, prisão etc.) exercendo seus mecanismos de
controle e buscando novos métodos e novos saberes para aperfeiçoar o trabalho da
subjetivação. Mas com toda essa dominação que o poder exerce sobre o indivíduo a fim de
discipliná-lo, ele permite também que o indivíduo se constitua como sujeito de suas próprias
ações, ou seja, abre espaço para que o sujeito se movimente e se constitua em liberdade nas
mais variadas situações de significação da ordem discursiva. Quando o indivíduo é colocado
em relações de produção e de significação é colocado também em relações de poder, e no
interior dessas relações de poder há as resistências. O processo de construção de
subjetividades pode ser considerado como um fenômeno ativo ou passivo, operando a partir
de práticas de dominação ou de libertação. Diante do exercício da disciplina não está o sujeito
sempre dócil, sempre obediente, o campo de atuação do poder é lugar de lutas, de
enfrentamentos contra essa sujeição que ele pretende impor. As mesmas relações de poder
que dominam e exercem controle também favorecem o surgimento da resistência. São
relações de força que permitem que o indivíduo escolha outros discursos e elabore a si mesmo
como sujeito.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Sujeito. Resistência.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
COMUNICAMÃO, NEM SÓ A BOCA FALA
Daniel Soares Dantas (UFCG)
RESUMO: A comunicação ainda é uma das maiores barreiras enfrentadas pelas pessoas
surdas. Em um mundo oralizado e sonoro, esses indivíduos parecem criaturas estranhas em
seu próprio país, isso porque não conseguem acompanhar o ritmo barulhento de uma
sociedade carregada de preconceitos que parecem gritar aos ouvidos até daqueles que não
ouvem. Comunicar-se é uma necessidade vital, afinal toda e qualquer intenção humana é
veiculada pela comunicação que se torna uma ponte de ligação entre as partes afins. Com base
nesse critério da importância do comunicar-se, o professor intérprete Daniel Dantas idealizou
o projeto Comunicamão, nem só a boca fala-Curso básico de LIBRAS na tentativa de
aproximar um aluno surdo das demais pessoas da escola; professores, alunos, funcionários e
todos aqueles que o rodeiam para que assim possa promover a inclusão escolar e garantir que
todos aprendam a Língua Brasileira de Sinais por meio de um curso de LIBRAS, dando
oportunidade de o aluno participar ativamente da vida escolar e aos professores e demais
alunos, estabelecerem um elo entre o sujeito surdo por meio do contato com a nova língua. As
aulas acontecem uma vez por semana com aprofundamento em atividades para casa e
discussão em sala. Com estudos teóricos e atividades práticas, usando recursos tecnológicos e
outros aparatos que chamam atenção dos alunos para o aprendizado da LIBRAS e os instiga a
conhecer e aprofundar os estudos nessa área. Para tornar as aulas ainda mais atrativas foi
criado um coral de músicas em LIBRAS, onde se aprende os parâmetros que a fundamentam.
Desse modo os alunos estudam a música e é feita a colocação dos sinais adequados a ela.
Essas músicas são escolhidas com base nos conteúdos trabalhados a fim de inserir sinais em
um contexto, para tornar fácil e prática a assimilação por parte dos alunos. As músicas
ensaiadas pelos alunos serão apresentadas na cerimônia de encerramento do curso, mostrando
a comunidade os frutos provenientes das aulas. Como bem afirma o título do projeto:
Comunicamão, nem só a boca fala, é preciso entender que nem só de ouvintes é constituída a
escola, que não há homogeneidade onde todos aprendem da mesma forma, e principalmente
compreender que a inclusão veio para que nos desprendamos de modelos arraigados e
inovemos as nossas práticas. A inclusão da pessoa com deficiência é uma realidade que
merece atenção, respeito e garantia de sua efetivação.
PALAVRAS-CHAVE: Comunicação. LIBRAS. Inclusão. Aluno. Respeito.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
ETHOS DISCURSIVO E RELAÇÕES DE PODER-SABER NA LITERATURA DE
AUTOAJUDA
Geilson Fernandes de Oliveira (PPGCISH/UERN)
Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (DECOM/PPGCISH/UERN)
RESUMO: Na contemporaneidade, somos a todo o tempo atingidos pelos discursos de
autoajuda. Não importa qual o suporte, se TV, rádio, internet, livros, somos instados por estes
discursos a sermos felizes, a fornecermos o melhor de nós mesmos. É como se o ser normal,
que poderia nos remeter ao convencional já não bastasse, e devêssemos sempre buscar um
estado de si que se aproximasse das grandes performances, sempre colocadas por estes
discursos como modelos ideais. Frente a este cenário, produz-se uma verdade sobre a
felicidade: é preciso ser feliz, estar de bem consigo mesmo, ser menos feliz não basta. Nesta
trama de relações, ser menos feliz ou não conseguir superar-se é visto como algo representado
como sem utilidade, fadado ao convencional, podendo aproximar-se do patológico. É um tipo
de discurso de verdade marcado pela ausência das incertezas, nos quais os seus produtores
buscam demonstrar um domínio absoluto sobre os temas tratados, objetivando transmitir a
ideia de que são autoridades máximas nos assuntos abordados. Fazem uso do poder da
palavra, dos efeitos de sentido das práticas discursivas, utilizando técnicas e estratégias que
favoreçam a produção de um sentido de verdade. Geralmente, os produtores destes discursos
apresentam-se não como pessoas comuns que simplesmente escrevem ou discursam sobre a
felicidade de forma aleatória. Colocam-se em posições de poder-saber/saber-poder.
Apresentam-se como médicos, psiquiatras, pesquisadores, o que dá um peso maior ao seu
discurso e à sua verdade. Constroem um ethos discursivo que busca aproximar-se daquele
ethos que possui o pesquisador-cientista. Analisar esta teia de relações é o objetivo do
presente trabalho. Para isto, tomamos como objeto empírico duas obras do gênero de
autoajuda: Treinando a emoção para ser feliz (2007) e 12 semanas para mudar uma vida
(2007), ambas do escritor brasileiro Augusto Cury. Como procedimento metodológico,
fazemos uso dos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso (AD) de
orientação francesa, atentando para os sentidos que são produzidos pelas relações de poder-
saber e consequente produção do ethos discursivo.
PALAVRAS-CHAVE: Ethos Discursivo. Literatura de Autoajuda. Relações de poder-saber.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE
ESPANHOL
Thayannyjacitha Lima e Silva (IFRN)
RESUMO: Este artigo tem por objetivo principal a produção de material complementar ao
livro Enlaces (OSMAN et al, 2010) utilizado no ensino de língua espanhola no ensino médio.
Para isso, foi criado um grupo na rede social Facebook, rede que foi lançada em quatro de
fevereiro de 2004, como ferramenta de ensino do espanhol. Este trabalho abordará, ainda, a
importância da internet no ensino de língua estrangeira, demonstrando seus benefícios para a
aquisição de uma nova língua, na qual proporciona o aumento do vínculo educador-aluno e o
aumento do espaço de estudo que não se limita apenas a sala de aula, posto que através da
internet os educadores obtêm o acesso a inúmeras possibilidades de apresentação e
abordagem do assunto desejado, aclarando dessa forma a relevância de grupos em um serviço
de rede social. Como referencial teórico, nos apoiamos em princípio nos autores Lázaro
(2004), García (2004), dentre outros. Destacamos através deste, que a criação das novas
tecnologias possibilitou ao educador estabelecer e rever novos processos metodológicos de
ensino, perceber que as informações e os conhecimentos se dispõem de maneira mais aberta,
funcionando como ferramentas instigadoras de aprendizado e que através desse meio de
comunicação, o aluno obtêm caminhos para participar de um contexto diferente do seu
habitual, e assim, absorver conteúdos espontaneamente. Principalmente quando o enfoque for
à língua estrangeira, já que o aluno irá conhecer além da forma gramatical da nova língua
estudada mais também, o universo das pessoas que são falantes nativos desta. Ao final,
mostraremos os passos para a criação do grupo, servindo como apoio ao professor do ensino
médio. Neste artigo não pretendemos apresentar conclusões definitivas, mas sim, alguns
indicadores que encaminhem para novas investigações na área.
PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais. Espanhol. Ensino Médio.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
LINGUAGEM NÃO VERBAL: ANÁLISE DE SUA FUNÇÃO NA CONVERGÊNCIA
ENTRE COMUNICAÇÃO E MODA
Nayana Gurgel de Moura (UFRN)
RESUMO: O presente artigo utiliza o livro Por que as comunicações e as artes estão
convergindo? (2007), da autora Lúcia Santaella, onde ela trata dos fatores que fazem com que
as comunicações e as artes convirjam entre si contemporaneamente, para transpondo esta
relação para a convergência entre comunicação e a moda, tratada aqui como uma forma de
expressão artística. Para tal análise empregamos a revista ffw>>mag! como exemplo da
corporificação deste fenômeno, que atua diretamentente na construção de saberes e nas
formas de sociabilidade por meio da linguagem não verbal. Entendendo a moda igualmente
como uma linguagem, de acordo com o livro Sistema da moda (2009), do autor Roland
Barthes; dando a moda à qualidade de sistema expressivo. Para o autor, a linguagem na moda
não é simplesmente um modelo de sentido, mas sim, o seu próprio fundamento. Partindo
deste prisma, a linguagem é um fator constitutivo perante o fenômeno da moda, sendo a partir
dela que a mesma constitui suas significações. Por fim, consideramos que a convergência
entre comunicação e moda acontece por meio da utilização da linguagem não verbal em todos
os aspectos materiais que envolvem, neste caso na mídia impressa; com a intenção de
estimular os ciclos do sistema da moda.
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem não verbal. Convergência. Moda. Comunicação
impressa. ffw>>mag!.
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO
DE NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA
Elielder de Oliveira Lima (SEDUC-UECE)
RESUMO: A proposição da pesquisa é analisar as estratégias discursivas adotadas por
gestores escolares e professores postos em situações nas quais se deparam com propostas
voltadas a desestabilizar sistemas de representações fundadas em ideias de normalidade
heterossexual e, portanto, a promover o enfrentamento à homofobia nas escolas. É inegável o
importante papel da escola na interlocução e discussão sobre a homofobia, uma vez que na
sociedade este ainda é um assunto negligenciado ou encarado sob pontos de vistas
preconceituosos e heterossexistas. Conceber o gênero como uma dimensão central no
processo de construção das identidades individuais e coletivas e com a consciência de que
este é um conceito de caráter processual – pois a identidade de gêneros é incessantemente
construída e reconstruída nas relações sociais de interação com outros indivíduos -, o fato de
escola ser uma instituição social reforça a pertinência de discutir a homofobia e problematizar
os discursos de negação que envolve a envolve. Ao problematizar os discursos dos gestores
escolares e professores e investigar os modos de interpelação de matrizes de enunciações,
observou-se que tais estratégias, nos contextos em que foram analisadas, refletiam não apenas
ditames da heteronormatividade, mas revelaram uma indisposição que, bem mais do que uma
indiferença, situa-se em uma resistência ou uma simples recusa, expressa em estado de
"negação" que tende a preservar intacto todo um quadro de opressão cujos centros
gravitacionais são a "masculinidade hegemônica" (CONNELL, 2005) e a
heteronormatividade. Uma negação que não raro pode configurar, na escola, numa espécie de
reação em contraposição a qualquer esforço em favor do "direito democrático à sexualidade"
(RIOS, s/d) e do reconhecimento dos "sujeitos da política sexual" (CORRÊA, 2006).
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Homofobia. Escola pública. Negação.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO
CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI
Patrícia Gomes de Mello Sales (PROLING/UFPB)
Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)
RESUMO: Pretendemos neste artigo discutir a carnavalização do corpo feminino nos cartuns
eróticos de Angeli, os quais foram publicados na rede digital. Para tanto, levamos em
consideração que tal carnavalização não prescinde de uma discussão acerca da constituição
sócio-histórica do corpo da mulher. Neste ínterim, buscamos subsídio teórico na noção de
carnavalização (BAKHTIN, 2010), no intuito de perscrutar a constituição de uma erótica do
corpo da mulher pretendida pelos cartuns, a partir de imagens exageradas desse corpo. Nossas
análises apontam que o corpo feminino dos cartuns de Angeli carnavaliza-se na medida em
que observamos uma ênfase desproporcional em algumas partes do corpo, principalmente nas
zonas erógenas, coadunando, assim, com a construção de uma erótica do corpo da mulher
amparada numa memória que circunscreve esse corpo. As imagens, conforme assinala
Pêcheux (1999), são responsáveis pela mobilização de uma memória social que inscreve os
discursos na rede da história. Dessa maneira, podemos constatar que, das imagens do corpo
feminino veiculadas pelos cartuns analisados, ressoam ecos de memória que inscrevem
discursivamente o corpo feminino. Esses movimentos de memória circunscrevem
historicamente o corpo e a história do sujeito mulher no que tange especificamente ao campo
da sexualidade. Portanto, a carnavalização do corpo feminino não está apartada das
representações sociais acerca do sujeito mulher, o que atesta o fato de a linguagem estar
permeada por diferentes acentos, pontos de vista, já-ditos, os quais estão visceralmente
atrelados às condições sociais e históricas.
PALAVRAS-CHAVE: Corpo feminino. Carnavalização. Cartuns Eróticos.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
O DIALOGISMO NO CIBERESPAÇO PELA EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS SOBRE DROGAS
Débora Maria da Silva Oliveira (UFRN)
Maria da Penha Casado Alves (UFRN)
RESUMO: O presente trabalho revisita o conceito de gêneros do discurso à luz dos escritos
do Círculo de Bakhtin. Tem como lócus de pesquisa o blog www.proerdnosertao.com,
produzido por policiais militares formadores do PROERD - Programa Educacional de
resistência às Drogas, profissionais que desenvolvem atividades voltadas para a prevenção ao
abuso de drogas lícitas e uso de drogas ilícitas. O trabalho ora proposto é constituído por nove
(09) posts publicados durante o primeiro semestre de 2013, em torno dos quais queremos
saber: Como se efetivam os aspectos da cronotopia, ou seja, do horizonte espacial, temporal,
temático e valorativo (axiológico) que formam os efeitos de sentido no gênero blog?
Teoricamente, adotam-se os postulados apresentados pelas pesquisas de interlocutores como:
Acosta-Pereira, Rojo, Rodrigues, Faraco, Komesu, entre outros. Em termos metodológicos,
trata-se de uma investigação inserida no campo da Linguística Aplicada e segue vertente de
abordagem sociológica. Os resultados permitem compreender como os aspectos da cronotopia
se materializam enunciativamente no gênero blog para a construção de sentidos. No gênero
estudado, analisamos os posicionamentos ideológicos quanto à política de prevenção às
drogas, também vimos que os posts apresentam posições de autoria e destinatários próprios do
ciberespaço e condições sociais bem específicas em confluência com os horizontes citados. A
relevância da pesquisa situa-se no fato de trazer para o âmbito acadêmico produções próprias
do domínio do trabalho, contribuindo, significativamente para a expansão e o aprimoramento
das discussões acerca dos gêneros do discurso.
PALAVRAS-CHAVE: Círculo de Bakhtin. Dialogismo. Gênero blog. Políticas públicas
sobre drogas.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO
ROSALBA CIARLINI
Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo (UnP)
RESUMO: A pesquisa em questão tem a finalidade de estudar o uso da Assessoria de
Comunicação do Governo do Estado para propagar o discurso do gestor da ocasião. Para isso,
foi feita uma pesquisa no site do Governo do Estado do Rio Grande do Norte para identificar
como tudo ocorre. Constatou-se que um terço das matérias publicadas entre 1º de janeiro e 15
de fevereiro de 2011 tratavam de forma direta ou indireta de acusar o governo anterior pelas
dificuldades administrativas e reforçar o discurso da Terra Arrasada. O recorte temporal
escolhido se justifica por se tratar do período entre a posse da governadora Rosalba Ciarlini e
a primeira vez em que ela foi à Assembleia Legislativa fazer a leitura da mensagem
anual.Para estudar o material coletado, utilizou-se o método da Análise do Discurso inspirada
em textos de Michel Foucault e Patrick Charaudeau. O objetivo geral desse trabalho é analisar
a estratégia discursiva da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado do Rio Grande
do Norte com o fim especifico de responsabilizar a administração anterior e justificar medidas
impopulares e responder às seguintes perguntas: há elementos que remetam ao discurso da
terra arrasada nos textos do site do Governo? Existe influência do discurso político (com seus
interesses) no discurso administrativo em questão? O discurso da terra arrasada foi usado para
tentar convencer a população de que o DEM recebeu do PSB um Estado falido? O trabalho
partiu do pressuposto que essas medidas teriam efeito na opinião pública através do
agendamento dos assuntos abordados na mídia, mas uma pesquisa realizada pelo Instituto
Consult, usada como fonte neste trabalho, apontou que a estratégia não atingiu o objetivo
esperado.
PALAVRAS-CHAVE: Terra Arrasada. Discurso. Agendamento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR
BRASILEIRO
Jaisna Araújo da Costa Oliveira (UERN)
Marcília Luzia G. C. Mendes (UERN)
RESUMO: Estudos revelam grande defasagem na qualidade do sistema de ensino brasileiro,
destacando o professor como o agente transformador dessa realidade. No entanto, a falta e/ou
sucateamento de recursos, baixos salários, condições de trabalho inapropriadas e,
principalmente, desvalorização dos profissionais da área, impedem que a educação avance
com índices positivos. Sabendo que a mídia como meio de divulgação e influência tem o
poder de persuadir as diferentes classes sociais, o Governo Federal passou a utilizar deste
artifício, por meio de propagandas institucionais, utilizando discursos que demonstram o seu
interesse em mudar esta realidade, embora as opiniões entre o que é apresentado e os fatos
observados no âmbito educacional sejam conflitantes. Nesse contexto, este trabalho se propõe
a analisar como é constituída a identidade dos professores brasileiros e quais os artifícios
midiáticos utilizados nas propagandas institucionais do Governo Federal. Diante das
propagandas observadas constatou-se a influência de duas propagandas cujas formas de
linguagens e mecanismos levam o telespectador a ver o professor como a base, como um
profissional responsável pela ascensão da sociedade num todo, despertando o desejo no
telespectador em seguir a profissão. Neste contexto, considera-se para fins de reflexão,
mostrar aos leitores, sejam eles professores, pais ou responsáveis, alunos e comunidade em
geral, os mecanismos, as tendências persuasivas e as ideologias utilizadas pelas propagandas
para a produção da identidade deste profissional e os efeitos de sentido agenciados pela mídia
televisiva.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Mídia. Professor. Discurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
O SILENCIAMENTO DA RUA CONDE D’EU NA CIDADE DE MOSSORÓ
Maria Goretti Medeiros Filgueira (ULHT, Lisboa Portugal)
RESUMO: O corpus do presente trabalho tem como foco inicial, um anúncio veiculado no
Jornal “O Mossoroense” sobre compra de escravos, efetuado pela Mossoró & Cia, localizada
a época na Rua Conde D´ Eu, abordado em Escravos da Ribeira do Apodi sob a ótica dos
Inventários pesquisado por Filgueira (1995), e desde sempre, o seu teor discursivo tem nos
intrigado sob diversos aspectos. Entretanto, nesse momento, nosso recorte investigado será
em torno das questões sobre as transformações das identificações deste logradouro
mossoroense. Ou seja, quais contextos sociais levaram a nomeação, depois, o
desaparecimento, as ressignificações identitárias e o silenciamento presente nas
representações coletivas sobre a antiga Rua Conde D`Eu na cidade de Mossoró? E,
simultaneamente, senão desvendar nos espaços urbanos desta cidade, o mapeamento de onde
localizava-se essa rua, pelo ao menos, perseguir acerca de uma regularidade discursiva que
leva a sua aproximação, bem como, trazer um pouco sobre o histórico da atuação de uma das
mais importantes Casas comerciais instaladas em Mossoró no Século XIX. Assim, no sentido
de dar visibilidade as dinâmicas sociais e históricas urbanas verificadas na cidade de Mossoró,
e em específico, sobre a as representações no imaginário social local, será de grande
importância o recurso metodológico da interpenetração da memória com a história.. A análise
do corpus será fundamentada através de um diálogo com alguns memorialistas e historiadores
regional e locais do século passado como: Nonato (1970), Souza (1979), (Cascudo 1955;
1974), e atual, Brito (2003), Filgueira (1995), Costa (2010), além dos teóricos do âmbito das
Ciências Sociais e Humanas nacional, Bosi (2007), Le Goff (2006), Carvalho (2005) e da
Análise do Discurso da linha francesa, (Orlandi 1994; 2005; 2007), dentre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Mossoró & Cia. Escravidão. Memória. História.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
PRÁTICAS SOCIAIS DE AMIZADE E SOCIABILIDADES NA INTERNET: COMO
AS RELAÇÕES NÃO PRESENCIAIS SE DÃO ATRAVÉS DO FACEBOOK?
João Carlos Magagnin (UERN)
RESUMO: Desde 1995 quando se fundamentaram as redes sociais digitais, a sociedade vem
adquirindo novas maneiras de relacionar. Fogem as versões presenciais e entram em voga as
não-presenciais, que se encarregam de digitalizar imagens, textos e vídeos em forma de
amizade. O Facebook é, desde 2010, um dos principais motivadores dessa relação. Segundo
Hernani Dimantas, vivemos hoje em uma sociedade conectada em rede, que modificou
drasticamente a forma como as pessoas se comunicam e como a sociedade se organiza, uma
vez que as redes sociais são constituídas por atores ligados através das interações e laços
sociais que criam. No presente artigo, utilizaremos estudos e teorias baseadas em Manuel
Castesls, Pierre Lévy, Raquel Recuero e Claudia Barcellos Rezende. Tendo em vista a
construção das redes sociais e o significado da amizade nessa web 2.0, migrando atitudes
reais para o virtual em detrimento dos novos ajustes sociais. Observando a ligação entre
pessoas em diferentes situações, que demonstram a flexibilidade da rede em aceitar amizades
ainda não experimentadas, ocasionalmente as referidas entre usuários de regiões diferentes.
PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais digitais. Facebook. Amizade. Relações.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS
RETALHOS: O CUIDADO DE SI COMO UM CULTIVO DA ALMA
Pâmella Rochelle Rochanne Dias de Oliveira (UERN)
RESUMO: Nos últimos anos as histórias em quadrinhos, sobretudo, na sua dimensão
autobiográfica vêm conquistando espaço e atenção da crítica especializada, chegando a
ganhar diversos prêmios, como é o caso da narrativa gráfica Maus (SPIEGELMAN, 1992),
ganhadora do prêmio Pulitzer. Desta forma, o presente artigo deriva de uma investigação
sobre HQs autobiográficas e sua relação com a estética da existência e as narrativas do
contemporâneo. Temos como objetivo travar discussões sobre a relação existente entre o
processo de resistência e constituição do sujeito, tomando por base a perspectiva da
positividade do poder e do cuidado de si, temas abordados por Michel Foucault em sua obra
tardia, na qual o autor acredita que o autoconhecimento e o cuidado de si fazem parte de um
processo de resistência do sujeito. Para tanto, iremos travar diálogo com os estudos culturais
que possui um debate acerca da identidade, além de realizarmos uma análise discursiva de
perspectiva francesa da obra Retalhos (2009) de Craig Thompson, narrativa gráfica de caráter
autoral, que em linhas gerais narra a história do escritor Thompson, a partir da sua infância até
o início da vida adulta, explicitando os jogos de poder, a escrita autobiográfica e a estética da
existência, em torno da temática do Cuidado com si mesmo, tema este, evidenciado por
Foucault em seus últimos trabalhos, ou como denominam alguns autores, na fase da ética de
si.
PALAVRAS-CHAVE: Retalhos. Cuidado de Si. Poder. Resistência.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
A INTERNET COMO SUPORTE PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE
ENSINO/APRENDIZAFEM DE LÍNGUA INGLESA
Ana Paula Pereira da Costa Debus
Keyla Maria Frota Lemos
RESUMO: A Internet tem sido utilizada diariamente, seja em redes sociais, e-mail, blogs,
sites, etc. Com o crescente acesso aos aparelhos tecnológicos e ao uso da Internet, é de suma
importância que os professores conheçam os gêneros virtuais para, assim, fazer o melhor uso
dos mesmos em sala de aula. No processo de ensino/aprendizagem em uma segunda língua o
uso da Internet em sala de aula pode aumentar o interesse e a interação dos alunos, além de
facilitar na aprendizagem, pois em alguns gêneros virtuais existem recursos de mídias, a
hipermídia, que possibilita a prática das quatro habilidades (compreensão e produção oral,
compreensão e produção escrita) na sala de aula de língua estrangeira. Este estudo tem como
objetivo principal mostrar como a Internet pode ser um bom recurso para o
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa. Como base teórica desta pesquisa, temos Lévy
(1993, 1996, 1999), Kervin (2011), Freitas (2006), Tomich (2005) e Lemos (2011) para a
composição acerca do hipertexto. Para a discussão sobre os gêneros virtuais e ensino, nos
baseamos em autores como Santos (2011), Araújo (2007, Bernardes (2005), Brown (2001),
Ribeiro (2007) e Tomlinson (2011). A pesquisa foi realizada em uma escola pública no
município de Angicos, com alunos do 3º ano do Ensino Médio que participaram do projeto
intitulado “O ensino e aprendizagem de Línguas Estrangeiras mediados por computadores”.
Durante o projeto, os alunos tinham aulas de Inglês utilizando a Internet uma vez por semana,
durante dois meses. Logo após o projeto, foi aplicado um questionário com os alunos para
saber se estes tinham sido motivados a aprender esta Língua Estrangeira, além de um teste de
nível básico, com o objetivo de analisar a aprendizagem adquirida por estes alunos. Os
resultados mostraram que além de motivar os alunos, a Internet facilita a compreensão desta
Língua Estrangeira, pois oferece suportes e infinitas opções para que tanto o professor como o
aluno possam utilizar esta ferramenta de maneira proveitosa. Com esta pesquisa, esperamos
contribuir para a área de ensino/aprendizagem em Línguas Estrangeira.
PALAVRAS-CHAVE: Internet. Ensino/aprendizagem. Inglês.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
A MULTIMODALIDADE E O ENSINO CRÍTICO DE LEITURA NA ESCOLA
Eliete Alves de Lima (UERN)
Luciana Pereira dos Santos (UERN)
Marcos Nonato de Oliveira (UERN)
RESUMO: Este trabalho tem o propósito de explorar as teorias sobre o processo de leitura de
texto de diferentes materialidades, ou seja, que contemplem não apenas o texto verbal, mas
também o não verbal, priorizando as implicações no contexto escolar. O estudo se insere na
perspectiva sociocognitiva, por meio da teorização, da análise e das implicações de atividades
de leitura na escola. O presente estudo tem o escopo de promover a reflexão sobre o ensino e
a aprendizagem de leitura por meio dos textos multimodais, cuja reflexão sobre a língua
aborda a questão das materialidades significantes. Nessa perspectiva, destacaremos a natureza
dinâmica e multifacetada dos textos que pertencem a diversos gêneros discursivos, através dos
quais os sujeitos sociais interagem com o mundo globalizado. Tendo os textos essas
características é possível afirmar que em sua constituição existem elementos semióticos que
também são responsáveis pela constituição do seu sentido. O objetivo deste estudo, portanto,
é investigar a relação entre a multimodalidade e o ensino de leitura realizada na escola. Trata-
se de uma pesquisa bibliográfica e de foco interpretativista e qualitativo. Nesse sentido, serão
considerados autores como: Kleiman (2004); Dionísio (2005); Vieira (2007); Rojo (2012).
Grosso modo, o desafio da escola, na atualidade, é de despertar o interesse do educando para a
leitura de textos multimodais e capacitá-los para construir significados de forma crítica ao
entrar em contato com a diversidade textual que circula dentro e fora da escola.
PALAVRAS-CHAVE: Multimodalidade. Leitura. Escola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
A RELEVÂNCIA DOS ESTUDOS DO LETRAMENTO CRÍTICO PARA A
EDUCAÇÃO NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO
Jhuliane Evelyn da Silva (UFCG)
Marco Antônio Margarido Costa (UFCG)
RESUMO: O estreitamento das distâncias tanto espaciais quanto temporais bem como o
desaparecimento de fronteiras são algumas das características mais visíveis da globalização.
Consequentemente, as pessoas estão tendo suas vidas econômica, social e cultural cada vez
mais interligadas (KUMARAVADIVELU, 2003), havendo uma linha muito tênue que separa
o global do local assim como o oposto. O hibridismo resultante dessa interconexão global,
porém, acaba por levar a um “pluralismo igualitário” (MERRYFIELD; DUTY, 2008) que
nega a individualidade e a diferença, e que afeta o planeta como um todo. A educação
também é uma das áreas que está sendo fortemente influenciada pelos efeitos da globalização.
Assim, já não se pode conceber um ensino que desconsidere fatores como a comunidade, o
sujeito ou o contexto em que se vive. A escola deve deixar seu papel de espaço a se aprender
para constituir-se como espaço a se construir conhecimentos, questionar verdades absolutas e
(des) construir crenças. É nesse contexto que se faz relevante os estudos do Letramento
Crítico (LUKE; FREEBODY, 1997; MENEZES DE SOUZA;MONTE MÓR, 2006) que
objetiva a educação para a cidadania, uma que permita ao aprendente participar como cidadão
ativo, competente e crítico do seu processo de aprendizagem bem como relacionar-se e pensar
o mundo de forma diferente da tradicional (MOTTA, 2011). Portanto, por compreendermos
ser dever do professor e do aluno produzirem seu próprio conhecimento, levando em conta os
aspectos individuas dos mesmos e o contexto no qual vivem, uma vez que a
escola/universidade e a sociedade devem andar juntas, propomos uma reflexão teórica sobre
os conceitos acima apresentados – globalização e seus efeitos, educação e letramento crítico,
por acreditarmos no empoderamento dos sujeitos a partir desse debate.
PALAVRAS-CHAVE: Globalização. Educação. Letramento Crítico.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
ANÁLISE DA ABORDAGEM AVALIATIVA DOS PROFESSORES DE
INGLÊS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA MAÍSA
Maria Geiza Ferreira Freire (UERN)
RESUMO: O referido trabalho apresenta considerações a respeito da prática avaliativa do
professor de inglês no processo de ensino e aprendizagem de língua inglesa, buscando
relacionar as teorias de avaliação com a atual prática desenvolvida pelo professor dentro da
sala de aula. O objetivo geral desse trabalho é investigar quais as concepções de avaliação que
são utilizados no cotidiano escolar. Como objetivos específicos, analisamos o papel da
avaliação no dia-a-dia de uma escola de ensino fundamental; especificamos os diferentes
entendimentos sobre a temática na visão de diferentes autores; e analisar de que forma essa
prática vem sendo trabalhada nas aulas de Língua Inglesa. Nesta análise, procuramos
apresentar como embasamento teórico quais os critérios que necessitam ser seguidos para que
se realize uma boa avaliação da aprendizagem escolar. Em seguida, comparamos o material
pesquisado com a prática avaliativa do professor de língua inglesa da Escola Estadual
Gilberto Rola. Pudemos constatar que a abordagem nos padrões tradicionais behavioristas,
ainda predomina na maior parte das escolas, vem sendo a prática docente, apesar da definição
atual de avaliação e sua propriedade no processo de ensino e aprendizagem, na qual a
avaliação é considerada um processo de avaliação não do aluno, mas do próprio processo de
aprendizagem, o que deve ser considerado na avaliação na disciplina de língua inglesa. Como
fundamentação teórica utilizamos autores de renome na área, tais como Brown (2004), Rivers
(1975), Moita Lopes (1996), Leffa (1988), na área de ensino e avaliação da língua inglesa.
Hoffmann (1995), Sant`Anna Luckesi (2005), os PCN’s (1998 e 2002), Oliveira (1991), e
Lima (1994),na área de avaliação geral.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação da aprendizagem. Prática avaliativa. Língua Inglesa.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
ANÁLISE DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE: O FATOR
MOTIVACIONAL E A PRODUÇÃO ORAL NA SALA DE AULA DE ESPANHOL DO
IFRN
Renata Arnaud de Lucena Praxedes (IFRN)
Raquel de Araújo Serrão (IFRN)
RESUMO: Este trabalho é um relatório crítico-reflexivo fruto das atividades relativas ao
Estágio Docente Supervisionado II do curso de Licenciatura em Espanhol do IFRN e tem
como objetivo observar e caracterizar a sala de aula e a prática docente a fim proporcionar a
integração entre teoria e prática, com base na interdisciplinaridade, para suscitar reflexões
sobre a tarefa de ensinar nos acercando à realidade do universo educacional. A observação
ocorreu na turma de Mecânica do quarto ano do Ensino Médio Integrado do IFRN – Campus
Natal Central durante as aulas da disciplina de Língua Espanhola. Descrevemos situações
observadas na sala de aula e, em seguida, as discutimos com a finalidade de encontrar um
caminho que seja mais proveitoso para o processo de ensino e aprendizagem do espanhol
como língua estrangeira. Focar-nos-emos na discussão sobre o fator motivacional da aula
observada, embasados nos textos de Griffin (2005), Söhrman (2007), Cabrera, Donoso e
Marín (1994), pois pudemos observar que os alunos não demonstraram interesse em realizar
os objetivos propostos pelo professor. Assim propomos a utilização do texto literário como
gerador de motivação uma vez que, por ser um material autêntico, proporciona ao aluno
deparar-se com uma situação de uso real da língua o que lhe proporciona um objetivo
autêntico e, assim, um maior interesse (DUFFY & MALLEY, 1991, ALBALADEJO, 2007).
Trataremos ainda do papel da produção oral na aprendizagem de uma língua adicional, para
isso nos apoiaremos nos textos de Castro e Cabrera (2004) e López (2004). Vimos que
durante a aula a destreza oral dos alunos não foi desenvolvida. Isso pode provocar um
estancamento da aprendizagem, pois somente com a prática oral o aprendiz pode passar do
processamento controlado a um processamento automático da linguagem, ou seja, o aluno só
alcança fluência na LE se tem suficientes oportunidades de praticar a fala.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Espanhol. Fator motivacional. Produção oral. Leitura
literária.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)
RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar as contribuições de
eventos de formação continuada vivenciados por professores de Língua Portuguesa
envolvidos no Programa Ensino Médio Inovador, doravante ProEmi. A pesquisa foi realizada
em uma escola pública estadual da zona urbana da cidade de Campina Grande – PB, durante
os meses de Junho e Julho de 2013. Para tanto, participamos e audiogravamos três eventos de
formação, todos voltados para a elaboração de enunciados para questões didáticas, ministrado
por uma professora da área de Letras da Universidade Federal de Campina Grande. A referida
formação continuada aconteceu na própria escola em que trabalham os docentes e, diante das
experiências vivenciadas, concluímos que a formação recebida contribuiu significativamente
para a formação profissional do professorado. Para fundamentação de nosso estudo nos
apoiamos em Alves (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nóvoa
(1991), Perrenoud (2002) e Tardif (2002). É importante destacar a relevância dos estudos da
Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem
contribuído expressivamente para o desenvolvimento de pesquisas dessa grande área que se
consolidou como Formação de Professores.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio Inovador. Formação continuada. Contribuições.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
AS NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO-APRENDIZAGEM
DE LEITURA E DE ESCRITA
Maria Poliana Ferreira de Lima Aquino (UERN)
Edimar Ferreira de Souza (UERN)
RESUMO: Com o advento das novas tecnologias muitas mudanças têm acontecido nas
sociedades contemporâneas. Inseridos nesse contexto de revolução digital em todo o planeta,
a escola não poderia estar de fora desse patamar de inovações, em que o novo mistura-se às
velhas concepções de aprendizagem de conhecimentos. A escola como espaço privilegiado de
construção de saberes precisa repensar as suas antigas práticas e inovar através das novas
tecnologias disponíveis aos alunos, tendo em vista estes estarem inseridos nesse contexto
virtual fora do ambiente escolar – seja em casa, seja em lan houses – entre tantos outros
pontos de acesso à informática, à internet. Nesse sentido, a escola, mais especificamente o
trabalho do professor de língua materna, no tocante a leitura de textos diversos e a
consequente habilidade de produção textual, precisa introduzir cada vez mais as novas
tecnologias nas suas tarefas pedagógicas em sala de aula. Sabemos o quanto tem sido difícil o
trabalho do professor de língua portuguesa em construir/instigar no alunado a leitura
proficiente de textos diversos, bem como competência linguística/discursiva para produzir
textos dentro das características que cada gênero textual. Este estudo, que se caracteriza como
uma pesquisa teórica, tem como objetivo investigar o uso das novas tecnologias relacionadas
ao ensino de leitura e de escrita no espaço da sala de aula de língua portuguesa. Para tanto,
discutiremos autores como: Antunes (2009); Xavier (2005); Rojo (2012); entre outros.
Portanto, partimos da ideia de que a internet se tornou, nos dias de hoje, uma das mais
importantes ferramentas da comunicação humana.
PALAVRAS-CHAVE: Novas tecnologias. Leitura. Escrita.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
AVALIAÇÃO DOCENTE: O OLHAR DO OUTRO SOBRE O EXERCÍCIO
PROFISSIONAL DO PROFESSOR
Diego Martín Bravo (UFRN)
RESUMO: A atividade docente tem se tornado, nos últimos tempos, conscientemente
complexa a partir da consideração dos múltiplos elementos intervenientes no processo
educativo, especificamente, no ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira. Por isso este
trabalho, que forma parte de uma pesquisa desenvolvida no nível de mestrado de uma
universidade do nordeste brasileiro, objetiva compreender e interpretar de que maneira a
avaliação feita pelo aluno, através de uma proposta institucional integrada de avaliação, pode
modificar, ou não, a construção identitária do docente universitário dos cursos de Letras /
Espanhol da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Para esse propósito
utilizam-se como corpus os relatórios de avaliação docente disponíveis no sistema integrado
de gestão de atividades acadêmicas (SIGAA) desta instituição. Toma-se para discussão, nesta
etapa inicial, a primeira dimensão do instrumento avaliativo que propõe considerar aspectos
didáticos e éticos da atividade docente. Para sua análise consideramos os conceitos de (i)
identidade, proposto por Bajoit (2009) e fundamentado no espaço dos estudos culturais da
pós-modernidade por Hall (1987) e Bauman (2005), e da (ii) alteridade a partir de uma
perspectiva dialógica do discurso fundamentada em Bakhtin (2003) e Oliveira (2011). O
estado embrionário de nossa pesquisa não nos permite apresentar resultados e interpretações
mais acabadas, no entanto, propõe tecer algumas considerações sobre a reflexividade do
docente universitário.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores. Identidade Alteridade.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
COMUNICAÇÃO, NEM SÓ A BOCA FALA
Daniel Soares Dantas (UFCG)
RESUMO: A comunicação ainda é uma das maiores barreiras enfrentadas pelas pessoas
surdas. Em um mundo oralizado e sonoro, esses indivíduos parecem criaturas estranhas em
seu próprio país, isso porque não conseguem acompanhar o ritmo barulhento de uma
sociedade carregada de preconceitos que parecem gritar aos ouvidos até daqueles que não
ouvem. Comunicar-se é uma necessidade vital, afinal toda e qualquer intenção humana é
veiculada pela comunicação que se torna uma ponte de ligação entre as partes afins. Com base
nesse critério da importância do comunicar-se, o professor intérprete Daniel Dantas idealizou
o projeto Comunicamão, nem só a boca fala-Curso básico de LIBRAS na tentativa de
aproximar um aluno surdo das demais pessoas da escola; professores, alunos, funcionários e
todos aqueles que o rodeiam para que assim possa promover a inclusão escolar e garantir que
todos aprendam a Língua Brasileira de Sinais por meio de um curso de LIBRAS, dando
oportunidade de o aluno participar ativamente da vida escolar e aos professores e demais
alunos, estabelecerem um elo entre o sujeito surdo por meio do contato com a nova língua. As
aulas acontecem uma vez por semana com aprofundamento em atividades para casa e
discussão em sala. Com estudos teóricos e atividades práticas, usando recursos tecnológicos e
outros aparatos que chamam atenção dos alunos para o aprendizado da LIBRAS e os instiga a
conhecer e aprofundar os estudos nessa área. Para tornar as aulas ainda mais atrativas foi
criado um coral de músicas em LIBRAS, onde se aprende os parâmetros que a fundamentam.
Desse modo os alunos estudam a música e é feita a colocação dos sinais adequados a ela.
Essas músicas são escolhidas com base nos conteúdos trabalhados a fim de inserir sinais em
um contexto, para tornar fácil e prática a assimilação por parte dos alunos. As músicas
ensaiadas pelos alunos serão apresentadas na cerimônia de encerramento do curso, mostrando
a comunidade os frutos provenientes das aulas. É preciso entender que nem só de ouvintes é
constituída a escola, que não há homogeneidade onde todos aprendem da mesma forma, e
principalmente compreender que a inclusão veio para que nos desprendamos de modelos
arraigados e inovemos as nossas práticas. A inclusão da pessoa com deficiência é uma
realidade que merece atenção, respeito e garantia de sua efetivação.
PALAVRAS-CHAVE: Comunicação. LIBRAS. Inclusão. Aluno. Respeito.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE MATERIAL DIDÁTICO: UMA AVALIAÇÃO DO
LIVRO AMERICAN HEADWAY STARTER B.
Késia Maressa Costa Moraes Xavier (UERN)
Deny de Souza Gandour (UERN)
Margarete Solange Moraes (UERN)
RESUMO: O ensino de língua estrangeira é uma área de atuação que requer do professor,
dentre outras coisas, uma constante atualização acerca de recursos pedagógicos atrativos e
eficientes. Dentre os mais variados tipos de materiais utilizados em sala de aula, o mais
recorrente costuma ser o livro didático, uma vez que esse recurso oferece diversos benefícios,
tanto para o professor quanto para o aluno. Portanto, para a escolha do livro didático, é
importante que o professor estabeleça uma série de critérios, levando em consideração
principalmente os objetivos do curso. Nesse sentido, este trabalho traz como proposta a
avaliação da primeira edição do livro didático American Headway Starter B com base em
uma série de critérios sugeridos pelos autores Tomlinson, (2011), Brown (2007) e outros. O
livro avaliado apresenta layout atrativo, bem como tópicos e atividades interessantes,
procurando equilibrar a prática das quatro habilidades e o desenvolvimento da precisão e da
fluência dos estudantes. Esse material oferece um grande suporte para os alunos através do
livro de exercícios e o CD de áudio, facilitando assim a aprendizagem dentro e fora da sala de
aula. Quanto aos fatores sociolinguísticos, pode-se dizer que embora apresente informações
sobre outros países de língua inglesa, há certa predominância do inglês americano. Outra
observação desfavorável é o fato de que a maioria das atividades requer respostas previsíveis,
sem que os alunos usem a criatividade.
PALAVRAS-CHAVE: Livro didático, avaliação de material didático, ensino de língua
inglesa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
DISCURSO E IDENTIDADE DOCENTE
DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA EM FORMAÇÃO
José Wanderley Alves de Sousa (UFCG/CFP/PIBID/CAPES)
RESUMO: É consensual a observação de que a formação dada aos profissionais, pela maioria
dos cursos de Letras do Brasil, não constitui atributo suficiente para a geração do perfil do
professor de línguas e literaturas, requerido no contexto das mudanças que vêm ocorrendo na
Educação e na sociedade, atualmente. Nesse sentido, entende-se que a Prática de Ensino em
Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno uma postura crítica e ativa sobre o objeto de
ensino da disciplina, quer seja este a língua, a linguagem, a leitura, a produção de textos, além
do diálogo com as respectivas literaturas. Deve, portanto, possibilitar a construção de
conhecimentos relevantes para a compreensão da realidade do educando e solução de
situações-problema de usos da língua. Nessa direção, o presente trabalho reflete sobre a
formação da identidade do professor de língua portuguesa, a partir da análise do conjunto de
memoriais apresentados por alunos bolsistas do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID – Português) e alunos da disciplina Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do
período 2012.2 e 2013.1, do Curso de Letras do CFP-UFCG. Buscamos, especificamente,
elucidar o que os discursos dos alunos revelam como marcas identitárias da docência de
língua portuguesa e que passos têm sido percorridos para a construção dessa identidade, ao
longo da formação acadêmica dos mesmos. Entendemos, portanto, que os memoriais
permitem o questionamento, a reflexão e ressignificação de experiências e saberes de
professores em formação.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de Professores. Língua Portuguesa. Identidade Docente.
PIBID.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS
CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS
Dayana Maria Freitas França (UERN)
Antonia Lidiana da Silva Moreira (UERN)
Orientadora: Edmar Peixoto de Lima (UERN)
RESUMO: Esse artigo é parte de um trabalho monográfico resultante da pesquisa: Teses
acerca (do ensino) de gramática em discursos de professores universitários do curso de
Letras/CAMEAM, vinculado ao GPET – Grupo de pesquisa em Produção e Ensino de Texto.
Nesse trabalho, apresentamos como objeto de estudo o discurso de docentes do curso de
Letras Vernáculas do Campus Avançado “Profa Maria Elisa de Albuquerque Maia”-
CAMEAM/UERN, em que nos propomos a investigar o ethos revelado por esses docentes
quando discutem concepções de gramática, mediante a análise das teses e argumentos
utilizados no discurso desses sujeitos. Para tanto, o nosso aporte teórico é fundamentado nos
estudos vinculados à Teoria da Argumentação no Discurso (TAD) em que tomamos como
aparato teórico os estudos de Perelman e Tyteca (2005), Reboul (2004), Orlandi (2006),
Abreu (2006), Meyer (2007), para as discussões sobre o ethos os postulados de Aristóteles
(2007), Amossy (2008) e Maingueneau (2008), como também dos estudos de Antunes (2003),
Geraldi (2006), de Travaglia (2008), acerca da linguagem, mais especificamente, das
atividades ligadas ao ensino da gramática da língua materna; dentre outros teóricos. Nosso
corpus se constitui de duas entrevistas com docentes do curso de Letras Vernáculas. Em que
tratamos de identificar inicialmente as teses defendidas por esses sujeitos, seguidas dos
argumentos que constituem seus discursos, para que chegássemos a um detalhamento do
ethos que esses docentes revelam quando discutem concepções de gramática. Os resultados
dessa pesquisa apontam que os docentes em questão revelam o ethos de profissionais
funcionalistas, que veem o ensino de gramática com base nas concepções de gramática de uso
ou mais especificamente da gramática funcionalista.
PALAVRAS-CHAVE: Argumentação no discurso, Ethos, Concepções de gramática.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE
ESPANHOL
Thayanny Jacitha Lima e Silva (IFRN)
RESUMO: Este artigo tem por objetivo principal a produção de material complementar ao
livro Enlaces (OSMAN et al, 2010) utilizado no ensino de língua espanhola no ensino médio.
Para isso, foi criado um grupo na rede social Facebook, rede que foi lançada em quatro de
fevereiro de 2004, como ferramenta de ensino do espanhol. Este trabalho abordará, ainda, a
importância da internet no ensino de língua estrangeira, demonstrando seus benefícios para a
aquisição de uma nova língua, na qual proporciona o aumento do vínculo educador-aluno e o
aumento do espaço de estudo que não se limita apenas a sala de aula, posto que através da
internet os educadores obtêm o acesso a inúmeras possibilidades de apresentação e
abordagem do assunto desejado, aclarando dessa forma a relevância de grupos em um serviço
de rede social. Como referencial teórico, nos apoiamos em princípio nos autores Lázaro
(2004), García (2004), dentre outros. Destacamos através deste, que a criação das novas
tecnologias possibilitou ao educador estabelecer e rever novos processos metodológicos de
ensino, perceber que as informações e os conhecimentos se dispõem de maneira mais aberta,
funcionando como ferramentas instigadoras de aprendizado e que através desse meio de
comunicação, o aluno obtêm caminhos para participar de um contexto diferente do seu
habitual, e assim, absorver conteúdos espontaneamente. Principalmente quando o enfoque for
à língua estrangeira, já que o aluno irá conhecer além da forma gramatical da nova língua
estudada mais também, o universo das pessoas que são falantes nativos desta. Ao final,
mostraremos os passos para a criação do grupo, servindo como apoio ao professor do ensino
médio. Neste artigo não pretendemos apresentar conclusões definitivas, mas sim, alguns
indicadores que encaminhem para novas investigações na área.
Palavras-chave: Redes sociais. Espanhol. Ensino Médio.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
LETRAMENTO DIGITAL: CONCEPÇÕES DOCENTES
Lília dos Anjos Afonso (UFPB)
Maíra Cordeiro dos Santos (IFRN)
RESUMO: As pesquisas acerca dos estudos sobre o letramento digital constituem-se como
necessárias na atualidade, pois, a cada dia, a multiplicidade de informações que tomam conta
do ciberespaço faz parte da realidade comunicativa das pessoas, sobretudo, dos que estão
envolvidos em um contexto educacional. No espaço virtual, alunos e professores que
ingressam em um curso superior à distância estão apoiados nos ambientes virtuais de
aprendizagem como uma das formas mais eficazes na promoção do processo de ensino on-
line. Sendo assim, o objetivo deste artigo é estabelecer uma análise acerca das concepções de
letramento digital que envolve o docente, mediante a necessidade de verificar principalmente
como foram induzidos a adquirir as práticas de letramento e sua respectiva atuação. Para
tanto, analisaremos o trabalho docente em cursos superiores à distância, observando como sua
prática de letramento afeta e influencia o seu desempenho na plataforma educacional on-line.
Como base teórica para a confecção deste trabalho é fundamental a utilização de referências
de autores que trabalham a teoria que envolve as noções de letramento e letramento digital,
tomando como base principalmente os textos de Soares (2002) e Soares (1998) que trabalham
as concepções e conceitos sobre letramento. Palloff e Pratt (2004), Matos (2012), Pereira
(2012), Silva e Moraes (2009), Souza (2007) e Xavier (2005) trabalham sob a perspectiva das
diferenças entre letramento e letramento digital, Freitas (2010). Por fim, Souza (2010),
Moreira (2012) e Ribeiro (2012) trabalham a relação específica entre letramento digital e
concepção da prática docente. Todas estas referências contribuem para a construção da
formulação teórica deste artigo. No tocante aos instrumentos de pesquisa, serão usados
questionários para averiguar, sobretudo, a concepção de letramento digital destes docentes.
Desta forma, além das respostas quantitativas obtidas, a análise dos dados consistirá em
verificar a real situação de letramento digital dos professores entrevistados, apontando se o
nível de letramento está compatível com o desenvolvimento tecnológico da realidade atual,
uma vez que o ciberespaço mostra um cenário em que coexistem múltiplas tecnologias. Estas
definições certamente fornecerão os alicerces para indicar os possíveis problemas e,
consequentemente, apontar formas de aperfeiçoar a inclusão digital que possa favorecer o
desenvolvimento do trabalho destes docentes envolvidos no ensino superior à distância.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Letramento Digital. Educação a Distância. Inclusão
Digital.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS
Débora Katiene Praxedes Costa (UERN/PROFLETRAS)
Kelli Karina Fernandes Freire (UERN/PROFLETRAS)
RESUMO: Os estudos do letramento têm evidenciado novos caminhos para a formação
docente, influenciando de forma direta em sua prática. Seguindo por este percurso,
refletiremos sobre as possibilidades de práticas escolares que levem em conta o
desenvolvimento de habilidades e competências do aluno como ser individual e social.
Pretendemos, neste trabalho, refletir sobre a importância dos estudos de Letramento na
formação do professor de língua materna, além de contextualizar as práticas escolares como
práticas sociais, tendo em vista as implicações na prática de ensino e aprendizagem na sala de
aula. Para isso, escolhemos duas propostas de atividades de escrita e (re)escrita para
analisarmos à luz das teorias de Kleiman (2005, 2008), Silva (2009), Antunes (2003) e
Marcuschi (2003) e verificarmos se há uma consonância entre teoria e prática. Diante das
leituras e discussões sobre a atuação do professor, constatamos que os planos de ensino
analisados apresentam propostas com pontos condizentes com o que foi visto nos textos
estudados, uma vez que são desenvolvidas com base no uso concreto e social da língua e
envolvem práticas escolares adequadas às características do aprendiz e às situações de
interação entre os conhecimentos adquiridos por meio da leitura e da prática da escrita.
Assim, atestamos o papel do professor como agente do letramento e, dessa forma, como o
responsável por promover práticas que estimulem em seus alunos as capacidades para sua
inserção nas mais diversas situações em que se faça necessário o uso da escrita. Para isto, o
docente precisa ter os conhecimentos imprescindíveis para fundamentar suas ações e levar em
conta se estas terão função na vida dos seus alunos, se promoverão suas
capacidades/habilidades levando-os a participarem ativamente das mais diversas atividades
em seu meio social. Em suma, os estudos do letramento permitem ao docente um trabalho
efetivo no ensino aprendizagem. O letramento docente, assim, oportuniza ao professor ser um
agente social do conhecimento e não só um mero transmissor de saberes.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Formação do professor. Práticas escolares. Contexto
social.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
O BLOG COMO SUPORTE DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Josefa Christiane Mendes Martins (UERN)
Sebastiana Rafaela Silva Pinto (UERN)
Cristiane Lins da Silva (UERN)
Manoel Guilherme de Freitas (UERN)
RESUMO: Este artigo objetiva refletir sobre as práticas não silenciadas de leitura e de escrita
atuais, a partir da utilização do blog: “Conexão & leitura” nas aulas de aula da disciplina
Língua Portuguesa, da escola-campo do subprojeto: “Ler para retextualizar interagindo com
as linguagens”, ou seja, Escola Estadual Professora “Maria Edilma de Freitas”, do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- (PIBID/CAMEAM/DLV/UERN). Para tanto,
será um suporte pedagógico virtual/textual para que os alunos in loco possam ler, produzirem,
discutirem, interagirem através de postagens, dos comentários, dos compartimentos, sendo
que a ênfase inicial dar-se-á através das postagens e das análises das obras adotadas pelo
PSV/2014, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - (UERN). Assim sendo,
alimentaremos discursivamente/interativamente o corpus de estudo em Almeida (2008),
Bakhtin (1995), Moore (1997), Mussalin (2005), Koch & Elias (2009, 2010), dentre outros
que se fizerem necessários. Assim sendo, permitirá a troca comunicativa e/ou discursiva entre
os alunos-aprendizes, ao mesmo tempo em que abrirá a escola-campo a pluralidade discursiva
e interativa da língua entre os seus enunciadores. Portanto, é nesse pensar pedagógico, que
automaticamente, consubstancia com a ruptura da tradição escolar de gramática, bem como na
imersão dos recursos tecnológicos nas aulas de Língua Portuguesa, que atuará este suporte
textual/discursivo/virtual, buscando a formação de alunos sujeitos, alunos leitores e
produtores de textos em potencias na língua.
PALAVRAS-CHAVE: Blog, Suporte. Língua Portuguesa. Ensino. Alunos-aprendizes.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PROFESSOR DE ESPANHOL NO PARFOR:
ANÁLISES DAS ATIVIDADES REALIZADAS COMO PRÁTICAS DE
LETRAMENTO
Carlos Henrique da Silva ( UFRN)
RESUMO: As exigências da formação continuada de professores para atuarem na educação
básica, corrobora com as orientações preconizadas pela Lei de Diretrizes e Bases Nacional
(LDB). Assim, o Plano Nacional de Professores da Educação Básica (PARFOR) oferece
cursos para atenderem as demandas sociais nas mais diversas necessidades: I- Licenciatura;
II- Segunda Licenciatura e III- Formação Pedagógica. Entre estes cursos ofertados destaca-se
a Licenciatura Letras Espanhol para cumprir o que determina a lei 11.161 de 05 de agosto de
2005 (Lei do Espanhol) sancionada pela presidência da república do Brasil. Como etapa final
dessa formação, os professores realizam em salas de aulas os Estágios Supervisionados I e II.
Nesse processo lançam mão de diversas atividades que se efetivam como práticas de
letramento, percebendo a leitura e a escrita como práticas sociais para atingirem os objetivos
no estágio supervisionado de Língua Espanhola. O presente trabalho objetiva pesquisar
algumas práticas de letramento utilizadas nessa etapa da formação, sob o olhar dos alunos
participantes do referido estágio. Para isso, serão utilizados questionários com perguntas
abertas, a fim perceber quais são essas práticas. Metodologicamente o trabalho insere-se no
âmbito da Linguística Aplicada e segue uma abordagem de natureza interpretativista. Como
aporte teórico lançaremos mão dos postulados do letramento de BARTON & HAMILTON
(2000); da formação de professores de línguas estrangeiras BIZARRO &SILVA (2004) e
FERNÁNDES & CALLEGARI (2009). Os resultados preliminares apontam uma diversidade
de práticas de letramento, que pode contribuir para uma melhor formação de professores e
para o aprendizado do aluno na aquisição de segunda língua.
PALAVRAS-CHAVE: Formação. Professor de Espanhol. Práticas de letramento.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
O GÊNERO JOKE COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE
INGLÊS NO ENSINO MÉDIO
Paulo Rodrigo Pinheiro de Campos (IFRN)
RESUMO: Em nossa discussão desenvolveremos uma reflexão sobre o gênero joke como
ferramenta de ensino-aprendizagem de Inglês como Língua Estrangeira (ILE). Vale salientar
que nossa concepção de ensino-aprendizagem de língua estrangeira não contempla apenas a
formação de usuários fluentes de um aparelho linguístico. Por isso, buscamos nas jokes um
recurso adicional para a formação de cidadãos conscientes e críticos, os quais têm capacidade
para se posicionar no mundo de forma ativa e para interagir com o outro e com o mundo,
estando aptos para compreender tanto este quanto aquele. Compreendemos que, para a
consecução dessa formação, faz-se necessário proporcionar aos estudantes o contato com
variadas linguagens e perspectivas culturais também dentro da escola. Partindo dessa
preocupação, discorreremos sobre alguns pontos que permearam nossa pesquisa em nível de
mestrado, que foi descritiva quanto a seus objetivos, documental no tocante ao corpus
selecionado e, no tocante à abordagem dos dados, qualitativa. Nosso objetivo foi a exploração
de aspectos culturais presentes em jokes, com vistas à elaboração de atividades para sala de
aula, considerando como contexto uma sala de aula de Língua Inglesa no IFRN/Campus
Macau. Tomaremos por embasamento teórico a abordagem cultural (KRAMSCH, 1998,
1996, 1993), alguns trabalhos em Linguística sobre jokes (CHIARO, 1992; POSSENTI, 2010,
2002, 1998) e noções sobre implícitos, cena de enunciação e competência
(MAINGUENEAU, 2010, 2004, 1996).
PALAVRAS-CHAVE: Ensino-aprendizagem de ILE. Cultura. Jokes. Atividades.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
O JORNAL DIGITAL E O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA NA SALA DE
AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Aline Uchoa Pereira (UERN)
Maria Jarina Barbosa (UERN)
RESUMO: O ensino de leitura e de escrita na sala de aula de línguas, atrelados ás novas
tecnologias, é essencial para o desenvolvimento dos multiletramento. A criação de um jornal
digital pode ser um grande aliado do professor de língua portuguesa nesse sentido. Este
trabalho trata da realização de um projeto de intervenção pedagógica em letramento digital
com o objetivo de praticar a leitura e a escrita aliadas às novas tecnologias de informação e
comunicação, com vistas a praticar os multiletramentos na escola. Para tanto, foi proposta a
produção de um jornal digital para uma turma do oitavo ano do Ensino Fundamental. As
bases teóricas foram de autores (SOARES, 2002; FARIA, 2003; ALTENFELDER et al, 2011;
ROJO; MOURA, 2012) que defendem a necessidade tanto do ensino da língua portuguesa,
bem como das demais disciplinas do currículo escolar, estarem voltadas para uma proposta de
multiletramentos, a fim de desenvolver no aluno capacidades múltiplas de leitura e de escrita
que atendam às demandas da vida, da cidadania e do trabalho numa sociedade tecnológica.
Foi utilizada uma metodologia de acordo com a realidade do aluno e da escola, com oficinas
que culminaram com a produção final do jornal. Os resultados obtidos foram positivos,
servindo como uma contribuição para o processo de formação dos professores e dos alunos.
Explorar as novas tecnologias com vistas à leitura e à escrita é uma questão de sobrevivência,
pois vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico em que a escola não pode estar
ausente desse processo.
PALAVRAS-CHAVE: Jornal digital. Leitura. Escrita.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
PARA ALÉM DA FORMA: FAZENDO UMA ANÁLISE MULTIFUNCIONAL DE
CARTAZES DE PROTESTO
Jhuliane Evelyn da Silva (UFCG)
José Roberto Alves Barbosa (UERN)
RESUMO: A linguagem pode ser definida como um meio de interação que possibilita a
comunicação entre todos os seres, especialmente os humanos. Contudo, para que produza
sentido, ela precisa fazer parte de um contexto que envolva interactantes
(observador/leitor/interlocutor) atuando em lugares em determinadas circunstâncias. Dessa
forma, ela é tomada como elemento do social, já que é durante a interação num dado contexto
que há a produção de textos, e consequentemente, de sentidos. Um gênero que pode
exemplificar de forma pertinente essa função da linguagem é o cartaz. Como gênero textual
ampla e cotidianamente utilizado em nosso dia-a-dia, o cartaz serve não apenas para informar
ou instruir. Serve, sobretudo, para persuadir seu observador sobre algo. Para tanto, faz uso da
função apelativa da língua, que juntamente à criatividade, resulta em um poderoso meio de
comunicação. Assim, perante esta realidade, propomos a análise do texto de dez cartazes
produzidos pela população brasileira na época da Copa das Confederações sediada neste país,
no período de 15 a 30 de junho deste ano (2013) em seis estados diferentes, com o objetivo de
verificar as marcas de comprometimento com essa causa bem como os sentimentos que o
cartaz pode revelar. Considerando que Halliday (1978, 2004) elege o texto como unidade de
representação de qualquer evento comunicativo, uma vez que ele o toma como uma forma
linguística de interação social, optamos por fazer uso de sua Linguística Sistêmico-Funcional
por meio da análise das metafunções Ideacional, Interpessoal e Textual (2004), tendo como
objetivo ofertar uma leitura satisfatória, pertinente e mais ampla no que se refere aos modelos
encontrados e disponibilizados pelas gramáticas normativas que circulam atualmente. Uma
leitura pela qual o sujeito seja capaz de questionar, aceitar ou refutar, mas participar do
processo de produção de construção de sentido. A análise dos cartazes revela a predominância
de processos mentais de desideração, que expressam o desejo da população quanto a
mudanças. Seu comprometimento é focalizado por meio de asserções que quase não
apresentam modalização, e quando a fazem, essa reforça o sentimento de reprovação quanto
às atitudes do governo. O contexto apresentado somente vem confirmar a análise acima
quando mostra participantes pintados, nas ruas, com as cores da bandeira e retratando partes
do próprio hino nacional como forma de reação.
PALAVRAS-CHAVE: Cartaz. Manifestação popular. Linguística Sistêmico-Funcional.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
PODER, DISCURSO E ENSINO DE LE: UMA LEITURA DISCURSIVA DOS
ARTIGOS DO THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO DOCENTE
Antonio Genário Pinheiro dos Santos (UFRN)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo das
materialidades veiculadas no jornal The New York Times atentando para o estabelecimento de
relações de poder e para a constituição da materialidade midiática enquanto espaço de saber
que mexe com o sentido enquanto efeito, enquanto possibilidade. Para tanto, nos detemos a
estudar os pressupostos da teoria da Análise do Discurso de tradição francesa e, a partir da
coleta de artigos da coluna Education do respectivo jornal, aplicamos as categorias
discursivas no diálogo com o referencial teórico acerca do ensino de línguas para mobilizar a
discussão sobre as relações de poder no texto midiático. Tomamos como embasamento
teórico os estudos foucaultianos que tratam do poder e do saber, do discurso enquanto prática,
do sentido e da constituição do sujeito enquanto posição. Portanto, problematizamos nesse
estudo as contribuições, dentre outros, de Foucault (1996, 2006, 2007, 2010), Gadelha (2009),
Gregolin (1997) e Bertoldo (2009). Ao analisar a produção e a circulação de gêneros textuais
discursivos na esfera do jornalismo mediado e o funcionamento destes no ensino de Língua
Inglesa, alcançamos que o empreendimento de uma leitura discursiva nos leva a entender o
funcionamento de práticas que arrolam poder e saber inscrevendo a formação docente e o
ensino num espaço irregular de lutas e conflitos entre discursos filiados à história e à política.
Nossas conclusões apontam para o poder do discurso midiático, considerando sua
materialidade discursiva e as implicações de seus efeitos para a vida cotidiana dos sujeitos.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Mídia. Formação Docente.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
PROPOSTA DE ATIVIDADE ON-LINE PARA A PROMOÇÃO DA COMUNICAÇÃO
MEDIADA POR COMPUTADOR (CMC)
Samuel de Carvalho Lima (IFRN)
RESUMO: Considerando o recente panorama de pesquisas em Linguística Aplicada sobre a
interface Linguagem/Tecnologia, este trabalho desenvolve o estudo da caracterização da
proposta de atividade on-line para a promoção da comunicação mediada por computador
(CMC) na oferta do ensino da compreensão e produção oral em língua inglesa a distância.
Baseando-se nas reflexões acerca das propostas de atividades (SALMON, 2002; CHAPELLE,
2003; LEFFA, 2008; CERQUEIRA, 2010), discute-se as possibilidades desse ensino ser
realizado através do uso das relativamente novas Tecnologias de Informação e Comunicação.
Situada no paradigma das pesquisas qualitativas, de cunho predominantemente exploratório
(RAUPP; BEUREN, 2004), nossa análise resultou na elucidação dos traços da proposta de
atividade on-line para a promoção da CMC flagrada na oferta do ensino a distância no curso
semipresencial Letras/Inglês, realizado através do Solar, Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) da Universidade Federal do Ceará, em parceria com a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e a Universidade Aberta do Brasil. Das
quarenta e uma (41) propostas de atividades on-line constitutivas do corpus, praticadas em
duas aulas das disciplinas Língua Inglesa: Compreensão e Produção Oral, apenas três
apresentaram interação social e, consequentemente, CMC. Embora com pouca expressividade
(7,31% da oferta total de propostas de atividades on-line), as propostas de atividades on-line
para a promoção da CMC demonstraram apresentar características coerentes com um projeto
de ensino de língua estrangeira comprometido com o objetivo de se considerar o fenômeno da
comunicação humana. Conclui-se que é salutar compreender que o conhecimento linguístico
seja relevante e deva ser estudado no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras em AVA.
No entanto, esse tipo de conhecimento não pode ser abordado esvaziado de elementos
pragmáticos que, em potencial, podem marcar e enriquecer a cena enunciativa, aproximando
os alunos de contextos e usos da língua mais coerentes com a autenticidade e a realidade.
PALAVRAS-CHAVE: Proposta de Atividade. Comunicação Mediada por Computador.
Língua Inglesa
ISBN 978-85-7621-077-1
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
REPRESENTAÇÕES SOBRE O “BOM ALUNO” NA FALA DE PROFESSORES DE
INGLÊS EM FORMAÇÃO INICIAL
Ewerton Mendonça de Oliveira (UFRN)
Orlando Vian Jr. - Orientador (UFRN)
RESUMO: Este trabalho propõe-se a analisar representações de professores na formação
inicial que atuam em um instituto de idiomas em uma Universidade pública do nordeste
brasileiro, onde são oferecidos cursos de línguas para alunos e servidores da instituição. O
artigo visa reconhecer como são concebidas as representações sobre a figura do “bom aluno”
no contexto dessa instituição. Analisaremos duas entrevistas feitas com professores ao
iniciarem o semestre letivo das turmas de inglês do referido curso, selecionando as perguntas
que concentram informações sobre o “bom aluno”. Tais dados fazem parte do corpus da nossa
dissertação de mestrado, que compreendeu dez entrevistas gravadas em áudio e transcritas dos
alunos do curso de Letras–Inglês que atuam junto ao Instituto Ágora, assim como aplicação
de questionários relacionados aos dados demográficos para traçar o perfil de tais profissionais.
As marcas léxico-gramaticais contidas na fala dos professores serão analisadas através do
programa computacional WordSmith Tools 5.0 (Scott, 2010) a fim de desnudar suas
concepções circunscritas no Sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005) e o modo
como as representações são construídas, por meio dos pressupostos da Linguística Sistêmico-
Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004; EGGINS, [1994] 2004; THOMPSON,
2004). Tal estudo possibilita que os professores em formação inicial tenham a oportunidade
de repensar criticamente as suas concepções e práticas, bem como possibilita ao pesquisador
desnudar como as representações de um grupo são concebidas.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliatividade. Professores. Linguística Sistêmico-Funcional.
Representações. Formação inicial.
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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS COM GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA DE
LÍNGUA ESPANHOLA
Josimar Soares da Silva (UEPB)
RESUMO: Atualmente, no processo ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras está
ocorrendo várias mudanças e o docente de língua estrangeira e materna busca meios para
inovar sua prática pedagógica e procura intervir nas causas peculiares do afastamento dos
discentes quanto à aprendizagem, já que os alunos sempre estão reclamando da maneira de
como as línguas estrangeiras são ensinadas. De fato, já não é coerente com as novas
exigências do ensino de línguas as atividades de completar textos, conjugar verbos, traduzir
textos e elaborar listas de vocabulários. Portanto, nosso trabalho tem por objetivo dinamizar
as aulas de língua espanhola a partir de gêneros textuais (oral e escrito), buscando propor
algumas sequências didáticas através dos gêneros discursivos. Sendo assim, motivando a
aprendizagem da oralidade e da escrita em língua espanhola. Nossa fundamentação baseia-se
em: (PINILLA GÓMEZ, 2005), (GIL-TORESANO BERGES, 2005), (CASSANY, 2005),
(ACQUARONI MUÑOZ, 2005), dentre outros. Logo, nossa análise nos mostrou que, o
ensino efetivo da língua espanhola nesta perspectiva propicia ao estudante o desenvolvimento
cognitivo e o domínio das habilidades tradicionais de compreensão e expressão na
aprendizagem de língua estrangeira (ouvir, falar, ler e escrever). Nestes termos, o uso dos
gêneros textuais na sala de aula contribui para o domínio da competência comunicativa dos
aprendizes, para que eles se expressem e se comuniquem efetivamente em língua espanhola.
PALAVRAS-CHAVE: Habilidades Linguísticas. Prática docente. Ensino e aprendizagem.
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MODALIDADE PÔSTER
A ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO PUBLICITÁRIO DO PAPEL RECICLATO
SUZANO PELO VIÉS DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO
Amanda Arruda Alves (UERN)
Kainara de Souza Alencar (UERN)
Carla Monara de Paiva Silva (UERN)
RESUMO: Quando argumentamos o fazemos movidos por uma intencionalidade. Nosso
discurso, uma vez emitido, visa a adesão do nosso interlocutor. Argumentar é o meio pelo
qual afetamos e/ou influenciamos o comportamento do outro. No texto publicitário os
argumentos são utilizados visando a adesão do consumidor, os recursos linguísticos levam o
interlocutor a aceitar o produto que está sendo oferecido. O presente trabalho visa mostrar os
efeitos de sentido presentes no anúncio publicitário do papel Reciclato Suzano, veiculado na
revista Veja, através dos operadores argumentativos. Tal conceito é abordado pela linha
teórica da semântica da enunciação. A referida linha debruça-se sobre a interação entre
leitores e ouvintes no momento em que há um jogo argumentativo entre os mesmos. Tomando
como ponto de partida a análise do referido anúncio, buscamos mostrar como se dá o
fenômeno da argumentação nos textos publicitários, bem como o modo pelo qual tal
fenômeno se estrutura. Para tanto, nos apropriaremos de alguns pontos estudados pelo
linguista francês Oswald Ducrot (1981). A pesquisa realizada nos traz uma visão crítica em
relação aos textos publicitários, visto que atentaremos para o excesso de qualidades e
necessidades que o produtor do texto se utiliza para vender seu produto, sem se importar de
fato se necessitamos ou não de tal produto.
PALAVRAS-CHAVE: Semântica da enunciação. Operadores argumentativos. Textos
publicitários. Argumentação.
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MODALIDADE PÔSTER
A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O
HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO
Bruna Silva Rodrigues (UERN)
Francisco das Chagas de Medeiros Júnior (UERN)
Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Orientadora - UERN)
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno Pink Money
(mercado rosa), segmento de mercado que representa na sociedade contemporânea a inserção
do público homossexual detentor de um poder de compra especifico, não mais sendo
consumidores exclusos, como por muito tempo foram, devido a sua condição sexual e afetiva.
O público enquadrado no ‘Mercado Rosa’ são os homossexuais com condições mais
abastadas (estão em sua maioria, entre as classes A, B e C, segundo o instituto de pesquisa
INSEARCH), que gastam em media 30% a mais do que os heterossexuais em entretenimento,
lazer e artigos de luxo (Associação da Parada do Orgulho GLBT, 2006). Com a perspectiva de
gerar um lucro maior e satisfação para o seu publico, essa indústria chega para agregar ao
mercado, focando em algo que outrora nunca foi priorizado, propiciando aos gays que se
sintam a vontade e recompensados por terem produtos voltados para sua demanda. Destarte, o
tema debatido mostra ser uma fatia de mercado anteriormente suprimida, já que o público
homossexual não tinha serviços e produtos que atendessem as suas perspectivas e anseios de
consumo, tendo assim, com a ascensão do poder aquisitivo, um mercado capital que se volta
para este nicho. Assim sendo, para analisar este fenômeno, tomamos como base às
idealizações de poder de Babbio (1996), que constrói um pensamento social a respeito da
obtenção econômica social e as perspectivas de sociedade e sexualidade se darão sobre as
bases do pensamento de Foucault. Ainda, realizamos um percurso sobre as formas de se ver a
homossexualidade até a contemporaneidade, fundamentando-nos no pensamento do
Ceccarelli (2000).
PALAVRAS-CHAVE: Pink Money. Homossexualidade. Nicho de mercado.
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MODALIDADE PÔSTER
A CONCEPÇÃO DO PENSAMENTO EM ALBERTO CAEIRO
Amanda Arruda Alves (UERN)
RESUMO: Fernando Pessoa na sua genialidade desdobrou-se em vários heterônimos, dentre
os quais está Alberto Caeiro. O poeta é concebido como o mestre dos demais heterônimos de
Pessoa. Poeta do campo, leva uma vida de simplicidade. Busca exprimir as sensações
causadas pela natureza ao seu redor através de palavras simples, mas que detém ideias
complexas. Desse modo, faz-se necessário que a leitura superficial dos versos de Caeiro seja
ultrapassada. Alberto Caeiro demonstra muitas vezes aversão ao pensamento, à reflexão
esmiuçada dos fatos, ele prima pelas sensações que os seus sentidos captam. Faz-nos crer que
para chegarmos ao cerne da sua poesia, é necessário desprendermo-nos da pura e simples
sensação que esta nos causa, e penetrar no sentido oculto pela aparente simplicidade. Assim
sendo, ler Caeiro no sentido mais abrangente da palavra, implica opor-se de certo modo, à sua
ideia de não pensar sobre as coisas. Conforme nos diz Coelho (1980, p.30), “Caeiro é um
abstrator paradoxalmente inimigo de abstrações: daí a secura, a pobreza lexical do seu estilo.”
As abstrações do poeta são feitas no momento em que seus sentidos são despertados, ele
dispensa os pormenores de uma descrição detalhada e que utiliza-se de um demasiado
rebuscamento. Uma forte característica modernista presente na obra de Caeiro é a liberdade
na forma, ele utiliza versos livres, não há rimas nos seus poemas. O presente trabalho visa
abordar o modo como Alberto Caeiro concebe o pensamento no poema “O guardador de
rebanhos” (1911-1912). Fundamentamos o mesmo no texto Diversidade e Unidade em
Fernando Pessoa, de Jacinto Prado Coelho (1980), bem como no artigo científico O
pensamento poético em Alberto Caeiro, de Antônio Máximo Ferraz (S/D) e no artigo Alberto
Caeiro: ver para pensar sem pen(s)ar, de Isabelle Meira Christ (S/D).
PALAVRAS-CHAVE: Fernando Pessoa. Alberto Caeiro. Poesia. Pensamento.
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MODALIDADE PÔSTER
A CONFIGURAÇÃO DO INSÓLITO NO CONTO “A DANÇA COM O ANJO” DE
LYGIA FAGUNDES TELLES
Monica Valéria Moraes Marinho (UERN)
Antonia Marly Moura da Silva (Orientadora - UERN)
RESUMO: O propósito deste trabalho é apresentar, de forma sumária, parte dos resultados da
pesquisa intitulada “Variações de um mesmo tema: a experiência da metamorfose na ficção de
Lygia Fagundes Telles” PIBIC/CNPq, desenvolvida na Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte, no exercício 2012/2013. Neste recorte, diferentemente da proposta original
que consiste num estudo comparativo entre dois contos, optamos por uma leitura crítica do
conto “A Dança com o Anjo”, da obra Invenção e memória (2000), da autora citada,
observando traços do duplo e da metamorfose, sobretudo, traços do fantástico, expressos na
narrativa, tendo como referência básica os conceitos de Bravo (1998), Mello (2000) e Rosset
(1985) sobre o duplo, o que Silva (2001) tece sobre a metamorfose, bem como a perspectiva
todoroviana de fantástico. No que se refere aos procedimentos metodológicos, convém
destacar que foram realizadas pesquisas em textos teóricos e literários a fim de compreender
os conceitos do duplo e da metamorfose em perspectivas clássicas e modernas, para em
seguida, desenvolver reflexões acerca do tema. Diante de tal desafio, buscamos a articulação
de conceitos, considerando em quais narrativas e como ocorrem as atualizações e
apropriações metafóricas do mito do duplo na obra em pauta. Na leitura de “A Dança com o
Anjo”, constatamos que a cisão psíquica da personagem é uma prerrogativa na tessitura da
trama, e que a irrupção do duplo é representada sob uma perspectiva insólita, pois o que se
destaca no conto é a fratura na lógica cotidiana através do misterioso encontro da protagonista
com um desconhecido, quem a moça acredita tratar-se de um Anjo. Desta forma, é possível
dizer que a atmosfera fantástica e do mito do duplo são traços característicos do insólito na
ficção lygiana.
PALAVRAS-CHAVE: Conto brasileiro. Lygia Fagundes Telles. Fantástico. Duplo e
metamorfose.
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MODALIDADE PÔSTER
A CONSTRUÇÃO DO ETHOS NO DISCURSO DE POSSE DA GOVERNADORA
ROSALBA CIARLINE
Maria Cedna dos Santos Freire (UERN)
Carlos Michel de D. Q. de Medeiros (UERN)
Ana Maria de Carvalho (Orientadora – UERN - GEDUERN)
RESUMO: A produção de um enunciado está relacionada à construção de uma imagem de si.
O que dizer e como dizer, que implicam a seleção de um gênero do discurso, do estilo e do
tom que se quer dar, revelam a imagem que os interlocutores fazem de si. Dessa forma, em
todo discurso, seja ele oral ou escrito, subsiste um ethos. Partindo dessa ideia, o objetivo
principal deste trabalho é analisar o ethos no discurso de posse da Governadora do Estado do
Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini. Para a realização da nossa análise nos embasamos em
autores que tem seus pressupostos teóricos e metodológicos apoiados na AD como Orlandi
(2001), Gregolin (2003; 2004) e Fernandes (2008) que trabalham o discurso como objeto
sócio-histórico, ou seja, entendido como processo em que se articulam uma materialidade
linguística e uma materialidade sócio-ideológica. Orientamo-nos também por teóricos que
versam sobre o ethos como Charaudeau (2006) e Maingueneau (2008), que foram de grande
importância para a nossa pesquisa, haja vista pelo aparato teórico que serviu para sustentar a
nossa investigação. A análise aponta que a governadora constrói, a partir de seu discurso,
variados ethos, os quais se configuram como uma importante estratégia política utilizada na
pretensão de passar aos eleitores uma boa imagem de si.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Ethos. Estratégia política.
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MODALIDADE PÔSTER
A DITADURA DA BELEZA COMO FORMA DE CONSUMO E PADRÃO ESTÉTICO
Edilana Carlos da Silva (UERN)
Daiany Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: O objetivo deste trabalho é fazer uma análise semiológica da Campanha
Publicitária da Grife Francesa Chanel, tendo como modelo a brasileira Gisele Bündchen, no
ano de 2013. A Chanel é uma conceituada marca nos seguimentos de moda, bolsas, jóias,
roupas, desfiles, relógios, maquiagens, cabelos e perfumes refinados. Foi fundada em 1909
pela estilista Coco Chanel, por ser bastante requintada a marca passou a ser conhecida
mundialmente a partir de 1915, e atualmente ela é considerada uma figura interessante para a
história da cultura do século XX. Tornando-se um dos maiores impérios da moda no mundo
hoje. Já a modelo Gisele Bündchen é tida como exemplo mundial de beleza exótica e corpo
perfeito, desejada e idealizada por muitas mulheres. O texto se desenvolve com a perspectiva
de que a beleza e o consumo desenfreado se tornaram um mito que tem aprisionado muitas
mulheres. A ditadura da beleza, o corpo perfeito e o consumo tem exercido poder sobre a
normatização do corpo feminino, dessa forma, será usado Bourdieu (1991), o poder
simbólico. Assim como as concepções mitológicas de Roland Barthes (2001). Serão utilizadas
as teorias de Wolf (1992) sobre o mito da beleza e as de Mulvey (1983), com o seu conceito
de prazer visual. As concepções da autora Passerini (1995) também serão usadas,
principalmente em relação ao consumo e a cultura de massa. A autora explica que o ilusório e
inalcançável padrão de beleza oprime e distorce a imagem da mulher, resumindo-as a objetos
nas imagens projetadas pela indústria da beleza.
PALAVRAS-CHAVE: Ditadura da beleza. Mito. Corpo perfeito. Consumo. Mídia.
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MODALIDADE PÔSTER
A ÉTICA JORNALÍSTICA E A FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA: UMA
ANÁLISE DO CASO MUÇÃO
Valéria Pereira dos Santos de Lima (UERN)
Maria Aminadabe Costa da Silva (UERN)
Márcia de Oliveira Pinto (Orientadora - UERN)
RESUMO: Podemos perceber que ao longo do tempo os meios de comunicação foram
ganhando espaço na sociedade até chegar ao ponto de se afirmar que vivemos na era da
informação. Principalmente, porque estamos em tempos de internet, em que a velocidade na
circulação da notícia é bem maior. Sendo isso bom ou ruim, as notícias rapidamente se
espalham entre as pessoas. Se usado de forma positiva, a sociedade só tem a ganhar com a
massificação da informação. Mas, e quando a notícia não é verdadeira? E pior, quando
envolve a imagem moral de uma pessoa específica? Eis uma ótima questão que há tempos
vem sendo discutida pelo meio social e comunicacional. Este estudo busca fazer um
comparativo do comportamento dos portais de notícias “O Povo” de Fortaleza-CE e
“Estadão” de São Paulo em relação à construção da imagem do humorista e radialista Mução
acerca da notícia de sua prisão, quando foi acusado de pedofilia em meados de 2012. Levando
com consideração a influência da atividade do jornalista enquanto formador de opinião,
pensamos o trabalho tendo como base os preceitos éticos que permeiam o profissional do
jornalismo. Buscamos a análise dos elementos utilizados pelos portais de notícias para a
construção da imagem de Mução com o objetivo de verificar as características presentes no
discurso de cada meio, e principalmente entender de que forma esse discurso implica positiva
ou negativamente na imagem do humorista perante a sociedade. O trabalho utilizou como
metodologia a pesquisa bibliográfica. Tendo como justificativa a necessidade de se estudar as
abordagens jornalísticas em relação à formação de imagem das pessoas, o artigo leva em
consideração os direitos fundamentais do ser humano, que são assegurados aos cidadãos
frequentemente expostos aos meios de comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Ética jornalística. Opinião pública. Construção de imagem. Caso
Mução.
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MODALIDADE PÔSTER
A FORMAÇÃO DISCURSIVA NA ESPETACULARIZAÇÃO DA NOTÍCIA
Oscarina Caldas Vieira (PIBID - UERN)
Andrea Sergina Gomes (UERN)
Ana Maria de Carvalho (Orientadora - UERN)
RESUMO: Este trabalho surgiu a partir dos textos discutidos em sala tendo como base nos
estudos de Análise de Discurso de orientação francesa (AD), mais especificamente no que
concerne à formação discursiva na espetacularização da noticia por parte de alguns programas
de televisão, levando em consideração que a maioria destes ao repassarem as notícias apelam
para o sensacionalismo, deixando a desejar em outros aspectos considerados importantes, tais
como fidelidade na noticia e a formação crítica do expectador, transformado assim a noticia
em mercadoria e desfazendo-se de sua principal meta: a informação. Com o intuito de
embasarmos essa pesquisa, recorremos aos estudos de Coelho e Castro (2006) e Patias (2006).
Para a composição deste trabalho selecionamos dois programas conhecidos a nível nacional
que visam a espetacularização da noticia. Em nossa analise buscamos apresentar a mesma
notícia vinculada a estes programas, a saber, o caso do casal da PM que foi supostamente
assassinado pelo filho do casal. A partir das analises, comprovamos que os programas Cidade
Alerta da Rede Record de Televisão comandada pelo jornalista Marcelo Resende e o Brasil
Urgente da Rede Bandeirantes com Luiz Datena se encaixam perfeitamente no gênero
sensacionalista, pois atendem às características que um telejornal popularesco apresenta
quando estudados sob a Analise do Discurso.
PALAVRAS-CHAVE: Análise de Discurso. Notícia. Espetacularização.
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MODALIDADE PÔSTER
A PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL EM LÍNGUA INGLESA NO CAWSL
Laura Dalyane Nascimento Nunes (UERN)
Silvano Pereira Araújo (UERN)
RESUMO: Existe um consenso entre os especialistas sobre a importância da pesquisa na
graduação. Muitos são os estudos que propõem o envolvimento do aluno-professor com a
iniciação cientifica ao longo da graduação. No entanto, ainda são escassos as pesquisas em
Linguística Aplicada que tem como foco a pesquisa em um curso de formação inicial de
professores de língua estrangeira. Sendo assim, este estudo tem como objetivo descrever e
analisar o lugar ocupado pela pesquisa na graduação em Língua Inglesa no CAWSL, lançando
ao mesmo tempo, um olhar retrospectivo e prospectivo. Para isso, tomamos como base André
(2001), Ludke (2001; 2009), Demo (1991;1994;1996), Gresser (2003), Massi e Queiróz
(2010), Laursen et al (2010). Nessa perspectiva, a pesquisa é concebida como um instrumento
que é parte constitutiva da formação do professor. A metodologia privilegiada é de natureza
qualitativa em que o foco está no sentido construído pelos participantes da investigação. Os
sujeitos da pesquisa são alunos da graduação em Língua Inglesa do CAWSL, cursando o
período 2013.1. Os dados serão coletados por meio de anotações de campo, observação
participante, questionários e entrevistas. Espera-se, com esse estudo, contribuir para discussão
a respeito da formação do professor- pesquisador na graduação em Língua Inglesa,
conscientizar o graduando dos benefícios obtidos a partir do contato com a pesquisa cientifica
em sua formação e contribuir para a resolução de problemas efetivos em relação à pesquisa no
campus.
PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa. Graduação. Língua Inglesa.
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MODALIDADE PÔSTER
A PRÁTICA DOCENTE COMO BASE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Laís Klennaide Galvão da Silva (PIBID - UERN)
Karine Menezes Ribeiro (PIBID - UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID - UERN)
RESUMO: As experiências docentes vividas no cotidiano escolar são importantes para a
formação, a partir delas o profissional pode desenvolver metodologias variadas para atingir o
objetivo de que o aluno obtenha êxito no processo de ensino aprendizagem. Partindo do
pressuposto de que a prática docente conduz o profissional a uma formação qualificada; os
graduandos são orientados a praticar a docência, porém surge a questão de qual ambiente se
aproxima mais da realidade que esse profissional irá atuar. O presente trabalho tem como
objetivo comparar a prática docente dos alunos de Língua Espanhola da Faculdade de Letras e
Artes – FALA da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN que se dá através
de um minicurso, com a realidade cotidiana vivida pelo professor de escola pública. Este
apresenta as estratégias de ensino usadas nas aulas de Língua Espanhola, em ambos os
ambientes, descrevendo os problemas e facilidades enfrentados pelo profissional em
formação. Como metodologia, realizamos leituras em autores que abordam a temática como
Sedycias, (2005); Martínez (2008); Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1998); PCN+
Ensino Médio (2002) e Correa (2009); também ministramos aulas nas duas situações; através
de minicurso e na aula convencional, ambas em escolas públicas. Assim concluímos que
quando o profissional em formação é inserido no cotidiano escolar, através do minicurso há
uma menor aproximação da realidade a ser enfrentada na profissão, pois há um leque de
oportunidades, que divergem da realidade do professor que trabalha diretamente com o
currículo e sistematização das escolas; as estratégias, metodologias e planejamentos são
diferentes, podendo assim projetar um choque futuro no profissional docente em formação.
PALAVRAS-CHAVE: Prática de Ensino. Formação. Profissional Docente.
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MODALIDADE PÔSTER
A PRODUÇÃO DISCURSIVA DA MÍDIA SOBRE O CORPO, JUVENTUDE E
BELEZA
Sebastiana Cristina Torres da Silva (UERN)
Maria de Fátima de Lima Oliveira (UERN)
Sandro Rodrigo Pinto Lopes (UERN)
Ana Maria de Carvalho (Orientadora – UERN - GEDUERN)
RESUMO: O trabalho objetiva descrever/analisar os efeitos de sentidos produzidos pela
mídia acerca do corpo, da juventude e da beleza, a partir dos discursos que ela (re)produz e
faz circular. A investigação parte do pressuposto de que a mídia é um dos grandes
dispositivos encarregados de fabricar discursos “verdadeiros” e de propagá-los por meio de
uma intensa penetração no corpo social. Dessa forma, a mídia, sedimentada em um modelo de
beleza ideal, institui padrões de beleza e comportamento que adquirem o status de regime de
verdade. “Culto à beleza”, “corpo perfeito” e “juventude” se manifestam como parte dos
discursos que balizam essa construção. Assim, por meio desses discursos instalam-se
representações, forjam-se diretrizes que orientam a criação simbólica da identidade. A
pesquisa aqui empreendida vincula-se à Análise do Discurso de orientação francesa,
principalmente nos construtos teóricos formulados por Michel Foucault, tais como enunciado,
formação discursiva, poder, saber e verdade. O corpus deste trabalho são revistas de
circulação nacional. Os resultados apontam que a mídia é uma fonte poderosa e inesgotável de
produção e reprodução de subjetividades, evidenciando sua incrementada inserção na rede de
discursos que modelam a história do presente.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso midiático. Corpo. Juventude. Beleza.
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MODALIDADE PÔSTER
A TEORIA DIALÓGICA DE BAKHTIN NOS GÊNEROS DISCURSIVOS: UMA
ANÁLISE DE NARRATIVAS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
João Paulo Pereira (UERN)
RESUMO: O presente trabalho objetiva analisar redações escolares sob a teoria de Bakhtin
dos gêneros discursivos (BAKHTIN, [1952-1953]). Essas redações são textos de tipologia
predominantemente narrativa (cf. MARCUSCHI, 2005) produzidas por alunos do sexto ano
do ensino fundamental da Escola Municipal Joaquim Felício de Moura da cidade de
Mossoró/RN. Trata-se de uma coletânea de textos confeccionada em um pequeno livro de
contos no terceiro bimestre escolar do ano de 2012. Neste sentido, objetivamos examinar os
três elementos propostos por Bakhtin ([1952-1953]): a construção composicional, referente à
estrutura do texto; o conteúdo temático e o estilo, que segundo a teoria bakhtiniana seria a
seleção realizada pelos escreventes dos recursos lexicais, gramaticais e fraseológicos. Esses
textos produzidos pelos alunos seriam uma readaptação dos famosos Contos de Fadas
recontados de forma inusitada pelos alunos. Os discentes teriam que narrar novos fatos nesses
contos, a fim de alterar, incrementar e propor novos rumos às narrativas, alterando a
sequência original, dando origem a um novo texto, com mais criatividade e fantasia. Para
tanto, pretendemos observar como esses três elementos aparecem nos textos: atentando para
uma possível identificação ou semelhança quanto ao estilo entre as produções dos alunos,
observando se existem tratamentos diversos para uma mesma proposta de desenvolvimento de
conteúdo temático e as estruturas composicionais. Observando essas características, podemos
perceber que essas narrativas são um ambiente propício ao surgimento de vozes entre narrador
e personagens, uma vez que acreditamos que as relações dialógicas entre as diferentes vozes
são importantes para a configuração dos enunciados. (cf. BAKHTIN, 1929/1963, [1952-
1953]; MEDVEDEV/BAKHTIN, 1928; BAKHTIN/VOLOSHINOV, 1929).
PALAVRAS-CHAVE: Bakhtin. Narração. Gêneros Discursivos.
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AMBIGUIDADE NO GÊNERO TEXTUAL ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: UMA
PROPOSTA DE ENSINO
Jéssica Fernandes Lemos (UERN)
César Tardelly de Medeiros Silva (UERN)
Fernanda Hingryd da Silva (UERN)
Paula Regina da Silva (SEEC)
RESUMO: O presente trabalho trata de uma proposta de ensino com o gênero textual
anúncio publicitário. Tal proposta toma como orientação os embasamentos teóricos
apresentados nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), uma vez que ressaltam a
importância de se trabalhar em sala de aula com os diferentes gêneros, orais e escritos. A
respeito da importância dos gêneros, Bazerman (2005, p.106) corrobora o seguinte: “cada
pessoa, através da comunicação por gêneros textuais, aprende mais sobre suas possibilidades
pessoais, desenvolve habilidades comunicativas e compreende melhor o mundo com que está
se comunicando”. Sendo assim, cada pessoa adquire a capacidade de se comunicar e
compreender melhor as situações comunicativas, participando de forma ativa nos espaços
discursivos em que se inserem, tornando-se assim, um ser crítico. Entende-se desta forma, a
importância de se trabalhar os diversos gêneros textuais em sala de aula, visto que são de
suma importância na vida social do discente. É partindo deste pensamento que o presente
trabalho realiza-se tendo como objetivo incitar os alunos do ensino fundamental e/ou médio a
refletirem sobre o uso da ambiguidade no gênero textual anúncio publicitário. Os anúncios
publicitários utilizam constantemente esse recurso a fim de inovar uma ideia já conhecida e
assim, atrair a atenção do público. O presente estudo apresenta inicialmente como proposta
expor aos alunos diversos anúncios publicitários impressos e televisivos a fim de propagar
uma discussão construtiva a cerca dos diversos sentidos que a ambiguidade pode gerar.
Contudo, os alunos têm que estar cientes que um valor ou outro depende muito do contexto e
da situação. Em meio a discussão esperamos que os discentes construam a noção da
ambiguidade, a intenção com que o produtor a utiliza e o efeito que o mesmo causa no
público leitor. A proposta visa obter como resultado a construção de um pensamento crítico
na formação dos discentes enquanto leitores e público de anúncios publicitários. Para tanto, o
trabalho se alicerça em autores como: Cançado (2008), Borba (1991), Geraldi (1997),
Scheneuwly & Dolz (2004), dentre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Ambiguidade. Anúncios publicitários. Ensino. Discente.
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MODALIDADE PÔSTER
ANÁLISE DA PROPAGANDA DE APARELHOS CELULARES: UMA PROPOSTA
MULTIMODAL CRÍTICA PARA O ENSINO DE LÍNGUAS
Myrna Cibelly de Oliveira Silva (UERN)
Gabriela Mirtes Bezerra Carvalho (UERN)
José Roberto Alves Barbosa (Orientador - UERN)
RESUMO: A propaganda exerce papel fundamental na formação de consumidores. Através
desta os sujeitos são posicionados pela capacidade que têm de adquirir produtos
(MAGALHÃES, 2005). Dentre esses, os aparelhos celulares estão entre os mais desejados,
inclusive pelos jovens. Diante dessa realidade, objetivamos, neste trabalho, analisar
criticamente as propagandas, em inglês, de aparelhos celulares, veiculadas pela mídia
internacional. Para tanto, selecionamos cinco propagandas impressas dispostas na mídia nos
últimos dois anos pelas principais empresas de aparelhos celulares. A análise está
teoricamente fundamentada nas contribuições de Fairclough (2001; 2003), que propõe uma
Análise de Discurso Crítica (ADC), que atente tanto para a dimensão social (FOUCAULT,
1987) quanto textual do discurso (HALLIDAY, 1985). Para Fairclough (2001) os discursos da
propaganda fomentam o consumo, tendo em vista que esse é ideologicamente marcado
(THOMPSON, 1985), e hegemonicamente constituído (GRAMSCI, 1998,1995) a fim de
produzir consenso. Para a análise das imagens, consideramos os pressupostos teóricos da
Gramática do Design Visual, propostos por Kress e van Leeuwen (2006), inspirados na
Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1985). A análise multimodal dos textos
veiculados pela propagada de aparelhos celulares revela um discurso que representa os
sujeitos enquanto consumidores de produtos. O gênero dos textos não apenas agem sobre eles,
mas também os identifica, posicionando-os a partir de um repertório de estilos sociais. As
imagens são predominantemente representacionais narrativas, com vetores mostrando pessoas
interagindo com os produtos. A interatividade é de demanda, por meio dos quais os
participantes reclamam o envolvimento com o observador. A composição é tematizada por
meio do recurso da saliência dos produtos, a fim de despertar interesse.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Multimodal. Crítico. Ensino. Línguas.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
ANÁLISE MULTIMODAL A PARTIR DA PROPAGANDA DO YOGA: UMA
PROPOSTA PARA O ENSINO DE LEITURA
Júlio Sérgio B. dos Santos (UERN)
José Roberto Alves Barbosa (Orientador - GPELL - UERN)
RESUMO: Os textos multimodais têm estado cada vez mais presentes nas diversas esferas
sociais, haja vista o grande potencial de veiculação inerente à era da tecnologia vivenciada
hoje no ocidente. A crescente produção e veiculação desses textos tem caracterizado um novo
momento, denominado por Kress e van Leeuwen (2001) de New Writing, onde inúmeros
modos semióticos são utilizados e se articulam simultaneamente em função da criação desses
textos, bem como na construção de sentidos específicos. Este trabalho tem o objetivo de
examinar a relação entre os aspectos verbais e não-verbais presentes nos anúncios
publicitários, inseridos em algumas das edições americanas da revista internacional Yoga
Journal, cujo produto enfatizado é um tipo de meia com característica antiderrapante, a fim de
compreender como se articulam os modos semióticos no que tange a relação de interação
entre produtor/leitor. Consideramos também o fenômeno visual ásana invertido, que está
presente em todo o corpus de análise, havendo, portanto, a necessidade de um estudo
interdisciplinar junto à história e filosofia do yoga para uma compreensão mais ampla acerca
dos mecanismos persuasivos imagéticos utilizados nos referidos anúncios. O material de
análise foi extraído de 5 edições da revista internacional Yoga Journal (edições americanas),
cujas edições são: n° 50, 51, 52, 53 e 55, correspondendo respectivamente aos meses de
outubro, novembro e dezembro do ano 2012 e fevereiro e maio de 2013. Para tanto,
fundamentamos esse trabalho nos pressupostos teórico-metodológico da Gramática do Design
Visual (GDV), proposta pelos teóricos Gunther Kress e Theo van Leeuwen (2006),
consideramos também o que os referidos teóricos propõem em relação à leitura visual, já que
esta investigação configura-se como uma proposta para o ensino de leitura multimodal a partir
das análises por vir.
PALAVRAS-CHAVE: Textos Multimodais. Leitura. Propaganda. Yoga.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
APRENDENDO ARTE E LITERATURA FORA DOS MUROS ESCOLARES: UMA
EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
Antonio da Silva Arruda (PIBID - UERN)
Glessyane Cavalcante Ferreira (PIBID - UERN)
Flávio Hermes de Menezes (PIBID - UERN)
Cássia de Fátima Matos dos Santos (Orientadora – PIBID - UERN)
RESUMO: Este artigo apresenta uma reflexão sobre uma aula desenvolvida em uma turma
de alunos do “3º ano 1”, da Escola Estadual Juscelino Kubitschek (Assu/RN), no âmbito do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –PIBID/UERN, no subprojeto
Letras/CAWSL-Assu, intitulado:“Literatura na sala de aula: da formação de leitores à
formação de professores”. O objetivo é compartilhar a prática didática vivenciada pelo grupo
de bolsistas pibidianos, cujo início se deu com uma aula passeio para apresentar obras de
artes modernas de artistas plásticos da cidade de Assu, espalhadas por vários locais públicos
da cidade, a fim de introduzir o estudo de um poeta modernista do Rio Grande do Norte, o
poeta Jorge Fernandes e, desse modo, estimular o interesse pela cultura local. As experiências
dos alunos foram organizadas em um caderno de registro, construído a partir de seus relatos
escritos sobre a aula passeio. Após o passeio, já em sala de aula, interagimos junto com eles a
respeito do que foi apresentado, perguntando o que entenderam por obras cubistas, uma vez
que a aula passeio foi uma introdução ao estudo de obras de artes modernas. De posse desses
relatos, criamos uma estratégia avaliativa, ao observarmos a participação, o envolvimento, a
curiosidade e o interesse do educando pela aula. A aula fora do ambiente escolar desenvolve o
universo cultural e social do aluno, permitindo-lhe um olhar reflexivo e crítico e assim o ajuda
na fixação dos conteúdos vistos em sala de aula, fugindo ao estereótipo da aula chata e
desinteressante. Com isso, chegamos à conclusão de que a prática educativa necessita de
métodos e ações didático-pedagógicas que fujam dos padrões convencionais adotados pelas
escolas, atraindo, desse modo, os alunos à aprendizagem e seguindo os pressupostos de que as
instituições educacionais devem desenvolver ao máximo o potencial de seus educandos.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores. PIBID. Aula passeio. Modernismo
potiguar.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
AS CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA PRESENTES NO DISCURSO DOS
PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CURSO DE LETRAS
Sueilton Junior Braz de Lima (UERN)
Josefa Lidianne de Paiva (UERN)
Edmar Peixoto de Lima (Orientadora - UERN)
RESUMO: As questões que envolvem o ensino de Língua Portuguesa são foco de discussões
de vários estudiosos cujas investigações tendem a compreender como se configura o objeto de
ensino dessa área da linguagem. Essas preocupações tornam-se mais contundentes quando as
discussões envolvem os cursos de formação de professor. Nesse intuito, propomo-nos
investigar nos discursos dos docentes do curso de Letras quais as concepções de ensino de
gramática que norteiam as ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Este trabalho
justifica-se pela função que a gramática exerce na construção de sentidos dos textos e pelo
fato de que vem sendo alvo de muitas pesquisas e, nesse sentido, torna-se imprescindível
compreender o que diz os docentes acerca do assunto. Tomamos o professor como sujeito
dessa pesquisa por considerá-lo responsável pela disseminação e construção de
conhecimentos na formação do educador. Para tal, utilizamos como aporte teórico os estudos
de Neves (2012), Martelota (2008), Silva (2004), dentre outros. O presente trabalho propõe-
se, inicialmente, fazer uma breve abordagem dos conceitos de gramática, que norteiam as
ações dos docentes em sala de aula, para depois observamos de que forma esses docentes
percebem o ensino de gramática de língua materna, bem como qual o espaço reservado à
gramática nas aulas de língua portuguesa do ensino superior. Compreendemos que as
discussões acerca do ensino da gramática não esta focalizada apenas no ensino descritivo das
nomenclaturas e regras que regem a língua, assim como para a língua em uso. Os docentes
não se detêm a uma única concepção, passando a compreender a gramática como um
instrumento de compreensão da natureza da língua e não apenas um sistema de regras que
regem o seu bom funcionamento. Acreditamos que esse trabalho contribui para ampliar o
debate acerca do ensino de gramática na universidade e, mais especificamente no curso de
Letras.
PALAVRAS-CHAVE: Concepções de Gramática. Ensino. Língua Portuguesa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
AS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO PROFESSOR DE LINGUA
PORTUGUESA NO ENSINO DE GRAMÁTICA
Fabiana Maria da Silva Nascimento (UERN)
Fernanda de Oliveira (UERN)
Gleys Ocidália de Lima Silva (UERN)
Ananias Agostinho da Silva (Orientador - UERN)
RESUMO: Compreendendo a relevância do ensino de gramática na disciplina de língua
portuguesa, uma vez que proporciona aos alunos conhecimentos sobre uso efetivo da língua,
temos como objetivo refletir sobre as metodologias utilizadas pelo professor de língua
portuguesa no ensino de gramática em uma turma de 7° ano do ensino fundamental.
Especificamente, analisamos a prática da professora de língua portuguesa, no que diz respeito
à postura e às metodologias adotadas em sala de aula para o ensino de gramática. Como
procedimentos metodológicos, realizamos observações de dez horas/aulas, com anotações em
diário de campo para análise e reflexão dos dados obtidos durante a pesquisa. As nossas
discussões foram guiadas pelos trabalhos de Perini (2000), Travaglia (1997), Luft (1985),
Rehfeldt (1981) e Antunes (2007) e ainda estudos de Mescka (2009) conceituando e
explicando as metodologias que sistematizam o ensino da gramática na escola. Como
resultados de nossa investigação, observamos que o ensino de gramática ainda acontece de
forma mecânica, valorizando apenas a compreensão da norma pela norma, com o uso de
metodologias ultrapassadas, sem muita significação na vida dos alunos. Estes, por sua vez,
não conseguem manter relação entre a teoria gramatical e o seu uso prático da leitura e escrita
no seu cotidiano. É visível a necessidade de metodologias inovadoras para incentivar os
alunos a produzir, questionar, pesquisar e buscar respostas para que aconteça aula de
português mais proveitoso.
PALAVRAS-CHAVE: Gramática. Língua Portuguesa. Metodologia.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
AS RELAÇÕES DIALÓGICO-VALORATIVAS NO GÊNERO NOTÍCIA ONLINE
Amanda Maria de Oliveira (UFRN/CERES)
Maria da Guia de Araújo (UFRN/CERES)
Rodrigo Acosta Pereira (UFSC/CCE/DLLV)
RESUMO: A presente pesquisa objetiva analisar as relações dialógico-valorativas
engendradas na arquitetônica enunciativo-discursiva do gênero notícia publicado em revistas
virtuais. Como subsídios teórico-epistemológico e metodológico, recuperamos as discussões
delineadas nos escritos do Círculo de Bakhtin e em pesquisas acerca dos gêneros da esfera
jornalística (ACOSTA-PEREIRA, 2008, 2012; RODRIGUES, 2001; SILVA, 2007),
desenvolvidas atualmente no campo da Linguística Aplicada. Em relação à geração dos
dados, a pesquisa constitui-se de 65 (sessenta e cinco) textos-enunciados do gênero notícia,
publicados em revistas online, a citar: CartaCapital, IstoÉ, Época e Veja. Frente aos
resultados obtidos, compreendemos que as relações dialógicas se engendram de formas
distintas na arquitetônica enunciativo-discursiva das notícias e projetam múltiplos efeitos
semântico-axiológicos a partir de relações estabelecidas pela (i) reenunciação e
enquadramento do discurso de outrem; (ii) intercalação de gêneros e (iii) fronteirização entre
discursos. Além disso, os resultados permitem, sob o matiz da prática didático-pedagógica de
ensino de língua materna na escola, a compreensão da língua como objeto social e, portanto,
desvinculada de um olhar imanente, reiterando a proposta de análise linguística sob o viés da
elucidação discursiva (BRITTO, 1997; GERALDI, 1984; 1991). Dessa forma, acreditamos
que a pesquisa apresenta-se relevante, pois não apenas corrobora a consolidação de estudos
bakhtinianos no campo da Linguística Aplicada (ROJO; 2006; 2007), como, sobretudo,
ratifica a solidificação da teoria dialógica enquanto matiz teórico-metodológico para a análise
e compreensão da linguagem em suas múltiplas manifestações semióticas (ACOSTA-
PEREIRA, 2012; BRAIT, 2006; PONZIO, 2009, ROJO, 2005).
PALAVRAS-CHAVE: Círculo de Bakhtin. Gênero jornalístico notícia. Relações dialógicas.
Valoração.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
ASPECTOS DA NARRATIVA EM FELICIDADE CLANDESTINA DE CLARICE
LISPECTOR
Edson Santos de Lima (UFRN)
Mayara Costa Pinheiro (Orientadora - UFRN)
RESUMO: As pesquisas sobre a organização e constituição dos aspectos narrativos
privilegiam uma série de fatores externos e internos, que foram observados neste artigo a
partir de um olhar ficcional que devemos obter ao depararmos com um gênero narrativo. Este
trabalho tem como objetivo analisar o conto: Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector,
empregando os aspectos literários da narrativa. Teoricamente, foram utilizados os postulados
de Candido (2000), Dimas (1987), Friedman (2013), Gotlib (1995), Llosa (2004), Nunes
(1998), Rosenfeld (2007), dentre outros fundamentos advindos dos estudos acerca dos
aspectos da narrativa. A metodologia adotada constitui em um levantamento dos aspectos
narrativos, tais como: narrador, personagem, tempo, espaço e ambientação; analisados no
conto felicidade clandestina, e obtidos através de uma pesquisa bibliográfica com base nas
pesquisas e estudos apresentados pelos autores mencionados e outros que comentam a
respeito da temática, com intuito de discutirmos os aspectos literários presentes em uma
narrativa. Os dados obtidos apontam que à medida que um leitor se depara com um gênero
narrativo, este deve conhecer os aspectos literários para que possa dessa forma, entender de
maneira literária a narrativa, em especial o conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice
Lispector. A relevância deste trabalho está na apresentação do ponto de vista que o leitor de
uma obra literária possa adotar; como sendo uma simples leitura ou fazer uma leitura
profissional e analítica, utilizando-se do seu método literário juntamente com os pressupostos
abordados no presente trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Aspectos da narrativa. Ficção. Felicidade Clandestina. Pesquisa
bibliográfica.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM GRUPO DE TERAPIA
COMUNITÁRIA: ESPAÇO DA PALAVRA
Aline Gracindo (UERN)
Camila Mesquita (UERN)
Lorrainy da Cruz Solano (Pref. Mun. de Mossoró/Faculdade Vale do Jaguaribe)
RESUMO: Os grupos de Terapia Comunitária promovem uma ação de cunho psicossocial
que rompe com o paradigma assistencial curativista, por focalizar o sujeito e priorizar a
promoção e o cuidado integral à saúde. Portanto, este método funciona em consonância com a
realidade pós-moderna e cabe, com ampla resolubilidade, no contexto da Atenção Básica
como estratégia de promoção à saúde, de prevenção do sofrimento psíquico e de reabilitação.
Os espaços de Terapia Comunitária são abertos à todos da comunidade e configuram-se como
espaços de acolhimento onde, por meio do trabalho terapêutico em grupo, estes compartilham
sofrimentos e dificuldades e procuram, conjuntamente e a partir do potencial existente dentro
de si, uma solução. Este estudo objetiva caracterizar os usuários de um destes grupos
denominado de Espaço da Palavra, de uma Unidade Básica de Saúde de Mossoró/RN,
frequentado por sujeitos que apresentam transtornos mentais leves, principalmente usuários de
psicotrópicos. Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa com base em dados
secundários, ou seja, a partir do registro nos prontuários da UBS Dr. José Holanda
Cavalcante, Mossoró/RN. Foram identificadas as seguintes variáveis: sexo, idade, situação
conjugal, escolaridade e utilização e tempo de uso de psicotrópicos. Os resultados evidenciam
que 12 usuários frequentam assiduamente estes serviços há um ano. Destes, 25% são do sexo
masculino e 75% são do sexo feminino. No que se refere à idade 75% são adultos, pois têm de
18 a 59 anos e 25% têm 60 ou mais anos. Em relação à situação conjugal 91,67% são casados
e 8,33%, solteiros. No item escolaridade 33,33% têm o Ensino Fundamental completo, 8,34%
têm o Segundo Grau incompleto, 33,33% o Segundo Grau completo e 25% não tinham esse
campo registrado. No que diz respeito ao uso de psicotrópicos 66,67% constituem um
tratamento medicamentoso e 33,33%, não medicamentoso. Destes 66,67%, o equivalente a 8
usuários, 12,50% usam há um ano ou menos, 62,50% de dois a cinco anos, 12,50% há mais
de cinco e menos de dez anos e 12,50% há mais de dez anos. Por constituir-se de uma
estrutura flexível, democrática e aberta, esse espaço da tecnologia do cuidado torna-se um
espaço de diálogo, vínculo e acolhimento à todos da comunidade, de encontro de diversos
sujeitos e idades, sexos, raças, credos e demais variáveis. Nesta pluralidade, e no imperativo
de compreensão das demandas e da adequação dos serviços às necessidades dos sujeitos,
apresenta-se como necessária a caracterização dos usuários dos grupos de Terapia
Comunitária.
PALAVRAS-CHAVE: Sujeito. Sofrimentos existenciais. Tecnologia do Cuidado.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE CAPS II NO
MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN
Gleyson Henrique Lima Ferreira (UERN)
Maíle Raihara Guimarães Moura (UERN)
Lorrainy da Cruz Solano (Prefeitura Municipal de Mossoró/FVG)
RESUMO: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são modalidades de serviços que
cumprem a mesma função no atendimento público em saúde mental distinguindo-se por
características definidas pelo Ministério da Saúde e deverão estar capacitadas para realizar
prioritariamente o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes
em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não intensivo.
Este estudo objetiva caracterizar os usuários de um serviço de CAPS II direcionados ao
tratamento em regime intensivo no município de Mossoró/RN. Trata-se de uma pesquisa
descritiva com abordagem quantitativa com base em dados secundários, ou seja, a partir do
registro na triagem do CAPS II Mariana Neumam Vidal, Mossoró/RN. Foram identificadas as
seguintes variáveis: sexo, idade, bairro de origem, situação conjugal, renda familiar e
escolaridade. Os resultados evidenciam que dos 35 usuários cadastrados no regime intensivo
26 frequentam assiduamente destes 35% são do sexo masculino e 65% são do sexo feminino.
No que se refere a idade 3% tem menos de 20 anos, 30% de 20 a 30 anos, 15% de 31 a 40
anos, 42% de 41 a 50 anos, 7% de 51 a 59 e 3% tem 60 ou mais anos. Os registros de bairro
de origem apontam uma grande diversidade sendo a maioria do Belo Horizonte 19% seguidos
Alto da Conceição, Liberdade I e Boa Vista com 11%, 7% do Planalto 13 de Maio e Alto São
Manoel, 3% Santa Delmira, Dom Jaime, Abolição IV, Redenção, Walfredo Gurgel, Centro,
Abolição II, Abolição III, Barrocas e sem registro 7%. Em relação a situação conjugal 42%
solteiro, 42% casado e 16% separado. No item renda familiar 19% até 1 salário mínimo, 26%
dois salários, 3% até 3 salários, 30% menos do que um salário, 3% sem renda e 19% sem
registro. No que diz respeito a escolaridade não foi possível uma caracterização em virtude de
73% dos usuários não terem esse campo registrado. Conhecer o perfil do usuário de um
serviço é necessário para compreender demandas que surgem no serviço e alinhar o processo
de trabalho as necessidades de saúde da população adscrita.
PALAVRAS-CHAVE: CAPS. Saúde mental. Ministério da saúde. Transtorno Mental.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Francisca Vieira de Sousa (UFCG)
Gleydson de Azevedo Virgulino (UFCG)
José Wanderley A. de Sousa (UFCG)
RESUMO: O objetivo maior desta proposta de intervenção pedagógica é fomentar a
iniciação à docência de estudantes do Curso de Licenciatura Plena em Letras do Centro de
Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), para
atuar, principalmente, na educação básica em escolas públicas. A área contemplada pelo
projeto é Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas. Os bolsistas atuam nas seguintes
escolas: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cristiano Cartaxo e na Escola
Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Constantino Vieira, da cidade de
Cajazeiras (PB). O objetivo maior deste subprojeto é possibilitar a professores e alunos de
Língua Portuguesa de Ensino Médio das escolas conveniadas e a alunos do Curso de Letras
do CFP (UFCG), um trabalho dialógico que propicie o desenvolvimento de habilidades de
compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes gêneros textuais/discursivos. Visa,
então, contribuir para a inserção dos alunos na sociedade, como cidadãos conscientes,
capazes, não só de analisar as várias situações de convivência social como também se
expressar criticamente em relação a elas. As atividades desenvolvidas consistem num
conjunto de ações voltadas, especialmente, para a superação de problemas identificados no
processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) e o desempenho das escolas parceiras e universidade, expressos
através das avaliações da Prova Brasil, do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB),
do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e do Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (ENADE).
PALAVRAS-CHAVE: Iniciação à Docência. Educação Básica. Língua Portuguesa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
CONCEPÇÃO DE JUVENTUDE RURAL EXPRESSA NO BLOG “JUVENTUDE
SEM TERRA”
Ana Paula Cardoso da Rocha (UERN)
RESUMO: A apropriação dos meios de comunicação e das novas mídias feita pelos
integrantes de movimentos sociais, sem dúvida, marca uma nova fase do fazer comunicativo,
alterando os conceitos e paradigmas de até então. Ignorar este novo paradigma seria alienar-se
de um processo já em curso e que tende a mudar a forma de fazer Comunicação, o que traria
consequências como inadequação dos estudos e conceitos da área à realidade do fazer
comunicativo, por exemplo. Frente a esta transformação e a partir do problema de pesquisa
“Qual a concepção de juventude rural expressada no blog da Juventude Sem Terra?”, o
artigo analisa da forma como a juventude rural é retratada no blog da Juventude Sem Terra e
como esta representação contribui para a formação do senso de pertencimento de grupo pelos
jovens de comunidades rurais, tomando como base os conceitos de comunicação enquanto
processo cultural de Paulo Freire, comunicação alternativa e relação/integração internet –
sociedade, buscando refletir acerca dos usos e processos de apropriação da internet pela
juventude rural enquanto ferramenta de construção novas formas de comunicação. A internet
tem sido usada como ferramenta de comunicação onde os sujeitos-atores das ações
comunicativas, no caso, a Juventude do MST, encontram o “mega-fone” mais potente que
qualquer outro usado pelas gerações anteriores, pois este – a World Wide Web – é capaz de
ecoar a voz desses grupos minoritários (ou não) e oprimidos aos quatro cantos do planeta.
Estudar a contestação da imagem do Movimento Sem Terra veiculada pela mídia tradicional,
feita pela JST é uma forma de se incentivar o debate em torno da Democratização das
Comunicações e do papel social da Comunicação em pleno momento de efervescência
política e cultural vivenciado pelo Brasil mais intensamente a partir das manifestações
ocorridas neste ano de 2013.
PALAVRAS CHAVE: Juventude. MST. Internet. Comunicação alternativa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
CRENÇAS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO SOBRE O ENSINO-
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA NA UNIVERSIDADE
Julyana Deyse Silva de Oliveira (UERN)
Marcos Nonato de Oliveira (UERN)
RESUMO: O estudo das crenças sobre o ensino-aprendizagem de línguas tem sido bastante
explorado no Brasil. Nesse contexto, algumas pesquisas têm surgido sobre o ensino-
aprendizagem de língua espanhola. Diferentes pesquisadores (SILVA, G. M., 2012) têm se
interessado em conhecer o que pensam os alunos e os professores sobre o processo de ensino-
aprendizagem de língua espanhola. O objetivo deste estudo é investigar as crenças de
professores em formação sobre o ensino-aprendizagem de língua espanhola no âmbito da
universidade. Para fundamentar nossa investigação, utilizamos os trabalhos de Barcelos
(2004), Oliveira (2007), Silva, K. A. (2007). Nosso estudo é de base exploratória e tem como
sujeitos seis professores em formação de espanhol pertencentes à Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte e o instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário. Os resultados
apontam para crenças que revelam o espanhol como uma língua estrangeira relativamente
fácil de aprender e o nível de motivação dos professores em formação é satisfatório. Os
depoimentos mostram que embora o espanhol possa parecer simples, há muitos desafios no
processo de aprendizagem. Além disso, as crenças dos participantes revelam que o ensino-
aprendizagem de espanhol na universidade não deve ser tido como a única referência para a
formação do estudante como falante do espanhol. O estudo de crenças sobre o ensino-
aprendizagem de espanhol no ambiente da universidade tem um valor muito significativo para
o desenvolvimento desse contexto de aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Crenças. Língua Espanhola. Professores em formação.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
CRENÇAS E ENSINO DE LÍNGUAS: PERCURSO, ESTADO DA ARTE E
PERSPECTIVA PARA A PESQUISA EM ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
ESPANHOLA
Ana Carla de Azevedo Silva (UERN)
Renata Helvécia Lopes Costa (UERN)
Regiane S. Cabral de Paiva (Orientadora- UERN)
RESUMO: O estudo das crenças relacionadas ao ensino de Línguas ganha espaço de
discussão no Brasil desde a década de 90. No entanto, pelo que podemos observar, a maioria
dos trabalhos estão destinados ao estudo das crenças em relação ao ensino-aprendizagem em
língua inglesa e materna. Como estudantes de língua espanhola de um curso de formação
superior, sentimos o interesse de aprofundar nossos estudos sobre crenças, bem como o de
fazermos um levantamento acerca das pesquisas cujo alvo seria a língua espanhola e de
podermos apresentar uma proposta de trabalho a ser aplicada nas escolas públicas de ensino
médio de Mossoró-RN. Diante disso, nossa pesquisa se configura do âmbito bibliográfico e
quantitativo. A fim de atendermos a esse propósito, tomaremos como base teórica os estudos
de Pajares (1992), Almeida Filho (1993), Barcelos (1995, 2001,2004, 2006), Barcelos e
Kalaja (2003), Silva (2005) e Silva (2007). Acreditamos que, ao apresentar o estudo da arte
sobre o estudo das Crenças, bem como nossa perspectiva de investigação, estaremos
contribuindo para o incentivo de novas pesquisas que tenham como propósito não só constatar
as crenças, mas na medida do possível, desmistificá-las, a fim de viabilizarmos um ensino-
aprendizagem de língua espanhola mais efetivo.
PALAVRAS-CHAVE: Crenças. Estado da Arte. Língua espanhola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
DIALOGISMO BAKHTINIANO EM NARRATIVAS: UMA ANÁLISE DAS
RELAÇÕES DIALÓGICAS EM “A PAINFUL CASE”
Wigna Thalissa Guerra (UERN)
Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador - UERN)
RESUMO: A proposta de nossa pesquisa baseia-se na análise de elementos do dialogismo
bakhtiniano no corpo de um texto narrativo. Para tanto, retomaremos textos do Círculo de
Bakhtin (BAKHTIN, 1919/1921, 1929/1963, [1952-1953]; VOLOCHÍNOV/BAKHTIN,
1929; MEDVEDEV, 1928), grupo que desenvolve a teoria dialógica. A partir dessa
concepção, a linguagem se dá de forma que os enunciados proferidos por determinado
indivíduo encontram-se influenciados por outros enunciados realizados precedentemente por
outrem. Da mesma forma, um enunciado proferido hoje poderá ser novamente retomado em
enunciados futuros. Assim, aquilo que hoje eu falo possui vestígios da fala de outros,
respondendo, refutando, concordando (parcial ou totalmente) com enunciados anteriores ao
meu, ao mesmo tempo em que espera também uma resposta, uma refutação, uma
concordância futura ([BAKHTIN, 1952-1953]). A partir da teoria dialógica da linguagem
analisamos o conto “A painful case”, do escritor irlandês James Joyce, verificando como
ocorrem essas relações dialógicas, no que se refere às marcações das vozes das personagens
(se por meio de aspas, travessões), ao diálogo entre as vozes das personagens e a voz do
narrador, e aos tipos de discurso empregados (direto, indireto e/ou indireto livre). Através de
nossa pesquisa, buscamos compreender como ocorrem essas relações dialógicas dentro de um
texto narrativo por considerarmos ser esse um espaço privilegiado para tal análise visto que
encontramos aí representado, por meio de sua estrutura, o funcionamento dialógico da
linguagem.
PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo. Enunciado. Narração. Bakhtin.
ISBN 978-85-7621-077-1
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DIALOGISMO EM PROPOSTAS DE LEITURA E DE PRODUÇÕES TEXTUAIS DE
GÊNEROS NARRATIVOS NO LIVRO DIDÁTICO
Bruna Gabrieli Morais da Silva (UERN)
Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador - UERN)
RESUMO: Neste trabalho, apresentamos considerações a que temos chegado no curso do
desenvolvimento de nossa pesquisa de Iniciação Científica “Dialogismo em propostas de
leitura e escrita de narrativas em livros didáticos” (PIBIC UERN Voluntário 2013/2014).
Nessa pesquisa analisamos livros didáticos no intuito de investigar se as propostas de
recepção (leitura) e produção (escrita) de gêneros narrativos consideram a relevância das
relações dialógicas para a composição de narrativas. Nosso material didático de análise é a
coleção de livros didáticos para o Ciclo II (6º a 9ª ano) do ensino fundamental “Português:
Linguagens” de William Roberto Cereja e Tereza Magalhães Cochar (CEREJA; COCHAR
2010a, 2010b, 2010c, 2010d). Nessa coleção, examinamos se as atividades de leitura e as
propostas de produção textual de narrativas observam as relações dialógicas tecidas (i) entre o
texto e referências exteriores e (ii) os elos entre as vozes de autor, narrador e personagens no
interior das narrativas. Para a condução dessa investigação, baseamo-nos nos postulados de
Bakhtin (1919/1921; 1929/1963, [1952-1953]), Volochínov/Bakhtin (1929), Medvedev
(1928), Brait (2002, 2004), Maciel (2008, 2011), entre outros. Procuramos examinar se, por
exemplo, nas propostas de interpretação e de produção de narrativas são contemplados pontos
que Bakhtin (1929/1963), Bakhtin/Volochínov (1929) apontam como fundamentais para o
entendimento das relações dialógicas: questões como os tipos de discurso (discurso
diretamente orientado para o referente, discurso objetificado, discurso bivocal), amplitude do
diálogo (micro-diálogo, diálogo, diálogo amplo), espaços composicionais de retomada da
palavra alheia (voz alheia no discurso do herói, no discurso do narrador, no discurso do
autor), modos de retomada da palavra alheia (em estilo linear ou em estilo pictórico), entre
outros. São alguns desses pontos que pretendemos discutir através da apresentação deste
trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Narrativas. Livro Didático. Círculo de Bakhtin. Relações Dialógicas.
ISBN 978-85-7621-077-1
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DIFICULDADES DE PRONÚNCIA DO FONEMA VELAR /X/ POR ALUNOS
POTIGUARES ESTUDANTES DE ESPANHOL
Jucymário de Lima Silva (PIBID - UERN)
Francisco Robson Lima dos Santos (UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID - UERN)
Resumo: Um dos objetivos do ensino da pronúncia em língua espanhola é que o aluno
aprenda a forma correta de falar e consequentemente conseguir uma boa pronúncia;
principalmente os brasileiros que geralmente apresentam dificuldades específicas na
pronúncia de muitos sons do espanhol, pois na língua espanhola há sons que não há em
português ou que se pronunciam em contextos distintos nas duas línguas. O presente trabalho
tem como objetivo descrever as dificuldades de pronúncia que os estudantes potiguares
apresentam ao aprender o som das consoantes ‘G’ e ‘J’ da língua espanhola. Como
metodologia utilizamos uma pesquisa bibliográfica baseada em autores como Illán (2009),
Carbó et al (2003), Olivé (2004) entre outros que contribuem com teorias que abordam o
tema. Também foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva e como instrumento de
analise se utilizou um texto para leitura de alunos graduandos potiguares do curso de Letras
com habilitação em língua espanhola da Universidade do Rio Grande do Norte – UERN. Ao
finalizar nossa análise concluímos que aprender uma nova língua não é só aprender algumas
palavras e sim uma serie de fatores para o desenvolvimento da habilidade oral como, por
exemplo, o estudo da entonação, a acentuação, o ritmo e as pausas da nova língua. Em relação
a pronuncia do fonema velar /x/ da língua espanhola observamos que a maioria dos falantes
de língua portuguesa tendem a associar o fonema /x/ do espanhol com o som mais próximo ao
do português , o fonema alveolar /R/. E este é um dos erros que tentamos identificar em nossa
investigação, também tratamos de averiguar se os estudantes associam o fonema /x/ com as
letras g e j em português.
PALAVRAS-CHAVE: Pronúncia. Língua Espanhola. Fonema Velar.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
DIFICULDADES NA PRONÚNCIA DO FONEMA VIBRANTE ESPANHOL POR
ESTUDANTES DO CURSO DE LETRAS/ESPANHOL DA UERN
Antônio Marcos Melo da Silva (PIBID-UERN)
Cristiane Alves da Fonsêca (UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID -UERN)
RESUMO: Por meio do conhecimento sobre os sons, suas característica, a velocidade da fala
e da entonação, o discente será habilitado para realizar e diferenciar as particularidades dos
sons de uma língua. O ensino de pronúncia é necessário para melhorar o desempenho na
inteligibilidade, entendida como a capacidade de se produzir um discurso que seja entendido
por outros participantes em um ato de fala. Os estudantes brasileiros de espanhol geralmente
apresentam uma interlíngua acompanhada por muitas interferências na pronúncia, pela
semelhança existente entre estas duas línguas. Uma das maiores dificuldades dos estudantes
brasileiros é a pronúncia do fonema vibrante / r / múltiplo e / ɾ / simples. Este trabalho analisa
algumas dificuldades de pronúncia dos fonemas vibrantes dos alunos do curso de
letras/espanhol da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. A metodologia utilizada
foi uma investigação quantitativa descritiva e se utilizou como instrumento de coleta de dados
um texto para leitura e posteriormente uma análise da pronúncia dos informantes. Ao concluir
a análise, foi confirmado que um estudante brasileiro ao começar a aprender/estudar a língua
espanhola, enfrenta grandes obstáculos pela semelhança entre o português e o espanhol. As
principais dificuldades foram, a não distinção entre os fonemas / ɾ / y / r / espanhóis, a maioria
dos entrevistados fazia confusão entre os dois sons distintos do fonema vibrante simples e o
múltiplo, e outro erro comum entre os estudantes foi a pronúncia do fonema, / r /, como / x /,
PALAVRAS-CHAVE: Interlíngua. Fonema vibrante. Língua Espanhola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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EDGAR ALLAN POE NO BRASIL: A TRADUÇÃO DO GÓTICO NA SÉRIE
CONTOS DO EDGAR
Mayara Andressa Maia de Freitas
Emílio Soares Ribeiro (Orientador - UERN)
RESUMO: O escritor norte-americano Edgar Allan Poe (1809 – 1849) teve uma grande
influência na história da literatura, especialmente no desenvolvimento do conto enquanto
forma de arte e da história de detetive enquanto gênero literário (OAKES, 2004). Embora
também tenha escrito contos de ficção científica, histórias de detetive, paródias cômicas e
poesia, o autor se destaca por suas histórias de horror, em que expressa “[...] uma visão
obscura do lado irracional da mente humana e sua tendência à autodestruição” (SCOFIELD,
2006, p. 32). Tal aspecto, somado ao seu estilo hiperbólico, repleto de referências esotéricas,
aos elementos sobrenaturais de seus contos e a estranheza de seus personagens fazem de Poe
uma referência na literatura gótica do século XIX em todo o mundo. Desde o cinema mudo,
os contos de Poe têm sido adaptados para a tela, em mais de duzentos filmes. Entre essas
adaptações está a recente série brasileira produzida pelo premiado produtor Fernando
Meirelles e dirigida por Pedro Morelli, Contos do Edgar (2013), transmitida semanalmente no
canal FOX. A presente pesquisa terá como objetivo analisar como aspectos próprios da
literatura de terror dos contos de Poe foram traduzidos para a série televisiva. Para tal,
escolhemos como corpus três episódios, Berê, Cecília e Lenora, traduções dos contos
Berenice (1835), A Máscara da Morte Rubra (1842), O gato preto (1843) e O barril de
amontillado (1846) do autor americano. Assim, considerando que a tradução fílmica de uma
obra produz signos que traduzem os signos literários cinematograficamente, acrescentando
outras marcas, a pesquisa, de caráter analítico-descritivo, se voltará para as estratégias
utilizadas na realização do filme ao recriar a literatura de horror de Poe para o Brasil do
século XXI. A análise de tais traduções como processos (e não como produtos) exigirá uma
compreensão da natureza dos signos literários usados na realização dos textos, assim como
dos signos cinematográficos (sua relação com o objeto, seu potencial sugestivo, seus aspectos
icônicos, indiciais, simbólicos), as possibilidades que eles apresentam, o que é possível graças
à semiótica desenvolvida por Charles Sanders Peirce.
PALAVRAS-CHAVE: Tradução intersemiótica. Poe. Televisão.
ISBN 978-85-7621-077-1
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ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE
UMA TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN
Joceilma Ferreira Dantas (UERN)
Lúcia Cristina Alves (UERN)
Micharlane de Oliveira Dutra (UERN)
Ananias Agostinho da Silva (Orientador - UERN)
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo, através da observação em sala de aula,
compreender como ocorre o processo de ensino de gramática, considerando a importância de
se adotar uma perspectiva interativa no trabalho com gramática em sala de aula. Para isso,
realizamos observações de dez horas/aulas em uma turma de nono ano do ensino fundamental
de uma escola de rede estadual de Patu - RN. As observações foram realizadas no período
vespertino. Vale ressaltar que este artigo trata, apenas, de uma análise simplificada, visto que
a carga-horária de observação foi relativamente curta para se tecer comentários generalizados
e mais abrangentes. Considerando o exposto, buscamos desvendar a estrita relação entre as
normas gramaticais e o encadeamento das ideias na hora de aplicá-las em sala de aula, bem
como também o processo de interação. Cientes da relevância deste artigo, para melhor
desenvolver as interpretações aqui empreendidas, foram realizados estudos bibliográficos,
tendo como base os seguintes autores: Antunes (2007), Travalgia (2001) entre outros. Os
resultados apontam que, na turma pesquisada, a gramática tem sido vista como um problema
para o professor e para os alunos, pois discutir elementos linguísticos baseando-se apenas em
normatizações da língua padrão parece não ter muito sentido. Os alunos apresentam
necessidade de serem estimulados a refletirem sobre a gramática/língua que fazem uso e não
simplesmente sobre exemplos fabricados pelos livros didáticos ou por gramáticas escolares. A
língua a ser estudada em sala deve ser a língua dos alunos, aquelas que eles efetivamente
utilizam em situações diárias de comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Gramática. Interação.
ISBN 978-85-7621-077-1
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ENTRE ANTI-HERÓIS E PERDEDORES: A AUTODEPRECIAÇÃO DOS
PROTAGONISTAS NAS PROPAGANDAS PUBLICITÁRIAS
Shemilla Rossana de Oliveira Paiva (UERN)
Bárbara Marina Almeida dos Santos (UERN)
Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Orientadora – UERN)
RESUMO: O consumidor, na condição de indivíduo pós-moderno, narcisista e que busca
exclusividade, deseja se auto representar e não ser representado por alguém. É a reivindicação
universal dos “quinze minutos de fama”. É nesse contexto, e que também pode se dever à fase
esperançosa que o Brasil atravessa com o crescimento do poder econômico da nova classe C,
que as propagandas autodepreciativas encontraram terreno fértil para se fixarem. As mesmas
consistem em uma nova vertente de propagandas publicitárias que, para fomentar o consumo
fazem uso de um personagem principal – celebridades no ápice de suas carreiras (anti-heróis)
ou no ostracismo (perdedores) -, em uma condição de autodepreciação, havendo, por parte
deles, a demonstração de seus próprios defeitos, fenômeno inverso ao que sempre foi feito na
publicidade que se utilizou de celebridades, que era atrelar a fama, penetração e infalibilidade
desses astros para agregar valor aos produtos anunciados. Agora há a quebra com o arquétipo
do ídolo, onde ele não pode mais estar superior ao público, mais igual ou aquém, para que só
assim conquiste sua simpatia. . É como se o consumidor afirmasse: “Eu devo ser a projeção
do ídolo, e não ele a minha.” As propagandas autodepreciativas trazem as celebridades como
motivo de piadas, sempre envolvidas em situações constrangedoras. O objetivo principal aqui
é analisar as representações da autodepreciação nas propagandas e, de que forma elas
articulam novas subjetividades, ou seja, como esse objeto simbólico age na produção de
sentido através de suas representações. Sintomas como perda de referencias e sociedade não
meritocrática surgirão nas análises. As propagandas autodepreciativas refletem o narcisismo
da sociedade contemporânea, e a utilização do consumo não como meio que atenda
necessidades vitais, mas que credencie esses indivíduos a um aspirado grupo de
pertencimento. Os objetos desejados não o são por um viés utilitário, mas simbólico. O
trabalho na íntegra oferece uma explanação sobre a publicidade e sua relação com o consumo,
as celebridades e o humor, já que as propagandas autodepreciativas são humorísticas e trazem
sempre uma celebridade ou subcelebridade como protagonistas, e depois começa a despir
essas propagandas detalhadamente, discorrendo sobre o poder dos arquétipos e a nova relação
com o ídolo que é denunciada através dessas peças publicitárias. São discutidos assuntos
como arquétipos, cultura de massas, mito, e humor, através de Campbell, Foulcault,
Lipovetsky, Morin, Bauman, dentre outros. Esta pesquisa de cunho qualitativo é desenvolvida
e fundamentada na Análise de Discurso de vertente francesa.
PALAVRAS-CHAVE: Publicidade. Autodepreciação. Celebridades. Humor.
ISBN 978-85-7621-077-1
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ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS
CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS
Dayana Maria Freitas França (UERN)
Antonia Lidiana da Silva Moreira (UERN)
Edmar Peixoto de Lima (Orientadora - UERN)
RESUMO: Esse artigo é parte de um trabalho monográfico resultante da pesquisa: Teses
acerca (do ensino) de gramática em discursos de professores universitários do curso de
Letras/CAMEAM, vinculado ao GPET – Grupo de pesquisa em Produção e Ensino de Texto.
Nesse trabalho, apresentamos como objeto de estudo o discurso de docentes do curso de
Letras Vernáculas do Campus Avançado “Profa Maria Elisa de Albuquerque Maia”-
CAMEAM/UERN, em que nos propomos a investigar o ethos revelado por esses docentes
quando discutem concepções de gramática, mediante a análise das teses e argumentos
utilizados no discurso desses sujeitos. Para tanto, o nosso aporte teórico é fundamentado nos
estudos vinculados à Teoria da Argumentação no Discurso (TAD) em que tomamos como
aparato teórico os estudos de Perelman e Tyteca (2005), Reboul (2004), Orlandi (2006),
Abreu (2006), Meyer (2007), para as discussões sobre o ethos os postulados de Aristóteles
(2007), Amossy (2008) e Maingueneau (2008), como também dos estudos de Antunes (2003),
Geraldi (2006), de Travaglia (2008), acerca da linguagem, mais especificamente, das
atividades ligadas ao ensino da gramática da língua materna; dentre outros teóricos. Nosso
corpus se constitui de duas entrevistas com docentes do curso de Letras Vernáculas. Em que
tratamos de identificar inicialmente as teses defendidas por esses sujeitos, seguidas dos
argumentos que constituem seus discursos, para que chegássemos a um detalhamento do
ethos que esses docentes revelam quando discutem concepções de gramática. Os resultados
dessa pesquisa apontam que os docentes em questão revelam o ethos de profissionais
funcionalistas, que veem o ensino de gramática com base nas concepções de gramática de uso
ou mais especificamente da gramática funcionalista.
PALAVRAS-CHAVE: Argumentação no discurso. Ethos. Concepções de gramática.
ISBN 978-85-7621-077-1
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EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: RELEVÂNCIAS DA ATUAÇÃO DO PIBID
LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA CRISTIANO CARTAXO EM CAJAZEIRAS –
PB
Francisca Fábia Avelino Félix (UFCG)
Laurivan Nunes de Menezes (UFCG)
Francisca Vieira de Sousa (UFCG)
José Wanderley Alves de Sousa (Orientador - UFCG)
RESUMO: O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), em sua
atuação na escola Cristiano Cartaxo, vem realizando atividades significativas no que diz
respeito ao trabalho com leitura e escrita. Desde o início das atividades no ano de 2010 até
aqui, o Subprojeto Letras-CZ, através da atuação conjunta do coordenador, supervisor e
bolsistas, busca trabalhar atividades de texto, com vistas a contribuir para o desenvolvimento
e o aprimoramento das competências de leitura e escrita do alunado. Tendo em vista os
objetivos do Programa e as condições de atuação que nos são permitidas, o projeto desenvolve
na escola em questão, debates e reflexões sobre as atividades em Língua Portuguesa, a
exemplo do mini-evento “Cultura Contada e Cantada: Escrita e Oralidade em Patativa do
Assaré” (2012), evento realizado como uma extensão do projeto, o qual envolveu toda a
escola. Além disso, o Pibid Português desenvolve, a fim de verificar o desempenho textual
dos alunos, oficinas de leitura e escrita de gêneros textuais pertencentes à esfera jornalística,
objetivando a execução e ornamentação do jornal “Poli Correio Valente”, o qual constitui
mais uma das atividades que vêm sendo realizadas na referida escola de ensino médio, no
presente ano de 2013. Dessa forma, o Pibid Letras-Cz, em parceria com o Subprojeto “Casa
de Vaga-lumes”, funciona como um subsídio fundamental para o ensino-aprendizagem de
Língua Portuguesa, especificamente nos trabalhos relacionados à leitura e produção de textos
como práticas sociais de letramento e inserção do indivíduo enquanto agente crítico e
reflexivo perante a sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura e Escrita. Produção Textual. Práticas Sociais.
ISBN 978-85-7621-077-1
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FORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO APLICADA À EDUCAÇÃO MUSICAL NA REDE DE ENSINO
BÁSICO DE MOSSORÓ-RN
Carlos Antonio Santos Ribeiro (Aluno Bolsista PROEXT/MEC - UERN)
José Igor Paulino da Silva (Aluno Bolsista PROEXT/MEC - UERN)
Giann Mendes Ribeiro (Orientador - UERN)
RESUMO: As Tecnologias Digitais e de Informação e Comunicação estão ganhando cada
vez mais espaços na sociedade contemporânea. Tais tecnologias estão presentes na educação
em geral, inclusive na Educação Musical. Atualmente, existem diversas plataformas online,
aplicativos e jogos baseados em computação em nuvem (Clouding Computing6) que
disponibilizam os conteúdos educativos musicais para serem utilizados com acesso livre.
Nesse sentido, o resumo proposto tem por objetivo apresentar como estão sendo
desenvolvidas as atividades do Programa de Extensão Universitária (PROEXT 2011),
denominado Educação, música e tecnologia: diálogo multidisciplinar na formação continuada
aprovado pelo o Ministério da Educação – MEC, em parceria com a Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte – UERN. O objetivo do Programa visa a formação continuada para
os professores da rede básica de ensino de Mossoró-RN para o uso de Tecnologias Digitais e
de Informação e Comunicação aplicadas à Educação Musical. O desenvolvimento das ações
se dará na forma de três subprojetos que serão interdependentes: 1) Formação em Tecnologias
Digitais aplicada à Educação Musical; 2) Feira didática como parte da formação dos
professores; 3) Organização de encontro científico como forma de ampliar a reflexão crítica
do uso das tecnologias para fins educativo-musicais. Os dados preliminares coletados
apontam que a grande maioria dos professores tem o acesso às tecnologias digitais, porém, foi
notado um déficit na formação para utilizar essas tecnologias nas suas aulas de música.
Considerando os resultados iniciais, acredita-se que este projeto poderá contribuir para a
formação dos professores da rede básica de ensino do município de Mossoró-RN mediadas
através de tecnologias digitais.
PALAVRAS-CHAVE: Formação Continuada. Música. Programa PROEXT. Tecnologias.
6Computação em nuvens está baseado no armazenamento de programas e aplicativos em servidores distantes e
que estão disponíveis na internet.
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FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA
DISCURSIVA
Ivanilda Rocha Dos Santos (UESB)
Anderson de Carvalho Pereira (UESB)
RESUMO: Há décadas a escola pública vem sendo questionada pelo seu despreparo em
trabalhar com as crianças das classes populares. Observamos que as dificuldades de
aprendizagem não podem, via de regra, ser atribuído aos problemas extra-escolares. Diante
disso, procuramos analisar como professores da rede pública de ensino lidam com sintoma
que rotula crianças como “fracassadas” ocorrendo à exclusão de forma velada. Este artigo
procura trazer algumas reflexões a respeito da questão do fracasso escolar de crianças vindas
das classes populares. Mostrando como crianças vêm sendo excluídas na/pela escola numa
perspectiva discursiva. Partindo do pressuposto que o sujeito é atravessado pela ideologia e o
que fala ou compreende está relacionado com o lugar que está inserido, e, é afetado por esse
aspecto que o sujeito se constitui e (re)produz seu discurso, o estudo objetiva analisar
narrativas de falas de professores do ensino fundamental I buscando analisar os sentidos que
são produzidos nos seus discursos e de que forma o sujeito é constituído. Para isto,
utilizaremos o método de pesquisa da Análise do Discurso (AD) fundada nas teorias de
Michel Pêcheux. A pesquisa está em andamento e esperamos contribuir para uma reflexão
acerca dos discursos de professores que retratam o aluno da classe popular como “aquele que
não aprende” produzindo uma visão estereotipada dessas crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Fracasso escolar. Exclusão. Análise do discurso. Escola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GÊNERO DIGITAL: UM ESTUDO DO BLOG RG NEWS
Carla Monara de Paiva Silva (UERN)
Francisca Renata de Oliveira (UERN)
Ana Maria de Carvalho (Orientadora - UERN - GEDUERN)
RESUMO: Em meio ao crescente avanço da vida moderna, o uso das antigas fontes de leitura
como textos impressos estão sendo cada vez menos utilizadas. A rede mundial de
computadores tem permitido novas práticas de leitura e produção de informação. Com o
avanço tecnológico, surgem os gêneros digitais, e uma dessas modalidades digitais que se tem
destacado para pesquisas são os blogs. Intimamente relacionado à noção de comunicação,
blogs são páginas criadas na internet constituídas inicialmente com o caráter de diário pessoal.
Atualmente, podemos encontrar vários estilos de blogs, que servem a várias modalidades de
informação. Nosso trabalho tem objetivo analisar o Blog RG NEWS que se apresenta como
um jornal on-line dentro cidade de Rafael Godeiro -RN e outras cidades da região.
Pretendemos, assim, apresentar as caraterísticas que compõe esse gênero e os elementos que
constituem o caráter informativo. Inicialmente, percebemos que o autor é livre para produzir
seus textos e reportagens; um outro fator que podemos perceber é a credibilidade que o blog
já possui e isso faz com que seja considerado pelos leitores como uma fonte segura de
informação. Nosso trabalho busca desenvolver uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo é
trabalhar com um gênero especifico, mas não descartando a possibilidade de citar outros
gêneros digitais que circulam na Internet, servindo como suporte para a produção dos blogs.
Para nossa pesquisa utilizaremos como fundamentação teórica autores como Komesu (2001),
Marcuschi (2005), Xavier (2005) e outros com os quais iremos dar a definição de gêneros
digital.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero digital. Blogs. Blog RG NEWS.
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GÊNERO TEXTUAL E O ENSINO DE LÍNGUA: TRABALHANDO COM
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (HQS)
Francieide Maria da Silva (UEPB)
Gesiana Alves da Silva (UEPB)
Paula de Sousa Alves (UEPB)
RESUMO: O Trabalho com Gênero Textual no Ensino de Língua Portuguesa é de grande
relevância, uma vez que, possibilita aos alunos, o trabalho com vários tipos (estruturas) de
textos, proporcionando de certa forma, uma melhor abordagem sobre a linguagem, além de
aprimorar o conhecimento prévio que os alunos já trazem consigo. Para tanto, é pertinente
focalizar em um gênero com intuito de que este seja trabalhado e discutido gradualmente.
Partindo deste pressuposto, serão abordadas algumas considerações sobre o gênero Histórias
em Quadrinhos (HQs), considerando que este proporciona a liberdade de criar inúmeras
situações de produção de texto (discurso). Através deste Gênero (recorte metodológico) e,
para ter uma melhor discussão, este trabalho irá tecer considerações sobre Gêneros Textuais
face ao Ensino de Língua Portuguesa, uma vez que, esta proposta partirá de uma visão geral
sobre abordagens que alguns teóricos como Bakhtin (1997) e Marcuschi (2005), bem como
algumas propostas abordadas nos PCNs (2001) referentes a Gêneros Textuais. São os mais
variados textos orais ou escritos construídos na vida cotidiana que estabelecem relações
sociocomunicativas. Tendo em vista esta abordagem, é importante situar questões com
relação a prática de Gêneros em sala de aula, de modo que essa prática sirva para um melhor
desempenho dos alunos e da prática docente no que se refere a questão do
Ensino/aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Gênero. Hqs.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS NA PROVA DO PROCESSO SELETIVO
VOCACIONADO DO ANO DE 2009 DA UERN
Érida Campos Paiva (UERN)
Maria Nayara Pessoa de Lima (UERN)
Marta Jussara F. da Silva (Orientadora - UERN)
RESUMO: Com este trabalho, temos o objetivo de investigar e analisar quais são os géneros
e as tipologias textuais predominantes nas provas de língua espanhola que são realizadas no
vestibular da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN. Utilizamos, como
corpus de nossa pesquisa, a prova que foi aplicada no ano de 2009 na referida universidade.
Para realizar a análise, nos aportamos às constatações de Puértolas (2001), que reflete a
respeito de que todo texto apresenta certas regularidades, tanto nas técnicas expressivas e
compositivas como na forma linguística, que leva a concepção de diferentes tipos textuais;
Marcuschi (2002) que trata os géneros textuais como entidades sócio-discursivas e
instrumentos da ação criativa e Marcuschi (2006) que constata que os gêneros textuais são
fatos sociais e não apenas linguísticos e que proliferam para dar conta da variedade de
atividades desenvolvidas no dia a dia. Esperamos que com esta investigação contribuamos de
forma significativa e crítica para a elaboração das provas de vestibular em relação a
aplicabilidade dos géneros textuais e que os mesmos se apresentem de maneira mais
diversificada, para que os alunos possam ter contato com a variedade de textos existentes, já
que suas necessidades e produções discursivas são tão variadas e que as temáticas abordadas
pelos textos sejam mais próximas de suas realidades sócio-discursivas.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Vestibular. UERN.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO: A ABORDAGEM DO GÊNERO CARTA EM
LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA
Carolyne Mauricio Da Silva (UFCG)
Edmilson Luiz Rafael (Orientador - UFCG)
RESUMO: As atividades desempenhadas pelo ser humano são fundamentadas pelo uso da
linguagem, quer seja linguagem oral, escrita, gestual, etc. É pela linguagem que o individuo se
constitui como sujeito e é pela linguagem que o ser humano se relaciona com o outro através
do processo de interação. As práticas de linguagem oral e escrita ocorrem por meio de textos,
e os textos, por sua vez, são materializados em gêneros textuais ou discursivos
(MARCUSCHI, 2002). Considerando a afirmação de Bakhtin (1997) de que os gêneros
discursivos são enunciados relativamente estáveis que permeiam as diferentes esferas das
atividades comunicativas dos indivíduos, e considerando a concepção de Scheneuwly (2004)
de que os gêneros são instrumentos mediadores entre o individuo e as atividades que
envolvem linguagem, incluindo as atividades de ensino-aprendizagem de uma língua
(SCHENEUWLY; DOLZ, 2004), este trabalho tem por objetivo investigar como ocorre a
abordagem do gênero carta no livro didático de Língua Inglesa Freeway, volume um,
destinado a escolas públicas, no sentido de investigar como as atividades do livro envolvendo
o gênero carta auxiliam no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita em língua
inglesa. Para atingir tal objetivo, inicialmente discorreremos sobre os gêneros discursivos e
sua contribuição para o ensino, com base em Bakhtin (1997) e Scheneuwly e Dolz (2004),
bem como sobre o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita em língua estrangeira,
à luz das Orientações Curriculares Nacionais para Ensino Médio (BRASIL, 2006), para então
passar para a discussão dos resultados da investigação no livro didático escolhido, e para as
considerações finais sobre a abordagem do gênero carta e sua contribuição para o
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Ensino. Língua estrangeira. Livro didático.
ISBN 978-85-7621-077-1
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GÊNEROS TEXTUAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
Francisca Vieira de Sousa (UFCG-CFP/PIBID-CAPES)
Joana D’arc de Andrade Freitas (UFCG-CFP/PIBID-CAPES)
RESUMO: Diante da multiplicidade de gêneros textuais que temos contato no nosso
cotidiano, e através deles que nos comunicamos com outras pessoas este trabalho tem por
finalidade discutir a importância da prática dos gêneros textuais em sala de aula no processo
de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, sabendo que estes contribuem para que o
aluno possa desenvolver sua competência discursiva, já que o ensino de Língua Portuguesa
requer a ampliação das possibilidades de uso da linguagem. A preocupação com as
dificuldades dos alunos de produzir e interpretar os diversos gêneros textuais levou também a
uma abordagem dos problemas enfrentados na prática pedagógica com gêneros, entre eles, é a
priorização da gramática na aula de Português por parte dos professores dessa disciplina,
quando na verdade o estudo de língua requer uma dimensão muito mais ampla do que o
simples aprendizado mecanizado de regras gramaticais que muitas vezes não faz parte da
realidade do aluno. Para esse estudo utilizamos como embasamento teórico Marcuschi (2008),
Fiorin (2006), Bakhtin (2003) e os PCNs (1998) que entendem gêneros textuais como sendo
uma prática social que fazem parte do cotidiano das pessoas que usam eles muitas vezes sem
ter conhecimento sobre gêneros, por exemplo, um bilhete, um telefonema, conversa formal ou
informal, entre outros. No decorrer dessa discussão percebemos que o trabalho com gêneros
textuais na sala de aula é uma excelente ferramenta para lidar com a língua nas suas diversas
situações de uso no dia-a-dia porque é através do contato com textos que o aluno reflete sobre
a linguagem. Espera-se que este trabalho contribua de alguma forma para a melhoria do
ensino de Língua Portuguesa.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa.
Prática Pedagógica.
ISBN 978-85-7621-077-1
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JULIAN ASSANGE E SUA TRANSFORMAÇÃO EM UM MITO
Tamara de Sousa Sena (UERN)
Daiany Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: Este artigo apresenta uma análise semiológica sobre a figura do ciberativista
Julian Assange fundador, editor e porta-voz do site Wikileaks, um australiano que conseguiu
fazer o maior vazamento de documentos secretos da história. Por meio do conceito de
Mitologias presentes na obra de Roland Barthes, analisamos a transformação do ciberativista
Julian Assange que conseguiu destaque por sua luta em busca da verdade e justiça, mas que
acabou sendo transformado em um mito, passando a ser reconhecido como um símbolo da
nova revolução contra o sistema e os poderosos. O mito acaba se tornando artificial, deixando
de ser analisado por toda a sua história, no caso de Julian Assange é simplificado a duas
imagens a de vilão ou herói. Ainda utilizando Barthes (2010) e seu conceito de mito,
buscamos observar como a imagem de Julian Assange é veiculada pela mídia brasileira, como
um mesmo mito pode ser representado de formas diferentes dependendo da linha editorial do
meio de comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Ciberativista. Julian Assange. Mito. Semiologia. Wikileaks.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LEITURA E CONHECIMENTO PRÉVIO: ASPECTOS FACILITADORES NA
COMPREENSÃO DO TEXTO
Shara Raiany de Oliveira (UERN)
Franceliza Monteiro da Silva Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: Ao entrarmos em contato com a leitura da palavra pensamos por vezes haver
somente esse tipo de leitura. Todavia, não podemos, enquanto escola e educadores, inflar
sobre esse condicionamento como se fosse a única forma de compreendermos os diversos
tipos de texto, os quais nos são cotidianamente apresentados. É, portanto, vislumbrando a
leitura como ponte interacional entre texto e conhecimento prévio que nos propomos a
ascender esse discurso atentando para as condições de produção dos sentidos do texto. Nesse
sentido, este trabalho tem por objetivo apresentar uma discussão bibliográfica acerca da
leitura enquanto processo interacional da língua. Para tanto, à luz das concepções de Freire
(2011), Koch (2009) e Silva (1997) apresentamos discussões que podem facilitar o ensino de
Língua Materna, mais propriamente a leitura em sala de aula, tendo em vista os aspectos
facilitadores propiciados por esse recurso. Ilustramos, com base nos autores supracitados, a
necessidade de a escola se propor a não excluir o que o aluno já traz consigo. Antes, é
indispensável que se invista nos conhecimentos de mundo que aquele possui, ocasionando
assim, a compreensão dos elementos sígnicos. Diante disso, esperamos que a “leitura da
palavra” seja relacionada à “leitura de mundo” para que assim, ocorra de fato, uma leitura
proveitosa e socialmente utilizada.
PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento prévio. Leitura. Texto.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LEITURA E ESCRITA: PROJETO DE PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA
CRISTIANO CARTAXO
Marilene Gomes de Sousa (UFCG)
Francisco Danillo Pereira Tavares (UFCG)
Luiza Correia Alves Neta (UFCG)
José Wanderley Alves de Sousa (Orientador - UFCG)
RESUMO: O presente trabalho procura detalhar projeto elaborado e desenvolvido pelos
bolsistas do Programa Institucional de Bolsistas de Iniciação à Docência (PIBID), Subprojeto
Letras, na Escola Estadual de Ensino Médio Cristiano Cartaxo, localizada na cidade de
Cajazeiras-PB. O referido projeto objetivou levar aos discentes da instituição em questão,
saberes e capacidades linguísticas de produção textual escrita, por meio de estudos sobre
determinados gêneros discursivos, findando na confecção de jornal escolar, após coleta de
textos dos próprios alunos, doravante intitulado “Poli Correio Valente”. Tal atividade
pedagógica torna-se necessária para a aquisição de saberes linguísticos/textuais da língua
portuguesa por parte dos discentes ao se deparem com situações e práticas sociais de leitura e
escrita através de gêneros que costumam circular nos meios jornalísticos, a exemplo da
crônica, artigo de opinião, editorial, notícia e reportagem, entre outros. Para tanto, este
trabalho com gêneros utilizou tanto de explanações teóricas, no que tange respeito à estrutura
composicional do texto, como também de exemplificações dos mesmos, a partir de temas
atuais da sociedade brasileira, a fim de que os aprendizes pudessem elaborar, de forma
satisfatória, os escritos citados anteriormente, ponderando, inclusive, sobre temáticas próprias
da realidade escolar daquela instituição de ensino. Os textos selecionados e aptos para integrar
o jornal escolar, assim como todos os demais textos produzidos durante esse projeto,
passaram por processos de entrega-revisão-devolução, ou seja, os alunos produziam o texto,
este era revisado pelo bolsista iniciante à docência, e logo após, este devolvia ao alunado para
eventuais correções importantes até obter a condição de texto adequado às exigências de
determinado gênero discursivo/textual. Como embasamento teórico para a formulação desse
projeto, utilizamos de autores como BARBOSA (2010), GARCEZ (2004), ILARI (1992),
KOCH (1999), MARCUSCHI (2010), OLIVEIRA (2010) e PLATÃO & FIORIN (2007) que
discorrem, essencialmente, sobre a temática de texto e produção textual.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Produção Textual. Escrita.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO DE ESPANHOL NO IFRN: UM ESTUDO
SOBRE AS CRENÇAS DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DOS CÂMPUS
DE NATAL
Renata Arnaud de Lucena Praxedes (IFRN)
RESUMO: Segundo Eco (2003), a leitura literária ajuda a formar a língua e cria identidade e
comunidade também mantem em exercício nossa língua individual, pois os textos literários
(TL) apresentam grande riqueza linguística. Duffy & Malley (1991), afirmam que a
diversidade de interpretações que o TL proporciona gera entusiasmo e interesse nos alunos
mediando interação genuína. Albaladejo (2007) afirma que a literatura oferece um contexto de
língua natural que facilita a prática e a integração das quatro destrezas linguísticas
fundamentais. Porém, os professores continuam apresentando dificuldades para trabalhar o
TL em suas aulas argumentando, principalmente, que não estão preparados ou que a
linguagem usada é muito difícil (SILVA, 2011). Acreditamos que a transformação das
concepções e crenças do professor sobre leitura literária é o ponto de partida para a difusão do
prazer de ler literatura. Diante disso, esta pesquisa se propõe a descobrir quais as crenças dos
professores de Espanhol do Ensino Médio Integrado do IFRN sobre leitura literária em sala de
aula a fim de entender que espaço ocupa o texto literário nas suas práticas docentes. A coleta
dos dados se dará através de um questionário objetivo e de uma entrevista semiestruturada. O
conhecimento dessas crenças torna possível a tomada de ações que visem uma mudança de
atitude de professores e alunos sobre leitura literária e, consequentemente, o fomento desta
prática.
PALAVRAS-CHAVES: Ensino de espanhol. Leitura literária. Crenças de professores.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LETRAMENTO DIGITAL E FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM:
UMA ANÁLISE DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PROGRAMA PIBID
– UFRN – CURRAIS NOVOS
Marcossuel Soares Batista da Silva (UFRN - CERES)
Maria Suely Dantas Gomes (UFRN - CERES)
Ana Maria de Oliveira Paz (Orientadora - UFRN – CERES - PPGEL)
RESUMO: O presente trabalho objetiva discorrer sobre as atividades desenvolvidas nas aulas
de Língua Portuguesa do Programa PIBID – UFRN, por graduandos do Curso de Licenciatura
em Letras com alunos do Ensino Médio em uma escola pública de uma cidade da região do
Seridó/RN com relação ao letramento digital. Teoricamente, a realização dessas atividades
segue fundamentos da perspectiva colaborativa de aprendizagem (STAHL; KOSCHMANN;
SUTHERS, 2006) no que diz respeito como as pessoas podem aprender em grupo e com o
auxílio da ferramenta computador. Essas atividades estavam direcionadas para orientar os
alunos quanto à utilização de artefatos do domínio digital, de acordo com as demandas
exigidas pela escola e demais segmentos sociais. Dessa forma foram realizadas oficinas
didáticas com o intuito de mostrar aos alunos como as ferramentas digitais podem auxiliá-los
a melhorar a aprendizagem dos conteúdos nas aulas de Língua Portuguesa. Os resultados
revelam que a inclusão da colaboração, da mediação pelo computador e da educação à
distância problematizaram a noção de aprendizagem e levantaram questões referentes a
premissas sobre como estudar este tema, uma vez que o uso de computadores em sala de aula
é frequentemente visto com ceticismo pelos professores que os consideram como entediantes
e antissociais. A relevância do nosso trabalho situa-se no fato de mostrar aos alunos que a
utilização das ferramentas digitais e seus recursos podem contribuir tanto para a melhoria da
aprendizagem escolar quanto para o cumprimento de tarefas de outras esferas sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento Digital. Ferramentas de aprendizagem. Perspectiva
colaborativa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NA ESCOLA PÚBLICA: UM
ESTUDO SOBRE O ENSINO DE TEXTO NO NÍVEL MÉDIO
Maria Gabriella Pereira do Carmo Araújo (UERN)
Débora Lorena Lins (UERN)
Maria Zenaide Valdivino da Silva (UERN)
RESUMO: Este trabalho tem o intuito de analisar e observar como as aulas de inglês são
ministradas em uma sala de aula do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública.
Especificamente, objetivamos apresentar e analisar o modo como o professor explora os
textos na sala de aula de Língua Inglesa como Língua Estrangeira, sendo investigadas as
habilidades enfatizadas pelo professor. Para fazer tal análise, embasamo-nos, principalmente,
em Rojo (2013), Lima (2011, 2009), Martinez (2009) e Libâneo (1994). Os dados foram
coletados a partir de entrevistas e observação de três horas/aulas de língua inglesa.
Percebemos que, nesse contexto de aulas de língua inglesa, as quatro habilidades necessárias
para o estudo de línguas (Speaking, listening, writing, reading) não foram trabalhadas. Na
verdade, houve uma tentativa de se trabalhar a habilidade de leitura, no entanto, os alunos
observavam um texto em inglês acompanhado de uma figura ilustrativa que transmitia todo o
sentido que deveria ser extraído pela leitura do texto verbal, não instigando os alunos a
pensarem na língua alvo e a desenvolvê-la. Além disso, o professor não os desafiava à
interpretação geral do texto, já que o passava instantaneamente a tradução para a turma, mais
parecendo uma aula interpretativa do português. Chegamos à conclusão de que o ensino de
Língua Inglesa, na escola pública investigada, principalmente no que concerne ao estudo do
texto, continua preso à língua materna, ao método da tradução e, portanto, precisa passar por
algumas mudanças para que possa de fato ser chamado de uma aula de língua estrangeira.
PALAVRAS-CHAVE: Língua Inglesa. Ensino de texto. Nível médio.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LÍNGUA MATERNA: DISCURSO DA TEORIA X DISCURSO DA PRÁTICA
Patrícia Wanderley Nunes (UEPB)
Sinthya Fernanda Diniz Araújo (UEPB)
Soraia Carneiro de Oliveira (UEPB)
José Marcos Rosendo de Souza (Orientador - UEPB)
RESUMO: Com o desenvolvimento de pesquisas na área de linguística, criam-se novas
perspectivas para o ensino de língua portuguesa em sala de aula, pela qual se leva em
consideração, também, a Língua materna que contribuirá para o desenvolvimento
crítico/comunicativo. Desse modo, os estudantes passarão a agir sobre a língua, e ainda
atuando nos diversos contextos sócio comunicativos. Este estudo é uma revisão de literatura
baseado nas obras de Carlos Magno e Celso Pedro Luft, como também é um estudo de campo
com educadores de Língua Portuguesa com o objetivo de verificar o discurso da teoria
confrontando com a prática pedagógica do professor de língua portuguesa no que diz respeito
à língua materna e suas formas de aplicação. Desse modo, com o presente trabalho espera-se
que os docentes possam trabalhar esta prática de ensino de modo positivo e os discentes
utilizarem melhor o seu desenvolvimento para tornarem-se cidadãos críticos, capazes de
discutir e questionar sobre variados assuntos. Como resultado esse trabalho buscará entender a
forma de abordagens dos educadores tentando explicar a existência de distinções de discursos
na maneira de aplicar a metodologia de ensino da teoria e da prática e esse estudo mostra as
transformações dos educandos em aprender através deste ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua Materna. Práticas discursivas.
ISBN 978-85-7621-077-1
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LITERATURA NA SALA DE AULA: DA FORMAÇÃO DE LEITORES À
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Fabiola Melo (UERN)
Itamara Almeida (UERN)
Sandrely Bezerra (UERN)
Cássia de Fátima Matos dos Santos (Orientadora - UERN)
RESUMO: É sabido que a literatura, como um campo do conhecimento que traduz as mais
diversificadas experiências humanas por meio da linguagem, coloca-se como uma prática
privilegiada para a exploração da aprendizagem, desenvolvimento e aprimoramento não só da
leitura e da escrita, já que estas são prerrogativas básicas do ensino de Língua portuguesa, mas
da incorporação de valores próprios a uma sociedade democrática e solidária, em especial
pelo caráter plurissignificativo e de fruição do texto literário. Perseguir o propósito de tornar
as aulas de Língua portuguesa/Literatura em um espaço privilegiado para formar leitores e
produtores de textos é, antes de tudo, compreender que ensinar literatura não é ensinar história
da literatura ou as características de um estilo, mas proporcionar o estudo sistemático dos
mais diversos textos literários no amplo campo da poesia e da prosa. Inserido nessa
compreensão, o subprojeto intitulado Literatura na sala de aula: da formação de leitores à
formação de professores, inscrito no Programa institucional de bolsas de iniciação à docência
-PIBID, propõe aos licenciandos criar e experimentar metodologias e técnicas de ensino-
aprendizagem que explorem os conteúdos trabalhados no processo de formação acadêmica. O
subprojeto em andamento conta com um coordenador de área, quinze estudantes do curso de
Letras do Campus de Assu/UERN e três professores/supervisores da Escola Estadual
Juscelino Kubstichek, de ensino médio do município de Assu/RN. A proposta deste
subprojeto, portanto, é promover atividades nas quais os licenciandos em Letras, ao vivenciar
experiências didático-pedagógicas com os textos literários no âmbito do projeto PIBID
UERN, potencializem a sua formação como futuros professores de Língua portuguesa e
Literatura, optando pelos textos literários como essenciais para formação de leitores e
produtores de textos no ensino médio.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Ensino. Formação de leitores.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MATERIALIDADES NOS DISCURSOS SOBRE A BAIANIDADE NA
PUBLICIDADE DE TURISMO
Reginete de Jesus Lopes Meira (UEFS)
Palmira Vírginia Bahia Heine (UEFS)
RESUMO: Sabe-se que o trabalho simbólico do discurso está na base da produção da
existência humana. Levando em conta o homem na sua história, a Análise de Discurso de
linha francesa, escopo teórico no qual está centrado esse trabalho, considera os processos e as
condições de produção de linguagem, pela análise da relação estabelecida pela língua com os
sujeitos que falam e as situações histórico e ideológicas em que se produz o dizer. Desta
forma, o anuncio publicitário exerce o papel de difusor de discursos com os quais o ser
humano pode entrar em contato, fazendo circular certas imagens discursivas e ideológicas e
certos estereótipos sobre diversos grupos sociais que nele são representados. No caso de
anúncios publicitários de viagens, é possível perceber que no discurso usado, não é feito
somente a propaganda dos pontos turísticos a serem visitados, ou apenas do clima, e comidas,
etc., mas também é vendida a imagem das pessoas que habitam esse lugar de destino, neste
caso dos baianos. A Bahia é um lugar que carrega por causa da sua história e cultura, algo
muito particular que termina configurando discursivamente a noção de que todos os baianos
são pessoas festeiras, que não possuem disposição para o trabalho, sendo alegres, religiosas,
místicas, camaradas e, principalmente, preguiçosas. Essa construção discursiva da imagem
dos baianos é decorrente do processos ideológicos de identificação e desidentificação dos
sujeitos com certas posições discursivas no decorrer do tempo. Desse modo, este trabalho
busca analisar o discurso construído em anúncios publicitários, na tentativa de desmitificar a
imagem estereotipada do baiano, incluindo a possibilidade de relacionar a baianidade com
outras características como: a de povo trabalhador, hospitaleiro, esforçado, caprichoso, etc.
Ele justifica- se pelo fato de contribuir para a compreensão dos modos representativos do
discurso baiano e nacional, auxiliando no entendimento da função do discurso e sua
relevância no processo de construção da imagem do sujeito com base na Analise de discurso
francesa.
PALAVRAS CHAVE: Imagem. Discurso. Baiano. Baianidade.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MULHER EM FOCO: UMA ANALISE DO FEMININO NO SERIADO “FEMME
FATALES” DO CANAL CINEMAX
Bruna Silva Rodrigues (UERN)
Edja Lemos Fernandes (UERN)
Dayane Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: O presente trabalho faz referência as Femme Fatales, um termo conhecido por ter
surgido dentro do cinema Noir, gênero que possuí características de uma época marcada pela
moral maniqueísta, grande depressão, fim da II Guerra Mundial e a entrada das mulheres no
mercado de trabalho, nas quais entraram em um processo de emigração do espaço doméstico
para o espaço que era dominado antes, em sua maioria, pelos homens. O gênero Noir possuí
em seus filmes uma forte oscilação, pois a mulher é um enigma e, neles, o personagem
principal masculino cultua um desejo incontrolável e ao mesmo tempo um ódio daquela que o
seduz. Com base nesse gênero que marcou tal época, o seriado do canal fechado Cinemax,
intitulado de Femme Fatales, apresenta através de uma narradora feminina, histórias de
mulheres que fazem de tudo para conseguir o que desejam e não têm medo das consequências
de seus atos. A analise mostrará a representação dessas mulheres que compõe o seriado e
como elas diferem do tipo submissa, costumeiramente explorado pelo mercado do consumo.
A metodologia usada no artigo será a revisão bibliográfica, tendo como base o livro com as
contribuições acerca de “prazer visual” e “olhar masculino” de Laura Mulvey (1983), a partir
das quais será falado sobre a mulher como objeto de desejo visual, onde sua beleza é sempre
acentuada em razão do prazer visual do expectador. Será feito uma reflexão de acordo com o
que é feito pelo cinema e televisão, pois, apenas é produzido e divulgado aquilo que o
expectador desejar ver. Além disso, mostra que a história contada tem que envolver o
espectador e fazê-lo crer naquilo como realidade.
PALAVRAS-CHAVE: Mulheres. Consumo. Femme fatale.
ISBN 978-85-7621-077-1
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O DIALOGISMO NA CONSTITUIÇÃO DE NARRATIVAS
Marcos Paulo de Azevedo (UERN)
Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador - UERN)
RESUMO: Nesse trabalho, propomos analisar a constituição das relações dialógicas em
textos narrativos redigidos por alunos da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Padre
José de Anchieta da cidade de Serra do Mel - RN. Para realizar essa análise, teremos como
base teórica textos do Círculo de Bakhtin em que se discute a respeito do dialogismo como
um princípio elementar da linguagem (MEDVEDEV, 1928; BAKHTIN, 1929/1963, [1952-
1953]; VOLOSHINOV, 1929). Consideramos que as narrativas são um espaço privilegiado
para apreciação das relações dialógicas, uma vez que, ao colocarem em cena personagens com
suas falas, acabam por representar o funcionamento dialógico da linguagem na medida em
que as palavras das personagens podem ser retomas por outras personagens ou pelo narrador.
Desse modo, buscamos esclarecimentos para as seguintes questões: Como se estabelecem os
vínculos dialógicos nessas narrativas escolares? Ou seja, como se dão as relações entre as
vozes de autor, narrador e personagens? Como a alternância das vozes de personagens,
narrador e autor são marcadas: com aspas ou sem aspas? As palavras do narrador e
personagens são expressas através de que tipo de discurso: direto, indireto, indireto livre?
Além disso, investigaremos possíveis relações dialógicas entre as redações e enunciados
exteriores (por exemplo, referência a textos, filmes, etc.). A partir da leitura das narrativas já
foi possível observar, por exemplo, que os vínculos dialógicos são estabelecidos
principalmente por meio do emprego do discurso indireto, pelo narrador, para expressar a fala
das personagens, sendo esse um caso de representação explícita do diálogo entre os dois
discursos. Nosso intuito com essa pesquisa é vislumbrar possíveis contribuições do estudo do
dialogismo para o ensino de textos narrativos. Ou seja, diferentemente de tantos estudos,
literários ou não, voltados a aspectos como enredo, espaço narrativo, tempo da narração, etc.,
acreditamos que nossa proposta pode trazer um novo olhar sobre a análise e,
consequentemente, sobre o ensino de narrativa ao focalizar uma questão pouco explorada nas
abordagens didáticas dos gêneros narrativos: a questão do dialogismo constitutivo dos textos.
PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo. Ensino. Narrativas.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O DISCURSO POLÍTICO ATRAVÉS DE CHARGES: CONSTRUINDO OS
SENTIDOS
Jocival Freitas da Silva (UERN)
Lícia Fernanda Dantas da Silva (UERN)
Maria Fátima de Carvalho Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo analisar como se apresenta a formação discursiva,
formação ideológica, condições de produção e o interdiscurso na constituição do gênero
charge (com foco na política), sob a perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa
(doravante AD). Especificamente, objetivamos fazer um estudo do discurso político; dos
espaços por onde esses discursos são produzidos e das posições que o sujeito ocupa nesse
discurso. Tudo isso com vista a perceber de que forma as categorias supracitadas contribuem
para a construção dos sentidos nesse gênero. Para esse fazer acadêmico nos respaldamos em
Brandão (2004), Charaudeau (2006), Mazzola (2009), Nery (2010), Orlandi (2006), dentre
outros. O trabalho procede de uma atividade prática da disciplina Análise do Discurso, através
da qual realizamos a análise de três charges políticas. O corpus a ser analisado foi retirado de
diferentes sites e aborda temas voltados para a política brasileira, a exemplo do julgamento do
mensalão; da chegada dos políticos ao poder e das eleições de 2012. Os resultados obtidos
mostraram a influência que tem a AD para o entendimento do discurso político que circula na
sociedade, tanto no âmbito do sujeito falante, quanto no do sujeito ouvinte, bem como a
importância que esse tipo de análise tem em relação ao trabalho com a leitura na rede básica
de ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Charge política. Análise do Discurso. Construção dos sentidos.
Categorias da AD.
ISBN 978-85-7621-077-1
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O ELEMENTO LÚDICO NAS AULAS DE ESPANHOL NAS ESCOLAS PÚBLICAS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO
MÉDIO
Beatriz Fernandes da Costa (PIBID-UERN)
Josirranny Priscilla da Silva (PIBID-UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID-UERN)
RESUMO: A utilização do lúdico no processo de ensino-aprendizagem do Espanhol como
Língua Estrangeira (ELE) tem possibilitado a criação de novas metodologias. Os discentes
interagem mais com os docentes e deixam de ser meros receptores de informações. De
maneira geral, praticar atividades lúdicas desenvolve a fluência criativa e outros processos
mentais como, por exemplo, a memória, a agilidade do pensamento, a capacidade de
concentração e a paciência. Realizamos este trabalho com o objetivo de destacar a
importância da utilização dos jogos na sala de aula, defender uma proposta lúdica para
trabalhar de maneira significativa a literatura e relatar nossa experiência na aplicabilidade de
tais elementos em nossas aulas de língua espanhola como LE. Para isso, fizemos um
apanhado teórico com base nos textos de Fernández (2003), García (2003), Mayrink (2003),
entre outros. Metodologicamente, nossa pesquisa se classifica como uma abordagem
qualitativa descritiva de desenho não experimental transacional, pois só observaremos o
ambiente natural do ensino da língua espanhola em um momento específico sem manipular as
variáveis. A partir de nossa prática, comprovamos que os jogos também promovem uma
ampliação dos conhecimentos de mundo dos alunos, além de contribuírem na melhoria dos
resultados avaliativos ao deixá-los mais interessados na aprendizagem da língua espanhola. O
uso do jogo em nossas aulas estimulou a comunicação, a imaginação, a diversão, a observação
de novos procedimentos/estratégias, a aceitação de normas e o respeito às demais culturas.
Portanto, podemos afirmar que o jogo estimula o desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo
dos nossos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Ludicidade. Ensino. Espanhol.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O ENSINO DE MÚSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E SEUS
DIFERENTES CONTEXTOS
Francisco Lizoyrlo dos Santos Nery (UERN)
Antonio Kállio Wagner Fernandes Pimenta (UERN)
Raimundo Reudson Maia de Almeida (Orientador - UERN)
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar e analisar as diferentes
situações que envolvem o ensino de música no programa Mais Educação do Governo Federal,
que acontece em algumas escolas da Cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte,
demonstrando diferentes pontos a serem avaliados e discutidos, tais como: A formação
profissional dos monitores, a estrutura física das escolas, metodologias pedagógicas de
ensino, contribuições que o programa proporciona para os alunos, escola e sociedade. Um dos
estudos realizados foi na Escola Estadual Aida Ramalho Cortez Pereira, que por sua vez
ganhou grande repercussão e destaque com o programa, especificamente com a modalidade
Banda Fanfarra, que foi um dos enfoques principais do nosso trabalho, pois mostrará o
desenvolvimento que a mesma teve, em relação a sua estrutura e o seu processo de formação.
Nossa coleta de dados se deu através de entrevistas e questionários com a coordenação geral
da 12ª Diretoria regional de Educação – DIRED, gestores e a coordenação geral do programa
da escola citada. Ao concluir a análise dos dados, teremos como perspectivas entender o
desenvolvimento educacional dos alunos, escolas e monitores envolvidos no processo, sendo
possível perceber através das situações citadas acima, quais pontos positivos e negativos no
processo de ensino e aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Programa Mais Educação. Ensino e aprendizagem. Formação do
monitor.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O EXILAR POÉTICO DA DITADURA MILITAR: AS ENTRELINHAS DA
INTELIGÊNCIA CRÍTICA
Emanuella Pereira de Souza (UFCG- CFP/PIBID- CAPES)
Wênia Kaíres Faustino Nunes (UFCG- CFP/PIBID-CAPES)
RESUMO: Entende-se por Literatura Contemporânea os movimentos literários surgidos
durante as décadas de 60 e 70 no Brasil e que trazem em suas obras um significado na história
do país. Durante o período da Ditadura Militar, a Literatura Brasileira foi censurada e a arte
tomou a forma de um período militar autoritarista. A censura durante o período da Ditadura
freou a arte brasileira e impôs o seu conceito de Estado, trazendo a moral e a civilidade
propostas por presidentes advindos de uma formação militar que impedia a liberdade de
expressão, além de outros artistas, de grandes escritores e musicistas do país. Tomando como
ponto de partida as letras compostas por Vinicius de Morais, Tom Jobim, Toquinho, e Chico
Buarque de Holanda, o presente trabalho busca analisar a intencionalidade dos versos e
canções dos autores, como crítica à censura militar que se impunha na época e que ainda ecoa
na contemporaneidade para denunciar a censura militar que não apenas inibia a liberdade de
expressão, mas também exilava do país quem não estivesse adequado aos moldes propostos
pelo sistema. Grandes autores da Literatura Brasileira foram expulsos de sua terra natal,
exilando não apenas cidadãos, mas excluindo a própria arte. Nesse sentido a discussão
presente neste trabalho, está voltada à literalidade artística de grandes escritores brasileiros,
censurados por um Regime Militar, tomando como base os estudos feitos por Castro (2009) e
Dalcastagne (2012).
PALAVRAS- CHAVE: Literatura. Censura. Ditadura Militar.
ISBN 978-85-7621-077-1
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O GÊNERO CARTA ABERTA NO JORNAL “O MOSSOROENSE”
Dianna Paula Pinto Moreira (PIBIC - UERN)
Isliane Saraiva de Assis (PIBIC - UERN)
Lucimar Bezerra Dantas da Silva (Orientadora - UERN)
RESUMO: Este trabalho é vinculado ao projeto PIBIC (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação Científica) intitulado “Estudo da Tradição Discursiva na carta Aberta em Jornais de
Mossoró ao Longo do Século XX”. Trata-se de um estudo diacrônico que pretende estudar a
história desta Tradição Discursiva (TD) nos jornais mossoroenses ao longo do século XX.
Nesta apresentação, nosso objetivo é analisar uma carta aberta publicada no jornal “O
Mossoroense” no ano de 1904. A análise tomou como referência o conceito de Tradição
Discursiva (TD), uma perspectiva de estudo que vem sendo utilizada para desenvolver análise
diacrônica de textos. O referencial teórico desta pesquisa fundamentou-se nos trabalhos de
Kabatec (2005), Patriota (2010), Silva (2012), Biasi-Rodrigues (2010) e Zavam (2009). As
reflexões sobre o gênero carta aberta tomaram como referência os estudos de Guarnieri
(2006). As primeiras análises nos mostraram que a carta aberta é um gênero rico em
informações sobre as relações interpessoais, sobre os conflitos, principalmente de ordem
política, e sobre as discussões de problemas sociais que constituíram cada época da história da
cidade de Mossoró. Após as ponderações preliminares, podemos concluir que a carta aberta
analisada contribui com informações que nos levam a conhecer aspectos da história social de
Mossoró no século XX e os sujeitos que contribuíram para a construção dessa história.
PALAVRAS-CHAVE: Tradição Discursiva. Carta aberta. Jornalismo.
ISBN 978-85-7621-077-1
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O GÊNERO LITERÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA LINGUA
ESPANHOLA
Yanáskara Roberta Medeiros (PIBID - UERN)
Oscarina Caldas Vieira (PIBID - UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID - UERN)
RESUMO: Esse trabalho é um relato e uma análise sobre a utilização do gênero literário em
aulas de espanhol em escolas públicas. Ele parte de reflexões feitas a partir do uso de gêneros
literários nas aulas de espanhol no ensino médio, como recurso para o desenvolvimento de
habilidades e competência necessárias para que o aprendiz aprenda de modo satisfatório esta
língua estrangeira. Resulta de nossa experiência no Projeto PIBID de Espanhol da UERN
desenvolvido em algumas escolas públicas de Mossoró. Nela, o uso deste gênero vem
ganhando espaço e é utilizado não é somente para embasar teorias gramaticais, como de
costume, mas também para desenvolver as habilidades linguísticas do aluno, no que concerne
à leitura, à escrita, à audição, e à oralidade, deixando-o assim competente no desenvolvimento
de uma L2, já que o texto literário é uma forma de comunicação que apresenta ricos inputs
linguísticos e culturais. Como metodologia utilizamos a pesquisa bibliografia baseada em
autores como, Schneuwly e Dolz (2004), Fillola (2007) entre outros. O uso do texto literário
no ensino da língua espanhola desenvolve naturalmente a criatividade do aluno, sua
compreensão leitora, produção oral e escrita, desperta uma visão mais crítica sobre a língua
estudada, sendo assim uma metodologia que motiva e instiga ao desenho lingüístico e cultural
do discente.
PALAVRAS-CHAVE: Competência Linguística. Texto literário. Língua espanhola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O GÊNERO MANCHETE COMO OBJETO DE ENSINO: VIVÊNCIAS DE UMA
PRÁTICA EM SALA DE AULA
Klênia Cibelly Freire de Carvalho (UERN)
Jéssica Fernandes Lemos (UERN)
Larissa Aquino de Sousa (UERN)
Lúcia Helena de Medeiros (Orientadora - UERN)
RESUMO: Neste trabalho, iremos discutir a relevância do gênero manchete nas aulas de
Língua Portuguesa, no Ensino Médio. Defenderemos o uso deste gênero como objeto de
ensino para as aulas de produção textual com base em atividade desenvolvida no segundo ano,
da Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, da cidade de Mossoró – RN, onde atuamos
como bolsistas PIBID. No início da atividade, expusemos para os alunos as principais
características que compõem o gênero manchete e, principalmente, sua função. Em seguida,
entregamos aos alunos recortes de imagens de jornais locais e sugerimos aos discentes que
observassem as imagens e produzissem uma manchete relacionada à imagem de acordo com a
interpretação e criatividade de cada um. Percebemos que os alunos sentiram-se motivados à
produção do gênero manchete por meio das imagens, pois a partir delas, cada um pode
manifestar sua opinião sobre qual situação representava aquela foto. Após a realização das
produções, selecionamos aquelas que melhor se adequaram ao gênero e as expusemos no
mural da escola. A partir dessa atividade, concluímos que trabalhar a produção de texto na
sala de aula a partir do gênero manchete foi bastante produtivo, pois, além de tornar as aulas
mais dinâmicas, ajudou no bom desenvolvimento da produção dos alunos, levando-os ao
desejo de produzir e sentirem-se mais motivados, obtendo assim, resultados mais satisfatórios.
Para este estudo, tomamos como referencial teórico autores como Marcuschi (2005),
Barzemam (2011), Paiva (2006), que mostram, em suas pesquisas, apontamentos sobre a
prática do ensino dos gêneros em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Manchete. Produção de Textos. Sala de aula.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O JORNAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ESCOLA
Larissa Aquino de Sousa (UERN)
Naara Freire de Sousa (UERN)
Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares (Orientadora - UERN)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discutir como os gêneros jornalísticos podem ser
trabalhados na sala de aula, para um melhor desenvolvimento de produções de textos, pelos
alunos de ensino médio, em diferentes situações. A geração dos dados foi possível através de
produções realizadas com alunos do 2° ano do ensino médio de uma escola estadual do
município de Mossoró- RN. Durante algumas semanas, foram realizadas aulas expositivas de
leitura e produção textual a respeito dos gêneros jornalísticos, como a charge, a notícia, a
manchete, entre outros. Posteriormente, foram coletados e selecionados os textos mais bem
estruturados, para assim compor o jornal mural na escola. Para a execução dos trabalhos e a
análise dos dados tomamos como base textos de autores como: Charles Bazerman (2011) e
Angela Paiva (2006). Diante disso, serão apresentados alguns resultados obtidos durante o
processo de produção dos diferentes gêneros contidos no jornal, como a criação de charges,
pelos alunos do ensino médio. Assim, podemos perceber que esse trabalho resultou em
produções bastante satisfatórias e que, tanto a leitura como a produção de textos escritos, dos
diferentes gêneros, foi essencial para que os alunos tivessem consciência de que os gêneros
textuais jornalísticos fazem parte de suas vidas cotidianas.
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Jornal mural. Leitura. Escola.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O LÚDICO NA PROPAGANDA POLÍTICA: UM ESTUDO DO BONECO NILDO NA
CAMPANHA À PREFEITURA DO NATAL/RN (2012)
John Willian Lopes (UFRN)
Adriano Lopes Gomes (Orientador - UFRN)
RESUMO: O presente trabalho faz uma análise do discurso lúdico a partir da inserção de um
personagem que remete à cultura popular do Nordeste do Brasil por demonstrar traços de um
Mamulengo (João redondo), tradicional fantoche de madeira que é manuseado para divertir
plateias, em um cenário de disputa eleitoral. O boneco Nildo, tal como foi denominado,
ganhou expressão no programa eleitoral do ex-candidato a prefeito da cidade do Natal
(Brasil), Hermano Morais (PMDB), veiculado no Horário Gratuito de Propaganda
Eleitoral/TV no período de agosto a outubro de 2012. A inserção do personagem Nildo e a
expressão adquirida por ele nos fizeram refletir acerca dos novos formatos e estratégias
desenvolvidas pelos candidatos, durante esse momento em que a política começa a se tornar
habitual no cotidiano das pessoas, para evidenciar suas ideologias materializadas nos
discursos, produzindo, assim (e de uma forma lúdica), os diferentes efeitos de sentido. A
presente pesquisa reúne particularidades do discurso (lúdico) no programa eleitoral, e que
adota os estudos da Escola Francesa de Análise de Discurso como aporte teórico e
procedimento metodológico bem como as contribuições de Huizinga (2001) acerca do jogo
como elemento da cultura. Dá-se por meio dos referenciais técnicos de documentação
indireta, tais como: pesquisa bibliográfica, seguida da leitura, análise e intepretação da
bibliografia disponível com o intuito de constituir um quadro teórico, além da pesquisa
documental do programas eleitorais do ex-candidato veiculados na TV durante o período
delimitado para o corpus analisado. Como resultados preliminares, a pesquisa considera que o
boneco Nildo caracteriza-se como um elemento da cultura popular cuja função primeira é
manifestar o discurso oficial do candidato dentro de uma ludicidade, produzindo, assim,
efeitos de sentido, na tentativa de catalisar a atenção do público eleitor para aproximá-los de
si e/ou distanciá-los dos concorrentes.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso Político. Discurso Lúdico. Cultura Popular.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
O PAPEL DO PIBID NA DESMISTIFICAÇÃO DE CRENÇAS NAS AULAS DE
ESPANHOL DE ESCOLAS PÚBLICAS MOSSOROENSES
Josenildo Fernandes Sobrinho (PIBID – UERN)
Renata Helvécia Lopes (PIBID – UERN)
Michelania Vidal de Oliveira (PIBID – UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID – UERN)
RESUMO: As crenças no processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira é um
tema cada vez mais investigado no mundo acadêmico. Assim entendemos que crenças se
constituem em ideias e pensamentos que uma determinada pessoa tem em relação a algo (no
caso, o ensino de uma língua estrangeira), determinados a partir de experiências individuais,
postos em prática de forma consciente ou inconsciente e que influenciam outras pessoas a ter
pensamentos e concepções semelhantes aos que lhes foram repassados. Neste trabalho, nos
propomos a investigar as crenças de professores e alunos de escolas públicas mossoroenses
nas aulas de espanhol e mostrar a contribuição do PIBID na desconstrução destas. Utilizamos
como metodologia uma pesquisa qualiquantitativa descritiva explicativa, realizada a partir de
observações e questionários aplicados com professores e alunos nas escolas. Tivemos como
base teórica Barcelos (2007), Alvarez (2007), Silva (2005 ) entre outros que estudam sobre
este tema. Diante de tudo que investigamos entendemos que o PIBID tem papel fundamental
na desmistificação de crenças que muitos professores e alunos cultivam mesmo que
inconscientemente. Vimos que muitas das crenças que chamamos de “tradicionais”, ou seja,
que já perdura há muito tempo, foram desconstruídas, por exemplo, a crença de que a
gramática é o aspecto mais importante ao se aprender uma língua estrangeira e que o mais
importante é expressão oral e a compreensão auditiva.
PALAVRAS CHAVES: Crenças. Desmistificação. Escolas públicas mossoroenses.
ISBN 978-85-7621-077-1
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O SOLADO VERMELHO COMO MITO DE PODER E EXCLUSIVIDADE
ATRAVÉS DAS CELEBRIDADES
João Carlos Magagnin (UERN)
Thiago Fernandes Diógenes (UERN)
RESUMO: A sola vermelha é uma das principais características dos sapatos desenhados e
produzidos por Christian Louboutin. Através dela, os seus sapatos conseguiram alcançar
patamares importantes dentro da indústria da moda e do culto as celebridades, mitificando-se
como poder e exclusividade pela mídia. No presente artigo utilizaremos de teorias criadas por
Roland Barthes em seu livro Mitologias, relacionando a ideia de mitologias e mito, compondo
sua significância no mundo contemporâneo. Aproveitando para analisar conjuntamente a
significância das cores em marcas da nossa geração, como ela além do vermelho ser
considerada a cor do pecado, do algo proibido, amplamente buscado pelo sapateiro. O solado
vermelho não revela quase nada da longa história de sua criação. O sentido continha todo um
sistema de valores: uma história, uma via de produção e design. A forma afastou toda essa
riqueza, massificada e martelada através das publicações de moda, fato de se ligar a ídolos,
que grande parte do mundo venera. Entra o maior patrocinador e mitificador dos símbolos
adquiridos pelo solado vermelho. A indústria das celebridades. Elas que tanto banalizam
como criam novos cases de sucesso, vem ao produto para satisfazer sua necessidade de forma
e conceito, como iremos discorrer atentamente por todo o trabalho. Propondo também uma
introdução a semiótica, explicitando alguns fatores para as análises a serem promovidas
durante o artigo, baseando-se nas ideias iniciais de Charles Sanders Peirce.
PALAVRAS-CHAVE: Semiótica. Louboutin. Vermelho. Celebridade
ISBN 978-85-7621-077-1
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O TEXTO LITERÁRIO NO MANUAL EL ARTE DE LEER 1 SOB UMA
PERSPECTIVA SEMIÓTICA
Antônio Marcos Melo da Silva (PIBID-UERN)
Lais Francielly Garcia do Nascimento (PIBID-UERN)
Samira Luara Góis Araújo (PIBID-UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID-UERN)
RESUMO: A utilização de gêneros literários se fez necessária no decorrer da história do
ensino de línguas porque a literatura oferece ao aluno diferentes mensagens e indagações que
impulsionam a criação de um ser crítico em relação aos acontecimentos ao seu redor. Diante
disso, a escola busca desenvolver no aluno, a partir deste gênero, a capacidade de leitura e de
escrita. Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar algumas atividades dos textos
literários usando a concepção de leitura semiótica no livro El arte de leer I, trataremos de
analisar os textos que possuem marcas tipográficas, e observaremos os efeitos que os
interpretantes causam na mente dos intérpretes. Como metodologia, fizemos uma pesquisa
bibliográfica a partir de autores como Bakhtin (1992), McRae (1994), Duff e Maley (2003),
Santaella (2005), entre outros e ainda a análise do livro El arte de leer do Ensino Médio. Esta
pesquisa se caracteriza como qualitativa descritiva, por se tratar de uma análise interpretativa.
Ao concluir a análise, foi confirmado que a leitura é uma complexa atividade que envolve
interação entre o autor do texto, o próprio texto e o leitor. A concepção de leitura semiótica é
uma forma de contribuir para o conceito de que o texto não é um produto estático e linear,
capaz de fazer com que o significado seja resgatado da intenção do autor. Também se
confirma que os resultados de interpretação variarão segundo os conhecimentos de mundo
que envolva seus leitores.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Semiótica. Língua Estrangeira.
ISBN 978-85-7621-077-1
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O USO DO CELULAR COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO E
APRENDIZAGEM DE ESPANHOL
Ana Paula Alves Ferreira (UERN)
Wanda Maria da Silva (UERN)
Maria Luzia Carlos da Silva (UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora - UERN)
RESUMO: O principal objetivo do emprego da tecnologia no ensino de uma língua
estrangeira é proporcionar ao aluno uma forma de aprendizagem contextualizada ao meio
tecnológico ao qual ele está inserido, sobretudo fornecer um método diferenciado e
incentivador de aprender qualquer competência ou disciplina. Neste contexto, observando a
popularidade do celular entre os estudantes e tendo em vista a insistência dos mesmos em
utilizá-lo na sala de aula, propomo-nos a elaborar uma atividade na qual o aparelho móvel
fosse visto como uma ferramenta didática. Tivemos como objetivo analisar como se daria o
processo de ensino e aprendizagem de língua espanhola através da utilização do celular em
sala de aula, assim como também observar a aceitação ou rejeição dos discentes no decorrer
da aula ministrada. Como embasamento teórico, fundamentamo-nos em autores como Corrêa
(2009), Freire (2013), Antônio (2010), Antônio (2012) e o PCN + ensino médio (2000). A
partir dessa proposta de atividade, percebemos que apesar de nós, professores, rechaçarmos o
uso do celular pelos alunos em sala de aula é possível utilizar essa nova tecnologia em favor
da aprendizagem visto que o telefone móvel possui muitas ferramentas que podem ser
explorados pelo docente. Ao utilizar recursos que fazem parte do cotidiano do estudante
observamos um maior envolvimento durante as aulas, percebermos também que a obtenção
do conhecimento se torna mais prático, incentivador e gratificante tanto para quem ensina
quanto para quem aprende, no entanto, é importante que o professor aproveite o momento
para discutir os limites morais e éticos no que diz respeito ao uso do celular em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia. Celular. Ensino. Aprendizagem.
ISBN 978-85-7621-077-1
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OBRIGADO POR FUMAR: DISCURSO E PERSUASÃO NUM MESMO CONTEXTO
Edinalva Inocêncio da Silva (UFAL)
Eric Maycon da Silva Correia (UFAL)
Maria das Graças dos Santos Correia (UFAL)
RESUMO: À luz de Michel Pêcheux, que elegeu a análise do discurso e não da língua,
esmiuçaremos o filme Obrigado por fumar (2005, EUA). A comédia dirigida por Jason
Reitman narra a história de um perspicaz lobista que se apropria de vários artifícios para
convencer os mais variados públicos. Por isso, para o presente artigo, será necessário
inicialmente compreender o motivo pelo qual muitos profissionais da comunicação utilizam a
persuasão como método eficaz na manipulação das massas. Logo após, utilizarar-se-á os
principais aspectos impressos por Pêcheux à análise do discurso para explicar porque Nick
Naylor (Aaron Eckhart) conseguia manejar o público através de seus discursos eloquentes. O
artigo responderá a indagações simples, posteriormente à complexas; assim, ficará evidente
que um mesmo discurso pode ter diferentes interpretações, se visto por “ângulos” distintos, e
que o meio também exerce bastante influência em sua construção. Relacionaremos visões de
diferentes teóricos, antigos e novos, no que diz respeito à análise do discurso, como Bakhtin e
Orlandi. Durante a elaboração do artigo, foram utilizados alguns artifícios que nos facilitaram
quanto o detalhamento do filme e sua relação com a proposta de estudo, como pesquisas em
livros, páginas da internet e exploração das cenas mais relevantes à nossa análise.
PALAVRAS-CHAVE: Lobista. Persuasão. Michel Pêcheux. Análise de Discurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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ORQUESTRA DE FLAUTA-DOCE ANTÔNIO CAMPOS
Priscila Gomes de Souza (UFRN)
Agostinho Lima (Orientador - UFRN)
RESUMO: O trabalho é um relato da experiência no Projeto de Orquestra de Flauta-Doce da
Escola Municipal Antônio Campos, em Natal, que ocorreu no período de outubro de 2011 a
dezembro de 2012, sob minha coordenação. Buscou-se proporcionar aos alunos das séries do
1º ao 5º ano uma iniciação musical através flauta-doce. A atenção dirigida aos alunos era
individual e coletiva, com a prática da música em conjunto. O repertório utilizado constituía-
se de músicas folclóricas e clássicas, com vistas a propiciar aos alunos um contato com esses
dois universos musicais. Constatou-se que a prática musical em conjunto é uma atividade
muito consistente de musicalização e que a flauta-doce é uma excelente ferramenta nas etapas
iniciais do processo, proporcionando a musicalização através dela. Objetivou-se ainda
incentivar o fazer musical em grupo; Conhecer o repertório de músicas folclóricas e clássicas;
Valorizar as práticas musicais dos alunos; Incentivar os alunos a tocar em público. Houve a
seleção dos alunos interessados em um maior contato com a música. Encontros duas vezes por
semana. Audição de exemplos musicais do repertório escolhido e atividades de execução e
criação. Ensaios e apresentações ao final do semestre. O projeto conseguiu iniciar os alunos
no tipo de atividade mais importante da arte musical, a prática em conjunto. A atividade
musical em conjunto contribui para a socialização e desenvolvimento de esquemas de ação
coletiva. Conseguiu-se ampliar o universo musical dos alunos a partir do contato com um
repertório desconhecido por eles. O projeto proporcionou uma prática musical através da
flauta-doce, aproximando alunos para o contato com músicas folclóricas e clássicas. O fazer
musical e a interação em grupo foi desenvolvida. A flauta-doce mostrou ser um auxílio
importante no ensino e aprendizagem de música. A contribuição de práticas musicais
coletivas como da Orquestra de Flauta-Doce Antônio Campos favorece e proporciona ao
aluno um desenvolvimento individual e coletivo no ambiente escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino e Aprendizagem de Música. Prática de Ensino de Música.
Orquestra de Flauta-Doce.
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OS CONCEITOS BAKTHINIANOS APLICADOS À LITERATURA DE CORDEL
Francisca Aline Micaelly da Silva Dias (UERN)
Francisco Clébison Chaves Lopes (UERN)
RESUMO: Através desta análise procuramos contextualizar o leitor, trazendo inicialmente
um breve relato sobre o que é Literatura de Cordel, desde o seu surgimento na Península
Ibérica e sua trajetória até chegar ao Brasil, revelando o estágio atual de produção e consumo
em que se encontra atualmente. Contudo, vale salientar que a finalidade principal deste
trabalho consiste na análise das vozes discursivas nas obras de Borges e Barreto, intitulados
“Rede Globo Nordeste 35 anos” e “Big Brother Brasil um Programa Imbecil”
respectivamente. Com esse intuito, tomamos por base os estudos de Bakhtin (in BRAIT,
2005) e Ducrot (1987) identificando nos textos discursos monológicos, prontos e objetivos,
que não deixam lacunas à serem preenchidas por outras vozes do discurso. Outrossim, foi
possível constatar também a presença do discurso polifônico, isto é, a heterogeneidade
discursiva, tomando como bases, vários sistemas de referência. Ademais disso, atentamos
para a presença do interacionismo sociodiscursivo nas obras, sendo necessário ao co-
enunciador um conhecimento de mundo para que se possa compreender o que está dito,
considerando para tal análise o contexto e produção das obras, haja vista que a obra de Borges
é um cordel classificado como “cordel de encomenda”, solicitado por determinada pessoa ou
corporação para expressar uma opinião que não é do autor e sim do solicitante, enquanto o
cordel de Barreto é um cordel que expressa a opinião do autor, nesse caso, revelando a visão
negativa que o autor tem sobre o reality show exibido pela rede globo.
PALAVRAS-CHAVE: Polifonia. Monologia. Literatura de Cordel. Bakthin.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
OS DISCURSOS EM DUAS REPORTAGENS DA VEJA E DA ÉPOCA: O CASO DE
LULA E ROSEMARY
Maria Jackeline Rocha Bessa (CAMEAM/UERN – Bolsista PIBID)
Maria Dayane de Oliveira (CAMEAM/UERN – Bolsista PIBID)
Maria de Fátima de Carvalho Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: A análise do discurso, objetiva analisar os sentidos dos discursos buscando os
“porquês” “para que”. Para essa disciplina um discurso jamais se fecha se encerra, sempre
tem algo a mais para descobrir. Partindo desse pressuposto, neste trabalho, objetivamos
investigar como os conceitos de Condições de Produção, Formação Discursiva, Formação
Ideológica, Dito e não Dito e Interdiscurso estão presentes nos discursos de duas revistas de
grande circulação no Brasil, Veja e Época. Para isso, tomamos como referencial teórico os
estudos de Brandão (2004), Mussalim, (2000) Ducrot (1987) e Orlandi (2007 e 2008) entre
outros. O corpus do trabalho é constituído por duas reportagens de duas revistas, Veja e
Época. A primeira de 05 de dezembro de 2012, intitulada “A mulher que sabe demais... E o
homem que nunca sabe de nada”. A segunda de 01 de dezembro de 2012, intitulada “Rose e a
sedução do poder”. A partir, das análises feitas conseguimos observar que os conceitos
estudados e apresentados durante o trabalho estão presentes nos dois discursos das duas
revistas, que trazem discursos que permitem ao leitor fazer leituras diferentes sobre as
reportagens. Esses resultados vêm confirmar nossas hipóteses de como nos discursos estão
presentes os conceitos da Análise do Discurso.
PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Formação Ideológica. Formação Discursiva.
Veja. Época.
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MODALIDADE PÔSTER
PERCEPÇÃO DAS NECESSIDADES PSICOLÓGICAS BÁSICAS PARA APRENDER
MÚSICA NA ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS PORTADORES DE CÂNCER DE
MOSSORÓ E REGIÃO – AAPCMR
Flávia Maiara Lima Fagundes (UERN)
Giann Mendes Ribeiro (Orientador - UERN)
RESUMO: Esta pesquisa foi desenvolvida dentro da temática sobre motivação na
aprendizagem musical no contexto de sala de aula e ensaios de grupos. Tem como objetivo
geral identificar a satisfação das necessidades psicológicas básicas dos alunos nas atividades
musicais da Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região
(AAPCMR), com base na Teoria da Autodeterminação (RYAN; DECI, 2004; DECI; RYAN,
2008a). E como objetivos específicos identificar os tipos de motivação na aprendizagem
musical dos dois grupos existentes na instituição, o de Cordas e o Canto Coral e analisar a
satisfação das necessidades de autonomia, competência e pertencimento percebidos pelos
estudantes. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a de estudo de entrevista cujos dados
analisados foram coletados por meio da técnica de entrevista semi-estruturada com registros
dos diálogos em áudio posteriormente transcritos e catalogados. Os resultados indicam que a
motivação intrínseca não era a principal motivação dos alunos. A motivação foi considerada
múltipla e variável às determinadas situações encontradas nos tipos de motivação extrínseca.
As diferentes interações nas aulas de forma complementar, puderam suprir as três
necessidades psicológicas básicas dos alunos. Esta pesquisa possibilitou reflexões que
ressaltam a importância que a motivação têm sobre a aprendizagem musical dos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Motivação. Teoria da autodeterminação. Aprendizagem musical.
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MODALIDADE PÔSTER
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID):
IMPACTOS E CONTRIBUIÇÕES FORMATIVAS PARA O CURSO DE LETRAS -
ESPANHOL DA UERN
Lais Klennaide Galvão da Silva (PIBID - UERN)
Naftali Lima de S. Rebouças (PIBID - UERN)
Jucymário de Lima Silva (PIBID - UERN)
Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID - UERN)
RESUMO: A formação docente tem sido alvo de muitas discussões que visam uma melhor
qualificação para os profissionais. Refletindo em tais debates, podemos perceber a
importância da inserção de programas de formação acadêmica. Objetivamos através deste
trabalho demonstrar os impactos e contribuições do Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência (PIBID) – Subprojeto/Espanhol para o curso de Letras – habilitação em
língua Espanhola da Universidade do estado do Rio Grande do Norte. Como metodologia,
inicialmente, realizamos uma pesquisa bibliográfica baseada em autores como, Sedycias
(2005), Perrenoud (2008), Paro (2011); Brasil (2002); Laseca (2008) e por fim uma pesquisa
qualitativa descritiva; como instrumentos de coleta de dados realizamos entrevistas com os
bolsistas e coordenadores do projeto PIBID/Espanhol. Com base nas leituras realizadas e nas
análises feitas dos questionários aplicados aos bolsistas participantes do programa,
percebemos as grandes contribuições que a inserção desses projetos proporcionam tanto à
academia como aos profissionais em formação docente.
PALAVRAS-CHAVE: Formação docente. PIBID. Ensino do Espanhol.
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MODALIDADE PÔSTER
QUESTÕES DE RAÇA: A MULHER NEGRA NA MÍDIA
Dinara Lidiane Carvalho (UERN)
Edilana Carlos da Silva (UERN)
Daiany Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: A partir da análise de uma ação publicitária da marca de cosméticos e alisantes
Cadiveu, que teve como slogan “eu preciso de Cadiveu”, que ocorreu no primeiro semestre do
ano de 2013, feita para divulgar o novo alisante da marca, o que acabou gerando uma ação de
contracultura. Observou-se como se dá à representação da mulher negra na mídia
contemporânea, a fim de investigar como as publicidades estão estereotipando os padrões de
beleza. Para a realização deste estudo é fundamental aplicar as teorias de Volli (2007), sobre
identidade, subjetividade e as categorias do corpo e do gênero para analisar questões a
respeito da raça. Pretende-se realizar uma análise semiótica sobre as imagens da mulher negra
que aparecem na mídia, utilizando o pensamento do estudioso Roland Barthes (2007) a
respeito dos significados conotativos e denotativos, e da metalinguagem para compreender
como se dá a representação da semiótica deste caso analisado dentro da sociedade. Várias
mulheres protestaram contra o procedimento preconceituoso desta marca nas redes sociais,
elas criaram para o produto um novo slogan: “eu não preciso de Cadiveu”. Dessa forma,
sabendo do poder midiático no meio social, busca-se observar o poder simbólico, a partir do
conceito de Bourdieu (1991). E para tratar da questão do cabelo afro, optou-se estudar sobre a
luz do pensamento de Bell Hooks (1991).
PALAVRAS-CHAVE: Cadiveu. Ação de contracultura. Raça. Mídia. Metalinguagem.
ISBN 978-85-7621-077-1
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REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS
TEXTUAIS NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO PIBID
- LETRAS – CFP - UFCG
Francisco Danillo Pereira Soares (UFCG)
Laurivan Nunes de Menezes (UFCG)
José Wanderley Alves de Sousa (UFCG)
RESUMO: O aluno do ensino médio está em um processo de transição e formação de
opiniões que lhe serão importantes, à leitura, compreensão, interpretação e,
consequentemente, à produção textual no ensino médio, favorecendo com que o texto precise
ser encarado como de relevância fundamental. Boa parte dos alunos que chegam ao ensino
médio, apresenta dificuldades relevantes na leitura e escrita de textos, bem como, na
compreensão dos mesmos, sobretudo quando se propõem a defender um ponto de vista com
argumentos fundamentados em um conhecimento prévio sobre determinado assunto. Essa
problemática construiu-se ao longo de muito tempo pelo fato de nossos alunos não serem
habituados à leitura e a produção de gêneros/tipos textuais diversos. Em resposta a um
trabalho de ensino-aprendizagem da leitura e produção textual, o aluno precisa ser
conscientizado que esse trabalho exige apresentação e conhecimento de uma estrutura
conveniente, bem como recursos específicos para a sua construção. O discente deve ser
preparado para conhecimentos quanto à tipologia textual, bem como ideias, habilidades com a
ortografia, organização estrutural frasal e oracional, dentre outros fatores de textualidade.
Neste sentido, o presente projeto objetiva, em linhas gerais, apresentar resultados até agora
desenvolvidos pelo Programa Institucional de Iniciação à Docência, vinculado à CAPES, de
forma mais específica pelo Subprojeto de Letras – Língua Portuguesa do Centro de Formação
de Professores da Universidade Federal de Campina Grande. Visa, sobretudo, apresentar
produtos oriundos de propostas de redimensionamento das práticas de leitura e produção de
gêneros e tipos textuais na sala de aula da Educação Básica, mais especificamente na EEEFM
Cristiano Cartaxo, da cidade de Cajazeiras (PB).
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Língua Portuguesa. Gêneros Textuais. Iniciação à
Docência.
ISBN 978-85-7621-077-1
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REFERENCIAÇÃO E A MESA VOADORA
Francisco Romário Paz Carvalho (UESPI)
RESUMO: A referenciação tem sido foco de interesse de muitos linguistas preocupados em
explicar como funcionam os processos de retomadas e remissões e, com isso, tem
acrescentado a cada estudo, novas informações sobre os referentes. O papel da referenciação
é, sobretudo, mostrar como acontece a construção e (re)construção dos referentes nos
discursos. Nessa perspectiva, este estudo tem por objetivo i) analisar os processos
referenciais presentes na crônica A mesa voadora, de Luís Fernando Veríssimo; ii) discutir
sobre as características do gênero crônica; iii) explicar a construção e (re)construção dos
referentes, além de compreender o papel dos processos referenciais na elaboração da ironia e
do humor, típicos do autor. A fundamentação teórica pauta-se no processo de referenciação,
considerando este como uma atividade discursiva em que a realidade é
construída/(re)construída pela maneira como o sujeito interage sociocognitivamente com o
mundo. A análise do corpus baseia-se nos estudos desenvolvidos por Apothéloz (1995),
Cavalcante (2003, 2011, 2013), Koch (2002, 2006), Lima (2003, 2009), Mondada e Dubois
(2003). Os resultados das análises demonstram a importância do uso desses processos
referenciais e de conhecimentos lingüísticos em geral para a construção do sentido do texto,
assim como na construção dos referentes, apresentando as várias maneiras de se referir aos
objetos de discurso dentro do texto. PALAVRAS-CHAVE: Gênero crônica. Linguística Textual. Referenciação.
ISBN 978-85-7621-077-1
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RUBEM BRAGA NA SALA DE AULA: A INTIMIDADE DA CRÔNICA COM O
LEITOR
Ednilda Pereira de Oliveira (UERN)
Maria Daiane Peixoto (UERN)
Reginaldo Fernandes da Costa (UERN)
Maria de Fátima de Carvalho Dantas (Orientadora - UERN)
RESUMO: Pensando no desenvolvimento da leitura e da escrita, de modo mais condizente
com o PCN+ de Língua Portuguesa, bem como de posse das teorias linguísticas que discutem
acerca de o processo de ensino/aprendizagem de leitura e de escrita, é que na condição de
bolsistas do PIBID Letras/Português elaboramos um projeto acerca de o gênero textual
crônica, tendo em vista a sua originalidade, o seu trato literário e as diversidades de temáticas
que este gênero possibilita trabalhar. Face ao exposto, objetivamos discutir o caráter
sociocultural das crônicas de Rubem Braga (1913/1990) para construção crítico-reflexiva do
leitor, com maior ênfase nas crônicas: jornalística e humorística. Esse trabalho será
desenvolvido na Escola Estadual Profa. “Maria Edilma de Freitas” (escola campo programa
PIBID) em três turmas de 1º ano do Ensino Médio Ensino Regular e EJA. Autores como Eco
(2003), Filipouski (2009), dentre outros, serviram de base teórica para que a elaboração deste
projeto. Sendo um gênero popular, comum às páginas dos jornais, veiculado entre as salas de
estar, os acentos de rodoviária e os escritórios, as crônicas trocam a erudição e a gravidade
literária pela cristalina clareza e despretensão do cotidiano. Dessa forma, o aluno pode
interagir por meio das crônicas refletindo sobre as diversas realidades socioculturais. O
projeto em execução ressalta as discussões em sala de aula destacando os aspectos estruturais
do gênero, sua funcionalidade no meio social em que circula, bem como, as contribuições do
cronista Rubem Braga para a expansão e popularização da crônica. Espera-se que os alunos
sejam capazes de reconhecer nos exemplares deste gênero os aspectos acima citados, bem
como, que sejam capazes de produzir e interpretar crônicas com proficiência.
PALAVRAS-CHAVES: PIBID. Projeto. Gênero Crônica. Rubem Braga.
ISBN 978-85-7621-077-1
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SINÔNIMOS EM SALA DE AULA: O ENSINO TRADICIONAL E NOVAS
PERSPECTIVAS
Antonia Jackcioneide Oliveira da Silva (UERN)
Fernanda Hingryd da Silva (PIBID - UERN)
Alectsandra Caetano de Sousa (PIBID - UERN)
Paula Regina da Silva (SEEC)
RESUMO: Ao tratar sobre sinônimos, na maioria das vezes, os livros didáticos de Língua
Portuguesa (LDLP) são fundamentados numa abordagem tradicionalista, tendo a gramática
normativa como verdade absoluta e único caminho para o conhecimento linguístico. Fazendo
um recorte do que foi estudado e analisado na disciplina de Semântica, no Curso de
Letras/Português (UERN/Mossoró), o presente trabalho tem como objetivo apresentar novas
perspectivas no tocante ao ensino dos sinônimos. Para tanto, essa proposta apresenta o
tratamento dado ao ensino sobre sinonímia em livros didáticos como: Português, Contexto,
Interlocutório E Sentido de Abaurre et al. (2008) e em gramáticas normativas como:
Novíssima Gramática de Língua Portuguesa de Cegalla (2005) ao mesmo tempo. A partir
disso, fizemos uma comparação com o postulado de perspectiva mais atual, no caso,
utilizamos o Manual de semântica de Cançado (2008). Com essa pesquisa, podemos perceber
diversos sentidos semânticos que um sinônimo pode exercer em um enunciado, além do
conceito tradicional trazido nos livros didáticos e nas gramáticas normativas que em síntese
reza que os sinônimos são palavras de sentido igual ou aproximado. Cremos que enquanto
transformadores do conhecimento e embasados nas novas perspectivas temos que
conscientizar nossos alunos de que não há sinonímia perfeita, uma correlação exata entre ao
sentido das palavras, mas sim, uma proximidade entre sentidos. Portanto, a estrutura sintática
das palavras em uma sentença não é suficiente para atribuir o real sentido dos enunciados,
para isso devemos considerar o sentido através do sistema, do sujeito e do processo histórico.
PALAVRAS-CHAVE: Sinônimos. Gramática normativa. Livro didático. Semântica.
ISBN 978-85-7621-077-1
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TEACHING READING: O ENSINO DE LEITURA NAS AULAS DE LÍNGUA
INGLÊSA
José Bezerra de Souza (UERN)
Paulo Henrique Raulino dos Santos (UERN)
Francisco Marcos de Oliveira Luz (Orientador - UERN)
RESUMO: O presente artigo tem o objetivo de analisar como se dar a prática de leitura nas
aulas de língua inglesa da educação básica, a fim de verificar se os professores da área estão
fazendo ou não o uso desse ensino. Para tanto, nos respaldamos nas ideias de Harmer (2001-
2001a) que, enquanto pesquisador, trabalha com a prática de ensino de língua inglesa nos
apresentando princípios, atividades e métodos para serem trabalhados com os alunos e assim
despertar o interesse para com a leitura, os mostrando o porquê de aprender a ler na língua
estrangeira. Trata-se de uma análise de campo, na qual foi observada a aula de língua inglesa
de duas turmas distintas do ensino médio, tomando notas para chegar ao resultado já
esperado, que os professores de língua inglesa da educação básica, apesar de usarem a prática
de leitura em suas aulas, ainda priorizam o quesito gramática, como se este fosse suficiente
para a precisão da fala, leitura e escrita dos alunos, o que acaba por desinteressá-los no estudo
de língua estrangeira. Além disso, a falta de material e a metodologia aplicada em sala de
aula também são fatores que acabam por desfavorecer o ensino de leitura, fato percebido na
dificuldade dos alunos quando esses tentam se expressar.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Ensino. Língua Inglesa.
ISBN 978-85-7621-077-1
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TECNOLOGIA E SOCIEDADE: UMA RELAÇÃO CULTURAL
Desirée Pires de Lima (UEPB)
Karla Morgânia da Silva Lins (UEPB)
Samara Monteiro da Silva (UEPB)
RESUMO: A presente construção textual busca tecer considerações embasadas no eixo
temático Informação, cultura e Práticas sociais. Este artigo tem como objetivo principal
discutir sobre as transformações nas relações sociais perante a utilização das novas
tecnologias e mídias que vem surgindo no cotidiano e interferindo na construção de saberes e
das novas formas de sociabilidade entre os indivíduos inseridos e participantes de um
determinado contexto social. Refletiremos aqui, questões a respeito da assimilação destas
transformações sociais e interação em nível nacional. Buscamos desenvolver este trabalho em
dois momentos fundamentais. No primeiro momento, apresentaremos questões teóricas acerca
do surgimento e da interferência das novas tecnologias e mídias presentes no contexto
sociológico atual, utilizando-se essencialmente do aporte teórico de Marcuschi (2005), que faz
posicionamentos sobre as novas tecnologias da comunicação e suas interferências nas
atividades acessíveis. Para o segundo momento, trataremos das consequências e/ou benefícios
que esses meios tecnológicos e midiáticos trazem ao espaço do qual o indivíduo se insere,
ressaltando também considerações relacionadas às influencias que esses meios de
comunicação social proporcionam na construção de saberes entrelaçados à cultura e as formas
de sociabilidade de cada sujeito. Essas questões serão retratadas principalmente a partir da
produção de Postman (1994), Recorder (1995) e Castells (2003) que tratam das relações sobre
tecnologia, cultura, informação e sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia e Mídia. Sociedade. Transformações.
ISBN 978-85-7621-077-1
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TRANSGRESSÃO E VERGONHA EM PÚBLICO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA
REPRESENTAÇÃO DO CORPO MASCULINO NO COMERCIAL TELEVISIVO DO
REXONA MEN
Caio César Silva Cavalcante (UERN)
Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Orientadora – UERN)
RESUMO: Ao longo da História, o corpo tem sido objeto das mais variadas apropriações e
investimentos. Durante o século XX, foi marcado por grandes transformações e ineditismos,
especialmente no que diz respeito à sua sexualidade e à gradativa erosão do pudor.
Atualmente, encontra sua maior forma de expressão na mídia e publicidade, que veiculam
estéticas corporais de diferentes formatos, tamanhos e estaturas e são atravessadas por
inúmeros enunciados e significados que legitimam o corpo forte e saudável. Este trabalho
objetiva analisar movimentos da memória discursiva na representação do corpo masculino no
comercial televisivo do Rexona Men. Como objetivos específicos, busca-se, através de
revisão bibliográfica, descrever as representações do corpo masculino no século XX, e
analisar, de maneira ampla, como a mídia representa o corpo masculino na
contemporaneidade. Na etapa seguinte, explica-se o funcionamento da memória verbal e
imagética no comercial televisivo do Rexona Men. Faz-se pertinente a utilização da Análise
do Discurso de origem francesa, método de pesquisa cuja finalidade é analisar os efeitos de
sentido produzidos por um texto, seja ele verbal ou imagético. Ao esmiuçar-se as cenas,
imagens e texto verbal do comercial analisado, identificando-se as marcas dos discursos sobre
o corpo masculino produzidos no século XX e na mídia, observa-se a presença do corpo não-
padrão, ausente de músculos, que recebe uma abordagem cômica e satírica e é apresentando
como um modelo de transgressão a ser evitado.
PALAVRAS-CHAVE: Corpo. Século XX. Mídia. Rexona Men. Discurso.
ISBN 978-85-7621-077-1
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UM OLHAR SOBRE OS ARGUMENTOS
Janaíne Januário da Silva (UFAL)
Jéssica Santos Cavalcante (UFAL)
Maria Camila Moraes da Silva (UFAL)
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo levantar uma discussão sobre o papel dos
argumentos e o que isso implica em torno de uma idéia má utilizada. Vivemos num mundo
cuja palavra tem grande importância e poder na vida e decisões de todos, já que em boa parte
do nosso dia a dia é a palavra que domina as situações corriqueiras, assim, algumas pessoas
considerando seu poder, passaram a utilizá-la de várias maneiras. Tendo os argumentos como
objeto de estudo, entendemos ser possível utilizar os pressupostos teóricos da Análise de
Discurso, de linha francesa, segundo a concepção de Michel Pêcheux, enveredando-se pelas
trilhas do discurso. Compreendemos que analisar um discurso vai muito além da palavra
falada, dos gestosexpressos e dos sentimentos expostos. Este trabalho tenta (des)vendar o que
está por trás do discurso. O corpus de nosso estudo está concentrado no filme Obrigado por
Fumar, do diretor Jason Reitman (2005), o filme em questão traz a história de um lobista que
usa todas as palavras a seu favor, ainda que ciente de que nem todas essas palavras são
verdadeiras. Ele retrata bem a finalidade de discutir o papel e a importância dos argumentos
na vida cotidiana das pessoas, desenvolvendo uma visão ampla e crítica do que está sendo
falado, já que muitas vezes o principal fator argumentativo encontrado é o de convencer que
algo é bom ou correto, mesmo que não seja. E, por tratar-se de uma pesquisa que pretende
enveredar-se pelos caminhos de possíveis estudos de outros teóricos, fazemos, ainda, uma
interlocução com os conceitos de argumentação trabalhados por NAVEGA (2005).
PALAVRAS-CHAVE: Argumentação. Convencimento. Discursos.
ISBN 978-85-7621-077-1
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UMA LEITURA DISCURSIVA DAS RELAÇÕES DE PODER/SABER NOS
ARTIGOS DO JORNAL THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO
DOCENTE
Antônio Genário Pinheiro dos Santos (UFRN)
Bárbara Deysy dos Santos (UFRN)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo das relações
de poder-saber nos artigos do jornal The New York Times, considerando essas materialidades
como importantes ferramentas para a formação do professor de Língua Estrangeira – LE
(Inglês), especialmente quando do trabalho com a leitura discursiva e a produção de sentido
no contexto da escola pública. Volta-se, portanto, para o poder da mídia na vida dos
indivíduos atentando para o estabelecimento das relações de poder-saber no cenário do ensino
de língua inglesa trazendo á tona as implicações para a formação docente e a postura discente.
Inicialmente, nos voltamos para a teoria da Análise do Discurso de tradição francesa, na
interface com as questões relacionadas ao ensino de LE, no sentido de conhecer as principais
categorias a serem aplicadas quando da análise dos artigos (artigos da coluna Education),
dentre elas: prática discursiva, efeito de sentido, vontade de verdade, poder, saber, sujeito,
subjetividade, identidade, ensino, formação docente, mídia. Assim, temos como base teórica
os estudos de Gregolin (2003), Fernandes (2005), Bertold (2009), Foucault (2007), Pêcheux
(2008). Ao analisarmos a produção e circulação dos gêneros discursivos que são encontrados
no mundo jornalístico, e como são empregados no ensino de Língua Inglesa nas escolas
públicas, realizamos uma leitura discursiva e, por conseguinte, oferecemos uma discursão
sobre o funcionamento do poder e saber que marcam as relações sociais e as direcionam para
o plano das vontades de verdade no contexto da sala de aula de Inglês. Nossas conclusões
apontam para o discurso como prática que atribui, ao sentido, uma qualidade de efeito e, ao
sujeito, de posição. E tudo isso empreende ao processo de formação docente um espaço de
conflitos que acenam para as identidades e para constituição de sujeitos. Sobre o crivo do
trabalho político e de inscrição cultural desenvolvido pelo o professor de inglês no âmbito do
ensino de LE.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Sentido. Formação Docente.
ISBN 978-85-7621-077-1
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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: ESCOLA E SOCIEDADE
Carla Monara de Paiva Silva (UERN)
Débora katiene Praxedes Costa (UERN)
Francisca Renata de Oliveira (UERN)
RESUMO: Percebemos, atualmente, uma grande discussão em torno do ensino de língua
materna, principalmente no que se diz respeito a diversidade linguística existentes no âmbito
escolar. Na verdade, há uma preocupação em fazer com que a variedade linguística presente
na sala de aula, não ultrapasse a barreira do preconceito. Nesse contexto, o presente trabalho
tem como objetivo analisar de maneira sucinta a variedade linguística existente na língua
portuguesa e como isso vem sendo trabalhado na sala de aula, no nível Fundamental II. Para
isso, fundamentamos nosso estudo à luz de autores como Bagno (2007), Bortoni-Ricardo
(2004), além dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´S (1998). Nesse contexto,
observamos a variação dos alunos oriundos do campo, que trazem consigo uma linguagem,
muitas vezes, estereotipada por aqueles que são defensores “do bem falar”. A partir daí,
evidenciamos que é fácil afirmar que um falante comete “erros”, difícil é aceitar que, em um
dado momento, a escola deixou de ser específica a alunos das classes dominantes, e que o
ensino se popularizou dando assim oportunidade a discentes oriundos de todas as camadas
sociais. Em suma, é preciso, então, que o professor saiba trabalhar os conteúdos dentro desse
contexto da variação linguística. Assim, diante dessa nova modalidade de ensino, o docente
deve compreender o quadro social de seus alunos, e assim, trabalhar uma metodologia
adequada ás características desse público, de forma que esses discentes não se sintam
excluídos do processo de aprendizagem da língua portuguesa.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua Materna. Variedade Linguística.
ISBN 978-85-7621-077-1
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MODALIDADE PÔSTER
VERTENTES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO
SERIDÓ
Ray Max de Medeiros Batista (UFRN)
RESUMO: O presente trabalho enfatiza o Atendimento Educacional Especializado em
escolas públicas do Seridó, analisando/explorando atributos gerados por tal metodologia
ensino, como a oportunidade de escolarização para os alunos com vários tipos de deficiências
(surdos, cegos e deficientes mentais), preparando-os para a vida, sempre salientando a efetiva
participação nas relações sociais, uma vez que, segundo Coll et al (2004. P. 208) ‘’ pode-se
considerar como bem consolidada a convicção da educabilidade de todo ser humano, não
importa qual ou quais sejam suas deficiências’’, dessa forma, todos os seres humanos tem o
direito a educação e podem ser educados, seguindo a mesma linha de raciocínio. Afirmamos
que é possível educar pessoas com deficiências, basta levar em consideração os melhores
métodos / artimanhas para desenvolver as atividades. O referido projeto foi desenvolvido em
escolas da rede pública do Seridó, sendo elas: a Escola Estadual ‘’Tristão de Barros’’ da
cidade de Currais Novos e o Centro Educacional ‘’Felinto Elísio’’ situado em Jardim do
Seridó. As instituições de ensino possuem excelentes profissionais que trabalham as
potencialidades de cada aluno, todavia, também estão voltados para as suas dificuldades. Para
análise, voltamos nossas observações para a rotina dos alunos que frequentam as instituições,
onde acompanhamos ao longo de semanas os procedimentos desenvolvidos pelos alunos e
mestres, o desenrolar das atividades e tarefas, a aceitação da metodologia e a gama de
recursos utilizados salientando as atividades desenvolvidas e o empenho/satisfação por ambas
as partes, enfatizando o aprendizado e a inserção social. Os resultados mostram o brilhante
trabalho das escolas envolvidas, inserindo os alunos com deficiência no meio social comum a
todos.
PALAVRAS CHAVE: Educação Especial. Escolas. Seridó.
ISBN 978-85-7621-077-1
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