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Anais do 19° Seminário Mineiro de Plantas Medicinais 2013

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Page 1: Anais 19smpm

Anais

Anais

Page 2: Anais 19smpm

Presidente da República

Dilma Vana Rousseff

Ministro da Educação

Aloizio Mercadante Oliva

Secretário da Educação Superior

Amaro Henrique Pessoa Lins

Reitora

Valéria Heloísa Kemp

Vice-Reitor

Sérgio Augusto Araújo da Gama Cerqueira

Pró-Reitor de Administração: José Tarcísio Assunção

Pró-Reitor de Ensino de Graduação: Marcelo Pereira de Andrade

Pró-Reitor Adjunto de Ensino de Graduação: Márcio Falcão Santos Barroso

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: André Luiz Mota

Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação: Afonso de Alencastro Graça Filho

Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários: Paulo Henrique Caetano

Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Cláudio Sérgio Teixeira de Souza

Pró-Reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas: Adriana Amorim da Silva

Pró-Reitor de Assuntos Estudantis: Dimas José de Resende

Page 3: Anais 19smpm

Comissão Organizadora do 19º Seminário Mineiro de Plantas Medicinais

Organização Geral e Tesouraria

Profa. Dra. Ana Hortência Fonseca Castro (Curso de Farmácia e Programas de Pós Graduação

em Ciências Farmacêuticas e Biotecnologia)

Comitê Científico

Profa. M.Sc. Ana Gabriela Reis Solano (Curso de Farmácia)

Logística

Profa. Dra. Adriana Cristina Soares (Curso de Farmácia e Programa de Pós Graduação em

Ciências Farmacêuticas)

Secretaria do Evento

Profa. Dra. Luciana Alves Rodrigues dos S. Lima (Curso de Farmácia, Programas de Pós

Graduação em Ciências Farmacêuticas e Biotecnologia)

Prof. Dr. Joaquim Maurício Duarte-Almeida (Curso de Farmácia e Programa de Pós Graduação

em Ciências Farmacêuticas)

Arte e Divulgação

M.Sc. Mairon César Coimbra (Técnico do Laboratório de Farmacobotânica e Plantas

Medicinais/CCO e Mestre em Biotecnologia)

Page 4: Anais 19smpm

Revisores ad hoc dos Trabalhos Científicos Submetidos

Dra. Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula (IFMG – BAMBUÍ)

M.Sc. Ana Gabriela Reis Solano (UFSJ)

M.Sc. Julino Assunção Rodrigues Soares Neto (UNIFESP)

M.Sc. Fernanda Fonseca (PUC – MG)

Dra. Elzíria de Aguiar Nunan (UFMG)

Dra. Viviane Martins Rebello dos Santos (UFOP)

Dra. Roberta Carvalho de Figueiredo (UFMG)

Dr. Rupert Barros de Freitas (FUNCESI)

Dr. Geraldo Alves da Silva (UNIFAL – MG)

Dra. Fernanda Carlota Nery (UFSJ)

M.Sc. Mairon Cesar Coimbra (UFSJ)

Dr. Marcelo Aparecido da Silva (UNIFAL – MG)

M.Sc. Andréia Fonseca Silva (EPAMIG)

Dra. Jaqueline Maria Siqueira Ferreira (UFSJ)

Dra. Vânia Helena Techio (UFLA)

Page 5: Anais 19smpm

19º Seminário Mineiro de Plantas Medicinais – Anais

É uma publicação da Comissão Organizadora do 19º Seminário Mineiro de Plantas Medicinais

Universidade Federal de São João del-Rei

Campus Centro-Oeste Dona Lindu

Av. Sebastião Gonçalves Coelho, 400 – Chanadour

Divinópolis – MG

CEP: 35501296

Internet: www.smpm.com.br E-mail: [email protected]

Page 6: Anais 19smpm

Anais do 19º Seminário Mineiro de Plantas Medicinais

Organização/ Ana Hortência Fonsêca Castro; autores TORTELOTE, A.C.;

TEIXEIRA ,T.R...[et al.]. Universidade Federal de São João del Rei – Campus

Centro Oeste – Dona LIndu. Divinópolis, 2013.

81p.

1. Resumos de Trabalhos Científicos. I Título.

Page 7: Anais 19smpm

Apresentação

O 19º Seminário Mineiro de Plantas Medicinais é um evento anual e itinerante, idealizado

na Universidade Federal de Viçosa. Em edições anteriores foi realizado em universidades como

Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal de Ouro

Preto, Universidade de Alfenas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de

Minas Gerais, Universidade Federal de São João del-Rei, Universidade Federal dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri, Universidade do Estado de Minas Gerais, campus Ituiutaba, Instituto

Federal de Minas Gerais, campus Bambuí, entre outras.

O evento apresenta significante relevância para o Estado de Minas Gerais e em sua 19ª

edição permitirá a atualização do conhecimento técnico-científico, o resgate do conhecimento

popular sobre plantas medicinais e a integração de pesquisadores, estudantes (graduação e pós-

graduação) e profissionais das áreas de Saúde, Ciências Biológicas e Ciências Agrárias, raizeiros,

produtores rurais e agentes de movimentos pastorais e de ONGs envolvidos com a prática do uso

de plantas medicinais. O evento, de caráter pedagógico, científico e cultural será constituído por

palestras, minicursos e mesas redondas, direcionadas a dois segmentos específicos: científico e

técnico, visando à discussão de temas relevantes para o aprimoramento dos profissionais das

áreas de saúde, biológicas e agrárias. O seminário contará ainda com a apresentação de

trabalhos científicos e com a presença de palestrantes da UNIFESP, UFMG, UFV, UFLA, UFSJ e

EPAMIG.

Page 8: Anais 19smpm

Realização:

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS - UFSJ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA - UFSJ

GRUPO DE ATUAÇÃO DOCENTE – PRODUTOS NATURAIS - UFSJ

Apoio:

Page 9: Anais 19smpm

PROGRAMAÇÃO - 1ª OPÇÃO

Dia 29/11/2013 – Sexta-feira

14h00min – 16h00min: Recepção dos participantes e entrega de material (Área de Convivência -

CCO)

16h00min – 17h30min: Palestra: Fitoterapia – Prof. Dr. Ricardo Tabach (CEBRID/UNIFESP/SP)

– Anfiteatro CCO

17h30min – 18h00min: Sessão cultural (Área de Convivência - CCO)

18h00min – 18h30min: Lanche (Coffee break)

18h30min – 19h00min: Abertura oficial do evento (Anfiteatro CCO).

19h00min – 20h30min: Conferência Magna: As dez plantas medicinais mais utilizadas na

medicina – Prof. Dr. Elisaldo Luiz de Araujo Carlini (CEBRID/UNIFESP/SP) – Anfiteatro CCO

Dia 30/11/2013 – Sábado

08h00min – 12h00min: Minicursos:

09h30min – 10h00min: Lanche (Coffee break)

10h00min - 12h00min: Continuação Minicursos.

12h00min – 14h00min: Almoço.

13h30min – 15h30min: Mesa redonda: Tema: Atualidades e perspectivas em pesquisas com

produtos naturais – Anfiteatro CCO

Prof. Dr. Steiner de Franca Côrtes (UFMG) Desenvolvimento de novas drogas no sistema

cardiovascular derivadas de produtos naturais;

Prof. Dr. João Paulo Viana Leite (UFV) Bioprospecção de produtos naturais bioativos da Mata

Atlântica;

Prof. Dr. Thiago Roberto Lima Romero (UFMG) Desenvolvimento de novas drogas analgésicas

derivadas de produtos naturais.

16h00min – 17h00min: Sessão de pôsteres/apresentação de trabalhos (Área de Convivência -

CCO)

17h00min – 18h00min: Encerramento e entrega de certificados de menção honrosa (Área de

Convivência - CCO)

Page 10: Anais 19smpm

PROGRAMAÇÃO - 2ª OPÇÃO

Dia 29/11/2013 – Sexta feira

14h00min – 16h00min: Recepção dos participantes e entrega de material (Área de Convivência -

CCO)

16h00min – 17h30min: Palestra 3: Etnobotânica como ferramenta para a busca de novos

medicamentos de origem natural – Pesquisadora M.Sc. Andréia Fonseca Silva (EPAMIG) – sala

201A

17h30min – 18h00min Sessão cultural (Área de Convivência - CCO)

18h00min – 18h30min: Lanche (Coffee break)

18h30min – 19h00min Abertura oficial do evento (Anfiteatro CCO).

19h00min – 20h30min: Conferência Magna: As dez plantas medicinais mais utilizadas na

medicina – Prof. Dr. Elisaldo Luiz de Araujo Carlini (CEBRID/UNIFESP/SP) – Anfiteatro CCO

Dia 30/11/2013 – Sábado

08h00min – 12h00min: Minicursos

09h30min – 10h00min: Lanche (Coffee break)

10h00min - 12h00min: Continuação Minicursos

12h00min – 14h00min: Almoço

13h30min – 15h30min: Palestra: Metabolômica: Uma ferramenta para a busca de novos

fármacos a partir de produtos naturais – Profa. Dra. Lúcia Pinheiro Santos Pimenta (UFMG) – Sala

201A

16h00min – 17h00min: Sessão de pôsteres/apresentação de trabalhos (Área de Convivência -

CCO)

17h00min – 18h00min: Encerramento e entrega de certificados de menção honrosa (Área de

Convivência - CCO)

Page 11: Anais 19smpm

PROGRAMAÇÃO - 3ª OPÇÃO

Dia 29/11/2013 – Sexta feira

14h00min – 16h00min: Recepção dos participantes e entrega de material (Área de Convivência -

CCO)

16h00min – 17h30min: Palestra: Farmácia Caseira / Preparo de Plantas Medicinais – Profa. Dra.

Suzan Kelly Vilela Bertolucci (UFLA) – Sala 301A

17h30min – 18h00min: Sessão cultural (Área de Convivência - CCO)

18h00min – 18h30min: Lanche (Coffee break)

18h30min – 19h00min: Abertura oficial do evento (Anfiteatro CCO).

19h00min – 20h30min: Conferência Magna: As dez plantas medicinais mais utilizadas na

medicina – Prof. Dr. Elisaldo Luiz de Araujo Carlini (CEBRID/UNIFESP/SP) – Anfiteatro CCO

Dia 30/11/2013 – Sábado

08h00min – 12h00min: Minicursos

09h30min – 10h00min: Lanche (Coffee break)

10h00min - 12h00min: Continuação Minicursos

12h00min – 14h00min: Almoço

13h30min – 15h30min: Palestra: Prof. Dr. João Máximo de Siqueira (UFSJ) – Medicamentos

fitoterápicos: alerta sobre adulterações e cuidados na utilização – Sala 301A

16h00min – 17h00min: Sessão de pôsteres/apresentação de trabalhos (Área de Convivência -

CCO)

17h00min – 18h00min: Encerramento e entrega de certificados de menção honrosa (Área de

Convivência - CCO)

Page 12: Anais 19smpm

Minicursos:

Minicurso 1: Plantas medicinais brasileiras: identificação e utilização – Pesquisadora M.Sc.

Andréia Fonseca Silva (EPAMIG) – Sala 201A;

Minicurso 2: Avaliação da qualidade de plantas medicinais e fitoterápicos - Prof. Dr. João Paulo

Viana Leite (UFV) – Sala 202A;

Minicurso 3: Estratégias para o isolamento de produtos naturais – Profa. Dra. Lúcia Pinheiro

Santos Pimenta (UFMG) – Sala 203A;

Minicurso 4: Fitocosméticos – Profa. Dra. Ana Júlia Pereira Santinho Gomes (UFSJ) – Sala

204A;

Minicurso 5: Avaliação da atividade antitumoral de plantas medicinais – Profa. Dra. Flávia Carmo

Horta Pinto (UFSJ) – Sala 301A;

Minicurso 6: Avaliação da atividade farmacológica de produtos naturais – Prof. Dr. Ricardo

Tabach (CEBRID/UNIFESP/SP) – Sala 302A.

Page 13: Anais 19smpm

SUMÁRIO

ÍNDICE E DENSIDADE DE ESTÔMATOS EM FOLHAS DE Byrsonima intermedia A. Juss.

(MALPIGHIACEAE) ...................................................................................................................... 18

GERMINAÇÃO IN VITRO DE Bauhinia holophylla (Bong.) Steud. (FABACEAE: CERCIDEAE) ... 19

CALOGÊNESE EM SEGMENTOS CAULINARES DE Handroanthus serratifolius CULTIVADOS IN

VITRO ........................................................................................................................................... 20

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DAS FOLHAS DE Astronium fraxinifolium Schott. ex Spreng

(Anacardiaceae) ........................................................................................................................... 21

EFEITO DO NITRATO DE PRATA NO CRESCIMENTO IN VITRO DE BROTAÇÕES DE

BARBATIMÃO .............................................................................................................................. 22

EFEITO DO NITRATO DE PRATA NA INIBIÇÃO IN VITRO DE CALOS EM EXPLANTES

CAULINARES DE BARBATIMÃO ................................................................................................. 23

ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DAS FOLHAS DE Serjania marginata Casar (CIPÓ-UVA) ....... 24

INIBIÇÃO DA AÇÃO DO ETILENO NO ENRAIZAMENTO IN VITRO DE BARBATIMÃO

(Stryphnodendron adstringens) ..................................................................................................... 25

EFEITOS DO 2,4-D E BAP NA INDUÇÃO DE CALOS EM Bauhinia holophylla (Bong.) Steud.

(FABACEAE: CERCIDEAE) .......................................................................................................... 26

AVALIAÇÃO DE MUTAGENICIDADE DE DUAS PLANTAS MEDICINAIS DO CERRADO

MINEIRO ...................................................................................................................................... 28

AVALIAÇÃO ANTIMICOBACTERIANA, ANTIFÚNGICA, ANTILEISHMANIA E DETERMINAÇÃO

DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA DE Talinum patens (L.) WILL (TALINACEAE)......... 29

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO EXTRATO E DAS

FRAÇÕES OBTIDAS DO FRUTO MADURO DE Solanum sp. ..................................................... 30

ESTUDO FARMACOGNÓSTICO DE Talinum patens (L.) WILLD (TALINACEAE): ATIVIDADE

ANTIBACTERIANA DE EXTRATOS E FRAÇÕES PROVENIENTES DAS FOLHAS .................... 31

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS CULTIVADAS NO

BRASIL ......................................................................................................................................... 32

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE EXTRATOS DE Ocotea odorifera

(VELLOZO) ROHWER .................................................................................................................. 33

AÇÃO DAS FRAÇÕES CLOROFÓRMICA DA PLANTA DO GÊNERO Andira NA ATIVIDADE

GELATINOLÍTICA DE METALOPROTEINASES .......................................................................... 34

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (CIM) DE EXTRATOS DE Litchi

chinensis Sonn. (Sapindaceae) ..................................................................................................... 35

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS EXTRATOS DE Raphanus sativus L. var.

oleiferus Metzg (Brassicaceae) ..................................................................................................... 36

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANALGÉSICA DOS EXTRATOS HIDROETANÓLICO DE Raphanus

sativus var. oleifera Metzg. ........................................................................................................... 37

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DOS EXTRATOS HIDROETANÓLICO DE

Raphanus sativus var. oleifera Metzg. .......................................................................................... 38

Page 14: Anais 19smpm

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH EM ANIMAIS TRATADOS

COM EXTRATO DE Nasturtium officinale ..................................................................................... 39

ÓLEO ESSENCIAL DE Ageratum fastigiatum REDUZ, IN VITRO, A EXPRESSÃO DA CITOCINA

PRÓ-INFLAMATÓRIA TNF-ALFA EM LINFÓCITOS ATIVADOS ................................................. 40

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FÚNGICA E CITOTOXICIDADE DOS EXTRATOS

HIDROETANÓLICOS DAS FOLHAS E RAÍZES DE Leonotis nepetifolia (L.) BR.......................... 41

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO BRUTO DE FOLHAS E RAÍZES DE BRAÚNA

(Schinopsis brasiliensis Engl.) ....................................................................................................... 42

EXTRATO EM ACETATO DE ETILA DE Cordia verbenacea REDUZ A EXPRESSÃO DA

CITOCINA PRÓ-INFLAMATÓRIA IFN-γ E A PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS, IN VITRO ....... 43

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE INIBIDORES DE PROTEASE DE

SEMENTES DE Chenopodium quinoa .......................................................................................... 44

INFLUÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE EXTRATO ETANÓLICO DE FLORES DE

Pyrostegia venusta NO CRESCIMENTO DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH ............................. 45

EFEITO DO EXTRATO ETANÓLICO DE PARTES AÉREAS DE Pseudobrickellia brasiliensis

(SPRENG) R. M. KING & H. ROB. SOBRE A PRODUÇÃO DE CITOCINAS, IN VITRO .............. 46

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH EM ANIMAIS TRATADOS

COM EXTRATO DE Rosmarinus officinalis .................................................................................. 47

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE "PHOLIA NEGRA": FÓRMULA MAGISTRAL

EMAGRECEDORA A BASE DE ERVA-MATE (Ilex paraguariensis A. St. Hil.) ............................. 49

PADRONIZAÇÃO DA DROGA VEGETAL DAS FOLHAS DE Raphanus sativus var. oleiferus

Metzg. (NABO FORRAGEIRO) ..................................................................................................... 50

LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS COMERCIALIZADAS POR RAIZEIROS DO

MERCADO MUNICIPAL CENTRAL DE MONTES CLAROS, MG ................................................. 52

TOXICIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR USUÁRIOS DAS UNIDADES DE

SAÚDE DO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS- MG .......................................................................... 53

DESAFIOS NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: UMA REFLEXÃO SOBRE O

DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS BIOTECNOLÓGICAS A PARTIR DE PLANTAS

MEDICINAIS ................................................................................................................................. 54

IDENTIFICAÇÃO E PLANTIO DE PLANTAS MEDICINAIS NA HORTA URBANA DA COHAB EM

LAVRAS, MINAS GERAIS ............................................................................................................ 55

PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR PACIENTES DIABÉTICOS NA POPULAÇÃO DE

DIVINÓPOLIS/MG ........................................................................................................................ 56

PLANTAS MEDICINAIS EMPREGADAS NO TRATAMENTO DE CÓLICAS INFANTIS E SUAS

RESTRIÇÕES .............................................................................................................................. 57

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA O TRATAMENTO DE GRIPE E

RESFRIADO POR USUÁRIOS DAS UNIDADES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

DIVINÓPOLIS/MG ........................................................................................................................ 58

ERVAS CIDREIRAS: É FÁCIL DIFERENCIAR? ........................................................................... 59

AVALIAÇÃO DO USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS COM EFEITO CALMANTE PELA

POPULAÇÃO DE DIVINÓPOLIS-MG ........................................................................................... 60

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS POR GESTANTES CADASTRADAS

EM UNIDADES DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS-MG ............................................ 61

Page 15: Anais 19smpm

AVALIAÇÃO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS COM PROPRIEDADES ANTI-

INFLAMATÓRIAS NO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS - MG ......................................................... 62

AVALIAÇÃO DE FENOIS, FLAVONOIDES E TANINOS TOTAIS EM Cordiera sessilis (Vell.)

Kuntze (RUBIACEAE) ................................................................................................................... 64

TRIAGEM VIRTUAL INVERSA DE COMPOSTOS NATURAIS UTILIZANDO O OUR OWN

MOLECULAR TARGETS DATA BANK (OOMT) ........................................................................... 65

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO E DAS FRAÇÕES

OBTIDAS DO FRUTO MADURO DE Solanum sp ........................................................................ 66

TRIAGEM FITOQUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO

ETANÓLICO DE Tibouchina granulosa ........................................................................................ 67

ALCALÓIDE TROPÂNICO EM Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. (ERYTHROXYLACEAE) ...... 68

ISOLAMENTO DE ALCALÓIDES APORFÍNICOS DE Duguetia furfuraceae E TENTATVA DE

COMPLEXAÇÃO COM COBRE ................................................................................................... 69

TRIAGEM FITOQUÍMICA PRELIMINAR E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN

VITRO DE EXTRATOS DE Costus spicatus ................................................................................. 70

EXTRAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DA CITRONELA (Cymbopogon cf. winterianus G.) E

PREPARO DE REPELENTES ...................................................................................................... 71

ESTUDO DO EXTRATO E ÓLEO ESSENCIAL DO TOMILHO (Thymus cf. vulgaris L.) E

PREPARO DE TALCO MEDICINAL ............................................................................................. 72

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS E FLAVONOIDES EM EXTRATOS DE Litchi

chinensis Sonn. (SAPINDACEAE) ................................................................................................ 73

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO E DAS FRAÇÕES

OBTIDAS DAS FOLHAS DE Solanum lycocarpum ....................................................................... 74

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE FLAVONOIDES TOTAIS NO EXTRATO ETANÓLICO E

NAS FRAÇÕES OBTIDAS DAS FOLHAS DE Solanum lycocarpum............................................. 75

TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO HEXÂNICO DOS

FRUTOS VERDES DE Solanum lycocarpum A. St. Hil. (SOLANACEAE) ..................................... 76

FENÓIS TOTAIS, FLAVONOIDES TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Raphanus sativus

L. var. oleiferus Metzg (Brassicaceae) .......................................................................................... 77

MODELAGEM MOLECULAR E ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DE ACETOGENINAS DE Annona

cornifolia COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE ............................................................................... 78

QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FLAVONOIDES, FENÓIS TOTAIS E CORRELAÇÃO COM

ATIVIDADE ANTIRRADICALAR DOS EXTRATOS DAS FOLHAS E RAÍZES DE Leonotis

nepetifolia (L) ................................................................................................................................ 79

VARIAÇÃO QUANTITATIVA SAZONAL DE CONSTITUINTES DO ÓLEO ESSENCIAL DE

Pseudobrickellia brasiliensis (ASTERACEAE) .............................................................................. 80

ANÁLISES FITOQUÍMICAS E ATIVIDADE CAPTORA DE RADICAIS LIVRES EM Pyrostegia

venusta (Bignoniaceae) ................................................................................................................ 81

AVALIAÇÃO IN SILICO DE ALCALÓIDES OBTIDOS POR TRIAGEM VIRTUAL CONTRA A NS5

MTASE DO VÍRUS DA DENGUE ................................................................................................. 82

Page 16: Anais 19smpm

Resumos

Page 17: Anais 19smpm

Anatomia, Morfologia,

Sistemática e Fisiologia Vegetal

Page 18: Anais 19smpm

18

ÍNDICE E DENSIDADE DE ESTÔMATOS EM FOLHAS DE Byrsonima intermedia A. Juss.

(MALPIGHIACEAE)

Ariana Campos Tortelote1*; Thaiz Rodrigues Teixeira1; Mairon César Coimbra1; Ana Hortência

Fonseca Castro1

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: B. intermedia, Planta medicinal, Estômatos.

RESUMO

Os estômatos são anexos epidérmicos importantes para a fotossíntese, pois regulam os

processos de trocas gasosas. O murici pequeno (B. intermedia) é um arbusto ramificado nativo do

Cerrado brasileiro, que apresenta propriedades nutritivas e medicinais, sendo suas folhas

utilizadas no tratamento de úlceras, infecções de pele, como diurético e antiasmático e a casca do

caule é utilizada como adstringente em diarréias e disenterias e no tratamento de feridas e

infecções de pele. Este trabalho teve como objetivo avaliar o diâmetro, índice e densidade de

estômatos nas diferentes regiões da folha de B. intermedia. Folhas completamente expandidas

foram coletadas, fixadas em FAA (formaldeído: álcool etílico: ácido acético) e empregadas na

obtenção dos cortes anatômicos à mão livre. O total de 50 folhas foram utilizadas na confecção

dos cortes, sendo separadas em 5 indivíduos cada um contendo 10 folhas. Para a determinação

do índice e densidade de estômatos 30 campos de cada região (ápice, meio e base) foram

utilizados, totalizando 450 campos. Dessa forma, para medir os diâmetros foi escolhido um

estômato de cada campo, resultando em 450 estômatos. Por meio de secções paradérmicas

avaliou-se o tipo, o diâmetro e a quantidade de estômatos no ápice, meio e base da folha. A partir

dos dados obtidos calculou-se o índice (I) e a densidade (D) de estômatos pelas seguintes

expressões: I(%)=ES/(ES+CE)x100 e D(est./mm2)=ES/A, respectivamente, onde ES representa o

número de estômatos, CE o número de celular epidérmicas e A a área da foto em mm2. Através

das observações das secções paradérmicas verificou-se que a folha é hipostomática, com

estômatos do tipo paracítico. Não houve diferença significativa entre a densidade estomática,

diâmetros equatorial e polar dos estômatos entre as diferentes regiões da folha (p>0,05). Os

estômatos apresentaram diâmetro polar e equatorial médios de 30 µm e 26 µm, respectivamente.

Em relação ao índice estomático, valores mais elevados foram encontrados na região mediana

(18,85 ± 0,71 %, p <0,05), com diferença significativa entre a região do ápice (16,63 ± 1,05 %),

porém sem diferença significativa entre a região da base (17,68 ± 1,25 %). Os resultados obtidos

poderão auxiliar na elucidação futura da relação entre as trocas gasosas e a estrutura foliar de B.

intermedia.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 19: Anais 19smpm

19

GERMINAÇÃO IN VITRO DE Bauhinia holophylla (Bong.) Steud. (FABACEAE: CERCIDEAE)

Myriam Almeida Barbosa¹*; Ana Hortência Fonseca Castro¹; Matheus Reis Martins¹; Andréia

Fonseca Silva²; Mairon César Coimbra¹.

¹Universidade Federal de São João del-Rei; ²Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais

(EPAMIG).

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Bauhinia holophylla, Germinação in vitro, Explantes, Meios MS e WPM, Mudas

assépticas.

RESUMO

Bauhinia L. é um gênero pantropical, com aproximadamente 300 espécies. Bauhinia holophylla ou

unha-de-vaca é uma espécie arbustiva, que ocorre em matas de galeria e ciliares e no Cerrado,

sendo muito utilizada na medicina popular. Sua propagação ocorre por meio de sementes, que

apresentam dormência tegumentar. A cultura de células e tecidos vegetais é uma técnica útil para

produção de mudas assépticas, que podem ser utilizadas como fontes de explantes para a

produção de agregados celulares (calos) e metabólitos bioativos. Esse trabalho teve como

objetivo estabelecer uma metodologia para a produção de plântulas de B. holophylla a partir da

germinação in vitro de sementes em diferentes meios de cultivo e diferentes concentrações de

sais. Frutos foram coletados em Ijaci (MG), em maio de 2013. As sementes foram tratadas com

Captan 5%, por dez minutos e armazenadas em câmera fria a 4 ºC. As sementes foram tratadas

com hipoclorito de sódio 25% (v/v), por dez minutos, lavadas em água destilada autoclavada, em

câmara de fluxo laminar. As sementes foram inoculadas em 10 mL dos meios MS e WPM

completos e com a metade da concentração de sais, contendo 100 mL L-1 de Derosal 500 SC,

suplementados com 30 g L-1 de sacarose e solidificados com ágar, na proporção de 7 g L-1, sendo

o pH ajustado para 5,7±0,1. A incubação ocorreu em sala de crescimento, à temperatura de 27±2

ºC, fotoperíodo de 16 horas e radiação de 40 mmol m-2s-1. Após vinte e um dias, avaliou-se as

porcentagem de germinação, contaminação e oxidação, desenvolvimento da parte aérea, número

de folíolos e valores de matéria fresca e seca dos folíolos. Os resultados demonstram que a

contaminação média ficou em torno de 12% e não houve oxidação das sementes e dos meios.

Maiores porcentagens de germinação ocorreram nos meios MS completo e com a metade da

concentração de sais, as quais ficaram em torno de 94%, e nos meios WPM a porcentagem média

foi de 76%. Plântulas crescidas em meios MS e WPM com a metade da concentração de sais

apresentaram maior comprimento da parte aérea. Maior número de folíolos (3,7 folíolos em média)

ocorreu em meio MS, independente da concentração de sais. Maiores valores de matéria fresca

de folhas foram observadas em meio MS completo.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 20: Anais 19smpm

20

CALOGÊNESE EM SEGMENTOS CAULINARES DE Handroanthus serratifolius CULTIVADOS

IN VITRO

Ana Cristina de Souza1*; Renato Paiva1; Luciano Coutinho Silva1; Paulo Augusto Almeida Santos1;

Camila Vitória Nunes de Faria1.

1Universidade Federal de Lavras.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Ipê-amarelo, Espécie nativa, Segmento nodal, Cultivo in vitro, Espécie

medicinal.

RESUMO

Handroanthus serratifolius, conhecida como ipê-amarelo, pertence à família Bignoniaceae. Possui

interesse econômico madeireiro, ornamental e medicinal. O uso das cascas dessas plantas na

medicina popular é sob a forma de chá, com ação antinfecciosa, antifúngica, diurética,

adstringente e no tratamento contra alguns tipos câncer, de lúpus, doença de Parkinson, psoríase

e alergias. Os resultados de análise fitoquímica registram como, componentes da madeira

naftoquinonas, principalmente o lapachol, o lapachenol, a quercetina e ácido hidroxibenzóico. A

cultura de tecidos é uma eficiente alternativa para a propagação de plantas nativas medicinais e a

calogênese pode ser induzida a partir de segmentos foliares, caulinares, raízes, entre outros,

podendo visar à produção de metabólitos secundários para fins farmacêuticos. O presente

trabalho teve como objetivo estudar a influência da citocinina 6-benzilaminopurina (BAP) na

calogênese em segmentos caulinares de ipê-amarelo. Plantas oriundas da germinação in

vitro foram utilizadas como fonte de explantes. Em câmara de fluxo laminar, segmentos nodais de

brotações já estabelecidas in vitro foram inoculados na posição vertical em meio WPM contendo

0,09 M de sacarose, 0,6% de ágar e diferentes concentrações de BAP (0, 2, 4 e 8 µM). O pH do

meio foi ajustado para 5,8 antes da esterilização. Após a inoculação os explantes foram mantidos

em sala de crescimento em fotoperíodo de 16h e temperatura de 25 ± 2 °C. Após 30 dias de

cultivo, a porcentagem de calos foi avaliada e os dados submetidos à ANAVA. Foram observadas

diferenças significativas para a porcentagem de calos com média geral de 79%. O uso de 2 e 4

µM de BAP promoveu a formação de calos em 100% das brotações de Handroanthus

serratifolius. O uso da citocinina BAP é essencial para a formação de calos em segmentos

caulinares de ipê amarelo.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FAPEMIG.

Page 21: Anais 19smpm

21

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DAS FOLHAS DE Astronium fraxinifolium Schott. ex

Spreng (Anacardiaceae)

Vinícius de Carvalho Oliveira¹*; Ana Flávia da Silva¹; Elson Rogério Tavares Filho¹; Geraldo Alves

da Silva¹; Marcelo Aparecido da Silva¹.

¹Universidade Federal de Alfenas.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Astronium fraxinifolium, Anacardiaceae, Anatomia vegetal.

RESUMO

Astronium fraxinifolium, é uma espécie pertencente à família Anacardiaceae, conhecida

comumente como Gonçalo-Alves. Suas folhas, quando maceradas manualmente, exalam o cheiro

característico de manga verde e quando as árvores estão floridas, perdem todas as suas folhas. A

espécie é uma árvore rústica de médio porte, nativa do cerrado brasileiro. As folhas assumem

coloração diferente ao longo do ano e são usadas na medicina popular para o tratamento de

diarréias e de inflamações gástricas e vaginais. O presente trabalho trata à obtenção de

informação anatômica da folha da espécie vegetal que possuem importância tanto botânica

quanto farmacêutica. A caracterização anatômica consistiu na análise microscópica da região da

nervura central e do mesofilo foliar, visando à observação dos principais tecidos vegetais. Foram

confeccionadas lâminas permanentes com cortes histológicos do material inclusos em blocos de

resina, obtidos em micrótomo de mesa, fixadas e coradas com toluidina e safranina. As folhas são

compostas pinadas, imparipenadas de 7 a 13 folíolos, dispostas nos ramos de forma alternada

espiralada. A nervura marginal inconspícua, sem nervura intramarginal. Na análise microscópica o

mesofilo é do tipo heterogêneo assimétrico ou bifacial, constituído de uma camada de parênquima

paliçádico ocupando de 50 a 60% do mesofilo. Presença de tricomas unicelulares, presença de

feixes marginais e inclusões de oxalato de cálcio do tipo cristal prismático. Na nervura principal

observa-se a epiderme, parênquima fundamental e colênquima anelar. Há presença de cristais

prismáticos e 5 a 7 feixes vasculares, sendo um maior na região abaxial e outro mediano na

região adaxial. Os feixes são constituídos de xilema e floema com presença de drusas e cristais

prismáticos e grandes cavidades secretoras. Os feixes vasculares apresentam fibras

perivasculares. Assim, o estudo anatômico de Astronium fraxinifolium fornece subsídios que

contribuem para sua identificação e avaliação taxonômica, permitindo a diferenciação inclusive

entre espécies botanicamente próximas. Portanto, os parâmetros anatômicos possibilitam o

controle botânico de qualidade dos insumos farmacêuticos auxiliando a autenticidade das plantas

medicinais e de seus adulterantes..

Apoio Financeiro: Fapemig, CNPq. UNIFAL-MG e Biota-Fapesp .

Page 22: Anais 19smpm

22

EFEITO DO NITRATO DE PRATA NO CRESCIMENTO IN VITRO DE BROTAÇÕES DE

BARBATIMÃO

Mayara Caroline Carvalho Pinto1*, Renato Paiva1, Luciano Coutinho Silva1, Cibele Merched Gallo1,

Camila Vitória Nunes de Faria1

1Universidade Federal de Lavras.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Etileno, Micropropagação, Espécie nativa, Espécie medicinal.

RESUMO

O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma espécie arbórea que ocorre com frequência

no Cerrado e apresenta propriedades medicinais. O extrativismo predatório desta espécie

contribui significativamente para a diminuição das populações naturais, fato agravado pela

irregularidade no processo de germinação devido à dormência tegumentar de suas sementes e

pelo lento desenvolvimento das mudas no campo. O etileno é um hormônio que pode exercer forte

influência no crescimento das brotações e substâncias como a prata exerce uma atividade

específica na inibição da ação deste hormônio. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito do

nitrato de prata (AgNO3) no crescimento de explantes de barbatimão. Em câmara de fluxo laminar,

explantes com 4-5 cm de comprimento e contendo três gemas laterais foram inoculados em meio

MS suplementado com 0,09 M de sacarose, 0,55% de agar, 5 μM de ácido indol acético (AIA) e

contendo diferentes concentrações de AgNO3 (0; 0,1; 1 e 10 μM). O pH do meio foi ajustado para

5,8 antes da esterilização. Para cada tratamento foram utilizadas cinco repetições, sendo cada

repetição composta por cinco tubos de ensaio, onde cada tubo continha uma única brotação. Os

explantes foram mantidos por 21 dias em sala de crescimento, sendo a primeira semana no

escuro e as outras duas com fotoperíodo de 16 h e temperatura de 25±2 °C. Após esse período

foram analisados a porcentagem de crescimento das brotações e o aumento do número de

gemas. Os resultados foram submetidos a ANOVA e foi realizada o teste de regressão. A inibição

da ação do etileno pelo AgNO3 promoveu um efeito positivo significativo com relação ao

crescimento (p=0,0013) e número de gemas (p=0,0044). A maior porcentagem de crescimento

das brotações (42,6%) foi obtida na concentração de 10 μM de AgNO3 e maior indução de gemas

(1,4) na concentração de 1 μM de AgNO3. A inibição da ação do etileno exerce efeito positivo no

crescimento in vitro de brotações.

Apoio Financeiro: CAPES, FAPEMIG e CNPq.

Page 23: Anais 19smpm

23

EFEITO DO NITRATO DE PRATA NA INIBIÇÃO IN VITRO DE CALOS EM EXPLANTES

CAULINARES DE BARBATIMÃO

Mayara Caroline Carvalho Pinto1; Renato Paiva1; Luciano Coutinho Silva1; Cibele Merched Gallo1*;

Camila Vitória Nunes de Faria1.

1 Universidade Federal de Lavras.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Etileno, Calogênese, Micropropagação, Espécie nativa, Espécie medicinal.

RESUMO

O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma espécie típica do Cerrado brasileiro e

apresenta propriedades medicinais. O extrativismo predatório desta espécie aumenta a cada ano

e as populações naturais estão em constante diminuição, sendo este fato agravado pela

irregularidade no processo natural de germinação e pelo lento desenvolvimento das mudas no

campo. O etileno é um hormônio gasoso que pode provocar distúrbios celulares desencadeando

uma proliferação indesejada de células promovendo a calogênese. Por outro lado, a prata é uma

substância que atua especificamente na inibição da ação deste hormônio por se ligar no sítio ativo

da proteína a qual se liga o etileno. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi testar o efeito do

nitrato de prata (AgNO3) na inibição da formação de calos em explantes caulinares de barbatimão.

Em câmara de fluxo laminar, brotações de barbatimão estabelecidos in vitro com comprimento de

2-3 cm, foram inoculados em meio MS suplementado com 0,09 M de sacarose, 0,55% de agar, 5

μM de ácido indol acético (AIA) e contendo diferentes concentrações de AgNO3 (0; 0,1; 1 e 10

μM). O pH do meio foi ajustado para 5,8 antes da esterilização. Para cada tratamento foram

utilizadas cinco repetições, sendo cada repetição composta por cinco tubos de ensaio, onde cada

tubo continha uma única brotação. Após a inoculação os explantes foram mantidos por 20 dias em

sala de crescimento, sendo a primeira semana no escuro e as outras duas em fotoperíodo de 16 h

e temperatura de 25±2 °C. Após esse período foi avaliado o efeito do nitrato de prata na inibição

da calogênese na base dos explantes. Os dados foram submetidos à ANOVA e análise de

regressão. Foi observada uma diferença significativa (p<0,0001) com relação à inibição da

calogênese em função das concentrações de AgNO3. Na ausência de AgNO3 foi observada a

formação de calos em 95% dos explantes e na concentração de 10 µM de AgNO3 a total inibição

da calogênese. Desta forma, foi confirmada a ação do etileno na calogênese em brotações de

barbatimão. O uso de AgNO3 é eficiente para inibição do etileno e consequentemente da

formação de calos em explantes de barbatimão..

Apoio Financeiro: CAPES, FAPEMIG e CNPq.

Page 24: Anais 19smpm

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ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DAS FOLHAS DE Serjania marginata Casar (CIPÓ-UVA)

Elson Rogerio Tavares Filho1*; Lucas Batista Souza1; Marcelo Aparecido da Silva1; Geraldo Alves

da Silva1; Ana Flávia da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Serjania marginata Casar, Cipó-uva, Estudo farmacobotânico, Planta medicinal.

RESUMO

O Ministério da Saúde divulgou recentemente uma lista contendo 71 plantas medicinais que

poderão ser usadas como medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foram

selecionadas plantas com potencial para serem usadas contra diabetes, dor, artrites, úlceras,

hipertensão, inflamações entre outras patologias. Entretanto, sabe-se que a qualidade das plantas

medicinais e aromáticas é condicionada a todo o processo produtivo, desde a identificação

botânica, os tratos culturais, a relação planta-solo-clima (edafoclimáticas), a colheita e pós-

colheita. O trabalho tem como objetivo apresentar características anatômicas e estruturais em

folhas de Serjania marginata. As folhas de S. marginata foram coletadas de uma população

mínima de cinco indivíduos. Obtiveram-se cerca de vinte folhas, saudáveis, adultas e inteiras. O

armazenamento imediato das amostras após a coleta foi feito por meio de frascos contento o

fixador FAA70, depois de transcorrido o período de fixação, o material vegetal foi armazenado em

etanol 70%. As folhas foram, então, incluídas em blocos de historesina (glicolmetacrilato) LEICA®,

e seccionadas com auxílio de micrótomo rotatório, produzindo-se lâminas com cortes de 8 µm

corados com azul de toluidina 1% observadas em microscópio óptico. A caracterização anatômica

consistiu na análise microscópica da região da nervura central e do mesófilo foliar, visando a

observação dos principais tecidos vegetais. Foi analisado mesófilo do tipo heterogêneo

assimétrico ou bifacial com epiderme unisseriada, recoberta por cutícula tanto na face abaxial

quanto adaxial. Na face adaxial foi observada a presença de parênquima paliçádico

(correspondente a cerca de 30%~40% do mesófilo foliar) uni ou bisseriado, com a presença de

idioblastos. Na face abaxial foi observado parênquima lacunoso, e a presença de anexos do tipo

tricomas multicelulares na epiderme abaxial. Na região da nervura central observou-se epiderme

uniseriada, colênquima anelar apresentando de três a cinco camadas na face abaxial e

parênquima fundamental com inclusões de oxalato de cálcio do tipo drusas. Possui cerca de oito

feixes vasculares colaterais próximos e aparentando se tratar apenas dois feixes (abaxial e

adaxial), porém preenchidos com parênquima, porém os feixes vasculares da face abaxial

apresentam-se maiores que os adaxiais, as fibras perivasculares se mostram continuas

contornando os feixes vasculares. O floema apresenta inclusões de oxalato de cálcio do tipo

drusas e cristais prismáticos. Os resultados obtidos conferem novas informações á respeito da

caracterização farmacobotânica das folhas de S. Marginata Casar.

Apoio Financeiro: FAPEMIG/UNIFAL/BIOTA-FAPESP/CNPQ.

Page 25: Anais 19smpm

25

INIBIÇÃO DA AÇÃO DO ETILENO NO ENRAIZAMENTO IN VITRO DE BARBATIMÃO

(Stryphnodendron adstringens)

Mayara Caroline Carvalho Pinto1*; Renato Paiva1; Luciano Coutinho Silva1; Camila Vitória Nunes

de Faria1; Rodrigo Therezan de Freitas1.

1Universidade Federal de Lavras.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Hormônio vegetal, Rizogênese, Micropropagação, Espécie nativa, Espécie

medicinal.

RESUMO

O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma espécie arbórea, de ocorrência no Cerrado

brasileiro e apresenta grande valor medicinal. O chá das cascas desta espécie tem propriedades

adstringentes. A espécie apresenta irregularidade no processo de germinação devido à dormência

tegumentar e lento desenvolvimento de mudas em campo. O etileno é um hormônio gasoso que

pode influenciar o processo de enraizamento adventício. Já o íon prata (Ag+), é um elemento que

atua especificamente na inibição da ação deste hormônio por se ligar no sítio ativo da proteína a

qual se liga o etileno. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito do nitrato de prata (AgNO3),

como sendo um composto doador do íon Ag+, no enraizamento in vitro de explantes de

barbatimão. Em câmara de fluxo laminar, explantes com 3-4 cm de comprimento e contendo a

gema apical foram inoculados em meio MS suplementado com 0,09 M de sacarose, 0,55% de

ágar, 5 μM de ácido indol acético (AIA) e contendo diferentes concentrações de AgNO3 (0; 0,1; 1 e

10 μM). O pH do meio foi ajustado para 5,8 antes da esterilização. Para cada tratamento foram

utilizadas cinco repetições, sendo cada repetição composta de cinco tubos de ensaio, onde cada

tubo continha uma única brotação. Após a inoculação, os explantes foram mantidos em sala de

crescimento, sendo a primeira semana no escuro e as outras duas com fotoperíodo de 16 h e

temperatura de 25±2 °C e após 21 dias foi analisado o número e o comprimento das raízes. Os

resultados foram submetidos à ANAVA e as médias analisadas por regressão. A inibição da ação

do etileno influenciou o crescimento das raízes. Foi observada uma diferença significativa

(p=0,0017) com relação ao tamanho das raízes em função das concentrações de AgNO3. Quanto

ao número de raízes, não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos. Os explantes

tratados com 10 μM de AgNO3 apresentaram as maiores raízes (1,2 cm). O hormônio etileno

influencia negativamente no crescimento de raízes adventícias de barbatimão.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FAPEMIG.

Page 26: Anais 19smpm

26

EFEITOS DO 2,4-D E BAP NA INDUÇÃO DE CALOS EM Bauhinia holophylla (Bong.) Steud.

(FABACEAE: CERCIDEAE)

Sarah Ribeiro Furtado Pereira1*; Fernanda Marinez De Sousa1; Matheus Reis Martins1; Andréia

Fonseca Silva2; Ana Hortência Fonseca Castro1.

1Universidade Federal de São João del-Rei; 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas

Gerais (EPAMIG).

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Bauhinia holophylla, Calogênese, 2,4-D, BAP.

RESUMO

A obtenção de metabólitos secundários a partir de culturas de calos e de células em suspensão

constitui uma importante estratégia biotecnológica. Plantas do gênero Bauhinia, também

conhecidas como pata-de-vaca são muito usadas na medicina popular, devido à presença de

lactonas, flavonoides, terpenoides, esteroides, triterpenos, taninos e quinonas. Com o objetivo de

avaliar o efeito de diferentes concentrações de 2,4-D e BAP na indução de calos em Bauhinia

holophylla, segmentos foliares obtidos de plântulas germinadas in vitro foram inoculados em meio

MS, suplementado com 30 g L-1 de sacarose e pH 5,8, solidificado com 7 g L-1 de agar, acrescidos

de 2,4-D (0; 4,52; 9,05; 18,10 μM) e BAP (0; 4,44; 8,88; 17,75 μM) e incubados na presença e

ausência de luz. Aos 21 dias após a inoculação, avaliou-se o número de calos e a percentagem

da área do explante coberta por calo. Os resultados evidenciaram que não houve a indução de

calos na ausência dos reguladores empregados. A calogênese ocorreu onze dias após a

inoculação, em meios com diferentes concentrações de 2,4-D, na ausência de luz e de BAP, na

presença e ausência de luz. Na presença de luz e BAP houve um aumento do número de calos,

com o aumento das concentrações do regulador, os quais ocuparam 50% da área do explante. Na

ausência de luz e presença de 2,4-D observou-se a formação de calos em todas as

concentrações testadas, sendo que em 9,05 μM e 18,10 μM de 2,4-D, a área do explante ocupada

por calo foi de 75% e 100%, respectivamente. Nos tratamentos com BAP e ausência de luz houve

considerável redução na quantidade de calos, com o aumento das concentrações testadas, onde

os explantes apresentaram 100% de sua área ocupada por calos com 4,44 μM de BAP no meio.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

Page 27: Anais 19smpm

Atividade Biológica de Plantas

Medicinais

Page 28: Anais 19smpm

28

AVALIAÇÃO DE MUTAGENICIDADE DE DUAS PLANTAS MEDICINAIS DO CERRADO

MINEIRO

Nathália Maria de Oliveira Rosa¹*; Thaís Paiva Porto¹; Kamilla Monteiro Santos¹; Rosy Iara Maciel

de Azambuja Ribeiro¹; Fábio Vieira dos Santos¹.

1Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave:Mutagenicidade, Teste de Ames,Plantas medicinais.

RESUMO

A utilização das plantas como medicamento provavelmente é uma prática tão antiga quanto o

aparecimento das sociedades humanas, sendo essa forma de tratamento muito importante em

muitas regiões, inclusive no Brasil. Porém, o risco associado à utilização dessas plantas como

medicamentos não são bem compreendidos. Astronium fraxinifolium (Gonçalo Alves) é utilizada

na medicina popular como cicatrizante e anti-inflamatório, enquanto Vernonia polyanthes (Assa-

peixe) como diurético e expectorante. Este estudo teve como objetivo avaliar e identificar agentes

capazes de induzir mutações gênicas pontuais de duas espécies do bioma cerrado popularmente

utilizadas na medicina tradicional. Para a análise da mutagenicidade foi realizado o teste de Ames

por incorporação direta em placa por 48 horas a 37 °C utilizando linhagens TA98 e TA100

de Salmonella typhimurium na ausência e presença de ativação metabólica. Para a realização dos

testes foram utilizadas diferentes concentrações dos extratos hidroalcoólicos das espécies A.

fraxinifolium (1,39 mg; 2,9 mg; 5,81 mg; 8,72 mg; 11,63 mg) e V. polyanthes (0,6 mg; 1,25 mg;

2,51 mg; 3,76 mg; 5,02 mg). O extrato hidroalcoólico de A. fraxinifolium apresentou indícios de

mutagenicidade (Razão de mutagenicidade = 1,63) na linhagem TA98 sem ativação metabólica e

foi mutagênico na mesma linhagem, porém com ativação metabólica. Na linhagem TA100, este

extrato não apresentou nenhum indício de mutagenicidade. Nos estudos com o extrato da

espécie V. polyanthes na linhagem TA98 sem ativação metabólica verificou-se ação mutagênica.

Porém, com a ativação metabólica foram observados somente indícios de mutagenicidade (Razão

de mutagenicidade = 1,85). Na linhagem TA100, o extrato teve ação mutagênica somente com a

ativação metabólica. Os dados aqui apresentados sugerem que essas espécies de plantas podem

apresentar compostos capazes de induzir danos diretos e indiretos no DNA, podendo levar a

adição ou deleção de nucleotídeos e substituição de pares de bases, o que pode vir a representar

riscos aos usuários de tais espécies em tratamentos medicinais.

Apoio Financeiro:CNPq e FAPEMIG.

Page 29: Anais 19smpm

29

AVALIAÇÃO ANTIMICOBACTERIANA, ANTIFÚNGICA, ANTILEISHMANIA E DETERMINAÇÃO

DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA DE Talinum patens (L.) WILL (TALINACEAE)

Luis Felipe Cunha dos Reis1*; Cláudio Daniel Cerdeira1; Mario Henrique Souza Simões1; Jeferson

Junior da Silva1; Geraldo Alves da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Talinum patens, Mycobacterium tuberculosis, Atividade antifúngica.

RESUMO

Talinum patens (L.) Willd é uma planta encontrada no Brasil, pertencente à família Talinaceae.

Apesar da complexidade, a triagem de produtos naturais é essencial para a descoberta de novos

fármacos, e a bioprospecção de plantas vem crescendo no campo medicinal. Isto se torna

evidente especialmente na busca de novos antimicrobianos, seja para superar a multi-resistência

dos microorganismos ou melhorar o tratamento de doenças infecciosas que mostram limitada

alternativa terapêutica como, por exemplo, Mycobacterium tuberculosis - agente causal da

tuberculose, Candida albicans – patógeno nosocomial oportunista – e Leishmania spp. - agentes

causadores da Leishmaniose. Em face desta ameaça à saúde pública, o objetivo desta pesquisa

foi avaliar a bioatividade in vitro de T. patens contra L. amazonensis; M. tuberculosis ATCC 27294

- cepa H37Ra – e Mycobacterium bovis ATCC 27289 - cepa BCG -; e C. albicans ATCC 10231. O

extrato hidroalcoólico a partir das folhas de T. patens foi obtido através de percolação com etanol

70%. Em seguida, este foi sucessivamente fracionado pelos seguintes solventes: hexano, acetato

de etila e n-BuOH, rendendo respectivamente as frações HX, AE, e BuOH. A atividade

antimicobacteriana foi avaliada de acordo com o documento M24A2 (CLSI, 2008) e a atividade

antifúngica de acordo com os documentos M44A2 (CLSI, 2009) e M27A3 (CLSI, 2008). Os

extratos das folhas de T. patens não apresentaram atividade inibitória contra o M. tuberculosis, M.

bovis e L. amazonensis. As frações HX e AE apresentaram atividade contra C. albicans com a

Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 31,2 e 130 µg/mL respectivamente. Além disso, foram

identificadas por triagem fitoquímica esteróides na fração HX e esteróides e saponinas na fração

AE. Portanto, as frações HX e AE das folhas de T. patens mostraram uma boa atividade

antifúngica, o que deve orientar estudos posteriores na busca de possíveis compostos efetivos na

terapêutica de doenças causadas por C. albicans.

Apoio Financeiro: CAPES.

Page 30: Anais 19smpm

30

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO EXTRATO E DAS

FRAÇÕES OBTIDAS DO FRUTO MADURO DE Solanum sp.

Melissa Grazielle Morais1*; Guilherme Augusto Ferreira da Costa1; Álan Alex Aleixo1; Jaqueline

Maria Siqueira Ferreira1; Luciana Alves Rodrigues dos Santos Lima1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Lysteria monocytogenes, Solanum, citotoxicidade, antimicrobiana.

RESUMO

O Brasil apresenta uma rica biodiversidade, onde diversas espécies vegetais são alvos de

constantes pesquisas, quanto à citotoxicidade sobre células eucariontes, bem quanto às

propriedades antimicrobianas. Deste modo, o presente trabalho visa avaliar a citotoxicidade do

extrato etanólico e das frações obtidas dos frutos maduros de Solanum sp. sobre a linhagem

celular de fibroblastos de rim de macaco (LLC-MK2), bem como a atividade antimicrobiana frente

à bactéria Gram-positiva Lysteria monocytogenes (ATCC 15315). Os frutos maduros de Solanum

sp. foram coletados, secados, triturados em moinho de facas, extraídos por percolação em etanol

PA. e o extrato etanólico foi fracionado por partição, obtendo-se as frações hexânica,

diclorometânica, acetatoetílica e hidroetanólica. A citotoxicidade do extrato etanólico e frações

sobre a linhagem celular LLC-MK2, foi determinada pelo ensaio colorimétrico do MTT (brometo de

3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio) e determinada a concentração efetiva capaz de

reduzir 50% da viabilidade celular (CC50). A atividade antimicrobiana do extrato etanólico e das

frações foi determinada pela atividade bacteriostática que caracteriza-se como a concentração

inibitória mínima (CIM) utilizando-se o método microdiluição em caldo e a atividade bactericida de

acordo com a concentração bactericida mínima (CBM) por microdiluição em ágar. Dentre as

amostras avaliadas, a fração hexânica apresentou menor citotoxicidade com CC50 maior que 400

mg/ml e as frações diclorometânica e acetatoetílica, baixa citotoxicidade com CC50 de 161 e 190

mg/ml respectivamente, enquanto o extrato etanólico e fração hidroetanólica moderada

citotoxicidade, com CC50 de 59 e 51 mg/ml respectivamente. A bactéria Listeria monocytogenes foi

sensível ao extrato etanólico e frações, especialmente em relação à fração diclorometânica que

apresentou CIM de 31 mg/ml e CBM de 250 mg/ml. O extrato etanólico apresentou CIM e CBM de

250 mg/ml, e a fração hexânica de 1000 mg/ml. Os resultados mostram que os frutos

de Solanum sp. são fonte de substâncias antimicrobianas que podem ser futuramente isoladas e

utilizadas como protótipos na síntese de novos antibióticos, tendo em vista maior especificidade

sobre células procariontes e menores efeitos tóxicos sobre às células eucariontes.

Apoio Financeiro: FAPEMIG/UFSJ e CNPq.

Page 31: Anais 19smpm

31

ESTUDO FARMACOGNÓSTICO DE Talinum patens (L.) WILLD (TALINACEAE): ATIVIDADE

ANTIBACTERIANA DE EXTRATOS E FRAÇÕES PROVENIENTES DAS FOLHAS

Luis Felipe Cunha dos Reis1*; Cláudio Daniel Cerdeira1; Bruno Faria de Paula1; Jorge Kleber

Chavasco1; Geraldo Alves da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Talinum patens, Atividade antibacteriana, CIM.

RESUMO

O uso indiscriminado de antimicrobianos tem permitido a seleção de microrganismos resistentes,

além da escassez de novos antimicrobianos implementados de forma efetiva na prática clínica.

Isto se reflete em doenças infecciosas por bactérias que têm como desfecho altas taxas de

morbidade e mortalidade em todo mundo. Os produtos naturais têm sido uma valiosa fonte de

novos compostos com possíveis alvos originais de ação antimicrobiana, na corrida para superar a

resistência cruzada de microorganismos e encontrar alternativas terapêuticas. Entre os patógenos

que mostram grande problema para a saúde pública estão Staphylococcus aureus, Escherichia

coli, Serratia marcescens, Pseudomonas aeruginosa e Proteus mirabilis e, adicionalmente, estes

micro-organismos têm preocupado devido à resistência aos antimicrobianos em uso. Diante deste

problema, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibacteriana in vitro de Talinum patens

(L.) Willd (Talinaceae) do Brasil. Extratos hidroalcoólicos das folhas foram obtidos através de

percolação com etanol 70%, em seguida, as frações foram obtidas por meio de extração com

hexano, acetato de etila, e n-Butanol, originando, respectivamente, as frações: HX, AE, e BuOH. A

atividade antibacteriana contra as cepas padrões de S. aureus ATCC 6538, E. coli ATCC 25922,

S. marcescens (LMI – UNIFAL), P. aeruginosa ATCC 27853, P. mirabilis ATCC 25922 e

Enterobacter aerogenes (LMI - UNIFAL) foi avaliada através da determinação da concentração

inibitória mínima (CIM), pelo método de microdiluição em caldo, de acordo com o documento M7-

A6 (CLSI, 2003). Além disso, a triagem fitoquímica de T. patens foi avaliada. O extrato bruto das

folhas inibiu in vitro o crescimento de S. marcescens com CIM de 250 µg/ml. As frações HX e AE

foram ativas contra S. aureus, E. coli, S. marcescens, P. aeruginosa, P. mirabilis, e E. aerogenes

com valores de CIM variando de 31,2 a 500 µg/ml. Entretanto, a fração BuOH não apresentou

atividade. Quanto aos fitoconstituintes, o extrato bruto mostrou a presença de esteroides,

saponinas e taninos. Além disso, foi verificada a presença de esteroides na fração HX e

esteróides e saponinas na fração AE. Portanto, o extrato bruto da folha contra S. marcescens, e

as frações HX e AE mostraram uma boa atividade antibacteriana in vitro e novos estudos devem

ser realizados para a busca de novos antimicrobianos.

Apoio Financeiro: CAPES.

Page 32: Anais 19smpm

32

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS CULTIVADAS NO

BRASIL

Matheus Coutinho Costa Ferreira1*; Raquel Maria Lima Lemes1; Juliana de Freitas Teixeira1;

Mariana de Sousa Alvarenga1

1Universidade Federal de Alfenas.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Óleos essenciais, Atividade antimicrobiana, Concentração inibitória mínima.

RESUMO

Países com grande biodiversidade como o Brasil possuem muitas plantas usadas popularmente,

tendo muitas dessas um potencial antimicrobiano ainda não pesquisado. A busca de novos

produtos que atuem sobre bactérias e fungos tornou-se importante devido à crescente resistência

aos antimicrobianos clássicos. Portanto, pesquisou-se a atividade antimicrobiana dos óleos

essenciais de Ocimum basilicum (manjericão), Origanum vulgare (orégano), Citrus aurantifolia

(limão tahiti), Myristica fragrans (noz-moscada), Mentha piperita (hortelã-pimenta) e Eucalyptus

globulus (eucalipto), obtidos de Ferquima Ltda. Usaram-se oito micro-organismos padrão (Proteus

mirabilis ATCC-25933, Trichosporon asahii CBS-2479, Bacillus cereus ATCC-11778, Geotrichum

candidum NRRL-Y-552, Micrococcus luteus ATCC-10240, Staphylococcus aureus ATCC-6538,

Salmonella typhimurium ATCC-14028 e Candida albicans ATCC-10231) para essa avaliação. A

concentração inibitória mínima (CIM) foi definida pela técnica de microdiluição, seguindo a

metodologia CLSI, com algumas adaptações. Os micro-organismos, previamente mantidos em

Ágar Nutriente, foram usados para preparo do inóculo em salina estéril, em escala 0,5 de

McFarland e posteriormente diluídos a 104 UFC.mL-1. Prepararam-se soluções-mãe dos óleos

essenciais com dimetilsulfóxido (4 mg/mL), diluídas posteriormente em caldo Roswell Park

Memorial Institute 1640 (RPMI-1640) obtendo concentrações finais entre 1,0 e 0,0156 mg/mL.

Poços contendo dimetilsulfóxido, RPMI e RPMI mais micro-organismos foram empregados como

controle de ausência de interferência, controle negativo e positivo, respectivamente. Incubaram-se

as placas a 35 oC por até 48h. Definiu-se a CIM como a menor concentração de óleo que inibiu a

turbidez visível a olho nu, em leituras de 24 e 48h. Os principais resultados obtidos foram: CIM de

0,25 mg/mL (24h) e 0,5 mg/mL (48h) para B. cereus e 0,25 mg/mL (24h) e 1,0 mg/mL (48h) para

S. aureus com o óleo essencial de limão; CIM de 0,250 mg/mL (24/48h) para P. mirabilis e S.

typhimurium com o óleo de noz-moscada; CIM de 0,125 mg/mL (24/48h) para P. mirabilis com o

óleo de manjericão; CIM de 0,125 mg/mL (24/48h) para B. cereus e G. candidum com o óleo de

orégano; CIM de 0,125 mg/mL (24/48h) para C. albicans com óleo de hortelã-pimenta; CIM de

0,25 mg/mL (24/48h) para S. typhimurium com o óleo de eucalipto. Observa-se que plantas

cultivadas no Brasil, como as testadas, têm diferentes espectros de ação antimicrobiana.

Page 33: Anais 19smpm

33

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE EXTRATOS DE Ocotea odorifera

(VELLOZO) ROHWER

Júlia Moraes Rogatto1*; Matheus Coutinho Costa Ferreira1; Rafaela Mayumi Ono1; Daniela Cristina

de Macedo Vieira2. Jorge Kleber Chavasco1

1Universidade Federal de Alfenas; 2Faculdade Pitágoras.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Ocotea odorifera, Sassafrás, Atividade antibacteriana.

RESUMO

O Brasil possui uma alta biodiversidade, tanto de ecossistemas como de espécies. Várias

espécies vegetais são utilizadas na medicina popular, porém, pouco se conhece sobre seu

potencial medicamentoso. Sabendo-se que a resistência dos micro-organismos aos

antimicrobianos está crescendo e a descoberta de novos agentes terapêuticos é limitada, torna-se

importante a busca por novos medicamentos originados de plantas nativas como Ocotea odorifera

(sassafrás). Neste trabalho, realizou-se a avaliação da atividade antibacteriana de extratos de

caule, folha e casca do caule dessa espécie, usando-se etanol a 70% como liquido extrator. Após

fragmentação das partes da planta, fez-se a extração por maceração com agitação diária por sete

dias. O extrato foi concentrado em rotaevaporador e liofilizado. A concentração foi ajustada em 50

mg/mL. A avaliação da atividade antibacteriana e a determinação da concentração inibitória

mínima (CIM) foram realizadas por meio das técnicas de difusão em ágar e microdiluição em

caldo, respectivamente. Os micro-organismos testados foram Bacillus subtilis ATCC 6633,

Micrococcus luteus ATCC 9341, Staphylococcus aureus ATCC 6538, Enterococcus faecalis LMI

(UNIFAL), Escherichia coli ATCC 25922 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Após

inoculação da suspensão bacteriana no Ágar Mueller Hinton, adicionou-se nos poços, 40 μL do

extrato da folha, caule e casca do caule de Ocotea odorifera. Após incubação de 24h, em estufa

bacteriológica a 37 ºC, mediu-se o halo de inibição do crescimento bacteriano em volta dos poços

contendo os extratos. Observou-se a formação de halos de inibição para as bactérias Gram-

positivas com exceção do E. faecalis, que não apresentou halos assim como as bactérias Gram

negativas. O tamanho dos halos para as bactérias Gram positivas variou de 10 mm para B. subtilis

a 20 mm de diâmetro para Micrococcus luteus. Na determinação da CIM, verificou-se que para S.

aureus os valores de CIM variaram de 0,781 a 3,125 mg/mL; para B. subtilis a CIM variou de

1,563 a 6,250 mg/mL e para Micrococcus luteus os valores variaram de 0,100 a 6,250 mg/mL. Nas

concentrações utilizadas não foram detectados valores de CIM para as bactérias Gram negativas.

Os resultados das duas técnicas foram semelhantes, com exceção de E. faecalis que apresentou

valores de CIM de 1,563 a 6,250 mg/mL e mostrou-se resistente ao teste de difusão em ágar. O

extrato da casca do caule foi o mais efetivo. Os resultados obtidos permitem concluir que os

extratos testados apresentam-se promissores para a obtenção de novas substâncias com

atividade antimicrobiana, principalmente sobre bactérias Gram positivas.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 34: Anais 19smpm

34

AÇÃO DAS FRAÇÕES CLOROFÓRMICA DA PLANTA DO GÊNERO Andira NA ATIVIDADE

GELATINOLÍTICA DE METALOPROTEINASES

Leonardo Gomes Matos1*.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Metaloproteinases, Andira, neoplasias.

RESUMO

As metaloproteinases de matriz (MMPs) são expressas em tecidos normais, tendo como principal

função a degradação da matriz extracelular, degradando diretamente as proteínas dessa matriz.

As MMPs 2 e 9 (gelatinases) tem como substrato preferencial o colágeno, constituinte da

membrana basal e da matriz extracelular (MEC) participando também de processos patológicos,

como a carcinogênese. Assim, a busca por substâncias que inibem as MMPs pode ter aplicação

terapêutica. O presente estudo teve com objetivo testar o efeito das 50 frações clorofórmica da

planta do gênero Andira na inibição das gelatinases. A ação inibitória das frações clorofórmica da

planta Andira sp sobre a atividade das gelatinases foram avaliadas em ensaios zimográficos.

Cada poço do gel foi carregado com 3,5 μg/mL de proteína salivar e 5 μg/mL da fração do extrato.

Os géis foram lavados em 2.5% Triton X-100 (v/v) e incubados a 37 ºC durante 12 horas em

tampão contendo 10 mM CaCl2, 0.15 M NaCl, e 50 mM Tris (pH 7.5). A atividade proteolítica foi

estimulada por incubação no tampão de ativação (TA), enquanto que a capacidade inibitória dos

extratos foi mensurada com a incubação do gel em cada extrato (0.01g) junto com o TA e a

saliva. Após a corrida, os géis foram subseqüentemente corados (0.25% Comassie blue G-250,

30% etanol, e 10% acido acético, por 1 h, sob suave agitação) e descorados (30% etanol, 10%

ácido acético, por 2 horas). Imagens digitais dos géis foram obtidas pelo programa Image Lpix®

(Loccus Biotecnologia®). As bandas de degradação das gelatinases foram detectadas por uma

zona clara, contra o fundo azul escuro. O tamanho e a intensidade de cor observada em cada

banda comparando com o padrão foram utilizados como base para predizer o efeito inibitório. A

partir da análise do gel foi possível observar que as frações que promoveram maior inibição

destas enzimas foram às frações 35 e 44/46. Os constituintes presentes nas frações 35 e 44/46

da partição clorofórmica são potencialmente efetivas na inibição da atividade gelatinolítica, sendo

necessários outros testes para a identificação das substâncias presentes nestas frações, que

promovem o efeito inibitório das gelatinases.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 35: Anais 19smpm

35

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (CIM) DE EXTRATOS DE Litchi

chinensis Sonn. (Sapindaceae)

Marisa de Oliveira Lopes1*; Ana Flávia da Silva1; Diego Pinto de Oliveira1; Bruno Faria de Paula1;

Geraldo Alves-da-Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Lichia, Atividade antimicrobiana, Concentração inibitória mínima, Plantas

medicinais.

RESUMO

A necessidade de estudos à procura de novos medicamentos através das plantas medicinais é tão

relevante quanto à preocupação com a resistência dos microrganismos ao arsenal de fármacos

atuais. A espécie Litchi chinensis Sonn., popularmente conhecida como lichieira, é originária da

China, sendo considerada uma espécie medicinal em muitos países, em especial, pela medicina

tradicional chinesa. No Brasil é conhecida por seu fruto, a lichia. O objetivo deste trabalho foi

avaliar a atividade antimicrobiana de extratos secos de raiz, caule e folhas desta espécie. Esta

atividade foi testada contra fungos e bactérias mantidos no Laboratório de Microbiologia e

Imunologia Básicas da Universidade Federal de Alfenas, pelo método da microdiluição em caldo,

seguindo a metodologia proposta no documento M27-A3 (Clinical and Laboratory Standards

Institute). Os extratos secos foram obtidos no Laboratório de Plantas Medicinais da Universidade

Federal de Alfenas, através de material vegetal colhido no município de Alfenas-MG. Após

separação, os órgãos vegetais foram secos em estufa com circulação de ar a 45 ºC e

pulverizados em moinho de facas. Foi então realizada a extração por meio de percolação simples

utilizando mistura hidroetanólica 70%. Os extratos foram reduzidos através de rotaevaporação e

secos por liofilização. As microplacas foram preparadas utilizando caldo Mueller-Hinton (100 µL)

para bactérias e caldo Mueller-Hinton adicionado de 2% de glicose para as leveduras. Uma

alíquota 100 µL das soluções dos extratos (25 mg/mL) foi adicionada ao primeiro poço e a partir

deste, foram realizadas diluições de modo a obter as concentrações de 12,5 mg/mL até 0,025

mg/mL. A suspensão de microrganismos, preparadas de acordo com a turvação correspondente

ao tubo 0,5 da Escala MacFarland foi inoculada nos poços. Após as placas serem incubadas a

37°C por 24 horas para as bactérias e 48 horas para as leveduras, foram realizadas as leituras,

sendo que a CIM foi determinada como a menor concentração na qual não houve turvação. Foi

observado que o extrato de folhas apresentou a melhor atividade antimicrobiana, demonstrado

pelos menores valores de CIM. Sendo que, para as bactérias Gram-positivas (Bacillus subtilis,

Bacillus cereus, Micrococcus luteus, Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus) os

resultados variaram entre 0,025 mg/mL e 0,4 mg/mL e para a bactéria Gram-negativa Proteus

mirabilis a concentração foi de 0,05 mg/mL. Não foi observada atividade contra as duas leveduras

testadas: Candida albicans e Sacharomyces cerevisae. Os resultados obtidos neste estudo

sugerem que a espécie Litchi chinensis Sonn. contém compostos bioativos com potencial

atividade antimicrobiana.

Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UNIFAL-MG.

Page 36: Anais 19smpm

36

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS EXTRATOS DE Raphanus sativus L.

var. oleiferus Metzg (Brassicaceae)

Ana Flávia da Silva1*, Marisa de Oliveira Lopes1, Diego Pinto de Oliveira1, Bruno Faria de Paula1,

Geraldo Alves da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Nabo forrageiro, Propriedades medicinais, Baccilus subtilis, Bacillus cereus.

RESUMO

A necessidade de se encontrar novos compostos que possam combater microrganismos

patogênicos tem incentivado a busca de novos fármacos. Como os vegetais são uma excelente

fonte para a busca de novas drogas, as plantas têm se tornado objeto de estudo no que concerne

às suas propriedades medicinais. Raphanus sativus L. var. oleiferus (nabo forrageiro) é uma

variedade do rabanete pouco estudada, porém estudos relacionados à família e à espécie da

planta indicam a possibilidade de importantes atividades biológicas. Diferentes partes do rabanete

comum (folhas, sementes e raízes) são utilizadas por curadores tradicionais do sul da Ásia para o

tratamento de desordens gastrointestinal, biliar, hepática, urinária, respiratória e cardiovascular. O

presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana pelo método de difusão

em ágar dos extratos do nabo forrageiro. Folhas, caules e raízes de Raphanus sativus L. var.

oleifera foram coletados no município de Alfenas-MG, submetidos à secagem e pulverizados.

Foram obtidos extratos hidroetanólicos 70% v/v, que foram concentrados em rotavapor e a água

foi retirada por liofilização, obtendo-se os extratos secos. A partir destes, foram preparadas

soluções aquosas na concentração de 50 mg/mL para realização dos testes. Foram utilizados dois

fungos (Candida albicans e Saccharomyces cerevisae), cinco bactérias Gram-positivas

(Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Enterococcus faecalis, Bacillus cereus, Bacillus

subtilis), cinco bactérias Gram-negativas (Escherichia coli, Salmonella tiphymurium, Proteus

mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Serratia marcescens). Foram preparadas suspensões

microbianas em soro fisiológico com turvação correspondente ao tubo 0,5 da Escala de Mac

Farland. Estas suspensões foram inoculadas na superfície do ágar e os extratos foram colocados

em poços previamente feitos com um tubo de metal. Utilizou-se como controle positivo o

antibiótico cloranfenicol e como controle negativo a água destilada. O extrato das folhas na

concentração de 50 mg/mL revelou atividade antimicrobiana contra Micrococcus luteus,

Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Bacillus subtilis e Bacillus cereus. Os extratos das

folhas, caule e raiz nas concentrações de 50 mg/mL não foram ativos contra as bactérias Gram-

negativas e os fungos. O estudo antimicrobiano revelou importante atividade antimicrobiana do

extrato das folhas do nabo forrageiro contra as bactérias Gram-positivas. A ausência de atividade

antimicrobiana dos extratos contra bactérias Gram-negativas e fungos, provavelmente, deve-se a

atuação de compostos bioativos dos extratos na parede dos microrganismos. A parede celular dos

microrganismos Gram-positivos é uma estrutura relativamente simples, enquanto que as bactérias

Gram-negativas e os fungos possuem parede celular mais complexa, razão pela qual

apresentarem maior resistência aos antibióticos.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG e CAPES.

Page 37: Anais 19smpm

37

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANALGÉSICA DOS EXTRATOS HIDROETANÓLICO DE

Raphanus sativus var. oleifera Metzg.

Bruno Faria de Paula*; Ana Flavia da Silva; Marisa de Oliveira Lopes; Luis Felipe Cunha dos Reis;

Geraldo Alves da Silva.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Nabo forrageiro, Raphanus sativus var. Oleifera, atividade analgésica.

RESUMO

O nabo forrageiro (Raphanus sativus var. oleiferus Metzg.), pertencente à família Brassicaceae, é

uma planta anual, herbácea, ereta, muito ramificada e que pode atingir de 100 a 180 cm de altura.

A maioria dos estudos é relacionada ao rabanete (Raphanus sativus L.). Na medicina tradicional,

os rabanetes são usados para tratar a tosse, o câncer, a coqueluche, o desconforto gástrico, a

dispepsia, a artrite, os cálculos biliares e as pedras nos rins. O presente trabalho teve o objetivo

de avaliar o potencial fitoterápico dos extratos hidroetanólico das folhas do nabo forrageiro na

nocicepção. A indução da dor foi realizada de acordo com o método de Hunskaar et al. (1985).

Foram utilizados seis grupos de camundongos (n=8). Estes foram tratados com indometacina (10

mg/Kg, v.o) e morfina (10 mg/kg, i.p.), como fármacos de referência. Foram administrados via oral

os extratos nas doses de 30, 100 e 300 mg/Kg, 1 hora antes da injeção de formalina (20 µL), o

agente inflamatório, a qual será aplicada na região plantar da pata direita traseira dos

camundongos. Os animais controle receberam Carboximetilcelulose (CMC) 10 mL/kg por via oral.

Imediatamente a aplicação da formalina, os animais foram colocados em observação e o tempo

despendido lambendo a pata foi cronometrado durante os 5 minutos iniciais (1° fase) e no

intervalo de 20-30 minutos (2° fase). A análise estatística foi realizada pelo método ANOVA

seguida pelo pós-teste Newman-Kells. A atividade do extrato na 1ª fase abaixou o tempo de

lambida de 46,33±8,5 segundos no grupo controle para 16,25±4,7 segundos no grupo tratado com

a dose de 300 mg/Kg (p<0.05). Na 2º fase, o extrato reduziu de 144,22±14,1 segundos para

62±6,65 e 70,88±11,6 segundos nas doses de 100 e 300 mg/Kg (p<0.001) respectivamente,

quando comparados com o grupo controle. A ação da morfina se faz tanto na 1° e 2° fase devido

a sua ação no sistema nervoso central. No entanto, a 2ª fase é caracterizada pelo surgimento de

um processo inflamatório local, onde são produzidos mediadores da inflamação. Estes são

inibidos por fármacos anti-inflamatórios como a indometacina. Provavelmente, a diminuição do

tempo da lambida da pata induzida pela formalina deve-se à inibição da biossíntese de

mediadores da inflamação como a ciclooxigenase e consequentemente das prostaglandinas.

Verificou-se que o extrato possui componentes que podem estar relacionados ao efeito analgésico

(1° fase) e anti-inflamatório (2° fase) nas diferentes concentrações do extrato, podendo constituir

um potencial agente fitoterapêutico.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UNIFAL-MG.

Page 38: Anais 19smpm

38

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DOS EXTRATOS HIDROETANÓLICO DE

Raphanus sativus var. oleifera Metzg.

Bruno Faria de Paula*; Lidiane Orlandi; Luis Felipe Cunha dos Reis; Laís Caliman Mattedi;

Geraldo Alves da Silva.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Nabo forrageiro, Raphanus sativus var. Oleifera, atividade anti-inflamatória.

RESUMO

O nabo forrageiro (Raphanus sativus var. oleiferus Metzg.), pertencente à família Brassicaceae, é

uma planta anual, alógama, herbácea, ereta, muito ramificada e que pode atingir de 100 a 180 cm

de altura. A maioria dos estudos é relacionada ao rabanete (Raphanus sativus L.). Na medicina

tradicional, os rabanetes são usados para tratar a tosse, o câncer, a coqueluche, o desconforto

gástrico, as doenças do fígado, a obstipação, a dispepsia, as doenças da vesícula biliar, a artrite,

os cálculos biliares e as pedras nos rins. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o potencial

do extrato das folhas do nabo forrageiro (Raphanus sativus var. oleifera) na atividade anti-

inflamatória. O edema de pata foi induzido pela injeção de carragenina (2% p/v) em salina estéril e

administrada na região subplantar da pata direita de camundongos (n = 8). Os camundongos

foram tratados oralmente com indometacina 10 mg/Kg (fármaco de referência) e extrato nas doses

de 30, 100 e 300 mg/kg. Transcorrido 60 minutos da administração, foi induzido o edema pela

injeção de carragenina (40 µL), aplicada na região plantar da pata direita dos camundongos.

Como controle, foi usada salina estéril aplicada na pata direita. Após uma, duas, três e quatro

horas da administração da carragenina e do controle, cada pata do animal foi imersa até a região

tíbio-társica com o uso do pletismógrafo. A medida do edema foi feita pela diferença entre o

volume deslocado da pata direita e o volume basal. A técnica foi baseada no método descrito por

Carvalho (1998). A análise estatística foi realizada pelo método ANOVA seguida pelo pós-teste

Newman-Kells. O aumento do volume do edema foi verificado no decorrer das quatro horas, com

relação aos tratamentos salina x carragenina. Foi observado que após 4 horas da injeção de

carragenina houve uma diminuição do edema nos animais pré-tratados com extrato (0,014 ± 0,003

mL, p<0,001; 0,021 ± 0,01 mL, p<0,01; e 0,013 ± 0,003 mL, p<0,001, respectivamente, para as

doses de 30, 100 e 300 mg/kg), quando comparados ao grupo controle (0,05 ± 0,01 mL). A

inflamação deve-se ao deslocamento de mediadores inflamatórios para o local da agressão. Foi

observado que a atividade antiedematogênica do extrato testado parece ser dependente da dose.

Assim, o extrato mostrou possuir componentes com ação antiinflamatória, como foi demonstrado

no método empregado, podendo constituir um potencial agente fitoterapêutico.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UNIFAL-MG.

Page 39: Anais 19smpm

39

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH EM ANIMAIS TRATADOS

COM EXTRATO DE Nasturtium officinale

Aline Aparecida Saldanha1*; Débora Aparecida Souza1; Gisele Rodrigues da Silva1; Rosy Iara

Maciel de Azambuja Ribeiro1; Flávia Carmo Horta Pinto1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Tumor de Ehrlich, Nasturtium officinale, agrião.

RESUMO

Nas últimas décadas ocorreu um grande aumento no número de estudos relacionados com a

atividade biológica de substâncias naturais derivadas de plantas medicinais. Em particular, a

descoberta de produtos naturais com ação específica para certos tipos de tumores seria útil na

quimioprevenção e na quimioterapia do câncer. Nasturtium officinale, conhecida popularmente

como agrião, é um vegetal crucífero que apresenta uma alta concentração de compostos com

reconhecida capacidade antitumoral em diversas linhagens de cânceres. O objetivo do presente

estudo foi avaliar os efeitos da administração oral de Nasturtium officinale no crescimento e

desenvolvimento tumoral in vivo. Camundongos Swiss foram separados em três grupos, A, B e C

(n=6). Os animais do grupo A ingeriram água, durante todo o experimento, sendo, portanto o

grupo controle. Os animais do grupo B, a partir do 1º dia, receberam diariamente, por gavagem,

0,05 ml de solução aquosa de Nasturtium officinale (25 mg/ml), durante todo o experimento. Os

animais do grupo C, no 21º dia, iniciaram a ingestão diária, por gavagem, de 0,05 ml da dessa

solução de Nasturtium officinale (25 mg/ml), até o final do experimento. Após 21 dias, todos os

camundongos foram inoculados subcutaneamente no coxim plantar esquerdo com 2x106 células

do tumor de Ehrlich (0,05 ml). O desenvolvimento tumoral foi avaliado pela mensuração da

espessura das patas, com auxílio de um paquímetro digital, em três tempos por semana, até o 42º

dia, quando os animais foram sacrificados e suas patas retiradas para análise histopatológica. A

partir do 10º dia após a inoculação do tumor, os animais dos grupos B e C mostraram uma

supressão do crescimento tumoral em relação aos animais do grupo A (ANOVA, p<0,05). Nas

análises histopatológicas, o grupo A apresentou extensas áreas homogêneas e eosinofilicas de

necrose, enquanto que os animais dos grupos B e C apresentaram menor área de necrose,

localizadas preferencialmente na derme profunda. Não foram observadas diferenças na

morfologia das células tumorais entre os grupos, sendo visualizado estroma delicado, grande

pleomorfismo, alto grau de anaplasia e nucléolos evidentes. Os efeitos encontrados na ingestão

de agrião se devem possivelmente a presença de compostos como isotiocianatos, vitamina A,

beta-carotenóides e fibras, os quais atuando em conjunto, apresentaram um potencial antitumoral.

Esses resultados, em particular, reforçam que a ingestão de vegetais crucíferos pode estar

associada à supressão do crescimento tumoral.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 40: Anais 19smpm

40

ÓLEO ESSENCIAL DE Ageratum fastigiatum REDUZ, IN VITRO, A EXPRESSÃO DA

CITOCINA PRÓ-INFLAMATÓRIA TNF-ALFA EM LINFÓCITOS ATIVADOS

Bethânia Alves de Avelar-Freitas1*; Josué Augusto Teodoro dos Santos1; Cristiane Fernanda

Fuzer Grael1; Luiz Elídio Gregório1; Gustavo Eustáquio Alvim Brito-Melo1.

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Ageratum fastigiatum, Anti-inflamatório, Citocinas.

RESUMO

Ageratum fastigiatum (Gardner) R. M. King & H. Rob, conhecida popularmente como "matapasto",

pertencente à família Asteraceae é utilizada na medicina popular como anti-inflamatório e

analgésico. Apesar disso, pouco se sabe sobre seu potencial em alterar parâmetros do processo

inflamatório. O objetivo deste estudo foi caracterizar quimicamente as substâncias presentes no

óleo essencial de A. fastigiatum (OEAF) e avaliar a freqüência de células produtoras de TNF-alfa,

IFN-gama e IL-10 em linfócitos do sangue periférico humano tratados com OEAF estimulados e

não estimulados com PMA (acetato de forbol miristato). As concentrações não tóxicas de OEAF

foram avaliadas nos leucócitos do sangue periférico e pela técnica de exclusão com azul de tripan.

Para avaliação da atividade anti-inflamatória in vitro foram realizadas culturas celulares do sangue

periférico estimuladas e não estimuladas com PMA na presença e na ausência do extrato. Após 4

horas de incubação, as células foram marcadas com anticorpos monoclonais específicos para as

citocinas anti-inflamatórias IFN-γ, TNF-α e IL-10 seguida de avaliação por citometria de fluxo. A

análise química foi realizada por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas

CG-EM. A análise por CG-EM revelou que os compostos majoritários do OEAF foram α-pineno

(7,51%), limoneno (5,9%), trans-cariofileno (2,04%), α-humoleno (3,52%), óxido de cariofileno

(13,59%), 1,2 epóxido humuleno (8,41%) e 1,6-humulanodien-3-ol (17,71%). De acordo com os

resultados, OEAF nas concentrações 5x10-3 e 1x10-2 μL/mL não alteraram a viabilidade dos

leucócitos quando comparados ao grupo controle. Ambas as concentrações reduziram o

percentual de linfócitos que produziram TNF-alfa. O TNF-alfa é uma citocina que ativa o endotélio,

favorecendo a migração de leucócitos para o sítio da inflamação. Não foram observadas

alterações quanto ao percentual de linfócitos positivos para IFN-gama e IL-10. Os resultados

sugerem que parte da atividade anti-inflamatória atribuída à A. fastigiatum é devida ação dos

constituintes presentes na planta que reduzem a citocina pró-inflamatória TNF-alfa.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 41: Anais 19smpm

41

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FÚNGICA E CITOTOXICIDADE DOS EXTRATOS

HIDROETANÓLICOS DAS FOLHAS E RAÍZES DE Leonotis nepetifolia (L.) BR

Diego Pinto de Oliveira1*; Marisa de Oliveira Lopes1; Roberta Ribeiro de Carvalho1; Amanda

Latércia Dias Tranches1; Marcelo Aparecido da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Leonotis nepetifolia, Candida sp., Citotoxicidade, Plantas medicinais

RESUMO

A terapia antifúngica encontra cada vez mais dificuldades de ser executada com êxito, devido a

fatores que envolvem a resistência dos fungos. Sendo que a descoberta de novos medicamentos

ocorre em menor tempo do que o desenvolvimento de resistência por parte desses. O que leva a

necessidade de pesquisa de moléculas com atividades promissoras frente a cepas cada vez mais

resistentes aos antifúngicos existentes, onde se enquadram os produtos naturais. A espécie

Leonotis nepetifolia, conhecida popularmente como cordão-de-frade é amplamente distribuída no

território nacional e utilizada com diversas finalidades terapêuticas, estudos a cerda de sua

atividade biológica demonstram potencial antimicrobiano como antifúngico. O presente estudo visa

avaliar a atividade antifúngica dos extratos hidroetanólicos das folhas e raízes de L. nepetifolia e

sua citotoxicidade. O material vegetal foi obtido na região de Gaspar Lopes, distrito de Alfenas.

Foram separadas as folhas e raízes da planta e as mesmas foram secadas, trituradas, percoladas

e liofilizadas. A avaliação antifúngica foi realizada pelo teste de microdiluição em placa de acordo

com o CLSI (2008) para Candida: Candida albicans ATCC 10231, Candida krusei ATCC 6258,

Candida glabrata ATCC 90030, Candida parapsilosis ATCC 22019, Candida tropicalis ATCC 750.

A citotoxicidade foi avaliada por modelo murino em macrófagos de camundongos. Os extratos

foram capazes de inibir o crescimento de 50% e 100% da população de fungos sendo a IC50

variou de 80 a 125 µg/mL para o extrato das folhas e de 5 a 500 µg/mL para os extratos das

raízes, essa variação ocorreu de acordo com a cepa testada. A concentração citotóxica foi de

161,03 µg/mL para o extrato das folhas e de 99,02 µg/mL para o extrato das raízes. O extrato das

folhas foi ativo em concentrações mais seguras quando comparado ao extrato das raízes, uma

vez que a IC50 foi menor que a CC50 para todas as cepas, fato não observado no extrato das

raízes. Além disso, verificou-se atividade relevante dos extratos dependente da concentração.

Frente a estes resultados, verifica-se que ambos os extratos apresentaram expressiva atividade

perante aos fungos avaliados, e que o extrato da folha mostrou ser menos citotóxico que o extrato

das raízes.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UNIFAL-MG.

Page 42: Anais 19smpm

42

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO BRUTO DE FOLHAS E RAÍZES DE BRAÚNA

(Schinopsis brasiliensis Engl.)

Daniela Martins Neves1; Ramon Costa Rocha1; Guilherme Araújo Lacerda1,2*; Priscila Maria

Andrade de Prince1.

1Faculdades Integradas do Norte de Minas; 2Universidade Estadual de Montes Claros.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Plantas medicinais; Cerrado; Terapêutica.

RESUMO

No decorrer das últimas décadas, o desenvolvimento de fármacos eficientes no combate a

infecções bacterianas revolucionou o tratamento médico, ocasionando a redução drástica da

mortalidade causada por doenças microbianas. Por outro lado, a disseminação do uso de

antibióticos, lamentavelmente, fez com que as bactérias também desenvolvessem defesas

relativas aos agentes antibacterianos, com o consequente aparecimento de resistência. O

presente estudo teve como objetivo verificar se os extratos brutos metanólicos obtidos das folhas

e raiz de Schinopsis brasiliensis Engl. contém propriedades capazes de inibir o crescimento de

bactérias Gram-positivas como Staphylococcus aureus, Enterococos durans e Gram-negativas

como Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, assim como determinar a CIM dos mesmos a

partir da utilização da técnica do REMA. Foram preparadas suspensões bacterianas compatíveis

com a escala 0,5 de MacFarland, resultando em uma suspensão de 1-2 x 108 UFC/mL. Da escala

0,5 de MacFarland, foi realizada uma diluição de 1:100 em caldo BHI. O extrato obtido das folhas

da S. brasiliensis Engl. apresentou CIM maior que 250 μg/mL, demonstrando, dessa forma,

atividade antibacteriana contra o S. aureus, E. coli, P. aeruginosa e E. durans. Por outro lado, o

extrato da raiz de S. brasiliensis Engl. apresentou CIM igual a 250 μg/mL para S. aureus,

demonstrando atividade antibacteriana moderada (CIM de 100 a 500μg/mL). Os resultados

obtidos nesse trabalho permitem concluir que independente se da raiz ou do caule o extrato

metanólico da Braúna possui atividade antibacteriana principalmente para S. aureus.

Apoio Financeiro: SOEBRAS - Sociedade Educativa do Brasil.

Page 43: Anais 19smpm

43

EXTRATO EM ACETATO DE ETILA DE Cordia verbenacea REDUZ A EXPRESSÃO DA

CITOCINA PRÓ-INFLAMATÓRIA IFN-γ E A PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS, IN VITRO

Michaelle Geralda dos Santos1*; Lucas de Abreu Costa1; Luiz Elídio Gregório1; Cristiane F. Fuzer

Grael1; Gustavo E. Brito Alvim de Melo1.

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Cordia verbenacea, Citocinas, Proliferação.

RESUMO

A Cordia verbenacea é uma planta nativa brasileira utilizada popularmente como anti-inflamatória.

Embora essa atividade tenha sido demonstrada previamente, os mecanismos moleculares ainda

não estão completamente compreendidos. De maneira semelhante, poucos estudos relataram o

potencial citotóxico dessa planta. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a toxicidade do

extrato em acetato de etila de C. verbenácea (ACECV) sobre hemácias e células mononucleares

do sangue periférico (PBMC) humano como etapa inicial do estudo da atividade anti-inflamatória,

seguido da avaliação do seu potencial imunomodulador sobre citocinas pró-inflamatórias e sobre a

proliferação de linfócitos, in vitro. A atividade hemolítica foi avaliada por espectrofotometria e a

viabilidade de PBMC na presença do extrato ACECV foi avaliada pelo método de exclusão com

Azul de Tripan após culturas de 24 horas e de cinco dias. Além disso, concentrações não tóxicas

do extrato ACECV foram adicionadas a culturas estimuladas com miristato acetato de forbol

(PMA) para a análise da inibição de citocinas pró-inflamatórias e analisadas por citometria de

fluxo. Para avaliar o efeito do extrato ACECV sobre a proliferação de linfócitos, concentrações não

tóxicas do extrato foram adicionadas a PBMC estimuladas com o mitógeno fitohemaglutinina

(PHA) e analisadas também por citometria de fluxo. De acordo com os resultados, o extrato

ACECV não apresentou atividade hemolítica nas concentrações iguais ou menores que 50 μg/mL

e a toxicidade sobre PBMC foi demonstrada na concentração de 100 μg/mL para a cultura de 24

horas, sendo que após cinco dias de cultura, o extrato foi tóxico em concentrações iguais ou

maiores que 25 μg/mL, quando comparadas às culturas controle. O extrato na concentração de 50

μg/ml também reduziu o percentual de linfócitos IFN-γ+ quando comparado às culturas celulares

submetidas a adição de PMA isoladamente. Além disso, o extrato inibiu a proliferação de linfócitos

nas concentrações de 12,5; 6,25 e 3,125 μg/ml, quando comparado às culturas estimuladas

somente com PHA. Os dados apresentados aqui sugerem que o efeito anti-inflamatorio observado

no uso de Cordia verbenacea pode ser, em parte, explicado pelo efeito inibidor das citocinas do

tipo 1 e sobre a resposta proliferativa de linfócitos.

Apoio Financeiro: Fapemig, Capes.

Page 44: Anais 19smpm

44

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE INIBIDORES DE PROTEASE DE

SEMENTES DE Chenopodium quinoa

Michel Alves Amaral*1; Davia Guimarães Pompeu1; Paulo Afonso Granjeiro1; José Antônio da

Silva1; Juliana Teixeira de Magalhães1.

1Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Chenopodium quinoa, Atividade microbiana, Inibidores de protease.

RESUMO

A planta Chenopodium quinoa é originária da Cordilheira dos Andes. Trabalhos vêm

demonstrando o êxito de sua introdução no cerrado brasileiro. Os inibidores de protease,

presentes geralmente como proteínas de reserva em sementes, alteram a conformação das

enzimas proteolíticas, ocasionando a inibição de suas atividades. Apesar da importância em tentar

elucidar o papel fisiológico dos inibidores de protease nas plantas, o interesse maior está na sua

aplicabilidade na saúde e na indústria, uma vez que vários estudos têm demonstrado a sua

atividade edematogênica, antitumoral e antimicrobiana. Desta forma, este trabalho teve como

objetivo avaliar o potencial antimicrobiano dos inibidores de protease da Chenopodium

quinoa contra bactérias Gram positivas, negativas e leveduras. As sementes de Chenopodium

quinoa foram trituradas e sua farinha submetida à agitação em NaCl 0,1 M para extração de suas

proteínas. O sobrenadante resultante da extração foi submetido a duas etapas de cromatografia

líquida. O primeiro, Cromatografia Líquida de Exclusão Molecular, usando Bicarbonato de Amônio

0,2 M como fase móvel e o segundo, Cromatografia Líquida de Troca Iônica, tendo como tampão

de equilíbrio Tris-HCl 20 mM pH 8,0 e como tampão de eluição Tris-HCl 20 mM pH 8,0 mais NaCl

500 mM. As frações obtidas em cada etapa foram testadas pelo teste de hemoaglutinação, e, as

que apresentaram atividade hemoaglutinante foram liofilizadas e submetidas à etapa seguinte.

Concomitantemente, foram realizados procedimentos eletroforéticos (SDS PAGE e Eletroforese

Nativa), a fim de determinar o grau de pureza após cada etapa. Três concentrações do inibidor de

protease, lectina, foram testadas (100, 250 e 500 μg/ml) sobre os microorganismos Escherichia

coli ATCC 11229, Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619, Proteus vulgaris ATCC

13315, Salmonella enterica ATCC 10708, Staphylococcus aureus ATCC 29213, Enterococcus

faecallis ATCC 19433, Candida albicans ATCC 14053, Candida glabrata ATCC 2001, Candida

krusei ATCC 34135 e Candida tropicalis ATCC 28707. Como controle negativo utilizou-se o

tampão (Tris-HCl). Os microorganismos foram preparados para uma concentração de 105 células

segundo a escala de MacFarland e, em seguida, inoculados com um swab em placas de Petri

contendo Ágar Mueller-Hinton e Ágar yeast malt para bactérias e leveduras, respectivamente.

Cerca de10 μl dos inibidores de proteases foram adicionados na superfície do ágar. As placas

ficaram incubadas por 24 horas a 37°C. Halos de inibição foram observados somente para as

bactérias Escherichia coli ATCC 11229, Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619 e Salmonella

enterica ATCC 10708. Este é um estudo inicial, cujos resultados são promissores para futuros

estudos da eficiência inibitória em modelos biológicos.

Apoio Financeiro: CNPQ, FAPEMIG, UFSJ.

Page 45: Anais 19smpm

45

INFLUÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE EXTRATO ETANÓLICO DE FLORES DE

Pyrostegia venusta NO CRESCIMENTO DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH

Phelipe Gabriel dos Santos Santana¹*; Poliane Moreira Costa¹; Luciana Alves Rodrigues dos

Santos Lima1; Ana Hortência Castro¹; Gisele Rodrigues da Silva1; Flávia Carmo Horta Pinto¹.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Tumor de Ehrlich, Pyrostegia venusta, histopatologia.

RESUMO

Pyrostegia venusta é uma espécie pertencente à família Bignoniaceae, nativa do cerrado

brasileiro e popularmente conhecida como “cipó-de-são-joão”. Embora ornamentais, essas

espécies têm algumas propriedades medicinais, com evidências de seu potencial anti-

carcinogênico. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do extrato etanólico obtido de flores da

P. venusta no crescimento do tumor sólido de Ehrlich. Um total de 18 camundongos fêmeas

Swiss, com dois meses de idade, foram divididos em 3 grupos de 6 animais cada: grupos A, B e

C. Os animais do grupo A receberam água purificada (grupo controle). A partir do primeiro dia, os

animais do grupo B receberam uma dose diária de 100 mg/kg do extrato etanólico de P. venusta

por gavagem. A partir do 30º dia, os animais do grupo C passaram a receber, por gavagem, dose

diária de 100 mg/kg do mesmo extrato etanólico. Além disso, no 30º dia foram inoculadas no

coxim plantar de todos os camundongos, por via subcutânea, 2x106 células tumorais de Ehrlich

(0,05 mL). O crescimento tumoral foi avaliado por medição da espessura da pata, por meio de um

paquímetro digital. No 60º dia, os animais foram sacrificados; as patas e os linfonodos poplíteos

foram recolhidos para análise histológica. A partir do 16º dia após a inoculação do tumor, os

animais do grupo B (preventivo), que iniciaram a ingestão do extrato antes da inoculação do

tumor, apresentaram uma supressão do crescimento tumoral em relação aos animais dos grupos

A e C (ANOVA, p<0,05). Os animais do grupo C, que iniciaram a ingestão do extrato depois da

inoculação do tumor, apresentaram, a partir da primeira semana, um acentuado crescimento

tumoral. A análise histopatológica da pata dos camundongos do grupo A, B e C mostrou células

tumorais com estroma delicado, pleomorfismo, nucléolos evidentes e citoplasma escasso. Houve

metástase nos linfonodos poplíteos de todos os animais. A ingestão do extrato de P. venusta

antes da inoculação do tumor mostrou uma capacidade quimiopreventiva, onde o crescimento do

tumor foi, possivelmente, controlado pela maioria dos compostos presentes no extrato (alantoína,

β-sitosterol e hesperidina), o que pode estar relacionado à atividade antitumoral, com destaque ao

potencial antigenotóxico e antioxidante.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 46: Anais 19smpm

46

EFEITO DO EXTRATO ETANÓLICO DE PARTES AÉREAS DE Pseudobrickellia brasiliensis

(SPRENG) R. M. KING & H. ROB. SOBRE A PRODUÇÃO DE CITOCINAS, IN VITRO

Valéria Gomes de Almeida1*; Lucas de Abreu Costa1; Luíz Elídio Gregório1; Cristiane Fernanda

Fuzer Grael1; Gustavo Eustáquio Brito Alvim de Melo1.

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Pseudobrickellia brasiliensis, Anti-inflamatório, Citocinas, Citometria de fluxo.

RESUMO

A Pseudobrickellia brasiliensis (Asteraceae), conhecida como arnica-do-campo ou arnica-do-mato

é uma espécie nativa da flora brasileira. A preparação alcoólica dessa espécie tem sido utilizada

de forma tópica como anti-inflamatório na medicina popular, porém os mecanismos biológicos

envolvidos nessa atividadada ainda não foram elucidados. Esse trabalho teve como objetivo

avaliar, in vitro, o efeito do extrato etanólico de partes aéreas de P. brasiliensis sobre a produção

de citocinas por linfócitos humanos. Foi utilizado o extrato etanólico de partes aéreas de P.

brasiliensis (EEPB) obtido após maceração sequencial com n-hexano, acetato de etila e etanol.

Para avaliar o efeito indutor do EEPB sobre a produção de citocinas anti-inflamatórias, alíquotas

de 500µL de sangue total de 7 indivíduos saudáveis foram incubadas em meio de cultura RPMI na

ausência (CON) ou presença de EEPB a 25µg/mL (EEPB). Para avaliar o efeito inibitório do EEPB

sobre a produção de citocinas pró-inflamatórias, as culturas celulares foram estimuladas com PMA

e ionomicina na ausência (PMA) ou presença de EEPB a 25µg/mL (EEPB+PMA). À todas as

culturas foi adicionada Brefeldina-A. Após 4h de incubação a 37ºC e 5% de CO2, as hemácias

foram lisadas e os leucócitos permeabilizados e incubados com anticorpos específicos para as

citocinas IL-5, IL-10, IFN-γ e TNF-α marcados com fluorocromos para análise por citometria de

fluxo. O tratamento com EEPB não alterou os parâmetros de tamanho e granulosidade celulares,

quando comparado às culturas não tratadas (CON), demonstrando que o EEPB, na concentração

utilizada, não foi tóxico para os leucócitos do sangue periférico humano. O EEPB não estimulou a

expressão das citocinas IL-10 e IL-5 em linfócitos, quando comparado às culturas não tratadas

(CON). Nas culturas estimuladas com PMA e ionomicina, o tratamento com EEPB reduziu 16

vezes a expressão de IFN-γ (23,66 ± 3,67) quando comparado às culturas PMA (386,40 ± 58,02),

medido pela intensidade média de fluorescência (IMF). De forma semelhante, a expressão de

TNF-α apresentou-se 3,9 vezes menor na cultura EEPB+PMA (60,92 ± 11,59) quando comparado

à cultura PMA (237,7 ± 55,58). Além disso, o EEPB inibiu 2 vezes o percentual de linfócitos

positivos para a citocina IFN-g (19,49 ± 3,41 %) quando comparado às culturas PMA (43,32 ± 4,56

%). Estes achados sugerem que o efeito anti-inflamatório atribuído à P. brasiliensis na medicina

popular pode, pelo menos em parte, ser devido à inibição da produção de citocinas pró-

inflamatórias por linfócitos.

Apoio Financeiro: CAPES e FAPEMIG.

Page 47: Anais 19smpm

47

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO TUMOR SÓLIDO DE EHRLICH EM ANIMAIS TRATADOS

COM EXTRATO DE Rosmarinus officinalis

Nathália Vital Guilarducci1*; Adriana de Fátima Pereira1; Luciana Alves Rodrigues dos Santos

Lima1; Gisele Rodrigues da Silva1; Flávia Carmo Horta Pinto1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Tumor de Ehrlich, Rosmarinus officinalis, Histopatologia, Camundongo.

RESUMO

A descoberta de produtos naturais com ação específica para certos tipos de tumores seria útil na

quimioprevenção e na quimioterapia do câncer. Rosmarinus officinalis, conhecida popularmente

como alecrim, pertencente à família Lamiaceae, é uma planta aromática cultivada em ambientes

domésticos em muitas partes do mundo. Estudos experimentais, in vivo e in vitro, com extratos de

alecrim, sugerem uma variedade de atividades farmacológicas para quimioprevenção e tratamento

do câncer. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da administração de extratos de

Rosmarinus officinalis no crescimento e desenvolvimento tumoral in vivo. Camundongos Balb/C

foram separados em três grupos, A, B e C (n=6). Os animais do grupo A ingeriram água, durante

todo o experimento, sendo, portanto o grupo controle. Os animais do grupo B, a partir do 1º dia,

receberam diariamente, por gavagem, uma concentração de 100 mg/kg do extrato de R.

officinalis, durante todo o experimento. Os animais do grupo C, no 21º dia, iniciaram a ingestão

diária, por gavagem, uma concentração de 100 mg/kg do extrato de R. officinalis, durante todo o

experimento. Após 21 dias, todos os camundongos foram inoculados subcutaneamente no coxim

plantar esquerdo com 2x106 células do tumor de Ehrlich (0,05 ml). O desenvolvimento tumoral foi

avaliado pela mensuração da espessura das patas, com auxílio de um paquímetro digital, em três

tempos por semana, até o 42º dia, quando os animais foram sacrificados, suas patas e linfonodos

poplíteos foram retirados para análise histopatológica. Os animais do grupo C apresentaram maior

crescimento tumoral em relação aos animais dos outros grupos (p=0,01). Nas análises

histopatológicas do coxim plantar, não foram observadas diferenças na morfologia das células

tumorais entre os grupos, sendo visualizado estroma delicado, grande pleomorfismo, alto grau de

anaplasia e núcleos evidentes. Em relação ao peso corporal durante todo o experimento, não

houve diferença entre os animais de todos os grupos. Não foi observada a presença de metástase

nos órgãos linfóides analisados. A ingestão de extrato de alecrim, após a inoculação do tumor,

potencializou e acelerou o crescimento tumoral. Estudos futuros devem ser feitos para avaliação

dos princípios ativos presentes no Rosmarinus officinalis responsáveis por exacerbar o

crescimento tumoral.

Apoio Financeiro: Fapemig/UFSJ.

Page 48: Anais 19smpm

Desenvolvimento e Controle de

Qualidade de Formulações

Farmacêuticas

Page 49: Anais 19smpm

49

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE "PHOLIA NEGRA": FÓRMULA MAGISTRAL

EMAGRECEDORA A BASE DE ERVA-MATE (Ilex paraguariensis A. St. Hil.)

Cássia Rodrigues Ferreira*1; Mairon C. Coimbra1; João M. de Siqueira1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Pholia Negra, Avaliação da qualidade, Erva-mate,

RESUMO

A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma planta perene, de porte arbóreo a grande, pertencente à

família Aquifoliaceae, é originária do Sul do Brasil, nordeste da Argentina e leste do Paraguai.

Tanto as folhas como os ramos jovens são usados no preparo de uma bebida que recebe nomes

de acordo com a forma de preparo e da região onde é consumida. É uma planta de composição

química complexa, por isso tem sido alvo constante de estudos. Atualmente, sabe-se que a planta

contém derivados metilxantinas (cafeína e teobromina), derivados fenólicos (flavonoides e

taninos), saponinas triterpênicas e vitaminas. Tradicionalmente, a espécie é considerada um

estimulante físico e mental, apresenta propriedades diuréticas, além de recentes pesquisas

constatarem seu efeito antioxidante, bem como sua indicação como coadjuvante em tratamentos

para redução de peso. O objetivo deste trabalho foi analisar a “Pholia negra”, uma formulação

magistral que tem como seu constituinte a erva-mate, indicada como emagrecedora. Para tanto,

realizou-se análises químicas, macro e microscópicas no produto comercializado. As amostras

foram adquiridas em duas farmácias distintas na cidade de Divinópolis-MG e analisadas com vista

desarmada e lupa, a fim de verificar a homogeneidade e os aspectos organolépticos da mesma.

Posteriormente, as amostras foram submetidas à avaliação por cromatografia em camada delgada

(CCD), visando à averiguação de seu perfil cromatográfico e a detecção do marcador químico

para erva-mate (cafeína). Observaram-se diferenças tanto na cor, quanto na textura das amostras.

As análises farmacobotânicas revelaram que uma das amostras adquiridas tratava-se de material

vegetal pulverizado, que continha fragmentos de tecido vegetal (fibras esclerenquimáticas e

elementos de tubo crivado). O perfil obtido por CCD apresentou a predominância de cafeína em

uma das amostras, enquanto que na outra, esse marcador químico não foi detectado na

concentração testada. Estes resultados alertam para a necessidade de uma fiscalização mais

rigorosa na comercialização de produtos farmacêuticos à base de plantas medicinais e de drogas

vegetais, além de contribuir para o esclarecimento da população quanto à qualidade destes

produtos, pois os mesmos devem apresentar qualidade adequada ao uso, uma vez que visam à

eficácia e segurança para a terapia indicada.

Apoio Financeiro: UFSJ e Fapemig.

Page 50: Anais 19smpm

50

PADRONIZAÇÃO DA DROGA VEGETAL DAS FOLHAS DE Raphanus sativus var. oleiferus

Metzg. (NABO FORRAGEIRO)

Elson Rogerio Tavares Filho1*; Lucas Batista Souza1; Vinícius de Carvalho Oliveira1; Geraldo

Alves da Silva1; Ana Flávia da Silva1

1Universidade Federal de Alfenas

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Raphanus sativus, nabo forrageiro, padronização, droga vegetal.

RESUMO

O aumento do consumo de fitomedicamentos pode ser associado ao fato de que as populações

questionam os perigos do uso irracional dos medicamentos alopáticos associados aos seus

custos muitas vezes dispendiosos e procuram substituí-los pelo uso de plantas medicinais. Como

a padronização é a garantia da qualidade de um fitomedicamento, a exata validação dos

processos analíticos devem garantir, experimentalmente, que o método atenda às normas

vigentes para os devidos fins. Nesse âmbito, a Farmacopeia Brasileira regulamenta os ensaios

físicos, químicos, físico-químicos, biológicos e microbiológicos que devem ser seguidos visando à

completa parametrização das drogas vegetais. Sobretudo, o presente trabalho tem como

finalidade prever uma padronização da droga vegetal proveniente das folhas de Raphanus sativus

var. oleiferus Metzg. (nabo forrageiro) em termos dos ensaios físico-químicos a fim de garantir a

confiabilidade do produto e como conseqüência, a sua eficácia e segurança do uso dentro das

normas vigentes. Logo, o nabo forrageiro coletado no perímetro urbano de Alfenas – MG teve

suas folhas e caules separados. Em seguida, realizaram-se os ensaios farmacopeicos de

padronização físico-química e controle de qualidade. Foram realizadas as determinações de:

perda por secagem; pH; densidade; perda por dessecação; cinzas totais; cinzas insolúveis em

ácido; e teor de extrativos em solução hidroetanólica 70%. Os valores obtidos para as amostras

de caule/folhas foram, respectivamente: perda por secagem 14,6/14%; pH 5,71/5,46; densidade

0,198/0,340 g.mL-1; perda por dessecação 7,7/6,5%; cinzas totais 15,15/18,04%; cinzas insolúveis

em ácido 0,02/0,32% e teor de extrativos 172,3/309,0 mg.g-1. Os resultados obtidos neste trabalho

estão de acordo com as recomendações para drogas vegetais e podem ser utilizados como

referência em estudos futuros como garantia da qualidade deste insumo fitoterápico.

Apoio Financeiro: UNIFAL-MG.

Page 51: Anais 19smpm

Etnobotânica

Page 52: Anais 19smpm

52

LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS COMERCIALIZADAS POR RAIZEIROS DO

MERCADO MUNICIPAL CENTRAL DE MONTES CLAROS, MG

Anderson Afonso Mattos1; Renam Barros de Morais1; Guilherme Araújo Lacerda1,2*; Darlê Martins

Barros Ramos1.

1Faculdades Integradas do Norte de Minas; 2Universidade Estadual de Montes Claros.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Plantas medicinais, Raizeiros, Etnofarmacologia.

RESUMO

A utilização de plantas medicinais é vasta entre a população brasileira e representa uma

alternativa ao alto custo dos medicamentos industrializados. As plantas medicinais continuam

ocupando um lugar de destaque na medicina alternativa. Avaliou-se o conhecimento popular

sobre o uso de plantas medicinais, a forma correta de preparo, a parte botânica utilizada e as

indicações das plantas medicinais comercializadas por raizeiros do Mercado Municipal Central de

Montes Claros, MG. Para tal foram utilizados, a entrevista semiestruturada e o termo de

consentimento e esclarecido que foram aplicados a três raizeiros. O projeto foi apreciado,

analisado e aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa Humana das Faculdades Integradas do

Norte de Minas sob o parecer 0310/09. Os raizeiros citaram 36 plantas, conhecidas pelos nomes

populares e utilizadas pela população regional do Norte de Minas Gerais como medicinais.

Destas, treze foram citadas por todos os entrevistados pelos nomes populares, sendo elas:

barbatimão, batata-de-purga, boldo, camomila, carqueja, catuaba, cavalinha, ipê–roxo, jatobá,

marapuama, mastruço, quebra-pedra e sucupira. Ocorreu maior prevalência de folhas (43%) como

parte botânica para a utilização medicinal. As demais partes foram casca (27%), raiz (16%), flor

(8%), caule (3%) e sementes (3%), sendo que algumas plantas possuem mais de uma parte

utilizada. Quanto ao modo de preparo prevalece a forma de chá através de infusão (46%), seguido

de decocção (40%) e maceração (14%). As espécies de plantas medicinais mais procuradas

estão relacionadas a problemas digestivos e renais, pois são de uso rotineiro, de fácil diagnóstico

e mais conhecidas pela população regional. O uso das plantas medicinais está relacionado ao

baixo custo das mesmas e a tradição familiar, onde os usuários recebem informações a respeito

sobre a eficácia em certas enfermidades. Os resultados demonstram um grande emprego de

plantas no tratamento de diversas doenças pela população regional, na maioria das vezes, as

indicações populares, o modo de utilização e a parte utilizada, foi coincidente com os registros da

literatura. Isso demonstra o conhecimento dos raizeiros sobre as espécies medicinais citadas e

seu poder curativo.

Apoio Financeiro: SOEBRAS - Sociedade Educativa do Brasil.

Page 53: Anais 19smpm

53

TOXICIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR USUÁRIOS DAS UNIDADES DE

SAÚDE DO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS- MG

Patrícia Martins de Andrade1*; Jéssica Cunha da Trindade1; Helenice Rita de Jesus Carvalho1;

Indira Rodrigues Oliveira Mattar1.

1Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Plantas medicinais, Toxicidade, Uso popular.

RESUMO

No Brasil, a utilização de plantas medicinais é amplamente difundida e na maioria dos casos, a

escolha de uma terapia baseada em plantas medicinais é sempre sem a orientação médica. Um

dos principais problemas da utilização destes produtos é a crença de que os produtos de origem

vegetal são isentos de reações adversas e de efeitos tóxicos. O objetivo desse trabalho foi buscar

dados na literatura sobre a toxicidade de algumas plantas medicinais utilizadas comumente por

usuários de unidades básicas de saúde do município de Divinópolis (MG) e informá-los sobre a

segurança no uso de plantas medicinais. Os dados sobre o uso de plantas medicinais foram

obtidos no primeiro semestre de 2013, a partir de entrevistas realizadas com as famílias

cadastradas nas unidades básicas de saúde de “Morada Nova” e de “Santos Dumont”,

empregando-se questionários pré-formulados. A partir dos dados obtidos realizou–se exaustiva

revisão de literatura em diferentes bases de dados como Scielo, Pubmed, Scopus, Science Direct

e Reflora, buscando a comprovação científica a respeito da toxicidade das plantas citadas. De

todas as plantas utilizadas, encontraram-se relatos de toxicidade para a erva-de-santa-maria

(Chenopodium ambrosioides - Chenopodiaceae), o bálsamo (Sedum sp. - Crassulaceae), a arnica

(Solidago microglossa - Asteraceae) (Arnica) e o jambolão (Syzygium cumini - Myrtaceae). Não

foram encontrados na literatura os mecanismos relacionados a essa toxicidade. A toxicidade da

erva-de-santa-maria está presente no óleo volátil, com a constatação de óbito em doses de 10

mg. O bálsamo apresenta os alcalóides pirrolizidínicos que, em grandes quantidades, podem

causar problemas no fígado e nos rins. A arnica deve ser utilizada apenas por via tópica, pois o

uso interno ocasiona problemas no fígado, nos rins, no cérebro, no coração e nos pulmões. O

jambolão é tóxico quando utilizado por via intraperitoneal, porém não apresenta toxicidade quando

utilizado por via oral, podendo também ser utilizado no tratamento de diabéticos. Assim, conclui-se

que é necessário muito cuidado no momento da utilização de plantas medicinas sob a forma de

chás e de extratos, pois além de suas propriedades terapêuticas, várias apresentam também os

efeitos tóxicos.

Page 54: Anais 19smpm

54

DESAFIOS NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: UMA REFLEXÃO SOBRE O

DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS BIOTECNOLÓGICAS A PARTIR DE PLANTAS

MEDICINAIS

Marina Mendes Oliveira1*; Bezamat de Souza Neto1.

1 Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Pesquisas em biotecnologia, Entraves burocráticos, Inovação.

RESUMO

Um obstáculo para o Brasil ser reconhecido mundialmente por suas pesquisas em biotecnologia,

incluindo a área de plantas medicinais, está na burocracia de processos para a aprovação de

licenças entre elas o acesso ao patrimônio genético nacional e os pedidos de patentes. O objetivo

desse trabalho é desenvolver um estudo acerca das implicações práticas do “engessamento de

ideias” na produção do conhecimento. No intuito de apontar e contribuir para uma reforma

administrativa a fim de acelerar a liberação dos processos enviados por pesquisadores. A partir de

uma pesquisa bibliográfica em marco regulatório e publicações científicas utilizou-se dados

secundários para embasar um estudo exploratório reflexivo sobre a produção de conhecimento

biotecnológico nacional. Devido ao excesso de responsabilidade dos órgãos responsáveis pelas

autorizações governamentais, existem pedidos e processos enviados a esses órgãos esperando

decisão há mais de quatro anos, sem nenhuma expectativa de se obter alguma resposta.

Contudo, a regularização governamental sobre a utilização da fauna e flora como também a

repartição de benefícios do conhecimento tradicional associado é essencial para a preservação da

biodiversidade do país, porém alguns entraves burocráticos caracterizados por um excesso de

protocolos administrativos, longo tempo de espera para os pesquisados como também algumas

taxas governamentais, podem vir a atrasar o desenvolvimento tecnológico nacional ao passo que

desmotiva os pesquisadores a iniciar um estudo empreendedor.

Apoio Financeiro: CAPES

Page 55: Anais 19smpm

55

IDENTIFICAÇÃO E PLANTIO DE PLANTAS MEDICINAIS NA HORTA URBANA DA COHAB

EM LAVRAS, MINAS GERAIS

Iberê Martí Moreira da Silva*1; Aline U. Negromonte Lima1; Luis Cláudio Silveira1.

1Universidade Federal de Lavras

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Plantas aromáticas e condimentares, Conhecimento popular, Farmácia verde,

Extensão.

RESUMO

No espaço urbano do bairro COHAB, localizado no município de Lavras, MG, os moradores

construíram uma horta comunitária, que é utilizada por 34 famílias residentes no bairro. No local,

produzem principalmente hortaliças como alface, couve, almeirão, entre outras, para consumo

próprio e para comercialização. Além disso, na horta, por razões culturais, existe a presença de

várias espécies de plantas medicinais, aromáticas ou condimentares, cultivadas em pequenas

quantidades pelos(as) agricultores(as). No levantamento foi possível identificar espécies dos

gêneros Mikania, Kalonchoe, Aloe, Cymbopogon, Stachys, Mentha, Ruta, Peresckia, Tropaeolum,

entre outros. Nesta perspectiva, foi elaborado um projeto de extensão, pelo núcleo de estudos em

agricultura orgânica (NEAGRO), denominado: “Implantação de canteiros de plantas medicinais,

aromáticas e condimentares na horta urbana da COHAB.” O objetivo do estudo é estabelecer um

diálogo permanente com moradores de forma participativa, com intuito de promover a troca de

saberes e experiências, entre o conhecimento cientifico e o popular. A identificação correta, o

cultivo, manejo, colheita, armazenamento e processamento são etapas essenciais para utilização

segura de plantas medicinais. Nesta perspectiva, foram elaboradas as atividades de identificação,

escolha, produção de mudas, plantio, manejo, colheita, armazenamento e processamento das

espécies medicinais, aromáticas e condimentares. A primeira etapa do projeto foi realizar um

diálogo com os moradores apresentando o objetivo do projeto, suas ações e respectivas etapas. A

segunda etapa foi uma visita dos agricultores ao horto medicinal UFLA, onde foram ensinadas as

formas de identificação e as indicações (usos) das espécies, e selecionadas as de interesses dos

agricultores. Em sequência, foram ensinadas técnicas de propagação de plantas medicinais,

sendo produzidas mudas de 16 espécies consideradas de maior interesse, como exemplo a

Melissa officinalis (Melissa), Tymus vulgare (Tomilho), Achillea milefolium (Nolvagina), Origanum

vulgare (Orégano), e outras. Dezesseis pessoas participaram desta atividade, entre crianças,

jovens, adultos e na melhor idade. A terceira etapa foi implantar os canteiros orgânicos, onde as

mudas foram plantadas de acordo com a necessidade de sol, ou compatibilidade entre as

espécies. O manejo, a colheita, secagem, armazenamento e processamento serão desenvolvidas

no decorrer do projeto. Entretanto, é possível identificar uma ampla aceitação deste projeto de

extensão junto aos agricultores e alunos envolvidos nas atividades, com vários relatos da troca de

experiências entre os horticultores e os estudantes da universidade. Iniciativas como esta são

fundamentais para consolidação da utilização de plantas medicinais pela comunidade, é de

interesse público, inclusive fomentado através de política pública de saúde comunitária, como as

farmácias verdes.

Apoio Financeiro: FAPEMIG e Capes.

Page 56: Anais 19smpm

56

PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR PACIENTES DIABÉTICOS NA POPULAÇÃO DE

DIVINÓPOLIS/MG

Flávia Caroline Silva Domingos¹*; Bianca Augusta Pereira de Paula¹; Camila Tavares de Sousa¹.

¹Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Diabetes, Bauhinia forficata, Syzygium jambolanum, Salvia officinalis.

RESUMO

Diabetes mellitus é uma doença caracterizada por um aumento anormal de glicose no sangue.

Para controlá-la, muitos pacientes utilizam de plantas medicinais, mesmo sem conhecimentos

necessários sobre sua ação. O seguinte trabalho teve como objetivo comprovar a eficácia das

plantas popularmente utilizadas para tal fim, bem como averiguar possíveis efeitos adversos e

interações. Foram realizadas entrevistas com pacientes diabéticos dos bairros Morada Nova e

Santos Dumont no município de Divinópolis para coletar informações de quais plantas medicinais

eram utilizadas pelos mesmos. Com os dados em mãos, foram realizadas pesquisas em base de

dados (Scielo, Pubmed, Scopus), livros e literaturas oficiais para verificar se as mesmas possuíam

atividades hipoglicemiantes. Nas visitas familiares, foram reportadas três plantas medicinais com

finalidade hipoglicemiante: pata de vaca (Bauhinia forficata), sálvia (Salvia officinalis) e jambolão

(Syzygium jambolanum), bem como sua posologia e preparação. Após essa etapa, averiguou-se

na literatura se o modo de utilização estava correto, se a planta possuía ação comprovada,

toxicidade e se há restrições para seu uso. Verificou-se que no caso do S. jambolanum, o

farmacógeno correto é a semente, pois ela que contém o princípio ativo e não as folhas, como

relatado. Observou-se também que a B. forficata apresenta interações com os antidiabéticos

convencionais e, a S. officinalis além de apresentar interações com esses, interage com

anticoncepcionais, anticonvulsivantes e sedativos. As três plantas são contraindicadas para

gestantes e lactantes, pois não existem estudos farmacológicos bem definidos para esses casos.

Com os dados em mãos, foram realizados retornos aos pacientes levando cartilhas educativas

com as informações corretas e necessárias para o melhor uso de tais plantas. Ao final do trabalho,

concluiu-se que as plantas relatadas possuem efetividade para o tratamento de Diabetes. Porém,

precisa-se tomar cuidado com os casos relatados de interação e o farmacógeno utilizado.

Page 57: Anais 19smpm

57

PLANTAS MEDICINAIS EMPREGADAS NO TRATAMENTO DE CÓLICAS INFANTIS E SUAS

RESTRIÇÕES

Jéssica Alves Fuzatto1*; Renata Michelle Silveira Silva1; Kelvem Wallace da Costa1; Maralice

Oliveira Bandeira1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Plantas Medicinais, Cólicas infantis.

RESUMO

Embora se pense que cólicas em bebês seja um sinal de dor causada por gases, nunca se

comprovou que crianças com cólicas tenham somente gases abdominais. Outras possíveis

causas são: o intestino não totalmente formado, tendo contrações e relaxamentos anormais e

intestino preso. Além disso, o estado psicológico, nutricional e a alimentação da mãe também

interferem na saúde do bebê. É reconhecida a utilização de chás e preparações fitoterápicas

obtidas a partir de plantas medicinais no tratamento de cólicas intestinais, porém, seus possíveis

efeitos adversos e suas posologias ainda não foram bem esclarecidos, podendo o uso constante

causar danos significativos à saúde do bebê. Para utilização dessas plantas é fundamental o

estabelecimento da segurança, eficácia e garantia da qualidade das preparações. Esse trabalho

teve como objetivo revisar em literatura científica, bibliografias, legislações e formulários oficiais os

aspectos químicos, farmacológicos e toxicológicos das espécies empregadas no tratamento de

cólicas infantis, por usuários das unidades de saúde de Divinópolis (MG). As informações foram

colhidas em outubro de 2012, a partir de entrevistas direcionadas, realizadas por aplicação de

questionários à famílias usuárias das unidades Santos Dumont e Serra Verde. Entre as plantas

citadas e mais utilizadas destacaram-se alfavaca, erva-doce, funcho e tansagem. As folhas e

sumidades floridas da alfavaca (Ocimum sp.) devem ser preparadas por infusão e utilizadas

principalmente para alívio de gases. Deve-se ter cuidado, pois a planta é muito confundida com o

manjericão, que pode apresentar alguns efeitos tóxicos. Chás de sementes de tansagem

(Plantago sp.) auxiliam no alívio da prisão de ventre, devido às mucilagens, responsáveis pelo

efeito laxativo. Estudos comprovam sua utilização na constipação intestinal. Porém, deve-se ter

cuidado, pois chás dessas plantas não devem ser administrados para crianças menores de dois

anos. Entretanto, as plantas mais utilizadas pelas mães quando seus filhos têm cólica são o

funcho (Foeniculum vulgare) e erva-doce (Pimpinella anisum). Tais plantas possuem efeitos

semelhantes e são indicadas para cólicas provocadas principalmente por acúmulo de gases

(possuem efeito carminativo). O uso do chá de funcho para crianças menores de dois anos e de

erva-doce para menores de doze anos não é recomendado, pois podem causar efeitos

indesejados. Além disso, o uso concomitante com alguns medicamentos pode anular o efeito de

antibióticos e/ou prolongar os efeitos de medicamentos usados para sistema nervoso. A partir da

consulta bibliográfica realizada, percebeu-se que poucos são os estudos clínicos direcionados

para a segurança do uso de plantas medicinais em crianças.

Page 58: Anais 19smpm

58

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA O TRATAMENTO DE GRIPE

E RESFRIADO POR USUÁRIOS DAS UNIDADES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

DIVINÓPOLIS/MG

Raphael Marques Diniz¹*; Flávio Henrique Ribeiro Júnior¹; Thamyris Santos Silva¹; Leandro

Fonseca Lima¹.

¹Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Etnobotânico, Plantas medicinais.

RESUMO

O uso de plantas medicinais é uma das mais antigas intervenções terapêuticas conhecidas no

mundo, sendo uma cultura milenar, empregada até nos dias atuais. O objetivo deste trabalho foi

avaliar a utilização de plantas medicinais no tratamento de gripes e resfriados por usuários das

unidades de saúde do município de Divinópolis/MG. Esse estudo iniciou-se nos meses de março e

abril de 2013, a partir de levantamento etnofarmacológico, realizado por meio de entrevistas a

famílias usuárias das unidades de saúde dos bairros Morada Nova e Santos Dummont,

empregando-se questionários previamente elaborados. Foram levantadas também informações

gerais sobre a saúde do paciente, desde a utilização de medicamentos até plantas, com o intuito

de verificar possíveis interações e, se necessário, realizar intervenções. A partir dos dados

obtidos, realizou-se exaustiva revisão em literatura especializada empregando-se bases de dados,

como PubMed, Web of Knowledge, Scopus, Science Direct, buscando comprovações científicas

para os relatos populares. As plantas empregadas pelos usuários das unidades de saúde para o

tratamento de gripes e resfriados foram o "Bactrim", a Malva, as Mentas e Salvia, que pela

descrição do material vegetal apresentado pelos pacientes se assemelham com Althernanthera

brasiliana (L.) Kuntze, Malva sylvestris L., Mentha piperita L., Mentha arvensis L. e Salvia

officinalis L., respectivamente. Entretanto, os dados científicos não comprovaram os efeitos

dessas plantas diretamente em enfermidades do trato respiratório, e sim, o seu efeito anti-

inflamatório sistêmico. Através do levantamento bibliográfico verificou-se também um intenso

efeito tóxico de espécies do gênero Mentha, como Mentha piperita, cujo óleo essencial em altas

concentrações pode causar lesões cerebrais, além de efeitos hepatotóxicos através de

degeneração hidrópica e M. arvensis que pode levar à infertilidade pelo uso contínuo.

Page 59: Anais 19smpm

59

ERVAS CIDREIRAS: É FÁCIL DIFERENCIAR?

Aline Melissa Alves Rodrigues da Silva*1; Juliana Godinho1; Layse Amaral1; Vanessa Viana1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Ervas cidreiras, Plantas medicinais, Atividade farmacológica.

RESUMO

O emprego correto de plantas para fins terapêuticos pela população requer o uso de plantas

medicinais selecionadas por sua eficácia e segurança terapêuticas, baseadas na tradição popular

ou cientificamente validadas como medicinais. Sabe-se que no Brasil são reconhecidos, ao

menos, três tipos diferentes de ervas cidreiras. Neste trabalho, objetivou-se diferenciar os três

principais tipos de ervas-cidreiras com base na literatura: Lippia alba, Cymbopogon citratus e

Melissa officinalis, e informar a população sobre seus usos corretos. A erva cidreira oficial

denominada M. officinalis apresenta porte herbáceo, com folhas ovais, rugosas e com bordas

serrilhadas, suas flores variam do branco ao amarelo e rosa. O capim limão (C. citratus) é

reconhecido por suas folhas finas, compridas e cortantes, que crescem, formando moita. A L. alba

por ter uma aparência igual a erva cidreira verdadeira, é também conhecida como erva cidreira

falsa, é um subarbusto de morfologia variável, alcançando até um metro e meio de altura,

raramente dois metros, nativa de quase todo o território brasileiro. A partir de visitas realizadas na

Unidade de Saúde do Bairro Santos Dumont (Estratégia Saúde da Família - ESF) em março de

2013 foram analisados prontuários da unidade e selecionadas famílias para serem visitadas pelos

alunos da Universidade Federal de São João del-Rei, na disciplina de Estágio III. Foram coletados

dados sobre o uso de plantas medicinais por diferentes famílias e para diversos fins, através de

questionário. As informações obtidas foram confrontadas com dados da literatura disponíveis em

bases de dados usuais como o Scielo, Farmacopeia Brasileira 5ª ed., Anvisa, dentre outros. Na

revisão da literatura verificou-se que M. officinalis tem como principais constituintes químicos o

citronelal, neral e geranial. L. alba possui citral, linalol e carvona, e C. citratus, citral e mirceno.

Entre os efeitos farmacológicos e indicações das ervas cidreiras, destacam-se: L. alba - ação

antiespasmódica, moluscicida, calmante, digestiva, estomáquica, carminativa, relaxante, anti-

hipertensiva; C. citratus - atividade germicida, repelentes de insetos, estomáquica, antifebril,

analgésica, antigripal, antiespasmódica, calmante, sedativa, sudorífera, carminativa, diurética e

antirreumática; M. officinalis - atividade antiviral (uso tópico), antiespasmódica, sedativa, calmante

e digestiva. Conclui-se que as três espécies possuem alguns constituintes químicos e efeitos

farmacológicos comuns, porém devem ser utilizadas com precaução e devem ser evitadas por

hipotensos.

Page 60: Anais 19smpm

60

AVALIAÇÃO DO USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS COM EFEITO CALMANTE

PELA POPULAÇÃO DE DIVINÓPOLIS-MG

Thaís Resende Batista¹; Thaiane Pinto Moreira*¹; Flávia Vieira Maciel¹; Gabrielle Kéfrem¹

¹Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Ansiedade, Citral, Depressão, Apigenina, Uso racional.

RESUMO

O uso de plantas medicinais é uma prática antiga que abrange o tratamento de diversas

enfermidades. Este trabalho teve como objetivo buscar na literatura dados que comprovem as

propriedades químicas e farmacológicas de plantas medicinais utilizadas devido às suas ações no

sistema nervoso central (SNC) por moradores de Divinópolis-MG e, posteriormente, realizar uma

devolutiva a essa população. Através de visitas realizadas em duas Unidades de Estratégia da

Família, Santos Dumont e Nossa Senhora das Graças, em Divinópolis, percebeu-se a

necessidade de estudar as características químicas, farmacológicas, bem como os riscos de

toxicidade associados às plantas medicinais empregadas para tratar distúrbios, como ansiedade e

depressão, em usuários destas Unidades. De acordo com a prevalência de uso na região, as

seguintes espécies foram definidas para estudo: Cymbopogon citratus, Melissa officinalis, Lippia

Alba, Matricaria recutita, Ocimum gratissimum e Ocimum basilicum. De posse das espécies, foram

utilizadas como bases de dados Scielo, Pubmed e Google Acadêmico. Das plantas estudadas,

foram identificadas em quatro delas propriedades que confirmam suas ações no SNC. Nas

espécies C. citratus, M. officinalis e L. Alba, o composto responsável pela ação calmante é o citral,

que age deprimindo o SNC através dos receptores benzodiazepínicos. Entretanto, o uso do chá

de folhas de C. citratus é contraindicado para gestantes, pois estimula contrações uterinas, o que

lhe confere potencial abortivo. O. basilicum, por sua vez, também apresenta o citral em sua

constituição, porém não há comprovações científicas para este efeito terapêutico, além de

existirem relatos de toxicidade quando usado oralmente. Quanto à M. recutita, possui a apigenina

(flavonóide) como composto ativo, a qual apresenta um mecanismo de ação semelhante ao do

citral. Por fim, para O. gratissimum não foram encontrados relatos de compostos ativos que

confirmem estes efeitos terapêuticos. Como resultado, foi possível concluir que há necessidade de

direcionar informações de qualidade para a população em questão, pois apesar de algumas

espécies de plantas medicinais confirmarem o seu uso etnobotânico, outras podem ser tóxicas e

contraindicadas para certos indivíduos ou nem mesmo possuírem propriedades farmacológicas

para as quais estão sendo utilizadas. Assim, para um maior discernimento quanto à utilização

correta destas plantas no tratamento de doenças, justifica-se a montagem de boletins informativos

sobre as mesmas, os quais serão divulgados e entregues aos usuários das Unidades em pauta.

Page 61: Anais 19smpm

61

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS POR GESTANTES CADASTRADAS

EM UNIDADES DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS-MG

Alexandra Rodrigues Alves1*; Sarah Elisa de Morais1; Fernanda Luisa da Silva Faleiro1; Lívia

Aparecida Lopes Tarôco1

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Plantas Medicinais, Etnobotânica, Gestantes.

RESUMO

Grande parte da população encontra nas plantas medicinais uma importante fonte de recurso

terapêutico, devido à facilidade para aquisição e um baixo custo operacional. Entretanto, o uso de

plantas medicinais por gestantes é um problema de saúde pública, uma vez que as gestantes

fazem o uso de plantas sem saber os possíveis efeitos causados por esse tipo de terapia. Vale

ressaltar, que este período na vida da mulher exige cuidados especiais, principalmente no

primeiro trimestre de gestação. Este trabalho teve como objetivo realizar levantamento

etnobotânico junto a gestantes cadastradas em unidades de Estratégia da Saúde da Família

(ESF) em Divinópolis – MG, no período de setembro a novembro de 2012. A partir dos dados

coletados realizou-se levantamento em bases de dados para buscar comprovação científica

relacionada ao uso das espécies utilizadas. As espécies citadas foram o capim-santo

(Cymbopogon citratus - Poaceae), erva-doce (Pimpinella anisum - Apiaceae.), guaco (Mikania sp.

- Asteraceae) e hortelã (Mentha sp. - Lamiaceae). O capim santo possui propriedades

antiespasmódica, analgésica, e é utilizada para o alívio de cólicas uterinas e intestinais. No óleo

essencial encontra-se o citral com propriedades antimicrobianas, podendo contribuir para a

melhora das patologias no organismo do hospedeiro. Esta planta é contra-indicada durante a

gravidez, pois, estimula o útero e o fluxo menstrual. No que diz respeito a erva-doce, suas

principais ações farmacológicas se encontram no aparelho digestivo e respiratório devido aos

efeitos carminativos e expectorante. Apesar de suas ações farmacológicas, não há estudos

toxicológicos que garantam a sua utilização de forma segura e eficaz. É considerada abortiva e

galactagoga, devido à presença do anetol e pode provocar dermatite de contato em pessoas

hipersensíveis. O guaco possui propriedade broncodilatadora e expectorante, devido à presença

de cumarinas. Segundo dados da literatura, esta planta é contra indicada para pacientes com

distúrbios de coagulação sanguínea e doenças crônicas do fígado por interagir com

antiinflamatórios não-esteroidais, interferindo na coagulação sanguínea. Com relação a hortelã,

dentre as suas propriedades terapêuticas destacam-se a ação vermífuga, antiespasmódica e

antiinflamatória, devido à presença do mentol presente no óleo essencial. Segundo estudos

clínicos, a hortelã é contra-indicada na gestação, por ser teratogênica e emenagoga e durante a

lactação, pois, pode causar dispnéia e asfixia. É importante ressaltar que as plantas mencionadas

possuem princípios ativos característicos, os quais levam a sua utilização para o tratamento de

determinadas enfermidades, porém devem ser utilizadas com cautela por gestantes, por

possuírem propriedades emenagogas, abortivas e hemorrágicas.

Page 62: Anais 19smpm

62

AVALIAÇÃO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS COM PROPRIEDADES ANTI-

INFLAMATÓRIAS NO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS - MG

Vanessa Rabello Lovissi Sousa Oliveira1; Thais Gallo Villar1*; Fernanda Marinez de Sousa1;

William Gustavo de Lima1

1 Universidade Federal de São João Del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Etnobotânica, Plantas anti-inflamatórias, Erva-de-santa-maria, Malva, Arnica.

RESUMO

Diversas espécies de plantas são utilizadas com o objetivo de promover a melhora do perfil

inflamatório, que se caracteriza por respostas imunológicas lesivas e patológicas. O presente

trabalho buscou descrever as propriedades farmacodinâmicas que medeiam à atividade

antiinflamatória das principais espécies de plantas utilizadas para este fim no município de

Divinópolis, bem como elucidar possíveis efeitos adversos relacionados à toxicidade destas

plantas medicinais, e correlacionar o uso popular com o reportado na literatura. A coleta dos

dados foi realizada através de visitas domiciliares em dez famílias usuárias das unidades de

saúde dos bairros Morada Nova e Santos Dumont, em Divinópolis. Após estas visitas foram

coletados os dados etnobotânicos de plantas utilizadas por estes pacientes contra processos

inflamatórios. Com os dados coletados, foi realizada uma exaustiva revisão literária com o objetivo

de verificar as propriedades farmacodinâmicas que validassem o uso destas plantas como anti-

inflamatórias, a possível toxicidade e a correta via de administração prevista nas resoluções

vigentes. As informações coletadas na revisão foram confrontadas com as descritas pelo paciente

a fim de analisar a compatibilidade entre o uso popular e os relatos científicos. Das dez famílias

visitadas, quatro faziam o uso de plantas medicinais com o objetivo de tratar processos

inflamatórios. As espécies citadas foram a erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides),

arnica (Solidago chilensis) e malva (Malva sylvestris). Foi observado que o uso popular estava

correto conforme a literatura. Entretanto, verificou-se que a arnica (Solidago chilensis) e a erva-de-

santa-maria (Chenopodium ambrosioides) possuem uma forte toxicidade quando usadas

oralmente, sendo, por isto, contra-indicadas nesta forma de administração. Os pacientes, que

utilizavam estas plantas, as administravam topicamente, demonstrando o conhecimento destas

propriedades. As atividades anti-inflamatórias destas espécies estão relacionadas a redução da

produção de mediadores pró-inflamatórios, ao aumento da síntese de mediadores anti-

inflamatórios, na redução da migração leucocitária e na inibição de enzimas que participam do

processo inflamatório, comprovando assim a atividade anti-inflamatória de todas as espécies

citadas. Concluiu-se que a população que utiliza erva-de-santa-maria (Chenopodium

ambrosioides), arnica (Solidago chilensis) e malva (Malva sylvestris) com finalidade anti-

inflamatória, por via tópica, utiliza por tradição. Entretanto, mesmo inconsciente da toxicidade

destas espécies, a forma de utilização está correta. As atividades anti-inflamatórias das plantas

medicinais citadas no presente estudo foram confirmadas a partir de relatos científicos

etnofarmacológicos.

Page 63: Anais 19smpm

Farmacognosia, Fitoquímica e

Química Medicinal

Page 64: Anais 19smpm

64

AVALIAÇÃO DE FENOIS, FLAVONOIDES E TANINOS TOTAIS EM Cordiera sessilis (Vell.)

Kuntze (RUBIACEAE)

Thaiz Rodrigues Teixeira1*; Ana Hortência Fonseca Castro1; Ariana Campos Tortelote1; Mairon

César Coimbra1

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: C. sessilis, marmelinho, compostos fenólicos.

RESUMO

Marmelinho ou Cordiera sessilis é um arbusto ramificado que apresenta propriedades nutritivas e

medicinais, suas folhas e ramos são empregados em afecções da pele. Este trabalho teve como

objetivo determinar os teores de compostos fenólicos, em folhas coletadas nas estações seca e

chuvosa. Aproximadamente 200mg das amostras secas e trituradas foram extraídas com 10 mL

de uma mistura de metanol:água (1:1), sob maceração a frio, com agitação constante por 4 horas.

O extrato obtido foi empregado na determinação dos teores de fenois, taninos e flavonoides totais

a partir dos métodos de Folin-Denis, Difusão radial e Stahl e Schild, respectivamente. Uma

alíquota de 50 μL do extrato foi utilizada para a determinação dos teores de fenois totais e o

resultado expresso em porcentagem de ácido tânico, por g de matéria seca. Para o doseamento

de taninos, 5 mL do extrato foi concentrado e posteriormente retomado com metanol:água (1:1).

Uma alíquota de 15 μL foi utilizada na determinação e o resultado foi expresso em porcentagem

de tanino, por g de matéria seca. Para flavonoides, uma alíquota de 500 μL do extrato

previamente preparado foi utilizada, sendo o resultado expresso em percentagem de flavonoide,

por g de matéria seca. Os resultados obtidos mostraram que as folhas apresentam teores de

fenois e flavonoides totais maiores na estação seca (2,73 ± 0,52 e 1,79 ± 0,30%,

respectivamente), verificando-se diferença significativa entre as estações (p<0,05). Não se

verificou taninos totais nas amostras testadas. Os consideráveis teores de metabólitos de

natureza fenólica presentes no marmelinho, responsáveis por suas atividades farmacológicas nos

levam a considerar as folhas de C. sessilis como uma fonte sustentável e renovável que podem

ser utilizadas para fins medicinais.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 65: Anais 19smpm

65

TRIAGEM VIRTUAL INVERSA DE COMPOSTOS NATURAIS UTILIZANDO O OUR OWN

MOLECULAR TARGETS DATA BANK (OOMT)

Flávia Vieira Maciel¹*; Ana Paula Carregal¹; Alex Gutterres Taranto¹; Moacyr Comar Júnior¹.

¹Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Triagem virtual inversa, OOMT.

RESUMO

As plantas constituem uma fonte abundante de compostos protótipos para o desenvolvimento de

novos fármacos. Estima-se que existem 250.000 espécies de plantas, 85% das quais ainda não

foram investigadas. Apesar de o Brasil ter uma flora abundante e variada, o desenvolvimento de

fármacos no país está restrito a realização de ensaios pré-clínicos para predição da atividade

biológica destes compostos. A quimioinformática é uma metodologia que pode contribuir para o

estudo destes compostos predizendo suas propriedades farmacológicas. Consequentemente, o

número de ensaios biológicos a serem realizados passa a ser menor. Métodos de

quimioinformática podem ser usados para predizer os alvos moleculares por triagem virtual. Esta

metodologia é denominada de Triagem Virtual Inversa (TVI). O objetivo deste trabalho é realizar

estudos de TVI utilizando o Our Own Molecular Targets Data Bank (OOMT) a fim de sugerir

possíveis compostos protótipos para específicos alvos moleculares, facilitando o processo de

descoberta de novos fármacos. Cento e cinquenta compostos naturais, previamente depositados

no banco de dados ZINC fornecidos pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS),

foram gerados e submetidos à otimização de geometria pelo método universal force field (UFF).

Em seguida, os compostos foram submetidos ao cálculo de ancoragem molecular usando o

programa AutodockVina. Os compostos foram ancorados contra 36 alvos moleculares presentes

no OOMT, os quais foram determinados as respectivas energias de ligação. A seguir, a equação δ

= Energia de Ligação compostos/Energia de Ligação do ligante cristalográfico (determinada

previamente) foi aplicada para cada simulação. Os compostos que apresentaram δ ≥ 1 foram

selecionados para posterior ensaio biológico. Como resultado, dentre os 150 compostos

simulados, 143 obtiveram valor de δ ≥ 1, sugerindo o respectivo alvo molecular. Adicionalmente,

os alvos mais promissores para os 143 compostos foram apenas 03 - PDB: 1W6M, 1GKC e

1DDX. Estes alvos moleculares estão envolvidos na fisiopatologia do câncer e no metabolismo de

ácido aracdônico (processo inflamatório). Esta metodologia sugere que estes compostos devam

ser submetidos aos ensaios aplicados a estas patologias. A realização de 150 ensaios biológicos

demandaria muito tempo e recursos, os quais não estão disponíveis no presente momento. Dessa

forma, o processo de TVI aplicado ao OOMT foi capaz de reduzir de 5.400 para 429 ensaios

experimentais a serem realizados para a busca de um novo composto protótipo a partir de fontes

naturais.

Page 66: Anais 19smpm

66

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO E DAS FRAÇÕES

OBTIDAS DO FRUTO MADURO DE Solanum sp

Melissa Grazielle Morais1*; Guilherme Augusto Ferreira da Costa1; Jaqueline Maria Siqueira

Ferreira1; Luciana Alves Rodrigues dos Santos Lima1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Extrato, Frações, Radicais livres, Antioxidante.

RESUMO

As oxidações de moléculas biológicas geram a formação de radicais livres que podem ser fatores

indutores ou agravantes de doenças degenerativas e acelerar o envelhecimento. Assim, o objetivo

deste trabalho foi avaliar a atividade antioxidante do extrato etanólico e das frações obtidos dos

frutos maduros de Solanum sp., baseando-se na capacidade de capturar radicais livres de DPPH

(1,1-difenil-2-picril-hidrazila). O fruto maduro foi coletado, secado em estufa, triturado em moinho

de facas e extraído por percolação com etanol P.A., obtendo-se o extrato etanólico. Este foi

fracionado por partição com solventes de polaridades crescentes, obtendo-se as frações

hexânica, diclorometânica, acetoetílica de etila e hidroetanólica. A atividade antioxidante do

extrato etanólico e frações em capturar radicais livres de DPPH foi determinada por método

quantitativo espectrofotômetro em placa de 96 poços, utilizando-se as amostras nas diluições 500,

250, 100, 10 e 1 mg/ml, e BHT (2,6-di-tert-butil-4-metilfenol) como composto de referência, com as

mesmas concentrações. Foi determinado o percentual de radicais livres capturados e também a

concentração efetiva capaz de capturar 50% dos radicais livres de DPPH (CE50). Nas

concentrações de 1 e 10 mg/ml, o extrato etanólico e todas as frações apresentaram maior

atividade antioxidante do que o BHT. O extrato etanólico e as frações diclorometânica e

acetoetílica também foram mais efetivos que o padrão BHT, nas concentrações de 100, 250 e 500

mg/ml. As frações diclorometânica e acetoetílica apresentaram menores CE50 do que o padrão

BHT, sendo esses valores de 2,96 e 8,38 mg/ml, respectivamente, enquanto do BHT foi de 16,36

mg/ml. Os resultados mostram que os frutos maduros de Solanum sp. representam uma fonte de

substâncias antioxidantes que podem ser futuramente isoladas e utilizadas na síntese de

cosméticos, fármacos, alimentos e produtos nutracêuticos, contribuindo na prevenção de doenças

degenerativas e o envelhecimento.

Apoio Financeiro: FAPEMIG/UFSJ e CNPq.

Page 67: Anais 19smpm

67

TRIAGEM FITOQUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO

ETANÓLICO DE Tibouchina granulosa

Lorena Sales Ferreira1*; Aline Guerra Lacerda1; Thaís Paiva Porto1; Aline Rocha Melo1; Amanda

de Sousa Ramos1.

1 Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Tibouchina granulosa, Análise fitoquímica, Atividade antioxidante

RESUMO

Tibouchina granulosa, popularmente conhecida como quaresmeira ou quaresmeira-roxa, é uma

planta originária do Brasil e pertencente à família Melastomataceae. É encontrada principalmente

na região Sul e Sudeste, sendo perenifólia, apresentando belas floradas e muito utilizada como

planta ornamental. Na medicina popular é conhecida sua utilização no tratamento de inchaços,

doenças de pele e tosses, entretanto existem poucos estudos fitoquímicos sobre a espécie.

Assim, o objetivo do presente trabalho foi a triagem fitoquímica para os principais grupos de

metabólitos secundários (flavonóides, taninos, saponinas, alcalóides e cumarinas) presentes no

extrato etanólico das folhas de T. granulosa e posterior avaliação da sua atividade antioxidante. O

material foi coletado e secado por sete dias, em estufa a 40 ºC. Posteriormente, o material seco

foi macerado com etanol 70%. Após esse período, o material foi filtrado e o solvente foi retirado

em rotavapor. A caracterização dos principais grupos de metabólitos secundários foi feita por

reações químicas que resultam no desenvolvimento de coloração e/ou precipitação

características. A atividade antioxidante foi determinada através da capacidade dos antioxidantes

presentes nas amostras em seqüestrar o radical estável DPPH. Durante a secagem a planta

perdeu 62,49% do peso, correspondente à água presente nas folhas. Pela análise dos metabolitos

secundários foi detectada a presença de flavonóides, taninos, saponinas, alcalóides e cumarinas.

O extrato etanólico apresentou atividade antioxidante de 86,30% e esta boa atividade pode ser

devido à presença de compostos fenólicos, como taninos e flavonóides. Pelos resultados obtidos,

pode-se sugerir que a planta possui um grande potencial de utilização na medicina terapêutica,

indicando que estudos posteriores devem ser realizados para uma melhor caracterização da

mesma.

Apoio Financeiro: Os autores agradecem a Universidade Federal de São João del-Rei pelo

suporte na realização dos experimentos.

Page 68: Anais 19smpm

68

ALCALÓIDE TROPÂNICO EM Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. (ERYTHROXYLACEAE)

Fernanda de Fátima Souza de Oliveira1*; Cristiane Fernanda Fuzer Grael1; Maria das Graças Lins

Brandão2

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; 2Universidade Federal de Minas

Gerais.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: E. suberosum, Alcaloides, CG/EM.

RESUMO

A espécie Erythroxylum suberosum, de ocorrência comum no Cerrado brasileiro, é conhecida

popularmente como galinha-choca e mercúrio-do-campo. Usada na medicina popular como

anestésico, antirreumático e contra má digestão, esta espécie foi descrita por naturalistas

europeus que viajaram pelo Brasil no século XIX. O francês Auguste de Saint-Hilaire, em sua obra

Plantas Usuais dos Brasileiros, relata a utilização da espécie para obtenção de um pigmento

castanho-avermelhado. O gênero Erythroxylum é caracterizado pela presença de alcalóides

tropânicos, como a cocaína (produzida em grande quantidade nas folhas de E. coca e

E.novogranatense), tropacocaína, metilecgonidina, tropinona e outros. Pesquisa fitoquímica

anterior do extrato etanólico de E. suberosum revelou por Cromatografia em Camada Delgada

(CCD) a presença de flavonóides, triterpenos, esteróides, taninos, heterosídeos cardiotônicos,

saponinas, proantocianidinas e alcalóides. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de

alcalóides tropânicos nas folhas de E. suberosum. As folhas de E. suberosum foram coletadas em

Diamantina, Minas Gerais (S18°13.890’, W 043°35.282’). Uma exsicata foi depositada no Herbário

Dendrológico Jeanine Felfili (UFVJM), sob o número de registro 1189. As folhas foram

dessecadas em estufa de ar circulante a 35 °C e, posteriormente, pulverizadas em moinho de

facas. O material pulverizado (240g) foi extraído pelo Método Stas-Otto (Extração Ácido-Base).

Este extrato foi analisado por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas

(CG/EM). A análise foi realizada em coluna capilar de sílica fundida DB5-ms (30m × 0,25 mm x

0,25 μm). O hélio foi usado como gás de arraste a uma vazão de 1,2 mL/min. As temperaturas do

injetor e do detector foram 260°C e 300°C, respectivamente. Utilizou-se para análise a

temperatura 60°C por 2 min, 60-120°C (30°C/min), 120-220°C (10°C/min), 220-300°C (5°C/min),

300°C por 20 min. O extrato preparado pelo Método Stas-Otto apresentou massa de 27 mg,

obtendo-se um rendimento de 0,011%. A análise em CG/EM possibilitou a identificação dos

triterpenos β-sitosterol (5,13%) e lupeol (1,46%). Detectou-se também a presença do alcalóide

tropânico tropacocaína (0,76%). Esta substância já foi identificada em outras espécies do gênero

Erythroxylum, porém, é a primeira vez que é encontrada em E. suberosum. Esta espécie

necessita de mais estudos sobre sua composição química, além de pesquisas farmacológicas e

toxicológicas, uma vez que é usada na medicina tradicional a mais de 200 anos, conforme

descrição de naturalistas europeus (Século XIX). Estudos realizados com plantas brasileiras são

importantes na valorização da flora nativa de nosso país.

Apoio Financeiro: CNPq.

Page 69: Anais 19smpm

69

ISOLAMENTO DE ALCALÓIDES APORFÍNICOS DE Duguetia furfuraceae E TENTATVA DE

COMPLEXAÇÃO COM COBRE

Sara Batista do Nascimento1*; Isabela Cristina Nunes e Sá1; Rafael César Russo Chagas1; Luis

Fernando Soares1; João Máximo de Siqueira1.

1Universidade Federal de São João del-Rei

.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Alcalóide aporfínico, Duguetia furfuraceae, Complexação com cobre.

RESUMO

Duguetia furfuraceae é um arbusto, típico do cerrado seco da região central do Brasil, pertencente

à família Annonaceae. A classe de compostos químicos mais comuns nessa família são os

alcalóides com predominância do tipo aporfínico e oxaporfinico. São conhecidas atividades

biológicas e farmacológicas desses alcalóides: citotóxica, antimicrobiana, antibacteriana e

antifúngica, antileishimaniose O objetivo do presente estudo é o isolamento de alcaloides

de Duguetia furfuraceae, e tentativa de complexação com metal Cobre. Obtenção do extrato

alcaloídico, submetendo-se a casca do caule de Duguetia Furfuracea à marcha química para

alcalóides. Realização de coluna cromatográfica com o extrato obtido na marcha química, e a

coleta feita a com acompanhamento de luz ultravioleta. A fração 2 (F2) que obteve perfil semi-

purificado, e maior concentração de alcaloides (visualização por Cromatografia em Camada

Delgada) foi submetida a análise no Espectro de Massas, para a qual preparou-se soluções na

concentração de aproximadamente 0,7 µg/ml em metanol. Para verificar a complexação da

Fração 2 com Sulfato de Cobre, realizou-se a varredura da fração em espectrofotômetro, em

seguida foi adicionado concentrações crescentes de sulfato de cobre CuSO4.5H2O. Realizou-se a

varredura da solução amostra + sulfato de cobre para posterior comparação dos perfis obtidos. A

presença de alcalóides no extrato da casca do caule de Duguetia furfuracea, resultante da marcha

química para alcalóides, foi comprovada por CCD, utilizando revelador Dragendorff, que revela

alcalóides. Ao se comparar o espectro da amostra original, com espectro da solução

amostra+CuSO4 em concentrações crescentes de cobre, foi possível observar que não ocorreu a

complexação, uma vez que não se observou um deslocamento no perfil da amostra com a adição

do cobre. A análise por espectrometria de massas mostrou que a F2 (não totalmente pura)

apresenta picos de íons de massa que podem corresponder aos picos [M+H] típico de alcalóide

aporfinico. Não houve complexação do alcalóide contido na F2 com o metal Cobre. Na análise dos

espectros de UV da amostra original com os dados do espectro de massas observa-se o perfil do

espetro no UV semelhante à aporfínico. O espectro de massas também apresenta o pico quasi-

molar [M+H] consistente com aporfínico.

Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq.

Page 70: Anais 19smpm

70

TRIAGEM FITOQUÍMICA PRELIMINAR E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN

VITRO DE EXTRATOS DE Costus spicatus

Aline Aparecida Saldanha1*; Marcela Ísis Morais1; Sara Campos Gonçalves1; Ana Paula de

Oliveira1; Luciana Alves Rodrigues dos Santos Lima1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Triagem fitoquímica preliminar, Antioxidante, Costus spicatus.

RESUMO

Costus spicatus (Costaceae), conhecida popularmente como cana-de-macaco, é uma planta

vigorosa e florífera. Informações etnobotânicas mostram que as raízes e os rizomas desta planta

são empregados como diurético, tônico, emenagogo e diaforético. O suco da haste fresca é

utilizado no tratamento da gonorréia, sífilis, nefrite, picadas de insetos e diabetes. O objetivo

desse trabalho foi realizar a triagem fitoquímica preliminar e avaliar a atividade antioxidante in vitro

do extrato etanólico e das frações obtidos das folhas de Costus spicatus. As folhas frescas de

Costus spicatus foram coletadas, rasuradas e submetidas à maceração com etanol por sete dias.

O extrato etanólico obtido foi submetido à partição por solventes obtendo-se as frações hexânica,

diclorometânica, acetoetílica e hidroetanólica. Para a triagem fitoquímica, foram utilizadas a

reação de Lieberman-Burchard (esteroides/triterpenos), reação com ácido sulfúrico concentrado

(flavonoides), reação com cloreto férrico (taninos), reação com Drangendorff (alcaloides), reação

com solução alcalina (cumarinas) e o teste de espuma persistente (saponinas). A avaliação da

atividade antioxidante in vitro foi realizada pelo método de descoloração do radical livre DPPH

empregando as frações e o extrato na concentração de 200 µg/mL. A triagem fitoquímica

preliminar revelou a presença de esteroides/triterpenos no extrato etanólico e na fração

hidroetanólica. Na fração acetoetílica foi observada a presença de flavonoides, taninos e

cumarinas. A fração diclorometânica apresentou resultado positivo para cumarinas. Nenhuma das

amostras apresentou resultado positivo para a presença de saponinas e alcaloides. A atividade

antioxidante das frações acetoetílica e hidroetanólica foi significativa, sendo a porcentagem de

inibição do DPPH de ambas superior a 90% (97,68% e 97,44%, respectivamente). Esta ação,

possivelmente, deve-se a presença de compostos como os triterpenos, flavonoides, taninos e

cumarinas, evidenciados pela triagem fitoquímica preliminar. A menor atividade antioxidante

observada foi a do extrato etanólico, com 56,38% de inibição. Já a porcentagem de inibição de

DPPH pelas frações hexânica e diclorometânica foi de 64,45% e 70,83%, respectivamente. A

fração acetoetílica obtida das folhas de Costus spicatus apresentou a presença de flavonoides,

taninos e cumarinas e melhor atividade antioxidante in vitro de 97,68%, sendo essa devido à

presença de compostos fenólicos, possivelmente.

Page 71: Anais 19smpm

71

EXTRAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DA CITRONELA (Cymbopogon cf. winterianus G.) E

PREPARO DE REPELENTES

Roziane Pereira Paiva1*; Débora S. B. de Castro1; Ana J. P. S. Gomes1; Mairon C. Coimbra1;

Débora S. Silva2; Mônica S. Antunes2; João M. de Siqueira1

1Universidade Federal de São João del-Rei; 2Centro Sócio Educativo de Divinópolis.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Óleo; Citronela; Hidrodestilação; Repelente.

RESUMO

A citronela (Cymbopogon cf. winterianus) é uma planta perene da família Poaceae. Possui um

óleo volátil nas folhas que é repelente de mosquitos, e em sua constituição química encontra-se o

citronelal ou citronela que é citada como a substância responsável pela atividade. Os óleos

essenciais são lipofílicos, voláteis, o que confere odor característico a planta, constituindo-se fonte

importante de aromatizantes em perfumaria e especiarias. Além disso, são bastante utilizados em

ambientes domésticos devido a volatilidade, através de difusores elétricos ou velas aromáticas,

podendo ainda serem incorporados em cremes. Os objetivos deste trabalho foram realizar a

extração do óleo essencial das folhas de citronela, e a sua incorporação em velas e cremes de

uso tópico para uso como repelentes. A planta foi coletada no Centro Sócio Educativo de

Divinópolis-MG. Para a produção do óleo, 50 g de folhas frescas foram adicionadas a 300 mL de

água destilada e extraídas por hidrodestilação, em aparelho tipo Clevenger, durante 6 horas. Os

constituintes do óleo essencial foram visualizados por cromatografia em camada delgada (CCD)

em placas de sílica-gel 10 x 10 cm, eluídas em cuba contendo Tolueno/Acetato de Etila (93:7 v/v).

Revelou-se as placas borrifando vanilina/H2SO4, seguida de aquecimento até o aparecimento de

manchas. O óleo volátil obtido apresentou em CCD uma predominância de citronelal. Diante desta

detecção, foram preparadas as velas de citronela p/p a 1%, na proporção de 200 g de grânulos de

parafina para 2 g do óleo. O banho foi aquecido a 70°C, e a parafina derretida no almofariz para

manutenção da temperatura. O molde da vela com o pavio foi previamente posicionado, e o óleo

acrescido à medida que a parafina se fundia. O molde, então, foi preenchido com a solução e

deixado em repouso para fixação. Para o desenvolvimento da formulação do creme experimental

com citronela, foi utilizado o óleo essencial v/p a 1%, antioxidante BHT a 0,05% e creme polawax

como base, na quantidade suficiente para 50 g. A metodologia empregada para extração de óleo

essencial contendo citronela demonstrou eficácia para a preparação de produtos aromáticos. A

expectativa do projeto de extensão é produzir tais formulações caseiras para uso dos internos do

Centro Sócio Educativo desta cidade, assim como conduzir atividades de geração de

conhecimento e futura aplicabilidade em maior escala.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG e UFSJ.

Page 72: Anais 19smpm

72

ESTUDO DO EXTRATO E ÓLEO ESSENCIAL DO TOMILHO (Thymus cf. vulgaris L.) E

PREPARO DE TALCO MEDICINAL

Roziane Pereira Paiva1*;Débora S. B. de Castro1;Ana J.P.S.Gomes1;Mairon C.Coimbra1;Débora

S.Silva2; Mônica S. Antunes2;João M. de Siqueira1

1Universidade Federal de São João del-Rei; 2Centro Sócio Educativo de Divinópolis.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Óleo; Tomilho; Hidrodestilação; Extração.

RESUMO

O Thymus,conhecido como tomilho,é uma planta da família Lamiaceae,nativa da região do

Mediterrâneo, introduzida no Brasil devido seu uso como planta condimentar. Outras espécies

dessa família têm o mesmo fim, como a sálvia, manjericão e orégano. O tomilho é fonte do óleo

essencial rico em timol. Este óleo essencial possui atividades antimicrobiana, carminativa e

expectorante atribuídas, principalmente, ao timol e ao seu isômero, carvacrol. Os óleos essenciais

são utilizados em diversos setores da indústria, podendo ser derivados de diferentes partes da

planta e de variadas espécies vegetais aromáticas, além de ter uma constituição bem diversificada

formada de derivados terpenoides e fenilpropanoides. O presente trabalho teve como objetivos a

extração das folhas do tomilho através de solvente usual (álcool etílico) e por hidrodestilação, para

obtenção de extrato e óleo essencial, respectivamente, a fim de se observar a autenticidade do

material adquirido, que futuramente será empregado em formulações magistrais por internos de

um programa sócio-educativo. Essas extrações foram submetidas à avaliação qualitativa por

cromatografia em camada delgada (CCD), visando detectar o seu principal constituinte, o timol. A

espécie foi coletada no cultivar do Centro Sócio Educativo de Divinópolis-MG. Para a obtenção do

extrato, 20 g de folhas secas e trituradas foram acondicionadas em cartucho de papel absorvente,

sendo adicionado ao sistema extrativo 150 mL de álcool etílico durante 4 horas. Para a extração

do óleo volátil, 50 g de folhas frescas foram adicionadas a 300 mL de água destilada e extraídas

em aparelho tipo Clevenger, durante 6 horas. O extrato etanólico e o óleo essencial obtidos foram

submetidos a cromatografia em camada delgada (CCD) em placas de sílica-gel 10x10 cm, eluídas

em cuba contendo Tolueno/Acetato de Etila (93:7 v/v) .Revelou-se as placas borrifando

vanilina/H2SO4,seguida de aquecimento até o aparecimento de manchas. O óleo obtido por

hidrodestilação apresentou em CCD uma mancha de coloração vermelho violáceo e fator de

retenção (Rf) igual a 0,5, sendo todo o seu perfil semelhante ao documentado para a

espécie Thymi herba, tendo o timol este Rf e coloração. Quando comparadas as duas

metodologias, a de hidrodestilação se mostrou mais efetiva na extração do timol. A perspectiva do

estudo abrange além de extrações de óleos essenciais, a avaliação cromatográfica e a

incorporação destes a um veículo para uso caseiro, a partir das propriedades biológicas atribuídas

à planta medicinal cultivada.

Apoio Financeiro:CNPq,FAPEMIG e UFSJ.

Page 73: Anais 19smpm

73

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS E FLAVONOIDES EM EXTRATOS DE Litchi

chinensis Sonn. (SAPINDACEAE)

Marisa de Oliveira Lopes1*; Ana Flávia da Silva1; Diego Pinto de Oliveira1; Marcelo Aparecido da

Silva1; Geraldo Alves-da-Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Lichia, Compostos fenólicos, Flavonoides, Plantas medicinais.

RESUMO

Litchi chinensis Sonn. é uma espécie frutífera originária da China e conhecida popularmente no

Brasil como lichieira. É considerada uma espécie medicinal em muitos países, em especial pela

medicina tradicional chinesa, porém, no Brasil os estudos desta espécie são restritos. O

doseamento dos metabólitos secundários presentes em uma espécie vegetal é de grande

importância, principalmente dos compostos fenólicos e flavonoides, pois estes compostos estão

envolvidos na adequação da planta ao seu meio, através de diferentes funções, tais como: defesa

contra herbívoros, proteção contra raios UV, atração de polinizadores e atividade antimicrobiana.

Objetivou-se então, com este trabalho, quantificar o teor de fenóis totais e flavonoides presentes

na raiz, no caule e nas folhas desta espécie. Os órgãos da espécie vegetal foram coletados no

município de Alfenas-MG, divididos e submetidos à secagem em estufa com circulação de ar a 45

ºC até a completa secagem e pulverizados em moinho de facas. Os extratos foram obtidos pelo

método de extração exaustiva através de percolação simples utilizando como líquido extrator a

mistura hidroetanólica a 70%. Posteriormente, os extratos foram reduzidos pelo processo de

rotaevaporação e, finalmente, secos por liofilização. Amostras dos extratos foram então avaliadas

quantitativamente, em triplicata, pelo método de Folin-Ciocalteau para fenóis totais, utilizando o

ácido gálico como padrão. Os flavonoides foram dosados pelo método colorimétrico da quelação

com alumínio por espectrometria no UV, utilizando a quercetina como padrão. Observa-se, com os

dados da dosagem quantitativa, que os compostos fenólicos presentes na espécie L. chinensis

encontram-se distribuídos uniformemente entre a raiz, o caule e as folhas, com teores que

variaram de 384,62 ± 5,7 mg EAG/g de extrato (Extrato de caule) a 393,14 ± 6,6 mg EAG/g de

extrato (Extrato de folhas). O teor de flavonoides encontrados neste estudo variou de 2,81 ± 0,2

mg EQ/g de extrato (Extrato de raiz) a 19,99 ± 0,6 mg EQ/g de extrato (Extrato de folhas). Conclui-

se que esta é uma espécie rica em compostos fenólicos e estudos mais detalhados acerca destes

metabólitos continuam sendo realizados, como a identificação química destes compostos através

de espectrometria de massas e a análise do poder antirradicalar apresentados por estes extratos.

Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UNIFAL-MG.

Page 74: Anais 19smpm

74

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO E DAS FRAÇÕES

OBTIDAS DAS FOLHAS DE Solanum lycocarpum

Guilherme Augusto Ferreira da Costa*1; Melissa Grazielle Morais1; Viviane de Cássia Bicalho

Silva1; Maria Eduarda Amaral Pinto1; Luciana Alves Rodrigues dos Santos Lima1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Solanum lycocarpum, Extrato, Frações, Radicais livres, Antioxidante.

RESUMO

A oxidação é um processo metabólico que leva à produção de energia necessária para as

atividades essenciais das células. Entretanto, o metabolismo do oxigênio nas células vivas

também leva à produção de radicais livres. Antioxidantes são compostos que atuam inibindo ou

diminuindo os efeitos desencadeados pelos radicais livres e compostos oxidantes. Estes podem

ser fatores indutores ou agravantes de doenças degenerativas e acelerar o envelhecimento.

Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antioxidante do extrato etanólico e das

frações baseando-se na capacidade de capturar radicais livres de 1,1-difenil-2-picril-

hidrazila (DPPH). As folhas de Solanum sp. foram coletadas, secadas em estufa, trituradas em

moinho de facas e extraídas por percolação exaustiva com etanol P.A., obtendo-se o extrato

etanólico. Este foi fracionado por partição com solventes de polaridades crescentes, obtendo-se

as frações hexânica, diclorometânica, acetoetílica e hidroetanólica. A avaliação da atividade

antioxidante do extrato etanólico e frações em capturar radicais livres de DPPH foi determinada

por método quantitativo espectrofotométrico em placa de 96 poços efetuado pelo leitor de ELISA.

utilizando-se as amostras nas concentrações de 500, 250, 100, 10 e 1 mg/ml e 2,6-di-tert-butil-4-

metilfenol (BHT) como composto de referência. A atividade antioxidante foi determinada como a

concentração efetiva capaz de capturar 50% dos radicais livres de DPPH (CE50). Nas

concentrações de 1 e 10 mg/ml, o extrato etanólico e todas as frações apresentaram maior

atividade antioxidante do que o BHT. O extrato etanólico e a fração hidroetanólica também foram

mais efetivos que o padrão BHT nas concentrações de 100, 250 e 500 mg/ml. As frações

acetoetílica, hidroetanólica e diclorometânica se destacaram, tendo em vista maior atividade

antioxidante, com menor CE50 do que o padrão BHT, com valores de 1,82, 3,46 e 4,00 mg/ml,

respectivamente, enquanto do BHT foi de 16,36 mg/ml. Os resultados mostram que as folhas

de Solanum sp. representam uma fonte de substâncias antioxidantes, que podem ser futuramente

isoladas e utilizadas na síntese de cosméticos, fármacos, alimentos e produtos nutracêuticos,

contribuindo na prevenção de doenças degenerativas e o envelhecimento.

Apoio Financeiro: FAPEMIG/UFSJ e CNPq.

Page 75: Anais 19smpm

75

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE FLAVONOIDES TOTAIS NO EXTRATO ETANÓLICO E

NAS FRAÇÕES OBTIDAS DAS FOLHAS DE Solanum lycocarpum

Guilherme Augusto Ferreira da Costa*1; Melissa Grazielle Morais1; Thamer Pereira Matias1;

Jéssica Pereira Bahia1; Luciana Alves Rodrigues dos Santos Lima1.

1Universidade Federal de São João del-Rei.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Solanum lycocarpum, Folhas, Extrato, Frações, Flavonoides.

RESUMO

Os flavonoides compõem uma ampla classe de substâncias de origem natural, cuja síntese não

ocorre na espécie humana. Entretanto, tais compostos possuem uma série de atividades

farmacológicas fazendo-os atuar nos sistemas biológicos do corpo. Consequentemente, muitas

dessas espécies atuam de forma benéfica na saúde humana, como agentes protetores ou

reparadores de doenças degenerativas e de desordens fisiológicas. Assim, o objetivo deste

trabalho foi determinar os teores de flavonoides no extrato etanólico e nas frações obtidas das

folhas de Solanum sp. As folhas de Solanum lycocarpum foram coletadas na cidade de

Divinópolis, no bairro Chanadour e identificadas de acordo com a literatura, secadas em estufa,

trituradas em moinho de facas e extraídas por percolação exaustiva com etanol P.A., obtendo-se o

extrato etanólico. Este foi fracionado por partição com solventes de polaridades crescentes,

obtendo-se as frações hexânica, diclorometânica, acetoetílica e hidroetanólica. O teor de

flavonoides totais foi estimado de acordo com o método Dowd. Exatamente 2 mL de solução

metanólica de AlCl3 a 2% foi adicionado ao mesmo volume da solução do extrato etanólico ou das

frações, na concentração de 1 mg/mL. Após 10 min, a absorbância foi medida a 415 nm em

espectrofotômetro, sendo o branco da amostra uma mistura de 2 mL da solução do extrato

etanólico ou das frações com 2 mL de metanol sem AlCl3. A rutina foi utilizada como composto de

referência e o teor de flavonoides totais foi expresso como mg de equivalentes de rutina/mg do

extrato ou da fração. As frações diclorometânica, acetoetílica e hidroetanólica apresentaram

maior teor de flavonoides totais de 168, 184 e 105 mg de equivalentes de rutina/mg fração. O

extrato etanólico e a fração hexânica apresentaram menor teor de flavonoides totais com 8,41 e

3,40 mg de equivalentes de rutina/mg do extrato ou fração. Os resultados mostram que as folhas

de Solanum sp. são ricas em flavonoides, que possuem atividades biológicas como antioxidante e

anti-inflamatória, que podem trazer benefícios à saúde humana, com ampla aplicação na indústria

farmacêutica, alimentícia e cosmética.

Apoio Financeiro: FAPEMIG/UFSJ e CNPq.

Page 76: Anais 19smpm

76

TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO HEXÂNICO DOS

FRUTOS VERDES DE Solanum lycocarpum A. St. Hil. (SOLANACEAE)

Izabela Caputo Assis Silva1*; Álan Alex Aleixo1; Mairon César Coimbra1; Luciana Alves Rodrigues

dos Santos Lima1.

1Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Solanum lycocarpum, Frutos verdes, Extrato hexânico, Triagem fitoquímica,

Atividade antioxidante.

RESUMO

Os vegetais apresentam em sua constituição, vários compostos com ação antioxidante. A

quantidade e o perfil variam em função do tipo, variedade e grau de maturação do vegetal e das

condições climáticas e edáficas do cultivo. Para avaliar a capacidade antioxidante é necessária a

extração desses compostos, os quais apresentam polaridades diferenciadas. A espécie vegetal

Solanum lycocarpum A. St. Hil., da família Solanaceae, popularmente conhecida como lobeira,

cresce e se desenvolve em condições ambientais desfavoráveis, tais como terras ácidas e pobres

em nutrientes. É capaz de suportar um clima árido e períodos de seca prolongados, resistindo

ainda a ciclos anuais de queimadas feitas pelo homem. Este trabalho teve com objetivo triagem

fitoquímica e avaliação da capacidade de capturadora de radicais livres DPPH pelos frutos verdes

da lobeira. Os frutos de Solanum lycocarpum A.St. Hil. foram coletados, triturados manualmente e

submetidos à extração em aparelho de Soxhlet com hexano. O extrato hexânico obtido foi

submetido a testes para detecção dos principais constituintes químicos e também foi avaliada a

atividade antioxidante. Para a triagem fitoquímica, foram utilizadas a reação de Lieberman-

Burchard (esteróides/triterpenos), reação com ácido sulfúrico concentrado (flavonóides), reação

com cloreto férrico (taninos), reação com Drangendorff (alcalóides), reação com solução alcalina

(cumarinas) e o teste de espuma persistente (saponinas). Para avaliação da atividade antioxidante

foi utilizado o método do DPPH (2,2-difenil-1- picril-hidrazil) que se baseia na captura de radicais

livres DPPH por antioxidantes. Após 30 minutos, a leitura da absorbância foi realizada em

espectrofotômetro a 517 nm. O percentual de inibição do DPPH (ou a % da atividade antioxidante)

foi calculado pela seguinte equação: % de inibição do DPPH = [1 – (Aa / Ab)] x 100, onde Aa =

absorbância da amostra e Ab = absorbância da solução de DPPH. Na análise fitoquímica

preliminar foi detectado apenas os alcalóides, pelo teste com reagentes de Dragendorff. O extrato

hexânico apresentou uma porcentagem de inibição do DPPH de 32,33%, o que representa baixo

resultado e isso devido à baixa polaridade do solvente e demais compostos afins. O extrato

hexânico obtido do fruto verde de Solanum lycocarpum A. St. Hil. apresentou apenas alcaloides

em sua constituição e baixa atividade antioxidante, uma vez que devido à baixa polaridade do

solvente utilizado, garante afinidade apenas com compostos que possuem baixa quantidade de

hidroxilas em sua constituição.

Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq e UFSJ.

Page 77: Anais 19smpm

77

FENÓIS TOTAIS, FLAVONOIDES TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Raphanus

sativus L. var. oleiferus Metzg (Brassicaceae)

Ana Flávia da Silva1*; Marisa de Oliveira Lopes1; Lucas Batista de Souza1; Vinicius de Carvalho de

Oliveira1; Geraldo Alves da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Fenólicos totais, Atividade antioxidante, Nabo forrageiro.

RESUMO

Nos últimos anos, várias evidências têm indicado o papel chave dos radicais livres e outros

oxidantes como grandes responsáveis pelo envelhecimento e pelas doenças degenerativas

associadas ao envelhecimento, como câncer, doenças cardiovasculares, catarata, declínio do

sistema imune e disfunções cerebrais. Estudos demonstram que o consumo de brassicas, por

exemplo, brócolis, repolho, couve, mostarda, couve de bruxelas e couve-flor reduz o risco de

vários tipos de doenças, devido às potentes propriedades antioxidantes dos fitoquímicos

encontrados na família Brassicaceae. O nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus)

pertence à família Brassicaceae e é considerado uma planta daninha, encontrada em diversas

partes do mundo, trata-se de uma variedade do rabanete pouco estudada do ponto de vista

químico e biológico. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo quantificar o teor de

fenóis e de flavonoides e avaliar a atividade antioxidante in vitro dos extratos das folhas e do caule

de Raphanus sativus L. var. oleifera. A planta foi coletada no município de Alfenas-MG, as folhas

e o caule foram separados manualmente, submetidos à secagem a 40° C em estufa de ar

circulante e pulverizados em moinho de facas. Os extratos foram obtidos por percolação da droga,

utilizando etanol 70% como líquido extrator. O extrato hidroetanólico foi concentrado em

rotaevaporador e a água foi retirada por liofilização, obtendo-se os extratos secos. Os testes foram

realizados por espectrofometria na região do ultravioleta-visível (UV-Vis), utilizando os método de

Folin-Ciocalteu para determinar o conteúdo de fenóis totais, o método colorimétrico com cloreto de

alumínio (AlCl3) para de terminar o teor de flavonoides totais e método do sequestro do radical

DPPH para avaliar a atividade antioxidante in vitro. O conteúdo de fenólicos totais foi de 47,02 ±

0,6 e 30,46 ± 0,3 mg equivalente de ácido gálico/g para os extratos das folhas e do caule

respectivamente e o teor de flavonoides totais foi de 20,36 ± 0,6 e 8,23 ± 0,4 mg equivalente de

quercetina/g para os extratos para os extratos das folhas e do caule respectivamente. O extrato

das folhas apresentou atividade antioxidante mais efetiva com um valor de IC50 de 387,61 μg/mL.

A maior atividade antirradicalar mostrou forte correlação com o teor de fenóis e flavonoides

encontrados, o que demonstra que esses compostos são os principais responsáveis pela

atividade antioxidante in vitro.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG e CAPES.

Page 78: Anais 19smpm

78

MODELAGEM MOLECULAR E ANÁLISE QUIMIOMÉTRICA DE ACETOGENINAS DE Annona

cornifolia COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Beatriz Alves Ferreira1*; Patrícia Heleno Cota1; Lucas Ferreira Alves1; Luciana A.R. Santos Lima1;

Maria Amélia D. Boaventura2.

1Universidade Federal de São João del-Rei; 2Universidade Federal Minas Gerais.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Acetogeninas, Antioxidante, Modelagem Molecular, Quimiometria.

RESUMO

As acetogeninas representam uma classe de substâncias naturais bioativas, isoladas a partir de

plantas pertencentes à família Annonaceae. Elas exibem uma ampla série de propriedades

farmacológicas, tais como atividade antitumoral, antiparasitária, citotóxica, pesticida e atividades

imunossupressoras. O presente trabalho teve como proposta geral a utilização de metodologias

teóricas e análise quimiométrica para caracterizar estruturalmente doze acetogeninas isoladas de

Annona cornifolia, potencialmente antioxidantes (9-hidroxifolianina, esquamocina L, folianina A,

folianina B, 4-desoxilongimicina B, annofolina, esquamocina M, isolongimicina B, bulatacina,

asimicina, cornifolina, annotacina) e os padrões antioxidantes (ácido ascórbico e butenolídeo) para

comparação das suas propriedades com as acetogeninas. Mecânica Clássica (Mecânica e

Dinâmica Molecular, campo de força AMBER, 298 K, vácuo) para a obtenção preliminar de

estruturas otimizadas das acetogeninas e dos compostos de referência; Mecânica Quântica (PM3,

vácuo, 298 K) para a obtenção das propriedades físico-químicas de interesse (descritores). Todos

os cálculos foram realizados no programa Hyperchem 7.5. A análise quimiométrica foi realizada

no programa MINITAB 15. Os seguintes descritores foram determinados: entalpia de formação

Hf, diferença de energia entre os orbitais de fronteira HOMO (Highest Occupied Molecular

Orbital) e LUMO (Lowest Unoccupied Molecular Orbital), E(HOMO-LUMO), momento de dipolo μ,

polarizabilidade, volume, área superficial acessível ao solvente (SA) e o parâmetro de lipofilicidade

log P. Os descritores e os valores de atividade (log(1/a)) foram submetidos à análise

quimiométrica via Análise por Agrupamento Hierárquico/HCA e Análise por Componentes

Principais/PCA. O dendograma correlacionado a atividade com os descritores revelou que a maior

correlação ocorre com log P, polarizabilidade, volume e SA (70,96%), seguida pelo momento de

dipolo (67,94%) e, por último (50,07%) com Hf e E(HOMO-LUMO). A comparação das propriedades

das acetogeninas através da análise HCA, mostrou a alta similaridade com ambos padrões:

98,55% com ácido ascórbico e 99,62% com o butenolídeo. A partir dos resultados pode-se

concluir que existe uma grande similaridade entre as propriedades físico-químicas das

acetogeninas, e que os descritores que possuem maior influência na atividade antioxidante

exibida são parâmetros estruturais: log P, polarizabilidade, volume e SA. Além disso, pode-se

afirmar que o padrão butenolídeo possui influência ligeiramente maior na atividade das

acetogeninas em relação ao ácido ascórbico, embora ambos apresentem elevada similaridade

com os compostos avaliados.

Page 79: Anais 19smpm

79

QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FLAVONOIDES, FENÓIS TOTAIS E CORRELAÇÃO COM

ATIVIDADE ANTIRRADICALAR DOS EXTRATOS DAS FOLHAS E RAÍZES DE Leonotis

nepetifolia (L)

Diego Pinto de Oliveira1*, Marisa de Oliveira Lopes1, Ana Flávia da Silva1, Gabriela dos Santos

Lopes1, Marcelo Aparecido da Silva1.

1Universidade Federal de Alfenas

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Leonotis nepetifolia, Flavonoides, Compostos fenólicos, Plantas medicinais.

RESUMO

A espécie Leonotis nepetifolia é conhecida popularmente como cordão-de-frade, originária da

África e da Índia Oriental e naturalizada em todo o Brasil. A espécie é utilizada pela população

com diversas finalidades terapêuticas. Estudos a cerca de sua atividade biológica relatam

atividade antimicrobiana e anti-inflamatória. Quanto a sua composição química, a literatura relata

principalmente a presença de compostos fenólicos e terpenoides. O Objetivo desse estudo é

quantificar o teor de compostos fenólicos e flavonoides, presentes nos extratos hidroetanólicos

das folhas e raízes de Leonotis nepetifolia e correlacionar o teor destes com a atividade

antirradicalar dos extratos. O material vegetal foi obtido na região de Gaspar Lopes, município de

Alfenas. Foram separadas as folhas e raízes da planta e as mesmas foram secadas, trituradas,

percoladas e liofilizadas. A quantificação de fenóis totais e flavonoides foi realizada por testes

espectrofotométricos com reagente de Folin-Ciocalteu e cloreto férrico e a atividade antirradicalar

avaliada pelo teste de DPPH. O extrato das folhas apresentaram 160,5 ± 6,53 mg de EAG/g

(equivalentes de ácido gálico por grama de extrato) e 86,71 ± 4,13 mg de EQ/g (equivalentes de

quercetina por grama de extrato). A concentração de IC50 para a atividade antirradicalar foi de

34,98 ± 1,75 mg/g, enquanto o extrato das raízes apresentou 52,4 ± 3,27 mg de EAG/g, 21,44 ±

1,87 mg de EQ/g e IC50 de 187,14 ± 7,96 mg/g. Perante os extratos se observa um maior teor de

compostos fenólicos e flavonoides no extrato das folhas do que no extrato das raízes, já a

concentração capaz de sequestrar 50% dos radicais DPPH˙ foi menor no extrato das folhas do

que das raízes o que denota uma correlação entre a presença destes compostos e a atividade

relatada. A literatura relata que devido a própria estrutura química destes compostos, os mesmos

tem capacidade de captação de radicais livres, tendo em vista estes fatores, se sugere que a

maior atividade do extrato está correlacionada com os teores de compostos fenólicos e

flavonoides presentes nos mesmos.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UNIFAL-MG.

Page 80: Anais 19smpm

80

VARIAÇÃO QUANTITATIVA SAZONAL DE CONSTITUINTES DO ÓLEO ESSENCIAL DE

Pseudobrickellia brasiliensis (ASTERACEAE)

Bárbara Jansen Veloso1*; Letícia Figueiredo Cunha1; Vivianne Mara Ferreira Silva1; Izabel Cristina

Casanova Turatti2; Cristiane Fernanda Fuzer Grael1.

1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; 2Universidade de São Paulo.

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Pseudobrickellia brasiliensis, Óleo essencial, Sazonalidade.

RESUMO

O teor e a composição química dos óleos essenciais são determinados por características

genéticas e de desenvolvimento- e alguns fatores ambientais podem acarretar alterações

significativas na produção dos metabólitos secundários. A Pseudobrickellia brasiliensis,

pertencente à família Asteraceae é conhecida como "falsa arnica" ou "arnica do campo", produz

óleo essencial em suas partes aéreas e é largamente utilizada na medicina tradicional como

analgésico e anti-inflamatório. Objetivou-se avaliar a variação qualitativa sazonal da composição

química do óleo essencial da P. brasiliensis. As coletas das partes aéreas das plantas foram

realizadas no Campus JK/UFVJM-Diamantina (MG), em triplicatas nos meses de Outubro e

Novembro de 2012 e em Fevereiro e Maio de 2013. O óleo essencial foi obtido a partir das folhas

frescas, por hidrodestilação, em aparato de Clevenger. As análises das amostras foram feitas por

cromatografia gasosa-espectrometria de massas (CG-EM), utilizando um aparelho Shimadzu GC-

MS-QP2010, com uma coluna capilar DB-5-MS Agilent J&W (30mm x 0,25mm x0,25mm). O hélio

foi usado como gás de arraste a uma pressão de 57,5 kPa, com fluxo de 1,0 mL/min. A

temperatura do injetor foi de 240 ºC e a temperatura do forno progrediu de 60 até 240 ºC, a 3

ºC/min. O modo de ionização utilizado foi o impacto eletrônico a 70 eV. Sob as mesmas condições

experimentais, foi injetada uma série homóloga de hidrocarbonetos lineares (C9- C24)-Alltech para

os cálculos dos índices de retenção relativa (IRR) de cada componente das amostras. A

identificação dos componentes das amostras foi realizada pela análise dos espectros de massas e

por comparação dos IRR calculados com os relatados na literatura. A porcentagem de cada um

dos compostos das amostras foi obtida através das áreas relativa dos picos dos cromatogramas,

sem padronização. Foram identificados cerca de 31 componentes de cada amostra de óleo

essencial. Os terpenos, α-tujeno (18,85 ± 2,12 %), α-pineno (36,87 ± 4,31 %), β-pineno (8,71 ±

0,88%), β-ocimeno (4,77 ± 2,38%), sabineno (4,9 ± 0,5%) e limoneno (3,9 ± 1,16%) estiveram

presentes em todas as amostras, com porcentagens elevadas e aproximadas. Outros constituintes

apresentaram porcentagens inferiores a 1% ou não estiveram presentes em todas as amostras.

Apesar das amostras terem sido obtidas em períodos diferentes (primavera e verão) houve uma

constância na presença dos principais constituintes das amostras de óleo essencial. Sendo

possível, portanto, que esses constituintes sejam marcadores químicos da espécie.

Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG.

Page 81: Anais 19smpm

81

ANÁLISES FITOQUÍMICAS E ATIVIDADE CAPTORA DE RADICAIS LIVRES EM Pyrostegia

venusta (Bignoniaceae)

Mairon Cesar Coimbra1*; Joaquim Mauricio Duarte-Almeida1; Marina Goulart Da Silva1; Ana

Hortência Fonsêca Castro1.

1 Universidade Federal de São João del-Rei

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Cipó-de-São-João, Fenólicos Totais, Flavonoides Totais, DPPH

RESUMO

Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers (Bignoniaceae), conhecida como flor ou cipó-de-São-João é

uma trepadeira lenhosa, de folhas opostas, que possui gavinhas trifurcadas com finos acúleos no

ápice. Suas flores são vistosas e de cor alaranjada. Na medicina tradicional suas partes aéreas

são muito utilizadas, na forma de infusão ou decocção, para o tratamento de tosses, bronquite,

vitiligo e diarreia. Estudos recentes apontam para atividades relacionadas à melhora dos sintomas

da gripe e antinociceptiva. O objetivo deste trabalho foi analisar os teores de fenóis e flavonoides

totais, além de avaliar a atividade sequestrante de radicais livres em extratos etanólicos de raiz,

caule, folha e flor de P. venusta. Os órgãos vegetais analisados foram coletados em Divinópolis –

MG e levados à estufa de secagem a 40ºC, onde permaneceram até atingirem peso constante. O

material desidratado foi pulverizado em moinho de facas e deixado sob maceração em etanol

70%, por sete dias, ao abrigo da luz. Os testes foram realizados em espectrofotômetro UV-Vis,

utilizando os métodos de Folin-Dennis do cloreto de alumínio (AlCl3), para determinação dos

teores de fenóis e flavonoides totais, respectivamente. A atividade antioxidante foi determinada

através da capacidade dos antioxidantes presentes nas amostras e suas diluições em sequestrar

o radical estável DPPH•, realizado em microplacas de poliestireno com 96 cavidades. Observou-

se diferença significativa entre os teores de fenóis e flavonoides totais entre os órgãos analisados,

destacando-se as folhas e flores. Os maiores teores de fenóis e flavonoides totais foram

encontrados no extrato etanólico de flores de P. venusta sendo da ordem de 32,32 ± 0,60 µg de

equivalentes de ácido tânico por mg de droga vegetal (µg ETA mg-1 DV) e 9,28 ± 0,35 µg de

equivalentes de rutina por mg de droga vegetal (µg ER mg-1 DV), respectivamente. Os extratos

etanólicos das flores, nas concentrações de 10% e 5%, apresentaram atividade antioxidante

superior à rutina na concentração de 100 µg/mL. Os resultados observados evidenciam que flores

de P. venusta representam uma considerável fonte de compostos fenólicos e substâncias

antioxidantes, o que ressalta ainda mais suas propriedades medicinais e seu potencial para

aplicação na indústria farmacêutica.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.

Page 82: Anais 19smpm

82

AVALIAÇÃO IN SILICO DE ALCALÓIDES OBTIDOS POR TRIAGEM VIRTUAL CONTRA A

NS5 MTASE DO VÍRUS DA DENGUE

William Gustavo de Lima 1*; Isabella Piassi Godói1; Moacyr Comar Junior1; Cassia S. Mizuno2;

Alex Gutteres Taranto1

1Universidade Federal de São João Del-Rei; 2University of New England

*autor correspondente: [email protected]

Palavras-chave: Dengue, NS5 MTAse, Modelagem molecular, Ancoragem molecular, Química

farmacêutica.

RESUMO

A dengue é a Arbovirose mais prevalente no mundo. O vírus infecta anualmente cerca de 50 a

100 milhões de pessoas, das quais 20000 morrem vitimadas pela dengue hemorrágica. Esta

infecção se caracteriza por extravasamento do conteúdo vascular e choque hipovolêmico. Não

existe vacina licenciado ou terapia antiviral específica e a doença é considerada negligenciada

pela ONU. Na tentativa de se desenvolver estratégias terapêuticas a NS5 metiltransferase (NS5

MTase) converge como um potencial alvo farmacológico, uma vez que ela essencial para a

replicação viral na célula hospedeira. Para a avaliação de compostos contra este alvo molecular

pode-se utilizar de estratégias da modelagem molecular, que auxiliam na predição da atividade

destas estruturas e de técnicas da triagem virtual que ajudam na busca de potenciais compostos

bioativos. O objetivo do presente trabalho é avaliar a afinidade de alcalóides, obtidos por triagem

virtual, contra este alvo farmacológico por meio de metodologias in silico da modelagem

molecular. Os alcalóides foram obtidos por triagem virtual utilizando o banco de produtos naturais

da Universidade Estadual de Feira de Santana, depositado no ZINC database. Os 35 compostos

obtidos foram refinados pelo método semiempírico AM1 no softaware Gaussian, com objetivo de

torná-los estruturalmente mais estáveis. Posteriormente, estes compostos foram ancoradas ao

sítio ativo da NS5 MTase, cuja estrutura cristalográfica se encontrava depositado no Protein Data

Bank (PDB) sob o código 1R6A, usando o software AutoDock Vina 1.5.4. Os resultados da

ancoragem molecular foram avaliados através de mapas farmacofóricos gerados no software

Discovery Studio Visualizer 2.5, com o objetivo de se analisar a interação ligante-receptor. Os

valores de energia de ligação dos alcalóides obtidos por triagem virtual no sítio ativo da NS5

MTase, variaram entre -10,60 kcal/mol e -5,50 kcal/mol. Ao se analisar as interações ligante-

receptor, foi possível verificar que os três compostos que mais se destacaram energeticamente –

Código ZINC: 470 (-10,60 kcal/mol), 159 (-10,60 kcal/mol) e 393 (-10,00 kcal/mol) - interagiram

com o resíduo de aminoácido Asp146, que quando mutado em estudos de caracterização

bioquímica, reduziu a zero a taxa de replicação viral em células permissíveis a infecção.

Concluímos com base nas energias de ligações e interações concretizadas pelas estruturas, que

os alcalóides obtidos por triagem virtual podem agir como potenciais inibidores competitivos para

a NS5 MTase do vírus da dengue, sendo por isto considerados potenciais agentes terapêuticos

contra esta arbovirose emergente, em substituição as medidas paliativas usadas atualmente, que

apenas contornam a sintomatologia da doença.