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IV CONGRESSOBRASILEIRODE MAMONA & I Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas Incluso Social e Energia Espao Cultural Jos Lins do Rgo Joo Pessoa PB 2010 ISSN2177-6008 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Centro Nacional de Pesquisa de Algodo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento IV CONGRESSOBRASILEIRODE MAMONA & I Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas Incluso Social e Energia Anais Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva Renato Wagner da Costa Rocha (Organizadores) Embrapa Algodo Campina Grande - PB 2010 iii Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na: Embrapa Algodo Rua Osvaldo Cruz, 1143 Bairro Centenrio Campina Grande, PB CEP 58428-095 Caixa Postal 174 Fone: (83) 3182 4300 Fax: (83) 3182 4367 Home page: http://www.cnpa.embrapa.br E-mail: [email protected] Comit de Publicaes da Unidade Presidente: Carlos Alberto Domingues da Silva Secretrio-Executivo: Geraldo Fernandes de Sousa Filho Membros: Fbio Aquino de Albuquerque, Giovani Greigh de Brito, Joo Luis da Silva Filho, Mira Milani, Maria da Conceio Santana Carvalho, Nair Helena Castro Arriel, Valdinei Sofiatti, Wirton Macdo Coutinho. Superviso editorial: Geraldo Fernandes de Sousa Filho Tratamento de ilustraes: Renato Wagner da Costa Rocha, Oriel Santana Barbosa Editorao eletrnica: Renato Wagner da Costa Rocha Capa: Walmar Pessoa 1a edio (2010) Tiragem: 1000 exemplares (CD-Rom) Todos os direitos reservados A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte,constitui violao dos direitos autorais (Lei no 9.610). (Os trabalhos contidos nesta publicaoso de inteira responsabilidade de seus autores) Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Embrapa Algodo Embrapa 2010 CGPE 8561 Congresso Brasileiro de Mamona (4.: 2010 : Joo Pessoa, PB).Incluso social e energia: anais do IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Espao Cultural Jos Lins do Rgo, Joo Pessoa, PB, 7 a 10 de junho de 2010 [recurso eletrnico]/ Organizado por Odilon Reny R. F. da Silva, Renato Wagner da C. Rocha. - Dados eletrnicos. - Campina Grande, PB: Embrapa Algodo, 2010. 1 CD-ROM; 4/4pol. Promoo Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - EMBRAPA Secretaria do Desenvolvimento Agropecurio e da Pesca - SEDAP; Pro Mamona. Realizao Embrapa Algodo; Embrapa Agroenergia; Secretaria do Desenvolvimento Agropecurio e da Pesca - SEDAP. ISSN2177-6008 (Embrapa Algodo) 1. Biodiesel. 2. Biotecnologia. 3. Economia - Cadeia Produtiva. 4. Fertilidade. 5. Adubao. 6. Fisiologia. 7. Fitossanidade. 8. Irrigao. 9. Manejo Cultural. 10. Mecanizao. 11. Melhoramento Gentico. 12. Produo - tecnologia de sementes. 13. leo - Co-produtos. I. Silva, Odilon Reny Ribeiro Ferreira da, coord. II. Rocha, Renato Wagner da Costa, coord. III. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria. IV. Secretaria do Desenvolvimento Agropecurio e da Pesca. V. Embrapa Algodo. VI. Ttulo. VII. Ttulo: Incluso social e energia. CDD: 665.353 iv APRESENTAO Perspectivasanimadorassovislumbradas,noBrasileemoutrospases,parao desenvolvimentotcnico-cientficodoagronegciodamamonaedeoutrasoleaginosas energticas, incluindo o amendoim, o gergelim, o dend, o pinho manso, a canola, o girassol, a macaba e o babau. Esse desenvolvimento, certamente, contribuir para a gerao de trabalho no campo e melhoria de renda, tanto na agricultura familiar, quanto na empresarial. Por outro lado, alm do potencial para substituir os combustveis derivados do petrleo de forma sustentvel, cada vez mais intensa a utilizao deoleaginosas para gerao de novos produtos,oquedemandainformaesdiversassobreocultivoeascaractersticasqumicas desejveisdosleos,dosco-produtosedosresduos,bemcomodaspossibilidadesda integrao da produo de culturas alimentares com as de interesse energtico. Como forma de divulgar e debater os dados gerados por meio da pesquisa da mamona e de outras oleaginosas energticas, a Embrapa Algodo, a Embrapa Agroenergia e o Governo do Estado da Paraba, atravs de sua Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuria e daPesca(SEDAP),realizamnoperodode7a10dejunhoemJooPessoa(PB),oIV CongressoBrasileirodeMamona(IVCBM)eoISimpsioInternacionaldeOleaginosas Energticas(ISIOE).Oprincipalobjetivodoseventosincentivarodesenvolvimentodo agronegciodamamonaedeoutrasoleaginosasenergticas,potencializandoaproduode leos na regio Nordeste, bem como no restante do Brasil e nos pases vizinhos. Acomunidadecientficabrasileira,comprometidacomoavanotecnolgicodessas culturas, submeteu mais de 400 trabalhos, dos quais 399 foram selecionados para apresentao e agrupados em 12 sees temticas: Biodiesel (35 trabalhos), Biotecnologia (18), Economia e CadeiaProdutiva(16),Fertilidade(79),Fisiologia(21),Fitossanidade(13),Irrigao(20), ManejoCultural(65),MecanizaoAgrcola(02),MelhoramentoGentico(51),leoe coprodutos(30)eSementes(49).Destestrabalhos,198seroapresentadosnaformaorale 201emformadepsteres.Umtrabalhoemcadareaserpremiado,considerando-sea relevncia do mesmo para o agronegcio das oleaginosas energticas no pas. v OIVCBMeoISIOE,almdedivulgaremasltimaspesquisasetecnologias desenvolvidas,proporcionaroqueosmembrosdacadeiaprodutivadessasoleaginosas, assistam a trs conferncias, 41 palestras e optem por um entre seis minicursos oferecidos. As palestrasseroposteriormentedisponibilizadasnostioeletrnicodoCongresso (www.cbmamona.com.br),assimcomoosartigoscientficos,quealmdeentreguesemCD-rom aos congressistas, ficaro tambm disponibilizados no stio do evento. AcomissocientficadoIVCBMagradeceatodosospesquisadores,professores, cientistas,profissionais,empresrioseestudantesdedicadosgeraodeinformaes, processos e tecnologias para a cadeia das oleaginosas energticas, que disponibilizaram os seus trabalhosparaapresentaonestecongresso,bemcomoaospesquisadoresqueparticiparam das anlises dos trabalhos submetidos, Esperamos que este evento seja profcuo e atenda plenamente s expectativas de todos os congressistas. Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva CoordenadorComisso Cientifica vi PALAVRA DO PRESIDENTE ComgrandehonrapresidimosoIVCongressoBrasileirodeMamonaeoISimpsio Internacional de Oleaginosas Energticas,cujo tema geral Incluso Social e Energia, a serem realizadosnoEspaoCultural,nacidadedeJooPessoa,acolhedoracapitaldoestadoda Paraba.Esteseventospermitiroamelhoriadoconhecimentoemtodososelosdascadeias produtivas de vrias oleaginosas, tais como a mamona, o algodo, o gergelim, o amendoim, o girassol e a canola, entre outras culturas de tecnologias incipientes, a exemplo do pinho-manso e da macaba. Nos eventos, sero ministrados minicursos, palestras e conferncias, bem como apresentaesdecentenasdetrabalhostcnicoscientficos,abordandoosavanos tecnolgicos nas principais culturas, com foco nas polticas pblicas direcionadas agroenergia noBrasil,inserodaagriculturafamiliarnaproduodeoleaginosasparaaproduode biodiesel,comofontesdeleoparabiocombustveis,especialmenteimportantescomo impulsionadoras das trs usinas de biodiesel que sero instaladas neste Estado. Contamos com avalorosapresenadetodos,quandoapresentamososdesejosdeboas-vindasaos participantes. Jos Targino Maranho Presidente do IV CBM e I SIOE Governador do Estado da Paraba vii COORDENAO Comisso Organizadora J os Targino Maranho (Governador do Estado da Paraba) Presidente Napoleo Esberard de Macedo Beltro (Embrapa Algodo) Vice-presidente Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva (Embrapa Algodo) Coordenador Geral Jos Manuel Cabral S. Dias (Embrapa Agroenergia) Hlio Fernandes de Souza (SEDAP) Lenildo Dias de Morais (Embrapa Transferncia de Tecnologia) Maria Auxiliadora Lemos Barros (Embrapa Algodo) Nair Helena Arriel (Embrapa Algodo)Ronaldo Torres (SEDAP) Waltemilton Vieira Cartaxo (Embrapa Algodo) Comisso Financeira Maria Auxiliadora Lemos Barros (Embrapa Algodo) Waltemilton Vieira Cartaxo (Embrapa Algodo)Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva (Embrapa Algodo) Lenildo Dias de Morais (Embrapa Trasnferencia de Tecnologia) Comisso Cientfica Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva (Embrapa Algodo) Coordenao Geral Renato Wagner da Costa Rocha (Embrapa Algodo) Secretaria Executiva Mira Milani (Embrapa Algodo) Coordenao de Minicursos e Reviso Tcnica Revisores Adhocs Alder Emdio de Arajo Dartanh J os Soares J oo Luis da Silva Filho J os Renato Cortez Bezerra Liziane Maria de Lima Luiz Paulo de Carvalho Mira Milani Napoleo Esberard de Macdo Beltro Odilon Reny Ribeiro Ferreiro da Silva Rosa Maria Mendes Freire Tarcsio Marcos de Souza Gondim Valdinei Sofiatti viii PARCEIROS INSTITUCIONAIS Promoo Embrapa SEDAP / Governo da Paraba Pro Mamona Realizao Embrapa Algodo Embrapa Agroenergia SEDAP / Governo da Paraba Patrocnio Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA),Ministrio do Desenvolvimento Agrrio (MDA),Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT)Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis (ANP) Banco do Nordeste do Brasil (BNB) Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), Petrobrs Biocombustvel (PBIO) Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas Paraba (SEBRAE-PB) Superintendncia de Desenvolvimento do Nordeste - (SUDENE)Universidade Estadual da Paraba (UEPB) Agncia de Turismo Oficial Internacional Turismo J PA Hotel Credenciado Hotel Imperial ix SECRETARIAS EXECUTIVAS Inscries e Logstica (Comercial) Carla Sueli da Silva Gameleira Dalva Maria Almeida Silva Francicleide Barbosa Costa Tramitao e Editorao de Trabalhos (Cientfica) Oriel Santana Barbosa Renato Wagner da Costa Rocha COMUNICAO E MARKETING Assessoria de Imprensa e Divulgao do IV CBM e I SIOE Daniela Garcia Collares (Embrapa Agroenergia) Fbia Carolino (SEDAP) Ramiro Manoel Pinto Gomes Pereira (Embrapa Algodo) Site do IV CBM e I SIOE www.cbmaona.com.br Walmar Pessoa Anais do IV CBM e I SIOE Embrapa Algodo Edio Walmar Pessoa Design CD-Rom Livro de Resumos VII CBA Embrapa Algodo Edio Grfica JB Impresso Mdia e Publicidade ADA Comunicao Arte grfica e layout x SUMRIO Folha de Rosto i Ficha Tcnica e Catalogrficaiii Apresentao iv Palavra do Presidente vi Coordenao vii Parceiros Institucionais viii Secretarias Executivas ix Comunicao e Marketing ix RESUMOS EXPANDIDOS (por rea temtica) Biodiesel (BID)1 204 Biotecnologia (BIT)205 310 Economia e Cadeias Produtivas (ECP)311 404 Fertilidade e Adubao (FER)405 833 Fisiologia (FIS)834 951 Fitossanidade (FIT)952 1025 Irrigao (IRR)1026 1145 Manejo Cultural (MAN)1146 1514 Mecanizao (MEC)1515 1526 Melhoramento Gentico (MEG)1527 1786 leo e Co-produtos (OLE)1787 1938 Sementes (SEM)1939 2185 Trabalhos do Congresso IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 1 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 1-6. ALTERNATIVAS DE PRODUCCIN DEL HIGUERILLO (Ricinus comunnis L)CON FINES DE EXTRACCIN DE ACEITES PARA BIODIESEL Y LA INDUSTRIA OLEOQUMICACOMO ESTRATEGIA PARA EL FORTALECIMIENTO DEL DEPARTAMENTO DE CALDAS Jos Fernando Restrepo Henao1; Gabriel Salazar Saffon2; Mario Aristizabal Muoz3 1Ing Agrnomo M.Sc Profesor Titular Universidad de Caldas. [email protected] 2Ingeniero Agrnomo Gerente Proyecto Biodiesel para el Departamento de Caldas 3EconomistaMBA. Gobernador de Caldas RESUMEN-ConelpropsitodedesarrollarelcultivodelaHiguerillayenelmarcodeunconvenio institucionalentrelaGobernacindelDepartamentodeCaldasylaUniversidaddeCaldasseestn llevandoacabodosproyectoscuyospropsitossonevaluarconcomunidadesacadmicasy agricultoreselcomportamientogenotiposdehiguerillaendiferentescondicionesaltitudinalesdel departamento ( 195 a 1575 m.sn.n.m) y realizar investigacin aplicada sobre Higuerilla y otras especies oleaginosasnoconvencionales(JatrophayPlukenetia).Serealizaronsiembrasexperimentales en11 zonasdeldepartamentoy12comercialesenlasqueseevaluaronlasvariedadesBRSNordestina, BRSEnergiayNegrayencondicionescomercialessolamentelasdos primeras.Laaparicinde una nuevaenfermedad denominadanecrosisdel brote terminalcausada porXhantomonascampestrisfue factor limitante en todas las parcelas comerciales y experimentales. La variedad BRS Nordestina tiene un mejor comportamiento en condiciones de altura y es posible un segundo ciclo productivo, mientras quelasvariedadBRSEnergarespondemejoracondicionesdebajaaltitud.LasvariedadesBRS EnergayNegranoserecomiendanparaunsegundocicloproductivoporlotantosurenovacinse debe hacer por siembra. Palabras claves Higuerillo, ricinus, caldas. INTRODUCCIN LoscombustiblesfsilesenColombiarepresentancercadel47%delademandatotalde energa,constituidaenlamayorparteporlosconsumosdegasolinaydiesel(ACPM),enelsector transporte.Esteltimohapresentadoenaosrecientesunaumentoconsiderableensuconsumo, debido a su menor precio y mayor eficiencia en los motores de combustin interna (30% mayor que los motoresdegasolina);perotieneelinconvenientedeserunrecursonorenovable,conunnivelde produccinqueseacercaallmitedelacapacidadinstaladaenelpas,yunaaltaproduccinde sustanciasnocivasymaterialparticulado,enespecialcuandoesempleadoenregionesconalturas superiores a 2000 m. Las emisiones del parque automotor en el caso particular de Colombia, se acerca IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 2 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 1-6. al 60% de los agentes nocivos presentes en la atmsferasiendo los NOx, SOx, CO, hidrocarburos no quemados,ozonoymaterialparticuladodentrodelosprincipales,productodelacombustinde gasolina y diesel. EldepartamentodeCaldassehacomprometidoalasiembradeaproximadamente6000has en Higuerillo para abastecer una planta que producir alrededor de 20 millones de litros de aceite por ao.Elproyectosecombinalaexperimentacinylaevaluacinenprediosdeagricultores,ypuesto quedebeejecutarseenunperodoadministrativocorto(3aos),secombinanlainvestigacinconla aplicacindelconocimiento,conbaseenlaexperienciapropiadetalmaneraquepermitala investigacin y la implementacin de nuevos conocimientos de manera inmediata. Consecuentemente se plante como objetivo general, promover la participacin comunitaria en laevaluacindelarespuestaproductivadelHiguerilloenreasexperimentalessemicomercialesy demostrativas para la produccin de aceite con fines de biodiesel y para la industria oleoqumica, con lossiguientesobjetivosespecficos:establecerparcelasdemostrativasenlosmunicipiosdel departamento,definirlosgenotiposdemejorcomportamiento,evaluarlaproduccinyrentabilidadde dosgenotiposdeHiguerilloentresambientesdeldepartamentodeCaldasbajocondicionesde produccin comercial en fincas de agricultores y determinar la calidad de aceite. METODOLOGA Materiales YaqueenColombianosehandesarrolladovariedadesmejoradas,yhayunaempresa productora de semilla y con experiencia comercial de las variedades brasileras BRS Nordestina y BRS Energia se decidi evaluar el comportamiento de ellas y una introduccin de Ecuador identificada como Variedad Negra. Localizacin a)Parcelasexperimentales.Sedefinieron11sitiosdeaproximadamente1000m2,parala evaluacin de los tres genotipos seleccionados. b) Parcelas Semicomerciales. Con base en las condiciones altitudinales del departamento y el potencial de reas para las siembras futuras, se definieron tres altitudes sobre las cuales sesembraronparcelasde1hacondosvariedadesBRSEnergayBRSNordestina.Se IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 3 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 1-6. descartlavariedadNegraqueseevaluabaenparcelasexperimentalesporcuantola semilla no cumpli las calidades genticas, fisiolgicas y sanitarias. Mtodos Lasvariedadesexperimentalesresembraronaunadistanciade2x2bajoundiseode bloquesalzarcontresrepeticiones.Lasparcelassemicomercialessesembraronenlotesaisladosy condensidadesde3x1y3x0.8mparaBRSNordestinayBRSEnergarespectivamente,por recomendacin de los distribuidores de la semilla. RESULTADOS YDISCUSIN ParcelasExperimentales.LavariedadBRSEnergafuelamsprecozdelastresvariedades tanto en das a floracin, en das a formacin de frutos como en das a cosecha. La variedad Negra por suniveldedehiscenciafuenecesariocolectarseantesdelamadureztotaldelracimo.Porsuparte BRS Nordestina y BRS Energa soportaron el proceso de secado en planta y su cosecha se realizaba hasta un mes despus de secado. La cosecha antes de secado repercute negativamente en su calidad y rendimiento y consecuentemente Negra se coloca en desventaja frente a las otras dos variedades por sumayorgradodedehiscenciaytardocrecimientoyrendimiento.Asimismoresultaimportante destacar lascondicionesdevariabilidadfenotpicaobservadatantoenNegra,posiblementedebidaal origen de su semilla como en BRS Energa que muestra enormes contrastes en los componentes de la poblacin. BRS Nordestina muestra mayos uniformidad gentica. No obstante BRS Energa muestra un enormepotencialgenticoenmuchosdesusindividuos,yconmuybuencomportamientoen condiciones de altitud inferior a los 1000 m.s.n.m. mientras que las variedades Negra y BRS Nordestina tienenuninferiorcomportamiento,consecuentementeporencimadelos1000m.s.n.m.BRS Nordestina tiene un mejor comportamiento agronmico. Lastresvariedadestuvieroncomportamientodiferencialporaltituddebidoaalgunas condiciones climticas que influyen en el comportamiento de la planta. Es claro que las condiciones de nubosidadenalgunaszonasinfluyennotablementeenellassiendomsnocivosuefectoenBRS NordestinayenNegraqueBRSEnergia.EnzonadealtaluminosidadelportedeBRSEnergase acomoda ms a las condiciones productivas de los agricultores. Est bien documentada en la literatura queelcultivoesaltamenteexigenteenluminosidadycuandoelbrillosolarestpordebajodel requerimiento(1800horasanuales),lasplantassufrenunprocesodeetiolacin,dificultandola cosecha y disminuyendo su produccin. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 4 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 1-6. Suelosconaltocontenidodemateriaorgnicayaplicacionesdefertilizantesnitrogenados generaronplantasvigorosasquecrecierondemasiadoysucosechasedificult,ademsquese tornaronsusceptibles al acame o volcamiento. Paraprocesosdeproduccindevariosciclosproductivos,lasvariedadesBRSEnergay Negra,nosoportaronlarenovacinporsocalocualrestringesusiembraenalgunosprediosde agricultoresdesubsistencia.Contrariamente,BRSNordestinaresistelarenovacinporsoca pudindose lograr un ciclo productivo a mas bajo costo y de mejor rentabilidad.Parcelascomerciales:SepudoestablecereladecuadocomportamientodelavariedadBRS Energiapordebajode1000m.s.sn.m,mientrasqueBRSNordestinamuestraunmejor comportamiento por encima de dicha altitud. No obstante la aparicin de la Necrosis del brote terminal (Xhantomonas campestris) es un factor imitante para ambas variedades ya que puede reducirla hasta en un 80%.LarelacinBeneficioCosto(1,50) enlosprimerosresultadosyconbaseenlosrendimientos alcanzados hacen presagiar laposibilidad deofrecer agricultoresdeldepartamentodeuna alternativa muyinteresantenosoloenlaszonasdondeactualmenteseproducenotroscultivossinotambinen aquellaszonasactualmentesinusoagrcolaymuyimportanteenlasregionesdondeexisten programas de sustitucin de cultivos ilcitos. CONCLUSIONESBRS Energa es una variedad de un enorme potencial gentico con muy buen comportamiento encondicionesdealtitudinferioralos1000m.s.n.m.BRSNordestinatienenuninferior comportamiento, consecuentemente por encima de los 1000 m.sn.m LarelacinBeneficioCostohacenpresagiarlaposibilidaddeofreceragricultoresdel departamento de una alternativa muy interesante La Necrosis del brote terminal (Xhantomonas campestris) limita la produccin de Higurillo y se haceimperiosolabsquedadegenotiposconresistenciagenticaporlaenormedificultaddensu manejo. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 5 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 1-6. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS CASTAOG.S.Y,VARGASA.N.B.yRESTREPOH.J.F.2009Caracterizacin,evaluacin agronmicaydecalidaddeaceiteconfinesdebiodieselde11genotiposdeHiguerillo(Ricinus communisL),enlagranjaMontelindo(Santagueda/Palestina/Caldas).EnMemoriasIICongreso Internacional de Higuerilla y Pin: Cultivos energticos no alimentarios. Manizales Agosto 19a 21 de 2009 EXPOAGRO. 2006.Biodiesel e Higuerilla. Gaceta de la corporacin colombiana internacional.FEHRR.F.1993.RollofPlantBreedinginAgriculturepp.1-10inPrinciplesofcultivardevelopment. Vol.1. Theory and Technique. Macmillan Publishing Company. USA. 536 p. GUTIRREZDELOSRIOSG.,HURTADOS.A.,yRESTREPOH.J.F.2007.ElhiguerilloRicinus communisL.unaalternativaparalazonaclidadelDepartamentodeCaldas.EnMemoriasI Congreso Internacional del cultivo procesamiento y aplicaciones de la Higuerilla. Medellin Abril 18 a 20 de 2007. MONTOYA,MYQUINTERO,J.2.003.DiseodelaplantaparalaproduccindeMetilesterde higuerilla. Universidad Nacional de Colombia. Manizales. RESTREPOH.J.F.2009Participacincomunitariaenelestudiodealternativasdeproduccindel higuerillo(RicinuscomunnisL)confinesdeextraccindeaceitesparabiodieselylaindustria oleoqumicacomoestrategiaparaelfortalecimientodelDepartamentodeCaldas.IICongreso Internacional de Higuerilla y Pin: Cultivos energticos no alimentarios. Manizales Agosto 19a 21 de 2009 CORREA M. J yRESTREPO H. J:F: 2009 Descripcin fenolgica del Higuerillo (Ricinus communis L.) variedadesNordestinayBlancaJaspeada,aplicandolaescalaBBCHampliada.IICongreso Internacional de Higuerilla y Pin: Cultivos energticos no alimentarios. Manizales Agosto 19a 21 de 2009 TABLA - 1. Ubicacin de parcelas experimentalesMUNICIPIOUBICACINPOSICINALTITUD (m.s.n.m) MANZANARESLlanadasN 05 12W 75 081.508 SUPIAEl ObispoN 05 26W 75381.242 ANSERMAEl HorroN 05 11W 75471.501 VITERBOEl SocorroN 05 05W 75531.125 FILADELFIAHogar Juvenil CampesinoN 05 18W 75 341.575 SAMAN (San Diego)Flix NaranjoN 05 39W 74 561.027 NORCASIABerlinN 05 35W 74 57906 BELALCAZARFinca La HelenitaN 05 05W75 321.180 MARQUETALIAFinca La VegaN 05 17W 75041.516 AGUADASFinca La FloridaN 0529W 75 331.000 MARMATOSolar El PlanoN 05 28 W 75 351.149 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 6 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 1-6. TABLA 2. Ubicacin de las parcelas comerciales en tres pisos altitudinales del Departamento de Caldas.MUNICIPIOPREDIOPOSICINALTITUDE (m.s.n.m) PALESTINAGranja Montelindo U de Caldas *N 05 05 W75 401.010 DORADAFinca Santa Helena *N 0503W 7552195 PALESTINAFinca Santa ClaraN 05 01 W 75 421.149 PALESTINAFinca MagallanesN 05 03 W 75421196 VICTORIAFinca La AuroraN 05B19 W 74 54671 VICTORIAFinca Hamburgo *N 05 19 W 74 55877 MARQUETALIATierra GrataN 05 18 W 74 591180 RISARALDAFinca La DivisaN 05 08 W 75441128 NEIRAFinca La Estrella MANIZALESFinca Las LajasN 05 05 W 75 351309 NORCASIAAlcalda MunicipalN 05 34 W 7453798 SALAMINAFinca VentiaderosN O5 21 W 75 291485 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 7 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 7-12. ANLISE COMPARATIVA ENTRE O BIODIESEL DE GIRASSOL E O BIODIESEL DE MAMONA Danilo Alencar Mayer F. Ventura1; Kadije Barbosa Alves1; Monaysa Kelly Valadares Arajo dos Santos1 1Universidade Federal de Campina Grande - UFCG RESUMODevidoconstantepreocupaocomoesgotamentodoscombustveisedasformasde energiano-renovveis,obiodieselseapresentacomoumapromissoraalternativaqueatendes necessidadesenergticasnocontextodoambientalismoedasustentabilidade.ComooBrasiltem grandepotencialparaproduodebiodiesel,hnecessidadedeumaanliseparaselecionarqual seriaamelhorespciedeoleaginosaparaoplantiodestinadoproduodebiodiesel.Amamona, eleitaaprincipaloleaginosadoProgramaNacionaldeProduoeusodeBiodiesel(PNPB),eo girassol, planta tambm inserida no programa, esto no foco do presente trabalho. Foi feito um estudo comparativoentreorendimentoolicodesuassementes,tendosidotambmanalisadasalgumas caractersticasfsico-qumicas.Amamonaapresentoumelhoresresultadosnorendimentodas sementesemaiorestabilidade/resistnciaoxidativa.Ogirassolapresentadensidade,viscosidade cinemtica e ponto de fulgor mais adequados. Para superar as desvantagens identificadas, a soluo pode estar no aprofundamento de anlises que levem combinao apropriada entre ambos. Palavras-chave mamona; girassol; rendimento; biodiesel INTRODUO Amamona(RicinuscommunisL.)sedestacaporserumaplantaquesedesenvolveem regies tropicais e semi-ridas, abrangendo reas como as do Nordeste brasileiro.Pode ser plantada em sistema de consrcio e/ou rodzio com outras culturas como feijo, mandioca e milho, que servem alimentao diria. O principal produto da mamona o leo de rcino, que uma importante matria-prima para a indstria qumica, com larga utilizao na composio de inmeros produtos como: tintas, vernizes, cosmticos, fluidos hidrulicos e plsticos. Entretanto, nos ltimos anos com o despertar para energias renovveis como o biodiesel, o leo de rcino comeou a ser enxergado como meio produtivo para obteno de combustvel renovvel.Outra alternativa de oleaginosa o girassol (Helianthus annus L.), uma cultura que apresenta caractersticas favorveis sob o ponto de vista agronmico, como ciclo curto, elevada qualidade e bom rendimentoemleo(SILVA;SANGOI,1985).Seusprincipaisprodutossoaraoanimaleoleo produzido de suas sementes, que alm de ser amplamente utilizado na alimentao humana, pode dar origemaobiodiesel.Atualmente,areacultivadadegirassolnoBrasil-cercade150milhectares IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 8 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 7-12. ainda inexpressiva.Noentanto, aPetrobrasjest estimulandoocultivodegirassolnumareade 35milhectares,entreBahia,SergipeeMinasGerais,ondeseencontramusinasdeproduode biodiesel da empresa.Ogirassolapresentaboatolernciasecaeaocalor,podendotornar-seumaimportante alternativa para o Semirido brasileiro. Como tal regio no dispe de uma boa infraestrutura agrcola, eamaioriadapopulaovivedeagriculturafamiliar,oplantiodeoleaginosaspodecontribuirpara incrementar a renda e estimular a permanncia da populao nas reas rurais (EMBRAPA). OBrasiltempotencialparaaexploraodeplantasoleaginosascomoobjetivodeproduzir combustveis, j que possui uma grande extenso territorial destinada para fins agrcolas.Atualmente, existem64plantasindustriaisprodutorasdebiodieselautorizadaspelaANPparaoperaonoPas, correspondendoaumacapacidadetotalautorizadade13.219,33m3/dia.Destas64plantas,48 possuemAutorizaoparaComercializaodobiodieselproduzido,correspondendoa11.823,83 m3/dia de capacidade autorizada para comercializao. 1 Embora,cercade80%dobiodieselproduzidonoBrasilsejaprovenientedasoja,opresente trabalho aborda e compara duas oleaginosas (mamona e girassol) em termos de rendimento oleico das sementesedecaractersticasfsico-qumicasdecadabiodiesel.Atravsdesseestudo,objetiva-se apresentarumaboaalternativaparaoplantiodeoleaginosasemregiessemiridasqueproduzam leosdequalidadeenoconcorramdemaneirasignificativamenteprejudicialcomaagricultura alimentcia. METODOLOGIA Oprocessodepesquisafoidesenvolvidoporetapas,adotando-se,preponderantemente,o mtodohipottico-dedutivo,apartirdeestudosecomparaestericasapreendidasdaanlisee leituradematerialbibliogrfico,comoartigoscientficos,dadosestatsticosdivulgadosempor organismosoficiais,taiscomoEMBRAPA,ANP2,almdesiteserevistas.Aabordagemcientfica formou-seapartirdosprocedimentosdeinvestigaoindicados,queapresentavampesquisas laboratoriaistestadaseconsolidadasporgruposdepesquisadeinstituiesoficiaisdeensino,como Universidades. 1 Boletim mensal de biodiesel, ANP, maro de 2010 2 Idem IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 9 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 7-12. RESULTADOS E DISCUSSES As pesquisas tm mostrado que o teor de leo das sementes de mamona pode variar de 35 a 55% (VIEIRA et al., 1998), mas a maior parte das cultivares plantadas comercialmente no Brasil possui teor de leo variando entre 45% e 50% (vide tabela 1). Cerca de 90% do leo de mamona composto portriglicerdio,principalmentearicinolena,queocomponentedocidoricinolico,cujafrmula molecular(C17H32OHCOOH).Ocidoricinolicotemligaoinsaturadaepertenceaogrupodos hidroxicidos, caracterizando-se por seu alto peso molecular (298 g/mol) e baixo ponto de fuso (5oC). Ogrupohidroxilapresentenaricinolenaconfereaoleodemamonaapropriedadeexclusivade solubilidade em lcool (WEISS, 1983; MOSHKIN, 1986). SegundodadosdeestudosrealizadosnaUniversidadeFederaldoPiau,oleodemamona, quandosubmetidotransesterificao(catalisadorKOH)porviaetlica-ouseja,sendoutilizadoo etanol3-obtmumrendimentode64%,inferiorqueleproduzidoquandoseusaometanol4,cujo rendimento de 72%. Alm disso, a via etlica apresenta alguns problemas, como a densidade, fora de especificaes da ANP, pois valor obtido foi de 910,3 kg/m3 e as especificaes limitam de 850 a 9005 kg/m3 quandosubmetidosaumatemperaturade20.Entretanto,segundoospesquisadores,esse valor no acarretar em grandes problemas na qualidade do biodiesel. ApesardasuadensidadeseapresentarforadasespecificaesdaANP,ograndeproblema encontradono biodieseldemamonaasuaviscosidadeemelevadosnveiscomrelaosnormas da ANP. Segundo um estudo realizado pelo Laboratrio de Combustveis da UniversidadeFederal de Pernambuco,aviscosidadecinemticamdiadobiodieseldemamonafoidaordemde13,52mm2/s enquanto a ANP padroniza um valor mximo de 5,5 mm2/s. Porsuavez,assementesdegirassolpossuemumteordeleoquepodeoscilarentre38e 48%. Dependendo do solo, do clima e do tipo de adubao usada,chega a render cerca de 600 quilos deleoporhectare.Apesardeterumteorolicomenordoqueodamamona(videtabela1), apresenta vantagens em relao a esta, uma vez que, de acordo com a EMBRAPA, a mamona possui baixa produtividade de gros por hectare. Assimcomotodososleosvegetais,oleodegirassolessencialmenteconstitudopor triacilgliceris (98 a 99%). Tem elevado teor em cidos insaturados (cerca de 83%), mas um reduzido 3 lcool de pequena cadeia ideal para a produo de biodiesel no Brasil, pois oBrasil grande produtor de sua matria-prima: biomassa. LIMA NETO, A.F.,(I.C.)*, SANTOS, L.S.S. (I.C.)*, MOURA, E.M. (PQ)*, MOURA, C.V.R. (PQ)* 4 Segundo a GPC Qumica, o metanol obtido industrialmente a partir do gs de sntese ou gs natural. Isso nos permite concluir que a via metlica de produo de biodiesel, apesar de mais eficiente no seria totalmente renovvel. 5 Resoluo ANP N7, 19.03.2008 DOU 20.03.2008 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 10 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 7-12. teoremcidolinolnico(0,2%).Oleodegirassolespecialmentericonocidograxoessencial (AGE), cido linoleico6. Segundo experimentos de pesquisadores da UNICAMP e do ITAL (Instituto de tecnologiaemAlimentos),oleodegirassolquandosubmetidotransesterificaoporviaetlica obtm um rendimento em biodiesel de cerca de 70%. Estudos na Universidade Federal de Ponta Grossa atestaram que a viscosidade cinemtica do biodiesel de girassol era da ordem de 8,5 mm2/s, ou seja, um pouco superior aos padres da ANP, mas muito inferior aos resultados encontrados para a mamona. Tambm foram avaliados parmetros como opontodefulgoreaestabilidadeoxidativadessesdoisbiodieseis.Opontodefulgoramenor temperaturanaqualobiodiesel,sendoaquecidonapresenadeumapequenachama,gerauma quantidade de vapores que em contato com o ar geram uma mistura potencialmente inflamvel. V-se, portanto, que isto um bom indicativo para decidir quais procedimentos de segurana utilizar durante o transporteeoarmazenamentodobiocombustvel.Nocasodobiodieseldamamona,essepontode fulgor teve uma mdia de 170 C, enquanto o biodiesel de girassol obteve uma mdia de 182 C. Quantossuasestabilidadesoxidativas,deacordocomosestudosfeitosnaUFRN,foi constatado que o biodiesel de mamona apresentou em P-DSc uma estabilidade oxidativa a 110 C de 7,85 horas e o de girassol 1,65 horas. Como a estabilidade oxidativa vista como a resistncia de um leooxidaosobalgumascondiesdefinidas,aANPpadronizaquetemperaturade110Co biodieseldeveresistirdurante6horas.Issonospermitedizerqueobiodieseldamamonaapresenta melhor estabilidade oxidativa em relao ao biodiesel de mamona. CONCLUSO O estudo comparado entre as duas oleginosas (mamona e girassol) utilizou como parmetros deseleoinicialacapacidadedeambasemprosperaresedesenvolvernosdiferentestiposde regio,comimplicaesresultantesdascondiesclimticasedesolo.Ambasapresentamboa adaptao,oqueimplicaemviabilidadeeconmicaealternativaconcretaparaumaproduode biodieselemlargaescala.Oestudolevouemconsideraocritrioscomoorendimentoolicodas sementes,tendosidotambmanalisadasalgumascaractersticasfsico-qumicas,comodensidade, viscosidade cinemtica, ponto de fulgor e estabilidade oxidativa do respectivo biodiesel. 6 INETI - Departamento de Tecnologias das Indstrias Alimentares- Portugal IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 11 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 7-12. A mamona apresentou melhores resultados no rendimento das sementes, pois obteve um teor olico entre 45 a 50% e o girassol de 38 a 48%. Entretanto, a suaprodutividade de gros por hectare foiinferior do girassol,conseqentemente aquantidadedeleopor hectaretambmfoimenor. A o biodieseldemamonasemostroumaisestvelfrenteoxidao,poisapresentouemP-DScuma estabilidadeoxidativaa110Cde7,85horasenquantoobiodieseldegirassolapenas1,65horas, sendonesseparmetroamamonaamelhorescolha.Oresultadoobtidonosaspectosrelativos densidadeepontodefulgorforammuitoprximos,noindicandovantagenscomparativasdignasde destaque. O girassol supera a mamona em termos de viscosidade cinemtica, da ordem de 8,5 mm2/s, portanto, menor do que o biodiesel de mamona e um pouco superior aos padres recomendados pela ANP.Como o girassol perde em estabilidade oxidativa e a mamona em viscosidade cinemtica, para superar essas desvantagens, a estratgia pode estar no aprofundamento (e financiamento) de anlises que levem combinao apropriada entre ambos. Essas duas oleaginosas, compatibilizadas, por seus potenciaispositivos,podemrepresentaralternativasviveisparaaquestoenergticadopas,numa equaodecarterincludenteenoexcludente.Aspesquisaspodemconjugarepotencializaras caractersticas mais vantajosas de ambas, resultando em um biodiesel de alta performance. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS LBO, IVON PINHEIRO. et alli. Produo de biodiesel a partir do leo de mamona em planta piloto Disponvelem:http://www.biodiesel.gov.br/docs/congressso2006/producao/plantapiloto31.pdfAcesso em: 07.mai/2010 MAIA, ANA CAROLINA DE SOUSA. . et alli. ESTUDO DO IMPACTO DA ADIO DO BIODIESEL DE MAMONAAOLEODIESELMINERALSOBREAPROPRIEDADEVISCOSIDADECINEMTICA. www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/publicacoes/.../001.pdfSILVA,CSARAPARECIDODA.PRODUODEBIODIESELAPARTIRDELEOBRUTODE GIRASSOL. Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, leos, Gorduras e Biodiesel. Disponvel em: http://www.nutricao.ufpr.br/producao_de_biodiesel_girassol.pdf Acesso em: 06. mai/2010 SILVA,HELLYDAKATHARINETOMAZDEANDRADE.etalli.Estudodaestabilidadeoxidativaem blendsdegirassolemamonaporRancimateP-DSc.Disponvelem: abratec1.tempsite.ws/abratec/cbratec7/trabalhos/220H.rtfAcesso em: 05. Mai/2010 SITES:http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/cadeia_produtiva_biodiesel.html; http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2010/janeiro/4a-semana/embrapa-e-petrobras-investem-no-girassol-no-semiarido/ Acesso em: 05.mai/2010 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 12 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 7-12. Tabela 1: Caractersticas de culturas oleaginosas no Brasil. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 13 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 13-17. ANLISE DAS PROPRIEDADES FSICO-QUMICAS E ESTUDO DA ESTABILIDADE TRMICA DO LEO, BIODIESEL E DA MISTURA B10 DE DIESEL COM BIODIESEL DE ALGODO1 Joo Paulo da Costa Evangelista; Anne Gabriella Dias Santos; Amanda Duarte Gondim; Luiz Di Souza; Valter Jos Fernandes Jr, Antnio Souza Araujo [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN; Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN RESUMO A busca por novas fontes de energia, que sejam ecologicamente corretas, cresce a cada dia. Dentre essas energias alternativas, o biodiesel um dos biocombustveis que vem tendo destaque na produo mundial.No Brasil, a Lei n 11.097, determina que todo diesel vendido no pas, deve ser constitudo pela mistura de leo diesel/biodiesel, denominado BX, onde X representa o percentual em volumedebiodieselnoleodiesel,conformeespecificaodaANP.Foramrealizadasanlises termogravimtricas(TG)doleoebiodieseldealgodo;dodieselmineraleda misturaB10(10%do biodieselnodiesel).OsresultadosmostraramumbiodieseltermicamenteestveleamisturaB10 apresentou um comportamento mais estvel em relao ao diesel mineral. Foram analisadas tambm aspropriedadesfsico-qumicasdoleoebiodieseldealgodoeumamisturafeitadoleodiesel mineralcombiodiesel,naproporoB10.OsresultadosdoBiodieselpuro(B100)mostraramdentro das normas vigentes para biodiesel nacional. A mistura analisada (B10) tambm apresentou todos os resultados em conformidade com as especificaes do diesel mineral da Portaria da ANP n15/2006. Palavras-chave Biodiesel de algodo, B10, termogravimetria, propriedades fsico-qumicas. INTRODUO Atualmente,asociedadeestprocuradenovasfontesdeenergia,quesejambaratas, renovveisemenospoluentes,umavezqueomundoenfrentaesofreasconseqnciasdoefeito estufa e aquecimento global, causados e agravados pelo uso de combustveis fsseis. Dentrevriaspossibilidades,umadasalternativasobiodiesel.Parasercomercializadono Brasil,obiodieseldeveserconstitudopelamisturadeleodiesel/biodieselBXcombustvel comercialcompostode(100-X) %emvolumedeleodiesel,conforme especificao daANP,eX% emvolumedobiodiesel,quedeveratenderregulamentaovigente.Atualmenteadicionado biodiesel ao leo diesel na proporo de 5%, em volume [1]. Oobjetivodestetrabalhofoiestudaraspropriedadesfsico-qumicasdobiodiesel,produzido comoleodealgodo.Assimcomofazeramisturaleodiesel/biodiesel,naproporoB10,para poder verificar se as suas caractersticas encontram-se dentro das especificaes exigidas. 1 CNPq, ANP e CAPES pelo apoio financeiro. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 14 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 13-17. METODOLOGIA OBiodieselpuro(B100) foiobtido apartirde leosdealgodocomercial, narazomolar 1:6 de leo/lcool metlico, utilizando 1% de catalisador KOH. Oleoebiodiesel(algodo)foramanalisadossegundoasnormasdaAmericanSocietyof Testingandmaterials(ASTM),BritishStandart(BSEM).Todasasmedidasforamrealizadasem triplicata,adotando-seamdiaaritmticacomoresultado.Asanlisesrealizadasforam:viscosidade cinemtica, massa especifica, tenso superficial, ponto de fulgor e combusto, ndices de Acidez, Iodo esaponificao,teordeenxofre,guaesedimentos,umidade,nmerodecetanoecidosgraxos livres. Ascurvastermogravimtricasforamobtidaspormeiodeumatermobalana,marcaMettler Toledo,modeloTGA/SDTA-851,comavariaodetemperaturade30a600Cerazode aquecimento10C/min,sobatmosferainertedeHlio,comvazode25mL/min.Pararealizara anlise foi utilizado cadinho de alumina de 900 L e massa da amostra de aproximadamente 75 mg. RESULTADOS E DISCUSSO As propriedades de viscosidade cinemtica, massa especifica e tenso superficial, do leo de algodo so superiores as do seu biodiesel. Essas propriedades esto diretamente relacionadas, pois oquejeraesperado,umavezqueapresentacadeiasgrandes,umelevadopesomolecular.Essa justificativa vale tambm para ponto de fulgor e combusto, pois para estes ltimos quanto maior for o peso molecular, maior ser a energia necessria para este produzir um fulgor ou entrar em combusto. Pode-seressaltarqueaimportnciadaviscosidaderesidenofatodequeelapodeservircomo indicativo do tempo que se gastar para fazer a sntese, assim, quanto maior for viscosidade, maior o tempo de reao (ver Tabela 1). Os ndices de acidez e Iodo esto relacionados converso dos steres, importante que leo apresente uma acidez baixa, caso isso no seja obtido, indicado utilizar o catalisador bsico. A viscosidade e massa especifica da mistura B10 so superiores a do diesel mineral, uma vez queacrescentam-sesteresquepossuemamassamolecularmaiordoqueadoshidrocarbonetos presentesnodiesel.Esteaumentogeraumamaiorlubricidade,diminuindoaquantidadede lubrificantesaseradicionadoaodiesel.Paraopontodefulgor,tambmfoiobservadoumacrscimo nos valores, o que torna o armazenamento das misturas mais seguros, do que do leo mineral. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 15 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 13-17. AocompararoB10comodieselpuro,percebidaumasignificativadiminuiodoteorde enxofre.Istoocorredevidodiluiododieselnamisturacombiodiesel,quepraticamentelivrede enxofre. O mesmo acontece com os teores de gua e sedimentos e umidade, que indicam a ausncia de gua e sedimentos nos combustveis. Este fato bastante importante, tanto no aspecto ambiental, quantoparadiminuiodeprocessoscorrosivoscausadospeloenxofre,pelaguaeimpurezas corrosivas nos veculos. Observou-sequeondicedecetanoaumentamedidaqueseadicionaobiodiesel, demonstrando na proporo B10, a combusto ser melhorada, j que a combusto do combustvel no motor melhor quando o mesmo apresenta ndice de cetano mais alto. Quantoestabilidadetrmica,percebe-sequeobiodieseldealgodoapresentaumaboa estabilidade, podendo esta ser atribudo composio deste, uma vez que ele o que possui o maior percentualdesteresmetlicospoliinsaturadosdealtopesomolecular,como oC18:2eC18:3.Estes possuem duplas ligaes conjugadas, e suas molculas so mais rgidas, sendo mais difcil quebr-las, o que as torna mais estveis (ver Figura 1). Ao analisar o comportamento termogravimtrico do diesel edo B10, pode-se perceber que na mistura,houveumdescolamentodospicosparavaloresmaiores,emdireoaopicodosB100.Isto ocorre,poissoacrescentadosnodiesel,ossteresmetlicosquepossuempesomoleculares superiores aos hidrocarbonetos constituintes do diesel, necessitando assim de uma maior energia para que as misturas se decomponham (ver Figura 2). CONCLUSO Combasenosresultadospode-seconcluirqueoBiodiesel(B100)estdentrodas especificaesdalegislaovigente,apresentandoumaboaestabilidadetrmica.Odieselminerale as misturas analisadas apresentaram todos os resultados em conformidade com as especificaes. A adio de 10 % de biodiesel no diesel mineral apresentou fatores positivos nas propriedades viscosidade, teor de enxofre, nmero de cetano, massa especfica e ponto de fulgor e principalmente, no aumento da sua estabilidade trmica. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 16 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 13-17. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ALBUQUERQUE, M.C.G., et al. Properties of biodiesel oils formulated using different biomass sources and their blends. Renewable Energy, v.34, p. 857859, 2009. 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Tabela 1 - Propriedades fsico-qumicas do leo e biodiesel de algodo, da mistura B10 e Diesel. 0 100 200 300 400 500 600020406080100Massa (%)Temperatura (C) Biodiesel de algodo leo de algodo-0,020-0,015-0,010-0,0050,0001/CFigura 1 - TG/DTG do leo e biodiesel de algodo 0 100 200 300 400 500 600020406080100Massa (%)Temperatura (C) Diesel B10 Algodo B100 Algodo-0,020-0,015-0,010-0,0050,0001/C Figura2-TG/DTGdodiesel,biodieseldealgodoe da mistura B10. Amostras/ Caractersticas Mtodoleo de AlgodoB100B10Diesel Viscosidade (mm2 /s)ASTM D 44533,94,32,842,74 Tenso superficial (mN/m)-35,616,2-- Massa especfica a 20C (Kg/ m3)ASTM D 4052919,3882,6830,6825,8 Ponto de fulgor (C)ASTM D 93317,0184,54544 Ponto de combusto (C)-319,3189,0-- ndice de acidez (mg KOH/g)EN141040,200,06-- cidos graxos livres (%)-0,006n/d-- ndice de saponificao (mgKOH/g)-192,2231,3-- ndice de Iodo (g de iodo/100g)EN 14111124,2117,7-- Enxofre total (% massa)ASTM D54530,70,38721089 Nmero de CetanoASTM D 4737--52,952,1 Teor de umidade (%)-0,04n/d-- gua e sedimentos (%)ASTM D 63040,00,0-- IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 18 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 18-23. AVALIAO DA ESTABILIDADE OXIDATIVA DE BIODIESEL METLICO DE GIRASSOL COM ADIO DIFERENTES CONCENTRAES DE BHT PELO MTODO RANCIMAT E PDSCMariana Helena de O. Albuquerque1; Amanda Duarte Gondim1; Andr de Freitas Martins1; Regina Clia de Oliveira Delgado Brasil1; Antnio Souza de Arajo1; Valter Jos Fernandes Jnior. 1Laboratrio de Combustveis e Lubrificantes UFRN, [email protected] RESUMO O biodiesel composto por steres alqulicos de cidos graxos saturados e insaturados de cadeias longas. Em decorrncia disso, susceptvel a autoxidao. O biodiesel de girassol possui uma baixa estabilidade oxidativa, devido a sua composio qumica. Biodiesel de girassol foi obtidoatravs dareaodetransesterificaoporrotaetlicaesuaestabilidadeoxidativaanalisadaatravsdos mtodosRancimateCalorimetriaExploratriaDiferencialsobPresso(PDS-C),mtodoisotrmico. Adicionou-seBHT(antioxidante)nasproporesde200,400,600,800e1000ppm,comintuitode avaliar o seu efeito sobre a estabilidade oxidativa do biodiesel.A adio de BHT se mostrou vivel ao aumentodaestabilidadeoxidativa.Noentanto,nestaspropores,nofoieficienteparaelevaro perodo de induo a um valor superior s 6 horas determinadas pela ANP. Foi realizado o estudo de estocagem atravs da extrapolao dos resultados para 25 C utilizado os perodos de induo obtidos nastemperaturasde110,120,130e140CpeloRancimat.ParaoB100semaditivootempo encontradofoide0,10anosoqueequivaleh36dias.Comaadiode1000ppmdeBHT,este tempo passou a 0,30 anos (108 dias). Palavras-chave girassol, estabilidade oxidativa, BHT, Rancimat. INTRODUO O biodiesel susceptvel oxidao quando exposto ao ar. Em funo disso, a estabilidade a oxidaotemsidoobjetodeinmeraspesquisas.Aoxidaodobiodieselocorre,poisosleos vegetais utilizados como suas matrias-primas contm compostos insaturados, os quais esto sujeitos areaesdeoxidao queseprocessamatemperaturaambiente.Os produtosdaoxidaocausam corroso nas peas do motor e formao de depsitos ocasionando obstruo nos filtros e sistema de injeo. Portanto, quanto menos sujeito oxidao, melhor a qualidade do biodiesel no decorrer do seu ciclo til. Obiodieselobtidodoleodegirassolconstitudopor98a99%detriacilglicerdeos,com elevado teor em cidos insaturados (cerca de 83%), sendo 72% de cidos linolicos, mas um reduzido IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 19 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 18-23. teor de em cido linolnico (0,4%). A presena destes cidos graxos favorece ao desenvolvimento da oxidao. NosentidodemanterobiodieseldentrodasespecificaesimpostaspelaANP,aditivos antioxidantes,deorigenssintticasenaturais,ealtovaloragregadovmsendoadicionados.Os antioxidantesapresentam-secomoalternativaparapreveniradeterioraooxidativadederivadosde cidosgraxos,umavezquesosubstnciascapazesderetardaravelocidadedaoxidao. Antioxidantes como BHT e TBHQ so conhecidos por retardarem efeitos de oxidao no biodieselEstetrabalhotevecomoobjetivoestudaroefeitodaadiodeBHTnasproporesde200, 400, 600, 800, 1000 ppm ao biodiesel metlico de girassol, atravs do mtodo Rancimat e P-DSC. METODOLOGIA Obiodieseldegirassolfoiobtidopelareaodetrasesterificaoatravsdarotametlica.A razomolarleo/metanolutilizadafoide1:6,com1,0%deKOHcomocatalisador.Acaracterizao fsico-qumicadobiodieseldegirassolfoirealizadatendocombaseosseguintesmtodos, especificados pela ANP: ndice de acidez (ASTM D 664); teor de enxofre (ASTM D5453) e viscosidade cinemtica(ASTMD445).Obiodieselfoiaditivado(gravimetricamente)comconcentraesde200, 400,600,800,1000deBHT.AsamostrasforamanalisadasatravsdomtodoRancimatsegundoa Norma Europia EN 14112, utilizando o equipamento de marca METROHM, modelo Rancimat 843.Otempoinicialdeoxidao(OIT)foideterminadoatravsdomtodoisotrmicoemum calormetroexploratriodiferencialsobpressodemarcaNETZSCH,modeloDSC204HPacoplado com clula, DSC Pressure Cell, sob presso 1100 KPa, em atmosfera de ar sinttico. RESULTADOS E DISCUSSO Orendimentodareaodetransesterificaodoleodegirassolfoideaproximadamente 87,3%m/m.ATabela1apresentaosresultadosdacaracterizaofsico-qumicadobiodieselde girassol metlico. Todos os valores esto dentro das especificaes estabelecidas pela Resoluo ANP No7/2008, para comercializao do produto.Na Figura 2, apresentam-se as curvas sobrepostas de Rancimat para o B100 de girassol sem antioxidante e os B100 de girassol aditivado com as seguintes concentraes de BHT: 200, 400, 600, IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 20 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 18-23. 800 e 1000 ppm. A Tabela 2 lista os valores dos perodos de induo (PI) para as mesmas amostras, a diferentes temperaturas.Observa-se que o perodo de induo (PI) para o B100 metlico de girassol de 1,18 horas, a temperatura de 110 C. Este valor no atende a especificao da ANP, que de 6 horas. De acordo com os valores apresentados na Tabela 2 e a extrapolao (Figura 1), observou-se queobiodieselmetlicodegirassol(semantioxidante)tem,a25C,umtempodeestocagemde aproximadamente 36 dias (0,10 anos). Este o tempo que o B100 leva para iniciar sua oxidao. Com a adio de 1000 ppm de BHT, observou-se que o tempo mximo de estocagem triplicou, passando a 108 dias (0,30 anos). A partir dos resultados obtidos pelo Rancimat (Figura 2) e P-DSC (Figura 3) pode-se observar queaadiodeBHTaobiodieseldegirassol,favoreceaumaumentoprogressivonoperodode induo oxidativa, o que, por conseguinte, melhora a qualidade do biocombstvel, visto que retarda o processo de oxidao do mesmo.Noentanto,todasasamostrasdeB100degirassoladitivadascomdeBHT,nasdiferentes concentraes,apresentaramPIforadasespecificaes,oqueindicaqueoantioxidantemesmo exercendo atividade quando acrescido ao biodiesel, no eficiente para elevar o perodo de induo a um valor superior s 6 horas determinadas pela ANP. A Tabela 3 mostra uma comparao entre os resultados obtidos pelos mtodos Rancimat e P-DSC. Observa-se que o aumento da estabilidade oxidativa confirmado nas duas tcnicas. CONCLUSO O B100 aditivado com BHT apresentou um aumento do PI e do OIT, ou seja, um aumento da estabilidadeoxidativa,deformaprogressivacomoaumentodaadiodoantioxidante.Noentanto, nenhumaconcentraofoieficienteparaaumentaroperododeinduoapontodeenquadraro biodiesel de girassol na especificao ANP vigente (6,0 horas). IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 21 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 18-23. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS FERRARI R., A., SOUZA, W., L. Avaliao da Estabilidade Oxidativa de Biodiesel de leo de Girassol com Antioxidantes. Quim. Nova, vol. 32, n. 1, p. 106-111, 2009. GONDIM,A.D.AvaliaodaEstabilidadeTrmicaeOxidativadoBiodieseldeAlgodo..Programa de Ps-Graduao em Qumica, UFRN, Tese de Doutorado, 2009. KNOTHE,G.;GERPEN,J.,V.;KRAHL,J.;RAMOSL.,P.;EstabilidadeoxidaodoBiodiesel. Manual do Biodiesel. Traduo: Luiz Pereira Ramos. So Paulo: Editora Blucher, 2006. MELO, M. A. R. Monitoramento da Estabilidade Oxidativa no armazenamento de Biodiesel Metlico de Soja/Mamona e Blendas em Recipientes de Vidro. Programa de Ps-Graduao em Qumica, UFPB, Dissertao de Mestrado, 2009. POLAVKA,J.,et al.OxidationStability ofMethylEsters Studied ByDifferentialThermalAnalysis and Rancimat. Journal Of The American Oil Chemists Society.Vol. 82, n. 7, p. 519-524, 2005. TAVARES M., l., A., et al. Uso da Calorimetria Exploratria Diferencial Pressurizada na Avaliao Termo-Oxidativa do Biodiesel Etlico de Girassol Aditivado. VII CBRATEC, 2010. So Pedro, SP. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 22 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 18-23. Figura 1. Estudo de estocagem do biodiesel metlico de girassol (extrapolao a 25 C) 0 1 2 3 4 5 6 7 8050100150200250300Condutividade Eltrica (uS.cm-1)Tempo (h) B100 de Girassol B100 de Girassol + 200 ppm BHT B100 de Girassol + 400 ppm BHT B100 de Girassol + 600 ppm BHT B100 de Girassol + 800 ppm BHT B100 de Girassol + 1000 ppm BHT Figura 2. Curvas do Rancimat para o biodiesel metlico de girassol aditivado com diferentes concentraes de BHT. 200 4000.00.51.0Fluxo de Calo (W/g)Tempo (min) B100 de Girassol B100 de Girassol + 200 ppm BHT B100 de Girassol + 400 ppm BHT B100 de Girassol + 600 ppm BHT B100 de Girassol + 800 ppm BHT B100 de Girassol + 1000 ppm BHT Figura 3. Curvas obtidas pelo do mtodo isotrmico (P-DSC) para o biodiesel metlico de girassol aditivado com BHT IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 23 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 18-23. Tabela 1 - Caractersticas fsico-qumicas do biodiesel de girassol CaractersticasMtodoUnidadeB100 metlico GirassolEspecificaes ndice de Acidez, mxASTM D 664mg/KOH g0,19270,5 Enxofre total, mx.ASTM D 5453mg/Kg 0,8750 Viscosidade Cinemtica a 40 C, mxASTM D 445mm2/s4,23,0 6,0 Tabela 2. Valores de PI obtidos do B100 e das amostras de B100 aditivadas com BHT em diferentes temperaturas. Amostra Perodo de Induo (h) 110C120C130C140C B100 de girassol1,180,810,290,15 B100 de girassol + 200 ppm2,441,070,440,25 B100 de girassol + 400 ppm2,811,320,760,38 B100 de girassol + 600 ppm3,611,860,820,41 B100 de girassol + 800 ppm4,942,070,920,45 B100 de girassol + 1000 ppm5,882,521,210,67 Tabela 3. Valores de PI e OIT do B100 e das amostras de B100 aditivadas com BHT. AmostraPerodo de Induo (h)OIT (min) B100 de girassol1,1838 B100 de girassol + 200 ppm 2,4498 B100 de girassol + 400 ppm2,81126 B100 de girassol + 600 ppm3,61178 B100 de girassol + 800 ppm4,94204 B100 de girassol + 1000 ppm5,88245 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 24 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 24-29. BIODIESEL DE LEO DE FRITURA: INCLUSO SOCIAL E MENOS POLUIO EM REGIES METROPOLITANAS Manuela Xavier B. Alves*1; Antonio Martiniano jr1; Ana Rita F Drummond1; Francisco Svio G. Pereira2; Givaldo Oliveira Melo1; Jos Anacleto Melo1; Leydjane M. Almeida1 1Instituto de Tecnologia de Pernambuco - Av. Prof. Luiz Freire,700 - C. Universitria - Recife/PE - CEP: 50.740-540; 2Instituto Fed. Educao, Cincia e Tec. PE - Av. Prof. Luiz Freire 500 - C. Universitria - Recife/PE - CEP: 50.740-540; [email protected]; [email protected] RESUMO O consumo de biodiesel (B100) em 2009 foi de 1.550.445 m3 (ANP, 2010) para um teor de aditivode4%nodieseldepetrleo.Osdezmunicpiosbrasileirosmaispopulososapresentam31,9 milhesdepessoas,sendomaisde50%defamliasdebaixarenda.OcenriodoPNPBparaa maioriadosEstadosbrasileirosnoanimador,das65indstriasdebiodiesel,maisde50%esto paradasporfaltadematria-primaeasemoperaoutilizamleodesoja.Pernambucoaindano produzbiodieselemescalacomercial.Acoletadeleosdefriturasemregiesmetropolitanaspode gerarmatria-primaparaobiodiesel,inclusosocialereduodepoluio.Nestetrabalhofoi produzidobiodieselutilizandoleoresidualdefrituracoletadosnaRegioMetropolitanadoRecife usando mistura de metanol e de etanol na reao de transesterificao. Os parmetros de viscosidade cinemtica,acidezecorrosividadeaocobreforamtestadosnasamostrasdebiodieselproduzidase comparadas com os parmetros de diesel e biodiesel atestados segundo as Portarias da ANP, e todos atenderam as especificaes de conformidade. Estudos realizados demonstram que o leo residual de fritura capaz de suprir 50% das necessidades de matria-prima em Pernambuco.Palavras-chave OGR, transesterificao, gerao de renda, meio ambiente INTRODUO OProgramaNacionaldeProduoeUsodoBiodiesel(PNPB)estfundamentadoemtrs vertentes principais: econmico, ambiental e social (MCT, 2010).Nocampoeconmico,sabe-sequeaps5anosdeintensoincentivodosgovernos Federal/Estaduais o biodiesel ainda no competitivo com o diesel. O custo de produo do biodiesel (70-80%) estligadomatria-primaadvindodoleo desoja(83%)(ANP,2010).Asregiesonde a sojanocultivadaficamdependentesdaminoriadosEstados(RS,MT,GO,SP),comprometendo assim o PNPB, que tem como um dos fatores principais o econmico, visto queo Brasil importa cerca de 20% de diesel (MME, 2010). Segundo a ANP, em 2009 a produo Nacional de Biodiesel (B100) foi IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 25 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 24-29. de 1.608.053 m3, por outro lado neste mesmo ano, at junho foram utilizados 3% adicionados ao diesel de petrleo e 4% a partir de julho, o que representou o consumo de 664.477 m3 e 885.968 m3, para os respectivos perodos, totalizando 1.550.445 m3 de Biodiesel (B100) consumidos (ANP, 2010). Segundo o IBGE, a populao brasileira chegou a 191,5 milhes de pessoas em julho de 2009, dasquais17%aproximadamente,umentrecincohabitantes,vivemnosdezmunicpiosmais populososoquerepresenta31,9milhesdebrasileiros(IBGE,2010).AindadeacordocomoIBGE, nas metrpoles brasileiras, mais de 50% de famlias, so de baixa renda, com menos de dois salrios mnimos,indicandoassimqueumprogramasocialemmuitopoderiaelevararendafamiliardos carentes em Regies metropolitanas. O cenrio do PNPB para a maioria dos Estados brasileiros no animador,hajavistaquedas65indstriasprodutorasdebiodiesel,maisde50%estoparadaspor faltadematria-primaeasqueestoemoperaoutilizamleodesoja(ANP,2010).Pernambuco ainda no produz biodiesel em escala comercial tendo que importar de outros estados. Por outro lado, o consumo de leo comestvel em PE se aproxima dos 3 bilhes litros/ms. Este consumo ocorre em 1.968.761residnciase17.047estabelecimentoscomerciais:restaurantes,lanchonetes,churrascaria etc.,geralmentecomformairregulardedescarte(IBGE).Acoletadeleosdefrituraemregies metropolitanas geraria matria-prima para a produo de biodiesel com incluso social. Essas pessoas inclusaspassariamafazerpartedoprocessodeintegraosocialeoleodescartadodeixariade poluirambientesaquticoseterrestres.Sabe-sequecadalitrodeleopodecontaminarcercade 1.000.000 de litros de gua (TRENBERTH, 2007). Nestetrabalhoobiodieselfoiproduzidoutilizandoleosegordurasresiduaisdefriturasde cozinhascomerciais/industriaiscoletadosnaRegioMetropolitanadoRecife.Foiusadoetanolcomo reagentenareaodetransesterificao.Osparmetrosdeviscosidade,acidezecorrosividadeao cobreforamtestadosnasamostrasdebiodieselproduzidasecomparadascomosparmetrosde diesel e biodiesel, segundo as Portarias da ANP. METODOLOGIA A amostra de 1L do leo de fritura foi vertida em funil de separao e deixada em repouso por 12horasparaeliminao dosmateriaisdispersosindesejveisnoprocesso de produo dobiodiesel (Figura1).Areaodetransesterificaofoirealizadacomohidrxidodepotssio(KOH)como catalisador(quantidadeconstantedecercade2g).Asmatrias-primasusadasnestareaoforam: 350mLdeleoresidualdefritura(oquerepresenta75%)e70mLdelcool(misturademetanole etanolequerepresenta25%);inicialmentesomentemetanolegradativamenteaquantidadede IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 26 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 24-29. metanol foi diminuda em 10 mL e aumentada assim na mesma proporo a quantidade de etanol (10 mL), at que a quantidade de metanol fosse de 0 mL (0%) e a quantidade de etanol de 70 mL (25%). A temperatura de reao foi constante de 40 C e o tempo foi de 30 minutos. Detalhes podem ser obtidos em Martiniano (2008); todos os experimentos realizados foram, no mnimo, em triplicatas. Nestetrabalhoforamescolhidosasanlisesdeviscosidadecinemtica(ABNT10441),ndice de acidez (ABNT 14448) e corrosividade ao cobre (ABNT 14359) como os parmetros de especificao do biodiesel produzido a partir do leo residual de fritura, seguindo as especificaes da ANP. RESULTADOS E DISCUSSO Comopodeser vistonaTabela1oexperimento5foiumdelimitador dereduo/substituio doreagentemetanolporumamisturademetanoleetanolnatransesterificao,poisoresultadoda produodebiodieselficouacimade80%.Nesteexperimentoforamutilizados30mLdemetanol (42,9%)e40mLdeetanol(57,1%),ouseja,umaproporode3:4demetanol:etanol.Quandoo etanol utilizado foi superior a 57,1%, a produo de biodiesel decresceu (experimentos 06, 07 e 08). Os experimentos07e08mostraminclusiveumagravante,ouseja,0%deglicerina,indicandoano ocorrnciadareaodetransesterificao.Parafacilitarreaodetransesterificao,amistura metanol/etanolfoiadicionadaemexcesso.Adeterminaodaquantidadedolcoolresidualno reagido foi feita por destilao da mistura (biodiesel e glicerina) (Martiniano, 2008). A mistura (biodiesel e glicerina), aps a destilao para eliminao do lcool residual, foi vertida em tubos de centrfuga e medidos as quantidades produzidas de biodiesel e glicerina. ATabela2apresentaosresultadosdosensaiosfsico-qumicosdasamostras.Segundoa ANP, o biodiesel deve apresentar: viscosidade cinemtica a 40 C de 3,0 6,0 mm2/s; ndice de acidez at0,50mgKOH/gecorrosividadeaocobreat1(adimensional).Comopodeservisto,aamostra (experimento5)estemconformidadecomasespecificaesdaANP.Oleodefriturainnatura apresenta viscosidade 5,8 vezes mais elevada que o mximo permitido (3,0 6,0) indicando assim que a reao de transesterificao o fator principal na diminuio da viscosidade de leos vegetais para torn-los com as caractersticas de diesel depetrleo. No leo de fritura in natura (acidez de 2,4 mg KOH/g)nofoiaplicadoqualquerprocessodeneutralizao,todaviaoexperimento5apresentao resultadode0,11mgKOH/gindicandoqueduranteareaodetransesterificaoaacidezfoi diminudaconsideravelmenteproduzindoobiodieseldentrodoslimitesdaANP(acidezat0,50mg KOH/g). IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 27 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 24-29. Oteordeacidezexpressaaquantidadedosresduoscidosresultantesdousoe armazenamento doleoqueserconvertidoembiodiesel.Vriosfatorespodeminfluenciaraacidez, mas o principal o tratamento dado ao produto durante a colheita, produo, uso e armazenamento. A viscosidade mede a dificuldade com que o leo escoa; quanto mais viscoso for um leo mais difcil de escorrer,emaiorasuacapacidadedemanter-seentreduaspeasmveisfazendoalubrificao.A corrosividadeaocobredumaindicaorelativadograudeataquedoleoemrelaospeas metlicasconfeccionadasemligasmetlicasqueseencontrampresentesnossistemasde combustveis dos veculos e equipamentos. Estudosrealizadospornossogrupodepesquisa(SANTOS,2007)demonstramqueoleo residualdefrituracapazdesuprir50%dasnecessidadesdePernambuco.Adicionalmente,este trabalho apresenta biodiesel produzido a partir de leo residual de fritura com os parmetros analticos emconformidadecomaANP.Almdisso,areciclagemdoleoresidualdefriturapodefortalecera cadeia produtiva do biodiesel e o PNPB, principalmente nos dois pilares social e ambiental, promoveria ousoderecursoslocaiseabundantesnasregiesmetropolitanas,diminuiriaodesperdcioea poluio dos locais onde este leo descartado arbitrariamente. Enfim, os leos e gorduras de frituras residuais desperdiados nos ralos das cozinhas domsticas, comerciais e industriais das metrpoles doNordesteaoinvsdeseremagentespoluidores,podemsertransformadosembiocombustveis, como j praticado no Sul e Sudeste do Brasil. CONCLUSES A transesterificao do leo de fritura com metanol apresenta 82,9% de converso do leo em biodiesel. Naproporode30mLdemetanole40mLdeetanol(3:4metanol:etanol)aconversoem biodiesel de 80,8 %. O leo residual de fritura apresenta viscosidade e acidez elevadas e aps a transesterificao, produz biodiesel enquadrado nas especificaes da ANP. Oleoresidualdefritura,matria-primaabundantenasregiesmetropolitanaspodegerar renda para a populao mais carente. AGRADECIMENTOS FINEP pelo financiamento e s empresas PETROBRAS (SUAPE-60 km do Recife) e SAGA (Recife) pelas amostras. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 28 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 24-29. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ANP - Agncia Nacional de Petrleo, Disponvel em: htpp:// www.anp.gov.br. Acesso em: 10 mar. 2010. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. www.ibge.gov.br. 10 jan. 2009. MARTINIANO, JR., A. 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Tabela 1 Produo de biodiesel utilizando leo de frituraExperimento Total 70 ml Biodiesel(%)Glicerina (%) lcool residual (%) CH3OH (ml)/(%) C2H5OH (ml)/(%) 0170/1000/0,082,97,010,1 0260/85,710/14,382,36,810,9 0350/71,420/28,681,77,011,3 0440/57,130/42,981,28,010,8 0530/42,940/57,180,88,510,7 0620/28,650/71,478,64,017,4 0710/14,360/85,776,10,023,8 080/070/10074,90,025,1 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 29 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 24-29. Tabela 2 - Anlises fsico-qumicas Diesel e Biodiesel (B100) cedidos pela PETROBRS, leo residual de fritura in natura e biodiesel (experimento 5) produzido neste trabalho. Amostra ndice de acidez (mg KOH/g) Vicosidade cinemtica (mm2/s) Corrosividade ao cobre (adimensional) Diesel 100%0,153,61 Biodiesel 100%0,284,41 leo de fritura2,4034,81 Experimento 50,114,61 IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 30 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 30-35. BIODIESEL DE LEO DE PEIXE UMA ALTERNATIVA PARA REGIES SEMI-RIDAS Givaldo Oliveira Melo*1; Ana Rita F Drummond1; Francisco Svio G. Pereira2; Jos Anacleto Melo1, Rodrigo Alencar1, Danielli Matias M. Dantas3; Alfredo O. Glvez4 1Instituto de Tecnologia de Pernambuco-Av. Prof. Luiz Freire, 700 C. Universitria - Recife/PECEP: 50.740-540; 2Instituto Federal de Educao de Pernambuco-Av. Prof. Luiz Freire, 500 C. Universitria - Recife/PECEP: 50.740-540 3Universidade Federal de Pernambuco- Av. Prof. Moraes rego s/nC. Universitria-Recife/PE-CEP50.670-4204Universidade Federal Rural de PEAv. Dom Manoel de Medeiros s/n D.IrmosRecife/PE-CEP 52.171-900 [email protected]; [email protected] RESUMOAindstriapesqueiraecolniasdepescadoresformadasnasproximidadesderiose audestmumenormepotencialparageraodeenergiaalternativa.Trata-sedoleodepeixe, matria-prima residual que poder ser utilizado na produo do biodiesel, combustvel renovvel. Com a transposio do Rio So Francisco, a populao carente de municpios do Semi-rido poder ter uma fonte de renda sustentvel, integrando produo de alimentos (peixe) e do resduo (leo), se usado de formaracionaletcnica.Nestetrabalho,oleodepeixe(tilpiadoNilo),extradodasvsceraspela empresaNetunosmargensdoRioSoFranciscofoiencaminhadoaoITEPparaproduodo biodiesel por transesterificao e realizao de anlises no leo in natura e no biodiesel. A Acidez no leoinnaturade5,6mgKOH/g,apssuatransesterificaoresultouem0,11mgKOH/gparao biodieselproduzido,enquadrando-senasespecificaesdaANP.Omesmoaconteceuparaa viscosidade, no leo in natura foi de 37,1 mm2/s e quando transesterificado resultou em 4,4 mm2/s. Obviamentecomodecrscimodaviscosidadeocorreuodecrscimodadensidadede914para856 kg/m3 para o leo in natura e o biodiesel, respectivamente. Palavras-chave leo de Peixe, tilpia do Nilo, ANP, transesterificao, pecuria INTRODUO OBiodieselumcombustvelcompostodealquilsteresdecidosgraxosdecadeialonga, conforme a especificao da Resoluo ANP N. 7 (19.3.2008). Dentre as matrias-primas para a sua produo esto os leos vegetais e leos e gorduras animais residuais OGR (ANP, 2010). De acordo com o Programa Nacional de Produo e Uso do Biodiesel (PNPB), o Brasilno deve privilegiar rotas tecnolgicas, matrias-primas e escalas de produo agrcola e agroindustrial. No entanto, a soja ainda aoleaginosaquemaisproduzbiodieselnoBrasil.Asprincipaismatrias-primasutilizadasna produodebiodieselso:leo desoja(83%),gorduraanimal(13%),leo de algodo(3%)eoutros materiais graxos incluindo a mamona (1%) (ANP, 2010). IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 31 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 30-35. Os leos vegetais e o biodiesel vm tendo grande difuso na mdia para uso energtico. Sabe-se, porm, que aps 5 anos de intenso incentivo dos governos Federal/Estaduais o biodiesel ainda no competitivo com o diesel. O custo de produo do biodiesel (70-80%) (Cmera, 2006) est ligado matria-primaadvindadoleodesoja(83%)Asregiesondeasojanocultivadaficam dependentes da minoria dos Estados (RS, MT, GO, SP), comprometendo assim o PNPB que tem como um dos fatores principais o econmico, visto que o Brasil importa cerca de 20% de diesel(ANP, 2010). ParaoNordeste,oPNPBinicialmenteinstituiuamamonacomoaprincipaloleaginosa,todaviaeste leo tem alto valor internacional (R$3,80/L) no sendo economicamente vivel para ser transformado embiodieselcomercial(R$2,00/L)(MME,2010).Adicionalmente,comofortalecimentoda ricinoqumica,oleodemamona,tambmconhecidonoBrasileinternacionalmentecomocastoroil, possui uma enorme versatilidade qumica dentro do ramo industrial, podendo ser utilizados em rotas de sntese para uma grande quantidade de produtos, com aplicao na rea de cosmticos, lubrificantes, polmeros, prteses, etc. (CHIERICE, 2001). Novas alternativas de obteno de matrias-primas para o biodiesel vm sendo pesquisadas, dentre elas: leo residual de fritura, microalgas e gorduras animais. Este estudo considera a caracterizao do OGR (leo de peixe da espcie tilpia do Nilo), de indstria (Netuno) localizada s margens do Rio So Francisco no Semi-rido dos Estados de PE e BA e sediada no Recife; subseqente produo e caracterizao do biodiesel utilizando esta matria-prima segundo a reao de transesterificao, observando-se as especificaes da ANP. METODOLOGIA Aamostra(12L)deleodepeixepassoupordoisprocessosdefiltrao(funildetecidoem algodo e vcuo) como visto na Figura 1 (b, c). Depois das filtraes a amostra do leo in natura (Figura 1c) foi submetida aos ensaios fsico-qumicos segundo os mtodos da ABNT. OsexperimentosdetransesterificaoforamconduzidosutilizandoocatalisadorKOHna proporode1%.Asmatrias-primasforam:leodepeixe(tilpiadoNilo)(500mL)emetanol(200 mL).Otempodereao(30minutos)foiconstanteemtemperaturade50 C.Osprodutosda transesterificao(biodieseleglicerina)foramtransferidosparafunildeseparaoedeixadosem repouso por 12 horas; aglicerina (18%) foi separada, Figura 1d. O biodiesel foi lavado por trs vezes com 100 ml de gua em cada lavagem; para retirar o excesso delcool, KOH e impurezas; aps cada lavagemopHdobiodieselfoimedido,sendode6,5-6,0-5,5,respectivamente.Obiodieselfoi desumidificadosobaquecimentode70 Cpor2horaseposteriormenteanalisadoseguindoas IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 32 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 30-35. especificaesdaANP.Aglicerinaproduzidanatransesterificaofoimedidaapscentrifugaode 50 mL da mistura reacional (Figura 1d) e por decantao e separao das fases (Figura 1e).Osensaiosrealizadosforam:massaespecficaa20 C,ndicedeacidez,viscosidade cinemtica a 40 C, ponto de fulgor, teor de gua por Karl Fischer, corrosividade ao cobre a 50 C. Os ensaios,guaesedimentosepH,nosoespecificadospelaANP;pormachou-senecessriosua realizaoparaconfirmaraacidezeteordegua(KARLFISCHER),tendoemvistaqueamatria-prima deve estar o mais prximo do pH neutro e isenta de gua, evitando a formao de cidos graxos livres e sabo, indesejvel na reao qumica de transesterificao. RESULTADOS E DISCUSSO OleodepeixeutilizadonosexperimentosfoiobtidoapartirdasvscerasdeTilpiadoNilo (Oreochromis niloticus L.) extrado em indstria de pescado (Netuno/PE). A Tilpia do Nilo foi a espcie depeixeescolhidaporrepresentarosegundomaiorgrupodepeixescultivadosnomundo,devido apresentarcrescimentorpidoerusticidade,almdefcilmanipulaodesexoecarnedeampla aceitao pelo mercado consumidor, em razo da inexistncia de espinhas em forma de y em seu fil tornando esta espcie apropriada para a indstria (HAYASHI, 1999) Independentedotipodematria-prima,obiodieseldevepossuircaractersticassimilares, quantoaodesempenhodomotor/emissesdehidrocarbonetos/poluentes.Ascaractersticas(boas prticas no carregamento, estocagem e manuseio) da matria-prima so importantes para obteno de biodieselcomaltaqualidadeeprodutividadedemodoaminimizaroueliminaradegradaodasua qualidade antes da utilizao na transesterificao (HOCEVAR, 2005); desta forma o leo de peixe foi caracterizado antes de proceder reao de transesterificao.Ataxadeconversodoleodepeixeinnaturaembiodieselfoide84%.Obiodieselfoi medidoemprovetaapssualavagemesecagem.ATabela1apresentaosresultadosdosensaios paraoleodepeixeinnatura(apsasduasfiltraescomomencionadonametodologia);nesta tabelasomostradostambmosresultadosparaobiodieselobtidoutilizandooleodetilpiaeos parmetrosparaobiodieselsegundoaANP.Observa-senaFigura1dqueobiodiesellogoapsatransesterificaoapresentacoramarelaeapsas12horasderepousoadquirecoloraolaranja caracterstica(Figura 1e). Como pode ser visto na Tabela 1, as propriedades fsico-qumicas do leo de peixe esto prximas das propriedades do biodiesel conforme a ANP, exceto os resultados de acidez e IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 33 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 30-35. viscosidadequeso11,2e6vezesmaiselevado,respectivamente,queasespecificaesdaANP para o biodiesel. Observa-seque areaodetransesterificaofoiefetivaequeo biodieselproduzidoapartir de leo de peixe (tilpia do Nilo) encontra-se conforme as especificaes da ANP. A Acidez no leo in naturasendode5,6mgKOH/g,passouaserenquadradacomasespecificaesdaANPapsa transesterificaoapresentandooresultadode0,11mgKOH/gparao biodieselproduzidoapartirde leo de peixe. O mesmo aconteceu para o resultado de viscosidade que para o leo in natura resultou em 37,1 mm2/s e quando transesterificado passou para 4,4 mm2/s. Obviamente com o decrscimo da viscosidadeocorreuodecrscimodadensidadeoumassaespecficade914para856kg/m3parao leoinnaturaeobiodiesel,respectivamente.Osresultadosobtidosnestetrabalhoindicamqueos parmetrosmaisrelevantesparaseverificarnaproduodebiodieselso:acidez,viscosidadee densidade(massaespecfica),hajavistaqueforamosquesofrerammaiorreduoconsiderandoa amostra in natura e o biodiesel produzido. ComocrescimentodeindstriasdeprocessamentodepeixedaespcietilpiadoNilo (OreochromisniloticusL.)noBrasil,aquantidadederesduosgeradosporestaatividadecadavez maior.Mundialmente,estaatividadegeraummontantedeaproximadamente66,5milhesde toneladas mtricas de resduos por ano, que implicam em problemas sociais, ambientais e econmicos (SANTOS, 2006). Atualmente essa matria-prima descartada por grande maioria de piscicultores.Osresultadosmostramqueoleodepeixe(tilpiadoNilo)podeserumaalternativaparaa produodebiodiesel,possibilitandoautilizaodematrias-primasquesoescassasem determinadas regies do pas. Com a transposio do rio So Francisco, ou seja, a mudana do fluxo departedoseuleitoparareasondeasecamaisintensaeprximadapopulaodosemi-rido, acredita-se que o nmero de colnias de pescadores ser acrescido; sendo assim com a utilizao de leo de peixe como matria-prima do biodiesel em muito favorecer a populao mais carente. CONCLUSES O leo de peixe (tilpia do Nilo) pode ser uma alternativa como matria-prima para a produo de biodiesel em regies do semi-rido. Obiodieselproduzidoapartirdeleodepeixe(tilpiadoNilo),atravsdereaode transesterificao, apresenta especificaes segundo a ANP. Apsreaodetransesterificaodeumleoougraxa,osparmetrosacidez,viscosidadee densidade so os mais relevantes de serem observados para atender especificaes da ANP. IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 34 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 30-35. AGRADECIMENTOS A empresa Netuno pelas amostras de leo de peixe (tilpia do Nilo) utilizadas neste trabalho. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ANP - Agncia Nacional de Petrleo, Disponvel em: htpp:// www.anp.gov.br. Acesso em: 10 mar. 2010. CMARA, G.M.S.;HEIFFIG, L.S. (Coord.). Agronegcio de plantas oleaginosas: matrias-primas para biodiesel. Piracicaba: ESALQ, 2006. p. 25 42. CHIERICE, G.O E CLARO NETO, S. In: O agronegcio da Mamona no Brasil. AZEVEDO, D. E LIMA E.F (Ed) Embrapa algodo (Campina Grande-PB)- Braslia: p.89-120, 2001 HAYASHI,C.;BOSCOLO,W.R.;SOARES,C.M..Usodediferentesgrausdemoagemdos ingredientes em dietas para a tilpia do Nilo (Oreochromis niloticus L.) na fase de crescimento. Acta Scientiarum, v.21,n.3, p.733-737,1999. HOCEVAR,L.,.BiocombustveldeleoseGordurasResiduaisARealidadedoSonhoII Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, leos, Gorduras e Biodiesel. Lavras MG, 2005 MMEMinistriodeMinaseEnergia,Disponvelemhtpp://www.mme.gov.br.Acessoem:27jan. 2010 SANTOS,F.F.;MALVEIRA,J.Q.;CRUZ,M.G.A.;FERNANDES,F.JN.ProduodeBiodiesela PartirdoleoExtradodasVscerasdePeixeIIICongressodePlantasOleaginosas,leos, Gorduras e Biodiesel. Lavras - MG, 2006 Figura 1 leo de peixe para a produo de biodiesel (a = bruta, b = filtrada com funil de tecido, c = filtrada vcuo) e biodiesel / glicerina produzidos (d = medio do teor de glicerina, e = separao das fases biodiesel/glicerina) ; superior = biodiesel e inferior = glicerina. (a)(b)(c)(d)(e) IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 35 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 30-35. Tabela 1 Caractersticas do leo de peixe in natura (tilpia do Nilo), do biodiesel produzido a partir da tilpia do Nilo e as especificaes para o biodiesel segundo a ANP. Ensaio leo de Tilpia Biodiesel de leo de Tilpia Especificaes da ANP para Biodiesel Massa Especfica. kg/m3 914856850-900 ndice de Acidez, mx mg KOH/g5,60,110,50 Viscosidade Cinemtica C. mm2/s37,14,43,0-6,0 Ponto de Fulgor, mn C311180100 Teor de gua (Karl Fischer), mx mg/kg2000400500 Corrosividade ao Cobre, mx,111 gua e Sedimentos, %AusenteAusente- Potencial Hidrogeninico, pH5,56,5-6,0-5,5- IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 36 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 36-40. BIODIESEL DO LEO DE PINHO MANSO DEGOMADO POR ESTERIFICAO Alianda Dantas de Oliveira *1; Jose Geraldo Pacheco Filho1; Luiz Stragevitch1; Renata Santos Lucena Carvalho1; Ialy Silva Barros1; 1Universidade Federal de Pernambuco(UFPE) - *[email protected] RESUMO No Brasil, os leos vegetais mais comumente usados para a obteno do biodiesel so os leosdemilho,mamona,girassol,soja,algodo,palmaentreoutros.Noentanto,recentemente,o pinhomanso(JatrophacurcasL.)estsendoconsideradocomouma boaopoagrcola,poissuas sementesproduzemumleodeexcelentequalidade.Obiodieselpodeserproduzidopor transesterificao em meio alcalino, mas para leos com acidez elevada, o mesmo tem que passar por esterificaocida,paraquehajaareduodeseuscidosgraxoslivres(FFA).Oobjetivodeste trabalhoestudaraesterificaodoleodepinhomansoparaposteriortransesterificao.Oleo degomadodepinhomansoapresentoupredominnciadoscidosolico(43,0%)elinolico(39,6),massaespecificade914,6kg/m3,viscosidadede33,0cStendicedeacidezde20,4mgKOH/g.A melhor condio para a reao de esterificao foi de 1,5% de H2SO4 e razo lcool / leo de 8:1, aps 60 minutos, apresentando converso igual a 72%. Palavras-chave degomagem, esterificao, acidez. INTRODUO A maior parte da energia consumida no mundo provm do petrleo, do carvo e do gs natural, pormessasfontessolimitadasecomprevisodeesgotamentonofuturo,oquetemmotivadoo desenvolvimentodetecnologiasquepermitamutilizarfontesrenovveisdeenergia(Ferrarietal., 2005).Nestecontexto,destaca-seobiodieselcomoumaalternativaparasubstituioaoleodiesel em motores de ignio por compresso.Emcomparaocomodiesel,obiodieselbiodegradvel,notxicoeocultivodesua matria-primaestimulaageraodeempregosnaagriculturafamiliar.Outravantagemdesua produorefere-sepossibilidadedeutilizaoemmotoresdeciclo diesel puro ou emmisturascom leodieselemdiferentespropores,exigindopoucaounenhumaalteraodomotor(AZEVEDOE LIMA, 2001). IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 37 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 36-40. NoBrasil,osleosvegetaismaiscomumenteusadosparaaobtenodobiodieselsoos leosdesoja,sebobovinoealgodo,compequenaquantidadedeoutrasoleaginosas(dend, mamonaegirassol).Noentanto,recentemente,opinhomanso(JatrophacurcasL.)estsendo considerado como uma boa opo agrcola.O pinho manso, assim como a mamona, pertencente famlia das euforbiceas, sendo uma espcienativadoBrasil.Asprincipaisvantagensdeseucultivoso:obaixocustodeproduo,sua capacidade de produzir em solos pouco frteis e arenosos, alm da alta produtividade e da facilidade de colheita das sementes. As sementes produzem um leo de excelente qualidade, superior ao leo de mamona,esemelhanteaodieselextradodopetrleo,paraserusadocomocombustvel.As propriedades encontradas no biocombustvel do pinho-manso atendem s especificaes da Agncia Nacional de Petrleo (ANP) para o petrodiesel (PINHO MANSO, 2009). O biodiesel produzido principalmente a partir da reao de transesterificao do leo com um lcooldecadeiacurtaempresenadeumcatalisadoralcalino,convertendoostriacilglicerdeosem steres,masoutrosprocessosparaaproduodebiodieselestosendoestudadoscomoa esterificaoqueutilizadoemleosquetemaltoteordeacidez,com3%a40%decidosgraxos livres (FFA). Nessa reao os cidos graxos livres so convertidos em steres e gua (J.M. Marchetti et al, 2008). Este trabalho teve por objetivo estudar a esterificao do leo de pinho manso para posterior transesterificao. METODOLOGIA O leo de pinho manso foi fornecido pela empresa NNE-Minas, e por se tratar de um leo bruto passou por processo de degomagem. Segundo Moretto, este mtodo consiste na adio de 3%(m/m)deguaaoleoaquecidoa70Ceposterioragitaodurante30minutosemumanica etapa. Como o leo apresentava grande quantidade de fosfatdeos aumentou-se a proporo de gua para5%eposteriormentepara8%emrelaomassadeleoefez-seoprocedimentoemduas etapas. Em seguida colocou-se o leo em um funil de decantao separou-se a goma, e depois secou-se o leo. Paraaproduodobiodieselfoifeitaareaodeesterificaoutilizandoumreatorbatelada de 500ml com camisa de aquecimento e agitador mecnico.IV Congresso Brasileiro de Mamona eI Simpsio Internacional de Oleaginosas Energticas, Joo Pessoa, PB 2010 Pgina | 38 CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGTICAS, 1, 2010, Joo Pessoa. Incluso Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodo, 2010. p. 36-40. Inicialmenteutilizou-se 200g deleode pinhomanso,aquecidotemperatura de 75C,em seguidaadicionou-secatalisadorH2SO4dissolvidoemlcooletl