anais iii conlid

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Ana Maria de Carvalho Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares (organização) PRÁTICAS DISCURSIVAS, LINGUAGENS E ENSINO Anais do III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso Mossoró-RN, 04 a 06 de dezembro de 2013 CADERNO DE RESUMOS

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Page 1: Anais III Conlid

Ana Maria de Carvalho Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares

(organização)

PRÁTICAS DISCURSIVAS, LINGUAGENS E ENSINO

Anais do III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso

Mossoró-RN, 04 a 06 de dezembro de 2013

CADERNO DE RESUMOS

Page 2: Anais III Conlid

Ana Maria de Carvalho Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares

(organização)

PRÁTICAS DISCURSIVAS, LINGUAGENS E ENSINO

Anais do III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso

Mossoró-RN, 04 a 06 de dezembro de 2013

CADERNO DE RESUMOS

Page 3: Anais III Conlid

Práticas discursivas, Linguagens e Ensino: II Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso

Francisco Paulo da Silva (Coordenador Geral)

Ana Maria de Carvalho; Lúcia Helena de Medeiros da Cunha Tavares (Organizadoras dos Aanais)

Capa, projeto gráfico, editoração eletrônica e diagramação

Geilson Fernandes de Oliveira

Comissão Científica

Alexandre Bezerra Alves (UERN); Aluísio Barros de Oliveira (UERN); Ana Maria de Carvalho (UERN); Cláudia Rejane

Pinheiro Grangeiro (URCA); Emílio Soares Ribeiro (UERN); Francisca de Fátima Araújo Oliveira (UERN); Francisca

Otília Neta (UERN); Francisca Vilani de Souza (UERN); Gilberto de Oliveira Silva (UERN); Gilson Chicon Alves

(UERN); Gilton Sampaio de Souza (UERN); Isadora Valencise Gregolin (UFSCAR); Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho

(UERN); Ivone Tavares Lucena (UFPB); José Gevildo Viana (UERN); José Roberto Alves Barbosa (UERN); Keyla

Maria Frota Lemos (UERN); Lucas Vinício de Carvalho Maciel (UERN); Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares

(UERN); Maíra Fernandes Martins Nunes (UFCG); Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (UERN); Maria do Socorro

da Silva Batista (UERN); Maria Regina Barakuhy Leite (UFPB); Moisés Batista da Silva (UERN); Monica da Silva Cruz

(UFMA); Nilton Milanez (UESB); Dr. Raimundo Leontino Leite Gondim Filho (UERN); Silvia Maria Costa Barbosa

(UERN); Stélio Torquato Lima (UFC)

Revisão

Os textos aqui apresentados foram os selecionados pela comissão científica que compõe esta publicação e integraram o

III CONLID. Cada autor foi responsável pela revisão de seu próprio texto e por ele responde por quaisquer questões e/ou

atos que venham a ser levantados.

Edição – 2013

ISBN 978-85-7621-077-1

Reitor

Pedro Fernandes Ribeiro Neto

Vice-Reitor

Aldo Gondim Fernandes

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

João Maria Soares

Editora Chefe

Marcília Luzia Gomes da Costa

Conselho Editorial

João Maria Soares; Eduardo José Guerra Seabra; Humberto Jefferson de Medeiros; Sérgio Alexandre de Morais

Braga Júnior; Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares; Bergson da Cunha Rodrigues

Page 4: Anais III Conlid

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 29

GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

A TRANSCRIAÇÃO DA IMAGEM DO ESPELHO NO FILME WILLIAM WILSON 30 Evaldo Gondim dos Santos; Maria da Luz Duarte Leite Silva

ANÁLISE MULTIMODAL DE UM FOLDER DO BANCO DO BRASIL 31

Antônio Felipe Aragão dos Santos

AS PRINCESAS CONTINUAM AS MESMAS? AS TRANSFORMAÇÕES DAS

PRINCESAS DISNEY NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO

32

Edja Lemos Fernandes; Daiany Ferreira Dantas

CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO DISCURSO E FORMAÇÕES DISCURSIVAS: UMA

ANÁLISE DA PROPAGANDA “O BOTICÁRIO” DIA DOS NAMORADOS

33

Leila Emídia Carvalho Fontes Cardoso; Marlon Ferreira de Aquino

O FILME CASTLE FREAK ENQUANTO UMA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO

CONTO O INTRUSO, DE H. P. LOVECRAFT

34

Emílio Soares Ribeiro; Jorge Witt de Mendonça Júnior

O GÓTICO EM THE SANDMAN 35

Paulo José Cavalcanti Holanda; Emílio Soares Ribeiro

O GROTESCO FEMININO NAS TIRINHAS DA QUADRINISTA CHIQUINHA 36

Marilia Gabriela Nascimento França; Daiany Ferreira Dantas

GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

A ADAPTAÇÃO DE MENINA DE OURO PARA O CINEMA 37

Francisca Jucélia da Silva

A INTERLOCUÇÃO DE TRISTRAM SHANDY COM A LITERATURA BRASILEIRA: O

CASO BRÁS CUBAS

38

Maria Valeska Rocha da Silva

AMOR, PECADOS E MORTES: A RELAÇÃO ENTRE ESSES ELEMENTOS NA OBRA

LA CELESTINA

39

Erivaneide Pereira da Silva; José Rodrigues de Mesquita Neto

BREAK ON THROUGH: A DUALIDADE E ALUSÕES À BÍBLIA DE JIM MORRISON E

WILLIAM BLAKE

40

Gilvan Lima Silva

O CONTEXTO HISTÓRICO E OS CONFLITOS RETRATADOS ATRAVÉS DO

REALISMO MÁGICO NA OBRA: PEDRO PÁRAMO DE RUAN RULFO

41

Maria Dayane de Oliveira; Maria Jackeline Rocha Bessa; Marta Jussara Frutuoso da Silva

Page 5: Anais III Conlid

O PRAZER DE LER: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE LEITORES

LITERÁRIOS DE ALUNOS DE ESPANHOL

42

Jozadaque Pereira da Cunha; Maria Michele Colaço Pinheiro

O TEATRO DO ABSURDO ONTEM E HOJE 43

Isabela Feitosa Lima Garcia; Nathalia Bezerra da Silva Ferreira; Francisco Carlos Carvalho da

Silva

O TEXTO LITERÁRIO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O APRENDIZADO

DE LÍNGUA ESPANHOLA

44

Maria Michele Colaço Pinheiro; Jozadaque Pereira da Cunha

OS CRIMES COMETIDOS POR AMARO VIEIRA EM O CRIME DO PADRE AMARO –

EÇA DE QUEIRÓS

45

Emanuele Camila Gomes Ferreira; Fernanda Aparecida Alves da Costa

OS REFLEXOS POLÍTICOS NA OBRA CANTO GERAL DE PABLO NERUDA 46

Francisca Aldilene Alves; Marta Jussara Frutuoso da Silva

SOR JUANA E GREGÓRIO DE MATOS: CONFLUÊNCIAS TEMÁTICO-BARROCAS 47

Leila Maria de Araújo Tabosa; Ciro Soares dos Santos

SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ: EXPRESSÃO DE AMOR E DE DEVOÇÃO AO

CONHECIMENTO

48

Andresa Soares Carvalho; Ciro Soares dos Santos

GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

A AUTORIDADE QUE TRANSITOU: UM ESTUDO SOBRE OS DISCURSOS DE

SUJEITO-PROFESSOR E SUJEITO-ALUNO A PARTIR DAS RELAÇÕES DE PODER

EM SALA DE AULA

49

Carolina Coeli Rodrigues Batista

A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DO IDEB E SEUS EFEITOS NA CONSTITUIÇÃO DA

IDENTIDADE DA ESCOLA E DO PROFESSOR

50

Elaine da Silva Reis

A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA 51

Dalva Pereira Barreto de Araújo; Mayane Santos Amorim

A IMAGEM DOS ALUNOS SOBRE A PRODUÇÃO DE TEXTOS: OLHARES DO

PROFESSOR E DOS ALUNOS-BOLSISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

52

Manoel Guilherme de Freitas; Antônia Cláudia de Lucena; Eliane Fabiana Peixoto de Queiroz; José

Adalberto Silva Pereira

A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA QUALIDADE DE ENSINO E NO PROCESSO DE

DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA

53

Geniclébia de Oliveira Augusto; Jonas Leonardo Mesquita de Amorim; Francisca Otília Neta;

Orientadora: Arilene Maria Soares de Medeiros

ANÁLISE DAS EMENTAS DE LITERATURA NA GRADUAÇÃO: VOZES DA RELAÇÃO

LITERATURA E ENSINO USP E UERN

54

Afrânio Gurgel de Lucena; Maria Edileuza da Costa

Page 6: Anais III Conlid

ARTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POSSIBILIDADES DE

DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA

55

Maria do Socorro da Silva Batista; Roberlilson Paulino da Silva

AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, LINGUAGEM... NOS DISCURSOS DE ALUNOS

CONCLUDENTES EM LETRAS

56

José Marcos de França

AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

57

Claudia Janaina Galdino Farias

AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: UMA REALIDADE A SER

ANALISADA A PARTIR DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

58

Maria Clivoneide de Freitas Freire; Maria de Fátima de Carvalho Dantas; Maria Bonfim Gonçalves

BLOG: UMA FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO INOVADOR 59

Maria Francilene Câmara Santiago

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: O TEXTO PUBLICITÁRIO NO PROCESSO

EDUCOMUNICATIVO

60

Anadelly Fernandes Pereira Alves

CONSTRUÇÃO DO GÊNERO PROJETO DE PESQUISA EM TURMAS DE

GRADUAÇÃO EM LETRAS

61

Joseane Campêlo da Silva; Profa. Orientadora Drª. Ana Maria de O. Paz

ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL 62

Iranilson Pereira de Melo

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO NO

PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR

63

Raniere Marques de Melo

FORMAÇÃO DOCENTE, INICIAL E CONTINUADA: O QUE PENSAM PROFESSORAS

COM FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA SOBRE ESSAS QUESTÕES?

64

Claudia Janaina Galdino Farias

GLOBALIZAÇÃO, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO: O DISCURSO MERCANTILISTA DAS

INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO EM NATAL/RN SOB A PERSPECTIVA DA

ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO

65

João Batista da Costa Júnior

LEITURA X CONDIÇÂO HUMANA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA 66

Altaíza Rosângela da Silva Pereira; Maria Lúcia dos Santos

LETRAMENTO DIGITAL: UM OLHAR SOBRE O DOCENTE NO USO DAS

TECNOLOGIAS E DAS MÍDIAS NA CONTEMPORANEIDADE

67

Raimunda Valquíria de Carvalho Santos; Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria de Oliveira Paz

LITERATURA INFANTIL: CONSTRUINDO SIGNIFICADOS E DESPERTANDO O

IMAGINÁRIO

68

Page 7: Anais III Conlid

Maria Carmem Silva Batista

O DISCURSO RELIGIOSO: DA INTERDISCURSIVIDADE AOS EFEITOS DE SENTIDO 69

Manoel Guilherme de Freitas; Josefa Christiane Mendes Martins

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES:

VISÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA CAMPOS CENTRAL/UERN

70

Antonia Maíra Emelly Cabral da Silva Vieira

O PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE E O PROCESSO DE ENSINO

APRENDIZAGEM DO ALUNO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO IDEB

71

Maria da Luz Duarte Leite Silva; Maria Macivânia da Costa

O TRABALHO COM A IMAGEM EM CONTEXTO ESCOLAR: REPRESENTAÇÕES DE

UMA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA

72

Ana Cláudia Soares Pinto

POR QUE (NÃO) ENSINAR LITERATURA POTIGUAR NA ESCOLA? 73

André Magri Ribeiro de Melo; Jaiza Lopes Dutra Serafim; Kuesia de Farias Freitas Mendes; Lílian

de Oliveira Rodrigues

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM 74

Charles Carlos da Silva; Diego Dias de Queiroz; Maria da Paz de Aquino Amorim

“QUE SAUDADES DA PROFESSORINHA...”: VOZES DA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA DE

SÃO JOSÉ DA LAGOA TAPADA – PB

75

Rozilene Lopes de Sousa

TEXTO LITERÁRIO E ENSINO: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO PROPOSTA DE

ENSINO PARA OS CONTOS MACHADIANOS

76

Elizabeth Nascimento de Lima; Iranildo Mota da Silva

GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,

EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA

A ESCOLA ESPECIALIZADA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO MUSICAL PLURAL:

UM PANORAMA GERAL PARA UM ESTUDO SINGULAR NA EMUFRN

77

Ana Claudia Silva Morais; Carolina Chaves Gomes

DIVISÕES RÍTMICAS EM GRÁFICOS ESPAÇO-TEMPORAIS 78

Antônio Carlos Batista de Souza

ENSINO E APRENDIZAGEM DE MÚSICA: CORAL INFANTO JUVENIL SEMENTINHA

(NATAL/RN)

79

Priscila Gomes de Souza

FORMAÇÃO MUSICAL ESPECIALIZADA E PROPOSTA CURRICULAR: REFLEXÕES

E DESAFIOS NA CONTEMPORANEIDADE

80

Isac Rufino de Araújo

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA ESPECIALIZADA NA EMUFRN 81

Ana Claudia Silva Morais; Carolina Chaves Gomes

Page 8: Anais III Conlid

GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

A APRENDIZAGEM DOS PRETÉRITOS PERFECTO SIMPLE E PERFECTO

COMPUESTO POR MEIO DE NOTICIAS DE JORNAL ONLINE, EL EXCÉLSIOR

82

André Silva Oliveira; Germana da Cruz Pereira

A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE NO ENSINO DO ESPANHOL COMO

LÍNGUA ESTRANGEIRA

83

Marta Regina de Oliveira

A LITERATURA E SUAS POSSIBILIDADES: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ENSINO DE

ESPANHOL

84

Bruno Rafael Costa Venâncio da Silva; Josilene Pinheiro-Mariz

A MÚSICA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO APRENDIZADO DE IDIOMAS 85

Rosivânia Maria da Silva

A TEXTUALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE ESPANHOL COMO REQUISITO

FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM E/LE: UMA ANÁLISE DE MATERIAL

86

Carlos Henrique da Silva

ANÁLISE DE ERROS E INTERLÍNGUA: ESTUDO DO EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES

EM TEXTOS DE ALUNOS BRASILEIROS

87

Pedro Adrião da Silva Júnior; Yordanys González Luque

ENSINO DE ESPANHOL À DISTÂNCIA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS

PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DA COMPREENSÃO E PRODUÇÃO

ORAL

88

Luanna Melo Alves; Samuel de Carvalho Lima

MÍDIAS DIGITAIS: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LE ATRAVÉS DAS REDES

SOCIAIS

89

Rosivânia Maria da Silva

PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS BRASILEIROS E ANÁLISE DE ERROS: USOS

EQUIVOCADOS DOS ARTIGOS

90

Pedro Adrião da Silva Júnior; Yordanys González Luque

GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-

LÍRICO

A CONDIÇÃO HISTÓRICA DE PRODUÇÃO E AUTORAL DAS OBRAS CANÔNICAS

OS MISERÁVEIS E O CONDE DE MONTE CRISTO

91

Bárbara Raquel Abreu F. Lima

A FORTALEZA DE ÂNGELA GUTIÉRREZ: UMA LEITURA DE O MUNDO DE FLORA 92

Maria Valdenia da Silva

A POESIA CONTEMPORÂNEA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SUA ABORDAGEM EM

SALA DE AULA

93

Keyla Freires da Silva; Roberto Bezerra de Menezes

Page 9: Anais III Conlid

CONFLITOS DE UM AMANUENSE: EU QUE NARRO, QUEM SOU? 94

Keynesiana Macêdo Souza; Rosanne Bezerra de Araújo

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE CAETÉS, DE GRACILIANO RAMOS 95

Marcel Lúcio Matias Ribeiro

DA ESTÉTICA DA TEATRALIDADE: APRESENTANDO O DIÁRIO ÍNTIMO DE

FLORBELA ESPANCA

96

Abraão Vitoriano de Sousa

DA TRADIÇÃO À MODERNIDADE: ANÁLISE DA POSTURA DO NARRADOR EM AI

JESUS! E O IDIOTA

97

Maria Betânia Peixoto Monteiro da Rocha

ENTRE O FÍSICO E O SIMBÓLICO: REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA O

FEMININO EM MARINA COLASANTI

98

Nathalia Bezerra da Silva Ferreira; Isabela Feitosa Lima Garcia

FITA-VERDE NO CABELO EM DIÁLOGO COM OS CONTOS MARAVILHOSOS E AS

CIRCUNSTÂNCIAS SÓCIOCULTURAIS DA ATUALIDADE

99

Jaquelânia Aristides Pereira

HAROLDO DE CAMPOS E GREGÓRIO DE MATOS, LEITORES DO ECLESIASTES OU

O NEOBARROCO LÊ O BARROCO

100

Ciro Soares dos Santos; Leila Maria de Araújo Tabosa

IRONIA, DÚVIDA E MORTE NOS FRAGMENTOS DO POETA JOÃO LINS CALDAS 101

Cássia de Fátima Matos dos Santos

LITERATURA CONTEMPORÂNEA X CONDIÇÃO HUMANA 102

Ivanete Dias Queiroz Costa; Maria Lúcia dos Santos

MÁSCARAS DA MORTE NO CONTO “A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA”,

DE GUIMARÃES ROSA

103

Antonia Marly Moura da Silva; Rosaly Ferreira da Costa Santos

MODOS DE FIGURAÇÃO NO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO – SOBRE A

PERSONAGEM EM CLARABOIA

104

Pedro Fernandes de Oliveira Neto

O ARADO COMO METÁFORA DO AMOR 105

Janaina Silva Alves

O NARRADOR SILENCIADO: VOZES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA EM PEPETELA 106

Marília Maia Saraiva

PERFUMES E SÍMBOLOS: A REVELAÇÃO DOS PERFUMES, DE GILKA MACHADO, E

O SIMBOLISMO FRANCÊS

107

Maria Graciele de Lima

TEATRO DE ILUSÕES: A SUTILEZA DO NARRADOR 108

Nayara Martina Freire

Page 10: Anais III Conlid

GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

AS REDES SOCIAIS E A VEICULAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MUNDO 109

Almirene Maria Vital da Silva Sant’anna; Maria Rosane Passos dos Santos

ASPECTOS INTERDISCURSIVOS PRESENTES NAS PROPAGANDAS DA DULOREN 110

Edilene Leite Alves; Maria da Luz Duarte Leite Silva; Maria Macivania da Costa

ATAQUE COM ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA: O DISCURSO DA GUERRA E AS

ESTRATÉGIAS DE AFRONTAMENTO NO JORNALISMO

111

Allan Erick Sales Fernandes

DESAFIO DOS GÊNEROS DIGITAIS NO MEIO EDUCACIONAL 112

Joana D’arc Moreira de Souza; Elizabeth Maia Cardoso

DISCURSO, SUJEITO, MÍDIA E INTERDIÇÃO: A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE

FEMININA NAS PROPAGANDAS DE CERVEJAS

113

Laura Barreto

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O JORNALISMO COMO

PONTE ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE; A MÍDIA E OS DESAFIOS DA

TRANSDISCIPLINARIDADE

114

Bárbara Raquel Abreu F. Lima

DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA

ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA

115

Francisco Vieira da Silva; Regina Baracuhy

EMBATE MIDIÁTICO, LUTAS E CONQUISTAS:

A REVOLTA DO BUSÃO E AS JORNADAS DE JUNHO EM NATAL/RN

116

Modesto Cornélio Batista Neto; Weslley Mayron Cunha Pacheco

GÊNERO CRÔNICA NO JORNAL IMPRESSO ‘DE FATO’: ESPAÇO E

CONSIDERAÇÕES

117

José de Paiva Rebouças; Márcia de Oliveira Pinto

IDEOLOGIA DO COTIDIANO E IDEOLOGIA OFICIAL NO PROCESSO DE

AGENDAMENTO DO DISCURSO DA IMPRENSA SOBRE A RESISTÊNCIA DE

MOSSORÓ AO BANDO DE LAMPIÃO

118

Cid Augusto da Escóssia Rosado

INFÂNCIA NA SOCIEDADE DO CONSUMO 119

Maria Soberana de Paiva; Karlla Christine Araújo Souza; Jucieude de Lucena Evangelista; Márcia

de Oliveira Pinto

NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO

CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI

120

Patrícia Gomes de Mello Sales; Francisco Vieira da Silva

O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO

ROSALBA CIARLINI

121

Page 11: Anais III Conlid

Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo

POR UMA DEFINIÇÃO CRÔNICA 122

Márcia de Oliveira Pinto

UMA ABORDAGEM DA TERCEIRA VERSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE

DIREITOS HUMANOS NA MÍDIA

123

Pedro Henrique da Silva Filgueira

GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA BAIANA: PROCESSOS DE IDENTIDADE ATRAVÉS

DA RELAÇÃO ENTRE DISCURSO E IDEOLOGIA

124

Reginete de Jesus Lopes Meira; Palmira Virgínia Bahia Heine

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER MODOS DE SUBJETIVAÇÃO E AS PRÁTICAS

DISCURSIVAS

125

Gesiel Prado

A MÍDIA E O DISCIPLINAMENTO DO SUJEITO: OS DISCURSOS SOBRE O CORPO

NA PÓS-MODERNIDADE

126

Reinaldo Alves Teixeira

A MULHER NAS PROPAGANDAS DA SKY 127

Rosamaria da Silva

A PALAVRA INTERTIDADA NAS CARTAS DE CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO

NAZISTA

128

Plinio Pereira Filho

A REPRESENTAÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E AS VONTADES DE

VERDADE ATRAVÉS DAS IMAGENS PROPAGADAS

129

Luciana Fernandes Nery; Carla Jeane S. Ferreira e Costa

A REPRESENTAÇÃO DISCURSIVA DA MULHER NO GÊNERO CHARGE 130

Almirene Maria Vital da Silva Sant’Anna; Maria Rosane Passos dos Santos

ANÁLISE DO DISCURSO E A PESQUISA NA ENFERMAGEM 131

Deivson Wendell da Costa Lima; Alcivan Nunes Vieira

ANÁLISE INTERDISCURSIVA LITERO-RELIGIOSA EM O LEÃO, A FEITICEIRA E O

GUARDA-ROUPA

132

Alaide Angélica de Menezes Cabral Carvalho; José Roberto Alves Barbosa

DISCURSIVIDADE: REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS NA POLÊMICA SOBRE O

LIVRO DIDÁTICO “POR UMA VIDA MELHOR”

133

Flágila Marinho da Silva Lima

DISCURSO E MÍDIA: OLHARES TRANSVERSOS SOBRE A CIDADE DE SÃO LUÍS EM

SEUS 400 ANOS

134

Juliana Matos Lavra

DISCURSO E PRODUÇÃO DE IDENTIDADE FEMININA: O TRABALHO EM 135

Page 12: Anais III Conlid

DESTAQUE NA MÍDIA

Márcia Bezerra de Morais

É DO TANQUINHO QUE ELES GOSTAM MAIS: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO GAY

NA REVISTA JÚNIOR

136

Paulo Aldemir Delfino Lopes

E FORAM FELIZES PARA SEMPRE? UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE OS

CONTOS DE FADAS NA ÓTICA DA ARTISTA CANADENSE DINA GOLDSTEIN

137

Edjane Gomes de Assis

“É PRETINHA, MAS É GENTE FINA”: ASPECTOS DA HETEROGENEIDADE

DISCURSIVA NO DISCURSO DE UMA DOCENTE NEGRA

138

Francisca Ramos-Lopes; Dayane Priscila Pereira de Souza

“EM DEFESA DO HOMOSSEXUALISMO”: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DOS

EFEITOS DE SENTIDO E DA CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS

139

Francicleide Liberato Santos; Aloísio de Medeiros Dantas

“ESCRITOR É COISA DE PROFISSIONAL”: IDENTIDADE, LETRAMENTO(S) E

LITERATURA

140

Sahmaroni Rodrigues de Olinda

FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA DISCURSIVA 141

Ivanilda Rocha dos Santos; Anderson de Carvalho Pereira

MÍDIA E PRODUÇÃO DISCURSIVA DAS IDENTIDADES DA MULHER

TRABALHADORA NA CONTEMPORANEIDADE

142

Márcia Bezerra de Morais

MODO DE SUBJETIVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NO DISCURSO DA

TATUAGEM

143

Edileide Godoi; Regina Barachuy

MODOS DE SUBJETIVAÇÃO EM CONTOS PROIBIDOS DE MARQUÊS DE SADE 144

Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento; Karoline Machado Freire Pereira

MODOS DE SUBJETIVAÇÃO FEMININA NAS RELEITURAS DE CONTOS INFANTIS

PARA O CINEMA

145

Luiza Helena Praxedes Fernandes

MULHER E SEXUALIDADE NA REVISTA NOVA: EFEITOS DE MEMÓRIA 146

Valéria Batista Costa; Aline Peixoto Bezerra

NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO DE

NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA

147

Elielder de Oliveira Lima

NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR – UMA ABORDAGEM DISCURSIVA SOBRE A

LINGUAGEM PUBLICITÁRIA

148

Heder Rangel

NOVOS SUBSTRATOS DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA SOBRE O FEMININO: A 149

Page 13: Anais III Conlid

SUBVERSÃO DA IMAGEM DA MULHER MODERNA EM MULHERES ALTERADAS,

DE MAITENA

Ana Carolina Souza da Silva Aragão

O PAPEL DA MEMÓRIA NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO DA PROPAGANDA

IMPRESSA

150

Marcia Rita dos Santos Sales

ORDEM NO DISCURSO: INTERDIÇÃO À “DEVASSA”- SEXUALIDADE COM

MODERAÇÃO

151

Cleide Regina Rodrigues

OS GRITOS DO SILÊNCIO: EM FOCO A EAD 152

Francineide Ferreira de Morais

PICHAÇÕES DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS, PRÁTICAS DISCURSIVAS E

IDENTITÁRIAS?

153

Camila Tavares dos Santos

POR QUE OS ALUNOS (NÃO) QUEREM LER: AS FORMAS DE RESISTÊNCIA NAS

AULAS DE LEITURA

154

Ângela Maria Leite Aires; Luciana Fernandes Nery

PÓS-ESTRUTURALISMO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR A LUTA SOCIAL

DE GÊNERO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM

155

Gustavo Cândido Pinheiro; Dina Maria Martins Ferreira

PRÁTICAS DISCURSIVAS E VONTADES DE VERDADE: ANÁLISE DO ESTEREÓTIPO

DO GORDO NAS REDES SOCIAIS

156

Carolina Coeli Rodrigues-Batista

REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DE EMPODERAMENTO DO SUJEITO EM

ESCOLAS PÚBLICAS DE CONCEIÇÃO DO JACUÍPE - BA

157

Adriana Reis; Carla L. C. Borges

RELAÇÕES DE PODER NO DISCURSO POÉTICO DE ANTÔNIO FRANCISCO:

DESVELANDO IDENTIDADE(S) DO NORDESTE/NORDESTINO

158

Jocenilton Cesário da Costa; José Gevildo Viana

RELATOS HISTÓRICOS EM MEMÓRIAS DO CARCERE: SUJEITO, PODER E

RESISTÊNCIA NA PERSPECTIVA DE MICHEL FOUCAULT

159

Margarete Solange Moraes

REPRESENTAÇÕES DA CIDADE DE FORTALEZA ÀS PÁGINAS DO CADERNO DE

CULTURA DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

160

Emias Oliveira da Costa; Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho

RETRATOS DE MOSSORÓ EM PRÁTICAS DISCURSIVAS: EFEITOS DE SENTIDO

SOBRE A CIDADE NO DISCURSO IMAGÉTICO

161

Jailson Alves Filgueira; Francisco Paulo da Silva

UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM FEMININA NA REVISTA HOY MUJER 162

Page 14: Anais III Conlid

Ana Maria de Carvalho; Aline Alves de Meneses

UMA ESQUIZOANÁLISE DISCURSIVA DAS TÉCNICAS DE SI DA TRAVESTILIDADE 163

Emanoel Raiff Gomes da Nóbrega Filho

GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

A CONSTITUIÇÃO DA AUTORIA EM TEXTOS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO 164

Hubeônia Morais de Alencar

A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DA ARTICULAÇÃO DOS

GÊNEROS DO DISCURSO

165

José Válter Rebouças; Mikaeli Cristina Macêdo Costa

A ORGANIZAÇÃO LINGUÍSTICA E A RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA NOS

TEXTOS PRODUZIDOS PELOS CANDIDATOS AO PSV 2010 DA UFRN

166

Elis Betânia Guedes da Costa; Maria das Graças Soares Rodrigues

A VITRINE IDEOLÓGICA DO JORNALISMO: UMA ANÁLISE DOS MECANISMOS

ENUNCIATIVOS NOS EDITORIAIS

Elizabeth Nascimento de Lima; Iranildo Mota da Silva

167

AINDA DISCUTINDO GÊNEROS TEXTUAIS: AFINAL, OUTDOOR, REVISTA E

JORNAL SÃO GÊNEROS OU SUPORTES?

168

Agenilda França Santos

CONJUNTOS E SISTEMAS DE GÊNEROS: UMA INTER-RELAÇÃO

TEXTUAL/DISCURSIVA NOS GÊNEROS BOLETIM DE OCORRÊNCIA ELETRÔNICO,

TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA E INQUÉRITO POLICIAL

169

Erivaldo José da Silva

EM TORNO DO CONCEITO DE GÊNEROS DO DISCURSO/TEXTUAIS: DIÁLOGOS

ENTRE O CÍRCULO DE BAKHTIN E O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO

170

Débora Maria da Silva Oliveira

FICAR E NAMORAR: FRAMES E MODELOS CULTURAIS NA PRODUÇÃO DO

GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO

171

Milton Guilherme Ramos

GÊNEROS DISCURSIVOS NARRATIVOS: COMPARANDO DOSTOIÉVSKI E

REDAÇÕES DO VESTIBULAR UNICAMP

172

Lucas Vinício de Carvalho Maciel

GÊNEROS DISCURSIVOS/GÊNEROS TEXTUAIS: CONVERGÊNCIAS E

DIVERGÊNCIAS

173

Indneide Dannyelle Maria Luzziara Araújo de Melo Medeiros; Raimunda Valquíria de Carvalho

Santos

GÊNEROS DO DISCURSO NA ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO: CONCEPÇÕES

TEÓRICAS SUBJACENTES

174

Adiniz Mendes da Silva Júnior

GÊNEROS TEXTUAIS: SUGESTÕES TEÓRICAS INICIAIS 175

Page 15: Anais III Conlid

Jaciara Limeira de Aquino; Zailton Pinheiro Guerra

INTERAÇÃO E O ENSINO: IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE

LÍNGUA PORTUGUESA

176

Manoel Guilherme de Freitas

LITERATURA INFANTIL: NORTEANDO A PRÁTICA DOCENTE NAS SÉRIES

INICIAIS

177

Francisca Mendes de Souza Santana; Maria Vanice Lacerda de Melo Barbosa

O “OUTRO” QUE SUSTENTA O “EU” DO SUJEITO PRODUTOR DE TEXTOS EM

AMBIENTE ESCOLAR

178

Maria de Fátima Pereira Melo; Maria do Socorro Maia Barbosa Fernandes

O GÊNERO CARTA-CRÔNICA NO JORNALISMO POTIGUAR: UM RESGATE DA

HISTÓRIA CULTURAL DO HOMEM SERTANEJO

179

Lucimar Bezerra Dantas da Silva

O GÊNERO DISCURSIVO CHARGE NA SALA DE AULA DE LÍNGUA MATERNA:

UMA PROPOSTA BAKHTINIANA Fernanda de Moura Ferreira; Maria da Penha Casado Alves

180

ORQUESTRANDO VOZES OUTRAS: RELAÇÕES DIALÓGICAS NA CONSTRUÇÃO

DE SENTIDOS EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO

181

Antonio Flávio Ferreira de Oliveira; Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento

REFERENCIAÇÃO NO TEXTO DESCRITIVO: ANÁLISE DE GÊNEROS DE

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (REVISTA CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS)

182

Ananias Agostinho da Silva

REGISTRANDO MEMÓRIAS DO GRUPO ESCOLAR DUQUE DE CAXIAS- MACAU/RN:

UM FOMENTO À LEITURA E À ESCRITA

183

Priscila do Vale Silva Medeiros; Lílian de Oliveira Rodrigues

REVISÃO E REFACÇÃO TEXTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL 184

Jailma Rodrigues Felipe da Costa; Risoleide Rosa Freire de Oliveira

SOB UM NOVO OLHAR: MARCAS DE DIALOGISMO EM ARTIGO DE OPINIÃO DA

OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA (OLP)

185

Francisca Lúcia Barreto de Lima Soares; Marília Costa de Souza

UM ESTUDO SOBRE O GÊNERO DISCURSIVO REGIMENTO ESCOLAR 186

Raimunda Valquíria de Carvalho Santos; Ana Maria de Oliveira Paz

GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

A COMPETÊNCIA LEITORA E AS CONCEPÇÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA

REDE PÚBLICA

187

Gibson Nascimento de Azevedo; Janaína Weissheimer

A METÁFORA DA VIOLÊNCIA NA SALA DE AULA 188

Abdoral Inácio da Silva

Page 16: Anais III Conlid

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: PRÁTICAS E EVENTOS 189

Altaíza Rosângela da Silva Pereira; Ana Mara Alves de Freitas

AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

190

Claudia Janaina Galdino Farias

AS “LONGAS COLHERES”: CONSTITUINDO E (RES) SIGNIFICANDO PRÁTICAS

DOCENTES

191

Francisca Ramos-Lopes; Jamilly de Oliveira Prazeres

CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E FORMAÇÃO

CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

292

José Wanderley Alves de Sousa; Josefa Maria de Sousa

CONSIDERAÇÕES SOBRE QUESTÕES DE LEITURA NO LIVRO DIDÁTICO

“PORTUGUÊS: LINGUAGENS” DE CEREJA E MAGALHÃES

193

Jeane Vieira da Silva; Lucas Vinício de Carvalho Maciel

CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DE DISCURSO PARA UMA ABORDAGEM

DISCURSIVA DA LEITURA

194

Flágila Marinho da Silva Lima; Mayane Santos Amorim

DIÁRIO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO

MÉDIO

195

Ângela Cláudia Resende do Nascimento

ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE UMA

TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN

196

Joceilma Ferreira Dantas; Lúcia Cristina Alves; Micharlane de Oliveira Dutra; Orientador: Prof.

Me. Ananias Agostinho da Silva

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO NO

PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR

197

Raniere Marques de Melo

LEITURA E ENSINO: ABORDAGEM DOS IMPLÍCITOS LINGUÍSTICOS E

PRAGMÁTICOS

198

Maria Leuziedna Dantas

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: O GÊNERO NOTÍCIA EM SALA DE AULA 199

Abraão Vitoriano de Sousa

LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS 200

Débora Katiene Praxedes Costa; Kelli Karina Fernandes Freire

MATERIALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA REDAÇÃO DO ENEM 201

Francisca Vilani de Souza

O ENSINO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS EM DISCURSOS DE

PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS

202

Maria Eliete de Queiroz; Crígina Cibelle Pereira

Page 17: Anais III Conlid

O TRABALHO DO PROFESSOR COM OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA:

DESAFIOS E POSSIBILIDADES

203

Maíra Cordeiro dos Santos; Lília dos Anjos Afonso

O USO DE SOFTWARE LIVRE EM SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA COM O

GCOMPRIS

204

Alysson Max Olinto Torres Veríssimo; Fernanda de Moura Ferreira; Orientador: Sebastião Emídio

Alves Filho

OS USOS DO ANTES EM GÊNEROS ACADÊMICOS 205

Carla Daniele Saraiva Bertuleza; João Bosco Figueiredo-Gomes

REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO PIBID - LETRAS – CFP

– UFCG

206

Anaildes Germano Soares; José Wanderley Alves de Sousa

REFLEXÕES SOBRE O SILENCIAMENTO NAS AULAS DE LEITURA 207

Josimar Soares da Silva

RETEXTUALIZAÇÃO: UMA FERRAMENTA NO PROCESSO

ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

208

Catarina Ferreira Alves; Sheila Maria Candida dos Santos

TRABALHANDO OS GÊNEROS ORAIS EM LÍNGUA PORTUGUESA: O RPG COMO

FERRAMENTA DE ENSINO

209

Adalberto Barbosa Junior; Ana Rafaella Alves Pereira

UM ESTUDO CONCISO ACERCA DA IDEOLOGIA LINGUÍSTICA PRESENTE NA

ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS

210

Emmanuella Farias de Almeida Barros

USOS DO SER NA HISTÓRIA DO MUI NOBRE VESPARINO, IMPERADOR DE ROMA,

PORTUGUÊS MÉDIO

211

Anikele Frutuoso; João Bosco Figueiredo Gomes

GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO HOMOAFETIVO NA ORDEM DO DISCURSO

PUBLICITÁRIO

212

JJ Domingos

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA EM CANÇÕES DE LUIZ GONZAGA 213

Francisca Joilsa da Silva

A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE DE LEITORES NA REDE SOCIAL SKOOB 214

Midiã Ellen White de Aquino

A “DEFORMAÇÃO” DO OLHAR EM CLARICE LISPECTOR: UMA LEITURA DOS

CONTOS “EVOLUÇÃO DE UMA MIOPIA” E “O CRIME DO PROFESSOR DE

MATEMÁTICA”

215

Ana Cristina Lima Santos; Antonia Marly Moura Silva

Page 18: Anais III Conlid

A IDENTIDADE PESSOAL NO GÊNERO DEPOIMENTO: UM EXERCÍCIO ANALÍTICO

SOB A ORIENTAÇÃO DA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA E COMUNICACIONAL DO

DISCURSO

216

João Batista da Costa Júnior

A IMAGINAÇÃO POÉTICA DO SERTANEJO EM CATULLO DA PAIXÃO CEARENSE 217

Marcelo Silva de Andrade; Karlla Christine Araújo Souza

A INFÂNCIA MODERNA: REFLEXÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO

PERMEADA PELA PUBLICIDADE

218

Maria Soberana de Paiva; Karlla Christine Araújo Souza

A TESSITURA DO CUIDADO EM SAÚDE E A CIÊNCIA 219

Lorrainy da Cruz Solano; Ailton Siqueira de Sousa Fonseca

AQUELES DOIS SOB A ÓTICA DOS ESTUDOS CULTURAIS E DA TEORIA QUEER 220

Diego Menezes Augusto; Maria Verônica Anacleto Pontes

CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ: A INTERDISCURSIVIDADE NA POESIA DE

PATATIVA DO ASSARÉ

221

Sergio Rubens Alves Cavalcante; Wandeson Alves de Oliveira

CONCEPÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA ASSOCIADAS ÀS DIVERSAS DISCIPLINAS

CURRICULARES

222

Laura Barreto; Orientadora: Márcia Karina

DESCONSTRUINDO IDENTIDADES EM CONTOS DE AMOR RASGADOS, DE MARINA

COLASANTI: SUBJETIVAÇÕES EM CRISE NA LITERATURA DO SÉCULO XX

223

Davi Tintino Filho; Maria Eliane Souza da Silva

DISCURSIVIDADES COTIDIANAS: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO PELO DISCURSO

DA COMERCIALIZAÇÃO DO CORPO

224

Jéssica Oliveira; Maria Eliza Freitas do Nascimento

DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA

ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA

225

Francisco Vieira da Silva

ENVELHECIMENTO E CORPOREIDADE: A INSCRIÇÃO DE SENTIDOS SOBRE O

CORPO E A VELHICE

226

Mestre Francisca Alves da Silva

“LISBELA E O PRISIONEIRO”: PROTAGONISTAS PERSONIFICADORES DO

“JEITINHO-BRASILEIRO” E DA INFLUÊNCIA EXTERNA NO SER NACIONAL.

ANÁLISES E CONTEXTO HISTÓRICO

227

Davi Jeremias da Silva Moura; Sáskhia Raíssa Torquato de Lima

O AVESSO DAS CANÇÕES - A TEORIA BAKHTINIANA DA CARNAVALIZAÇÃO

NAS CANÇÕES DA MPB

228

Elielder de Oliveira Lima

O ESPAÇO DA PALAVRA COMO LUGAR DE ENFRENTAMENTO DO SOFRIMENTO

PSÍQUICO

229

Page 19: Anais III Conlid

Aline Gracindo; Camila Mesquita; Deivson Wendell

O “EU” (NEGRO) E O “OUTRO” (BRANCO): MARCAS DE ALTERIDADE NAS

RELAÇÕES AFETIVAS EM “CLARA DOS ANJOS” DE LIMA BARRETO

230

Ana Gabriella Ferreira da Silva; Geilma Hipólito Lúcio

O OUTRO NO TEMPO LÍQUIDO 231

Josilene Queiroz de Lima

O SUJEITO SERTANEJO NO DISCURSO POÉTICO DE PATATIVA DO ASSARÉ 232

Ednilda Pereira de Oliveira; Maria Eliza Freitas do Nascimento

PAIXÕES E FERRAMENTAS DA LABUTA DOCENTE: UMA IDENTIDADE LAVRADA

NO ENSINO DE HISTÓRIA

233

Gilberliane Mayara Andrade Melo

POLICARPO E FLORIANO: FIGURATIVIZAÇÕES DA MASCULINIDADE DO

HOMEM BRASILEIRO EM ROMANCES DE FINAL DESDITOSO

234

George Patrick do Nascimento

S. BERNARDO DOS VENTOS UIVANTES: UM PERCURSO MARXISTA DA MEMÓRIA 235

Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva

UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES: JOGOS DE ALTERIDADE E

DIALOGISMO NA FILOSOFIA BAKHTINIANA

236

Geilma Hipólito Lúcio; Ana Gabriela Ferreira da Silva

UNIÃO CIVIL HOMOAFETIVA: UMA LEITURA PELO VIÉS FOUCAULTIANO 237

Viviana Bezerra de Mesquita; Francisco Paulo da Silva

VISIBILIDADE MIDIÁTICA E SUBJETIVIDADE: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS

ESTRATÉGIAS DE SUBJETIVAÇÃO EM MAMÍFEROS E MAMÍFEROS CRESCIDOS DA

PARMALAT BRASIL

238

Antonio Genário Pinheiro dos Santos; Ana Rafaela Oliveira e Silva

GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O

HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO

239

Bruna Silva Rodrigues; Francisco das Chagas de Medeiros Júnior; Marcília Luzia Gomes da Costa

Mendes

A CORRUPÇÃO AOS OLHOS DAS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013 240

Clara Dulce Pereira Marques; Francisco Paulo da Silva

A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA PROPAGANDA PESSOAL E

PUBLICIZAÇÃO DE SENTIMENTOS

241

Emanuella Rodrigues Veras da Costa

ANGLICISMOS NO BRASIL: POSICIONAMENTOS FAVORÁVEIS E

DESFAVORÁVEIS AO PROJETO ANTI-ESTRANGEIRISTA DE ALDO REBELO

242

Graziane Praxedes dos Santos; Ana Jóis Garcia; José Roberto Alves Barbosa

ARTICULAÇÕES SOBRE PODER E RESISTÊNCIA DO SUJEITO FOUCAULTIANO 243

Page 20: Anais III Conlid

Karla Jane Eyre da Cunha Bezerra Souza

COMUNICAMÃO, NEM SÓ A BOCA FALA 244

Daniel Soares Dantas

ETHOS DISCURSIVO E RELAÇÕES DE PODER-SABER NA LITERATURA DE

AUTOAJUDA

245

Geilson Fernandes de Oliveira; Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes

GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE ESPANHOL 246

Thayannyjacitha Lima e Silva

LINGUAGEM NÃO VERBAL: ANÁLISE DE SUA FUNÇÃO NA CONVERGÊNCIA

ENTRE COMUNICAÇÃO E MODA

247

Nayana Gurgel de Moura

NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO DE

NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA

248

Elielder de Oliveira Lima

NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO

CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI

249

Patrícia Gomes de Mello Sales; Francisco Vieira da Silva

O DIALOGISMO NO CIBERESPAÇO PELA EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS

PÚBLICAS SOBRE DROGAS

250

Débora Maria da Silva Oliveira; Maria da Penha Casado Alves

O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO

ROSALBA CIARLINI

251

Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo

O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR

BRASILEIRO

252

Jaisna Araújo da Costa Oliveira; Marcília Luzia G. C. Mendes

O SILENCIAMENTO DA RUA CONDE D’EU NA CIDADE DE MOSSORÓ 253

Maria Goretti Medeiros Filgueira

PRÁTICAS SOCIAIS DE AMIZADE E SOCIABILIDADES NA INTERNET: COMO AS

RELAÇÕES NÃO PRESENCIAIS SE DÃO ATRAVÉS DO FACEBOOK?

254

João Carlos Magagnin

RETALHOS: O CUIDADO DE SI COMO UM CULTIVO DA ALMA 255

Pâmella Rochelle Rochanne Dias de Oliveira

GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

A INTERNET COMO SUPORTE PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE

ENSINO/APRENDIZAFEM DE LÍNGUA INGLESA

257

Ana Paula Pereira da Costa Debus; Keyla Maria Frota Lemos

Page 21: Anais III Conlid

A MULTIMODALIDADE E O ENSINO CRÍTICO DE LEITURA NA ESCOLA 257

Eliete Alves de Lima; Luciana Pereira dos Santos; Marcos Nonato de Oliveira

A RELEVÂNCIA DOS ESTUDOS DO LETRAMENTO CRÍTICO PARA A EDUCAÇÃO

NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

258

Jhuliane Evelyn da Silva; Marco Antônio Margarido Costa

ANÁLISE DA ABORDAGEM AVALIATIVA DOS PROFESSORES DE INGLÊS DO

ENSINO FUNDAMENTAL DA MAÍSA

259

Maria Geiza Ferreira Freire

ANÁLISE DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE: O FATOR MOTIVACIONAL E

A PRODUÇÃO ORAL NA SALA DE AULA DE ESPANHOL DO IFRN

260

Renata Arnaud de Lucena Praxedes; Raquel de Araújo Serrão

AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

261

Claudia Janaina Galdino Farias

AS NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LEITURA E DE

ESCRITA

262

Maria Poliana Ferreira de Lima Aquino; Edimar Ferreira de Souza

AVALIAÇÃO DOCENTE: O OLHAR DO OUTRO SOBRE O EXERCÍCIO

PROFISSIONAL DO PROFESSOR

263

Diego Martín Bravo

COMUNICAÇÃO, NEM SÓ A BOCA FALA 264

Daniel Soares Dantas

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE MATERIAL DIDÁTICO: UMA AVALIAÇÃO DO

LIVRO AMERICAN HEADWAY STARTER B.

265

Késia Maressa Costa Moraes Xavier; Deny de Souza Gandour; Margarete Solange Moraes

DISCURSO E IDENTIDADE DOCENTE DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA

EM FORMAÇÃO

266

José Wanderley Alves de Sousa

ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS CONCEPÇÕES

DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS

267

Dayana Maria Freitas França; Antonia Lidiana da Silva Moreira; Edmar Peixoto de Lima

GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE ESPANHOL 268

Thayanny Jacitha Lima e Silva

LETRAMENTO DIGITAL: CONCEPÇÕES DOCENTES 269

Lília dos Anjos Afonso; Maíra Cordeiro dos Santos

LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS 270

Débora Katiene Praxedes Costa; Kelli Karina Fernandes Freire

O BLOG COMO SUPORTE DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO ENSINO DE LÍNGUA

PORTUGUESA

271

Page 22: Anais III Conlid

Josefa Christiane Mendes Martins; Sebastiana Rafaela Silva Pinto; Cristiane Lins da Silva; Manoel

Guilherme de Freitas

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PROFESSOR DE ESPANHOL NO PARFOR:

ANÁLISES DAS ATIVIDADES REALIZADAS COMO PRÁTICAS DE LETRAMENTO

272

Carlos Henrique da Silva

O GÊNERO JOKE COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE INGLÊS

NO ENSINO MÉDIO

273

Paulo Rodrigo Pinheiro de Campos

O JORNAL DIGITAL E O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA NA SALA DE AULA

DE LÍNGUA PORTUGUESA

274

Aline Uchoa Pereira; Maria Jarina Barbosa

PARA ALÉM DA FORMA: FAZENDO UMA ANÁLISE MULTIFUNCIONAL DE

CARTAZES DE PROTESTO

275

Jhuliane Evelyn da Silva; José Roberto Alves Barbosa

PODER, DISCURSO E ENSINO DE LE: UMA LEITURA DISCURSIVA DOS ARTIGOS

DO THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO DOCENTE

276

Antonio Genário Pinheiro dos Santos

PROPOSTA DE ATIVIDADE ON-LINE PARA A PROMOÇÃO DA COMUNICAÇÃO

MEDIADA POR COMPUTADOR (CMC)

277

Samuel de Carvalho Lima

REPRESENTAÇÕES SOBRE O “BOM ALUNO” NA FALA DE PROFESSORES DE

INGLÊS EM FORMAÇÃO INICIAL

278

Ewerton Mendonça de Oliveira; Orlando Vian Jr.

SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS COM GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA DE

LÍNGUA ESPANHOLA

279

Josimar Soares da Silva

MODALIDADE PÔSTER

A ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO PUBLICITÁRIO DO PAPEL RECICLATO SUZANO

PELO VIÉS DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO

280

Amanda Arruda Alves; Kainara de Souza Alencar; Carla Monara de Paiva Silva

A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O

HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO

281

Bruna Silva Rodrigues; Francisco das Chagas de Medeiros Júnior; Marcília Luzia Gomes da Costa

Mendes

A CONCEPÇÃO DO PENSAMENTO EM ALBERTO CAEIRO 282

Amanda Arruda Alves

A CONFIGURAÇÃO DO INSÓLITO NO CONTO “A DANÇA COM O ANJO” DE LYGIA

FAGUNDES TELLES

283

Monica Valéria Moraes Marinho; Antonia Marly Moura da Silva

Page 23: Anais III Conlid

A CONSTRUÇÃO DO ETHOS NO DISCURSO DE POSSE DA GOVERNADORA

ROSALBA CIARLINE

284

Maria Cedna dos Santos Freire; Carlos Michel de D. Q. de Medeiros; Ana Maria de Carvalho

A DITADURA DA BELEZA COMO FORMA DE CONSUMO E PADRÃO ESTÉTICO 285

Edilana Carlos da Silva; Daiany Ferreira Dantas

A ÉTICA JORNALÍSTICA E A FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA: UMA ANÁLISE

DO CASO MUÇÃO

286

Valéria Pereira dos Santos de Lima; Maria Aminadabe Costa da Silva; Márcia de Oliveira Pinto

A FORMAÇÃO DISCURSIVA NA ESPETACULARIZAÇÃO DA NOTÍCIA 287

Oscarina Caldas Vieira; Andrea Sergina Gomes; Ana Maria de Carvalho

A PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL EM LÍNGUA INGLESA NO CAWSL 288

Laura Dalyane Nascimento Nunes; Silvano Pereira Araújo

A PRÁTICA DOCENTE COMO BASE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 289

Laís Klennaide Galvão da Silva; Karine Menezes Ribeiro; Maria Solange de Farias

A PRODUÇÃO DISCURSIVA DA MÍDIA SOBRE O CORPO, JUVENTUDE E BELEZA 290

Sebastiana Cristina Torres da Silva; Maria de Fátima de Lima Oliveira; Sandro Rodrigo Pinto

Lopes; Ana Maria de Carvalho

A TEORIA DIALÓGICA DE BAKHTIN NOS GÊNEROS DISCURSIVOS: UMA ANÁLISE

DE NARRATIVAS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL

291

João Paulo Pereira

AMBIGUIDADE NO GÊNERO TEXTUAL ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: UMA

PROPOSTA DE ENSINO

292

Jéssica Fernandes Lemos; César Tardelly de Medeiros Silva; Fernanda Hingryd da Silva; Paula

Regina da Silva

ANÁLISE DA PROPAGANDA DE APARELHOS CELULARES: UMA PROPOSTA

MULTIMODAL CRÍTICA PARA O ENSINO DE LÍNGUAS

293

Myrna Cibelly de Oliveira Silva; Gabriela Mirtes Bezerra Carvalho; José Roberto Alves Barbosa

ANÁLISE MULTIMODAL A PARTIR DA PROPAGANDA DO YOGA: UMA PROPOSTA

PARA O ENSINO DE LEITURA

294

Júlio Sérgio B. dos Santos; José Roberto Alves Barbosa

APRENDENDO ARTE E LITERATURA FORA DOS MUROS ESCOLARES: UMA

EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

295

Antonio da Silva Arruda; Glessyane Cavalcante Ferreira; Flávio Hermes de Menezes; Cássia de

Fátima Matos dos Santos

AS CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA PRESENTES NO DISCURSO DOS PROFESSORES

DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CURSO DE LETRAS

296

Sueilton Junior Braz de Lima; Josefa Lidianne de Paiva; Edmar Peixoto de Lima

AS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO PROFESSOR DE LINGUA PORTUGUESA

NO ENSINO DE GRAMÁTICA

297

Fabiana Maria da Silva Nascimento; Fernanda de Oliveira; Gleys Ocidália de Lima Silva; Ananias

Page 24: Anais III Conlid

Agostinho da Silva

AS RELAÇÕES DIALÓGICO-VALORATIVAS NO GÊNERO NOTÍCIA ONLINE 298

Amanda Maria de Oliveira; Maria da Guia de Araújo; Rodrigo Acosta Pereira

ASPECTOS DA NARRATIVA EM FELICIDADE CLANDESTINA DE CLARICE

LISPECTOR

299

Edson Santos de Lima; Mayara Costa Pinheiro

CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM GRUPO DE TERAPIA COMUNITÁRIA:

ESPAÇO DA PALAVRA

300

Aline Gracindo; Camila Mesquita; Lorrainy da Cruz Solano

CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE CAPS II NO MUNICÍPIO

DE MOSSORÓ-RN

301

Gleyson Henrique Lima Ferreira; Maíle Raihara Guimarães Moura; Lorrainy da Cruz Solano

CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E FORMAÇÃO

CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

302

Francisca Vieira de Sousa; Gleydson de Azevedo Virgulino; José Wanderley A. de Sousa

CONCEPÇÃO DE JUVENTUDE RURAL EXPRESSA NO BLOG “JUVENTUDE SEM

TERRA”

303

Ana Paula Cardoso da Rocha

CRENÇAS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM

DE LÍNGUA ESPANHOLA NA UNIVERSIDADE

304

Julyana Deyse Silva de Oliveira; Marcos Nonato de Oliveira

CRENÇAS E ENSINO DE LÍNGUAS: PERCURSO, ESTADO DA ARTE E PERSPECTIVA

PARA A PESQUISA EM ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA

305

Ana Carla de Azevedo Silva; Renata Helvécia Lopes Costa; Regiane S. Cabral de Paiva

DIALOGISMO BAKHTINIANO EM NARRATIVAS: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES

DIALÓGICAS EM “A PAINFUL CASE”

306

Wigna Thalissa Guerra; Lucas Vinício de Carvalho Maciel

DIALOGISMO EM PROPOSTAS DE LEITURA E DE PRODUÇÕES TEXTUAIS DE

GÊNEROS NARRATIVOS NO LIVRO DIDÁTICO

307

Bruna Gabrieli Morais da Silva; Lucas Vinício de Carvalho Maciel

DIFICULDADES DE PRONÚNCIA DO FONEMA VELAR /X/ POR ALUNOS

POTIGUARES ESTUDANTES DE ESPANHOL

308

Jucymário de Lima Silva; Francisco Robson Lima dos Santos; Maria Solange de Farias

DIFICULDADES NA PRONÚNCIA DO FONEMA VIBRANTE ESPANHOL POR

ESTUDANTES DO CURSO DE LETRAS/ESPANHOL DA UERN

309

Antônio Marcos Melo da Silva; Cristiane Alves da Fonsêca; Maria Solange de Farias

EDGAR ALLAN POE NO BRASIL: A TRADUÇÃO DO GÓTICO NA SÉRIE CONTOS DO

EDGAR

310

Mayara Andressa Maia de Freitas; Emílio Soares Ribeiro

Page 25: Anais III Conlid

ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE UMA

TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN

311

Joceilma Ferreira Dantas; Lúcia Cristina Alves; Micharlane de Oliveira Dutra; Ananias Agostinho

da Silva

ENTRE ANTI-HERÓIS E PERDEDORES: A AUTODEPRECIAÇÃO DOS

PROTAGONISTAS NAS PROPAGANDAS PUBLICITÁRIAS

312

Shemilla Rossana de Oliveira Paiva; Bárbara Marina Almeida dos Santos; Marcília Luzia Gomes

da Costa Mendes

ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS CONCEPÇÕES

DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS

313

Dayana Maria Freitas França; Antonia Lidiana da Silva Moreira; Edmar Peixoto de Lima

EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: RELEVÂNCIAS DA ATUAÇÃO DO PIBID

LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA CRISTIANO CARTAXO EM CAJAZEIRAS – PB

314

Francisca Fábia Avelino Félix; Laurivan Nunes de Menezes; Francisca Vieira de Sousa; José

Wanderley Alves de Sousa

FORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

APLICADA À EDUCAÇÃO MUSICAL NA REDE DE ENSINO BÁSICO DE MOSSORÓ-

RN

315

Carlos Antonio Santos Ribeiro; José Igor Paulino da Silva; Giann Mendes Ribeiro

FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA DISCURSIVA 316

Ivanilda Rocha Dos Santos; Anderson de Carvalho Pereira

GÊNERO DIGITAL: UM ESTUDO DO BLOG RG NEWS 317

Carla Monara de Paiva Silva; Francisca Renata de Oliveira; Ana Maria de Carvalho

GÊNERO TEXTUAL E O ENSINO DE LÍNGUA: TRABALHANDO COM HISTÓRIAS

EM QUADRINHOS (HQS)

318

Francieide Maria da Silva; Gesiana Alves da Silva; Paula de Sousa Alves

GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS NA PROVA DO PROCESSO SELETIVO

VOCACIONADO DO ANO DE 2009 DA UERN

319

Érida Campos Paiva; Maria Nayara Pessoa de Lima; Marta Jussara F. da Silva

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO: A ABORDAGEM DO GÊNERO CARTA EM LIVRO

DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA

320

Carolyne Mauricio Da Silva; Edmilson Luiz Rafael

GÊNEROS TEXTUAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

321

Francisca Vieira de Sousa; Joana D’arc de Andrade Freitas

JULIAN ASSANGE E SUA TRANSFORMAÇÃO EM UM MITO 322

Tamara de Sousa Sena; Daiany Ferreira Dantas

LEITURA E CONHECIMENTO PRÉVIO: ASPECTOS FACILITADORES NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

323

Shara Raiany de Oliveira; Franceliza Monteiro da Silva Dantas

Page 26: Anais III Conlid

LEITURA E ESCRITA: PROJETO DE PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA

CRISTIANO CARTAXO

324

Marilene Gomes de Sousa; Francisco Danillo Pereira Tavares; Luiza Correia Alves Neta; José

Wanderley Alves de Sousa

LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO DE ESPANHOL NO IFRN: UM ESTUDO SOBRE AS

CRENÇAS DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DOS CÂMPUS DE NATAL

325

Renata Arnaud de Lucena Praxedes

LETRAMENTO DIGITAL E FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM: UMA ANÁLISE

DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PROGRAMA PIBID – UFRN – CURRAIS

NOVOS

326

Marcossuel Soares Batista da Silva; Maria Suely Dantas Gomes; Ana Maria de Oliveira Paz

LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NA ESCOLA PÚBLICA: UM

ESTUDO SOBRE O ENSINO DE TEXTO NO NÍVEL MÉDIO

327

Maria Gabriella Pereira do Carmo Araújo; Débora Lorena Lins; Maria Zenaide Valdivino da Silva

LÍNGUA MATERNA: DISCURSO DA TEORIA X DISCURSO DA PRÁTICA 328

Patrícia Wanderley Nunes; Sinthya Fernanda Diniz Araújo; Soraia Carneiro de Oliveira; José

Marcos Rosendo de Souza

LITERATURA NA SALA DE AULA: DA FORMAÇÃO DE LEITORES À FORMAÇÃO

DE PROFESSORES

329

Fabiola Melo; Itamara Almeida; Sandrely Bezerra; Cássia de Fátima Matos dos Santos

MATERIALIDADES NOS DISCURSOS SOBRE A BAIANIDADE NA PUBLICIDADE DE

TURISMO

330

Reginete de Jesus Lopes Meira; Palmira Vírginia Bahia Heine

MULHER EM FOCO: UMA ANALISE DO FEMININO NO SERIADO “FEMME

FATALES” DO CANAL CINEMAX

331

Bruna Silva Rodrigues; Edja Lemos Fernandes; Dayane Ferreira Dantas

O DIALOGISMO NA CONSTITUIÇÃO DE NARRATIVAS 332

Marcos Paulo de Azevedo; Lucas Vinício de Carvalho Maciel

O DISCURSO POLÍTICO ATRAVÉS DE CHARGES: CONSTRUINDO OS SENTIDOS 333

Jocival Freitas da Silva; Lícia Fernanda Dantas da Silva; Maria Fátima de Carvalho Dantas

O ELEMENTO LÚDICO NAS AULAS DE ESPANHOL NAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM

RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO MÉDIO

334

Beatriz Fernandes da Costa; Josirranny Priscilla da Silva; Maria Solange de Farias

O ENSINO DE MÚSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E SEUS DIFERENTES

CONTEXTOS

335

Francisco Lizoyrlo dos Santos Nery; Antonio Kállio Wagner Fernandes Pimenta; Raimundo

Reudson Maia de Almeida

O EXILAR POÉTICO DA DITADURA MILITAR: AS ENTRELINHAS DA

INTELIGÊNCIA CRÍTICA

336

Emanuella Pereira de Souza; Wênia Kaíres Faustino Nunes

Page 27: Anais III Conlid

O GÊNERO CARTA ABERTA NO JORNAL “O MOSSOROENSE” 337

Dianna Paula Pinto Moreira; Isliane Saraiva de Assis; Lucimar Bezerra Dantas da Silva

O GÊNERO LITERÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA LINGUA

ESPANHOLA

338

Yanáskara Roberta Medeiros; Oscarina Caldas Vieira; Maria Solange de Farias

O GÊNERO MANCHETE COMO OBJETO DE ENSINO: VIVÊNCIAS DE UMA

PRÁTICA EM SALA DE AULA

339

Klênia Cibelly Freire de Carvalho; Jéssica Fernandes Lemos; Larissa Aquino de Sousa; Lúcia

Helena de Medeiros

O JORNAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ESCOLA 340

Larissa Aquino de Sousa; Naara Freire de Sousa; Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares

O LÚDICO NA PROPAGANDA POLÍTICA: UM ESTUDO DO BONECO NILDO NA

CAMPANHA À PREFEITURA DO NATAL/RN (2012)

341

John Willian Lopes; Adriano Lopes Gomes

O PAPEL DO PIBID NA DESMISTIFICAÇÃO DE CRENÇAS NAS AULAS DE

ESPANHOL DE ESCOLAS PÚBLICAS MOSSOROENSES

342

Josenildo Fernandes Sobrinho; Renata Helvécia Lopes; Michelania Vidal de Oliveira; Maria

Solange de Farias

O SOLADO VERMELHO COMO MITO DE PODER E EXCLUSIVIDADE ATRAVÉS

DAS CELEBRIDADES

343

João Carlos Magagnin; Thiago Fernandes Diógenes

O TEXTO LITERÁRIO NO MANUAL EL ARTE DE LEER 1 SOB UMA PERSPECTIVA

SEMIÓTICA

344

Antônio Marcos Melo da Silva; Lais Francielly Garcia do Nascimento; Samira Luara Góis Araújo;

Maria Solange de Farias

O USO DO CELULAR COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO E APRENDIZAGEM

DE ESPANHOL

345

Ana Paula Alves Ferreira; Wanda Maria da Silva; Maria Luzia Carlos da Silva; Maria Solange de

Farias

OBRIGADO POR FUMAR: DISCURSO E PERSUASÃO NUM MESMO CONTEXTO 346

Edinalva Inocêncio da Silva; Eric Maycon da Silva Correia; Maria das Graças dos Santos Correia

ORQUESTRA DE FLAUTA-DOCE ANTÔNIO CAMPOS 347

Priscila Gomes de Souza; Agostinho Lima

OS CONCEITOS BAKTHINIANOS APLICADOS À LITERATURA DE CORDEL 348

Francisca Aline Micaelly da Silva Dias; Francisco Clébison Chaves Lopes

OS DISCURSOS EM DUAS REPORTAGENS DA VEJA E DA ÉPOCA: O CASO DE LULA

E ROSEMARY

349

Maria Jackeline Rocha Bessa; Maria Dayane de Oliveira; Maria de Fátima de Carvalho Dantas

PERCEPÇÃO DAS NECESSIDADES PSICOLÓGICAS BÁSICAS PARA APRENDER

MÚSICA NA ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS PORTADORES DE CÂNCER DE

350

Page 28: Anais III Conlid

MOSSORÓ E REGIÃO – AAPCMR

Flávia Maiara Lima Fagundes; Giann Mendes Ribeiro

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID):

IMPACTOS E CONTRIBUIÇÕES FORMATIVAS PARA O CURSO DE LETRAS -

ESPANHOL DA UERN

351

Lais Klennaide Galvão da Silva; Naftali Lima de S. Rebouças; Jucymário de Lima Silva; Maria

Solange de Farias

QUESTÕES DE RAÇA: A MULHER NEGRA NA MÍDIA 352

Dinara Lidiane Carvalho; Edilana Carlos da Silva; Daiany Ferreira Dantas

REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO PIBID - LETRAS – CFP

- UFCG

353

Francisco Danillo Pereira Soares; Laurivan Nunes de Menezes; José Wanderley Alves de Sousa

REFERENCIAÇÃO E A MESA VOADORA 354

Francisco Romário Paz Carvalho

RUBEM BRAGA NA SALA DE AULA: A INTIMIDADE DA CRÔNICA COM O LEITOR 355

Ednilda Pereira de Oliveira; Maria Daiane Peixoto; Reginaldo Fernandes da Costa; Maria de

Fátima de Carvalho Dantas

SINÔNIMOS EM SALA DE AULA: O ENSINO TRADICIONAL E NOVAS

PERSPECTIVAS

356

Antonia Jackcioneide Oliveira da Silva; Fernanda Hingryd da Silva; Alectsandra Caetano de Sousa;

Paula Regina da Silva

TEACHING READING: O ENSINO DE LEITURA NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA 357

José Bezerra de Souza; Paulo Henrique Raulino dos Santos; Francisco Marcos de Oliveira Luz

TECNOLOGIA E SOCIEDADE: UMA RELAÇÃO CULTURAL 358

Desirée Pires de Lima; Karla Morgânia da Silva Lins; Samara Monteiro da Silva

TRANSGRESSÃO E VERGONHA EM PÚBLICO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA

REPRESENTAÇÃO DO CORPO MASCULINO NO COMERCIAL TELEVISIVO DO

REXONA MEN

359

Caio César Silva Cavalcante; Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes

UM OLHAR SOBRE OS ARGUMENTOS 360

Janaíne Januário da Silva; Jéssica Santos Cavalcante; Maria Camila Moraes da Silva

UMA LEITURA DISCURSIVA DAS RELAÇÕES DE PODER/SABER NOS ARTIGOS DO

JORNAL THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO DOCENTE

361

Antônio Genário Pinheiro dos Santos; Bárbara Deysy dos Santos

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: ESCOLA E SOCIEDADE 362

Carla Monara de Paiva Silva; Débora katiene Praxedes Costa; Francisca Renata de Oliveira

VERTENTES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO SERIDÓ 363

Ray Max de Medeiros Batista

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Apresentação

O III Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso - III CONLID - é uma iniciativa do

Grupo de Estudos do Discurso da UERN (GEDUERN), em parceria com o Grupo de Pesquisa

em Linguística e Literatura (GPELL), o Grupo de Estudos em Tradução (GET), o

Departamento de Letras Vernáculas (DLV), o Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) e o

Departamento de Arte (DART), da Faculdade de Letras e Artes (FALA) da Universidade do

Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

O Colóquio tem como objetivo proporcionar discussões de caráter interdisciplinar,

sobre a relação entre sujeito e linguagem na atualidade, congregando pesquisadores e linhas

de pesquisa que articulem saberes na produção de conhecimento em diferentes domínios

discursivos, como forma de divulgar a produção acadêmica e propiciar intercâmbio de

experiências entre pesquisadores da UERN e de outras instituições do país, em várias

perspectivas teóricas.

Em sua 3ª edição, o Colóquio propõe uma discussão acerca da atualidade da temática

em torno das Práticas discursivas, Linguagens e Ensino, procurando enfatizar essas

discussões nas conferências e discussões propostas em seus Grupos de Trabalho (GTs).

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

A TRANSCRIAÇÃO DA IMAGEM DO ESPELHO NO FILME WILLIAM WILSON

Evaldo Gondim dos Santos (UERN/UFRN)

Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN)

RESUMO: No presente trabalho, buscamos realizar uma análise da transcriação da imagem do

espelho como lugar de criação que aponta para um olhar de constante deslocamento do personagem

principal para si mesmo no filme William Wilson (1968), do cineasta Louis Malle (1932-1995). Com

esse intento, tratamos do processo de transcriação poética (CAMPOS, 2009) enquanto recriação que

parte para a constituição de uma outra obra e com outros meios, com outras possibilidade de

agenciamentos sígnicos (DELEUZE, 1995), bem como fabulações que põem em crise modelos de

verdade (DELEUZE, 2005). Assim sendo, a tradução da imagem do espelho do conto William Wilson

(1839), de Edgar Allan Poe (1809-1849), para o cinema por Louis Malle traz à baila a questão de

modelos de verdade voltados para sedimentações que são fissuradas pela imagem do espelho ao fazer

delirar as vontades de um eu enclausurado na posição de sujeito cognoscente. Além disso, nossa

análise aponta também para a atividade do cineasta enquanto processo de fabulação que não

simplesmente busca verter a literatura para o cinema de forma estanque, mas que a repete com

diferença e, por conseguinte, com distanciamento crítico.

PALAVRAS-CHAVE: Transcriação. Imagem. Espelho.

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

ANÁLISE MULTIMODAL DE UM FOLDER DO BANCO DO BRASIL

Antônio Felipe Aragão dos Santos (UFC)

RESUMO: A proposta deste trabalho é analisar algumas categorias de modalização presentes em um

anúncio publicitário e mostrar de que forma essas categorias ajundam na produção de sentidos.

Utilizamos um folder do Banco do Brasil como objeto de análise e por meio dos estudos de Gunther

Kress e van Leuween (1996) sobre modalizações e a Análise Crítica do Discurso de Fairclough

(2001), fizemos as análises dos atos semióticos presentes no folder. A linguagem do mundo atual

privilegia modalidades diferentes da escrita, principalmente quando se trata de gêneros que valorizem

o jogo de cores, imagens e mesmo sons, como é o caso de anúncios publicitários veiculados tanto em

jornais, revistas e folders como em rádio e televisão. Neste trabalho, fazemos uma apresentação do

referencial teórico utilizado em nossas análises e posteriormente trazemos os resultados e

considerações finais sobre a importância de se atentar para a riqueza de atos semióticos presentes em

gêneros como o anúncio publicitário, mostrando que a habilidade de leitura/abordagem de textos

multimodais, mais do que nunca, é uma necessidade da vida moderna. A análise de um folder de um

banco nos mostra como os diferentes atos semióticos são manipulados com o objetivo de induzir o

usuário de um serviço a buscar outros serviços de que o banco dispõe.

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Discurso. Multimodalidade.

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

AS PRINCESAS CONTINUAM AS MESMAS? AS TRANSFORMAÇÕES DAS PRINCESAS

DISNEY NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO

Edja Lemos Fernandes (UERN)

Daiany Ferreira Dantas (UERN)

RESUMO: O presente trabalho visa mostrar como as animações cinematográficas das Princesas dos

estúdios da Walt Disney representam padrões de beleza e sexualidade e buscam, em seus limites, dar

ressonância aos questionamentos sociais a respeito de um feminino universal. Para tanto, observamos

as tentativas pós-modernas da indústria em diversificar os padrões físicos e as atitudes sociais das

personagens princesas. O artigo se reporta às contribuições de Gubernikoff (2009) a respeito de como

as mulheres são desenhadas na mídia. Bem como, utilizaremos em nosso marco teórico as

contribuições de Teresa de Laurentis (1989), cujo trabalho aponta que o cinema é uma tecnologia de

gênero, pois se trata de um aparato extremamente institucionalizado e mediado capaz de tornar

visíveis ideais de gênero – massivamente normativos, em função do contexto de produção da indústria

cinematográfica. A teórica se apropria do conceito de dispositivo de controle da sexualidade de Michel

Foucault, que mostra que vivemos numa rede de discursos e instituições que produzem e reproduzem a

sexualidade, omitindo do espaço público os corpos dissidentes. Laurentis analisa os filmes a partir de

uma leitura semiótica voltada para os trabalhos de Propp e Barthes, destacando a construção das

personagens, actantes, sujeitos e objetos por meio de um recorte que prioriza a questão do gênero.

Avaliaremos em nosso trabalho um comparativo gráfico entre as narrativas das princesas clássicas,

Branca de Neve, Cinderela e Bela Adormecida e das contemporâneas das produções mais recentes,

Merida, Tiana e Rapunzel. Observamos que há um empenho em contextualizar a composição das

personagens com o contexto atual, posterior às lutas feministas. A vida doméstica, as referências

familiares, o trabalho, e as variações físicas de aparência são inseridas nas tramas. Mas, algumas

questões são ainda excluídas, prevalecendo a fidelidade a lógica narrativa dos roteiros Disney.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Princesas Disney. Semiótica.

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO DISCURSO E FORMAÇÕES DISCURSIVAS: UMA

ANÁLISE DA PROPAGANDA “O BOTICÁRIO” DIA DOS NAMORADOS

Leila Emídia Carvalho Fontes Cardoso (UERN)

Marlon Ferreira de Aquino (UERN)

RESUMO: Este artigo propõe fazer uma análise sobre as condições de produção e as formações

discursivas presentes na propaganda da campanha de dia dos namorados da marca “O Boticário” de

2011 e em que medida tais condições de produção podem interferir no produto final. O discurso é uma

prática social de produção de textos, ou seja, como construção social o discurso deve ser analisado

considerando seu contexto histórico-social, sua formação discursiva e assim chegar até suas condições

de produção para compreender como os sujeitos alcançam um determinado sentido de um discurso

como, por exemplo, uma propaganda, influenciados por suas ideologias, as do autor do discurso e do

meio que está veiculada. Os principais estudiosos da Analise do Discurso foram utilizados para

fundamentar este trabalho. BRANDÃO (1998, 2004), MUSSALIM (2001), ORLANDI (2001, 2007)

entre outros nomes foram citados para ajudar a explicar como esses recursos linguísticos usam as

ideologias dos sujeitos para interferir na criação de sentidos. De acordo com o estudo realizado nesse

trabalho pudemos perceber que o gênero propaganda é uma ferramenta muito poderosa na propagação

de discursos ideológicos e que os recursos linguísticos presentes nela são utilizados como ferramentas

para conseguir atingir seu objetivo, que é o de convencer o público alvo.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Condições de produção. Formação Discursiva.

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

O FILME CASTLE FREAK ENQUANTO UMA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO

CONTO O INTRUSO, DE H. P. LOVECRAFT

Emílio Soares Ribeiro (UERN)

Jorge Witt de Mendonça Júnior (UERN)

RESUMO: O gótico pode ser caracterizado de diversas maneiras. Desde o primeiro registro literário

considerado gótico (The Castle of Otranto, de Horace Walpole), sua descrição tem evoluído e

encontrado diferentes faces. Porém foi em H. P. Lovecraft que o gênero se desenvolveu de forma mais

bem delimitada e ganhou contornos bem definidos. A cosmogonia desenvolvida pelo autor, o

posteriormente chamado Mito de Cthulhu, permeia todo o seu universo ficcional, e tem, entre suas

principais características, a criação de uma atmosfera de horror extremo. A presente pesquisa almeja

investigar os aspectos de literatura gótica presentes do conto O intruso, de H. P. Lovecraft, e, em

seguida, investigar a tradução intersemiótica desses aspectos em sua adaptação para o cinema, o filme

Castle Freak, de Stuart Gordon. Para tal, embasamo-nos nos estudos de tradução, com autores como

Rodrigues (2000) e Vieira (1996); em estudos sobre os recursos cinematográficos, revisando autores

como Martin (2007); e nas discussões sobre o gótico de Savoy (2002) e Hogle (2002). Para a análise

do gótico no cinema, também recorremos à semiótica americana, a partir de releituras de Ribeiro

(2007) e Santaella (2008). Após a análise do corpus, conclui-se que, ao traduzir elementos

pertencentes à literatura gótica (o castelo, o protagonista e aspectos como o uncanny e o Duplo) do

conto O Intruso para o cinema, o diretor Stuart Gordon recriou o protagonista da obra escrita,

desenvolvendo uma história paralela para ilustrar sua narrativa. O elemento uncanny é identificado no

conto e traduzido no filme tanto para a criatura (freak) quanto para o personagem criado pelo diretor

(John Reilly). Entre esses dois personagens, constrói-se uma relação dupla, pois os personagens

dispõem de características semelhantes, como a busca por uma identidade.

PALAVRAS-CHAVE: Gótico. Lovecraft. Semiótica. Literatura. Cinema.

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

O GÓTICO EM THE SANDMAN

Paulo José Cavalcanti Holanda (UERN)

Emílio Soares Ribeiro (UERN)

RESUMO: Através de uma análise semiótica fundamentada na Teoria dos Signos de Pierce, o

presente trabalho investiga os aspectos fundamentais da estética gótica presentes na graphic novel The

Sandman (1989), do escritor inglês Neil Gaiman. O trabalho se propõe a abordar sistematicamente o

gótico, introduzindo um conceito atual sobre o gênero, à medida que expõe gradualmente aspectos

estéticos que fundamentam tal conceito. Além disso, através de revisão bibliográfica de autores como

Botting (1996), Lovecraft (1973) e Punter (2007), o trabalho busca introduzir a estética gótica da

graphic novel no meio acadêmico. As produções na área foram, durante muito tempo, consideradas

como gêneros inferiores de produção artística. Mostramos no decorrer do trabalho a sofisticação

estética da literatura gótica e a profundidade temática que pode ser alcançada pelo amálgama de

comunicação verbal e visual que constitui uma graphic novel. A análise de como tais signos

significam na construção de The Sandman ocorre por meio da utilização dos conceitos e estratégias

baseadas na semiótica Peirciana. Diferentes tipos de horror e diferentes reações de medo a cada um

deles por parte dos personagens foram representados verbalmente e imageticamente em The Sandman,

deixando claro o teor gótico da obra.

PALAVRAS-CHAVE: Maravilhoso. Gótico. Graphic Novel. The Sandman. Semiótica.

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GT 01 – ESTUDOS SEMIÓTICOS

O GROTESCO FEMININO NAS TIRINHAS DA QUADRINISTA CHIQUINHA

Marilia Gabriela Nascimento França (UERN)

Daiany Ferreira Dantas (UERN)

RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise semiológica da série O viver feminino pela ótica de

Chiqsland Corp., da quadrinista brasileira Fabiane Bento Langona – mais conhecida pela assinatura

Chiquinha –, publicadas no portal Universo Online, ao longo do ano de 2013. Por meio dos elementos

de semiologia e do conceito de Mitologias presentes na obra de Roland Barthes, buscamos refletir

sobre as representações da mulher na mídia contemporânea, desconstruindo o imaginário de um

feminino glamouroso e perfectível a partir das problematizações de gênero agenciadas pela autora.

Chiquinha aborda, no formato de tiras, temas que expõem de forma exagerada e irônica a maneira

como as mulheres jovens – em idade reprodutiva e ingressando no mercado de trabalho – vivenciam a

normatização do corpo feminino, face às exigências de desempenho físico e profissional, ao passo em

que precisam lidar com questões cotidianas e orgânicas, tais como TPM e depilação. A autora utiliza o

humor para rebater mitos associados à feminilidade e desnaturalizar a relação entre a vida feminina

adulta e a subordinação aos dispositivos de controle vinculados à vivência da sexualidade e aos

padrões de beleza. O texto se desenvolve em diálogo com a perspectiva de gênero de Butler (2003),

que parte de um viés político e filosófico. Utilizaremos também as concepções de grotesco de Bakhtin

(1999) e grotesco feminino de Russo (2000).

PALAVRAS-CHAVE: Grotesco feminino. Tiras. Mulheres quadrinistas. Semiologia. Metalinguagem

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

A ADAPTAÇÃO DE MENINA DE OURO PARA O CINEMA

Francisca Jucélia da Silva (CAPES/PPGL/UERN)

RESUMO: A partir do surgimento das produções audiovisuais, como por exemplo, a novela,

minisséries e filmes, que sofreram grande influência da literatura, é possível ver nas várias

adaptações de gêneros literários para as telas, sejam elas, nas telas televisivas ou nas grandes

telas do cinema, pois a sociedade que é habituada com imagens e áudio que permitem mais

afinidade entre os telespectadores e a obra literária que passa ter uma grande procura após o

acesso ao filme. Nessa perspectiva, pretendemos analisar os aspectos e as características da

personagem Maggie adaptada da obra Menina de Ouro de F. X. Toole para o cinema.

Considerando, portanto, a adaptação cinematográfica, para que se possa verificar como e

quais os aspectos dessa personagem, bem como, analisar como a semiótica interage na análise

dos signos na literatura e no cinema. Sendo assim, faz-se necessário pensar em uma análise

dos signos apresentados nas cenas do filme, para que possamos intensificar as emoções que

algumas cenas traduzem ao público. Concluímos que os diversos recursos cinematográficos,

principalmente, os tipos de planos com a posição das câmeras, que foram usados pelo diretor

e pela equipe da produção de Menina de Ouro, foram de suma importância e expressivos para

observamos os aspectos do personagem feminino Maggie Fitzgerald e sua determinação para

vencer o preconceito machista e formar uma identidade, conseguindo realizar o seu maior

desejo, ser uma boxeadora profissional. Sendo assim, pretendemos que com esse trabalho seja

possível aprofundarmos nos estudos e ampliar o conhecimento sobre adaptação/tradução,

especificamente, sobre a tradução intersemiótica.

PALAVRAS-CHAVE: Adaptação. Personagem feminino. Cinema. Reescrita. Tradução

intersemiótica.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

A INTERLOCUÇÃO DE TRISTRAM SHANDY COM A LITERATURA

BRASILEIRA: O CASO BRÁS CUBAS

Maria Valeska Rocha da Silva (UFRN)

RESUMO: No ano em que são comemorados os 300 anos de nascimento do escritor e

satirista inglês Laurence Sterne, este trabalho oferece uma revisão das principais leituras

críticas sobre as relações entre seu principal romance, A vida e as opiniões do cavaleiro

Tristram Shandy, publicado pela primeira vez na Inglaterra em nove volumes, entre 1760 e

1767, e o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 1880, considerado um ponto de

virada na obra de Machado de Assis (CANDIDO, 2012). Para tanto, o presente estudo oferece

um panorama do que tem sido produzido pela fortuna crítica machadiana sobre esse vínculo –

estabelecido pelo próprio narrador em Brás Cubas –, abrangendo inicialmente as reações

imediatas à publicação do romance brasileiro e o tratamento das questões da identidade

nacional e do humor pelos seus primeiros críticos, ainda no século XIX. A seguir, focaliza o

prosseguimento dessa discussão na primeira metade do século XX (MAYA, 1912; PUJOL,

1917; GOMES, 1936) e mostra a paulatina construção de Sterne como um parâmetro estético

para a consideração da obra de Machado de Assis no exterior, a partir dos anos 60 (MASSA,

2008; CALDWELL, 1970). Este acompanhamento do percurso crítico comparativo entre

Tristram Shandy e Brás Cubas prossegue até o final do século XX e início do século XXI,

com a inclusão de dois estudos intertextuais que examinam ambas as obras sob dois prismas

diferentes: como manifestações da sátira menipeia (SÁ REGO, 1989) e como expoentes de

uma forma shandiana (ROUANET, 2007), respectivamente. Este trabalho conclui que o

universo dos laços entre as obras de Sterne e Machado de Assis e suas diversas interpretações

está entre os elementos de consideração essencial para o tratamento do que John Gledson

chama “o maior problema de todos, o Santo Graal dos estudos machadianos, a explicação

para a ‘crise dos quarenta anos’, e para o novo tom satírico e o experimentalismo de Brás

Cubas” (GUIMARÃES, 2004).

PALAVRAS-CHAVE: Tristram Shandy. Brás Cubas. Literatura comparada. Crítica literária.

Humor.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

AMOR, PECADOS E MORTES: A RELAÇÃO ENTRE ESSES ELEMENTOS NA

OBRA LA CELESTINA

Erivaneide Pereira da Silva (IFRN)

José Rodrigues de Mesquita Neto (UFRN/UERN)

RESUMO: A proposta desse trabalho é analisar, principalmente, a temática morte e sua

relação com os pecados capitais na obra renascentista La Celestina, publicada em 1499, de

Fernando de Rojas. Observando que os pecados caminham paralelos aos episódios da morte,

sendo perceptível na ação de cada um dos personagens. E por apresentar as temáticas que se

contrastam como o amor e a morte, a referida novela proporciona múltiplas reflexões,

principalmente, no que se refere à consequência das ações de cada personagem. Para realizar

esse trabalho fizemos a leitura da obra em três versões (sendo a primeira de Dorothy S.

Severin (2002) que é a obra mais completa e possui um espanhol mais arcaico, a segunda uma

adaptação com uma linguagem mais familiar e a terceira e última uma versão em português de

Millôr Fernandes (2008), além de leituras sobre o marco histórico no qual foi escrito a obra e

outras mais sobre a temática morte, para isso usamos Jiménez e Rodríguez (2008) e Maranhão

(1986) respectivamente. Para finalizar, conseguimos observar como essas três temáticas

caminham de forma paralela na obra. Começando pelo amor entre Calisto e Melibeia, os

pecados que vem sendo realizados pelos personagem por causa desse amor e as seguidas

mortes.

PALAVRAS-CHAVES: La Celestina. Amor. Pecado. Morte.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

BREAK ON THROUGH: A DUALIDADE E ALUSÕES À BÍBLIA DE JIM

MORRISON E WILLIAM BLAKE

Gilvan Lima Silva (FECLESC)

RESUMO: A cena cultural e musical no final dos anos 60 estava explodindo nos Estados

Unidos e também no mundo. Neste período, as drogas, o sexo e o rock’n’roll estavam no auge

bem como o movimento hippie. Foi neste cenário, em 1967, que a banda The Doors veio à

tona. Jim Morrison, cantor da banda The Doors, compositor e poeta norte-americano deixou-

se influenciar por diferentes escritores, como por exemplo: William Blake, o primeiro grande

poeta do romantismo inglês. Nota-se inclusive no próprio nome da banda, que tem origem do

título do livro The doors of perception (1954) de Aldous Huxley no qual provém de uma

citação de William Blake. Além disso, Morrison compartilhou das ideias e temáticas de

Blake, perceptível tanto em suas músicas quanto em suas entrevistas, nas quais sempre

recorria aos pensamentos de Blake, como por exemplo, para falar de sua visão apocalíptica.

Desta forma, este trabalho tem como objetivo analisar a música break on through da banda

The Doors, apontando as semelhanças e de como elas são trabalhadas nas temáticas, que

ambos artistas, dois revolucionários, utilizaram na composição de seus trabalhos, dando

ênfase na questão da dualidade e das alusões à Bíblia, nas quais expressam ideias totalmente

diferentes dos ideais da sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Jim Morrison. William Blake. Dualidade. Alusão Bíblica.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

O CONTEXTO HISTÓRICO E OS CONFLITOS RETRATADOS ATRAVÉS DO

REALISMO MÁGICO NA OBRA: PEDRO PÁRAMO DE RUAN RULFO

Maria Dayane de Oliveira (UERN/CAMEAM)

Maria Jackeline Rocha Bessa (UERN/CAMEAM)

Marta Jussara Frutuoso da Silva (Orientadora - UERN)

RESUMO: Sabe-se que não se pode aprender uma língua apenas assimilando estruturas

gramaticais e aspectos fonético-fonológicos, é necessário conhecer também a cultura e os

costumes de determinado povo, para então compreender especificidades da mesma. Partindo

desse pressuposto este trabalho surge a partir das discussões e exposições nas aulas da

disciplina de literatura hispano-americana III da grade curricular do curso de letras espanhol

da UERN/CAMEAM e da necessidade de se trabalhar a cultura e a identidade de um povo

através da literatura. Sendo assim, nosso objetivo é analisar o contexto histórico que perpassa

a obra Pedro Páramo, de Ruan Rulfo, considerado um dos principais representantes do

Realismo mágico durante a revolução novelística dos anos 40, que constitui o Corpus de

nossas análises. Para este estudo, nos apoiaremos em Rulfo (2001), Ferrer (1990), Josef

(1989), Rodriguez (2004), entre outros. Esperamos com este trabalho, apresentar resultados de

um estudo inicial sobre o contexto histórico da obra, e sobre como, as características do

Realismo mágico estão refletidas na novela de Ruan Rulfo. Esperamos ainda que este trabalho

sirva como referência para alunos e professores brasileiros, que tenham interesse em trabalhar

com literatura no ensino de língua espanhola, uma vez que é de suma importância o trabalho

com a literatura para uma maior compreensão e assimilação de identidades culturais.

PALAVRAS- CHAVE: Pedro Páramo. Realismo Mágico. Contexto Histórico.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

O PRAZER DE LER: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE LEITORES

LITERÁRIOS DE ALUNOS DE ESPANHOL

Jozadaque Pereira da Cunha (UERN)

Maria Michele Colaço Pinheiro (UERN)

RESUMO: O presente artigo foi desenvolvido a partir de reflexões sobre o papel do texto

literário nas aulas de espanhol como língua estrangeira realizadas durante as discussões nas

aulas do Mestrado em Letras na UERN/CAMEAM. Naquelas discussões ficou evidente a

importância do texto literário para o ensino e aprendizagem de línguas, além de contribuir

para uma ampla formação cultural do aluno. Apesar dessa importância verificamos que são

poucos os alunos atraídos por essa leitura e que esse desinteresse poderia ser resultado das

estratégias utilizadas pelo professor na sala de aula. Diante disso, discutimos nesse artigo

bases teóricas com o objetivo de contribuir para a formação de leitores literários de alunos de

língua espanhola como língua estrangeira, mas especificamente do ensino médio. Para isso

nos embasamos em autores como Filola (1998) e (2004), Muñoz (2007), Cosson (2009),

Soares (2009), Kato (2007), OCEM (2008), PCNEM (2000) e Colomer (2003). Com essas

leituras concluímos que o primeiro passo para a formação desses leitores é despertar o

interesse do aluno através da motivação, ou seja, o momento em que antecede a leitura exata

com a contextualização. Além da motivação, verificamos que a interação entre o texto e o

leitor é fundamental para a compreensão e o prazer do texto lido e por último, a avaliação que

deve ser centrada na interpretação.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Literatura. Espanhol.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

O TEATRO DO ABSURDO ONTEM E HOJE

Isabela Feitosa Lima Garcia (UECE)

Nathalia Bezerra da Silva Ferreira (UECE)

Francisco Carlos Carvalho da Silva (Orientador - UECE)

RESUMO: Samuel Beckett (1906-1989) é considerado um dos pioneiros do "Teatro do

Absurdo", teatro que buscava uma expressividade inovadora, propondo uma reflexão sobre o

absurdo da condição humana. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo estava destruído e

dividido pela Guerra Fria. Os valores e crenças haviam sido destruídos, a humanidade vivia

um pesadelo em que não havia certeza alguma, nem esperanças. A sociedade vivia um estado

de apatia, em que a "vida" perdera todo seu sentido. A impotência humana diante do caos

gerou uma crise espiritual, pois as pessoas desiludidas questionavam a existência de um ser

"superior" que poderia salvá-las. Nesse contexto, surge então, o "Teatro do Absurdo", sua

construção altamente racional, visava criticar a estupidez humana instalada no pós-guerra. Ele

retrata a absurdidade, refletido em ações absurdas de suas personagens; ao expor essa

situação, abre espaço para a tomada de consciência pelo homem, da falta de sentido (ou,

portanto, do sentido absurdo) da sua condição. Assim sendo, o presente trabalho tem como

objetivo principal traçar uma análise hermenêutica do "Teatro do Absurdo" relacionando-o ao

contexto sócio histórico do seu surgimento e, mostrando ainda o impacto que o mesmo

causou no período. Para tanto, recorreremos aos conceitos de teatro presente em Dicionário

de Teatro (2005), de Ubiratan Teixeira, "absurdo" em O mito de Sísifo (1989) de Albert

Camus e "Teatro do Absurdo" em The theatre of the absurd (2001) de Martin Esslin.

PALAVRAS-CHAVE: Teatro. Absurdo. Teatro do Absurdo.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

O TEXTO LITERÁRIO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O

APRENDIZADO DE LÍNGUA ESPANHOLA

Maria Michele Colaço Pinheiro (UERN)

Jozadaque Pereira da Cunha (UERN)

RESUMO: Apresentamos neste artigo uma visão atual da importância que é dada ao texto

literário no ensino de Língua Espanhola no Brasil. Nos anos 50, no método gramática-

tradução, o texto literário era a base dos estudos de qualquer língua estrangeira, mas o foco

era dado apenas na tradução. Atualmente, os livros didáticos, baseados no método

comunicativo, dão um espaço muito pequeno ao texto literário, geralmente aparecem apenas

nos apêndices ao final de cada unidade, focando apenas os aspectos culturais, subutilizando

assim, seu uso. O presente trabalho tem como objetivo investigar o tratamento dado a

literatura em sala de aula, com o fim de apresentar uma visão atual da situação do texto

literário como instrumento didático utilizado nas aulas de Língua Espanhola. A metodologia

utilizada será a análise e comparação de dados apresentados em artigos, dissertações e teses

publicadas na última década com pesquisas relacionadas ao tema. A base teórica para o

desenvolvimento da pesquisa será Aragão (2006); García (2006); Valades (2004); Paiva

(2012); Calvo (2009); Moreira, Braga e Sousa (2012); Fernandes e Marreiro (2010); Dantas e

Lima (2010). Este trabalho contribuirá para que professores da área de Língua Espanhola

possam refletir sobre a importância da literatura no ensino de Línguas, contribuindo assim

para um aprendizado mais eficaz e global.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Texto. Espanhol.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

OS CRIMES COMETIDOS POR AMARO VIEIRA EM O CRIME DO PADRE

AMARO – EÇA DE QUEIRÓS

Emanuele Camila Gomes Ferreira (FVJ)

Fernanda Aparecida Alves da Costa (FVJ)

RESUMO: A obra O crime do Padre Amaro foi publicada em três versões: a primeira versão

foi publicada em forma de folhetim em 1875; em 1876, a obra é reformulada e publicada

novamente, mas é no ano de 1880 que a obra toma forma de narrativa literária e é publicada,

dessa vez, como edição em volume. Nessa obra, Eça de Queirós se utiliza da ironia para

criticar e denunciar o clero português que por vezes pregava a moralidade em suas igrejas,

mas não agia da maneira com a qual pregavam. Propôs com essa narrativa mostrar a

realidade social, da qual não tratavam os escritores do Romantismo. Esta narrativa apresenta

traços deterministas, pois as personagens apresentam o caráter convencionado pela herança,

pelo meio e pela circunstância (momento histórico). Partindo dessa premissa, encontramos em

O crime do Padre Amaro a realidade presente nessa sociedade da qual o autor fazia parte,

com intuito de desmascarar a imoralidade da igreja e da burguesia da época, que se

contrapõem à realidade que a igreja tanto primava. Para dar respaldo ao nosso trabalho, nos

embasaremos em Filho (1995) e Júnior (1980 e 1990), pois esses autores falam sobre a

transição do Romantismo para o Realismo e nos mostram aspectos da obra de Eça de Queirós

em análise.

PALAVRAS-CHAVE: Realismo. Crítica religiosa. Determinismo.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

OS REFLEXOS POLÍTICOS NA OBRA CANTO GERAL DE PABLO NERUDA

Francisca Aldilene Alves (UERN/CAMEAM)

Marta Jussara Frutuoso da Silva (UERN/CAMEAM)

RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo promover um esclarecimento sobre os reflexos

políticos na poesia de Pablo Neruda, ressaltando a importância de sua poesia engajada, no

tocante ao poeta chileno ter sido um eterno engajado, um incansável defensor do povo. Seus

versos presentes no livro Canto Geral (1984), nos poemas “Ao meu Partido, “González

Videla, o traidor do Chile” e “A grande alegria” constituem o corpus dessa pesquisa que serve

de instrumento e arma contra as injustiças sociais de seu tempo a partir de 1946. A presente

pesquisa se insere na linha de pesquisa bibliográfica e de método de abordagem dedutiva que

se propõe em compreender as raízes do engajamento político, enfatizando, como a utilização

das palavras poéticas serviram de combate e ação política e a relação do poeta com a causa

comunista. Para tanto, nos embasaremos nos estudos de Costa (2006), Fernandes (2010)

Sartre (1973) Candido (2006), entre outros que abordam toda a trajetória de Pablo Neruda

politicamente e poeticamente. Ao longo dessa pesquisa fazemos uma abordagem sobre a arte

pela arte e arte e poesia engajada, posteriormente traçaremos um panorama da vida e obra de

Pablo Neruda e todas as motivações que o poeta seguiu para a criação de sua poesia política,

finalmente apresentaremos as análises de três poemas que fazem referência a três momentos

na poesia engajada nerudiana. A vida, obra, o pensamento, a ação política de Neruda, entre

seus sonetos de amor e o platonismo pela política chilena interferem diretamente nas decisões

políticas do poeta. Sob essa perspectiva realista, chegamos a uma conclusão que a liberdade

de ação do poeta e político é limitada, e diante desse quadro, emerge a trajetória política e

intelectual de Neruda.

PALAVRAS-CHAVE: Pablo Neruda. Poesia. Político. Engajamento.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

SOR JUANA E GREGÓRIO DE MATOS: CONFLUÊNCIAS TEMÁTICO-

BARROCAS

Leila Maria de Araújo Tabosa (Doutoranda - UFRN)

Ciro Soares dos Santos (Doutorando - UFRN)

RESUMO: O presente trabalho, destinado ao grupo de trabalho cujo título é “Literaturas de

Línguas Estrangeiras”, para o III Conlid-2013, se insere no conjunto dos trabalhos de

perspectiva teórico-analítica de estudo literário comparativo de um corpus poético integrado

por sonetos filosófico-morais, em espanhol, de Sor Juana Inés de la Cruz (1651-1695) e, em

português, de Gregório de Matos e Guerra (1636-1696). A análise será orientada pelas teorias

barrocas mais recentes, as quais compreendem o barroco a partir das noções de elipse

kepleriana, a obra Barroco (SARDUY, 1989), “eon”, do estudo O barroco (D’ORS, 1990) e

a curva ao infinito, da publicação A dobra: Leibniz e o barroco (DELEUZE, 1991) a fim

garantir consistência à reflexão temática a ser priorizada no estudo com base nos livros

Estudos sobre o barroco de Hartzfeld (2002) e La época barroca en el México colonial de

Leonard (1976). O sentimento de vazio frente às vanidades do mundo diante do qual o

homem se percebe é tema recorrente na obra dos escritores barrocos mesmo sem haver

cogitação de comunicação entre Gregório de Matos e Sor Juana: as duas personalidades

históricas encarnam em suas biografias e em seus poemas o espírito de seu tempo, uma no

Brasil colonial, outra na Nova Espanha. O objetivo da análise é o de apresentar os poemas de

Sor Juana em comparação aos de Gregório de Matos como objetos da estética do barroco com

sincronias temáticas relacionadas com a estrutura de sua época de primeira leitura-circulação.

As duas obras são legados estético-culturais que podem ser lidos entre si, tanto no século

XVII como na contemporaneidade a partir de uma perspectiva moderna na concepção de

barroco na atualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura estrangeira. Literatura brasileira. Sor Juana. Gregório de

Matos. Barroco.

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GT 02 - LITERATURAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ: EXPRESSÃO DE AMOR E DE DEVOÇÃO AO

CONHECIMENTO

Andresa Soares Carvalho (IFRN)

Ciro Soares dos Santos (UFRN)

RESUMO: O barroco hispano-americano atingiu seu auge no século XVII, período

conhecido como el siglo de Oro no Novo Mundo, época marcada pelo domínio da Igreja

Católica e pela rigidez de uma sociedade patriarcal. Nesta época, a monja mexicana Sor Juana

Inés de la Cruz ganha notoriedade por sua expressão de amor e de devoção ao conhecimento.

Para abordar a temática de Sor Juana como intelectual religiosa e devotada ao estudo,

recorremos às considerações de Alfonso Méndez Plancarte, em Obras Completas de Sor Juana

Inés de la Cruz, e em Sor Juana Inés dela Cruz o las trampas de la Fe, de Octávio Paz. A partir

desses autores, apresentamos, por meio da contextualização sociocultural e da análise

estrutural do soneto de Amor y Discreción número 166, da redondilla número 92 das Sátiras

Filosóficas, além dos documentos Carta Atenagórica e a Respuesta a Sor Filotea de la Cruz,

como o amor da “Fénix Mexicana” à literatura é correlato de um viver dedicado à leitura,

demonstrado a partir da Nota Biográfica e no decorrer deste estudo a beleza dos versos da

Décima Musa. A destreza de sua argumentação e a profundidade intelectual de suas

referências teológicas e filosóficas reflete sua dedicação ao estudo para elaborar poesia. A

construção dos poemas a partir de jogos lúdicos com a linguagem desperta o interesse de

novos estudos, bem como, gera uma rica fonte de informação para o processo de ensino-

aprendizagem da Língua Espanhola.

PALAVRAS-CHAVE: Sor Juana. Amor. Devoção. Conhecimento.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

A AUTORIDADE QUE TRANSITOU: UM ESTUDO SOBRE OS DISCURSOS DE

SUJEITO-PROFESSOR E SUJEITO-ALUNO A PARTIR DAS RELAÇÕES DE

PODER EM SALA DE AULA

Carolina Coeli Rodrigues Batista (UFPB)

RESUMO: Considerando a escola um espaço onde essas relações de poder se tornam

bastante evidentes, estudamos de que modo se estabelecem essas relações a começar da

associação estabelecida por Foucault entre poder e saber, já que, a escola é um importante

vetor da consolidação dessa relação. Assim, analisamos quais são os artifícios dos quais o

professor se utiliza enquanto “detentor do poder” a fim manter-se nessa posição, as vontades

de verdade das quais o sujeito-professor lança mão para formular os jogos de verdade que

“regulam” o comportamento do sujeito-aluno, apesar da perceptível diminuição da autoridade

daquele (sujeito-professor) no espaço da sala de aula, as estratégias de resistência das quais

esse sujeito-aluno se vale diante do poder do professor, e, principalmente, o modo como

atualmente se dá a subjetivação dos indivíduos em sujeito-professor e sujeito-aluno na nossa

sociedade. Nosso estudo fundamenta-se teoricamente na Análise do Discurso de Linha

Francesa, mais especificamente nas teorizações foucaultianas que envolvem temas como

subjetivação, discurso, saber, poder e disciplina. Para ilustrar nosso trabalho, utilizamos

trechos de transcrições de aulas coletadas em uma escola estadual da cidade de Campina

Grande - PB. O presente trabalho propõe alguns pontos de reflexão a partir da observação e

análise da relativa perda da autoridade do sujeito-professor no espaço da sala de aula e dos

novos lugares ocupados por sujeito-professor e sujeito-aluno na cadeia das relações de poder

que envolvem o espaço da sala de aula. Podemos observar que diversos fatores como as novas

tendências pedagógicas, as práticas jurídicas relacionadas à criança e ao adolescente, a nova

estruturação da instituição família e fatores de ordem sócio-econômica estão diretamente

ligados à constituição de um sujeito-professor diferente do de outrora, assim como desse

“novo” sujeito-aluno que se apresenta na contemporaneidade.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Subjetivação. Saber. Poder. Sala de aula.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DO IDEB E SEUS EFEITOS NA CONSTITUIÇÃO

DA IDENTIDADE DA ESCOLA E DO PROFESSOR

Elaine da Silva Reis (UFCG)

RESUMO: Os discursos políticos referentes à qualidade da educação passaram a ser

disseminados na sociedade brasileira com maior ênfase em meados dos anos 1990, momento

em que a qualidade da educação tornou-se objeto de regulação federal. Sendo assim, sob a

construção discursiva da eficácia do monitoramento da qualidade do ensino formal no país, de

modo a contribuir com sua elevação, políticas de avaliação externa, como o IDEB,

consolidaram-se no cenário educacional brasileiro e vêm interferindo na organização da

escola e na organização do trabalho escolar. Partindo da compreensão de que esses discursos

ratificam na sociedade estereótipos que marcam a instituição escolar e, em particular, a

identidade do sujeito professor, este trabalho busca investigar os discursos que embasam as

políticas públicas relacionadas à implantação do Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica (IDEB) no Brasil e seus efeitos na constituição da identidade da escola e do sujeito

professor. Tratando-se de uma pesquisa qualitativa documental, o presente estudo examina

documentos que tratam da avaliação do sistema educacional, da qualidade da educação básica

e, particularmente, do IDEB. Para tanto, respalda-se nos pressupostos teóricos da Análise do

Discurso (AD) de linha francesa, a partir de autores como Pêcheux (1997), Robin (1977) e

Courtine (2006), em conceitos foucaultianos como discurso, relações de poder e vontades de

verdade e nos Estudos culturais, representados por Hall (2006), Bauman (2005) e Silva

(2000).

PALAVRAS-CHAVE: Discursos. IDEB. Escola. Professor.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

Dalva Pereira Barreto de Araújo (UEFS)

Mayane Santos Amorim (UEFS)

RESUMO: A realidade escolar brasileira está imersa em um contexto de obstáculos

construídos pelo modelo de sociedade que se formou nos últimos séculos e que se consagra na

atualidade. Inovar e transpor as práticas arraigadas no sistema de ensino é um desafio, na

medida em que o que interessa ao modelo educacional vigente são resultados apresentados

por dados quantitativos que alimentam as estatísticas. Partindo desse pressuposto, pretende-se

fazer neste trabalho uma análise da gestão desenvolvida em uma escola pública da rede

estadual de Feira de Santana-BA, relacionando-a às orientações previstas na Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional (LDB) e no Plano Nacional de Educação (PNE) que expressam

a necessidade da democratização da gestão do ensino público na educação básica, com o

objetivo de responder a indagação: a efetivação da gestão democrática em uma Unidade de

Ensino contribui para o desenvolvimento de uma educação transformadora no contexto social

e educacional vigente? Utilizou-se como suporte teórico para análise os estudos de Vítor

Henrique Paro voltados para a gestão escolar democrática, os estudos de Ilma Passos

Alencastro Veiga focados no Projeto Político Pedagógico e os estudos de Paulo Freire, entre

outros teóricos. O resultado da análise demonstra que a democratização da gestão escolar

começa a ser efetivada na medida em que o Projeto Político Pedagógico passa a ser

executado, pois a construção coletiva desse documento inicia o processo, no momento em que

abre espaço para as comunidades escolar e local participarem das decisões, discussões e

deliberações que compõe o dia-a-dia de uma escola. Quanto ao desenvolvimento de uma

educação transformadora, é possível perceber avanços na construção de um espaço escolar

possibilitador de uma prática pedagógica que permite o conhecimento da realidade social, de

novas concepções e de novas tecnologias que articulem teoria e prática, ambos instaurados

pelo exercício da gestão participativa e democrática.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão democrática. Educação. Sociedade.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

A IMAGEM DOS ALUNOS SOBRE A PRODUÇÃO DE TEXTOS: OLHARES DO

PROFESSOR E DOS ALUNOS-BOLSISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Manoel Guilherme de Freitas

Antônia Cláudia de Lucena

Eliane Fabiana Peixoto de Queiroz

José Adalberto Silva Pereira

RESUMO Este artigo objetiva refletir acerca da concepção e/ou imagem de que têm os

alunos do ensino médio noturno da Escola Estadual Professora “Maria Edilma de Freitas”,

escola-campo do subprojeto: “Ler para retextualizar: interagindo com as linguagens”, do

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/UERN), a partir do ato de

produção de textos escritos pelos sujeitos-aprendizes in loco, durante as aulas de língua

portuguesa, especialmente da sequência textual: expositivo-argumentativa. Neste corpus,

faremos alusão à corrente francesa de Análise de Discurso, doravante, AD, pois acreditamos

ser imprescindível à compreensão da imagem (contato inicial) dos alunos com a produção de

textos. Nesse sentido, citaremos nesse esboço teórico-conceitual: Ruiz (2010), Brandão

(2000), Mussalin (2005), Freitas (2008), Reboul (2000), Koch & Elias (2009, 2010), dentre

outros. Assim sendo, pretendemos palativamente desconstrui-la através das teorias

enunciativas e /ou discursivas da linguagem, que não se limita a esquemas formais de textos, a

modelos estanques de leitura e de escrita, contudo a partir de situações reais de aprendizagens.

Para tanto, aos poucos, essa interpretação equivocada de produção de texto foi sendo superada

através de possibilidades plurais e heterogêneas de acesso à escrita. Portanto, os modelos de

redações escolares entendidas como estanques, fórmulas prontas, acabaram sendo superadas

com significações e retextualizações, num ato concreto e interativo dos alunos da escola-

campo com tais produções.

PALAVRAS-CHAVE: Imagem. Análise do Discurso. Produção de textos. Redações.

Expositivo-argumentativo.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA QUALIDADE DE ENSINO E NO PROCESSO DE

DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA

Geniclébia de Oliveira Augusto (UERN)

Jonas Leonardo Mesquita de Amorim (UERN)

Francisca Otília Neta (UERN)

Orientadora: Arilene Maria Soares de Medeiros (UERN)

RESUMO: Esta comunicação discute a participação dos pais na qualidade de ensino e no

processo de democratização da gestão, apresentando diferentes concepções de autores que

pesquisam estes temas, tomando como referência teórica artigos publicados nas revistas

Educação & Sociedade, Linhas Críticas, Revista Brasileira de Educação (ANPED) e Revista

Brasileira de Política e Administração da Educação (ANPAE), na última década. O trabalho é

decorrente da pesquisa Investigando a Escola Pública sob a Perspectiva da Família, financiada

Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN) e vinculada ao

Grupo de Estudos e Pesquisa em Estados, Educação e Sociedade – GEPEES, cuja

metodologia utilizada consiste num levantamento de artigos publicados, seguido de leitura e

fichamento, com apresentação e discussões no grupo de pesquisa. Pretende-se discutir como a

qualidade de ensino é compreendida na perspectiva dos pais, buscando nas pesquisas de

autores que estudam este tema e como as participações desses pais contribuem para a

qualidade de ensino e democratização da escola. Enfim, como é importante que os pais

estejam presentes na vida escolar dos filhos, motivando-os para que realizem atividades,

melhorando seu desempenho escolar, cabe á escola favorecer a participação e contribuição. E

também como estes pais contribuem para o processo de democratização da escola.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

ANÁLISE DAS EMENTAS DE LITERATURA NA GRADUAÇÃO: VOZES DA

RELAÇÃO LITERATURA E ENSINO USP E UERN

Afrânio Gurgel de Lucena (UERN)

Maria Edileuza da Costa (UERN)

RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise de enunciados do Curso Letras/Português

como propostas de ensino que regulamentam uma das bases da prática docente. Para tanto,

foram analisadas as Ementas/Programas Resumidos de Literatura da Universidade de São

Paulo – USP e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. Fizemos um

estudo sobre as condições de fundação e institucionalização da USP como ideal paulista de

formação das elites que viriam a garantir governabilidade nacional; e da UERN como

realidade potiguar da interiorização do ensino superior. Para compreendemos o corpus como

possível proposta disciplinar, buscamos no conceito foucaultiano de disciplina um aporte

teórico que eleva o entendimento das propostas curriculares no ensino superior. Como

sustentação teórica, temos: Foucault (2000, 2009, 2010); Medeiros (2009); Todorov (2012);

Weber (2011); Chiappini (1988, 2005); Cardoso (1982); dentre outros que verbalizam os

estudos dos enunciados didáticos e a proposta de se ter um ensino moderado a partir do texto

literário como condição curricular para a relação literatura e ensino na formação do futuro

professor. Diante das inúmeras disciplinas que formam as grades curriculares das duas IES

supracitadas, nosso corpus emergiu dos seguintes componentes curriculares: Literatura

Portuguesa I, II e III e Literatura Brasileira I, II, III e IV.

PALAVRAS-CHAVE: Ementas/Programas Resumidos. Formação docente. Literatura e

ensino.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

ARTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POSSIBILIDADES DE

DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA

Maria do Socorro da Silva Batista (UERN)

Roberlilson Paulino da Silva (UERN)

RESUMO: O trabalho discute a relação entre arte e educação ambiental enquanto estratégia

de formação da consciência crítica no ensino fundamental. A partir de revisão bibliográfica e

análise documental, abordamos a problemática inerente ao meio ambiente a partir dos seus

determinantes e a educação ambiental numa perspectiva crítica capaz de formar para o

exercício da cidadania. Nesta perspectiva analisamos que a arte pode contribuir para a

conscientização ambiental pois abrange um conjunto diversificado de conhecimentos que

possibilitam a transformação do ser humano, propicia o desenvolvimento do pensamento

artístico e tende a aguçar a reflexão necessária à formação de valores socioambientais. Sendo

a escola um espaço privilegiado para a realização da educação ambiental, defendemos uma

ação interdisciplinar que contemple a formação de conceitos, hábitos e atitudes

socioambientais com o apoio de atividades artístico-culturais. Concluímos que a arte e a

educação ambiental são ferramentas essenciais para o desenvolvimento de uma educação

crítica, que propicia a cidadania e reflexão. Destacamos, no entanto que é necessária uma

melhor articulação entre essas áreas de conhecimento, de modo a propiciar maior

aprofundamento teórico sem limitações aos aspectos meramente práticos. Isto torna necessária

a inclusão de forma mais intensa destas temáticas em todos os níveis de ensino e

primordialmente nos cursos de formação de professores, bem como nos projetos pedagógicos

das escolas.

PALAVRAS-CHAVE: Educação ambiental. Arte. Formação. Interdisciplinaridade.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, LINGUAGEM... NOS DISCURSOS DE ALUNOS

CONCLUDENTES EM LETRAS

José Marcos de França (UFPB)

RESUMO: Neste artigo, um recorte de nossa tese de doutoramento, temos como objetivo

apresentar os resultados parciais de nossas análises dos discursos de sujeitos-alunos do curso

Letras-português, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sobre as concepções de língua,

linguagem, gramática e ensino de língua materna a partir das respostas dos questionários

aplicados. Nosso propósito neste trabalho é analisar, sob os aportes da Análise do Discurso

(AD) francesa, os discursos sobre as concepções de língua, linguagem, gramática e ensino de

língua materna que possam revelar em que jogos de verdade estão envolvidos e que vontades

de verdade e saber-poder, que envolvem tais concepções, foram absorvidos pelos sujeitos-

alunos e como eles são revelados no seu dizer, no sentido de constatar se e até onde eles estão

alinhados com as “verdades” e “saberes” da proposta do Projeto Pedagógico do curso, o qual

objetiva formar “novos” professores sob os paradigmas das ciências da linguagem, com

concepções claras e objetivas de conceitos norteadores para o ensino de língua materna em

flagrante contraponto com um ensino normativo-gramatical tradicional. Os sujeitos-alunos em

foco desta pesquisa foram os concludentes do referido curso, do período 2012.2, formados

dentro da grade curricular implantada com a reforma curricular proposta no Projeto

Pedagógico que passou a vigorar em 2008.2. Isso se justifica na medida em que a grade

curricular “nova” procura abranger nas diversas disciplinas criadas as “novidades” científico-

linguísticas do campo das Letras, a começar pela terminologia empregada. Com esse

procedimento, buscamos averiguar com que concepções de língua, linguagem, gramática e

ensino de língua materna o egresso do curso Letras-português estava saindo do referido curso

para entrar no campo de trabalho, como professor de língua materna: se foram

“contaminados” pelos novos paradigmas conceptuais e como isso se revela.

PALAVRAS-CHAVE: Língua. Linguagem. Ensino de língua materna. Gramática. Curso de

Letras.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)

RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar as contribuições de

eventos de formação continuada vivenciados por professores de Língua Portuguesa

envolvidos no Programa Ensino Médio Inovador, doravante ProEmi. A pesquisa foi realizada

em uma escola pública estadual da zona urbana da cidade de Campina Grande – PB, durante

os meses de Junho e Julho de 2013. Para tanto, participamos e audiogravamos três eventos de

formação, todos voltados para a elaboração de enunciados para questões didáticas, ministrado

por uma professora da área de Letras da Universidade Federal de Campina Grande. A referida

formação continuada aconteceu na própria escola em que trabalham os docentes e, diante das

experiências vivenciadas, concluímos que a formação recebida contribuiu significativamente

para a formação profissional do professorado. Para fundamentação de nosso estudo nos

apoiamos em Alves (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nóvoa

(1991), Perrenoud (2002) e Tardif (2002). É importante destacar a relevância dos estudos da

Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem

contribuído expressivamente para o desenvolvimento de pesquisas dessa grande área que se

consolidou como Formação de Professores.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio Inovador. Formação continuada. Contribuições.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: UMA REALIDADE A SER

ANALISADA A PARTIR DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Maria Clivoneide de Freitas Freire

Maria de Fátima de Carvalho Dantas

Maria Bonfim Gonçalves

RESUMO: Este artigo objetiva contextualizar, discutir e analisar o processo de

ensino/aprendizagem de língua materna, a partir do livro didático de língua portuguesa

(doravante LDP), do 1ºano do ensino médio, de uma escola pública estadual, da cidade de Pau

dos Ferros/RN. O LDP a ser analisado é de autoria de Abaurre & Abaurre & Pontara (2010).

A análise será feita observando o fato de as autoras praticamente não apresentar uma proposta

didático-metodológica para trabalhar com as novas tecnologias (e-mail, blog, facebook,

twitter, entre outros exemplos afins), limitando-se apenas a fornecer endereços de sites.

Procedimento esse que parece não atende às necessidades prementes dos professores e dos

alunos, frente à vivência com o letramento digital, haja vista que essa vivência exige um

conhecimento sistematizado para evolução/ascensão dos sujeitos usuários. Para a realização

desse objetivo nos apropriamos das referências teóricas de Dimenstein (2011), Dickinson

(2005), Xavier (2004), Xavier et al (2011), Lima (2010), Brasil (2000), Bunzem e Mendonça

(2013), Shepherd e Saliés (2013), entre outros teóricos que discutem essa vertente.

Compreendemos que no atual contexto sociohistórico não se deve pensar o

ensino/aprendizagem de língua materna aquém da experiencialidade com o uso dos recursos

tecnoculturais mediados pelo computador conectado à internet. Dessa forma, avaliamos ser

imperioso que o livro didático de língua portuguesa, enquanto um recurso didático presente,

no dia a dia da sala de aula, esteja em sintonia com as alternativas de trabalho no âmbito das

múltiplas linguagens. Uma prioridade ímpar para os sujeitos aprendizes no que diz respeito ter

acesso ao letramento digital em prol do atendimento às suas necessidades sociais, dentro da

sociedade pós-moderna.

PALAVRAS-CHAVE: Livro didático de português. Novas tecnologias. Professores e alunos.

Ensino/aprendizagem de língua materna. Internet

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

BLOG: UMA FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO

INOVADOR

Maria Francilene Câmara Santiago (UERN)

RESUMO: Percebendo que numa escola estadual de Apodi, há um projeto no qual a

professora introduz o uso do Blog como ferramenta de aprendizagem, este artigo analisa o uso

pedagógico do Blog no Ensino Médio Inovador, como ferramenta de aprendizagem

colaborativa na construção e sistematização do conhecimento. Os objetivos específicos foram:

constatar como a escola trabalha com o Blog; analisar as condições de funcionamento e

utilização do Blog pela comunidade escolar; investigar como o Blog está sendo utilizado

como espaço de aprendizagem pelos estudantes e verificar se está sendo uma ferramenta para

melhorar os níveis de leitura e de escrita dos estudantes. Para atingir tais objetivos

desenvolvemos uma pesquisa de campo, de natureza qualitativa e caráter descritivo. Os

instrumentos de coleta foram: a análise das publicações no Blog Portal do AD e dois

questionários compostos de perguntas subjetivas aplicados respectivamente, junto à

professora e os 23 alunos envolvidos no projeto. Os dados coletados revelaram que há falhas

na metodologia, especificamente no que diz respeito à revisão dos textos por parte da

professora juntamente com os alunos, mas o Blog tem sido uma ferramenta de aprendizagem

interessante, pois motiva os estudantes na realização de atividades educativas fundamentadas

numa perspectiva formativa e serve também como ponto de partida para o desenvolvimento

das novas estratégias de ensino.

PALAVRAS CHAVE: Blog. Tecnologias. Escola. Aprendizagem.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: O TEXTO PUBLICITÁRIO NO PROCESSO

EDUCOMUNICATIVO

Anadelly Fernandes Pereira Alves (UERN)

RESUMO: A contemporaneidade vem sendo marcada por constantes mudanças na

comunicação, além de fortes transformações culturais e sociais. A globalização possibilitou

conexão em tempo real por meio da internet, favorecendo uma comunicação instantânea entre

diferentes partes do mundo, além de cruzar conteúdos adquiridos em diferentes mídias. Nesse

sentido, o atual cenário, brevemente descrito, deu à comunicação a possibilidade de ser vista

como parte de um processo educativo, criador de novas linguagens e de novas condições para

o aprendizado. Soares (2011) classifica a união entre a prática formal da escola e a informal,

presente nas tecnologias de comunicação, como Educomunicação, e reconhece a importância

da mídia para a educação, uma vez que cria novos campos de atuação que possibilitam a

convergência de saberes. A publicidade, como enunciatário dos discursos sociais, é presença

constante na sociedade atual, inclusive na escola, tanto para os educadores quanto para os

educandos. Com isso, a parte empírica desse estudo implica em uma pesquisa exploratória

baseada em uma revisão bibliográfica, buscando entender como o texto publicitário pode

auxiliar no processo educomunicativo. Conclui-se que o texto publicitário no ambiente

escolar motiva o aluno a não ser um receptor influenciado pelo discurso midiático, uma vez

que poderá leva-lo ao consumo exagerado.

PALAVRAS-CHAVE: Educomunicação. Linguagem. Texto publicitário.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

CONSTRUÇÃO DO GÊNERO PROJETO DE PESQUISA EM TURMAS DE

GRADUAÇÃO EM LETRAS

Joseane Campêlo da Silva (UFRN)

Profa. Orientadora Drª. Ana Maria de O. Paz (UFRN)

RESUMO: Este trabalho faz parte da pesquisa “Projeto de letramento com foco na escrita da

iniciação científica e suas implicações para a agência no domínio acadêmico” desenvolvido

na UFRN - CERES- DLC (Campus de Currais Novos). Seu objetivo consiste em relatar

vivências experienciadas pelos alunos da graduação em Letras ao produzirem projetos de

pesquisa em aulas da disciplina Produção de textos III. A pesquisa insere-se na vertente das

investigações de natureza qualitativa (BODGAN; BIKLEN, 1994; STAKE, 2011) e no

âmbito da Linguística Aplicada. Adotamos como procedimentos metodológicos a realização

de leituras teóricas, observação do processo de construção e apresentação dos projetos

produzidos no decorrer das aulas, assim como entrevistas realizadas com os alunos da

disciplina. Teoricamente, baseia-se nos pressupostos dos Estudos de letramento, mais

especificamente dos projetos de letramento (KLEIMAN, 2006, 2009; OLIVEIRA, 2007;

OLIVEIRA; KLEIMAN, 2008; SOARES, 2001; TINOCO, 2008; OLIVEIRA; TINOCO;

SANTOS, 2011), nos postulados da área da investigação científica ( FLICK, 2004;

CHIZZOTTI, 2000; 2006; MOREIRA; CALEFFE, 2006; KLEIMAN, 2002; GIL, 2002;

REY, 2003; SANTOS, 2004; ; SEVERINO, 2002; SZYMANSKI, 2002), e na teoria dos

gêneros (BRONCKART, 1999). Os resultados preliminares apontam que os alunos mesmo

enfrentando dificuldades em termos de escrita produziram projetos e apresentaram o gênero

em conformidade com as orientações propostas pelos referenciais estudados. O êxito na

referida produção se deve ao fato de seu desenvolvimento ocorrer de forma processual e

colaborativa, o que favoreceu significativamente a elaboração dos projetos. Além disso, o

reconhecimento da relevância da escrita do gênero para a agência dos colaboradores na

instância social e, sobretudo acadêmica. Nesse sentido, os dados revelam a ampliação da

compreensão dos alunos acerca da produção de projetos de pesquisa, assim como do percurso

em que se desenvolvem, o que se implica na melhoria de suas produções textuais na instância

em foco.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto de pesquisa. Graduação. Práticas processual e colaborativa.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL

Iranilson Pereira de Melo (UCAM)

RESUMO: As discussões que ascendem “o Local” têm como principais produções, os livros

memorialistas, que exaltam grandes nomes e famílias, “um espelho de uma história

tradicional” de meados do século passado, que apresentando pouco rigor cientifico, levando

em consideração que seus principais escritores fazem parte de famílias influentes da cidade,

ou ainda políticos com mandatos no poder legislativo na cidade no presente ou no passado.

Para tanto, o presente artigo tem por objetivo analisar a Lei Municipal 283/2009 na cidade de

João Câmara/RN que torna obrigatório o ensino de história local nas escolas do município. A

presente Lei requer um olhar/estudo cauteloso, pois, a proposta de se ensinar história, e neste

caso, história local, se deve propor a construção de um conhecimento critico reflexivo, que

permita aos discentes estarem ativos e participantes na sociedade, portanto, tendo os

professores quanto “formadores de opinião” ir além dos discursos dominantes, das

personalidades politicas que circulam na cidade; contudo, a efetivação da presente Lei acaba

“estimulando” aos docentes a utilização dos livros memorialistas sem que haja a

problematização devida do conteúdo escritos nos livros, reproduzindo discursos dominantes, e

muitas vezes tomados como verdades. Assim, o ato de se ensinar/estudar história local, deve

ser mais discutido no âmbito acadêmico, e permitir, novos estudos que posteriormente com os

seus resultados, a inserção de um conhecimento mais científico no espaço escolar, norteado

por boas práticas docentes dialogando com ensino/aprendizagem eficientes.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de história. História local. Lei 283/2009

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E

INOVAÇÃO NO PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR

Raniere Marques de Melo (UFCG)

RESUMO: O presente artigo expõe a discussão sobre o ensino de língua materna no

Programa Ensino Médio Inovador, tendo em vista que esse Programa é uma estratégia do

Governo para uma redefinição curricular do ensino médio. Diante disso, este trabalho se

propõe a refletir sobre o processo de inovação no ensino de língua, com foco na descrição do

documento orientador e das concepções de inovação nele demarcadas. Por isso, esta é uma

pesquisa, inicialmente, bibliográfica, valendo-se de uma abordagem qualitativa, tendo sido

desenvolvida a partir da observação e análise do referido documento. Os apontamentos

teóricos utilizados, aqui, apresentam uma reflexão sobre as práticas sociais de leitura e de

escrita e sobre as perspectivas que o ProEMI tem dado a elas: Letramentos múltiplos

(STREET, 2007; ROJO, 2009; KLEIMAN, 1995) e multiletramentos. Na esteira desse

entendimento teórico, nosso objetivo é discutir quais as orientações do Documento Orientador

do Programa, no que se refere ao ensino de Língua Portuguesa e do macrocampo Leitura e

Letramento. Os resultados, ainda que incipientes, leva-nos a entender o Programa exercendo

um papel determinante na produção da inovação escolar, embora que, apresente, por vezes,

vestígios de um ensino tradicional. Por fim, consideramos que a inovação pode aparecer do

discurso do Governo, nos instrumentos utilizados para o trabalho docente e, por último, na

ação da escola. Salientamos que algumas melhorias devem ser feitas, por exemplo, quanto ao

trabalho de formação docente, para o desenvolvimento de uma prática de ensino inovadora.

PALAVRAS-CHAVE: Inovação curricular. Práticas inovadoras. Ensino de Língua.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

FORMAÇÃO DOCENTE, INICIAL E CONTINUADA: O QUE PENSAM

PROFESSORAS COM FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA SOBRE ESSAS QUESTÕES?

Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)

RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar e discutir as concepções

de formação docente, inicial e continuada de professoras atuantes no Ensino Fundamental I de

uma escola da rede privada localizada na zona urbana da cidade de Campina Grande – PB. A

pesquisa foi realizada no ano de 2011, quando cursávamos a Especialização em Linguística

Aplicada ao Ensino de Língua Materna da Universidade Federal de Campina Grande. Para

tanto, entrevistamos 15 professoras, em contexto de planejamento pedagógico realizado na

própria escola em que trabalham as docentes. Como aporte teórico, nos fundamentamos em

Carreira (1999), Cordeiro (2009), Ferry (1987), Honoré (1980), Marques (2006), Nóvoa

(1991), Tardif (2010), entre outros. O nosso estudo, além de contribuir com uma significativa

discussão acerca do que pensam professoras com formação em Pedagogia acerca da formação

docente, inicial e continuada, também contribui com um exame bibliográfico acerca da

Formação de Professores no Brasil, campo de estudos cada vez mais abrangente. É importante

destacar a relevância dos estudos da Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho,

uma vez que esse campo tem contribuído expressivamente para o desenvolvimento de

pesquisas dessa grande área denominada Formação Docente, evidenciando, entre tantas outras

questões, o professor, suas práticas e concepções.

PALAVRAS-CHAVE: Formação docente. Inicial e Continuada. Pedagogas. Concepções.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

GLOBALIZAÇÃO, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO: O DISCURSO MERCANTILISTA

DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO EM NATAL/RN SOB A

PERSPECTIVA DA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO

João Batista da Costa Júnior (UFRN)

RESUMO: Diante dos processos e discursos da globalização, os eventos sociais e discursivos

passam por mudanças profundas em suas configurações, destacando a hegemonia do discurso

neoliberal frente às inúmeras transformações que ocorrem na sociedade global. Nesta

perspectiva, refletir criticamente sobre as questões de linguagem no contexto da globalização,

procurando entender como as práticas discursivas são afetadas em função das mudanças por

que passam o mundo global revestido por ideologias, lutas hegemônicas e relações de poder

constitui-se num fecundo debate inerente à relação entre discurso e sociedade. Neste sentido,

este trabalho, ancorado no aporte teórico-analítico da Análise Crítica do Discurso (ACD), em

sua vertente transdisciplinar (FAIRCLOUGH, 2006), tem como objetivo analisar a

recontextualização e a comodificação discursiva por que passa a educação no contexto da

globalização. A pesquisa assenta-se no paradigma qualitativo-interpretativista. O corpus

analisado concentrou-se numa pequena amostra de anúncios e outddors usados nas campanhas

publicitárias de instituições privadas de ensino em Natal/RN no ano de 2010. Os dados

evidenciam que a educação oferecida pelas instituições privadas, no contexto da globalização,

configura-se como uma agência mercadológica e que a nova face do discurso educacional está

imbricada a uma representação social de ensino como uma mercadoria na economia do

conhecimento emergente. Portanto, a pesquisa autoriza-nos a inferir que, com a crescente

difusão da mercantilização do ensino, o conhecimento tornou-se um poderoso mercado da

indústria cultural, midiática e mercantilista.

PALAVRAS-CHAVE: Análise Crítica do Discurso. Globalização. Linguagem. Educação.

Recontextualização.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

LEITURA X CONDIÇÃO HUMANA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA

Altaíza Rosângela da Silva Pereira (UERN)

Maria Lúcia dos Santos (UERN)

RESUMO: O presente trabalho ocupa-se das questões pertinentes à leitura e literatura,

buscando perceber a influência que exercem na formação da cidadania. Essa preocupação não

se restringe ao ambiente escolar, ultrapassa os muros da escola, estabelece relações de

analogia entre a leitura e a literatura, analisando de forma sucinta a sociedade contemporânea.

Enfoca a sociedade pós-moderna e os avanços tecnológicos. Aborda o atual contexto, a

modernização do mundo que se intensifica a partir da Revolução Industrial, ganha proporções

e atravessa os tempos, adentrando no nosso cotidiano. Aqui são tecidas considerações à luz de

diversos autores com o intuito de despertar reflexões acerca dessas diversas situações sob o

manto pós-moderno. Discorre sobre a supervalorização das altas tecnologias em detrimento

da formação e condição humana. Enfatiza a sociedade pós-moderna tendo a pretensão não de

apontar caminhos ou respostas, mas de ocasionar reflexões sobre a educação condizente a

esse momento, no qual se invertem os valores, os limites são desrespeitados, valores éticos e

princípios morais são relegados a um plano secundário. Questiona-se qual o papel da leitura e

da literatura como instrumento para o resgate de valores e formação da cidadania. Busca-se

respaldo teórico em estudiosos educadores, tais como Rubem Alves, Edgar Morin, José

Carlos Libâneo, Paulo Freire, entre vários outros autores que se ocupam do atual momento,

do período de transição, voltando sua atenção para o futuro da humanidade e considerando a

importância da educação para as gerações futuras. Estes autores defendem também a

construção de uma sociedade mais justa, igualitária, consciente e crítica, tratando de questões

relacionadas à condição humana. Questiona-se ainda de que maneira a leitura e a literatura

podem corroborar para a formação de cidadãos reflexivos, críticos e conscientes, capazes de

selecionar, assimilar e utilizar as informações recebidas, interpretando-as e transformando-as

em conhecimento pertinente, tornando-se, dessa forma, autores, sujeitos de sua própria

história, valores e princípios éticos/morais, priorizando a condição humana em todas as suas

dimensões.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Sociedade pós-moderna. Educação humanizadora.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

LETRAMENTO DIGITAL: UM OLHAR SOBRE O DOCENTE NO USO DAS

TECNOLOGIAS E DAS MÍDIAS NA CONTEMPORANEIDADE

Raimunda Valquíria de Carvalho Santos ( UFRN)

Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria de Oliveira Paz (UFRN)

RESUMO: Neste novo contexto global, a informação transformou-se no produto mais

importante para o desenvolvimento econômico, político e social de cada nação, e não apenas

o acesso à informação é determinante para a participação ativa e democrática na sociedade,

como a produção e disseminação do conhecimento podem ajudar de forma significativa para a

construção da cidadania. Dessa forma, a educação tem um papel fundamental, na inserção

desse novo contexto no ambiente escolar, sendo, portanto inquestionável a necessidade da

inserção e do uso das novas tecnologias e das mídias na sala de aula, tendo em vista que

aparecem como recursos essenciais para o ensino e a educação não pode subtrair-se a essas

inovações. Mesmo diante dessa realidade, ainda observamos nas escolas que há resistências

por parte dos professores quanto ao uso dos artefatos tecnológicos e das mídias na sala de

aula, sendo esse um motivo que gera discussões e suscitam a criação de programas de

formação que possam dar suporte e norteamentos no tocante ao letramento digital dos

docentes, vislumbrando uma prática diferenciada. Assim sendo, objetivos nessa pesquisa

apresentar discussões teóricas sobre a receptividade e uso por parte dos docentes das

tecnologias e das mídias em suas práticas pedagógicas cotidianas, como também

apresentarmos um panorama dos programas de formação continuada na área das novas

tecnologias encaminhados as escolas públicas brasileiras nas últimas décadas. Trata-se de

uma investigação de natureza qualitativa de caráter bibliográfico (BOGDAN; BILKLEN,

1994; GIL, 2008). Teoricamente, ancoramos este estudo nos postulados que discorrem sobre

as tecnologias na sala de aula e no letramento digital docente (DELORS, 2005; LEPELTAK,

2005; KENSKI, 2008; HANCOCK, 2005; GUZZI, 2006; FARIA, 2002, COLL, 2004; COPE,

KALANTZIS, 2000; BUZATO, 2001, ARAÚJO, 2010, 2012) dentre outros. Os resultados

evidenciam que ainda há forte resistência dos docentes quanto ao uso das tecnologias e das

mídias na sala de aula, uma vez que esses artefatos são utilizados mais para o uso nas

atividades de cunho pessoal e menos profissional, inviabilizando assim, o uso de recursos que

contribuem para uma prática pedagógica diferenciada, quando atentamos para a sociedade e

os cidadãos que a compõem na contemporaneidade.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento digital. Novas tecnologias na sala de aula. Prática

docente.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

LITERATURA INFANTIL: CONSTRUINDO SIGNIFICADOS E DESPERTANDO O

IMAGINÁRIO

Maria Carmem Silva Batista (UERN)

RESUMO: O presente trabalho representa a investigação e busca constante da compreensão

acerca das concepções de literatura infantil que fundamentam a prática docente no processo

de formação leitora dos discentes. Isto por compreendermos que a concepção de Literatura

Infantil direcionada somente para desenvolver uma habilidade de leitura ou como ferramenta

para se aplicar instrução moral acaba por tornar-se inadequado frente à formação de um leitor

literário. Uma vez que entendemos, o bom leitor, como aquele indivíduo que ao ser envolvido

em uma relação de interação com a obra literária, procura compreender o texto e o relaciona

com o mundo em que está inserido, construindo, reconstruindo e elaborando novos

significados. Acreditamos ser desta forma que a leitura contribui significativamente para uma

sociedade letrada, bem como no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual. Para

isso, nos fundamentamos teoricamente em autores como ABRAMOVICH (1997), ARROYO

(1990), LAJOLO (2008) entre outros. O foco deste trabalho versa sobre como os docentes de

uma escola da zona rural do Município de Mossoró concebem e desenvolvem a proposta da

literatura infantil nas turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil. Concepções e Práticas. Leitor Literário. Formação

do Leitor.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

O DISCURSO RELIGIOSO: DA INTERDISCURSIVIDADE AOS EFEITOS DE

SENTIDOS

Manoel Guilherme de Freitas (UERN)

Josefa Christiane Mendes Martins (UERN)

RESUMO: O presente artigo objetiva fazer um estudo/análise do discurso religioso do sumo

pontífice Francisco proferido em entrevista ao Programa Fantástico, no decorrer da Jornada

Mundial da Juventude 2013 que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro. Na entrevista, o bispo

de Roma falou para o Fantástico sobre os escândalos no Vaticano, os protestos no Brasil, a

perda de fiéis da Igreja Católica e sobre o exemplo de simplicidade que prega para o clero.

Analisaremos a partir deste discurso as formações ideológicas e a interdiscursividade

estabelecida e os efeitos de sentido explicitados, a partir da pregação do Santo Padre. Para

este fazer acadêmico nos respaldaremos nos construtos teóricos da Análise do Discurso com

Mussalim (2003), Mazzola (2009) e Orlandi (2006).

PALAVRAS-CHAVE: Interdiscursividade. Formações ideológicas. Efeitos de sentidos.

Discurso do Papa Francisco.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES:

VISÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA CAMPOS CENTRAL/UERN

Antonia Maíra Emelly Cabral da Silva Vieira (UERN)

RESUMO: A sociedade atual passa por diversas transformações que alocam a escola como

geradora de conhecimentos necessários a vivência, com isso o professor torna-se fundamental

para mediação dos saberes, bem como problematização das idéias, a fim de provocar a busca

por novas aprendizagens que se tornem essenciais para uma formação social, humana e

cultural, satisfatória, com intuito de atender as necessidades da sociedade contemporânea.

Nessa perspectiva, a prática pedagógica impõe desafios teórico-práticos aos futuros

professores, fato que reforça estudos e debates sobre a formação inicial para atender a tais

necessidades. Destaca-se, assim, na formação acadêmica, o estágio supervisionado como eixo

central formativo nos cursos de licenciatura. Objetiva-se nesse estudo preliminar, identificar e

refletir sobre as contribuições dos estágios I e II na formação de professores, para esse fim

busca-se depoimentos e reflexões dos discentes do 7º período, noturno, no semestre 2013.1 do

curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Pesquisa de

natureza qualitativa, quanto aos fins, e pesquisa bibliográfica, quanto aos meios Apóia-se nos

estudos de Pimenta E Lima (2004), DUBAR (1997), Imbernom (2002), Novoa (1997).O

método de coleta de dados utilizado foi a entrevista semi-estruturada fundamentado pelos

autores Richardson (2010) e MACEDO (2006).A prática do estágio supervisionado destaca-se

como lócus na busca de estratégias para atuação do professor iniciante e construção da sua

identidade. Os saberes construídos através dessa prática corroboram para construção de

conhecimentos necessários a atuação desse profissional, a experiência adquirida através dessa

prática supera expectativas dos alunos que muitas vezes ansiosos pelo primeiro contato são

tomados por sentimentos como medo e angustia. Os dados revelam que o estágio contribui

para diálogos e reflexão acerca dos saberes pedagógicos e práticos, superação das dificuldades

iniciais para atuação pedagógica e construção da identidade profissional. Nesse sentido, visa

uma interação maior do aluno com o seu campo de exercício docente como também com a

contextualização das teorias aprendidas, possibilitando que o indivíduo possa crescer como

profissional e como humano, tendo a probabilidade de aprimorar seus conhecimentos e

adquirir saberes essenciais à docência.

PALAVRAS-CHAVE: Formação inicial. Estágio. Professor.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

O PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE E O PROCESSO DE ENSINO

APRENDIZAGEM DO ALUNO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO IDEB

Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN)

Maria Macivânia da Costa (UERN)

RESUMO: Esta pesquisa surgiu da necessidade em analisar baseando-se em dados do IDEB

(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), como se dá a relação do professor do Rio

Grande do Norte e o processo de aprendizagem do aluno da Educação Básica- Ensino Médio

do Estado do Rio Grande do Norte. É, portanto, na tentativa de compreender a causa que está

dificultando o avanço da aprendizagem do aluno do Ensino Médio do Rio Grande do Norte

que recorremos a alguns documentos oficiais e teóricos nacionais e internacionais como

Ramalho (1993), Ramalho, Nuñez, Guarthier (2003-2004), Schon (2000), Imbernom (2010),

Tardif ( 2002-2005), Garrido e Mora( 2000), a Lei de Diretrizes e Bases n° 9.394/96, dentre

outros que venham a contribuir no entendimento da problemática da pesquisa. Para tanto, a

nossa pesquisa, caminhará por uma abordagem qualitativa e quantitativa, inserida no enfoque

etnográfico, numa tentativa de nos voltarmos para as concepções e/ou significados

teóricos/práticos. Diante de tantos posicionamentos á respeito de como desenvolver uma ação

pedagógica eficaz, ficamos a questionar ainda mais sobre o que está faltando para o professor

desenvolver uma prática pedagógica que supere o baixo nível de aprendizagem da educação

básica do Rio Grande do Norte, visto que os indicadores do nível de aprendizagem de nosso

aluno de 2005 a 2009 apesar de atender as metas previstas em relação ao estado, porém em

relação ao Brasil estes índices são baixos. Outra causa que nos inquieta é que a pesar dos

índices atenderem as metas previstas percebemos enquanto educadores que esses índices não

condizem com a realidade de nossas escolas.

PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento. IDEB. Ensino/aprendizagem. Aluno. Professor.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

O TRABALHO COM A IMAGEM EM CONTEXTO ESCOLAR:

REPRESENTAÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Ana Cláudia Soares Pinto (UFPB)

RESUMO: As significativas mudanças ocorridas no mundo do trabalho, principalmente

depois da década de 90, passaram a considerar a educação como um trabalho intelectual

fazendo emergir um novo objeto de estudo em cena - o trabalho docente. Surge a

oportunidade e a necessidade de se aprofundar a reflexão enfocando o trabalho do professor

não só a partir do que dizem/escrevem sobre este profissional, mas verificando, entre outras

coisas, o que esse profissional diz sobre seu fazer. Neste cenário, o trabalho do professor é

visto como uma atividade que possibilita uma abertura reflexiva inclusive ampliando as

possibilidades de melhor se compreender sua complexidade. Diante desse contexto, este

artigo tem como objetivo analisar algumas representações de uma professora do Ensino

Fundamental sobre o trabalho com o texto imagético em sala de aula. Sob a orientação

teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo, representada principalmente pelos

trabalhos de Bronckart (2004, 2006), Machado (2007, 2009) e Bueno (2009) analisamos

respostas de uma entrevista semiestruturada feita com a professora observando as marcas

linguísticas e representações do agir presentes nesse texto. Identificamos quais figuras do agir

são mais recorrentes no seu discurso e que implicações os resultados que identificamos têm

sobre a interpretação do trabalho docente com o texto imagético em sala de aula. Como

resultado, observamos a presença predominante da figura de ação canônica nas respostas o

que demonstra um discurso impessoal, com poucas marcas de implicação da professora com o

contexto em que atua.

PALAVRAS-CHAVE: Representação. Figuras do agir. Interacionismo Sociodiscursivo

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

POR QUE (NÃO) ENSINAR LITERATURA POTIGUAR NA ESCOLA?

André Magri Ribeiro de Melo (UERN)

Jaiza Lopes Dutra Serafim (UERN)

Kuesia de Farias Freitas Mendes (UERN)

Lílian de Oliveira Rodrigues (UERN)

RESUMO: Este trabalho origina-se a partir do planejamento, desenvolvimento e observação

de oficinas pedagógicas acerca do texto literário numa turma de ensino médio na Escola

Estadual Juscelino Kubitschek, do município de Assu/RN. O registro desse trabalho constitui

parte do subprojeto “Literatura na sala de aula: da formação de leitores à formação de

professores”, no âmbito do programa PIBID-UERN/LETRAS/ASSU. Neste trabalho, nos

propomos a discorrer em torno de um questionamento de suma importância em nossa atual

sociedade: por que (não) ensinar literatura na escola? Objetiva-se estudar as concepções que

norteiam os processos de ensino e aprendizagem do texto literário em sala de aula, a partir da

experiência construída juntos aos alunos da 1ª série do Ensino Médio. Procedeu-se

metodologicamente a partir da organização e produção das oficinas pedagógicas,

desenvolvimento in loco e posterior análise e reflexão com vistas a discutir o porquê do

ensino de literatura na esfera escolar. Percebeu-se que as práticas pedagógicas ligadas à

literatura foram, por um tempo crucial da vida escolar dos alunos observados, apagadas ou

deixadas à deriva, sem um enfoque propriamente específico, teoricamente embasado e

educativamente transformador. Há que se observar, no entanto, que diante dessa realidade o

gosto pela literatura é nato – mesmo que num primeiro contato consciente, ou numa

continuidade das experiências extraescolares.

PALAVRAS-CHAVE: Texto Literário. Ensino. Escola.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Charles Carlos da Silva (UERN)

Diego Dias de Queiroz (UERN)

Maria da Paz de Aquino Amorim (UERN)

RESUMO: A psicologia da educação está relacionada ao desenvolvimento e a aprendizagem,

abordando situações do cotidiano, dando ênfase a escola como espaço de socialização do

sujeito. Para a compreensão do papel do professor e do aluno e das interações entre a escola,

família e sociedade. É fundamental entender alguns conceitos trazidos por alguns teóricos da

educação. Este artigo tem como objetivo identificar as percepções que os professores

acadêmicos têm sobre sua atuação no processo de ensino-aprendizagem dos alunos e analisar

questões referentes aos modos de aprendizagem, as estratégias de mediações pedagógicas,

como também, as dificuldades e facilidades encontradas ao se trabalhar em sala de aula. Este

trabalho é fruto de uma pesquisa desenvolvida com docentes, versando sobre as mediações

pedagógicas e a forma do professor trabalhar a psicologia em sala de aula. Nesse sentido,

discute-se como o aluno aprende, quais estratégias são utilizadas, quais as dificuldades

encontradas e as diversas visões de teóricos sobre aprendizagem. Para a realização desse

trabalho, realizou-se pesquisa bibliográfica dos autores: AMARAL (2007); ROGERS (1986);

PRETI (2010) e levantamento de informações, utilizando como recurso principal, o

questionário, aplicado a um professor da rede municipal de ensino de Martins/RN. A partir

desse estudo, pode-se inferir que a aprendizagem é uma construção mediada que requer

organização, disciplina e planejamento.

PALAVRAS-CHAVE: Psicologia da Educação. Ensino-aprendizagem. Socialização.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

“QUE SAUDADES DA PROFESSORINHA...”: VOZES DA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

DE SÃO JOSÉ DA LAGOA TAPADA – PB

Rozilene Lopes de Sousa (UFCG)

RESUMO: A história da educação brasileira tem dado margem e estudos diversos que

cuidam de enxergar a gênese do sistema educacional, ao longo dos tempos. Sob este prisma, o

presente trabalho objetiva analisar a estruturação do campo educacional de São José da Lagoa

Tapada, município do Alto Sertão paraibano,, pelo viés da educação primária, a partir da

criação da Escola Genésio Araújo. Discute-se, assim, a importância das memórias de

professoras que atuaram, principalmente, entre os anos 60 e 70, naquela cidade, sob a forma

de narrativas gravadas para a (re) construção de momentos significativos da história da

educação brasileira e do município em foco. Entende-se, assim, que o estudo contribui para

que, a partir da escuta e escrita de histórias de vidas dessas professoras, discuta-se a

identidade do professor e as concepções de educação e sociedade veiculadas nas práticas

cotidianas relatadas pelas colaboradoras, com vistas a enxergar os reflexos da educação

brasileira no processo de democratização da sociedade. Referenda-se pela pesquisa que o

emaranhado de sentidos bordados nas práticas docentes em diversos momentos da história

brasileira, não pode deixar de ser tomado como pressuposto para análise do trabalho

desenvolvido na maioria das nossas escolas, sobretudo nas de Educação Infantil e Ensino

Fundamental.

PALAVRAS-CHAVE: História da Educação. Ensino Primário. Memórias de Professoras.

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GT 3 DISCURSOS E PRÁTICAS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

TEXTO LITERÁRIO E ENSINO: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO

PROPOSTA DE ENSINO PARA OS CONTOS MACHADIANOS

Elizabeth Nascimento de Lima (UFRN)

Iranildo Mota da Silva (UFRN)

RESUMO: Hoje no Brasil, um dos temas mais debatidos nos cursos de letras é a forma de

como se apresenta o ensino de Literatura. Seja em relação à postura do professor, como se

encontra o interesse dos alunos, quais os recursos dispostos pela escola e quais são as

metodologias que se dispõem, os debates se afloram. O que se apresenta como certeza é o

quanto a Literatura é importante para o processo de humanização destes alunos. Segundo

Cândido (1995) a literatura é uma necessidade universal, pois ela dá aos alunos forma aos

seus sentimentos e à visão de mundo que os humaniza. Desta forma, negá-la seria mutilar a

humanização dos sujeitos. Para isso é importante que saibamos que ensinar Literatura não é

dividi-la, mas apresentá-la em toda a sua plenitude, sem dividi-la em textos adequados ou

inadequados. Percebe-se, portanto, que o professor de Literatura se vê em um grande impasse:

Como ensinar Literatura e quais são as metodologias que captam a atenção dos alunos para o

texto literário. Por conseguinte, objetivamos com este trabalho apresentar uma proposta

pedagógica para o ensino do texto literário Machadiano. Para isso nos baseamos nos estudos

desenvolvidos por Cosson (2006) que apresenta uma sequência didática para o ensino de

literatura. Desta forma aplicamos a sequência expandida apresentada por este autor no livro

“Machado de Assis para principiantes” de Marcos Bagno e a apresentamos como uma das

“armas” das quais o professor pode fazer uso para lograr êxito no que concerte ao ensino do

texto literário em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura e ensino. Texto Literário. Contos Machadianos. Sequência

didática.

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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,

EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA

A ESCOLA ESPECIALIZADA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO MUSICAL

PLURAL: UM PANORAMA GERAL PARA UM ESTUDO SINGULAR NA EMUFRN

Ana Claudia Silva Morais (UFRN)

Carolina Chaves Gomes (UFRN)

RESUMO: As escolas especializadas em música são espaços diversificados que podem

agregar variadas atividades de ensino e aprendizagem musical desde o âmbito de ensino

formal ao informal no decorrer da formação de seus participantes. De maneira geral, essas

escolas não estão subordinadas às exigências da LDBEN 9.394/96 em termos de

regulamentação curricular (BRASIL, 1996), são livres do controle de agências do Estado ou

de instituições religiosas, não conferem diplomas reconhecidos pelo Ministério de Educação e

seu ensino se enquadra dentro da educação profissional de nível básico (CUNHA, 2009). Com

a falta de regulamentação específica há escolas especializadas em música com múltiplos

objetivos e currículos, caracterizando assim, as Escolas de Música Livre que são

prioritariamente privadas. Entretanto, no contexto da escola especializada, identificamos que a

Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – EMUFRN – apresenta

características distintas por estar vinculada a Universidade Federal e possuir uma escola

técnica, tratando-se de uma autarquia, detentora de autonomia administrativa, patrimonial,

financeira, didático-pedagógica e disciplinar (Lei nº 12.677/2012). Dessa forma, temos

interesse em refletir sobre a mesma com objetivo de caracterizar o ensino e aprendizagem

musical na escola especializada em música, enquanto espaço de formação e especificamente

nos cursos de graduação da EMUFRN, visto que essa escola contempla, dentre outros cursos,

a graduação em música – bacharelado, voltada para o ensino do instrumento e a licenciatura

visando a formação docente em múltiplos contextos educacionais, proporcionando eventos

musicais, concertos e outros fazeres artísticos, onde alunos e professores são envolvidos

interagindo através da performance individual ou coletiva. Assim, para melhor entendimento

sobre esse contexto observamos dados legais, estruturais, curriculares e questionamos alguns

professores e alunos por meio de amostragem não probabilística nos quais os participantes

foram selecionados por conveniência. Como essa fase de investigação está em andamento,

espera-se que os resultados possam trazer relatos de vivências e experiências que oportunizem

uma melhor compreensão acerca da escola especializada em música quanto a formação

musical e às interações presentes nesse ambiente plural referentes ao ensino de música e a

performance.

PALAVRAS-CHAVE: Escola especializada. Formação musical. Escola de Música da

UFRN.

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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,

EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA

DIVISÕES RÍTMICAS EM GRÁFICOS ESPAÇO-TEMPORAIS

Antônio Carlos Batista de Souza (UERN)

RESUMO: O ritmo é um fenômeno natural à vida independentemente de qual seja o reino.

Os ciclos dos anos, das estações, das marés, das fases ergotróficas e trofotróficas, da digestão,

da pulsação cardíaca, da respiração, etc., estão manifestados no cotidiano. Na música,

especificamente, o ritmo requer uma ordenação elaborada muitas vezes artificialmente

exigindo do executante um raciocínio sistemático para as realizações e/ou percepções

temporais, muitas das vezes complexas. No estudo da Teoria e Percepção Musical é comum

serem observados diferentes níveis de compreensão e internalização temporal, no que diz

respeito à realização e percepção rítmica onde no processo da construção e assimilação de

saberes vários métodos apresentam os tradicionais solfejos rítmicos e jogos virtuais

disponibilizados na internet apresentam propostas diversas como elementos facilitadores para

tal fim. Entretanto, é perceptível a dificuldade de alguns que se dão ao estudo musical, quanto

à assimilação das elaborações rítmicas e consequentemente, à manutenção da constância

temporal em suas execuções. O trabalho em tela trata-se de um relato de experiência no qual

por mais de uma década o proponente apresenta situações de pulsações, sub pulsações e

divisões rítmicas através da visualização em gráficos onde o leitor tem a possibilidade de

vivenciar uma localização espaço-temporal, de forma a utilizar de um recurso até então

supostamente não empregado pata tal fim. Acrescido a isto, também é proposta a utilização de

fonemas que substituem a contagem das sub-pulsações nas situações propostas, onde se tem

verificado uma maior clareza entre os alunos, no tocante ao início do aprendizado do solfejo

rítmico, realização de síncopes em compassos simples e compostos, quiálteras, compassos

complexos.

PALAVRAS-CHAVE: Educação musical. Percepção Musical. Solfejo Rítmico.

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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,

EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA

ENSINO E APRENDIZAGEM DE MÚSICA: CORAL INFANTO JUVENIL

SEMENTINHA (NATAL/RN)

Priscila Gomes de Souza (UFRN)

RESUMO: O presente artigo aborda um relato de experiência no coral infanto-juvenil da

Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Templo Central de Natal/RN. Na atividade com o

coral iniciou-se um processo de musicalização com vistas a uma melhoria do desempenho

musical de cada um e do grupo e, indiretamente, que contribua com a melhoria da

concentração, disciplina, capacidade de agir coletivamente e para a socialização dos

participantes. O canto coral é atividade de expressão artística muito valorizada no âmbito de

instituições religiosas. É, mesmo, uma das bases centrais para a objetivação da liturgia. A

ação pedagógica e musical envolveu 60 crianças e adolescentes, de 9 a 14 anos de idade. Toda

a atividade foi registrada em diários de campo durante o período de fevereiro de 2011 a

setembro de 2013. Foram registradas as atividades de contato e abordagem de músicas; de

aprendizagem de técnicas básicas de canto; do desenrolar do envolvimento de cada

participante com a música e com o grupo; de ensaios e apresentações. O Coral Infantil

contribuiu para a musicalização de membros da Igreja e da comunidade; para o

desenvolvimento de aspectos cognitivos, emocionais e sociais dessas crianças. Sendo o

Coral Infantil um excelente instrumento didático-pedagógico no processo de ensino e

aprendizagem musical, entendemos que conseguimos promover a prática musical coletiva, o

gosto pela música e pelo canto e o desenvolvimento pessoal e social.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Musical. Ensino e Aprendizagem de Música. Coral

Infantil.

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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,

EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA

FORMAÇÃO MUSICAL ESPECIALIZADA E PROPOSTA CURRICULAR:

REFLEXÕES E DESAFIOS NA CONTEMPORANEIDADE

Isac Rufino de Araújo (UERN/UFRN)

RESUMO: Este artigo traz reflexões sobre aspectos a serem considerados para elaboração de

propostas curriculares contemporâneas, concernente à formação musical visando chamar a

atenção das escolas, em especial neste caso, as especializadas em ensino de música, as quais

tem uma tendência histórica em reproduzir modelos educacionais musicais

descontextualizados da vivência dos alunos perpetuando assim a hegemonia curricular

herdada do eurocentrismo. Através de uma análise bibliográfica sobre o tema, entendemos o

quão emergente é a temática aqui apresentada tendo em vista os benefícios que a discussão

poderá trazer para a área de educação musical em seus diversos níveis. O filósofo da educação

musical David Elliott trata da organização e implementação de currículos como “práticos”,

“reflexivos” – “reflective musical practicums” (ELLIOTT, 1995, p. 241-295). Para Elliott

(1995, p. 271-272), é preciso ainda muito trabalho para transformar “programas ‘baseados em

produtos’” em “práticas musicais reflexivas” A proposta pedagógica e o corpo docente das

instituições devem ter a consciência deste aspecto sabendo aproveitar o discurso musical do

aluno agregando novos conhecimentos a partir de sua experiência, tornando o aprendizado

mais interessante. Podemos perceber que a hegemonia curricular não deve prevalecer como

uma determinação ou escolha plausível em virtude da heterogeneidade dos indivíduos em

nossa sociedade com seus respectivos traços culturais característicos. Não é possível aplicar

um modelo de proposta curricular único para atender os diversos objetivos dos alunos nem

desconsiderar suas experiências prévias. Concluímos que o desafio das instituições de ensino

musical está em determinar uma prática pedagógica adequada que estimule a reflexão crítica

sobre a prática, qualifique o conhecimento, e preserve a essência da experiência prévia

garantindo a evolução musical do ingressante e sua continuidade até concluir o curso. Com

esta análise bibliográfica esperamos contribuir para a reflexão sobre o tema exposto tendo em

vista sua pertinência ainda na atualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Proposta curricular. Escola especializada em música. Contexto do

aluno. Experiência prévia. Práticas musicais reflexivas.

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GT 4 - ENSINO DE MÚSICA EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS: PERSPECTIVAS,

EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA ESPECIALIZADA NA EMUFRN

Ana Claudia Silva Morais (UFRN)

Carolina Chaves Gomes (UFRN)

RESUMO: O estágio supervisionado se configura como uma oportunidade para aliar os

conhecimentos teóricos desenvolvidos ao longo do curso de formação inicial com a prática

em sala de aula, oferecendo ao estudante possibilidades reais da prática docente, prontidão

para a resolução de problemas, desenvolvimento da criatividade e desenvoltura no pensar

pedagógico durante os planejamentos e execução das aulas. A estrutura curricular da

graduação em música – licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte –

UFRN corresponde a quatro estágios supervisionados como disciplina obrigatória, pois de

acordo com a LDB – lei nº 9394/96, os estágios constam de atividades de prática pré-

profissional, exercidas em situações reais de trabalho, nos termos da legislação em vigor,

contudo, nesse trabalho vamos delimitar o campo de discussão a uma dessas disciplinas, o

Estágio Supervisionado II referente à prática docente em escolas especializadas em música.

Dessa forma, o artigo objetiva relatar como se deu a estruturação da disciplina, quais foram as

estratégias utilizadas para a condução da mesma e quais os impactos percebidos de acordo

com a percepção das supervisoras do estágio e dos estudantes envolvidos durante o estágio

supervisionado II. Essa disciplina possui carga horária de cem horas, sendo trinta hora/aula

presenciais na EMUFRN; vinte hora/aula de observação da prática profissional do docente

supervisor de estágio na escola especializada; vinte hora/aula de regência de classe realizada

na(s) turma(s) observadas do docente supervisor e trinta hora/aula para a elaboração do

relatório final, o qual acontece concomitantemente às aulas presenciais. A professora da

disciplina atua como mediadora desse processo mantendo um acompanhamento próximo ao

aluno ao trazer leituras e fundamentações teóricas referentes ao campo de estágio, a escola

especializada, informações sobre o campo de atuação docente, o Curso de Iniciação Artística

– CIART e orientando os planejamentos dos graduandos para a regência em sala de aula.

Como resultado, observa-se que as estratégias utilizadas durante condução da disciplina

permitiram um diálogo fundamental a respeito da prática docente, pois os alunos expõem suas

preocupações, as soluções encontradas, tiram dúvidas surgidas durante a regência e/ou

observação, entre outros aspectos, de forma que possam adquirir autonomia, sintam-se mais

seguros e obtenham uma maior compreensão do contexto da realidade social da escola de

música, permitindo assim, um posicionamento crítico e reflexivo da realidade encontrada

pelos estagiários.

PALAVRAS-CHAVE: Estágio supervisionado. Escola especializada em Música. Escola de

Música da UFRN. CIART.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

A APRENDIZAGEM DOS PRETÉRITOS PERFECTO SIMPLE E PERFECTO

COMPUESTO POR MEIO DE NOTICIAS DE JORNAL ONLINE, EL EXCÉLSIOR

André Silva Oliveira (UFC)

Germana da Cruz Pereira (UFC)

RESUMO: Este trabalho se pauta no pressuposto de que os pretéritos perfecto simple e

perfecto compuesto são utilizados, em noticias de jornal, na variedade continental (mexicana),

conforme a norma padrão da Língua Espanhola. O estudo sustenta-se sob os princípios

básicos de uso e forma de expressão dos dois pretéritos em língua espanhola de autores como

Sánchez (2006), Moreno (2007) e Milani (2010). De acordo com Sánchez (2009) o pretérito

perfecto simple: “expressa o desenvolvimento de uma ação verbal que se apresenta como

terminada no momento em que se encontra o que fala, podendo medir um período maior ou

menor de tempo entre o momento em que realizou a ação e o presente de quem fala”. Em

relação ao pretérito perfecto compuesto Moreno (2010) define-o como a forma de expressar

um acontecimento ocorrido no passado delimitando-o em um tempo presente. O propósito

desta investigação consiste na aprendizagem dos pretéritos perfecto simple e perfecto

compuesto, dos contextos em que eles são utilizados, dos seus marcadores temporais próprios

e das principais características que diferenciam esses dois pretéritos em língua espanhola por

meio da utilização de noticias de jornal e aplica-las ao ensino-aprendizagem de espanhol. Para

a composição do corpus da pesquisa, foi escolhido um jornal online, El Excélsior, na

variedade continental (mexicana) da língua espanhola. Para isto, usamos como recurso a

coleta 8 noticias do periódico escolhido que perfizeram um total de 5715 palavras e 204

ocorrências dos dois pretéritos, 184 do pretérito perfecto simple e 20 do pretérito perfecto

compuesto, e, a partir disso, fizemos uma analise das construções oracionais que continham

ambos os pretéritos. Antes do inicio da pesquisa, foi realizado um teste com os participantes

para averiguar o nível de conhecimento dos participantes em relação aos dois pretéritos, do

qual obtivemos uma porcentagem de 66,15% de acerto. Após o término da pesquisa,

aplicamos novamente o mesmo teste, e obtivemos uma porcentagem de 82,30% de acerto.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Espanhola. Pretérito Perfecto Simple. Pretérito Perfecto

Compuesto.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE NO ENSINO DO ESPANHOL COMO

LÍNGUA ESTRANGEIRA

Marta Regina de Oliveira (UERN)

RESUMO: A leitura é uma das modalidades mais complexas e essenciais da atividade

linguística; é também uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento de nossa vida

acadêmica e requer uma compreensão prévia do texto. Considero que para que haja uma

leitura produtiva e objetiva é necessário o ensino de estratégias de leitura para que facilitem e

possibilitem ao leitor/aluno identificar os objetivos e a destacar os aspectos mais importantes

do texto. Este estudo tem como finalidade incentivar e mostrar a importância das estratégias

de leitura para formação de um leitor competente. Para cumprir com o objetivo inicial,

realizei uma revisão bibliográfica com autores renomados da área, como Solé (1998),

Kleiman (1997) e Muñoz (2005), paralelamente observei em aulas com propostas de leituras

as dificuldades existentes na compreensão de textos em língua espanhola de alunos

universitários da Disciplina Fundamentos da Língua Espanhola na Universidade Estadual do

Rio Grande do Norte – UERN/CAWSL. Os resultados obtidos nessa pesquisa promovem a

reflexão e aplicação direta nas aulas de leitura de língua espanhola. Concluo que para a

formação de leitores autônomos, é de suma importância que mostre na leitura as devidas

estratégias para uma boa compreensão, que incentive no aluno o prazer da leitura para que

sejam capazes de enfrentar diversos tipos de textos, que sejam capazes também de detectar

falhas na compreensão gerenciando assim suas próprias correções.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Estratégias. Língua Espanhola.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

A LITERATURA E SUAS POSSIBILIDADES: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E

ENSINO DE ESPANHOL

Bruno Rafael Costa Venâncio da Silva (UFCG / IFRN)

Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG)

RESUMO: Tanto a literatura quanto a variação linguística são componentes esquecidos e

desvalorizados no ensino-aprendizagem de espanhol e outras línguas adicionais. Este artigo

tem a intenção de discutir a importância de ambos, através de uma proposta de não

dicotomização do ensino de aspectos linguísticos e literários na sala de aula. No primeiro

momento, discutiremos a importância da variação linguística no ensino de espanhol no

contexto brasileiro através de uma pesquisa bibliográfica apoiada por autores que tratam do

tema (MORENO FERNÁNDEZ, 2010; VILHENA, 2013; ANDIÓN HERRERO, 2008;

LUCCHESI, 2004) e por uma pesquisa documental através das Orientações Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio (2006). No segundo momento, apoiar-nos-emos nos estudos

de Preti (2004) sobre a análise da variação linguística em textos literários para incluí-la na

proposta de Brait (2000; 2003) para o ensino, na intenção de que se produzam conhecimentos

e se discuta em sala de aula a língua em uso através do texto literário. Por fim, discorreremos

as considerações sobre propostas didáticas que envolvam ambos componentes, enfatizando

sua importância o ensino de espanhol.

PALAVRAS-CHAVE: Variação linguística. Literatura. Ensino de espanhol.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

A MÚSICA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO APRENDIZADO DE

IDIOMAS

Rosivânia Maria da Silva (UERN)

RESUMO: A discussão sobre a importância dos recursos didáticos embora não seja assim

tema tão recente é sempre pertinente, devido a necessidade que o ensino enfrenta em atingir

grupos cada vez mais diversificados. Tais recursos permitem dinamizar os vários contextos

dentro da educação, inclusive no que se diz respeito ao ensino de línguas através da música.

Nessa perspectiva, isto nos fez refletir quanto a real potencialidade desta ferramenta como

recurso facilitador no ensino de idiomas.Após uma leitura criteriosa nos últimos meses,

baseada na pesquisa bibliográfica e na análise de dados colhidos através de aulas práticas ,

buscamos subsídios que pudessem respaldar nossas afirmações quanto a importância deste

trabalho para o ensino de idiomas , pois embora a música já seja usada por alguns docentes

com caráter pedagógico, percebe-se que ainda existem mitos e entraves que são obstáculos

para sua definitiva aplicação na sala de aula.Faz-se necessário refletirmos sobre esta

importância da música no ensino de idiomas e até mesmo em língua materna ,conceber

estratégias e buscar maneiras de promover e potencializar o conhecimento através da música

como ferramenta que vai além de estímulo motivador.

PALAVRAS-CHAVE: Recursos. Música. Idiomas. Aprendizagem.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

A TEXTUALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE ESPANHOL COMO REQUISITO

FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM E/LE: UMA ANÁLISE DE

MATERIAL

Carlos Henrique da Silva (UFRN)

RESUMO: O ensino de língua estrangeira, mais especificamente o de Espanhol precisa ser

pensado de maneira que desenvolva uma prática de ensino onde a linguagem seja vista como

forma de participação social, pois é através dela que “o homem se comunica, tem acesso à

informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constroi visões do mundo, produz

conhecimento” Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs - (1998). A partir desta

perspectiva este trabalho pretende apresentar a análise de um livro didático utilizado no 9º ano

de uma escola da rede particular em um município do RN. Metodologicamente, a investigação

insere-se no âmbito da Linguística Aplicada e segue uma abordagem de pesquisa de natureza

interpretativista. Para a construção dos dados foram utilizados entrevistas semiestruturadas

constituídos por perguntas abertas com os alunos da série eleita para a pesquisa. Como aporte

teórico adotaremos os pressupostos teóricos dos PCNs (1998); DIAS (2009); e RIBEIRO

(2012). Os resultados preliminares indicam que o ensino de E/LE que tenha como foco a

textualidade, favorece a construção da aprendizagem de língua estrangeira capaz de

desenvolver maior uma participação social dos sujeitos envolvidos no aprendizado. A

contribuição deste trabalho reside na possibilidade de contribuir para uma melhor avaliação

dos materiais didáticos a serem utilizados nas escolas no tocante ao ensino/aprendizagem de

língua.

PALAVRAS-CHAVE: Livro didático. Textualidade. Aprendizagem de LE.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

ANÁLISE DE ERROS E INTERLÍNGUA: ESTUDO DO EMPREGO DAS

PREPOSIÇÕES EM TEXTOS DE ALUNOS BRASILEIROS

Pedro Adrião da Silva Júnior (UERN)

Yordanys González Luque (USAL)

RESUMO: O uso das preposições na língua portuguesa e espanhola, por mais que haja

coincidências, registra diferenças de uso, as quais produzem confusão entre os brasileiros

estudantes de espanhol. Em nossa prática como docente, frequentemente observamos, em

textos escritos e orais de alunos brasileiros, frases como: “…llegamos en la ciudad natal…”,

“Yo vengo de autobus todos los…”, “Una vez conoci un joven de pelos…”. Estas frases

evidenciam que os alunos empregaram as preposições segundo as relações sintagmáticas de

sua língua materna, o português. Nestas orações, observamos que o uso das preposições se da

de forma inadequada, segundo a norma espanhola, ou simplesmente seu uso foi omitido. O

presente trabalho pretende apresentar uma pesquisa na qual se analisou 25 textos escritos,

com a finalidade de contrastar as estruturas das duas línguas em questão - o português (língua

materna) e o espanhol (língua estrangeira), assinalar, descrever e justificar os erros específicos

do corpus, bem como definir as estratégias que costumam utilizar os alunos para comunicar-

se na língua estrangeira. Este artigo se fundamenta na análise de erros da interlíngua de alunos

brasileiros da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) da Licenciatura em

Língua Espanhola, sobre o uso das preposições. Utilizamos os modelos teóricos da linguística

contrastiva prática: análise contrastiva, análise de erros e interlíngua. É uma pesquisa que se

caracteriza por ser qualitativa e descritiva. Analisaremos, neste estudo, o uso das preposições

com os artigos definidos, o uso e omissão da preposição a e por último, o uso da preposição

en. Concluímos, em nossa pesquisa, que os alunos empregam ou omitem as preposições

segundo o conhecimento que possuem acerca do uso dessa classe gramatical em sua língua

materna.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de erros. Interlíngua. Texto escrito. Alunos brasileiros.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

ENSINO DE ESPANHOL À DISTÂNCIA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS

PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DA COMPREENSÃO E

PRODUÇÃO ORAL

Luanna Melo Alves (IFRN)

Samuel de Carvalho Lima (IFRN)

RESUMO: Através do câmpus Educação a Distância (EaD), o Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) oferece o Curso Superior de

Licenciatura em Letras Espanhol, com o objetivo de formar professores para a Educação

Básica. O objetivo deste trabalho é analisar as propostas de atividades para o ensino da

compreensão e produção oral flagradas na oferta desse curso a distância. Teórico-

metodologicamente, somos motivados por Lankshear, Snyder e Green (2000), que indagam

acerca dos usos das tecnologias por educadores, e damos continuidade à realização dos

estudos de cunho predominantemente exploratório e descritivo que elucidam as relações entre

linguagem/ensino/tecnologia (LIMA, 2013; CARVALHO; LIMA; ARAÚJO, 2013; FORTE-

FERREIRA; LIMA; LIMA-NETO, 2012; LIMA, 2012; LIMA; ARAÚJO, 2011). Nosso

mapeamento inicial resultou na distinção das propostas de atividades desenvolvidas na

disciplina Língua Espanhola IV, aproximando-as ou da concepção de proposta de atividade

online do tipo exercício ou da concepção de proposta de atividade online do tipo

comunicativo. O recorte do nosso estudo elucidou, portanto, que a oferta do ensino de

espanhol a distância é praticada, predominantemente, através das propostas de atividades

online do tipo exercício, que priorizam a relação aluno/computador. Em nossas conclusões,

pondera-se acerca do status das propostas de atividades, cujo papel poderia promover mais

comunicação e, inclusive, o letramento digital dos participantes do processo de ensino-

aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Proposta de Atividade. Compreensão e Produção oral. Educação a

Distância. Língua Espanhola.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

MÍDIAS DIGITAIS: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LE ATRAVÉS DAS REDES

SOCIAIS

Rosivânia Maria da Silva (UERN)

RESUMO: O rol de possibilidades proporcionados pelas tecnologias e internet na educação,

tem projetado os saberes para um novo contexto da sociedade moderna. Não podemos ser

indiferentes ao papel que estes instrumentos tem na construção e aperfeiçoamento do

conhecimento, tornando o saber inovador, dinâmico e interativo.A construção dessa nova

perspectiva de ensino implica em uma adaptação ao modelo educacional atual, sintonizado

com a era digital . A promoção do ensino e aprendizado via usos das mídias sociais e recursos

tecnológicos permite explorar as habilidades indispensáveis ao aprendizado de língua

estrangeira, de forma que estas sejam trabalhadas de modo lúdico, singular e antenado com

essa geração digital, da qual já fazem parte, nossos alunos.O trabalho proposto busca

apresentar questionamentos sobre o uso das mídias sociais nas aulas de língua estrangeira,

apresenta vantagens quanto a utilização de material autentico e descontraído , além de

mostrar que é possível o uso destas ferramentas dentro de contextos linguísticos abordando

habilidades especificas. . Propõe ainda desmistificar a impressão que para se trabalhar com

estes instrumentos tem que ser um especialista.Trata-se, portanto, de uma nova perspectiva do

aprendizado de ELE do qual já fazemos parte.

PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais. Internet. Ensino-aprendizagem. Mídias digitais.

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GT 5 – OLHARES PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA

PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS BRASILEIROS E ANÁLISE DE ERROS: USOS

EQUIVOCADOS DOS ARTIGOS

Pedro Adrião da Silva Júnior (UERN)

Yordanys González Luque (USAL)

RESUMO: O uso equivocado do artigo é bastante comum entre os alunos brasileiros que estudam

espanhol. O linguista Torijano (2002) acredita que as razões principais pelas quais os artigos causam

problemas aos luso-falantes são provocadas pela diferença morfológica dos artigos em português e em

espanhol, com uma diferença interlinguística claramente maior que as existentes, a este respeito, entre

as outras línguas romances, com exceção do romeno, que apresenta um sistema de flexão por

sufixação excepcional. Também aponta, como um dos principais fatores que ocasionam os erros, a

coincidência morfológica do artigo neutro lo espanhol, equivalente ao artigo masculino e neutro do

português o. Em nossa análise, encontramos frases como: “Pues lo tema principal…”, “Ha sido una

viaje muy agradable…”, “…una alma misericordiosa que…”, as quais exemplificam e constatam as

ideias de Torijano sobre o uso dos artigos por parte de alunos brasileiros: Para elaborar nosso estudo,

analisamos 25 textos escritos, com a finalidade de contrastar as estruturas do português (língua

materna) e do espanhol (língua estrangeira). Pretendemos com estas análises, apresentar, descrever e

justificar os erros específicos deste corpus e definir as estratégias utilizadas pelos alunos. Este artigo

se fundamenta na análise de erros da interlíngua de alunos brasileiros da Universidade do Estado do

Rio Grande do Norte (UERN) do 5º e 6º períodos da Licenciatura em Língua Espanhola. Utilizamos a

linguística contrastiva prática e seus três modelos teóricos: análise contrastiva, análise de erros e

interlíngua. É uma pesquisa que se caracteriza por ser qualitativa e descritiva. Concluímos, com o

corpus analisado, que os erros são provocados, geralmente, por falta de conhecimento do gênero do

substantivo que acompanha o artigo, pela confusão que estabelecem os aluno ao usar o artigo definido

el e o artigo neutro lo e o desconhecimento das regras de eufonia.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de erros. Produção escrita. Alunos brasileiros. Artigos.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

A CONDIÇÃO HISTÓRICA DE PRODUÇÃO E AUTORAL DAS OBRAS

CANÔNICAS OS MISERÁVEIS E O CONDE DE MONTE CRISTO

Bárbara Raquel Abreu F. Lima (UERN)

RESUMO: Uma obra literária considerada como parte integrante do cânone tem a forte

característica da atemporalidade. O tempo, além deste metafórico e metafísico do eterno,

incide sobre outro aspecto: o tempo em que foram escritas e a condição histórica da produção

das obras. Partindo da leitura dos clássicos franceses Os miseráveis, de Victor Hugo (2007) e

de O conde de Monte Cristo, escrita por Alexandre Dumas (2009), o presente trabalho tem

como objetivo analisar através de um estudo comparado a condição histórica de produção e

autoral das obras canônicas francesas, apresentando a obra e o escritor, e aferir como o

período vivenciado à época pelos autores foi capaz de influenciar diretamente os livros

literários em questão. Atento aos sussurros de suas épocas, do ser humano e, especialmente da

vida, é o autor quem desenha com seus termos um novo universo: a obra de ficção. Francesas,

escritas retratando como pano de fundo o período histórico de revoluções, com autores

presente intrinsecamente naquelas tramas, as duas obras que serão analisadas no decorrer

deste trabalho, Os miseráveis, publicada originalmente no ano de 1862, e O conde de Monte

Cristo, cuja primeira edição foi a público em 1844, têm em comum ainda o fato da

preocupação não apenas em registrar fatos históricos, mas apresentar principalmente esses

acontecimentos, como forma de delinear aspectos sociais de uma época, através de histórias e

personagens com forte dramaticidade. Com isso, parte da vida dos autores Hugo e Dumas é

resgatada para a realização de prováveis conexões com as obras, ressaltando especialmente o

período histórico vivenciado por ambos, o que definitivamente culminou para a produção de

clareza e sentido dos livros. O contexto de produção e circulação do romance é importante

para entendermos como os fatores sociais, históricos e culturais tornaram possível sua ampla

divulgação, especificamente no Brasil. Como referencial teórico, são utilizados os estudos de

Georg Lukács (2000) sobre teoria do romance, Ofir Aguiar (2002) e Rosângela Guimarães

(2008) sobre as traduções e publicações das obras abordadas.

PALAVRAS-CHAVE: Os miseráveis. O conde de Monte Cristo. Condições de produção.

Primeiras publicações.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

A FORTALEZA DE ÂNGELA GUTIÉRREZ: UMA LEITURA DE O MUNDO DE

FLORA

Maria Valdenia da Silva (UECE)

RESUMO: O presente trabalho traz um olhar sobre a representação de cidade no romance

contemporâneo, tendo como objeto de análise o livro O mundo de Flora, da ensaísta e

escritora cearense Ângela Gutiérrez. Publicada inicialmente em 1990, a obra tem como

cenário a cidade de Fortaleza, revivida através de flashes memorialísticos que retratam uma

cidade alegre, ingênua e em processo de crescimento no início do século XX. Esses flashes

são revelados pelo olhar arguto, sensível e infantil da personagem Flora. O estudo desse

romance nos interessou não apenas por sua temática, que, por si só, já parece bastante

instigante, mas sobretudo por sua estrutura narrativa bem peculiar, marcada por diversas

colagens e superposições de planos, influências diretas das vanguardas europeias, em especial

do cubismo. Concebendo a cidade como o espaço multifacetado no qual História e cultura se

interpenetram, torna-se possível vê-la sob vários olhares. Logo a questão não se esgota no ver

a cidade, importa muito mais examinar os olhares que se lança sobre ela, ou seja, discutir

significados. São esses olhares significativos que procuraremos destacar na obra O mundo de

Flora. Para a realização de nossa pesquisa de investigação literária, utilizamos como

fundamentação teórica os estudos sobre a cidade de Gomes (1994), Bachelard (1999) e

Rosnique (1988) entre outros.

PALAVRAS-CHAVE: O mundo de Flora. Cidade. Romance contemporâneo.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

A POESIA CONTEMPORÂNEA DE LÍNGUA PORTUGUESA E SUA ABORDAGEM

EM SALA DE AULA

Keyla Freires da Silva (URCA)

Roberto Bezerra de Menezes (URCA)

RESUMO: A poesia não tem lugar de destaque entre os estudantes de letras e literatura,

assim como entre os professores, tanto do nível fundamental/médio, quanto no nível superior.

Devido a isso, há uma resistência, velada, de certo modo, em trabalhar textos poéticos em sala

de aula. Em geral, tem-se uma percepção da poesia como gênero de difícil entendimento e

compreensão, o que é fruto de uma visão classicizante do objeto literário. Procuraremos

averiguar de que modo as aberturas propostas pela poética contemporânea de língua

portuguesa permitem ao aluno de letras uma maior intimidade com o jogo discursivo do texto

literário, sem as amarras criteriosas dos compêndios de história da literatura que tanto

determinam e limitam os textos literários com sua carga de informações extraliterárias. A fim

de desmistificar essa visão logocêntrica e, assim, atingirmos nosso objetivo, utilizaremos

poemas de Herberto Helder, António Ramos Rosa, Paulo Leminski, Cacaso, Paulo Henriques

Britto, Manoel de Barros, Adélia Prado, Mario Quintana, Nuno Ramos, Hilda Hilst, por

exemplo. Iremos, para tanto, nos apoiar em concepções teórico-filosóficas ditas pós-

estruturalistas, tais como Maurice Blanchot (2008; 2009), Roland Barthes (2007; 2008),

Michel Foucault (2000), Giorgio Agamben (2007), Gilles Deleuze (1997) e Jacques Rancière

(2009; 2011). Acreditamos, assim, oferecer uma visão do texto literário poético aberta à

conversação para o leitor crítico em formação, o aluno de letras.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Poesia. Literatura Contemporânea.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

CONFLITOS DE UM AMANUENSE: EU QUE NARRO, QUEM SOU?

Keynesiana Macêdo Souza (UFRN)

Rosanne Bezerra de Araújo (UFRN)

RESUMO: Neste trabalho sobre o romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, pretende-se

traçar, em linhas gerais, algumas reflexões no tocante aos conflitos vivenciados pelo

protagonista e ao tom melancólico que perpassam toda a narrativa desse livro ímpar no

panorama literário brasileiro. Trata-se de uma obra atípica dentro da ficção da década de 1930

por ser uma voz dissonante comparada às produções regionais e sociais da época. Sua

temática mescla entre o homem e sua relação conflituosa com a vida; a profissão e a arte; o

presente e o passado; o amor e as frustrações. Belmiro Borba, narrador-personagem, é um

homem sentimental e tolhido pelo excesso de vida interior, que resolve escrever um diário e

assim registrar no papel suas histórias, sentimentos, meditações e ilusões. Nessa perspectiva,

este trabalho se insere na vertente de estudos da Literatura brasileira que adota como reflexão

crítica a estética da melancolia, algo voltado para uma concepção de melancolia criativa.

Como ponto de partida para esta discussão, toma-se o pensamento de Aristóteles (1998),

Kristeva (1989), Benjamin (2011), Lambotte (2000) e Bauman (2001) para articular pontos

pertinentes ao tema que se mostram presentes no romance em estudo. Com essa análise, é

possível refletir sobre o sujeito inserido no caos da modernidade, procurando relacionar esses

dados com os demais aspectos que perfazem os caminhos dessa melancolia.

Palavras-chave: Cyro dos Anjos. Modernidade. Melancolia. Criação literária.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE CAETÉS, DE GRACILIANO RAMOS

Marcel Lúcio Matias Ribeiro (IFRN)

RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar o romance Caetés (1933), de Graciliano

Ramos (1892-1953). Caetés é o livro de estreia do escritor alagoano. Os críticos tendem a

classificá-lo como uma espécie de ensaio para a obra maior do autor. Por isso, em alguns

casos sem nenhuma análise, Caetés é posto em plano inferior na fortuna crítica referente à

obra de Graciliano Ramos. No entanto, observa-se que o romance possui aspectos importantes

que não são notados em análises reducionistas. Para se ter uma visão mais ampla da narrativa,

é pertinente inserir o romance no contexto de sua publicação, observar a perspectiva estética

de Caetés e avaliar como esta narrativa se relaciona com as outras obras do autor. Como

suporte teórico para o presente estudo, são utilizados os ensaios “Ficção e confissão” (1956),

“Os bichos do subterrâneo” (1961), ambos de Antonio Candido, além do ensaio “Uma grande

estreia” (2009), de Luís Bueno. Ao final, percebe-se que Caetés apresenta rupturas à estética

realista/naturalista tradicional; dialoga com toda a produção literária do escritor, servindo

como prenúncio para a produção narrativa de Graciliano, que, como observou Candido,

percorre o caminho da ficção para a confissão; e proporciona considerações críticas sobre o

processo de elaboração do romance e sobre a relação entre a realidade e a ficção.

PALAVRAS-CHAVE: Graciliano Ramos. Caetés. Romance. Narrativa de 30.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

DA ESTÉTICA DA TEATRALIDADE:

APRESENTANDO O DIÁRIO ÍNTIMO DE FLORBELA ESPANCA

Abraão Vitoriano de Sousa (UFCG)

RESUMO: A obra de Florbela D’alma Conceição Espanca (1986 – 1930), ou eternamente

Florbela Espanca, afigura uma das mais líricas produções da literatura portuguesa do século

XX, ora marcada pelo sentimentalismo arrebatador, ora pela presença multifacetada do

feminino – como assim tão bem aparece representado nos livros póstumos Charneca em Flor

(1931) e O dominó preto (1982). Em face disso, este trabalho tem por objetivo: evidenciar

uma breve abordagem da vida e obra de Florbela Espanca, apresentando os aspectos centrais

do seu diário íntimo. Para tanto, tornou-se necessário uma pesquisa bibliográfica de caráter

qualitativo descritivo, ancorada nos seguintes autores: Bellodi (2006), Dal Farra (2012),

Junqueira (2003), entre outros. Publicado pela primeira vez em 1981 e intitulado de O Diário

do Último Ano, este exemplar delineia trinta e dois fragmentos em forma de concisos

comentários, confidências e divagações nos meses antecedentes ao suicídio da escritora em 8

dezembro de 1930, em Matosinhos - Portugal. Embora Florbela Espanca tenha o

reconhecimento maior pela sua criação poética, sobretudo os sonetos, observa-se, pois, a sua

genialidade neste diário que não se limita simplesmente a desvendar vivências cotidianas, ela

assume os seus impulsos criativos e suas personas diante de uma composição híbrida de

nuances confessional e ficcional – além de características genuinamente poéticas. Notou-se,

de fato, que o estudo da prosa florbeliana explicitou um importante olhar para as

transfigurações de estilo, temas e facetas da escritora lusitana, por sua vez, também

recorrentes em suas demais produções literárias.

PALAVRAS-CHAVE: Florbela. Diário. Literatura.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

DA TRADIÇÃO À MODERNIDADE: ANÁLISE DA POSTURA DO

NARRADOR EM AI JESUS! E O IDIOTA

Maria Betânia Peixoto Monteiro da Rocha (UFRN)

RESUMO: A postura do narrador ganha novos formatos no decorrer do tempo e deslocar do

espaço, sendo a literatura lócus de internalização de tais transformações. O movimento

dialético descrito por Candido (2000), que une a arte e a sociedade num vasto sistema

solidário de influências recíprocas, nos permite ver como o narrador da tradição oral de contar

histórias – aquele que segundo Walter Benjamin (1993) formulava sua fala a partir do

substrato extraído da experiência vivida – abre caminhos para o narrador do romance

tradicional – colocado ao lado do leitor com o objetivo de contar uma história que “viu”

acontecer, é a sua “experiência” ficcional que ele quer transmitir. A postura hegemônica deste

narrador é deixada para traz e a literatura testemunha o surgimento de outro: o narrador do

romance moderno. À luz do pensamento de Rosenfeld (2009) – para quem a teoria

heliocêntrica é capaz de romper com a noção de perspectiva nas artes a ponto de destronar o

narrador do romance tradicional –, de Bakhtin (2010) e do seu Círculo, que discorrem sobre a

internalização do descentramento no romance moderno. O presente artigo analisa a

articulação do narrador da obra O Idiota, de Fiódor Dostoiévski, estabelecendo uma

comparação com a ficção contística do autor potiguar Bartolomeu Correia de Melo, que se

apresenta interstício entre tradição e modernidade.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Narrador. Tradição. Modernidade.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

ENTRE O FÍSICO E O SIMBÓLICO: REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIA

CONTRA O FEMININO EM MARINA COLASANTI

Nathalia Bezerra da Silva Ferreira (UECE)

Isabela Feitosa Lima Garcia (UECE)

RESUMO: Marina Colasanti destaca-se no cenário da literatura brasileira como a escritora

versátil que escreve poemas, contos, crônicas e crítica feminista, sendo também autora de uma

vasta produção literária destinada ao publico infanto-juvenil. Em seus contos, há uma grande

variedade de personagens femininas que remetem, por muitas vezes, à violência sofrida pelas

mulheres. Essa violência é expressa de forma física ou também simbólica. O presente trabalho

teve por objetivo analisar as personagens femininas de Marina Colasanti nos contos

Verdadeira estória de um amor ardente, inserido na obra Contos de amor rasgados (1986), e

A moça tecelã, do livro Doze reis e a moça no labirinto do vento (1998), considerando as

relações de gênero, tendo como foco principal a violência a que as personagens estão

submetidas em seus referidos contos. Busca-se ainda analisar como essas personagens reagem

à violência, se buscam o caminho da submissão ou se optam pela resistência. Adotou-se,

como metodologia, a leitura e análise crítica dos contos em referência sob a perspectiva da

teoria feminista, utilizando como referencial teórico Beauvoir (1949) e os estudos de Coelho

(1991, 2003) sobre o conto de fadas e os contos maravilhosos, entre outras obras que, direta

ou indiretamente, abordam a temática deste trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Gênero. Violência.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

FITA-VERDE NO CABELO EM DIÁLOGO COM OS CONTOS MARAVILHOSOS E

AS CIRCUNSTÂNCIAS SÓCIOCULTURAIS DA ATUALIDADE

Jaquelânia Aristides Pereira (UECE)

RESUMO: Fita-Verde no cabelo é uma narrativa de Guimarães Rosa que inicialmente foi

inserida no volume de contos denominada Ave Palavra, publicada em 1970. Trata-se de uma

nova versão literária do conto clássico O Chapeuzinho Vermelho, de Charles Perrault,

recriada tanto no nível da linguagem quanto no âmbito do conteúdo, numa tematização da

caminhada solitária do homem desde a infância até sua maturidade, permeada pelo sentimento

de morte. Este trabalho apresentará o resultado de nossa leitura desse conto roseano através

de uma análise que procura desvendar os fios desse texto literário, tecido em sintonia com a

tradição dos contos maravilhosos, o pulsar do homem da atualidade e suas inquietações

sociais e existenciais. Colocaremos em evidência o modo como Guimarães Rosa revaloriza a

literatura infantil, mediante uma reescrita que adota os mesmos procedimentos literários de

seus outros textos considerados criações literárias. Elegemos como fundamentação teórica

para a nossa pesquisa os estudos de Propp (1984) e Coelho (1981, 1991) sobre os contos de

fadas e os contos maravilhosos, as pesquisas de Todorov (1980) sobre a narrativa literária, os

trabalhos de Jenny (1979), de Nitrini (1997), de Carvalhal (1992) e outros autores que

pesquisaram ou ainda pesquisam sobre a literatura comparada e as particularidades da teoria

da intertextualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Fita-verde no cabelo. O Chapeuzinho Vermelho. Intertextualidade.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

HAROLDO DE CAMPOS E GREGÓRIO DE MATOS, LEITORES DO

ECLESIASTES OU O NEOBARROCO LÊ O BARROCO

Ciro Soares dos Santos (UFRN)

Leila Maria de Araújo Tabosa (UFRN)

RESUMO: O trabalho consiste em uma abordagem comparativa entre poemas do intelectual

paulista e soneto do escritor baiano para verificação das expressões do eu-lírico quanto às

suas confluências e às suas diferenciações. Os Estudos sobre o barroco, de Helmut Hatzfeld

(2002), a abordagem A cultura do barroco: análise de uma estrutura histórica, de José

Antonio Maravall (1997), assim como as considerações crítico-teóricas verificadas em

Barroco, neobarroco, transbarroco e em Ruptura dos gêneros na literatura latino-

americana, de Haroldo Campos (2004, 1979) orientam o estudo do eu-lírico da poesia de

Haroldo de Campos nos poemas de títulos “Poema Qohelético I” e “Poema Qohelético II”,

reunidos no livro Crisantempo, em comparação com o soneto “Sobre a inconstância dos bens

do mundo”, de Gregório de Matos. O objetivo de apresentar aproximação existente entre os

dois poetas será perseguido a partir de reflexão orientada para demonstrar como a obra de

Haroldo de Campos, poeta do século XXI, guarda unidade quanto à sua ensaística crítica, ao

seu trabalho tradutório e à sua prática poética: estudo, tradução composição são tarefas

coexistentes em simultaneidade na vida do escritor paulista. No século XXI, a poética

haroldiana se alimenta do barroco e da Bíblia com seus estudos da obra de Gregório de Matos

e suas traduções ao poema “Eclesiastes”.

PALAVRAS-CHAVE: Haroldo de Campos. Gregório de Matos. Barroco. Neobarroco.

Bíblia.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

IRONIA, DÚVIDA E MORTE NOS FRAGMENTOS DO POETA JOÃO LINS

CALDAS

Cássia de Fátima Matos dos Santos (UERN)

RESUMO: O presente artigo tem por objetivo apresentar parte dos resultados sobre o estudo

dos fragmentos do poeta potiguar João Lins Caldas (1888-1967). Os documentos pesquisados

foram dois cadernos selecionados do arquivo do poeta, composto de 50 (cinquenta) cadernos

manuscritos digitalizados. Desse universo, 11 (onze) cadernos manuscritos contêm

fragmentos (SANTOS, 2010). A metodologia desenvolveu-se a partir de estudos teóricos

sobre os manuscritos autógrafos, cuja característica é ter sido escrito pelo punho do próprio

autor, não sendo uma cópia ou reprodução. Trata-se de uma pesquisa documental em fontes

primárias, pois são documentos originais (CANDIDO, 2005). Foi feita a digitação dos dois

cadernos manuscritos, uma das etapas importantes do projeto, como também a catalogação e

organização desses fragmentos. Os resultados demonstram que os fragmentos presentes nos

dois cadernos selecionados apresentam semelhança com a escrita fragmentária de Fernando

Pessoa em o Livro do desassossego, estudada por Souza (2009), e com os fragmentos de

François La Rochefoucald, em Máximas e reflexões (2007). Os fragmentos do poeta João Lins

Caldas expõem temáticas e assuntos que vão desde situações do cotidiano, mais simples e

corriqueiras até as de cunho mais filosófico, como morte, sonho, vida, política, religião,

dúvida existencial, dentre outras. Tal elaboração aponta para o vasto conhecimento intelectual

do autor e sua capacidade reflexiva, demonstrando serem os fragmentos, a exemplo da sua

poesia, textos repletos de elementos estéticos e filosóficos, conduzindo-nos, portanto, a uma

investigação sobre essa escritura fragmentária, buscando formular sentidos e contribuir para o

aprofundamento dos estudos em torno de sua produção poética.

PALAVRAS-CHAVE: João Lins Caldas. Fragmentos. Manuscritos. Poesia potiguar.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

LITERATURA CONTEMPORÂNEA X CONDIÇÃO HUMANA

Ivanete Dias Queiroz Costa (UERN)

Maria Lúcia dos Santos (UERN)

RESUMO: O presente escrito ocupa-se das questões relacionadas ao ensino da leitura, bem

como da literatura, e sua importância para a formação do leitor. Busca-se suporte teórico em

autoridades no assunto, tais como: Edgar Morin (2003), Paulo Freire (2002), José Carlos

Libâneo (2001), autores que consideram a condição humana como ponto de fundamental

importância para a educação. O objetivo maior desse texto é fomentar discussões e reflexões

acerca de a literatura ser uma das artes que em muito contribui, não somente para a formação

dos leitores, mas (e principalmente) oportunizando-lhes o desenvolvimento das

potencialidades humanísticas em todas as suas dimensões. De acordo com Morin a literatura

pode ser vista como Escola em seus diversos aspectos: Escolas de língua, Escolas de

qualidade poética da vida, Escola de descoberta de si mesmo, bem como Escola de

complexidade e Escola de compreensão humana. Aponta-se aqui a literatura infanto-juvenil

brasileira que, nos moldes da teoria de Edgar Morin, exerce/desempenha uma função

essencialmente humanizadora, ou seja, de forma significativa. Lança-se mão de escritores

contemporâneos como Ligya Bojunga (2009), Clarice Lispector (2006), Marina Colasanti

(1985), buscando detectar/perceber nuances do pensamento Edgariano, que consideram haver

na literatura, assim como na música, cinema e poesia, um pensamento profundo sobre a

condição humana. Busca-se estabelecer relações analógicas entre os autores citados,

observando semelhanças e diferenças, buscando compreendê-las à luz da teoria de Edgar

Morin.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Literatura. Condição humana.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

MÁSCARAS DA MORTE NO CONTO “A HORA E A VEZ DE AUGUSTO

MATRAGA”, DE GUIMARÃES ROSA

Antonia Marly Moura da Silva (UERN)

Rosaly Ferreira da Costa Santos (UERN)

RESUMO: O propósito deste trabalho é analisar o conto “A hora e a vez de Augusto

Matraga”, integrante de Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa, observando aspectos da

morte expressos na configuração do personagem central. O propósito é destacar a morte como

redenção, bem como o caráter simbólico da morte na representação do destino de Augusto

Matraga, protagonista da história narrada. Para tanto, tomamos por base teórica a coletânea

Fortuna crítica, organizada por Eduardo F. Coutinho (1991), a qual reúne valiosos trabalhos

críticos em torno da obra desse grande escritor brasileiro, também os postulados de Jean

Baudrillard (1996) que faz uma abordagem sobre as diversas categorias da morte. É oportuno

enfatizar que dentre as características marcantes na obra Roseana, é notadamente reconhecida

pela crítica especializada, a questão da linguagem refletida através de um regionalismo

peculiar, traço em que a paisagem sai do foco da questão para dar vez ao ser humano em

conflito consigo próprio. Deste modo, as dualidades são recorrentes em sua obra. O bem e o

mal, o terreno e o divino, Deus e o Diabo são elementos que permeiam a ficção do escritor

mineiro e também na narrativa eleita para a análise pretendida. Trata-se da trajetória heroica

de Augusto Matraga, que no início da trama é um homem rico, poderoso e prepotente que

desce desse lugar para ocupar o lugar dos rebaixados e abandonados. Decorrente de suas

atitudes, o personagem é deixado pela família e, em sequência, a derrocada de seu prestígio

social. A partir de então, Matraga passa por uma grande transformação não somente social,

mas também espiritual e, assim, passa a “viver” em função de sua redenção. Dessa forma, seu

corpo se anula simbolicamente a partir, primeiramente, da negação da sua própria identidade,

do seu eu. O mal desaparece para “nascer-renascer” um novo homem, o sujeito que busca

agora a remissão de seus pecados e consequentemente a salvação. Nessa caminhada mítica e

mística, Matraga se depara com Joãozinho Bem-Bem com o qual trava um duelo em que

ambos morrem. A morte de Augusto Matraga, nesse momento, transcende a morte corpórea.

Nessa perspectiva, a difícil passagem da vida para morte configura-se em um valor metafórico

que simboliza a tão esperada redenção. É através da morte que ele encontra finalmente o seu

destino, a “sua hora e sua vez”.

PALAVRAS-CHAVE: Augusto Matraga. Linguagem. Morte. Redenção.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

MODOS DE FIGURAÇÃO NO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO – SOBRE A

PERSONAGEM EM CLARABOIA

Pedro Fernandes de Oliveira Neto (UFRN)

RESUMO: Cada romance é responsável pela produção de um conjunto de sentidos proposto

pelo romancista através do narrador e assimilado (ou não) através da leitura. Nesse processo

não é de nosso interesse – ao menos por enquanto – tratarmos do segundo polo, mas do

primeiro, isto é, como o narrador trabalha e engendra sentidos no processo de construção da

personagem. Ao compreender que este elemento se desenvolve no andamento da diegese, o

que entra nesse jogo são os modos de figuração do romance: as caracterizações (quando as

há), as volições psicológicas, e por fim, as ações, são materiais que atuam na construção e

responsáveis ora em parte ora em totalidade para o funcionamento e a existência da narrativa.

A partir dessas considerações, esta comunicação intenta uma leitura da personagem no

romance de José Saramago – Claraboia (2011). Na leitura consideramos todos os elementos

que se mostram como diretamente associados à categoria no romance, até mesmo aquelas

ações que revelam, de um modo ou de outro, traços psicológicos, comportamentais ou

conformação histórica da personagem, lugares perquiridos por leituras de Michel Zéraffa

(2010), Mikhail Bakhtin (2003), Carlos Reis (2013). O que, no fim, essas considerações

apontam é, não somente a extensa função de complemento e conformação de um universo

coerente do romance, mas a composição de um modo de criação da realidade romanesca.

PALAVRAS-CHAVE: Figuração. Personagem. Romance.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

O ARADO COMO METÁFORA DO AMOR

Janaina Silva Alves (IFRN)

RESUMO: O presente trabalho visa apresentar uma leitura analítica do poema “Arado”, que

está inserido na obra O arado (1959) da poetisa potiguar Zila Mamede. Nessa perspectiva,

propusemo-nos fazer uma leitura com um olhar voltado para as relações entre tradição e

modernidade. Para isso, ancoramo-nos em alguns teóricos como Friedrich (1991), Berman

(2007), Baudelaire (1996) e outros na tentativa de compreendermos como os elementos da

terra, do cotidiano, associados à tradição, vão se fazendo presentes nos versos do poema e

entrelaçando-se com um fazer literário moderno na elaboração de uma lírica telúrica. Além

disso, observamos que as relações entre tradição e modernidade vão estar presentes não só na

construção poética, mas também no tocante ao conteúdo do poema no momento em que

percebemos haver uma construção poética elaborada a partir de uma experiência individual

com os elementos da terra e que, transfigurados para o plano estético do texto, torna-se uma

experiência universal à medida que o eu-lírico escolhe o arado como metáfora do amor.

Assim, nossa leitura analítica se detém em apontar como o poema vai se constituindo em um

projeto poético que escolhe o amor a terra como motivo particular e, ao mesmo tempo,

universal, pois tem-se um lírico que versa acerca da problematização humana imbricada com

os elementos da terra, tornando-se uma criação de cunho universal e atemporal.

PALAVRAS-CHAVE: Tradição. Lírica telúrica. Modernidade. Regional. Universal.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

O NARRADOR SILENCIADO: VOZES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA EM

PEPETELA

Marília Maia Saraiva (IFRN)

RESUMO: A problematização do discurso histórico é uma característica marcante na

narrativa de Pepetela. Na construção dos seus romances, o autor sempre busca mostrar o lado

do colonizado, a outra versão da história, o ponto de vista do marginalizado, do explorado, do

oprimido. Nesse contexto, o objetivo principal deste trabalho é promover uma discussão

acerca da relação entre história, memória e literatura na construção do narrador no romance A

grande família: o tempo dos flamengos (1999), do escritor angolano Pepetela. A obra em

questão narra um fato específico da história de Angola: a ocupação holandesa, representada

pela Companhia das Índias Ocidentais, em Luanda, durante sete anos, de 1642 a 1648, mas

sob a ótica de um escravo. E, como se não bastasse a própria condição de escravo que

condena socialmente o narrador, Pepetela ainda acrescenta mais duas características: a mudez

e a condição de analfabeto. Um escravo mudo, analfabeto e sem nome próprio é o grande

narrador do romance, o detentor dos fatos na narrativa, que deslinda o lado cruel e desumano

do colonizador. Para tanto, utilizam-se como referência teórica os textos: “A hora da estrela:

uma questão de gênero?”, do professor Albuquerque Júnior (2007); “O que é literatura e tem

ela importância?”, de Jonathan Culler (1999); “Sobre o conceito de história”, de Walter

Benjamin (1985). Ao final, percebe-se que Pepetela faz uma inversão do centro elitista

dominante, pois desloca da margem aquele que é discriminado e lhe atribui o poder de

controlar a ficção na posição mais privilegiada: a de narrador.

PALAVRAS-CHAVE: Pepetela. Narrador. Literatura. História. Memória.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

PERFUMES E SÍMBOLOS: A REVELAÇÃO DOS PERFUMES, DE GILKA

MACHADO, E O SIMBOLISMO FRANCÊS

Maria Graciele de Lima (UFPB)

RESUMO: O início do século XX trouxe muitas novidades culturais para a Europa e,

posteriormente, para o Brasil. As chamadas Vanguardas Europeias (Futurismo, Dadaísmo,

Surrealismo, entre outras) constituíram-se como impactantes propostas para se repensar as

artes e a cultura de forma mais ampla. No caso relativo à Literatura produzida no Brasil, as

manifestações apresentaram um caráter bastante híbrido e oscilaram entre práticas

tradicionalistas e inovadoras. Neste sentido, o presente artigo tem o objetivo de discutir de

maneira mais a obra intitulada A revelação dos perfumes (1916), escrita pela carioca Gilka

Machado, mostrando elementos nela presentes que revelam um profundo diálogo com o

Simbolismo europeu, mas que não a distanciam das possibilidades de produção literária

brasileira do período em questão. É importante dizer que a referida publicação ainda não

encontrou, mesmo depois de tanto tempo, a atenção merecida pela crítica nacional e pede um

olhar atento a fim de trazer à luz sua riqueza literária, assim como sua importância devida.

Para a discussão aqui apresentada, os apontamentos feitos por críticos e estudiosos como

Teles (2009), Pierre Rivas (2005) e Michel Espagne (2012) serão o apoio teórico utilizado e,

certamente, lançarão luzes sobre esta proposta de compreensão acerca da obra de Gilka

Machado.

PALAVRAS-CHAVE: Simbolismo. Gilka Machado. Revelação dos Perfumes.

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GT 6 – LINGUAGEM LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA: O NARRADOR E O EU-LÍRICO

TEATRO DE ILUSÕES: A SUTILEZA DO NARRADOR

Nayara Martina Freire (UERN)

RESUMO: As tendências realistas combateram fortemente o estilo romântico, no século XIX

e isso passou a ser observado na Literatura Brasileira, especificamente, na prosa. Embora os

romances tenham grande relevância nessa corrente literária, o conto também possui

expressividade dramática fundamentada nos ideais estilísticos do autor. Assim, em Missa do

Galo (1893), o escritor Joaquim Maria Machado de Assis apresenta um pequeno episódio do

cotidiano, que nos permite fazer uma análise dos aspectos sociais e psicológicos que

envolvem o conto. Além disso, observaremos as suspeitas que o diálogo metafórico é capaz

de sugerir, bem como os recursos estilísticos utilizados pelo autor que desencadeia uma

atmosfera misteriosa harmoniosamente promovida pela ironia e a sutileza. Através dessa

narrativa curta, também é possível abordar as características temáticas mais utilizadas por

Machado, como adultério, a presença analítica das figuras dramáticas e o comportamento

ambíguo. A construção literária e a estilística machadiana se tornam bem evidentes entre

Nogueira e Conceição a partir do diálogo de forte sutileza, e conteúdo sensual e sugestivo.

Neste conto, perceberemos a capacidade de manipulação machadiana, mediada por um

narrador personagem de características sutis e duvidosas que, implicitamente, expressa sua

intenção ao contar um dado momento insólito. Com isso, Gotlib (2006), Gancho (2006),

Duarte (2006), Bosi (2003) e outros críticos salientam os elementos estruturais e contextuais

empregados por Machado de Assis em sua composição literária, seu estilo de narrar

peculiarmente misterioso, os principais recursos utilizados para a construção do enigma em

destaque e a influência da visão unilateral do narrador protagonista. No entanto, é a partir

desses aspectos que, também, nos propomos a fazer uma análise das personagens principais,

compreender a distinção entre autor e narrador e que relação estabelecem com o enredo,

considerando a tipologia do conto tal qual gênero textual e, concomitantemente, perceber os

elementos psicológicos que norteiam a formação do enigmático teatro de ilusões.

PALAVRAS-CHAVE: Ironia. Machado de Assis. Missa do Galo. Narrador. Sutileza.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

AS REDES SOCIAIS E A VEICULAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MUNDO

Almirene Maria Vital da Silva Sant’anna (UEFS)

Maria Rosane Passos dos Santos (UEFS)

RESUMO: As transformações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas, especialmente no

campo da informática e das telecomunicações provocaram mudanças nas formas de produzir,

consumir e ensinar. Vive-se em um mundo onde as relações entre a sociedade e o espaço são

mediadas cada vez mais pela tecnologia da informação e, por isso, o educador atual, precisa

também ser o mediador dos recursos tecnológicos, utilizando-os a seu favor na elaboração e

execução das atividades em sala de aula. Assim, percebendo a importância do uso da

tecnologia na construção do conhecimento, toma-se como elemento norteador a rede social

facebook para socializar, comentar e produzir textos variados, a fim de demonstrar que as

redes de relacionamento veiculam amenidades, mas têm uma função social relevante quando

utilizadas de forma adequada e monitorada. São, então, postados textos e sugeridas leituras

que devem ser compartilhadas e comentadas online, veiculando o conhecimento e partilhando

saberes. Toma-se como base a teoria dialógica do discurso proposta por Bakhtin que postula a

noção de que as vozes integrantes de um texto são originárias de múltiplos discursos e os

sujeitos fazem uso desses discursos na formulação de seu próprio dizer. Sendo assim, toda

semana são sugeridas leituras, comentários e produções textuais que são socializados na rede

social e discutidos em sala de aula, abordando não apenas o conhecimento linguístico, mas,

principalmente o conhecimento de mundo de cada indivíduo. Como os jovens têm muitos

atrativos fora da escola, é preciso adequar as atividades docentes aos atrativos vistos por eles

diariamente fora da sala de aula. De acordo com Piaget (2006), “educar é adaptar o indivíduo

ao meio social”. Por isso, são necessários que sejam utilizados, os recursos midiáticos no

planejamento e execução das ações pertinentes ao processo ensino/aprendizagem para que os

alunos sintam-se motivados e consigam exteriorizar seus conhecimentos de forma

significativa.

PALAVRAS-CHAVE: Rede social. Recursos tecnológicos. Facebook. Conhecimento.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

ASPECTOS INTERDISCURSIVOS PRESENTES NAS PROPAGANDAS DA

DULOREN

Edilene Leite Alves (UERN)

Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN)

Maria Macivania da Costa (UERN)

RESUMO: A presente pesquisa tem por objetivo analisar a interdiscursividade presente em

duas propagandas da DULOREN, identificando suas formas persuasivas bem como a

formação discursiva em sua elaboração. Para este fim, nos subsidiamos nas teorias de

Mussalim (2003), Mazzola (2009), Duailibi (2008). Sabemos que analisar uma propaganda

não é fácil, pois em sua composição existem discursos explícitos e implícitos que fazem toda

a diferença, daí a utilização da interdiscursividade para persuadir o público leitor. Podemos

dizer que a variedade de sentidos que contribuem para a ambiguidade do enunciado, pode

levar o leitor a formar seu próprio significado. Logo, o que se percebe nas propagandas

analisadas é um predomínio do sentido próprio da propaganda que é o do produto divulgado,

os aspectos interdiscursivos, servem apenas para chamar a atenção do leitor/consumidor. A

propaganda da DULOREN para chamar a atenção do cliente se utiliza de imagens chamativas

como uma bela mulher, a bandeira do Brasil, a relação do seio da mulher com o Hino

Nacional, igreja dentre outras, pois o fato de está envolvendo o produto com imagens tão

chamativas o consumidor passa a olhar as propagandas com mais atenção, inclusive os

detalhes, persuadindo-se com a beleza dos produtos que estão sendo mostrados em meio a

esta intertextualidade existente em todas as propagandas da marca.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Propaganda. Interdiscursividade.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

ATAQUE COM ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA: O DISCURSO DA GUERRA E AS

ESTRATÉGIAS DE AFRONTAMENTO NO JORNALISMO

Allan Erick Sales Fernandes (UERN)

RESUMO: Este trabalho propõe uma análise da narrativa jornalística na cobertura do ataque

com armas químicas ocorrido na Síria, em 21 de agosto de 2013. O acontecimento discursivo

chegou ao conhecimento do público de Mossoró através de vários veículos informativos,

dentre os quais foram analisadas matérias de um impresso local, o Jornal de Fato, e um artigo

publicado em um portal jornalístico de grande visibilidade na internet, o Viomundo. As

análises mostraram a ocorrência de lutas por fixação de sentido entre os dois veículos. As

matérias do impresso, produzidas pela agência Associeted Press, buscaram preservar o

discurso dominante de intervenção militar e da segurança mundial, com base em enunciados

que irromperam na narrativa jornalística pós-onze de setembro. O portal assumiu uma postura

de contra-discurso através da emergência de conteúdos históricos subjugados como forma de

esclarecer presente e passado. As análises sugerem também um deslocamento do observador

de segunda ordem proposto por Luhmann, quando a narrativa jornalística parte de agências de

notícias. A noção de biopoder de Michel Foucault e o orientalismo de Edward Said, figuram

como elementos preponderantes na fixação do discurso da guerra. Os desdobramentos do

evento sinalizam para uma mudança no eixo de poder geopolítico, expresso pelo equilíbrio

dos discursos antagônicos.

PALAVRAS-CHAVE: Síria. Discurso. Jornalismo. Oriente Médio.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

DESAFIO DOS GÊNEROS DIGITAIS NO MEIO EDUCACIONAL

Joana D’arc Moreira de Souza (UFC)

Elizabeth Maia Cardoso (UFC)

RESUMO: Este trabalho apresenta considerações sobre a formação do escritor-leitor

utilizando gêneros digitais numa tentativa de enfatizar a dimensão em que a tecnologia digital

está presente no meio educacional, assim como a sua influência na produção de textos pelos

educandos. No contexto da dinâmica tecnológica, percebe-se como os alunos estão

intensificando o uso das redes sociais e dela fazendo a aplicação de determinados gêneros

digitais. Em muitos docentes existe a preocupação da interferência desses recursos na leitura e

escrita dos seus alunos. Sob a perspectiva sociocultural de Vygotsky, foram consideradas as

formas dialógicas interativas nas redes sociais, como metodologia para a construção do

pensamento e da linguagem e, por meio dela fazer observações relativas à formação discente

no âmbito da leitura e escrita textual. Depois de apreciar alguns diálogos virtuais, identificou-

se a variedade linguística e a hiperprodução de textos. Isso indica a grande facilidade do aluno

em criá-los, através da comunicação interativa e linguagem própria. Foram investigados os

hipertextos, chats, os blogs, fóruns entre outros. Verificou-se ainda que a liberdade de

expressão muito contribui para a veiculação da mensagem entre usuários, pois eles precisam

ser ágeis na elaboração do pensamento e colocar em prática no conteúdo escrito, assim como

precisam ser velozes na leitura para prontamente responder ao seu interlocutor.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros digitais. Leitura e escrita.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

DISCURSO, SUJEITO, MÍDIA E INTERDIÇÃO: A CONSTITUIÇÃO DA

IDENTIDADE FEMININA NAS PROPAGANDAS DE CERVEJAS

Laura Barreto (ULHT)

RESUMO: A mulher contemporânea sofreu uma grande influencia do seu histórico-social.

Durante muitos anos a mulher devia obediência ao gênero masculino, nada deveria ser feito

sem consentimento do seu pai/esposo. Hoje, a mulher possui autonomia de suas vontades.

Essa evolução feminina favoreceu, também, uma grande evolução na sociedade, pois a mulher

ocupa cargos importantes que antes eram denominados apenas para os homens. Levando isso

em consideração, a mídia sempre se utilizou de artifícios que chamassem a atenção de seu

publico alvo. A mulher, devido a inúmeras transformações ocorridas durante o tempo,

começou a se tornar um desses artifícios, especialmente em propagandas de cervejas, que se

apropriam do corpo feminino tornando-o um objeto de consumo. Nesse sentido, esta trabalho

tem como objetivo analisar de que modo se dá a constituição da identidade feminina no

discurso da publicidade na sociedade. O trabalho está fundamentado teoricamente em

Pêcheux (1998), Foucault (1988), Orlandi (2005, Hall (2006), Bauman (2005), Davallon

(2007), Halbwachs (2006), Kellner (2001), dentre outros. Os corpus analisados são quatro

propagandas de cervejas vinculadas em comerciais televisivos e revistas, entre os anos 2006 e

2007, assim como os novos itens implementados pelo CONAR em abril de 2008, que prevê a

interdição dessas propagandas, extraídos via on-line. Na análise percebe-se que, com esses

novos itens, a agressividade ao corpo feminino diminuiu consideravelmente, porém podemos

perceber que antes dessas novas “leis” o corpo da mulher era explorado de todas as formas

possíveis, deixando a mulher a assumir, principalmente, a identidade de objeto sexual.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sujeito. Publicidade. Mídia. Mulher. Interdição

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O JORNALISMO COMO

PONTE ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE; A MÍDIA E OS DESAFIOS DA

TRANSDISCIPLINARIDADE

Bárbara Raquel Abreu F. Lima (UERN)

RESUMO: O presente artigo se propõe a discutir as noções de disseminação e divulgação

popular da produção científica através das atividades jornalísticas. Um dos grandes

diferenciais da popularização do conhecimento que vivemos no século XXI é a consciência,

ainda que em fase inicial, de que é fundamental e preciso pensar a ciência a partir de um

processo que envolva a sociedade e isto está cada vez mais em pauta na contemporaneidade.

É um artifício que se configura como interesse na formação dos meios de comunicação de

massa. Assim, os veículos de comunicação acabam por ser um potencial divulgador não

apenas da produção científica no sentido acadêmico, mas de tudo àquilo que a ciência é capaz

de fazer em benefício do bem comum, ou seja, algo que em um presente próximo ou

imediatamente, possa sair dos laboratórios e fazer parte da vida dos cidadãos. A ideia central

do artigo é a de refletir sobre as perspectivas acerca do discurso científico na mídia, buscando

como novo eixo, a formação de propagação de conteúdo através de uma abordagem

transdisciplinar. Como referencial teórico, utilizamos o conceito de transdisciplinar adotado

por Nicolescu (1994), os estudos de Pedro Demo (2008) sobre observação participante e o

saber pensar e intervir unindo ciência e sociedade, Solange Santos (2007) com ciência,

discurso e mídia, além de Isabelle Stengers (2002), e a invenção das ciências modernas.

PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Jornalismo. Sociedade. Transdisciplinaridade.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA

ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA

Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)

Regina Baracuhy (PROLING/UFPB)

RESUMO: Esse texto intenta analisar a discursivização da intimidade na mídia, tendo a

fotografia como o elemento propulsor. Para tanto, partimos da constatação de que, nos tempos

atuais, a intimidade não se restringe tão-somente aos ambientes de extremo recato e

privacidade, uma vez que se exibe despudoradamente nos mais variados veículos midiáticos.

Assim, o sujeito contemporâneo, ao expor elementos que outrora estavam circunscritos a sua

vida privada, corrobora toda uma constituição sócio-histórica que permite a aparição de

discursos sobre a intimidade na mídia. Desse modo, a clássica indagação foucaultiana acerca

do “quem somos nós hoje” passa necessariamente pela investigação dos discursos produzidos

pelos sujeitos sobre si no seio da denominada sociedade do espetáculo (DEBORD, 2003).

Enxertamos no âmbito desse debate a premência de averiguarmos o papel da fotografia – que

retrata momentos peculiares da intimidade do sujeito – como um elemento que tanto se

constitui num discurso (imagético) da vida privada, como faz emergir outros discursos.

Destarte, esse texto analisa algumas materialidades discursivas que trazem à tona a assunção

da intimidade nas bordas da mídia, de maneira a suscitar uma discussão preliminar sobre essa

temática, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso, conforme praticada no

Brasil, na confluência dos estudos de Michel Pêcheux e Michel Foucault.

PALAVRAS-CHAVE: Intimidade. Discurso. Mídia.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

EMBATE MIDIÁTICO, LUTAS E CONQUISTAS:

A REVOLTA DO BUSÃO E AS JORNADAS DE JUNHO EM NATAL/RN

Modesto Cornélio Batista Neto

Weslley Mayron Cunha Pacheco

RESUMO: Embora o jornal norte-americano New York Times tenha noticiado que a capital

do Rio Grande do Norte, Natal, tenha sido a cidade pioneira na luta contra o aumento das

tarifas no transporte publico no ano de 2013 é essencial lembrar que este “ato de rebeldia” de

setores da sociedade, em especial da juventude natalense, ecoou Brasil afora e foram várias as

capitais e grandes cidades que entraram na luta pela revogação do aumento das passagens de

ônibus e protagonizaram grandes manifestações populares que se massificaram e

multiplicaram as bandeiras de luta do movimento, contudo já no ano de 2012, Natal era palco

de manifestações neste sentido quando em outubro – durante as eleições – setores populares já

discutia e lutava contra os aumentos. A capital potiguar foi a cidade pioneira das lutas,

embora a imprensa/mídia nacional silencie sobre este aspecto e destaque com afinco os

acontecimentos no eixo Rio - São Paulo. Diante de tal quadro nos propomos a fazer um

balanço do embate midiático, das lutas e das conquistas que a Revolta do Busão e as Jornadas

de Junho implicaram/implicam a sociedade natalense levando em consideração também as

condicionantes nacionais e estando ciente que esta síntese é limitada já que as manifestações

ainda provocam efeitos na esfera social. Neste sentido nos valeremos de uma articulação entre

História e Análise do Discurso tendo como corpus da pesquisa, entrevistas com parlamentares

da Câmara Municipal de Natal, manifestantes das Jornadas de Junho e militantes de partidos

políticos presentes as manifestações onde identificaremos as varias posições-sujeitos destes

atores analisando também materialidades discursivas da mídia e da imprensa local na leitura

deste processo social que no tabuleiro político colocou em xeque a democracia burguesa e

pseudo-representativa.

PALAVRAS-CHAVE: Jornadas de Junho. Revolta do Busão. Embate Midiático.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

GÊNERO CRÔNICA NO JORNAL IMPRESSO ‘DE FATO’:

ESPAÇO E CONSIDERAÇÕES

José de Paiva Rebouças (UERN)

Márcia de Oliveira Pinto (UERN)

RESUMO: Nossa pesquisa tem como objetivo geral investigar o espaço do gênero “crônica”

dentro da edição impressa do Jornal de Fato. Para atendermos a este propósito, propusemos

dois objetivos específicos: apontar se esse jornal impresso de Mossoró/RN mantém o gênero

“crônica” em suas páginas, determinando a sua regularidade, e caracterizar como se configura

o espaço destinado para este gênero. Esta investigação será fundamentada numa pesquisa

bibliográfica baseada em Beltrão (1960), Costella (1984), Sousa (2001), Lustosa (2004), entre

outros, para tratar do Jornalismo Impresso e em Silva (2012) Melo (2003), Sá (1992), Lopes

(2010), Moisés (1978), Pereira (2004), Neiva (2005), Cândido (1992) e Beltrão (1980) para

tratar do gênero “crônica”. De acordo com os objetivos traçados, nossa pesquisa terá como

metodologia a análise de conteúdo. O corpus de nossa investigação compreendeu a coleta de

26 edições impressas durante o mês de julho/2013 sem contar com às segundas-feiras, dia em

que não há publicação. Adiantamos que o resultado da nossa investigação desmistificou nossa

hipótese inicial, pois achávamos que com a urgência das redações dos jornais, que exigem

mais objetividade na feitura da notícia, o espaço dado à crônica seria comprometido. No

entanto, adiantamos que o Jornal de Fato não só mantém viva a tradição do gênero, como lhe

abre espaços diários para a sua publicação.

PALAVRAS-CHAVE: Crônica. Jornalismo. Jornal Impresso.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

IDEOLOGIA DO COTIDIANO E IDEOLOGIA OFICIAL NO PROCESSO DE

AGENDAMENTO DO DISCURSO DA IMPRENSA SOBRE A RESISTÊNCIA DE

MOSSORÓ AO BANDO DE LAMPIÃO

Cid Augusto da Escóssia Rosado (FMC)

RESUMO: O bando de Lampião, mais temido grupo de cangaceiros do Nordeste, atacou

Mossoró-RN aos 13 de junho de 1927, na intenção de saqueá-la. A defesa da cidade, liderada

pelo prefeito Rodolfo Fernandes, venceu a briga. O embate rendeu ao lugar o epíteto de

"Terra da Resistência" e deu origem a um dos mais significativos casos de agendamento da

imprensa potiguar, por três aspectos. O primeiro é a retomada regular do assunto pela mídia,

durante 86 anos, a cada mês de junho. O segundo é a repercussão em fatos concretos, já que o

substantivo "resistência" passou a nominar logradouros, prédios públicos, empresas, tornou-se

obrigatório na retórica das autoridades e originou o Chuva de Bala no País de Mossoró,

megaespetáculo teatral reeditado nos festejos juninos, desde 2003. O terceiro é a quebra do

paradigma de que a mídia, ao agendar assuntos para o debate público, diz às pessoas sobre o

que e como pensar. Isto porque, embora os veículos de comunicação tenham se dedicado

majoritariamente a louvar os heróis, especialmente Rodolfo Fernandes, e a satanizar os

cangaceiros, entre os quais Jararaca, que foi preso e assassinado pela polícia, a informação-

quase mediada acabou distorcida no processo de recepção. Apesar de bombardeados com

discursos semelhantes, os leitores-interlocutores refrataram ao menos em parte a ideologia

oficial daqueles enunciados e fizeram surgir, na ideologia cotidiana, o mito de que Jararaca,

após a morte, virou santo e faz milagres. Os heróis, por sua vez, tornaram-se entidade

abstrata, sem nome e sem rosto, de modo que o próprio prefeito é pouco lembrado. Partindo

de tais constatações, o artigo serve-se do método da Análise Dialógica do Discurso (ADD),

respaldada em Bakhtin e seu ciclo, bem como na teoria do agenda-setting, de McCombs e

Shaw, para alcançar o objetivo geral de problematizar elementos ideológicos contidos em

enunciados da imprensa sobre a resistência de Mossoró ao bando de Lampião que justifiquem

a ruptura no processo de agendamento resultante no esquecimento dos heróis e na elevação de

um cangaceiro à condição de milagreiro. De modo específico, a partir de um corpus formado

por textos jornalísticos veiculados em junho de 1927 e junho de 2013, o trabalho averigua a

interferência da ideologia oficial e da ideologia do cotidiano no processo de "santificação" do

inimigo e observa razões para o desvio no processo de agendamento. A pesquisa é inédita e

pretende contribuir para o estudo da imprensa na formação da realidade social.

PALAVRAS-CHAVE: Ideologia. Discurso. Agenda-setting. Cangaço. Mossoró.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

INFÂNCIA NA SOCIEDADE DO CONSUMO

Maria Soberana de Paiva (UERN)

Karlla Christine Araújo Souza (UERN)

Jucieude de Lucena Evangelista (UERN)

Márcia de Oliveira Pinto (UERN)

RESUMO: Atualmente a publicidade dirigida para as crianças se tornou alvo de severas

críticas da sociedade em relação aos possíveis efeitos nocivos que pode causar sobre a

formação infantil. As crianças constituem seres sociais em formação cognitiva e psicológica e

por isso são consideradas incapazes de construírem sozinhas uma argumentação contrária ao

discurso da publicidade, pois ainda não dispõem de mecanismos suficientes para entenderem

seus objetivos de venda e persuasão, sendo assim mais vulneráveis a esse discurso persuasivo.

Desse modo o presente trabalho objetivou pesquisar a relação estabelecida entre as crianças e

a publicidade televisiva infantil, buscando refletir sobre a importância da mediação da família

nessa relação. A nossa pesquisa realizou-se através de questionários estruturados, com a

participação de 85 famílias de estudantes entre seis e doze anos de idade da Escola Municipal

Alcides Manoel de Medeiros do município de Mossoró-RN. Os resultados revelaram que a

mediação da família e da escola se mostra essencial na formação de consumidores conscientes

no futuro. Além de haver necessidade de um amplo debate público acerca da reponsabilidade

que anunciantes, agências de publicidade, meios de comunicação e toda a sociedade devem

assumir frente à relação das crianças e a publicidade, objetivando a preservação da infância.

PALAVRAS-CHAVE: Publicidade televisiva. Infância. Família.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO

CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI

Patrícia Gomes de Mello Sales (PROLING/UFPB)

Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)

RESUMO: Pretendemos neste artigo discutir a carnavalização do corpo feminino nos cartuns

eróticos de Angeli, os quais foram publicados na rede digital. Para tanto, levamos em

consideração que tal carnavalização não prescinde de uma discussão acerca da constituição

sócio-histórica do corpo da mulher. Neste ínterim, buscamos subsídio teórico na noção de

carnavalização (BAKHTIN, 2010), no intuito de perscrutar a constituição de uma erótica do

corpo da mulher pretendida pelos cartuns, a partir de imagens exageradas desse corpo. Nossas

análises apontam que o corpo feminino dos cartuns de Angeli carnavaliza-se na medida em

que observamos uma ênfase desproporcional em algumas partes do corpo, principalmente nas

zonas erógenas, coadunando, assim, com a construção de uma erótica do corpo da mulher

amparada numa memória que circunscreve esse corpo. As imagens, conforme assinala

Pêcheux (1999), são responsáveis pela mobilização de uma memória social que inscreve os

discursos na rede da história. Dessa maneira, podemos constatar que, das imagens do corpo

feminino veiculadas pelos cartuns analisados, ressoam ecos de memória que inscrevem

discursivamente o corpo feminino. Esses movimentos de memória circunscrevem

historicamente o corpo e a história do sujeito mulher no que tange especificamente ao campo

da sexualidade. Portanto, a carnavalização do corpo feminino não está apartada das

representações sociais acerca do sujeito mulher, o que atesta o fato de a linguagem estar

permeada por diferentes acentos, pontos de vista, já-ditos, os quais estão visceralmente

atrelados às condições sociais e históricas.

PALAVRAS-CHAVE: Corpo feminino. Carnavalização. Cartuns Eróticos.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO

ROSALBA CIARLINI

Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo (UnP)

RESUMO: A pesquisa em questão tem a finalidade de estudar o uso da Assessoria de

Comunicação do Governo do Estado para propagar o discurso do gestor da ocasião. Para isso,

foi feita uma pesquisa no site do Governo do Estado do Rio Grande do Norte para identificar

como tudo ocorre. Constatou-se que um terço das matérias publicadas entre 1º de janeiro e 15

de fevereiro de 2011 tratavam de forma direta ou indireta de acusar o governo anterior pelas

dificuldades administrativas e reforçar o discurso da Terra Arrasada. O recorte temporal

escolhido se justifica por se tratar do período entre a posse da governadora Rosalba Ciarlini e

a primeira vez em que ela foi à Assembleia Legislativa fazer a leitura da mensagem

anual.Para estudar o material coletado, utilizou-se o método da Análise do Discurso inspirada

em textos de Michel Foucault e Patrick Charaudeau. O objetivo geral desse trabalho é analisar

a estratégia discursiva da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado do Rio Grande

do Norte com o fim especifico de responsabilizar a administração anterior e justificar medidas

impopulares e responder às seguintes perguntas: há elementos que remetam ao discurso da

terra arrasada nos textos do site do Governo? Existe influência do discurso político (com seus

interesses) no discurso administrativo em questão? O discurso da terra arrasada foi usado para

tentar convencer a população de que o DEM recebeu do PSB um Estado falido? O trabalho

partiu do pressuposto que essas medidas teriam efeito na opinião pública através do

agendamento dos assuntos abordados na mídia, mas uma pesquisa realizada pelo Instituto

Consult, usada como fonte neste trabalho, apontou que a estratégia não atingiu o objetivo

esperado.

PALAVRAS-CHAVES: Terra Arrasada. Discurso. Agendamento.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

POR UMA DEFINIÇÃO CRÔNICA

Márcia de Oliveira Pinto (UERN)

RESUMO: Constitui uma questão pacífica que a crônica é um gênero jornalístico. Ela é

produto do jornal, se nutre dos fatos do cotidiano e dele depende para sua expressão pública.

Ela apresenta as três condições necessárias para qualquer manifestação jornalística:

atualidade, oportunidade e interesse coletivo. Figura no jornalismo como matéria inteiramente

ligada e indispensável ao espírito da edição noticiosa e retrata os fragmentos diários. As

crônicas nascem em um universo de urgência e está vinculada a acontecimentos datados, o

que lhe faz atuar quase como um comentário casual, de circunstância sobre algo que, de outra

maneira, perder-se-ia para sempre. Ela costuma trazer o comentário da notícia do dia, mas

também pode acontecer o inverso: “a crônica faz a notícia – a informação formada. É quando

ela se desvencilha de suas obrigações imediatistas e gera situações, personagens que se

tornam pessoas, coisas que se humanizam.” (PORTELLA, 2002). Apesar dessa relação

íntima com os fatos jornalísticos, a crônica pode ser considerada arte na página do periódico,

uma vez que os acontecimentos do dia-a-dia – ao contrário do que ocorre no jornalismo – só

serão utilizados como pretexto para que o cronista exercite a sua competência linguística e

literária. Mesmo escritas com a rapidez típica das redações e presas à necessidade da

editoração e circulação do jornal diário, ela é o “acento lírico”, como sugere Coutinho (1995),

que se destaca dos demais gêneros opinativos da edição noticiosa. O cronista, segundo Moisés

(1997), pretende-se não o repórter, mas o poeta ou o ficcionista do cotidiano, e retira do

acontecimento sua porção mágica de fantasia. A fim de definir o gênero, encontramos na

bibliografia brasileira quatro tentativas: Beltrão (1980) usa o jornalismo como critério;

Coutinho (1995) parte de uma tipologia literária; Moisés (2002) procura uma correspondência

com os gêneros literários e Candido (1992) orienta-se pela estrutura da narrativa. Dialogando

com esses conceitos, objetivamos, para este artigo, analisar três crônicas e classificá-las

conforme as definições elencadas por estes autores.

PALAVRAS-CHAVE: Crônica. Gênero. Jornalismo. Literatura.

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GT 7 – COMUNICAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

UMA ABORDAGEM DA TERCEIRA VERSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE

DIREITOS HUMANOS NA MÍDIA

Pedro Henrique da Silva Filgueira (PPGARC/UFRN)

RESUMO: Os movimentos sociais e os setores da sociedade que defendem a democratização

dos meios de comunicação estão corriqueiramente em embate com a mídia empresarial

brasileira, travando assim uma disputa política. Enquanto os donos dos meios de comunicação

procuram consolidar seus veículos, os movimentos sociais discutem a democratização desses

meios. Esse embate nos coloca diante da necessidade de um questionamento em relação à

comunicação social no Brasil. A partir dos objetivos do estudo, definimos e aplicamos os

seguintes procedimentos metodológicos: No primeiro momento, fizemos a revisão

bibliográfica acerca dos temas “direitos humanos” e “democratização dos meios de

comunicação”. O segundo momento da pesquisa foi a estruturação do blog

http://midiaepndh3.wordpress.com/, no qual publicamos uma série de matérias veiculadas em

diferentes órgãos da imprensa nacional, abordando o processo de aprovação do PNDH - 3 e

que expressam opiniões divergentes. Concluída essa seleção, passamos a desenvolver nossa

análise em torno da perspectiva contemporânea de estudos dos efeitos da mídia na hipótese da

Agenda Setting. A Agenda Setting foi elaborada por Maxwell McCombs e Donald Shaw

na década de 1970. Esta linha de pesquisa vem propor uma nova etapa no que diz respeito à

investigação sobre os diversos efeitos da comunicação de massa sobre o público. A mídia

então determina as pautas que tem mais interesses políticos ou econômicos e o espaço que

elas terão na programação. A análise dos dados obtidos na pesquisa indicou que existem

evidências da saliência do tema “Comunicação Social e PNDH-3” nos meios pesquisados.

Isso foi comprovado pela cobertura oferecida pela mídia nos períodos de janeiro a maio de

2010. Além da saliência, o tema recebeu diversos atributos, caracterizando assim um segundo

nível de agendamento da mídia. O agendamento de atributos foi possível pela classificação

realizada através dos títulos das matérias. A análise desses títulos e das matérias se tornou

possível para mostrar a coerência com a hipótese da existência de um segundo-nível do

agendamento. Foi possível perceber também na pesquisa a maior cobertura de outros temas

do Programa Nacional de Direitos Humanos em relação ao tema da Comunicação Social. Isto

comprova a nossa percepção dos limites da mídia conservadora para pautar apenas os temas

que lhe são de interesse político e econômico, vendo-se tensionada a abordar os demais temas

do PNDH-3, o que também é uma maneira de atingir todo o programa.

PALAVRAS-CHAVE: Direitos humanos. Democratização da comunicação. Agenda setting,

PNDH.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA BAIANA: PROCESSOS DE IDENTIDADE

ATRAVÉS DA RELAÇÃO ENTRE DISCURSO E IDEOLOGIA

Reginete de Jesus Lopes Meira (UEFS)

Palmira Virgínia Bahia Heine (UEFS)

RESUMO: Esse trabalho busca elucidar o processo de construção de identidade baiana

perpassando pelo viés da linguagem e da ideologia acreditando que a língua funciona como

mola propulsora para a construção identitária de um povo. A representação social de uma

cultura nada mais é que um construto ideológico que surge a partir do discurso. Desta forma,

podemos afirmar que a ideologia se materializa no discurso e é através dele que se constroem

as marcas de identidade de uma comunidade. Assim, pode-se dizer que a identidade é uma

construção discursiva que repousa sob um viés ideológico. A identidade baiana revela- se

através das suas características constituindo o que se chama de “ baianidade”, termo surgido

para definir a identidade daqueles que nascem nesse estado e possuem essas características

relacionadas ao modo de ser baiano, Dentre as quais se destacam: a religiosidade, o

sincretismo, a sensualidade corporal e o desprendimento para as artes como a arte, dança e a

música, a culinária condimentada, a “ malemolência, a alegria inata, o gosto pela festa, a

simpatia, a cordialidade e a hospitalidade. O jogo da construção da identidade baiana será

aqui discutido com base em teóricos da análise do discurso de orientação francesa com

contribuições de outros teóricos como Fiorin e Stuart Hall.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade baiana. Linguagem. Ideologia. Discurso.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER MODOS DE SUBJETIVAÇÃO E AS

PRÁTICAS DISCURSIVAS

Gesiel Prado (FCLar)

RESUMO: As discussões apresentadas são oriundas da pesquisa de doutoramento, Entre um

gesto e outro, o sujeito: práticas de subjetivação pelo discurso da etiqueta e das boas

maneiras no Brasil oitocentista¸ orientado pela Profa. Dra. Maria do Rosário Gregolin. Deste

modo, o objetivo da comunicação é apresentar e discutir algumas das contribuições da análise

genealógica do sujeito empreendida por Michel Foucault para estudo das práticas de

subjetivação no campo teórico-metodológico da Análise do Discurso derivada dos trabalhos

de Michel Pêcheux e seu grupo. Foucault afirma que seu interesse é analisar como o saber,

poder e as práticas de si atuam na construção do sujeito. Assim, a noção de subjetividade é

sempre entendida como um processo, o que leva à problematização da noção empírica de

sujeito, que vê nos atos e escolhas as repostas para compreender o sujeito. Com base nisso a

proposta genealógica se distancia da questão quem sou eu? e se coloca diante da reflexão de

quem somos nós hoje? quais práticas levam a nos reconhecermos enquanto sujeitos?. O

método genealógico convida ao analista do discurso olhar para o discurso para compreender

os diferentes modos de subjetivação. A genealogia, portanto, se dispõe a perceber o sujeito

pelo discurso e não o sujeito do discurso, entendendo assim que não é pelos atos de

enunciação que se atesta a sua existência. Deste modo, acredito que o método genealógico do

sujeito foucaultiano contribui teoricamente para estudo da subjetividade, no campo teórico-

metodológico da Análise do Discurso, embora exista um conceito de sujeito, não há uma

teoria da subjetivação.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Subjetivação. Sujeito. Análise do Discurso

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A MÍDIA E O DISCIPLINAMENTO DO SUJEITO: OS DISCURSOS SOBRE O

CORPO NA PÓS-MODERNIDADE

Reinaldo Alves Teixeira

RESUMO: No presente trabalho, procuraremos analisar os discursos sobre o corpo na pós-

modernidade. A assunção do corpo enquanto máquina se difunde simultaneamente à

emergência do capitalismo enquanto modo de produção, que irá exigir para si um corpo

individualizado. Aqui emerge o individualismo moderno do corpo-indivíduo, cuja função é

requisitada pelas modernas tecnologias de produção. No entanto, a possibilidade de

disciplinamento do corpo ganha maior visibilidade e aplicabilidade com a substituição, pelo

darwinismo, da idéia de criação divina pela teoria da evolução. O corpo humano perde o seu

caráter de imutabilidade e de modelo atemporal e, na pós-modernidade, torna-se suscetível à

mudanças e à manipulações. A suscetibilidade do corpo às mudanças é difundida pelos

discursos midiáticos acerca da beleza e dos padrões estéticos pós-modernos. Tais discursos

circulam de forma abundante e são explorados exaustivamente pelos meios de comunicação,

conforme poderemos observar na análise de uma reportagem da Revista Veja, a qual foi

publicada na edição do dia 12 de janeiro de 2011.

PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Corpo. Disciplinamento.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A MULHER NAS PROPAGANDAS DA SKY

Rosamaria da Silva (UERN)

RESUMO: O presente trabalho objetiva analisar como a publicidade discursiviza sobre a

mulher na contemporaneidade, produzindo determinados efeitos de sentido,considerando

como os discursos constroem a identidade feminina, e como pela ativação da memória

discursiva e pelas relações interdiscursivas os múltiplos sentidos podem ser identificáveis.

Direcionamos a análisea uma propaganda da SKY, sendo esta uma importante produtora de

discursividades e identidade femininas, contribuindo para a construção de uma visão

idealizada da mulher, em que todas poderiam, potencialmente, se identificar, naturalizando,

assim, formas de ‘ser mulher’, enquanto outras formas são esquecidas em seu discurso. Para

isso, trabalharemos com alguns dispositivos teóricos de análise propostos por Michel Foucault

(1999; 2008) e radicados na Análise de Discurso de linha francesa como: sujeito, poder,

discurso, como também as contribuições de Pêcheux (1999) em relação ao papel da memória.

Nortear-nos-emos também em estudos de Fernandes (2012), Orlandi (1999) e Gregolin (2005;

2007). O corpus para a análise é composta de uma propaganda, dentre várias que compõem a

campanha da TV por assinatura, SKY, veiculadas em TV por assinatura via satélite intitulada

“TôTVendo na SKY”. A partir da análise do corpus, evidenciamos como o discurso da SKY

joga com os papéis antigos e contemporâneos da mulher, criando diferentes espaços, para

diferentes posições de sujeito, com o objetivo de vender a partir de um produto, uma ideia, um

estilo de vida.Destarte, o discurso da SKY vende uma imagem ideal de mulher,

aparentemente moderna. Ao mesmo tempo, porém, reafirma o lugar que sempre coube a ela

no lar, que é o de suprir todas as necessidades do marido e dos filhos, trabalhando para

discipliná-la, docilizá-la, moldando-lhe a forma de agir e se comportar, trazendo-a para a

ordem do discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Publicidade. Discurso. Identidade. Mulher.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A PALAVRA INTERTIDADA NAS CARTAS DE CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO

NAZISTA

Plinio Pereira Filho (CEAD UFPB/FADIMAB)

RESUMO: Foucault (1993) ressalta que, se o genocídio é, de fato, o sonho dos poderes

modernos, não é por uma volta ao velho direito de matar. É porque o poder se situa e se

exerce ao nível da vida, da espécie, da raça e dos fenômenos maciços da população. É o que

podemos observar ao analisar o regime nazista, onde foram mortos legitimamente aqueles que

constituíam uma espécie de perigo biológico para os outros, a exemplo dos judeus, não-

arianos, homossexuais, ciganos, deficientes mentais, entre outros. Este trabalho que nasceu a

partir de uma visita, em 2011, ao principal campo de concentração nazista da Europa, na

Cracóvia, Polônia, vislumbra fazer, mesmo com considerações preliminares e parciais, a

análise da palavra interditada por meio das memórias de discursos escritos daquelas que

passaram pelo regime nazista durante a Segunda Guerra. Muito se falou do regime nazista

quanto movimento histórico, porém pouco se produziu - em especial na língua portuguesa -

sobre as condições de produção e as memórias dos prisioneiros, tendo em vista a ideologia do

regime nazista, das interdições de seu “dizer” e dos silenciamentos como mecanismo

discursivo de significação frente às “verdades” dos campos de concentração. Para isso,

mobilizamos as noções de Foucault de sujeito, discurso, interdição e poder, através de obras

como A Ordem do Discurso, Microfísica do Poder, Arqueologia do Saber, dentre outras.

Abordamos, através da obra As Formas do Silêncio, as contribuições de Eni Orlandi à respeito

da compreensão do ‘silêncio’ como unidade de significações, bem como dos estudos sobre o

Regime do Estado Totalitário, abordado na obra Os limites do Totalitarismo, de Hannah

Arendt, o Holocausto: O massacre de 6 milhões, de Ben Abrahan. Dados a escassez de

bibliografia sobre Auschwitz em língua portuguesa, propomos a abordagem e uso de obras

em língua inglesa, tais como: Auschwitz – a new history, de Sybille Steinbacher; 64735 -

From A Name to A Number: A Holocaust Survivor’s Autobiography, de Alter Wiener; como

parte constituinte e indispensável para pensarmos o sujeito, as condições de produção a partir

do espaço e das memórias.

PALAVRAS-CHAVE: Interdição. Condições de produção. Judeus. Nazismo. Cartas

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A REPRESENTAÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E AS VONTADES DE

VERDADE ATRAVÉS DAS IMAGENS PROPAGADAS

Luciana Fernandes Nery (UEPB)

Carla Jeane S. Ferreira e Costa (UFCG)

RESUMO: A nossa imagem é construída ao longo dos tempos através do olhar do outro e de

nós mesmos. Desse modo, na busca dessa construção das nossas identidades é comum nos

deparamos com imagens estereotipadas que interferem diretamente na forma como somos

vistos. Através delas, somos submetidos a determinados grupos que possuem vontades de

verdade diferentes das nossas e que inevitavelmente acabam nos influenciando. Nesse

contexto, é comum nos depararmos com imagens, muitas vezes, negativas em relação ao

professor que cristalizam as ações e visões desse sujeito, fazendo com que a sociedade o

conceba como um sujeito à margem. Diante disso, pretendemos nesse trabalho analisar a

representação da identidade do professor no gênero charge atentando para as vontades de

verdade perpassadas através da construção dessas identidades. Para tanto, utilizamos os

pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, sobretudo através dos

estudos de Coracini (2007), Foucault (1995, 2010), Hall (2006), Orlandi (2007, 2008), dentre

outros. Este trabalho vem sendo desenvolvido como forma de amadurecimento teórico e a

busca incessante de tentarmos compreender a forma como professor é visto na sociedade

contemporânea. Desse modo, pretendemos com este trabalho apresentar um olhar mais crítico

em relação às imagens que são propagadas como verdades absolutas e que, comumente, são

aceitas sem questionamentos.

PALAVRAS-CHAVE: Professor. Identidade. Vontades de verdade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

A REPRESENTAÇÃO DISCURSIVA DA MULHER NO GÊNERO CHARGE

Almirene Maria Vital da Silva Sant’Anna (UEFS)

Maria Rosane Passos dos Santos (UEFS)

RESUMO: Desde a antiguidade os discursos sobre a mulher são atravessados pelos sentidos

de inferioridade: submissa, incapaz, frívola, entre outros. Apesar das mudanças sociais e

conquistas feministas, é possível perceber que esses discursos ainda permanecem e são

materializados de diversas formas. Nota-se isso nas músicas, nas novelas, nos discursos

masculinos que, em geral, revelam uma ideologia que subjuga a capacidade intelectual da

mulher. Assim, o presente trabalho visa analisar a representação discursiva da mulher no

gênero charge, buscando compreender os processos de construção dos sentidos acerca da

imagem feminina, identificando as formações discursivas e ideológicas atreladas a ela,

relacionando os sentidos gerados aos gestos do interdiscurso que embasam a construção

discursiva da noção do que é ser mulher. A base teórica do referido trabalho é a teoria da

Análise de Discurso de linha francesa, mais precisamente pecheutiana. Na análise de discurso,

o discurso é social, historicamente construído e ideologicamente marcado, por isso, mais do

que interpretar é preciso compreender como os discursos fazem sentido, compreender as

condições de produção dos discursos; que não existe sujeito sem discurso nem discurso sem

ideologias. Para atingir tal objetivo foram analisadas duas charges veiculadas no facebook que

evidenciaram formações discursivas e ideológicas marcadas pelo preconceito em relação à

mulher. Tais discursos se filiam a já ditos (interdiscursos) sobre a imagem da mulher, como:

só serve para os trabalhos domésticos, lugar de mulher é na cozinha, mulher tem que cuidar

dos filhos, e só entende de amenidades, entre outros. Assim, a análise das referidas charges

demonstra que os discursos acerca da imagem da mulher são perpassados pelos sentidos de

inferioridade, reforçando preconceitos e estereótipos que mantêm a ideologia de submissão

feminina e silencia seu papel histórico de conquistas e constituição da sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Representação discursiva. Mulher. Discurso. Interdiscurso.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

ANÁLISE DO DISCURSO E A PESQUISA NA ENFERMAGEM

Deivson Wendell da Costa Lima (FAEN/UERN)

Alcivan Nunes Vieira (FAEN/UERN)

RESUMO: Este ensaio objetiva apresentar a Análise do Discurso (AD) na perspectiva da

corrente francesa de pensamento, enquanto método para a pesquisa no campo da saúde e, em

particular, na enfermagem. Foi elaborado a partir de um aprofundamento teórico-

metodológico sobre a AD, em uma pesquisa realizada em nível de mestrado; esta objetivou

analisar os discursos dos enfermeiros sobre a escuta na atenção ao sujeito em sofrimento

psíquico, no âmbito dos serviços de saúde mental. A partir de então, este estudo será

mencionado como Estudo de Referência. O texto foi estruturado de forma a sistematizar os

passos na adoção da AD enquanto método para a análise de falas, compreendidas a partir de

então como discursos produzidos por sujeitos em determinados contextos. Destaca-se que a

aplicação da AD exige uma compreensão prévia da sua historicidade e dos seus conceitos

fundamentais: sujeito, linguagem e discurso. Foram discutidos os momentos da AD e os

passos para a identificação dos dispositivos analíticos do discurso, enquanto momentos que

subsidiam a descrição das formações discursivas e da formação ideológica. Para a AD o

sujeito é descentrado e se presentifica na linguagem; ele não corresponde ao sujeito da razão

cartesiana. O discurso é uma função, sendo produzido mediante regras que estabelecem o que

pode e o que deve ser dito em uma determinada formação discursiva; e a linguagem, por sua

vez, não corresponde à fala em sua literalidade. Partindo destes conceitos, depreende-se que

essa proposta estabelece uma ruptura teórica com métodos e técnicas de análise que concebem

o sujeito pela razão ótica cartesiana e a fala enquanto linguagem. Aposta-se em uma proposta

metodológica que seja pautada na compreensão de que, na relação pesquisador e pesquisado,

os sujeitos estão implicados e a produção do conhecimento está atravessada por suas

historicidades e singularidades. A análise do discurso emerge, portanto, como um método

capaz de ressignificar as pesquisas no campo da saúde e na enfermagem, pois, em muitas

situações lidam-se com os discursos e com os seus contextos; fazendo-se necessário

desenvolver uma metodologia de análise que apreenda as relações entre o discurso e suas

condições de produção, e não uma análise da fala por ela mesma. Aposta em um movimento

de mudança na forma de produzir conhecimento, e em uma apreensão diferente das relações

do sujeito com o seu discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Pesquisa. Linguagem. Ensino de Enfermagem.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

ANÁLISE INTERDISCURSIVA LITERO-RELIGIOSA EM O LEÃO, A FEITICEIRA

E O GUARDA-ROUPA

Alaide Angélica de Menezes Cabral Carvalho (UERN)

José Roberto Alves Barbosa (Orientador - DLV/UERN)

RESUMO: A finalidade dessa pesquisa é a necessidade de descrever e interpretar o caráter

interdiscursivo no discurso litero-religioso presente na obra As Crônicas de Nárnia, mais

especificamente no segundo livro da série: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, uma vez

que, esse discurso não foi gerado ao acaso. Enfatizaremos em nossa pesquisa os discursos

constituinte e o Archéion imbricados na obra de C. S. Lewis. Para desvendá-lo, iremos tentar

responder quais intenções há por trás dele? Qual a sua proposta? De que maneira pretendeu-se

que ele agisse sobre os leitores/espectadores? Qual a ideologia presente nos diálogos dos

personagens e nas imagens simbólicas? Para isso analisaremos o corpus e, mais

especificamente evidenciaremos o diálogo interdiscursivo com o texto bíblico. Para realização

desta pesquisa, tomaremos por fundamentação as categorias de memória discursiva e

interdiscurso da AD, além de discurso autoconstituinte e heteroconstituinte. Tomando como

base os estudos de autores como Foucault (2008), Brandão (2004), Maingueneau (1997),

Orlandi (2003), Possenti (2007), entre outros, sobre as noções de memória discursiva,

ideologia e discursos auto constituintes. A pesquisa de caráter qualitativo, revelou à

necessidade de identificar e refletir a intersicursividade lítero-religiosa uma vez que o texto

alcança multidões, mobiliza subjetividades e carrega ideologias e representações de mundo. A

necessidade de entendê-lo é de extrema importância.

PALAVRAS-CHAVE: Interdiscurso. Auto-constituição. Memória discursiva. Discurso

litero-religioso.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

DISCURSIVIDADE: REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS NA POLÊMICA SOBRE

O LIVRO DIDÁTICO “POR UMA VIDA MELHOR”

Flágila Marinho da Silva Lima (UEFS)

RESUMO: O presente artigo visa refletir sobre os discursos acerca da polêmica do livro didático Por

Uma Vida Melhor. Para tanto, utilizar-se-á a teoria da Análise de Discurso de orientação francesa,

mais precisamente de filiação pecheutiana, como dispositivo teórico de análise. Sabe-se que os

sujeitos e os sentidos são construídos no discurso, é nesse sentido que não existirá, na AD, sujeito sem

discurso nem discurso sem ideologia. Assim sendo, parte-se do principio de que todo discurso é

ideológico e reflete a ou as posições sociais ocupadas pelos sujeitos ao enunciarem. A composição do

corpus foi efetivada a partir da seleção de dois depoimentos sobre a polêmica do livro didático, sendo

um comentário do renomado jornalista Alexandre Garcia da rede Globo e uma entrevista com o senhor

Cesar Callegari do Conselho Nacional de Educação (CNE). A partir da análise do referido material foi

possível compreender o funcionamento das relações ideológicas nos discursos desses sujeitos, afinal,

nenhum discurso é dotado de neutralidade, e as posições sujeitos determinam o que pode e deve ser

dito em determinada circunstância. Destarte, os sujeitos ao enunciarem expõem ideias, posturas,

valores, preferências, demarcam suas formações discursivas e assim, se inscrevem em determinadas

formações ideológicas.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Ideologia. Formação discursiva. Sujeito. Livro didático

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

DISCURSO E MÍDIA: OLHARES TRANSVERSOS SOBRE A CIDADE DE SÃO

LUÍS EM SEUS 400 ANOS

Juliana Matos Lavra (UFMA)

RESUMO: Segundo Halbwachs (2006), embora sejam os indivíduos que lembrem certos

acontecimentos, são os grupos sociais que decidem o que é “memorável” e as formas pelas

quais um fato será lembrado. Desse modo, a memória torna-se “uma reconstrução do

passado” (BURKE, 2000, p.70) e é por meio de discursos que essa reconfiguração acontece.

No espaço midiático, é possível obervarmos como esse movimento da memória é

constantemente operado, ao assistirmos a um mesmo episódio configurado de distintas

maneiras, de acordo com os grupos que gerenciam certos meios. Este trabalho apresenta

alguns recortes da pesquisa de Iniciação Científica sobre os 400 anos da cidade de São Luís

na mídia eletrônica, inserida no Projeto As identidades de São Luís em sites, desenvolvida no

Grupo de Pesquisa e Estudos em Linguagens e Discurso do Maranhão (GPELD/DELER-

UFMA). Avaliamos os movimentos discursivos operados pelo agenciamento de sentidos e

memórias em duas propagandas impressas que tematizaram os 400 anos da cidade de São

Luís e circularam na capital ludovicense entre os anos 2011 e 2012 e também uma reportagem

divulgada no site de um jornal de grande circulação nacional, no dia do aniversário da cidade.

O referencial teórico pauta-se em estudos sobre o discurso (FOUCAULT, 2008) e sua relação

com a memória (LE GOFF, 2012).

PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Discurso. Memória. Comemoração.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

DISCURSO E PRODUÇÃO DE IDENTIDADE FEMININA: O TRABALHO EM

DESTAQUE NA MÍDIA

Márcia Bezerra de Morais (UERN/GEDUERN)

RESUMO: Este artigo é um recorte de uma pesquisa de Mestrado, vinculado à linha de

pesquisa “Discurso, memória e identidade” do Programa de pós-graduação em Letras da

Universidade do Estado do Rio Grande Norte – PPGL, bem como na linha de pesquisa

“Estudo dos processos de produção identitária e de modos de subjetivação na

contemporaneidade” do Grupo de Estudos do discurso da Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte – GEDUERN. Defronte as mudanças políticas, sociais, econômicas e

culturais delineando a sociedade contemporânea, despontam novos papéis para os sujeitos,

homens e mulheres ao longo de algumas décadas experienciam um cenário de imensas

transformações, reservando especificamente para a mulher espaços outros na vida pública,

como resultado de seus enfrentamentos e lutas travadas pelo desejo de desbravar esse trajeto

que lhes era negado. Essas modificações possibilitam perceber como os discursos elaboram

efeitos de sentidos a partir de práticas discursivas que se entrelaçam com o que é social e

historicamente construído. Para tanto, intentamos adotar uma determinada perspectiva de

investigação linguística, enveredando por rumos analíticos que vislumbram uma observação

apurada para a proliferação de sentidos. Assim, a abordagem da pesquisa em foco

fundamenta-se no conceito de arquivo apresentado por Foucault, favorecendo historicizar os

acontecimentos que estão imbricados à temática do trabalho feminino. Decidimos refletir aqui

sobre a os discursos que fabricam as identidades femininas na contemporaneidade objetivando

analisar quais elementos são exigidos pelo mercado de trabalho na sociedade contemporânea

para produzir identidades sobre a mulher trabalhadora. O alicerce para fundamentar nossas

reflexões está no entrecruzamento da linguagem com o histórico, para tanto adotamos como

aporte teórico a Análise do Discurso de tradução francesa e as contribuições de Michel

Foucault à teoria do Discurso, atrelando aos estudos culturais, estudos históricos sobre a

mulher e estudos da mídia. O método arqueológico, formulado por Michel Foucault, delineará

o trajeto de análise, sendo aplicados os seguintes dispositivos de análise: enunciado,

regularidade discursiva, arquivo, memória discursiva, interdiscursividade e trajeto temático.

Nosso corpus parte de um arquivo composto por revistas da VOCÊ S/A, impressa e digital, de

edição especial para mulher, materialidades que serão trabalhadas a partir de um “trajeto

temático”, possibilitando a delimitação em torno do “MERCADO DE TRABALHO NA

CONTEMPORANEIDADE E PRODUÇÃO DE IDENTIDADES DA MULHER

TRABALHADORA”. Assim, este trabalho de pesquisa torna-se relevante no sentido de

facultar uma maior perscrutação das práticas discursivas em torno da discursivização da

mulher trabalhadora nos dias vigentes.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Discurso midiático. Memória.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

É DO TANQUINHO QUE ELES GOSTAM MAIS: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO

GAY NA REVISTA JÚNIOR

Paulo Aldemir Delfino Lopes (UFPB/PPGL)

RESUMO: O presente artigo, resultante da pesquisa desenvolvida no mestrado em Letras, busca na

Análise do Discurso, sobretudo nas formulações foucaultianas, o aporte teórico, metodológico e

analítico que possibilite a compreensão dos processos de constituição do sujeito gay na revista

JUNIOR. A revista, tomada como artefato midiático, é portadora de diversos discursos imagéticos e

verbais sobre o ser gay em nossa cultura, constituindo-se como objeto de uma pedagogia,

especialmente no tocante ao corpo, às formas de cuidado e aos meios para sua transformação,

oferecidos pela medicina e pela estética. Com base na noção de memória discursiva, buscamos

evidenciar como esses discursos são dinâmicos e fundamentais para que as identidades sejam

transformadas/reinventadas, exatamente por se situarem nas fronteiras entre o linguístico e o não

linguístico. A interdição ao pornográfico, no veículo midiático em questão, é um processo constitutivo

de sentido que possibilita à revista esquivar-se de restrições de conteúdo, uma vez que é voltada para o

público juvenil.

PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Sujeito. Discurso. Cultura. Corpo.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

E FORAM FELIZES PARA SEMPRE? UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE OS

CONTOS DE FADAS NA ÓTICA DA ARTISTA CANADENSE DINA GOLDSTEIN

Edjane Gomes de Assis (UFPB)

RESUMO: O trabalho tem por objetivo analisar o processo de discursivização construído

pela fotógrafa canadense Dina Goldstein na série intitulada “Fallen Princesses”. Na esteira

dos pressupostos da Análise do discurso francesa, observamos que a autora se utiliza de toda

uma materialidade discursiva, entrecruzada de fios ideológicos que perpassam no

interdiscurso, para instaurar um processo de subjetivação das princesas imortalizadas nos

contos de fadas. Com base nos estudos de Pêcheux (1996) e Foucault (2006), observamos que

as princesas projetadas pela fotógrafa ressurgem neste novo acontecimento, revestidas de

ressignificações típicas da cultura cotidiana: São mulheres comuns, mortais e que vivenciam

os conflitos e dramas do mundo moderno. Da série, composta por dez princesas, selecionamos

três (Branca de Neve, Rapunzel e Jasmine), para evidenciar como a memória discursiva

reaparece nas interfaces do (re)dizer. Para tanto, nosso percurso investigativo está

sistematizado da seguinte forma: No primeiro tópico - Os contos de fadas e seus objetos

simbólicos - percorremos os dizeres que identificam o processo narrativo das histórias. Cada

elemento, cada ação dos personagens, são determinantes para os efeitos de sentido que se

busca instaurar. No segundo tópico - As figuras femininas e a sedimentação dos valores

tradicionais – analisamos o processo de representação das imagens femininas instauradas

nestas histórias. Identificamos os valores que caracterizam os mecanismos de subjetivação das

personagens. E no terceiro e último tópico - As novas princesas da contemporaneidade e seus

mecanismos de representação - analisamos os efeitos de sentido presentes na representação

das princesas Branca de Neve, Rapunzel e Jasmini, conforme a ótica da autora. Nossa análise

nos leva a ver e entrever que cada elemento simbólico retoma memórias e modelos já

cristalizados reafirmando outras perspectivas e, consequentemente, imprimindo novos valores

sobre a princesa/mulher dos dias atuais. As imagens são emolduradas de novos sentidos na

busca de manter uma relação dialógica entre a ficção e a realidade.

PALAVRAS-CHAVE: Subjetivação. Discurso. Contos de fadas. Cotidiano.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

“É PRETINHA, MAS É GENTE FINA”: ASPECTOS DA HETEROGENEIDADE

DISCURSIVA NO DISCURSO DE UMA DOCENTE NEGRA

Francisca Ramos-Lopes (UERN/PRADILE/PROFLETRAS)

Dayane Priscila Pereira de Souza (UERN/PIBIC)

RESUMO: Nesta comunicação, apresentaremos uma análise exploratória de uma dentre as

15 narrativas de docentes negros(as) que compõe o corpus da tese de doutorado de Ramos-

Lopes (2010). Observaremos como se dá o processo de constituição identitária da docente

identificada como Sol, tomando como foco a imagem que a investigada construiu de si a

partir da interferência de marcas advindas do discurso de outros sujeitos que atravessaram sua

história de vida. A linha teórica parte da Análise do Discurso de Linha Francesa nas

perspectivas de Pêcheux (1990 e 2006) e Maingueneau (1993 e 2001), entrelaça-se aos

estudos acerca da Heterogeneidade Discursiva sob a ótica de Authier-Revuz (1990, 1998 e

2004), aos estudos sociológicos à luz dos escritos de Bauman (2003, 2005, 2009), Giddens

(2002) e a temática da negritude e do racismo, sob o respaldo de Cunha Jr. (2008, 2009) e

Munanga (2003, 2009a, 2009b). A pesquisa tem como lugar de origem a Linguística

Aplicada, sendo do tipo descritiva/interpretativista (MOITA-LOPES, 1996). A metodologia

adotada será pesquisa bibliográfica, leitura e análise descritiva dos dados. Estes, parcialmente,

apontam para uma constituição identitária fragmentada, marcada por discursos repletos de

discriminação e preconceito durante a vida da docente. Compreendemos que o discurso da

investigada é marcado por enunciados utilizados negativamente, em diversos contextos

sociais, tais como a família, a escola, as relações afetivas e a profissão. Há indicativos de que

mesmo ela se encontrando em um jogo de forças que afetavam sua mobilidade espacial e

social, que lhe negavam escolhas, segurança e liberdade igualitárias a outros sujeitos com os

quais convivia socialmente, não se deixou abater, muniu-se de estratégias de sobrevivência,

tais como o estudo e a profissão da docência para alcançar espaços sociais diferentes daquele

que se encontrava.

PALAVRAS-CHAVE: Heterogeneidade discursiva. Constituição identitária. Negritude e

discriminação. Discurso do Outro. Imagens de si.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

“EM DEFESA DO HOMOSSEXUALISMO”: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DOS

EFEITOS DE SENTIDO E DA CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS

Francicleide Liberato Santos (UFCG)

Profº Orientador: Aloísio de Medeiros Dantas (UFCG)

RESUMO: Pensar os acontecimentos linguísticos discursivamente implica pensá-los a partir

dos processos histórico-sociais constitutivos da linguagem. Embasando-se neste

direcionamento teórico, proporcionado pela Análise de Discurso de base francesa (AD),

propõe-se uma análise do posicionamento assumido pelo colunista Hélio Schwartsman frente

ao acontecimento discursivo, envolvendo o posicionamento do pastor Silas Malafaia em

relação às comunidades homoafetivas. A nossa análise busca perceber a partir dos

posicionamentos assumidos por Hélio Schwartsman a relação interdiscursiva que norteia o

seu dizer, permitindo-nos identificar que efeitos de sentido estão presentes na constituição da

posição sujeito assumido por este em relação a comunidade homoafetiva. Para tanto,

escolheram-se três textos do colunista publicados na Folha de São Paulo, - O pastor e os

gays; Em defesa do homossexualismo; Esteira de eufemismos - em que Hélio Schwartsman, a

partir dos efeitos de sentidos produzidos pelo dizer de Silas Malafaia, estabelece relações

interdiscursivas que asseguram o seu posicionamento e retomam efeitos de sentido

preestabelecidos. Na perspectiva discursiva, o texto “é definido pragmaticamente como a

unidade complexa de significação, consideradas as condições de sua produção” (ORLANDI,

2008, p. 22), dessa forma, o texto é o que garante a materialização dos discursos e se constitui

a partir do processo de interação, necessitando assim ser analisado extrapolando os limites

linguísticos. A multiplicidade de sentidos revela que o texto não pode ser considerado um

todo homogêneo, em um mesmo texto encontram-se discursos diversos que se apoiam em

formações discursivas distintas. A importância de se depreender os recortes textuais encontra-

se no fato destes possibilitarem compreender o texto enquanto mecanismo de funcionamento

discursivo, dessa forma, busca-se estabelecer relações significativas entre elementos

significantes. Em função destes recortes textuais trazem-se para a análise as sequências

discursivas que nos permite operacionalizar os conceitos teóricos da AD e nos proporciona

analisar o acontecimento discursivo correspondente a certo lugar apoiado em uma dada

formação social, perpassada por implicações ideológicas que revelam a individuação do

sujeito. Neste movimento discursivo, apresentaremos os conceitos de sujeito e como este se

torna individuado, assim como a relação interdiscursiva que nos permite identificar os efeitos

de sentido que envolvem o discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Efeitos de Sentido. Individuação.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

“ESCRITOR É COISA DE PROFISSIONAL”: IDENTIDADE, LETRAMENTO(S) E

LITERATURA

Sahmaroni Rodrigues de Olinda ( UFC)

RESUMO: Este trabalho visa a discutir o processo de formação e negociação da(s)

identidade(s) de escritor(a) literário para sujeitos que não possuem livros publicados e

reconhecidos como pertencentes ao discurso literário, entretanto, fazem circular gêneros

literários em outros suportes. São escritores e escritoras que não estão na ordem dos livros,

sem embargo, produzem e fazem circular textos literários em outros suportes textuais que não

o objeto livro. O objetivo é perceber como se dá esta negociação identitária, uma vez que as

práticas de letramentos produzem identidades e são condicionadas pelas práticas discursivas.

Embasam este trabalho a perspectiva dos letramentos sociais de Brian Street (2012)

transpassados pelas práticas discursivas (FAIRCLOUGH, 2012), e o entendimento da

Literatura como uma prática sóciodiscursiva (MAINGUENEAU, 2001) e atividade

responsiva (BAKHTIN, 1996), entendendo identidade como construção sociorretórica que se

dá nestas práticas conflituosas. Analisarei conversas em chat do facebook que mantenho com

sujeitos de minha pesquisa de Doutorado em andamento. O intuito da pesquisa é visibilizar a

produção “literária” que pulula em espaços não reconhecidos socialmente como lugares

artisticoliterários, visando descolonializar as práticas estéticas deslegitimadas, confrontando-

as com as práticas hegemônicas e legitimadas e desvelando os meios de produção social da

crença, conforme nos orienta Pierre Bourdieu (2008).

PALAVRAS-CHAVE: Discurso literário. Letramento literário. Identidade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA

DISCURSIVA

Ivanilda Rocha dos Santos (UESB)

Anderson de Carvalho Pereira (UESB)

RESUMO: Há décadas a escola pública vem sendo questionada pelo seu despreparo em

trabalhar com as crianças das classes populares. Observamos que as dificuldades de

aprendizagem não podem, via de regra, ser atribuído aos problemas extra-escolares. Diante

disso, procuramos analisar como professores da rede pública de ensino lidam com sintoma

que rotula crianças como “fracassadas” ocorrendo à exclusão de forma velada. Este artigo

procura trazer algumas reflexões a respeito da questão do fracasso escolar de crianças vindas

das classes populares. Mostrando como crianças vêm sendo excluídas na/pela escola numa

perspectiva discursiva. Partindo do pressuposto que o sujeito é atravessado pela ideologia e o

que fala ou compreende está relacionado com o lugar que está inserido, e, é afetado por esse

aspecto que o sujeito se constitui e (re)produz seu discurso, o estudo objetiva analisar

narrativas de falas de professores do ensino fundamental I buscando analisar os sentidos que

são produzidos nos seus discursos e de que forma o sujeito é constituído. Para isto,

utilizaremos o método de pesquisa da Análise do Discurso (AD) fundada nas teorias de

Michel Pêcheux. A pesquisa está em andamento e esperamos contribuir para uma reflexão

acerca dos discursos de professores que retratam o aluno da classe popular como “aquele que

não aprende” produzindo uma visão estereotipada dessas crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Fracasso escolar. Exclusão. Análise do discurso. Escola.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

MÍDIA E PRODUÇÃO DISCURSIVA DAS IDENTIDADES DA MULHER

TRABALHADORA NA CONTEMPORANEIDADE

Márcia Bezerra de Morais (UERN-GEDUERN)

RESUMO: Este trabalho de pesquisa “Mídia e produção discursiva das identidades da

mulher trabalhadora na contemporaneidade” é um recorte de uma pesquisa de Mestrado,

vinculado à linha de pesquisa “Discurso, memória e identidade” do Programa de pós-

graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio Grande Norte – PPGL, bem como na

linha de pesquisa “Estudo dos processos de produção identitária e de modos de subjetivação

na contemporaneidade” do Grupo de Estudos do discurso da Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte - GEDUERN. Na tessitura dos discursos que produzem as identidades

femininas na contemporaneidade, a mídia, a serviço de determinadas instituições que detêm o

saber e o poder, se vale de uma produção discursiva que expressa uma “vontade de verdade”

no enquadramento da mulher para atender aos interesses de ordem política e econômica

vigente (globalização, neoliberalismo). Com isso, emerge nas relações discursivas o

funcionamento da política de controle e disciplina dos corpos para responder aos impositivos

do mercado de trabalho, em que as profissionais devem aperfeiçoar habilidades intra e

interpessoais, discurso esse ancorado na crescente competitividade que vem se acirrando no

mudo dos negócios. Neste sentido, a pesquisa está inserida no campo de estudos denominado

Análise do Discurso de filiação Francesa, com foco nas contribuições de Michel Foucault

para esse campo de estudo de multiplicidade de abordagens, métodos e objetos de análise que

o caracteriza, este trabalho enfatizará categorias de análise, como: Formação Discursiva,

Interdiscurso, Memória, Saber/Poder e Vontade de Verdade, abordando também os estudos

sobre a mídia e identidade, nos quais se fundamentará como elementos imprescindíveis à

análise do corpus em questão. Desse modo, objetiva-se analisar os processos de formação de

identidades da mulher trabalhadora por meio de práticas discursivas, intentando investigar o

modo como os saberes sobre a mulher trabalhadora são fabricados e entram na “ordem do

discurso”, delineando os modos de ser dessa mulher na atualidade. Assim, volvemos o olhar

para a produção discursiva que se faz em torno dessa temática, procurando analisar, à luz das

teorias da Análise do Discurso de tradição Francesa, os efeitos de memória dessa produção

discursiva, no que tange à construção da identidade da mulher trabalhadora na

contemporaneidade. Desse modo, a análise discursiva realiza-se a partir das regularidades e

das vontades de verdade presentes no arquivo composto por textos verbais e imagéticos

produzidos sobre essas identidades e que se materializam na revista VOCÊ S/A, impressa e

digital, de edição especial para mulheres.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Mídia. Identidade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

MODO DE SUBJETIVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NO DISCURSO

DA TATUAGEM

Edileide Godoi (doutoranda/PROLING)

Regina Barachuy (UFPB)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar, como se dá o processo de subjetivação

e a produção de identidade do sujeito tatuado na mídia, após o projeto de lei que prevê normas

de higiene para os estúdios de tatuagem. É bem verdade que o cenário de discussão que se

forma com a criação e implementação de políticas de ações para a prática da tatuagem se

oferece como objeto de pesquisa para compreendermos essa prática na contemporaneidade.

Isso a partir de questões como: Em que ordem do discurso se insere a prática da tatuagem na

atualidade que propõe um tipo sujeito e uma identidade? Quais os efeitos de verdade são

construídos no discurso da tatuagem contemporaneamente que abriu caminho para um modo

de subjetivação proposto midiaticamente? Entendemos que um dos modos de discutir e buscar

responder essas questões é lançando mão dessa prática dentro um contexto histórico

especifico, buscando na dispersão enunciativa a memória discursiva por meio da qual se

delineia um conjunto de dizeres pertencentes ao verdadeiro de uma época. Para tanto,

tomamos como construto teórico a Análise do Discurso francesa, isso porque essa teoria nos

permite compreender como os acontecimentos discursivos possibilitam na atualidade o

aparecimento de determinados dizeres e não outros em seu lugar, além de que nos permite

pensar, a partir de práticas discursivas, os sujeitos e seu processo de identificação.

PALAVRAS-CHAVE: Tatuagem. Sujeito. Identidade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

MODOS DE SUBJETIVAÇÃO EM CONTOS PROIBIDOS DE MARQUÊS DE SADE

Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento (UFPB)

Karoline Machado Freire Pereira (UFPB)

RESUMO: O presente trabalho é uma leitura sobre o filme Contos proibidos do Marquês de

Sade e objetiva fazer um estudo sobre os modos de subjetivação. Para esse estudo,

mobilizam-se pressupostos teóricos da Análise do Discurso francesa, principalmente as

contribuições oriundas dos estudos de Michel Foucault. Metodologicamente, esta pesquisa

apresenta uma abordagem qualitativa e um caráter descritivo e interpretativo. A leitura do

filme permite observar que saberes e poderes estão entrelaçados de forma a exercer domínio

sobre os sujeitos, fabricando-os, modelando-os, de certa forma. Assim, saberes do campo

discursivo da medicina, da religião, por exemplo, legitimam o Estado no exercício de poderes

sobre os sujeitos. Desse modo, os procedimentos mobilizados para produção dos sujeitos,

efetuam-se a partir da vontade de verdade de uma época, sendo que essa vontade de verdade

se apoia sobre um suporte institucional, legitimando-o a agir sobre os sujeitos. Ademais, a

construção dos sujeitos ocorre, considerando-se que esses estão inscritos em um espaço sócio-

ideológico em que se contrapõem o discurso do desejo, associado ao sensualismo,

materializado em Sade, e o discurso do poder institucional, materializado naqueles que o

representam. Portanto, na construção da subjetivação, o sujeito é interpelado por dispositivos

de governo, incluindo procedimentos técnicos que são adotados para disciplinar o corpo e a

mente desses sujeitos, tais procedimentos, cabe dizer, quase que se assemelham a

instrumentos de punição, pois visam moldar, corrigir, curar, os sujeitos conforme certa

vontade de verdade.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso francesa. Subjetivação. Contos do Marquês de

Sade.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

MODOS DE SUBJETIVAÇÃO FEMININA NAS RELEITURAS DE CONTOS

INFANTIS PARA O CINEMA

Luiza Helena Praxedes Fernandes (UERN)

RESUMO: As releituras de contos infantis para o cinema tem funcionado em nossa

contemporaneidade, como um mecanismo artístico que propõem, pelo menos na maioria das

ocorrências e/ou na maior parte de seu conteúdo, a fuga de um modelo exclusivista e definido

de sujeito. Principalmente nas últimas décadas no que concerne ao sujeito feminino. A

globalização muito contribuiu para que os recursos audiovisuais se tornassem importantes

contribuintes na arte de entreter, educar, persuadir e etc. Dessa forma não é estranho que a

literatura que até antes do advento do cinema era uma arte que em seus primórdios se deu na

oralidade, depois na escrita e posteriormente na encenação de peças teatrais. Atualmente,

ganha novas roupagens dentro do cinema, que se configura como uma das artes

contemporâneas na atual sociedade globalizada e se insere como um dispositivo que atua no

processo de subjetivação feminina atual. Diante disso, a presente análise tem por objetivo,

refletir sobre os processos de subjetivação feminina nas releituras de contos infantis para o

cinema. Para tal, será feito uma breve análise descritiva e comparativa das personagens da

Disney produções, “Merida”, da animação fílmica “Valente”, da Pixar Disney (2012) e

“Fiona”, protagonista feminina do primeiro filme da saga animada da Dream Works “Shrek”

(2001). Serão tomados aqui, os embasamentos teóricos sobre modos de subjetivação e

mecanismo de subjetivação abordados por Michel Foucault (1979/1999) em algumas de suas

obras que problematizam esta questão. Bem como, o conceito de “Anjo do lar” da critica

feminina, da escritora britânica Virginia Woolf (1996). Além de outros que nos darão suporte

teórico para as discussões aqui propostas. Dessa forma, neste trabalho partimos da hipótese de

que os discursos do que é um sujeito feminino dentro deste contexto das releituras dos contos

de fadas para o cinema, ora funcionam como mecanismos de subjetivação permitindo a

“libertação” desse sujeito feminino ora, atuam como dominadores e conformadores na forma

de ser sujeito, tanto para si mesmo, quanto com relação ao outro.

PALAVRAS-CHAVE: Subjetivação. Releitura. Contos de fadas. Cinema. “Anjo do lar”.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

MULHER E SEXUALIDADE NA REVISTA NOVA: EFEITOS DE MEMÓRIA

Valéria Batista Costa (UERN)

Aline Peixoto Bezerra (UERN)

RESUMO: A mídia, enquanto agente de divulgação e circulação de discursos, produz,

incessantemente, materialidades discursivas sobre a relação da mulher com a sua sexualidade

na tentativa de construir representações simbólicas sobre formas e práticas de si. Neste

sentido, o presente trabalho tem como objeto de análise a discursividade formulada sobre o

sujeito feminino e seus modos de vida afetivos e sexuais, em textos da revista Nova, a partir

dos dispositivos teóricos da Análise do Discurso Francesa. Nosso objetivo central é

descrever/interpretar os efeitos de memória acionados pela revista Nova na produção da

mulher como sujeito da sexualidade na atualidade. Nesse sentido o corpus constitui-se de

matérias da revista Nova que tematizam a relação entre mulher e sexualidade. Tomando essa

relação como trajeto temático, selecionamos os textos da revista que colocavam em discurso

as práticas de si femininas no domínio da afetividade e da sexualidade. Com base na análise

destas materialidades discursivas que constituem o corpus, foi possível identificar nos efeitos

de sentido produzidos pela revista, uma centralidade de discursos que projetam a mulher

contemporânea para uma identificação com a imagem de um sujeito da sexualidade que

evidencia sua feminilidade através de práticas de si que valorizam uma liberação sexual,

demonstrada por meio da sedução, sensualidade e independência financeira.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Mídia. Sexualidade feminina. Subjetividade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO

DE NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA

Elielder de Oliveira Lima (SEDUC-UECE)

RESUMO: A proposição da pesquisa é analisar as estratégias discursivas adotadas por

gestores escolares e professores postos em situações nas quais se deparam com propostas

voltadas a desestabilizar sistemas de representações fundadas em ideias de normalidade

heterossexual e, portanto, a promover o enfrentamento à homofobia nas escolas. É inegável o

importante papel da escola na interlocução e discussão sobre a homofobia, uma vez que na

sociedade este ainda é um assunto negligenciado ou encarado sob pontos de vistas

preconceituosos e heterossexistas. Conceber o gênero como uma dimensão central no

processo de construção das identidades individuais e coletivas e com a consciência de que

este é um conceito de caráter processual – pois a identidade de gêneros é incessantemente

construída e reconstruída nas relações sociais de interação com outros indivíduos -, o fato de

escola ser uma instituição social reforça a pertinência de discutir a homofobia e problematizar

os discursos de negação que envolve a envolve. Ao problematizar os discursos dos gestores

escolares e professores e investigar os modos de interpelação de matrizes de enunciações,

observou-se que tais estratégias, nos contextos em que foram analisadas, refletiam não apenas

ditames da heteronormatividade, mas revelaram uma indisposição que, bem mais do que uma

indiferença, situa-se em uma resistência ou uma simples recusa, expressa em estado de

"negação" que tende a preservar intacto todo um quadro de opressão cujos centros

gravitacionais são a "masculinidade hegemônica" (CONNELL, 2005) e a

heteronormatividade. Uma negação que não raro pode configurar, na escola, numa espécie de

reação em contraposição a qualquer esforço em favor do "direito democrático à sexualidade"

(RIOS, s/d) e do reconhecimento dos "sujeitos da política sexual" (CORRÊA, 2006).

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Homofobia. Escola pública. Negação.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR – UMA ABORDAGEM DISCURSIVA SOBRE

A LINGUAGEM PUBLICITÁRIA

Heder Rangel (UFAL / Campus do Sertão / Delmiro Gouveia)

RESUMO: Trazemos neste trabalho uma análise discursiva sobre a linguagem publicitária

cuja ancoragem epistemológica se dá pela teoria da Análise de Discurso (AD), de origem

francesa (MICHEL PÊCHEUX). Acrescentamos interlocuções com Bakhtin, Cavalcante,

Magalhães, Florêncio. Incluímos estudiosos da comunicação, da publicidade e do marketing –

Neves, Sant’Anna, Gracioso, Predebon –, numa tentativa de analisar os sentidos deste tipo de

discurso a partir do corpus formado por anúncios de uma campanha de indústria, com traços

de institucionalidade, que possui como slogan e fecho do comercial: NÃO EXISTEM

GRANDES EMPRESAS SEM GRANDES MARCAS. ANUNCIE, veiculada em 2001,

assinada pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) e entidades ligadas à

comunicação publicitária. Possibilitar uma leitura crítica do discurso publicitário, identificar

marcas explícitas e implícitas, indicativas de um já-dito revelador, compreender as

manifestações discursivas que se constituem por entre as relações sociais, reconhecer traços

ideológicos que afetam os universos discursivos constituintes do sentido e das posições dos

sujeitos são alguns dos objetivos a que nos propomos. Os enunciados demonstram vários

propósitos que se constituem sob o funcionamento ideológico das posições dos sujeitos e dos

sentidos, justificando-se a necessidade de tentarmos entender as superposições que compõem

o tecido social. Nossa posição tem a intenção de busca e apreensão dos sentidos da

publicidade na sociedade, numa tentativa de desvelar o que acontece em termos de raciocínio

/ interpretação / intermediação do discurso publicitário. Até onde as formas de apresentar tais

discursos interferem em escolhas e opções? Como esse discurso significa? Qual é seu raio de

ação? Como trabalha sua força de persuasão? Compreendendo o funcionamento da

linguagem, especialmente, a que se configura no discurso publicitário, detectamos sua

opacidade através das peças publicitárias, as quais se envolvem em múltiplas inter-relações

sociais. Os enunciados indicaram-nos pistas sobre o processo estrutural da sociedade que

alinha transformações ao longo do tempo, invade espaços, coloca impulsos de várias ordens:

do consumo, da beleza, do espetáculo, da sobrevivência, da imagem e do mercado. Esses tipos

de persuasão ocorrem a um só tempo, cotidiana e sistematicamente, e estão dispostos, de

maneira evidente na publicidade. A partir da abordagem teórica utilizada, identificamos que a

produção do discurso publicitário – sintoma do capital – está pautada nas interlocuções sociais

e no exercício de um poder que utiliza uma linguagem opaca, focalizada em conflitos,

contradições, promessas de sucesso a todo custo, encontrando terreno fértil para seu próprio

desenvolvimento e manutenção do capitalismo.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de Discurso. Publicidade. Marketing.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

NOVOS SUBSTRATOS DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA SOBRE O FEMININO: A

SUBVERSÃO DA IMAGEM DA MULHER MODERNA EM MULHERES

ALTERADAS, DE MAITENA

Ana Carolina Souza da Silva Aragão

RESUMO: O sujeito contemporâneo padece do desconhecimento essencial de seu ser,

buscando verdades que consigam lhe restituir a sua identidade, quer ter acesso à verdade

fundamental sobre sua própria constituição. Investigando esse processo de ontologia do

sujeito contemporâneo, em especial, o ser mulher, este artigo se propõe a perscrutar as

manifestações discursivas que revestem o signo da mulher moderna, tendo como referência a

análise da palavra, imagem e outros constituintes de sentido que compõem as representações

discursivas nas vinhetas da obra Mulheres Alteradas, de Maitena Burundarena. Essas

narrativas constituem nosso corpus porque endossam questões da natureza subjetiva da

mulher moderna, concentrando-se na realização sexual e profissional, desejos, pulsões, no

consumo em massa, na maternidade, no “corpo ideal”, etc. A metodologia empregada nesse

trabalho é de cunho bibliográfico e hipotético-dedutivo, tendo utilizado como delimitação

teórica desde as teorias dos estudos culturais sobre gênero, pós-modernidade e representações

culturais (Hall, Zinani, Chartier e Geertz) sem interditar “outras” vozes que fazem parte desta

leitura, como os estudos sobre as “pequenas narrativas” (História Nova) e, principalmente, a

que trata da mobilidade discursiva sobre o feminino pautada na Análise do Discurso de

orientação francesa, cujo teórico principal adotado é Michel Foucault. As leituras analíticas

dos quadrinhos apontaram que seus elementos constitutivos de significação condensam uma

preocupação em localizar e posicionar a sexualidade da mulher que se revela, muitas vezes,

perdida e confusa em sua dinâmica identificatória, não sabe o que é ou não quer saber.

Questões sobre produção e efeitos de significação relativas à circulação de um discurso sobre

uma mulher moderna e, também, de imagens a ela vinculadas sugerem que há uma complexa

interação entre o imaginário cultural calcado no ideário do projeto moderno, base do discurso

feminista, e os reflexos históricos dessa discursivização nas pequenas narrativas das mulheres

comuns encontradas nesses quadrinhos.

PALAVRAS-CHAVE: Subjetivação. Análise do Discurso. Mulher. Histórias em quadrinhos.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

O PAPEL DA MEMÓRIA NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO DA PROPAGANDA

IMPRESSA

Marcia Rita dos Santos Sales (UFBA)

RESUMO: O presente trabalho propõe analisar a propaganda em sua materialidade

simbólica. Serão analisadas peças publicitárias de produtos diversos, veiculadas em revistas e

outdoors. “Desvendar” os sentidos de um texto é tentar atravessá-lo em busca dos efeitos

desses sentidos nas relações de linguagem, ou seja, nas relações de sujeitos e de sentidos.

Significa dizer que, para encontrar o movimento dos sentidos, é preciso partir do discurso em

seu funcionamento e considerá-lo como o espaço onde se pode enxergar a relação entre a

língua e os sujeitos em suas posições, percebendo como a língua pode produzir sentido por e

para sujeitos. Trata-se de observar o discurso e sua relação com outros discursos. Este estudo

será orientado à luz da Análise de Discurso de linha francesa, segundo o teórico Michel

Pêcheux, que objetiva, com sua teoria, “explicitar os mecanismos de determinação histórica

dos processos de significação”. (ORLANDI, 2005). O foco será o papel da memória na

construção do sentido. Na perspectiva da AD pechetiana, a memória é tratada como

interdiscurso, que é “definido como aquilo que fala antes, em outro lugar,

independentemente” (ORLANDI, 2009). Assim, será adotado o procedimento de ir e vir

constante entre teoria, consulta ao corpus e análise, a fim de perceber como os sentidos já

ditos por alguém, em outro momento, em algum lugar, mesmo muito distantes, produzem um

efeito sobre o que se diz nas propagandas que serão analisadas.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Propaganda. Sentido. Memória. Interdiscurso.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

ORDEM NO DISCURSO: INTERDIÇÃO À “DEVASSA”- SEXUALIDADE COM

MODERAÇÃO

Cleide Regina Rodrigues (IFRN-Câmpus Mossoró)

RESUMO: A mídia pode ser considerada como um instrumento influenciador do

comportamento dos sujeitos, aqui pensados como um ser social, coletivo, histórico que de

uma forma ou de outra faz parte dos discursos que circulam em uma sociedade. Os discursos

veiculados pela mídia operam um jogo no qual se constituem identidades a partir da

regulamentação de saberes sobre o uso que as pessoas devem fazer de seu corpo, de sua vida.

Esses discursos, articulados com outros enunciados, dialogam em outros espaços da vida

social, deslocam sentidos cristalizados na memória discursiva dos sujeitos. Dessa forma, os

textos produzidos pela mídia são fonte poderosa e inesgotável de produção e reprodução de

subjetividades, evidenciando sua sofisticada inserção na rede de poderes e nos valores que

normatizam as relações sociais. Na sociedade contemporânea e pós-moderna, algumas regras

morais implicam numa sociedade preconceituosa, cheia de restrições e tabu, ou seja, numa

sociedade de controle na qual há uma política de silenciamento daquilo que oferece perigo,

que transgride a norma. Portanto, os sujeitos ao proferir seu discurso são controlados pela

ordem: não se diz o que quer em qualquer hora, em qualquer lugar. Partindo dessas

considerações, nos propusemos a fazer uma análise discursiva da interdição à propaganda da

Cerveja Devassa veiculada na mídia impressa, televisiva e virtual em fevereiro de 2010. O

objetivo deste trabalho de pesquisa é refletir sobre como atua a interdição, enquanto controle,

no discurso publicitário perpassado pelo discurso da sexualidade. Para tanto, tomaremos

como base teórica a AD francesa, nos respaldando basicamente nos pressupostos teóricos de

Foucault (2004, 2005, 2007, 2008). Nessa análise, partiremos da hipótese de que a interdição

da propaganda faz parte de um processo de produção de modos de vivenciar, interpretar e

definir a sexualidade, como uma estratégia de poder que visa ao controle dos sujeitos na

sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sexualidade. Propaganda. Interdição.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

OS GRITOS DO SILÊNCIO: EM FOCO A EAD

Francineide Ferreira de Morais (UFPB - PROLING)

RESUMO: A educação a distância (EAD), embora não seja tão recente, na última metade do

século passado, sofreu grande ampliação, tornando-se um meio possibilitador de condições

para instituições educacionais de ensino superior atenderem às novas demandas sociais e à

qualificação profissional. É uma das formas de se permitir o acesso democrático à população

brasileira à universidade, principalmente de pessoas que não puderam continuar sua

escolaridade em tempos passados, por múltiplas razões, uma delas a carência de instituições

escolares convencionais em suas regiões. Em vista disso, o Ministério da Educação (MEC)

regulamentou a EAD e instituiu, conforme o Decreto 5.800, de 8 de junho de 2006, o Sistema

Universidade Aberta do Brasil - UAB, a fim de assegurar a expansão e a interiorização da

EAD, ofertando cursos e programas de educação superior em todas as regiões do País, fato

que cada vez ganha espaço na sociedade atual. No entanto, compreendendo a educação

enquanto prática social e política, logo, discursiva, torna-se alvo de constantes avaliações,

resultantes de interpretações do dito e do não dito constituídos nos discursos, como é o caso

deste artigo. Assim sendo, preocupo-me, aqui, com os silêncios que perpassam os discursos

referentes à instituição EAD - o político e o pedagógico -, de modo a confrontá-los e a

investigar possíveis distanciamentos entre o que é materializado no enunciado e o que é

discursivizado sobre a EAD – democratização, acesso à profissionalização de qualidade,

autonomia na construção do conhecimento etc - e os enunciados denunciadores da situação do

ensino-aprendizagem. Para isso, tomo como instrumento de análise um discurso do ministro

da educação, Aloísio Mercadante, o discurso docente, por meio de uma prova final de um

curso de licenciatura e o discurso discente, a partir das respectivas respostas dadas àquela, os

quais serão analisados segundo os pressupostos teóricos da Análise do Discurso francesa,

considerando as abordagens discursivas de Foucault e de Pêcheux.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Silêncios Discursivos. Discursos Político e

Pedagógico.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

PICHAÇÕES DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS, PRÁTICAS DISCURSIVAS

E IDENTITÁRIAS?

Camila Tavares dos Santos (UFMA)

RESUMO: As pichações também fazem parte do cenário do Centro Histórico de São Luís,

embora sejam vinculadas frequentemente aos grandes centros urbanos. Tendo em vista que

essa modalidade de grafismo esteja relacionada comumente às práticas de vandalismo,

objetiva-se por meio deste trabalho lançar um novo olhar sobre as pichações apontando por

que essas inscrições encontradas em diversos locais da cidade ludovicense também podem ser

consideradas práticas discursivas e reprodutoras de identidades, considerando o sentido

expresso em seus enunciados. Metodologicamente foram analisadas seis pichações

encontradas no Centro Histórico em 2013, e, seguindo os pressupostos teóricos da Análise do

Discurso (AD) francesa, discute-se se tais enunciados podem ser considerados práticas

discursivas e identitárias. Observou-se por meio dos registros encontrados que as pichações

muito revelam sobre os sujeitos de uma cidade, suas ideologias, história e memória, ou seja,

os enunciados contidos nelas sempre estão estabelecendo relações diretas com quem os

enuncia denotando suas identidades. Como resultado deste trabalho, concluiu-se, a partir dos

conceitos de identidade e prática discursiva, extraídos da (AD), que é possível sim pensar as

pichações como práticas discursivas, uma vez que estas são realizadas por sujeitos imersos a

uma história, além disso, seus enunciados materializam a linguagem imprimindo por meio

dela suas identidades, dando corpo aos sentidos, estabelecendo relações diretas com a história

e a memória desses sujeitos.

PALAVRAS-CHAVE: Pichação. Identidade. Prática Discursiva. São Luís.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

POR QUE OS ALUNOS (NÃO) QUEREM LER: AS FORMAS DE RESISTÊNCIA

NAS AULAS DE LEITURA

Ângela Maria Leite Aires (UEPB)

Luciana Fernandes Nery (UEPB)

RESUMO: No processo de ensino-aprendizagem, a leitura, conforme as perspectivas

tradicionais é baseada num aspecto caracterizado pela evolução passo-a-passo: ensina-se a

decorar o alfabeto, depois, decodificar palavras isoladas e frases, até chegar aos textos.

Práticas escolares estruturadas nessa hierarquia acabam gerando uma aversão dos discentes às

atividades que são propostas em sala de aula. Nesse sentido, buscando tentar entender o

porquê dos alunos não gostarem ou não quererem ler, o presente estudo tem como objetivo

analisar as formas de resistência dos alunos nas aulas de leitura. Para isso, teceremos

reflexões sobre a importância da leitura em sala de aula, e o porquê da resistência por parte

dos alunos. Nosso trabalho fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso

(AD) de linha francesa seguindo os estudos de Orlandi (2008), Coracini (1995), Foucault

(1992), Fiorin (1988), entre outros. O corpus de nossa análise é constituído de atividades

desenvolvidas por alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade

de Monteiro-PB. Partimos da premissa de que a leitura deve ser trabalhada em sala de aula

para tornar o aluno crítico, tornando-o um leitor produtor de sentidos a partir da sua posição

social, histórica e ideológica, apoiando-se na materialidade linguística e nas condições de

produção, estabelecendo assim sentido para o que ler.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Formas de resistência. Análise do discurso.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

PÓS-ESTRUTURALISMO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR A LUTA

SOCIAL DE GÊNERO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM

Gustavo Cândido Pinheiro (UECE)

Dina Maria Martins Ferreira (UECE/PosLA/NIPRA)

RESUMO: As discussões sobre as lutas dos novos movimentos sociais têm causado variados

empates teórico-ideológicos na área das humanidades, no entanto, há a sensação de certo

desprestigio das questões de gênero frente a outras lutas sociais, como a luta classista. Neste

trabalho, pretendemos enfatizar a validade dos estudos de gênero social no campo das

ciências sócias e humanidades, notadamente nos estudos da linguagem. Para tanto,

buscaremos suporte teórico em renovadas leituras do pensamento de autores como: Foucault

(1995) e Derrida (1991, 2004), pensadores que compõem um multifacetado campo de estudos

e perspectivas que vêm se alastrando em diversas áreas do conhecimento na

contemporaneidade. De forma especifica, buscaremos refletir sobre as contribuições e insights

pós-estruturalistas no que diz respeito a teorizações sobre o gênero social no campo da

Filosofia Queer (BUTLER, 1997). A teorização Queer em dialogo com o pensamento pós-

estrutural tem se engajado nas chamadas “lutas menores”, entendendo que se faz urgente

descentralizar polaridades e binarismos causadores de dominações e hierarquias (DERRIDA,

1991). Nessa perspectiva o poder não é entendido como um movimento linear, centrado ou de

direção única, mas multifacetado por todo tecido social (FOUCAULT, 1995), as lutas são,

portanto, diversas. Para estes autores, identidades e subjetivações de gênero passam a ser

compreendidas como construídos em práticas discursivas e como tal involucradas em relações

de poder. Esperamos com este trabalho, salientar minimamente a necessidade de pensar a

diversidade de antagonismos presentes no mundo social contemporâneo.

PALAVRAS-CHAVE: Pós-Estruturalismo. Práticas Discursivas. Gênero social.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

PRÁTICAS DISCURSIVAS E VONTADES DE VERDADE:

ANÁLISE DO ESTEREÓTIPO DO GORDO NAS REDES SOCIAIS

Carolina Coeli Rodrigues-Batista (UFPB)

RESUMO: Podemos facilmente perceber que nos dias atuais as redes sociais ocupam cada

vez mais espaço nas nossas vidas. É quase impossível para o sujeito moderno manter-se

“desconectado”. As redes sociais são apenas um segmento da mídia que, por sua vez, nos

bombardeia constantemente com excessivas informações. São milhares de opções de

programas, reportagens, imagens, sons, animações, novelas, telejornais, redes sociais, enfim, a

mídia se faz presente o tempo todo, quase todo o tempo. É inegável a relevância do papel da

mídia para a formação da sociedade moderna. Dada essa importância, deve-se ter consciência

do papel da mídia enquanto formadora de opinião e “difusora” de verdades que constituem a

nossa sociedade, fazendo-a pensar e agir tal e qual o faz. Compreendendo o aspecto acima

citado, surge um questionamento acerca das verdades e das práticas discursivas que circulam

socialmente e da relação da mídia com a construção e difusão dessas verdades. Uma verdade,

em particular, nos chama a atenção: “ser gordo é ruim”, atrelada a essa verdade estão outras

que se correlacionam entre si como, por exemplo, “uma pessoa gorda não pode ter uma vida

afetiva saudável”, ou “ninguém se interessa afetivamente por uma pessoa gorda”, ou ainda,

“quem é gordo não é feliz”. Nossa investigação começa com uma discussão acerca das

vontades de verdade a partir da perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa e da

importância da mídia no processo de naturalização dessas verdades na sociedade. Num

segundo momento, discutimos o caso dos estereótipos, em especial, o estereótipo do gordo na

mídia, mais especificamente nas redes sociais. Ao longo do trabalho, traremos alguns

exemplos de imagens da internet a fim de ilustrar as nossas discussões. Teoricamente, nos

embasaremos nos pressupostos da Análise do Discurso de linha francesa, mais detidamente,

nos pressupostos foucaultianos, no que se refere às vontades de verdade. Além de

considerarmos alguns estudos acerca da percepção da sociedade no que se refere ao sujeito

considerado gordo. Desse modo, refletimos sobre as práticas discursivas cotidianas que

envolvem o sujeito gordo na sociedade contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Redes Sociais. Estereótipo. Gordo. Vontades de verdade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DE EMPODERAMENTO DO SUJEITO

EM ESCOLAS PÚBLICAS DE CONCEIÇÃO DO JACUÍPE - BA

Adriana Reis (Mestranda/UEFS)

Profª Dra. Carla L. C. Borges (Orientadora/UEFS)

RESUMO: Elementos discursivos atuantes em jovens, dentro do ambiente escolar, imputam-

lhes uma condição de empoderamento e os coloca na posição de líderes, que impelem outros

jovens à práticas condenadas pela sociedade, e que, ao mesmo tempo, os sujeitam a estas

condutas por suas influências sociohistóricas. O objetivo deste estudo é, portanto, analisar a

materialidade discursiva destes jovens, avaliando em que medida lhes são atribuído o respeito,

o temor, a confiabilidade pela comunidade escolar da qual fazem parte, e em que arroga a

condição de transgressores da ordem estabelecida. A Análise do Discurso permite trabalhar

com as relações entre língua e sujeito, os interdiscursos na perspectiva de observar os ditos e

também os não-ditos no discurso de liderança dos adolescentes, refletindo sobre como o

sujeito é constituído pela linguagem. Analisaremos quais as representações simbólicas do

poder que o adolescente de comportamento marginal, que se impõe dentro da escola com suas

construções discursivas que dão a estes sujeitos a condição de liderança frente à comunidade

escolar. As convicções políticas, culturais, sociais, religiosas e ideológicas coexistem lado a

lado moldando, fundamentando, inscrevendo-se na língua, erigindo todas as suas condições

de produção. Investigar as representações discutidas e reconfiguradas do adolescente que se

impõe como marginal, dentro dos espaços educativos das escolas públicas de Conceição do

Jacuípe é o que move esta pesquisa. A relevância deste trabalho perfaz-se na compreensão

discursiva, portanto, social do papel do adolescente, como forma de levantar discussões que

possam auxiliar na difícil tarefa de prevenir a delinquência juvenil, e consequentemente,

aproximar, cada vez mais, a dignidade, o respeito e a liberdade de um maior número de

jovens, no sentido de entender as possíveis razões para apresentarem este perfil, analisando a

importância dos discursos que interpelam sua vida. O corpus desta pesquisa está sendo

constituído com o desenvolvimento de uma pesquisa qualitativa, descritiva, com dados

analisados através de interpretações dos fenômenos à luz da Análise do Discurso, na linha de

Pêcheux, aliando-se às discussões sobre poder de Foucault, observando os efeitos de sentido

que são atribuídos socialmente às figuras humanas destes jovens pelo corpo administrativo e

docente, através dos quais se verificará o olhar perpassado de ditos e não ditos sociais para o

adolescente rebelde e sujeito marginal e suas implicações no imaginário popular.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Empoderamento. Adolescência.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

RELAÇÕES DE PODER NO DISCURSO POÉTICO DE ANTÔNIO FRANCISCO:

DESVELANDO IDENTIDADE(S) DO NORDESTE/NORDESTINO

Jocenilton Cesário da Costa (PPGL/CAMEAM/UERN)

José Gevildo Viana (UERN)

RESUMO: Os diferentes discursos que se manifestam no campo social e constituem práticas

discursivas comandadas por diferentes sujeitos são configurados pelos fatores que

possibilitam diversas trocas simbólicas. É nesse escopo em que é perceptível a busca pelas

vontades de verdade, denotando, portanto, aquilo que padece as relações de poder. Essa

premissa leva ao entendimento dos diferentes objetos que se discursivizam na amostragem

daquilo que enreda as visibilidades e dizibilidades na construção da identidade nordestina.

Partindo desse pressuposto, o artigo, ora apresentado, visa a analisar, no funcionamento

discursivo da poesia de Antônio Francisco, como se constrói a identidade do Nordeste e do

nordestino a partir das relações de poder que se disseminam na engrenagem social na qual o

sertanejo se insere. Para essa investidura, tomam-se por base os pressupostos teóricos da

Análise do Discurso (AD) de patente francesa, através do pensamento de Michel Foucault e

Michel Pêcheux, expoentes da construção da AD enquanto disciplina, bem como de alguns

estudiosos brasileiros da área, como Fernandes (2008), Gregolin (2001; 2006), Milanez

(2004),), Orlandi (2002), Silva (2004), entre outros. Ainda nesse postulado teórico, discute-se

a identidade com base em Hall (2005; 2008), Bauman (2005), Silva (2008) e Woordward

(2008). Num plano metodológico, realiza-se, num primeiro momento, um estudo sobre a

teoria que embasa o presente estudo; logo após, uma discussão da poesia popular, com ênfase

ao autor representativo da cultura popular do Rio Grande do Norte, Antonio Francisco; em

seguida, adentra-se na análise do corpus, que é constituído do poema Uma carrada de gente,

extraído do livro Por motivos de versos (MELO, 2005). Partindo do método

arqueogenealógico proposto por Foucault, reverbera-se, em nossa análise, que o sujeito

enunciador aponta que o poder não permanece estagnado a um determinado sujeito; ele é

movediço. É dessa forma que, na prática discursiva em questão, se percebe o controle do

poder no representar da veiculação de saberes em busca de verdades políticas, mesmo quando

o nordestino assume o papel de governante. Assim, é possível apreender que a inserção do

sertanejo na engrenagem social, seja de ou ao encontro do poder, consegue explicitar que o

(não) comando deste contribui para o cenário das desigualdades sociais do/no Nordeste.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Relações de poder. Identidade nordestina

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

RELATOS HISTÓRICOS EM MEMÓRIAS DO CARCERE: SUJEITO, PODER E

RESISTÊNCIA NA PERSPECTIVA DE MICHEL FOUCAULT

Margarete Solange Moraes (UERN)

RESUMO: Preso em 1936, sem acusação formal ou julgamento, o escritor Graciliano Ramos

é deportado no porão do navio Manaus juntamente com outros prisioneiros. Do resgate das

experiências vividas por ele e demais detentos nos presídios do Rio de Janeiro, resulta a obra

Memórias do Cárcere. A partir dos enunciados dessa escritura confessional, este artigo

apresenta algumas reflexões sobre a relação sujeito, poder e resistência na perspectiva do

filósofo Michel Foucault com finalidade de evidenciar os rastros de memória da política do

Estado Novo e a resistência do sujeito encarcerado em Memória do Cárcere. Com base na

temática e na experiência do sujeito abordado na narrativa, este trabalho se desenvolve a partir

dos seguintes questionamentos: “Como se exerce o poder em Memória do Cárcere e como os

sujeitos encarcerados se constituem como sujeitos da resistência? Em Carvalho (2008) é dito

que o sujeito está em constante construção no interior da história e se constitui em práticas

historicamente analisáveis. Ao relatar suas experiências, o narrador faz registros que

permitem resgatar a atuação violenta dos que exerciam o poder em nome do Estado Novo, por

meio das quais serão analisadas o exercício do poder e a resistência dos sujeitos envolvidos no

contexto da obra. No dizer de Bosi (2002) a escritura de Graciliano empresta voz aos

múltiplos fantasmas do sujeito que estava recoberto pela máscara social, trazendo a tona o que

antes foi contido pelo governo ditatorial. Resistindo à mentira, a narrativa literária descobre

verdades que foram silenciadas, apagadas, deixando de lado a ficção para ser o lugar da

verdade mais exigente. Nesse sentido, recorremos aos efeitos da memória, para

descrever/interpretar como se produz o sujeito frente as relações de poder que se inscrevem

em Memórias do Cárcere.

PALAVRAS-CHAVE: Poder. Memória. Sujeito. Resistência.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

REPRESENTAÇÕES DA CIDADE DE FORTALEZA ÀS PÁGINAS DO CADERNO

DE CULTURA DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

Emias Oliveira da Costa (UERN)

Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho (UERN)

RESUMO: Embora esteja inserido num jornal cujas matérias não se restringem a um

território regional, o Caderno3 se volta exclusivamente para a cena cultural fortalezense; ela,

todavia, ao mesmo tempo em que se fecha em si mesma, deseja-se integrada ao circuito

cultural nacional. Os eventos que aparecem às páginas desse caderno, resultantes da seleção

que ele faz do que pretende publicar, sinalizam pistas para se perceber como a capital

cearense está aí representada; essa representação, e todo aspecto urbano que há nela, está

pressuposta aos espaços culturais a que se atribui visibilidade. Os discursos que se veiculam a

partir dos temas próprios do Caderno3, permitem esboçar a figura de um homem e uma

cultura urbana. Identificar e descrever tais discursividades acerca da cidade de Fortaleza e a

forma como elas se constituem apresentam-se como objetivo principal desse trabalho. Para

tanto, foi necessário compreender o Caderno3 enquanto prática discursiva; por isso, Michel

Foucault torna-se o principal aporte teórico desse artigo, não apenas por fornecer subsídios à

investigação da linguagem em seu nível enunciativo, mas, também, por suas reflexões acerca

da ideia de heterotopia. Uma vez que se analisa um ‘discurso sobre a cidade’, os conceitos de

espaço urbano, bem como a própria concepção de cidade são indispensáveis à compreensão

daquelas representações. Dessa forma, não se pode evitar uma perspectiva transdisciplinar, de

modo que foram utilizadas noções oriundas de outros campos de pesquisa, em especial os da

‘nova geografia cultural’, a qual estuda os fatores urbanos em sua dimensão simbólica,

sociológica e filosófica.

PALAVRAS-CHAVE: Prática discursiva. Caderno de Cultura. Cidade.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

RETRATOS DE MOSSORÓ EM PRÁTICAS DISCURSIVAS: EFEITOS DE

SENTIDO SOBRE A CIDADE NO DISCURSO IMAGÉTICO

Jailson Alves Filgueira (UERN)

Orientador: Prof. Dr. Francisco Paulo da Silva (UERN)

RESUMO: Neste trabalho tomamos a imagem como discurso para descrever/ interpretar a

produção dos efeitos de sentido nos enunciados que discursivizam a cidade de Mossoró como

cidade da liberdade, da resistência, da cultura e como metrópole do futuro. Para tanto,

tomamos como material de análise diferentes gêneros discursivos e suportes textuais tais

como panfletos, reportagem, monumentos históricos, produzidos nas práticas discursivas que

perfilam a cidade. Observamos que em Mossoró os sentidos são produzidos em torno de fatos

históricos e sociais que enaltecem a cidade com o discurso da liberdade, da resistência, da

cultura e como Metrópole do futuro. Tais fatos referem-se ao Motim das Mulheres, à

Libertação dos Escravos, ao 1º Voto Feminino da América Latina, a Resistência ao Bando de

Lampião e à inclusão pela revista Veja de Mossoró como metrópole do futuro. Recorrentes

nas práticas discursivas, esses acontecimentos materializam-se na historiografia, na mídia, em

comemorações patrocinadas pelo poder local e mesmo no espaço urbano. Na análise,

observamos a relação saber/poder na confecção e nas formas de circulação desses discursos,

de modo que os efeitos da memória nos enunciados envolvem uma operação cultural, política

e histórica. Nesse gesto, o simbólico se manifesta na ordem do dizível e visível, tendo como

intuito, no domínio de uma FD, acionar o imaginário social. A análise deteve-se nos efeitos de

sentido produzidos pelos enunciados imagéticos, sem desprezar sua relação com o sincretismo

de linguagens neles presentes e também considerando seu funcionamento na rede de memória

discursiva que a mídia e o poder local mobilizam sobre Mossoró e seu povo. Assim, com base

nos conceitos teóricos fornecidos pela Análise do Discurso de orientação francesa,

consideramos que as imagens devem ser vistas como documentos que informam sobre a

cultura material de um determinado período de uma sociedade e de um povo.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Cidade. Imagem. Memória. Efeitos de Sentido.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM FEMININA NA REVISTA HOY

MUJER

Ana Maria de Carvalho (UERN/GEDUERN)

Aline Alves de Meneses (UERN)

RESUMO: Este trabalho objetiva descrever/analisar a imagem feminina que se configura

discursivamente na revista mexicana Hoy Muje. Trata-se de uma investigação de cunho

qualitativo que se preocupa com a interpretação do fenômeno, considerando, sobretudo, o seu

significado e sua relevância para os estudos da linguagem, exigindo, dessa forma, uma

abordagem interpretativista na apresentação e análise dos dados. Assim, à luz da Análise do

discurso, principalmente com as contribuições de Foucault sobre discurso, sujeito e poder e

em diálogo com as noções indicadas por Ortega como biosssociabilidade e práticas

bioscéticas, foram analisadas duas capas da revista Hoy Muje e dois anúncios publicitários

que essa revista comporta. Nessas materialidades discursivas se destaca um perfil ideal de

mulher, cujo corpo é perfeito, saudável, “na medida certa” e que para consegui-lo há o apelo

para submissão das mais variadas tecnologias que vão de intervenções cirúrgicas a terapias a

laser. Dessa forma, a revista, enquanto veículo midiático, participa da construção do

imaginário de seus leitores. Ela expõe, indica e estipula os estereótipos ou padrões a seguir. É

dessa forma que consideramos as imagens femininas refletidas nas cenas discursivas de Hoy

Mujer capazes de funcionar como modelos socializadores e como elementos culturais

responsáveis na construção de subjetividades femininas.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Efeitos de sentido. Imagem feminina. Revista Hoy Muje.

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GT 8 – PRÁTICAS DISCURSIVAS E MODOS DE SUBJETIVAÇÃO

UMA ESQUIZOANÁLISE DISCURSIVA DAS TÉCNICAS DE SI DA

TRAVESTILIDADE

Emanoel Raiff Gomes da Nóbrega Filho (UFPB/PPGL)

RESUMO: Este trabalho tem a pretensão de analisar como as travestis, em seu modo

específico de existência, puderam, não só desenvolvê-lo, bem como tê-lo construído a partir

de certas técnicas de si, na construção de sua subjetivação. Ou seja, tomaremos tais técnicas

como construtos discursivos que, engendrados de determinado modo, e não, de outro,

permitiram exatamente a existência deste indivíduo que transita entre dois gêneros. Tomamos

ainda, a Teoria Queer e as críticas de Butler (2013) às concepções de gênero, sexo, corpo e

desejo, enfocando tais questões como produções discursivas a fim demonstrar como a

transformação do corpo da travesti implica, ao mesmo tempo, uma retomada do padrão

binário de gêneros e um desmantelo do mesmo, fazendo com que sua subjetividade apareça

sob novos avatares em que o gênero, o sexo, o corpo e o desejo não sigam mais os parâmetros

nem as leis do padrão heteronormativo, quebrando a binariedade. Assim, partimos de um

conjunto de tirinhas do cartunista Laerte Coutinho, intituladas Muriel Total, as quais tratam

do tema da travestilidade, para apresentar o nosso percurso de leitura da construção deste

sujeito, a travesti, a partir de seu próprio corpo categoricamente compreendido como

linguagem, isto é, como discurso. Nesse sentido, propomos, também, uma esquizoanálise

discursiva do sujeito travesti, tomando a crítica deleuziano-guattariana à estruturação edipiana

de Freud (como a interpelação do sujeito às normas), objetivando demonstrar que o desejo,

tomado discursivamente enquanto elemento estruturante do sujeito, foge às normas sociais

heteronormativas, fazendo emergir uma subjetividade tangente – a da travesti. Assim,

contamos com um aporte teórico do campo da linguagem, que é o da Análise do Discurso

francesa, bem como outros campos de saber, tais como o filosófico, o psicanalítico, o

antropológico, o sociológico, com o propósito de compreender, no nosso percursivo

discursivo de leitura, como as técnicas de si da travestilidade, enquanto modo de existência,

são o resultado de práticas e discursos encontrados no padrão heteronormativo, ao mesmo

tempo em que são abandonados, refeitos, possibilitando a existência de um sujeito novo e

subversivo: a travesti.

PALAVRAS-CHAVE: Práticas discursivas. Gênero. Travesti. Subjetividade. Técnicas de si.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

A CONSTITUIÇÃO DA AUTORIA EM TEXTOS DE PROFESSORES EM

FORMAÇÃO

Hubeônia Morais de Alencar (UERN)

RESUMO: A produção textual em sala de aula tem sido o foco de diversas pesquisas na área

da linguagem. A recorrência da temática nas salas de aula de formação de professores, nos

encontros com profissionais de ensino e nos eventos de divulgação científica na área da

linguagem é retomada geralmente no sentido de se apresentar o grande distanciamento

existente entre o ensino de habilidades de escrita e o desempenho dos aprendizes ao

escreverem. Essa dificuldade não se restringe aos estudantes da Educação Básica. Percebemos

nos textos produzidos pelos graduandos de Letras problemas semelhantes àqueles encontrados

nas produções textuais de alunos do Ensino Fundamental e Médio. Partindo dessa realidade,

este trabalho é parte de uma pesquisa em desenvolvimento no doutorado, cujo foco é a

produção textual de alunos no curso de Letras da UERN, com o propósito de analisar a escrita

em seu caráter processual, a partir da mediação da professora. Nosso objetivo maior é discutir

o significado da produção textual, numa perspectiva discursiva, o seu papel na formação de

alunos do curso de graduação em Letras e, com base nessa discussão, analisar o processo de

escrita desses sujeitos, observando a relevância da mediação do professor em sala de aula para

o desenvolvimento da autoria de textos produzidos por esses alunos. Buscaremos refletir

sobre a autoria dos textos produzidos por acadêmicos de Letras, no sentido de neles

perceberem a voz do outro e imprimir-lhes a própria voz. Nosso estudo respalda-se numa

análise dialógica do discurso, norteando-se teoricamente nas ideias do Círculo de Bakhtin.

Recorreremos às obras de Bakhtin/Volochínov (2003; 2008; 2010) e seus estudiosos

(FARACO, 2009; BEZERRA, 2008; PONZIO, 2010; dentre outros), principalmente, nas suas

orientações sobre “dialogismo” e “exotopia”, e, como seus desdobramentos, “autor” e

“autoria”. Os dados foram constituídos em situação de ensino, envolvendo

professora/pesquisadora e alunos do 5º Período de Letras/UERN, inscritos na disciplina

Didática da Língua Portuguesa. Para tanto, houve a aplicação de um questionário aberto;

discussão de textos; (re)escrita de um artigo. Os resultados têm nos mostrado que grande parte

dos alunos, apesar de já ter cursado as principais disciplinas que instrumentalizariam à sua

prática de produção textual no curso, enquanto aluno, e embasariam teoricamente o seu fazer

nas escolas, enquanto professor, declara-se despreparada para trabalhar a produção textual em

sala de aula. Além disso, sua escrita é reveladora da dificuldade que eles têm ao produzirem

um texto, tanto no aspecto formal quanto no aspecto discursivo.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Escrita. Autoria.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DA ARTICULAÇÃO DOS

GÊNEROS DO DISCURSO

José Válter Rebouças (PPGL/UERN)

Mikaeli Cristina Macêdo Costa (PPGL/UERN)

RESUMO: Este artigo pretende discutir, à luz do pensamento de Bakhtin (2009/2004) no que

concerne ao sociointeracionismo e à análise dos gêneros do discurso através da interação

dialógica, Schneuly e Dolz (2004), Koch e Elias (2006) entre outros elencados nas

referências, ressaltando sobre a importância da leitura e produção do texto como práticas de

interação da linguagem indispensáveis ao desenvolvimento ideológico e cognitivo do

educando, considerando os pressupostos que os Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN

(Brasil, 2000) preconizam como uma das finalidades da Língua Portuguesa, que é fazer uso

das mais diferentes linguagens contemplando uma proposta interdiscursiva, a fim de

desenvolver as proficiências leitora e escritora dos alunos. Para tanto, propõe-se analisar a

importância da leitura e produção como práticas de uso recorrente na vida do discente, a fim

de propiciar-lhe mais prazer e proficiência na interpretação da dimensão social, política,

histórica e econômica em que está inserido. Metodologicamente, esta pesquisa norteou-se pela

discussão e análise, a partir da prática docente do proponente e de outros professores do

Ensino Médio, de questões como: De que maneira a leitura e a produção textual são

trabalhadas na prática discursiva em sala de aula? A proposta discursiva contempla a

diversidade de gêneros textuais? Em um segundo momento, abordar-se-á acerca do texto

como algo bem mais abrangente do que uma simples sequência de frases, ressaltando a

importância dos fatores de textualidade para a unidade textual, bem como a mobilização das

competências necessárias para a efetivação das práticas discursivas através da interação

verbal. Nas considerações finais do trabalho, pretende-se fazer uma recapitulação das fases do

desenvolvimento da pesquisa e as contribuições em conhecimentos oportunizados ao autor,

sugerindo-se, sobretudo, que outros estudos se desencadeiem a fim de proporcionar cada vez

mais uma educação fundamentada nos princípios do letramento, bem como a melhoria na

formação e atuação da prática pedagógica como meio de crescimento profissional e humano.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros do discurso. Leitura e produção textual. Interação verbal.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

A ORGANIZAÇÃO LINGUÍSTICA E A RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA

NOS TEXTOS PRODUZIDOS PELOS CANDIDATOS AO PSV 2010 DA UFRN

Elis Betânia Guedes da Costa (IFRN- UFRN/PPgEL)

Maria das Graças Soares Rodrigues (UFRN/PPgEL)

RESUMO: Este trabalho é um recorte do meu projeto de doutorado intitulado “A

responsabilidade enunciativa em artigos de opinião do vestibular 2010 da UFRN”. O interesse

em estudar o gênero em questão justifica-se não só pela importância do mesmo no cenário

educacional atual assim como, por termos percebido no decorrer de nossas experiências

profissionais as angústias e dificuldades dos alunos em produzir um texto argumentativo

posicionando-se e argumentando de forma a defender um ponto de vista. Optamos assim por

estudar a Responsabilidade Enunciativa e a construção do Ponto de Vista (PdV) no gênero

artigo de opinião a partir das redações dos alunos que concorreram ao vestibular da UFRN.

Nesse trabalho, apresentaremos um estudo com as provas de redação aplicadas no vestibular

2010, que solicitava aos alunos a produção de um artigo de opinião, que abordasse a polêmica

sobre o uso das câmeras de segurança. Nessa direção, pretendemos investigar como o

vestibulando, enquanto articulista, assume as informações veiculadas no seu artigo. Dessa

forma, nossa pesquisa busca responder às seguintes questões: (1) O vestibulando assume as

informações veiculadas no artigo de opinião? (2) Em caso positivo, de que forma? (3) Como o

vestibulando organiza o discurso no que diz respeito à responsabilidade enunciativa? (4) Que

marcas linguísticas nos levam a identificar as diferentes vozes presentes nos textos? Nesse

sentido, estabelecemos como objetivos identificar, descrever, analisar e interpretar as

diferentes vozes presentes no texto e a forma como o aluno assume (ou não) os diferentes

pontos de vista manifestados no texto, no momento da argumentação e da contra-

argumentação. Para realizar nosso estudo, subsidiamo-nos em autores do Dialogismo, da

Análise Textual dos Discursos, da Teoria Enunciativa e da Análise do Discurso, entre eles,

Bakhtin (1995), Adam (2008), Rodrigues, Passeggi e Silva Neto (2010). Seguiremos a

abordagem qualitativa de natureza interpretativista. Nosso corpus é composto por artigos de

opinião produzidos por candidatos ao vestibular 2010 da UFRN das diferentes áreas

(humanística I, humanística II, tecnológica I, tecnológica II e biomédica). De forma geral, as

análises preliminares revelam a presença de algumas marcas linguísticas (adjetivos,

conectores, marcadores temporais, índices de pessoas) que constroem o grau de

responsabilidade enunciativa do articulista, favorecendo o envolvimento e a assunção da

responsabilidade enunciativa.

PALAVRAS-CHAVE: Artigo de opinião. Vestibular. Responsabilidade enunciativa. Ponto

de vista.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

A VITRINE IDEOLÓGICA DO JORNALISMO: UMA ANÁLISE DOS

MECANISMOS ENUNCIATIVOS NOS EDITORIAIS

Elizabeth Nascimento de Lima (UFRN)

Iranildo Mota da Silva (UFRN)

RESUMO: O editorial caracteriza-se como um gênero que exprime a opinião de um órgão de

imprensa acerca de algum acontecimento, de uma política pública ou de um fato social

recente, apresentando argumentos que possam influenciar, de alguma maneira, a opinião dos

leitores. Frequentemente, apresenta-se como um discurso capaz de orientar retoricamente

pontos de vista, estados emocionais e até atitudes. O objetivo deste trabalho é analisar,

comparativamente, exemplares do gênero editorial, considerando os seguintes aspectos: a

titulação, o conteúdo temático, os posicionamentos enunciativos, a estrutura composicional e

o estilo (escolhas lexicais). Para tanto, foram selecionados, 3 (três) editoriais publicados nas

revistas Veja, Istoé e CartaCapital escritas acerca de reportagens sobre o mesmo tema, a

escolha do novo pontífice da Igreja Católica, o Papa Francisco I. Este trabalho embasa-se

teoricamente nos estudos desenvolvidos por Bakhtin (1992) da conceituação de gêneros

discursivos como tipos relativamente estáveis de enunciados, e no que se refere à

conceituação do gênero editorial utilizamos Pereira e Rocha (2006) e Souza (2006). Para a

investigação dos aspectos enunciativo-pragmáticos expressos nesse gênero discursivo,

recorremos a Cervoni (1989), Bronckart (1999) e Adam (1992). A análise do corpus revelou

que o editorial não tem uma forma única, estandardizada, mas há uma presença significativa

de características recorrentes, tais como: macroestrutura argumentativa, modalizadores, e

posicionamentos enunciativos.

PALAVRAS-CHAVE: Práticas discursivas. Editorial. Mecanismos enunciativos.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

AINDA DISCUTINDO GÊNEROS TEXTUAIS: AFINAL, OUTDOOR, REVISTA E

JORNAL SÃO GÊNEROS OU SUPORTES?

Agenilda França Santos (UEFS)

RESUMO: Pretende-se através deste artigo oferecer uma pequena contribuição para os

estudos e análises relativos aos gêneros discursivos/textuais e suas peculiaridades que até hoje

nos inquietam, um exemplo, que é o ponto central deste trabalho, é a questão dos suportes.

Parte-se do suposto de que todo gênero tem um suporte, porém a análise entre ambos ainda

tem-se mostrado de forma complicada em determinadas situações, a identificação não é tão

simples, por isso demanda bastante cautela e embasamento teórico para defesa de uma ou

outra classificação, é o que se pode observar na análise de outdoors, cuja influência do suporte

é tão grande que o gênero recebe o seu nome, como uma forma de distingui-lo de outros

gêneros. Sendo assim, mostra-se primordial estabelecer categorias considerando aspectos

limítrofes na relação entre o gênero e o suporte, tendo em vista que os mesmos além de

ampararem a mensagem, auxiliam na delimitação e apresentação de um gênero. Toma-se

como base teórica principal a definição de gêneros do discurso defendida por Bakhtin (2003),

acompanhadas pelos estudos, também sobre os gêneros, desenvolvidos por Marcuschi (2008),

assim como a classificação dos suportes em convencionais e incidentais feitas por este autor.

Vale salientar que este trabalho não visa fazer classificação de suportes, mas sim tentar

apresentar caminhos possíveis para sua identificação e análise, contribuindo para a seleção de

gêneros e suas formas de apresentação.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Suporte. Definição. Análise.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

CONJUNTOS E SISTEMAS DE GÊNEROS: UMA INTER-RELAÇÃO

TEXTUAL/DISCURSIVA NOS GÊNEROS BOLETIM DE OCORRÊNCIA

ELETRÔNICO, TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA E INQUÉRITO

POLICIAL

Erivaldo José da Silva (UFPE)

RESUMO: No universo das práticas textuais / discursivas que perpassam nossas práticas

cotidianas, não há como defender mais uma noção de gênero “puro” como se fosse possível

uma abordagem que deixasse de lado a complexidade de fatores que favorece a escolha de um

determinado gênero textual/discursivo. Sendo assim, este trabalho defende a noção de que

todo gênero se encontra inserido num universo linguístico com outros gêneros e com eles

guarda alguma inter-relação específica. Nesse contexto, destacamos os conceitos de conjuntos

de gêneros e sistemas de gêneros de Bazerman (2005), e também a visão de gênero não como

tipo isolado, mas como parte de sistemas multidimensionais de atividade (idem, 2007). Para a

primeira expressão, o conceito seria o de uma totalidade de gêneros, orais ou escritos,

produzidos por um indivíduo quando do desempenho de suas atribuições profissionais ou

acadêmicas e sistemas de gêneros abrangeriam os vários conjuntos de gêneros, considerando

produção, circulação e uso. Também nos preocupamos em investigar a ação retórica desses

gêneros (MILLER, 2012) e ainda seus propósitos comunicativos (BHATIA, 1997). Assim, a

análise do corpus deste trabalho, a saber: Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOE), Termo

Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e Inquérito Policial (IP) aponta para a necessidade de

se considerar os gêneros em sua natureza dinâmica e em suas diversas possibilidades de inter-

relações, além de mostrar a importância dessa ocorrência simultânea nas práticas discursivas.

Dessa forma, o objetivo deste artigo é o de analisar criticamente os gêneros elencados,

coletados na instituição de Polícia Civil de Pernambuco e, no âmbito do pressuposto teórico

eleito, mostrar como se dão a produção, a circulação e a recepção dos gêneros considerados

bem como a influência desses movimentos retóricos nas comunidades discursivas em que se

inserem. Espera-se, como resultado, mostrar que a elaboração de um gênero textual, que

antecede outro gênero, já organiza o discurso de tal maneira que favoreça o que se espera

futuramente conseguir, revelando uma complexa rede de propósitos comunicativos.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Conjuntos e sistemas de gêneros. Ação retórica. Propósito

comunicativo.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

EM TORNO DO CONCEITO DE GÊNEROS DO DISCURSO/TEXTUAIS: DIÁLOGOS

ENTRE O CÍRCULO DE BAKHTIN E O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO

Débora Maria da Silva Oliveira (UFRN)

RESUMO: A Análise Dialógica de Discurso e o Interacionismo Sociodiscursivo

impulsionaram várias discussões teóricas e pensamentos sobre o desenvolvimento de uma

pedagogia com foco central no ensino∕aprendizagem de línguas. Para compreender a dinâmica

das relações existentes entre os gêneros discursivos e textuais precisamos saber que a teoria

de gêneros do discurso centra-se no estudo das situações de produção dos enunciados ou

textos, enquanto a teoria de gêneros de textos frisa mais a descrição da materialidade textual,

isso porque esses trabalhos possuem vias metodológicas diferentes, ora mais centrados nas

questões das enunciações e seus aspectos sócio-históricos, ora sobre a descrição da

composição e da materialidade linguística dos textos no gênero. Teoricamente, adotam-se os

postulados apresentados pelas pesquisas de interlocutores como: Baltar (2007), Barros (2005),

Brait (2005, 2007), Bonini (2011), Faita (2005), Faraco (2007), Rodrigues (2005), Acosta-

Pereira (2008), Rojo (2005), dentre outros. Em termos metodológicos, trata-se de uma

investigação inserida no campo da Linguística Aplicada e segue vertente de abordagem

sociológica. Os resultados evidenciam que cada perspectiva trabalha com uma finalidade

específica, e apesar das diferenças metodológicas, ambas constituem possibilidades de

análises inesgotáveis, assim como as possibilidades de uso da linguagem são completamente

infinitas, rever os conceitos possibilita ter uma visão coerente sobre as diferentes perspectivas

epistemológicas de estudo dos gêneros do discurso/textuais.

PALAVRAS-CHAVE: Círculo de Bakhtin. Interacionismo Sociodiscursivo. Gênero do

Discurso/Textual

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

FICAR E NAMORAR: FRAMES E MODELOS CULTURAIS NA PRODUÇÃO DO

GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO

Milton Guilherme Ramos (UERN/CAWSL)

RESUMO: Este trabalho objetiva evidenciar os frames ativados por vestibulandos e pré-

vestibulandos em torno de Ficar e Namorar na produção do gênero artigo de opinião e, a partir

deles, inferir modelos culturais. Metodologicamente, a pesquisa se ancora em uma abordagem

que reúne dados qualitativos e quantitativos (GONÇALVES, 2005; CRESWELL, 2007). O

corpus de análise é constituído de 168 textos produzidos por vestibulandos do PSV/2005 da

UFRN, Natal, RN, e por estudantes do 3º Ano do ensino médio da Escola Estadual Juscelino

Kubitschek (EEJK), Assú, RN (2008). O quadro teórico a qual se insere esta pesquisa remete

a Análise Textual dos Discursos (ATD), abordagem teórica e descritiva proposta por Adam

(2006; 2008; 2010) e complementada pela Semântica de Frames (FILLMORE, 2006;

FELTES, 2007). A análise do corpus evidencia que vestibulandos e pré-vestibulandos

ativaram frames semelhantes para Ficar, construindo, na maior parte dos textos, uma

representação negativa para essa forma de relacionamento, enquanto os frames ativados para

Namorar confirmam uma representação positiva para essa forma de relacionamento,

parecendo refletir o modo de viver de uma cultura assentada na linearidade das relações

afetivas: namoro, noivado, casamento, família. Por outro lado, aponta ainda a presença de

alguns modelos culturais na produção de vestibulandos e pré-vestibulandos. Pode-se concluir,

a partir da análise do artigo de opinião, que o ensino com base nos gêneros textuais é

produtivo na proporção em que possibilita a percepção da heterogeneidade da linguagem,

assim como dos aspectos linguísticos, discursivos e cognitivos que estão imbricados no

processo da produção textual.

PALAVRAS-CHAVE: Frames. Modelos Culturais. Artigo de Opinião.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

GÊNEROS DISCURSIVOS NARRATIVOS: COMPARANDO DOSTOIÉVSKI

E REDAÇÕES DO VESTIBULAR UNICAMP

Lucas Vinício de Carvalho Maciel (UERN/Unicamp)

RESUMO: Este trabalho representa parte das discussões a que temos nos dedicado no

desenvolvimento de nossa pesquisa de doutorado “Dialogismo em narrativas”

(Unicamp/CNPq), em que buscamos observar como as relações dialógicas se apresentam em

redações narrativas do Vestibular Unicamp. Apoiando-nos em diversos textos do Círculo de

Bakhtin (BAKHTIN, 1919/1921, 1929/1963, [1952-1953]; VOLOCHÍNOV/BAKHTIN,

1929; MEDVEDEV, 1928) e em estudiosos da obra bakhtiniana (BRAIT, 2002, 2005;

FARACO, 2003; MACIEL, 2008, 2011), pretendemos discutir se certas relações dialógicas,

vislumbradas por Bakhtin nas novelas e nos romances de Dostoiévski, podem ser também

encontradas em redações de vestibulandos. Interessa-nos, assim, questionar se os tipos de

discurso (discurso diretamente orientado para o referente, discurso objetificado, discurso

bivocal), a amplitude do diálogo (micro-diálogo, diálogo, diálogo amplo), os espaços

composicionais de retomada da palavra alheia (voz alheia no discurso do herói, no discurso do

narrador, no discurso do autor), os modos de retomada da palavra alheia (em estilo linear ou

em estilo pictórico), apontados por Bakhtin na obra do romancista russo, aparecem (e de que

modo) em curtas narrativas de vestibulandos. Dados os limites dessa exposição, escolhemos

apenas uma redação, a partir da qual discorremos sobre esses pontos. Mostraremos nessa

análise que, de nosso ponto de vista, certas observações de Bakhtin a respeito da obra de

Dostoiévski podem ser válidas no exame de uma redação do vestibular Unicamp. Facilitou-

nos esse cotejamento a natureza prioritariamente narrativa desses textos, que traziam relações

entre as vozes de narrador e personagens e diálogos entre as personagens. No caso específico

da redação examinada, observa-se uma conjugação entre microdiálogo, diálogo exterior e

grande diálogo; o que, de algum modo, a aproxima de certas obras dostoievskianas. Isso não

significa, porém, que todas as características da escrita de Dostoiévski apontadas por Bakhtin

estejam presentes na redação. Ainda assim, espero que esta exposição possa mostrar que

determinados apontamentos de Bakhtin podem servir à análise de redações, na medida em que

esses textos também permitem divisar relações dialógicas da linguagem.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Narrativas. Dostoiévski. Vestibular Unicamp.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

GÊNEROS DISCURSIVOS/GÊNEROS TEXTUAIS: CONVERGÊNCIAS E

DIVERGÊNCIAS

Indneide Dannyelle Maria Luzziara Araújo de Melo Medeiros (UFRN-PPGEL)

Raimunda Valquíria de Carvalho Santos (UFRN/PPGEL)

RESUMO: Ao conceber os gêneros como uma manifestação social e cultural da linguagem

subjaz a compreensão de que eles se manifestam e se corporificam através de textos, orais ou

escritos, que vivenciamos diariamente, haja vista que são inúmeras as variações linguísticas

existentes em nossa sociedade e os incontáveis gêneros discursivos/textuais que são criados e

recriados de acordo com as necessidades sóciodiscursivas da humanidade. Diante dessa

premissa, esta pesquisa tem o objetivo de discutir algumas teorias que versam sobre os

gêneros discursivos/textuais, a fim de depreender as divergências e convergências que

envolvem essa duas correntes teóricas. Para dar conta do objetivo foi feita a leitura sistemática

das teorias adotando-se uma abordagem qualitativa com um delineamento bibliográfico Gil

(2002). Teoricamente este trabalho ancora-se nos pressupostos de Bakhtin (2011, 1997), Rojo

(2005), Bronckart (2006; 2008; 2012), Marcuschi (2002, 2006, 2008), PCNs (1998). Os

resultados apontam convergências entre as teorias dos gêneros do discurso e dos gêneros

textuais, mas também evidenciam divergências teóricas e metodológicas que é preciso

entender para ter clareza ao optar por uma ou outra vertente. A relevância dessa pesquisa

consiste em trazer para a academia discursões que possibilitam uma compreensão mais

abrangente sobre as teorias que permeiam os estudos dos gêneros discursivos/textuais.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Gêneros textuais. Divergências e

convergências.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

GÊNEROS DO DISCURSO NA ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO:

CONCEPÇÕES TEÓRICAS SUBJACENTES

Adiniz Mendes da Silva Júnior (UFPE)

RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar algumas das principais concepções teóricas

que fundamentam a noção de gêneros do discurso tal como pensada por Bakhtin (2003 [1952-

1953]) no texto Os gêneros do discurso. Ou seja, vamos olhar para esse objeto por meio dos

já-ditos do Círculo de Bakhtin e de outros especialistas, bem como dos ditos do próprio texto,

buscando suas bases, seus fundamentos epistemológicos. Julgamos importante e necessária tal

discussão, ao menos por três motivos: 1- a constante referência a esse texto de Bakhtin em

estudos sobre os gêneros, que não se filiam especificamente às teorias do Círculo; 2- a

importância desse assunto – os gêneros do discurso - para o ensino/aprendizagem de línguas,

não só a materna, bem como para outras áreas do conhecimento; 3- e a relevância desse ponto

de vista sobre os gêneros para os estudos linguístico-discursivos. Inicialmente traremos a

definição de Bakhtin e faremos um resumo de sua explanação sobre os gêneros; em seguida,

apresentaremos algumas concepções subjacentes a tal visão: língua/linguagem em sua(s)

concepção sócio-histórica e ideológica, interação verbal, a realidade dialógica da linguagem,

o enunciado, o plurilinguismo; por fim, faremos as considerações finais. A pesquisa será

bibliográfica e nos basearemos no seguintes autores: Bakhtin (1993 a; 1993b; 1995; 2003);

Brait (2003); Faraco (1993); Fiorin (2006); Voloshnov ([1930] 1976); (s/d)).

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros do discurso. Dialogismo. Enunciado.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

GÊNEROS TEXTUAIS: SUGESTÕES TEÓRICAS INICIAIS

Jaciara Limeira de Aquino (UERN)

Zailton Pinheiro Guerra (UERN)

RESUMO: Tendo em vista que os estudos sobre gêneros textuais ocupam hoje uma vasta

literatura que engloba o estudo dos textos/gêneros em suas realizações concretas e funcionais,

buscamos aqui refletir, a partir dos posicionamentos pioneiros de Bakhtin, o que são gêneros

textuais por meio de teorias definidas pelo uso funcional da língua. Assim, seguindo os passos

do referido autor, consideraremos também posicionamentos de outros autores, como,

Bazerman (2005), Vian Jr. (2001) e Marcuschi (2008). Os conceitos evidenciados aqui

funcionam como eixos norteadores no trato dos textos enquanto objetos funcionais que

situam-se em práticas de comunicação efetivas, desempenhando um papel discursivo que atua

nas relações sociais de interação. Desse modo, contribui na esfera do ensino, ajudando a

compreender os textos não como artefatos desvinculados de um contexto social específico,

mas como discursos situados que cumprem expectativas comunicacionais específicas e

determinadas, haja vista a situação discursiva, os componentes sociais e culturais que

permeiam toda a relação interativa. Acreditamos, com este artigo, suscitar reflexões teóricas

que possibilitem tratar os textos enquanto gêneros textuais, já que é dessa forma, que

estaremos enfocando a língua do ponto de vista social e funcional, pois considerar textos e/ou

enunciados nesse sentido, é ativar a concreticidade da linguagem, da comunicação e da

interação.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Linguagem. Ação social.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

INTERAÇÃO E O ENSINO: IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE

LÍNGUA PORTUGUESA

Manoel Guilherme de Freitas (PPgEL/UERN)

RESUMO: Este artigo objetiva refletir acerca da interação no ensino de Língua Portuguesa,

com ênfase nos gêneros textuais/discursivos, principalmente se estes estão presentes nas salas

de aula enquanto práticas sociais discursivo-interativas, voltadas à melhoria do processo

ensino-aprendizagem das escolas. Nesse sentido, defendemos a ideia de que não há ensino de

qualidade de Língua Portuguesa, se não partir da utilização do texto em salas de aula como

unidade básica de ensino, materializada nos gêneros textuais, bem como em uma proposta de

ensino pautada na concepção sociointerativa da língua. Dessa forma, salientamos que a

interação poderá ser uma alternativa viável de acesso à leitura, à escrita e à produção textual,

desde que os gêneros textuais/discursivos sejam práticas não silenciadas pelo professor

cotidianamente in loco de sala de aula. Para tanto, referenciaremos Bakhtin (1995, 2002),

Mussalin (2005), Brait (2000), dentre outros. Logo, será a partir de sua inserção social e da

materialização das vozes das enunciações reais dos falantes da língua, que ela acontece. Este

pensar social sobre a/da língua é devido à existência de uma quantidade quase infinita de

gêneros textuais/discursivos presentes na mídia virtual, na impressa escrita, nos jornais, nas

revistas, bastando para isso que o professor operacionalize e os redimensionem sua prática

escolar/pedagógica, através de um ensino de LP instigante, dinâmico, voltado à formação de

leitores e de produtores de texto em potenciais na língua.

PALAVRAS-CHAVE: Interação. Gêneros textuais/discursivos. Práticas sociais. Concepção

sociointerativa. Ensino.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

LITERATURA INFANTIL: NORTEANDO A PRÁTICA DOCENTE NAS SÉRIES

INICIAIS

Francisca Mendes de Souza Santana (ISEC)

Maria Vanice Lacerda de Melo Barbosa (ISEC, UFPB/Proling)

RESUMO: Quando pensamos numa prática sólida e consistente nos vêm diversas reflexões a

respeito de como desenvolver um trabalho com a literatura infantil na sala de aula e que

caminhos percorrer para que a aprendizagem aconteça. Então, aliada à prática podemos

manter uma parceria com a literatura infantil que, por sua vez, será como uma ferramenta de

trabalho. Partindo de questionamentos e observação é que aos poucos se descobre que os

contos de fadas ou diferentes histórias infantis provocam nas crianças interesse e fascínio em

“povoar” esse mundo. O objetivo maior desse trabalho foi pesquisar, se o uso de histórias

infantis incentivam o processo de ensino de leitura e escrita. Assim se procedendo,

proporcionar aos alunos do 1º ano do Colégio Nossa Senhora de Lourdes de Cajazeiras, o

aprimoramento da leitura através de atividades desenvolvidas em sala de aula, a partir de

diferentes histórias. Para embasarmos as discussões teóricas, apoiamo-nos nos postulados de

Bakhtin (2010), Cagliari (2000), Koch (2008), Lajolo; Zilberman (1988) e Marcuschi (2008).

As experiências explicitadas pelas crianças nos levaram a perceber que, a cada história

narrada, a criança vai tendo a oportunidade de agir e interagir sem que precise pressioná-las

para aprender, até mesmo, regras gramaticais. O fascínio das histórias com seus magníficos

personagens norteiam o trabalho de forma simples e profunda. Acredita-se, portanto, que a

literatura infantil pode ser precursora, ao abrir caminho da imaginação, para o gosto pela

leitura e, principalmente, para o desafio das crianças em vencer seus conflitos. Os contos de

fadas possibilitam ao leitor experiências com o seu mundo real atrelado ao fictício. Então,

para que a prática da sala seja um lugar onde todos aprendam com prazer não será diferente se

buscarmos apoio na Literatura infantil.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura infantil. Leitura. Escrita. Ensino fundamental.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

O “OUTRO” QUE SUSTENTA O “EU” DO SUJEITO PRODUTOR DE TEXTOS EM

AMBIENTE ESCOLAR

Maria de Fátima Pereira Melo (UERN)

Maria do Socorro Maia Barbosa Fernandes (UERN)

RESUMO: Este artigo discute os pressupostos da Heterogeneidade Mostrada e Marcada,

postulada por Jackeline Authier-Revuz (1990; 1998; 1999) em interface com o dialogismo de

Bakhtin (1981; 1993; 1997). Na declaração da Authier-Revuz de que “constitutivamente, no

sujeito e no seu discurso está o Outro”reencontramos, de fato, elementos do dialogismo

bakhtiniano, quando este assegura que é “através da palavra, que sujeito se define em relação

ao outro”. Assim, com base nestes dois aportes teóricos, objetivamos analisar as marcas

linguísticas que sinalizam a heterogeneidade mostrada e marcada nos textos dos alunos do

Curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio na modalidade PROEJA, como

forma de apreender as acepções das vozes sociais presentes nessas produções. Para tanto,

selecionamos como corpus investigativo, dois textos, dentre os dezoito textos produzidos por

alunos do 3º ano dessa modalidade, em uma atividade de Língua Portuguesa que tinha como

tema dissertativo A Violência no Brasil. Na composição do recorte metodológico para a

análise dos dados foram transcritos excertos dessas dissertações, onde nos preocupamos em

identificar, como apoio às nossas análises, o atravessamento linguístico nesses textos, das

formas do discurso direto, discurso indireto, aspas, glosas enunciativas, etc., tipos de

modalizações autonímicas que jogam com a constituição do sujeito e do discurso e com a

inscrição do outro nesse discurso. Na análise dos dados, constatamos que os alunos organizam

seus textos articulando diversos saberes carregados de valores ideológicos que os afetam e os

constituem enquanto autores. As formas das heterogeneidades marcadas e mostradas mais

frequentes que os alunos trazem para os seus discursos são: o objeto direto, o objeto indireto,

e as aspas - seja para validar o seu discurso, enfatizar uma expressão, ou apresentar uma não

coincidência com o seu dizer, mostrando, certa ironia. Assim, observamos que as formas da

heterogeneidade mostrada e marcada presentes na superfície dos textos desses alunos,

testemunham as diferentes vozes de seus contextos socioculturais e ideológicos.

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Heterogeneidade. Dialogismo. Sujeito.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

O GÊNERO CARTA-CRÔNICA NO JORNALISMO POTIGUAR: UM RESGATE DA

HISTÓRIA CULTURAL DO HOMEM SERTANEJO

Lucimar Bezerra Dantas da Silva (UERN)

RESUMO: O conceito de Tradição discursiva (TD), desenvolvido no final dos anos 90 no

âmbito da linguística românica alemã por Koch (1997) e Schlieben-Lange (1983), com base

na teoria da linguagem de Coseriu (1979; 1980), pode ser compreendido a partir das relações

de tradição que os textos estabelecem entre si ao longo do tempo. Esse conceito, divulgado no

Brasil, primeiramente por Kabatek (2004) e depois em várias pesquisas ligadas ao PHPB que

estudam a história dos textos, tem sido produtivo para compreender os traços de mudança e de

permanência que podem ser observados nos diversos gêneros em sua trajetória. Neste

trabalho, faremos um recorte da tese “Carta-crônica: uma tradição discursiva no jornalismo

potiguar” com o objetivo de descrever aspectos do contexto em que as cartas-crônica foram

produzidas e circularam. Embora esse gênero apresente uma grande variação de temas,

observamos que a descrição do homem sertanejo, no que se refere aos seus costumes e

tradições culturais é um tema recorrente na maioria das cartas que compõe o corpus e pode

ser considerado um traço de permanência que caracteriza a carta-crônica em sua trajetória. A

metodologia utilizada baseou-se no modelo proposto de Zavam (2009) para análise diacrônica

de textos, vistos como gênero ou como TD. Segundo a autora, o estudo diacrônico dos

gêneros e/ou TD deve considerar três categorias: o contexto, o texto e a norma/forma. Assim,

selecionamos 06 cartas-crônica de um total de 75 do corpus da tese, nas quais analisamos a

história social do homem sertanejo. A análise do contexto mostrou que as cartas-crônica

revelam aspectos significativos da história e da cultura do homem sertanejo e que esse aspecto

revela um dos traços de permanência desta TD.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Carta-crônica. Tradição discursiva. Traço de permanência.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

O GÊNERO DISCURSIVO CHARGE NA SALA DE AULA DE LÍNGUA MATERNA:

UMA PROPOSTA BAKHTINIANA

Fernanda de Moura Ferreira (UFRN/PPgEL)

Orientadora: Profa. Dra. Maria da Penha Casado Alves (UFRN/PPgEL)

RESUMO: Atentando-se para o fato de o ensino de Língua Portuguesa se pautar sob uma

perspectiva do gênero discursivo, sendo isso motivado pelas recomendações presentes nos

PCN e por ser a orientação seguida em exames como o ENEM, as salas de aula de língua

materna procuram adaptar-se a essa parametrização que coloca o gênero como objeto a ser

trabalhado/enfocado. Porém, ocorre que por diversos fatores tal orientação não tem sido

observada. Dessa forma, são importantes que propostas de trabalho que apresentem tal

orientação possam ser disponibilizadas a fim de auxiliar a entrada da perspectiva do gênero no

ensino de língua, servindo, pois, de apoio a mais para a sala de aula. Assim, neste artigo traz-

se uma proposta de trabalho voltada para a sala de aula do terceiro ano do ensino médio,

baseando-se na perspectiva do gênero e trazendo exemplares da charge como textos

representativos do gênero a ser abordado. O aparato teórico escolhido para embasar tal

proposta é a Análise Dialógica do Discurso-ADD (advinda das reflexões teóricas feitas por

Bakhtin e o Círculo) no tocante aos conceitos de língua, gênero discursivo, enunciado e estilo.

Ramos (2010, 2011) entre outros que pensam a charge teoricamente foram utilizados

enquanto aportes. Este trabalho enquadra-se na área de conhecimento da Linguística

Aplicada.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Gênero. Charge.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

ORQUESTRANDO VOZES OUTRAS: RELAÇÕES DIALÓGICAS NA

CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO

Antonio Flávio Ferreira de Oliveira (UFPB)

Ilderlandio Assis de Andrade Nascimento (UFPB)

RESUMO: Este trabalho investiga as relações dialógicas na construção de sentidos em

relatórios de estágio, focando a mobilização de vozes outras na rede de sentidos desses

gêneros. Objetiva descrever e analisar as vozes que são orquestradas na construção de

sentidos do gênero relatório de estágio e como essas vozes se inter-lacionam dialogicamente.

Para isso, foi analisado um corpus composto por 06 (seis) relatórios de Estágio

Supervisionado escritos por estudantes do 6º período do curso de Letras. Como suporte

teórico, mobiliza os estudos desenvolvidos no âmbito do círculo de

Bakhtin/Volochinov/Medvedev. Metodologicamente, esta pesquisa apresenta uma abordagem

qualitativa e um caráter descritivo e interpretativo. A análise revela que na construção dos

gênero relatório de estágio foram gerenciadas as seguintes vozes: (a) vozes de professores;

(b) vozes de alunos; (c) vozes de documentos oficiais; e (d) vozes de teóricos da área do

conhecimento. Destaque-se que, embora a voz do autor do gênero relatório seja perpassada

constitutivamente pela voz do Outro, ele marca pontos do discurso como não pertencendo a

ele, mas a um outro – dialogismo mostrado. Esse dialogismo materializa pontos de encontro

com a voz de outros, sendo essas vozes orquestradas visando construir certos efeitos de

sentido como, por exemplo, de objetividade, verdade, fidelidade, não responsabilidade

enunciativa. Assim, cabe dizer, verifica-se uma orquestração de um ‘coral’ de vozes outras

em que o autor do relatório busca a harmonia dessas vozes (entre elas e com a sua própria

voz).

PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo mostrado. Vozes de outrem. Construção de sentidos.

Relatório de estágio supervisionado.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

REFERENCIAÇÃO NO TEXTO DESCRITIVO: ANÁLISE DE GÊNEROS DE

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (REVISTA CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS)

Ananias Agostinho da Silva (UFRN)

RESUMO: Neste trabalho, apresentamos uma reflexão metodológica e analítica sobre a

referenciação em tipos ou sequências textuais descritivas que entram na constituição de

gêneros textuais de divulgação científica, especificamente em notícia da Revista Ciência

Hoje. Trata-se de notícia titulada de Saudoso poetinha, que descreve sobre a vida e a obra do

poeta Vinicius de Morais, que, neste ano, caso estivesse vivo, completaria cem anos de idade.

Inscrevendo-se no âmbito dos estudos em Linguística Textual, a empreitada aqui encetada

parte dos seguintes pressupostos: i) o texto é um universo de relações sequenciadas, porém

não-lineares (KOCH, 2004), ii) a referenciação é uma atividade que consiste na

(re)construção de objetos-de-discurso (MONDADA e DUBOIS, 2003), iii) as expressões

referenciais são de significativa importância na progressão textual, orientação argumentativa e

construção de sentido do texto (CAVALCANTE, 2003) e iv) o descritivo é um tipo textual

onipresente nas práticas comunicativas do dia-a-dia que tem uma organização definida por

categorias e regras que lhes são próprias (ADAM, 1987; MARQUESI, 2004). O percurso

metodológico e olhar analítico empreendido neste trabalho revelaram a importância do modo

de constituição de expressões nominais referenciais (MARQUESI, 2004) em gênero textual

marcado por sequências descritivas, considerando a função de orientação argumentativa ao

retratar o objeto descrito de uma determinada maneira dentre muitas outras possíveis.

PALAVRAS-CHAVE: Referenciação. Texto descritivo. Texto de divulgação científica.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

REGISTRANDO MEMÓRIAS DO GRUPO ESCOLAR DUQUE DE CAXIAS-

MACAU/RN: UM FOMENTO À LEITURA E À ESCRITA

Priscila do Vale Silva Medeiros (UERN)

Lílian de Oliveira Rodrigues (UERN)

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposição metodológica do nosso

projeto de intervenção, este que foi elaborado para servir como base para o trabalho de conclusão do

curso de Mestrado Profissional em Letras (Profletras), que ocorre na Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte (UERN), no Campus Prefeito Walter de Sá Leitão, na cidade do Assú, sob a

coordenação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e tem como temática a

leitura e a escrita, a produção de memórias literárias e a dialogicidade entre comunidades

discursivas. O projeto será aplicado na Escola Estadual Duque de Caxias, na cidade de Macau, nas

turmas de 7º e 8º anos. O objetivo principal é fomentar a leitura e a escrita por meio do gênero

discursivo “memórias literárias”, com base nos registros orais de pessoas que estudaram no “antigo

Grupo Escolar Duque de Caxias”. Como instrumento norteador, lançaremos mão do material das

Olimpíadas de Língua Portuguesa, de 2012, mais especificamente o caderno “Se bem me

lembro...”, que aborda o gênero memórias literárias. Como conclusão do projeto, proporemos a

edição e publicação de um livro de memórias escritas a partir dos relatos coletados pelos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Escrita. Memórias literárias.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

REVISÃO E REFACÇÃO TEXTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

Jailma Rodrigues Felipe da Costa (UERN)

Risoleide Rosa Freire de Oliveira (UERN)

RESUMO: Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre produção textual no ensino

fundamental, na qual tínhamos como objetivos principais, investigar que metodologias os

professores de língua portuguesa utilizam ao revisarem os textos escritos por seus alunos,

como também contribuir para melhor efetivação dessa prática. Para tanto, observamos se os

professores têm como hábito propor a refacção dos textos dos alunos, considerando que a

revisão e a refacção textual são atividades recursivas indispensáveis para um ensino produtivo

de língua materna, o qual requer escrita e re-escrita de textos. A pesquisa é de natureza

qualitativa e interpretativa, tem como referencial a teoria/análise dialógica do discurso do

Círculo de Bakhtin. Os dados para estudo foram constituídos a partir de observações em salas

de aula, conversas informais e questionários aplicados a professoras atuantes em duas salas de

aula do nono ano do ensino fundamental, além de aplicação de oficina sobre refacção e

revisão de textos, por meio da qual analisamos textos produzidos pelos alunos. A análise dos

dados aponta para a necessidade de a revisão de textos no ensino fundamental ter por base

uma concepção dialógica de linguagem, subsidiada pela interação socioverbal entre professor

e alunos, o que implica o efetivo trabalho com gêneros discursivos, sejam eles orais e escritos,

relacionados com as diversas atividades presentes na vida dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Produção e revisão de textos. Ensino Fundamental. Análise dialógica

do discurso.

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

SOB UM NOVO OLHAR: MARCAS DE DIALOGISMO EM ARTIGO DE OPINIÃO

DA OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA (OLP)

Francisca Lúcia Barreto de Lima Soares (UERN)

Marília Costa de Souza (UERN)

RESUMO: Este artigo propõe como objetivo principal analisar, sob a visão bakhtiniana da

linguagem, elementos que caracterizam o dialogismo presente em um artigo de opinião,

selecionado na fase estadual (Ceará) da Olimpíada de Língua Portuguesa 2012 (OLP). O texto

foi produzido em situação escolar por um aluno da EEFM Beni Carvalho, deficiente visual

para a OLP, programa nacional de incentivo à leitura e à escrita, de caráter bienal e contínuo

que premia as melhores produções de escolas públicas em todo o país. Para esta análise

discursiva, buscou-se na teoria de Bakhtin (2006), além de Brait (2012), referencial, a fim de

tentar entender de que modo a condição especial do aluno se revela em seu discurso, que

constitui o corpus da investigação e se intitula Sob um novo olhar. Pela íntima relação que

apresentam, ainda serão abordadas, no percurso analítico, categorias como autoria e

enunciado. O texto escolhido como corpus trata da questão do atendimento a pessoas com

necessidades especiais pelo poder público, principalmente no que concerne à educação e à

acessibilidade. Embora escrito de modo impessoal, como preconiza o gênero discursivo em

estudo, buscaremos sinais indicativos da relação entre o discurso do aluno e outros discursos

que circulam socialmente acerca do tema tratado.

PALAVRAS-CHAVE: Artigo de opinião. Dialogismo. Gênero discursivo. OLP.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 9 - GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

UM ESTUDO SOBRE O GÊNERO DISCURSIVO REGIMENTO ESCOLAR

Raimunda Valquíria de Carvalho Santos (UFRN/PPgEL)

Ana Maria de Oliveira Paz (Orientadora/UFRN/DLC/PPgEL)

RESUMO: Os estudos que discorrem sobre os gêneros da esfera jurídica se efetivam cada

vez mais nas pesquisas concernentes a linguagem na atualidade. Esses gêneros são das mais

variadas espécies: petições, sentenças, pareceres, pautas, atas de audiências, denúncias,

recursos, declarações, habeas corpus, embargos, procurações e mais de um sem-número de

documentos que circulam na área e que trazem em seu escopo o perfil do produtor e da

instância jurídica em que são produzidos. Na condição de pesquisadora dessa temática, venho

em média há um ano dedicando-me em analisar o contexto de produção, estilo,

regulamentação e circulação desses gêneros, de modo mais específico, o gênero ata de

audiência com vistas a compreender toda a dinâmica necessária para a sua construção. O

envolvimento com os gêneros dessa esfera, os quais são legislados e prescritivos,

oportunizaram-me compreender melhor o funcionamento das produções que normatizam

atividades, ações e procedimentos em ambientes jurídicos e também nas instituições

escolares. Em face dessas considerações, objetivamos neste estudo analisar o gênero

regimento escolar, no que diz respeito ao conteúdo temático, ao estilo, e a estrutura

composicional, tendo em vista que o regimento apresenta em sua organização regras para a

conduta na escola, regimes, direitos e deveres dos membros que compõem a instituição e

assim, norteia as ações e direcionamentos desenvolvidos pelos participantes do processo

educativo. Teoricamente, ancoramos a análise proposta nos postulados de Bakhtin e no

Círculo dos estudos dialógicos dos discursos (BAKHTIN, 2006; 2011; BRAIT, 2005; 2012

RODRIGUES, 2005, ACOSTA-PEREIRA, 2012, ALVES, 2012; ROJO, 2005) dentre outros.

Metodologicamente, seguimos as orientações da pesquisa de natureza qualitativa, embasada

nas orientações de análise em Rodrigues (2005) e Rojo (2005). Os dados preliminares

analisados apontam para a importância de pesquisas no âmbito da linguagem que discutam

documentos orientadores das atividades escolares, uma vez que esse gênero representa a

expressão política, administrativa, constitucional e disciplinar da escola.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros escolares. Gênero Regimento Escolar. Linguagem.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

A COMPETÊNCIA LEITORA E AS CONCEPÇÕES DE ENSINO E

APRENDIZAGEM NA REDE PÚBLICA

Gibson Nascimento de Azevedo (UFRN)

Janaína Weissheimer (UFRN)

RESUMO: Diferente do que acontece com a fala ou o caminhar, a aquisição da capacidade

de ler corresponde a um processo de complexas adaptações do sistema nervoso, que necessita

de estímulo e orientação, sendo mais dependente do ambiente externo. Dessa forma, para se

apropriardo sistema alfabético, a criança precisa se tornar consciente de que um princípio o

rege: as letras (grafemas) representam sons da fala (fonemas). Além de compreender esse

princípio, é indispensável o aprendizado das regras de operação do código da língua que está

sendo aprendida. E é nesse contexto que a alfabetização se encaixa. Existem vários modelos

de alfabetização e cada um deles destaca um aspecto diferente no aprendizado no que diz

respeito à leitura. Assim sendo, o presente trabalho reporta um estudo que teve como

objetivos: (a) verificar qual o tipo de competência leitora que o método de alfabetização

aplicado nas escolas pesquisadas pretende desenvolver nos aprendizes; (b) aferir o papel da

Provinha Brasil como instrumento preditor das habilidades de leitura em alunos do segundo

ano do ensino Fundamental I; e (c) analisar os tipos de habilidades de leitura e escrita que os

alunos demonstram ter desenvolvido a partir dos critérios de medição da Provinha Brasil.

Teoricamente este estudo fundamenta-se nos pressupostos de Aprendizagem da Leitura, mais

especificamente no que propõe Amaro Jr.; Casella e Costa (2011); Dehaene (2009); Oliveira e

Silva (2011), entre outros. Os dados deste estudo qualiquantitativo foram coletados a partir

dos escores da Provinha Brasil de alunos de oito turmas do segundo ano do ensino

Fundamental I e de dados gerados a partir de entrevistas com os professores desses alunos em

escolas públicas. Entendemos que os resultados do presente estudo são relevantes à medida

que contribuem para o advento de pesquisas no âmbito educacional, uma vez que os

resultados apontam possíveis insuficiências na competência leitora dos aprendizes, além de

oferecerem uma visão acerca do panorama atual do ensino e aprendizagem na fase da

alfabetização na cidade de Natal, RN.

PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Competência Leitora. Provinha Brasil.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

A METÁFORA DA VIOLÊNCIA NA SALA DE AULA

Abdoral Inácio da Silva (UFCG)

RESUMO: A linguagem verbal é uma das formas mais importantes para a comunicação

humana. É através dela que o ser humano expressa o pensamento e interage com os outros. O

uso da linguagem para atender às necessidades comunicacionais e materiais passa, por vezes,

para uma dimensão metaforizada e nesse sentido as ideias passam a ser expressas por meio de

construções metafóricas, pois esse uso, ao longo da evolução humana, se constituiu em uma

maneira eficaz de convívio social. A fundamentação teórica baseou-se na teoria de Lakoff e

Johsonsobre metáforas cotidianas e de como o uso metafórico das ideias tem como referência

alguns aspectos relacionados ao corpo humano, por exemplo, por isso a maioria das metáforas

tem o referencial das percepções humanas, tais como direção, dimensão, entre outras. Uma

das motivações para que o uso metafórico se transforme em atitudes físicas, como a violência,

é descrita ao longo deste trabalho e reflete um comportamento que vem tornando-se comum

em diversos ambientes sociais, como a escola, o que gerou o objeto deste estudo: a violência

em sala de aula a partir de construções metaforizadas, a partir de textos produzidos por alunos

do 3º ano do Ensino Médio sobre o tema. Salientamos, também, que a violência no ambiente

escolar começa quase sempre através de construções lingüísticas que conduzem à

agressividade, hoje convencionado comobullyng.

PALAVRAS-CHAVE: Metáfora. Linguagem. Ambiente Escolar

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: PRÁTICAS E EVENTOS

Altaíza Rosângela da Silva Pereira (UERN)

Ana Mara Alves de Freitas (UERN)

RESUMO:O conceito de letramento, embora já faça parte do discurso escolar, surgiu, no

Brasil, há pouco mais de três décadas, por isso há a necessidade de definir e diferenciar os

termos alfabetização e letramento. E distinguir suas acepções ainda têm causado muitos

equívocos entre os pesquisadores. Considerando, pois, que a alfabetização e o letramento são

imprescindíveis ao bom desenvolvimento escolar e sociocultural dos alunos, tanto no

processo educacional como fora dele, é que se faz necessário entender o que é letramento,

método de ensino e alfabetização, além de saber diferenciar as práticas dos eventos de

letramento.Assim, se antes tínhamos um conceito de alfabetização limitado ao ato de escrever

o próprio nome, hoje, esse conceito torna-se muito mais abrangente. Para ser alfabetizado, o

aluno deve ser capaz de ler e entender o que está escrito e, além disso, estar apto a fazer uso

de práticas da escrita. Logo, o objetivo deste trabalho consiste em definir e distinguir

alfabetização e letramento, práticas e eventos de letramento, bem como múltiplos letramentos

e multiletramentos, frisando, para o docente, a importância de cada conceito para o cotidiano

escolar e extraescolar. Para isso, reportaremos aos estudos de Kleiman (2005) e Street (2012),

buscando neles aportes teóricos de conceitos e aplicações dentro e fora da sala de

aula,dialogando com exemplos do cotidiano,de forma que fique clara, para o docente, a

importância em saber distingui-lo se perceber que alfabetização e letramento estão associados

ao desenvolvimento pleno do indivíduo. Diante dessas concepções, percebe-se que é

necessário que o professor reflita sua prática de ensino e viabilize ações que desenvolvam em

seus alunos não só o aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação

– ou seja, a aquisição de habilidades mecânicas– mas também a capacidade de interpretar,

compreender, criticar, ressignificar, produzir e dominar um conjunto de práticas de uso da

escrita além do cotidiano escolar, ou seja, em todos os eventos de letramento nos quais

estejam inseridos.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento, alfabetização, práticas e eventos de letramento.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)

RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar as contribuições de

eventos de formação continuada vivenciados por professores de Língua Portuguesa

envolvidos no Programa Ensino Médio Inovador, doravante ProEmi. A pesquisa foi realizada

em uma escola pública estadual da zona urbana da cidade de Campina Grande – PB, durante

os meses de Junho e Julho de 2013. Para tanto, participamos e áudio gravamos três eventos de

formação, todos voltados para a elaboração de enunciados para questões didáticas, ministrado

por uma professora da área de Letras da Universidade Federal de Campina Grande. A referida

formação continuada aconteceu na própria escola em que trabalham os docentes e, diante das

experiências vivenciadas, concluímos que a formação recebida contribuiu significativamente

para a formação profissional do professorado. Para fundamentação de nosso estudo nos

apoiamos em Alves (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nóvoa

(1991), Perrenoud (2002) e Tardif (2002). É importante destacar a relevância dos estudos da

Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem

contribuído expressivamente para o desenvolvimento de pesquisas dessa grande área que se

consolidou como Formação de Professores.

PALAVRAS – CHAVE: Ensino Médio Inovador; Formação continuada; Contribuições.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

AS “LONGAS COLHERES”: CONSTITUINDO E (RES) SIGNIFICANDO

PRÁTICAS DOCENTES

Francisca Ramos-Lopes (UERN/PRADILE/PROFLETRAS)

Jamilly de Oliveira Prazeres (UERN/NAESM)

RESUMO:Nesta produção, objetivamos descrever algumas práticas de leituras usadas em

uma sala de aula de língua portuguesa e problematizar como as possíveis práticas refletem no

processo de ensino/aprendizagem dos alunos Os postulados advém de teorias psicolinguísticas

e interacionistas da linguagem e estão respaldados pela discussão de Solé (1998), Koch

(2009), Kleiman (1993), Leffa (1996), Rangel (2007), dentre outros. A pesquisa é de base

qualitativa-interpretativista e descreve a experiência de uma docente com o texto “As longas

colheres’ (1993) retirado do livro “Histórias da Tradição Sufi” - Edições Dervish –Instituto

Tarika. Os dados são reveladores de que a experiência realizada produz efeitos de sentidos de

que o docente querer uma forma correta, pensar em respostas prontas, a serem apresentadas

pelo aluno, ou querer que eles repitam as mesmas construções presentes no texto não se

apresenta ao discente como uma estratégia positiva. A esse respeito, consideramos

significativo que primeiro os alunos reconheçam o contexto para que possam pensar e (re)

pensar sobre possíveis equívocos ou lacunas deixadas pelo texto e que precisam ser

preenchidas por eles. Concluímos que a leitura interligada com o lógico e compatível com o

público em questão, facilita o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das

competências e habilidades do aluno nas pratica efetiva do docente e na aprendizagem em

aulas de língua portuguesa.

PALAVRAS-CHAVE: Práticas docentes. Práticas de leitura. Ensino/aprendizagem. Aulas

de português.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

José Wanderley Alves de Sousa (UAL – CFP – UFCG/PIBID - CAPES) Josefa Maria de Sousa (EEEFM Mons. Constantino Vieira /PIBID - CAPES)

RESUMO: O subprojeto Casa de Vaga-Lumes vincula-se ao Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da UFCG, financiado pela Coordenação de

Aperfeiçoamento DE Pessoal de Nível Superior (CAPES). O objetivo maior desta proposta de

intervenção pedagógica é fomentar a iniciação à docência de estudantes do Curso de

Licenciatura Plena em Letras do Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade

Federal de Campina Grande (UFCG), para atuar, principalmente, na educação básica em

escolas públicas. A área contemplada pelo projeto é Língua Portuguesa e suas respectivas

literaturas. Os bolsistas atuam nas Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cristiano

Cartaxo e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Constantino

Vieira, da cidade de Cajazeiras – PB. O objetivo maior deste subprojeto é possibilitar a

professores e alunos de Língua Portuguesa de Ensino Médio das escolas conveniadas e a

alunos do Curso de Letras do CFP – UFCG, um trabalho dialógico que propicie o

desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais

diferentes gêneros textuais/discursivos. Visa, então, contribuir para a inserção dos alunos na

sociedade, como cidadãos conscientes, capazes, não só de analisar as várias situações de

convivência social como também se expressar criticamente em relação a elas. As atividades

desenvolvidas consistem num conjunto de ações voltadas, especialmente, para a superação de

problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração o

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB e o desempenho das escolas parceiras

e universidade, expressos através das avaliações da PROVA BRASIL, do Sistema de

Avaliação da Educação Básica - SAEB, do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM e do

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE.

PALAVRAS-CHAVE: Iniciação à Docência. Educação Básica. Língua Portuguesa.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

CONSIDERAÇÕES SOBRE QUESTÕES DE LEITURA NO LIVRO DIDÁTICO

“PORTUGUÊS: LINGUAGENS” DE CEREJA E MAGALHÃES

Jeane Vieira da Silva (UERN)

Prof. Me. Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador/UERN)

RESUMO: Neste trabalho expomos reflexões a que chegamos no curso do desenvolvimento

de nossa monografia, em que propomos a analisar questões de leitura presentes no livro

didático de 6º ano do ensino fundamental, “Português: Linguagens” de William Roberto

Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Conjugando perspectivas teóricas de Bakhtin ([1952-

1953]), Duarte (1995), Koch (2002), entre outros, examinamos as questões de leitura do

primeiro capítulo do livro didático. Nesse exame, passamos por questões como: (i) a relação

entre o autor-texto-leitor (conforme KOCH, 2002); a ativa posição responsiva (BAKHTIN,

[1952-1953]) do aluno frente às questões de leitura; as diferentes finalidades com que os

textos foram empregados nas questões de leitura, ou seja, observamos se estávamos diante de

uma “leitura do texto - pretexto” ou de uma “leitura - fruição do texto”, por exemplo. De

nossa análise, depreendemos que as questões de leitura do capítulo examinado passam por

vários aspectos da leitura: há desde questões, mais diretas, de “seleção de informação” a

questões que exigem do aluno inferências mais complexas como, por exemplo, o

relacionamento de sua vida a outras realidades. De todo modo, fica claro que mesmo nas

questões de “simples” seleção de informação, a posição ativa do aluno como respondente é

fundamental para que se estabeleça a leitura.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Livro Didático; Língua Portuguesa.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DE DISCURSO PARA UMA ABORDAGEM

DISCURSIVA DA LEITURA

Flágila Marinho da Silva Lima (UEFS)

Mayane Santos Amorim (UEFS)

RESUMO: Com este estudo, busca-se refletir sobre as contribuições da Análise de Discurso

(doravante AD) para o trabalho com a leitura na perspectiva discursiva. Assim sendo, o aporte teórico

utilizado é a Análise de Discurso de Linha Francesa, mas precisamente, de orientação pecheutiana. É

sabido que a AD procura romper com a ilusão do sentido único, tendo em vista que a opacidade é uma

característica constitutiva da língua e, portanto, sujeitos e sentidos são gerados no discurso. Destarte, a

literalidade do texto, o único sentido, o sentido pretendido, a transparência da língua é, na verdade, um

efeito ideológico. Outro ponto igualmente importante é o fato de a AD não conceber a língua apenas

como estrutura, mas esta é sempre e totalmente imbricada pelas relações históricas, sociais e,

sobretudo ideológicas. Assim, a língua é materializada em textos, que por sua vez materializam

discursos, e estes materializam ideologias. Portanto, a AD propõe problematizar a leitura buscando

não o sentido único e acabado, mas os sentidos possíveis atrelados ao texto em questão. Busca-se

compreender como esses sentidos são gerados e quais as relações históricas sociais e ideológicas que

perpassam o texto para a constituição desses discursos, sujeitos e sentidos. Para compor o corpus deste

trabalho foi selecionado o livro de Língua Portuguesa, 6º ano da coleção Diálogo, no qual foi

escolhida uma leitura da seção intitulada: dialogando com o texto, com isso pretende-se refletir sobre o

traquejo do livro com a leitura e de que forma a AD contribui para (re)significar tal labor. Com este

estudo foi possível perceber que o livro didático ainda permanece explorando a leitura apenas nos

níveis da inteligibilidade e, por vezes, sinaliza para a interpretação, sem um avanço para o nível da

compreensão. Há um silenciamento no sentido de não discutir como os discursos se apresentam no

texto e de que modo eles se relacionam com a história, com o social, com a ideologia e a memória

discursiva, uma vez que, esses elementos constituem e, portanto, significam a linguagem.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Discurso. Ideologia. Sentidos. Sujeito leitor

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

DIÁRIO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA EXPERIÊNCIA NO

ENSINO MÉDIO

Ângela Cláudia Resende do Nascimento (UFPE)

RESUMO:Este trabalho aborda a construção do sujeito escritor, experiência de escrita de

alunos do 1º ano do Ensino Médio na Escola Estadual 11 de agosto em Umarizal-RN, em

diários íntimos das aulas de Língua Portuguesa. Os diários foram escritos a partir das

experiências em sala de aula, e contam com a escrita de impressões sobre o conteúdo didático,

dúvidas surgidas sobre o conteúdo, bem como reflexões sobre a língua, a visão subjetiva de

cada aluno sobre o ensino e a forma como esses temas foram passados para eles. A proposta

de escrita do diário foi feita com o objetivo de influenciar gradativamente a escrita desses

alunos/sujeitos/escritores, cujos relatos giravam em torno de quase nenhuma experiência de

escrita em sala de aula,para a partir de então, observar as estratégias utilizadas por eles para

atenderem à proposta de escreverem o diário íntimo com fins reflexivos depois de dadas as

orientações para tal tarefa e investigar os efeitos e resultados obtidos nesta experiência ao

final do ano letivo na prática escrita desse aluno e sugerir mudanças ou adaptações

construtivas e enriquecedoras na prática de sua escrita. O referencial teórico para este trabalho

está apoiado no interacionismo sócio-discursivo (ISD) e nos conceitos de agência, gênero e

escrita de Bazerman (2011, 2011, 2007), Miller (2012), bem como no conceito de gêneros

discursivos de Bakhtin (1979). Foi constatado, numa análise preliminar dessa pesquisa, que os

alunos apresentaram reações diversas à proposta de se colocarem como escritores/narradores

de uma experiência. E à medida que as aulas aconteciam a escrita fluiu mais facilmente, de

forma que foi observado discursos de extensão maiores, aspectos como afetividade

demonstradas na escrita, mais reflexões e relatos que ao final da experiência rendeu um

trabalho proveitoso e de impacto na escrita marcado por traços de confidencialidade e

estratégias diversificadas para sua construção.

PALAVRAS-CHAVE: Diário. Língua Portuguesa. Ensino Médio. Interacionismo

sociodiscursivo.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE

UMA TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN

Joceilma Ferreira Dantas (UERN)

Lúcia Cristina Alves (UERN)

Micharlane de Oliveira Dutra (UERN)

Orientador: Prof. Me. Ananias Agostinho da Silva (UERN)

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo, através da observação em sala de aula,

compreender como ocorre o processo de ensino de gramática, considerando a importância de

se adotar uma perspectiva interativa no trabalho com gramática em sala de aula. Para isso,

realizamos observações de dez horas/aulas em uma turma de nono ano do ensino fundamental

de uma escola de rede estadual de Patu - RN. As observações foram realizadas no período

vespertino. Vale ressaltar que este artigo trata, apenas, de uma análise simplificada, visto que

a carga-horária de observação foi relativamente curta para se tecer comentários generalizados

e mais abrangentes. Considerando o exposto, buscamos desvendar a estrita relação entre as

normas gramaticais e o encadeamento das ideias na hora de aplicá-las em sala de aula, bem

como também o processo de interação. Cientes da relevância deste artigo, para melhor

desenvolver as interpretações aqui empreendidas, foram realizados estudos bibliográficos,

tendo como base os seguintes autores: Antunes (2007), Travalgia (2001) entre outros. Os

resultados apontam que, na turma pesquisada, a gramática tem sido vista como um problema

para o professor e para os alunos, pois discutir elementos linguísticos baseando-se apenas em

normatizações da língua padrão parece não ter muito sentido. Os alunos apresentam

necessidade de serem estimulados a refletirem sobre a gramática/língua que fazem uso e não

simplesmente sobre exemplos fabricados pelos livros didáticos ou por gramáticas escolares. A

língua a ser estudada em sala deve ser a língua dos alunos, aquelas que eles efetivamente

utilizam em situações diárias de comunicação.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Gramática. Interação.

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ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: EMBATE ENTRE TRADIÇÃO E

INOVAÇÃO NO PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR

Raniere Marques de Melo (UFCG/POSLE)

RESUMO: O presente artigo expõe a discussão sobre o ensino de língua materna no

Programa Ensino Médio Inovador, tendo em vista que esse Programa é uma estratégia do

Governo para uma redefinição curricular do ensino médio. Diante disso, este trabalho se

propõe a refletir sobre o processo de inovação no ensino de língua, com foco na descrição do

documento orientador e das concepções de inovação nele demarcadas. Por isso, esta é uma

pesquisa, inicialmente, bibliográfica, valendo-se de uma abordagem qualitativa, tendo sido

desenvolvida a partir da observação e análise do referido documento. Os apontamentos

teóricos utilizados, aqui, apresentam uma reflexão sobre as práticas sociais de leitura e de

escrita e sobre as perspectivas que o ProEMI tem dado a elas: Letramentos múltiplos

(STREET, 2007; ROJO, 2009; KLEIMAN, 1995) e multiletramentos. Na esteira desse

entendimento teórico, nosso objetivo é discutir quais as orientações do Documento Orientador

do Programa, no que se refere ao ensino de Língua Portuguesa e do macrocampo Leitura e

Letramento. Os resultados, ainda que incipientes, leva-nos a entender o Programa exercendo

um papel determinante na produção da inovação escolar, embora que, apresente, por vezes,

vestígios de um ensino tradicional. Por fim, consideramos que a inovação pode aparecer do

discurso do Governo, nos instrumentos utilizados para o trabalho docente e, por último, na

ação da escola. Salientamos que algumas melhorias devem ser feitas, por exemplo, quanto ao

trabalho de formação docente, para o desenvolvimento de uma prática de ensino inovadora.

PALAVRAS-CHAVE: Inovação curricular. Práticas inovadoras. Ensino de Língua.

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LEITURA E ENSINO: ABORDAGEM DOS IMPLÍCITOS LINGUÍSTICOS E

PRAGMÁTICOS

Maria Leuziedna Dantas (IFPB- Campus Sousa)

RESUMO: O objetivo deste trabalho é abordar os implícitos linguísticos e pragmáticos a

partir dos gêneros textuais manchetes de notícias e charges, com a finalidade de compreender

como são apresentadas as concepções e classificações dos implícitos linguísticos e

pragmáticos, tais como a pressuposição e o subentendido, tendo em vista as contribuições da

aplicação dessas teorias para o desenvolvimento do ensino produtivo da leitura, distanciado de

práticas decodificativas. Para tanto nos respaldamos principalmente, nas contribuições de

Ducrot (1987) e Moura (2007), como referencial teórico deste estudo de natureza

interpretativa dos dados referentes às expressões linguísticas ativadoras dos implícitos, tais

como: expressões definidas que servem para fazer a referência, como os nomes próprios, os

verbos de mudança de estado, verbos interativos, expressões temporais, prefixo re, conectores

circunstanciais e alguns advérbios, frente aos gêneros mencionados. Através das análises

verificamos que existem termos da língua que geram a pressuposição, já o subentendido não

está marcado na frase, ou seja, não é ativado por algum termo linguístico pertencente ao que

foi enunciado, sendo então, uma inferência ativada pragmaticamente. Portanto, observamos a

importância do reconhecimento dos implícitos no processo de leitura, pois a compreensão do

texto não é apenas orientada pelas pistas textuais explícitas, há marcas intencionais a serem

reveladas e que precisam ser distinguidas pelo leitor, como forma de atribuir sentidos que

reconstroem a enunciação.

PALAVRAS-CHAVE: leitura. Implícitos. Ensino.

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LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: O GÊNERO NOTÍCIA EM SALA DE AULA

Abraão Vitoriano de Sousa (UFCG - CFP)

RESUMO: A importância da leitura e escrita na escola consiste em um dos mais

significativos aprendizados cuja contribuição maior referenda o exercício do letramento e

cidadania. Neste sentido, pautando-nos nas dificuldades encontradas pelos alunos do ensino

médio da Escola Constantino Vieira (Cajazeiras – PB) acerca da interpretação e produção

textual, consideramos relevante enquanto bolsistas do PIBID(Programa Institucional de Bolsa

de Iniciação à Docência) trabalhar tal abordagem pontuando, sobretudo, o gênero textual nas

aulas de língua portuguesa. Objetivamos, pois, apresentar o gênero textual/jornalístico notícia,

buscando aperfeiçoar as competências de leitura e escrita dos alunos. Para tanto, utilizamos

como referências teóricas: Kleiman (2006); Orientações Curriculares para o Ensino Médio

(2008); Oliveira (2010), entre outros. No que concerne aos pressupostos metodológicos,

realizamos uma pesquisa bibliográfica e com base nesta elaboramos sequências didáticas para

abordar o tema em sala de aula. Com o auxílio do docente, monitoramos as atividades no

intuito de confeccionar como produto final: um mini-jornal. Nossa escolha pelo referido

gênero e perspectiva didáticajustificou-se, de fato, pela familiaridade e interesse dos

estudantes por essa estrutura, o que influenciou positivamente na produção e apresentação de

textos. Trabalhar com leitura e produção textual na escola, apesar de alguns entraves,

culminou em um repertório rico de vivências no que compete à nossa atuação como bolsistas

do PIBID e, posteriormente, futuros profissionais da educação.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Texto; Notícia.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS

Débora Katiene Praxedes Costa (UERN/PROFLETRAS)

Kelli Karina Fernandes Freire (UERN/PROFLETRAS)

RESUMO: Os estudos do letramento têm evidenciado novos caminhos para a formação

docente, influenciando de forma direta em sua prática. Seguindo por este percurso,

refletiremos sobre as possibilidades de práticas escolares que levem em conta o

desenvolvimento de habilidades e competências do aluno como ser individual e social.

Pretendemos, neste trabalho, refletir sobre a importância dos estudos de Letramento na

formação do professor de língua materna, além de contextualizar as práticas escolares como

práticas sociais, tendo em vista as implicações na prática de ensino e aprendizagem na sala de

aula. Para isso, escolhemos duas propostas de atividades de escrita e (re)escrita para

analisarmos à luz das teorias de Kleiman (2005, 2008), Silva (2009), Antunes (2003) e

Marcuschi (2003) e verificarmos se há uma consonância entre teoria e prática. Diante das

leituras e discussões sobre a atuação do professor, constatamos que os planos de ensino

analisados apresentam propostas com pontos condizentes com o que foi visto nos textos

estudados, uma vez que são desenvolvidas com base no uso concreto e social da língua e

envolvem práticas escolares adequadas às características do aprendiz e às situações de

interação entre os conhecimentos adquiridos por meio da leitura e da prática da escrita.

Assim, atestamos o papel do professor como agente do letramento e, dessa forma, como o

responsável por promover práticas que estimulem em seus alunos as capacidades para sua

inserção nas mais diversas situações em que se faça necessário o uso da escrita. Para isto, o

docente precisa ter os conhecimentos imprescindíveis para fundamentar suas ações e levar em

conta se estas terão função na vida dos seus alunos, se promoverão suas

capacidades/habilidades levando-os a participarem ativamente das mais diversas atividades

em seu meio social. Em suma, os estudos do letramento permitem ao docente um trabalho

efetivo no ensino aprendizagem. O letramento docente, assim, oportuniza ao professor ser um

agente social do conhecimento e não só um mero transmissor de saberes.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Formação do professor. Práticas escolares. Contexto

social.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

MATERIALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA REDAÇÃO DO

ENEM

Francisca Vilani de Souza (UERN)

RESUMO: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa,

conhecer a proposta de redação e aplicar conceitos de várias áreas de conhecimento.

Selecionar e interpretar informações, demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos

necessários para a construção da argumentação e, elaborar proposta de intervenção para o

problema abordado respeitando os direitos humanos são competências exigidas na redação do

ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Este estudo tem como objetivo conhecer como

são materializadas nas aulas de Língua Portuguesa tais competências. O corpus investigado

são escolas públicas do Ensino Médio na cidade de Mossoró. Buscou – se aprofundamento

teórico em Oliveira (2010), Mendonça (2006), Salvador (2012), Dionísio (2002), Marcuschi

(2008), Passarelli (2012) entre outros. A clareza e concisão com a qual o autor expõe seus

argumentos fundamentam sua produção. Bem como a escolha adequada do vocabulário e

dos argumentos. No entanto, a coerência não se encontra no texto nem no leitor, mas no

encontro entre os dois no ato da leitura. O domínio da escrita é fundamental, portanto as

pessoas precisam dominá-las. A ordem lexical, bem como a sintático-semântica são condições

concretas da situação de comunicação, uma vez que a escrita cumpre diferentes funções

comunicativas numa sociedade letrada. Logo, capacitar o aluno a produzir discursos ágeis se

faz necessário para sua intervenção na prática social significativa. A produção do texto

dissertativo – argumentativo é condição fundamental para desenvolver competências

exigidas na dinâmica do ENEM e de demais práticas sociais vivenciadas no âmbito da

formação social, cultural e política.

PALAVRAS – CHAVE: Redação do ENEM. Argumentação. Ensino Médio.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

O ENSINO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS EM DISCURSOS DE

PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS

Maria Eliete de Queiroz (UERN)

Crígina Cibelle Pereira (UERN)

RESUMO: Como parte do projeto institucional de pesquisa “O ensino e a produção de textos

acadêmico-científicos de professores e alunos dos Cursos de Letras e de Pedagogia”, o nosso

trabalho, para essa comunicação, investiga a prática de produção de texto no ensino superior

por meio de discursos recortados de depoimentos de professores do Curso de Letras. Como

aporte teórico, o trabalho adota a concepção sociointeracionista da linguagem, advinda dos

estudos de Bakhtin (2003) e as reflexões acerca do ensino de língua materna e de estudos

sobre conteúdos e metodologias necessários à formação do professor de Língua Portuguesa

(ANTUNES, 2003; GERALDI, 2004; BARZOTTO, 2008a, 2008b; BUZEN et all, 2006),

entre outros. Esta pesquisa assume um caráter descritivo e interpretativo, de base qualitativa.

O universo de estudo é constituído por professores do Curso de Letras do CAMEAM/UERN.

Para a coleta dos dados, aplicamos a técnica do depoimento, por meio da qual organizamos os

discursos sobre o ensino da produção de texto que constituem nosso objeto de investigação,

buscando compreendê-los como prática social e institucional. Nesses termos, observamos que

o ensino do texto acadêmico-científico na universidade, atende às especificidades dos gêneros

a serem ensinados e produzidos, por exemplo, relatórios e monografias, considera a escrita

como processo e a especificidade inerente a cada disciplina, possibilitando situações de

interação comunicativa.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Produção de texto. Discursos de professores.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

O TRABALHO DO PROFESSOR COM OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA

ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Maíra Cordeiro dos Santos (IFRN)1

Lília dos Anjos Afonso (UFPB)2

RESUMO: O advento da tecnologia no mundo moderno modificou os parâmetros de vida e

de comunicação sociais e, com isso, passaram a ser notórias e necessárias as contribuições do

uso de materiais digitais na educação. Entretanto, apesar da crescente demanda pelos recursos,

ainda não existem materiais didáticos nem recursos físicos suficientes para atender a esse

novo cenário, sobretudo na área de língua portuguesa e produção de textos. Esses

instrumentos permitem a efetividade de um ensino que se institua não somente pelo manejo

do aparato tecnológico, mas, além disso, pelo estímulo ao desenvolvimento de capacidades

técnicas, conceituais e humanas. Nesse sentido, a utilização de Objetos de Aprendizagem

(OA) mostra-se importante para auxiliar a formação dos alunos e professores no processo de

ensino-aprendizagem de conteúdos escolares, adaptando-se aos modelos sociais modernos.

Nesse panorama, utiliza-se a concepção teórico-metodológica do Interacionismo

Sociodiscursivo (ISD), ao considerar os contextos sociossubjetivo, físico e sociopsicológico

que envolvem o processo de produção textual, capacitando os alunos e adotar e adaptar os

gêneros de textos às mais diversas situações de comunicação da sociedade. A partir da

pesquisa bibliográfica e da observação sistemática, e tomando por base as concepções de

Bronckart (1999; 2006; 2008), Barbosa (2008), Leffa (2006), Silveira (2008) Spinelli (2007),

dentre outros, este artigo tem como objetivo identificar os desafios e as possibilidades de

utilização de OA na escola por professores de língua materna, levando em consideração as

dificuldades com relação aos recursos físicos disponíveis no espaço escolar (computadores,

tablets, internet), à falta de formação do professor para trabalhar com tecnologias da

informação, poucos OA disponíveis nos repositórios, etc. A partir da análise, pode-se

ponderar que o trabalho com o OA no processo de ensino-aprendizagem de língua materna

proporcionará ao aluno o desenvolvimento das capacidades linguísticas de leitura e produção

de texto, de forma lúdica, dinâmica e interativa, entendendo o texto como resultado das

condições sócio-históricas da sociedade em que se vive e como um produto construído através

de um processo de aperfeiçoamento progressivo do texto.

1 Tutora a Distância – UFPB Virtual. Mestre em Linguística – UFPB e Pós graduanda em Literatura e

Ensino pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN.

[email protected] 2 Tutora a Distância – UFPB Virtual. Especializada em Educação a Distância – SENAC/PB e em

Ciências da Linguagem - UFPB. Pós graduanda em Literatura e Ensino pelo Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN. [email protected]

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PALAVRAS-CHAVE: Trabalho do professor. Tecnologia. Objetos de aprendizagem. Língua

Portuguesa. GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

O USO DE SOFTWARE LIVRE EM SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA COM O

GCOMPRIS

Alysson Max Olinto Torres Veríssimo (UFERSA)

Fernanda de Moura Ferreira (UFRN/PPgEL)

Orientador: Sebastião Emídio Alves Filho (UERN)

RESUMO: O uso de softwares educacionais tem mostrado grandes benefícios como

ferramenta de apoio no processo de ensino-aprendizagem por ser uma atividade lúdica e

prazerosa, onde o aluno aprende brincando. No entanto, ainda há desconhecimento por parte

dos docentes dos softwares disponíveis no mercado, em especial os de licença livre. Desta

forma, este artigo tem por objetivo trazer os resultados de um experimento feito com crianças

do ensino fundamental de um escola da cidade do Natal-RN com o uso da Suíte Educacional

GCompris. Dentre os jogos disponíveis no aplicativo, utilizou-se “A letra desaparecida”, a

qual pretende auxiliar o aluno a construir seu conhecimento sobre ortografia, aprimorando

competências tais como a escrita e a leitura. Utilizou-se como aporte teórico principal para

esta pesquisa Valente (1999) o qual se dedica ao estudo da informática aplicada à educação;

também Albernaz (2009) que trata da mesma temática sob a forma de relato de experiência.

Análises foram realizadas e demonstram a contribuição desta pesquisa com relação à inclusão

digital, ao letramento e ao desenvolvimento do raciocínio lógico através do uso software livre.

A metodologia utilizada foi quantitativa, ao passo que trabalha com dados de ordem

numérica, e qualitativa, por lidar com a interpretação dos dados gerados. A análise dos dados

permitiu avaliar de forma positiva o potencial do jogo computacional no processo de

aquisição da escrita dos discentes.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Jogos educacionais, Escrita.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

OS USOS DO ANTES EM GÊNEROS ACADÊMICOS

Carla Daniele Saraiva Bertuleza (PPGL/UERN)

João Bosco Figueiredo-Gomes (PPGL/UERN)

Geralmente, as gramáticas tradicionais e/ou livros didáticos caracterizam os advérbios com

base apenas em critérios morfológicos, sintáticos e semânticos. Além disso, algumas

gramáticas, no capítulo dos advérbios, referem-se a palavras de difícil classificação, como

alguns usos do antes, chamando-as de palavras denotativas, por exemplo. Essa constatação

mostra que se trata ainda de uma classe pouco explorada diante da sua complexidade no

âmbito funcional e cognitivo, pois é uma classe heterogênea que não se prende somente a um

núcleo, mas também ao conteúdo semântico-discursivo da oração. Desse modo, este trabalho

busca mostrar que o antes assume novos usos, diferentes do uso prototípico como advérbio

nos gêneros acadêmicos. Para dar conta desse objetivo, ancoramo-nos na Linguística

Funcional Centrada no Uso – LFCU (cf. MARTELOTTA, 2011), principalmente em

estudiosos como Givón, Hopper, Traugott, Bybee, Heine, entre outros e, sobretudo, no

paradigma da gramaticalização. Observa, a partir de dados sincrônicos, indícios da trajetória

de mudança, se comparados à etimologia, ao uso prototípico e à caracterização tradicional,

identificando os processos pelos quais esse item passa para ter novos usos. Selecionamos os

gêneros acadêmicos: dissertação de mestrado e a tese de doutorado, de onde foram levantadas

amostras em que havia o uso do antes, cuja análise se centrou em duas dimensões: a dimensão

formal (morfossintática) e a dimensão significativa (semântica, pragmática e discursiva). Os

resultados empíricos mostram que o item antes assume as seguintes funções nos gêneros

acadêmicos: antes espacial, antes temporal, conector de tempo, divisor de época, contrastivo,

marcador discursivo e introdutor de tópico, usos que vão além da sua função de advérbio,

passando por um processo de mudança, por meio da trajetória metafórica ESPAÇO > TEMPO

> TEXTO.

PALAVRAS-CHAVE: Linguística Funcional. Gramaticalização. Gêneros Acadêmicos.

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REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS

TEXTUAIS NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO

PIBID - LETRAS – CFP – UFCG

Anaildes Germano Soares (EEEFM Cristiano Cartaxo/PIBID –CFP - UFCG/CAPES)

José Wanderley Alves de Sousa (PIBID – Letras – UAL - CFP - UFCG/CAPES)

RESUMO: O aluno do ensino médio está em um processo de transição e formação de

opiniões que lhe serão importantes, à leitura, compreensão, interpretação e,

consequentemente, à produção textual no ensino médio, favorecendo com que o texto precise

ser encarado como de relevância fundamental. Boa parte dos alunos que chegam ao ensino

médio, apresenta dificuldades relevantes na leitura e escrita de textos, bem como, na

compreensão dos mesmos, sobretudo quando se propõem a defender um ponto de vista com

argumentos fundamentados em um conhecimento prévio sobre determinado assunto. Essa

problemática construiu-se ao longo de muito tempo pelo fato de nossos alunos não serem

habituados à leitura e a produção de gêneros/tipos textuais diversos. Em resposta a um

trabalho de ensino-aprendizagem da leitura e produção textual, o aluno precisa ser

conscientizado que esse trabalho exige apresentação e conhecimento de uma estrutura

conveniente, bem como recursos específicos para a sua construção. O discente deve ser

preparado para conhecimentos quanto à tipologia textual, bem como ideias, habilidades com a

ortografia, organização estrutural frasal e oracional, dentre outros fatores de textualidade.

Neste sentido, o presente projeto objetiva, em linhas gerais, apresentar resultados até agora

desenvolvidos pelo Programa Institucional de Iniciação à Docência, vinculado à CAPES, de

forma mais específica pelo Subprojeto de Letras – Língua Portuguesa do Centro de Formação

de Professores da Universidade Federal de Campina Grande. Visa, sobretudo, apresentar

produtos oriundos de propostas de redimensionamento das práticas de leitura e produção de

gêneros e tipos textuais na sala de aula da Educação Básica, mais especificamente na EEEFM

Cristiano Cartaxo, da cidade de São José da Lagoa Tapada – PB.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Língua Portuguesa. Gêneros Textuais. Iniciação à

Docência.

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REFLEXÕES SOBRE O SILENCIAMENTO NAS AULAS DE LEITURA

Josimar Soares da Silva (UEPB)3

RESUMO: Ao falarmos em leitura, nos veem a mente aquela atividade desenvolvida por

aqueles que desfrutam de prazer, em que o leitor indaga, reflete e (re) constrói suas hipóteses

a serem acordadas ou refutadas. Nas salas de aulas de língua portuguesa nas aulas de leitura e

produção textual no Ensino Fundamental II (7º Ano), isso não se efetiva e a cada dia os

alunos se distanciam da leitura. Um dos aspectos a ser comumente observado é o – silêncio -

se faz presente em distintos momentos interacionais no ensino da leitura. De acordo com

minha experiência docente, o silêncio toma conta da sala quando perguntamos algo sobre o

que leram e a mensagem do texto na maioria das vezes não é compreendida e os alunos

acusam isso através do silêncio em sala de aula. Inserido nos estudos da interação, nosso

trabalho se fundamenta nas teorias da Análise da Conversação de (KERBRAT-

ORECCHIONI, 2006); (MARCUSCHI, 1991); a Pragmática de (ARMENGAUD, 2007); a

Interação existente entre os elementos verbais e não verbais de (ACIOLI, 2007); a Interação

(KOCH, 2006); (LENVINSON 2007), dentre outros. É objetivo deste trabalho, portanto,

discutir como se configura a interação professor-aluno na aula de língua portuguesa e como o

silêncio repercute na construção de sentidos em sala de aula. Logo, nossa reflexão inicial, nos

mostra que estudos anteriores envolvendo elementos verbais e não verbais e no presente

artigo, os elementos não verbais servem como pistas para contextualização para

compreendermos os objetivos pedagógicos e comunicativos do professor, e das atitudes de

aprendizagem dos alunos. Neste sentido, podemos inferir que o processo de aprendizagem da

leitura configura-se como resultados das ações verbais e não verbais do professor e alunos, e

que envolve a interpretação do silêncio em diferentes momentos em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Interação. Pistas de contextualização. Línguagem verbal e não

verbal.

3Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores pela Universidade Estadual da Paraíba.

([email protected])

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

RETEXTUALIZAÇÃO: UMA FERRAMENTA NO PROCESSO

ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

Catarina Ferreira Alves (UERN)4

Sheila Maria Candida dos Santos (UERN)5

RESUMO: Os gêneros textuais são uma ferramenta importante para nossa comunicação. Eles

fazem parte da nossa vida e os utilizamos para interagir com as pessoas que estão ao nosso

redor. No nosso trabalho abordaremos sobre uma das maneiras efetivas de trabalhar os

diversos gêneros textuais, seja na modalidade escrita ou oral. Visando contribuir com o ensino

de língua portuguesa (LP) nossa pesquisa aborda a retextualização como ferramenta para o

ensino da mesma. Para o desenvolvimento fizemos uma pesquisa bibliográfica sobre o que

seria retextualização e o que os autores que trabalham com essa temática falam sobre o tema.

Inicialmente apresentamos um seminário e só depois materializamos neste artigo. Para

subsidiar nossa pesquisa nos norteamos em autores como: Dell’Isola (2007), Marcuschi

(2001), Antunes (2009), Bakhtin (2000), dentre outros que abordam a questão dos gêneros

textuais relacionados com o ensino de língua. Primeiramente discutiremos sobre o que é

retextualização, abordando a retextualização de gêneros orais e escritos e em seguida

abordaremos as contribuições dessa atividade para o ensino de português. Esperamos que

nossa pesquisa seja um subsidio para educadores, bem como, ponto de partida para discussões

futuras, que venham, sobretudo, valorizar e enriquecer o ensino de língua portuguesa e o

aprendizado dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Gêneros textuais. Ensino de português.

4 Aluna do curso de Pós-graduação em Leitura e Produção de texto da Faculdade de Letras e Artes-FALA da

Universidade do Estado do Rido Grande do Norte-UERN; Mossoró-RN; Brasil; 59600-000; e-mail:

[email protected]. 5 Aluna do curso de Pós-graduação em Leitura e Produção de texto da Faculdade de Letras e Artes-FALA da

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN; Mossoró-RN; Brasil; 59600-000; e-mail:

[email protected].

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

TRABALHANDO OS GÊNEROS ORAIS EM LÍNGUA PORTUGUESA: O RPG

COMO FERRAMENTA DE ENSINO

Adalberto Barbosa Junior (UERN)

Ana Rafaella Alves Pereira (UERN)

RESUMO: O ensino de língua portuguesa tem dado pouco espaço para a explanação dos

gêneros orais em sala de aula. O livro didático costuma privilegiar mais a escrita do que a

fala, deixando professores sem um rumo a seguir de como trabalhar os gêneros orais como o

debate regrado, o discurso em público, e apresentações de seminários etc. Respaldados em

estudiosos que trataram sobre o gênero oral para uso em sala de aula como Marcushi (2003),

Gomes (2007), Pontes e Costa (2008) e Schneuwly e Dolz (2004), procuramos apresentar o

jogo de RPG como ferramenta de ensino, principalmente no que diz respeito ao ensino dos

gêneros orais. O RPG tem sido utilizado já por outras disciplinas e tem apresentado resultados

satisfatórios. Amparado nos estudos de Higuchi (2004), Schimit (2008), Andrade (2011) e

Vasques (2008); procuramos traçar as origens desse jogo, sua estrutura, funcionamento e as

contribuições que tem oferecido como ferramenta tanto para apreensão do conteúdo como

desenvolvimento da prática dos gêneros orais.

PALAVRAS-CHAVE: Escrita. Fala. Gêneros orais. Jogo. RPG.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

UM ESTUDO CONCISO ACERCA DA IDEOLOGIA LINGUÍSTICA PRESENTE NA

ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS

Emmanuella Farias de Almeida Barros (UFPE)

RESUMO: A alfabetização é um tema que sempre vem sendo discutido por diversas áreas do

conhecimento pela sua importância e pela necessidade de melhoras sinalizadas com as

pesquisas divulgadas. Sendo assim, esse trabalho é um ensaio realizado com a tentativa de

esclarecer algumas questões pertinentes e divulgar informações ainda pouco comentadas

nesse estudo.Partindo desse princípio, foi desenvolvido esse trabalho sobre a alfabetização na

perspectiva da ideologia linguística, elucidando conceitos e relacionando teorias que

procurem explicar como a alfabetização pode ser utilizada como um divisor social. Os

objetivos são reflexivos e estão pautados na análise social das práticas de leitura e escrita

desenvolvidas em sala de aula, em relação ao uso do código situado em dado contexto. Para a

realização desse trabalho a base teórica utilizada contempla o pensamento de Bernstein

(1996), Duranti (2004), Soares (2008) e Fairclough (1941). A partir do levantamento teórico e

das análises sociais no ato de ler e de escrever foi percebido que o signo linguístico, então, por

não representar uma neutralidade e estar relacionado ao processo de alfabetização evidencia

duas perspectivas imbricadas naturalmente pelo uso da linguagem e os processos de

socialização enraizados na sua natureza: Alfabetização e Ideologia Linguística. É claro que a

tarefa de alfabetizar não significa, necessariamente, que há uma ideologia linguística, mas

percebe-se nesse trabalho que há certa interdependência, de maneira que o trabalho docente é

fundamental nesse processo e as divisões são apresentadas e/ou introduzidas nessas práticas

de ensino.

PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Ideologia Linguística. Prática de Ensino.

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GT 10 - ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

USOS DO SER NA HISTÓRIA DO MUI NOBRE VESPARINO, IMPERADOR DE

ROMA, PORTUGUÊS MÉDIO

Anikele Frutuoso (PIBIC-CNPq - UERN)

João Bosco Figueiredo Gomes (UERN)

RESUMO: A gramática tradicional classifica o verbo ser ou, como verbo existencial, por

conseguinte, intransitivo; ou como verbo auxiliar, em locuções verbais; ou como “verbo de

ligação”, “cópula”, “relacional”, “de estado”, aquele sem significação, que expressa tão

somente as categorias tempo, modo e, para alguns, aspecto, portanto carente de transitividade

e que tem a função de ligar e relacionar dois elementos: sujeito e predicado. Com base nisto,

com o interesse pela gramaticalização do item lexical ser, esse trabalho tem como objetivo

verificar os diferentes usos e funções do SER em uso no português médio garimpados do

gênero textual GON, História do mui nobre vesparino, imperador de Roma. No paradigma

funcionalista em que se abriga o estudo da gramaticalização, esta pesquisa analisa

sincronicamente os dados amostrais do Corpus Diacrônico do Português – CODIPO. Por

razões metodológicas, esta pesquisa foi dividida em dois momentos: no 1º momento,

refinamos e validamos do CODIPO, no 2º momento, fizemos o levantamento e análise de

dados amostrais das orações com ser. Os dados levantados foram submetidos ao programa

Statistical Package for the Social Sciences (NIE et al. 1[1968]2007), para o cálculo da

frequência de cada variável, cruzamentos de dados e tratamento estatístico e, com base nesse

resultado quantitativo, abalizaremos a análise qualitativa visando explicar o fenômeno de

gramaticalização e mudança dos usos do ser. As análises comprovam que o SER já assumia

outras funções diferentes do da gramática tradicional, os de SER caracterizador, SER

identificador, Ser pertencer, SER sentido de situa-se, SER intensificador,SER sentido de ficar.

PALAVRAS-CHAVE: Gramaticalização. Usos do SER. Português médio. Gênero GON.

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO HOMOAFETIVO NA ORDEM DO DISCURSO

PUBLICITÁRIO

JJ Domingos (UFPB)

RESUMO: Questão fulcral no campo dos estudos da Linguagem e do Discurso na atualidade,

o lugar do sujeito na mídia instiga-nos a problematizar, neste trabalho, as estratégias e as

condições de possibilidade por que passa o sujeito gay a fim de constituir-se enquanto

experiência histórica do presente. Este nosso propósito é conduzido pelo pensamento de

Michel Foucault (1926-1984) acerca do que deve ser o sujeito, que posição ele deve ocupar no

real ou no imaginário para se tornar sujeito legítimo deste ou daquele conhecimento. Em

paralelo com as contribuições do pensamento foucaultiano, buscaremos no interior do

arcabouço teórico da Análise do Discurso Francesa, elementos que nos possibilitem pensar o

sujeito homoafetivo a partir de uma relação determinada com o discurso sobre a verdade.

Nesse sentido, nossa discussão mover-se-á por alguns conceitos desse campo de saber:

sujeito, discurso, enunciado, séries enunciativas. Ainda no terreno da AD, e apoiados em seu

princípio basilar no qual o discurso se constitui no momento em que linguagem e história se

alcançam no interior das relações sociais, trataremos discursivamente nosso objeto na

perspectiva da Semiologia Histórica, proposta e desenvolvida por J.J.Courtine (2006). Essa

abordagem analítica do discurso tem seu lastro no conjunto das formulações por que passou o

projeto teórico da Análise do Discurso empreendido por Michel Pêcheux (1969-1983).

Seguindo a linha do raciocínio de Foucault mencionada anteriormente, que se encaminha no

sentido de questionar como seres humanos tornam-se sujeitos, nosso trabalho analítico

desenvolver-se-á com base em peças publicitárias dirigidas ao público gay ou que a este faz

referência. Ao passo que descrevemos os enunciados das propagandas, interrogamos a mídia

enquanto um dispositivo de saber/poder sobre a sexualidade e, do mesmo modo, um lugar de

reverberações discursivas sobre o sujeito na relação com a homoafetividade.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sujeito homoafetivo. Verdade.

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA EM CANÇÕES DE LUIZ

GONZAGA

Francisca Joilsa da Silva (UERN)

RESUMO: Nosso trabalho tem por finalidade estudar como se constrói a identidade feminina

em canções de Luiz Gonzaga, identificando como a mulher é vista nessas letras, de maneira

que são composições de épocas diferentes, que se modificam de acordo com o contexto em

que se insere. Por não ser um tema novo e ter poucos estudos realizados nessa linha de

pesquisa, procuramos um melhor aprofundamento nos estudos, assim obter melhores

respostas para a nossa pesquisa. A metodologia utilizada nesse estudo se dá com o método

dedutivo, pois a pesquisa vai abranger a identidade em um aspecto amplo, para assim chegar

mais especificamente na identidade feminina figurada nas canções de Luiz Gonzaga.

Contamos com as teorias de Silva (2003), Lucena (2003), Tomaz Tadeu da Silva (2009),

Muraro e Boff (2010), Stuart Hall (2011), Marcelo e Rodrigues (2012), dentre outros teóricos.

A pesquisa, caracteriza-se como histórico, comparativo e descritivo, tem caráter qualitativo,

enfocando análises da identidade feminina nas canções do Rei do Baião. O nosso estudo

constitui-se em descrever a mulher em épocas abordadas nas canções, no qual realizaremos

uma amostragem probabilista. Nesse sentido buscaremos analisar como se dar a construção da

identidade feminina em canções de Luiz Gonzaga, e refletir como a mulher, e em especial a

mulher nordestina é exposta nessas canções nas décadas 50, 53 e 77, escritas e cantadas pelo o

Rei e seus vários parceiros, nos ritmos nordestinos que encantaram todo o Brasil. Ritmo que

cresceu e obteve muitas ramificações ao longo do tempo, e que hoje o forró é um gênero

musical que representa a musica popular do Nordeste, e as mulheres continuam sendo

símbolo de expiração para as composições de muitos estilos de forró existentes.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Feminino. Canção. Luiz Gonzaga.

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE DE LEITORES NA REDE SOCIAL SKOOB

Midiã Ellen White de Aquino (PPgEL/UFRN)

RESUMO: Esta proposta de trabalho tem como objetivo analisar resenhas publicadas na rede

social Skoob (específica sobre livros, leituras e discussões entre leitores) visando à recepção

da obra Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice Lispector, com o intuito de

refletir sobre a constituição da subjetividade do sujeito leitor nesse ambiente virtual. A

abordagem é feita a partir de algumas características pertinentes a subjetividade necessária e a

subjetividade acidental, categorias que estão inseridas nos estudos de Vincent Jouve (2013).

Partindo do pressuposto de que toda leitura é carregada de subjetividade, ao leitor é dada a

liberdade de construir os sentidos do texto com base no seu conhecimento de mundo. Assim,

cada indivíduo delineia um pouco de si no momento da leitura, em um jogo de interação com

a obra possibilitando um retorno ao seu interior e, consequentemente, uma descoberta de si

mesmo por meio do objeto literário. Deste modo, tal análise coloca em primeiro plano as

reações e inferências interpretativas dos leitores e suas implicações pessoais sobre o romance

clariceano.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Leitor. Leitura Subjetiva. Skoob.

Page 215: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A “DEFORMAÇÃO” DO OLHAR EM CLARICE LISPECTOR: UMA LEITURA

DOS CONTOS “EVOLUÇÃO DE UMA MIOPIA” E “O CRIME DO PROFESSOR DE

MATEMÁTICA”

Ana Cristina Lima Santos (UERN)

Antonia Marly Moura Silva (UERN)

RESUMO: Os contos “O crime do professor de matemática” e “Evolução de uma miopia”

foram publicados originalmente nas coletâneas Laços de família (1960) e A legião estrangeira

(1964), respectivamente. Nas referidas obras, bem como nas demais que compõem a poética

da autora Clarice Lispector é recorrente a incansável busca pela autodescoberta que se torna

perceptível através de uma exploração fenomenológica do olhar. Nesse sentido, os escritos

lispectorianos procuram, pois, desbravar os recônditos da alma humana trilhando pelos

caminhos da subjetividade de um olhar que as personagens projetam para o seu interior

impulsionadas por estímulos externos. Este olhar penetra de modo atento e paciente os seres

fictícios Claricianos com a finalidade descortinar a consciência de si e dos outros que

coexistem em si, ou mesmo do universo que os engloba, ultrapassando as fronteiras da visão

tradicional, cartesiana. A atividade visual e especificamente sua face “deformada”, eixo

temático que une os contos selecionados, constitui o objeto de análise deste trabalho que

objetiva compreender a representação da limitação visual metaforizada como instrumento

capaz de voltar o olhar dos protagonistas para dentro de si revelando o caráter fragmentário,

inconcluso da constituição do sujeito. Para fundamentar esta discussão optou-se por recorrer

às formulações feitas por Bosi (1988) e Ginzburg (2003/2004) a cerca da temática eleita. Ao

término do trabalho espera-se entender o que os personagens em análise podem ver sobre si,

sobre o mundo, sobre os outros que constituem seus avessos, considerada a miopia que lhes

caracteriza e a partir da qual se desvela a compreensão vivenciada por ambos de que as

profundezas do ser são incompreensíveis.

PALAVRAS-CHAVE: Conto. Clarice. Autodescoberta. Olhar. Deformação

Page 216: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A IDENTIDADE PESSOAL NO GÊNERO DEPOIMENTO: UM EXERCÍCIO

ANALÍTICO SOB A ORIENTAÇÃO DA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA E

COMUNICACIONAL DO DISCURSO

João Batista da Costa Júnior (UFRN)

RESUMO: Percebe-se que, na modernidade tardia, as instituições privadas de ensino têm

estreitado cada vez mais seu vínculo com os segmentos empresarias. Gerenciados por uma

ótica economicista, os setores privados da educação enfatizam em seus discursos a

necessidade de o aluno contratar crédito estudantil como condição para sua formação

acadêmica e profissional, mercantilizando, assim, a educação como bem de consumo. Sob

essa perspectiva, esta pesquisa objetiva contribuir para uma visão crítica e reflexiva a respeito

dos discursos e do processo da construção identitária pessoal diante da relação entre educação

superior privada e mercado como fios que se entrecruzam na modernidade tardia. Como

questão norteadora, partimos da indagação: Que representações alunos de instituições

privadas de ensino superior fazem a respeito de sua própria identidade pessoal quando falam

sobre a aquisição do crédito estudantil PRAVALER? A pesquisa está inscrita na Abordagem

Sociológica e Comunicacional do Discurso – ASCD, (PEDROSA, 2011, 2012) e no quadro

teórico da Análise Crítica do Discurso – ACD, (FAIRCLOUGH, 2006, 2008;

CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999), dialogando com os estudos sociológicos de

BAJOIT (2008). O trabalho se constituiu metodologicamente numa abordagem de natureza

qualitativo-interpretativista (CHIZZOTTI, 1991; BOGDAN e BIKLEN, 1994; MINAYO,

1994), assentando-se nos pressupostos da Linguística Aplicada contemporânea (SIGNORINI,

1998; MOITA-LOPES, 2006; MENEZES, SILVA, GOMES, 2009). O corpus analisado

concentrou-se numa compilação de 04 depoimentos coletados diretamente do site da Agência

PRAVALER. As categorias analíticas que elegemos para conduzir a análise dos dados

ancoraram-se na perspectiva teórica da Linguística Sistêmico-Funcional, especificamente no

Sistema de Avaliatividade (MARTIN E WHITE, 2005) e no Sistema de Transitividade

(CUNHA & SOUZA, 2011). Os dados analisados evidenciam que a construção da identidade

pessoal dos alunos que contratam o crédito estudantil concorre para uma consonância

existencial, no intuito de alcançar sua realização pessoal e reconhecimento social.

PALAVRAS-CHAVE: Abordagem Sociológica e Comunicacional do Discurso.

Depoimento. Crédito estudantil. Identidade pessoal.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A IMAGINAÇÃO POÉTICA DO SERTANEJO EM CATULLO DA PAIXÃO

CEARENSE

Marcelo Silva de Andrade (UERN)

Karlla Christine Araújo Souza (UERN)

RESUMO: Considerado um dos maiores poetas brasileiro do início do século XX, Catullo da

Paixão Cearense (1963-1946) fez do sertão e do sertanejo tema recorrente em seus poemas.

Abordando as práticas, os saberes e o cotidiano do sertanejo. O presente artigo tem por

objetivo analisar o sertão e o sertanejo na poesia de Catullo da paixão Cearense (1963-1946).

Investiga, especificamente, as imagens poéticas que o sertanejo, da obra de Catullo, constroi

do sertão, fazendo valer, assim, o devaneio e a imaginação poética. Imaginação que o permite

pensar e viver o sertão como um lugar belo, grandioso e inigualável. Para tal pesquisa me

aproprio, principalmente, do pensamento de Gaston Bachelard acerca da imaginação e do

devaneio poético. O denominado Bachelard noturno, amante da poesia e da arte, inovador da

noção de imaginação. Em que apresenta o devaneio poético, semente da imaginação poética,

como algo em que todos os sentidos se despertam e se harmonizam, caracterizando-se como

possibilidades de existência. Esta pesquisa pode ser compreendida como um estudo sobre o

imaginário. Desse modo, farei uso do pensamento de Gilbert Durand (1997), para quem o

imaginário é o conjunto das imagens e das relações entre imagens que constituem o

pensamento humano. Ainda segundo o autor, o imaginário não está fora do real, pois seu

substrato é a realidade. E tendo convicção de que a questão central dessa pesquisa é o sujeito,

o pensamento complexo de Morin contribuirá sobremaneira para uma compreensão mais

ampla do sujeito do sertão, tendo em vista que leva em consideração todas as dimensões:

antropológica, sociológica, histórica, psicológica, biológica etc. Em que natureza e cultura são

indissociáveis. Enfim, penso, com Morin (2003), que tomar a poesia como um material de

estudo é ter a possibilidade de compreender a dimensão poética da existência humana.

PALAVRAS-CHAVE: Sertão. Sertanejo. Poesia. Imaginação.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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A INFÂNCIA MODERNA: REFLEXÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO

PERMEADA PELA PUBLICIDADE

Maria Soberana de Paiva (UERN)

Karlla Christine Araújo Souza (UERN)

RESUMO: A infância constitui uma forma particular de pensar a criança contemporânea,

revelando-se uma fase essencial na formação do sujeito em sociedade. Nela a criança

desenvolve as competências cognitivas e afetivas essenciais para agir e perceber o mundo

social em que se encontra inserida desde seu nascimento, permeada ao mesmo tempo pelas

principais instituições de socialização e instrução social, a família e a escola, bem como as

mídias, em especial a televisão, que atualmente consolidou-se como um dos principais

mecanismos de transmissão e manutenção de normas e valores sociais. Consideramos que a

atuação da mídia como instância socializadora e atuante revela mudanças históricas e sociais

nos espaços de formação e socialização em sociedade, colaborando assim para a constituição

de um novo sujeito social. Desse modo, o presente estudo buscou refletir sobre a constituição

da criança em um ser social, observando a presença da publicidade televisiva nesse processo,

que através de um discurso persuasivo e sedutor passou a atuar sobre a formação da

subjetividade e da individualidade infantil, na medida em que concretizou-se como modelo de

referência para comportamentos e ações em sociedade. Esperamos contribuir assim para a

construção de um novo olhar sobre a constituição da criança em sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Publicidade infantil. Televisão. Infância.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

A TESSITURA DO CUIDADO EM SAÚDE E A CIÊNCIA

Lorrainy da Cruz Solano (Faculdade Vale do Jaguaribe)

Ailton Siqueira de Sousa Fonseca (UERN)

RESUMO: O tema cuidado em saúde tem transitado em todos os espaços do trabalho em

saúde emergindo como uma senha para a discussão acerca dos processos de trabalho no

cenário brasileiro. Este texto objetiva discutir a importância do cuidado científico para a

construção do cuidado em saúde e as implicações desses modos de cuidado frente às

demandas do sistema único de saúde. Destaca-se o modo como estamos acumulando

conhecimentos por vezes reducionistas, fragmentados, descontextualizados, voltados para

demandas externas (como o mercado de trabalho) em detrimento as necessidades sociais por

saúde. Vale salientar que o cuidado científico a que este texto refere-se não é exclusivo da

vida acadêmica, ao contrário atravessa todo o processo de trabalho do em saúde desde o

assistir/intervir, passando pelo gerenciar/administrar, ensinar/aprender e por fim o

pesquisar/investigar. É preciso pensar quepor ecoar nos espaços sejam da formação, gestão ou

assistência os preceitos da ciência moderna de rigor científico é que escorrem entre as frestas

do processo de produção de sentidos nos atos de cuidar o encantamento da ciência. Sendo

assim, pensar que o cuidado científico é um dos fios que compõe a trama do cuidado em

saúde e por isso integra uma tapeçaria com fios polifônicos e polissêmicos como humanidade,

vida, poesia, mundo, terra e que por isso o cuidado em saúde que está presente nos

imaginários e nas práticas individuais e coletivas dos sujeitos envolvidos passa

necessariamente pelo os modos de ser que temos frente às ciências. Precisamos pensar em

outros caminhos em que novos pactos de solidariedade, humanidade e ética possam existir e

assim os sujeitos envolvidos no processo de produção dos serviços de saúde possam

estabelecer novos pactos de convivência em consonância com os princípios e diretrizes do

SUS.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidado. Cuidado em saúde. Ciência.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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AQUELES DOIS SOB A ÓTICA DOS ESTUDOS CULTURAIS E DA TEORIA

QUEER

Diego Menezes Augusto (UEPB)

Maria Verônica Anacleto Pontes (UFCG)

RESUMO: Este trabalho objetiva analisar o conto Aqueles dois do escritor gaúcho Caio

Fernando Abreu por meio dos Estudos Culturais e da Teoria Queer. A ideologia

heteronormativa forja mecanismos discursivos e comportamentais que tolhem, excluem e

maltratam as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexos - LGBTI por não

reproduzirem o padrão de gênero e sexual eleito como norma pela minoria dominante; atos

irascíveis que variam de xingamentos a assassinatos hediondos. E tal lógica cruel traz

consequências incomensuráveis nas vidas das pessoas LGBTI. Raul e Saul, personagens do

conto em questão, no processo de identificação e reconhecimento mútuo, constroem modos de

subjetivação que lhes protegem dos efeitos negativos das intempéries supracitadas.

PALAVRAS-CHAVE: Estudos culturais. Teoria queer. Caio Fernando Abreu.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ: A INTERDISCURSIVIDADE NA POESIA DE

PATATIVA DO ASSARÉ

Sergio Rubens Alves Cavalcante (UERN)

Wandeson Alves de Oliveira (UERN)

RESUMO: O interdiscurso é um dos objetos de estudo da disciplina Análise do Discurso.

Afim refletir a cerca de como os discursos se interligam e de contribuir para os estudos de

analise do discurso tendo como foco o interdiscurso, o seguinte trabalho preocupa-se em

analisar em como a interdiscursividade está presente na poesia do poeta Patativa do Assaré,

mais especificamente objetiva-se em: primeiro, analisar a interdiscursividade no discurso de

Patativa do Assaré; segundo, identificar a identidade, a crítica social e as questões históricas

presentes no discurso de Patativa. Além de ver como se dá a construção de sentido nesse

mesmo discurso. Trata-se de uma pesquisa caráter qualitativo e interpretativo para tanto nos

embasamos em estudos de teóricos como de Nascimento (2011) e Mussalim (2003). Ao

analisar o discurso de Patativa do Assaré focamos nossa pesquisa no poema Cante lá que eu

canto cá, para observar a interdiscursividade principalmente de caráter religioso, a identidade

do sertanejo e sua luta constante diária por sobrevivência no seco e quente sertão nordestino e

a critica social. De acordo com o exposto, podemos concluir que a pesquisa feita contribui

significativamente para os estudos da AD, no que diz respeito a interdiscursividade, para a

percepção e interpretação da poesia de Patativa do Assaré e também para os nossos estudos

acadêmicos.

PALAVRAS-CHAVE: Assaré. Interdiscursividade. Análise do Discurso.

Page 222: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

CONCEPÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA ASSOCIADAS ÀS DIVERSAS

DISCIPLINAS CURRICULARES

Laura Barreto (ULHT)

Orientadora: Márcia Karina (UFPB)

RESUMO: Este estudo aborda as Concepções de gênero associadas às diversas disciplinas

curriculares, realizada com professores do Ensino Médio do Colégio Menino Deus, instituição

privada que atende a alunos de classe média do município de Mossoró – RN, tendo como

questão norteadora: de que maneira a escola associa a questão do gênero às diversas

disciplinas curriculares? Nesse sentido, procurou-se abordar as mais recentes literaturas

acerca dos temas em destaque: relações de gênero, sexualidade, relações de poder, escola e

docência, a fim de compreendermos a realidade da qual nos propomos a estudar. Quanto ao

objetivo que se pretendeu alcançar foi o de analisar e compreender as associações de gênero

na escola a partir dos papéis masculinos e femininos associados às diversas disciplinas

curriculares. O estudo foi desenvolvido com base na abordagem qualitativa, utilizando-se

como técnica de coleta de dados a observação direta e a entrevista semiestruturada. A análise

dos dados partiu dos discursos de Olabuenaga e Ispizúa, através do método da análise de

conteúdo. Os autores que subsidiaram o estudo foram: Foucault (1988), Hall (2006), Harding

(1983, 2010), Bourdieu (1998), Perrenoud (1993, 1994), Saviani (2008), Scott (1990, 1995,

2002), Butler (1987), Louro (2010, 2007), Richardson (2010) e outros. Os resultados revelam

que a mulher contemporânea sofreu uma grande influencia do seu histórico-social. Durante

muitos anos a mulher devia obediência ao gênero masculino, nada deveria ser feito sem

consentimento do seu pai/esposo. Hoje, a mulher possui autonomia de suas vontades. Essa

evolução feminina favoreceu, também, uma grande evolução na sociedade, pois a mulher

ocupa cargos importantes que antes eram denominados apenas para os homens. No entanto,

ainda há o preconceito quanto aos sexos e as profissões escolhidas. A escola, por sua vez, é o

ambiente que tem por função ensinar conteúdos e repassar valores e, o professor, ocupa um

lugar importante nessa tarefa. Nesse sentido, na investigação realizada, os docentes dos mais

variados sexos que lecionam as diversas disciplinas escolares, apesar de alguns sofrerem com

discriminações por parte dos alunos e pais, não são contratados pela questão de gênero e, sim,

pela sua qualificação e competência. Desse modo, a instituição investigada não associa a

questão do gênero à disciplina lecionada na contratação dos seus funcionários.

PALAVRAS-CHAVE: Relações de Gênero. Escola. Educação. Docência.

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DESCONSTRUINDO IDENTIDADES EM CONTOS DE AMOR RASGADOS, DE

MARINA COLASANTI: SUBJETIVAÇÕES EM CRISE NA LITERATURA DO

SÉCULO XX

Davi Tintino Filho (IFRN)

Maria Eliane Souza da Silva (IFRN)

RESUMO: Este estudo visa à reflexão da condição humana na contemporaneidade, a partir

do olhar crítico sobre a ficção da autora Marina Colasanti, cuja produção literária, em sua

maior parte, deu-se no século XX, evidenciando as transformações identitárias, como parte

constituinte dos jogos de poder, das diferenças entre homens e mulheres, com aqueles se

sobrepujando, quase sempre, a estas. No sentido de questionar essa ordem, na obra Contos de

amor rasgados (1986), Colasanti dar vida a um espaço ficcional que desconstrói a solidez das

posições histórica e convencionalmente construídas em torno dos gêneros, fazendo-nos

refletir acerca daquilo que a tradição procura naturalizar, o que, na verdade, percebemos ser

de ordem cultural. A autora, por meio de uma linguagem altamente alegórica, possibilita-nos

aproximar o discurso literário de discursos outros, ensejadores de reflexões em torno de

aspectos relacionados a humanidades, como a construção de subjetividades. Nesse sentido,

buscamos, principalmente, em Suely Rolnik, psicoterapeuta e crítica cultural (leitora profunda

dos filósofos franceses Félix Guattari e Gilles Deleuze), embasamento sobre o processo de

“controle de subjetivação” (GUATTARI; ROLNIK, 2011) a que estamos sujeitos,

enformados numa rígida molaridade, controladora dos corpos. De Rolnik, vislumbramos,

ainda na mesma esteira discursiva, a aproximação do texto de Colasanti do conceito de “corpo

vibrátil” (ROLNIK, 2011), como aquele que transcende a mera constituição orgânico-

biológica e se revela como uma espécie de corpo anárquico, dotado de capacidade de

metamorfose, escorregadio entre as teias aderentes das formações capitalísticas. Esse corpo é

o que, notadamente, encontramos nos microcontos da obra, os quais nos impulsiona para a

discussão acerca das identidades, como construções sociais que nos são impostas, e das

subjetivações, enquanto energia que nos habita e nos torna singulares. É o corpo cuja voz,

logo no conto que funciona como prólogo do livro de Colasanti, fala sobre uma “coceira no

ouvido”, ouvido que, alegoricamente, conduz a uma porta, aberta para mudança, para o

descentramento da ordem. A confluência desses corpos, de onde emanam afetos que

desestabilizam os eixos, conforme desenvolveremos, constitui o que Deleuze (2011)

denominou de “povo menor”, ou como Barthes os chamou de “povoléu” (1979). Assim, essas

denominações referenciam, conceitualmente, aquilo a que Colasanti deu vida em sua ficção: a

existência de uma população, menor, não em extensão ou casta, mas que “funciona” na

contramão ideológica das identidades, como potência, como um “povo por vir” (DELEUZE,

2011).

PALAVRAS-CHAVE: Ficção. Identidade. Subjetivações. Corpo vibrátil. Povo menor.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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DISCURSIVIDADES COTIDIANAS: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO PELO

DISCURSO DA COMERCIALIZAÇÃO DO CORPO

Jéssica Oliveira (UERN)

Maria Eliza Freitas do Nascimento (UERN)

RESUMO: A mídia está no rol dos discursividades do cotidiano que produz diferentes efeitos

sobre os sujeitos sociais. Por isso, neste trabalho, temos como objetivo analisar o discurso

sobre a comercialização do corpo, observando como o sujeito é construído, a partir da relação

com a memória discursiva. Nessa era pós-moderna, a fragmentação é a marca constitutiva do

sujeito, visto como uma possibilidade múltipla de posições discursivas. Desse modo, a mídia

opera como um dispositivo que induz a uma nova maneira de ver o corpo, tornando-o um

objeto tido idealizado, algo a ser atingido, seguido e esculpido. Entretanto, esse corpo que

pode ser fabricado, também pode ser comercializado, como um produto de consumo,

favorecendo a se refletir sobre a construção desse sujeito que coloca seu corpo à venda. Desse

modo, usamos como corpus de análise a capa da revista Veja que apresenta uma matéria

sobre a garota catarinense que vendeu a virgindade. Usamos como base teórica a Análise de

Discurso, por meio das contribuições de Pêcheux e Foucault e também nos apoiamos nos

estudos culturais com Stuart Hall para discutir o sujeito pós-moderno. O corpo nessa

produção discursiva está ligado a uma ordem do discurso midiático que influencia os modos

de ser sujeito, promovendo novas vontades de verdade que determinam as práticas sociais

contemporâneas.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Sujeito. Corpo. Mídia.

Page 225: Anais III Conlid

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DO BAÚ AO INSTAGRAM: A DISCURSIVIZAÇÃO DA INTIMIDADE NA MÍDIA

ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA

Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)

RESUMO: Esse texto intenta analisar a discursivização da intimidade na mídia, tendo a

fotografia como o elemento propulsor. Para tanto, partimos da constatação de que, nos tempos

atuais, a intimidade não se restringe tão-somente aos ambientes de extremo recato e

privacidade, uma vez que se exibe despudoradamente nos mais variados veículos midiáticos.

Assim, o sujeito contemporâneo, ao expor elementos que outrora estavam circunscritos a sua

vida privada, corrobora toda uma constituição sócio-histórica que permite a aparição de

discursos sobre a intimidade na mídia. Desse modo, a clássica indagação foucaultiana acerca

do “quem somos nós hoje” passa necessariamente pela investigação dos discursos produzidos

pelos sujeitos sobre si no seio da denominada sociedade do espetáculo (DEBORD, 2003).

Enxertamos no âmbito desse debate a premência de averiguarmos o papel da fotografia – que

retrata momentos peculiares da intimidade do sujeito – como um elemento que tanto se

constitui num discurso (imagético) da vida privada, como faz emergir outros discursos.

Destarte, esse texto analisa algumas materialidades discursivas que trazem à tona a assunção

da intimidade nas bordas da mídia, de maneira a suscitar uma discussão preliminar sobre essa

temática, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso, conforme praticada no

Brasil, na confluência dos estudos de Michel Pêcheux e Michel Foucault.

PALAVRAS-CHAVE: Intimidade. Discurso. Mídia.

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ENVELHECIMENTO E CORPOREIDADE: A INSCRIÇÃO DE SENTIDOS SOBRE

O CORPO E A VELHICE

Mestre Francisca Alves da Silva (CSJ)

RESUMO: Vivemos em uma sociedade que cultua a juventude, o belo, o novo. O ideal de

felicidade está associado à juventude e o modelo de corpo apresentado com correto e saudável

é um espelho dessa aparência. Encontramos nisto um dos grandes conflitos na relação do

sujeito com o envelhecimento. A biopolítica nas sociedades ocidentais colocou no centro de

suas atenções o discurso médico, visando à medicalização e disciplinamento da sociedade.

Essa medicalização da sociedade ocupa lugar central quando o assunto é velhice. Os discursos

que circulam sobre o envelhecimento são atrelados ao discurso da medicina. A prática de

hábitos saudáveis, alimentação adequada, atividade física e o constante cuidar de si são

estratégias biopolíticas para a padronização e uniformização das subjetividades, visando à

saúde e a contínua vigilância dos corpos. Neste trabalho tratamos sobre a relação da velhice

com o corpo, os discursos circulantes na mídia sobre o tema, as práticas discursivas e a

produção de sentidos sobre a construção do novo velho. A partir de materialidades discursivas

da mídia, entendendo esta como uma prática discursiva na qual poder e saber se articulam por

intermédio de jogos de verdades que produzem sentidos sobre a constituição dos sujeitos

modernos, buscamos descrever/interpretar como a velhice é desenhada em nossa cultura. Para

tanto temos como referência teórica e metodológica a Análise de Discurso Francesa, com

ênfase nos estudos de Michel Foucault.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Corpo. Envelhecimento.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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“LISBELA E O PRISIONEIRO”: PROTAGONISTAS PERSONIFICADORES DO

“JEITINHO-BRASILEIRO” E DA INFLUÊNCIA EXTERNA NO SER NACIONAL.

ANÁLISES E CONTEXTO HISTÓRICO

Davi Jeremias da Silva Moura (UERN)

Sáskhia Raíssa Torquato de Lima (UERN)

RESUMO: O trabalho realiza uma análise específica do contexto histórico e social das raças

brasileiras no início da colonização do país e de como a miscigenação e a socialização com

diferentes culturas gerou o típico “jeitinho brasileiro”, além de avaliar como esse “jeitinho” se

materializa no ser nacional e como o brasileiro é suscetível à influência externa. Para tal

análise, foi escolhida uma forma de arte bastante apreciada por pessoas do Brasil e do mundo:

o cinema. O filme brasileiro “Lisbela e o Prisioneiro”, dirigido por Miguel Arraes de Alencar

Filho, foi o foco da pesquisa, especificamente com atenção redobrada aos seus protagonistas

Leléu (Selton Mello) e Lisbela (Débora Falabella), que têm um foco maior durante a produção

e representam bem nos seus papeis os estereótipos que compõem diretamente as

características relacionadas ao “jeitinho brasileiro”. No filme, o Nordeste do Brasil é utilizado

como cenário da narrativa, incluindo locações, personagens típicos do local, vocabulário e

alguns costumes bem regionais. A metodologia utilizada foi a consulta ao filme, assistido

várias vezes; e a pesquisa bibliográfica, para revisar os autores da área. O trabalho apresenta

discussões quanto ao cinema brasileiro (REIA-BAPTISTA, 2007), ao choque cultural,

formação social e o contexto histórico do “jeitinho brasileiro” (RIBEIRO, 1995; TÚLIO,

2007).

PALAVRAS-CHAVE: Miscigenação. “Jeitinho brasileiro”. Lisbela e o Prisioneiro.

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

O AVESSO DAS CANÇÕES - A TEORIA BAKHTINIANA DA

CARNAVALIZAÇÃO NAS CANÇÕES DA MPB

Elielder de Oliveira Lima

RESUMO: A pesquisa teve como objetivo analisar a presença de elementos

carnavalizadores nas canções da Música Popular Brasileira (MPB) produzidas no

período da Ditadura Militar. Partindo do pressuposto de que o fenômeno da

carnavalização pode ser compreendido com uma influência do carnaval na literatura e

em outros gêneros trazemos à discussão o fato de que canções produzidas sob repressão

podem apresentar marcas de elementos carnavalizadores. A fim de analisar o conceito da

Carnavalização, empreendemos um levantamento das particularidades teóricas

apresentadas pelo pensador russo, Mikhail Bakhtin, nas obras Problemas da Poética de

Dostóiévski (1981) e A cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto

de François Rabelais (1987). O corpus da investigação é constituído por canções da

Música Popular Brasileira, produzidas no período de 1964 a 1985. Foi a partir da análise

do corpus que identificamos os elementos carnavalizadores nas músicas da MPB. Desta

forma, podemos dizer que o carnaval deve ser visto como cultura, ou seja, uma estrutura

que fornece um sistema de significados para as ações e representações sociais dos

indivíduos. Nessa perspectiva, o carnaval ultrapassa o momento ritual da festa para

incrustar-se no cotidiano, na maneira de ver o mundo, no modo de relativizar a ordem

social por meio da ambivalência, da paródia, do riso, enfim da festa.

PALAVRAS-CHAVE: Bakhtin. Carnavalização. MPB.

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

O ESPAÇO DA PALAVRA COMO LUGAR DE ENFRENTAMENTO DO

SOFRIMENTO PSÍQUICO

Aline Gracindo (UERN)

Camila Mesquita (UERN)

Deivson Wendell (UECE)

RESUMO: Vivemos em um mundo que se encontra em permanente movimento, graças às

constantes intervenções e transformações feitas pelo homem. À medida que este homem

modifica o mundo, também modifica a si, pois vai experienciando esse novo mundo e

apropriando-se de novas matérias primas constitutivas e modificadoras de sua subjetividade.

Essa situação produz sempre um novo sujeito, pois as situações concretas exteriores incidem

sobre a sua história de vida, provocando experiências significativas, como perdas e

frustrações, que afetam a sua forma de ser, pensar e agir e que, portanto, tem a capacidade de

colocá-lo frente a frente com questões interiores, íntimas ao “eu”, dilemas existenciais, crises

psíquicas. Para aprender a conviver com tais mudanças ou superá-las e para o sujeito

compreender o seu sofrimento psíquico, tem-se a Terapia Comunitária. Esta abordagem

terapêutica expandiu-se por diversos municípios brasileiros, sendo exercido nos serviços de

saúde e social, dentre estes, tem-se o Espaço da Palavra em uma Unidade Básica de Saúde de

Mossoró/RN. Procuramos demonstrar o que têm mudado na vida de frequentadores do

Espaço da Palavra, onde os sujeitos, especialmente os usuários de psicotrópicos, reúnem-se

semanalmente desde setembro de 2012, para falar de suas vivências pessoais e escutar os

outros. Para isso, recorremos à observação participante e aos subsídios teóricos que tratam do

sujeito e da Terapia Comunitária. A partir da nossa vivência, percebemos que, antes de suas

entradas no Espaço, muitos dos participantes não tinham possibilidades de discussão de suas

angustias, e encontraram no mesmo um lugar de acolhimento, onde, por meio do trabalho

terapêutico em grupo, estes compartilham sofrimentos e procuram conjuntamente

possibilidades de intervenções. O Espaço transforma-se assim em espaço de convivência,

além de espaço de terapia, sendo um reforçador das relações de vínculo, refletindo em

melhoria de qualidade de vidas, pois estes demonstraram sentirem-se mais fortes, com

autoestima elevada, e com uma capacidade de viver suas emoções e dores por si, resultando

na decisão de desmame dos medicamentos por alguns, e no desejo de diminuir, ou na

diminuição efetiva da quantidade ou da frequência do seu uso por outros. Assim sendo,

podemos visualizar o Espaço como um lugar de acolhimento e transformação, que transforma

o unitário em comunitário, o individual em coletivo, e o sofrimento em resiliência, força,

independência. Cabendo como um espaço de alta resolubilidade no contexto da Atenção

Básica como forma de minimizar e prevenir o sofrimento psíquico e de aumentar a qualidade

de vida dos comunitários.

PALAVRAS-CHAVE: Sujeito. Terapia Comunitária. Sofrimento Psíquico.

Page 230: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

O “EU” (NEGRO) E O “OUTRO” (BRANCO): MARCAS DE ALTERIDADE NAS

RELAÇÕES AFETIVAS EM “CLARA DOS ANJOS” DE LIMA BARRETO

Ana Gabriella Ferreira da Silva (UERN)

Geilma Hipólito Lúcio (UERN)

RESUMO: O trabalho trata-se de uma análise literária da obra Clara dos Anjos, de Lima

Barreto, no qual objetiva-se entender como se constitui as relações afetivas inter-raciais entre

os personagens Cassi Jones (branco) e Clara dos Anjos (negra) e as consequências dessa

afetividade na formação identitária da protagonista. Para compreender este processo de

construção, buscaremos os estudos da alteridade de Duschatzky e Skliar (2001), que explicam

a formação do “eu” através do olhar sob o “outro”, o que implica uma identidade deformada

ou em constante construção. Ao mesmo tempo em que a alteridade se apresenta, as vozes

sociais aparecem como fatores determinantes na composição dos discursos e do romance

como um todo. Tendo em vista que para uma completa compreensão da literatura de Lima

Barreto é necessário um olhar autobiográfico, utilizaremos os conceitos de plurilinguismo

teorizado por Bakhtin (1993) cujas vozes dos personagens, narrador e autor se imbricam

compondo o gênero romance. Além da alteridade é necessário compreender historicamente as

relações afetivas entre brancos e negros da sociedade abolicionista e pós-abolicionista e a

identidade da mulher negra em seu percurso histórico. Para tanto nos respaldaremos em

Munanga (2004), Bauman (2005) e Santos (2004) que tratam da problemática do negro dentro

das relações amorosas.

PALAVRAS-CHAVE: Alteridade. Plurilinguismo. Identidade. Relações afetivas.

Page 231: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

O OUTRO NO TEMPO LÍQUIDO

Josilene Queiroz de Lima (POSEDUC/UERN)

RESUMO: O objetivo deste artigo é compreender as visões que se constrói do outro com o

qual se compartilha o modo de vida líquida na sociedade pós-moderna. Para isso foram

utilizadas as ideias do sociólogo polonês Zygmunt Bauman sobre o processo de globalização

e suas consequências para a sociedade contemporânea, e como contraponto se apresenta o

conto “O outro” de Rubem Fonseca, para uma imersão na máxima – a arte imita a vida ou a

vida imita a arte? Destarte, lança-se um gesto de leitura sobre um corpus formado pelas

reflexões sobre o outro no tempo líquido e nas relações sociais do homem habitante da

sociedade líquido-moderna, permeada pela insegurança e pelo medo. Nesse sentido, toda a

sequência dos fatos apresentados no conto e descritos neste texto comunga com as ideias de

Bauman sobre o modo de viver advindo com o processo de globalização, que ora aproxima,

ora afasta os seres humanos, eventos contemporâneos que levam o ser humano a construir em

uma mesma comunidade verdadeiras fortalezas entre o homem globalizado, social e

economicamente, e os demais sujeitos da subclasse, estranhos ao seu modo de vida líquida.

Sendo os fatos aqui apresentados provocativos para reflexões no tocante ao contexto da

existência atual.

PALAVRAS-CHAVE: Sociedade. Visões do outro. Medo.

Page 232: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

O SUJEITO SERTANEJO NO DISCURSO POÉTICO DE PATATIVA DO ASSARÉ

Ednilda Pereira de Oliveira (UERN)

Maria Eliza Freitas do Nascimento (UERN)

RESUMO: É pertinente conhecer os fatores sociais que propiciaram o surgimento da Análise

do Discurso como disciplina, a qual se preocupa com o discurso enquanto prática discursiva.

Para o analista do discurso o sentido de determinado enunciado não se encontra na linearidade

do significante, mas apresenta-se em sua relação com o exterior, ou seja, a situação social

influência na sua produção e circulação. Desse modo, a Análise do Discurso é um campo de

pesquisa cujo objetivo é compreender a produção social de sentidos, realizada por sujeitos

históricos, por meio da materialidade das linguagens. (GREGOLIN, 2007). Assim,

pretendemos com este trabalho analisar no discurso poético de Patativa do Assaré, usando

como corpus o enunciado “Aqui Tem Coisa”, a constituição do sujeito sertanejo e sua

articulação com a memória discursiva, verificando as influências do discurso religioso e

político na construção do sentido na poesia. Para fundamentar o trabalho, foram utilizadas as

considerações de Orlandi (2010), Gregolin (2007), Fernandes (2007), Maingueneau (2006),

Nascimento (2010), Foucault (1961) e Pêcheux (1982). Assim sendo, estaremos discutindo

questões relacionadas ao discurso literário, focalizando as categorias discursivas e as

condições de produção, para mostrar como o sujeito sertanejo é construído na rede discursiva

pela posição que ocupa, ligando-o aos traços identitários do sertão nordestino.

palavras-chave: Discurso Literário. Memória. Sujeito. Sentido.

Page 233: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

PAIXÕES E FERRAMENTAS DA LABUTA DOCENTE: UMA IDENTIDADE

LAVRADA NO ENSINO DE HISTÓRIA

Gilberliane Mayara Andrade Melo

RESUMO: Resgata algumas experiências vividas como professora-formadora na disciplina

de Ensino de História da Faculdade de Educação na Universidade do Estado do Rio Grande

do Norte (UERN) entre os semestres de 2010.2 à 2012.2. Pretende promover maiores

reflexões acerca da identidade pedagógica desenvolvida nesse período, tendo como

instrumentário de pesquisa o método (auto)biográfico, por ser este o mais fiel aos desígnios

formativos da interação subjetividade/objetividade social. Constata a importância do estudo

da memória como ferramenta ímpar na (re)significação da práxis pedagógica, na medida em

que informa, forma e “desenforma” o profissional docente. Para tanto, pleiteia discussões de

autores como Josso (2003), Ferraroti (2000), Nóvoa (2002), Tardif (2003), entre outros, que

também contribuem para o desnudar do objeto almejado. E ainda, Utiliza análises

documentais sem, contudo desfavorecer as fontes primárias, reafirmadas na essência das

narrativas coletadas. Considera o processo ensino-aprendizagem um espaço profícuo de

inquietações, independente do agente, pois professor ou aluno, ambos aprendem e ensinam à

medida que repensam sua história. Conclui que o entendimento da identidade profissional

docente passa pela reconstrução de suas experiências, pelo aguçar de todos os sentidos,

experimentar da vida, saborear das fantasias em confronto com a realidade, que ela só é

racional quando idealizada primeiro no mundo das ideias, depois do concreto.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História. Método (auto)biográfico. Práxis pedagógica.

Page 234: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

POLICARPO E FLORIANO: FIGURATIVIZAÇÕES DA MASCULINIDADE DO

HOMEM BRASILEIRO EM ROMANCES DE FINAL DESDITOSO

George Patrick do Nascimento (UFCG – CFP/PIBID-LETRAS)

RESUMO: O presente trabalho discorre sobre determinadas interseções e distanciamentos

que caracterizam (ou não) o insucesso nas tramas das personagens Policarpo Quaresma e

Fabiano nas obras Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto e Vidas Secas, de

Graciliano Ramos. Numa perspectiva que analisa a construção de uma identidade

genericamente masculina, no primeiro caso de um homem típico da República Velha e, na

segunda situação, de um indivíduo que incorpora uma conceituação historicamente

promulgada de cidadão nordestino, procurou-se, a partir das postulações teóricas de autores

como Albuquerque Júnior (2013), Castello (2004), Morin (2007), entre outros, examinar

comparativamente o processo histórico-social que acarretou na reconfiguração de valores

inerentes ao homem brasileiro de épocas e localidades distintas, todavia essa revalorização

caracterizou-se por readequações das condições comportamentais e subjetivas humanas na

formulação de um estereótipo socialmente masculinizado, situados, neste caso, nas primeiras

cinco décadas da constituição republicana governamental brasileira, exemplificados a partir

dos personagens delineados nos textos supracitados. Concluiu-se, neste primeiro momento,

que os valores figurativizados por Policarpo Quaresma mostram, na sua essência, uma

feminização social do gênero masculino na região Sudeste Pós-Império, enquanto que

Fabiano representa o ser que se esforça em emoldurar uma concepção de homem másculo e

viril, figurativizações típicas das ideologias eugênicas e patriarcais, na formulação

regionalista do povo nordestino.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada. Masculinidade. Valores Histórico-Sociais.

Page 235: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

S. BERNARDO DOS VENTOS UIVANTES: UM PERCURSO MARXISTA DA

MEMÓRIA

Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva (IFRN)

RESUMO: São Bernardo dos Ventos Uivantes: um percurso marxista da memória é um

ensaio, fruto da leitura comparativa dos clássicos O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily

Brontë e S. Bernardo, de Graciliano Ramos, sob as perspectivas da memória cultural e da

identidade, utilizando-se o marxismo como ferramenta para crítica literária. Visa ressaltar as

formas de percepção dos séculos XIX e XX, a mentalidade social e a ideologia das épocas

refletidas na estética literária. O método de abordagem utilizado foi a pesquisa bibliográfica,

reportando-se, ainda, ao método dialético, uma vez que elas não podem ser consideradas fora

de um contexto social e histórico. Para tanto, discutirá alguns pontos de convergência entre as

obras, tais como a noção de propriedade, as relações sociais e produtivas, a construção das

identidades sociais e discursivas. Bosi (1994), Candido (2006), Eagleton (2011), Falleiros

(2002), Marx (2006), entre outros, são nomes que dão respaldo à pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Crítica literária. Marxismo. Memória. Identidade.

Page 236: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES: JOGOS DE ALTERIDADE

E DIALOGISMO NA FILOSOFIA BAKHTINIANA

Geilma Hipólito Lúcio (UERN)

Ana Gabriela Ferreira da Silva (UERN)

RESUMO: A concepção de sujeito é fundamentada pelo meio social tenso das relações, na

qual o “outro” é quem define e organiza quem sou, pois dentro dessas relações, por meio da

linguagem, somos constantemente afetados pelos discursos dos outros, estes se estabelecem

como parte de nossa formação humana subjetiva e identitária. Para Bakhtin, as relações de

alteridade participam de todas as instâncias na composição do indivíduo. Desse modo, dentro

de sua filosofia, que exalta um excedente de visão estabelecido por meio de processo

dialógico, este trabalho objetiva mostrar a construção da personagem Lóri no livro Uma

Aprendizagem ou o livro dos prazeres (1969), de Clarice Lispector, observando ao longo do

enredo os diálogos entre os discursos de Lóri e seu namorado Ulisses, professor de filosofia

que corporifica o sentido de incompletude da personagem Lóri. Essa dinâmica focaliza o

conflito do tema da identidade na qual a personagem busca constituir. Partindo desse

pressuposto, será utilizado, dentro dessa perspectiva bakhtiniana, a relação de alteridade e

dialogismo na obra supracitada, arguindo no envolto dessa relação amorosa e percebendo

como o eu é construído à mirada do outro. Todo esse entrecruzamento de diálogos, além das

obras de Bakhtin, será reportado por alguns autores que pensam questões contemporâneas sob

a ótica da filosofia bakhtiniana, como Ponzio (2012), Geraldi (2010), Fiorin (2008) e Miotello

(2008, 2011).

PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo. Alteridade. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres.

Page 237: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

UNIÃO CIVIL HOMOAFETIVA: UMA LEITURA PELO VIÉS FOUCAULTIANO

Viviana Bezerra de Mesquita (UERN)

Francisco Paulo da Silva (UERN)

RESUMO: Michel Foucault pensa a homossexualidade como uma forma de vida, um modo

de subjetivação, de autocondução dos prazeres e da liberdade ética. Nessa esteira o que se

deve colocar como questão para o homossexual não deve ser a afirmação de uma identidade,

mas como ele se singulariza ao experimentar a vida a partir de seus desejos. Historicamente

os sujeitos homossexuais foram interditados e submetidos a variadas práticas e tecnologias do

poder e do saber e, por tais práticas, foram enquadrados num grupo dos pervertidos,

desviantes, doentes. Na atualidade, desenvolvem-se práticas que levam o sujeito homossexual

a serem reconhecidos pela singularidade de suas práticas, como alguém que deseja o mesmo

sexo sem que isso deva ser um estigma, um desvio, um motivo de exclusão. Contribui para

isso a instituição do Estado de Direito e as lutas travadas pelo movimento LGBT, dentre as

quais se destaca, no Brasil, a luta pela legitimação da União Civil homoafetiva. Mas, de fato,

convive-se com uma variedade de posições sobre a homossexualidade que faz circular

discursos produzidos em diferentes Formações Discursivas (no campo religioso, político,

jurídico, no campo do movimento LGBT, etc.) marcando a interdiscursividade que constrói o

sujeito homossexual e demarca politicamente a legitimação da relação entre casais

homossexuais. Diante dessa realidade, inserimo-nos nas leituras de Michel Foucault sobre o

dispositivo da sexualidade e a constituição do sujeito homossexual tomado na relação

saber/poder e resistência para tecer considerações sobre a União Civil entre homossexuais. O

que nos move como questão é entender como se constitui o homossexual como sujeito ético

na proposta de legitimação de sua união civil pelo Estado. Para empreender nossa discussão,

apoiamo-nos em Foucault quando nos coloca que vivemos num mundo relacional

consideravelmente empobrecido e que devemos lutar contra esse empobrecimento do tecido

relacional, devemos obter o reconhecimento das relações de coexistência provisória (2010), o

que nos encaminha para analisar focos de resistência que sevem de índicos a inscrição do

sujeito homoafetivo como sujeito de resistência, ao se considerar o tecido relacional inventivo

das relações homoafetivas e a proposta de União Civil pleiteada pelo movimento LGBT junto

ao Estado.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. União Homoafetiva. Resistência.

Page 238: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 11 - SUJEITO E COTIDIANO

VISIBILIDADE MIDIÁTICA E SUBJETIVIDADE: UMA ANÁLISE DISCURSIVA

DAS ESTRATÉGIAS DE SUBJETIVAÇÃO EM MAMÍFEROS E MAMÍFEROS

CRESCIDOS DA PARMALAT BRASIL

Antonio Genário Pinheiro dos Santos (UFRN)

Ana Rafaela Oliveira e Silva (UFRN)

RESUMO: A prática discursiva midiática age imperiosamente com estratégias ligadas a

regimes de verdade que promovem visibilidade de um produto ou marca e permitem que

sujeitos sejam subjetivados. Assim, com esse trabalho objetivamos analisar como a mídia

opera a subjetividade da criança a partir das dizibilidades veiculadas na propaganda

Mamíferos e mamíferos crescidos da Parmalat Brasil que ocupou o espaço de visibilidade

pública entre os anos de 1996 a 2006. Atentamos para o regime de positividade da

propaganda buscando enxergar como a interdiscursividade, a memória e as relações de saber

são trabalhados para produzir efeitos de sentido capazes de assegurar o ineditismo do

discurso da Parmalat bem como a adesão dos consumidores sob o crivo da necessidade e da

eficiência do respectivo produto. Encontramos respaldo teórico nos pressupostos da Análise

do Discurso de tradição francesa, sobretudo nos trabalhos de Foucault (1999, 2005, 2007),

Gregolin (2003), Pêcheux (2008), Sargentini (2011), dentre outros, a partir dos quais nos

debruçamos sobre a questão da produção de dizibilidades e o trabalho de uma polícia

discursiva voltada ao controle do dizer e de seus efeitos de sentido. Nossas análises apontam

para o trabalho imperioso da mídia televisiva que constrói efeitos de real e opera a partir de

regimes de positividade materializando vontades de verdade ao mesmo tempo em que

oportuniza silenciamentos e interdições. Nessa perspectiva, são evidenciadas práticas

discursivas astutas que subjetivam sujeitos sociais, neste caso, a criança, uma vez que esta é

apresentada e discursivizada com índice de memória e valoração que asseguram os efeitos

de positividade, ineditismo e eficiência dos produtos da Parmalat Brasil na televisão.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Mídia. Efeito de Sentido. Sujeito.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O

HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO

Bruna Silva Rodrigues (UERN)

Francisco das Chagas de Medeiros Júnior (UERN)

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (UERN)

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno Pink Money

(dinheiro rosa), segmento de mercado que representa na sociedade contemporânea a inserção

do público homossexual detentor de um poder de compra especifico, não mais sendo

consumidores exclusos, como por muito tempo foram, devido a sua condição sexual e afetiva.

O público enquadrado no ‘Mercado Rosa’ são os homossexuais com condições mais

abastadas (estão em sua maioria, entre as classes A, B e C, segundo o instituto de pesquisa

INSEARCH), que gastam em media 30% a mais do que os heterossexuais em entretenimento,

lazer e artigos de luxo (Associação da Parada do Orgulho GLBT, 2006). Com a perspectiva de

gerar um lucro maior e satisfação para o seu publico, essa indústria chega para agregar ao

mercado, focando em algo que outrora nunca foi priorizado, propiciando aos gays que se

sintam a vontade e recompensados por terem produtos voltados para sua demanda. Destarte, o

tema debatido mostra ser uma fatia de mercado anteriormente suprimida, já que o público

homossexual não tinha serviços e produtos que atendessem as suas perspectivas e anseios de

consumo, tendo assim, com a ascensão do poder aquisitivo, um mercado capital que se volta

para este nicho. Assim sendo, para analisar este fenômeno, tomamos como base às

idealizações de poder de Babbio (1996), que constrói um pensamento social a respeito da

obtenção econômica social e as perspectivas de sociedade e sexualidade se darão sobre as

bases do pensamento de Foucault. Ainda, realizamos um percurso sobre as formas de se ver a

homossexualidade até a contemporaneidade, fundamentando-nos no pensamento do

Ceccarelli (2000).

PALAVRAS-CHAVE: Pink Money. Homossexualidade. Nicho de mercado.

Page 240: Anais III Conlid

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

A CORRUPÇÃO AOS OLHOS DAS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013

Clara Dulce Pereira Marques (PPGL/GEDUERN/UERN)

Francisco Paulo da Silva (PPGL/GEDUER/UERN)

RESUMO: Em junho de 2013, emerge no Brasil um conjunto de manifestações que coloca

nas ruas do país a insatisfação popular em torno de vários temas da política, destacando-se a

luta contra a corrupção e por melhores condições de vida nas cidades. Iniciada pelo

Movimento Passe Livre, as manifestações incorporaram outras reivindicações além da tarifa

zero nos transportes públicos e arregimentou uma multidão de brasileiros insatisfeitos com o

modelo político, social e econômico vigente. Com o olhar sobre os efeitos discursivos dessas

manifestações, o presente trabalho tem como objetivo descrever e interpretar a materialidade

discursiva e os efeitos de sentidos produzidos pelos enunciados que tematizaram a corrupção

nas manifestações de junho de 2013 no Brasil. Para tanto, movimenta-se entre o trabalho

discursivo no contexto contemporâneo de midiatização dos movimentos sociais que faz

circular enunciados produzidos pela mídia e pelos manifestantes, atentando para o efeito de

memória que inscreve uma história do presente sobre a corrupção e os sujeitos envolvidos na

trama política atual. O corpus constitui-se de enunciados da mídia impressa e virtual e/ou

produzidos pelos manifestantes e que circularam na mídia e nas ruas brasileiras por ocasião

das “Manifestações de Junho”. A análise fundamenta-se nas contribuições da Análise do

Discurso de orientação francesa e recorrerá aos dispositivos propostos por essa disciplina tais

como acontecimento, memória discursiva, formação discursiva e posição-sujeito, devendo

apontar as regularidades que se inscrevem na produção dos efeitos de sentidos que tais

enunciados deixam entrever no fio discursivo.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Corrupção. Manifestações de 2013.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA PROPAGANDA PESSOAL E

PUBLICIZAÇÃO DE SENTIMENTOS

Emanuella Rodrigues Veras da Costa (UERN)

RESUMO: O intuito deste artigo é realizar uma reflexão, acerca da necessidade das pessoas

em utilizar as redes sociais para propaganda pessoal e para transmitir seus sentimentos, em

especial no aplicativo Instagram, que devido sua grande utilização de usuários, se tornou um

mecanismo de rede social, que utiliza de ferramentas como imagens e vídeos, onde isso se

tornou mais fácil e visível publicizar seus grandes momentos, sentimentos e conquistas. A

grande necessidade de publicizar seus sentimentos tem aumentado a cada dia, e as redes

sociais estão colaborando para isso acontecer de maneira espontânea, elevando a facilidade

em realizar uma propaganda pessoal de maneira direta e sem dificuldades, permitindo que as

pessoas criem e elaborem a melhor forma como querem ser vistas pelos demais usuários, onde

cria uma grande expectativa dos demais. Essa grande necessidade do “eu” de cada sujeito,

externar e publicizar seus sentimentos mais íntimos, torna-se uma maneira de abrigar,

descansar em segurança e até mesmo de se livrar de suas ansiedades e tristezas, onde se torna

a cada dia uma atitude mais comum entre pessoas de diversas idades, onde o foco das redes

sociais era passar e levar a informação, muitos utilizam como suporte para liberar suas

aflições, conquistas, desejos, enfim, uma série de sentimento externados de maneira

desenfreada, liberados nas redes sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Sentimentos. Redes sociais. Sujeito. Subjetividades.

Page 242: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

ANGLICISMOS NO BRASIL: POSICIONAMENTOS FAVORÁVEIS E

DESFAVORÁVEIS AO PROJETO ANTI-ESTRANGEIRISTA DE ALDO REBELO

Graziane Praxedes dos Santos (UERN)

Ana Jóis Garcia (UERN)

José Roberto Alves Barbosa (UERN)

RESUMO: Existem milhões de falantes nativos e não nativos de língua inglesa. É a língua

estrangeira mais falada no mundo todo. Ela se expande continuamente se inserindo cada vez

mais em países através dos meios de comunicação, do turismo, da publicidade, da música, da

tecnologia, da informática e da economia. No Brasil, há muito vem se discutindo o uso de

palavras e expressões de origem estrangeira. Dentre as discussões atuais sobre preservação da

língua portuguesa, as mais polêmicas e debatidas foram impulsionadas a partir da elaboração

do projeto de lei anti-estrangeirista nº 1676, no ano de 1999, pelo, então, deputado Aldo

Rebelo, que propõe a promoção, proteção e defesa da língua portuguesa como símbolo de

identidade nacional. Muitos estudiosos da língua, como linguistas, professores e gramáticos

têm avaliado essa proposta e manifestado suas opiniões a respeito da atitude de Rebelo, uns

em apoio, outros contra a postura conservadora do deputado. Devido à repercussão causada

pelo projeto, desenvolvemos esta pesquisa de caráter qualitativo, tomando como base o

método bibliográfico, em que se pretendeu revelar esses argumentos, com o objetivo de

comparar as opiniões favoráveis e desfavoráveis de estudiosos como os linguistas Marcos

Bagno, Carlos Faraco, Kanavillil Rajagopalan, Mauro Ventura e algumas outras renomadas

autoridades no assunto. A partir desse levantamento bibliográfico, analisamos os diversos

posicionamentos que vêm acontecendo com relação à necessidade dos estrangeirismos,

principalmente os da língua inglesa, no português. Nossa pesquisa aponta que, em meio a

discursos tão conflitantes, Rebelo foi, por muitas vezes, declarado como um protetor da língua

portuguesa, ao mesmo tempo em que foi taxado de preconceituoso e xenófobo. Se por um

lado os empréstimos são tidos como uma ameaça cultural, em contra partida, são considerados

inevitáveis e até enriquecedores para a língua. Essas opiniões divergentes favoreceram o

confronto de posicionamentos na arena linguística do Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Estrangeirismos. Inglês. Projeto. Português. Debate.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

ARTICULAÇÕES SOBRE PODER E RESISTÊNCIA DO SUJEITO

FOUCAULTIANO

Karla Jane Eyre da Cunha Bezerra Souza (UERN)

RESUMO: Estamos no interior de uma sociedade repleta de poderes cuja função é trabalhar o

indivíduo a fim de incutir uma nova forma de ser sujeito, aquela que vai oferecer uma certa

utilidade. O poder, que funciona através do discurso, desenvolve procedimentos que

controlam o que é dito, por quem é dito e de como esses dizeres se distribuem na ordem

discursiva. Limita a produção dos discursos utilizando-se, para isso, das interdições e

rejeições; e seleciona os sujeitos falantes, pois ninguém entrará na ordem do discurso se não

atender a certas exigências. São procedimentos de rarefação do discurso, a fim de se efetivar

as relações de poder, desviar os perigos e dominar seu acontecimento aleatório, ou seja,

manter a ordem dos discursos controlada. Vale lembrar que não estamos nos referindo aqui ao

poder como um objeto, como algo que se possui ou lugar que se ocupa, mas ao poder

multidirecional. São os micro-poderes dispersados em todas as sociedades, cujos efeitos

controlam os discursos e determinam o sujeito, fabricando uma identidade obrigatória que é,

ao mesmo tempo, efeito e instrumento do poder. A rede de poderes atravessa todas as

instâncias da sociedade (escola, hospital, fábrica, prisão etc.) exercendo seus mecanismos de

controle e buscando novos métodos e novos saberes para aperfeiçoar o trabalho da

subjetivação. Mas com toda essa dominação que o poder exerce sobre o indivíduo a fim de

discipliná-lo, ele permite também que o indivíduo se constitua como sujeito de suas próprias

ações, ou seja, abre espaço para que o sujeito se movimente e se constitua em liberdade nas

mais variadas situações de significação da ordem discursiva. Quando o indivíduo é colocado

em relações de produção e de significação é colocado também em relações de poder, e no

interior dessas relações de poder há as resistências. O processo de construção de

subjetividades pode ser considerado como um fenômeno ativo ou passivo, operando a partir

de práticas de dominação ou de libertação. Diante do exercício da disciplina não está o sujeito

sempre dócil, sempre obediente, o campo de atuação do poder é lugar de lutas, de

enfrentamentos contra essa sujeição que ele pretende impor. As mesmas relações de poder

que dominam e exercem controle também favorecem o surgimento da resistência. São

relações de força que permitem que o indivíduo escolha outros discursos e elabore a si mesmo

como sujeito.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Sujeito. Resistência.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

COMUNICAMÃO, NEM SÓ A BOCA FALA

Daniel Soares Dantas (UFCG)

RESUMO: A comunicação ainda é uma das maiores barreiras enfrentadas pelas pessoas

surdas. Em um mundo oralizado e sonoro, esses indivíduos parecem criaturas estranhas em

seu próprio país, isso porque não conseguem acompanhar o ritmo barulhento de uma

sociedade carregada de preconceitos que parecem gritar aos ouvidos até daqueles que não

ouvem. Comunicar-se é uma necessidade vital, afinal toda e qualquer intenção humana é

veiculada pela comunicação que se torna uma ponte de ligação entre as partes afins. Com base

nesse critério da importância do comunicar-se, o professor intérprete Daniel Dantas idealizou

o projeto Comunicamão, nem só a boca fala-Curso básico de LIBRAS na tentativa de

aproximar um aluno surdo das demais pessoas da escola; professores, alunos, funcionários e

todos aqueles que o rodeiam para que assim possa promover a inclusão escolar e garantir que

todos aprendam a Língua Brasileira de Sinais por meio de um curso de LIBRAS, dando

oportunidade de o aluno participar ativamente da vida escolar e aos professores e demais

alunos, estabelecerem um elo entre o sujeito surdo por meio do contato com a nova língua. As

aulas acontecem uma vez por semana com aprofundamento em atividades para casa e

discussão em sala. Com estudos teóricos e atividades práticas, usando recursos tecnológicos e

outros aparatos que chamam atenção dos alunos para o aprendizado da LIBRAS e os instiga a

conhecer e aprofundar os estudos nessa área. Para tornar as aulas ainda mais atrativas foi

criado um coral de músicas em LIBRAS, onde se aprende os parâmetros que a fundamentam.

Desse modo os alunos estudam a música e é feita a colocação dos sinais adequados a ela.

Essas músicas são escolhidas com base nos conteúdos trabalhados a fim de inserir sinais em

um contexto, para tornar fácil e prática a assimilação por parte dos alunos. As músicas

ensaiadas pelos alunos serão apresentadas na cerimônia de encerramento do curso, mostrando

a comunidade os frutos provenientes das aulas. Como bem afirma o título do projeto:

Comunicamão, nem só a boca fala, é preciso entender que nem só de ouvintes é constituída a

escola, que não há homogeneidade onde todos aprendem da mesma forma, e principalmente

compreender que a inclusão veio para que nos desprendamos de modelos arraigados e

inovemos as nossas práticas. A inclusão da pessoa com deficiência é uma realidade que

merece atenção, respeito e garantia de sua efetivação.

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação. LIBRAS. Inclusão. Aluno. Respeito.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

ETHOS DISCURSIVO E RELAÇÕES DE PODER-SABER NA LITERATURA DE

AUTOAJUDA

Geilson Fernandes de Oliveira (PPGCISH/UERN)

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (DECOM/PPGCISH/UERN)

RESUMO: Na contemporaneidade, somos a todo o tempo atingidos pelos discursos de

autoajuda. Não importa qual o suporte, se TV, rádio, internet, livros, somos instados por estes

discursos a sermos felizes, a fornecermos o melhor de nós mesmos. É como se o ser normal,

que poderia nos remeter ao convencional já não bastasse, e devêssemos sempre buscar um

estado de si que se aproximasse das grandes performances, sempre colocadas por estes

discursos como modelos ideais. Frente a este cenário, produz-se uma verdade sobre a

felicidade: é preciso ser feliz, estar de bem consigo mesmo, ser menos feliz não basta. Nesta

trama de relações, ser menos feliz ou não conseguir superar-se é visto como algo representado

como sem utilidade, fadado ao convencional, podendo aproximar-se do patológico. É um tipo

de discurso de verdade marcado pela ausência das incertezas, nos quais os seus produtores

buscam demonstrar um domínio absoluto sobre os temas tratados, objetivando transmitir a

ideia de que são autoridades máximas nos assuntos abordados. Fazem uso do poder da

palavra, dos efeitos de sentido das práticas discursivas, utilizando técnicas e estratégias que

favoreçam a produção de um sentido de verdade. Geralmente, os produtores destes discursos

apresentam-se não como pessoas comuns que simplesmente escrevem ou discursam sobre a

felicidade de forma aleatória. Colocam-se em posições de poder-saber/saber-poder.

Apresentam-se como médicos, psiquiatras, pesquisadores, o que dá um peso maior ao seu

discurso e à sua verdade. Constroem um ethos discursivo que busca aproximar-se daquele

ethos que possui o pesquisador-cientista. Analisar esta teia de relações é o objetivo do

presente trabalho. Para isto, tomamos como objeto empírico duas obras do gênero de

autoajuda: Treinando a emoção para ser feliz (2007) e 12 semanas para mudar uma vida

(2007), ambas do escritor brasileiro Augusto Cury. Como procedimento metodológico,

fazemos uso dos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso (AD) de

orientação francesa, atentando para os sentidos que são produzidos pelas relações de poder-

saber e consequente produção do ethos discursivo.

PALAVRAS-CHAVE: Ethos Discursivo. Literatura de Autoajuda. Relações de poder-saber.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE

ESPANHOL

Thayannyjacitha Lima e Silva (IFRN)

RESUMO: Este artigo tem por objetivo principal a produção de material complementar ao

livro Enlaces (OSMAN et al, 2010) utilizado no ensino de língua espanhola no ensino médio.

Para isso, foi criado um grupo na rede social Facebook, rede que foi lançada em quatro de

fevereiro de 2004, como ferramenta de ensino do espanhol. Este trabalho abordará, ainda, a

importância da internet no ensino de língua estrangeira, demonstrando seus benefícios para a

aquisição de uma nova língua, na qual proporciona o aumento do vínculo educador-aluno e o

aumento do espaço de estudo que não se limita apenas a sala de aula, posto que através da

internet os educadores obtêm o acesso a inúmeras possibilidades de apresentação e

abordagem do assunto desejado, aclarando dessa forma a relevância de grupos em um serviço

de rede social. Como referencial teórico, nos apoiamos em princípio nos autores Lázaro

(2004), García (2004), dentre outros. Destacamos através deste, que a criação das novas

tecnologias possibilitou ao educador estabelecer e rever novos processos metodológicos de

ensino, perceber que as informações e os conhecimentos se dispõem de maneira mais aberta,

funcionando como ferramentas instigadoras de aprendizado e que através desse meio de

comunicação, o aluno obtêm caminhos para participar de um contexto diferente do seu

habitual, e assim, absorver conteúdos espontaneamente. Principalmente quando o enfoque for

à língua estrangeira, já que o aluno irá conhecer além da forma gramatical da nova língua

estudada mais também, o universo das pessoas que são falantes nativos desta. Ao final,

mostraremos os passos para a criação do grupo, servindo como apoio ao professor do ensino

médio. Neste artigo não pretendemos apresentar conclusões definitivas, mas sim, alguns

indicadores que encaminhem para novas investigações na área.

PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais. Espanhol. Ensino Médio.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

LINGUAGEM NÃO VERBAL: ANÁLISE DE SUA FUNÇÃO NA CONVERGÊNCIA

ENTRE COMUNICAÇÃO E MODA

Nayana Gurgel de Moura (UFRN)

RESUMO: O presente artigo utiliza o livro Por que as comunicações e as artes estão

convergindo? (2007), da autora Lúcia Santaella, onde ela trata dos fatores que fazem com que

as comunicações e as artes convirjam entre si contemporaneamente, para transpondo esta

relação para a convergência entre comunicação e a moda, tratada aqui como uma forma de

expressão artística. Para tal análise empregamos a revista ffw>>mag! como exemplo da

corporificação deste fenômeno, que atua diretamentente na construção de saberes e nas

formas de sociabilidade por meio da linguagem não verbal. Entendendo a moda igualmente

como uma linguagem, de acordo com o livro Sistema da moda (2009), do autor Roland

Barthes; dando a moda à qualidade de sistema expressivo. Para o autor, a linguagem na moda

não é simplesmente um modelo de sentido, mas sim, o seu próprio fundamento. Partindo

deste prisma, a linguagem é um fator constitutivo perante o fenômeno da moda, sendo a partir

dela que a mesma constitui suas significações. Por fim, consideramos que a convergência

entre comunicação e moda acontece por meio da utilização da linguagem não verbal em todos

os aspectos materiais que envolvem, neste caso na mídia impressa; com a intenção de

estimular os ciclos do sistema da moda.

PALAVRAS-CHAVE: Linguagem não verbal. Convergência. Moda. Comunicação

impressa. ffw>>mag!.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

NA MINHA ESCOLA NÃO EXISTE PRECONCEITO DE GÊNERO – O DISCURSO

DE NEGAÇÃO DA HOMOFOBIA

Elielder de Oliveira Lima (SEDUC-UECE)

RESUMO: A proposição da pesquisa é analisar as estratégias discursivas adotadas por

gestores escolares e professores postos em situações nas quais se deparam com propostas

voltadas a desestabilizar sistemas de representações fundadas em ideias de normalidade

heterossexual e, portanto, a promover o enfrentamento à homofobia nas escolas. É inegável o

importante papel da escola na interlocução e discussão sobre a homofobia, uma vez que na

sociedade este ainda é um assunto negligenciado ou encarado sob pontos de vistas

preconceituosos e heterossexistas. Conceber o gênero como uma dimensão central no

processo de construção das identidades individuais e coletivas e com a consciência de que

este é um conceito de caráter processual – pois a identidade de gêneros é incessantemente

construída e reconstruída nas relações sociais de interação com outros indivíduos -, o fato de

escola ser uma instituição social reforça a pertinência de discutir a homofobia e problematizar

os discursos de negação que envolve a envolve. Ao problematizar os discursos dos gestores

escolares e professores e investigar os modos de interpelação de matrizes de enunciações,

observou-se que tais estratégias, nos contextos em que foram analisadas, refletiam não apenas

ditames da heteronormatividade, mas revelaram uma indisposição que, bem mais do que uma

indiferença, situa-se em uma resistência ou uma simples recusa, expressa em estado de

"negação" que tende a preservar intacto todo um quadro de opressão cujos centros

gravitacionais são a "masculinidade hegemônica" (CONNELL, 2005) e a

heteronormatividade. Uma negação que não raro pode configurar, na escola, numa espécie de

reação em contraposição a qualquer esforço em favor do "direito democrático à sexualidade"

(RIOS, s/d) e do reconhecimento dos "sujeitos da política sexual" (CORRÊA, 2006).

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Homofobia. Escola pública. Negação.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

NA MIRA DAS REENTRÂNCIAS E DOS ORIFÍCIOS: A CARNAVALIZAÇÃO DO

CORPO FEMININO NOS CARTUNS ERÓTICOS DE ANGELI

Patrícia Gomes de Mello Sales (PROLING/UFPB)

Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)

RESUMO: Pretendemos neste artigo discutir a carnavalização do corpo feminino nos cartuns

eróticos de Angeli, os quais foram publicados na rede digital. Para tanto, levamos em

consideração que tal carnavalização não prescinde de uma discussão acerca da constituição

sócio-histórica do corpo da mulher. Neste ínterim, buscamos subsídio teórico na noção de

carnavalização (BAKHTIN, 2010), no intuito de perscrutar a constituição de uma erótica do

corpo da mulher pretendida pelos cartuns, a partir de imagens exageradas desse corpo. Nossas

análises apontam que o corpo feminino dos cartuns de Angeli carnavaliza-se na medida em

que observamos uma ênfase desproporcional em algumas partes do corpo, principalmente nas

zonas erógenas, coadunando, assim, com a construção de uma erótica do corpo da mulher

amparada numa memória que circunscreve esse corpo. As imagens, conforme assinala

Pêcheux (1999), são responsáveis pela mobilização de uma memória social que inscreve os

discursos na rede da história. Dessa maneira, podemos constatar que, das imagens do corpo

feminino veiculadas pelos cartuns analisados, ressoam ecos de memória que inscrevem

discursivamente o corpo feminino. Esses movimentos de memória circunscrevem

historicamente o corpo e a história do sujeito mulher no que tange especificamente ao campo

da sexualidade. Portanto, a carnavalização do corpo feminino não está apartada das

representações sociais acerca do sujeito mulher, o que atesta o fato de a linguagem estar

permeada por diferentes acentos, pontos de vista, já-ditos, os quais estão visceralmente

atrelados às condições sociais e históricas.

PALAVRAS-CHAVE: Corpo feminino. Carnavalização. Cartuns Eróticos.

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O DIALOGISMO NO CIBERESPAÇO PELA EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS

PÚBLICAS SOBRE DROGAS

Débora Maria da Silva Oliveira (UFRN)

Maria da Penha Casado Alves (UFRN)

RESUMO: O presente trabalho revisita o conceito de gêneros do discurso à luz dos escritos

do Círculo de Bakhtin. Tem como lócus de pesquisa o blog www.proerdnosertao.com,

produzido por policiais militares formadores do PROERD - Programa Educacional de

resistência às Drogas, profissionais que desenvolvem atividades voltadas para a prevenção ao

abuso de drogas lícitas e uso de drogas ilícitas. O trabalho ora proposto é constituído por nove

(09) posts publicados durante o primeiro semestre de 2013, em torno dos quais queremos

saber: Como se efetivam os aspectos da cronotopia, ou seja, do horizonte espacial, temporal,

temático e valorativo (axiológico) que formam os efeitos de sentido no gênero blog?

Teoricamente, adotam-se os postulados apresentados pelas pesquisas de interlocutores como:

Acosta-Pereira, Rojo, Rodrigues, Faraco, Komesu, entre outros. Em termos metodológicos,

trata-se de uma investigação inserida no campo da Linguística Aplicada e segue vertente de

abordagem sociológica. Os resultados permitem compreender como os aspectos da cronotopia

se materializam enunciativamente no gênero blog para a construção de sentidos. No gênero

estudado, analisamos os posicionamentos ideológicos quanto à política de prevenção às

drogas, também vimos que os posts apresentam posições de autoria e destinatários próprios do

ciberespaço e condições sociais bem específicas em confluência com os horizontes citados. A

relevância da pesquisa situa-se no fato de trazer para o âmbito acadêmico produções próprias

do domínio do trabalho, contribuindo, significativamente para a expansão e o aprimoramento

das discussões acerca dos gêneros do discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Círculo de Bakhtin. Dialogismo. Gênero blog. Políticas públicas

sobre drogas.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

O DISCURSO DA TERRA ARRASADA NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO INÍCIO DA GESTÃO

ROSALBA CIARLINI

Bruno Emanoel Pinto Barreto Cirilo (UnP)

RESUMO: A pesquisa em questão tem a finalidade de estudar o uso da Assessoria de

Comunicação do Governo do Estado para propagar o discurso do gestor da ocasião. Para isso,

foi feita uma pesquisa no site do Governo do Estado do Rio Grande do Norte para identificar

como tudo ocorre. Constatou-se que um terço das matérias publicadas entre 1º de janeiro e 15

de fevereiro de 2011 tratavam de forma direta ou indireta de acusar o governo anterior pelas

dificuldades administrativas e reforçar o discurso da Terra Arrasada. O recorte temporal

escolhido se justifica por se tratar do período entre a posse da governadora Rosalba Ciarlini e

a primeira vez em que ela foi à Assembleia Legislativa fazer a leitura da mensagem

anual.Para estudar o material coletado, utilizou-se o método da Análise do Discurso inspirada

em textos de Michel Foucault e Patrick Charaudeau. O objetivo geral desse trabalho é analisar

a estratégia discursiva da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado do Rio Grande

do Norte com o fim especifico de responsabilizar a administração anterior e justificar medidas

impopulares e responder às seguintes perguntas: há elementos que remetam ao discurso da

terra arrasada nos textos do site do Governo? Existe influência do discurso político (com seus

interesses) no discurso administrativo em questão? O discurso da terra arrasada foi usado para

tentar convencer a população de que o DEM recebeu do PSB um Estado falido? O trabalho

partiu do pressuposto que essas medidas teriam efeito na opinião pública através do

agendamento dos assuntos abordados na mídia, mas uma pesquisa realizada pelo Instituto

Consult, usada como fonte neste trabalho, apontou que a estratégia não atingiu o objetivo

esperado.

PALAVRAS-CHAVE: Terra Arrasada. Discurso. Agendamento.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR

BRASILEIRO

Jaisna Araújo da Costa Oliveira (UERN)

Marcília Luzia G. C. Mendes (UERN)

RESUMO: Estudos revelam grande defasagem na qualidade do sistema de ensino brasileiro,

destacando o professor como o agente transformador dessa realidade. No entanto, a falta e/ou

sucateamento de recursos, baixos salários, condições de trabalho inapropriadas e,

principalmente, desvalorização dos profissionais da área, impedem que a educação avance

com índices positivos. Sabendo que a mídia como meio de divulgação e influência tem o

poder de persuadir as diferentes classes sociais, o Governo Federal passou a utilizar deste

artifício, por meio de propagandas institucionais, utilizando discursos que demonstram o seu

interesse em mudar esta realidade, embora as opiniões entre o que é apresentado e os fatos

observados no âmbito educacional sejam conflitantes. Nesse contexto, este trabalho se propõe

a analisar como é constituída a identidade dos professores brasileiros e quais os artifícios

midiáticos utilizados nas propagandas institucionais do Governo Federal. Diante das

propagandas observadas constatou-se a influência de duas propagandas cujas formas de

linguagens e mecanismos levam o telespectador a ver o professor como a base, como um

profissional responsável pela ascensão da sociedade num todo, despertando o desejo no

telespectador em seguir a profissão. Neste contexto, considera-se para fins de reflexão,

mostrar aos leitores, sejam eles professores, pais ou responsáveis, alunos e comunidade em

geral, os mecanismos, as tendências persuasivas e as ideologias utilizadas pelas propagandas

para a produção da identidade deste profissional e os efeitos de sentido agenciados pela mídia

televisiva.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Mídia. Professor. Discurso.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

O SILENCIAMENTO DA RUA CONDE D’EU NA CIDADE DE MOSSORÓ

Maria Goretti Medeiros Filgueira (ULHT, Lisboa Portugal)

RESUMO: O corpus do presente trabalho tem como foco inicial, um anúncio veiculado no

Jornal “O Mossoroense” sobre compra de escravos, efetuado pela Mossoró & Cia, localizada

a época na Rua Conde D´ Eu, abordado em Escravos da Ribeira do Apodi sob a ótica dos

Inventários pesquisado por Filgueira (1995), e desde sempre, o seu teor discursivo tem nos

intrigado sob diversos aspectos. Entretanto, nesse momento, nosso recorte investigado será

em torno das questões sobre as transformações das identificações deste logradouro

mossoroense. Ou seja, quais contextos sociais levaram a nomeação, depois, o

desaparecimento, as ressignificações identitárias e o silenciamento presente nas

representações coletivas sobre a antiga Rua Conde D`Eu na cidade de Mossoró? E,

simultaneamente, senão desvendar nos espaços urbanos desta cidade, o mapeamento de onde

localizava-se essa rua, pelo ao menos, perseguir acerca de uma regularidade discursiva que

leva a sua aproximação, bem como, trazer um pouco sobre o histórico da atuação de uma das

mais importantes Casas comerciais instaladas em Mossoró no Século XIX. Assim, no sentido

de dar visibilidade as dinâmicas sociais e históricas urbanas verificadas na cidade de Mossoró,

e em específico, sobre a as representações no imaginário social local, será de grande

importância o recurso metodológico da interpenetração da memória com a história.. A análise

do corpus será fundamentada através de um diálogo com alguns memorialistas e historiadores

regional e locais do século passado como: Nonato (1970), Souza (1979), (Cascudo 1955;

1974), e atual, Brito (2003), Filgueira (1995), Costa (2010), além dos teóricos do âmbito das

Ciências Sociais e Humanas nacional, Bosi (2007), Le Goff (2006), Carvalho (2005) e da

Análise do Discurso da linha francesa, (Orlandi 1994; 2005; 2007), dentre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Mossoró & Cia. Escravidão. Memória. História.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

PRÁTICAS SOCIAIS DE AMIZADE E SOCIABILIDADES NA INTERNET: COMO

AS RELAÇÕES NÃO PRESENCIAIS SE DÃO ATRAVÉS DO FACEBOOK?

João Carlos Magagnin (UERN)

RESUMO: Desde 1995 quando se fundamentaram as redes sociais digitais, a sociedade vem

adquirindo novas maneiras de relacionar. Fogem as versões presenciais e entram em voga as

não-presenciais, que se encarregam de digitalizar imagens, textos e vídeos em forma de

amizade. O Facebook é, desde 2010, um dos principais motivadores dessa relação. Segundo

Hernani Dimantas, vivemos hoje em uma sociedade conectada em rede, que modificou

drasticamente a forma como as pessoas se comunicam e como a sociedade se organiza, uma

vez que as redes sociais são constituídas por atores ligados através das interações e laços

sociais que criam. No presente artigo, utilizaremos estudos e teorias baseadas em Manuel

Castesls, Pierre Lévy, Raquel Recuero e Claudia Barcellos Rezende. Tendo em vista a

construção das redes sociais e o significado da amizade nessa web 2.0, migrando atitudes

reais para o virtual em detrimento dos novos ajustes sociais. Observando a ligação entre

pessoas em diferentes situações, que demonstram a flexibilidade da rede em aceitar amizades

ainda não experimentadas, ocasionalmente as referidas entre usuários de regiões diferentes.

PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais digitais. Facebook. Amizade. Relações.

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GT 12 - INFORMAÇÃO, CULTURA E PRÁTICAS SOCIAIS

RETALHOS: O CUIDADO DE SI COMO UM CULTIVO DA ALMA

Pâmella Rochelle Rochanne Dias de Oliveira (UERN)

RESUMO: Nos últimos anos as histórias em quadrinhos, sobretudo, na sua dimensão

autobiográfica vêm conquistando espaço e atenção da crítica especializada, chegando a

ganhar diversos prêmios, como é o caso da narrativa gráfica Maus (SPIEGELMAN, 1992),

ganhadora do prêmio Pulitzer. Desta forma, o presente artigo deriva de uma investigação

sobre HQs autobiográficas e sua relação com a estética da existência e as narrativas do

contemporâneo. Temos como objetivo travar discussões sobre a relação existente entre o

processo de resistência e constituição do sujeito, tomando por base a perspectiva da

positividade do poder e do cuidado de si, temas abordados por Michel Foucault em sua obra

tardia, na qual o autor acredita que o autoconhecimento e o cuidado de si fazem parte de um

processo de resistência do sujeito. Para tanto, iremos travar diálogo com os estudos culturais

que possui um debate acerca da identidade, além de realizarmos uma análise discursiva de

perspectiva francesa da obra Retalhos (2009) de Craig Thompson, narrativa gráfica de caráter

autoral, que em linhas gerais narra a história do escritor Thompson, a partir da sua infância até

o início da vida adulta, explicitando os jogos de poder, a escrita autobiográfica e a estética da

existência, em torno da temática do Cuidado com si mesmo, tema este, evidenciado por

Foucault em seus últimos trabalhos, ou como denominam alguns autores, na fase da ética de

si.

PALAVRAS-CHAVE: Retalhos. Cuidado de Si. Poder. Resistência.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

A INTERNET COMO SUPORTE PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE

ENSINO/APRENDIZAFEM DE LÍNGUA INGLESA

Ana Paula Pereira da Costa Debus

Keyla Maria Frota Lemos

RESUMO: A Internet tem sido utilizada diariamente, seja em redes sociais, e-mail, blogs,

sites, etc. Com o crescente acesso aos aparelhos tecnológicos e ao uso da Internet, é de suma

importância que os professores conheçam os gêneros virtuais para, assim, fazer o melhor uso

dos mesmos em sala de aula. No processo de ensino/aprendizagem em uma segunda língua o

uso da Internet em sala de aula pode aumentar o interesse e a interação dos alunos, além de

facilitar na aprendizagem, pois em alguns gêneros virtuais existem recursos de mídias, a

hipermídia, que possibilita a prática das quatro habilidades (compreensão e produção oral,

compreensão e produção escrita) na sala de aula de língua estrangeira. Este estudo tem como

objetivo principal mostrar como a Internet pode ser um bom recurso para o

ensino/aprendizagem de Língua Inglesa. Como base teórica desta pesquisa, temos Lévy

(1993, 1996, 1999), Kervin (2011), Freitas (2006), Tomich (2005) e Lemos (2011) para a

composição acerca do hipertexto. Para a discussão sobre os gêneros virtuais e ensino, nos

baseamos em autores como Santos (2011), Araújo (2007, Bernardes (2005), Brown (2001),

Ribeiro (2007) e Tomlinson (2011). A pesquisa foi realizada em uma escola pública no

município de Angicos, com alunos do 3º ano do Ensino Médio que participaram do projeto

intitulado “O ensino e aprendizagem de Línguas Estrangeiras mediados por computadores”.

Durante o projeto, os alunos tinham aulas de Inglês utilizando a Internet uma vez por semana,

durante dois meses. Logo após o projeto, foi aplicado um questionário com os alunos para

saber se estes tinham sido motivados a aprender esta Língua Estrangeira, além de um teste de

nível básico, com o objetivo de analisar a aprendizagem adquirida por estes alunos. Os

resultados mostraram que além de motivar os alunos, a Internet facilita a compreensão desta

Língua Estrangeira, pois oferece suportes e infinitas opções para que tanto o professor como o

aluno possam utilizar esta ferramenta de maneira proveitosa. Com esta pesquisa, esperamos

contribuir para a área de ensino/aprendizagem em Línguas Estrangeira.

PALAVRAS-CHAVE: Internet. Ensino/aprendizagem. Inglês.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

A MULTIMODALIDADE E O ENSINO CRÍTICO DE LEITURA NA ESCOLA

Eliete Alves de Lima (UERN)

Luciana Pereira dos Santos (UERN)

Marcos Nonato de Oliveira (UERN)

RESUMO: Este trabalho tem o propósito de explorar as teorias sobre o processo de leitura de

texto de diferentes materialidades, ou seja, que contemplem não apenas o texto verbal, mas

também o não verbal, priorizando as implicações no contexto escolar. O estudo se insere na

perspectiva sociocognitiva, por meio da teorização, da análise e das implicações de atividades

de leitura na escola. O presente estudo tem o escopo de promover a reflexão sobre o ensino e

a aprendizagem de leitura por meio dos textos multimodais, cuja reflexão sobre a língua

aborda a questão das materialidades significantes. Nessa perspectiva, destacaremos a natureza

dinâmica e multifacetada dos textos que pertencem a diversos gêneros discursivos, através dos

quais os sujeitos sociais interagem com o mundo globalizado. Tendo os textos essas

características é possível afirmar que em sua constituição existem elementos semióticos que

também são responsáveis pela constituição do seu sentido. O objetivo deste estudo, portanto,

é investigar a relação entre a multimodalidade e o ensino de leitura realizada na escola. Trata-

se de uma pesquisa bibliográfica e de foco interpretativista e qualitativo. Nesse sentido, serão

considerados autores como: Kleiman (2004); Dionísio (2005); Vieira (2007); Rojo (2012).

Grosso modo, o desafio da escola, na atualidade, é de despertar o interesse do educando para a

leitura de textos multimodais e capacitá-los para construir significados de forma crítica ao

entrar em contato com a diversidade textual que circula dentro e fora da escola.

PALAVRAS-CHAVE: Multimodalidade. Leitura. Escola.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

A RELEVÂNCIA DOS ESTUDOS DO LETRAMENTO CRÍTICO PARA A

EDUCAÇÃO NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

Jhuliane Evelyn da Silva (UFCG)

Marco Antônio Margarido Costa (UFCG)

RESUMO: O estreitamento das distâncias tanto espaciais quanto temporais bem como o

desaparecimento de fronteiras são algumas das características mais visíveis da globalização.

Consequentemente, as pessoas estão tendo suas vidas econômica, social e cultural cada vez

mais interligadas (KUMARAVADIVELU, 2003), havendo uma linha muito tênue que separa

o global do local assim como o oposto. O hibridismo resultante dessa interconexão global,

porém, acaba por levar a um “pluralismo igualitário” (MERRYFIELD; DUTY, 2008) que

nega a individualidade e a diferença, e que afeta o planeta como um todo. A educação

também é uma das áreas que está sendo fortemente influenciada pelos efeitos da globalização.

Assim, já não se pode conceber um ensino que desconsidere fatores como a comunidade, o

sujeito ou o contexto em que se vive. A escola deve deixar seu papel de espaço a se aprender

para constituir-se como espaço a se construir conhecimentos, questionar verdades absolutas e

(des) construir crenças. É nesse contexto que se faz relevante os estudos do Letramento

Crítico (LUKE; FREEBODY, 1997; MENEZES DE SOUZA;MONTE MÓR, 2006) que

objetiva a educação para a cidadania, uma que permita ao aprendente participar como cidadão

ativo, competente e crítico do seu processo de aprendizagem bem como relacionar-se e pensar

o mundo de forma diferente da tradicional (MOTTA, 2011). Portanto, por compreendermos

ser dever do professor e do aluno produzirem seu próprio conhecimento, levando em conta os

aspectos individuas dos mesmos e o contexto no qual vivem, uma vez que a

escola/universidade e a sociedade devem andar juntas, propomos uma reflexão teórica sobre

os conceitos acima apresentados – globalização e seus efeitos, educação e letramento crítico,

por acreditarmos no empoderamento dos sujeitos a partir desse debate.

PALAVRAS-CHAVE: Globalização. Educação. Letramento Crítico.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

ANÁLISE DA ABORDAGEM AVALIATIVA DOS PROFESSORES DE

INGLÊS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA MAÍSA

Maria Geiza Ferreira Freire (UERN)

RESUMO: O referido trabalho apresenta considerações a respeito da prática avaliativa do

professor de inglês no processo de ensino e aprendizagem de língua inglesa, buscando

relacionar as teorias de avaliação com a atual prática desenvolvida pelo professor dentro da

sala de aula. O objetivo geral desse trabalho é investigar quais as concepções de avaliação que

são utilizados no cotidiano escolar. Como objetivos específicos, analisamos o papel da

avaliação no dia-a-dia de uma escola de ensino fundamental; especificamos os diferentes

entendimentos sobre a temática na visão de diferentes autores; e analisar de que forma essa

prática vem sendo trabalhada nas aulas de Língua Inglesa. Nesta análise, procuramos

apresentar como embasamento teórico quais os critérios que necessitam ser seguidos para que

se realize uma boa avaliação da aprendizagem escolar. Em seguida, comparamos o material

pesquisado com a prática avaliativa do professor de língua inglesa da Escola Estadual

Gilberto Rola. Pudemos constatar que a abordagem nos padrões tradicionais behavioristas,

ainda predomina na maior parte das escolas, vem sendo a prática docente, apesar da definição

atual de avaliação e sua propriedade no processo de ensino e aprendizagem, na qual a

avaliação é considerada um processo de avaliação não do aluno, mas do próprio processo de

aprendizagem, o que deve ser considerado na avaliação na disciplina de língua inglesa. Como

fundamentação teórica utilizamos autores de renome na área, tais como Brown (2004), Rivers

(1975), Moita Lopes (1996), Leffa (1988), na área de ensino e avaliação da língua inglesa.

Hoffmann (1995), Sant`Anna Luckesi (2005), os PCN’s (1998 e 2002), Oliveira (1991), e

Lima (1994),na área de avaliação geral.

PALAVRAS-CHAVE: Avaliação da aprendizagem. Prática avaliativa. Língua Inglesa.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

ANÁLISE DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE: O FATOR

MOTIVACIONAL E A PRODUÇÃO ORAL NA SALA DE AULA DE ESPANHOL DO

IFRN

Renata Arnaud de Lucena Praxedes (IFRN)

Raquel de Araújo Serrão (IFRN)

RESUMO: Este trabalho é um relatório crítico-reflexivo fruto das atividades relativas ao

Estágio Docente Supervisionado II do curso de Licenciatura em Espanhol do IFRN e tem

como objetivo observar e caracterizar a sala de aula e a prática docente a fim proporcionar a

integração entre teoria e prática, com base na interdisciplinaridade, para suscitar reflexões

sobre a tarefa de ensinar nos acercando à realidade do universo educacional. A observação

ocorreu na turma de Mecânica do quarto ano do Ensino Médio Integrado do IFRN – Campus

Natal Central durante as aulas da disciplina de Língua Espanhola. Descrevemos situações

observadas na sala de aula e, em seguida, as discutimos com a finalidade de encontrar um

caminho que seja mais proveitoso para o processo de ensino e aprendizagem do espanhol

como língua estrangeira. Focar-nos-emos na discussão sobre o fator motivacional da aula

observada, embasados nos textos de Griffin (2005), Söhrman (2007), Cabrera, Donoso e

Marín (1994), pois pudemos observar que os alunos não demonstraram interesse em realizar

os objetivos propostos pelo professor. Assim propomos a utilização do texto literário como

gerador de motivação uma vez que, por ser um material autêntico, proporciona ao aluno

deparar-se com uma situação de uso real da língua o que lhe proporciona um objetivo

autêntico e, assim, um maior interesse (DUFFY & MALLEY, 1991, ALBALADEJO, 2007).

Trataremos ainda do papel da produção oral na aprendizagem de uma língua adicional, para

isso nos apoiaremos nos textos de Castro e Cabrera (2004) e López (2004). Vimos que

durante a aula a destreza oral dos alunos não foi desenvolvida. Isso pode provocar um

estancamento da aprendizagem, pois somente com a prática oral o aprendiz pode passar do

processamento controlado a um processamento automático da linguagem, ou seja, o aluno só

alcança fluência na LE se tem suficientes oportunidades de praticar a fala.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Espanhol. Fator motivacional. Produção oral. Leitura

literária.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

AS CONTRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Claudia Janaina Galdino Farias (UFCG)

RESUMO: O presente artigo tem por principal objetivo apresentar as contribuições de

eventos de formação continuada vivenciados por professores de Língua Portuguesa

envolvidos no Programa Ensino Médio Inovador, doravante ProEmi. A pesquisa foi realizada

em uma escola pública estadual da zona urbana da cidade de Campina Grande – PB, durante

os meses de Junho e Julho de 2013. Para tanto, participamos e audiogravamos três eventos de

formação, todos voltados para a elaboração de enunciados para questões didáticas, ministrado

por uma professora da área de Letras da Universidade Federal de Campina Grande. A referida

formação continuada aconteceu na própria escola em que trabalham os docentes e, diante das

experiências vivenciadas, concluímos que a formação recebida contribuiu significativamente

para a formação profissional do professorado. Para fundamentação de nosso estudo nos

apoiamos em Alves (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nóvoa

(1991), Perrenoud (2002) e Tardif (2002). É importante destacar a relevância dos estudos da

Linguística Aplicada para a realização de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem

contribuído expressivamente para o desenvolvimento de pesquisas dessa grande área que se

consolidou como Formação de Professores.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio Inovador. Formação continuada. Contribuições.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

AS NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO-APRENDIZAGEM

DE LEITURA E DE ESCRITA

Maria Poliana Ferreira de Lima Aquino (UERN)

Edimar Ferreira de Souza (UERN)

RESUMO: Com o advento das novas tecnologias muitas mudanças têm acontecido nas

sociedades contemporâneas. Inseridos nesse contexto de revolução digital em todo o planeta,

a escola não poderia estar de fora desse patamar de inovações, em que o novo mistura-se às

velhas concepções de aprendizagem de conhecimentos. A escola como espaço privilegiado de

construção de saberes precisa repensar as suas antigas práticas e inovar através das novas

tecnologias disponíveis aos alunos, tendo em vista estes estarem inseridos nesse contexto

virtual fora do ambiente escolar – seja em casa, seja em lan houses – entre tantos outros

pontos de acesso à informática, à internet. Nesse sentido, a escola, mais especificamente o

trabalho do professor de língua materna, no tocante a leitura de textos diversos e a

consequente habilidade de produção textual, precisa introduzir cada vez mais as novas

tecnologias nas suas tarefas pedagógicas em sala de aula. Sabemos o quanto tem sido difícil o

trabalho do professor de língua portuguesa em construir/instigar no alunado a leitura

proficiente de textos diversos, bem como competência linguística/discursiva para produzir

textos dentro das características que cada gênero textual. Este estudo, que se caracteriza como

uma pesquisa teórica, tem como objetivo investigar o uso das novas tecnologias relacionadas

ao ensino de leitura e de escrita no espaço da sala de aula de língua portuguesa. Para tanto,

discutiremos autores como: Antunes (2009); Xavier (2005); Rojo (2012); entre outros.

Portanto, partimos da ideia de que a internet se tornou, nos dias de hoje, uma das mais

importantes ferramentas da comunicação humana.

PALAVRAS-CHAVE: Novas tecnologias. Leitura. Escrita.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

AVALIAÇÃO DOCENTE: O OLHAR DO OUTRO SOBRE O EXERCÍCIO

PROFISSIONAL DO PROFESSOR

Diego Martín Bravo (UFRN)

RESUMO: A atividade docente tem se tornado, nos últimos tempos, conscientemente

complexa a partir da consideração dos múltiplos elementos intervenientes no processo

educativo, especificamente, no ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira. Por isso este

trabalho, que forma parte de uma pesquisa desenvolvida no nível de mestrado de uma

universidade do nordeste brasileiro, objetiva compreender e interpretar de que maneira a

avaliação feita pelo aluno, através de uma proposta institucional integrada de avaliação, pode

modificar, ou não, a construção identitária do docente universitário dos cursos de Letras /

Espanhol da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Para esse propósito

utilizam-se como corpus os relatórios de avaliação docente disponíveis no sistema integrado

de gestão de atividades acadêmicas (SIGAA) desta instituição. Toma-se para discussão, nesta

etapa inicial, a primeira dimensão do instrumento avaliativo que propõe considerar aspectos

didáticos e éticos da atividade docente. Para sua análise consideramos os conceitos de (i)

identidade, proposto por Bajoit (2009) e fundamentado no espaço dos estudos culturais da

pós-modernidade por Hall (1987) e Bauman (2005), e da (ii) alteridade a partir de uma

perspectiva dialógica do discurso fundamentada em Bakhtin (2003) e Oliveira (2011). O

estado embrionário de nossa pesquisa não nos permite apresentar resultados e interpretações

mais acabadas, no entanto, propõe tecer algumas considerações sobre a reflexividade do

docente universitário.

PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores. Identidade Alteridade.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

COMUNICAÇÃO, NEM SÓ A BOCA FALA

Daniel Soares Dantas (UFCG)

RESUMO: A comunicação ainda é uma das maiores barreiras enfrentadas pelas pessoas

surdas. Em um mundo oralizado e sonoro, esses indivíduos parecem criaturas estranhas em

seu próprio país, isso porque não conseguem acompanhar o ritmo barulhento de uma

sociedade carregada de preconceitos que parecem gritar aos ouvidos até daqueles que não

ouvem. Comunicar-se é uma necessidade vital, afinal toda e qualquer intenção humana é

veiculada pela comunicação que se torna uma ponte de ligação entre as partes afins. Com base

nesse critério da importância do comunicar-se, o professor intérprete Daniel Dantas idealizou

o projeto Comunicamão, nem só a boca fala-Curso básico de LIBRAS na tentativa de

aproximar um aluno surdo das demais pessoas da escola; professores, alunos, funcionários e

todos aqueles que o rodeiam para que assim possa promover a inclusão escolar e garantir que

todos aprendam a Língua Brasileira de Sinais por meio de um curso de LIBRAS, dando

oportunidade de o aluno participar ativamente da vida escolar e aos professores e demais

alunos, estabelecerem um elo entre o sujeito surdo por meio do contato com a nova língua. As

aulas acontecem uma vez por semana com aprofundamento em atividades para casa e

discussão em sala. Com estudos teóricos e atividades práticas, usando recursos tecnológicos e

outros aparatos que chamam atenção dos alunos para o aprendizado da LIBRAS e os instiga a

conhecer e aprofundar os estudos nessa área. Para tornar as aulas ainda mais atrativas foi

criado um coral de músicas em LIBRAS, onde se aprende os parâmetros que a fundamentam.

Desse modo os alunos estudam a música e é feita a colocação dos sinais adequados a ela.

Essas músicas são escolhidas com base nos conteúdos trabalhados a fim de inserir sinais em

um contexto, para tornar fácil e prática a assimilação por parte dos alunos. As músicas

ensaiadas pelos alunos serão apresentadas na cerimônia de encerramento do curso, mostrando

a comunidade os frutos provenientes das aulas. É preciso entender que nem só de ouvintes é

constituída a escola, que não há homogeneidade onde todos aprendem da mesma forma, e

principalmente compreender que a inclusão veio para que nos desprendamos de modelos

arraigados e inovemos as nossas práticas. A inclusão da pessoa com deficiência é uma

realidade que merece atenção, respeito e garantia de sua efetivação.

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação. LIBRAS. Inclusão. Aluno. Respeito.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE MATERIAL DIDÁTICO: UMA AVALIAÇÃO DO

LIVRO AMERICAN HEADWAY STARTER B.

Késia Maressa Costa Moraes Xavier (UERN)

Deny de Souza Gandour (UERN)

Margarete Solange Moraes (UERN)

RESUMO: O ensino de língua estrangeira é uma área de atuação que requer do professor,

dentre outras coisas, uma constante atualização acerca de recursos pedagógicos atrativos e

eficientes. Dentre os mais variados tipos de materiais utilizados em sala de aula, o mais

recorrente costuma ser o livro didático, uma vez que esse recurso oferece diversos benefícios,

tanto para o professor quanto para o aluno. Portanto, para a escolha do livro didático, é

importante que o professor estabeleça uma série de critérios, levando em consideração

principalmente os objetivos do curso. Nesse sentido, este trabalho traz como proposta a

avaliação da primeira edição do livro didático American Headway Starter B com base em

uma série de critérios sugeridos pelos autores Tomlinson, (2011), Brown (2007) e outros. O

livro avaliado apresenta layout atrativo, bem como tópicos e atividades interessantes,

procurando equilibrar a prática das quatro habilidades e o desenvolvimento da precisão e da

fluência dos estudantes. Esse material oferece um grande suporte para os alunos através do

livro de exercícios e o CD de áudio, facilitando assim a aprendizagem dentro e fora da sala de

aula. Quanto aos fatores sociolinguísticos, pode-se dizer que embora apresente informações

sobre outros países de língua inglesa, há certa predominância do inglês americano. Outra

observação desfavorável é o fato de que a maioria das atividades requer respostas previsíveis,

sem que os alunos usem a criatividade.

PALAVRAS-CHAVE: Livro didático, avaliação de material didático, ensino de língua

inglesa.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

DISCURSO E IDENTIDADE DOCENTE

DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA EM FORMAÇÃO

José Wanderley Alves de Sousa (UFCG/CFP/PIBID/CAPES)

RESUMO: É consensual a observação de que a formação dada aos profissionais, pela maioria

dos cursos de Letras do Brasil, não constitui atributo suficiente para a geração do perfil do

professor de línguas e literaturas, requerido no contexto das mudanças que vêm ocorrendo na

Educação e na sociedade, atualmente. Nesse sentido, entende-se que a Prática de Ensino em

Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno uma postura crítica e ativa sobre o objeto de

ensino da disciplina, quer seja este a língua, a linguagem, a leitura, a produção de textos, além

do diálogo com as respectivas literaturas. Deve, portanto, possibilitar a construção de

conhecimentos relevantes para a compreensão da realidade do educando e solução de

situações-problema de usos da língua. Nessa direção, o presente trabalho reflete sobre a

formação da identidade do professor de língua portuguesa, a partir da análise do conjunto de

memoriais apresentados por alunos bolsistas do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência

(PIBID – Português) e alunos da disciplina Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do

período 2012.2 e 2013.1, do Curso de Letras do CFP-UFCG. Buscamos, especificamente,

elucidar o que os discursos dos alunos revelam como marcas identitárias da docência de

língua portuguesa e que passos têm sido percorridos para a construção dessa identidade, ao

longo da formação acadêmica dos mesmos. Entendemos, portanto, que os memoriais

permitem o questionamento, a reflexão e ressignificação de experiências e saberes de

professores em formação.

PALAVRAS-CHAVE: Formação de Professores. Língua Portuguesa. Identidade Docente.

PIBID.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS

CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS

Dayana Maria Freitas França (UERN)

Antonia Lidiana da Silva Moreira (UERN)

Orientadora: Edmar Peixoto de Lima (UERN)

RESUMO: Esse artigo é parte de um trabalho monográfico resultante da pesquisa: Teses

acerca (do ensino) de gramática em discursos de professores universitários do curso de

Letras/CAMEAM, vinculado ao GPET – Grupo de pesquisa em Produção e Ensino de Texto.

Nesse trabalho, apresentamos como objeto de estudo o discurso de docentes do curso de

Letras Vernáculas do Campus Avançado “Profa Maria Elisa de Albuquerque Maia”-

CAMEAM/UERN, em que nos propomos a investigar o ethos revelado por esses docentes

quando discutem concepções de gramática, mediante a análise das teses e argumentos

utilizados no discurso desses sujeitos. Para tanto, o nosso aporte teórico é fundamentado nos

estudos vinculados à Teoria da Argumentação no Discurso (TAD) em que tomamos como

aparato teórico os estudos de Perelman e Tyteca (2005), Reboul (2004), Orlandi (2006),

Abreu (2006), Meyer (2007), para as discussões sobre o ethos os postulados de Aristóteles

(2007), Amossy (2008) e Maingueneau (2008), como também dos estudos de Antunes (2003),

Geraldi (2006), de Travaglia (2008), acerca da linguagem, mais especificamente, das

atividades ligadas ao ensino da gramática da língua materna; dentre outros teóricos. Nosso

corpus se constitui de duas entrevistas com docentes do curso de Letras Vernáculas. Em que

tratamos de identificar inicialmente as teses defendidas por esses sujeitos, seguidas dos

argumentos que constituem seus discursos, para que chegássemos a um detalhamento do

ethos que esses docentes revelam quando discutem concepções de gramática. Os resultados

dessa pesquisa apontam que os docentes em questão revelam o ethos de profissionais

funcionalistas, que veem o ensino de gramática com base nas concepções de gramática de uso

ou mais especificamente da gramática funcionalista.

PALAVRAS-CHAVE: Argumentação no discurso, Ethos, Concepções de gramática.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

GRUPOS NO FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE

ESPANHOL

Thayanny Jacitha Lima e Silva (IFRN)

RESUMO: Este artigo tem por objetivo principal a produção de material complementar ao

livro Enlaces (OSMAN et al, 2010) utilizado no ensino de língua espanhola no ensino médio.

Para isso, foi criado um grupo na rede social Facebook, rede que foi lançada em quatro de

fevereiro de 2004, como ferramenta de ensino do espanhol. Este trabalho abordará, ainda, a

importância da internet no ensino de língua estrangeira, demonstrando seus benefícios para a

aquisição de uma nova língua, na qual proporciona o aumento do vínculo educador-aluno e o

aumento do espaço de estudo que não se limita apenas a sala de aula, posto que através da

internet os educadores obtêm o acesso a inúmeras possibilidades de apresentação e

abordagem do assunto desejado, aclarando dessa forma a relevância de grupos em um serviço

de rede social. Como referencial teórico, nos apoiamos em princípio nos autores Lázaro

(2004), García (2004), dentre outros. Destacamos através deste, que a criação das novas

tecnologias possibilitou ao educador estabelecer e rever novos processos metodológicos de

ensino, perceber que as informações e os conhecimentos se dispõem de maneira mais aberta,

funcionando como ferramentas instigadoras de aprendizado e que através desse meio de

comunicação, o aluno obtêm caminhos para participar de um contexto diferente do seu

habitual, e assim, absorver conteúdos espontaneamente. Principalmente quando o enfoque for

à língua estrangeira, já que o aluno irá conhecer além da forma gramatical da nova língua

estudada mais também, o universo das pessoas que são falantes nativos desta. Ao final,

mostraremos os passos para a criação do grupo, servindo como apoio ao professor do ensino

médio. Neste artigo não pretendemos apresentar conclusões definitivas, mas sim, alguns

indicadores que encaminhem para novas investigações na área.

Palavras-chave: Redes sociais. Espanhol. Ensino Médio.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

LETRAMENTO DIGITAL: CONCEPÇÕES DOCENTES

Lília dos Anjos Afonso (UFPB)

Maíra Cordeiro dos Santos (IFRN)

RESUMO: As pesquisas acerca dos estudos sobre o letramento digital constituem-se como

necessárias na atualidade, pois, a cada dia, a multiplicidade de informações que tomam conta

do ciberespaço faz parte da realidade comunicativa das pessoas, sobretudo, dos que estão

envolvidos em um contexto educacional. No espaço virtual, alunos e professores que

ingressam em um curso superior à distância estão apoiados nos ambientes virtuais de

aprendizagem como uma das formas mais eficazes na promoção do processo de ensino on-

line. Sendo assim, o objetivo deste artigo é estabelecer uma análise acerca das concepções de

letramento digital que envolve o docente, mediante a necessidade de verificar principalmente

como foram induzidos a adquirir as práticas de letramento e sua respectiva atuação. Para

tanto, analisaremos o trabalho docente em cursos superiores à distância, observando como sua

prática de letramento afeta e influencia o seu desempenho na plataforma educacional on-line.

Como base teórica para a confecção deste trabalho é fundamental a utilização de referências

de autores que trabalham a teoria que envolve as noções de letramento e letramento digital,

tomando como base principalmente os textos de Soares (2002) e Soares (1998) que trabalham

as concepções e conceitos sobre letramento. Palloff e Pratt (2004), Matos (2012), Pereira

(2012), Silva e Moraes (2009), Souza (2007) e Xavier (2005) trabalham sob a perspectiva das

diferenças entre letramento e letramento digital, Freitas (2010). Por fim, Souza (2010),

Moreira (2012) e Ribeiro (2012) trabalham a relação específica entre letramento digital e

concepção da prática docente. Todas estas referências contribuem para a construção da

formulação teórica deste artigo. No tocante aos instrumentos de pesquisa, serão usados

questionários para averiguar, sobretudo, a concepção de letramento digital destes docentes.

Desta forma, além das respostas quantitativas obtidas, a análise dos dados consistirá em

verificar a real situação de letramento digital dos professores entrevistados, apontando se o

nível de letramento está compatível com o desenvolvimento tecnológico da realidade atual,

uma vez que o ciberespaço mostra um cenário em que coexistem múltiplas tecnologias. Estas

definições certamente fornecerão os alicerces para indicar os possíveis problemas e,

consequentemente, apontar formas de aperfeiçoar a inclusão digital que possa favorecer o

desenvolvimento do trabalho destes docentes envolvidos no ensino superior à distância.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Letramento Digital. Educação a Distância. Inclusão

Digital.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

LETRAMENTO: O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA E SUAS PRÁTICAS

Débora Katiene Praxedes Costa (UERN/PROFLETRAS)

Kelli Karina Fernandes Freire (UERN/PROFLETRAS)

RESUMO: Os estudos do letramento têm evidenciado novos caminhos para a formação

docente, influenciando de forma direta em sua prática. Seguindo por este percurso,

refletiremos sobre as possibilidades de práticas escolares que levem em conta o

desenvolvimento de habilidades e competências do aluno como ser individual e social.

Pretendemos, neste trabalho, refletir sobre a importância dos estudos de Letramento na

formação do professor de língua materna, além de contextualizar as práticas escolares como

práticas sociais, tendo em vista as implicações na prática de ensino e aprendizagem na sala de

aula. Para isso, escolhemos duas propostas de atividades de escrita e (re)escrita para

analisarmos à luz das teorias de Kleiman (2005, 2008), Silva (2009), Antunes (2003) e

Marcuschi (2003) e verificarmos se há uma consonância entre teoria e prática. Diante das

leituras e discussões sobre a atuação do professor, constatamos que os planos de ensino

analisados apresentam propostas com pontos condizentes com o que foi visto nos textos

estudados, uma vez que são desenvolvidas com base no uso concreto e social da língua e

envolvem práticas escolares adequadas às características do aprendiz e às situações de

interação entre os conhecimentos adquiridos por meio da leitura e da prática da escrita.

Assim, atestamos o papel do professor como agente do letramento e, dessa forma, como o

responsável por promover práticas que estimulem em seus alunos as capacidades para sua

inserção nas mais diversas situações em que se faça necessário o uso da escrita. Para isto, o

docente precisa ter os conhecimentos imprescindíveis para fundamentar suas ações e levar em

conta se estas terão função na vida dos seus alunos, se promoverão suas

capacidades/habilidades levando-os a participarem ativamente das mais diversas atividades

em seu meio social. Em suma, os estudos do letramento permitem ao docente um trabalho

efetivo no ensino aprendizagem. O letramento docente, assim, oportuniza ao professor ser um

agente social do conhecimento e não só um mero transmissor de saberes.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Formação do professor. Práticas escolares. Contexto

social.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

O BLOG COMO SUPORTE DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO ENSINO DE LÍNGUA

PORTUGUESA

Josefa Christiane Mendes Martins (UERN)

Sebastiana Rafaela Silva Pinto (UERN)

Cristiane Lins da Silva (UERN)

Manoel Guilherme de Freitas (UERN)

RESUMO: Este artigo objetiva refletir sobre as práticas não silenciadas de leitura e de escrita

atuais, a partir da utilização do blog: “Conexão & leitura” nas aulas de aula da disciplina

Língua Portuguesa, da escola-campo do subprojeto: “Ler para retextualizar interagindo com

as linguagens”, ou seja, Escola Estadual Professora “Maria Edilma de Freitas”, do Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- (PIBID/CAMEAM/DLV/UERN). Para tanto,

será um suporte pedagógico virtual/textual para que os alunos in loco possam ler, produzirem,

discutirem, interagirem através de postagens, dos comentários, dos compartimentos, sendo

que a ênfase inicial dar-se-á através das postagens e das análises das obras adotadas pelo

PSV/2014, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - (UERN). Assim sendo,

alimentaremos discursivamente/interativamente o corpus de estudo em Almeida (2008),

Bakhtin (1995), Moore (1997), Mussalin (2005), Koch & Elias (2009, 2010), dentre outros

que se fizerem necessários. Assim sendo, permitirá a troca comunicativa e/ou discursiva entre

os alunos-aprendizes, ao mesmo tempo em que abrirá a escola-campo a pluralidade discursiva

e interativa da língua entre os seus enunciadores. Portanto, é nesse pensar pedagógico, que

automaticamente, consubstancia com a ruptura da tradição escolar de gramática, bem como na

imersão dos recursos tecnológicos nas aulas de Língua Portuguesa, que atuará este suporte

textual/discursivo/virtual, buscando a formação de alunos sujeitos, alunos leitores e

produtores de textos em potencias na língua.

PALAVRAS-CHAVE: Blog, Suporte. Língua Portuguesa. Ensino. Alunos-aprendizes.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PROFESSOR DE ESPANHOL NO PARFOR:

ANÁLISES DAS ATIVIDADES REALIZADAS COMO PRÁTICAS DE

LETRAMENTO

Carlos Henrique da Silva ( UFRN)

RESUMO: As exigências da formação continuada de professores para atuarem na educação

básica, corrobora com as orientações preconizadas pela Lei de Diretrizes e Bases Nacional

(LDB). Assim, o Plano Nacional de Professores da Educação Básica (PARFOR) oferece

cursos para atenderem as demandas sociais nas mais diversas necessidades: I- Licenciatura;

II- Segunda Licenciatura e III- Formação Pedagógica. Entre estes cursos ofertados destaca-se

a Licenciatura Letras Espanhol para cumprir o que determina a lei 11.161 de 05 de agosto de

2005 (Lei do Espanhol) sancionada pela presidência da república do Brasil. Como etapa final

dessa formação, os professores realizam em salas de aulas os Estágios Supervisionados I e II.

Nesse processo lançam mão de diversas atividades que se efetivam como práticas de

letramento, percebendo a leitura e a escrita como práticas sociais para atingirem os objetivos

no estágio supervisionado de Língua Espanhola. O presente trabalho objetiva pesquisar

algumas práticas de letramento utilizadas nessa etapa da formação, sob o olhar dos alunos

participantes do referido estágio. Para isso, serão utilizados questionários com perguntas

abertas, a fim perceber quais são essas práticas. Metodologicamente o trabalho insere-se no

âmbito da Linguística Aplicada e segue uma abordagem de natureza interpretativista. Como

aporte teórico lançaremos mão dos postulados do letramento de BARTON & HAMILTON

(2000); da formação de professores de línguas estrangeiras BIZARRO &SILVA (2004) e

FERNÁNDES & CALLEGARI (2009). Os resultados preliminares apontam uma diversidade

de práticas de letramento, que pode contribuir para uma melhor formação de professores e

para o aprendizado do aluno na aquisição de segunda língua.

PALAVRAS-CHAVE: Formação. Professor de Espanhol. Práticas de letramento.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

O GÊNERO JOKE COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE

INGLÊS NO ENSINO MÉDIO

Paulo Rodrigo Pinheiro de Campos (IFRN)

RESUMO: Em nossa discussão desenvolveremos uma reflexão sobre o gênero joke como

ferramenta de ensino-aprendizagem de Inglês como Língua Estrangeira (ILE). Vale salientar

que nossa concepção de ensino-aprendizagem de língua estrangeira não contempla apenas a

formação de usuários fluentes de um aparelho linguístico. Por isso, buscamos nas jokes um

recurso adicional para a formação de cidadãos conscientes e críticos, os quais têm capacidade

para se posicionar no mundo de forma ativa e para interagir com o outro e com o mundo,

estando aptos para compreender tanto este quanto aquele. Compreendemos que, para a

consecução dessa formação, faz-se necessário proporcionar aos estudantes o contato com

variadas linguagens e perspectivas culturais também dentro da escola. Partindo dessa

preocupação, discorreremos sobre alguns pontos que permearam nossa pesquisa em nível de

mestrado, que foi descritiva quanto a seus objetivos, documental no tocante ao corpus

selecionado e, no tocante à abordagem dos dados, qualitativa. Nosso objetivo foi a exploração

de aspectos culturais presentes em jokes, com vistas à elaboração de atividades para sala de

aula, considerando como contexto uma sala de aula de Língua Inglesa no IFRN/Campus

Macau. Tomaremos por embasamento teórico a abordagem cultural (KRAMSCH, 1998,

1996, 1993), alguns trabalhos em Linguística sobre jokes (CHIARO, 1992; POSSENTI, 2010,

2002, 1998) e noções sobre implícitos, cena de enunciação e competência

(MAINGUENEAU, 2010, 2004, 1996).

PALAVRAS-CHAVE: Ensino-aprendizagem de ILE. Cultura. Jokes. Atividades.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

O JORNAL DIGITAL E O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA NA SALA DE

AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Aline Uchoa Pereira (UERN)

Maria Jarina Barbosa (UERN)

RESUMO: O ensino de leitura e de escrita na sala de aula de línguas, atrelados ás novas

tecnologias, é essencial para o desenvolvimento dos multiletramento. A criação de um jornal

digital pode ser um grande aliado do professor de língua portuguesa nesse sentido. Este

trabalho trata da realização de um projeto de intervenção pedagógica em letramento digital

com o objetivo de praticar a leitura e a escrita aliadas às novas tecnologias de informação e

comunicação, com vistas a praticar os multiletramentos na escola. Para tanto, foi proposta a

produção de um jornal digital para uma turma do oitavo ano do Ensino Fundamental. As

bases teóricas foram de autores (SOARES, 2002; FARIA, 2003; ALTENFELDER et al, 2011;

ROJO; MOURA, 2012) que defendem a necessidade tanto do ensino da língua portuguesa,

bem como das demais disciplinas do currículo escolar, estarem voltadas para uma proposta de

multiletramentos, a fim de desenvolver no aluno capacidades múltiplas de leitura e de escrita

que atendam às demandas da vida, da cidadania e do trabalho numa sociedade tecnológica.

Foi utilizada uma metodologia de acordo com a realidade do aluno e da escola, com oficinas

que culminaram com a produção final do jornal. Os resultados obtidos foram positivos,

servindo como uma contribuição para o processo de formação dos professores e dos alunos.

Explorar as novas tecnologias com vistas à leitura e à escrita é uma questão de sobrevivência,

pois vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico em que a escola não pode estar

ausente desse processo.

PALAVRAS-CHAVE: Jornal digital. Leitura. Escrita.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

PARA ALÉM DA FORMA: FAZENDO UMA ANÁLISE MULTIFUNCIONAL DE

CARTAZES DE PROTESTO

Jhuliane Evelyn da Silva (UFCG)

José Roberto Alves Barbosa (UERN)

RESUMO: A linguagem pode ser definida como um meio de interação que possibilita a

comunicação entre todos os seres, especialmente os humanos. Contudo, para que produza

sentido, ela precisa fazer parte de um contexto que envolva interactantes

(observador/leitor/interlocutor) atuando em lugares em determinadas circunstâncias. Dessa

forma, ela é tomada como elemento do social, já que é durante a interação num dado contexto

que há a produção de textos, e consequentemente, de sentidos. Um gênero que pode

exemplificar de forma pertinente essa função da linguagem é o cartaz. Como gênero textual

ampla e cotidianamente utilizado em nosso dia-a-dia, o cartaz serve não apenas para informar

ou instruir. Serve, sobretudo, para persuadir seu observador sobre algo. Para tanto, faz uso da

função apelativa da língua, que juntamente à criatividade, resulta em um poderoso meio de

comunicação. Assim, perante esta realidade, propomos a análise do texto de dez cartazes

produzidos pela população brasileira na época da Copa das Confederações sediada neste país,

no período de 15 a 30 de junho deste ano (2013) em seis estados diferentes, com o objetivo de

verificar as marcas de comprometimento com essa causa bem como os sentimentos que o

cartaz pode revelar. Considerando que Halliday (1978, 2004) elege o texto como unidade de

representação de qualquer evento comunicativo, uma vez que ele o toma como uma forma

linguística de interação social, optamos por fazer uso de sua Linguística Sistêmico-Funcional

por meio da análise das metafunções Ideacional, Interpessoal e Textual (2004), tendo como

objetivo ofertar uma leitura satisfatória, pertinente e mais ampla no que se refere aos modelos

encontrados e disponibilizados pelas gramáticas normativas que circulam atualmente. Uma

leitura pela qual o sujeito seja capaz de questionar, aceitar ou refutar, mas participar do

processo de produção de construção de sentido. A análise dos cartazes revela a predominância

de processos mentais de desideração, que expressam o desejo da população quanto a

mudanças. Seu comprometimento é focalizado por meio de asserções que quase não

apresentam modalização, e quando a fazem, essa reforça o sentimento de reprovação quanto

às atitudes do governo. O contexto apresentado somente vem confirmar a análise acima

quando mostra participantes pintados, nas ruas, com as cores da bandeira e retratando partes

do próprio hino nacional como forma de reação.

PALAVRAS-CHAVE: Cartaz. Manifestação popular. Linguística Sistêmico-Funcional.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

PODER, DISCURSO E ENSINO DE LE: UMA LEITURA DISCURSIVA DOS

ARTIGOS DO THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO DOCENTE

Antonio Genário Pinheiro dos Santos (UFRN)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo das

materialidades veiculadas no jornal The New York Times atentando para o estabelecimento de

relações de poder e para a constituição da materialidade midiática enquanto espaço de saber

que mexe com o sentido enquanto efeito, enquanto possibilidade. Para tanto, nos detemos a

estudar os pressupostos da teoria da Análise do Discurso de tradição francesa e, a partir da

coleta de artigos da coluna Education do respectivo jornal, aplicamos as categorias

discursivas no diálogo com o referencial teórico acerca do ensino de línguas para mobilizar a

discussão sobre as relações de poder no texto midiático. Tomamos como embasamento

teórico os estudos foucaultianos que tratam do poder e do saber, do discurso enquanto prática,

do sentido e da constituição do sujeito enquanto posição. Portanto, problematizamos nesse

estudo as contribuições, dentre outros, de Foucault (1996, 2006, 2007, 2010), Gadelha (2009),

Gregolin (1997) e Bertoldo (2009). Ao analisar a produção e a circulação de gêneros textuais

discursivos na esfera do jornalismo mediado e o funcionamento destes no ensino de Língua

Inglesa, alcançamos que o empreendimento de uma leitura discursiva nos leva a entender o

funcionamento de práticas que arrolam poder e saber inscrevendo a formação docente e o

ensino num espaço irregular de lutas e conflitos entre discursos filiados à história e à política.

Nossas conclusões apontam para o poder do discurso midiático, considerando sua

materialidade discursiva e as implicações de seus efeitos para a vida cotidiana dos sujeitos.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Mídia. Formação Docente.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

PROPOSTA DE ATIVIDADE ON-LINE PARA A PROMOÇÃO DA COMUNICAÇÃO

MEDIADA POR COMPUTADOR (CMC)

Samuel de Carvalho Lima (IFRN)

RESUMO: Considerando o recente panorama de pesquisas em Linguística Aplicada sobre a

interface Linguagem/Tecnologia, este trabalho desenvolve o estudo da caracterização da

proposta de atividade on-line para a promoção da comunicação mediada por computador

(CMC) na oferta do ensino da compreensão e produção oral em língua inglesa a distância.

Baseando-se nas reflexões acerca das propostas de atividades (SALMON, 2002; CHAPELLE,

2003; LEFFA, 2008; CERQUEIRA, 2010), discute-se as possibilidades desse ensino ser

realizado através do uso das relativamente novas Tecnologias de Informação e Comunicação.

Situada no paradigma das pesquisas qualitativas, de cunho predominantemente exploratório

(RAUPP; BEUREN, 2004), nossa análise resultou na elucidação dos traços da proposta de

atividade on-line para a promoção da CMC flagrada na oferta do ensino a distância no curso

semipresencial Letras/Inglês, realizado através do Solar, Ambiente Virtual de Aprendizagem

(AVA) da Universidade Federal do Ceará, em parceria com a Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e a Universidade Aberta do Brasil. Das

quarenta e uma (41) propostas de atividades on-line constitutivas do corpus, praticadas em

duas aulas das disciplinas Língua Inglesa: Compreensão e Produção Oral, apenas três

apresentaram interação social e, consequentemente, CMC. Embora com pouca expressividade

(7,31% da oferta total de propostas de atividades on-line), as propostas de atividades on-line

para a promoção da CMC demonstraram apresentar características coerentes com um projeto

de ensino de língua estrangeira comprometido com o objetivo de se considerar o fenômeno da

comunicação humana. Conclui-se que é salutar compreender que o conhecimento linguístico

seja relevante e deva ser estudado no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras em AVA.

No entanto, esse tipo de conhecimento não pode ser abordado esvaziado de elementos

pragmáticos que, em potencial, podem marcar e enriquecer a cena enunciativa, aproximando

os alunos de contextos e usos da língua mais coerentes com a autenticidade e a realidade.

PALAVRAS-CHAVE: Proposta de Atividade. Comunicação Mediada por Computador.

Língua Inglesa

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

REPRESENTAÇÕES SOBRE O “BOM ALUNO” NA FALA DE PROFESSORES DE

INGLÊS EM FORMAÇÃO INICIAL

Ewerton Mendonça de Oliveira (UFRN)

Orlando Vian Jr. - Orientador (UFRN)

RESUMO: Este trabalho propõe-se a analisar representações de professores na formação

inicial que atuam em um instituto de idiomas em uma Universidade pública do nordeste

brasileiro, onde são oferecidos cursos de línguas para alunos e servidores da instituição. O

artigo visa reconhecer como são concebidas as representações sobre a figura do “bom aluno”

no contexto dessa instituição. Analisaremos duas entrevistas feitas com professores ao

iniciarem o semestre letivo das turmas de inglês do referido curso, selecionando as perguntas

que concentram informações sobre o “bom aluno”. Tais dados fazem parte do corpus da nossa

dissertação de mestrado, que compreendeu dez entrevistas gravadas em áudio e transcritas dos

alunos do curso de Letras–Inglês que atuam junto ao Instituto Ágora, assim como aplicação

de questionários relacionados aos dados demográficos para traçar o perfil de tais profissionais.

As marcas léxico-gramaticais contidas na fala dos professores serão analisadas através do

programa computacional WordSmith Tools 5.0 (Scott, 2010) a fim de desnudar suas

concepções circunscritas no Sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005) e o modo

como as representações são construídas, por meio dos pressupostos da Linguística Sistêmico-

Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004; EGGINS, [1994] 2004; THOMPSON,

2004). Tal estudo possibilita que os professores em formação inicial tenham a oportunidade

de repensar criticamente as suas concepções e práticas, bem como possibilita ao pesquisador

desnudar como as representações de um grupo são concebidas.

PALAVRAS-CHAVE: Avaliatividade. Professores. Linguística Sistêmico-Funcional.

Representações. Formação inicial.

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GT 13 - FORMAÇÃO E PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS COM GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA DE

LÍNGUA ESPANHOLA

Josimar Soares da Silva (UEPB)

RESUMO: Atualmente, no processo ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras está

ocorrendo várias mudanças e o docente de língua estrangeira e materna busca meios para

inovar sua prática pedagógica e procura intervir nas causas peculiares do afastamento dos

discentes quanto à aprendizagem, já que os alunos sempre estão reclamando da maneira de

como as línguas estrangeiras são ensinadas. De fato, já não é coerente com as novas

exigências do ensino de línguas as atividades de completar textos, conjugar verbos, traduzir

textos e elaborar listas de vocabulários. Portanto, nosso trabalho tem por objetivo dinamizar

as aulas de língua espanhola a partir de gêneros textuais (oral e escrito), buscando propor

algumas sequências didáticas através dos gêneros discursivos. Sendo assim, motivando a

aprendizagem da oralidade e da escrita em língua espanhola. Nossa fundamentação baseia-se

em: (PINILLA GÓMEZ, 2005), (GIL-TORESANO BERGES, 2005), (CASSANY, 2005),

(ACQUARONI MUÑOZ, 2005), dentre outros. Logo, nossa análise nos mostrou que, o

ensino efetivo da língua espanhola nesta perspectiva propicia ao estudante o desenvolvimento

cognitivo e o domínio das habilidades tradicionais de compreensão e expressão na

aprendizagem de língua estrangeira (ouvir, falar, ler e escrever). Nestes termos, o uso dos

gêneros textuais na sala de aula contribui para o domínio da competência comunicativa dos

aprendizes, para que eles se expressem e se comuniquem efetivamente em língua espanhola.

PALAVRAS-CHAVE: Habilidades Linguísticas. Prática docente. Ensino e aprendizagem.

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MODALIDADE PÔSTER

A ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO PUBLICITÁRIO DO PAPEL RECICLATO

SUZANO PELO VIÉS DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO

Amanda Arruda Alves (UERN)

Kainara de Souza Alencar (UERN)

Carla Monara de Paiva Silva (UERN)

RESUMO: Quando argumentamos o fazemos movidos por uma intencionalidade. Nosso

discurso, uma vez emitido, visa a adesão do nosso interlocutor. Argumentar é o meio pelo

qual afetamos e/ou influenciamos o comportamento do outro. No texto publicitário os

argumentos são utilizados visando a adesão do consumidor, os recursos linguísticos levam o

interlocutor a aceitar o produto que está sendo oferecido. O presente trabalho visa mostrar os

efeitos de sentido presentes no anúncio publicitário do papel Reciclato Suzano, veiculado na

revista Veja, através dos operadores argumentativos. Tal conceito é abordado pela linha

teórica da semântica da enunciação. A referida linha debruça-se sobre a interação entre

leitores e ouvintes no momento em que há um jogo argumentativo entre os mesmos. Tomando

como ponto de partida a análise do referido anúncio, buscamos mostrar como se dá o

fenômeno da argumentação nos textos publicitários, bem como o modo pelo qual tal

fenômeno se estrutura. Para tanto, nos apropriaremos de alguns pontos estudados pelo

linguista francês Oswald Ducrot (1981). A pesquisa realizada nos traz uma visão crítica em

relação aos textos publicitários, visto que atentaremos para o excesso de qualidades e

necessidades que o produtor do texto se utiliza para vender seu produto, sem se importar de

fato se necessitamos ou não de tal produto.

PALAVRAS-CHAVE: Semântica da enunciação. Operadores argumentativos. Textos

publicitários. Argumentação.

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MODALIDADE PÔSTER

A ASCENSÃO DO MERCADO ROSA NA CONTEMPORANEIDADE: O

HOMOSSEXUAL COMO NICHO DE MERCADO

Bruna Silva Rodrigues (UERN)

Francisco das Chagas de Medeiros Júnior (UERN)

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Orientadora - UERN)

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno Pink Money

(mercado rosa), segmento de mercado que representa na sociedade contemporânea a inserção

do público homossexual detentor de um poder de compra especifico, não mais sendo

consumidores exclusos, como por muito tempo foram, devido a sua condição sexual e afetiva.

O público enquadrado no ‘Mercado Rosa’ são os homossexuais com condições mais

abastadas (estão em sua maioria, entre as classes A, B e C, segundo o instituto de pesquisa

INSEARCH), que gastam em media 30% a mais do que os heterossexuais em entretenimento,

lazer e artigos de luxo (Associação da Parada do Orgulho GLBT, 2006). Com a perspectiva de

gerar um lucro maior e satisfação para o seu publico, essa indústria chega para agregar ao

mercado, focando em algo que outrora nunca foi priorizado, propiciando aos gays que se

sintam a vontade e recompensados por terem produtos voltados para sua demanda. Destarte, o

tema debatido mostra ser uma fatia de mercado anteriormente suprimida, já que o público

homossexual não tinha serviços e produtos que atendessem as suas perspectivas e anseios de

consumo, tendo assim, com a ascensão do poder aquisitivo, um mercado capital que se volta

para este nicho. Assim sendo, para analisar este fenômeno, tomamos como base às

idealizações de poder de Babbio (1996), que constrói um pensamento social a respeito da

obtenção econômica social e as perspectivas de sociedade e sexualidade se darão sobre as

bases do pensamento de Foucault. Ainda, realizamos um percurso sobre as formas de se ver a

homossexualidade até a contemporaneidade, fundamentando-nos no pensamento do

Ceccarelli (2000).

PALAVRAS-CHAVE: Pink Money. Homossexualidade. Nicho de mercado.

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MODALIDADE PÔSTER

A CONCEPÇÃO DO PENSAMENTO EM ALBERTO CAEIRO

Amanda Arruda Alves (UERN)

RESUMO: Fernando Pessoa na sua genialidade desdobrou-se em vários heterônimos, dentre

os quais está Alberto Caeiro. O poeta é concebido como o mestre dos demais heterônimos de

Pessoa. Poeta do campo, leva uma vida de simplicidade. Busca exprimir as sensações

causadas pela natureza ao seu redor através de palavras simples, mas que detém ideias

complexas. Desse modo, faz-se necessário que a leitura superficial dos versos de Caeiro seja

ultrapassada. Alberto Caeiro demonstra muitas vezes aversão ao pensamento, à reflexão

esmiuçada dos fatos, ele prima pelas sensações que os seus sentidos captam. Faz-nos crer que

para chegarmos ao cerne da sua poesia, é necessário desprendermo-nos da pura e simples

sensação que esta nos causa, e penetrar no sentido oculto pela aparente simplicidade. Assim

sendo, ler Caeiro no sentido mais abrangente da palavra, implica opor-se de certo modo, à sua

ideia de não pensar sobre as coisas. Conforme nos diz Coelho (1980, p.30), “Caeiro é um

abstrator paradoxalmente inimigo de abstrações: daí a secura, a pobreza lexical do seu estilo.”

As abstrações do poeta são feitas no momento em que seus sentidos são despertados, ele

dispensa os pormenores de uma descrição detalhada e que utiliza-se de um demasiado

rebuscamento. Uma forte característica modernista presente na obra de Caeiro é a liberdade

na forma, ele utiliza versos livres, não há rimas nos seus poemas. O presente trabalho visa

abordar o modo como Alberto Caeiro concebe o pensamento no poema “O guardador de

rebanhos” (1911-1912). Fundamentamos o mesmo no texto Diversidade e Unidade em

Fernando Pessoa, de Jacinto Prado Coelho (1980), bem como no artigo científico O

pensamento poético em Alberto Caeiro, de Antônio Máximo Ferraz (S/D) e no artigo Alberto

Caeiro: ver para pensar sem pen(s)ar, de Isabelle Meira Christ (S/D).

PALAVRAS-CHAVE: Fernando Pessoa. Alberto Caeiro. Poesia. Pensamento.

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MODALIDADE PÔSTER

A CONFIGURAÇÃO DO INSÓLITO NO CONTO “A DANÇA COM O ANJO” DE

LYGIA FAGUNDES TELLES

Monica Valéria Moraes Marinho (UERN)

Antonia Marly Moura da Silva (Orientadora - UERN)

RESUMO: O propósito deste trabalho é apresentar, de forma sumária, parte dos resultados da

pesquisa intitulada “Variações de um mesmo tema: a experiência da metamorfose na ficção de

Lygia Fagundes Telles” PIBIC/CNPq, desenvolvida na Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte, no exercício 2012/2013. Neste recorte, diferentemente da proposta original

que consiste num estudo comparativo entre dois contos, optamos por uma leitura crítica do

conto “A Dança com o Anjo”, da obra Invenção e memória (2000), da autora citada,

observando traços do duplo e da metamorfose, sobretudo, traços do fantástico, expressos na

narrativa, tendo como referência básica os conceitos de Bravo (1998), Mello (2000) e Rosset

(1985) sobre o duplo, o que Silva (2001) tece sobre a metamorfose, bem como a perspectiva

todoroviana de fantástico. No que se refere aos procedimentos metodológicos, convém

destacar que foram realizadas pesquisas em textos teóricos e literários a fim de compreender

os conceitos do duplo e da metamorfose em perspectivas clássicas e modernas, para em

seguida, desenvolver reflexões acerca do tema. Diante de tal desafio, buscamos a articulação

de conceitos, considerando em quais narrativas e como ocorrem as atualizações e

apropriações metafóricas do mito do duplo na obra em pauta. Na leitura de “A Dança com o

Anjo”, constatamos que a cisão psíquica da personagem é uma prerrogativa na tessitura da

trama, e que a irrupção do duplo é representada sob uma perspectiva insólita, pois o que se

destaca no conto é a fratura na lógica cotidiana através do misterioso encontro da protagonista

com um desconhecido, quem a moça acredita tratar-se de um Anjo. Desta forma, é possível

dizer que a atmosfera fantástica e do mito do duplo são traços característicos do insólito na

ficção lygiana.

PALAVRAS-CHAVE: Conto brasileiro. Lygia Fagundes Telles. Fantástico. Duplo e

metamorfose.

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MODALIDADE PÔSTER

A CONSTRUÇÃO DO ETHOS NO DISCURSO DE POSSE DA GOVERNADORA

ROSALBA CIARLINE

Maria Cedna dos Santos Freire (UERN)

Carlos Michel de D. Q. de Medeiros (UERN)

Ana Maria de Carvalho (Orientadora – UERN - GEDUERN)

RESUMO: A produção de um enunciado está relacionada à construção de uma imagem de si.

O que dizer e como dizer, que implicam a seleção de um gênero do discurso, do estilo e do

tom que se quer dar, revelam a imagem que os interlocutores fazem de si. Dessa forma, em

todo discurso, seja ele oral ou escrito, subsiste um ethos. Partindo dessa ideia, o objetivo

principal deste trabalho é analisar o ethos no discurso de posse da Governadora do Estado do

Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini. Para a realização da nossa análise nos embasamos em

autores que tem seus pressupostos teóricos e metodológicos apoiados na AD como Orlandi

(2001), Gregolin (2003; 2004) e Fernandes (2008) que trabalham o discurso como objeto

sócio-histórico, ou seja, entendido como processo em que se articulam uma materialidade

linguística e uma materialidade sócio-ideológica. Orientamo-nos também por teóricos que

versam sobre o ethos como Charaudeau (2006) e Maingueneau (2008), que foram de grande

importância para a nossa pesquisa, haja vista pelo aparato teórico que serviu para sustentar a

nossa investigação. A análise aponta que a governadora constrói, a partir de seu discurso,

variados ethos, os quais se configuram como uma importante estratégia política utilizada na

pretensão de passar aos eleitores uma boa imagem de si.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Ethos. Estratégia política.

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MODALIDADE PÔSTER

A DITADURA DA BELEZA COMO FORMA DE CONSUMO E PADRÃO ESTÉTICO

Edilana Carlos da Silva (UERN)

Daiany Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: O objetivo deste trabalho é fazer uma análise semiológica da Campanha

Publicitária da Grife Francesa Chanel, tendo como modelo a brasileira Gisele Bündchen, no

ano de 2013. A Chanel é uma conceituada marca nos seguimentos de moda, bolsas, jóias,

roupas, desfiles, relógios, maquiagens, cabelos e perfumes refinados. Foi fundada em 1909

pela estilista Coco Chanel, por ser bastante requintada a marca passou a ser conhecida

mundialmente a partir de 1915, e atualmente ela é considerada uma figura interessante para a

história da cultura do século XX. Tornando-se um dos maiores impérios da moda no mundo

hoje. Já a modelo Gisele Bündchen é tida como exemplo mundial de beleza exótica e corpo

perfeito, desejada e idealizada por muitas mulheres. O texto se desenvolve com a perspectiva

de que a beleza e o consumo desenfreado se tornaram um mito que tem aprisionado muitas

mulheres. A ditadura da beleza, o corpo perfeito e o consumo tem exercido poder sobre a

normatização do corpo feminino, dessa forma, será usado Bourdieu (1991), o poder

simbólico. Assim como as concepções mitológicas de Roland Barthes (2001). Serão utilizadas

as teorias de Wolf (1992) sobre o mito da beleza e as de Mulvey (1983), com o seu conceito

de prazer visual. As concepções da autora Passerini (1995) também serão usadas,

principalmente em relação ao consumo e a cultura de massa. A autora explica que o ilusório e

inalcançável padrão de beleza oprime e distorce a imagem da mulher, resumindo-as a objetos

nas imagens projetadas pela indústria da beleza.

PALAVRAS-CHAVE: Ditadura da beleza. Mito. Corpo perfeito. Consumo. Mídia.

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MODALIDADE PÔSTER

A ÉTICA JORNALÍSTICA E A FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA: UMA

ANÁLISE DO CASO MUÇÃO

Valéria Pereira dos Santos de Lima (UERN)

Maria Aminadabe Costa da Silva (UERN)

Márcia de Oliveira Pinto (Orientadora - UERN)

RESUMO: Podemos perceber que ao longo do tempo os meios de comunicação foram

ganhando espaço na sociedade até chegar ao ponto de se afirmar que vivemos na era da

informação. Principalmente, porque estamos em tempos de internet, em que a velocidade na

circulação da notícia é bem maior. Sendo isso bom ou ruim, as notícias rapidamente se

espalham entre as pessoas. Se usado de forma positiva, a sociedade só tem a ganhar com a

massificação da informação. Mas, e quando a notícia não é verdadeira? E pior, quando

envolve a imagem moral de uma pessoa específica? Eis uma ótima questão que há tempos

vem sendo discutida pelo meio social e comunicacional. Este estudo busca fazer um

comparativo do comportamento dos portais de notícias “O Povo” de Fortaleza-CE e

“Estadão” de São Paulo em relação à construção da imagem do humorista e radialista Mução

acerca da notícia de sua prisão, quando foi acusado de pedofilia em meados de 2012. Levando

com consideração a influência da atividade do jornalista enquanto formador de opinião,

pensamos o trabalho tendo como base os preceitos éticos que permeiam o profissional do

jornalismo. Buscamos a análise dos elementos utilizados pelos portais de notícias para a

construção da imagem de Mução com o objetivo de verificar as características presentes no

discurso de cada meio, e principalmente entender de que forma esse discurso implica positiva

ou negativamente na imagem do humorista perante a sociedade. O trabalho utilizou como

metodologia a pesquisa bibliográfica. Tendo como justificativa a necessidade de se estudar as

abordagens jornalísticas em relação à formação de imagem das pessoas, o artigo leva em

consideração os direitos fundamentais do ser humano, que são assegurados aos cidadãos

frequentemente expostos aos meios de comunicação.

PALAVRAS-CHAVE: Ética jornalística. Opinião pública. Construção de imagem. Caso

Mução.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

A FORMAÇÃO DISCURSIVA NA ESPETACULARIZAÇÃO DA NOTÍCIA

Oscarina Caldas Vieira (PIBID - UERN)

Andrea Sergina Gomes (UERN)

Ana Maria de Carvalho (Orientadora - UERN)

RESUMO: Este trabalho surgiu a partir dos textos discutidos em sala tendo como base nos

estudos de Análise de Discurso de orientação francesa (AD), mais especificamente no que

concerne à formação discursiva na espetacularização da noticia por parte de alguns programas

de televisão, levando em consideração que a maioria destes ao repassarem as notícias apelam

para o sensacionalismo, deixando a desejar em outros aspectos considerados importantes, tais

como fidelidade na noticia e a formação crítica do expectador, transformado assim a noticia

em mercadoria e desfazendo-se de sua principal meta: a informação. Com o intuito de

embasarmos essa pesquisa, recorremos aos estudos de Coelho e Castro (2006) e Patias (2006).

Para a composição deste trabalho selecionamos dois programas conhecidos a nível nacional

que visam a espetacularização da noticia. Em nossa analise buscamos apresentar a mesma

notícia vinculada a estes programas, a saber, o caso do casal da PM que foi supostamente

assassinado pelo filho do casal. A partir das analises, comprovamos que os programas Cidade

Alerta da Rede Record de Televisão comandada pelo jornalista Marcelo Resende e o Brasil

Urgente da Rede Bandeirantes com Luiz Datena se encaixam perfeitamente no gênero

sensacionalista, pois atendem às características que um telejornal popularesco apresenta

quando estudados sob a Analise do Discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de Discurso. Notícia. Espetacularização.

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MODALIDADE PÔSTER

A PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL EM LÍNGUA INGLESA NO CAWSL

Laura Dalyane Nascimento Nunes (UERN)

Silvano Pereira Araújo (UERN)

RESUMO: Existe um consenso entre os especialistas sobre a importância da pesquisa na

graduação. Muitos são os estudos que propõem o envolvimento do aluno-professor com a

iniciação cientifica ao longo da graduação. No entanto, ainda são escassos as pesquisas em

Linguística Aplicada que tem como foco a pesquisa em um curso de formação inicial de

professores de língua estrangeira. Sendo assim, este estudo tem como objetivo descrever e

analisar o lugar ocupado pela pesquisa na graduação em Língua Inglesa no CAWSL, lançando

ao mesmo tempo, um olhar retrospectivo e prospectivo. Para isso, tomamos como base André

(2001), Ludke (2001; 2009), Demo (1991;1994;1996), Gresser (2003), Massi e Queiróz

(2010), Laursen et al (2010). Nessa perspectiva, a pesquisa é concebida como um instrumento

que é parte constitutiva da formação do professor. A metodologia privilegiada é de natureza

qualitativa em que o foco está no sentido construído pelos participantes da investigação. Os

sujeitos da pesquisa são alunos da graduação em Língua Inglesa do CAWSL, cursando o

período 2013.1. Os dados serão coletados por meio de anotações de campo, observação

participante, questionários e entrevistas. Espera-se, com esse estudo, contribuir para discussão

a respeito da formação do professor- pesquisador na graduação em Língua Inglesa,

conscientizar o graduando dos benefícios obtidos a partir do contato com a pesquisa cientifica

em sua formação e contribuir para a resolução de problemas efetivos em relação à pesquisa no

campus.

PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa. Graduação. Língua Inglesa.

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MODALIDADE PÔSTER

A PRÁTICA DOCENTE COMO BASE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Laís Klennaide Galvão da Silva (PIBID - UERN)

Karine Menezes Ribeiro (PIBID - UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID - UERN)

RESUMO: As experiências docentes vividas no cotidiano escolar são importantes para a

formação, a partir delas o profissional pode desenvolver metodologias variadas para atingir o

objetivo de que o aluno obtenha êxito no processo de ensino aprendizagem. Partindo do

pressuposto de que a prática docente conduz o profissional a uma formação qualificada; os

graduandos são orientados a praticar a docência, porém surge a questão de qual ambiente se

aproxima mais da realidade que esse profissional irá atuar. O presente trabalho tem como

objetivo comparar a prática docente dos alunos de Língua Espanhola da Faculdade de Letras e

Artes – FALA da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN que se dá através

de um minicurso, com a realidade cotidiana vivida pelo professor de escola pública. Este

apresenta as estratégias de ensino usadas nas aulas de Língua Espanhola, em ambos os

ambientes, descrevendo os problemas e facilidades enfrentados pelo profissional em

formação. Como metodologia, realizamos leituras em autores que abordam a temática como

Sedycias, (2005); Martínez (2008); Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1998); PCN+

Ensino Médio (2002) e Correa (2009); também ministramos aulas nas duas situações; através

de minicurso e na aula convencional, ambas em escolas públicas. Assim concluímos que

quando o profissional em formação é inserido no cotidiano escolar, através do minicurso há

uma menor aproximação da realidade a ser enfrentada na profissão, pois há um leque de

oportunidades, que divergem da realidade do professor que trabalha diretamente com o

currículo e sistematização das escolas; as estratégias, metodologias e planejamentos são

diferentes, podendo assim projetar um choque futuro no profissional docente em formação.

PALAVRAS-CHAVE: Prática de Ensino. Formação. Profissional Docente.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

A PRODUÇÃO DISCURSIVA DA MÍDIA SOBRE O CORPO, JUVENTUDE E

BELEZA

Sebastiana Cristina Torres da Silva (UERN)

Maria de Fátima de Lima Oliveira (UERN)

Sandro Rodrigo Pinto Lopes (UERN)

Ana Maria de Carvalho (Orientadora – UERN - GEDUERN)

RESUMO: O trabalho objetiva descrever/analisar os efeitos de sentidos produzidos pela

mídia acerca do corpo, da juventude e da beleza, a partir dos discursos que ela (re)produz e

faz circular. A investigação parte do pressuposto de que a mídia é um dos grandes

dispositivos encarregados de fabricar discursos “verdadeiros” e de propagá-los por meio de

uma intensa penetração no corpo social. Dessa forma, a mídia, sedimentada em um modelo de

beleza ideal, institui padrões de beleza e comportamento que adquirem o status de regime de

verdade. “Culto à beleza”, “corpo perfeito” e “juventude” se manifestam como parte dos

discursos que balizam essa construção. Assim, por meio desses discursos instalam-se

representações, forjam-se diretrizes que orientam a criação simbólica da identidade. A

pesquisa aqui empreendida vincula-se à Análise do Discurso de orientação francesa,

principalmente nos construtos teóricos formulados por Michel Foucault, tais como enunciado,

formação discursiva, poder, saber e verdade. O corpus deste trabalho são revistas de

circulação nacional. Os resultados apontam que a mídia é uma fonte poderosa e inesgotável de

produção e reprodução de subjetividades, evidenciando sua incrementada inserção na rede de

discursos que modelam a história do presente.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso midiático. Corpo. Juventude. Beleza.

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A TEORIA DIALÓGICA DE BAKHTIN NOS GÊNEROS DISCURSIVOS: UMA

ANÁLISE DE NARRATIVAS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL

João Paulo Pereira (UERN)

RESUMO: O presente trabalho objetiva analisar redações escolares sob a teoria de Bakhtin

dos gêneros discursivos (BAKHTIN, [1952-1953]). Essas redações são textos de tipologia

predominantemente narrativa (cf. MARCUSCHI, 2005) produzidas por alunos do sexto ano

do ensino fundamental da Escola Municipal Joaquim Felício de Moura da cidade de

Mossoró/RN. Trata-se de uma coletânea de textos confeccionada em um pequeno livro de

contos no terceiro bimestre escolar do ano de 2012. Neste sentido, objetivamos examinar os

três elementos propostos por Bakhtin ([1952-1953]): a construção composicional, referente à

estrutura do texto; o conteúdo temático e o estilo, que segundo a teoria bakhtiniana seria a

seleção realizada pelos escreventes dos recursos lexicais, gramaticais e fraseológicos. Esses

textos produzidos pelos alunos seriam uma readaptação dos famosos Contos de Fadas

recontados de forma inusitada pelos alunos. Os discentes teriam que narrar novos fatos nesses

contos, a fim de alterar, incrementar e propor novos rumos às narrativas, alterando a

sequência original, dando origem a um novo texto, com mais criatividade e fantasia. Para

tanto, pretendemos observar como esses três elementos aparecem nos textos: atentando para

uma possível identificação ou semelhança quanto ao estilo entre as produções dos alunos,

observando se existem tratamentos diversos para uma mesma proposta de desenvolvimento de

conteúdo temático e as estruturas composicionais. Observando essas características, podemos

perceber que essas narrativas são um ambiente propício ao surgimento de vozes entre narrador

e personagens, uma vez que acreditamos que as relações dialógicas entre as diferentes vozes

são importantes para a configuração dos enunciados. (cf. BAKHTIN, 1929/1963, [1952-

1953]; MEDVEDEV/BAKHTIN, 1928; BAKHTIN/VOLOSHINOV, 1929).

PALAVRAS-CHAVE: Bakhtin. Narração. Gêneros Discursivos.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

AMBIGUIDADE NO GÊNERO TEXTUAL ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: UMA

PROPOSTA DE ENSINO

Jéssica Fernandes Lemos (UERN)

César Tardelly de Medeiros Silva (UERN)

Fernanda Hingryd da Silva (UERN)

Paula Regina da Silva (SEEC)

RESUMO: O presente trabalho trata de uma proposta de ensino com o gênero textual

anúncio publicitário. Tal proposta toma como orientação os embasamentos teóricos

apresentados nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), uma vez que ressaltam a

importância de se trabalhar em sala de aula com os diferentes gêneros, orais e escritos. A

respeito da importância dos gêneros, Bazerman (2005, p.106) corrobora o seguinte: “cada

pessoa, através da comunicação por gêneros textuais, aprende mais sobre suas possibilidades

pessoais, desenvolve habilidades comunicativas e compreende melhor o mundo com que está

se comunicando”. Sendo assim, cada pessoa adquire a capacidade de se comunicar e

compreender melhor as situações comunicativas, participando de forma ativa nos espaços

discursivos em que se inserem, tornando-se assim, um ser crítico. Entende-se desta forma, a

importância de se trabalhar os diversos gêneros textuais em sala de aula, visto que são de

suma importância na vida social do discente. É partindo deste pensamento que o presente

trabalho realiza-se tendo como objetivo incitar os alunos do ensino fundamental e/ou médio a

refletirem sobre o uso da ambiguidade no gênero textual anúncio publicitário. Os anúncios

publicitários utilizam constantemente esse recurso a fim de inovar uma ideia já conhecida e

assim, atrair a atenção do público. O presente estudo apresenta inicialmente como proposta

expor aos alunos diversos anúncios publicitários impressos e televisivos a fim de propagar

uma discussão construtiva a cerca dos diversos sentidos que a ambiguidade pode gerar.

Contudo, os alunos têm que estar cientes que um valor ou outro depende muito do contexto e

da situação. Em meio a discussão esperamos que os discentes construam a noção da

ambiguidade, a intenção com que o produtor a utiliza e o efeito que o mesmo causa no

público leitor. A proposta visa obter como resultado a construção de um pensamento crítico

na formação dos discentes enquanto leitores e público de anúncios publicitários. Para tanto, o

trabalho se alicerça em autores como: Cançado (2008), Borba (1991), Geraldi (1997),

Scheneuwly & Dolz (2004), dentre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Ambiguidade. Anúncios publicitários. Ensino. Discente.

Page 293: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

ANÁLISE DA PROPAGANDA DE APARELHOS CELULARES: UMA PROPOSTA

MULTIMODAL CRÍTICA PARA O ENSINO DE LÍNGUAS

Myrna Cibelly de Oliveira Silva (UERN)

Gabriela Mirtes Bezerra Carvalho (UERN)

José Roberto Alves Barbosa (Orientador - UERN)

RESUMO: A propaganda exerce papel fundamental na formação de consumidores. Através

desta os sujeitos são posicionados pela capacidade que têm de adquirir produtos

(MAGALHÃES, 2005). Dentre esses, os aparelhos celulares estão entre os mais desejados,

inclusive pelos jovens. Diante dessa realidade, objetivamos, neste trabalho, analisar

criticamente as propagandas, em inglês, de aparelhos celulares, veiculadas pela mídia

internacional. Para tanto, selecionamos cinco propagandas impressas dispostas na mídia nos

últimos dois anos pelas principais empresas de aparelhos celulares. A análise está

teoricamente fundamentada nas contribuições de Fairclough (2001; 2003), que propõe uma

Análise de Discurso Crítica (ADC), que atente tanto para a dimensão social (FOUCAULT,

1987) quanto textual do discurso (HALLIDAY, 1985). Para Fairclough (2001) os discursos da

propaganda fomentam o consumo, tendo em vista que esse é ideologicamente marcado

(THOMPSON, 1985), e hegemonicamente constituído (GRAMSCI, 1998,1995) a fim de

produzir consenso. Para a análise das imagens, consideramos os pressupostos teóricos da

Gramática do Design Visual, propostos por Kress e van Leeuwen (2006), inspirados na

Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1985). A análise multimodal dos textos

veiculados pela propagada de aparelhos celulares revela um discurso que representa os

sujeitos enquanto consumidores de produtos. O gênero dos textos não apenas agem sobre eles,

mas também os identifica, posicionando-os a partir de um repertório de estilos sociais. As

imagens são predominantemente representacionais narrativas, com vetores mostrando pessoas

interagindo com os produtos. A interatividade é de demanda, por meio dos quais os

participantes reclamam o envolvimento com o observador. A composição é tematizada por

meio do recurso da saliência dos produtos, a fim de despertar interesse.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Multimodal. Crítico. Ensino. Línguas.

Page 294: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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ANÁLISE MULTIMODAL A PARTIR DA PROPAGANDA DO YOGA: UMA

PROPOSTA PARA O ENSINO DE LEITURA

Júlio Sérgio B. dos Santos (UERN)

José Roberto Alves Barbosa (Orientador - GPELL - UERN)

RESUMO: Os textos multimodais têm estado cada vez mais presentes nas diversas esferas

sociais, haja vista o grande potencial de veiculação inerente à era da tecnologia vivenciada

hoje no ocidente. A crescente produção e veiculação desses textos tem caracterizado um novo

momento, denominado por Kress e van Leeuwen (2001) de New Writing, onde inúmeros

modos semióticos são utilizados e se articulam simultaneamente em função da criação desses

textos, bem como na construção de sentidos específicos. Este trabalho tem o objetivo de

examinar a relação entre os aspectos verbais e não-verbais presentes nos anúncios

publicitários, inseridos em algumas das edições americanas da revista internacional Yoga

Journal, cujo produto enfatizado é um tipo de meia com característica antiderrapante, a fim de

compreender como se articulam os modos semióticos no que tange a relação de interação

entre produtor/leitor. Consideramos também o fenômeno visual ásana invertido, que está

presente em todo o corpus de análise, havendo, portanto, a necessidade de um estudo

interdisciplinar junto à história e filosofia do yoga para uma compreensão mais ampla acerca

dos mecanismos persuasivos imagéticos utilizados nos referidos anúncios. O material de

análise foi extraído de 5 edições da revista internacional Yoga Journal (edições americanas),

cujas edições são: n° 50, 51, 52, 53 e 55, correspondendo respectivamente aos meses de

outubro, novembro e dezembro do ano 2012 e fevereiro e maio de 2013. Para tanto,

fundamentamos esse trabalho nos pressupostos teórico-metodológico da Gramática do Design

Visual (GDV), proposta pelos teóricos Gunther Kress e Theo van Leeuwen (2006),

consideramos também o que os referidos teóricos propõem em relação à leitura visual, já que

esta investigação configura-se como uma proposta para o ensino de leitura multimodal a partir

das análises por vir.

PALAVRAS-CHAVE: Textos Multimodais. Leitura. Propaganda. Yoga.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

APRENDENDO ARTE E LITERATURA FORA DOS MUROS ESCOLARES: UMA

EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

Antonio da Silva Arruda (PIBID - UERN)

Glessyane Cavalcante Ferreira (PIBID - UERN)

Flávio Hermes de Menezes (PIBID - UERN)

Cássia de Fátima Matos dos Santos (Orientadora – PIBID - UERN)

RESUMO: Este artigo apresenta uma reflexão sobre uma aula desenvolvida em uma turma

de alunos do “3º ano 1”, da Escola Estadual Juscelino Kubitschek (Assu/RN), no âmbito do

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –PIBID/UERN, no subprojeto

Letras/CAWSL-Assu, intitulado:“Literatura na sala de aula: da formação de leitores à

formação de professores”. O objetivo é compartilhar a prática didática vivenciada pelo grupo

de bolsistas pibidianos, cujo início se deu com uma aula passeio para apresentar obras de

artes modernas de artistas plásticos da cidade de Assu, espalhadas por vários locais públicos

da cidade, a fim de introduzir o estudo de um poeta modernista do Rio Grande do Norte, o

poeta Jorge Fernandes e, desse modo, estimular o interesse pela cultura local. As experiências

dos alunos foram organizadas em um caderno de registro, construído a partir de seus relatos

escritos sobre a aula passeio. Após o passeio, já em sala de aula, interagimos junto com eles a

respeito do que foi apresentado, perguntando o que entenderam por obras cubistas, uma vez

que a aula passeio foi uma introdução ao estudo de obras de artes modernas. De posse desses

relatos, criamos uma estratégia avaliativa, ao observarmos a participação, o envolvimento, a

curiosidade e o interesse do educando pela aula. A aula fora do ambiente escolar desenvolve o

universo cultural e social do aluno, permitindo-lhe um olhar reflexivo e crítico e assim o ajuda

na fixação dos conteúdos vistos em sala de aula, fugindo ao estereótipo da aula chata e

desinteressante. Com isso, chegamos à conclusão de que a prática educativa necessita de

métodos e ações didático-pedagógicas que fujam dos padrões convencionais adotados pelas

escolas, atraindo, desse modo, os alunos à aprendizagem e seguindo os pressupostos de que as

instituições educacionais devem desenvolver ao máximo o potencial de seus educandos.

PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores. PIBID. Aula passeio. Modernismo

potiguar.

Page 296: Anais III Conlid

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MODALIDADE PÔSTER

AS CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA PRESENTES NO DISCURSO DOS

PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CURSO DE LETRAS

Sueilton Junior Braz de Lima (UERN)

Josefa Lidianne de Paiva (UERN)

Edmar Peixoto de Lima (Orientadora - UERN)

RESUMO: As questões que envolvem o ensino de Língua Portuguesa são foco de discussões

de vários estudiosos cujas investigações tendem a compreender como se configura o objeto de

ensino dessa área da linguagem. Essas preocupações tornam-se mais contundentes quando as

discussões envolvem os cursos de formação de professor. Nesse intuito, propomo-nos

investigar nos discursos dos docentes do curso de Letras quais as concepções de ensino de

gramática que norteiam as ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Este trabalho

justifica-se pela função que a gramática exerce na construção de sentidos dos textos e pelo

fato de que vem sendo alvo de muitas pesquisas e, nesse sentido, torna-se imprescindível

compreender o que diz os docentes acerca do assunto. Tomamos o professor como sujeito

dessa pesquisa por considerá-lo responsável pela disseminação e construção de

conhecimentos na formação do educador. Para tal, utilizamos como aporte teórico os estudos

de Neves (2012), Martelota (2008), Silva (2004), dentre outros. O presente trabalho propõe-

se, inicialmente, fazer uma breve abordagem dos conceitos de gramática, que norteiam as

ações dos docentes em sala de aula, para depois observamos de que forma esses docentes

percebem o ensino de gramática de língua materna, bem como qual o espaço reservado à

gramática nas aulas de língua portuguesa do ensino superior. Compreendemos que as

discussões acerca do ensino da gramática não esta focalizada apenas no ensino descritivo das

nomenclaturas e regras que regem a língua, assim como para a língua em uso. Os docentes

não se detêm a uma única concepção, passando a compreender a gramática como um

instrumento de compreensão da natureza da língua e não apenas um sistema de regras que

regem o seu bom funcionamento. Acreditamos que esse trabalho contribui para ampliar o

debate acerca do ensino de gramática na universidade e, mais especificamente no curso de

Letras.

PALAVRAS-CHAVE: Concepções de Gramática. Ensino. Língua Portuguesa.

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MODALIDADE PÔSTER

AS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO PROFESSOR DE LINGUA

PORTUGUESA NO ENSINO DE GRAMÁTICA

Fabiana Maria da Silva Nascimento (UERN)

Fernanda de Oliveira (UERN)

Gleys Ocidália de Lima Silva (UERN)

Ananias Agostinho da Silva (Orientador - UERN)

RESUMO: Compreendendo a relevância do ensino de gramática na disciplina de língua

portuguesa, uma vez que proporciona aos alunos conhecimentos sobre uso efetivo da língua,

temos como objetivo refletir sobre as metodologias utilizadas pelo professor de língua

portuguesa no ensino de gramática em uma turma de 7° ano do ensino fundamental.

Especificamente, analisamos a prática da professora de língua portuguesa, no que diz respeito

à postura e às metodologias adotadas em sala de aula para o ensino de gramática. Como

procedimentos metodológicos, realizamos observações de dez horas/aulas, com anotações em

diário de campo para análise e reflexão dos dados obtidos durante a pesquisa. As nossas

discussões foram guiadas pelos trabalhos de Perini (2000), Travaglia (1997), Luft (1985),

Rehfeldt (1981) e Antunes (2007) e ainda estudos de Mescka (2009) conceituando e

explicando as metodologias que sistematizam o ensino da gramática na escola. Como

resultados de nossa investigação, observamos que o ensino de gramática ainda acontece de

forma mecânica, valorizando apenas a compreensão da norma pela norma, com o uso de

metodologias ultrapassadas, sem muita significação na vida dos alunos. Estes, por sua vez,

não conseguem manter relação entre a teoria gramatical e o seu uso prático da leitura e escrita

no seu cotidiano. É visível a necessidade de metodologias inovadoras para incentivar os

alunos a produzir, questionar, pesquisar e buscar respostas para que aconteça aula de

português mais proveitoso.

PALAVRAS-CHAVE: Gramática. Língua Portuguesa. Metodologia.

Page 298: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

AS RELAÇÕES DIALÓGICO-VALORATIVAS NO GÊNERO NOTÍCIA ONLINE

Amanda Maria de Oliveira (UFRN/CERES)

Maria da Guia de Araújo (UFRN/CERES)

Rodrigo Acosta Pereira (UFSC/CCE/DLLV)

RESUMO: A presente pesquisa objetiva analisar as relações dialógico-valorativas

engendradas na arquitetônica enunciativo-discursiva do gênero notícia publicado em revistas

virtuais. Como subsídios teórico-epistemológico e metodológico, recuperamos as discussões

delineadas nos escritos do Círculo de Bakhtin e em pesquisas acerca dos gêneros da esfera

jornalística (ACOSTA-PEREIRA, 2008, 2012; RODRIGUES, 2001; SILVA, 2007),

desenvolvidas atualmente no campo da Linguística Aplicada. Em relação à geração dos

dados, a pesquisa constitui-se de 65 (sessenta e cinco) textos-enunciados do gênero notícia,

publicados em revistas online, a citar: CartaCapital, IstoÉ, Época e Veja. Frente aos

resultados obtidos, compreendemos que as relações dialógicas se engendram de formas

distintas na arquitetônica enunciativo-discursiva das notícias e projetam múltiplos efeitos

semântico-axiológicos a partir de relações estabelecidas pela (i) reenunciação e

enquadramento do discurso de outrem; (ii) intercalação de gêneros e (iii) fronteirização entre

discursos. Além disso, os resultados permitem, sob o matiz da prática didático-pedagógica de

ensino de língua materna na escola, a compreensão da língua como objeto social e, portanto,

desvinculada de um olhar imanente, reiterando a proposta de análise linguística sob o viés da

elucidação discursiva (BRITTO, 1997; GERALDI, 1984; 1991). Dessa forma, acreditamos

que a pesquisa apresenta-se relevante, pois não apenas corrobora a consolidação de estudos

bakhtinianos no campo da Linguística Aplicada (ROJO; 2006; 2007), como, sobretudo,

ratifica a solidificação da teoria dialógica enquanto matiz teórico-metodológico para a análise

e compreensão da linguagem em suas múltiplas manifestações semióticas (ACOSTA-

PEREIRA, 2012; BRAIT, 2006; PONZIO, 2009, ROJO, 2005).

PALAVRAS-CHAVE: Círculo de Bakhtin. Gênero jornalístico notícia. Relações dialógicas.

Valoração.

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ASPECTOS DA NARRATIVA EM FELICIDADE CLANDESTINA DE CLARICE

LISPECTOR

Edson Santos de Lima (UFRN)

Mayara Costa Pinheiro (Orientadora - UFRN)

RESUMO: As pesquisas sobre a organização e constituição dos aspectos narrativos

privilegiam uma série de fatores externos e internos, que foram observados neste artigo a

partir de um olhar ficcional que devemos obter ao depararmos com um gênero narrativo. Este

trabalho tem como objetivo analisar o conto: Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector,

empregando os aspectos literários da narrativa. Teoricamente, foram utilizados os postulados

de Candido (2000), Dimas (1987), Friedman (2013), Gotlib (1995), Llosa (2004), Nunes

(1998), Rosenfeld (2007), dentre outros fundamentos advindos dos estudos acerca dos

aspectos da narrativa. A metodologia adotada constitui em um levantamento dos aspectos

narrativos, tais como: narrador, personagem, tempo, espaço e ambientação; analisados no

conto felicidade clandestina, e obtidos através de uma pesquisa bibliográfica com base nas

pesquisas e estudos apresentados pelos autores mencionados e outros que comentam a

respeito da temática, com intuito de discutirmos os aspectos literários presentes em uma

narrativa. Os dados obtidos apontam que à medida que um leitor se depara com um gênero

narrativo, este deve conhecer os aspectos literários para que possa dessa forma, entender de

maneira literária a narrativa, em especial o conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice

Lispector. A relevância deste trabalho está na apresentação do ponto de vista que o leitor de

uma obra literária possa adotar; como sendo uma simples leitura ou fazer uma leitura

profissional e analítica, utilizando-se do seu método literário juntamente com os pressupostos

abordados no presente trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Aspectos da narrativa. Ficção. Felicidade Clandestina. Pesquisa

bibliográfica.

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MODALIDADE PÔSTER

CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM GRUPO DE TERAPIA

COMUNITÁRIA: ESPAÇO DA PALAVRA

Aline Gracindo (UERN)

Camila Mesquita (UERN)

Lorrainy da Cruz Solano (Pref. Mun. de Mossoró/Faculdade Vale do Jaguaribe)

RESUMO: Os grupos de Terapia Comunitária promovem uma ação de cunho psicossocial

que rompe com o paradigma assistencial curativista, por focalizar o sujeito e priorizar a

promoção e o cuidado integral à saúde. Portanto, este método funciona em consonância com a

realidade pós-moderna e cabe, com ampla resolubilidade, no contexto da Atenção Básica

como estratégia de promoção à saúde, de prevenção do sofrimento psíquico e de reabilitação.

Os espaços de Terapia Comunitária são abertos à todos da comunidade e configuram-se como

espaços de acolhimento onde, por meio do trabalho terapêutico em grupo, estes compartilham

sofrimentos e dificuldades e procuram, conjuntamente e a partir do potencial existente dentro

de si, uma solução. Este estudo objetiva caracterizar os usuários de um destes grupos

denominado de Espaço da Palavra, de uma Unidade Básica de Saúde de Mossoró/RN,

frequentado por sujeitos que apresentam transtornos mentais leves, principalmente usuários de

psicotrópicos. Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa com base em dados

secundários, ou seja, a partir do registro nos prontuários da UBS Dr. José Holanda

Cavalcante, Mossoró/RN. Foram identificadas as seguintes variáveis: sexo, idade, situação

conjugal, escolaridade e utilização e tempo de uso de psicotrópicos. Os resultados evidenciam

que 12 usuários frequentam assiduamente estes serviços há um ano. Destes, 25% são do sexo

masculino e 75% são do sexo feminino. No que se refere à idade 75% são adultos, pois têm de

18 a 59 anos e 25% têm 60 ou mais anos. Em relação à situação conjugal 91,67% são casados

e 8,33%, solteiros. No item escolaridade 33,33% têm o Ensino Fundamental completo, 8,34%

têm o Segundo Grau incompleto, 33,33% o Segundo Grau completo e 25% não tinham esse

campo registrado. No que diz respeito ao uso de psicotrópicos 66,67% constituem um

tratamento medicamentoso e 33,33%, não medicamentoso. Destes 66,67%, o equivalente a 8

usuários, 12,50% usam há um ano ou menos, 62,50% de dois a cinco anos, 12,50% há mais

de cinco e menos de dez anos e 12,50% há mais de dez anos. Por constituir-se de uma

estrutura flexível, democrática e aberta, esse espaço da tecnologia do cuidado torna-se um

espaço de diálogo, vínculo e acolhimento à todos da comunidade, de encontro de diversos

sujeitos e idades, sexos, raças, credos e demais variáveis. Nesta pluralidade, e no imperativo

de compreensão das demandas e da adequação dos serviços às necessidades dos sujeitos,

apresenta-se como necessária a caracterização dos usuários dos grupos de Terapia

Comunitária.

PALAVRAS-CHAVE: Sujeito. Sofrimentos existenciais. Tecnologia do Cuidado.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE CAPS II NO

MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN

Gleyson Henrique Lima Ferreira (UERN)

Maíle Raihara Guimarães Moura (UERN)

Lorrainy da Cruz Solano (Prefeitura Municipal de Mossoró/FVG)

RESUMO: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são modalidades de serviços que

cumprem a mesma função no atendimento público em saúde mental distinguindo-se por

características definidas pelo Ministério da Saúde e deverão estar capacitadas para realizar

prioritariamente o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes

em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não intensivo.

Este estudo objetiva caracterizar os usuários de um serviço de CAPS II direcionados ao

tratamento em regime intensivo no município de Mossoró/RN. Trata-se de uma pesquisa

descritiva com abordagem quantitativa com base em dados secundários, ou seja, a partir do

registro na triagem do CAPS II Mariana Neumam Vidal, Mossoró/RN. Foram identificadas as

seguintes variáveis: sexo, idade, bairro de origem, situação conjugal, renda familiar e

escolaridade. Os resultados evidenciam que dos 35 usuários cadastrados no regime intensivo

26 frequentam assiduamente destes 35% são do sexo masculino e 65% são do sexo feminino.

No que se refere a idade 3% tem menos de 20 anos, 30% de 20 a 30 anos, 15% de 31 a 40

anos, 42% de 41 a 50 anos, 7% de 51 a 59 e 3% tem 60 ou mais anos. Os registros de bairro

de origem apontam uma grande diversidade sendo a maioria do Belo Horizonte 19% seguidos

Alto da Conceição, Liberdade I e Boa Vista com 11%, 7% do Planalto 13 de Maio e Alto São

Manoel, 3% Santa Delmira, Dom Jaime, Abolição IV, Redenção, Walfredo Gurgel, Centro,

Abolição II, Abolição III, Barrocas e sem registro 7%. Em relação a situação conjugal 42%

solteiro, 42% casado e 16% separado. No item renda familiar 19% até 1 salário mínimo, 26%

dois salários, 3% até 3 salários, 30% menos do que um salário, 3% sem renda e 19% sem

registro. No que diz respeito a escolaridade não foi possível uma caracterização em virtude de

73% dos usuários não terem esse campo registrado. Conhecer o perfil do usuário de um

serviço é necessário para compreender demandas que surgem no serviço e alinhar o processo

de trabalho as necessidades de saúde da população adscrita.

PALAVRAS-CHAVE: CAPS. Saúde mental. Ministério da saúde. Transtorno Mental.

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MODALIDADE PÔSTER

CASA DE VAGA-LUMES: PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Francisca Vieira de Sousa (UFCG)

Gleydson de Azevedo Virgulino (UFCG)

José Wanderley A. de Sousa (UFCG)

RESUMO: O objetivo maior desta proposta de intervenção pedagógica é fomentar a

iniciação à docência de estudantes do Curso de Licenciatura Plena em Letras do Centro de

Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), para

atuar, principalmente, na educação básica em escolas públicas. A área contemplada pelo

projeto é Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas. Os bolsistas atuam nas seguintes

escolas: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cristiano Cartaxo e na Escola

Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Constantino Vieira, da cidade de

Cajazeiras (PB). O objetivo maior deste subprojeto é possibilitar a professores e alunos de

Língua Portuguesa de Ensino Médio das escolas conveniadas e a alunos do Curso de Letras

do CFP (UFCG), um trabalho dialógico que propicie o desenvolvimento de habilidades de

compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes gêneros textuais/discursivos. Visa,

então, contribuir para a inserção dos alunos na sociedade, como cidadãos conscientes,

capazes, não só de analisar as várias situações de convivência social como também se

expressar criticamente em relação a elas. As atividades desenvolvidas consistem num

conjunto de ações voltadas, especialmente, para a superação de problemas identificados no

processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (IDEB) e o desempenho das escolas parceiras e universidade, expressos

através das avaliações da Prova Brasil, do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB),

do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e do Exame Nacional de Desempenho de

Estudantes (ENADE).

PALAVRAS-CHAVE: Iniciação à Docência. Educação Básica. Língua Portuguesa.

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MODALIDADE PÔSTER

CONCEPÇÃO DE JUVENTUDE RURAL EXPRESSA NO BLOG “JUVENTUDE

SEM TERRA”

Ana Paula Cardoso da Rocha (UERN)

RESUMO: A apropriação dos meios de comunicação e das novas mídias feita pelos

integrantes de movimentos sociais, sem dúvida, marca uma nova fase do fazer comunicativo,

alterando os conceitos e paradigmas de até então. Ignorar este novo paradigma seria alienar-se

de um processo já em curso e que tende a mudar a forma de fazer Comunicação, o que traria

consequências como inadequação dos estudos e conceitos da área à realidade do fazer

comunicativo, por exemplo. Frente a esta transformação e a partir do problema de pesquisa

“Qual a concepção de juventude rural expressada no blog da Juventude Sem Terra?”, o

artigo analisa da forma como a juventude rural é retratada no blog da Juventude Sem Terra e

como esta representação contribui para a formação do senso de pertencimento de grupo pelos

jovens de comunidades rurais, tomando como base os conceitos de comunicação enquanto

processo cultural de Paulo Freire, comunicação alternativa e relação/integração internet –

sociedade, buscando refletir acerca dos usos e processos de apropriação da internet pela

juventude rural enquanto ferramenta de construção novas formas de comunicação. A internet

tem sido usada como ferramenta de comunicação onde os sujeitos-atores das ações

comunicativas, no caso, a Juventude do MST, encontram o “mega-fone” mais potente que

qualquer outro usado pelas gerações anteriores, pois este – a World Wide Web – é capaz de

ecoar a voz desses grupos minoritários (ou não) e oprimidos aos quatro cantos do planeta.

Estudar a contestação da imagem do Movimento Sem Terra veiculada pela mídia tradicional,

feita pela JST é uma forma de se incentivar o debate em torno da Democratização das

Comunicações e do papel social da Comunicação em pleno momento de efervescência

política e cultural vivenciado pelo Brasil mais intensamente a partir das manifestações

ocorridas neste ano de 2013.

PALAVRAS CHAVE: Juventude. MST. Internet. Comunicação alternativa.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

CRENÇAS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO SOBRE O ENSINO-

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA NA UNIVERSIDADE

Julyana Deyse Silva de Oliveira (UERN)

Marcos Nonato de Oliveira (UERN)

RESUMO: O estudo das crenças sobre o ensino-aprendizagem de línguas tem sido bastante

explorado no Brasil. Nesse contexto, algumas pesquisas têm surgido sobre o ensino-

aprendizagem de língua espanhola. Diferentes pesquisadores (SILVA, G. M., 2012) têm se

interessado em conhecer o que pensam os alunos e os professores sobre o processo de ensino-

aprendizagem de língua espanhola. O objetivo deste estudo é investigar as crenças de

professores em formação sobre o ensino-aprendizagem de língua espanhola no âmbito da

universidade. Para fundamentar nossa investigação, utilizamos os trabalhos de Barcelos

(2004), Oliveira (2007), Silva, K. A. (2007). Nosso estudo é de base exploratória e tem como

sujeitos seis professores em formação de espanhol pertencentes à Universidade do Estado do

Rio Grande do Norte e o instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário. Os resultados

apontam para crenças que revelam o espanhol como uma língua estrangeira relativamente

fácil de aprender e o nível de motivação dos professores em formação é satisfatório. Os

depoimentos mostram que embora o espanhol possa parecer simples, há muitos desafios no

processo de aprendizagem. Além disso, as crenças dos participantes revelam que o ensino-

aprendizagem de espanhol na universidade não deve ser tido como a única referência para a

formação do estudante como falante do espanhol. O estudo de crenças sobre o ensino-

aprendizagem de espanhol no ambiente da universidade tem um valor muito significativo para

o desenvolvimento desse contexto de aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Crenças. Língua Espanhola. Professores em formação.

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MODALIDADE PÔSTER

CRENÇAS E ENSINO DE LÍNGUAS: PERCURSO, ESTADO DA ARTE E

PERSPECTIVA PARA A PESQUISA EM ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

ESPANHOLA

Ana Carla de Azevedo Silva (UERN)

Renata Helvécia Lopes Costa (UERN)

Regiane S. Cabral de Paiva (Orientadora- UERN)

RESUMO: O estudo das crenças relacionadas ao ensino de Línguas ganha espaço de

discussão no Brasil desde a década de 90. No entanto, pelo que podemos observar, a maioria

dos trabalhos estão destinados ao estudo das crenças em relação ao ensino-aprendizagem em

língua inglesa e materna. Como estudantes de língua espanhola de um curso de formação

superior, sentimos o interesse de aprofundar nossos estudos sobre crenças, bem como o de

fazermos um levantamento acerca das pesquisas cujo alvo seria a língua espanhola e de

podermos apresentar uma proposta de trabalho a ser aplicada nas escolas públicas de ensino

médio de Mossoró-RN. Diante disso, nossa pesquisa se configura do âmbito bibliográfico e

quantitativo. A fim de atendermos a esse propósito, tomaremos como base teórica os estudos

de Pajares (1992), Almeida Filho (1993), Barcelos (1995, 2001,2004, 2006), Barcelos e

Kalaja (2003), Silva (2005) e Silva (2007). Acreditamos que, ao apresentar o estudo da arte

sobre o estudo das Crenças, bem como nossa perspectiva de investigação, estaremos

contribuindo para o incentivo de novas pesquisas que tenham como propósito não só constatar

as crenças, mas na medida do possível, desmistificá-las, a fim de viabilizarmos um ensino-

aprendizagem de língua espanhola mais efetivo.

PALAVRAS-CHAVE: Crenças. Estado da Arte. Língua espanhola.

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MODALIDADE PÔSTER

DIALOGISMO BAKHTINIANO EM NARRATIVAS: UMA ANÁLISE DAS

RELAÇÕES DIALÓGICAS EM “A PAINFUL CASE”

Wigna Thalissa Guerra (UERN)

Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador - UERN)

RESUMO: A proposta de nossa pesquisa baseia-se na análise de elementos do dialogismo

bakhtiniano no corpo de um texto narrativo. Para tanto, retomaremos textos do Círculo de

Bakhtin (BAKHTIN, 1919/1921, 1929/1963, [1952-1953]; VOLOCHÍNOV/BAKHTIN,

1929; MEDVEDEV, 1928), grupo que desenvolve a teoria dialógica. A partir dessa

concepção, a linguagem se dá de forma que os enunciados proferidos por determinado

indivíduo encontram-se influenciados por outros enunciados realizados precedentemente por

outrem. Da mesma forma, um enunciado proferido hoje poderá ser novamente retomado em

enunciados futuros. Assim, aquilo que hoje eu falo possui vestígios da fala de outros,

respondendo, refutando, concordando (parcial ou totalmente) com enunciados anteriores ao

meu, ao mesmo tempo em que espera também uma resposta, uma refutação, uma

concordância futura ([BAKHTIN, 1952-1953]). A partir da teoria dialógica da linguagem

analisamos o conto “A painful case”, do escritor irlandês James Joyce, verificando como

ocorrem essas relações dialógicas, no que se refere às marcações das vozes das personagens

(se por meio de aspas, travessões), ao diálogo entre as vozes das personagens e a voz do

narrador, e aos tipos de discurso empregados (direto, indireto e/ou indireto livre). Através de

nossa pesquisa, buscamos compreender como ocorrem essas relações dialógicas dentro de um

texto narrativo por considerarmos ser esse um espaço privilegiado para tal análise visto que

encontramos aí representado, por meio de sua estrutura, o funcionamento dialógico da

linguagem.

PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo. Enunciado. Narração. Bakhtin.

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MODALIDADE PÔSTER

DIALOGISMO EM PROPOSTAS DE LEITURA E DE PRODUÇÕES TEXTUAIS DE

GÊNEROS NARRATIVOS NO LIVRO DIDÁTICO

Bruna Gabrieli Morais da Silva (UERN)

Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador - UERN)

RESUMO: Neste trabalho, apresentamos considerações a que temos chegado no curso do

desenvolvimento de nossa pesquisa de Iniciação Científica “Dialogismo em propostas de

leitura e escrita de narrativas em livros didáticos” (PIBIC UERN Voluntário 2013/2014).

Nessa pesquisa analisamos livros didáticos no intuito de investigar se as propostas de

recepção (leitura) e produção (escrita) de gêneros narrativos consideram a relevância das

relações dialógicas para a composição de narrativas. Nosso material didático de análise é a

coleção de livros didáticos para o Ciclo II (6º a 9ª ano) do ensino fundamental “Português:

Linguagens” de William Roberto Cereja e Tereza Magalhães Cochar (CEREJA; COCHAR

2010a, 2010b, 2010c, 2010d). Nessa coleção, examinamos se as atividades de leitura e as

propostas de produção textual de narrativas observam as relações dialógicas tecidas (i) entre o

texto e referências exteriores e (ii) os elos entre as vozes de autor, narrador e personagens no

interior das narrativas. Para a condução dessa investigação, baseamo-nos nos postulados de

Bakhtin (1919/1921; 1929/1963, [1952-1953]), Volochínov/Bakhtin (1929), Medvedev

(1928), Brait (2002, 2004), Maciel (2008, 2011), entre outros. Procuramos examinar se, por

exemplo, nas propostas de interpretação e de produção de narrativas são contemplados pontos

que Bakhtin (1929/1963), Bakhtin/Volochínov (1929) apontam como fundamentais para o

entendimento das relações dialógicas: questões como os tipos de discurso (discurso

diretamente orientado para o referente, discurso objetificado, discurso bivocal), amplitude do

diálogo (micro-diálogo, diálogo, diálogo amplo), espaços composicionais de retomada da

palavra alheia (voz alheia no discurso do herói, no discurso do narrador, no discurso do

autor), modos de retomada da palavra alheia (em estilo linear ou em estilo pictórico), entre

outros. São alguns desses pontos que pretendemos discutir através da apresentação deste

trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Narrativas. Livro Didático. Círculo de Bakhtin. Relações Dialógicas.

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MODALIDADE PÔSTER

DIFICULDADES DE PRONÚNCIA DO FONEMA VELAR /X/ POR ALUNOS

POTIGUARES ESTUDANTES DE ESPANHOL

Jucymário de Lima Silva (PIBID - UERN)

Francisco Robson Lima dos Santos (UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID - UERN)

Resumo: Um dos objetivos do ensino da pronúncia em língua espanhola é que o aluno

aprenda a forma correta de falar e consequentemente conseguir uma boa pronúncia;

principalmente os brasileiros que geralmente apresentam dificuldades específicas na

pronúncia de muitos sons do espanhol, pois na língua espanhola há sons que não há em

português ou que se pronunciam em contextos distintos nas duas línguas. O presente trabalho

tem como objetivo descrever as dificuldades de pronúncia que os estudantes potiguares

apresentam ao aprender o som das consoantes ‘G’ e ‘J’ da língua espanhola. Como

metodologia utilizamos uma pesquisa bibliográfica baseada em autores como Illán (2009),

Carbó et al (2003), Olivé (2004) entre outros que contribuem com teorias que abordam o

tema. Também foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva e como instrumento de

analise se utilizou um texto para leitura de alunos graduandos potiguares do curso de Letras

com habilitação em língua espanhola da Universidade do Rio Grande do Norte – UERN. Ao

finalizar nossa análise concluímos que aprender uma nova língua não é só aprender algumas

palavras e sim uma serie de fatores para o desenvolvimento da habilidade oral como, por

exemplo, o estudo da entonação, a acentuação, o ritmo e as pausas da nova língua. Em relação

a pronuncia do fonema velar /x/ da língua espanhola observamos que a maioria dos falantes

de língua portuguesa tendem a associar o fonema /x/ do espanhol com o som mais próximo ao

do português , o fonema alveolar /R/. E este é um dos erros que tentamos identificar em nossa

investigação, também tratamos de averiguar se os estudantes associam o fonema /x/ com as

letras g e j em português.

PALAVRAS-CHAVE: Pronúncia. Língua Espanhola. Fonema Velar.

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DIFICULDADES NA PRONÚNCIA DO FONEMA VIBRANTE ESPANHOL POR

ESTUDANTES DO CURSO DE LETRAS/ESPANHOL DA UERN

Antônio Marcos Melo da Silva (PIBID-UERN)

Cristiane Alves da Fonsêca (UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID -UERN)

RESUMO: Por meio do conhecimento sobre os sons, suas característica, a velocidade da fala

e da entonação, o discente será habilitado para realizar e diferenciar as particularidades dos

sons de uma língua. O ensino de pronúncia é necessário para melhorar o desempenho na

inteligibilidade, entendida como a capacidade de se produzir um discurso que seja entendido

por outros participantes em um ato de fala. Os estudantes brasileiros de espanhol geralmente

apresentam uma interlíngua acompanhada por muitas interferências na pronúncia, pela

semelhança existente entre estas duas línguas. Uma das maiores dificuldades dos estudantes

brasileiros é a pronúncia do fonema vibrante / r / múltiplo e / ɾ / simples. Este trabalho analisa

algumas dificuldades de pronúncia dos fonemas vibrantes dos alunos do curso de

letras/espanhol da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. A metodologia utilizada

foi uma investigação quantitativa descritiva e se utilizou como instrumento de coleta de dados

um texto para leitura e posteriormente uma análise da pronúncia dos informantes. Ao concluir

a análise, foi confirmado que um estudante brasileiro ao começar a aprender/estudar a língua

espanhola, enfrenta grandes obstáculos pela semelhança entre o português e o espanhol. As

principais dificuldades foram, a não distinção entre os fonemas / ɾ / y / r / espanhóis, a maioria

dos entrevistados fazia confusão entre os dois sons distintos do fonema vibrante simples e o

múltiplo, e outro erro comum entre os estudantes foi a pronúncia do fonema, / r /, como / x /,

PALAVRAS-CHAVE: Interlíngua. Fonema vibrante. Língua Espanhola.

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MODALIDADE PÔSTER

EDGAR ALLAN POE NO BRASIL: A TRADUÇÃO DO GÓTICO NA SÉRIE

CONTOS DO EDGAR

Mayara Andressa Maia de Freitas

Emílio Soares Ribeiro (Orientador - UERN)

RESUMO: O escritor norte-americano Edgar Allan Poe (1809 – 1849) teve uma grande

influência na história da literatura, especialmente no desenvolvimento do conto enquanto

forma de arte e da história de detetive enquanto gênero literário (OAKES, 2004). Embora

também tenha escrito contos de ficção científica, histórias de detetive, paródias cômicas e

poesia, o autor se destaca por suas histórias de horror, em que expressa “[...] uma visão

obscura do lado irracional da mente humana e sua tendência à autodestruição” (SCOFIELD,

2006, p. 32). Tal aspecto, somado ao seu estilo hiperbólico, repleto de referências esotéricas,

aos elementos sobrenaturais de seus contos e a estranheza de seus personagens fazem de Poe

uma referência na literatura gótica do século XIX em todo o mundo. Desde o cinema mudo,

os contos de Poe têm sido adaptados para a tela, em mais de duzentos filmes. Entre essas

adaptações está a recente série brasileira produzida pelo premiado produtor Fernando

Meirelles e dirigida por Pedro Morelli, Contos do Edgar (2013), transmitida semanalmente no

canal FOX. A presente pesquisa terá como objetivo analisar como aspectos próprios da

literatura de terror dos contos de Poe foram traduzidos para a série televisiva. Para tal,

escolhemos como corpus três episódios, Berê, Cecília e Lenora, traduções dos contos

Berenice (1835), A Máscara da Morte Rubra (1842), O gato preto (1843) e O barril de

amontillado (1846) do autor americano. Assim, considerando que a tradução fílmica de uma

obra produz signos que traduzem os signos literários cinematograficamente, acrescentando

outras marcas, a pesquisa, de caráter analítico-descritivo, se voltará para as estratégias

utilizadas na realização do filme ao recriar a literatura de horror de Poe para o Brasil do

século XXI. A análise de tais traduções como processos (e não como produtos) exigirá uma

compreensão da natureza dos signos literários usados na realização dos textos, assim como

dos signos cinematográficos (sua relação com o objeto, seu potencial sugestivo, seus aspectos

icônicos, indiciais, simbólicos), as possibilidades que eles apresentam, o que é possível graças

à semiótica desenvolvida por Charles Sanders Peirce.

PALAVRAS-CHAVE: Tradução intersemiótica. Poe. Televisão.

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ENSINO DE GRAMÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERATIVA: O CASO DE

UMA TURMA DO 9ª ANO DE UMA ESCOLA DE REDE ESTADUAL DE PATU/RN

Joceilma Ferreira Dantas (UERN)

Lúcia Cristina Alves (UERN)

Micharlane de Oliveira Dutra (UERN)

Ananias Agostinho da Silva (Orientador - UERN)

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo, através da observação em sala de aula,

compreender como ocorre o processo de ensino de gramática, considerando a importância de

se adotar uma perspectiva interativa no trabalho com gramática em sala de aula. Para isso,

realizamos observações de dez horas/aulas em uma turma de nono ano do ensino fundamental

de uma escola de rede estadual de Patu - RN. As observações foram realizadas no período

vespertino. Vale ressaltar que este artigo trata, apenas, de uma análise simplificada, visto que

a carga-horária de observação foi relativamente curta para se tecer comentários generalizados

e mais abrangentes. Considerando o exposto, buscamos desvendar a estrita relação entre as

normas gramaticais e o encadeamento das ideias na hora de aplicá-las em sala de aula, bem

como também o processo de interação. Cientes da relevância deste artigo, para melhor

desenvolver as interpretações aqui empreendidas, foram realizados estudos bibliográficos,

tendo como base os seguintes autores: Antunes (2007), Travalgia (2001) entre outros. Os

resultados apontam que, na turma pesquisada, a gramática tem sido vista como um problema

para o professor e para os alunos, pois discutir elementos linguísticos baseando-se apenas em

normatizações da língua padrão parece não ter muito sentido. Os alunos apresentam

necessidade de serem estimulados a refletirem sobre a gramática/língua que fazem uso e não

simplesmente sobre exemplos fabricados pelos livros didáticos ou por gramáticas escolares. A

língua a ser estudada em sala deve ser a língua dos alunos, aquelas que eles efetivamente

utilizam em situações diárias de comunicação.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Gramática. Interação.

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ENTRE ANTI-HERÓIS E PERDEDORES: A AUTODEPRECIAÇÃO DOS

PROTAGONISTAS NAS PROPAGANDAS PUBLICITÁRIAS

Shemilla Rossana de Oliveira Paiva (UERN)

Bárbara Marina Almeida dos Santos (UERN)

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Orientadora – UERN)

RESUMO: O consumidor, na condição de indivíduo pós-moderno, narcisista e que busca

exclusividade, deseja se auto representar e não ser representado por alguém. É a reivindicação

universal dos “quinze minutos de fama”. É nesse contexto, e que também pode se dever à fase

esperançosa que o Brasil atravessa com o crescimento do poder econômico da nova classe C,

que as propagandas autodepreciativas encontraram terreno fértil para se fixarem. As mesmas

consistem em uma nova vertente de propagandas publicitárias que, para fomentar o consumo

fazem uso de um personagem principal – celebridades no ápice de suas carreiras (anti-heróis)

ou no ostracismo (perdedores) -, em uma condição de autodepreciação, havendo, por parte

deles, a demonstração de seus próprios defeitos, fenômeno inverso ao que sempre foi feito na

publicidade que se utilizou de celebridades, que era atrelar a fama, penetração e infalibilidade

desses astros para agregar valor aos produtos anunciados. Agora há a quebra com o arquétipo

do ídolo, onde ele não pode mais estar superior ao público, mais igual ou aquém, para que só

assim conquiste sua simpatia. . É como se o consumidor afirmasse: “Eu devo ser a projeção

do ídolo, e não ele a minha.” As propagandas autodepreciativas trazem as celebridades como

motivo de piadas, sempre envolvidas em situações constrangedoras. O objetivo principal aqui

é analisar as representações da autodepreciação nas propagandas e, de que forma elas

articulam novas subjetividades, ou seja, como esse objeto simbólico age na produção de

sentido através de suas representações. Sintomas como perda de referencias e sociedade não

meritocrática surgirão nas análises. As propagandas autodepreciativas refletem o narcisismo

da sociedade contemporânea, e a utilização do consumo não como meio que atenda

necessidades vitais, mas que credencie esses indivíduos a um aspirado grupo de

pertencimento. Os objetos desejados não o são por um viés utilitário, mas simbólico. O

trabalho na íntegra oferece uma explanação sobre a publicidade e sua relação com o consumo,

as celebridades e o humor, já que as propagandas autodepreciativas são humorísticas e trazem

sempre uma celebridade ou subcelebridade como protagonistas, e depois começa a despir

essas propagandas detalhadamente, discorrendo sobre o poder dos arquétipos e a nova relação

com o ídolo que é denunciada através dessas peças publicitárias. São discutidos assuntos

como arquétipos, cultura de massas, mito, e humor, através de Campbell, Foulcault,

Lipovetsky, Morin, Bauman, dentre outros. Esta pesquisa de cunho qualitativo é desenvolvida

e fundamentada na Análise de Discurso de vertente francesa.

PALAVRAS-CHAVE: Publicidade. Autodepreciação. Celebridades. Humor.

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MODALIDADE PÔSTER

ETHOS REVELADO EM DISCURSOS DE DOCENTES ACERCA DAS

CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA DO CURSO DE LETRAS

Dayana Maria Freitas França (UERN)

Antonia Lidiana da Silva Moreira (UERN)

Edmar Peixoto de Lima (Orientadora - UERN)

RESUMO: Esse artigo é parte de um trabalho monográfico resultante da pesquisa: Teses

acerca (do ensino) de gramática em discursos de professores universitários do curso de

Letras/CAMEAM, vinculado ao GPET – Grupo de pesquisa em Produção e Ensino de Texto.

Nesse trabalho, apresentamos como objeto de estudo o discurso de docentes do curso de

Letras Vernáculas do Campus Avançado “Profa Maria Elisa de Albuquerque Maia”-

CAMEAM/UERN, em que nos propomos a investigar o ethos revelado por esses docentes

quando discutem concepções de gramática, mediante a análise das teses e argumentos

utilizados no discurso desses sujeitos. Para tanto, o nosso aporte teórico é fundamentado nos

estudos vinculados à Teoria da Argumentação no Discurso (TAD) em que tomamos como

aparato teórico os estudos de Perelman e Tyteca (2005), Reboul (2004), Orlandi (2006),

Abreu (2006), Meyer (2007), para as discussões sobre o ethos os postulados de Aristóteles

(2007), Amossy (2008) e Maingueneau (2008), como também dos estudos de Antunes (2003),

Geraldi (2006), de Travaglia (2008), acerca da linguagem, mais especificamente, das

atividades ligadas ao ensino da gramática da língua materna; dentre outros teóricos. Nosso

corpus se constitui de duas entrevistas com docentes do curso de Letras Vernáculas. Em que

tratamos de identificar inicialmente as teses defendidas por esses sujeitos, seguidas dos

argumentos que constituem seus discursos, para que chegássemos a um detalhamento do

ethos que esses docentes revelam quando discutem concepções de gramática. Os resultados

dessa pesquisa apontam que os docentes em questão revelam o ethos de profissionais

funcionalistas, que veem o ensino de gramática com base nas concepções de gramática de uso

ou mais especificamente da gramática funcionalista.

PALAVRAS-CHAVE: Argumentação no discurso. Ethos. Concepções de gramática.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: RELEVÂNCIAS DA ATUAÇÃO DO PIBID

LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA CRISTIANO CARTAXO EM CAJAZEIRAS –

PB

Francisca Fábia Avelino Félix (UFCG)

Laurivan Nunes de Menezes (UFCG)

Francisca Vieira de Sousa (UFCG)

José Wanderley Alves de Sousa (Orientador - UFCG)

RESUMO: O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), em sua

atuação na escola Cristiano Cartaxo, vem realizando atividades significativas no que diz

respeito ao trabalho com leitura e escrita. Desde o início das atividades no ano de 2010 até

aqui, o Subprojeto Letras-CZ, através da atuação conjunta do coordenador, supervisor e

bolsistas, busca trabalhar atividades de texto, com vistas a contribuir para o desenvolvimento

e o aprimoramento das competências de leitura e escrita do alunado. Tendo em vista os

objetivos do Programa e as condições de atuação que nos são permitidas, o projeto desenvolve

na escola em questão, debates e reflexões sobre as atividades em Língua Portuguesa, a

exemplo do mini-evento “Cultura Contada e Cantada: Escrita e Oralidade em Patativa do

Assaré” (2012), evento realizado como uma extensão do projeto, o qual envolveu toda a

escola. Além disso, o Pibid Português desenvolve, a fim de verificar o desempenho textual

dos alunos, oficinas de leitura e escrita de gêneros textuais pertencentes à esfera jornalística,

objetivando a execução e ornamentação do jornal “Poli Correio Valente”, o qual constitui

mais uma das atividades que vêm sendo realizadas na referida escola de ensino médio, no

presente ano de 2013. Dessa forma, o Pibid Letras-Cz, em parceria com o Subprojeto “Casa

de Vaga-lumes”, funciona como um subsídio fundamental para o ensino-aprendizagem de

Língua Portuguesa, especificamente nos trabalhos relacionados à leitura e produção de textos

como práticas sociais de letramento e inserção do indivíduo enquanto agente crítico e

reflexivo perante a sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura e Escrita. Produção Textual. Práticas Sociais.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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FORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO APLICADA À EDUCAÇÃO MUSICAL NA REDE DE ENSINO

BÁSICO DE MOSSORÓ-RN

Carlos Antonio Santos Ribeiro (Aluno Bolsista PROEXT/MEC - UERN)

José Igor Paulino da Silva (Aluno Bolsista PROEXT/MEC - UERN)

Giann Mendes Ribeiro (Orientador - UERN)

RESUMO: As Tecnologias Digitais e de Informação e Comunicação estão ganhando cada

vez mais espaços na sociedade contemporânea. Tais tecnologias estão presentes na educação

em geral, inclusive na Educação Musical. Atualmente, existem diversas plataformas online,

aplicativos e jogos baseados em computação em nuvem (Clouding Computing6) que

disponibilizam os conteúdos educativos musicais para serem utilizados com acesso livre.

Nesse sentido, o resumo proposto tem por objetivo apresentar como estão sendo

desenvolvidas as atividades do Programa de Extensão Universitária (PROEXT 2011),

denominado Educação, música e tecnologia: diálogo multidisciplinar na formação continuada

aprovado pelo o Ministério da Educação – MEC, em parceria com a Universidade do Estado

do Rio Grande do Norte – UERN. O objetivo do Programa visa a formação continuada para

os professores da rede básica de ensino de Mossoró-RN para o uso de Tecnologias Digitais e

de Informação e Comunicação aplicadas à Educação Musical. O desenvolvimento das ações

se dará na forma de três subprojetos que serão interdependentes: 1) Formação em Tecnologias

Digitais aplicada à Educação Musical; 2) Feira didática como parte da formação dos

professores; 3) Organização de encontro científico como forma de ampliar a reflexão crítica

do uso das tecnologias para fins educativo-musicais. Os dados preliminares coletados

apontam que a grande maioria dos professores tem o acesso às tecnologias digitais, porém, foi

notado um déficit na formação para utilizar essas tecnologias nas suas aulas de música.

Considerando os resultados iniciais, acredita-se que este projeto poderá contribuir para a

formação dos professores da rede básica de ensino do município de Mossoró-RN mediadas

através de tecnologias digitais.

PALAVRAS-CHAVE: Formação Continuada. Música. Programa PROEXT. Tecnologias.

6Computação em nuvens está baseado no armazenamento de programas e aplicativos em servidores distantes e

que estão disponíveis na internet.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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FORMAS DE EXCLUSÃO NA/PELA ESCOLA EM UMA PERSPECTIVA

DISCURSIVA

Ivanilda Rocha Dos Santos (UESB)

Anderson de Carvalho Pereira (UESB)

RESUMO: Há décadas a escola pública vem sendo questionada pelo seu despreparo em

trabalhar com as crianças das classes populares. Observamos que as dificuldades de

aprendizagem não podem, via de regra, ser atribuído aos problemas extra-escolares. Diante

disso, procuramos analisar como professores da rede pública de ensino lidam com sintoma

que rotula crianças como “fracassadas” ocorrendo à exclusão de forma velada. Este artigo

procura trazer algumas reflexões a respeito da questão do fracasso escolar de crianças vindas

das classes populares. Mostrando como crianças vêm sendo excluídas na/pela escola numa

perspectiva discursiva. Partindo do pressuposto que o sujeito é atravessado pela ideologia e o

que fala ou compreende está relacionado com o lugar que está inserido, e, é afetado por esse

aspecto que o sujeito se constitui e (re)produz seu discurso, o estudo objetiva analisar

narrativas de falas de professores do ensino fundamental I buscando analisar os sentidos que

são produzidos nos seus discursos e de que forma o sujeito é constituído. Para isto,

utilizaremos o método de pesquisa da Análise do Discurso (AD) fundada nas teorias de

Michel Pêcheux. A pesquisa está em andamento e esperamos contribuir para uma reflexão

acerca dos discursos de professores que retratam o aluno da classe popular como “aquele que

não aprende” produzindo uma visão estereotipada dessas crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Fracasso escolar. Exclusão. Análise do discurso. Escola.

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GÊNERO DIGITAL: UM ESTUDO DO BLOG RG NEWS

Carla Monara de Paiva Silva (UERN)

Francisca Renata de Oliveira (UERN)

Ana Maria de Carvalho (Orientadora - UERN - GEDUERN)

RESUMO: Em meio ao crescente avanço da vida moderna, o uso das antigas fontes de leitura

como textos impressos estão sendo cada vez menos utilizadas. A rede mundial de

computadores tem permitido novas práticas de leitura e produção de informação. Com o

avanço tecnológico, surgem os gêneros digitais, e uma dessas modalidades digitais que se tem

destacado para pesquisas são os blogs. Intimamente relacionado à noção de comunicação,

blogs são páginas criadas na internet constituídas inicialmente com o caráter de diário pessoal.

Atualmente, podemos encontrar vários estilos de blogs, que servem a várias modalidades de

informação. Nosso trabalho tem objetivo analisar o Blog RG NEWS que se apresenta como

um jornal on-line dentro cidade de Rafael Godeiro -RN e outras cidades da região.

Pretendemos, assim, apresentar as caraterísticas que compõe esse gênero e os elementos que

constituem o caráter informativo. Inicialmente, percebemos que o autor é livre para produzir

seus textos e reportagens; um outro fator que podemos perceber é a credibilidade que o blog

já possui e isso faz com que seja considerado pelos leitores como uma fonte segura de

informação. Nosso trabalho busca desenvolver uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo é

trabalhar com um gênero especifico, mas não descartando a possibilidade de citar outros

gêneros digitais que circulam na Internet, servindo como suporte para a produção dos blogs.

Para nossa pesquisa utilizaremos como fundamentação teórica autores como Komesu (2001),

Marcuschi (2005), Xavier (2005) e outros com os quais iremos dar a definição de gêneros

digital.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero digital. Blogs. Blog RG NEWS.

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GÊNERO TEXTUAL E O ENSINO DE LÍNGUA: TRABALHANDO COM

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (HQS)

Francieide Maria da Silva (UEPB)

Gesiana Alves da Silva (UEPB)

Paula de Sousa Alves (UEPB)

RESUMO: O Trabalho com Gênero Textual no Ensino de Língua Portuguesa é de grande

relevância, uma vez que, possibilita aos alunos, o trabalho com vários tipos (estruturas) de

textos, proporcionando de certa forma, uma melhor abordagem sobre a linguagem, além de

aprimorar o conhecimento prévio que os alunos já trazem consigo. Para tanto, é pertinente

focalizar em um gênero com intuito de que este seja trabalhado e discutido gradualmente.

Partindo deste pressuposto, serão abordadas algumas considerações sobre o gênero Histórias

em Quadrinhos (HQs), considerando que este proporciona a liberdade de criar inúmeras

situações de produção de texto (discurso). Através deste Gênero (recorte metodológico) e,

para ter uma melhor discussão, este trabalho irá tecer considerações sobre Gêneros Textuais

face ao Ensino de Língua Portuguesa, uma vez que, esta proposta partirá de uma visão geral

sobre abordagens que alguns teóricos como Bakhtin (1997) e Marcuschi (2005), bem como

algumas propostas abordadas nos PCNs (2001) referentes a Gêneros Textuais. São os mais

variados textos orais ou escritos construídos na vida cotidiana que estabelecem relações

sociocomunicativas. Tendo em vista esta abordagem, é importante situar questões com

relação a prática de Gêneros em sala de aula, de modo que essa prática sirva para um melhor

desempenho dos alunos e da prática docente no que se refere a questão do

Ensino/aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Gênero. Hqs.

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GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS NA PROVA DO PROCESSO SELETIVO

VOCACIONADO DO ANO DE 2009 DA UERN

Érida Campos Paiva (UERN)

Maria Nayara Pessoa de Lima (UERN)

Marta Jussara F. da Silva (Orientadora - UERN)

RESUMO: Com este trabalho, temos o objetivo de investigar e analisar quais são os géneros

e as tipologias textuais predominantes nas provas de língua espanhola que são realizadas no

vestibular da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN. Utilizamos, como

corpus de nossa pesquisa, a prova que foi aplicada no ano de 2009 na referida universidade.

Para realizar a análise, nos aportamos às constatações de Puértolas (2001), que reflete a

respeito de que todo texto apresenta certas regularidades, tanto nas técnicas expressivas e

compositivas como na forma linguística, que leva a concepção de diferentes tipos textuais;

Marcuschi (2002) que trata os géneros textuais como entidades sócio-discursivas e

instrumentos da ação criativa e Marcuschi (2006) que constata que os gêneros textuais são

fatos sociais e não apenas linguísticos e que proliferam para dar conta da variedade de

atividades desenvolvidas no dia a dia. Esperamos que com esta investigação contribuamos de

forma significativa e crítica para a elaboração das provas de vestibular em relação a

aplicabilidade dos géneros textuais e que os mesmos se apresentem de maneira mais

diversificada, para que os alunos possam ter contato com a variedade de textos existentes, já

que suas necessidades e produções discursivas são tão variadas e que as temáticas abordadas

pelos textos sejam mais próximas de suas realidades sócio-discursivas.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Vestibular. UERN.

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GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO: A ABORDAGEM DO GÊNERO CARTA EM

LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA

Carolyne Mauricio Da Silva (UFCG)

Edmilson Luiz Rafael (Orientador - UFCG)

RESUMO: As atividades desempenhadas pelo ser humano são fundamentadas pelo uso da

linguagem, quer seja linguagem oral, escrita, gestual, etc. É pela linguagem que o individuo se

constitui como sujeito e é pela linguagem que o ser humano se relaciona com o outro através

do processo de interação. As práticas de linguagem oral e escrita ocorrem por meio de textos,

e os textos, por sua vez, são materializados em gêneros textuais ou discursivos

(MARCUSCHI, 2002). Considerando a afirmação de Bakhtin (1997) de que os gêneros

discursivos são enunciados relativamente estáveis que permeiam as diferentes esferas das

atividades comunicativas dos indivíduos, e considerando a concepção de Scheneuwly (2004)

de que os gêneros são instrumentos mediadores entre o individuo e as atividades que

envolvem linguagem, incluindo as atividades de ensino-aprendizagem de uma língua

(SCHENEUWLY; DOLZ, 2004), este trabalho tem por objetivo investigar como ocorre a

abordagem do gênero carta no livro didático de Língua Inglesa Freeway, volume um,

destinado a escolas públicas, no sentido de investigar como as atividades do livro envolvendo

o gênero carta auxiliam no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita em língua

inglesa. Para atingir tal objetivo, inicialmente discorreremos sobre os gêneros discursivos e

sua contribuição para o ensino, com base em Bakhtin (1997) e Scheneuwly e Dolz (2004),

bem como sobre o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita em língua estrangeira,

à luz das Orientações Curriculares Nacionais para Ensino Médio (BRASIL, 2006), para então

passar para a discussão dos resultados da investigação no livro didático escolhido, e para as

considerações finais sobre a abordagem do gênero carta e sua contribuição para o

desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Ensino. Língua estrangeira. Livro didático.

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GÊNEROS TEXTUAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

Francisca Vieira de Sousa (UFCG-CFP/PIBID-CAPES)

Joana D’arc de Andrade Freitas (UFCG-CFP/PIBID-CAPES)

RESUMO: Diante da multiplicidade de gêneros textuais que temos contato no nosso

cotidiano, e através deles que nos comunicamos com outras pessoas este trabalho tem por

finalidade discutir a importância da prática dos gêneros textuais em sala de aula no processo

de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, sabendo que estes contribuem para que o

aluno possa desenvolver sua competência discursiva, já que o ensino de Língua Portuguesa

requer a ampliação das possibilidades de uso da linguagem. A preocupação com as

dificuldades dos alunos de produzir e interpretar os diversos gêneros textuais levou também a

uma abordagem dos problemas enfrentados na prática pedagógica com gêneros, entre eles, é a

priorização da gramática na aula de Português por parte dos professores dessa disciplina,

quando na verdade o estudo de língua requer uma dimensão muito mais ampla do que o

simples aprendizado mecanizado de regras gramaticais que muitas vezes não faz parte da

realidade do aluno. Para esse estudo utilizamos como embasamento teórico Marcuschi (2008),

Fiorin (2006), Bakhtin (2003) e os PCNs (1998) que entendem gêneros textuais como sendo

uma prática social que fazem parte do cotidiano das pessoas que usam eles muitas vezes sem

ter conhecimento sobre gêneros, por exemplo, um bilhete, um telefonema, conversa formal ou

informal, entre outros. No decorrer dessa discussão percebemos que o trabalho com gêneros

textuais na sala de aula é uma excelente ferramenta para lidar com a língua nas suas diversas

situações de uso no dia-a-dia porque é através do contato com textos que o aluno reflete sobre

a linguagem. Espera-se que este trabalho contribua de alguma forma para a melhoria do

ensino de Língua Portuguesa.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa.

Prática Pedagógica.

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JULIAN ASSANGE E SUA TRANSFORMAÇÃO EM UM MITO

Tamara de Sousa Sena (UERN)

Daiany Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: Este artigo apresenta uma análise semiológica sobre a figura do ciberativista

Julian Assange fundador, editor e porta-voz do site Wikileaks, um australiano que conseguiu

fazer o maior vazamento de documentos secretos da história. Por meio do conceito de

Mitologias presentes na obra de Roland Barthes, analisamos a transformação do ciberativista

Julian Assange que conseguiu destaque por sua luta em busca da verdade e justiça, mas que

acabou sendo transformado em um mito, passando a ser reconhecido como um símbolo da

nova revolução contra o sistema e os poderosos. O mito acaba se tornando artificial, deixando

de ser analisado por toda a sua história, no caso de Julian Assange é simplificado a duas

imagens a de vilão ou herói. Ainda utilizando Barthes (2010) e seu conceito de mito,

buscamos observar como a imagem de Julian Assange é veiculada pela mídia brasileira, como

um mesmo mito pode ser representado de formas diferentes dependendo da linha editorial do

meio de comunicação.

PALAVRAS-CHAVE: Ciberativista. Julian Assange. Mito. Semiologia. Wikileaks.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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LEITURA E CONHECIMENTO PRÉVIO: ASPECTOS FACILITADORES NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

Shara Raiany de Oliveira (UERN)

Franceliza Monteiro da Silva Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: Ao entrarmos em contato com a leitura da palavra pensamos por vezes haver

somente esse tipo de leitura. Todavia, não podemos, enquanto escola e educadores, inflar

sobre esse condicionamento como se fosse a única forma de compreendermos os diversos

tipos de texto, os quais nos são cotidianamente apresentados. É, portanto, vislumbrando a

leitura como ponte interacional entre texto e conhecimento prévio que nos propomos a

ascender esse discurso atentando para as condições de produção dos sentidos do texto. Nesse

sentido, este trabalho tem por objetivo apresentar uma discussão bibliográfica acerca da

leitura enquanto processo interacional da língua. Para tanto, à luz das concepções de Freire

(2011), Koch (2009) e Silva (1997) apresentamos discussões que podem facilitar o ensino de

Língua Materna, mais propriamente a leitura em sala de aula, tendo em vista os aspectos

facilitadores propiciados por esse recurso. Ilustramos, com base nos autores supracitados, a

necessidade de a escola se propor a não excluir o que o aluno já traz consigo. Antes, é

indispensável que se invista nos conhecimentos de mundo que aquele possui, ocasionando

assim, a compreensão dos elementos sígnicos. Diante disso, esperamos que a “leitura da

palavra” seja relacionada à “leitura de mundo” para que assim, ocorra de fato, uma leitura

proveitosa e socialmente utilizada.

PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento prévio. Leitura. Texto.

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LEITURA E ESCRITA: PROJETO DE PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA

CRISTIANO CARTAXO

Marilene Gomes de Sousa (UFCG)

Francisco Danillo Pereira Tavares (UFCG)

Luiza Correia Alves Neta (UFCG)

José Wanderley Alves de Sousa (Orientador - UFCG)

RESUMO: O presente trabalho procura detalhar projeto elaborado e desenvolvido pelos

bolsistas do Programa Institucional de Bolsistas de Iniciação à Docência (PIBID), Subprojeto

Letras, na Escola Estadual de Ensino Médio Cristiano Cartaxo, localizada na cidade de

Cajazeiras-PB. O referido projeto objetivou levar aos discentes da instituição em questão,

saberes e capacidades linguísticas de produção textual escrita, por meio de estudos sobre

determinados gêneros discursivos, findando na confecção de jornal escolar, após coleta de

textos dos próprios alunos, doravante intitulado “Poli Correio Valente”. Tal atividade

pedagógica torna-se necessária para a aquisição de saberes linguísticos/textuais da língua

portuguesa por parte dos discentes ao se deparem com situações e práticas sociais de leitura e

escrita através de gêneros que costumam circular nos meios jornalísticos, a exemplo da

crônica, artigo de opinião, editorial, notícia e reportagem, entre outros. Para tanto, este

trabalho com gêneros utilizou tanto de explanações teóricas, no que tange respeito à estrutura

composicional do texto, como também de exemplificações dos mesmos, a partir de temas

atuais da sociedade brasileira, a fim de que os aprendizes pudessem elaborar, de forma

satisfatória, os escritos citados anteriormente, ponderando, inclusive, sobre temáticas próprias

da realidade escolar daquela instituição de ensino. Os textos selecionados e aptos para integrar

o jornal escolar, assim como todos os demais textos produzidos durante esse projeto,

passaram por processos de entrega-revisão-devolução, ou seja, os alunos produziam o texto,

este era revisado pelo bolsista iniciante à docência, e logo após, este devolvia ao alunado para

eventuais correções importantes até obter a condição de texto adequado às exigências de

determinado gênero discursivo/textual. Como embasamento teórico para a formulação desse

projeto, utilizamos de autores como BARBOSA (2010), GARCEZ (2004), ILARI (1992),

KOCH (1999), MARCUSCHI (2010), OLIVEIRA (2010) e PLATÃO & FIORIN (2007) que

discorrem, essencialmente, sobre a temática de texto e produção textual.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Produção Textual. Escrita.

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LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO DE ESPANHOL NO IFRN: UM ESTUDO

SOBRE AS CRENÇAS DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DOS CÂMPUS

DE NATAL

Renata Arnaud de Lucena Praxedes (IFRN)

RESUMO: Segundo Eco (2003), a leitura literária ajuda a formar a língua e cria identidade e

comunidade também mantem em exercício nossa língua individual, pois os textos literários

(TL) apresentam grande riqueza linguística. Duffy & Malley (1991), afirmam que a

diversidade de interpretações que o TL proporciona gera entusiasmo e interesse nos alunos

mediando interação genuína. Albaladejo (2007) afirma que a literatura oferece um contexto de

língua natural que facilita a prática e a integração das quatro destrezas linguísticas

fundamentais. Porém, os professores continuam apresentando dificuldades para trabalhar o

TL em suas aulas argumentando, principalmente, que não estão preparados ou que a

linguagem usada é muito difícil (SILVA, 2011). Acreditamos que a transformação das

concepções e crenças do professor sobre leitura literária é o ponto de partida para a difusão do

prazer de ler literatura. Diante disso, esta pesquisa se propõe a descobrir quais as crenças dos

professores de Espanhol do Ensino Médio Integrado do IFRN sobre leitura literária em sala de

aula a fim de entender que espaço ocupa o texto literário nas suas práticas docentes. A coleta

dos dados se dará através de um questionário objetivo e de uma entrevista semiestruturada. O

conhecimento dessas crenças torna possível a tomada de ações que visem uma mudança de

atitude de professores e alunos sobre leitura literária e, consequentemente, o fomento desta

prática.

PALAVRAS-CHAVES: Ensino de espanhol. Leitura literária. Crenças de professores.

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LETRAMENTO DIGITAL E FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM:

UMA ANÁLISE DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PROGRAMA PIBID

– UFRN – CURRAIS NOVOS

Marcossuel Soares Batista da Silva (UFRN - CERES)

Maria Suely Dantas Gomes (UFRN - CERES)

Ana Maria de Oliveira Paz (Orientadora - UFRN – CERES - PPGEL)

RESUMO: O presente trabalho objetiva discorrer sobre as atividades desenvolvidas nas aulas

de Língua Portuguesa do Programa PIBID – UFRN, por graduandos do Curso de Licenciatura

em Letras com alunos do Ensino Médio em uma escola pública de uma cidade da região do

Seridó/RN com relação ao letramento digital. Teoricamente, a realização dessas atividades

segue fundamentos da perspectiva colaborativa de aprendizagem (STAHL; KOSCHMANN;

SUTHERS, 2006) no que diz respeito como as pessoas podem aprender em grupo e com o

auxílio da ferramenta computador. Essas atividades estavam direcionadas para orientar os

alunos quanto à utilização de artefatos do domínio digital, de acordo com as demandas

exigidas pela escola e demais segmentos sociais. Dessa forma foram realizadas oficinas

didáticas com o intuito de mostrar aos alunos como as ferramentas digitais podem auxiliá-los

a melhorar a aprendizagem dos conteúdos nas aulas de Língua Portuguesa. Os resultados

revelam que a inclusão da colaboração, da mediação pelo computador e da educação à

distância problematizaram a noção de aprendizagem e levantaram questões referentes a

premissas sobre como estudar este tema, uma vez que o uso de computadores em sala de aula

é frequentemente visto com ceticismo pelos professores que os consideram como entediantes

e antissociais. A relevância do nosso trabalho situa-se no fato de mostrar aos alunos que a

utilização das ferramentas digitais e seus recursos podem contribuir tanto para a melhoria da

aprendizagem escolar quanto para o cumprimento de tarefas de outras esferas sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento Digital. Ferramentas de aprendizagem. Perspectiva

colaborativa.

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LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NA ESCOLA PÚBLICA: UM

ESTUDO SOBRE O ENSINO DE TEXTO NO NÍVEL MÉDIO

Maria Gabriella Pereira do Carmo Araújo (UERN)

Débora Lorena Lins (UERN)

Maria Zenaide Valdivino da Silva (UERN)

RESUMO: Este trabalho tem o intuito de analisar e observar como as aulas de inglês são

ministradas em uma sala de aula do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública.

Especificamente, objetivamos apresentar e analisar o modo como o professor explora os

textos na sala de aula de Língua Inglesa como Língua Estrangeira, sendo investigadas as

habilidades enfatizadas pelo professor. Para fazer tal análise, embasamo-nos, principalmente,

em Rojo (2013), Lima (2011, 2009), Martinez (2009) e Libâneo (1994). Os dados foram

coletados a partir de entrevistas e observação de três horas/aulas de língua inglesa.

Percebemos que, nesse contexto de aulas de língua inglesa, as quatro habilidades necessárias

para o estudo de línguas (Speaking, listening, writing, reading) não foram trabalhadas. Na

verdade, houve uma tentativa de se trabalhar a habilidade de leitura, no entanto, os alunos

observavam um texto em inglês acompanhado de uma figura ilustrativa que transmitia todo o

sentido que deveria ser extraído pela leitura do texto verbal, não instigando os alunos a

pensarem na língua alvo e a desenvolvê-la. Além disso, o professor não os desafiava à

interpretação geral do texto, já que o passava instantaneamente a tradução para a turma, mais

parecendo uma aula interpretativa do português. Chegamos à conclusão de que o ensino de

Língua Inglesa, na escola pública investigada, principalmente no que concerne ao estudo do

texto, continua preso à língua materna, ao método da tradução e, portanto, precisa passar por

algumas mudanças para que possa de fato ser chamado de uma aula de língua estrangeira.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Inglesa. Ensino de texto. Nível médio.

Page 328: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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LÍNGUA MATERNA: DISCURSO DA TEORIA X DISCURSO DA PRÁTICA

Patrícia Wanderley Nunes (UEPB)

Sinthya Fernanda Diniz Araújo (UEPB)

Soraia Carneiro de Oliveira (UEPB)

José Marcos Rosendo de Souza (Orientador - UEPB)

RESUMO: Com o desenvolvimento de pesquisas na área de linguística, criam-se novas

perspectivas para o ensino de língua portuguesa em sala de aula, pela qual se leva em

consideração, também, a Língua materna que contribuirá para o desenvolvimento

crítico/comunicativo. Desse modo, os estudantes passarão a agir sobre a língua, e ainda

atuando nos diversos contextos sócio comunicativos. Este estudo é uma revisão de literatura

baseado nas obras de Carlos Magno e Celso Pedro Luft, como também é um estudo de campo

com educadores de Língua Portuguesa com o objetivo de verificar o discurso da teoria

confrontando com a prática pedagógica do professor de língua portuguesa no que diz respeito

à língua materna e suas formas de aplicação. Desse modo, com o presente trabalho espera-se

que os docentes possam trabalhar esta prática de ensino de modo positivo e os discentes

utilizarem melhor o seu desenvolvimento para tornarem-se cidadãos críticos, capazes de

discutir e questionar sobre variados assuntos. Como resultado esse trabalho buscará entender a

forma de abordagens dos educadores tentando explicar a existência de distinções de discursos

na maneira de aplicar a metodologia de ensino da teoria e da prática e esse estudo mostra as

transformações dos educandos em aprender através deste ensino.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua Materna. Práticas discursivas.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

LITERATURA NA SALA DE AULA: DA FORMAÇÃO DE LEITORES À

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Fabiola Melo (UERN)

Itamara Almeida (UERN)

Sandrely Bezerra (UERN)

Cássia de Fátima Matos dos Santos (Orientadora - UERN)

RESUMO: É sabido que a literatura, como um campo do conhecimento que traduz as mais

diversificadas experiências humanas por meio da linguagem, coloca-se como uma prática

privilegiada para a exploração da aprendizagem, desenvolvimento e aprimoramento não só da

leitura e da escrita, já que estas são prerrogativas básicas do ensino de Língua portuguesa, mas

da incorporação de valores próprios a uma sociedade democrática e solidária, em especial

pelo caráter plurissignificativo e de fruição do texto literário. Perseguir o propósito de tornar

as aulas de Língua portuguesa/Literatura em um espaço privilegiado para formar leitores e

produtores de textos é, antes de tudo, compreender que ensinar literatura não é ensinar história

da literatura ou as características de um estilo, mas proporcionar o estudo sistemático dos

mais diversos textos literários no amplo campo da poesia e da prosa. Inserido nessa

compreensão, o subprojeto intitulado Literatura na sala de aula: da formação de leitores à

formação de professores, inscrito no Programa institucional de bolsas de iniciação à docência

-PIBID, propõe aos licenciandos criar e experimentar metodologias e técnicas de ensino-

aprendizagem que explorem os conteúdos trabalhados no processo de formação acadêmica. O

subprojeto em andamento conta com um coordenador de área, quinze estudantes do curso de

Letras do Campus de Assu/UERN e três professores/supervisores da Escola Estadual

Juscelino Kubstichek, de ensino médio do município de Assu/RN. A proposta deste

subprojeto, portanto, é promover atividades nas quais os licenciandos em Letras, ao vivenciar

experiências didático-pedagógicas com os textos literários no âmbito do projeto PIBID

UERN, potencializem a sua formação como futuros professores de Língua portuguesa e

Literatura, optando pelos textos literários como essenciais para formação de leitores e

produtores de textos no ensino médio.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Ensino. Formação de leitores.

Page 330: Anais III Conlid

ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

MATERIALIDADES NOS DISCURSOS SOBRE A BAIANIDADE NA

PUBLICIDADE DE TURISMO

Reginete de Jesus Lopes Meira (UEFS)

Palmira Vírginia Bahia Heine (UEFS)

RESUMO: Sabe-se que o trabalho simbólico do discurso está na base da produção da

existência humana. Levando em conta o homem na sua história, a Análise de Discurso de

linha francesa, escopo teórico no qual está centrado esse trabalho, considera os processos e as

condições de produção de linguagem, pela análise da relação estabelecida pela língua com os

sujeitos que falam e as situações histórico e ideológicas em que se produz o dizer. Desta

forma, o anuncio publicitário exerce o papel de difusor de discursos com os quais o ser

humano pode entrar em contato, fazendo circular certas imagens discursivas e ideológicas e

certos estereótipos sobre diversos grupos sociais que nele são representados. No caso de

anúncios publicitários de viagens, é possível perceber que no discurso usado, não é feito

somente a propaganda dos pontos turísticos a serem visitados, ou apenas do clima, e comidas,

etc., mas também é vendida a imagem das pessoas que habitam esse lugar de destino, neste

caso dos baianos. A Bahia é um lugar que carrega por causa da sua história e cultura, algo

muito particular que termina configurando discursivamente a noção de que todos os baianos

são pessoas festeiras, que não possuem disposição para o trabalho, sendo alegres, religiosas,

místicas, camaradas e, principalmente, preguiçosas. Essa construção discursiva da imagem

dos baianos é decorrente do processos ideológicos de identificação e desidentificação dos

sujeitos com certas posições discursivas no decorrer do tempo. Desse modo, este trabalho

busca analisar o discurso construído em anúncios publicitários, na tentativa de desmitificar a

imagem estereotipada do baiano, incluindo a possibilidade de relacionar a baianidade com

outras características como: a de povo trabalhador, hospitaleiro, esforçado, caprichoso, etc.

Ele justifica- se pelo fato de contribuir para a compreensão dos modos representativos do

discurso baiano e nacional, auxiliando no entendimento da função do discurso e sua

relevância no processo de construção da imagem do sujeito com base na Analise de discurso

francesa.

PALAVRAS CHAVE: Imagem. Discurso. Baiano. Baianidade.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

MULHER EM FOCO: UMA ANALISE DO FEMININO NO SERIADO “FEMME

FATALES” DO CANAL CINEMAX

Bruna Silva Rodrigues (UERN)

Edja Lemos Fernandes (UERN)

Dayane Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: O presente trabalho faz referência as Femme Fatales, um termo conhecido por ter

surgido dentro do cinema Noir, gênero que possuí características de uma época marcada pela

moral maniqueísta, grande depressão, fim da II Guerra Mundial e a entrada das mulheres no

mercado de trabalho, nas quais entraram em um processo de emigração do espaço doméstico

para o espaço que era dominado antes, em sua maioria, pelos homens. O gênero Noir possuí

em seus filmes uma forte oscilação, pois a mulher é um enigma e, neles, o personagem

principal masculino cultua um desejo incontrolável e ao mesmo tempo um ódio daquela que o

seduz. Com base nesse gênero que marcou tal época, o seriado do canal fechado Cinemax,

intitulado de Femme Fatales, apresenta através de uma narradora feminina, histórias de

mulheres que fazem de tudo para conseguir o que desejam e não têm medo das consequências

de seus atos. A analise mostrará a representação dessas mulheres que compõe o seriado e

como elas diferem do tipo submissa, costumeiramente explorado pelo mercado do consumo.

A metodologia usada no artigo será a revisão bibliográfica, tendo como base o livro com as

contribuições acerca de “prazer visual” e “olhar masculino” de Laura Mulvey (1983), a partir

das quais será falado sobre a mulher como objeto de desejo visual, onde sua beleza é sempre

acentuada em razão do prazer visual do expectador. Será feito uma reflexão de acordo com o

que é feito pelo cinema e televisão, pois, apenas é produzido e divulgado aquilo que o

expectador desejar ver. Além disso, mostra que a história contada tem que envolver o

espectador e fazê-lo crer naquilo como realidade.

PALAVRAS-CHAVE: Mulheres. Consumo. Femme fatale.

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MODALIDADE PÔSTER

O DIALOGISMO NA CONSTITUIÇÃO DE NARRATIVAS

Marcos Paulo de Azevedo (UERN)

Lucas Vinício de Carvalho Maciel (Orientador - UERN)

RESUMO: Nesse trabalho, propomos analisar a constituição das relações dialógicas em

textos narrativos redigidos por alunos da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Padre

José de Anchieta da cidade de Serra do Mel - RN. Para realizar essa análise, teremos como

base teórica textos do Círculo de Bakhtin em que se discute a respeito do dialogismo como

um princípio elementar da linguagem (MEDVEDEV, 1928; BAKHTIN, 1929/1963, [1952-

1953]; VOLOSHINOV, 1929). Consideramos que as narrativas são um espaço privilegiado

para apreciação das relações dialógicas, uma vez que, ao colocarem em cena personagens com

suas falas, acabam por representar o funcionamento dialógico da linguagem na medida em

que as palavras das personagens podem ser retomas por outras personagens ou pelo narrador.

Desse modo, buscamos esclarecimentos para as seguintes questões: Como se estabelecem os

vínculos dialógicos nessas narrativas escolares? Ou seja, como se dão as relações entre as

vozes de autor, narrador e personagens? Como a alternância das vozes de personagens,

narrador e autor são marcadas: com aspas ou sem aspas? As palavras do narrador e

personagens são expressas através de que tipo de discurso: direto, indireto, indireto livre?

Além disso, investigaremos possíveis relações dialógicas entre as redações e enunciados

exteriores (por exemplo, referência a textos, filmes, etc.). A partir da leitura das narrativas já

foi possível observar, por exemplo, que os vínculos dialógicos são estabelecidos

principalmente por meio do emprego do discurso indireto, pelo narrador, para expressar a fala

das personagens, sendo esse um caso de representação explícita do diálogo entre os dois

discursos. Nosso intuito com essa pesquisa é vislumbrar possíveis contribuições do estudo do

dialogismo para o ensino de textos narrativos. Ou seja, diferentemente de tantos estudos,

literários ou não, voltados a aspectos como enredo, espaço narrativo, tempo da narração, etc.,

acreditamos que nossa proposta pode trazer um novo olhar sobre a análise e,

consequentemente, sobre o ensino de narrativa ao focalizar uma questão pouco explorada nas

abordagens didáticas dos gêneros narrativos: a questão do dialogismo constitutivo dos textos.

PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo. Ensino. Narrativas.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

O DISCURSO POLÍTICO ATRAVÉS DE CHARGES: CONSTRUINDO OS

SENTIDOS

Jocival Freitas da Silva (UERN)

Lícia Fernanda Dantas da Silva (UERN)

Maria Fátima de Carvalho Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: Este trabalho tem por objetivo analisar como se apresenta a formação discursiva,

formação ideológica, condições de produção e o interdiscurso na constituição do gênero

charge (com foco na política), sob a perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa

(doravante AD). Especificamente, objetivamos fazer um estudo do discurso político; dos

espaços por onde esses discursos são produzidos e das posições que o sujeito ocupa nesse

discurso. Tudo isso com vista a perceber de que forma as categorias supracitadas contribuem

para a construção dos sentidos nesse gênero. Para esse fazer acadêmico nos respaldamos em

Brandão (2004), Charaudeau (2006), Mazzola (2009), Nery (2010), Orlandi (2006), dentre

outros. O trabalho procede de uma atividade prática da disciplina Análise do Discurso, através

da qual realizamos a análise de três charges políticas. O corpus a ser analisado foi retirado de

diferentes sites e aborda temas voltados para a política brasileira, a exemplo do julgamento do

mensalão; da chegada dos políticos ao poder e das eleições de 2012. Os resultados obtidos

mostraram a influência que tem a AD para o entendimento do discurso político que circula na

sociedade, tanto no âmbito do sujeito falante, quanto no do sujeito ouvinte, bem como a

importância que esse tipo de análise tem em relação ao trabalho com a leitura na rede básica

de ensino.

PALAVRAS-CHAVE: Charge política. Análise do Discurso. Construção dos sentidos.

Categorias da AD.

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ISBN 978-85-7621-077-1

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MODALIDADE PÔSTER

O ELEMENTO LÚDICO NAS AULAS DE ESPANHOL NAS ESCOLAS PÚBLICAS:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO

MÉDIO

Beatriz Fernandes da Costa (PIBID-UERN)

Josirranny Priscilla da Silva (PIBID-UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID-UERN)

RESUMO: A utilização do lúdico no processo de ensino-aprendizagem do Espanhol como

Língua Estrangeira (ELE) tem possibilitado a criação de novas metodologias. Os discentes

interagem mais com os docentes e deixam de ser meros receptores de informações. De

maneira geral, praticar atividades lúdicas desenvolve a fluência criativa e outros processos

mentais como, por exemplo, a memória, a agilidade do pensamento, a capacidade de

concentração e a paciência. Realizamos este trabalho com o objetivo de destacar a

importância da utilização dos jogos na sala de aula, defender uma proposta lúdica para

trabalhar de maneira significativa a literatura e relatar nossa experiência na aplicabilidade de

tais elementos em nossas aulas de língua espanhola como LE. Para isso, fizemos um

apanhado teórico com base nos textos de Fernández (2003), García (2003), Mayrink (2003),

entre outros. Metodologicamente, nossa pesquisa se classifica como uma abordagem

qualitativa descritiva de desenho não experimental transacional, pois só observaremos o

ambiente natural do ensino da língua espanhola em um momento específico sem manipular as

variáveis. A partir de nossa prática, comprovamos que os jogos também promovem uma

ampliação dos conhecimentos de mundo dos alunos, além de contribuírem na melhoria dos

resultados avaliativos ao deixá-los mais interessados na aprendizagem da língua espanhola. O

uso do jogo em nossas aulas estimulou a comunicação, a imaginação, a diversão, a observação

de novos procedimentos/estratégias, a aceitação de normas e o respeito às demais culturas.

Portanto, podemos afirmar que o jogo estimula o desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo

dos nossos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Ludicidade. Ensino. Espanhol.

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MODALIDADE PÔSTER

O ENSINO DE MÚSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E SEUS

DIFERENTES CONTEXTOS

Francisco Lizoyrlo dos Santos Nery (UERN)

Antonio Kállio Wagner Fernandes Pimenta (UERN)

Raimundo Reudson Maia de Almeida (Orientador - UERN)

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar e analisar as diferentes

situações que envolvem o ensino de música no programa Mais Educação do Governo Federal,

que acontece em algumas escolas da Cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte,

demonstrando diferentes pontos a serem avaliados e discutidos, tais como: A formação

profissional dos monitores, a estrutura física das escolas, metodologias pedagógicas de

ensino, contribuições que o programa proporciona para os alunos, escola e sociedade. Um dos

estudos realizados foi na Escola Estadual Aida Ramalho Cortez Pereira, que por sua vez

ganhou grande repercussão e destaque com o programa, especificamente com a modalidade

Banda Fanfarra, que foi um dos enfoques principais do nosso trabalho, pois mostrará o

desenvolvimento que a mesma teve, em relação a sua estrutura e o seu processo de formação.

Nossa coleta de dados se deu através de entrevistas e questionários com a coordenação geral

da 12ª Diretoria regional de Educação – DIRED, gestores e a coordenação geral do programa

da escola citada. Ao concluir a análise dos dados, teremos como perspectivas entender o

desenvolvimento educacional dos alunos, escolas e monitores envolvidos no processo, sendo

possível perceber através das situações citadas acima, quais pontos positivos e negativos no

processo de ensino e aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Programa Mais Educação. Ensino e aprendizagem. Formação do

monitor.

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MODALIDADE PÔSTER

O EXILAR POÉTICO DA DITADURA MILITAR: AS ENTRELINHAS DA

INTELIGÊNCIA CRÍTICA

Emanuella Pereira de Souza (UFCG- CFP/PIBID- CAPES)

Wênia Kaíres Faustino Nunes (UFCG- CFP/PIBID-CAPES)

RESUMO: Entende-se por Literatura Contemporânea os movimentos literários surgidos

durante as décadas de 60 e 70 no Brasil e que trazem em suas obras um significado na história

do país. Durante o período da Ditadura Militar, a Literatura Brasileira foi censurada e a arte

tomou a forma de um período militar autoritarista. A censura durante o período da Ditadura

freou a arte brasileira e impôs o seu conceito de Estado, trazendo a moral e a civilidade

propostas por presidentes advindos de uma formação militar que impedia a liberdade de

expressão, além de outros artistas, de grandes escritores e musicistas do país. Tomando como

ponto de partida as letras compostas por Vinicius de Morais, Tom Jobim, Toquinho, e Chico

Buarque de Holanda, o presente trabalho busca analisar a intencionalidade dos versos e

canções dos autores, como crítica à censura militar que se impunha na época e que ainda ecoa

na contemporaneidade para denunciar a censura militar que não apenas inibia a liberdade de

expressão, mas também exilava do país quem não estivesse adequado aos moldes propostos

pelo sistema. Grandes autores da Literatura Brasileira foram expulsos de sua terra natal,

exilando não apenas cidadãos, mas excluindo a própria arte. Nesse sentido a discussão

presente neste trabalho, está voltada à literalidade artística de grandes escritores brasileiros,

censurados por um Regime Militar, tomando como base os estudos feitos por Castro (2009) e

Dalcastagne (2012).

PALAVRAS- CHAVE: Literatura. Censura. Ditadura Militar.

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MODALIDADE PÔSTER

O GÊNERO CARTA ABERTA NO JORNAL “O MOSSOROENSE”

Dianna Paula Pinto Moreira (PIBIC - UERN)

Isliane Saraiva de Assis (PIBIC - UERN)

Lucimar Bezerra Dantas da Silva (Orientadora - UERN)

RESUMO: Este trabalho é vinculado ao projeto PIBIC (Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação Científica) intitulado “Estudo da Tradição Discursiva na carta Aberta em Jornais de

Mossoró ao Longo do Século XX”. Trata-se de um estudo diacrônico que pretende estudar a

história desta Tradição Discursiva (TD) nos jornais mossoroenses ao longo do século XX.

Nesta apresentação, nosso objetivo é analisar uma carta aberta publicada no jornal “O

Mossoroense” no ano de 1904. A análise tomou como referência o conceito de Tradição

Discursiva (TD), uma perspectiva de estudo que vem sendo utilizada para desenvolver análise

diacrônica de textos. O referencial teórico desta pesquisa fundamentou-se nos trabalhos de

Kabatec (2005), Patriota (2010), Silva (2012), Biasi-Rodrigues (2010) e Zavam (2009). As

reflexões sobre o gênero carta aberta tomaram como referência os estudos de Guarnieri

(2006). As primeiras análises nos mostraram que a carta aberta é um gênero rico em

informações sobre as relações interpessoais, sobre os conflitos, principalmente de ordem

política, e sobre as discussões de problemas sociais que constituíram cada época da história da

cidade de Mossoró. Após as ponderações preliminares, podemos concluir que a carta aberta

analisada contribui com informações que nos levam a conhecer aspectos da história social de

Mossoró no século XX e os sujeitos que contribuíram para a construção dessa história.

PALAVRAS-CHAVE: Tradição Discursiva. Carta aberta. Jornalismo.

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MODALIDADE PÔSTER

O GÊNERO LITERÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA LINGUA

ESPANHOLA

Yanáskara Roberta Medeiros (PIBID - UERN)

Oscarina Caldas Vieira (PIBID - UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID - UERN)

RESUMO: Esse trabalho é um relato e uma análise sobre a utilização do gênero literário em

aulas de espanhol em escolas públicas. Ele parte de reflexões feitas a partir do uso de gêneros

literários nas aulas de espanhol no ensino médio, como recurso para o desenvolvimento de

habilidades e competência necessárias para que o aprendiz aprenda de modo satisfatório esta

língua estrangeira. Resulta de nossa experiência no Projeto PIBID de Espanhol da UERN

desenvolvido em algumas escolas públicas de Mossoró. Nela, o uso deste gênero vem

ganhando espaço e é utilizado não é somente para embasar teorias gramaticais, como de

costume, mas também para desenvolver as habilidades linguísticas do aluno, no que concerne

à leitura, à escrita, à audição, e à oralidade, deixando-o assim competente no desenvolvimento

de uma L2, já que o texto literário é uma forma de comunicação que apresenta ricos inputs

linguísticos e culturais. Como metodologia utilizamos a pesquisa bibliografia baseada em

autores como, Schneuwly e Dolz (2004), Fillola (2007) entre outros. O uso do texto literário

no ensino da língua espanhola desenvolve naturalmente a criatividade do aluno, sua

compreensão leitora, produção oral e escrita, desperta uma visão mais crítica sobre a língua

estudada, sendo assim uma metodologia que motiva e instiga ao desenho lingüístico e cultural

do discente.

PALAVRAS-CHAVE: Competência Linguística. Texto literário. Língua espanhola.

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MODALIDADE PÔSTER

O GÊNERO MANCHETE COMO OBJETO DE ENSINO: VIVÊNCIAS DE UMA

PRÁTICA EM SALA DE AULA

Klênia Cibelly Freire de Carvalho (UERN)

Jéssica Fernandes Lemos (UERN)

Larissa Aquino de Sousa (UERN)

Lúcia Helena de Medeiros (Orientadora - UERN)

RESUMO: Neste trabalho, iremos discutir a relevância do gênero manchete nas aulas de

Língua Portuguesa, no Ensino Médio. Defenderemos o uso deste gênero como objeto de

ensino para as aulas de produção textual com base em atividade desenvolvida no segundo ano,

da Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, da cidade de Mossoró – RN, onde atuamos

como bolsistas PIBID. No início da atividade, expusemos para os alunos as principais

características que compõem o gênero manchete e, principalmente, sua função. Em seguida,

entregamos aos alunos recortes de imagens de jornais locais e sugerimos aos discentes que

observassem as imagens e produzissem uma manchete relacionada à imagem de acordo com a

interpretação e criatividade de cada um. Percebemos que os alunos sentiram-se motivados à

produção do gênero manchete por meio das imagens, pois a partir delas, cada um pode

manifestar sua opinião sobre qual situação representava aquela foto. Após a realização das

produções, selecionamos aquelas que melhor se adequaram ao gênero e as expusemos no

mural da escola. A partir dessa atividade, concluímos que trabalhar a produção de texto na

sala de aula a partir do gênero manchete foi bastante produtivo, pois, além de tornar as aulas

mais dinâmicas, ajudou no bom desenvolvimento da produção dos alunos, levando-os ao

desejo de produzir e sentirem-se mais motivados, obtendo assim, resultados mais satisfatórios.

Para este estudo, tomamos como referencial teórico autores como Marcuschi (2005),

Barzemam (2011), Paiva (2006), que mostram, em suas pesquisas, apontamentos sobre a

prática do ensino dos gêneros em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Manchete. Produção de Textos. Sala de aula.

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MODALIDADE PÔSTER

O JORNAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ESCOLA

Larissa Aquino de Sousa (UERN)

Naara Freire de Sousa (UERN)

Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares (Orientadora - UERN)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discutir como os gêneros jornalísticos podem ser

trabalhados na sala de aula, para um melhor desenvolvimento de produções de textos, pelos

alunos de ensino médio, em diferentes situações. A geração dos dados foi possível através de

produções realizadas com alunos do 2° ano do ensino médio de uma escola estadual do

município de Mossoró- RN. Durante algumas semanas, foram realizadas aulas expositivas de

leitura e produção textual a respeito dos gêneros jornalísticos, como a charge, a notícia, a

manchete, entre outros. Posteriormente, foram coletados e selecionados os textos mais bem

estruturados, para assim compor o jornal mural na escola. Para a execução dos trabalhos e a

análise dos dados tomamos como base textos de autores como: Charles Bazerman (2011) e

Angela Paiva (2006). Diante disso, serão apresentados alguns resultados obtidos durante o

processo de produção dos diferentes gêneros contidos no jornal, como a criação de charges,

pelos alunos do ensino médio. Assim, podemos perceber que esse trabalho resultou em

produções bastante satisfatórias e que, tanto a leitura como a produção de textos escritos, dos

diferentes gêneros, foi essencial para que os alunos tivessem consciência de que os gêneros

textuais jornalísticos fazem parte de suas vidas cotidianas.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Jornal mural. Leitura. Escola.

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MODALIDADE PÔSTER

O LÚDICO NA PROPAGANDA POLÍTICA: UM ESTUDO DO BONECO NILDO NA

CAMPANHA À PREFEITURA DO NATAL/RN (2012)

John Willian Lopes (UFRN)

Adriano Lopes Gomes (Orientador - UFRN)

RESUMO: O presente trabalho faz uma análise do discurso lúdico a partir da inserção de um

personagem que remete à cultura popular do Nordeste do Brasil por demonstrar traços de um

Mamulengo (João redondo), tradicional fantoche de madeira que é manuseado para divertir

plateias, em um cenário de disputa eleitoral. O boneco Nildo, tal como foi denominado,

ganhou expressão no programa eleitoral do ex-candidato a prefeito da cidade do Natal

(Brasil), Hermano Morais (PMDB), veiculado no Horário Gratuito de Propaganda

Eleitoral/TV no período de agosto a outubro de 2012. A inserção do personagem Nildo e a

expressão adquirida por ele nos fizeram refletir acerca dos novos formatos e estratégias

desenvolvidas pelos candidatos, durante esse momento em que a política começa a se tornar

habitual no cotidiano das pessoas, para evidenciar suas ideologias materializadas nos

discursos, produzindo, assim (e de uma forma lúdica), os diferentes efeitos de sentido. A

presente pesquisa reúne particularidades do discurso (lúdico) no programa eleitoral, e que

adota os estudos da Escola Francesa de Análise de Discurso como aporte teórico e

procedimento metodológico bem como as contribuições de Huizinga (2001) acerca do jogo

como elemento da cultura. Dá-se por meio dos referenciais técnicos de documentação

indireta, tais como: pesquisa bibliográfica, seguida da leitura, análise e intepretação da

bibliografia disponível com o intuito de constituir um quadro teórico, além da pesquisa

documental do programas eleitorais do ex-candidato veiculados na TV durante o período

delimitado para o corpus analisado. Como resultados preliminares, a pesquisa considera que o

boneco Nildo caracteriza-se como um elemento da cultura popular cuja função primeira é

manifestar o discurso oficial do candidato dentro de uma ludicidade, produzindo, assim,

efeitos de sentido, na tentativa de catalisar a atenção do público eleitor para aproximá-los de

si e/ou distanciá-los dos concorrentes.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso Político. Discurso Lúdico. Cultura Popular.

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MODALIDADE PÔSTER

O PAPEL DO PIBID NA DESMISTIFICAÇÃO DE CRENÇAS NAS AULAS DE

ESPANHOL DE ESCOLAS PÚBLICAS MOSSOROENSES

Josenildo Fernandes Sobrinho (PIBID – UERN)

Renata Helvécia Lopes (PIBID – UERN)

Michelania Vidal de Oliveira (PIBID – UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID – UERN)

RESUMO: As crenças no processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira é um

tema cada vez mais investigado no mundo acadêmico. Assim entendemos que crenças se

constituem em ideias e pensamentos que uma determinada pessoa tem em relação a algo (no

caso, o ensino de uma língua estrangeira), determinados a partir de experiências individuais,

postos em prática de forma consciente ou inconsciente e que influenciam outras pessoas a ter

pensamentos e concepções semelhantes aos que lhes foram repassados. Neste trabalho, nos

propomos a investigar as crenças de professores e alunos de escolas públicas mossoroenses

nas aulas de espanhol e mostrar a contribuição do PIBID na desconstrução destas. Utilizamos

como metodologia uma pesquisa qualiquantitativa descritiva explicativa, realizada a partir de

observações e questionários aplicados com professores e alunos nas escolas. Tivemos como

base teórica Barcelos (2007), Alvarez (2007), Silva (2005 ) entre outros que estudam sobre

este tema. Diante de tudo que investigamos entendemos que o PIBID tem papel fundamental

na desmistificação de crenças que muitos professores e alunos cultivam mesmo que

inconscientemente. Vimos que muitas das crenças que chamamos de “tradicionais”, ou seja,

que já perdura há muito tempo, foram desconstruídas, por exemplo, a crença de que a

gramática é o aspecto mais importante ao se aprender uma língua estrangeira e que o mais

importante é expressão oral e a compreensão auditiva.

PALAVRAS CHAVES: Crenças. Desmistificação. Escolas públicas mossoroenses.

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MODALIDADE PÔSTER

O SOLADO VERMELHO COMO MITO DE PODER E EXCLUSIVIDADE

ATRAVÉS DAS CELEBRIDADES

João Carlos Magagnin (UERN)

Thiago Fernandes Diógenes (UERN)

RESUMO: A sola vermelha é uma das principais características dos sapatos desenhados e

produzidos por Christian Louboutin. Através dela, os seus sapatos conseguiram alcançar

patamares importantes dentro da indústria da moda e do culto as celebridades, mitificando-se

como poder e exclusividade pela mídia. No presente artigo utilizaremos de teorias criadas por

Roland Barthes em seu livro Mitologias, relacionando a ideia de mitologias e mito, compondo

sua significância no mundo contemporâneo. Aproveitando para analisar conjuntamente a

significância das cores em marcas da nossa geração, como ela além do vermelho ser

considerada a cor do pecado, do algo proibido, amplamente buscado pelo sapateiro. O solado

vermelho não revela quase nada da longa história de sua criação. O sentido continha todo um

sistema de valores: uma história, uma via de produção e design. A forma afastou toda essa

riqueza, massificada e martelada através das publicações de moda, fato de se ligar a ídolos,

que grande parte do mundo venera. Entra o maior patrocinador e mitificador dos símbolos

adquiridos pelo solado vermelho. A indústria das celebridades. Elas que tanto banalizam

como criam novos cases de sucesso, vem ao produto para satisfazer sua necessidade de forma

e conceito, como iremos discorrer atentamente por todo o trabalho. Propondo também uma

introdução a semiótica, explicitando alguns fatores para as análises a serem promovidas

durante o artigo, baseando-se nas ideias iniciais de Charles Sanders Peirce.

PALAVRAS-CHAVE: Semiótica. Louboutin. Vermelho. Celebridade

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MODALIDADE PÔSTER

O TEXTO LITERÁRIO NO MANUAL EL ARTE DE LEER 1 SOB UMA

PERSPECTIVA SEMIÓTICA

Antônio Marcos Melo da Silva (PIBID-UERN)

Lais Francielly Garcia do Nascimento (PIBID-UERN)

Samira Luara Góis Araújo (PIBID-UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora - PIBID-UERN)

RESUMO: A utilização de gêneros literários se fez necessária no decorrer da história do

ensino de línguas porque a literatura oferece ao aluno diferentes mensagens e indagações que

impulsionam a criação de um ser crítico em relação aos acontecimentos ao seu redor. Diante

disso, a escola busca desenvolver no aluno, a partir deste gênero, a capacidade de leitura e de

escrita. Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar algumas atividades dos textos

literários usando a concepção de leitura semiótica no livro El arte de leer I, trataremos de

analisar os textos que possuem marcas tipográficas, e observaremos os efeitos que os

interpretantes causam na mente dos intérpretes. Como metodologia, fizemos uma pesquisa

bibliográfica a partir de autores como Bakhtin (1992), McRae (1994), Duff e Maley (2003),

Santaella (2005), entre outros e ainda a análise do livro El arte de leer do Ensino Médio. Esta

pesquisa se caracteriza como qualitativa descritiva, por se tratar de uma análise interpretativa.

Ao concluir a análise, foi confirmado que a leitura é uma complexa atividade que envolve

interação entre o autor do texto, o próprio texto e o leitor. A concepção de leitura semiótica é

uma forma de contribuir para o conceito de que o texto não é um produto estático e linear,

capaz de fazer com que o significado seja resgatado da intenção do autor. Também se

confirma que os resultados de interpretação variarão segundo os conhecimentos de mundo

que envolva seus leitores.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Semiótica. Língua Estrangeira.

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O USO DO CELULAR COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO E

APRENDIZAGEM DE ESPANHOL

Ana Paula Alves Ferreira (UERN)

Wanda Maria da Silva (UERN)

Maria Luzia Carlos da Silva (UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora - UERN)

RESUMO: O principal objetivo do emprego da tecnologia no ensino de uma língua

estrangeira é proporcionar ao aluno uma forma de aprendizagem contextualizada ao meio

tecnológico ao qual ele está inserido, sobretudo fornecer um método diferenciado e

incentivador de aprender qualquer competência ou disciplina. Neste contexto, observando a

popularidade do celular entre os estudantes e tendo em vista a insistência dos mesmos em

utilizá-lo na sala de aula, propomo-nos a elaborar uma atividade na qual o aparelho móvel

fosse visto como uma ferramenta didática. Tivemos como objetivo analisar como se daria o

processo de ensino e aprendizagem de língua espanhola através da utilização do celular em

sala de aula, assim como também observar a aceitação ou rejeição dos discentes no decorrer

da aula ministrada. Como embasamento teórico, fundamentamo-nos em autores como Corrêa

(2009), Freire (2013), Antônio (2010), Antônio (2012) e o PCN + ensino médio (2000). A

partir dessa proposta de atividade, percebemos que apesar de nós, professores, rechaçarmos o

uso do celular pelos alunos em sala de aula é possível utilizar essa nova tecnologia em favor

da aprendizagem visto que o telefone móvel possui muitas ferramentas que podem ser

explorados pelo docente. Ao utilizar recursos que fazem parte do cotidiano do estudante

observamos um maior envolvimento durante as aulas, percebermos também que a obtenção

do conhecimento se torna mais prático, incentivador e gratificante tanto para quem ensina

quanto para quem aprende, no entanto, é importante que o professor aproveite o momento

para discutir os limites morais e éticos no que diz respeito ao uso do celular em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia. Celular. Ensino. Aprendizagem.

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MODALIDADE PÔSTER

OBRIGADO POR FUMAR: DISCURSO E PERSUASÃO NUM MESMO CONTEXTO

Edinalva Inocêncio da Silva (UFAL)

Eric Maycon da Silva Correia (UFAL)

Maria das Graças dos Santos Correia (UFAL)

RESUMO: À luz de Michel Pêcheux, que elegeu a análise do discurso e não da língua,

esmiuçaremos o filme Obrigado por fumar (2005, EUA). A comédia dirigida por Jason

Reitman narra a história de um perspicaz lobista que se apropria de vários artifícios para

convencer os mais variados públicos. Por isso, para o presente artigo, será necessário

inicialmente compreender o motivo pelo qual muitos profissionais da comunicação utilizam a

persuasão como método eficaz na manipulação das massas. Logo após, utilizarar-se-á os

principais aspectos impressos por Pêcheux à análise do discurso para explicar porque Nick

Naylor (Aaron Eckhart) conseguia manejar o público através de seus discursos eloquentes. O

artigo responderá a indagações simples, posteriormente à complexas; assim, ficará evidente

que um mesmo discurso pode ter diferentes interpretações, se visto por “ângulos” distintos, e

que o meio também exerce bastante influência em sua construção. Relacionaremos visões de

diferentes teóricos, antigos e novos, no que diz respeito à análise do discurso, como Bakhtin e

Orlandi. Durante a elaboração do artigo, foram utilizados alguns artifícios que nos facilitaram

quanto o detalhamento do filme e sua relação com a proposta de estudo, como pesquisas em

livros, páginas da internet e exploração das cenas mais relevantes à nossa análise.

PALAVRAS-CHAVE: Lobista. Persuasão. Michel Pêcheux. Análise de Discurso.

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ORQUESTRA DE FLAUTA-DOCE ANTÔNIO CAMPOS

Priscila Gomes de Souza (UFRN)

Agostinho Lima (Orientador - UFRN)

RESUMO: O trabalho é um relato da experiência no Projeto de Orquestra de Flauta-Doce da

Escola Municipal Antônio Campos, em Natal, que ocorreu no período de outubro de 2011 a

dezembro de 2012, sob minha coordenação. Buscou-se proporcionar aos alunos das séries do

1º ao 5º ano uma iniciação musical através flauta-doce. A atenção dirigida aos alunos era

individual e coletiva, com a prática da música em conjunto. O repertório utilizado constituía-

se de músicas folclóricas e clássicas, com vistas a propiciar aos alunos um contato com esses

dois universos musicais. Constatou-se que a prática musical em conjunto é uma atividade

muito consistente de musicalização e que a flauta-doce é uma excelente ferramenta nas etapas

iniciais do processo, proporcionando a musicalização através dela. Objetivou-se ainda

incentivar o fazer musical em grupo; Conhecer o repertório de músicas folclóricas e clássicas;

Valorizar as práticas musicais dos alunos; Incentivar os alunos a tocar em público. Houve a

seleção dos alunos interessados em um maior contato com a música. Encontros duas vezes por

semana. Audição de exemplos musicais do repertório escolhido e atividades de execução e

criação. Ensaios e apresentações ao final do semestre. O projeto conseguiu iniciar os alunos

no tipo de atividade mais importante da arte musical, a prática em conjunto. A atividade

musical em conjunto contribui para a socialização e desenvolvimento de esquemas de ação

coletiva. Conseguiu-se ampliar o universo musical dos alunos a partir do contato com um

repertório desconhecido por eles. O projeto proporcionou uma prática musical através da

flauta-doce, aproximando alunos para o contato com músicas folclóricas e clássicas. O fazer

musical e a interação em grupo foi desenvolvida. A flauta-doce mostrou ser um auxílio

importante no ensino e aprendizagem de música. A contribuição de práticas musicais

coletivas como da Orquestra de Flauta-Doce Antônio Campos favorece e proporciona ao

aluno um desenvolvimento individual e coletivo no ambiente escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino e Aprendizagem de Música. Prática de Ensino de Música.

Orquestra de Flauta-Doce.

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OS CONCEITOS BAKTHINIANOS APLICADOS À LITERATURA DE CORDEL

Francisca Aline Micaelly da Silva Dias (UERN)

Francisco Clébison Chaves Lopes (UERN)

RESUMO: Através desta análise procuramos contextualizar o leitor, trazendo inicialmente

um breve relato sobre o que é Literatura de Cordel, desde o seu surgimento na Península

Ibérica e sua trajetória até chegar ao Brasil, revelando o estágio atual de produção e consumo

em que se encontra atualmente. Contudo, vale salientar que a finalidade principal deste

trabalho consiste na análise das vozes discursivas nas obras de Borges e Barreto, intitulados

“Rede Globo Nordeste 35 anos” e “Big Brother Brasil um Programa Imbecil”

respectivamente. Com esse intuito, tomamos por base os estudos de Bakhtin (in BRAIT,

2005) e Ducrot (1987) identificando nos textos discursos monológicos, prontos e objetivos,

que não deixam lacunas à serem preenchidas por outras vozes do discurso. Outrossim, foi

possível constatar também a presença do discurso polifônico, isto é, a heterogeneidade

discursiva, tomando como bases, vários sistemas de referência. Ademais disso, atentamos

para a presença do interacionismo sociodiscursivo nas obras, sendo necessário ao co-

enunciador um conhecimento de mundo para que se possa compreender o que está dito,

considerando para tal análise o contexto e produção das obras, haja vista que a obra de Borges

é um cordel classificado como “cordel de encomenda”, solicitado por determinada pessoa ou

corporação para expressar uma opinião que não é do autor e sim do solicitante, enquanto o

cordel de Barreto é um cordel que expressa a opinião do autor, nesse caso, revelando a visão

negativa que o autor tem sobre o reality show exibido pela rede globo.

PALAVRAS-CHAVE: Polifonia. Monologia. Literatura de Cordel. Bakthin.

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MODALIDADE PÔSTER

OS DISCURSOS EM DUAS REPORTAGENS DA VEJA E DA ÉPOCA: O CASO DE

LULA E ROSEMARY

Maria Jackeline Rocha Bessa (CAMEAM/UERN – Bolsista PIBID)

Maria Dayane de Oliveira (CAMEAM/UERN – Bolsista PIBID)

Maria de Fátima de Carvalho Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: A análise do discurso, objetiva analisar os sentidos dos discursos buscando os

“porquês” “para que”. Para essa disciplina um discurso jamais se fecha se encerra, sempre

tem algo a mais para descobrir. Partindo desse pressuposto, neste trabalho, objetivamos

investigar como os conceitos de Condições de Produção, Formação Discursiva, Formação

Ideológica, Dito e não Dito e Interdiscurso estão presentes nos discursos de duas revistas de

grande circulação no Brasil, Veja e Época. Para isso, tomamos como referencial teórico os

estudos de Brandão (2004), Mussalim, (2000) Ducrot (1987) e Orlandi (2007 e 2008) entre

outros. O corpus do trabalho é constituído por duas reportagens de duas revistas, Veja e

Época. A primeira de 05 de dezembro de 2012, intitulada “A mulher que sabe demais... E o

homem que nunca sabe de nada”. A segunda de 01 de dezembro de 2012, intitulada “Rose e a

sedução do poder”. A partir, das análises feitas conseguimos observar que os conceitos

estudados e apresentados durante o trabalho estão presentes nos dois discursos das duas

revistas, que trazem discursos que permitem ao leitor fazer leituras diferentes sobre as

reportagens. Esses resultados vêm confirmar nossas hipóteses de como nos discursos estão

presentes os conceitos da Análise do Discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Formação Ideológica. Formação Discursiva.

Veja. Época.

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PERCEPÇÃO DAS NECESSIDADES PSICOLÓGICAS BÁSICAS PARA APRENDER

MÚSICA NA ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS PORTADORES DE CÂNCER DE

MOSSORÓ E REGIÃO – AAPCMR

Flávia Maiara Lima Fagundes (UERN)

Giann Mendes Ribeiro (Orientador - UERN)

RESUMO: Esta pesquisa foi desenvolvida dentro da temática sobre motivação na

aprendizagem musical no contexto de sala de aula e ensaios de grupos. Tem como objetivo

geral identificar a satisfação das necessidades psicológicas básicas dos alunos nas atividades

musicais da Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região

(AAPCMR), com base na Teoria da Autodeterminação (RYAN; DECI, 2004; DECI; RYAN,

2008a). E como objetivos específicos identificar os tipos de motivação na aprendizagem

musical dos dois grupos existentes na instituição, o de Cordas e o Canto Coral e analisar a

satisfação das necessidades de autonomia, competência e pertencimento percebidos pelos

estudantes. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a de estudo de entrevista cujos dados

analisados foram coletados por meio da técnica de entrevista semi-estruturada com registros

dos diálogos em áudio posteriormente transcritos e catalogados. Os resultados indicam que a

motivação intrínseca não era a principal motivação dos alunos. A motivação foi considerada

múltipla e variável às determinadas situações encontradas nos tipos de motivação extrínseca.

As diferentes interações nas aulas de forma complementar, puderam suprir as três

necessidades psicológicas básicas dos alunos. Esta pesquisa possibilitou reflexões que

ressaltam a importância que a motivação têm sobre a aprendizagem musical dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Motivação. Teoria da autodeterminação. Aprendizagem musical.

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MODALIDADE PÔSTER

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID):

IMPACTOS E CONTRIBUIÇÕES FORMATIVAS PARA O CURSO DE LETRAS -

ESPANHOL DA UERN

Lais Klennaide Galvão da Silva (PIBID - UERN)

Naftali Lima de S. Rebouças (PIBID - UERN)

Jucymário de Lima Silva (PIBID - UERN)

Maria Solange de Farias (Orientadora – PIBID - UERN)

RESUMO: A formação docente tem sido alvo de muitas discussões que visam uma melhor

qualificação para os profissionais. Refletindo em tais debates, podemos perceber a

importância da inserção de programas de formação acadêmica. Objetivamos através deste

trabalho demonstrar os impactos e contribuições do Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência (PIBID) – Subprojeto/Espanhol para o curso de Letras – habilitação em

língua Espanhola da Universidade do estado do Rio Grande do Norte. Como metodologia,

inicialmente, realizamos uma pesquisa bibliográfica baseada em autores como, Sedycias

(2005), Perrenoud (2008), Paro (2011); Brasil (2002); Laseca (2008) e por fim uma pesquisa

qualitativa descritiva; como instrumentos de coleta de dados realizamos entrevistas com os

bolsistas e coordenadores do projeto PIBID/Espanhol. Com base nas leituras realizadas e nas

análises feitas dos questionários aplicados aos bolsistas participantes do programa,

percebemos as grandes contribuições que a inserção desses projetos proporcionam tanto à

academia como aos profissionais em formação docente.

PALAVRAS-CHAVE: Formação docente. PIBID. Ensino do Espanhol.

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QUESTÕES DE RAÇA: A MULHER NEGRA NA MÍDIA

Dinara Lidiane Carvalho (UERN)

Edilana Carlos da Silva (UERN)

Daiany Ferreira Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: A partir da análise de uma ação publicitária da marca de cosméticos e alisantes

Cadiveu, que teve como slogan “eu preciso de Cadiveu”, que ocorreu no primeiro semestre do

ano de 2013, feita para divulgar o novo alisante da marca, o que acabou gerando uma ação de

contracultura. Observou-se como se dá à representação da mulher negra na mídia

contemporânea, a fim de investigar como as publicidades estão estereotipando os padrões de

beleza. Para a realização deste estudo é fundamental aplicar as teorias de Volli (2007), sobre

identidade, subjetividade e as categorias do corpo e do gênero para analisar questões a

respeito da raça. Pretende-se realizar uma análise semiótica sobre as imagens da mulher negra

que aparecem na mídia, utilizando o pensamento do estudioso Roland Barthes (2007) a

respeito dos significados conotativos e denotativos, e da metalinguagem para compreender

como se dá a representação da semiótica deste caso analisado dentro da sociedade. Várias

mulheres protestaram contra o procedimento preconceituoso desta marca nas redes sociais,

elas criaram para o produto um novo slogan: “eu não preciso de Cadiveu”. Dessa forma,

sabendo do poder midiático no meio social, busca-se observar o poder simbólico, a partir do

conceito de Bourdieu (1991). E para tratar da questão do cabelo afro, optou-se estudar sobre a

luz do pensamento de Bell Hooks (1991).

PALAVRAS-CHAVE: Cadiveu. Ação de contracultura. Raça. Mídia. Metalinguagem.

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REDIMENSIONANDO A LEITURA E PRODUÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS

TEXTUAIS NA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO PIBID

- LETRAS – CFP - UFCG

Francisco Danillo Pereira Soares (UFCG)

Laurivan Nunes de Menezes (UFCG)

José Wanderley Alves de Sousa (UFCG)

RESUMO: O aluno do ensino médio está em um processo de transição e formação de

opiniões que lhe serão importantes, à leitura, compreensão, interpretação e,

consequentemente, à produção textual no ensino médio, favorecendo com que o texto precise

ser encarado como de relevância fundamental. Boa parte dos alunos que chegam ao ensino

médio, apresenta dificuldades relevantes na leitura e escrita de textos, bem como, na

compreensão dos mesmos, sobretudo quando se propõem a defender um ponto de vista com

argumentos fundamentados em um conhecimento prévio sobre determinado assunto. Essa

problemática construiu-se ao longo de muito tempo pelo fato de nossos alunos não serem

habituados à leitura e a produção de gêneros/tipos textuais diversos. Em resposta a um

trabalho de ensino-aprendizagem da leitura e produção textual, o aluno precisa ser

conscientizado que esse trabalho exige apresentação e conhecimento de uma estrutura

conveniente, bem como recursos específicos para a sua construção. O discente deve ser

preparado para conhecimentos quanto à tipologia textual, bem como ideias, habilidades com a

ortografia, organização estrutural frasal e oracional, dentre outros fatores de textualidade.

Neste sentido, o presente projeto objetiva, em linhas gerais, apresentar resultados até agora

desenvolvidos pelo Programa Institucional de Iniciação à Docência, vinculado à CAPES, de

forma mais específica pelo Subprojeto de Letras – Língua Portuguesa do Centro de Formação

de Professores da Universidade Federal de Campina Grande. Visa, sobretudo, apresentar

produtos oriundos de propostas de redimensionamento das práticas de leitura e produção de

gêneros e tipos textuais na sala de aula da Educação Básica, mais especificamente na EEEFM

Cristiano Cartaxo, da cidade de Cajazeiras (PB).

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Língua Portuguesa. Gêneros Textuais. Iniciação à

Docência.

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REFERENCIAÇÃO E A MESA VOADORA

Francisco Romário Paz Carvalho (UESPI)

RESUMO: A referenciação tem sido foco de interesse de muitos linguistas preocupados em

explicar como funcionam os processos de retomadas e remissões e, com isso, tem

acrescentado a cada estudo, novas informações sobre os referentes. O papel da referenciação

é, sobretudo, mostrar como acontece a construção e (re)construção dos referentes nos

discursos. Nessa perspectiva, este estudo tem por objetivo i) analisar os processos

referenciais presentes na crônica A mesa voadora, de Luís Fernando Veríssimo; ii) discutir

sobre as características do gênero crônica; iii) explicar a construção e (re)construção dos

referentes, além de compreender o papel dos processos referenciais na elaboração da ironia e

do humor, típicos do autor. A fundamentação teórica pauta-se no processo de referenciação,

considerando este como uma atividade discursiva em que a realidade é

construída/(re)construída pela maneira como o sujeito interage sociocognitivamente com o

mundo. A análise do corpus baseia-se nos estudos desenvolvidos por Apothéloz (1995),

Cavalcante (2003, 2011, 2013), Koch (2002, 2006), Lima (2003, 2009), Mondada e Dubois

(2003). Os resultados das análises demonstram a importância do uso desses processos

referenciais e de conhecimentos lingüísticos em geral para a construção do sentido do texto,

assim como na construção dos referentes, apresentando as várias maneiras de se referir aos

objetos de discurso dentro do texto. PALAVRAS-CHAVE: Gênero crônica. Linguística Textual. Referenciação.

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RUBEM BRAGA NA SALA DE AULA: A INTIMIDADE DA CRÔNICA COM O

LEITOR

Ednilda Pereira de Oliveira (UERN)

Maria Daiane Peixoto (UERN)

Reginaldo Fernandes da Costa (UERN)

Maria de Fátima de Carvalho Dantas (Orientadora - UERN)

RESUMO: Pensando no desenvolvimento da leitura e da escrita, de modo mais condizente

com o PCN+ de Língua Portuguesa, bem como de posse das teorias linguísticas que discutem

acerca de o processo de ensino/aprendizagem de leitura e de escrita, é que na condição de

bolsistas do PIBID Letras/Português elaboramos um projeto acerca de o gênero textual

crônica, tendo em vista a sua originalidade, o seu trato literário e as diversidades de temáticas

que este gênero possibilita trabalhar. Face ao exposto, objetivamos discutir o caráter

sociocultural das crônicas de Rubem Braga (1913/1990) para construção crítico-reflexiva do

leitor, com maior ênfase nas crônicas: jornalística e humorística. Esse trabalho será

desenvolvido na Escola Estadual Profa. “Maria Edilma de Freitas” (escola campo programa

PIBID) em três turmas de 1º ano do Ensino Médio Ensino Regular e EJA. Autores como Eco

(2003), Filipouski (2009), dentre outros, serviram de base teórica para que a elaboração deste

projeto. Sendo um gênero popular, comum às páginas dos jornais, veiculado entre as salas de

estar, os acentos de rodoviária e os escritórios, as crônicas trocam a erudição e a gravidade

literária pela cristalina clareza e despretensão do cotidiano. Dessa forma, o aluno pode

interagir por meio das crônicas refletindo sobre as diversas realidades socioculturais. O

projeto em execução ressalta as discussões em sala de aula destacando os aspectos estruturais

do gênero, sua funcionalidade no meio social em que circula, bem como, as contribuições do

cronista Rubem Braga para a expansão e popularização da crônica. Espera-se que os alunos

sejam capazes de reconhecer nos exemplares deste gênero os aspectos acima citados, bem

como, que sejam capazes de produzir e interpretar crônicas com proficiência.

PALAVRAS-CHAVES: PIBID. Projeto. Gênero Crônica. Rubem Braga.

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SINÔNIMOS EM SALA DE AULA: O ENSINO TRADICIONAL E NOVAS

PERSPECTIVAS

Antonia Jackcioneide Oliveira da Silva (UERN)

Fernanda Hingryd da Silva (PIBID - UERN)

Alectsandra Caetano de Sousa (PIBID - UERN)

Paula Regina da Silva (SEEC)

RESUMO: Ao tratar sobre sinônimos, na maioria das vezes, os livros didáticos de Língua

Portuguesa (LDLP) são fundamentados numa abordagem tradicionalista, tendo a gramática

normativa como verdade absoluta e único caminho para o conhecimento linguístico. Fazendo

um recorte do que foi estudado e analisado na disciplina de Semântica, no Curso de

Letras/Português (UERN/Mossoró), o presente trabalho tem como objetivo apresentar novas

perspectivas no tocante ao ensino dos sinônimos. Para tanto, essa proposta apresenta o

tratamento dado ao ensino sobre sinonímia em livros didáticos como: Português, Contexto,

Interlocutório E Sentido de Abaurre et al. (2008) e em gramáticas normativas como:

Novíssima Gramática de Língua Portuguesa de Cegalla (2005) ao mesmo tempo. A partir

disso, fizemos uma comparação com o postulado de perspectiva mais atual, no caso,

utilizamos o Manual de semântica de Cançado (2008). Com essa pesquisa, podemos perceber

diversos sentidos semânticos que um sinônimo pode exercer em um enunciado, além do

conceito tradicional trazido nos livros didáticos e nas gramáticas normativas que em síntese

reza que os sinônimos são palavras de sentido igual ou aproximado. Cremos que enquanto

transformadores do conhecimento e embasados nas novas perspectivas temos que

conscientizar nossos alunos de que não há sinonímia perfeita, uma correlação exata entre ao

sentido das palavras, mas sim, uma proximidade entre sentidos. Portanto, a estrutura sintática

das palavras em uma sentença não é suficiente para atribuir o real sentido dos enunciados,

para isso devemos considerar o sentido através do sistema, do sujeito e do processo histórico.

PALAVRAS-CHAVE: Sinônimos. Gramática normativa. Livro didático. Semântica.

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MODALIDADE PÔSTER

TEACHING READING: O ENSINO DE LEITURA NAS AULAS DE LÍNGUA

INGLÊSA

José Bezerra de Souza (UERN)

Paulo Henrique Raulino dos Santos (UERN)

Francisco Marcos de Oliveira Luz (Orientador - UERN)

RESUMO: O presente artigo tem o objetivo de analisar como se dar a prática de leitura nas

aulas de língua inglesa da educação básica, a fim de verificar se os professores da área estão

fazendo ou não o uso desse ensino. Para tanto, nos respaldamos nas ideias de Harmer (2001-

2001a) que, enquanto pesquisador, trabalha com a prática de ensino de língua inglesa nos

apresentando princípios, atividades e métodos para serem trabalhados com os alunos e assim

despertar o interesse para com a leitura, os mostrando o porquê de aprender a ler na língua

estrangeira. Trata-se de uma análise de campo, na qual foi observada a aula de língua inglesa

de duas turmas distintas do ensino médio, tomando notas para chegar ao resultado já

esperado, que os professores de língua inglesa da educação básica, apesar de usarem a prática

de leitura em suas aulas, ainda priorizam o quesito gramática, como se este fosse suficiente

para a precisão da fala, leitura e escrita dos alunos, o que acaba por desinteressá-los no estudo

de língua estrangeira. Além disso, a falta de material e a metodologia aplicada em sala de

aula também são fatores que acabam por desfavorecer o ensino de leitura, fato percebido na

dificuldade dos alunos quando esses tentam se expressar.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Ensino. Língua Inglesa.

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MODALIDADE PÔSTER

TECNOLOGIA E SOCIEDADE: UMA RELAÇÃO CULTURAL

Desirée Pires de Lima (UEPB)

Karla Morgânia da Silva Lins (UEPB)

Samara Monteiro da Silva (UEPB)

RESUMO: A presente construção textual busca tecer considerações embasadas no eixo

temático Informação, cultura e Práticas sociais. Este artigo tem como objetivo principal

discutir sobre as transformações nas relações sociais perante a utilização das novas

tecnologias e mídias que vem surgindo no cotidiano e interferindo na construção de saberes e

das novas formas de sociabilidade entre os indivíduos inseridos e participantes de um

determinado contexto social. Refletiremos aqui, questões a respeito da assimilação destas

transformações sociais e interação em nível nacional. Buscamos desenvolver este trabalho em

dois momentos fundamentais. No primeiro momento, apresentaremos questões teóricas acerca

do surgimento e da interferência das novas tecnologias e mídias presentes no contexto

sociológico atual, utilizando-se essencialmente do aporte teórico de Marcuschi (2005), que faz

posicionamentos sobre as novas tecnologias da comunicação e suas interferências nas

atividades acessíveis. Para o segundo momento, trataremos das consequências e/ou benefícios

que esses meios tecnológicos e midiáticos trazem ao espaço do qual o indivíduo se insere,

ressaltando também considerações relacionadas às influencias que esses meios de

comunicação social proporcionam na construção de saberes entrelaçados à cultura e as formas

de sociabilidade de cada sujeito. Essas questões serão retratadas principalmente a partir da

produção de Postman (1994), Recorder (1995) e Castells (2003) que tratam das relações sobre

tecnologia, cultura, informação e sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia e Mídia. Sociedade. Transformações.

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TRANSGRESSÃO E VERGONHA EM PÚBLICO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA

REPRESENTAÇÃO DO CORPO MASCULINO NO COMERCIAL TELEVISIVO DO

REXONA MEN

Caio César Silva Cavalcante (UERN)

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Orientadora – UERN)

RESUMO: Ao longo da História, o corpo tem sido objeto das mais variadas apropriações e

investimentos. Durante o século XX, foi marcado por grandes transformações e ineditismos,

especialmente no que diz respeito à sua sexualidade e à gradativa erosão do pudor.

Atualmente, encontra sua maior forma de expressão na mídia e publicidade, que veiculam

estéticas corporais de diferentes formatos, tamanhos e estaturas e são atravessadas por

inúmeros enunciados e significados que legitimam o corpo forte e saudável. Este trabalho

objetiva analisar movimentos da memória discursiva na representação do corpo masculino no

comercial televisivo do Rexona Men. Como objetivos específicos, busca-se, através de

revisão bibliográfica, descrever as representações do corpo masculino no século XX, e

analisar, de maneira ampla, como a mídia representa o corpo masculino na

contemporaneidade. Na etapa seguinte, explica-se o funcionamento da memória verbal e

imagética no comercial televisivo do Rexona Men. Faz-se pertinente a utilização da Análise

do Discurso de origem francesa, método de pesquisa cuja finalidade é analisar os efeitos de

sentido produzidos por um texto, seja ele verbal ou imagético. Ao esmiuçar-se as cenas,

imagens e texto verbal do comercial analisado, identificando-se as marcas dos discursos sobre

o corpo masculino produzidos no século XX e na mídia, observa-se a presença do corpo não-

padrão, ausente de músculos, que recebe uma abordagem cômica e satírica e é apresentando

como um modelo de transgressão a ser evitado.

PALAVRAS-CHAVE: Corpo. Século XX. Mídia. Rexona Men. Discurso.

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MODALIDADE PÔSTER

UM OLHAR SOBRE OS ARGUMENTOS

Janaíne Januário da Silva (UFAL)

Jéssica Santos Cavalcante (UFAL)

Maria Camila Moraes da Silva (UFAL)

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo levantar uma discussão sobre o papel dos

argumentos e o que isso implica em torno de uma idéia má utilizada. Vivemos num mundo

cuja palavra tem grande importância e poder na vida e decisões de todos, já que em boa parte

do nosso dia a dia é a palavra que domina as situações corriqueiras, assim, algumas pessoas

considerando seu poder, passaram a utilizá-la de várias maneiras. Tendo os argumentos como

objeto de estudo, entendemos ser possível utilizar os pressupostos teóricos da Análise de

Discurso, de linha francesa, segundo a concepção de Michel Pêcheux, enveredando-se pelas

trilhas do discurso. Compreendemos que analisar um discurso vai muito além da palavra

falada, dos gestosexpressos e dos sentimentos expostos. Este trabalho tenta (des)vendar o que

está por trás do discurso. O corpus de nosso estudo está concentrado no filme Obrigado por

Fumar, do diretor Jason Reitman (2005), o filme em questão traz a história de um lobista que

usa todas as palavras a seu favor, ainda que ciente de que nem todas essas palavras são

verdadeiras. Ele retrata bem a finalidade de discutir o papel e a importância dos argumentos

na vida cotidiana das pessoas, desenvolvendo uma visão ampla e crítica do que está sendo

falado, já que muitas vezes o principal fator argumentativo encontrado é o de convencer que

algo é bom ou correto, mesmo que não seja. E, por tratar-se de uma pesquisa que pretende

enveredar-se pelos caminhos de possíveis estudos de outros teóricos, fazemos, ainda, uma

interlocução com os conceitos de argumentação trabalhados por NAVEGA (2005).

PALAVRAS-CHAVE: Argumentação. Convencimento. Discursos.

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MODALIDADE PÔSTER

UMA LEITURA DISCURSIVA DAS RELAÇÕES DE PODER/SABER NOS

ARTIGOS DO JORNAL THE NEW YORK TIMES APLICADA À FORMAÇÃO

DOCENTE

Antônio Genário Pinheiro dos Santos (UFRN)

Bárbara Deysy dos Santos (UFRN)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo das relações

de poder-saber nos artigos do jornal The New York Times, considerando essas materialidades

como importantes ferramentas para a formação do professor de Língua Estrangeira – LE

(Inglês), especialmente quando do trabalho com a leitura discursiva e a produção de sentido

no contexto da escola pública. Volta-se, portanto, para o poder da mídia na vida dos

indivíduos atentando para o estabelecimento das relações de poder-saber no cenário do ensino

de língua inglesa trazendo á tona as implicações para a formação docente e a postura discente.

Inicialmente, nos voltamos para a teoria da Análise do Discurso de tradição francesa, na

interface com as questões relacionadas ao ensino de LE, no sentido de conhecer as principais

categorias a serem aplicadas quando da análise dos artigos (artigos da coluna Education),

dentre elas: prática discursiva, efeito de sentido, vontade de verdade, poder, saber, sujeito,

subjetividade, identidade, ensino, formação docente, mídia. Assim, temos como base teórica

os estudos de Gregolin (2003), Fernandes (2005), Bertold (2009), Foucault (2007), Pêcheux

(2008). Ao analisarmos a produção e circulação dos gêneros discursivos que são encontrados

no mundo jornalístico, e como são empregados no ensino de Língua Inglesa nas escolas

públicas, realizamos uma leitura discursiva e, por conseguinte, oferecemos uma discursão

sobre o funcionamento do poder e saber que marcam as relações sociais e as direcionam para

o plano das vontades de verdade no contexto da sala de aula de Inglês. Nossas conclusões

apontam para o discurso como prática que atribui, ao sentido, uma qualidade de efeito e, ao

sujeito, de posição. E tudo isso empreende ao processo de formação docente um espaço de

conflitos que acenam para as identidades e para constituição de sujeitos. Sobre o crivo do

trabalho político e de inscrição cultural desenvolvido pelo o professor de inglês no âmbito do

ensino de LE.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Poder. Sentido. Formação Docente.

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MODALIDADE PÔSTER

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: ESCOLA E SOCIEDADE

Carla Monara de Paiva Silva (UERN)

Débora katiene Praxedes Costa (UERN)

Francisca Renata de Oliveira (UERN)

RESUMO: Percebemos, atualmente, uma grande discussão em torno do ensino de língua

materna, principalmente no que se diz respeito a diversidade linguística existentes no âmbito

escolar. Na verdade, há uma preocupação em fazer com que a variedade linguística presente

na sala de aula, não ultrapasse a barreira do preconceito. Nesse contexto, o presente trabalho

tem como objetivo analisar de maneira sucinta a variedade linguística existente na língua

portuguesa e como isso vem sendo trabalhado na sala de aula, no nível Fundamental II. Para

isso, fundamentamos nosso estudo à luz de autores como Bagno (2007), Bortoni-Ricardo

(2004), além dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´S (1998). Nesse contexto,

observamos a variação dos alunos oriundos do campo, que trazem consigo uma linguagem,

muitas vezes, estereotipada por aqueles que são defensores “do bem falar”. A partir daí,

evidenciamos que é fácil afirmar que um falante comete “erros”, difícil é aceitar que, em um

dado momento, a escola deixou de ser específica a alunos das classes dominantes, e que o

ensino se popularizou dando assim oportunidade a discentes oriundos de todas as camadas

sociais. Em suma, é preciso, então, que o professor saiba trabalhar os conteúdos dentro desse

contexto da variação linguística. Assim, diante dessa nova modalidade de ensino, o docente

deve compreender o quadro social de seus alunos, e assim, trabalhar uma metodologia

adequada ás características desse público, de forma que esses discentes não se sintam

excluídos do processo de aprendizagem da língua portuguesa.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua Materna. Variedade Linguística.

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MODALIDADE PÔSTER

VERTENTES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO

SERIDÓ

Ray Max de Medeiros Batista (UFRN)

RESUMO: O presente trabalho enfatiza o Atendimento Educacional Especializado em

escolas públicas do Seridó, analisando/explorando atributos gerados por tal metodologia

ensino, como a oportunidade de escolarização para os alunos com vários tipos de deficiências

(surdos, cegos e deficientes mentais), preparando-os para a vida, sempre salientando a efetiva

participação nas relações sociais, uma vez que, segundo Coll et al (2004. P. 208) ‘’ pode-se

considerar como bem consolidada a convicção da educabilidade de todo ser humano, não

importa qual ou quais sejam suas deficiências’’, dessa forma, todos os seres humanos tem o

direito a educação e podem ser educados, seguindo a mesma linha de raciocínio. Afirmamos

que é possível educar pessoas com deficiências, basta levar em consideração os melhores

métodos / artimanhas para desenvolver as atividades. O referido projeto foi desenvolvido em

escolas da rede pública do Seridó, sendo elas: a Escola Estadual ‘’Tristão de Barros’’ da

cidade de Currais Novos e o Centro Educacional ‘’Felinto Elísio’’ situado em Jardim do

Seridó. As instituições de ensino possuem excelentes profissionais que trabalham as

potencialidades de cada aluno, todavia, também estão voltados para as suas dificuldades. Para

análise, voltamos nossas observações para a rotina dos alunos que frequentam as instituições,

onde acompanhamos ao longo de semanas os procedimentos desenvolvidos pelos alunos e

mestres, o desenrolar das atividades e tarefas, a aceitação da metodologia e a gama de

recursos utilizados salientando as atividades desenvolvidas e o empenho/satisfação por ambas

as partes, enfatizando o aprendizado e a inserção social. Os resultados mostram o brilhante

trabalho das escolas envolvidas, inserindo os alunos com deficiência no meio social comum a

todos.

PALAVRAS CHAVE: Educação Especial. Escolas. Seridó.

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