anais 1º simpósio de cirurgia da fo/ufg - parte 2

37
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) GPT/BC/UFG S612a Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás ( 1. : 2011: Goiânia, GO) Anais do I Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia: cirurgia nas especialidades, 05 de novembro de 2011 / Organizadores Satiro Watanabe, Bárbara Morais Arantes, Denise Ferreira Vieira. - Goiânia : UFG/FO, 2011. 36 p. 1. Cirurgia – Simpósio. 2. Cirurgia Oral Menor. I. Watanabe, Satiro. II. Arantes, Bárbara Morais. III. Vieira, Denise Ferreira. IV. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Odontologia. V. Título. CDU:616.314-089

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Corpo dos Anais do 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG: Cirurgia nas especialidades.

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Page 1: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

GPT/BC/UFG

S612a

Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da

Universidade Federal de Goiás ( 1. : 2011: Goiânia, GO)

Anais do I Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia:

cirurgia nas especialidades, 05 de novembro de 2011 /

Organizadores Satiro Watanabe, Bárbara Morais Arantes, Denise

Ferreira Vieira. - Goiânia : UFG/FO, 2011.

36 p.

1. Cirurgia – Simpósio. 2. Cirurgia Oral Menor. I. Watanabe,

Satiro. II. Arantes, Bárbara Morais. III. Vieira, Denise Ferreira. IV.

Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Odontologia. V.

Título.

CDU:616.314-089

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

PROJETO DE EXTENSÃO DE CIRURGIA ORAL MENOR DA FO/UFG

Anais do 1º SIMPÓSIO DE CIRURGIA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA

UFG

1º SIMPÓSIO DE CIRURGIA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFG -

Cirurgia nas Especialidades

05 de novembro de 2011

Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás

Goiânia – GO

Organizadores:

Satiro Watanabe.

Bárbara Morais Arantes

Denise Ferreira Vieira

GOIÂNIA

2011

Page 3: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

2

EXPEDIENTE

COORDENAÇÃO GERAL

Satiro Watanabe - FO-UFG

VICE-COORDENADORIA

Bárbara Morais Arantes

Denise Ferreira Vieira

COMISSÃO ORGANIZADORA

Any Lucia Florentino Quinto

Arnaldo Costa Santana Junior

Daniel Pereira de Oliveira

Felipe Guedes Bueno

Fernanda da Costa Barbosa

Lívia Graziele Rodrigues

Marco Antônio Brito

Marco Aurélio Damasio Borges

Maria de Fátima B. M. Alves Teixeira

Natalia Franca Camargo

Rafael Evaristo Ferreira dos Santos

Whaine Morais Arantes Filho

COMISSÃO CIENTÍFICA

Alexandre Bellotti Ferreira

Hugo Alexandre de Sousa

José Vieira Spindola Filho

Leandro de Carvalho Cardoso

Lucianna de Freitas Prado

Renato Toledo Breguez

EDIÇÃO FINAL

Bárbara Morais Arantes

Denise Ferreira Vieira

Satiro Watanabe

EDIÇÃO E PRODUÇÃO DO MATERIAL GRÁFICO

Bárbara Morais Arantes

Rafael Evaristo Ferreira dos Santos

Daniel Pereira de Oliveira

Clewerson Souza Netto

ENDEREÇO ELETRÔNICO DO EVENTO

cirurgiafoufg.blogspot.com

Page 4: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

3

REALIZAÇÃO

Projeto de Extensão de Cirurgia Oral menor da FO/UFG

APOIO

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 05

OBJETIVO 06

PROGRAMAÇÃO 07

RESUMOS DE TRABALHOS APROVADOS 08

TRABALHOS PREMIADOS 36

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

5

APRESENTAÇÃO

Além de conhecimentos teóricos e técnicos, para se planejar em saúde o

profissional deve ter postura crítica, ética e reflexiva. Tratamentos que envolvem a

especialidade de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Faciais (CTBMF) são

planejados em conjunção com várias outras especialidades da odontologia.

Questiona-se sobre qual é o papel da CTBMF em tratamentos multidisciplinares. O

evento trará especialistas das duas áreas que discutirão e apresentarão casos de

tratamentos naqueles em que apenas uma das especialidades possuiu condições de

resolução ou nos quais a interface foi necessária.

Page 7: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

6

OBJETIVOS

O simpósio teve como objetivos:

- Gerar discussão e divulgação de produção científica nas áreas de Cirurgia e

Traumatologia Buco Maxilo Faciais e afins.

- Apresentar, ao acadêmico, noções pedagógicas e profissionais sobre a

especialidade em questão;

- Divulgar experiências exitosas na áreas;

- Proporcionar ambiente de formação complementar;

- Fortalecer ações de pesquisa e extensão.

Page 8: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

7

PROGRAMAÇÃO

Painéis

09:00 – Fixação dos pôsteres

09:30 – 12:00 Apresentação período

matutino

14:00 – Fixação dos pôsteres

14:00 – 17:00 apresentação período

vespertino

Mini-cursos

08:30 – 10:00 Dr. Renato Ribeiro Nascimento CIRURGIA ORTOGNÁTICA • Especialista em Cirurgia e

Traumatologia Buco Maxilo Facial (Residência em CTBMF Hospital de Base – Brasília-DF);

• Professor convidado do Projeto de Extensão de Cirurgia Oral Menor da FO/UFG.

10:00 – 10:30 coffe break 10:30 – 12:00 Dr. Leandro de Carvalho Cardoso APLICAÇÃO DE MINI PLACAS E MINI-IMPLANTES NA ANCORAGEM ORTODÔNTICA • Especialista em Cirurgia e

Traumatologia Buco Maxilo Facial;

• Especialista em Implantodontia;

• Mestrado em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial (UNESP);

• Doutorado em Odontologia (UNESP);

• Professor Substituto da FO/UFG. 14:00 – 15:30 Dra. Fernanda Paula Yamamoto EFEITOS DO ALENDRONATO DE SÓDIO NA REPARAÇÃO ALVEOLAR APÓS EXODONTIA • Especialista em

Radiologia Odontológica e Imaginologia;

• Doutora em Odontologia (Patologia Bucal) pela USP;

• Professora Adjunta da FO/UFG. 15:30 – 16:00 coffe break 16:00 – 17:30 Dr. Giovanni Gasperini TRAUMATISMO FACIAL • Mestrado em Odontologia pela

UFU; • Especialização em Cirurgia e

Traumatologia Buco Maxilo Facial (Residência em CTBMF na UFSC);

• Chefe Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial HC/ UFG;

• Docente do Curso de Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da FO/UFG.

17:30 Sorteios

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

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RESUMOS DE TRABALHOS APROVADOS

Anna Carolina Coelho Duarte.

Ameloblastoma padrão acantomatoso: relato de caso.

DUARTE, ACC; SOARES, MS; PEREIRA, NM.MENDONÇA, EF

O ameloblastoma é o tumor odontogênico mais comum, de crescimento lento,

localmente invasivo e curso benigno na maioria dos casos. O objetivo deste trabalho

é apresentar um caso clínico de ameloblastoma sólido de padrão acantomamatoso e

discutir o comportamento biológico desta neoplasia. A paciente NESB, gênero

feminino, melanoderma, 43 anos, procurou o Centro Goiano de Doenças da Boca

com Queixa Principal: “apareceu um caroço na gengiva e o dente amoleceu”, com

evolução de três meses. Ao exame físico observou-se aumento de volume por

lingual, com coloração da mucosa alveolar normal e mobilidade do dente 44,

dolorido à palpação e com Teste de Vitalidade Pulpar negativo. As radiografias

panorâmicas dos maxilares e periapicais evidenciaram lesão radiolúcida multilocular

de margens mal definidas na região dos dentes 43 e 44 e reabsorção radicular do

dente 44. A tomografia computadorizada odontológica da região evidenciou

destruição das corticais ósseas vestibular e lingual. Biópsia incisional foi realizada e

o especime submetido a exame anátomo-patológico com resultado da microscopia

compatível com ameloblastoma (padrão acantomatoso). O tratamento foi

enucleação de toda lesão com extração dentaria e curtetagem rigorosa do leito

cirúrgico. O ameloblastoma sólido acantomatoso, caracteriza-se pela presença de

metaplasia escamosa e embora a literatura indique que estas alterações não

determinem um curso mais agressivo para a lesão o caso aqui relatado apresentou

rápida evolução, com reabsorção dentária e comprometimento do osso cortical.

Palavras chave: Ameloblastoma, tumor odontogênico, padrão acantomatoso.

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

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Arnaldo Costa Santana Júnior

Lipoma em lábio inferior: relato de caso.

Santana Júnior AC*, Vêncio EF, Ribeiro-Rotta RF, BellottiA

O lipoma é uma neoplasia benigna de tecido gorduroso caracterizada por massa

nodular séssil ou pediculada, de superfície lisa e assintomática. A mucosa jugal e

vestíbulo são os locais mais frequentemente acometidos da cavidade bucal. É mais

comum a partir da 4ª década de vida e, considerando a cavidade bucal, não possui

predileção por gênero. A etiopatogenia ainda é incerta, embora existam indícios de

influências endócrinas, inflamatórias e de traumas mecânicos. O tratamento consiste

na excisão completa da lesão e, geralmente, não possui recorrência. Relatamos um

caso de paciente do gênero masculino, 37 anos de idade, leucoderma, atendido no

Centro Goiano de Doenças da Boca (CGDB). Ao exame clínico observou-se, em

lábio inferior à esquerda, lesão exofítica, séssil, medindo aproximadamente 1,5 cm

em seu maior diâmetro e de consistência firme à palpação. Paciente relatou ser

assintomática, com evolução de aproximadamente 6 meses e história de trauma por

mordedura no local. O diagnóstico de lipoma foi confirmado pelo exame

histopatológico após biópsia excisional realizada sob anestesia local. Paciente

segue em acompanhamento há 7 meses. O objetivo deste trabalho é ressaltar a

importância do cirurgião-dentista no diagnóstico e tratamento dessas lesões, bem

como relatar um caso pouco frequente de acometimento do lábio inferior.

Palavras-chave: lipoma, cavidade bucal e neoplasia benigna.

Page 11: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

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Arnaldo Costa Santana Júnior

Neurilemoma do nervo alveolar inferior: relato de caso.

Santana Júnior AC*, Leles JLR, Vêncio EF, Batista AC.

O Neurilemoma, também conhecido como Schwannoma, foi inicialmente descrito

como Neurinoma por Verocay em 1910. É uma neoplasia benigna que envolve a

proliferação exclusiva das células de Schwann da bainha dos nervos periféricos. É

geralmente encapsulada, de crescimento lento e, quando intra-ósseo, pode gerar

neuropraxia com expansão óssea. Considerando a região intra-bucal, a língua é o

local mais frequentemente acometido. É mais comum entre a segunda e terceira

décadas de vida e não possui predileção por gênero. O diagnóstico definitivo só

ocorre mediante exame histopatológico e o tratamento indicado é a excisão

cirúrgica. A malignização, assim como recidiva, é rara. Os autores apresentam caso

de paciente do gênero feminino, 59 anos, com queixa de assimetria facial. Ao exame

físico observou-se tumefação indolor à palpação na região do corpo mandibular

esquerdo com integridade dos tecidos moles circunvizinhos. A tomografia

computadorizada revelou imagem hipodensa, unilocular, bem delimitada e com

apagamento das linhas do canal mandibular na sua extenção intra-lesional. Foi

realizada biópsia incisional intra-óssea com confirmação histopatológica da hipótese

diagnóstica de Neurilemoma. Seguiu-se excisão cirúrgica da neoplasia pela via

submandibular com preservação da continuidade do feixe vasculo-nervoso alveolar

inferior e reconstrução da parede óssea osteotomizada. O objetivo deste trabalho é

ressaltar as particularidades dos processos de diagnóstico e tratamento do

Neurilemoma, bem como relatar o seguimento clínico de um caso pouco frequente

de acometimento do nervo alveolar inferior.

Palavras-chave: Neurilemoma, nervo alveolar inferior e neoplasia benigna.

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

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Marcela Ramos Abrahão Elias

Schwannoma em cavidade oral: relato de caso

Elias MRA *, Gonçalves AS, Morais MO, Mendonça EF

O schwannoma ou neurilemoma é uma neoplasia benigna rara derivada das células

de Schwann do neurilema ou da bainha do nervo. Manifesta-se como lesões

solitárias, embora possam ser múltiplas, podendo estar associadas com

neurofibromatose. Apresenta crescimento lento, geralmente assintomático podendo

deslocar o nervo sem envolvê-lo. Na cavidade oral, a língua é o sítio anatômico mais

comumente afetado. Esta neoplasia apresenta dois padrões histológicos distintos:

Antoni A, caracterizado pela presença de células fusiformes organizadas em ondas

em paliçadas e em espirais, e Antoni B o qual consiste em áreas de células

fusiformes dispersas em uma matriz microcística fibrilar. O tratamento consiste na

excisão cirúrgica do tumor, e a lesão raramente tende a recidivas, por conseguinte, o

prognóstico é excelente. O presente trabalho relata um caso de schwannoma

assintomático localizado na gengiva e fundo de vestíbulo próximo aos dentes 33, 34

e 35 de aproximadamente dois centímetros de diâmetro, base séssil, coloração

semelhante à mucosa bucal e consistência fibrosa a palpação. A hipótese

diagnóstica inicial foi de tumor de glândula salivar. No entanto, mediante a

realização dos exames complementares e procedimentos cirúrgicos, o diagnóstico

microscópico foi de schwannoma. O paciente encontra-se em proservação e livre de

doença. Assim, os autores propõem discutir os aspectos clínico-patológicos

referentes a esta neoplasia rara em cavidade oral.

Palavras-chave (3):Schwannoma, tumor, assintomático

Page 13: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

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Jéssica Barra

Lesão Periférica de Células Gigantes – Relato de casos clínicos.

Oliveira JB*, Ferreira ALR, Oliveira MB, Pinto LV

A lesão periférica de células gigantes é um processo proliferativo não neoplásico.

Considerada uma lesão reacional, de etiologia obscura, porém, parece ter origem no

periósteo ou ligamento periodontal, relacionada a trauma, irritação local, restos de

raízes dos dentes, extrações dentárias, próteses e restaurações mal adaptadas,

placa e cálculos dentais, periodontites e implantes, má higiene. O aspecto clínico é

caracterizado por crescimento gengival exofítico de coloração vermelha escura,

assintomática, base séssil, de fácil sangramento ao toque, crescimento lento, de

vários tamanhos, localização no rebordo alveolar e gengiva, tanto no maxilar como

na mandíbula, sendo mais comum no sexo feminino da 1ª à 6ª décadas de vida.A

microscopia mostra uma massa não encapsulada, com grande número de células

gigantes multi-nucleadas, áreas de intensa vascularização, de posição focal de

hemossederina e tecido conjuntivo.O exame radiográfico periapical pode mostrar

discreta reabsorção da crista óssea alveolar em forma de meia lua, especialmente

nas áreas desdentadas.O tratamento é cirúrgico com remoção da lesão, com

margem de segurança, curetagemlocal para evitar recidiva.

Page 14: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

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Marielly Lopes Cunha

Odontoma composto: relato de caso clínico

Cunha ML*, Arantes DAC, Elias MRA, Batista AC.

Os odontomas são tumores odontogênicos mistos, compostos de tecido dentário

mineralizado tanto de origem epitelial quanto de origem mesenquimal. O objetivo

desse trabalho é apresentar um caso clínico de odontoma composto na região

anterior de maxila comentando sobre as características clínicas, radiográficas,

histopatológicas e conduta cirúrgica. Paciente BSP, 11 anos, gênero masculino, foi

encaminhado a Clínica de Diagnóstico Bucal IV da FO/UFG, devido a um achado

radiográfico de uma lesão radiopaca na região anterior de maxila, e ausência do

dente 21. Na anamnese, o paciente relatou normalidade e ao exame intra oral não

havia alterações visíveis dignas de nota, tratando-se de uma lesão assintomática de

caráter benigno. A radiografia periapical revelou imagem radiopaca sugestiva de

estrutura mineralizada. Com a hipótese de diagnóstico de odontoma composto

realizou-se a intervenção cirúrgica para sua remoção, sendo possível

macroscopicamente observar a presença de estruturas semelhantes à microdentes.

Microscopicamente observamos um material mineralizado semelhante ao esmalte e

tecido mole com aspecto semelhante à papila dentária. Chegou-se, portanto ao

diagnóstico definitivo de odontoma composto. O paciente atualmente está sob

proservação (7 meses) sem evidência de recidiva da lesão.

Palavras chave: Odontoma; Odontoma composto; Tumor Odontogênico.

Page 15: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

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Andreia Souza Gonçalves

Mixoma odontogênico em maxila: relato de caso

Gonçalves AS*, Elias MRA, Morais MO, Mendonça EF

O mixoma odontogênico é uma neoplasia benigna rara, agressiva, derivada do

mesênquimaodontogênico e predominantemente encontrada em adultos jovens com

idade média de 25 a 30 anos. As lesões tendem a ser assintomáticas e geralmente

descobertas em exames radiográficos de rotina. Esta neoplasia apresenta como

características histopatológicas a presença de células estrelares, fusiformes ou

ovóides em um estroma mixóide frouxo com poucas fibras colágenas. O tratamento

das lesões pequenas consiste na curetagem, enquanto que lesões maiores exigem

ressecções cirúrgicas amplas, visto que os mixomas não são encapsulados e podem

infiltrar o osso adjacente. O presente trabalho relata um caso de tumefação

localizada na região posterior da maxila de uma paciente de 34 anos e

melanoderma. As hipóteses de diagnóstico foram mixoma e ameloblastoma. A

paciente foi submetida a procedimento cirúrgico de biópsia e o diagnóstico

microscópico estabelecido foi de Mixoma odontogênico. Após 4 anos de

acompanhamento pós-cirúrgico a paciente encontra-se livre de doença. O mixoma,

embora seja uma neoplasia benigna e não possuir uma cápsula definida é uma

lesão que precisa ter um controle rigoroso do paciente pelo profissional da área de

odontologia, para que eventuais recidivas sejam enucleadas o mais rápido possível

em beneficio do paciente.

Palavras-chave: Mixoma odontogênico, lesão benigna rara

Page 16: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

15

Renan Veiga Araújo .

Contribuição da tomografia computadorizada de feixe cônico no planejamento de

exodontia de terceiros molares inferiores

Araújo RV*, Capeletti LR, Sousa TO

Exodontia de terceiros molares é o procedimento cirúrgico mais comum realizado

pelo Cirurgião-Dentista (CD) e, como outros procedimentos, pode incorrer em

possíveis complicações. No caso de dentes inferiores, a lesão do nervo alveolar

inferior pode gerar dano sensitivo local temporário ou até mesmo permanente,

requerendo um planejamento criterioso. A radiografia panorâmica é comumente

utilizada como exame complementar de escolha para planejamento deste tipo de

cirurgia. Entretanto ela apresenta limitações inerentes à técnica, como a formação

de imagens fantasmas e a sobreposição de estruturas anatômicas na imagem final

(bidimensional). Para obter informações tridimensionais de tecidos duros, o CD pode

optar pela tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Na Odontologia tem

sido crescente a utilização de TCFC pela sua qualidade de imagem, relativa baixa

dose de radiação e por ser um exame de rápida execução. Desta forma os autores

têm como objetivo discutir a contribuição da TCFC no planejamento de exodontia de

terceiros molares inferiores, exemplificando situações clínicas com imagens de

TCFC obtidas de um banco de dados secundário. Serão expostos dois casos de

TCFC da região de terceiros molares inferiores que inferem acerca da real

contribuição e dos critérios de indicação da TCFC para o planejamento da

exodontia. O exame de TCFC pode contribuir para um planejamento cirúrgico mais

seguro, minimizando complicações em casos específicos, porém a complexidade de

cada caso deve ser sempre considerada, não devendo a TCFC ser solicitada

indiscriminadamente.

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

16

Diones Antunes Oliveira Júnior

Carcinoma adenóide cístico em maxila: abordagem cirúrigica e reconstrução

imediata

Oliveira-Júnior DA*, Carneiro DS, Sousa APA, Silva-Júnior AF

O carcinoma adenóide cístico é um dos mais comuns e mais bem reconhecidos

tumores malignos das glândulas salivares. A lesão é mais comum em adultos de

meia idade, sendo rara em pessoas com menos de 20 anos. A dor é um achado

comum e importante, ocorrendo eventualmente no curso inicial da doença. A cirurgia

deve buscar a remoção total do tumor, evitando deixar ilhas de tecido doente, pois a

recidiva é alta quando a cirurgia é incompleta. O uso de uma prótese imediata para

grandes perdas do maxilar, reduz a retraçãocicatricial reduzindo a deformidade

facial, facilitando a confecção da prótese permanente. Grandes exposições têm sido

historicamente obtidas através de uma incisão do tipo WEBER-FERGUSSON.

Temos como objetivo relatar um caso de carcinoma adenoide cístico em maxila,

sendo rara nessa localização anatômica. O paciente foi reabilitado com prótese

imediata no intra-operatório, trazendo vantagens no pós-operatório. O uso de uma

PIGPM reduz a retração cicatricial reduzindo a deformidade facial, facilitando a

confecção da prótese permanente. Pacientes submetidos à ressecção maxilar sem a

reabilitação com prótese obturadora, apresentam déficit na mastigação, na

deglutição e apresentam também fonação anasalada, além de refluxo alimentar pela

cavidade nasal. Ainda, a cicatriz externa da abordagem de WEBER-FERGUSSON é

mínima, já que ela está localizada entre as subunidades estéticas faciais. Houve

necessidade de participação multidisciplinar, um cirurgião de cabeça e pescoço,

bucomaxilofacial, anestesiologista, patologista e psicólogo.

Palavra-Chave: Carcinoma Adenóide Cístico, Prótese Imediata, Acesso WEBER

FERGUSSON.

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

17

Diones Antunes Oliveira Júnior

Tumor odontogenicoqueratocístico em seio maxilar: diagnóstico e abordagem

cirúrgica

Oliveira-Júnior DA*, Carneiro DS, Sousa APA, Pereira CM

O tumor odontogênicoqueratocístico é considerado um dos tumores mais frequentes

dos ossos gnáticos. Foi reclassificado pela Organização Mundial de Saúde em 2005

em virtude de suas características clínicas que o diferem das demais lesões císticas.

Essas diferenças podem ser citadas o crescimento não expansivo na maioria das

vezes, ao padrão de desenvolvimento do mesmo no sentido antero-posterior nos

ossos envolvidos; e seu alto índice de recidiva. Clinicamente apresenta predileção

pelo gênero masculino, durante a segunda década de vida, com crescimento lento,

assintomático e na maioria dos casos não expande corticais. A região posterior de

mandíbula é o local de maior prevalência. Em maxila pode causar expansão do seio

maxilar. Poucos casos na literatura descrevem tumores queratocisticos primários em

seio maxilar. Nesse contexto, o diagnóstico de lesões císticas continua tendo papel

importante na clinica odontológica, principalmente quando envolvendo áreas não

convencionais, como o seio maxilar. A abordagem de lesões císticas é através de

enucleação cirúrgica, na maioria das vezes, porém quando diante de tumor

odontogênicoqueratocístico uma cirurgia com margem ou outra alternativa que vise

reduzir a possibilidade de recidiva se faz necessário, porém em casos como no

relato, aplicou-se uma técnica mais conservadora em decorrência do sítio anatômico

envolvido. Entretanto, é necessário ressaltar a necessidade do acompanhamento do

paciente, visto que os espisódios de recidiva ocorrem tardiamente, geralmente em

períodos superiores há 5 anos após o tratamento.

Palavras-Chave: Tumor OdontogênicoQueratocístico, Seio Maxilar, Caldwell-Luc

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1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

18

Thiago de Lima Rodrigues

Tratamento cirúrgico de tumor odontogênicoqueratocisto em mandíbula após 12

meses de descompressão: relato de caso

Rodrigues TL, Carneiro DS, Sousa APA, Silva-Júnior AF

O tumor OdontrogênicoQueratocisto é uma patologia que era classificada como cisto

odontogênico e passou a ser considerada em 2005 como um tumor odontogênico,

devido a apresentar características intrínsecas compatíveis com neoplasias, como

sua alta taxa de recorrência e mecanismo de crescimento diferenciado. Embora

ainda tenha etiologia desconhecida, acredita-se que sua origem esteja relacionada

com os remanescentes da lâmina dentária. Clinicamente apresenta comportamento

agressivo e às altas taxas de recidiva. Vários tipos de têm sido relatados desde

métodos mais conservadores à cirurgia radical. O presente trabalho tem como

objetivo relatar um caso de uma paciente portadora de um TOQ em mandíbula,

atingindo grandes proporções. Como forma de tratamento optou-se pela

descompressão de 12 meses da lesão para posteriormente curetagem e crioterapia

da mesma. Esta conduta é considerada útil e conservadora, pois evita traumatismos

a estruturas nobres próxima da lesão. O sistema aberto é bastante agressivo para

lesão, pois o spray penetra no interior do osso e o resfriamento brusco e intenso

provoca a necrose de células tumorais que por ventura tenham permanecido no leito

ósseo após a curetagem. A conduta cirúrgica adotada, considerando a extensão da

lesão, consistiu na curetagem seguida de crioterapia por se tratar de uma técnica

mais conservadora. A técnica adotada diminui os riscos de reaparecimento da lesão,

sendo recomendadas em pacientes rigorosamente preservados como no caso

relatado.

Palavra-Chave: Tumor odontogênicoqueratocisto, Mandíbula, Descompressão

Page 20: Anais 1º Simpósio de Cirurgia da FO/UFG - Parte 2

1º Simpósio de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFG

2011

19

Rafael E. O. Zure

Adenoma pleomorfo associado a cisto radicular: relato de caso clínico

Zure REO, Carneiro DS, Sousa APA, Pereira CM

O adenoma pleomorfo é a neoplasia de glândula salivar mais comum nos serres

humanos. Acomete preferencialmente a parótida em seu lobo superficial. Em

cavidade bucal, associado a glândulas salivares menores, apresenta com maior

predileção no palato, com ligeira predisposição para o gênero feminino entre a 3° e

4° décadas de vida. Apesar de serem relativamente comuns, não há relatos de

associações ou de desenvolvimento sincrônicos em uma mesma região entre o

adenoma pleomorfo e cistos odontogênicos. O objetivo deste caso foi relatar

surgimento de um adenoma pleomorfo associado a um cisto radicular. Paciente do

gênero feminino, 36 anos de idade, procurou atendimento odontológico, queixando-

se de “caroço dentro da boca”. Clinicamente foi possível observar aumento de

volume em região do dente 16 estendendo para o palato duro, de consistência firme

a palpação, com cerca de 2,0 cm em seu maior diâmetro. Radiograficamente

observou-se lesão radiolúcida, bem definida, associada às raízes do dente 16,

compatível com cisto radicular. Optou-se pela remoção do dente enucleação da

lesão cística. Após a enucleação foi Possível visualizar uma massa de consistência

firme a palpação, bem delimitada, em continuidade com o local da exodontia. A

mesma também foi removida. As duas peças foram analisadas microscopicamente,

chegando-se a dois diagnósticos: cisto radicular e adenoma pleomorfo. O paciente

está em acompanhamento há mais de 1 ano, sem sinais de recorrência da lesão.

Palavra-Chave: Adenoma pleomorfo, Cisto radicular, Tumor de glândula salivar

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2011

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Diones Antunes Oliveira Júnior

Uso de cimento ortopédico para preenchimento de afundamento do osso frontal e

assoalho de órbita

Oliveira-Júnior DA*, Carneiro DS, Sousa APA, Silva-Júnior AF

A integridade anatômica do seio frontal tem grande importância para o paciente não

só apenas do ponto de vista estético, mas também funcional. A tábua óssea anterior

do seio é, sem dúvida, a porção mais envolvida nas soluções de continuidade óssea

do frontal, em que a fratura de uma ou mais de suas paredes pode resultar numa

desarmonia facial bastante evidente, cujo tratamento indevido desta fratura pode

gerar o aparecimento de seqüelas. As lesões do complexo zigomático são bastante

freqüentes devido à posição e o contorno dessa estrutura facial, agressões físicas,

acidentes de trânsito são os principais fatores etiológicos das fraturas. Este trabalho

tem como objetivo relatar um caso de preenchimento de afundamento do osso

frontal e assoalho de órbita em decorrência de acidente de trânsito em uma paciente

de 12 anos de idade, que apresentava seqüelas de fraturas tardias, ocasionando

assim desarmonia do terço superior da face e diplopia. Indubitavelmente, a pronta

redução constitui o método terapêutico mais apropriado para o tratamento das

fraturas do osso frontal. Muito embora existam outras escolhas quanto ao tipo de

material empregado para a reconstrução, a dispensa de um sítio doador, como no

caso de enxertia óssea, bem como de aplicações onerosas em materiais como o

titânio, torna o cimento ortopédico uma boa alternativa em casos semelhantes, Por

se tratar de um material aloplástico, em que existe risco de complicações de

natureza inflamatória, o acompanhamento, nesses casos, se torna indispensável.

Palavra-Chave: Afundamento do osso frontal, Afundamento do assoalho de órbita,

Cimento ortopédico

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Maria de Fátima Batista Medeiros Alves Teixeira

Relato de um tratamento de hiperplasia fibrosa inflamatória pelo método de

compressão gradual – tomada de decisão

Teixeira MFBMA*, Arantes BM, Borges RN, Melo M

A hiperplasia fibrosa inflamatória é um tipo de alteração tecidual que pode ser

causada por câmara de sucção presente em algumas próteses totais,

especialmente, superiores. Existem vários modos de eliminação dessa lesão, desde

os métodos conservadores, como retirada das próteses e proservação, até

procedimentos cirúrgicos. Paciente do sexo feminino, 76 anos de idade, queixou-se

da má adaptação de suas próteses totais. Ao exame clínico observou presença de

uma câmara de sucção na prótese total superior e uma lesão hiperplásica no palato

duro com aspecto papilar, de aproximadamente 2,5cm, indolor, de coloração rósea e

formato similar ao da câmara de sucção. Por não apresentar um quadro inflamatório

crônico, o tratamento constou de preenchimento sequencial e gradativo da câmara

de sucção com godiva de baixa fusão, em três etapas mensais. Em todas estas

fases foi observada uma regressão do processo hiperplásico e ao final do quarto

mês tendo sido constatado o desaparecimento total do tecido. Concluída esta etapa,

procedeu-se a confecção de novas próteses, empregando-se para tal a técnica

convencional. O paciente foi orientado a retornar à clínica, a cada mês, por um

período de seis meses para proservação da região da lesão. Não foi observada a

recidiva da lesão no palato. Com base nas evidências clínicas do presente caso,

sugere-se que o emprego do preenchimento gradual da câmara de sucção da

prótese fazendo compressão da hiperplasia fibrosa inflamatória, é um procedimento

rápido e seguro e pode ser considerado como uma ferramenta importante no arsenal

do Cirurgião-dentista.

Palavras-chave: Hiperplasia Fibrosa Inflamatória, Câmara de Sucção e Método de

Compressão Gradual.

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Maria de Fátima Batista Medeiros Alves Teixeira

OsteossarcomaCondroblástico com característica microscópica infiltrativa peculiar

Teixeira MFBMA*, Watanabe S, Vêncio EF

O osteossarcomacondroblástico é um tumor ósseo maligno, caracterizado pela

formação de tecido osteóide ou condróide. Lesões nos ossos maxilares apresentam

melhor sobrevida que aqueles localizados em outros ossos do organismo. Podem

invadir estruturas adjacentes, provocando remoção cirúrgica mutilante. Neste

estudo, dois casos de osteossarcomacondroblástico são apresentados com

característica microscópica invasivas. Caso 1: paciente 35 anos de idade, feminino

com queixa principal de “caroço na gengiva”, relata tumefação na região do dente 36

há dois meses com dormência no lábio e bochecha. Ao exame clínico, o dente 36

apresentava-se com mobilidade e, radiograficamente, imagem difusa e apagamento

do espaço periodontal e reabsorção radicular. Caso 2: paciente 48 anos de idade,

feminino, com queixa de crecimento indolor e rápido na maxila anterior. A imagem

radiográfica mostra lesão difisa sem limites definidos. Em ambos casos, a biopsia

incisional revelou células pleomórficas e bizarras, formando lóbulos cartilaginosos e

produção de osteóide com invasão tumoral do ligamento periodontal e mucosa do

seio maxilar.

Palavras-chave: Osteossarcomacondroblástico, Ligamento Periodontal, Seio Maxilar

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Danyele Ferreira Silva

Dentes Supranumerários na Região Posterior de Mandíbula - Relato de Caso

SILVA, D.F.* RODRIGUES, T.S.

Dente supranumerário é aquele que excede a quantidade normal de dentes em uma

arcada, podendo ocorrer em ambos os arcos dentários. Sua etiologia ainda não é

completamente explicada podendo estar relacionada a várias causas. Ocorre mais

na dentição permanente e quase duas vezes mais em homens que em mulheres.

São classificados de acordo com sua morfologia e localização. Podem ser

diagnosticados em um exame clínico e/ou radiográfico de rotina, e a presença de um

supranumerário não irrompido pode gerar uma série de complicações. Dessa forma

o objetivo do presente trabalho foi realizar uma breve revisão de literatura sobre

dentes supranumerários e relatar um caso clínico em região posterior de mandíbula.

Paciente A.H.M.C., sexo masculino com 12 anos e 10 meses de idade, compareceu

ao Núcleo de Cirurgia e Implantes acompanhado de seus pais, apresentando de

uma carta de encaminhamento do ortodontista solicitando avaliação de 3 dentes

supranumerários na região posterior de mandíbula.

Palavras Chave: Dentes supranumerários; Pré molares; Mandíbula

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Bruno Gomes Silva

EXODONTIA SERIADA EM PACIENTE IMUNODEPRIMIDO

Silva BG*, Gomes TD

Resumo: Em um ambiente hospitalar é cada vez mais frequente o atendimento de

pacientes imunodeprimidos. As aplasias medulares compreendem entidades clínicas

que, através de mecanismos distintos, determinam redução acentuada da

celularidade da medula óssea em uma ou mais linhagens. A trombocitopenia e

neutropenia são parâmetros clínicos que devem ser analisados criteriosamente para

realização do procedimento odontológico. Há evidências que mostram que esta

patologia imunomediada possa ser causada por linfócitos T que atacam as células

hematopoiéticas na medula óssea. Apesar de o fator desencadeante para a

destruição das células hematopoiéticas ser desconhecido, alguns casos estão

associados à exposição a toxinas ambientais, como o benzeno, presente em

defensivos agrícolas. Dentre os achados bucais relacionados a essa enfermidade

estão a hemorragia gengival espontânea e petéquias na mucosa. No presente

trabalho relata-se o caso de um paciente atendido no Hospital das Clínicas de

Goiânia com diagnóstico de anemia aplásica, em quimioterapia, com condição oral

precária, apresentando periodontite crônica e outros focos de infecção secundários,

como aspergilose pulmonar. O paciente foi submetido à extração dentária seriada

dos dentes críticos, mediante plaquetoterapia, visando à diminuição dos focos de

infecção. O paciente foi a óbito uma semana depois devido à sepse de origem

abdominal em decorrência de outras infecções secundárias.

Palavras-chave: anemia aplásica, imunodepressão, exodontia.

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Bruno Gomes Silva

FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL: ACESSO WEBER FERGUSON MODIFICADO

Silva BG*, Felga CSF, Garrote MS, Paula EL

O fibroma ossificante central é um neoplasma benigno verdadeiro, com significativo

potencial de crescimento, composto de tecido conjuntivo fibroso, contendo

quantidade variável de material mineralizado sob a forma de osso trabecular,

cemento ou ambos. Ocorre mais comumente entre a terceira e quarta décadas de

vida com predileção pelo gênero feminino, com a mandíbula envolvida mais

frequentemente que a maxila. Geralmente resulta em aumento de volume indolor do

osso envolvido, podendo causar assimetria facial. No presente trabalho, relata-se o

caso de uma paciente melanoderma, 37 anos de idade, atendida no Hospital Santa

Casa de Misericórdia de Goiânia, apresentando aumento de volume assintomático

em maxila esquerda com tempo de evolução de sete anos. Ao exame radiográfico

notou-se lesão bem definida com graus variados de radiopacidade e fino halo

radiolúcido envolvendo-a. A tomografia computadorizada mostrou lesão de

densidade semelhante a tecido muscular e algumas áreas centrais com densidade

semelhante a osso, sugerindo focos de calcificação, comprometendo cavidade nasal

e seio maxilar, tendo como limite superior a margem infra-orbital. A lesão foi

removida utilizando-se acesso de Weber Ferguson modificado e a peça

encaminhada ao exame anatomopatológico que confirmou ser fibroma ossificante

central. No pós-operatório não houve intercorrências e a lesão não apresentou

recidivas.

Palavras-chave: fibroma ossificante central, Weber Ferguson.

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Bruno Gomes Silva

CIRURGIA ORTOGNÁTICA BIMAXILAR

Silva BG*, Felga CSF, Garrote MS, Paula EL

A cirurgia ortognática é um tratamento que visa à correção das deformidades

envolvendo dentes e ossos da face, restabelecendo o equilíbrio dos terços faciais.

As deformidades podem se originar de distúrbios de crescimento, síndromes e

anomalias específicas, traumas na face ou serem de origem genética. Essas

alterações podem estar localizadas na mandíbula, maxila ou associadas aos dois

ossos. O presente trabalho relata o caso de uma paciente de 40 anos em que foi

realizada cirurgia ortognática para correção das deformidades presentes. Foi

solicitada radiografia cefalométrica para realização de avaliações dentária e

esquelética, através das análises de Steiner, McNamara e Ricketts. A análise de

Steiner mostrou que a paciente possuía protrusão bimaxilar com SNA 86,32° e SNB

86,05°. Após dois anos de tratamento ortodôntico, esses valores alteraram para SNA

82,68°; SNB 82,71° e posicionamento mandibular de 80,51°, possuindo padrão

classe III de Angle. Realizou-se retrusão mandibular com osteotomia sagital e

correção de desvio de linha média na maxila. Após o procedimento a paciente

continuou com o tratamento ortodôntico a fim de realizar pequenos ajustes na

oclusão.

Palavras-chave: cirurgia ortognática, protrusão bimaxilar.

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Fernanda Costa Barbosa

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE UM CASO DE OSTEOMIELITE EM

MANDÍBULA

Barbosa FC*, Arantes BM, Arantes Filho WF, Watanabe S.

A Osteomielite é um processo inflamatório agudo ou crônico do tecido ósseo,

iniciado por inflamação da cavidade medular, que se estende para o periósteo da

área afetada, elevando-o do córtex, resultando em colapso vascular, estase venosa

e isquemia. Isto facilita o acúmulo de microrganismos no local, surgindo assim

fístulas e abscessos. Descrever um caso de osteomielite de mandíbula resultante de

uma intervenção cirúrgica mal sucedida. Paciente do sexo feminino, 17 anos,

leucoderma, vítima de acidente de trânsito, foi submetida a tratamento cirúrgico para

correção de fratura mandibular unilateral (lado esquerdo). Após quatro meses

queixou-se de inchaço e dor no lado esquerdo da face. Apresentava no momento da

consulta fistula na região parassinfisária esquerda, com drenagem de secreção

purulenta; má oclusão dentária e dificuldade de deglutição. A imagem radiográfica

mostrou presença de 02 placas e parafusos de contenção; corpo estranho radiopaco

no traço de fratura e não consolidação da mesma. A conduta adotada foi remoção

das placas e debridamentosob anestesia local. Posteriormente a paciente foi

submetida a nova intervenção cirúrgica em ambiente hospitalar, com enxerto de

crista ilíaca para preenchimento da perda óssea. Após 02 meses realizou-se tomada

radiográfica de proservação, na qual se observou boa recuperação no local do

enxerto. A paciente foi orientada quanto à medicação, dieta e retornos. Seguindo-se

o tratamento preconizado na literatura, obteve-se a consolidação da fratura e

reversão da osteomielite.

Palavras-chave: Osteomielite, inflamação óssea, fístula, abscesso.

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Fernanda Costa Barbosa

Detecção molecular do HPV em carcinoma espinocelular de boca: relato de caso

clínico

Barbosa FC, Dias Filho AA, VencioEF

O carcinoma espinocelular bucal (CEC) é um tumor maligno epitelial com

característica invasiva local, tendo como principal agente etiológico o tabagismo.

Apesar de controversa, a infeção pelo papilomavirus humano (HPV) tem sido

associada como fator carcinogênico. Neste trabalho, um caso clínico de CEC

pobremente diferenciado é relatado com detecção molecular do HPV. Uma mulher

de 83 anos de idade, feoderma, apresentou lesão exofítica séssil, localizada na

mucosa jugal, cor esbranquiçada, consistência endurecida medindo 2 cm de

diâmetro. Paciente relata sintomatologia dolorosa à mastigação com 20 dias de

evolução e tabagismo e etilismo há 20 anos. A biopsia excisional mostrou neoplasia

epitelial maligna pouco diferenciada apresentando positividade para citoqueratina

14. O exame de PCR mostrou presença de HPV no tumor. O paciente encontra-se

bem após um ano de acompanhamento.Neste trabalho, um caso CEC bucal com

infecção pelo HPV é apresentado.

Palavras-chave: Carcinoma espinocelular bucal, HPV, tumor maligno.

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Carolina Oliveira Tasinaffi

Tratamento de Comunicação Buco- sinusal com Tecido Adiposo

Tasinaffi CO *, Arantes BM, Souza JCO, Watanabe S.

A comunicação buco-sinusal é um dos acidentes mais comuns após extrações

dentárias na região maxilar posterior. O diagnóstico pode ser realizado através de

manobras clínicas e exames por imagem. O objetivo deste trabalho é relatar um

caso clínico de comunicação pós-cirúrgica de paciente do sexo feminino, 51 anos,

leucoderma que compareceu ao ambulatório do Projeto de Extensão em Cirurgia

Oral Menor da Faculdade de Odontologia, da Universidade Federal de Goiás,

queixando-se de “odor fétido e saída de líquido pelo nariz após ingeri-lo”. Relatou

que havia se submetido à exodontia há cerca de 01 mês e que o cirurgião-dentista

havia “deixado 02 raízes no osso”. A radiografia panorâmica mostrou a presença de

restos radiculares no seio maxilar direito, assim como uma sinusite já instalada.

Solicitou-se tomografia computadorizada para dimensionar o tamanho da fístula.

Após um período de lavagens constantes do seio maxilar e antibioticoterapia,

realizou-se cirurgia com remoção dos corpos estranhos e fechamento da fistula,

utilizando tecido adiposo da região próxima. Foi realizado um acompanhamento

clínico e radiográfico por 03 meses com fechamento total da fístula. O cuidado com

técnicas cirúrgicas é imprescindível para evitarem-se acidentes e complicações. Nos

casos de comunicação buco-sinusal, o tratamento deve ser efetuado o mais

precocemente possível, evitando-se a infecção do seio ou restabelecendo condições

idéias de saúde em casos mais adiantados.

Palavras-chave: Tecido Adiposo - Comunicações buco- sinusal – complicação pós-

operatória

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2011

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Jéssica Cardoso de Oliveira e Souza

Leishmaniose Tegumentar Americana e suas manifestações bucais – Diagnóstico e

Tratamento

Souza JCO*, Arantes BM, Tasinaffi CO, Watanabe S.

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não

contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial

(picada de flebotomíneos fêmeas infectadas). Acomete pele e mucosas em forma de

lesões com aspecto de úlceras. As mucosas mais frequentemente acometidas são

as cavidades nasais, faringe, laringe e cavidade oral. Na década de 50, houve uma

diminuição da ocorrência de casos de LTA, no Brasil, porém nos últimos 20 anos,

vem apresentando crescimento, tanto em magnitude, quanto em expansão

geográfica. Paciente JLM, 58 anos, leucoderma, sexo masculino, residente em zona

rural, foi encaminhado para realização de biópsia incisional com suspeita prévia de

carcinoma epidermóide. Observaram-se lesões ulceradas em outras regiões do

corpo. Ao exame clínico intra-oral observou-se lesão ulcerada com bordas elevadas

e eritema em palato duro, palato mole e orofaringe. Apresentava extenso

comprometimento da cartilagem nasal. O histopatológico confirmou diagnóstico de

LTA, contrariando a suspeita inicial de carcinoma. O paciente obteve melhora do

quadro após o tratamento com antimoniais pentavalentes, repouso e uma boa

alimentação. A LTA constitui em uma das afecções dermatológicas que merece

maior atenção, devido à magnitude da doença, já que pode causar deformidades no

homem e pelo envolvimento psicológico, social e econômico do doente. O cirurgião-

dentista tem papel importante na observação de manifestações bucais e no

diagnóstico precoce.

Palavras chave: Leishmaniose-Carcinoma-Diagnóstico precoce.

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Renato T. Breguez*

Giovanni Gasperini

Redução cruenta de fratura fronto-orbitária com reconstrução estética utilizando

enxerto aloplástico

Paciente E.P.M.N. gênero masculino, 57 anos, com fratura de osso frontal esquerdo,

ocasionado por pedrada. O caso apresentado, mostra a intervenção cirúrgica

aproveitando-se da própria cicatriz da ferida causada pelo trauma direto. O caso

pode ser observado por reconstrução em 3D obtida por TC, mostrando-se a

gravidade do trauma e corte axial não apresentando acometimento considerável em

lâmina posterior de seio frontal. O procedimento cirúrgico mostra a incisão

aproveitando a própria cicatriz na região, a realização de redução dos fragmentos

viáveis e fixação com placa e parafuso de titânio do sistema 1.7, ainda como o

preenchimento com cimento ortopédico (metil-metacrilato) para completar as regiões

em que faltou tecido ósseo, e as radiografias pós-operatórias.

Palavras chave: Osso frontal, Metil-metacrilato, seio frontal

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2011

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Donizete Castro Silva

Fibroma Ossificante Periférico: diagnóstico e tratamento

Silva DC*, Domiciano ML, Silveira NVB, Castro LA.

Fibroma Ossificante Periférico (FOP) é mais comum entre a faixa etária de 20 a 40

anos com predileção pelo gênero feminino. Essa lesão possui crescimento lento e

limitado podendo apresentar implantação séssil ou pedunculada. Tem seu

desenvolvimento normalmente em resposta a uma irritação crônica e apesar da

incerteza de sua patogênese tem sido aceito que sua proliferação origina-se da

membrana do periósteo ou periodontal. Sua localização mais freqüente é a maxila

sendo a região anterior mais afetada. Apresenta predileção pela gengiva marginal e

papila interdental. O aspecto histopatológico revela tecido conjuntivo fibroso

vascularizado, com áreas de mineralização na forma de cemento e trabéculas

ósseas. O tratamento consiste na remoção cirúrgica, devendo-se estender a incisão

ao periósteo e ligamento periodontal com a concomitante eliminação dos fatores

irritantes locais. O prognóstico é favorável, sendo que as recidivas variam de 7 a 20

%. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de FOP acometendo gengiva

marginal e papila interdental entre os dentes 22 e 23, bem como ressaltar a

importância do cirurgião-dentista no diagnóstico e tratamento dessas lesões. Relato

do caso: paciente do gênero masculino, 21 anos de idade, leucoderma que

apresentou-se ao Centro Goiano de Doenças da Boca da Faculdade de Odontologia

da UFG com lesão exofítica, de superfície lisa e consistência fibrosa em gengiva

marginal e papila interdental entre os dentes 22 e 23 com recidiva de 2 meses. A

lesão foi tratada com excisão cirúrgica sob anestesia local e segue em

acompanhamento há 5 meses.

Palavras-chave: Fibroma Ossificante Periférico, cavidade bucal, PPNN

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2011

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Maxwell M V Castro

DENTE INTRANASAL: RELATO DE CASO CLÍNICO.

CASTRO, MMV. PARIZOTTO, VA.

A erupção de dentes na cavidade nasal é rara e de pouco relato na literatura.

Elementos dentários intranasais podem ser supranumerários, decíduo ou

permanente. As manifestações clínicas são bem variadas, podendo ser confundidas

com outras patologias. Por essa razão, o diagnóstico diferencial deve ser bem

executado, lançando mão de exames de imagem complementares. O tratamento, na

maioria dos casos, é cirúrgico e pode prevenir futuras complicações. Paciente A.J.L.,

32 anos, gênero masculino, cor branca, procurou auxilio médico, em janeiro de

1998, para tratar uma possível sinusite, porém sem êxito. Recebeu diagnóstico de

dente intranasal em 2008, já no serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial FAODO/UFMS,

onde recebeu tratamento adequado para resolução do quadro.

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2011

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Any Lucia Florentino Quinto

Tumor odontogênico localmente agressivo: relato de um caso raro na maxila

Quinto ALF*, W Satiro, VêncioEF

O fibroma odontogênico (FO) é um tumor benigno caudado por uma proliferação

ectomesenquimal, caracterizada pela presença de tecido fibroblástico e quantidades

variáveis de epitélio odontogênico. Existem duas variantes, a central e a periférica,

sendo que a lesão central é rara, tendo apenas 70 casos publicados na literatura

inglesa. Acomete principalmente o gênero feminino com localização predominante

na maxila. Neste trabalho, um caso clínico de fibroma odontogênico central com

comportamento local invasivo é relatado com revisão da literatura. Paciente do

gênero feminino, 29 anos de idade apresenta lesão radiolúcidamultiloculada com

limites precisos, estendendo-se da face mesial do dente 13 à distal do dente 15 com

perfuração óssea palatina e reabsorção radicular nos dentes 13 e 14. O diagnóstico

clínico foi de lesão central de células gigantes. Paciente foi submetida à tratamento

endodôntico pré-operatório. A lesão foi enucleada, preservando-se os dentes

envolvidos na lesão. A peça foi então enviada para exame anatomopatológico, que

revelou restos epitéliaisodontogênicos entre uma matriz de tecido mixóide, sem

atipias celulares nem mitoses compatível com FO. A paciente encontra-se em

acompanhamento clínico-radiográfico há 4 anos sem sinais de recidiva até o

momento. Neste trabalho, um caso de FO com comportamento clínico agressivo é

apresentado e os aspectos clinicopatológicos são discutidos.

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2011

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Sarah Rozetti Teixeira

Contribuição da tomografia computadorizada de feixe cônico no estudo da anatomia

do primeiro molar inferior permanente

Teixeira SR*, Estrela C, Porto OCL.

Estudou-se o número de raízes e canais em primeiros molares inferiores

permanentes em uma subpopulação Brasileira com o auxílio da tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram selecionados 51 pacientes, 21

homens e 30 mulheres, com idade variando entre 13 a 73 anos, encaminhados ao

serviço de radiologia por diferentes razões de diagnóstico. Ao todo, 102 molares

inferiores permanentes tiveram a sua anatomia analisada por dois especialistas em

radiologia odontológica, previamente calibrados. As imagens das TCFC foram

obtidas por meio do sistema i-CAT. A amostra envolvida não apresentava dentes

com história de cárie dentária, tratamento endodôntico e/ou ortodôntico ou distúrbio

de desenvolvimento dentário. Resultados: Observou-se que 96 dentes (94,12%)

apresentavam 2 raízes e apenas 6 (5,88%) 3 raízes. Todos os dentes exibiam raízes

separadas. Dos 102 dentes analisados, 84 (82,35%) possuíam 3 canais e 18

(17,64%) 4 canais. Dois canais foram observados na raiz mesial em 100% (102

dentes) dos casos, enquanto que na raiz distal 90 dentes (88,24%) exibiram 1 canal

e 12 (11,76%) 2 canais. Raízes supranumerárias foram observadas em apenas 6

molares (5,88%), todos em pacientes do gênero feminino. Conclusão: Os resultados

evidenciaram uma elevada prevalência, em uma subpopulação Brasileira, de

primeiros molares inferiores permanentes com 2 raízes e 3 canais. O exame de

tomografia computadorizada de feixe cônico pode ser uma valiosa ferramenta para o

estudo da anatomia de dentes permanentes.

Palavras-chave: Anatomia dentária, primeiro molar inferior, tomografia

computadorizada de feixe cônico.

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TRABALHOS PREMIADOS

Menções Honrosas

1º Renan Veiga Araújo – CONTRIBUIÇÃO DA TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO PLANEJAMENTO DE EXODONTIA

DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES

2º Bruno Gomes Silva – FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL: ACESSO WEBER

FERGUSON MODIFICADO

3º Carolina Oliveira Tasinaffi – TRATAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO-

SINUSAL COM TECIDO ADIPOSO