anais cbnpg

79

Upload: suzy-dos-reis

Post on 21-Jul-2015

144 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: Anais cbnpg
Page 2: Anais cbnpg

Código: 15550

Título: A DEPRESSÃO NO IDOSO E SUA RELAÇÃO COM A FUNCIONALIDADE Autores: Maria Emilia Marcondes Barbosa; Maria Cristina Umpierrez; Evani Marques Pereira; Juliana

Sartori Bonini; Calíope Pilger;

Resumo:

Introdução: A depressão é um dos transtornos mais comuns entre as pessoas com

mais de 60 anos e frequentemente está associada a maior comprometimento físico,

social e funcional, afetando a sua qualidade de vida Objetivo: Determinar os fatores

associados à depressão leve e severa e seu impacto nas Atividades Instrumentais da

Vida Diária (AIVD) em idosos portadores de hipertensão e ou diabetes. Método: Estudo

quantitativo exploratório. Para a coleta de dados foi realizado um questionário e

aplicadas a escala de Lawton, que permite a avaliação das AIVD e a Escala de

Depressão Geriátrica Abreviada (GDS), instrumentos preconizados pelo Ministério da

Saúde. Para a análise de dados foi utilizado o programa Statistic 10.0 Resultados:

Foram avaliados 251 idosos, portadores de hipertensão e/ou diabetes, sendo 182 (72,6

%) do sexo feminino e 69 (27,4 %) do sexo masculino. Verificou-se que 66,2% do total

da amostra apresentavam sinais clínicos de depressão. Entre os homens, 39,1 % não

apresentavam depressão; 36,2% depressão leve e 24,6% depressão severa. Entre as

mulheres 31,8% não apresentava depressão; 37,4% depressão leve e 30,8% depressão

severa. A capacidade funcional foi altamente afetada nos idosos deprimidos na medida

em que avançam as faixas etárias, principalmente após os 80 anos de idade. No sexo

masculino, entre os portadores de depressão severa, na faixa etária de 60 a 69 anos,

33,3% apresentaram dependência parcial para AIVDs; na faixa de 70 a 79 anos, 50%

apresentaram dependência parcial e 25% dependência total. Com 80 ou mais anos

66,6% eram dependentes parciais e 33,4% dependentes totais. Entre as mulheres

portadoras de depressão severa, na faixa etária de 60 a 69 anos, 26,0% apresentaram

dependência parcial e 8,7% dependência total. Na faixa etária de 70 a 79 anos, 28,5%

apresentaram dependência parcial e 4,7% dependência total. Com mais de 80 anos

25% manifestaram dependência parcial e 25% dependência total. Constatou-se que as

mulheres eram afetadas por maior numero de comorbidades associadas à depressão

com o passar dos anos, no entanto após os 80 anos somente 50% eram dependentes,

já, na mesma faixa etária, 100% dos homens mostraram-se dependentes, mesmo com

um índice menor de comorbidades. Conclusão: Concluiu-se que a presença de

depressão influencia no desempenho das AIVDs. O sexo masculino apresentou maior

índice de dependência e menor comorbidade associado a depressão, enquanto nas

mulheres houve maior comorbidade e menor dependência.

Page 3: Anais cbnpg

Código: 15412

Título: A INFLUÊNCIA DA SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA NA CAPACIDADE DE

LOCOMOÇÃO EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; Paloma Andrade Pinheiro; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos

Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;

Resumo:

Introdução: Sintomas depressivos têm sido relacionado a pior desempenho em teste

de caminhada em idosos, prejudicando diretamente a qualidade de vida e atividades

habituais desses indivíduos. Objetivo: Verificar a relação entre sintomas depressivos e

o desempenho no teste de caminhada em idosos residentes na comunidade. Métodos:

Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar com delineamento seccional.

Participaram do estudo 316 idosos de ambos os sexos, residentes na zona urbana do

município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio

da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. Para testar a

velocidade de caminhada foi utilizado um percurso de 2,44 m, no qual o participante

foi instruído a andar de uma extremidade a outra em sua velocidade habitual, como se

estivesse andando pela rua. Os participantes poderiam usar dispositivos de apoio, se

necessário, e realizou-se o trajeto duas vezes, com o tempo sendo registrado em

segundos. O menor tempo foi considerado nas análises. O indivíduo foi considerado

capaz de realizar o teste, quando conseguia concluí-lo em ≤ 60 s. Para avaliar o

desempenho no teste de caminhada foi adotada uma pontuação de acordo com a

distribuição do tempo em Percentil: incapaz ou não concluiu = escore 0 (incapaz); >

P75 = escore 1 (fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); ≤ P25 = escore 3 (bom). A

associação entre a pontuação na GDS e o escore do teste de caminhada foi avaliada

por meio da Correlação de Spearman. Utilizou-se do teste do qui-quadrado para

comparar a prevalência de limitação nos testes de caminhada em indivíduos com e

sem sintomas depressivos. Em todas as análises o nível de significância adotado foi de

5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e

142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,8. A

prevalência de depressão encontrada foi de 20%. Idosos com sintomatologia

depressiva apresentam 43,4% de limitação nos testes de caminhada, enquanto que,

idosos assintomáticos apenas 16,7% (p = 0, 008). Observou-se que a pontuação na GDS

está negativamente correlacionada ao desempenho no teste de caminhada (R= -0,32).

Conclusão: Os resultados mostraram que a presença de sintomas depressivos

prejudica a capacidade de deslocamento em indivíduos idosos residentes em

comunidade.

Page 4: Anais cbnpg

Código: 15450

Título: A QUESTÃO DO TRABALHO, APOSENTADORIA E PERTENCIMENTO SOCIAL:

ESTUDO COM UM GRUPO DE IDOSOS VESTIBULOPATAS Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano;

Resumo:

Introdução: Segundo estudos realizados, o evento da aposentadoria se associa à

ruptura de rotinas realizadas pelo indivíduo durante anos e à perda do status

profissional que contribuía para a sua constituição identitária. A impossibilidade do

desempenho de novos papéis em uma sociedade que supervaloriza a produtividade e

a inserção no mundo do trabalho faz com que a aposentadoria seja vivenciada como a

perda do próprio sentido da vida e fator de exclusão social, concorrendo para o

surgimento de comportamentos depressivos ou socialmente negativos, agravados por

outros distúrbios próprios do envelhecimento, como as vestibulopatias. Objetivo:

Investigar a relação que idosos vestibulopatas estabelecem com o trabalho e a

aposentadoria e as suas influências sobre o sentido de pertencimento social. Método:

Foi realizado um estudo exploratório e descritivo com 62 idosos vestibulopatas, de 60

a 84 anos, de ambos os gêneros e diferentes níveis de escolaridade. As informações

foram obtidas por meio de um questionário específico e de entrevistas individuais com

duração aproximada de uma hora e meia cada uma. Todos os participantes assinaram

previamente o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Dos

participantes, 79% eram aposentados, enquanto 18% foram excluídos da

aposentadoria por terem trabalhado sem vínculos legais e 3% somente

desempenharam atividades domésticas; 18% continuavam a trabalhar e 76%

gostariam de voltar ao mercado de trabalho; 79% consideraram que as vestibulopatias

e as limitações físicas e intelectuais próprias do envelhecimento não interferem no

retorno ao trabalho; 70% verbalizaram sentimentos de baixa autoestima devido ao não

desempenho de um trabalho produtivo; 35% gostariam de exercer um trabalho não

remunerado; 30% utilizavam farmacoterapia antidepressiva, tendo iniciado entre 6

meses e um ano após a aposentadoria, e 90% dos entrevistados afirmaram que o

exercício do trabalho era importante para eles e que sentiam a falta da convivência

diária com os parceiros e dos rituais relacionados ao trabalho, chegando a chorar no

relato das experiências. Conclusão: Em idosos vestibulopatas, o evento da

aposentadoria e o não exercício de uma atividade produtiva trazem uma carga

negativa e um sentimento de não pertencimento social que, associados às

manifestações clínicas de distúrbios do equilíbrio corporal, podem interferir na sua

saúde física e mental. Medidas que reduzam esses impactos devem ser fomentadas

nesta população.

Page 5: Anais cbnpg

Código: 15347

Título: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA REABILITAÇÃO DE DEFICTS

NEUROLÓGICOS PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): UM RELATO DE CASO Autores: Letícia Y Castro; Sibelle de Almeida Tierno; Melissa Lampert; Marcelo Salame; Simone Almeida

Tierno;

Resumo:

Introdução A demência vascular é, após a Doença de Alzheimer, a segunda principal

causa de demência nos países ocidentais. É importante origem de déficits cognitivos,

motores e implicações psicossociais. O modelo de assistência multidisciplinar é a

proposta que mais se encaixa às necessidades multifatoriais deste indivíduo.

Apresentamos um caso de reabilitação de um paciente com seqüelas de AVC que

recebeu esse tipo de assistência. Objetivos Demonstrar, através de um caso de

demência vascular, um modelo de trabalho em equipe multidisciplinar no cuidado e

reabilitação do paciente. Métodos Análise dos dados do prontuário do paciente e

revisão de literatura. Resultados Paciente A.A.D.,masculino, 68 anos, com história

prévia de etilismo e tabagismo, chegou ao pronto atendimento com hemiparesia à

direita, fala disártrica, lúcido, porém desorientado. Em TC de crânio evidenciou-se

hipodensidade subcortical em lobo frontal direito. A arteriografia de carótidas mostrou

oclusão de artéria carótida esquerda distal por evento embólico. O paciente

apresentou boa evolução clínica, porém após a arteriografia, apresentou novo evento

isquêmico. Teve alta hospitalar hemiplégico à direita e afásico, restrito ao leito,

incontinente, em uso de sonda vesical de demora e com dieta por sonda nasoenteral.

Após, foi assistido pela equipe serviço de internação domiciliar, composta por

assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga, médica e nutricionista.

Foram feitas visitas periódicas e as decisões tomadas pela equipe priorizavam um

plano de reabilitação que otimizasse a capacidade funcional e autonomia do paciente.

Foi submetido a exercícios de reabilitação fono e fisioterápicos, cuidados com

prevenção de escaras, manejo das comorbidades clínicas e houve também

treinamento com os cuidadores. Hoje o paciente deambula com auxílio, apresenta fala

discretamente disártrica, continência fecal e urinária e independência para a maioria

das atividades diárias. Está vinculado ao ambulatório de Geriatria e em

acompanhamento com a mesma equipe responsável por sua reabilitação. Conclusão O

plano de trabalho da equipe multidisciplinar, baseado na visão integral do paciente foi

fundamental na reabilitação física e funcional do doente. É de extrema importância

que se expanda esta abordagem para que um número cada vez maior de pacientes

crônicos seja beneficiado.

Page 6: Anais cbnpg

Código: 15549

Título: ACESSIBILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS EM

HOSPITAIS DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL Autores: Vanessa Medeiros Pinto; Aline Ponte; Daniela Tonús; Giulia Rodrigues; Laura Pacheco;

Resumo:

Atualmente a inclusão vem sendo apontada como um fator importante, privilegiando a

promoção da saúde em diversos ambientes. A ausência de acessibilidade pode

eliminar ou restringir a independência de indivíduos com deficiência e/ou mobilidade

reduzida. Nesse âmbito realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo, avaliando as

condições arquitetônicas de acesso de pessoas com deficiência física e/ou mobilidade

reduzida a um hospital público e um hospital privado de Santa Maria/RS. A partir das

análises dos ambientes observou-se que os espaços hospitalares não estão totalmente

adaptados para receber pessoas com deficiências físicas e/ou mobilidade reduzida,

pois apresentam instalações inadequadas, não seguindo as normas da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para facilitar o deslocamento de pessoas com

tais dificuldades poderiam ser adotadas medidas públicas organizacionais destinadas a

lhes garantir o direito de ir e vir livremente e, ao mesmo tempo, eliminar barreiras

físicas que as impeçam de alcançar seus objetivos.

Page 7: Anais cbnpg

Código: 15430

Título: ANÁLISE DA IDADE SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES FISICAMENTE

ATIVAS Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Igor Conterato; Denise Rodrigues Bueno; Camila Buonani da Silva;

Ismael F. Freitas Júnior; Jair Sindra Virtuoso Júnior;

Resumo:

Introdução: Diante das transformações demográficas, a qualidade de vida e o

envelhecimento são aspectos importantes para a longevidade ativa, sendo que,

dependem do equilíbrio entre o declínio natural das capacidades individuais, mentais,

físicas e dos hábitos de vida, ou seja, dos comportamentos extrínsecos que o indivíduo

tem ao longo da vida. Objetivo: Verificar a partir de qual idade a qualidade de vida

começa a ser mais afetada. Métodos: A amostra foi constituida por 210 mulheres

fisicamente ativas, com idade entre 30 a 85 anos (56 ± 11 anos), participantes do

programa “Ginástica Orientada” da cidade de Uberaba/ MG, que realizam atividade

física orientada duas vezes por semana. Para análise do efeito da idade sobre a

qualidade de vida as mulheres foram divididas em cinco diferentes grupos de acordo

com décadas vividas, sendo o primeiro grupo (1) com idade compreendida entre 30 a

40 anos, e o quinto grupo (5) com idade acima de 70 anos. Para a análise subjetiva de

qualidade de vida foi aplicado a versão curta do questionário proposto pela World

Health Organization’s Quality Of Life- WHOQOL-BREF que consta de 26 questões,

sendo duas questões gerais e as demais 24 abordando os quatro domínios específicos

avaliados pelo referido questionário (físico, relação social ambiental e psicológico). A

comparação entre as idades foi realizada utilizando-se a ANOVA One-Way, com teste

Post Hoc Least Significant Difference – LSD e a correlação de Person para verificar a

associação entre idade e domínio físico. Todas as análises foram realizadas utilizando o

programa SPSS (versão 13.0) e o nível de significância foi previamente estabelecido em

5%. Resultados: O único dos domínios que apresentou diferença estatística foi o

domínio físico, uma vez que, as mulheres do grupo 1 (16,00) e 2 (15,66) apresentaram

resultados significativamente maiores que as dos grupos 3 (14,85), 4(14,86) e 5 (14,15)

com o P<0,03, ocorreu também correlação negativa da idade com o domínio físico (-

0,21) com o P<0,002. Considerações: De acordo com os resultados apresentados

podemos concluir que na amostra do presente estudo a qualidade de vida começa a

ser mais afetada, no que diz respeito ao domínio físico, a partir dos 50 anos.

Page 8: Anais cbnpg

Código: 15434

Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE QUEDA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM

COMUNIDADE NO INTERIOR DO NORDESTE BRASILEIRO Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos; Carlos Alencar Souza

Alves Junior; José Carlos Candido Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;

Resumo:

Introdução: A queda constitui-se como evento multifatorial decorrente de alterações

fisiológicas do envelhecimento, enfermidades, circunstâncias sociais e ambientais.

Evidências sugerem que a depressão pode fazer parte da rede causal da queda.

Objetivo: Verificar a associação entre queda e depressão em idosos residentes em

comunidade no interior do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo epidemiológico de

base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os

sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A prevalência

de quedas foi avaliada por meio de resposta dicotômica (sim ou não) a seguinte

pergunta: “O Sr.(a) teve alguma queda nos últimos 12 meses?”. Os sintomas

depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6

pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo

(presença de sintomas depressivos). O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a

associação entre queda e depressão nos idosos. O nível de significância adotado foi de

5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142

homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 (DP). As

prevalências de queda e depressão foram 26% e 20%, respectivamente. A ocorrência

de queda foi significativamente maior (p = 0, 005) nos idosos com presença de

sintomas depressivos (41%) do que naqueles com ausência (22,1%). Conclusão: Os

resultados mostraram que a ocorrência de quedas está associada à presença de

sintomas depressivos em idosos, sugerindo o desenvolvimento de ações que visem à

promoção da saúde dos idosos deprimidos para prevenção de quedas.

Page 9: Anais cbnpg

Código: 15410

Título: ASSOCIAÇÕES ENTRE MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA E PREJUÍZOS NA MEMÓRIA

DE TRABALHO, NA MEMÓRIA VERBAL E NO FUNCIONAMENTO EXECUTIVO DE IDOSOS Autores: Tatiana De Nardi Dias da Costa; Breno Sanvicente Vieira; Rodrigo Grassi de Oliveira;

Resumo:

Introdução: A Traumatologia Desenvolvimental investiga uma rede de interações entre

genética, experiências ambientais, períodos de vulnerabilidade e características de

resiliência, buscando entender o impacto biopsicossocial de eventos adversos no

desenvolvimento humano. Nesta perspectiva, evidências associam maus-tratos

infantis, como negligência e abuso, a prejuízos no funcionamento psicossocial

adaptativo na velhice e à incidência de transtornos psiquiátricos, alterações

neurofuncionais, neuroestruturais e a déficits cognitivos na vida adulta. Contudo, esse

estudo é pioneiro na investigação da relação entre negligência e abuso na infância e o

funcionamento cognitivo de idosos. Objetivo: investigou-se a associação entre maus-

tratos na infância e o desempenho de idosos em tarefas de Memória de Trabalho

(MT), Memória Verbal (MV) e Funções Executivas (FE). Método: Em uma amostra de

61 idosos (M=69,9 anos) foram aplicados os instrumentos: MEEM, MINI plus para fins

de exclusão de indivíduos com demência e psicopatologias. Para avaliação de maus-

tratos foi utilizado Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI), versão brasileira

do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Este avalia traumas infantis nas áreas:

abuso físico, abuso sexual, abuso emocional, negligência física e negligência

emocional. Estes testes foram intercalados com uma bateria de tarefas

neuropsicológicas. Resultados: A partir da análise regressão linear, a negligência na

infância associou-se de forma significativa a prejuízos em tarefas de MT, nos

componentes Executivo Central (Tarefa N-back auditiva: β= -0,367; p=0,031)e Buffer

Episódico (Memória Lógica Imediata –WMS-R: β= -0,420; p=0,012) e de MV tardia

(Memória Lógica Tardia- WMS-R= β= -0,434; p=0,006). Ademais, a exposição a abuso

físico na infância apresentou-se como fator de impacto nas FE de idosos,

especialmente na tarefa Cubos (WAIS-III) de organização visuoespacial (β= -0,375;

p=0,027). Conclusão: Os achados inferem que a negligência na infância, isoladamente,

configura um fator robusto associado com prejuízos na MT e MV de idosos. Por outro

lado, o abuso físico parece associar-se com dificuldades de FE. Conclui-se que maus-

tratos infantis, por si só, devem ser investigados como fatores de risco para

desenvolvimento de problemas biopsicossociais e cognitivos com impactos a médio e

longo prazo.

Page 10: Anais cbnpg

Código: 15530

Título: ATENÇÃO A SAÚE DO IDOSO: AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR E

DEPRESSÃO EM IDOSOS Autores: EVANI MARQUES PEREIRA; Jhoni Carlos Almeida Rodrigues; Vanessa Fernanda Goes; Marcus

Peikriszwili Tartaruga; Maria Cristina Umpiérrez Vieira; Juliana Sartori Bonini.;

Resumo:

O tema em foco foi a avaliação da funcionalidade familiar e depressão em idosos. Teve

como objetivo: Avaliar o nível de funcionalidade familiar em idosos e a sua correlação

com a depressão. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma abordagem

quantitativa. A população alvo deste trabalho foram idosos residentes no município de

Guarapuava – Paraná, pertencentes a quatro Unidades Básicas de Saúde (USB). Como

critério de inclusão considerou-se idosos a partir de 60 anos de idade, usuários do

Sistema Único de Saúde que estão cadastrados Sistema de Cadastramento e

Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA). A coleta de dados foi

realizada através do instrumento de avaliação de funcionalidade familiar (APGAR da

família), foi realizada no período do mês de novembro á dezembro de 2009. Teve início

somente após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do

Centro-Oeste – UNICENTRO, FR nº 296561, sob o oficio nº 172/2009. Utilizamos o

instrumento APGAR de Família. Os dados obtidos foram tabulados em planilha do

Microsoft Office Excel, com dupla digitação, e em seguida quantificado. Foi realizada

uma análise de correlação não paramétrica (Spearman), com índice de significância de

0,05.Dos 256 idosos avaliados, a idade média foi de 72 ± 8,43 anos. Na avaliação da

depressão, o número de idosos com suspeita desta chegou a 63 idosos, totalizando

24,60% da amostra. quanto a funcionalidade familiar, 88,67% (n=227) dos idosos

possuíam boa funcionalidade familiar, 5,46% (n=14) tiveram um moderada disfunção

familiar e 5,85% (n=15) apresentaram elevada disfunção familiar. Não houve

correlação entre depressão e funcionalidade familiar (r=-0,27). Não houve também

correlação entre estas variáveis de acordo com os gêneros, feminino (r=-0,29) e

masculino (r= -0,23). Os resultados demonstram a necessidade do serviço de saúde

promover ações de prevenção de intervenção nas famílias, a fim de que os idosos

continuem com o apoio em seus lares, e conseqüentemente uma melhor qualidade de

vida. Faz parte do papel da enfermagem desenvolver um trabalho que minimize esses

sintomas, mostrando ao idoso as características desta fase de vida, evidenciando que

eles podem viver bem com prazer e qualidade. O enfermeiro deve promover a

valorização da auto-estima do idoso, estimulando-o ao auto cuidado, autonomia,

utilidade e independência. Descritores: Idoso Fragilizado, Transtornos de Adaptação,

Idoso.

Page 11: Anais cbnpg

Código: 15435

Título: ATIVIDADE FÍSICA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Bruno Morbeck de Queiroz;

Venícius Dantas da Silva; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;

Resumo:

Introdução: A depressão constitui doença mental freqüente no idoso e está associada

a um impacto negativo em seu estado de saúde e qualidade de vida. A atividade física

é uma das estratégias utilizadas na prevenção e tratamento de deprimidos. Objetivo:

Averiguar a associação entre a prática de atividade física e a presença da

sintomatologia depressiva em idosos residentes no município de Lafaiete Coutinho-BA.

Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram

analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de

Lafaiete Coutinho-BA. A atividade física dos idosos foi avaliada pelo IPAQ e os

indivíduos foram classificados como insuficientemente ativos (< 150 min./semana) e

ativos (≥ 150 min./semana). Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de

Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas

depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). O teste qui-

quadrado foi utilizado para verificar a associação entre atividade física e depressão nos

idosos. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi

composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%), com idade variando de 60

a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP). A prevalência de idosos sedentários foi de

47,7% e de sintomas depressivos positivos de 20%. A prevalência de sintomas

depressivos positivos foi significativamente maior (p = 0, 004) nos idosos menos ativos

(28,2%) do que nos ativos (13,7%). Conclusão: Os resultados mostraram forte

associação entre sintomas depressivos e nível de atividade física insuficiente,

ressaltando a importância da atividade física na prevenção e promoção da saúde do

idoso.

Page 12: Anais cbnpg

Código: 15504

Título: AUTONOMIA: A VALORIZAÇÃO DO SUJEITO NO FIM DA VIDA Autores: Rejimara Alves Fernandes; Isabelle Schmidt da Silva; Vanessa C. Bacelo Scheunemann; Milene

Oliveira Tavares; Nina Rosa D’Ávila Paixão;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Segundo Segre e Cohen (1995), a bioética é o ramo da ética que enfoca

questões relativas à vida e à morte; como prolongamento da vida com qualidade.

Desta forma, faz-se necessário discutir a abordagem e o manejo de pacientes que

encontram-se em situação de morte próxima decorrente dos agravos da doença. O

impacto desta discussão é gerada devido à magnitude que tem a morte e a polêmica

que cerca o fato de que supostamente o ser humano detém o poder de decisão sobre

a vida ou morte de outro. A autonomia se refere ao respeito, à vontade e ao direito de

autogovernar-se. Conforme Fabbro (1999), só se fala no exercício de autonomia

quando há troca de conhecimento e informação entre equipe de saúde e o paciente,

oferecendo dados importantes, em linguagem acessível, para que sua decisão possa

ser tomada, garantindo a competência de todos os membros envolvidos na

situação.OBJETIVO: Promover a reflexão e discussão sobre a autonomia e o cuidado à

pacientes sem possibilidade de cura assim como o resgate da relação equipe de saúde-

paciente-família.MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo baseado nas

experiências de psicólogas residentes.RESULTADOS: Na prática clínica observa-se que

as situações de vida e morte envolvem vários personagens (paciente, familiares e

equipe de saúde); por vezes a equipe de saúde age unilateralmente, justificando-se

com a idéia de que sabe o que é melhor para o paciente, considerando que este não

possui preparo para saber o que é o melhor para si, facilitando o exercício do

paternalismo e da superproteção. O olhar da psicologia também focou-se além da

percepção desta problemática, possibilitando captar os sentimentos envolvidos com

decisões tomadas frente à morte, ou na iminência desta. Observou-se que alguns

pacientes com diagnóstico de câncer nos estágios finais reforçavam a vontade de não

mais viver ou de desistir do tratamento, por vezes muito sacrificante, porém raros

casos foram ouvidos de forma empática pela equipe e familiares.CONCLUSÕES:

Portanto é imprescindível respeitar a autonomia, oferecer informações que

possibilitam escolhas quanto aos procedimentos. Salientando como viés a

vulnerabilidade inerente ao paciente hospitalizado muitas vezes senil ou debilitado.

Para isto cabe ainda, fortalecer abordagens como o esclarecimento da patologia,

opções terapêuticas e medidas de conforto, avaliando exatamente de forma ética a

capacidade do paciente em tomar decisões acerca de sua própria vida.

Page 13: Anais cbnpg

Código: 15407

Título: AVALIAÇÃO COGNITIVA E FUNCIONAL DE IDOSOS DE COMUNIDADE

QUILOMBOLA DO NORDESTE DO ESTADO DE GOIÁS Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta;

Resumo:

INTRODUÇÃO: As principais alterações observadas em idosos com demência se

referem aos aspectos cognitivos e funcionais os quais apresentam forte correlação. As

alterações cognitivas, somadas à depressão, instabilidade, incontinência são

considerados os gigantes da geriatria e estão diretamente associados com o grau de

dependência desta população, sendo necessária maior atenção para prevenção,

detecção e tratamento destas condições. Estudos sobre o envelhecimento, demência e

alterações no âmbito cognitivo e funcional em idosos são escassos no Estado de Goiás,

sobretudo envolvendo uma população com características peculiares, como a Kalunga,

que se diferencia principalmente pelos aspectos sócio-demográficos, étnicos e

culturais. OBJETIVO: Estimar a prevalência de alterações cognitivas e funcionais em

idosos da comunidade quilombola Kalunga no município de Cavalcante-GO. MÉTODOS:

Estudo transversal das alterações cognitivas e funcionais de idosos, com idade igual ou

maior que 60 anos. Foram coletados e analisados dados de identificação, sócio-

demográficos, culturais e de morbidades prévias. Os dados de avaliação cognitiva e

funcional foram obtidos por meio da aplicação do Mini Exame do Estado Mental

(MEEM) e do Questionário de Atividades de Vida Diária (QAVD). RESULTADOS: No total

foram avaliados 65 idosos. A maioria dos indivíduos era do gênero masculino (52,3%),

casada (58,5%) e com idade média de 71,58 anos. O índice de analfabetismo entre os

indivíduos avaliados correspondeu a 93,8%. A prevalência de indivíduos com alteração

cognitiva e funcional foi de 9,2% (n=6), sendo que a alteração funcional (18,5%) foi

mais prevalente que a cognitiva (12,3%). CONCLUSÕES: A população em estudo não

apresentou prevalência equivalente de alterações cognitivas e funcionais em relação a

outros estudos realizados no Brasil e em outros países com população negra.

Page 14: Anais cbnpg

Código: 15532

Título: AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E BIOQUÍMICA DE ANIMAIS EXPOSTOS

CRONICAMENTE A FUMAÇA DE CIGARRO DURANTE O PERÍODO PRÉ-NATAL:

IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA ESQUIZOFRENIA Autores: Renata D‘altoé De Luca; Daiane Bittencourt Fraga; Fernando Viana Ghedim; Pedro F Deroza;

Alexandre Silverio; Andreza L Cipriano; João Luciano Quevedo; Ricardo A Pinho; Alexandra Ioppi Zugno;

Resumo:

Introdução: A esquizofrenia é uma doença heterogênea e extremamente debilitante e

pode ser causada por dois fatores: a hereditariedade e as influências ambientais.

Estudos mostram que a alterações na enzima acetilcolinesterase (AChE) no período

pré-natal estão associadas a déficits no desenvolvimento neuronal de serotonina e

dopamina e podem resultar em anormalidades comportamentais a longo prazo.

Objetivo: O objetivo do nosso trabalho foi avaliar parâmetros comportamentais e

bioquímicos de ratos adultos expostos cronicamente a fumaça de cigarro durante o

período pré-natal. Materiais e métodos: Ratas Wistar gestantes foram expostas a 12

cigarros por dia, durante toda a gestação. Nós avaliamos a atividade da enzima AChE e

a atividade locomotora de ratos machos adultos desta prole, submetidos ao modelo

animal de esquizofrenia por indução de doses agudas de cetamina (5 mg/kg, 15 mg/kg

e 25 mg/kg). A atividade da enzima AChE foi determinada pelo método de Ellman et al.

(1961). A atividade locomotora foi avaliada no campo aberto. Resultados: Nós

observamos que a administração de doses agudas de cetamina aumentou

significativamente a atividade da enzima AChE em todas as estruturas estudadas (CPF,

amígdala, estriado e soro) em ambos os grupos, em ratos expostos e não expostos a

fumaça de cigarro durante o período pré-natal comparado com os que receberam

somente salina. Os resultados também mostraram que a atividade locomotora

aumentou significativamente no grupo que recebeu dose aguda de 25 mg/kg de

cetamina e não foram expostos a fumaça de cigarro e nas doses de 5mg/kg, 15 mg/kg

e 25 mg/kg nos grupos que foram expostos a fumaça de cigarro comparado ao grupo

controle. Conclusão: A exposição da fumaça de cigarro no período pré-natal causa

alterações na atividade da enzima AChE e alterações comportamentais, em idade

adulta, podendo contribuir para o desenvolvimento da esquizofrenia.

Page 15: Anais cbnpg

Código: 15417

Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana

Machado Vasques; Renata Busin do Amaral;

Resumo:

Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar

características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50),

divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho

da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective

Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste.

Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos

saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de

Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar

alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado

International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo

de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e

do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis

estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença

significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os

escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros

(reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento

de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho

do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória

emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em

relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos

do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença

estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros.

Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.

Page 16: Anais cbnpg

Código: 15418

Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana

Machado Vasques; Renata Busin do Amaral;

Resumo:

Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar

características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50),

divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho

da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective

Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste.

Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos

saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de

Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar

alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado

International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo

de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e

do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis

estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença

significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os

escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros

(reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento

de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho

do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória

emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em

relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos

do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença

estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros.

Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.

Page 17: Anais cbnpg

Código: 15416

Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA IMPLÍCITA EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Gabriela Pereyra Tizeli; Adriana

Machado Vasques; Renata Busin do Amaral;

Resumo:

Introdução: Nos últimos anos, os processos de consolidação de memória vêm sendo

alvo de muitas pesquisas, visando o entendimento das bases biológicas do

comportamento. Nesse estudo, buscou-se verificar se a memória implícita altera seu

desempenho em idosos saudáveis na faixa dos 60-70 anos. Objetivo: Avaliar a

aquisição e persistência da memória implícita e comparar seu desempenho entre dois

grupos (grupo 1: 30-40 anos; grupo 2: 60-70 anos), com gênero, escolaridade, classe

socioeconômica, sintomas depressivos e ansiosos. Metodologia: Estudo transversal

controlado, realizado em Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de

Neuropsicologia, academias de ginástica, escolas de idiomas e funcionários de

Hospital. Os sujeitos responderam a uma entrevista para exclusão de medicação

psiquiátrica e doença neurológica. Para estimulação da memória implícita foi utilizado

Hooper Visual Organization Test (VOT). Resultados: Houve uma diferença significativa

(p<0,001) entre os grupos, demonstrando que o grupo 2 apresenta pior desempenho

da memória implícita quando comparado ao grupo 1. Conclusão: A avaliação com VOT

mostrou que o grupo 1 apresenta um desempenho da memória implícita

significativamente melhor do que o grupo 2. Sintomas de ansiedade não interferem

em seu desempenho. Não houve diferença estatística entre os gêneros e classe

socioeconômica. Descritores: Memória implícita, aprendizagem, envelhecimento,

ansiedade, depressão.

Page 18: Anais cbnpg

Código: 15461

Título: AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Ana Rita Rodrigues Lira; Felipe de Magalhães

Leão Luz; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Louise Mendes Trigueiro; Jonas Jardim de

Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Flávia Lanna de Moraes; F

Resumo:

Introdução: O comprometimento cognitivo leve (CCL) é o declínio de funções

cognitivas acima do esperado para a idade, mas que não prejudica a funcionalidade.

Esta enfermidade tem sido muito estudada, pois estes pacientes apresentam risco

elevado de desenvolver demência. Objetivos: Avaliar presença de CCL e associações

com outras patologias em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida-uma parceria

entre a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde

de Belo Horizonte e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram

coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados no Programa

Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise

estatística utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos

prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de

escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Dos 131

pacientes, treze (9,9%) apresentavam quadro clínico sugestivo de CCL. Entre os

pacientes com CCL, 53,8% apresentaram depressão, mas não houve associação

significativa entre estas variáveis (p=0,931, OR: 1,05 – IC95% - 0,33-3,32). Também não

houve associação entre CCL e tabagismo (p=0,497, OR:1,54 - IC95% 0,44-5,37), entre

CCL e diabetes mellitus tipo 2 (p=0,338, OR:1,79 - IC95% 0,54-5,90), entre CCL e

dislipidemia (p=0,098, OR: 2,74 – IC95% 0,80-9,39) ou correlação com sexo do paciente

(p=0,112 OR:0,40 - IC95% 0,12-1,28). Quanto à presença de hipertensão arterial,

observamos que 92,3% dos idosos com CCL são hipertensos. Todavia não houve

significância estatística (p=0,183, OR:4,47 – IC95%0,56-35,74). Com relação aos

quadros metabólicos, não constatamos associação com deficiência de vitamina B12

(p=0,21 OR: 0,21 - IC95% 0,03-1,70) e nem com hipotireoidismo (p=0,451, OR: 1,60

IC95% 0,40-6,44). Conclusão: A prevalência de CCL neste estudo foi elevada (9,9%)

quando comparado aos dados da literatura (em torno de 5% da população geral.

Provavelmente, relacionada às características da população atendida em um centro de

atenção secundária em geriatria. Apesar da alta prevalência de doenças crônicas não

transmissíveis nestes pacientes, estas patologias não representaram fator de risco para

desenvolver CCL na população em estudo.

Page 19: Anais cbnpg

Código: 15455

Título: AVALIAÇÃO DO DISTÚRBIO DE DEPRESSÃO MAIOR ENTRE OS IDOSOS

ATENDIDOS NO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Felipe de Magalhães Leão Luz; Louise

Mendes Trigueiro; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Ana Rita Rodrigues Lira; Flávia Lanna

de Moraes; Luiz Armando Cunha de Marco; Débora Marques de Mirand

Resumo:

Introdução: A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais frequente do idoso, afetando

sua funcionalidade e consequentemente sua qualidade de vida. Cursa, na maioria das

vezes, com sintomatologia não usual quando comparados aos adultos, predominando

os sintomas somáticos como perda ou ganho ponderal, alteração do sono,

irritabilidade e lentificação do pensamento. Devido à sintomatologia atípica é

frequentemente subdiagnosticada e subtratada. As consequências para os idosos são

relevantes: prejuízo cognitivo e funcional, dificuldade maior na recuperação e

reabilitação de doenças, risco de quedas e acidentes, além da maior incidência de

suicídio entre a população idosa. Objetivos: investigar a prevalência de depressão em

idosos atendidos pelo Programa Mais Vida (PMV), uma parceria entre a Secretaria

Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

e o Hospital das Clínicas da UFMG. Também objetiva estudar as associações com dados

demográficos. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos

atendimentos realizados no Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de

2011. Após, foi realizada análise estatística utilizando os programas SPSS 12.0 e EPI-

Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de

75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao

sexo feminino. A prevalência de depressão maior, utilizando critérios DSM IV para

diagnóstico foi de 51,9%. Não houve associação entre o diagnóstico de depressão

maior e o gênero (p=0,993, OR: 1,00 – IC95% 0,46-2,15), idade (p=0,091), tabagismo

(p=0,89) e etilismo (p=0,645). Também não observamos associação com histórico de

acidente vascular encefálico (p=0,421) ou com diagnóstico de demência (p=0,119, OR:

0,56 – IC95% 0,26-1,17). Conclusão: Observa-se elevada prevalência de depressão

entre os idosos atendidos no PMV em Belo Horizonte, contrastando com as taxas

citadas pela literatura médica, que varia entre cinco a 18% dos idosos na comunidade,

provavelmente por se tratar de um centro de referência em atenção secundária em

geriatria. Na amostra avaliada não se observou associação entre depressão e demência

ou histórico de acidente vascular encefálico.

Page 20: Anais cbnpg

Código: 15433

Título: BILINGUISMO COMO RESERVA COGNITIVA Autores: Ana Beatriz Areas da Luz Fontes; Johanna Dagort Billig; Ingrid Finger;

Resumo:

Introdução: Estudos têm revelado um efeito positivo do bilinguismo no controle

inibitório e têm sugerido que indivíduos que fazem uso contínuo de duas ou mais

línguas ao longo da vida demonstram retardo no início das manifestações clínicas de

demências. Objetivos: O presente estudo buscou investigar em que medida o

bilinguismo, operacionalizado como uso diário de duas línguas no decorrer da vida,

contribui para o desenvolvimento de uma reserva cognitiva, através da manutenção da

eficiência do controle inibitório no envelhecimento. Método: Participaram do estudo

42 adultos (20 monolíngues, 20 bilíngues) e 49 idosos (23 monolíngues, 26 bilíngues)

saudáveis de diferentes níveis de escolaridade. Os critérios de inclusão foram: escore

acima do ponto de corte no Mini Exame do Estado Mental (em função do nível de

escolaridade) e escore abaixo do ponto de corte na Escala de Depressão Geriátrica.

Para avaliar o desempenho dos indivíduos em termos de controle inibitório, analisou-

se o tempo de reação e a acurácia dos mesmos na tarefa Simon de Flechas (estímulo

não-linguístico) e no teste Stroop (estímulo linguístico). Resultados: A análise do Efeito

Simon (tempo de reação na presença do estímulo incongruente – tempo de reação na

presença do estímulo congruente) revelou um efeito conjunto de experiência de

linguagem e de idade, demonstrando uma diferença entre a magnitude do Efeito

Simon entre monolingues e bilíngues adultos, mas não idosos. Além disso, o nível de

escolaridade influenciou o tempo de reação dos participantes. Com relação ao

desempenho dos participantes no Teste Stroop, apenas um efeito de congruência foi

encontrado e revelou que os participantes foram significativamente mais rápidos na

presença de estímulos congruentes. Conclusão: Os resultados encontrados não

parecem corroborar evidência anterior de que o bilinguismo contribui para

manutenção do controle inibitório. Esta divergência entre o resultado encontrado e

resultados de pesquisas anteriores pode ser ao menos parcialmente atribuída ao uso

mais eficiente de controles no estudo presente.

Page 21: Anais cbnpg

Código: 15424

Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E CONDIÇÕES DE SAÚDE EM IDOSOS RESIDENTES EM

COMUNIDADE Autores: Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Roberta Souza Freitas; Wanderley

Matos Reis Júnior; Moema Santos Souza; Venicius Dantas da Silva;

Resumo:

Introdução: A capacidade funcional, quando utilizada como base da avaliação

geriátrica, engloba as várias dimensões de saúde que afetam a vida da população

idosa. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade

funcional e condições de saúde em idosos residentes em comunidade. Métodos:

Estudo transversal de base populacional e domiciliar. Participaram do estudo 316

(89%) idosos residentes na cidade de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade funcional foi

avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das Atividades

Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes

(quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando necessitavam de

ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de incapacidade

funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes, dependentes nas

AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram: auto-percepção

de saúde (positiva e negativa); queda nos últimos 12 meses (sim e não); número de

doenças crônicas (0, 1 e 2 ou mais); hospitalização nos últimos 12 meses (nenhuma e 1

ou mais); uso de medicamentos (0, 1 e 2 ou mais); sintomas depressivos, avaliado pela

GDS-15 (<6 pontos = sem sintomas e ≥6 pontos = com sintomas); estado cognitivo,

avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (comprometido e não comprometido);

IMC (<22 kg/m² = peso insuficiente, 22 a 27 kg/m² = adequado e >27 kg/m² =

sobrepeso). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística

multinomial, ajustada por sexo, idade e as condições de saúde. Resultados: A

população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A

idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de

dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência

nas AIVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 3,78; IC95% = 1,89-

7,55) e ao uso de 2 ou mais medicamentos (OR = 2,67; IC95% = 1,08-6,59). A

dependência nas ABVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 4,05;

IC95% = 1,54-10,65), uma ou mais hospitalizações (OR = 3,77; IC95% = 1,39-10,23) e ao

IMC (OR = 4,34; IC95% = 1,31-14,48, para baixo peso; OR = 7,19; IC95% = 2,10-24,57,

para sobrepeso). Conclusão: Os resultados mostram que comprometimento do estado

cognitivo, polifarmácia, hospitalização, baixo peso e sobrepeso são importantes

determinantes da capacidade funcional em idosos residentes em comunidade.

Page 22: Anais cbnpg

Código: 15425

Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES COMPORTAMENTAIS EM IDOSOS

RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Adriano Rodrigues Brandão Correia;

Mateus Carmo Santos; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;

Resumo:

Introdução: Os fatores comportamentais exercem influência na capacidade funcional

do idoso, atuando positivamente quando o indivíduo está sujeito a hábitos de vida

saudáveis. Esses fatores podem auxiliar na adaptação desse grupo à incapacidade, que

tende a ocorrer concomitantemente a idade. Objetivo: Analisar a associação entre

comprometimento da capacidade funcional e fatores comportamentais em idosos

residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e

domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%) idosos

residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade

funcional foi avaliada através das atividades básicas da vida diária (ABVDs) e das

atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), classificando os idosos em

independentes, quando não relatavam necessidade de ajuda para realizar nenhuma

atividade, e dependentes, quando relatavam necessidade de ajuda em pelo menos

uma das atividades. Uma escala de incapacidade funcional hierárquica foi construída

distinguindo três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes

nas ABVDs. As variáveis independentes foram os fatores comportamentais: atividade

física (<150 min/sem = insuficientemente ativo; ≥150 min/sem = ativo), avaliada pelo

IPAQ, versão longa; alcoolismo (bebe ≤1 dia/sem; bebe >1 dia/sem); tabagismo

(fumante, ex-fumante e nunca fumou). Para verificar a associação foi utilizada a

técnica de regressão logística multinomial, ajustada por sexo, idade e os fatores

comportamentais. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres

(55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ±

9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%,

respectivamente. Apenas a atividade física foi associada a capacidade funcional, com

os indivíduos insuficientemente ativos sendo mais dependentes (OR = 3,40; IC95% =

1,62-7,14, para ABVDs; OR = 1,91; IC95%=1,09-3,36, para AIVDs). Conclusão: Os

resultados apontam a atividade física, dentre os fatores comportamentais, como um

forte preditor da capacidade funcional. Observa-se a necessidade do incentivo a

prática de atividade física nesse grupo etário, para que haja aumento da qualidade de

vida e dos anos vividos sem incapacidade.

Page 23: Anais cbnpg

Código: 15426

Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS

RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Raiana Souza Ferreira; Adriano Rodrigues

Brandão Correia; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;

Resumo:

Introdução: A avaliação da capacidade funcional deve abranger os aspectos da

interação entre o indivíduo e os fatores contextuais. Objetivo: Analisar a associação

entre comprometimento da capacidade funcional e fatores sócio-demográficos em

idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base

populacional e domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%)

idosos residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. O município

estudado possui baixos indicadores sócio-demográficos e educacionais. A capacidade

funcional foi avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das

Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em

independentes (quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando

necessitavam de ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de

incapacidade funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes,

dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram

as características sócio-demográficas: sexo; grupos etários (60-69, 70-79 e ≥80 anos);

raça/cor auto referida (branco e não branco); sabe ler e escrever um recado (sim e

não); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas (sim e

não). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística

multinomial múltipla, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A

população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A

idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de

dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência

nas AIVDs foi associada ao grupo etário ≥80 anos (OR = 4,46; IC95% = 2,13-9,36),

raça/cor não branca (OR = 2,32; IC95% = 1,12-4,80) e não saber ler ou escrever (OR =

3,51; IC95% = 1,90-6,47). A dependência nas ABVDs foi associada ao grupo etário ≥80

anos (OR = 6,43; IC95% = 2,49-16,58) e não participação em atividades religiosas (OR =

8,57; IC95% = 2,42-30,30). Conclusão: O declínio na capacidade funcional está

associado ao aumento na idade, não participação em atividades religiosas, raça não

branca e não saber ler ou escrever. Sugere-se priorizar esses grupos mais vulneráveis

em ações com foco na saúde funcional.

Page 24: Anais cbnpg

Código: 15439

Título: CUIDADORES SIGNIFICANTES :ATENÇÃO DIFERENCIADA A POSSÍVEL

SOBRECARGA FÍSICA E EMOCIONAL Autores: Daniela Tonús; KAREN SEEGER; VANESSA MEDEIROS PINTO;

Resumo:

Introdução: A hospitalização é uma circunstância de grande desamparo para o

paciente e seus familiares, onde muitas vezes não existem orientações claras que

possam direcioná-los e auxiliá-los quanto à rotina e suas modificações em virtude

desse evento. Assim, pode causar sobrecarga, não só ao paciente que está acometido

de cuidados, mas também para seu cuidador. A qualidade de vida dos cuidadores

merece uma atenção especial por parte dos profissionais da saúde, visto que, estes por

vezes adoecem em função dos fatores estressores causados pela situação a qual estão

expostos. Objetivo: analisar se existe sobrecarga física e emocional em cuidadores

significantes de pacientes neurológicos. Além disso, investigar quais os fatores que

levam a esta sobrecarga e verificar o momento de maior angustia e fragilidade.

Metodologia: Este trabalho é caracterizado por uma pesquisa qualitativa, com

abordagem em grupo focal, podendo dessa forma basear-se na tendência humana de

formar opiniões e atitudes na interação com os outros indivíduos. A pesquisa foi

realizada em um hospital geral na cidade de Santa Maria-RS durante o primeiro

semestre de 2011. Os sujeitos da pesquisa foram cuidadores de pacientes neurológicos

hospitalizados e utilizou um roteiro temático composto por quatro questões

norteadoras. Resultados e conclusão: Os resultados comprovam que os cuidadores

significantes sofrem de sobrecarga física assim como emocional, necessitando,

portanto de atenção e cuidado por parte dos profissionais da saúde, inclusive dos

terapeutas ocupacionais. Este artigo aponta que, os cuidadores de pacientes

neurológicos apresentam sobrecarga emocional mais exacerbada que a sobrecarga

física, comprometendo sua vida e suas rotinas diárias. Percebe-se o quanto à

hospitalização causa estresse, angustia, e cansaço físico, emocional aos cuidadores,

sendo possível detectar que, esse processo de hospitalização desde o inicio acarreta

em prejuízos para todas as pessoas envolvidas. Durante a análise, foi possível observar

que o fator gerador de maior desgaste durante o período de hospitalização além do

emocional se caracteriza pelo tempo que estes cuidadores estão acompanhando os

doentes, assim como a patologia do qual foram acometidos. Ainda, percebeu-se que,

durante a internação os cuidadores sofrem maior desgaste justamente por ser um

momento em que estes afastam-se da sua rotina e também pelas inquietações que

essa situação provoca.

Page 25: Anais cbnpg

Código: 15377

Título: DEMENCIA EM IDOSOS Autores: Karen Dal Lago Miotto; Silvana de Moura; Daiana Netto Paz;

Resumo:

Introdução: a velhice é um período normal, caracterizado por mudanças físicas,

mentais e psicológicas. A demência é um comprometimento cognitivo geralmente

progressivo e irreversível, na qual funções anteriormente adquiridas são gradualmente

perdidas. Acomete em 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta

progressivamente com o aumento da idade. Objetivo: descrever principais

características da demência em idosos. Metodologia: estudo através da revisão de

literatura a cerca do tema. Consultado as bases de dados medline e pubmed.

Discussão: demência é uma patologia significativa em pacientes idosos. Os sintomas

incluem alterações na memória, linguagem e orientação; perturbações

comportamentais como agitação, inquietação, raiva, violência, gritos, desinibição

sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações.

Dentre os fatores de risco estão: idade avançada, história familiar de demência e sexo

feminino. Entre as causas estão: tumores cerebrais, uso de medicamentos e álcool,

doenças pulmonares, infecções e doenças inflamatórias. Doenças degenerativas do

sistema nervoso central são as principais causas na maioria desses pacientes. A

demência do tipo Alzheimer é o subtipo mais comum presente em 50 a 60% dos

pacientes com demência. Neste a memória é a função mais afetada e a pessoa mostra

incapacidade para aprender e elaborar novas informações. Conclusão: pacientes

idosos devem ser, regularmente, acompanhados pelo seu médico, esse deve ter

cuidadosa avaliação e fornecer orientações precisas a esses pacientes. Dessa forma

muitos transtornos mentais podem ser evitados ou controlados.

Page 26: Anais cbnpg

Código: 15379

Título: DEMENCIA VASCULAR EM IDOSOS Autores: Karen Dal Lago Miotto; Daiana Netto Paz; Silvana de Moura;

Resumo:

Introdução: a demência do tipo vascular é o segundo tipo mais comum de demência,

apresenta caracteristicas clinicas semelhante a demência tipo Alzheimer mas com um

início mais abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Sua frequência é

diretamente relacionada com a idade, estando em 30% dos idosos acima de 85 anos.

Objetivo: descrever manifestações clínicas e fatores relacionados com demência tipo

vascular. Metodologia: estudo através da revisão de literatura a cerca do tema.

Consultado as bases de dados medline e pubmed. Discussão: hipertensão arterial

sistêmica (HAS), diabete melito (DM), tabagismo, alcoolismo, doença cardíaca,

aterosclerose, dislipidemia, obesidade, sexo masculino, raça negra e baixo nível

socioeconômico, são fatores de risco para desenvolver demência vascular. Seu

diagnóstico é realizado através de anamnese e exame físico com escalas especificas

(por ex: escala de hachinski) e exames de imagem. O quadro clínico é caracterizado

com início abrupto relacionado, muitas vezes, a um acidente vascular cerebral ou a um

ataque isquêmico transitório, podendo haver estabilidade, melhora ou piora

progressivas. A HAS é considerada por diversos estudos o fator de risco de maior

importância. Autores afirmam que 20% dos pacientes não apresentam alterações em

exames neurológicos. Seu tratamento consiste em terapia cognitiva comportamental e

medicações inibidoras da colinesterase. Estudos viram que a associação com

antidepressivos em longo prazo em pacientes sem história de depressão, diminui as

taxas de demência e minimiza as perdas cognitivas. Já antidepressivos, a curto prazo,

geram mais prejuízos as funções cognitivas em pessoas com demências. Conclusão: A

demência vascular é considerada uma doença secundária a acometimento

cerebrovascular, dessa forma é passível de prevenção primária e secundária. O

diagnóstico precoce e a identificação dos principais fatores de risco permitem a

elaboração de estratégias preventivas, que podem retardar ou melhorar a evolução do

paciente.

Page 27: Anais cbnpg

Código: 15513

Título: DEMÊNCIA EM INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique

Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto; Márcio

Galvão Oliveira;

Resumo:

Introdução: A demência é o preditor mais importante de institucionalização e,

reciprocamente, a prevalência de demência é maior entre os idosos

institucionalizados. Objetivos: Avaliar a prevalência de demência em indivíduos de uma

instituição de longa permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte

transversal em 26 indivíduos residentes em uma ILP que foram submetidos a

anamnese, exame clínico geral, exame neurológico, Diagnostic and Statistical Mannual

Disorders (DSM-IV), Clinical Dementia Rating (CDR) e Atividades Básicas de Vida Diária

(AVDs) de Katz. Os dados coletados foram tabulados no Excel e analisados no SPSS V.

11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a idade variou de 56 a

106 anos, com média de 77 +/- 10 anos e 50% eram solteiros. Em relação à

escolaridade, 65% eram analfabetos. A prevalência de demência nesses indivíduos foi

de 63,6%, sendo que 57% tinham CDR=2 e 14% CDR=3. Nenhum destes indivíduos

tinham diagnóstico prévio e nem recebiam medicamentos para demência. 46% eram

independentes para as AVDs. Conclusão: Embora demência e institucionalização

tenham uma forte associação recíproca, a demência mantém-se subdiagnosticada e

subtratada nos indivíduos institucionalizados analisados, compromentendo sua

funcionalidade e qualidade de vida.

Page 28: Anais cbnpg

Código: 15540

Título: DEMÊNCIA SECUNDÁRIA AO USO DE DIAZEPAM E SEU MANEJO

AMBULATORIAL: Autores: Fernanda Cocolichio; Laura Marmitt; Renato Gorga Bandeira de Mello;

Resumo:

INTRODUÇÃO: O uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos

associa-se a efeitos adversos e interações potencialmente perigosas. Alterações

fisiológicas, reações atípicas a fármacos, polifarmácia e esquemas terapêuticos

inadequados estão associados a esses problemas. OBJETIVO: descrever caso clínico de

alteração cognitiva associada ao uso de Diazepam em paciente acompanhado em um

serviço de geriatria. RELATO DE CASO: paciente masculino, 69 anos, encaminhado para

avaliação cognitiva ao ambulatório de Geriatria da PUCRS, Porto Alegre. Familiar

relatava esquecimento progressivo há um ano e funcionalidade preservada. História de

depressão há 30 anos, em tratamento com Diazepam 10mg e Fluoxetina 20mg há 3

anos. Escalas na 1ª consulta: AVD 6/6 ,AIVD 7/8, MEEM: 25/30, GDS: 7/15. Solicitados

exames laboratoriais para investigação, mas nenhum apontou alterações. Orientado

suspensão gradativa do Diazepam. Após 10 meses, familiar refere piora do quadro

cognitivo. Apresentava-se desorientado, com alterações comportamentais, linguagem

comprometida e perda de funcionalidade. Escalas: MEEM: 17/30, AVD: 4/6, AIVD: 3/8,

GDS: não aplicável. Permanecia em uso de Diazepam. Foi sugerido novamente

suspensão do mesmo. Um mês após suspensão, obteve significativa melhora dos

sintomas comportamentais e cognitivos. Escalas: AVD: 6/6, AIVD: 7/8, MEEM 27/30,

GDS: 0/15. DISCUSSÃO: O Diazepam é um fármaco benzodiazepínico considerado

potencialmente inapropriado em idosos por sua meia-vida longa (até 90 horas) e

importantes efeitos adversos como alterações cognitivas, risco de quedas e depressão.

Tais alterações estão associadas a morbidades e diminuição da qualidade de vida.

CONCLUSÃO: Na avaliação do paciente idoso, um novo sintoma deve sempre ser

atribuído a efeito adverso até se prove ao contrário. Em vista disso, é necessária

cautela ao prescrever um novo medicamento, sendo essencial que o médico leve em

consideração o risco-benefício e transmita essa informação ao paciente. Cabe ao

médico também a revisão freqüente dos medicamentos e da resposta terapêutica, a

descontinuação de terapias desnecessárias, a redução da dose quando possível e a

substituição por alternativas mais seguras para que se possa reduzir a morbidade

desses pacientes. Deve-se prestar especial atenção à prescrição de fármacos com ação

sedativa e com efeitos anticolinérgicos.

Page 29: Anais cbnpg

Código: 15508

Título: DEPRESSÃO: IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS E USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM

IDOSOS DE UMA INSTUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA Autores: Mariana Ferreira Borges Estrela; Letícia Farias Gerlack; Ângelo José Gonçalves Bós;

Resumo:

Introdução: Fatores verificados em residentes de Instituições de Longa Permanência

para Idosos (ILPI) como isolamento, ociosidade, acomodação e perda de aptidões

físicas e sociais geram uma maior probabilidade de desenvolvimento de doenças como

a depressão. Um aspecto relevante é a subdiagnosticação devido a dificuldade de

percepção dos sintomas, uma vez que alguns deles podem ser cofundidos com

mudanças advindas do próprio envelhecer. A Escala de Depressão Geriátrica (GDS) é

um instrumento de rastreio utilizado por pesquisadores e clínicos, na identificação de

sintomas depressivos ou vulnerabilidade à depressão no idoso. Objetivos: Identificar a

prevalência de sintomas depressivos de moradores de uma ILPI utilizando o GDS, assim

como o uso de psicotrópicos e diagnósticos de depressão. Métodos: Foi realizada uma

entrevista, com 39 idosos, residentes de ILPI de Porto Alegre, no período de abril a

junho de 2011. Dados de medicamentos utilizados e doenças foram acessados através

dos respectivos prontuários. Para análise do GDS, foi utilizado o ponto de corte >4, em

que as pontuações de 0 a 4 corresponde a ausência de depressão, 5-10 provável

depressão leve a moderada e >10 provável depressão grave. Resultados: Dos idosos

entrevistados, 61,5% eram mulheres, com idade média de 81,5 anos. 20,5% possuem

diagnóstico de depressão e destes todos fazem uso de psicotrópicos. De acordo com

os resultados do GDS, 38,5% dos idosos obtiveram a pontuação entre 5-10 e 7,7% a

pontuação >10, destes 30,8% fazem uso de psicotrópicos. Entre os idosos que

possuem diagnóstico de depressão, 37,5% obtiveram a pontuação entre 5-10 e 12,5%

a pontuação >10. Dos pacientes com GDS >10, todos fazem uso de antidepressivo, mas

somente 33,3% (1) possuem diagnóstico de depressão. Conclusão: Observou-se que

todos os residentes com diagnóstico e a maioria com sintomas de provável depressão

estavam fazendo uso de algum antidepressivo. Isto representa uma elevada proporção

de idosos com acesso ao tratamento na ILPI, por outro lado não há associação de

psicoterapia, tampouco avaliação da qualidade do uso dos fármacos. Interessante

observar que entre os idosos identificados com GDS>10, todos utilizavam

antidepressivos, porém, somente 1 caso apresentava diagnóstico médico. Esses dados

reforçam a importância do trabalho multidisciplinar, entre médico, psicólogo e

farmacêutico, otimizando o diagnóstico e o tratamento da doença, bem como

avaliando aspectos relacionados ao uso de antidepressivos.

Page 30: Anais cbnpg

Código: 15514

Título: DESEMPENHO DE INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS NO MINI-EXAME DO

ESTADO MENTAL Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique

Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto;

Resumo:

Introdução: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é a escala mais utilizada para

rastreamento do comprometimento cognitivo. Compõem o MEEM questões que se

correlacionam em cinco dimensões, quais sejam: concentração, linguagem/práxis,

orientação, memória e atenção, com um escore máximo de 30 pontos. Objetivo:

Avaliar o desempenho no MEEM de indivíduos residentes em uma Instituição de Longa

Permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 26

indivíduos residentes em uma ILP avaliando o seu desempenho no MEEM de Folstein,

seguindo as sugestões para sua utilização no Brasil de Brucki. Os dados coletados

foram tabulados no Excel e analisados por estatística descritiva e distribuição de

frequência no SPSS V. 11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a

idade variou de 56 a 106 anos, com média de 77 +/- 10 anos. Em relação à

escolaridade, 65% eram analfabetos, 7% tinham menos de 1 ano e 15% entre 1 e 4

anos. O tempo de institucionalização variou de 6 meses a 20 anos, com média de 8

anos. Não foi possível realizar o MEEM em 01 indivíduo devido a quadro de Delirium.

Apenas 11,5% dos residentes tiveram desempenho no MEEM esperado de acordo com

sua escolaridade. A mediana do escore do MEEM entre os participantes do estudo foi

igual a 13,5. 28% tiveram valores abaixo de 10 pontos. Dentre as dimensões do MEEM

analisadas, destacam-se o baixo desempenho quanto a orientação, apenas 19%

estavam completamente orientados quanto ao tempo e 27% quanto ao espaço.

Conclusão: Os indivíduos institucionalizados avaliados apresentaram baixo

desempenho no MEEM. Este fato pode ser atribuído a um associação de vários fatores,

como baixa escolaridade, idade avançada, alta prevalência de declínio cognitivo,

ausência de atividades ocupacionais, tempo de institucionalização e isolamento social.

Page 31: Anais cbnpg

Código: 15436

Título: DETERMINANTES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM

IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Vanessa Thamyris Carvalho dos

Santos; Carlos Alencar Souza Alves Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;

Resumo:

Introdução: Problemas de saúde mental, condições físicas e situação sócio-econômica

estão intrinsecamente ligadas. Alguns fatores socioeconômicos propiciam a incidência

e prevalência de depressão, a qual acarreta angústia psicológica e prejuízo funcional.

Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e fatores sócio-

demográficos em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico

de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos

os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os

sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com

escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos =

positivo (presença de sintomas depressivos). As variáveis independentes foram:

características sócio-demográficas: sexo, grupo etário (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos),

raça/cor (branca e não branca), saber ler e escrever um recado (sim e não), renda

familiar per capita (1º tercil, 2º tercil e 3º tercil), estado civil (com união e sem união),

participação em atividades religiosas (sim e não). Para verificar a associação foi

realizada a técnica de regressão logística multinomial. O nível de significância adotado

foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e

142 homens (44,9%), com idade variando de 60 a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP).

Sintomas depressivos foi presente em 20% dos idosos e estavam associados a raça/cor,

sexo e estado civil. Idosos do sexo feminino (OR = 1,09; IC95% = 1,01-1,18), não-

brancos (OR = 1,10; IC95% = 1,02-1,19) e que não possuem companheiro (a) (OR =

1,14; IC95% = 1,05-1,23;) apresentaram maior probabilidade de ter sintomas

depressivos. Conclusão: O estudo aponta que sexo, raça/cor e estado civil são

importantes preditores de sintomas depressivos. Desse modo, os grupos mais

vulneráveis [mulheres, não brancos e sem companheiro(a)] devem ser priorizados em

estratégias que visem prevenir a depressão em idosos.

Page 32: Anais cbnpg

Código: 15442

Título: DIREITO A SAUDE NA VELHICE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICIPIO DE SÃO

DOMINGOS DO SUL Autores: Rosane Lorenzeti; Janaina Rigo Santin; Marilene Rodrigues Portella;

Resumo:

O envelhecimento crescente da população brasileira se traduz em preocupações de

ordem econômica, social e educacional, entre outras. A longevidade emerge num

cenário de profunda desigualdade social, violação dos direitos humanos, desemprego,

falência dos sistemas de saúde e de educação. Partindo do pressuposto de que os

direitos dos idosos nem sempre são respeitados, este estudo objetivou avaliar como se

dá a aplicabilidade do direito dos idosos na atenção básica de saúde, bem como

elucidar o impacto da legislação vigente na efetivação dos direitos a saúde no

município de São Domingos do Sul-RS. Trata-se de um estudo de caso com abordagem

qualitativa, proposto por Yin (2005). Foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas

para a abordagem aos idosos, seus familiares, profissionais de saúde e elementos-

chave, ainda utilizou-se a análise documental e técnica da discussão grupal, com vistas

a subsidiar propostas para ações e projetos relacionados à saúde do idoso. Os dados

apontam que a aplicabilidade dos direitos dos idosos no município estudado se efetiva

por meio dos seguintes instrumentos: Política Municipal de Saúde com o plano

Municipal de Saúde, Conferências Municipais de Saúde, Assistência a Saúde e Conselho

municipal de Saúde; de Assistência Social com a Política Municipal de Assistência

Social, Conferências Municipais de Assistência Social e Conselho Municipal de

Assistência Social e do Idoso com a Política Municipal do Idoso e Conferência

Municipal do Idoso. Verificando acerca de sua efetividade e importância junto à

referida parcela da polução traz o entendimento de que a problemática acerca dos

direitos do idoso na gestão básica de saúde apresenta em alguns aspectos um hiato

entre a previsão legal e a efetividade dos referidos direitos. Outros aspectos, tais como

garantias sociais, que correspondem como determinantes do envelhecimento ativo

preconizado pela Organização Mundial da Saúde encontra-se em plena execução sob a

forma de programas e ações; no que confere a participação e o controle social, os

dados acusam que este exercício vem ocorrendo de forma organizada com a

participação expressiva dos idosos, todavia, os dados revelam que muitos idosos não

têm conhecimento pleno de seus direitos, o que denota a necessidade do uso de

estratégias educativas apropriadas ao idoso. A educação para o exercício dos direitos

deve ser vista como um compromisso emergente para o segmento longevo.

Page 33: Anais cbnpg

Código: 15511

Título: DISFAGIA OROFARÍNGEA EM PACIENTES COM MIASTENIA GRAVIS Autores: KARINE DA ROSA PEREIRA; ALINE JULIANE ROMANN;

Resumo:

A Miastenia Gravis (MG) é uma desordem autoimune da junção neuromuscular

causada pela falha na transmissão dos impulsos dos nervos para os músculos. Tal

doença caracteriza-se por fadiga e fraqueza muscular oscilante e associação com

outras doenças autoimunes. A prevalência da MG é estimada de 5 a 15/100.000 casos

e a incidência de 1/100.000 casos na população geral. Em termos de idade, a maior

incidência da doença é nos homens de 50 a 60 anos e nas mulheres de 20 a 30 anos. A

disfagia orofaríngea é um distúrbio de deglutição que ocorre na passagem do bolo

alimentar da boca até o estômago, dificultando a ingesta segura, confortável e

eficiente do alimento, podendo levar à broncoespasmo, obstrução das vias aéreas,

desnutrição, desidratação, aspiração pulmonar com consequências, pneumonia e

morte. Entre os portadores, a disfagia acomete em torno de 15% a 40% e em uma

faixa de 6% a 15%, a disfagia se apresenta como primeiro sintoma da doença. Nos

pacientes com MG leve à moderada, a aspiração ocorre em 35% e a principal

dificuldade é comumente elocalizada na fase faríngea da deglutição. A disfagia pode

ser o principal agente desencadeante de uma crise miastênica em mais de 50% dos

pacientes. Aspiração silenciosa, definida pela entrada do alimento na traquéia sem

presença de tosse, ocorre em crise miastênica e pode levar à pneumonia. A disfagia

nessa doença continua a ser uma fonte significativa de morbidade e mortalidade.

Desta maneira, identificar a disfunção faríngea é fundamental na prevenção da

aspiração e de pneumonia subsequentes, tornando importante detectá-la, para que

co-morbidades como desnutrição, desidratação e pneumonias aspirativas sejam

evitadas.

Page 34: Anais cbnpg

Código: 15466

Título: ESTADO NUTRICIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS

RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Raiana Souza Ferreira; Thais Alves Brito; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;

Moema Santos Souza; João de Souza Leal Neto;

Resumo:

Introdução: Com o envelhecimento são verificadas alterações no estado nutricional

dos indivíduos que podem ter influência dos fatores sócio-demográficos. Objetivo:

Verificar a associação entre fatores sócio-demográficos e o estado nutricional de

idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico com

delineamento transversal, de base populacional e comunitária. A população foi

composta por idosos (≥60 anos) de ambos os sexos, não institucionalizados e

residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A coleta dos dados

foi realizada no domicilio de cada idoso no mês de janeiro de 2011. O estado

nutricional foi avaliado através do índice de massa corporal (IMC) utilizando-se a

seguinte classificação: baixo peso (<23 kg/m2), peso normal (23≤IMC≤28 kg/m2) e

obesidade (≥28 kg/m2). Entre os fatores sociodemográficos foram utilizados: sexo;

faixa etária (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos); raça/cor (branca e não branca); saber ler e

escrever um recado (sim e não); renda familiar per capita (em tercil: ≤ R$255, ≤ R$510

e > R$510); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas

(sim e não). A análise dos dados foi realizada através do teste Qui-quadrado,

adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A população do estudo consistiu

em 316 idosos, sendo 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de

60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de baixo peso, peso

normal e obesidade foram 40,7%, 43,7% e 15,7%, respectivamente. Houve associação

entre o baixo peso e a faixa etária ≥ 80 anos (p=0,04), entre sobrepeso e o sexo

feminino (p=0,08), sobrepeso e união estável (p=0,000). Conclusão: Os resultados

mostraram que existe associação entre o comprometimento do EN e fatores sócio-

demográficos. De modo que no processo de avaliação nutricional de idosos devem-se

considerar possíveis alterações decorrentes dos fatores sócio-demográficos.

Page 35: Anais cbnpg

Código: 15497

Título: ESTRATÉGIAS DE REGULAÇÃO EMOCIONAL: RELAÇÕES COM MEDIDAS

AFETIVAS ENTRE IDOSOS Autores: Samila Sathler Tavares Batistoni; Tiago Nascimento Ordonez; Thais Bento Lima da Silva;

Prisicilla Pascarelli Pedrico Nascimento; Meire Cachioni;

Resumo:

Mudanças desenvolvimentais no âmbito das habilidades e estratégias de regulação

emocional tem sido observadas entre idosos enquanto recurso adaptativo frente às

mudanças no processo de envelhecimento. Uma vez que diferentes estratégias de

regulação emocional geram variabilidade em medidas de adaptação, bem-estar e

saúde torna-se relevante investigar o uso sistemático de diferentes estratégias de

regulação emocional em idosos e suas relações com indicadores de funcionamento

afetivo. Objetivos: Baseando-se nesse contexto visou-se identificar relações entre as

estratégias de regulação emocional (reavaliação cognitiva e supressão emocional) e

medidas de experiência afetiva, satisfação com a vida e depressão entre idosos.

Método: Cento e cinqüenta e três idosos (M= 66,8 anos; DP=5.20, 71,2% feminino) de

uma Universidade Aberta à Terceira Idade responderam ao Questionário de Regulação

Emocional, ao Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) e à escala de depressão

GDS. Resultados: Os idosos pontuaram mais alto nas estratégias de regulação

emocional do tipo Reavaliação Cognitiva (M=5,53; DP=0.89) do que nas do tipo

Supressão Emocional (M=4.40; 1.36). Análises de correlação indicaram relações

positivas de Reavaliação cognitiva com satisfação com a vida e afetos positivos (r=0,37;

r=0,25) e relações negativas com depressão e afetos negativos (r= -0,22; r=-0,34).

Discussão: Os dados corroboram a concepção de que o maior uso da Reavaliação

Cognitiva se relaciona com melhor saúde emocional e possa assim ser considerado,

por exemplo, um fator protetor contra sintomas depressivos na velhice. Por outro

lado, as relações de Supresão Emocional com indicadores afetivos entre idosos não se

comportaram como nos estudos com amostras mais jovens. Conclusões: O construto

de Regulação Emocional não se trata de um traço psicológico imutável, mas sensível ao

processo de desenvolvimento e envelhecimento. Consistente com as teorias atuais

sobre o envelhecimento emocional, os idosos relataram uma vida emocional

predominantemente positiva e a capacidade preservada de regular as emoções de

forma adaptativa. Palavras-chave: Regulação emocional, satisfação com a vida,

depressão.

Page 36: Anais cbnpg

Código: 15457

Título: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO

LEVE E DEMÊNCIA EM IDOSOS ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BH-MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Louise Mendes Trigueiro; Felipe de

Magalhães Leão Luz; Ana Rita Rodrigues; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Flávia Lanna

de Moraes; Jonas Jardim de Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Leandr

Resumo:

Introdução: Com o envelhecimento populacional tem-se observado o aumento de

condições que implicam no comprometimento da independência e da autonomia do

idoso. Dentre estas condições, podemos citar o comprometimento cognitivo leve

(CCL), definido pela presença de declínio cognitivo mais acentuado do que o esperado

para idade e nível educacional, mas insuficiente para limitar a execução das atividades

de vida diária (AVD). É uma entidade de difícil diagnóstico, pois tanto o paciente

quanto à família deixam de valorizar os sintomas, retardando a visita ao médico e

determinando diagnósticos tardios. A depressão, distúrbio também frequente entre os

idosos, é comumente subdiagnosticada devido à sintomatologia atípica. Objetivos:

Avaliar a prevalência de comprometimentos nas atividades de vida diária, de CCL, de

transtorno depressivo maior e de demência e sua etiologia e gravidade em idosos

atendidos pelo Programa Mais Vida-parceria entre a SES-MG, a Secretaria Municipal de

Saúde de BH e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram coletados

dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados pelo Programa Mais Vida,

no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise estatística

utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de

131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo

72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Observou-se acometimento de

AVD’s instrumentais em 55% dos pacientes e de AVD’s básicas em 16%. O diagnóstico

de CCL foi observado em 9,9% dos idosos, enquanto o de depressão em 51,9%.

Demência foi detectada em 32,8% dos pacientes, sendo a de Alzheimer (DA) a mais

prevalente (51,2%), seguida pela demência mista (25,6%) e a vascular (9,5%). Na

análise da gravidade da demência pelo CDR, observamos que 42,1% dos pacientes

portadores de demência encontravam-se em CDR 3 , 39,5% em CDR 1 e, 18,4%.em

CDR 2. Conclusão: Uma parcela significativa dos pacientes apresentava prejuízo nas

AVDs. Destaca-se a alta prevalência de depressão na população estudada, acima do

observado em inquéritos epidemiológicos. Demência figurou entre as principais causas

deste comprometimento. Concordante com os dados existentes na literatura, DA foi a

principal causa de demência seguida pela demência mista. No momento do

diagnóstico, muitos desses idosos já estão em fase avançada de demência.

Page 37: Anais cbnpg

Código: 15319

Título: FUNÇÃO EXECUTIVA E MEMÓRIA CONTEXTUAL INCIDENTAL EM PACIENTES

DEPRESSIVOS REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Autores: Márcio da Silveira Corrêa; Joana Bisol Balardin; Marco Antônio Knob Caldieraro; Marcelo Pio de

Almeida Fleck; Irani Argimoni; Elke Bromberg;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Alguns estudos tem sugerido uma relação entre depressão, déficits

cognitivos e demência em fases mais tardias da vida. Como as alterações cognitivas

relacionadas à depressão já estão presentes em pacientes jovens, torna-se importante

avaliar se os déficits dos mesmos podem ser revertidos com estratégias de reabilitação

cognitiva, de forma a estabelecer programas preventivos de disfunções adicionais.

OBJETIVOS: Analisar a função executiva e a memória contextual de pacientes

depressivos jovens refratários ao tratamento farmacológico. MÉTODOS: Participantes:

17 indivíduos com depressão maior unipolar (idade: 32,52 ± 1,83 anos; 14 mulheres e

3 homens; BDI: 29,88 ± 2,57), de acordo com a Mini Entrevista Neuropsiquiátrica

Internacional (MINI) e 22 controles (idade: 29,77 ± 1,00 anos; 19 mulheres e 3 homens;

BDI: 4,45 ± 0,67) pareados quanto a escolaridade. Critérios de exclusão: escore no Mini

Exame do Estado Mental (MEEM) compatível com demência; déficit sensorial;

alteração neurológica ou medicação que comprometesse a atividade do SNC. Os

voluntários foram submetidos ao Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin (WCST)

para avaliar a função executiva e a tarefa de memória contextual incidental para

reconhecimento de objeto e contexto. Essa última foi apresentada em duas versões:

uma com estratégia facilitadora, que fornecia uma instrução direta para o

estabelecimento do vínculo entre objeto e ambiente, e outra sem estratégia

facilitadora, que não fornecia pista. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste

post-hoc de Tukey. O nível de significância foi p<0.05. RESULTADOS: Os depressivos

obtiveram performance mais baixa no WCST para categorias completadas (p=0.001).

Na tarefa de memória, não houve diferença significativa entre os grupos para

reconhecimento do objeto. No entanto, os pacientes apresentaram um desempenho

mais baixo que os controles no reconhecimento do contexto (p=0.000), quando a

tarefa de reconhecimento foi realizada sem estratégia facilitadora. Porém, a

introdução da estratégia facilitadora reverteu este quadro, equiparando o

desempenho de depressivos e controles (p=0.55). CONCLUSÃO: Os resultados indicam

que a depressão pode afetar tanto a função executiva quanto a memória contextual.

Adicionalmente, observa-se que os déficits de memória contextual podem ser

revertidos pelo uso de estratégias de codificação, indicando que a reserva cognitiva

destes pacientes pode ser utilizada em programas de reabilitação cognitiva.

Page 38: Anais cbnpg

Código: 15431

Título: GINÁSTICA ORIENTADA: EXPERIÊNCIA DE FORTALECIMENTO DA PROMOÇÃO DE

SAÚDE E ENVELHECIMENTO NA SAÚDE DA FAMÍLIA- UBERABA/MG Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Cristiane Alves Martins; Sheilla Tribbess; Jair Sindra Virtuoso Junior;

Resumo:

Introdução: O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da

humanidade e também um dos nossos grandes desafios. A Estratégia Saúde da Família

(ESF) apresenta-se no cenário nacional como uma ferramenta de ação diante desta

realidade, pois fortalece os princípios e diretrizes do SUS, através de proposições de

práticas inovadoras na Atenção Básica, que realmente privilegiem a resolutividade

desse nível de atenção. Na atenção básica, a atividade física é considerada como

comportamentos determinantes de saúde e juntamente com uma equipe

multiprofissional pode contribuir para as necessidades em saúde das comunidades

assistidas, em especial aos idosos. Objetivo: Engajamento de pessoas idosas a práticas

de atividades físicas orientada, em praças ou espaços comunitários do município, com

apoio dos profissionais da ESF. Método: O apoio intersetorial (secretarias municipais

de saúde, Educação e Esportes) possibilita que um grupo de profissionais (Educação

Física, Enfermagem e Psicologia) atue no Programa de Ginástica Orientada. A

freqüência das atividades é de duas vezes por semana com duração de 60 minutos. A

dinâmica das atividades inicia-se com a aferição pressórica dos fatores

hemodinâmicos, em seguida as atividades de aquecimento, exercícios aeróbios e de

resistência, ao final da seção o encerramento com ação lúdica e reflexão sobre um

pensamento, leitura ou a abordagem de algum tema específico de autocuidado e estilo

de vida. Resultados: Atualmente, o Programa é constituído por 15 grupos, contando

com a participação de aproximadamente 1200 pessoas/semana. O Programa

demonstrou-se efetivo para alcance de indicadores da gestão em saúde, sendo uma

alternativa de oferecimento de práticas de atividades físicas as pessoas idosas.

Considerações: O Programa Ginástica Orientada é consonante as diretrizes da Política

Nacional de Promoção à Saúde; seu alicerce é a intersetorialidade para a

implementação de cuidado na saúde do idoso, através da atividade física orientada,

adota práticas horizontais de gestão para sua efetivação, busca fortalecer a

participação social e visa o envelhecimento ativo e saudável dos participantes.

Page 39: Anais cbnpg

Código: 15551

Título: HALLUCINATION IN A FRONTOTEMPORAL DEMENTIA CASE Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta;

Resumo:

Introduction: Frontotemporal dementia (FTD) is associated with marked behavior

changes, but hallucinations and delusions are rare. Although most patients with FTD

present with socially inappropriate behaviour, compulsive-like acts, poor insight and

disinhibition, the presence of psychiatric features including delusions, hallucinations,

and paranoia can lead to a misclassification of FTD as psychiatric disorder. In the

absence of cognitive deficits non-experts fail to recognize these social changes as

dementia symptoms. Objective: To report a case of FTD with early and persistent

delusions, in the context of a paraphrenic syndrome. Case Report: An 70 years- old

male, was first referred to the dementia outpatient division, at Hospital das Clínicas of

Federal University of Goiás in March 2007. The patient’s wife (main caregiver) reported

that he presented persecutory delusions and auditory hallucinations since 2005. The

caregiver reported that the patient begins to read the bible and hear voices. The voices

say that will kill him. According her, the patient is not aggressive and do not see people

(without visual hallucinations). His speech is meaningless and he repeats the same

phrases many times. At using Depakene 250 mg 2x/day. In this first consultation were

raised hypotheses of depression, hypothyroidism and paraphrenia (schizophrenia late).

The patient was diagnosed with frontotemporal dementia after the completion of

imaging. Conclusion: Delusions and hallucinations can occur in frontotemporal

pathology without motor neuron disease. Psychotic symptoms are rare in FTD, possibly

due to limited temporal-limbic involvement in this disorder, but our case has no

exuberant limbic pathology in contrast to his important frontomesial atrophy.

Page 40: Anais cbnpg

Código: 15498

Título: HIPERTENSÃO E COGNIÇÃO, RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS, NÍVEIS PRESSÓRICOS, USO DE MEDICAMENTOS ANTI-

HIPERTENSIVOS E DESEMPENHO COGNITIVO. Autores: Mônica Sanches Yassuda; Ruth Caldeira Melo; Thais Bento Lima da Silva; Tiago Nascimento

Ordonez; Priscilla Tiemi Kissaki; Meire Cachioni;

Resumo:

Introdução e Objetivos: Estudos têm documentado desempenho mais baixo em testes

cognitivos entre idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica quando

comparados a idosos normotensos. Entretanto, o uso dos medicamentos anti-

hipertensivos e mudanças no estilo de vida podem atenuar a associação entre

hipertensão e declínio cognitivo. O presente estudo teve como objetivo comparar o

desempenho cognitivo de idosos normotensos e hipertensos, tanto com níveis

pressóricos controlados como níveis pressóricos não-controlados. Além disso, foi

investigada a relação entre variáveis sociodemográficas, níveis pressóricos, utilização

de medicamentos anti-hipertensivos e desempenho cognitivo. Métodos: Participaram

do estudo 215 idosos, de ambos os sexos, com 60 anos ou mais, alunos da

Universidade Aberta à Terceira Idade na Escola de Artes Ciências e Humanidades

(EACH USP Leste). Os voluntários foram classificados em normotensos (NT, n=64),

hipertensos com pressão arterial (PA) controlada (HTPAC, n=48) e Hipertensos com PA

não-controlada (HTPANC, n=103), segundo autorelato e medida da PA. O protocolo

incluiu variáveis sociodemográficas e clínicas, como questões sobre uso de medicação

anti-hipertensiva, cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), medidas da pressão

arterial, Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), teste de fluência verbal categoria

animais, e Teste Cognitivo Breve. Resultados: Os grupos apresentaram semelhanças

quanto ao perfil sociodemográfico. Os níveis de PA sistólica e diastólica foram

estatisticamente maiores no grupo HTPANC comparado aos outros grupos estudados.

O HTPAC fazia maior uso de medicamentos anti-hipertensivos em comparação com o

HTPANC. Além disso, foi observado melhor desempenho no MEEM para o grupo

HTPAC comparativamente aos demais grupos. As variáveis cognitivas foram

influenciadas por escolaridade, renda, uso de medicação anti-hipertensiva

(betabloqueadores e antagonistas do canal de cálcio). O desempenho no MEEM foi

também influenciado pelos níveis de PA sistólica. Conclusões: Os resultados sugerem

que, em idosos, o desempenho cognitivo pode sofrer influência conjunta das variáveis

sociodemográficas, dos níveis pressóricos e do uso de medicação hipertensiva.

Page 41: Anais cbnpg

Código: 15547

Título: IDOSOS E AS LESÕES AUTO PROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE, UM RETRATO

DOS REGISTROS NO BRASIL. Autores: Darla Silvana Risson Ranna; Sula Paiva Fagundes;

Resumo:

INTRODUÇÃO:Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano são

registrados cerca de um milhão de suicídios no mundo. Considerando que a população

acima de 80 anos é a que mais cresce no Brasil, é importante uma atenção

diferenciada para os aspectos sociais e de saúde. O aumento das taxas de suicídio

entre idosos sugere uma relação da progressão etária com processos

biológicos/psicológicos favorecendo a decisão do indivíduo idoso de se autodestruir.

OBJETIVO:O objetivo deste estudo foi realizar uma análise descritiva epidemiológica

dos óbitos registrados entre 1999 e 2009 no Brasil, em pessoas com 60 anos ou mais,

tendo como causa o CID-BR-10: 109 Lesões auto provocadas

voluntariamente.MÉTODO:Análise de dados coletados referentes à taxa de suicídio a

partir do Datasus, com o auxílio de literatura científica. RESULTADO: Analisando-se os

óbitos por suicídio, em relação ao total da população, verificou-se que entre o ano de

1999 e 2009 a taxa média de ocorrências de mortes, para as faixas etárias estudadas

manteve-se estável, exceto a faixa de 80 anos ou mais que apresentou declínio. Os

registros, porém mostraram que a proporção de óbitos causados por suicídio é maior

em pessoas com 80 anos ou mais, sendo em média 15 vezes maior que nas demais

faixas etárias, reduzindo, entre os anos de 2007 e 2009, para 13 vezes. Em todas as

faixas etárias o ano de 2005 apresentou a maior incidência de óbitos registrados por

suicídio. A menor incidência de óbitos por suicídio ocorreu no ano 2000, para a faixa

etária de 70 aos 79 anos, sendo esta a faixa etária que apresentou menor índice em

todos os anos pesquisados.No período estudado, o pico das ocorrências de suicídios

deu-se no ano de 2005, decaindo nos seguintes.CONCLUSÃO:O ato de suicídio

apresentou maior incidência com o avanço da idade, e principalmente em idosos

muito idosos.Considerando o aumento progressivo da expectativa de vida, faz-se

essencial um olhar para os idosos e sua relação com a vida, identificando os principais

motivos que conduzem ao ato de suicídio a fim de que sejam desenvolvidas estratégias

para minimizar tal impacto.

Page 42: Anais cbnpg

Código: 15370

Título: IDOSOS QUE COMETEM SUICÍDIO: REVISÃO DA LITERATURA Autores: Daiana Netto Paz; Silvana de Moura; Karen Dal Lago Miotto;

Resumo:

INTRODUÇÃO: O suicídio realizado pelos idosos, atualmente, retrata um grave

problema para a sociedade de diversas partes do mundo. Os dados em relação a

autodestruição senil são muito elevados e a razão entre tentativas e suicídios

consumados é muito próxima, quase 2:1. OBJETIVO: O objetivo da presente revisão foi

analisar fatores de riscos associados ao suicídio de pessoas idosas, a partir da

literatura. METODOLOGIA: Estudo feito através da revisão da literatura acerca do

tema. Foram consultadas as bases de dados medline e bireme com os seguintes

descritores: psiquiatria idoso, suicídio idoso. DISCUSSÃO: Segundo dados da

Organização Mundial da Saúde, em países subdesenvolvidos, como o Brasil, é

considerado idoso a pessoa com idade maior ou igual a 60 anos. O envelhecimento faz

parte do processo biológico humano e pode ou não estar acompanhado de doenças

que causam limitações para a execução das atividades de vida diária que, muitas vezes,

tornam o indivíduo um ser incapacitado. Os idosos apresentam riscos de cometerem o

suicídio, entre esses estão: a perda de papéis na sociedade; morte de amigos e

parentes; isolamento social; saúde em declínio; restrições financeiras; redução do

funcionamento cognitivo; perda da autonomia. Tendo em vista este declínio de

funções, antes realizadas, ou mesmo da diminuição da autoridade em certos casos,

pois, com o envelhecimento, os idosos tornam-se mais dependentes física e

intelectualmente de cuidadores, é que emerge, em muitos destes senis, o desejo ou a

impulsividade para cometerem um ato suicida. CONCLUSÃO: O suicídio está

apresentado como sendo um grave problema, uma vez que a população considerada

idosa está em constante crescimento na maior parte do mundo, sendo assim, justifica -

se um olhar atento para os problemas sociais e de saúde que afeta esta faixa etária.

Page 43: Anais cbnpg

Código: 15175

Título: INFLUÊNCIA DA COGNIÇÃO EM ATIVIDADES DE DUPLA-TAREFA NA DOENÇA DE

ALZHEIMER Autores: Paulo Eduardo Vasques; Cynthia Arcoverde; Narahyana Bom de Araújo; Alexandre Rios Santos;

Melissa Zidan; Jerson Laks; Andrea Deslandes;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) se destaca pela sua maior prevalência

dentre as demências, e sua compreensão torna-se de grande importância para

orientação e tratamento. A DA caracteriza-se inicialmente por perda de memória e

evolui para alterações motoras e comportamentais. Atividades mais complexas, como

a dupla-tarefa, demandam de maiores recursos corticais, podendo comprometer a

estabilidade do paciente e aumentar o risco de queda. OBJETIVO: Verificar a relação

entre memória, atenção e função executiva e o desempenho de atividades de dupla-

tarefa em pacientes com Doença de Alzheimer e em idosos saudáveis. MÉTODO:

Foram avaliados 34 pacientes com DA em estágio leve (idade 76,2 ± 7,4 anos, Mini

Exame do Estado Mental (MEEM) 20,8 ± 3,8, escolaridade 8,1 ± 4,6 anos) e 12 idosos

saudáveis (idade 64,9 ± 4,3 anos, MEEM 28,5 ±2,4 pontos, escolaridade de 11,3 ± 4,1

anos). Os testes cognitivos realizados foram: Digit Span, teste de Stroop e teste de

Trilhas A. Para avaliar a dupla tarefa foi realizado o seguinte teste: Timed Up and Go

Test juntamente com Fluência Verbal (TUGT modificado). Foi realizada a análise de

regressão linear para verificar a função cognitiva que melhor prediz o desempenho

durante a dupla tarefa (nível de significância p≤ 0,05). RESULTADOS: Os idosos

saudáveis apresentaram uma associação significativa do TUGT modificado com os

testes de Digit Span total (R2= 0,622, p=0,016), ordem direta (R2= 0,622, p=0,019) e

ordem inversa (R2= 0,274, p=0,04). Os pacientes com DA apresentaram uma

associação significativa do TUGT modificado com os testes de Stroop (R2= 0,170,

p=0,008), Digit Span total (R2= 0,288, p=0,007), ordem inversa (R2= 0,489, p=0,001) e

Trilhas A (R2= 0,232, p=0,005). CONCLUSÃO: Os resultados mostram que a função

cognitiva exerce maior influência sobre atividades de dupla-tarefa em idosos com DA

do que em saudáveis, com importante participação da atenção, memória de trabalho e

função executiva. A dupla tarefa pode ser um maior risco de quedas em atividades

complexas nos pacientes com DA.

Page 44: Anais cbnpg

Código: 15176

Título: INFLUÊNCIA DA COGNIÇÃO EM ATIVIDADES DE DUPLA-TAREFA NA DOENÇA DE

ALZHEIMER Autores: Paulo Eduardo Vasques; Cynthia Arcoverde; Narahyana Bom de Araújo; Alexandre Rios Santos;

Melissa Zidan; Jerson Laks; Andrea Deslandes;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) se destaca pela sua maior prevalência

dentre as demências, e sua compreensão torna-se de grande importância para

orientação e tratamento. A DA caracteriza-se inicialmente por perda de memória e

evolui para alterações motoras e comportamentais. Atividades mais complexas, como

a dupla-tarefa, demandam de maiores recursos corticais, podendo comprometer a

estabilidade do paciente e aumentar o risco de queda. OBJETIVO: Verificar a relação

entre memória, atenção e função executiva e o desempenho de atividades de dupla-

tarefa em pacientes com Doença de Alzheimer e em idosos saudáveis. MÉTODO:

Foram avaliados 34 pacientes com DA em estágio leve (idade 76,2 ± 7,4 anos, Mini

Exame do Estado Mental (MEEM) 20,8 ± 3,8, escolaridade 8,1 ± 4,6 anos) e 12 idosos

saudáveis (idade 64,9 ± 4,3 anos, MEEM 28,5 ±2,4 pontos, escolaridade de 11,3 ± 4,1

anos). Os testes cognitivos realizados foram: Digit Span, teste de Stroop e teste de

Trilhas A. Para avaliar a dupla tarefa foi realizado o seguinte teste: Timed Up and Go

Test juntamente com Fluência Verbal (TUGT modificado). Foi realizada a análise de

regressão linear para verificar a função cognitiva que melhor prediz o desempenho

durante a dupla tarefa (nível de significância p≤ 0,05). RESULTADOS: Os idosos

saudáveis apresentaram uma associação significativa do TUGT modificado com os

testes de Digit Span total (R2= 0,622, p=0,016), ordem direta (R2= 0,622, p=0,019) e

ordem inversa (R2= 0,274, p=0,04). Os pacientes com DA apresentaram uma

associação significativa do TUGT modificado com os testes de Stroop (R2= 0,170,

p=0,008), Digit Span total (R2= 0,288, p=0,007), ordem inversa (R2= 0,489, p=0,001) e

Trilhas A (R2= 0,232, p=0,005). CONCLUSÃO: Os resultados mostram que a função

cognitiva exerce maior influência sobre atividades de dupla-tarefa em idosos com DA

do que em saudáveis, com importante participação da atenção, memória de trabalho e

função executiva. A dupla tarefa pode ser um maior risco de quedas em atividades

complexas nos pacientes com DA.

Page 45: Anais cbnpg

Código: 15437

Título: INFLUÊNCIA DA ESCOLARIDADE NO DESEMPENHO DE IDOSOS NA TAREFA DE

FLUÊNCIA VERBAL FONÊMICA – FAS Autores: Ricardo Lutzky Saute; Fabiano Da Silva Marques; Daniela Juchem Pereira; Tatiana Quarti

Irigaray;

Resumo:

Introdução: Ao longo do processo de envelhecimento, as funções cognitivas são

afetadas de maneira diferente, algumas apresentam declínio e outras estabilidade,

sendo diretamente influenciadas por diferenças interindividuais, como idade,

escolaridade, estilo de vida e saúde física. As funções executivas são extremamente

sensíveis aos efeitos do envelhecimento, tendendo a declinar com a idade. Dentre os

testes sensíveis para avaliar essas funções, encontra-se o teste de fluência verbal

fonêmica FAS, que avalia a capacidade do indivíduo de gerar palavras que começam

com as letras F, A e S, no intervalo de um minuto para cada letra. Objetivo: Verificar a

influência da escolaridade no desempenho de idosos no FAS. Método: Participaram do

estudo 40 idosos, com idade entre 60 a 82 anos (Média=68,5; ±DP=6,8), sendo 27

(67,5%) do sexo feminino e 13 (32,5%) do masculino. Os idosos foram divididos em

dois grupos de escolaridade (1 a 4 anos de estudo e ≥ 5 anos de estudo). Os dados

foram analisados através do Teste t de Student e regressão linear simples. Resultados:

O grupo com escolaridade de 1 a 4 anos de estudo (Média=2,3; ±DP=1,1), foi composto

por 21 idosos com média de idade de 70 anos (±DP=7,34). O outro grupo, com ≥ 5 anos

de estudo (Média=7,3; ±DP=2,6), foi formado por 19 idosos com média de idade de 67

anos (±DP=5,87). A análise de regressão linear não demonstrou diferenças

significativas entre os grupos em relação à idade. Através do Teste para amostras

independentes verificou-se uma diferença significativa entre os grupos no FAS

(p=0,001), mostrando que o grupo com ≥ 5 anos de estudo apresentou desempenho

superior (Média=23,3; ±DP=9,8) em relação ao grupo com 1 a 4 anos de estudo

(Média=13,5; ±DP=8,1). Conclusão: Verificou-se uma influência significativa da

escolaridade no desempenho de idosos no FAS, sendo que idosos mais escolarizados

demonstraram desempenho superior àqueles com menos anos de estudo. Concluiu-se

que medidas de fluência verbal fonêmica são sensíveis aos efeitos dos anos de estudo

formal. Palavras-chave: idosos, teste de fluência verbal, nível de escolaridade

Page 46: Anais cbnpg

Código: 15449

Título: INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES PSICOSSOCIAIS EM IDOSOS VESTIBULOPATAS

SUBMETIDOS À REABILITAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano;

Resumo:

Introdução: Nas últimas décadas, intensificaram-se os estudos e pesquisas sobre a

influência das relações psicossociais no tratamento de doenças comuns no

envelhecimento. As atitudes e os sentimentos decorrentes dessas relações tem se

revelado significativas para o comprometimento dos idosos com o tratamento, além

de interferir em comportamentos, como o isolamento e a sensação de inutilidade e

não pertencimento social. Objetivo: Investigar as contribuições das relações

psicossociais em idosos vestibulopatas submetidos à reabilitação do equilíbrio

corporal. Método: As informações foram obtidas pela observação de 16 oficinas

temáticas, com duração de 2 horas cada e realizadas com intervalo de 15 dias.

Participaram das oficinas 62 vestibulopatas, entre 60 e 84 anos, de ambos os gêneros e

diferentes níveis de escolaridade. Os idosos foram distribuídos em 4 grupos, tendo

cada um participado de 4 oficinas. As informações foram complementadas pela

aplicação de questionário com questões estruturadas sobre costumes, hábitos,

projetos, relacionamentos e estilo de vida. Todos assinaram termo de consentimento

livre e esclarecido. Resultado: Houve maior prevalência de: faixa etária entre 65 e 69

anos (32%); gênero feminino (80%); escolaridade de nível fundamental (68%) e

ocorrência de tonturas (60%). Os participantes se mostraram predispostos a fazer

perguntas e emitir opiniões; expressar seus sentimentos e emoções, e compartilhar

histórias de vida (casos de tentativa de suicídio; depressão profunda etc). A

necessidade do convívio social se mostrou evidente: 90% sentem necessidade de

ampliar o círculo de amizades; 69% participam de palestras, cursos e oficinas para

idosos para encontrar os pares; 61% costumam visitar amigos e familiares; 60%

realizam atividades físicas (caminhadas) para compartilhar da amizade de outros

idosos; 58% participam de grupos religiosos para encontrar amigos; 64% trocam idéias

com pessoas que têm os mesmos sintomas, mas, esse índice cai (45%) quando se trata

de revelá-los às demais pessoas. Conclusão: Os idosos vestibulopatas que desenvolvem

relações afetivas e solidárias com pessoas da mesma geração e em condições

semelhantes de saúde apresentam menos propensão ao isolamento social e aos

sentimentos de inutilidade e de não pertencimento social, o que se reflete de modo

positivo sobre o seu comprometimento com o processo de reabilitação ao qual estão

submetidos.

Page 47: Anais cbnpg

Código: 15539

Título: INSTITUTO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DA PUCRS E A CAPACITAÇÃO

PROFISSIONAL PARA CUIDADORES DE IDOSOS Autores: Fernanda Cocolichio; Laura Marmitt; Newton Luiz Terra;

Resumo:

INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e irreversível

de grande impacto nas estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais. O

atendimento às pessoas que envelhecem requer pessoas especializadas. É preciso

encarar um novo tipo de formação que atenda a este aspecto novo e emergente, que

se faz merecedor da maior consideração. OBJETIVO: Demonstrar a importância do

Curso para Cuidadores de Idosos realizado no Instituto de Geriatria da PUCRS (IGG) e a

necessidade da especialização para o atendimento do idoso. METODOLOGIA: o Curso

para Cuidadores de Idosos do IGG é anual e está iniciando sua 3º edição em 2011,

formando 25 profissionais especializados no cuidado global do idoso a cada ano. O

curso tem 144 horas de duração e é multidisciplinar, contando com um corpo docente

das Faculdades de Odontologia, Nutrição, Serviço Social, Fisioterapia, Psicologia,

Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Farmácia, Fonoaudiologia, Terapia

ocupacional e Medicina. São realizadas atividades teóricas e práticas, incluindo visitas

à Instituições de Longa Permanência a fim de aproximar o cuidador da sua futura

realidade. DISCUSSÃO: No Brasil são raras as Universidades em que funcionam

Institutos interessados na situação do envelhecimento. Em função disso, a Organização

Mundial da Saúde (OMS) vêm enfocando a formação de profissionais para atuarem

junto aos idosos, dando ênfase especial para o cuidado gerontológico em virtude de os

idosos serem portadores de patologias crônicas, diminuição da reserva funcional e

alterações fisiológicas decorrentes da senescência. Esse processo compromete a

independência funcional dos idosos, gerando a necessidade de cuidados que requerem

um olhar diferenciado dos profissionais com eles envolvidos. CONCLUSÃO: Diante do

significativo aumento da população idosa e das doenças crônicas que comprometem

sua independência, conclui-se que o curso de Cuidadores de Idosos é uma ferramenta

essencial. Este visa proporcionar treinamento de pessoas no sentido de facilitar o

atendimento imediato às necessidades básicas do idoso quando fragilizados,

dependentes. Além disso, cabe ao cuidador priorizar a qualidade de vida do idoso e

estimular sua autonomia e independência, além de desenvolver uma mentalidade

preventiva no sentido de se evitar danos à saúde do idoso.

Page 48: Anais cbnpg

Código: 15510

Título: INSTRUMENTOS COGNITIVOS UTILIZADOS EM PACIENTES COM DOENÇA DE

PARKINSON SUBMETIDOS À ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA Autores: ALINE JULIANE ROMANN; Maira Rozenfeld Olchik;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (PD) é uma desordem neurodegenerativa

caracterizada por manifestações motoras e outras disfunções não motoras, incluindo

as alterações cognitivas. A Estimulaão Cerebral Profunda (ECP) tem sido uma técnica

cirúrgica bastante utilizada devido à redução significativa dos sintomas motores, por

outro lado, causando um impacto negativo na cognição e na fonoarticulação.

OBJETIVO: verificar quais os instrumentos mais utilizados para avaliação cognitiva em

pacientes com DP submetidos ao ECP. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão

sistemática, observando todos os estudos publicados nas bases de dados PubMed,

Medline, Scielo, LILACS e EBCS nos anos de 2005 à 2010, utilizando descritores “Deep

Brain Stimulation”, “Verbal Fluency”, “Parkinson Disease”, “Executive Function” and

“Cognition”, de forma combinada. RESULTADOS: Dentre os 443 artigos encontrados,

foram incluídos 41 estudos por contemplarem os critérios de inclusão. Dentre os

aspectos cognitivos, a função verbal se destaca pelo declínio significativo após o

implante do ECP, sendo o teste de Fluência Verbal o instrumento mais utilizado para

esta investigação nos estudos encontrados, seguido pelo Teste de Nomeação de

Boston. Foram também encontradas referencias aos testes Teste de Stroop, Teste das

Trilhas, Teste de Aprendizado Auditivo Verbal de Rey. CONCLUSÃO: A validação de

instrumentos para esta população se faz necessária bem como a utilização de baterias

com mais especificidade e sensibilidade para detecção das alterações cognitivas nesta

população.

Page 49: Anais cbnpg

Código: 15538

Título: INTERRELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E DEPRESSÃO EM IDOSOS DO

MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA-PR Autores: Juliana Sartori Bonini; Marcela Magro; Jaqueline Hack; Thiécla Katiane Rosales Silva; Vanessa

Fernanda Goes; Marcus Peikriszwili Tartaruga; Evani Marques Pereira;

Resumo:

Introdução: Os idosos apresentam maior suscetibilidade a alterações do estado

nutricional, devido a fatores relacionados com as modificações fisiológicas e sociais,

doença crônica, medicações, problemas na alimentação, depressão e alterações da

mobilidade. A depressão caracteriza-se como um distúrbio da área afetiva ou do

humor. Apresenta etiologia multifatorial, sendo a síndrome psiquiátrica mais

prevalente nessa população. Alguns autores propõem que a desnutrição afeta tanto o

estado físico como o mental, levando o paciente à apatia e depressão, e, ainda, outros

autores sugerem que a depressão pode alterar o estado nutricional, levando a

desnutrição, por interferir na autonomia do idoso, dificultando o preparo e a

realização das refeições. Em contrapartida, uma meta-análise verificou que a

obesidade e depressão também possuem associação recíproca. Objetivo: Identificar a

presença de alteração do estado nutricional e sua relação com a depressão em idosos.

Métodos: Foram avaliados idosos do município de Guarapuava, PR, usuários do SUS,

cadastrados no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e

Diabéticos. O estado nutricional foi avaliado de acordo com o IMC (OPAS, 2002) e a

depressão foi verificada através da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage. Foi

realizada a análise descritiva dos dados e o teste não paramétrico de Spearman, para

correlação entre o IMC e a escala geriátrica de depressão, com nível de significância de

5% (p<0,05), por meio do programa Statistica 8.0. Resultados e Discussão: Do total dos

271 avaliados a idade média foi de 72,18 ± 8,12 anos, sendo que a maioria, 65,31%

(n=177) era do gênero feminino. A avaliação do estado nutricional pelo IMC mostrou

que a maioria dos idosos apresentaram eutrofia. Separando em dois grupos,

encontrou-se que os idosos que possuíam depressão apresentavam sobrepeso e

obesidade. Houve correlação entre o valor do IMC e a escala de depressão,

comprovada pelo teste de correlação de Spearman (r= 0,99), sendo que conforme

aumentou o valor da escala de depressão também aumentou o valor do IMC,

indicando que quanto maior é o grau de depressão do idoso, maior é o seu IMC.

Conclusões: Encontrou-se que existe alteração do estado nutricional, principalmente

sobrepeso e obesidade, em idosos com depressão.

Page 50: Anais cbnpg

Código: 15522

Título: LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DA PUCRS: UMA NOVA ABORDAGEM DA

GERIATRIA NA GRADUAÇÃO. Autores: Fernanda Mariani Cocolichio; Laura Marmitt; Juliana Krebs; Newton Luiz Terra;

Resumo:

INTRODUÇÃO:O mundo está envelhecendo.No ano de 2050 existirão cerca de dois

bilhões de idosos no mundo. Tendo em vista essa nova realidade e a pouca abordagem

desse tema, foi fundada em junho de 2010 a primeira Liga Acadêmica de Geriatria e

Gerontologia do RS.A Liga de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (LiGG) é

multidisciplinar, comportando tanto alunos da Medicina e demais áreas da saúde.Uma

Liga é formada por um grupo de alunos com um interesse comum, que se reúnem para

realizar atividades práticas e teóricas sobre o tema.Este tipo de atividade é de grande

importância, uma vez que não há esta disciplina na maioria das Universidades do RS.

OBJETIVOS:Demonstrar a necessidade de complementação extracurricular do

conhecimento sobre Geriatria e Gerontologia na Graduação, através da LiGG.

RESULTADOS:A LiGG tem 70 alunos inscritos, sendo 45% alunos da PUCRS, 25% da

ULBRA, 15% da UFRGS e 15% da FFFCMPA. No período de 1 ano, já foram realizados

oito palestras abordando diversos temas, duas jornadas (Os Gigantes da Geriatria e

Oncogeriatria), atividades comunitárias, além da publicação de um livro para a

comunidade (Previna-se das Doenças Geriátricas), inserção de ligantes em pesquisas e

criação de site para a Liga (www.ligageriatriapucrs.com.br). DISCUSSÃO:A LiGG tem o

intuito de discutir assuntos relevantes na Geriatria e reforçar a importância desta

especialidade entre os acadêmicos.Em parceria com o Instituto de Geriatria e

Gerontologia da PUCRS (IGG), realiza reuniões mensais com palestras com ênfase no

envelhecimento. Dentre nossas atividades, incluem-se também cursos abordando

temas relevantes na prática geriátrica, atividades científicas e participação na

elaboração de livros. Destaca-se a participação em congressos, trazendo o que há de

mais atual ao conhecimento dos ligantes. Atividades voltadas à prevenção de doenças

e promoção de saúde também são realizadas na Liga. CONCLUSÃO:A pouca

abordagem a Geriatria nas universidades criou uma lacuna no conhecimento dos

acadêmicos sobre esta área da medicina.Por outro lado, o elevado número de

inscrições que a LiGG vem tendo desde a sua criação sugere uma grande curiosidade

nos alunos e, conseqüentemente, um anseio para saber mais a respeito da

especialidade. Foi com esta proposta que a LiGG foi criada e, graças a este interesse e

ao apoio do IGG, gera uma grande procura por parte dos alunos e complementa de

forma consistente o saber dos ligantes.

Page 51: Anais cbnpg

Código: 15427

Título: LINGUAGEM NÃO-LITERAL EM PACIENTE COM DEMÊNCIA SEMÂNTICA: RELATO

DE CASO Autores: Mariana Ribeiro Hur; Leonardo Caixeta;

Resumo:

Introdução: A linguagem não-literal ou metalinguagem pode ser compreendida como a

capacidade de falar e pensar sobre a própria linguagem e é necessária para realizar

tarefas como compreender provérbios, metáforas e ironias. Os pacientes com

demência semântica (DS), um dos subtipos da demência frontotemporal (DFT),

apresentam perda do significado das palavras, parafasias semânticas e anomias

abundantes e prejuízo importante da memória semântica. Em fases mais avançadas da

doença podem ocorrer prejuízos das funções executivas e surgem também alterações

no uso social da linguagem e ao lidar com sinais lingüísticos não-verbais ou que exijam

maior abstração. Objetivo: Apresentar o desempenho de uma paciente com DS numa

bateria de testes que avaliam a linguagem não-literal. Métodos: Foi avaliada a paciente

E., 67 anos, com diagnóstico de demência semântica há 8 anos e exames de imagem

que revelam atrofia importante dos lobos temporais anteriores bilateralmente. Foram

aplicados os seguintes testes: Teste de Provérbios – STADP (Santos, 2009); Teste de

metáforas – Test of language competence (Wiig & Secord, 1985/89) e Teste de ironias

(Eviatar & Just, 2006). Resultados: Verificamos que a paciente apresentou dificuldade

muito importante em todos os testes aplicados. No teste de provérbios a paciente não

foi capaz de completar adequadamente nenhum dos provérbios apresentados e

tampouco explicar seu significado usando a abstração. No teste que avalia a

compreensão de metáforas a paciente não explicou corretamente nenhuma das

sentenças metafóricas, tendo dado respostas literais ou atendo-se ao significado de

palavras isoladas da sentença. Já no teste de ironias a paciente apresentou alguns

acertos, porém estes parecem ter ocorrido ao acaso, pois a paciente respondeu de

forma impulsiva. Qualitativamente observamos fôlego atencional bastante reduzido,

recusa de cooperação com a testagem, economia de esforço e inflexibilidade de

pensamento bastante marcante, já que a paciente não conseguiu utilizar a abstração

em nenhum momento durante a aplicação dos testes. Conclusão: Podemos concluir

que a paciente com DS apresenta dificuldade muito importante nas habilidades de

linguagem não-literal testadas, demonstrando prejuízos típicos da DS como alteração

da memória semântica, mas também alterações típicas da DFT como a disfunção

executiva, provavelmente devido à evolução da doença e ampliação das áreas

cerebrais atróficas.

Page 52: Anais cbnpg

Código: 15040

Título: LONGEVIDADE E DEMÊNCIAS: IMPACTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA. Autores: Joyce Santos Jardim; Patrícia Magali Simonaggio;

Resumo:

O aumento da expectativa de vida leva à necessidade de repensar sobre o

atendimento dispensado aos idosos, principalmente na atenção primária. A

longevidade fez crescer o número de pessoas com demência, tornando um desafio

para o médico, a busca pela qualidade de vida. Parkinson acomete mais de um milhão

de indivíduos nos EUA, sendo que a idade de inicio mais freqüente é na sexta década

de vida. Já a doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, afetando

quatro milhões de pessoas nos EUA tendo um custo superior a 50 bilhões de dólares/

ano. Devido à alta prevalência dessas doenças na população, buscamos fazer uma

revisão sobre esse assunto. Esse trabalho tem por objetivo abordar o tema Parkinson e

Alzheimer, dando especial atenção ao diagnóstico precoce e manejo dessas demências

na atenção primária. Dada a importância do atendimento do paciente com demência

na atenção primária, são necessárias estratégias visando integralizar o doente e sua

família, com especial atenção aos seus cuidadores.Nesse contexto, torna-se evidente a

necessidade da equipe de saúde capacitar esses cuidadores, proporcionado o suporte

físico, afetivo e espiritual que o idoso necessita para viver com mais dignidade. A

capacitação dos cuidadores deve contemplar, inicialmente, ações que não demandem

custo significativo para o Programa, como a sensibilização da família para um maior

envolvimento, bem como o esclarecimento sobre as questões que acompanham o

envelhecimento e a formação de grupos de auto-ajuda. Portanto, diante do

envelhecimento populacional, é importante que a sociedade como um todo colabore

com o ajuste social dessa população com programas sociais e de saúde que atendam

às necessidades dos idosos, tanto no processo de envelhecimento natural, como na

velhice associada a doenças e limitações. Nesse sentido, a estratégia do PSF tem o

potencial de contribuir para o envelhecer saudável dos usuários por eles assistidos.

Aos profissionais das equipes do PSF, cabe a responsabilidade e o comprometimento

com ações que qualifiquem o viver das pessoas e promovam um envelhecimento digno

e bem sucedido.

Page 53: Anais cbnpg

Código: 15423

Título: O CUIDADOR CONTRIBUI PARA O DIAGNÓSTICO? Autores: Fabiana Santos Fonseca; Flávio Antonio de Andrade Silva; Ana Carolina Cortez Maia; Gustavo

Fonseca dos Santos; Clemilde Maria de Oliveira Moreira; Paulo Renato Canineu; Bianca Isis Segantin;

Ana Elisa Sena Klein Rosa; Paulo Henrique Montenegro;

Resumo:

Introdução: Sabemos a importância do cuidador ou familiar do idoso com

comprometimento cognitivo. Estudos atuais demonstram a importância do transtorno

cognitivo leve na busca dos sinais e sintomas que se caracterizam em fases iniciais dos

transtornos demenciais. O diagnóstico de comprometimento cognitivo leve pode ser

estabelecido para indivíduos não dementes, mas com queixas de prejuízo de memória,

preferentemente corroboradas pelo informante, sendo os déficits demonstrados pelos

testes. Um dos questionamentos que se faz é, será que o cuidador consegue contribuir

com o diagnóstico de comprometimento cognitivo? Objetivo: Investigar a freqüência

de comprometimento cognitivo em uma população de idosos, com questionário

direcionado ao cuidador ou familiar, em um ambulatório de Geriatria de Guarulhos.

Metodologia: Foi aplicado o questionário IQCODE (Informant Questionnaire of

Cognitive Decline in the Elderly) composto de 26 perguntas fechadas, em 30

cuidadores/familiar que freqüentam o ambulatório de Geriatria em Guarulhos. O

Questionário do Informante sobre o declínio cognitivo do idoso é um instrumentos de

rastreio que se baseia nas informações fornecidas por familiares ou cuidadores acerca

de um possível declínio cognitivo do paciente. Resultados: DADOS ESTATÍSTICOS DO

TRABALHO Conclusão: O envelhecimento populacional crescente se apresenta sempre

vinculado com o aumento de déficits cognitivos. Concluímos que o familiar ou

cuidador são pessoas fundamentais no diagnóstico do comprometimento cognitivo,

nos mostrando que a sua sensibilidade para o diagnóstico é grande.

Page 54: Anais cbnpg

Código: 15512

Título: O DESEMPENHO DA FLUÊNCIA VERBAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE

PARKINSON SUBMETIDOS À ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA Autores: ALINE JULIANE ROMANN;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (PD) é uma desordem neurodegenerativa

caracterizada por manifestações motoras e outras disfunções não motoras, incluindo

as alterações cognitivas. A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) é uma técnica cirúrgica

bastante utilizada como tratamento opcional nestes indivíduos a fim de reduzir os

sintomas motores. OBJETIVO: Verificar o impacto do ECP na fluência verbal em

indivíduos com DP. MÉTODO: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases

de dados PubMed, Medline, Scielo e LILACS, utilizando os descritores “Deep Brain

Stimulation”, “Verbal Fluency” e “Parkinson Disease” de forma combinada. Foram

incluídos nesta revisão sistemática: estudos publicados entre 2000 e 2010; originais em

seres humanos; com população com PD usuários de ECP; e, com avaliação da fluência

verbal. Os estudos que não contemplavam estes critérios foram excluídos.

RESULTADO: Dentre os 81 artigos encontrados, foram incluídos 26 por contemplarem

os critérios de inclusão. Os estudos descrevem melhora significativa no desempenho

motor, por outro lado, apresentaram declínio significativo no desempenho da fluência

verbal. CONCLUSÃO: Os estudos concluem que existe um impacto negativo na fluência

verbal, que tem sido associado com a utilização de parâmetros de estimulação com

frequências altas (acima de 130 Hz), que são necessários para supressão dos sintomas

motores.

Page 55: Anais cbnpg

Código: 15422

Título: O FATOR ESTRESSE NOS CUIDADORES Autores: Fabiana Santos Fonseca; Flávio Antonio de Andrade Silva; Ana Carolina Cortez Maia; Clemilde

Maria de Oliveira Moreira; Gustavo Fonseca dos Santos; Ana Elisa Sena Klein Rosa; Bianca Isis Segantin;

Mariana Yoshida; Paulo Renato Canineu;

Resumo:

Introdução: O envelhecimento populacional representa um dos maiores desafios da

saúde pública contemporânea. A tarefa de cuidar de alguém geralmente se soma às

outras atividades diárias. Objetivo: caracterizar o nível de estresse da população de

cuidadores, de pacientes portadores de Doença de Alzheimer, orientá-los quanto os

aspectos da doença, com olhar interdisciplinar. Metodologia: Foram aplicados

questionários (inventário do cuidador-Zarit) nos familiares (cuidadores) dos

demenciados, e realizadas 10 palestras de orientação, neste mesmo grupo, após o

termino do ciclo de palestras, foi realizada a reaplicação questionário. Utilizamos um

grupo controle de cuidadores que não participaram das palestras. Resultados:

Obtivemos no grupo controle um alto índice de estresse, o que também fora

observado no grupo participante antes do ciclo de palestras. Tal fato se modificou após

orientação dos cuidadores. A orientação diminuiu o nível de estresse, melhorando sua

qualidade de vida e seus cuidados. Conclusão: O cuidador fica sobrecarregado, pois

assume a responsabilidade pelos afazeres que envolvem o doente, soma-se a isso,

ainda, o peso emocional da doença. É comum o cuidador passar por cansaço físico,

depressão, abandono do trabalho, alterações na vida conjugal e familiar. A tensão e o

cansaço sentidos pelo cuidador são prejudiciais à família e à pessoa cuidada.

Page 56: Anais cbnpg

Código: 15500

Título: O IMPACTO DA AFASIA NA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES

COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Autores: Flávia Yuki Assis Shikida; Lúcia Willadino Braga; Lígia Maria do Nascimento Souza;

Resumo:

O acidente vascular encefálico é uma condição grave e prevalente no mundo ocidental.

Dificuldades nas habilidades lingüísticas e de comunicação, como a afasia, podem

comprometer seriamente a qualidade de vida entre os sobreviventes. Este estudo teve

como objetivo avaliar o impacto da afasia na percepção de qualidade de vida de

indivíduos com seqüelas de Acidente Vascular Encefálico. Participaram 30 pacientes

afásicos e seus cuidadores, além de 28 pacientes não-afásicos. Todos responderam a

uma entrevista estruturada, e questionários de percepção de qualidade de vida (SF-36

e SAQOL-39), comunicação funcional (ASHA-FACS) e depressão (SADQ-10). Os

pacientes submeteram-se também a avaliação neuropsicológica e, os afásicos, a uma

reavaliação quanto à linguagem. Os resultados evidenciaram que nos dois grupos com

acidente vascular encefálico, a qualidade de vida sofreu interferências negativas do

déficit de comunicação, tanto na percepção dos pacientes, como na dos cuidadores

dos afásicos, observada em 14 dos 48 modelos de regressão linear múltipla obtidos.

Esse impacto foi melhor percebido na forma de variável contínua (ASHA-FACS), do que

no julgamento clínico dicotomizado (afásico/não-afásico). As outras variáveis que

participaram dos modelos, influenciando também a percepção da qualidade de vida,

por ordem decrescente de freqüência foram a depressão, a idade, a escolaridade, a

independência motora, o tempo de lesão e o gênero. Dos dois instrumentos de

avaliação da percepção da qualidade de vida, o SAQOL-39 mostrou-se mais

consistente. Os 4 modelos que exibiram coeficientes de determinação superiores a

50%, foram todos obtidos com o SAQOL-39 e sempre incluíram o déficit de

comunicação. O modelo que sintetiza essa constatação foi obtido com as informações

dos cuidadores no que concerne à ‘Pontuação média’ do SAQOL-39, que incluiu como

variáveis independentes a depressão, o ASHA-FACS e a idade. Houve também

concordância entre os pacientes afásicos e cuidadores em todos os intrumentos

utilizados. Conclui-se que, dentro das características clínicas e demográficas

investigadas que o déficit de comunicação emerge como variável relevante, associada

à uma pior perspectiva da qualidade de vida. Constatou-se também a ausência de um

efeito proxy, já que houve concordância entre os pacientes afásicos e seus respectivos

cuidadores em relação à percepção da qualidade de vida, avaliação da comunicação

funcional e depressão.

Page 57: Anais cbnpg

Código: 15544

Título: O IMPACTO DO ALCCOLISMO NA FUNCIONALIDADE DO IDOSO PORTADOR DE

HIPERTENÇÃO E DIABETE Autores: Maria Cristina Umpierrez; Maria Emilia Marcondes Barbosa; Juliana Sartori Bonini; Evani

Marques Pereira;

Resumo:

Introdução: O uso de álcool compromete o desempenho físico e social das pessoas

idosas, quando associado a distúrbios crônicos e perda cognitiva aumenta o risco de

declínio funcional. Objetivo: Verificar o consumo de álcool em idosos portadores de

hipertensão e/ou diabetes e relacioná-lo com o grau de dependência para atividades

instrumentais da vida diária (AIVD), desempenho cognitivo, sexo e idade. Método:

Estudo quantitativo exploratório. Para a coleta de dados foi realizado um questionário

e aplicadas a escala de Lawton, que permite a avaliação das AIVD e o Mini Exame do

Estado Mental, preconizados pelo Ministério da Saúde. Resultados: Foram avaliados

245 idosos, cadastrados no programa Hiperdia em uma cidade do interior do Paraná,

sendo 179 (73,0 %) do sexo feminino e 75 (27,0%) do sexo masculino. A análise dos

dados permitiu verificar que, 8,57% da amostra eram alcoolistas, destes 47,6% eram

do sexo masculino e 52,4% do sexo feminino. Entre os homens 14,29% eram

portadores de déficit cognitivo e dependência parcial para as atividades instrumentais

da vida diária. Entre as mulheres 19,05% eram portadoras de déficit cognitivo, porém

preservavam a independência para as AIVD e 9,52% apresentavam déficit cognitivo e

dependência parcial para AIVD. Por outro lado, 57,14 % dos alcoolistas apresentavam

cognição normal e independência para as AIVD. Identificou-se que os idosos alcoolistas

encontravam-se nas seguintes faixas etárias: 33,5 % de 60 a 69 anos; 38,0% de 70-79

anos e 28,5% com 80 e mais anos. Conclusão: a amostra foi constituída por maior

número de mulheres, o que explica a maior incidência de alcoolismo neste sexo. O

alcoolismo relacionado á perda cognitiva associada a declínio para as AIVD prevaleceu

no sexo masculino. Entre as mulheres verificou-se que o alcoolismo esteve relacionado

a perda cognitiva, porém com preservação da independência para as AIVD. O fato de

que 57,14% dos idosos alcoolistas não apresentarem alterações cognitivas ou

funcionais estaria associado ao nível de consumo baixo ou moderado. Entre os idosos

alcoolistas não foi identificado nenhum caso de dependência total para AIVD,

relaciona-se esse dado `as altas taxas de mortalidade em portadores de condições

crônicas alcoolistas e com a mobilidade física prejudicada, já que a imobilidade está

relacionada a agravos clínicos.

Page 58: Anais cbnpg

Código: 14814

Título: OS CUIDADOS MÉDICOS COM O PACIENTE TERMINAL Autores: Patrícia Magali Simonaggio; Joyce Santos Jardim; Larissa Shultz; Orientador Dr. Alfredo Cataldo

Neto;

Resumo:

Morte e morrer são temas polêmicos, difíceis de serem debatidos. Isso porque ao

falarmos da morte, inevitavelmente refletimos sobre a nossa própria morte. É preciso

que se elabore perspectivas sobre o significado de sofrer e de morrer para

desenvolvermos a capacidade de cuidar de um paciente terminal. O objetivo desse

artigo é refletir sobre os cuidados com o paciente terminal. A medicina trabalha com

vida, com doença e com morte. Portanto, não é exata e, sempre envolve riscos e

incertezas. As condutas médicas serão decididas conforme o paciente vai evoluindo,

ou seja, conforme vai respondendo ao tratamento oferecidoAssim, não há uma

resposta certa e única a ser seguida. O processo de terminalidade da vida é de grande

complexidade, envolvendo um grau elevado de ansiedade tanto para o médico quanto

para o paciente e seus familiares. É preciso que se entenda que é um processo: a

pessoa nasce, vive e morre. Depois, precisamos ter claras as competências do médico,

do paciente e de seus familiares nesse processo. Quando a indesejada das gentes

chegar, e a morte inexorável de um paciente se anuncia, é inevitável uma grande

reação emocional no médico. Fazer o bem, promover o bem-estar adquire nova

conotação quando o médico se despe de suas defesas e convenções que o protegem.

O seu papel passa de curar para cuidar. Percebemos que pouco podemos diante do

inevitável, senão dar conforto e assistência nessa travessia. Falar sobre a morte ainda

parece ser um tabu. No entanto, as mudançasPrecisamos entendê-la para que

possamos lidar melhor com ela decorrentes da evolução da medicina na manutenção

da vida, fazem emergir questões éticas que precisam ser elucidadas. Não há de se

temer a morte.

Page 59: Anais cbnpg

Código: 15535

Título: PADRÕES DE RITMO CIRCADIANO E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS NA

ATENÇÃO BÁSICA Autores: Raissa Queiroz Rezende; Bárbara Hartung Lovato; Gabriela Vescovi; Marco Antônio Gelain;

Matheus Ferreira Gomes; Nathalia Fattah Fernandes; Eduardo Hostyn Sabbi; Maria Paz Loayza Hidalgo;

Analuiza Camozzato de Padua;

Resumo:

Introdução: A dessincronização de ritmos circadianos pode ser um risco para o

desenvolvimento de transtorno depressivo ou se pode ser preditivo de resposta ao

tratamento. Objetivo: estudar a associação entre padrões de ritmo circadiano

(cronotipos) e sintomas depressivos em idosos na atenção básica. Métodos: estudo

transversal com indivíduos maiores do que 60 anos recrutados de uma Unidade Básica

de Saúde (em andamento). Instrumentos: escalas de rastreio para depressão (Geriatric

Depression Scale), versão clínica Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV para

confirmação diagnóstica e Mini Exame do Estado Mental, Questionário de Cronotipo

de Munique (Munich ChronoType Questionnaire- MCTQ) e o Questionário de

Matutinidade e Vespertinidade de Horne-Osberg MEQ). Resultados: 201 idosos

avaliados (68% feminino), com idade entre 60 e 95 anos (73,1±8,1 média ±DP) e

escolaridade entre 0 e 18 anos de estudo (8,4±4,7 média ±DP). 10% da amostra com

Depressão Maior. 75,5% da amostra foi moderadamente matutina ou

matutina,horário intermediário entre o início é o final do sono (mid sleep time MS do

MCTQ) foi de 3h28min±1h18min e 3h25min±1h18min nos dias de trabalho e nos dias

livres respectivamente. Não houve correlação significativa entre os escores da GDS e

os escores do MEQ (r = 0,01 ; p = 0,88) e entre os escores da GDS e o MSF-MCTQ (r = -

0,1; p = 0,34). Os escores do questionário de Horne-Ostberg (63,9±7,4) e o MS-MCTQ

de dias de trabalho (3h22min±1h02min) e de dias livres (3h27min±1h38min) no grupo

sem depressão não diferiram significativamente dos escores das mesmas variáveis no

grupo com depressão (62,7±7,7; 3h29min±1h22min; 3h25min±1h16min). Conclusão:

Não encontramos associação depressão em idosos e medidas clínicas de cronotipo até

o presente momento.

Page 60: Anais cbnpg

Código: 15546

Título: PERFIL DOS IDOSOS PORTADORES DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS, USUÁRIOS DE

UM CENTRO DE REABILITAÇÃO Autores: Miriam Pilla Rosito; Darla Silvana Risson Ranna;

Resumo:

INTRODUÇÃO: O envelhecimento faz parte do ciclo natural da vida, a idade cronológica

não serve como marcador das mudanças que ocorrem este é caracterizado por

variações significativas e individuais. O envelhecimento populacional no Brasil traz uma

série de consequências como problemas sociais, econômicos e de saúde. Ocorre um

aumento das doenças associadas ao envelhecimento: crônicas e degenerativas. Os

distúrbios neurológicos estão entre as doenças que acometem os idosos implicando

tanto para o paciente, a família e cuidadores. Os centros de reabilitação precisam estar

preparados para esta nova realidade. A reabilitação pode restaurar a funcionalidade e

adaptar o idoso a melhor qualidade de vida. Uma análise do perfil dos pacientes que

necessitam de reabilitação, pode traçar objetivos específicos e identificar esta

demanda, com isto planejar adequadamente o serviço e a terapia.OBJETIVOS: Analisar

o perfil dos idosos com doenças neurológicas, usuários de um centro de

reabilitação.MÉTODOS: A pesquisa de caráter observacional, transversal, com coleta

retrospectiva. Foi realizada com idosos, de ambos os sexos, atendidos no centro de

Reabilitação da PUCRS, no período de Julho de 2004 a Março de 2010.RESULTADOS:No

período estudado, foram atendidos no centro de reabilitação, 1205 idosos, destes 4%

apresentaram doenças do sistema nervoso. Sendo que 57% tinham idade entre 60 e 69

anos, 30% de 70 a 79, 11% de 80 a 89 e 2% acima de 90 anos, quanto ao gênero 52%

eram mulheres. Entre as patologias neurológicas a predominância foi dos transtornos

dos nervos e raízes de plexos e das paralisias cerebrais, representando 52% dos

pacientes, seguido por Doença de Parkinson com 20% e Doença de Alzheimer 17%, a

esclerose múltipla/esclerose lateral e traumatismo crânio-encefálico, 10%. O

financiamento dos atendimentos deu-se basicamente pelo sistema privado de saúde

suplementar, onde 70% dos pacientes eram beneficiários de planos de assistência

médica-hospitalar e 30% eram particulares. CONCLUSÃO: As afecções neurológicas

encontradas neste estudo causam perda de controle muscular, tremores, rigidez,

lentidão de movimentos, levando a dificuldade para realização das AVDs e AIVDs, o

que resulta em perda de autonomia e pode levar à dependência. Considerando o perfil

apresentado, é necessário repensar as políticas públicas e privadas de saúde para

nortear os serviços e os profissionais de reabilitação, traçando um plano de

reabilitação condizente com a realidade do idoso

Page 61: Anais cbnpg

Código: 15520

Título: PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM IDOSOS NO AMBULATÓRIO DE

CACHOEIRINHA – RS Autores: Daniel Pietko da Cunha; Caciana Pavi; Cristiane Soares Almeida; Clarice Inês Endresauler;

Patrícia Gordim Panni; Paulo Roberto Consoni;

Resumo:

Prevalência de Depressão em Idosos no Ambulatório de Cachoeirinha – RS Introdução

A depressão é a causa mais importante de anos de vida com incapacidade,

independente da idade e do sexo. É a doença psiquiátrica mais comum entre os idosos,

freqüentemente sem diagnóstico e sem tratamento. Ela afeta sua qualidade de vida,

aumentando a carga econômica por seus custos diretos e indiretos. Objetivos O estudo

teve por objetivo determinar a suspeita de prevalência de depressão em idosos que

consultam no ambulatório de Geriatria do Posto de Atendimento Municipal de

Cachoeirinha. Metodologia Estudo clínico transversal de prevalência Foram avaliados

idosos com idade igual ou superior a 60 anos que consultaram nos meses de Junho e

Julho de 2011 no ambulatório de Geriatria do Posto de Saúde Municipal de

Cachoeirinha -RS O instrumento utilizado para o diagnóstico de transtorno depressivo

foi a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, versão abreviada com 15 perguntas.

Resultados Na amostra de 61 pacientes com idade igual ou maior que 60 anos, 51

pertencem ao sexo feminino ( 83,3%) e 10 são do sexo feminino ( 16,4%). A média de

idade dos idosos avaliados foi de 73 anos. Onze pacientes apresentaram escore maior

que 5 na escala de Yasavage ou seja, 18% têm suspeita de depressão. Destes 11

pacientes, 9 são feminino ( 81,8%) e 2 masculino ( 18,2%). A média de idade desses 11

pacientes com suspeita de transtorno depressivo foi 71 anos. Conclusão Estudos que

avaliam sintomas depressivos clinicamente significantes utilizando escalas de

sintomas, como a escala Yasavage encontram, na comunidade ,variação de prevalência

de 6,4% a 59,3%. Em nosso estudo a suspeita de transtorno depressivo nos idosos

avaliados foi de 18% . Este achado está dentro da variação de prevalência dos estudos

de que tratam o assunto.

Page 62: Anais cbnpg

Código: 15543

Título: PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSOS ATENDIDOS EM UM

AMBULATÓRIO DE CLÍNICA MÉDICA DO SUL DO BRASIL E ASSOCIAÇÃO COM DECLÍNIO

COGNITIVO Autores: Adriane Miró Vianna Benke Pereira; Luisa Jussara Coelho; Irenio Gomes da Silva Filho; Carla

Helena Augustin Schwanke;

Resumo:

Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo que se associa a

aumento de doenças cardiovasculares e Diabetes. Recentemente tem sido descrita sua

associação com o declínio cognitivo (DC) em idosos. Objetivos: Determinar a

prevalência de SM e de DC em idosos atendidos no ambulatório 37 de Clínica Médica

do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e verificar se existe

associação da SM e seus componentes com DC. Métodos: estudo observacional,

transversal, descritivo-analítico que investigou amostra de 133 idosos (60 anos e mais)

atendidos no Ambulatório 37 de Clínica Médica do HC-UFPR entre 01/03/2010 e

30/10/2010. A SM foi definida pelo critério National Cholesterol Education Program

Adult Treatment Panel III (NCEP- ATPIII). O rastreamento do DC foi feito através do

Mini Exame do Estado Mental. Informações sociodemográficas, culturais e de saúde

foram obtidas com questionário geral desenvolvido para a pesquisa. As informações

foram armazenadas em banco de dados desenvolvido para o projeto em Access 2007.

A análise dos dados, feita pelo software estatístico SPSS 17.0, envolveu medidas

descritivas; Teste Qui-Quadrado para as análises univariadas; Qui-quadrado de

Pearson, correção de continuidade, Teste Exato de Fischer, simulação de Monte Carlo

e Teste de t-Student para as análises bivariadas. Para a análise multivariada foi usada a

Regressão Logística Binária e Odds Ratio. Resultados: A média de idade dos

participantes foi de 68,7 ±5,8 anos. Predominaram na amostra as mulheres, 66,9%

(n=89), idosos de cor branca 81,2% (n=108), com escolaridade entre 1 e 4 anos 60,9%

(n=81) e rendimento familiar de até 2 salários mínimos 51,4% (n=58). A prevalência de

SM na amostra geral foi de 63,9% (n=89). O DC esteve presente em 21,1% (n=28) dos

participantes e níveis glicêmicos elevados ou hiperglicemia em tratamento e ausência

de atividade física foram identificados como fatores preditores do DC. A SM esteve

positivamente associada ao DC, sendo que o grupo com SM apresentou risco 5,1 vezes

maior de desenvolver DC que o grupo sem SM, quando foi mantida constante a

influência das variáveis de controle atividade física, triglicerídeos, sexo e glicemia de

jejum. Conclusão: As prevalências de SM e de DC foram elevadas nesta amostra. De

acordo com os resultados obtidos no presente estudo, pode-se verificar que o

sedentarismo e níveis glicêmicos elevados ou Diabetes foram fatores preditores para o

DC.

Page 63: Anais cbnpg

Código: 15020

Título: PROJETO DOCE VIDA: UMA VISÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL Autores: Geika de Oliveira Espinheira Cruz; Vanina Tereza Barbosa Lopes da Silva;

Resumo:

Objetivo: o presente estudo objetivou avaliar a contribuição da Terapia Ocupacional

para a clientela do Projeto de Extensão “Doce Vida”, da Universidade Potiguar – UNP.

Método: para tal estudo, optou-se por uma pesquisa de abordagem qualitativa e

caráter explorativo descritivo. Nela, empregou-se a técnica de grupo focal para análise

dos dados, tendo o grupo em estudo se constituído de sete mulheres, com sobrepeso

ou obesidade, participantes do projeto supracitado e que obtiveram intervenção da

Terapia Ocupacional nos anos 2007 e 2008. A coleta de dados foi realizada em três

encontros com temas específicos no período de março a maio de 2009, conduzidos

pela autora e pesquisadora. Resultados: a avaliação dos resultados sistematizou três

categorias: (1) Lembranças das mulheres do Projeto Doce Vida antes da intervenção da

Terapia Ocupacional; (2) Participação das mulheres do Projeto Doce Vida em

atividades de Terapia Ocupacional e as mudanças decorrentes; (3) Atividades

terapêuticas e novas habilidades das mulheres do Projeto Doce após a intervenção

terapêutica. Conclusões: os resultados encontrados nas falas dessas mulheres

revelaram que através das atividades realizadas pela Terapia Ocupacional, melhorou-

se não só a saúde funcional dessas mulheres, mas efetivamente sua qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade. Obesidade. Terapia Ocupacional.

Page 64: Anais cbnpg

Código: 15320

Título: RELAÇÃO CORTISOL/DHEA EM PACIENTES DEPRESSIVOS REFRATÁRIOS AO

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Autores: Márcio da Silveira Corrêa; Joana Bisol Balardin; Marco Antônio Knob Caldieraro; Marcelo Pio de

Almeida Fleck; Elke Bromberg;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Diversos estudos tem indicado que alterações nos níveis de cortisol e

dehidroepiandrosterona (DHEA) estão associados à depressão. Entretanto, a literatura

a respeito deste assunto é bastante controversa. Uma vez que alterações nos níveis

destes hormônios podem ter uma série de efeitos negativos, torna-se importante

investigar suas modificações em pacientes depressivos refratários ao tratamento

farmacológico, os quais provavelmente estariam mais propensos a alterações de longo

prazo destes esteróides e, portanto, aos efeitos negativos desta disfunção endócrina

ao longo da vida. OJETIVOS: Analisar a relação entre os níveis de cortisol e DHEA em

pacientes depressivos jovens refratários ao tratamento farmacológico. MÉTODOS:

Participaram deste estudo, indivíduos com depressão maior unipolar (n=11, 32,52 ±

1,83 anos; 9 mulheres e 2 homens; BDI: 29,88 ± 2,57), de acordo com a Mini

International Neuropsychiatry Interview (MINI), medicados para este transtorno e

controles (n=19, 29,77 ± 1,00 anos; 17 mulheres e 2 homens; BDI: 4,45 ± 0,67). Os

participantes coletaram três amostras de saliva em diferentes horários (7, 16 e 22

horas) no dia do experimento. A análise dos hormônios foi feito por radioimunoensaio.

Os dados foram analisados por ANOVA e teste post hoc de Tukey quando necessário.

P<0.05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: O cortisol dos

controles mostrou o ritmo circadiano característico de muitos estudos para indivíduos

saudáveis: níveis significativamente mais elevados as 7h, diminuição as 16h e níveis

mais baixos as 22h (p=0.000). Os pacientes depressivos apresentaram níveis de cortisol

significativamente mais baixos em todos os tempos de amostragem (p<0.05). Em

relação as concentrações de DHEA não houve diferença significativa entre os grupos

(p>0.05). Dessa forma, a razão cortisol/DHEA foi mais baixa as 7h (p=0.001) e as 16h

(p=0.04) nos pacientes depressivos. CONCLUSÃO: O estudo indicou alterações nos

níveis de cortisol e na relação cortisol/DHEA. A hipocortisolemia encontrada é

comparável àquela observada em idosos com episódios depressivos recorrentes e de

longa duração. Estudos futuros deveriam investigar a possibilidade de uma relação

entre a hipocortisolemia, relacionada a quadros depressivos refratários ao tratamento

farmacológico, e a fadiga da gândula adrenal.

Page 65: Anais cbnpg

Código: 15429

Título: RELAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA COM O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

HABITUAL EM IDOSOS BRASILEIROS Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Letícia Lemos Ayres da Gama Bastos; Cristiane Alves Martins; Jair

Sindra Virtuoso Júnior;

Resumo:

Introdução: A atividade física pode ser destacada como uma das formas que

minimizam os danos causados pelo envelhecimento, sendo que à manutenção de um

estilo de vida ativo pelos idosos, pode proporcionar benefícios socioculturais, além de

pessoais e biológicos. A função cognitiva está atrelada ao processo de envelhecimento,

e a atividade física pode ser considerada um importante recurso para a redução do

déficit cognitivo nos idosos. Objetivo: Analisar a relação da função cognitiva com o

nível de atividade física habitual em homens e mulheres idosas. Métodos Estudo com

delineamento transversal, tendo amostra composta por 909 idosos. Os idosos tinham

média de idade de 71.4 anos (DP=8.01), sendo 555 (61.1%) do sexo feminino e 354

(38.9%) masculino. A função cognitiva foi avaliada por meio do Questionário Brazil Old

Age Schedule (BOAS), com ponto de corte padrão d quatro pontos para a presença de

alterações cognitivas severas e o Nível de Atividade Física Habitual pelo Questionário

Internacional de Atividade Física (IPAQ), com ponto de corte de 150 min/sem. Para

análise da relação entre a Função Cognitiva e atividade física, foi realizado o Teste

exato de Fisher, com nível de significância de p<0.05. Resultados: Dos avaliados, 16%

(n= 144) foram classificados como sedentários ou inativos fisicamente e 7,3% (n=66)

apresentavam déficit cognitivo. Para o sexo feminino, 83,9% (n=423) dos que

apresentaram ausência de déficit cognitivo foram classificadas como fisicamente ativas

e apenas 9,4% (n=44) dos ativos apresentavam déficit cognitivo (p=.008). Para o sexo

masculino não houve relação significativa, apesar de 83,9% (n=265) dos que

apresentaram ausência de déficit cognitivo ser classificados como fisicamente ativos

(p=.143). Conclusões: O delineamento transversal é uma limitação do estudo, pois

impede o estabelecimento de causa e efeito entre as variáveis. Entretanto, os

resultados deste estudo parecem suportar as evidências na literatura quanto à relação

da função cognitiva com o nível de atividade física em pessoas idosas. Em geral, as

pessoas mais ativas são menos acometidas por prejuízos na função cognitiva, apesar

da significância das análises inferenciais ser evidenciada somente para o sexo

feminino. Sugere-se o incremento de ações que incentive à práticas de atividades

físicas em políticas públicas direcionadas à preservação da função cognitiva em

pessoas idosas.

Page 66: Anais cbnpg

Código: 15502

Título: RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E SINTOMAS DEPRESSIVOS DE PESSOAS

FISICAMENTE ATIVAS COM MAIS DE 50 ANOS Autores: Andréa Kruger Gonçalves; Ariane Dias; Adriane Ribeiro Teixeira; Cíntia de la Rocha Freitas;

Clézio José dos Santos Gonçalves;

Resumo:

INTRODUÇÃO: As melhores condições de vida propiciaram aumento da expectativa de

vida, porém existem estilos com maior grau de satisfação e eficiência, proporcionando

melhor qualidade de vida (FLECK et al.,1999; MINAYO, HARTZ e BUSS , 2000). Na

população idosa transtornos de humor são freqüentes (como a depressão),

conduzindo à diminuição da independência (ANTUNES et al.,2005). A atividade física

regular tem sido reconhecida como fator básico de saúde (OMS,1999; KU, McKENNA e

FOX,2007), auxiliando na redução dos sintomas depressivos (MORAES et al., 2007;

BENEDETTI et al.,2008; REICHERT et al., 2009). OBJETIVO: Analisar a relação entre

qualidade de vida, sintomas depressivos e idade em pessoas com idade superior aos 50

anos praticantes de atividade física regular. MÉTODOS: O estudo realizado foi do tipo

ex-pos-facto com amostragem por acessibilidade. Fizeram parte da amostra 73

pessoas divididas em quatro grupos de idade: GR1 = 50-59 (n=8), GR2 = 60-69 (n=27),

GR3 = 70-79 (n=27); GR4 ≥ 80 (n=11) participantes de um projeto de extensão

direcionado à prática de atividade física. Os instrumentos foram um questionário com

informações sócio-demográficas, SF-36 (CICONELLI,1999); GDS (FIGUEIREDO et

al.,2002). Utilizou-se a análise estatística com ANOVA e Correlação de Pearson

(p<0,05). RESULTADOS: Quanto ao sexo a maior parte era mulheres: GR1=100%,

GR2=92,6%, GR3=74,1%, GR4= 63,6%. O estado civil casado foi o mais predominante e

comum entre os grupos. O GDS indicou que 87,5% no GR1 apresentavam

sintomatologia depressiva leve a moderada e 12,5% grave. Nos GR2 e GR3, 7,4% não

apresentaram nenhum sintoma e 92,6% de leve a moderada. No GR4, 18,2% não

tinham sintomas (18,2%) e 81,8% sintomas leves a moderados. Quanto ao SF-36, todos

os participantes indicaram uma pontuação superior a 50% (percentil 3). As pontuações

foram: percentil 3 = 25%, 22,2%, 25,9% e 36,4%; percentil 4 (76-100%) = 75%, 77,8%,

74,1% e 63,6%; respectivamente no GR 1,2,3,4. A ANOVA indicou diferença estatística

significativa (p=0,025) entre o GDS e os grupos de idade, mas não houve diferença no

SF-36. Já o teste de Pearson indicou correlação negativa (p=0,004) entre o GDS e o SF-

36. CONCLUSÃO: Os sintomas leves a moderados de depressão foram o tipo mais

frequente. A avaliação da qualidade de vida da maioria da amostra estava num nível

satisfatório, apesar da diferença de idade. Os resultados também indicaram que

quanto melhor a avaliação da qualidade de vida menor a presença de sintomas

depressivos.

Page 67: Anais cbnpg

Código: 14624

Título: RELAÇÃO ENTRE SINAIS DEPRESSIVOS EM ADULTOS IDOSOS E DESEMPENHO

COGNITIVO Autores: Camila Rosa de Oliveira; Karina Carlesso Pagliarin; Luara Calvette; Rochele Paz Fonseca;

Resumo:

Introdução Um dos grandes desafios na interface entre a neuropsicologia e a

psiquiatria é o diagnóstico diferencial de depressão em adultos idosos, sendo que esse

quadro pode muitas vezes simular ou exarcebar sintomas demenciais. A depressão

geriátrica pode causar ou potencializar déficits cognitivos, como lentificação do

processamento cognitivo dificuldades atencionais, mnemônicas e executivas. Objetivos

Verificar a frequência de sinais sugestivos de depressão geriátrica em uma amostra de

adultos idosos, assim como a correlação entre esses sintomas e o desempenho em

tarefas de memória, atenção e funções executivas. Método Participaram deste estudo

246 adultos idosos, de 60 a 90 anos de idade, sem déficits neurológicos e/ou

sensoriais. Os instrumentos administrados em uma sessão foram a Escala de

Depressão Geriátrica (GDS-15) e tarefas do Instrumento de Avaliação Neuropsicológica

Breve NEUPSILIN (Contagem inversa, Repetição de dígitos, Ordenamento ascendente

de dígitos, Span auditivo de palavras em sentenças, Evocação imediata, Evocação

tardia, Reconhecimento, Resolução de problemas e Fluência verbal) Os dados foram

analisados através de correlação de Spearman (p≤0,05). Resultados De acordo com os

resultados, 79% dos adultos idosos não apresentaram sinais depressivos de acordo

com a GDS-15, enquanto que 17% apresentaram sinais leves e 4%, moderados.

Encontraram-se correlações negativas e fracas entre os escores de sinais sugestivos de

depressão geriátrica na GDS-15 e de desempenho em atenção concentrada, memória

de trabalho, memória verbal episódica-semântica de evocação imediata e tardia, e no

componente executivo de resolução de problemas simples. Conclusão Frente a esses

achados, na parcela da amostra que apresentou sinais sugestivos de depressão

geriátrica leve e moderada, parece haver apenas uma pequena associação entre o

nível de depressão e o desempenho cognitivo atencional, mnemônico e executivo.

Hipotetiza-se que em com idosos com níveis graves de depressão geriátrica ou com

histórico de depressão maior, tal associação deva se mostrar mais forte,

principalmente com estímulos mais complexos como textos e tarefas ecológicas. Em

busca de uma consolidação dos conhecimentos de interface entre neuropsicologia e

psicopatologia, é essencial promover estudos de perfis cognitivos em diferentes

quadros (neuro)psiquiátricos.

Page 68: Anais cbnpg

Código: 14716

Título: RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME METABÓLICA E DIABETES MELLITUS COM

DECLÍNIO COGNITIVO LEVE Autores: João Augusto de vasconcelos da Silva; Paula Engroff; Geraldo Attilio de Carli; Irênio Gomes da

Silva Filho; Adriana Pereira Gutterres; Adriana Machado Vasques;

Resumo:

Introdução; Com o aumento do envelhecimento populacional existe um crescente da

prevalência de doenças cardiometabólicas, assim como quadros de perda cognitiva

que podem decorrer da própria senelidade ou a associação com fatores de risco

cardiovasculares, entre esses a síndrome metabólica e diabetes mellitus, que são um

dos principais fatores de risco para declínio cognitivo em idosos. Objetivo: Avaliar a

relação entre a síndrome metabólica e diabetes mellitus com o declínio cognitivo leve.

Material e métodos: É um estudo transversal de 176 pacientes maior ou igual a 50

anos até os 93 anos os dados foram obtidos no ambulatório de atendimento primário

do bairro Armour e em consultório particular em Santana do Livramento-RS. Teve

início em maio de 2009 a fevereiro de 2010. Os critérios de análise para o diagnóstico

de DCL foram os seguintes testes neuropsicológicos: o Mine-exame do Estado mental

(MEEM) e o Rey Auditory-verbal learning Test (RAVLT) como testes principais para o

diagnóstico clínico de DCL e o Montreal Cognitive Assessment (MOCA), Atividades

instrumentais de vida diárias, ìndice de Kartz e escala de depressão geriátrica com 15

itens como testes secundários. O critério para diagnóstico de SM foram os critérios da

NCEP/ATP III e para o diagnóstico de DM os critérios da Sociedade brasileira de

Diabetes. Resultados: Dos 176 pacientes estudados 11,9% (21) tiveram diagnóstico

clínico de DCL, 46,9% (83) com o diagnóstico de SM e 20,9% (37) com DM. Em relação

a SM, 14,5% (12) dos pacientes apresentaram o diagnóstico de DCL e em relação ao

DM 21,6% (08) apresentaram esse diagnóstico. A SM e DM mostraram

estatisticamente p igual 0,316 e 0,039 respectivamente. Conclusão: A SM não

demonstrou ter valor estatisticamente significativo para o diagnóstico clínico de DCL e

o DM teve valor significativo para esse diagnóstico. É possível que essa associação

apareça ao estudarmos uma maior população, mas provavelmente não com um

aumento de risco superior a 50%.

Page 69: Anais cbnpg

Código: 15413

Título: SINTOMAS DEPRESSIVOS E EQUILÍBRIO EM IDOSOS RESIDENTES NA

COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; João de Souza Leal Neto; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos

Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;

Resumo:

Introdução: A sintomatologia depressiva em idosos está associada ao déficit de

desempenho motor, podendo comprometer o equilíbrio. As possíveis relações entre

sintomas depressivos e equilíbrio fornecem informações importantes sobre a

capacidade funcional de idosos, podendo ser utilizada para predizer condições de

saúde/doença. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e equilíbrio

em idosos residentes na comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base

populacional e domiciliar, com delineamento seccional. Participaram do estudo 316

idosos de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete

Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da Escala de

Depressão Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. O equilíbrio foi

determinado por meio de quatro etapas, nas quais o indivíduo era solicitado a realizar

cada tarefa por 10 segundos: (1) manter o equilíbrio em pé com os dois pés juntos; (2)

manter equilíbrio em pé com o calcanhar de um pé a frente dos artelhos do outro pé;

(3) manter o equilíbrio em pé somente apoiado na perna direita; (4) manter o

equilíbrio em pé apenas apoiado na perna esquerda. Para avaliar o desempenho, foi

estabelecida a seguinte pontuação: incapaz de realizar qualquer uma das tarefas =

escore 0 (incapaz); capaz de realizar somente a tarefa 1 = escore 1 (fraco); capaz de

realizar as tarefas 1 e 2 = escore 2 (médio); capaz de realizar as tarefas 1 e 2 mais a 3

e/ou a 4 = escore 3 (bom). A associação entre comprometimento do equilíbrio (escore

0 ou 1) e sintomatologia depressiva foi testada por meio da técnica de regressão de

Poisson, calculando-se modelos simples e ajustado para estimar as razões de

prevalências (RP) e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%). O nível de

significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo consistiu

de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A média de idade foi de 74,2± 9,8. A

prevalência de sintomas depressivos foi de 20%, enquanto que 30,3% apresentaram

limitação no teste de equilíbrio. O déficit no equilíbrio foi positivamente associado à

sintomatologia depressiva, independentemente do sexo, idade, saber ler e escrever,

renda familiar per capita e atividade física (RP=1,60; IC95% = 1,10 – 2,35). Conclusão:

Os resultados mostraram que os sintomas depressivos estão associados ao

comprometimento do equilíbrio em idosos residentes em comunidade.

Page 70: Anais cbnpg

Código: 15414

Título: SINTOMAS DEPRESSIVOS E FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EM IDOSOS

RESIDENTES NA COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; Paloma Andrade Pinheiro; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos

Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;

Resumo:

Introdução: Idosos deprimidos encontram-se geralmente com baixa energia e

sensação de fraqueza. A avaliação da força de preensão manual (FPM) em idosos é

importante por estar relacionada diretamente a atividades do cotidiano. Objetivo:

Avaliar a relação entre sintomas depressivos e FPM em idosos residentes na

comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar com

delineamento seccional. Participaram do estudo 316 idosos de ambos os sexos,

residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas

depressivos foram avaliados por meio da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), na

forma abreviada de 15 itens. A FPM foi avaliada por meio de um dinamômetro

hidráulico (Saehan Corporation SH5001, Korea). O teste foi realizado utilizando o braço

que o indivíduo considerava ter mais força. Para avaliar o desempenho nesse teste, a

distribuição dos valores foi feita em percentis (Pk), de acordo com o sexo: incapaz =

escore 0 (incapaz); ≤ P25 = escore 1 (fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); > P75 =

escore 3 (bom). A associação entre limitação funcional no teste de FPM (escores 0 ou

1) e sintomatologia depressiva foi testada por meio da técnica de regressão de

Poisson. Foram calculados modelos simples e ajustados para estimar as razões de

prevalências (RP) com os seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). O

nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo

consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A média de idade foi de 74,2

± 9,8. Entre os idosos entrevistados 28,2% apresentavam limitação na FPM. A

prevalência de sintomas depressivos foi de 20%. A limitação funcional na FPM foi

positivamente associada à sintomatologia depressiva, independentemente do sexo,

idade, saber ler e escrever, renda familiar per capita e atividade física (RP=1,58; IC95%

= 1,06 – 2,38). Conclusão: Os resultados sugerem que indivíduos idosos com sintomas

depressivos apresentam menor força muscular em membros superiores em

comparação a indivíduos assintomáticos.

Page 71: Anais cbnpg

Código: 15467

Título: SINTOMAS DEPRESSIVOS E FORÇA/RESISTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES EM

IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Raiana Souza Ferreira; Thais Alves Brito; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;

Bruno Morbeck de Queiroz; José Carlos Cândido dos Santos Júnior;

Resumo:

Introdução: Na população idosa os sintomas depressivos freqüentemente ocasionam

um aumento da dependência funcional, podendo estar associados à diminuição do

desempenho motor. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e

limitação funcional em teste de força/resistência de membros inferiores (MMII) em

idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico com

delineamento transversal, de base populacional e comunitária. Participaram do estudo

316 idosos (≥60 anos), residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-

BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da Escala de Depressão

Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. Para a avaliação da força/resistência

de MMII foi utilizado o teste de sentar e levantar em uma cadeira. O desempenho foi

definido com base na distribuição do tempo, em percentis (Pk), para realizar a tarefa:

incapaz = escore 0 (incapaz de realizar o teste em 60 segundos); > P75 = escore 1

(fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); ≤ P25 = escore 3 (bom). A associação entre

limitação funcional no teste de força/resistência de MMII (escores 0 ou 1) e

sintomatologia depressiva foi testada por meio da técnica de regressão de Poisson.

Foram calculados modelos simples e ajustados para estimar as razões de prevalências

(RP) com os seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). O nível de

significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A média de idade da população

do estudo foi de 74,2 anos (± 9,8). Dos 316 idosos, 174 eram mulheres (55,1%) e 142

homens (44,9%). A prevalência de sintomas depressivos foi de 20%, e 34,7% dos idosos

apresentaram limitação no teste de força/resistência de MMII. Foi encontrada

associação significativa entre sintomas depressivos e limitação para realizar o teste de

sentar e levantar (RP = 1,73; IC95%: 1,22-2,46), independentemente do sexo, idade,

saber ler e escrever, renda familiar per capita e atividade física. Conclusão: Os

resultados mostraram que a presença de sintomas depressivos foi associada a

limitação funcional em teste de força/resisitência de MMII, independentemente de

fatores sócio-demográficos e nível de atividade física.

Page 72: Anais cbnpg

Código: 15506

Título: SÍNDROME DE DIÓGENES ASSOCIADA À DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY Autores: Suzy Mara Maia dos Reis; Danielly Bandeira Lopes; Myrian Ortiz Fugihara Iwamoto; Leonardo

Caixeta;

Resumo:

Introdução: A síndrome de Diógenes (SD) é uma condição rara caracterizada por

extrema auto-negligência, descuido doméstico, isolamento social, frequentemente

acompanhada por excessivo colecionismo e ausência de insight. Desordens

neuropsiquiátricas como lesões de lobo frontal ou demência podem coexistir na

síndrome de Diógenes. É incomum na literatura a associação de demência com corpos

de Lewy (DCL) com SD. Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com DCL associada

com SD. Relato de caso: GMJ, 83 anos, sexo feminino, viúva, com menos de 1 ano de

alfabetização. Apresenta colecionismo (“junta lixo”) há 8 meses, que veio

acompanhado de auto-negligência, descuido com moradia e isolamento social.

Apresenta alucinações visuais exclusivamente noturnas, fenômeno de sundowning e

flutuações do estado cognitivo no decorrer do dia. Na avaliação neuropsiquiátrica,

mostrou alteração do comportamento, com sinais de desinibição. Não possuía

antecedentes pessoais nem familiares para doença mental. Revelou-se extremamente

sensível ao uso de antipsicóticos. Obteve baixo desempenho no Mini-exame do Estado

Mental (escore 13 de 30), com deficitária orientação no tempo e espaço, incapacidade

de resolução de problemas de nível mais elevado, déficit de atenção e cálculo. Sem

alterações na linguagem. Resultados: Constata-se que esta paciente apresenta

características típicas de DCL. Não há um modelo único satisfatório que explique o

desenvolvimento da síndrome de Diógenes, a hipótese mais consistente argumenta

que o desenvolvimento da condição depende da interação entre uma personalidade

vulnerável e mudanças significantes na vida social e médica, incluindo o

desenvolvimento de demência. Conclusão: É importante estar atento com a associação

de demência e SD para o manejo adequado do paciente, pois são notórias as

dificuldades na conduta da síndrome de Diógenes isolada e quando esta está associada

a quadros demenciais o conhecimento científico acerca da terapêutica se torna ainda

mais nebuloso. Pesquisas futuras deveriam dar alguma ênfase a estudos de

acompanhamento deste tipo de paciente, determinando quais intervenções seriam

mais eficazes.

Page 73: Anais cbnpg

Código: 15507

Título: SÍNDROME DE DIÓGENES ASSOCIADA À DOENÇA DE ALZHEIMER Autores: Suzy Mara Maia dos Reis; Rafael Alfaia; Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta;

Resumo:

Introdução: A síndrome de Diógenes (SD) caracteriza-se por descuido com a higiene

pessoal, negligência com o asseio da própria moradia, isolamento social e colecionismo

(siligomania). A incidência anual é de 5/10.000 entre aqueles acima de 60 anos, e pelo

menos a metade é portadora de demência ou algum outro transtorno psiquiátrico.

Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com doença de Alzheimer (DA) associada à

SD. Relato do Caso: MCF, sexo feminino, 71 anos, viúva, 8 anos de escolaridade, mora

com cuidadora há 1 ano. Após morte do marido (há 5 anos) paciente começou a

apresentar humor deprimido e progressiva perda de memória, sendo então

diagnosticada como DA. Há 3 anos iniciou quadro de colecionismo (reúne pedaços de

papel e os armazena em locais bizarros) seguido de auto-negligência e descuido com a

casa (ficou suja, mal arrumada e cheia de papel). Nesta ocasião, já havia sido tratada

da depressão. Durante a consulta, a paciente estava apática e muito esquecida.

Apresenta comportamento sem finalidade, déficit de memória semântica, disfunção

executiva frontal grave (dificuldade em sequenciar atos, ausência de insight,

inflexibilidade) e de reter novas informações. Ao exame físico, observa a presença de

dispraxia bilateral (maior à direita), reflexo orbicular da boca exaltado. O discurso, às

vezes, se tornava desorganizado, sem direcionalidade. A RM mostrou atrofia dos lobos

temporais e dos hipocampos. Nega outras doenças. Sem alterações em exames

laboratoriais.Resultados: No atual estádio evolutivo da DA, a referida paciente

apresenta sinais de comprometimento frontal. O comportamento repetido

compulsivamente de colecionar papel poderia ser visto como uma forma de

perseveração ou comportamento de aglutinação, que constituem indícios de disfunção

do lobo frontal, da mesma forma que os outros sintomas da SD (descuido da própria

higiene e desmazelo com o asseio da casa). Conclusão: A SD pode se associar à DA. É

importante estar atento para tal associação, uma vez que ela demandará sobrecarga

adicional aos cuidadores e abordagens terapêuticas diferenciadas. Provavelmente o

diagnóstico de SD associado à DA é negligenciado, pelo fato da classe médica em geral

ainda desconhecer esta síndrome. A SD é uma condição grave que requer uma

abordagem multiprofissional. Estudos são necessários para determinar as melhores

estratégias de abordagem.

Page 74: Anais cbnpg

Código: 15509

Título: SÍNDROME DE DIÓGENES: ESTUDO DE UMA SÉRIE DE CASOS ASSOCIADOS OU

NÃO À DEMÊNCIA Autores: Leonardo Caixeta; Suzy Mara Maia dos Reis;

Resumo:

Introdução: A síndrome de Diógenes (SD) caracteriza-se por descuido com a higiene

pessoal, negligência com o asseio da própria moradia, isolamento social e colecionismo

(siligomania). A incidência anual é de 5/10.000 entre aqueles acima de 60 anos, e pelo

menos a metade é portadora de demência ou algum outro transtorno psiquiátrico.

Objetivo: Relatar a primeira série de casos brasileira de pacientes com SD,

descrevendo seus aspectos demográficos, psicopatológicos, neuroimagenológicos e

sua associação com formas específicas de demência. Métodos: Foram avaliados 16

casos de SD, de ambos os sexos, atendidos consecutivamente no Centro de Referência

em Transtornos Cognitivos (CERTRAC) de um hospital universitário de Goiás entre 2009

e 2011. Todos os pacientes foram avaliados neuropsiquiatricamente,

neuropsicologicamente e com protocolo de exames laboratoriais e de neuroimagem

(SPECT e RM). Resultados/Discussão: 31,2% dos pacientes eram de meia-idade e 68,8%

idosos. 37,5% do sexo masculino. A maior parte dos pacientes apresentou alterações

estruturais encefálicas na RM (sobretudo atrofia frontal e temporal), alterações

funcionais cerebrais no SPECT (sobretudo hipoperfusão frontal e temporal). O sintoma

psicopatológico predominante associado à SD foi a personalidade viscosa. Foram

observadas as seguintes formas de demência associada à SD: doença de Alzheimer,

demência com corpos de Lewy e demência Fronto-Temporal. Conclusão: O dano

frontal parece participar da fisiopatologia desta complexa síndrome psiquiátrica,

criando um distúrbio de filiação e um comportamento de aglutinação que contribui

para a dificuldade de descarte de utensílios inúteis. Os traços de viscosidade podem

também refletir esta fisiopatologia sobre a personalidade do sujeito. A SD pode se

associar a diversas formas de demência. É importante estar atento para tal associação,

uma vez que ela demandará sobrecarga adicional aos cuidadores e abordagens

terapêuticas diferenciadas. Provavelmente o diagnóstico de SD associado às

demências é negligenciado, pelo fato da classe médica em geral ainda desconhecer

esta síndrome. A SD é uma condição grave que requer uma abordagem

multiprofissional. Estudos são necessários para determinar as melhores estratégias de

abordagem.

Page 75: Anais cbnpg

Código: 15428

Título: TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA EM PACIENTE COM AFASIA DE BROCA PRÉ E PÓS-

TRATAMENTO DE DEPRESSÃO: RELATO DE CASO Autores: Mariana Ribeiro Hur;

Resumo:

Introdução: A afasia de Broca é a afasia expressiva mais frequentemente encontrada

em adultos e idosos e pode ser caracterizada por fala não fluente e expressão oral

bastante comprometida, variando de supressão total da fala a redução do discurso oral

espontâneo. Normalmente são encontradas ainda parafasias fonéticas e/ou

fonêmicas, além de agramatismo. Devido ao início súbito da doença e da grande

dificuldade de comunicação acarretada por ela, quadros depressivos concomitantes

são frequentes, dificultando a terapia fonoaudiológica e a melhora do quadro

comunicativo do paciente. Objetivo: Relatar a evolução em terapia fonoaudiológica de

uma paciente com afasia de Broca e depressão associada, antes e após o início de

medicação antidepressiva. Métodos: Relatar o desempenho da paciente descrita acima

durante as sessões de terapia fonoaudiológica, bem como a influência do humor na

linguagem da paciente. Resultados: A paciente M.L.M., 72 anos, com quadro de afasia

de Broca pós AVC isquêmico na área frontotemporal esquerda, iniciou terapia

fonoaudiológica, porém demonstrava pouco interesse nas atividades propostas,

apresentava baixo rendimento e era bastante queixosa. A paciente apresentava

grande apatia, fala bastante não fluente e com baixo débito verbal e recusava-se a

conversar. A paciente foi encaminhada ao psiquiatra onde foi diagnosticada com

depressão e medicada com fluoxetina. Nas sessões seguintes a paciente mostrou-se

mais disposta e motivada em relação à terapia. Observamos que a paciente não

apresentava mais a apatia característica anteriormente, realizava os exercícios

propostos em casa e voltou a conversar com as pessoas. Utilizando principalmente

estratégias de acesso lexical (nomeação e descrição de objetos) e de atividades

fonêmicas dirigidas, a paciente conquistou discurso mais fluente, bem estruturado e

coerente e com poucas parafasias fonêmicas. Recebeu alta após 10 meses de terapia

(sendo que em 8 meses estava medicada), com fala funcional para o dia-a-dia e

satisfeita com o resultado da terapia, não apresentando mais nenhuma queixa

fonoaudiológica. Conclusão: Concluímos que a depressão é um fator presente

frequentemente e que prejudica bastante o desempenho de pacientes afásicos na

terapia fonoaudiológica, mas medicados e acompanhados adequadamente estes

pacientes podem apresentar resultados satisfatórios em terapia e voltar a ter uma vida

funcional e com mais qualidade.

Page 76: Anais cbnpg

Código: 15411

Título: TESTE DE CANCELAMENTO DOS SINOS: HÁ DIFERENÇAS NO DESEMPENHO

ENTRE ADULTOS DE 40-59 E 60-75 ANOS DE IDADE? Autores: Silvio Cesar Escovar Paiva; Rochele Paz Fonseca;

Resumo:

A literatura em neuropsicologia demonstra um crescente interesse na relação entre

variáveis socioculturais, demográficas e biológicas, e a cognição humana. Mais

especificamente quanto ao fator idade, diversos estudos têm sido conduzidos para

examinar sua influência no desempenho de tarefas cognitivas, subsidiando o

entendimento das trajetórias desenvolvimentais. No entanto, poucos estudos

comparam o desempenho de adultos idosos com grupos etários mais próximos, sendo

a maioria dos grupos de referência de adultos jovens. Uma quantidade mais restrita

ainda de investigações estuda a relação entre a atenção concentrada visual e o fator

idade. O objetivo deste estudo foi verificar se há diferenças entre adultos de 60-75

anos e de 40-59 anos de idade no desempenho de uma tarefa de cancelamento visual.

Participaram do estudo 80 adultos neurologicamente saudáveis de alta escolaridade,

40 com 40 a 59 anos, e 40 com 60 a 75 anos de idade, avaliados com o Teste de

Cancelamento dos Sinos. Os dados de acurácia e velocidade de processamento foram

comparados entre grupos por uma ANCOVA, com as covariantes anos de escolaridade

e freqüência de hábitos de leitura e escrita. Não foram encontradas diferenças

significativas quanto ao processamento examinado entre os grupos etários. Mais

investigações são necessárias com adultos saudáveis mais longevos e de todas as faixas

etárias com escolaridade baixa e intermediária, além da caracterização de populações

clínicas neurológicas que possam apresentar heminegligência visual. Palavras-chave:

idade; avaliação neuropsicológica; Teste de Cancelamento dos Sinos; atenção seletiva;

heminegligência visual.

Page 77: Anais cbnpg

Código: 15235

Título: TOXOPLASMOSE CEREBRAL EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE Autores: Taissa Morellato Basso; Vanessa Morellato Basso; Bruna Wurdig; Catarina Haveroth; Natalie

Beck Kreuz; Jorge Luis Winckler;

Resumo:

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii. A evolução

clínica dessa doença em pacientes imunocompetentes é geralmente benigna e a

infecção é, na maioria das vezes, assintomática ou apresenta sintomas que se

confundem com a gripe. O quadro com acometimento neurológico, comum em

pacientes imunocomprometidos, é atípico em pacientes imunocompetentes. Este

trabalho tem o objetivo de relatar um caso de toxoplamose como possível causa de

acometimento focal do sistema nervoso central em um paciente idoso

imunocompetente. Paciente apresentando sonolência, diminuição da acuidade visual e

história de 2 desmaios, perda progressiva da capacidade de desempenhar suas tarefas

diárias habituais. No exame físico apresentava monoparesia do membro superior

esquerdo e exaltação de reflexo ósteo-tendinosos. Após realizado Tomografia

computadorizada e ressonância nuclear magnética que revelaram lesões cerebrais, foi

realizado procedimento neuro-cirúrgico para ressecção e exame histopatológico das

mesmas. Confirmado diagnóstico de Toxoplasmose, foi inserido tratamento

farmacológico. Houve melhora dos sinais e sintomas neurológicos e motores após o

fim do tratamento. Após a cirurgia para retirada das lesões e o tratamento

farmacológico para Toxoplasmose há, na maioria dos casos, recuperação clínica total

do paciente, sendo assim percebe-se a essencial importância do diagnóstico precoce.

Pacientes que recebem tratamento baseado no diagnóstico presuntivo de

toxoplasmose cerebral devem ser cuidadosamente monitorados, clínica e

radiologicamente.

Page 78: Anais cbnpg

Código: 15448

Título: TRATAMENTO DO DESEQUILÍBRIO CORPORAL DE IDOSOS: REFLEXOS DA

AUTOESTIMA E DA QUALIDADE DE VIDA Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano;

Resumo:

Introdução: A ocorrência de tonturas e vertigens entre idosos com distúrbios de

equilíbrio corporal de origem vestibular pode trazer riscos de quedas e fraturas e

tende a levar esses indivíduos ao isolamento social, ao ocultamento de sintomas, à

insegurança ao caminharem desacompanhados, entre outros comportamentos,

interferindo, muitas vezes, em sua autoestima, qualidade de vida e inclusão social.

Objetivo: Identificar atitudes relacionadas à autoestima e à qualidade de vida de

idosos vestibulopatas, avaliando a relação dessas com o tratamento por meio de

reabilitação vestibular. Método: Foi realizado estudo exploratório e descritivo de

abordagem quantitativa e qualitativa com 62 idosos em tratamento de reabilitação

vestibular; na faixa etária entre 60 e 84 anos, de ambos os gêneros e diferentes níveis

de escolaridade. As informações foram obtidas por meio de questionário sobre

qualidade de vida, contendo 91 questões, agrupadas em 8 categorias e por entrevistas

individuais com duração média de uma hora e meia, contendo questões

semiestruturadas. Todos os participantes assinaram termo de consentimento livre e

esclarecido. Resultado: A faixa etária entre 65 e 69 anos (32%), o gênero feminino

(80%), a escolaridade de nível fundamental (68%) e a ocorrência de tonturas (60%)

foram mais prevalentes. Dos investigados, 77% consideram que os sintomas (tonturas,

vertigens e zumbidos) não interferem em seus relacionamentos, mas 55% escondem

os sintomas da família, temendo incomodá-la. Menos da metade (45%) falam

abertamente para outras pessoas sobre suas queixas, mas esse índice se amplia (65%)

quando se trata de trocar idéias com pessoas que apresentam os mesmos sintomas.

Somente 37% solicitam ajuda às pessoas quando acometidos pelos sintomas,

enquanto 55% não pedem ajuda e 8% às vezes a solicitam. Dos investigados, 90%

sentem necessidade de ampliar o círculo de amizades, sendo que 87% recebem apoio

da família para estabelecer novos vínculos; 69% consideram sua vida afetiva

satisfatória; 76% estão satisfeitos em relação à sua família; 76% cuidam da aparência;

74% se sentem valorizados como idosos e 73% fazem planos de vida. Conclusão:

Idosos vestibulopatas com acentuada predisposição para os relacionamentos

interpessoais, desenvolvimento de hábitos de autocuidado e de planos para o futuro

apresentam maior comprometimento com o tratamento de reabilitação e, em

decorrência, com a obtenção de novos patamares de saúde e de qualidade de vida.

Page 79: Anais cbnpg

Código: 15496

Título: TREINO NA HABILIDADE DE FUNÇÕES EXECUTIVAS DE IDOSOS SAUDÁVEIS.

Autores: Mônica Sanches Yassuda; Thais Bento Lima da Silva; Aline Teixeira Fabrício; Laís dos Santos

Vinholi e Silva; Glaúcia Martins de Oliveira; Wesley Turci da Silva; Priscilla Tiemi Kissaki; Anna Luisa

Pereira Fernandes; Tamiris Fessel Sasahara; Thalita Bianch

Resumo:

Objetivos: As funções executivas (FE) são habilidades que se alteram durante o

processo de envelhecimento. Supomos que os treinos em FE podem trazer ganhos

tanto quanto os treinos de memória. Baseando-se nesse contexto objetivou-se no

presente estudo treinar habilidades de funções executivas em idosos e detectar

impactos em testes objetivos de FE e em teste de funcionalidade. Tipo de estudo:

Trata-se de um estudo transversal, com intervenção de pré e pós testagem. Métodos:

Participaram do estudo 26 idosos que compuseram o grupo experimental (GE) que

receberam intervenção de seis sessões e 17 do grupo controle que completaram

apenas pré e pós teste matriculados em atividades do programa Universidade Aberta à

Terceira Idade da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Os critérios de

inclusão foram: ter 55 anos ou mais, ter condições sensoriais (audição e visão)

suficientes para participar de atividades em grupo usando lápis e papel e não ter

diagnóstico prévio de demência. Como medida de eficácia foram usadas as provas

como o Mini Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica, o subteste

Estória do Teste Comportamental de Memória de Rivermead (foram utilizadas as

versões A e B para evitar efeito de retestagem), fluência verbal categoria semântica

frutas, e com restrição fonológica FAS, Dígitos Ordem Inversa e Direta da bateria WAIS-

III, o Teste do Desenho do Relógio, Trilhas parte A e o Questionário de Avaliação

Funcional Pfeffer. Foram calculados os deltas (escore do pós-teste menos o escore do

pré-teste para cada variável cognitiva para examinar o impacto do treino. Resultados e

Discussão: Tanto GE como GC apresentaram melhora significativa no pós-teste em

fluência verbal categoria semântica, fluência verbal com restrição fonológica letra A,

assim como nos dígitos de ordem direta, inversa e dígitos totais. Entretanto esses

impactos foram maiores para o GC,com exceção da variável fluência verbal total na

qual o GE apresentou maior impacto. Conclusões: Os dados apontam para maior

ganho no pós teste para o GC, o que sugere o importante efeito de retestagem em

provas de FE. Destaca-se que os idosos do GE receberam um número limitado de

sessões o que pode não ter sido suficiente para gerar impactos no desempenho em

tarefas de FE. Alternativamente, a melhora do GC pode estar associada à participação

em outras oficinas oferecidas na UNATI EACH USP.