anais do iv encontro ibero-americano sobre investigação em

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PPGEnFis Programa de Pós-graduação em Ensino de Física PIDEC Programa Internacional de Doutorado em Ensino de Ciências IENCI Investigações em Ensino de Ciências Anais do IV Encontro Ibero-americano sobre Investigação em Ensino de Ciências Actas del IV Encuentro Iberoamericano sobre Investigación en Enseñanza de las Ciencias Organizadores Marco Antonio Moreira Concesa Caballero Sahelices Jesus Meneses Villagrá Porto Alegre, 2013 UNIVERSIDADDE BURGOS

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  • PPGEnFis Programa de Ps-graduao em Ensino de Fsica

    PIDEC Programa Internacional de Doutorado em

    Ensino de Cincias IENCI

    Investigaes em Ensino de Cincias

    Anais do IV Encontro Ibero-americano sobre Investigao em Ensino de Cincias

    Actas del IV Encuentro Iberoamericano sobre Investigacin en Enseanza de las Ciencias

    Organizadores Marco Antonio Moreira

    Concesa Caballero Sahelices Jesus Meneses Villagr

    Porto Alegre, 2013

    UNIVERSIDADDE BURGOS

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    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Professora Ruth de Souza Schneider A532

    Encontro Ibero-americano sobre Investigao em Ensino de Cincias (4. : 2012 : Porto Alegre, RS).

    Anais do IV Encontro Ibero-americano sobre Investigao em Ensino de Cincias = Actas del IV Encuentro Iberoamericano sobre Investigacin en Enseanza de las Ciencias / Organizadores: Marco Antonio Moreira, Concesa Caballero Sahelices, Jesus Meneses Villagr Porto Alegre : UFRGS Instituto de Fsica, 2014.

    Atas do evento promovido pelo Programa Internacional de Doutorado em Ensino de

    Cincias (PIDEC) da Universidade de Burgos, convnio com o Programa de Ps-graduao em Ensino de Fsica do Instituto de Fsica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    Modo de acesso: . ISBN 978-85-64948-11-2 1. Ensino de Cincias. 2. Congressos. I. Moreira, Marco Antonio. II. Caballero

    Sahelices, Concesa. III. Meneses Villagr, Jesus. IV. Universidade de Burgos. V. Universidade Federal do Rio Grande do Sul VI. Ttulo VII. Ttulo: Actas del IV Encuentro Iberoamericano sobre Investigacin en Enseanza de las Ciencias

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    SUMARIO

    APRESENTAO ........................................................................................................... 08 PROGRAMAO ............................................................................................................ 13 PARTICIPANTES ........................................................................................................... 09

    CONFERNCIAS ....................................................................................................... 14 El posgrado en enseanza de las ciencias en Argentina ... 15 M Rita Otero, UNICEN, Argentina La investigacin en enseanza de las ciencias de la naturaleza una mirada de sus recorridos: huellas, senderos que se hacen caminos en Uruguay ..... 24 Alejandra Yoldi, IPES, Uruguay PIDEC: Una experiencia de investigacin en enseanza de las ciencias ...... 39 Concesa S. Caballero, UBU, Espanha Investigacin en enseanza de las ciencias: Matemtica y Fsica una relacin muchas veces olvidada ... 63 Consuelo Escudero, UNSJ, Argentina Pesquisa em ensino de cincias: uma viso crtica .................................................................................. 69 Marco Antonio Moreira, UFRGS, Brasil APRESENTAES ORAIS O conceito de biotecnologia nos livros didticos de cincias do ensino fundamental das sries finais .......................................................................................................................................................... 77 Adriane Gonalves Gomes, Carlos Roberto Pires Campos, Helnia Mara Grippa Rui, Leonardo Salvalaio Muline, Patrcia Bastos Leonor, Sidnei Quezada Meirelles Leite Integrao de atividades virtuais e reais no ensino das 1as sries do ensino fundamental ..................... 89 Alessandra R. Arantes, Savana Diegues, Carolina R. Souza, Nelson Studart Aprendizaje de los conceptos de fuerza y energa: progresin y dominio . 98 Alfonso Llancaqueo Henriquez, Carlos Himnez-Gallardo, Walter Lebrecht Diaz-Pinto Investigao das concepes espontneas sobre a clula e o DNA e uso de metodologas alternativas............................................................................................................................................. 108 Andra Ins Goldschmidt, Elgion Lucio da Silva Loreto, Jos Luiz Goldschmidt Junior Implementao de atividades investigativas na disciplina de cincias em escola pblica: uma Experincia didtica ............................................................................................................................ 121 Andreia de Freitas Zmpero, Carlos Eduardo Labur As equaes matemticas nos processos de ensino e aprendizagem em Fsica: o caso do momento linear e sua conservao ...................................................................................................................... 127 Uso de revistas no especializadas na contextualizao do ensino de Qumica para a formao de cidados. ................................................................................................................ 128

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    Carlos Eugenio Rossa Questionar, investigar e resolver problemas: reconstruindo cenrios geolgicos ................... 138 Clara Vasconcelos, M. Filomena Amador, R. Soares, T. Pnto Ensino de reaes qumicas em laboratrio: articulando teoria e prtica na formao e ao docente ...................................................................................................................................... 139 Cleonice Puggian, Zenildo Buarque de Morais Filho, Cristiane Vieira Nunes Barbosa Lopes A medio como tarefa do professor: investigando as concepes de mediao e as prticas de docentes de cincias do ensino fundamental II . ....................................................................140 Cristina Alves Cruz Ortega, Leda R. de Assis Favetta Contribuies do ensino de cincias para a construo da alteridade em relao cultura indgena ................................................................................................................................ 147 Cleise Helen Botelho Koeppe, Regis Alexandre Lahm, Regina Maria Rabello Borges. Remdios para emagrecer e sade humana - proposta de uma aula com enxertos CTS ............ 161 Daniele da Silva Maia Gouveia, Luciana Maria de Jesus Baptista Gomes, Jorge Cardoso Messeder Anlise do contedo de ligaes qumicas nos livros didticos de Qumica do ensino mdio ....168 Elizabeth Detone Faustini Brasil, Joelma Goldner Krger, Ndia Ribeiro Amorim, Sidnei Quezada Meireles Leite Contedos de Astronomia na Educao Bsica, um retato da regio sul do Brasil .. .............. 179 Evonir Albrecht, Marcos Rincon Voelzke Identificao de domnios de significao relacionados ao consumo de bebidas no alcolicas, por alunos do ensino fundamental .......................................................................... 191 Fernanda Frasson, Tania Aparecida da Silva Klein Anlise do texto de um livro didtico de Biologia orientada pela teoria do ator-rede: um estudo obre o tema evoluo biolgica ..................................................................................... 200 Francisco ngelo Coutinho, Fbio Augusto Rodrigues e Silva Desenvolvimento de material didtico sobre materiais polimricos para aprendizagem significativa de alunos deficientes visuais - um estudo de caso ................................................. 209 Gilmar A.S. Catarina, Odoaldo I. Rochefort Neto, Rosmary N. Brandalise, Ana M.C. Grisa El discurso multimodal de la Qumica y el aprendizaje significativo de proposiciones .. 210 Giovanna Lombardi L., Concesa Caballero S. Introduzindo conceito de trabalho atravs de situaes problema .......................................... 211 Edi Terezinha de Oliveira Gring, Concesa Caballero, Marco Antonio Moreira Uma unidade potencialmente significativa para o ensino do conceito de campo em um curso de eletromagnetismo . .................................................................................................... 228 Glauco Cohen Ferreira Pantoja, Marco Antonio Moreira Promoo do pensamento crtico de alunos de Cincias da Natureza ...................................... 241 I. Pinto, A. Almeida, Clara Vasconcelos Impacto de una renovacin metodolgica en las estrategias cognitivas de aprendizaje significativo en Fsica I ........... 256 Ivn R. Snchez Soto A formao continuada e as contribuies da residncia mdica ..............................................257

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    Jesuna L.A. Pacca, Cristina Leika Horii Aproximao entre a teoria histrico-crtica e a aprendizagem significativa: uma prtica pedaggica para o ensino da Biologia .................................................................................... .. 258 Joo Marcos Machuca de Lima, Cristina Lucia Sant'Ana Costa Ayub, Anglica Gis Morales, lvaro Lorencini Jnior Concepes dos estudantes de Cincias Biolgicas sobre prtica docente e pesquisa em ensino: um estudo de caso da Universidade de So Paulo ...........................................................259 Joo Rodrigo Santos da Silva,Luis Carlos Saito, Naomi Towata, Maria Elice Brzezinski Prestes, Paulo Takeo Sano, Suzana Ursi Licenciandos em Cincias Biolgicas de uma universidade estadual e suas representaes internas do meio ambiente ............................................................................................................274 Job Antonio Garcia Ribeiro, Osmar Cavassan El uso de videos para el aprendizaje-en-accin en el laboratorio de Fsica .... 290 Jos Luis Chvez, Maria Maite Andrs Diferencias en la enseanza del concepto de peso en una escuela de enseanza media de So Carlos (Brasil) y en una de Santiago de Cuba (Cuba) . 291 Juan Julin Guillarn Llser, Luis Manuel Mndez Prez, Ariane Baffa Loureno, Glucia Grninger Gomes Costa, Antonio Carlos Hernandes Trilha da vida em Salinas: jogo permite desenvolver o tema "cadeia produtiva da cana-de-acar e derivados" em escola de Educao Bsica do municpio de Salinas MG. 301 .................................................................................................................................... 303 Lzaro Gonalves Siqueira, Marco Antnio de Melo Franco, Leandro Marcio Moreira Identificao de obstculos epistemolgicos em um artigo de divulgao cientfica-entraves na formao de professor de cincias?....................................................................................... 315 Letcia Labati Terra, Ariane Leites Larentis, Lcio Ayres Caldas, Manuel Gustavo Leito Ribeiro, Marcelo Haerylak Herbst, Rodrigo Volvan Almeida, Georgia Correa Atella Anlise de uma proposta didtica de Krasilchik com o enfoque semitico de Duval ................... 328 Lucas Roberto Perucci, Carlos Eduardo Labur, Camila Regina Basso, Patrcia de Oliveira Rosa-Silva Percepes dos estudantes brasileiros sobre meio ambiente ...................................................... 329 Mrcia Borin da Cunha, Olga Maria Ritter Peres, Paulo Azevedo, Angela Camila Pinto Duncke, Alex Sander da Silva, Glessyan de Quadros Marques, Raquel Roberta Bertoldo, Marcelo Giordan A percepo dos alunos sobre a importncia de aprender Qumica ........................................... 339 Marcus Eduardo Maciel Ribeiro, Mirian Fantinel, Maurivan Gntzel Ramos A percepo dos riscos naturais em estudantes do ensino secundrio: uma anlise a partir de mapas conceituais ................................................................................................................. 354 Maria Filomena Madeira Ferreira Amador, M.J. Andrade, A.O. Tavares, C. Vasconcelos Enseanza interdisciplinaria de un concepto global desde la Qumica, la Fsica y la Matemtica. Una propuesta curricular desde la Universidad para las escuelas medias . 355 Maria Florencia Walz, Nieves Casado, Jos Maria Raffaelli, Liliana Taborda, Paula Ricardi Adaptao: um tema transversal da Biologia em atividades cientficas capazes de integrar estudantes universitrios e alunos da Educao Bsica ............................................................. 363 Maria Rita Silvrio, Yasmine Antonini Itabaiana, Viviane Renata Scalon, Hildeberto Caldas de Souza, Eneida Maia Eskinazi Sant'Anna, Leandro Marcio Moreira

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    Metforas para subsidiar um processo discursivo dilogo/univocal no contedo de cincias de preservao da gua ................................................................................................... 378 Mariana Fernandes da Silva, Carlos Eduardo Labur Concepes de professores de Biologia do ensino mdio sobre oensino-aprendizagem de ........ 387 Botnica Marina Macedo, Geisly Frana Katon, Naomi Towata, Suzana Ursi Concepes e percepes de natureza da cincia e de um cientista entre estudantes de um curso de licenciatura em Cincias Biolgicas: alguns obstculos na educao cientfica ......... 400 Marslvio Gonalves Pereira,Carlos Vincius Carvalho do Nascimento, Gewerlys Stallony Diego Costa da Rocha, Alessandro Tomaz Barbosa Concepes epercepes ambientais entre estudantes universitrios em uma aula de campo na Ilha da Restinga, Cabedelo (PB), Brasil ................................................................................ 411 Marslvio Gonalves Pereira, Gewerlys Stallony Diego Costa da Rocha,Alessandro Tomaz Barbosa, Tain Sherlakyann Alves Pessoa, Eudcio Carvalho Neco Auto avaliao como estratgia para o desenvolvimento da metacognio em aulas de Cincias ....................................................................................................................................... 422 Marta Mximo Pereira, Viviane Abreu de Andrade O estilo de vida de professores como estratgia para a promoo da educao e sade no contexto escolar ........................................................................................................................... 423 Max Castelhano Soares,Renato Xavier Coutinho, Edward Frederico Pessano, Eliziane da Silva Dvila, Vanderlei Folmer, Robson Luiz Puntel Crenas dos membros de uma comunidade escolar a cerca das dificuldades de aprendizagem de Cincias e do papel do Professor na aprendizagem de seus alunos ....................................... 436 Neyla Josiane Mnica de Azevedo, Marcelo Leandro Eichler Estudo do evolucionismo a partir das abordagens atribudas a Lamarck e Darwin nos livros didticos de Biologia .................................................................................................................. 448 Nicolau Mottola Marcia Reami Pechula Uma proposta de sequncia didtica para contextualizar o tema Biotica no ensino fundamental dentro de uma perspectiva CTSA .......................................................................... 461 Patrcia Bastos Leonor,Henalia Mara Grippa Rui, Manuella Villar Amado, Sidnei Quezada Meirelles Leite Desenvolvimento sustentvel como tema para uma prtica interdisciplinar atravs da metodologia da problematizao ............................................................................................... 474 Renato Xavier Coutinho, Vanderlei Folmer, Robson Luiz Puntel A investigao como meio articulador do processo ensino-aprendizagem: uma anlise das relaes estabelecidas entre professores em formao inicial e o modelo de ensino por investigao ............................................................................................................................... 486 Rodrigo Jos Cristiano Gazola, Silvia Regina Quijadas Aro Zuliani, Maria Terezinha Siqueira Bombonato, Daniele Cristina de Souza O jogo "face a face com as estrelas" como recurso de aprendizagem sobre constelaes ......... 501 Rosalina Sanches Cano Surek, Mariana Nardy, Carlos Eduardo Labur, Patrcia de Oliveira Rosa-Silva Mestrado profissionalizante em ensino de Fsica e Matemtica .................................................. 514 Silvia Maria de Aguiar Isaia, Andria de Mello Buss Castro Duas propostas de inovao curricular no ensino de cincias para o nvel mdio: realidades distintas, desafios semelhantes ................................................................................................... 525

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    Simia dos Santos Cerqueira, Bruno Ferreira Santos, Hctor S. Hodetti A disciplina de Histria da Cincia e da Tcnica: contribuies para o ensino e a formao de professores de Qumica ........................................................................................................... 536 SimoneBarreto Santos, Hctor Santiago Hodetti, Ester Mercedes Ocampo, Baraquizio Braga do Nascimento Jnior, Marcos Antonio Pinto Ribeiro Professores de Biologia no papel de estudantes: uma viso de seus tutores em um curso de formao continuada na modalidade a distncia ...................................................................... 548 Tamara Aluani, Susana Ursi Domnios e nveis de significao em mapas conceituais construdos a partir do tema "Biotecnologia" .......................................................................................................................... 556 Tnia Aparecida da Silva Klein Formao inicial em Cincias Biolgicas na viso holstica do professor reflexivo: uma Anlise diante do paradigma de Educao para o Desenvolvimento Sustentvel .................... 566 Tania Bernhard, Edson Roberto Oaigen Colaboraes de uma proposta de ensino e aprendizagem interdisciplinar e contextualizadas sob a perspectiva de uma professora de Biologia: possibilidades de elaborao e avaliao de um trabalho coletivo .............................................................................................................. 581 Thais Benetti de Oliveira, Ana Maria de Andrade Caldeira Temas contemporneas no ensino de Biologia do ensino mdio ................................................ 594 Vera Lucia Fahl de Oliveira, Eglia Carvalho Interpretando os significados dos alunos por meio dos modos de representao das gesticulaes no laboratrio de Qumica ................................................................................... 606 Wanda Naves Cocco Salvadego, Carlos Eduardo Labur Estudo comparativo sobre a construo de diagramas V em pequenos grupos e Individualmente por alunos de graduao das faculdades de Educao Fsica e de Fisioterapia na disciplina de Biomecnica .................................................................................618 Adriana Marques Toigo, Marco Antonio Moreira Formacin cientfica en y para la civilidad: desafos y posibilidades de la educacin en Ciencias .... 619 Berta Lucila Henao S, Luz Victoria Palacio M. O ensino acrtico da Fsica nas escolas secundrias de Portugal antes dos anos 70 ................. 644 Jorge Valadares Modelo Didctico contextualizando conceptos fsicos a situaciones navales en la Escuela Naval Arturo Prat .............. .656 Manuel Plaza Bombal, Jess Meneses Villagr Uma UEPS sobre Fsica Quntica utilizando mapas mentais e conceituais como ferramenta para aprendizagem significativa .................................................................................................681 Thas Rafaela Hilger, Marco Antonio Moreira, Adriane Griebeler Uso de texto de apoio para viabilizar a Aprendizagem Significativa de alunos do EJA sobre a operao de adio e sua inversa .................................................................................. 691 Jos Roberto da Silva, Maria Aparecida da Silva Rufino, Marcella Cludia Barbosa da Silva

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    APRESENTAO

    Os EIBIECs Encontros Ibero-americanos de Investigao Bsica em Ensino de Cincias tm por objetivo a apresentao e discusso de trabalhos e linhas de pesquisa bsica, entendida como produo de conhecimentos, em ensino de cincias, no mbito ibero-americano. O I EIBIEC foi realizado na Universidade de Burgos, Espanha, de 18 a 21 de setembro de 2002, promovido conjuntamente pelo Programa Internacional de Doutorado em Ensino de Cincias (PIDEC/UBU/UFRGS, Burgos, Espanha) e pela Revista Investigaes em Ensino de Cincias (IENCI/UFRGS/Porto Alegre, Brasil). O segundo e o terceiro EIBIECs ocorreram tambm na Universidade de Burgos, de 21 a 24 de setembro de 2004 e de 14 a 18 de setembro de 2009, respectivamente, organizados novamente pelo PIDEC e pela IENCI. Este IV EIBIEC, cujos Anais esto aqui sendo apresentados, foi realizado em Porto Alegre, Brasil, no Instituto de Fsica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de 3 a 7 de dezembro de 2012, promovido no s pelo PIDEC e pela IENCI, mas tambm pelo Programa de Ps-Graduao em Ensino de Fsica da UFRGS. Nestes Anais do IV EIBIEC constam a programao, a relao de participantes e os textos das conferncias e trabalhos apresentados. Porto Alegre, dezembro de 2013

    Organizadores Marco Antonio Moreira

    Concesa Caballero Sahelices Jesus Meneses Villagr

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    PARTICIPANTES

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    Adriana Marques Toigo,[email protected] Adriane Gonalves Gomes, Alberto Dal Molin, [email protected] Alejandra Yoldi , [email protected] Alessandra R. Arantes, [email protected] Alfonso Llancaqueo Henriquez, [email protected] Ana M.C. Grisa,[email protected] Andra Ins Goldschmidt, [email protected] Andreia de Freitas Zmpero, [email protected] Antonio Jorge Sena dos Anjos, [email protected] Ariane Leites Larentis, [email protected] Berta Lucila Henao S,[email protected] Breno Drse Neto, [email protected] Carlos Eugenio Rossa, [email protected] Carolina R. Souza, [email protected] Clara Vasconcelos, [email protected] Cludia Maria Barth Petter, [email protected] Cleise Helen Botelho Koeppe, [email protected] Conceio Mendona, [email protected] Concesa Caballero, [email protected] Consuelo Escudero, [email protected] Cristiane Vieira Nunes Barbosa Lopes, [email protected] Cristina Alves Cruz Ortega, [email protected] Cristina Leika Horii, [email protected] Daniele da Silva Maia Gouveia, [email protected] Edi Terezinha de Oliveira Grings, [email protected]. Edith Rojas, [email protected] Edson Roberto Oaigen, [email protected] Eleni Bisognin, [email protected] Eliane A. Veit, [email protected] Elizabeth Detone Faustini Brasil, [email protected] Evonir Albrecht, [email protected] Fbio Augusto Rodrigues e Silva, [email protected] Felipa P. R. A. Silveira, [email protected] Fernanda Frasson, [email protected] Geisly Frana Katon, [email protected] Giovanna Lombardi L., [email protected] Glauco Pantoja, [email protected] Gloria Cardona Castao, [email protected] Helnia Mara Grippa Rui,[email protected] Helenara Regina Sampaio Figueiredo, [email protected] Ivn R. Snchez Soto, [email protected] Ives S. Arajo, [email protected] Jenner Bastos, [email protected] Jess Meneses Villagr, [email protected] Joo Marcos Machuca de Lima, [email protected] Job Antonio Garcia Ribeiro, [email protected] Jorge Valadares, [email protected] Jos Roberto da Silva, [email protected] Juan Julin Guillarn Llser, [email protected] Julia Flores Espejo, [email protected] Lzaro Gonalves Siqueira, [email protected]

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    Leda R. de Assis Favetta, [email protected] Leonardo Salvalaio Muline, [email protected] Luciana Maria de Jesus Baptista Gomes, [email protected] Luis Carlos Saito, [email protected] Manuel Plaza Bombal,[email protected] Manuella Villar Amado, [email protected]. Mrcia Borin da Cunha, [email protected] Marco Antonio Moreira, [email protected] Marcus Eduardo Maciel Ribeiro, [email protected] Maria Aparecida da Silva Rufino, [email protected] Maria Filomena Amador, [email protected] Maria Maite Andrs, [email protected] Maria Rita Silvrio Pires, [email protected] Mariana Fernandes da Silva, [email protected] Marina Mateu, [email protected] Marslvio Gonalves Pereira, [email protected] Marta Mximo Pereira, [email protected] Max Castelhano Soares, [email protected] Naomi Towata, [email protected] Neusa Massoni, [email protected] Neyla Josiane Mnica de Azevedo, [email protected] Nicolau Mottola, [email protected]

    Odoaldo I. Rochefort Neto, [email protected] Patrcia Bastos Leonor, [email protected].

    Patrcia de Oliveira Rosa-Silva, [email protected] Paula Andrea Ricardi, [email protected] Renato Xavier Coutinho, [email protected] Rita Otero, [email protected] Rodrigo Jos Cristiano Gazola, [email protected] Sayonara Salvador Cabral da Costa, [email protected] Silvia Maria de Aguiar Isaia, [email protected] Simia dos Santos Cerqueira Simone Barreto Santos, [email protected] Tamara Aluani, [email protected] Tania Aparecida da Silva Klein, [email protected] Tania Bernhard, [email protected] Tnia Roberta Costa de Oliveira, [email protected] Thais Benetti de Oliveira, [email protected] Thais Rafaela Hilger, [email protected] Vera Lucia Bahl de Oliveira, [email protected] Viviane Abreu de Andrade, [email protected] Wanda Naves Cocco Salvadego, [email protected] Yasmine Antonini Itabaiana, Zulma Gangoso, [email protected]

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    PROGRAMAO

  • PROGRAMA INTERNACIONAL DE DOUTORADO EM ENSINO DE CINCIAS (PIDEC) UBU/UFRGS

    X SEMANA DO PIDEC IV ENCONTRO IBERO-AMERICANO DE PESQUISA EM ENSINO DE CINCIAS

    03/12 A 07/12/2012 Porto Alegre, RS, Brasil

    PROGRAMAO Segunda-feira 3/12 Tera-feira 4/12 Quarta-feira 5/12 Quinta-feira 06/12 Sexta-feira 07/12

    9:30h 10:30h

    Abertura Conferncia 1 M. Rita Otero

    Conferncia 2 Alejandra Yoldi

    Conferncia 3 Concesa Caballero

    Conferncia 4 Consuelo Escudero

    Conferncia 5 Marco Moreira

    10:30h 11:00h Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo 11:00h 13:00h

    Pr-tese 1 do PIDEC Julia Flores

    Defesa de tese 1 do PIDEC

    Berenice Bona

    Qualificao de doutorado 1

    do PPGEnFis Daniela Schittler

    Defesa de tese 2 do PIDEC

    Antonio Ornellas

    Qualificao de doutorado

    2 do PPGEnFis ngelo Mozart

    13:00h-14:30h Almoo Almoo Almoo Almoo Almoo

    14:30h 16:30h

    Apresentaes

    orais 1

    Apresentaes

    orais 3

    Tarde

    Apresentaes

    orais 4

    Apresentaes

    orais 5

    16:30h 17:00h Intervalo Intervalo livre Intervalo Intervalo

    17:00h 18:30h

    Pr-tese 2 do

    PIDEC Rosendo Archbold

    Apresentaes orais

    2

    Pr-teses 3 e 4 do

    PIDEC Marina Mateu Felipa Silveira

    Pr-teses 5 e 6 do

    PIDEC Gloria Cardona

    Alberto Dal Molin

    Painel e discusso de

    encerramento

    PPGEnFis Programa de Ps-Graduao em Ensino de Fsica

    IENCI Investigaes em Ensino de Cincias

    PIDEC

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    CONFERNCIAS

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    EL POSGRADO EN ENSEANZA DE LAS CIENCIAS EN ARGENTINA

    Mara Rita Otero

    Ncleo de Investigacin en Educacin en Ciencia y Tecnologa (NIECYT)

    Faculdad de Ciencias Exactas

    Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires

    UNICEN

    Consejo Nacional de Investigaciones Cientficas y Tecnologias (CONICET)

    [email protected]

    ANTECEDENTES

    Crecimiento heterogneo de las carreras de posgrado desde los 90 incluido el campo de la Educacin.

    Incremento las carreras de especializacin y maestra acreditadas, desde 1995 hasta la actualidad. La cantidad de carreras de doctorado vinculadas a la Educacin, no variaron . Al 2008 ,(111) carreras de posgrado acreditadas por la CONEAU, (56) especializaciones, (46) maestras y (9) doctorados. Como antecedente de la expansin ocurrida en los 90, existan en el pas dos doctorados y una Orientacin en Educacin, perteneciente a una maestra en Ciencias Sociales, que en la dcada del 90 se transform en una carrera de posgrado . Las UNLP se funda en 1905 y su Facultad de Ciencias de la Educacin en 1914. El primer doctorado en Educacin se inici en 1920 en la UNLP (Barsky, 1995:45). En 1968 se crea en la Universidad Nacional de Crdoba, el segundo doctorado en Educacin. Los datos relevados muestran que hasta el ao 2005, en ambas carreras, se formaron diecinueve (19) doctores/as. En 2007 se crea el Doctorado en Enseanza de las Ciencias y la Matemtica, Niecyt-UNICEN y es reconocido por la CONEAU en 2010 (Fsica) y en (2011) Matemtica.

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    Doctorado en Enseanza de las Ciencias, Niecyt UNICEN, (FSICA y MATETICA) Cohortes 2010, 2011, 2012. Admisin por requisitos y antecedentes: Ttulo y Formacin. Publicaciones, congresos, antecedentes de Investigacin, edad. Plan de Trabajo (Declaracin de Intenciones) Aprobar un Plan de Tesis hasta dos aos despus de la fecha de Admisin. (Evaluacin por 3 especialistas). Plazo mximo de realizacin son cinco aos, con opcin a uno de prrroga.

    Temas de Tesis en Realizacin La experimentacin en el aprendizaje de la fsica. Su incidencia en la construccin de conceptos referidos a la ptica ondulatoria. Mg. Silvia del Valle Bravo, Directora Dra. Marta Azucena Pesa.

    A imagem no pode ser exibida. Talv ez o computador no tenha memria suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poder ser necessrio excluir a imagem e inseri-la nov amente.

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    Enseanza de nociones bsicas de la Teora Especial de la Relatividad (TER) en la Escuela Secundaria, Lic. Fabiana Prodanoff, Diretores Dra. Mara Rita Otero, Dr. Marcelo Arlego. Cambio Conceptual en el Aprendizaje de Fenmenos Fsicos Tipo Proceso: Induccin Electromagntica. Lic. Elena Hoyos, Directora Dra. Mara Cecilia Pocovi. La fsica cuntica como conocimiento generador de diferentes modos de pensamiento. Prof. Sonia Beatriz Gonzlez , Dra. Consuelo Escudero. Enseanza y aprendizaje de aspectos fundamentales de Fsica Cuntica en la escuela secundaria a partir del estudio de la luz. Prof. Mariana Elgue, Directoras Dra. M. Fanaro, Dra. Mara Rita Otero. Relacin entre modelos, diseos experimentales y resultados en el proceso experimental. Una aproximacin didctica para su aprendizaje en trabajos de laboratorio contextualizados. Mg. Carlos A. Miranda, Dra. Mara Maite Andrs. El Laboratorio de Fsica como mbito propicio para favorecer aprendizaje significativo de las Ciencias. Un caso con estudiantes universitarios recursantes. Profa. Claudia Sandra Figueroa, Directora Dra. Consuelo Escudero . Modelos en ciencias y en su enseanza. La eleccin del sistema de referencia. El caso particular de los fenmenos astronmicos cotidianos. Prof. Diego Galperin, Director Dr. Andrs Raviolo. Diseo, implementacin y evaluacin de un REI para el ltimo ao del nivel secundario, relativo a la Microeconoma. Lic. Vernica Parra , Diorectoras Dra. Mara Rita Otero, Dra. Mara de los ngeles Fanaro. Enseanza del Clculo Vectorial en carreras de Ingeniera. Diseo e implementacin de un Recorrido de Estudio e Investigacin bi-disciplinar. Mg. Viviana Anglica, Costa , Directores Dr. Marcelo, Arlego, Dra. Mara Rita, Otero. Enseanza y aprendizaje de conceptos del lgebra lineal. Mg. Carlos Parodi, Directora Dra. Marlene Alves Das. La Formacin de Profesores de Matemtica. Mg. Carmen Cecilia Espinoza Melo, Director Dr. Ivn Sanchez, Chile Construccin del significado de diferentes objetos del sistema de representacin simblico utilizado en Matemtica en estudiantes universitarios de carreras de Ingeniera en el marco del Enfoque Ontosemitico. Mg. Mara Laura Distfano, Director Dr. Marcel David Pochulu. La enseanza de nociones relativas a las funciones polinmicas en la Escuela Secundaria en el marco de la TAD . Lic. Mara Paz Bilbao, Directora Dra. Mara Rita Otero. El Aprendizaje Basado en Problemas (ABP) y la enseanza y aprendizaje del Clculo de los estudiantes de Ingeniera en Informtica de la Universidad Tecnolgica de Chile. Mg . Patricia Estrella Rojas Salinas, Directora Dra. Mara Trigueros Gaissman. PROBLEMAS/DIFICULTADES/PREGUNTAS Autonoma y diversidad de marcos tericos importados de otras ciencias, donde estos se constituyen con objetos, metodologas y preguntas diferentes que en EC. (Psicologa, Lingstica, Sociologa, etc.) Ausencia de MT propios de EC, o directamente ausencia de MT. Importancia creciente de investigacin en multiculturalidad en EC Incremento de artculos en TICE y EC, con dbil nivel de problematizacin e insercin en EC. Problemas metodolgicos y pocos trabajos dedicados a analizarlos. Poca presencia de una perspectiva sistmica en investigacin en EC. Pocas veces las preguntas de investigacin aparecen explicitadas. Incremento de congresos, reuniones, etc. El problema de las publicaciones. EC , bibliometra, indizaciones.

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    Incremento de la diversidad y cantidad de temticas en Matemtica Biologa, Qumica,

    Ciencias de la Salud, Ciencias del Ambiente, reduccin de la Fsica. Calidad, cantidad y diversidad.

    Cmo incorporar y ayudar a quienes quieren ingresar a la investigacin en EC? Cmo potenciar la oferta de posgrado, a nivel de doctorado para atender la demanda

    creciente? Cmo contextualizar o re contextualizar en EC cuestiones interligadas con la Psicologa

    Cognitiva, Teoras del Aprendizaje, Lingstica. Historia de las Ciencias, Curriculum ? Autonoma del campo EC Porqu no disponemos de teorizaciones en DF si existiran

    condiciones para que esto ocurra? Preguntas , fenmenos, agenda de investigacin en esos MT.

    Transparencia del conocimiento, se presenta como incuestionable y transparente. El problema de la Referencia.

    Investigaciones poco centradas en preguntas didcticas, es decir en problemas ligados a los procesos de comunicacin del conocimiento en las diversas instituciones.

    Enseanza por investigacin. Perspectiva sistmica. Excesiva importancia al papel del profesor o a las falencias de los alumnos.

    MARCOS TERICOS Teora Antropolgica de lo Didctico (TAD) (Pedagoga de lenqute et du questionement du monde) Teora de los Campos Conceptuales (TCC) Teora del Aprendizaje Significativo (TAS, TASC). Perspectiva de Maturana. Socio Epistemologa. Enfoque Onto-semitico. DIDACTICA Didctica de la Matemtica Didctica de la Fsica Existe realmente? Es de carcter cientfico? Cul es su objeto de estudio, su contenido?

    CONDICIONES PRIMERAS Objeto real Preexistente a nuestra optica o vison Dotado de necesidad y determinismo propios Cognoscible CI ( En el sentido de la actividad cientfica) No es un objeto del mundo natural Es un objeto tecno-cultural

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    CAMPO CONCEPTUAL MECNICA CUNTICA ECPE

    Aspectos de la Teora de la Transposicin Didctica

  • La TTD destac el enfoque sistmico de la didctica francesa, ofreciendo, esta vez, los medios para cuestionar los saberes escolares, para interrogarnos sobre sus fuentes de legitimidad, sobre su economa y su ecologa. El saber escolar no poda ser considerado simplemente como una copia dbil del saber sabio que lo legitimaba. La TTD desde una perspectiva antropolgica, permiti comprender las modificaciones que sufren los saberes matemticos en el trascurso de su difusin. Topognesis, cronognesis y mesognesis

    Enseanza sin sentido

    MONUMENTALIZACION

    Pedagoga de la Investigacin y del cuestionamiento del Mundo Dialctica de las preguntas y las respuestas

    Procognitivo Exotrico

    Herbartiano

    Recorridos de Estudio e Investigacin (REI, PER, SRC)

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    ESTIGACIN EN ENSEANZA DE LAS CIENCIAS EN URUGUAY UNA MIRADA DE SUS RECORRIDOS; HUELLAS, SENDEROS QUE SE HACEN

    CAMINOS

    Alejandra Yoldi ANEP, CFE, IPES, Uruguay

    Resumen y objetivo del trabajo Nos hemos propuesto construir una aproximacin al estado de la investigacin en enseanza de las ciencias naturales en Uruguay, desde una perspectiva personal basada en un relevamiento de las instituciones educativas y las voces de investigadores y actores educativos pertenecientes a diversos mbitos del que hacer educativo. Este acercamiento, al anlisis de la produccin de este conocimiento desarrollado en Uruguay, es indito y por tanto constituye un primer intento de carcter exploratorio, el que por otra parte, destacamos como no exhaustivo, que resulta necesario continuar elaborando para constituir una base de referencia que colabore con el desarrollo de la investigacin de la enseanza de las ciencias en Uruguay. Para realizar esta indagacin, hemos realizado una bsqueda de antecedentes sobre estudios de relevamientos sistemticos sobre la investigacin educativa, en sentido ms amplio, as como bibliografa referida. A partir de este anlisis hemos diseado una estrategia de trabajo que implic la seleccin de instituciones, departamentos, profesionales de la educacin a los que consultaramos para recabar informacin circunscripta a la investigacin en enseanza de las ciencias. Para el anlisis de la produccin relevada hemos analizado el corpus documental obtenido que nos permite describir las principales lneas de investigacin abordadas. Antecedentes Existen tres trabajos que tienen por objetivo sistematizar la informacin sobre investigacin educativa en el pas. Estos abarcan un relevamiento en tres perodos distintos: Rivera Pizarro, J. 1991 (perodo 1920-1989); Filgueira, C., Mancebo, E., 2001, (perodo 1995- 2000); Sanz, V., 2008 (perodo 1997- 2007). De este cuerpo de trabajos se extraen las conclusiones que presentamos a continuacin. En el perodo de 1920-1980, a partir de fuentes REDUC MEC (204 trabajos) se desprende que, el 39% de las investigaciones son realizadas por investigadores independientes, 25,5 % por organismos no gubernamentales, 18% el Estado, 14% la Universidad, 3,5 % organismos no gubernamentales. El perodo estuvo signado por fuertes apoyos financieros externos que luego cesaron, lo cual, presumiblemente incidi en su discontinuidad (Ejemplo: CIID, Agencia de Cooperacin Canadiense). Los estudios se centraron especialmente en Educacin Primaria y en problemas psicolgicos del estudiante del Ciclo Bsico (1ero a 9no grado). En el perodo comprendido entre1995-2000, a partir de un criterio amplio de investigacin educativa, se analizan 114 publicaciones analizadas elaboradas por ANEP y en otras instituciones (como las tesis de postgrado realizadas en 2 universidades privadas, se detecta que el nivel medio es el ms estudiado, lo que es coincidente con las polticas de universalizacin de este ciclo. Se centran en distintas temticas con un amplio predominio de enfoques sociolgicos tanto en el objeto de estudio como en metodologas (desercin, repeticin, contexto social) tambin hay medicin de resultados de aprendizaje.

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    En el perodo de 1997-2007, a partir de 3629 trabajos obtenidos de fuentes variadas (quince instituciones: cuatro facultades pblicas, cuatro privadas, tres organismos gubernamentales, tres organizaciones no gubernamentales y un organismo internacional) y dos bases de datos del MEC, permiten obtener un corpus de 523 publicaciones que cumplen con criterios definidos por la autora, en especial en relacin a su accesibilidad a consulta. Se constata la inexistencia de Bases de Datos accesibles sobre la investigacin educativa publicada en Uruguay que permita tener un panorama retrospectivo de la investigacin sobre un tema en estudio que se pretenda abordar, punto de partida de una investigacin cientfica. El acceso a esta informacin es vital atendiendo a la necesidad de generar informacin relevante, que constituya una contribucin al conocimiento, una profundizacin o complementariedad. Encontrar claros y necesidades de investigacin del sistema educativo. El reconocimiento pblico de investigadores y la difusin de sus trabajos es indispensable para establecer redes de colaboracin. Por ltimo, la investigacin existente debera constituirse en una de las fuentes de formacin de opinin y toma de decisiones de los distintos actores educativos. Sanz en la discusin sobre la informacin obtenida concluye que la investigacin resulta insuficiente en relacin a las necesidades del sistema; presentan un carcter descriptivo, producto de las investigaciones provenientes del sector pblico cuyo objetivo se centr en medir resultados ms que en indagar procesos. Desde una perspectiva ms general, se puede inferir que el mapa de la investigacin en nuestro pas se configura como un patch work es decir como un conjunto de trabajos de calidad heterognea que en general parten de antecedentes buscados en la bibliografa de autores extranjeros Tambin se encuentran trabajos que muestran una dedicacin y acompaamiento de tutores o expertos que promueven la calidad y la lgica interna propia de cualquier investigacin (Sanz, 2008, pg. 105). Es contundente la respuesta de los entrevistados acerca de las imposibilidades que tienen los docentes para investigar desde sus condiciones laborales a partir de propuestas como la investigacin accin. Analisis de los antecedentes y estrategias metodolgicas De la revisin realizada podemos confirmar la heterogeneidad y dispersin de instituciones y variedad de profesionales que se realizan investigacin. El trabajo de Sanz nos parece un aporte sumamente valioso ya que a partir de l surge una base de datos que contiene investigaciones educativas que pueden servir de referencia y de inicio para la conformacin de una red elaborada a partir de un relevamiento exhaustivo y de una elaboracin de informacin de cada uno de estos documentos que provean a los consultantes de elementos para conocer sus autores, datos de publicacin, unidades patrocinantes, palabras claves, descripcin, fuentes utilizadas, metodologa, contenido, marco terico y principales conclusiones. La revisin de las fuentes consultadas por estos trabajos, nos permiti seleccionar instituciones y actores no relevados que eventualmente podran estar ms estrechamente vinculados a la investigacin en enseanza de las ciencias. Para elaborar esta panormica y primera aproximacin fueron relavados: Consultas y entrevistas a informantes claves; Ley de Educacin 2008, Documentos institucionales, pginas web del Consejo de Formacin en Educacin, de las Unidades de Enseanza de la Facultad de Ciencias, Ingeniera y Qumica de UdelaR (Universidad de la Repblica); Artculos de revistas especializadas en el rea de la Educacin;

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    Relevamiento de ofertas educativas de postgrado en educacin en Uruguay, mbito pblico y privado; Ley de Educacin vigente; Asociaciones civiles: Asociaciones de Profesores de Fsica, Qumica, Biologa; Grupo de Investigacin en Ciencias de la Revista Quehacer educativo de la Federacin de Maestros del Uruguay. Bibliografa especfica en enseanza de las ciencias. Las preguntas que guan nuestro trabajo son las siguientes: En qu marcos institucionales se estn realizando investigaciones en enseanza de las ciencias en Uruguay? Quin/es las llevan a cabo? Existen condiciones para la investigacin, profesionales, formacin para realizarlas, sistemas de apoyo? Hay programas e incentivos institucionales para esto? Cules son las caractersticas de la investigacin en Uruguay? Se perfilan tendencias, temas ms abordados? Primer abordaje Dada la gran dispersin sealada y el grado de desarrollo, orientndonos por las preguntas antes dichas, nos referiremos en primera instancia a las instituciones que se han vinculado directamente a la Didctica desde la fundacin de los primeros centros de formacin de docentes de educacin primaria (1882 y 1892, Escuela de Seoritas M. Estagnero de Munar y Escuela de Varones J. R. Snchez respectivamente) y en especial la formacin de profesores de educacin media (Instituto de Profesores Artigas, 1950). En la actualidad existen 31 centros de formacin de grado y 1 centro de formacin de postgrados. Los institutos de formacin docente son para el sistema educativo como los pilares de un edificio donde se entrelazan elementos bsicos de la formacin de las futuras identidades y se consolida la docencia, soportando una estructura expandida horizontalmente sostenida por la diversidad cultural existente Basilio, J., Rodrguez, M., 2009. Desde sus mandatos fundacionales los institutos de formacin docente, de enseanza terciaria, no universitaria, imprimen una caracterstica curricular, que ha permanecido hasta el presente basada en tres pilares formativos: Las asignaturas propias de los contenidos acadmicos a ensear; En Ciencias de la Educacin; La formacin Didctica - Prctica Docente. La Didctica Prctica docente constituye una unidad curricular en los que los aspectos tericos y la prctica profesional se mantienen en una relacin dialctica. Los alumnos tienen en el instituto un curso terico de Didctica y realizan la prctica en un instituto de enseanza primaria o media, bajo la supervisin del Docente de Didctica y del Docente Adscriptor. Esta prctica se incrementa de modo gradual en el transcurso de la carrera. En la formacin de maestros se aborda una DidcticaGeneral mientras que en la formacin de profesores se vincula al campo epistemolgico de la especialidad y por tanto se tratan las Didcticas Especficas a partir de 1986. La Didctica se constituye entonces, ms que una asignatura, en una bisagra natural de un sistema de formacin que permite el enriquecimiento mutuo de todos sus componentes, asumiendo una multidimensionalidad real, articuladora de la formacin pedaggica, especfica y prctica desde el centro configurador de su temtica

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    El alumno de formacin inicial debe trabajar con un grupo de estudiantes reales en su dinmica, en su contexto y en su problemtica, en tanto ha tratado al adolescente en su formacin acadmica a partir de caractersticas generales estereotipadas (Luaces, 2002, pg. 16). En relacin a la investigacin educativa, en especial a aspectos didcticos, su importancia y funcin ha quedado de manifiesto en sus planes iniciales y con posterioridad al perodo dictatorial (junio1973- febrero1985). Aunque esto no parece haberse materializado, situacin que se desprende de la revisin documental del IPA realizada por Basilio, J., Rodrguez, M.,op. cit. pg. 15): Si bien la investigacin fue objetivo fundacional, no existi, ni existe a la fecha comportamiento sistemtico de esta produccin intelectual. Ni la poltica educativa general ni las acciones emanadas de la Direccin de Formacin y Perfeccionamiento Docente propiciaron, hasta hoy, fuertemente esta modalidad de construccin del conocimiento Los estudiantes, formados por docentes no expertos en investigar, perpetan esta matriz. Debemos sealar que existe una excepcin a esto de mucha relevancia, especialmente para el caso de la investigacin en Didctica de las ciencias naturales. La creacin del Laboratorio de Investigacin en Didctica, LID, en el IPA, en la rbita de Direccin de Formacin y Perfeccionamiento Docente, que funcion desde 1988 a 1996. Estaba conformado por Docentes de Didctica de Biologa y Qumica. La constitucin de este equipo, inici como un grupo de estudio que se nutra de los aportes de investigadores en Didctica de las Ciencias de Francia. Su lnea principal de accin fue la investigacin en la enseanza de estos campos del conocimiento, elaborando numerosos documentos desde una teora constructivista, propuestas y secuenciaciones didcticas. Los procesos de investigacin estaban en estrecha vinculacin con la prctica de enseanza. La investigacin: Aproximacin a las concepciones de los profesores de Biologa y de Qumica desarrollada en 1990-1992 explor el sistema de ideas, creencias y actitudes de los docentes con respecto a la Ciencia y a la enseanza y aprendizaje de las ciencias. La concepcin de ciencia y trabajo cientfico, hiptesis sobre aprendizaje, finalidades de la educacin secundaria y de la educacin cientfica para este nivel, qu modos de intervencin didctica privilegiaban. Se inscribe dentro de la lnea de investigacin pensamiento de profesor. La poblacin estuvo conformada por Profesores de Biologa y Qumica de liceos oficiales del pas, de 4to ao, titulares. Se realiz un muestreo probabilstico estratificado manteniendo la proporcionalidad en la representacin por asignatura, procedencia y situacin escalafonaria: 112 profesores de Montevideo, 53 de Biologa, 59 de Qumica y 167 del interior del pas (82 de Biologa, 85 de Qumica) procedentes de 68 localidades. Se recuper el 77% de respuesta- 72 profesores de Montevideo y 144 del resto del pas. Esta investigacin tuvo un impacto directo en la reelaboracin de programas de formacin docente en las Didcticas Especficas de Biologa y Qumica, y tambin en Fsica. Reconocemos con la creacin de este centro, un punto de inflexin que se empez a gestar cuando finaliz la dictadura, que tambin como veremos se dio en el resto de las instituciones educativas, organizaciones gremiales y profesionales. Un aspecto que nos parece central en relacin a las condiciones para la realizacin de estas actividades que insumen horas de trabajo, queda evidenciado en el trabajo de Corti y Ricobaldi, 2008, en la revisin que hacen de los distintos planes de formacin docente en el pas.

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    Los docentes de los institutos, no tuvieron horas rentadas ms all de las asignadas a cargas docentes directas hasta el ao 1992. El Plan 1992 para la formacin de Maestros, incluye aspectos de organizacin institucional a travs de la creacin de las Coordinaciones entre docentes de Asignaturas y reas; luego, el Plan 2005 para este mismo colectivo incorpor adems, horas de departamento para los docentes formadores con la intencin de dotar de un sustento acadmico que basado en el trabajo colaborativo propiciara, entre otros, las posibilidades de investigacin de la prctica y la realizacin de jornadas o actividades de extensin acadmica, (op. cit. pg.52). El Plan de formacin de profesores para los Centros Regionales de Profesores (6 centros ubicados en el interior del pas que comienzan a funcionar en 1997) determin condiciones laborales diferenciales para los docentes que se desempeaban en estos centros a partir de la creacin de cargos docentes, con horas aula y horas para actividades de investigacin, tutoras y extensin acadmica. A partir de esta breve resea, podemos inferir que no ha existido una poltica sistemtica, planificada, continua y a largo plazo que sustentara la investigacin, no obstante han existido desde los diferentes actores institucionales, propuestas hacia la vinculacin de la docencia con la investigacin.(op.cit. pg. 52) Reconocemos el ao 2005 como un segundo punto de inflexin en relacin al sistema educativo todo y en particular en los aspectos que hacen factible la emergencia de la investigacin en los institutos de formacin docente en su totalidad. Es el ao en que asume una nueva administracin de ANEP y tiene una poltica global de formacin y perfeccionamiento que logra cambios sustantivos. La Direccin de Formacin Docente en 2005, se propone impulsar una reforma curricular que involucra grandes transformaciones. Constituye una reforma curricular que abarca la formacin de docentes para la enseanza primaria y media (Secundaria y Tcnica) de Uruguay en el mbito pblico: Maestros, Profesores, Maestros Tcnicos. La formacin de docentes se concibe como un trayecto de etapas de grado y postgrado y perfeccionamiento. Se propician transformaciones institucionales, organizacionales y legales que permitan la paulatina transformacin de instituciones educativas terciarias no universitarias a las de instituciones de carcter terciario universitario, lo que supone adems del ejercicio de actividades de enseanza en la funcin docente, el desarrollo de actividades de investigacin y extensin propio del funcionamiento de este nivel. Toda institucin universitaria es un centro formador, productor de nuevos conocimientos y de su difusin, generadora de transformacin y cambio social. Las actividades de investigacin constituyen en la actualidad un desafo para estas instituciones. Consisten en un campo de accin y formacin casi inexplorado o en su defecto con momentos de avance y retroceso que comienzan a consolidarse en nuestras instituciones a partir de la implementacin del Sistema Nacional de Formacin Docente, Plan de Estudios 2008 Corti, Ricobaldi, 2008, pg. 53 Una innovacin muy importante la constituye la creacin de Departamentos Acadmicos, con los que se propone lograr el trabajo conjunto de docentes a la vez que integrar a los alumnos en diversas instancias a estos equipos de trabajo.

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    Las funciones a las que deben atender los Departamentos son la Enseanza, la Investigacin y la Extensin. El proyecto delinea las formas de gestin y su estructura interna. Esta nueva forma organizacional tiene incidencia en la creacin de nuevos cargos, como por ejemplo de los Coordinadores Nacionales, como as tambin horas de Departamento para realizar otras actividades a las tradicionales de docencia directa. Se han realizado a la fecha, 3 Encuentros Nacionales de docentes de Fsica, (el ltimo celebrado los das 23, 24 de noviembre de 2012) y se han comenzado a realizar publicaciones de los distintos departamentos, en el caso de Fsica, 2, en ellos se presentan artculos de divulgacin de corte disciplinario, otras temticas afines y de investigacin didctica. Las distintas Salas se han reunido en forma sistemtica, se han constituido algunos equipos de trabajo, en grado variable, y en lo personal hemos desarrollado en esa modalidad nuestras primeras investigaciones. Tambin debemos sealar que se han llevado a cabo llamados a Concurso de Mritos y Oposicin tanto para Coordinadores Nacionales, como para la efectivizacin de docentes, en el caso de la formacin de docentes del nivel medio en las Didcticas de todas las especialidades, con lo que se logra mayor estabilidad laboral y concentracin de la carga horaria laboral lo que contribuye a una posibilidad de mayor dedicacin profesional. Estos concursos fueron efectuados durante los aos 2009-2010. Esto mejora en parte, un problema importante de cobertura de cargos docentes en los institutos de formacin docente. Es muy elevado el nmero de docentes con escasa dedicacin a la formacin docente predominando la situacin del mltiple empleo. El nmero de docentes efectivos es muy bajo siendo cubiertos la mayora de las horas por llamado a aspiraciones ao tras ao. Esta forma de reclutamiento de docentes debe ser revisada y sustituida ya que no permite la consolidacin de equipos de trabajo. Para ilustrar estos aspectos en relacin a nuestro centro de trabajo, IPA, instituto de profesores de Montevideo, presentamos datos extrados del Censo Nacional Docente, 2007, ANEP (ltimo publicado): Dedicacin horaria semanal del plantel docente: 45,3% inferior a 10, 25,4% entre 11 y 20, y con 41 horas y ms (que podramos considerar de alta dedicacin), 5,4%; Insercin Laboral: El 83,2 % de los docentes tienen cargo de carcter interino, 12,9% son suplentes y 3,9% son titulares. Se ha generado una lnea de apoyo financiero para eventos, cursos, presentaciones en encuentros congresos en Uruguay y en el exterior que se puede solicitar al CFE 2 veces al ao. Lo que constituye un avance aunque insuficiente. Los docentes realizan sus cursos de formacin cuando terminan sus extensas jornadas laborales. Todos los centros de formacin de docentes pblicos del pas quedaron bajo la rbita del Consejo de Formacin Docente (tanto de grado como de perfeccionamiento y actualizacin docente). El Centro de Capacitacin Docente se refunda como Instituto de Perfeccionamiento y Estudios Superiores, IPES. Realiza un importante cambio en el nfasis en relacin a capacitacin de docentes en cursos breves e instrumentales hacia la formacin permanente de posgrados, diplomas y maestras, para lo cual, se firm un convenio de cooperacin con UdelaR a efectos de su realizacin conjunta. Esto resulta fundamental, ya que ANEP, no puede expedir ttulos de posgrado. En primera instancia la fase de diplomas, que est por culminar en el ao prximo 2013 y en la segunda etapa la fase de maestra. La cooperacin entre la ANEP y la UdelaR es esencial para estructurar un Sistema Nacional de Educacin Pblica capaz de ofrecer a todos los ciudadanos la posibilidad de educarse a lo largo de

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    toda la vida, condicin necesaria para el desarrollo humano y para el desarrollo del pas. La formacin terciaria, universitaria o no, es considerada un derecho humano fundamental (Garca, M., en ANEP- CODICEN, 2010, pg. 131). La educacin terciaria concebida como derecho humano y bien pblico demanda que el Estado garantice este derecho, en consecuencia ambos entes deben trabajar complementariamente desde sus fortalezas institucionales: la potencialidad acadmico disciplinar de la UdelaR y a las fortalezas en lo pedaggico- didctico y de prctica docente de la ANEP (op.cit., pg. 137). Para esto se instrument una Comisin Mixta que comenz a funcionar en 2005 y que culmin en la aprobacin de 7 posgrados: Diploma en Educacin y Desarrollo, en Didctica para la Enseanza Primaria, en Didctica para la Enseanza Secundaria, en Educacin Ambiental, en Especializacin en Geografa, Especializacin en Fsica y Gestin de Centros Educativos, todos en desarrollo con sus primeras cohortes de estudiantes salvo el de Fsica. Aprobados en 2011, 2012. Quisiramos hacer referencia a la magnitud de lo que implica esta primera oferta de formacin pblica de este nivel en general y de la Didctica para la Enseanza de las Ciencias en especial en el nivel medio, indito en el pas, como contribucin a la democratizacin educativa, a la profesionalizacin docente, al desarrollo de conocimiento para el pas. Esta preparacin brinda la formacin necesaria para llevar a cabo investigacin en las didcticas especficas. A partir de datos recabados por el Sistema de Recopilacin Estadstica de Iberoamrica, en el ao 1980, en Amrica Latina haba 4 estudiantes de postgrado por cada 10.000 habitantes, lo que representaba el 2 % respecto al total del alumnado de educacin superior, en una gran variedad de especializaciones e instituciones. Estas cifras eran muy bajas en relacin a otras regiones; por ejemplo en el mismo ao, Estados Unidos tena 16 estudiantes por cada 10.000 habitantes. Segn datos del ao 2000 en base a documentos de ONU, UNESCO, BID, CRESALC y otras fuentes, Uruguay tena 5,7 estudiantes de nivel cuaternario por cada 10.000 habitantes. Se llevaban a cabo en tres instituciones, dos de las cuales eran privadas como en el caso anterior en una variada gama de especializaciones, desarrolladas en mbitos pblicos y privados. Cruz, V., Milln, S.(Comisin Editorial), 2002. Creemos que estos nmeros hablan por s solos lo que representa el diseo y puesta en marcha de esta propuesta curricular para el pas. Es de destacar, que IPES, continu tambin desarrollando cursos de duracin variable en distintos programas, formacin de directores, inspectores, perfeccionamiento en diversas reas que se considera imprescindible desarrollar. Por ao, en promedio, realizan diversas actividades de formacin ms de 11.000 docentes. En especial sobre Investigacin Educativa propuestos a todo el colectivo docente de los diferentes subsistemas. En el Plan de Trabajo aprobado, en lo referente a la investigacin se seala que se debe dar un especial lugar a la produccin de conocimiento ya que el espacio de la investigacin educativa est casi virgen en nuestro pas Se realiza en 2007 el primer llamado a presentacin de Proyectos de Investigacin Educativa Concursables para docentes de Centros de Formacin Docente. Las lneas de investigacin estaban referidas a la Didctica para el nivel medio, los sujetos de la educacin, derechos humanos y educacin, historia de la formacin docente.

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    Esta modalidad se repite en el 2009, solicitando proyectos inscriptos en didctica para la educacin media, tcnica superior, primaria en Ciencias Sociales, Naturales y Artsticas, Nuevas Tecnologas y Gestin. Estos proyectos contaban con un seguimiento mensual por equipos tcnicos que luego evaluaban la calidad de su produccin para su publicacin. De esto surge una publicacin en relacin al primer llamado, encontrndose disponibles en el Portal de ANEP Uruguay Educa. En estos trabajos, encontramos investigaciones en didctica de la Biologa, Fsica en lo que respecta a enseanza de las ciencias naturales. Se realizaron tambin dos llamados a equipos de investigacin que funcionaron y en la actualidad funcionan en el IPES a efectos de fortalecer los posgrados y eventualmente generar lneas de trabajo acordes con estos como tambin constituir el plantel de tutores que orientan los trabajos finales de los posgrados. Debemos mencionar que no se ha desarrollado en este marco, investigaciones referidas a la enseanza de las ciencias. Es preciso destacar que la formacin en investigacin como las condiciones de trabajo son las que efectivamente propiciarn que los docentes de formacin docente puedan desarrollarlas. Para que el docente realice investigacin se requiere, en mi opinin, de dos condiciones formales: a) disponer de tiempo y condiciones materiales (servicio de biblioteca especializada, lugar de trabajo ad- hoc, apoyos secretariales y de cmputo) que permitan realizar las diversas tareas que implica un programa de investigacin, y b) una formacin y ejercitacin en el oficio de investigar- que es diverso al oficio de ensear. Innegablemente que adems de las condiciones formales se requiere contar con aquellas que apuntan a lo sustantivo del trabajo de indagacin: un manejo amplio de la informacin que involucra el tema que se trabaja, la formulacin de una serie de interrogantes fundamentados y originales reconociendo que no hay respuestas creativas, donde no existen preguntas que alientan la creacin Daz Barriga, 2000, pg. 143. Estos grandes avances que han constituido un conjunto planificado de estrategias de avance sustantivo de la educacin toda y en especial de la formacin docente ha quedado estatuida como poltica educativa de largo alcance a travs de la Ley General de Educacin N 18.437, aprobada por el Parlamento el 10 de diciembre de 2008. Se jerarquizarn las publicaciones e investigaciones realizadas por docentes (Art. 69 inc. 4). Tambin se legisla la creacin del Instituto de Nacional de Evaluacin Educativa, en cuyos cometidos tambin est favorecer la investigacin (Art. 118, inc. 5). La investigacin educativa en general y la investigacin en didctica ha empezado a consolidarse desde los niveles macro meso y micro institucional. Segundo abordaje Quisiramos aunque sea someramente presentar lo que se ha generado en otros mbitos, instituciones y asociaciones para propiciar la investigacin en educacin en Uruguay. Como ya mencionamos el primer punto de inflexin se haba producido con la culminacin de la dictadura y la restauracin del gobierno republicano y parlamentario en que la ciudadana recupera sus plenos derechos y recompone sus estructuras participativas en todos los rdenes del quehacer poltico, cultural y social. La discusin y elaboracin de espacios de desarrollo profesional, de bsqueda y mejora de la educacin del pas se produce en todos los mbitos.

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    Destacamos durante los aos 1987,1988 y 1989 la creacin de las Asociaciones de Profesores de Biologa, Qumica y Fsica respectivamente. Quienes desde 1995 comparten una misma sede, siendo sus pginas web: www.apb.com; www.adeq.org; ww.apfu.com. Estas asociaciones, en distintos grados, realizan una serie de actividades tendientes al mejoramiento de la enseanza de las ciencias naturales de modo que sea ms significativa y eficiente en todos los niveles educativos y promover el estudio y la investigacin y contribuir al perfeccionamiento docente. Entre sus actividades se destacan cursos, en caso de Biologa organizacin de salidas de campo, congresos bi anuales, mientras que Qumica y Fsica los celebran en forma anual, los tres cambiando la sede ao a ao procurando realizarlos en distintas localidades del pas. Estos vienen celebrndose desde 1990 y tienen carcter nacional e internacional. Las tres asociaciones tienen publicaciones peridicas siendo la de Fsica la que se ha producido desde 1993 en forma ininterrumpida. Su Consejo Editor suele estar integrado tanto por Profesores de Fsica de Secundaria como por Doctores en Fsica de Facultad de Ciencias de UdelaR. La revista presenta artculos de profundizacin en conocimientos de fsica de nivel acadmico de excelencia, que a veces la redaccin solicita a expertos. Se presentan experiencias de innovacin y en general un artculo referido especficamente a la didctica de la fsica, en esta seccin muchas veces publican autores extranjeros. Para el ao prximo proyecta realizar en el interior del pas cursos sobre investigacin educativa. Estas asociaciones difunden entonces innovaciones, propuestas pedaggicas e investigaciones a travs de mltiples instancias. Constituyen instancias ricas de intercambio y de enriquecimiento a un necesario desarrollo de un dilogo comn y de la mayor difusin de conocimientos que mejoren nuestro trabajo profesional y la enseanza en nuestras aulas. Un eje clave para hacer posible la investigacin lo habamos situado en la formacin especfica en investigacin en educacin. Esto se ha producido tambin a travs de otras ofertas educativas. Las primeras que se desarrollan son en el mbito privado pero en la ltima dcada comienzan a aparecer en la Universidad de la Repblica donde los docentes egresados de formacin docente pueden ingresar. Como antes vimos, la propuesta del IPES se focaliza a la temtica de la enseanza de las ciencias. En el mbito privado se han desarrollado una serie de propuestas, siendo una relativamente prxima, las dems, son posgrados orientados a la investigacin educativa, donde luego cada docente, profundiza en sus temticas de inters, y reas especficas en las elaboraciones de tesis. La primera posibilidad de realizar estudios de posgrado en Uruguay surgi en 1989 en la Universidad Catlica del Uruguay en convenio con la Universidad Catlica de Lovaina. Este programa fue el primero en admitir egresados de los centros de formacin docente y se inscribi en una poltica de apoyo a una reforma curricular de colegios catlicos en los que se estableci una estrategia de conjunto de elaboracin participativa de un diseo curricular base con asesoramiento de doctores en educacin, formacin de directores y talleres de perfeccionamiento docente tanto para Primaria como para Secundaria en Ciencias Naturales que desarrollamos all durante los aos 1990 1992. Tambin desde esta institucin se realizaron en estos primeros aos de salida de la dictadura Congresos de Educacin Nacionales. Los primeros egresos de esta Maestra datan de 1994. www.ucu.edu.uy Otra oferta privada es la de la Universidad ORT que ofrece una Maestra en Educacin. Plan 2002. Primera tesis 2004. A partir de julio de 2012 ofrece un Doctorado en Educacin. www.ort.edu.uy

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    Las dos instituciones antedichas son las de mayor matrcula a nivel de universidades privadas pero se encuentran a nivel privado 2 ofertas ms: En el instituto Universitario CLAEH, destacamos dos programas, una Maestra en Didctica para Educacin Primaria (2004) y una Maestra en Educacin Secundaria (2006). Esta Maestra es la que est ms vinculada a la Didctica desde el punto de la epistemologa de las disciplinas, en especial para Primaria. La otra oferta educativa en el nivel del posgrado es la de la Universidad de la Empresa, que tiene desde el 2008 una Maestra en Educacin y un Doctorado en Educacin del que en el 2012 tuvieron sus primeros egresos. La oferta pblica en materia de orientacin educativa es la siguiente: Facultad de Qumica, UdelaR Maestra en Qumica . Orientacin Educacin en Qumica. Plan 2004. Este programa admite docentes de qumica egresados de los centros de formacin docente. Doctorado en Qumica. Orientacin Educacin en Qumica. Plan 2004.Una Especializacin y Maestra en Educacin Superior. Plan 2008. Las UdelaR ha desarrollado en los ltimas dcadas una especial atencin por la temtica de la enseanza constituyendo equipos de trabajo para atender a esta temtica. De acuerdo con nuestra rea de inters, nos hemos contactado con algunas de ellas directamente vinculadas a las ciencias naturales. Destacamos en especial, el trabajo desarrollado por la Unidad de Enseanza de la Facultad de Ingeniera, inicia en 2001. Ofrece cursos de formacin y acompaamiento mediante tutoras a los docentes que soliciten asesoramiento para implementar proyectos o mejorar sus cursos as como cursos de actualizacin en didctica de las ciencias, evaluacin. Sus investigaciones estn orientadas a la formacin de docentes a travs de un modelo investigacin accin con tutora y a la evaluacin del plan de estudio y seguimiento de estudiantes. Tambin abordan la posible relacin entre los procesos motivacionales y el rendimiento acadmico de estudiantes de ingeniera. Con estos insumos adecan una propuesta educativa que contempla la atencin a la diversidad. La pgina web ofrece a libre consulta investigaciones, tesis vinculadas a la enseanza de las ciencias as como artculos de inters. www.fing.edu.uy/uni_ens. La Unidad de Enseanza de Qumica , inicia en 1998. Realiza diagnsticos de situacin de enseanza y aprendizaje en esta facultad. Presentan una lnea de Investigacin: seguimiento de plan de estudios y modelado estadstico de datos. Brindan servicio de apoyo en temas de enseanza. Asistencia tcnica en temas de enseanza. Evaluacin de la funcin docente en la funcin de enseanza. Anlisis del rendimiento acadmico. Se ofrecen cursos para docentes sobre estadstica, diseo y correccin de pruebas de mltiple opcin y planificacin educativa. La Unidad de Enseanza en Ciencias, inicia en 2003. Ha realizado investigacin educativa vinculada a la evaluacin y validacin de pruebas parciales de opcin mltiple de un curso de biologa, de primer ao. Realizan cursos de actualizacin docente, apoyo a tareas docentes, seguimiento y apoyo estudiantil. El Departamento de Educacin de Veterinaria, que inici sus actividades en 1987 brinda asesoramiento y formacin de docentes en aspectos didctico- pedaggicos, planificacin de cursos, proyectos de enseanza, talleres de iniciacin a la enseanza universitaria y cambios curriculares.

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    Por ltimo queremos destacar la creacin de un grupo de investigacin en enseanza de las ciencias naturales dentro del Departamento de Investigacin Educativa de la revista Quehacer Educativo de la Federacin Uruguaya de Magisterio. Las que se han preparado realizando curs os sobre investigacin educativa y supervisan los trabajos de investigacin con investigadores experientes quienes presentan en marzo una investigacin sobre la concepcin de ciencia que tienen nios escolares uruguayos a travs de las representaciones que explicitan del cientfico y su contexto. Anlisis de las investigaciones recabadas Desde hace dos dcadas aproximadamente se empiezan a registrar investigaciones en enseanza de las ciencias, su nmero empieza recin a incrementarse en el ltimo quinquenio, lo que se corresponde con las distintas condiciones laborales e incentivos que comienzan a desarrollarse fundamentalmente en formacin docente. La disponibilidad de horas de Departamento ha propiciado el trabajo en distintos centros de formacin de todo el Uruguay. En estas instituciones parece operarse la constitucin de dos lneas de investigacin relacionadas con dos importantes proyectos que tiene el sistema educativo. Una se enmarca en el Plan Ceibal, iniciado en 2007 a iniciativa de Presidencia de la Repblica; la sigla CEIBAL significa Conectividad Educativa de Informtica Bsica para el Aprendizaje en Lnea. Lo que ha incrementado el anlisis de la inclusin de TIC a las aulas tradicionales y ubicuas, en particular para ciencias naturales, el trabajo con sensores (que en el caso de Fsica inicia a inicios de la dcada del 90) con la potencialidad que brindan los computadores portables para cada estudiante del ciclo escolar y medio. A travs de este Plan, Uruguay ha abatido la brecha de acceso digital para nios, nias y adolescentes que asisten al sistema pblico primario y medio a nivel nacional ya que ha otorgado un computador a cada estudiante como as a muchos de sus docentes. Requiere investigacin el uso didctico que se est haciendo de ellas, como tambin generacin de conocimientos que las conviertan en herramientas para potenciar procesos colaborativos dentro del aula, mejores niveles de aprendizaje y desarrollo de habilidades cognitivolingsticas. La otra lnea que se est generando es la de estrategias de apoyo y desarrollo profesional de profesores nveles. Este acompaamiento de maestros y profesores en sus primeras experiencias de insercin laboral ha sido impulsada por el CFE, OEI y la AECID, Agencia Espaola de Cooperacin Internacional para el Desarrollo. Existen investigaciones de diversa naturaleza. Algunas se inscriben en el marco de programas acadmicos, es el caso de las tesis de Maestra, otras responden a iniciativas independientes de docentes a nivel individual o en pequeos grupos que elaboran intervenciones educativas y las evalan aportando reflexin sobre estrategias de enseanza implementadas en distintas aulas. En ambos casos, los docentes, salvo excepciones, no cuentan con ningn apoyo financiero para emprenderlas. Las principales lneas que se siguen investigando hasta la fecha son: Concepciones alternativas Por ejemplo, relevamiento de concepciones en distintas temticas que ponen de manfiesto estudiantes del ciclo medio y estudiantes de magisterio. Filosofa de las ciencias

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    Ejemplos, concepciones sobre la naturaleza de la ciencia y trabajo cientfico, imagen del cientfico y la produccin de conocimiento. En nios de escuela, en estudiantes del rea Cientfico - Tecnolgica Los aportes de la naturaleza de la ciencia a la formacin de los jvenes. Resolucin de problemas y actividades experimentales (salidas de campo, trabajo de laboratorio) Tecnologas de la Informacin y la Comunicacin Ejemplos, uso de celulares, cmaras digitales, correos electrnicos, redes sociales, blogs, sensores (construccin, aplicacin), plataformas para instancias virtuales, uso de foros. Formacin del profesorado (en sus distintos trayectos) Ejemplos, el Diario del practicante (indagacin de dilemas, intereses, concepciones y procesos de aprendizaje); como herramienta de intervencin. Pensamiento del Profesor Ejemplos, concepciones de estudiantes de profesorado y profesores en ejercicio sobre enseanza, aprendizaje y ciencias; Percepciones del profesor acerca de la buena enseanza en el nivel de formacin docente; Prcticas docentes y las buenas prcticas de los profesores Ejemplos, el manejo didctico del error en clases de primer ciclo para favorecer la comprensin de los estudiantes. Las buenas prcticas en profesores de secundaria y nivel universitario de Biologa. Las habilidades cognitivolingsticas Escribir y leer en ciencias Los trnsitos interniveles De Primaria a Secundaria; De Secundaria a Universidad. Libros de texto Evaluacin Conclusiones Constatamos la dispersin y heterogeneidad de produccin en el campo de la investigacin en enseanza de las ciencias. Si bien nos ha resultado accesible contactarnos con los autores o tener referencia de ellos no lo ha sido del mismo modo reunirnos con los reportes de sus investigaciones. En algunos casos s ha sido posible acceder a la totalidad del trabajo, cuando estos estn digitalizados, aspecto que constituye una gran ventaja para su difusin. Quizs esto que acabamos de sealar contribuya a que la casi totalidad de los trabajos, tanto en antecedentes como en los marcos tericos, no hacen mencin a trabajos producidos en Uruguay. La creacin de bases de datos e interconexin de las ya existentes podra potenciar la difusin de trabajos de muy buena calidad que se han realizado que se difunden en circuitos reducidos. El reconocimiento de autores, de equipos de trabajo coadyuva a construir una comunidad acadmica

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    nacional. Mejorar la comunicacin resulta imprescindible para acceder al conocimiento de lo que estn reflexionando y generando otras instituciones o grupos, aspecto que en el presente est fragmentado y parcelado. Existen equipos investigacin y se empiezan a tejer redes de cooperacin tanto interinstitucionalmente como tambin extra institucionalmente dentro de formacin docente como con otras instituciones educativas nacionales e internacionales (Convenio ANEP- Universidad de San Martn), encuentros en y trabajos interdidcticos, colaboracin con UdelaR (tutoras, proyectos conjuntos). Avances Como ya hemos dicho, la creacin de Departamentos potencia las posibilidades de articulacin y coordinacin entre distintos actores e instituciones, como en el caso de Biologa que se propone fomentar a nivel nacional el desarrollo de una lnea de investigacin relacionada a la actividad experimental. Se ha producido un avance en el reconocimiento del estatus epistemolgico de la didctica de las ciencias naturales como campo de estudio e investigacin. La creacin de la ANII en 2007(Agencia Nacional de Investigacin e Innovacin) que promueve la investigacin en las ms diversas reas, la reciente creacin de la Academia Nacional de Ciencias, ( cuya Primera Jornada se realiz el 3 de diciembre de 2012), colaboran a la valoracin a nivel nacional de la investigacin en ciencias a la vez que le brindan oportunidades de materializarla. Oportunidades La transformacin de los centros de formacin docente de instituciones de nivel terciario no universitario a institutos universitarios, genera las condiciones para que se desarrollen investigaciones acerca de la enseanza y aprendizaje de las ciencias, mbito natural donde se deben desarrollar ya que este es y ser siempre su objeto de reflexin y accin. El crecimiento y fortalecimiento de una comunidad acadmica que va adquiriendo una cultura de la investigacin, que conlleve a la vinculacin entre innovacin e investigacin en didctica de las ciencias. Existen mbitos diversos de expresin, los distintos centros de formacin tienen revistas especializadas, tambin existen las publicaciones de los Departamentos como tambin de otras instituciones nacionales e internacionales en las que los investigadores uruguayos pueden comunicar sus trabajos. Dificultades Si bien la generacin de horas de Departamento ha permitido disponer de tiempo rentado para actividades de investigacin estas en general resultan insuficientes. Existe una multiplicidad de actividades que se espera sean realizadas en este tiempo (coordinacin con colegas, asesoramiento a estudiantes, actividades de extensin). Por otra parte, estas horas son asignadas de modo proporcional a las horas de docencia directa y no a proyectos de investigacin.

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    Los rumbos variables en materia de poltica educativa, que ocurren cada 5 aos en los cambios de gobierno, no colaboran con una perspectiva de mediano y largo plazo como requiere la educacin. Aunque se han iniciado procesos que parecen colocar cimientos firmes al respecto. Proyeccin Los logros obtenidos solo sern posibles de considerarse tiempos rentados exclusivamente para investigacin. Se requiere mejorar los niveles en general de comunicacin y difusin de investigaciones, equipos de investigadores, que permitan tener un panorama del conocimiento que se est produciendo en el pas, en las diferentes instituciones. El reconocimiento pblico de autores contribuye a la conformacin de la comunidad cientfica as como a la necesaria cultura de investigacin en la comunidad educativa en general. Ser necesario profundizar los intercambios entre instituciones y grupos de investigadores y continuar con la poltica de posgrados, diplomas, maestras y doctorados en Didctica de las Ciencias Naturales recientemente iniciado en el pas. A modo de sntesis Uruguay ha emprendido una de las reformas curriculares ms profundas en el nivel de la formacin docente en nuestra historia. Las transformaciones propuestas son estrategias pertinentes para los desafos que nos hemos trazado como sociedad en relacin a la formacin de los futuros docentes y al lugar que esperamos que ocupen en la educacin formal. En su conjunto, esta propuesta constituye un importante hito en relacin a la bsqueda de democratizacin, transparencia en la construccin del sistema educativo. Afronta problemas de larga data en relacin a la formacin de docentes en Uruguay, racionaliza esfuerzos, que consideramos generaron las condiciones para la investigacin en enseanza de las ciencias. La caracterizaramos como indispensable, incipiente e instalada en el ideario colectivo como una referencia para la toma de decisiones en educacin y para prcticas de enseanza que promuevan potentes entornos y oportunidades de aprendizaje. Los recorridos dejaron huellas, senderos que se hacen caminos. Bibliogrfia ANEP, 2007. Censo Nacional Docente, 2007. CODICEN, Montevideo, Uruguay. ANEP, 2008. Sistema nico Nacional de Formacin Docente 2008. Documento Final. www.dfpd.edu.uy ANEP, CODICEN. Direccin de Formacin y Perfeccionamiento Docente. rea Perfeccionamiento Docente y Estudios Superiores, s.a: Plan de trabajo 2008. Posgrados. Maestra y Diploma en Didctica para la Enseanza Media en Historia, Geografa, Biologa, Qumica, Fsica y Sociologa. Reglamento de llamado a aspiraciones a cargos de Coordinadores Acadmicos de Posgrados.

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    Basilio, J., Rodrguez, M., 2009. Historia de la Formacin Docente en el Departamento. En busca de un tiempo perdido. No hay identidad sin historia ni historia son documentos.pp. 3-17. En: Formacin Docente Investiga. Concurso de Proyectos de Investigacin Educativa. ANEP-CODICEN. CODICEN, 2010. Una transformacin en marcha. Polticas instrumentadas por el CODICEN. 2005-2009. CODICEN, Montevideo, Uruguay. Comisin de Seguimiento y Evaluacin, 2008. Primer Informe- Salas Docentes IPA. Documento de Trabajo, sin edicin. Corti, V., Ricobaldi, M., 2008. Reflexiones en torno a Didctica y Prctica en la formacin de docentes. Temas 1. Revista del Centro Nacional de Informacin y Documentacin. Pp-55-76. Cruz, V., Milln, S. (Comisin Editorial), 2002: Programa de Calidad de la Formacin Avanzada. Gestin de Calidad del Postgrado en Iberoamrica. Experiencias nacionales. Salamanca, Ediciones AUIP. Daz Barriga, A., 2000. La investigacin en el camp de la didctica. Modelos histricos. Congreso Internacional de Educacin. Educacin, Crisis y utopas(133-147). Universidad de Buenos Aires. Buenos Aires. Aiqu Grupo Editor. Gonzlez, J., Galindo, N., Galindo, J., Gold, M., 2004: Los paradigmas de la Calidad Educativa. De la autoevaluacin a la acreditacin. Mxico D. F., Unin de Universidades de Amrica Latina UDUAL, Instituto Internacional para la Educacin Superior en Amrica Latina y el Caribe-IESALC- de la UNESCO, Servicios Grficos, S. A. Luaces, M., 2002. Primeras Salas de Reflexin Acadmicas de los docentes del IPA. Montevideo, MEMFOD. Presidencia de la Repblica Oriental del Uruguay, 2008. Ley General de Educacin. www.leyeducacion.mec.gub.uy Sanz, V., 2008. Tendencias en la produccin de conocimiento en Uruguay desde la investigacin educativa (1997-2007). Temas 1. Revisgta del Centro Nacional de Informacin y Documentacin. Pp. 77- 107. Zabalza, M. A., 2006. Competencias docentes del profesorado universitario. Calidad y desarrollo profesional. Madrid, Narcea S. A.

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    PIDEC: UNA EXPERIENCIA DE INVESTIGACIN EN ENSEANZA DE LAS CIENCIAS

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    Diario de Burgos9 julio 1998

    Junta Gobierno UBU

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    Programa Internacional de doctorado orientado a la formacin de

    investigadores en enseanza de las ciencias experimentales y docentes

    universitarios en estas reas.

    El marco conceptual subyacente a este Programa de Doctorado es la

    teora del aprendizaje significativo

    y la psicologa cognitiva contempornea.

    CARACTERSTICAS Y PERFIL DEL PIDEC

    NORMATIVAS DE ESTUDIOS TERCER CICLOR.D. 778/1998

    Docencia32 Crditos (2 aos)

    Reconocimiento de la capacidad investigadora

    Presentacin del Proyecto de Tesisy realizacin de la Tesis Doctoral

    Evaluacin de Cursos:Docentes y

    Coordinacin Programa

    Evaluacin:Comisin de 5 expertos(2 externos al Programa)

    Evaluacin:Comisin Doctorado UBU

    Tribunal defensa Tesis

    R.D. 163/2000

    Periodo docencia20 Crditos

    Periodo de InvestigacinSuficiencia investigadora:

    12 Crditos

    Presentacin del Proyecto de TesisPresentacin de la Tesis doctoral

    Evaluacin de Cursos:Docentes y

    Coordinacin del Programa

    Evaluacin de la suficiencia investigadora:

    Defensa ante un Tribunal(3 doctores)

    Evaluacin del Proyecto:Comisin Doctorado UBU

    Evaluacin de la Tesis Doctoral:Tribunal defensa Tesis (5 doctores)

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    PIDEC

    La modalidad de la docencia del PIDEC se ha

    caracterizado por una estructura de cursos

    intensivos, de carcter presencial

    obligatorio, desarrollados en dos periodos

    concentrados del ao, en la Universidad de Burgos.

    La fase de Investigacin y la realizacin, posterior, de las tesis doctorales se est

    realizando desde los lugares de origen con

    acompaamiento del/os director/es a distancia

    y, dentro de las posibilidades, un

    codirector(a) cercano(a).

    Licenciatura en las Ciencias Experimentales(Fsica, Qumica, Biologa, etc.) o titulacin equivalente.Expediente acadmico. Se valorar especialmente el

    nivel de formacin en contenidos bsicos de lapropia titulacin superior a nivel de postgrado.Currculum profesional relacionado con el Programa.Otros mritos.

    Nmero mximo de plazas por ao: 20

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    1. Fundamentos metodolgicos para la investigacin

    en la enseanza de las ciencias. Mtodoscuantitativos.

    2. Fundamentos tericos para la investigacin enenseanza de las ciencias. Teoras de aprendizaje.

    3. Fundamentos metodolgicos para la investigacinen enseanza de las ciencias. Mtodos cualitativos

    4. Fundamentos tericos para la investigacin enenseanza de las ciencias. Psicologa cognitiva.

    5. Fundamentos epistemolgicos para investigacinen la enseanza de las ciencias. Tendenciasepistemolgicas en ciencias.

    6. Modelos curriculares y evaluacin en la educacincientfica.

    7. Representaciones sociales y relaciones CTS en laeducacin cientfica.

    8. Nuevas tecnologas en la educacin cientfica.

    9. Resolucin de problemas y anlisis del discurso enla educacin cientfica.

    Lneas de Investigacin

    Aprendizaje significativo Representaciones mentales

    Lneas de Investigacin

    Aprendizaje de conceptos Actualizacin curricular

    Lneas de Investigacin

    Concepciones epistemolgicas Formacin del profesorado Resolucin de problemas

    Lneas de Investigacin

    Nuevas tecnologas Trabajos prcticos Representaciones sociales y enfoques CTS

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    Carcter presencial obligatorio de los cursosimpartidos en la Universidad de Burgos, endos o tres periodos, de varias semanas cadauno. Dos o tres estancias anuales en laUniversidad de Burgos, siendo el gestor delos recursos econmicos necesarios.

    Adems, el doctorando realiza dos estanciasms en la Universidad de Burgos, una parapresentar la Suficiencia Investigadora y otrapara la defensa de la Tesis Doctoral.

    Al finalizar cada periodo de cursos, eldoctorando dispone de un tiempo mnimo dedos meses para estudiar, asimilar yprofundizar en los contenidos de los cursos apartir de la documentacin y las referenciasbibliogrficas aportadas por los docentes.

    De acuerdo con las orientaciones recibidas, alos doctorandos se les solicita una memoriade cada curso realizado, como parte de laevaluacin del mismo.

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    Permanentes: Dr. Marco Antonio Moreira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil Dra. Concesa Caballero Sahelices, Universidad de Burgos, Espaa Dr. Jess A. Meneses Villagr, Universidad de Burgos, Espaa Dr. Fernando Lara Ortega, Universidad de Burgos, Espaa. Dra. Fernanda Ostermann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Dra. Eliane A. Veit, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

    Colaboradores: Dra. Marta Azucena Pesa, Universidad Nacional de Tucumn, Argentina. Dra. Ileana Greca, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Dra. Zulma Estela Gangoso, Universidad Nacional de Crdoba, Argentina. Dr. Alberto Gattoni, Universidad Nacional de Crdoba, Argentina. Dra Clia M.S.G. de Sousa, Universidade de Braslia, Brasil. Dr. Ives Araujo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Dra Sayonara Salvador Cabral da Costa, PUCRS- RS, Brasil. Dr. Luis O.Q. Peduzzi, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Dra. M Luz Rodrguez Palmero, CEAD S/C de Tfe. Mercedes Pinto, Espaa.

    DOCTORES PARTICIPANTES EN EL PIDEC

    1998-2000

    1999-2001

    2002-2004

    2004-2006

    2006-2007

    0 5 10 15 20 25 30

    1998-2000 1999-2001 2002-2004 2004-2006 2006-2007

    ESTUDIANTES MATRICULADOS EN EL PROGRAMA DE DOCTORADO

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    10%

    90%

    Enseanza Media Universidad

    NIVEL EDUCATIVO DE ENSEANZA DE LOS DOCTORANDOS

    NMERO DE ESTUDIANTES:

    Enseanza Media: 9

    Universidad: 80

    PAS DE PROCEDENCIA DE LOS ALUMNOS

    ArgentinaBoliviaBrasilColombiaChile

    EspaaMxicoPortugalPerVenezuela

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