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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

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Um dos maiores problemas que a sociedade vem enfrentando nos últimos anos e que só tem se agravado ainda é a violência, mas entre as maiores vítimas ainda está a mulher. Dados do IBGE e do Mapa da Violência tem mostrado números alarmantes. Em virtude desta situação a deputada estadual Ana Lúcia (PT) foi na manhã desta última sexta-feira, 03, debater o tema na Câmara de Vereadores de Boquim A convite das vereadoras Honorina Fonseca(DEM) e Imara Lima(PMDB). Ana iniciou sua apresentação com dados gerais da população brasileira, onde mostra que as mulheres representam 51,04% da população do país, e em Sergipe 51,40%, sendo maioria populacional.

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Page 1: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A

MULHER

Page 2: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

DADOS GERAIS SOBRE A MULHER

População Brasileira – 190.755.794

População de mulheres no Brasil – 97.348.809 – 51,03%

População total de Sergipe – 2.068.017

População total de mulheres em Sergipe - 1.062.975 – 51,40%

População de mulheres em Sergipe na área urbana - 796.517

População de mulheres em Sergipe na área rural - 266.458

Dados populacionais:

População de mulheres em Sergipe por cor / raça:

Branca Preta Amarela Parda IndígenaSem

declaração

306.451 87.749 14.685 651.349 2.723 19

28,83% 8,26% 1,38% 61,28% 0,25%  

Fonte: Censo IBGE 2010

Page 3: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

MULHERES NA POLÍTICAPioneiras:

Fonte: Site do Tribunal Superior Eleitoral

Em 1880, a dentista Isabel de Mattos Dillon evocou na Justiça a Lei Saraiva (que permitia aos detentores de títulos

científicos votar) para requerer seu alistamento eleitoral.

Em 1894, Santos, no litoral paulista, promulga o direito das mulheres ao voto. A medida foi derrubada no ano

seguinte. Em 1905, três mulheres conseguiram se alistar e votar em Minas Gerais.

Em 1928, o Brasil elege sua primeira prefeita: Alzira Soriano de Souza, na cidade Lages, no Rio Grande do Norte.

O voto feminino só se tornou um direito nacional em 1932.

Em 1933, a médica paulista Carlota de Queirós é eleita a primeira deputada federal do País.

Em 1990. Júnia Marise (Minas Gerais) e Marluce Pinto (Roraima) foram as primeiras senadoras eleitas do Brasil.

Em 1994, Roseana Sarney é a primeira mulher escolhida pelo voto popular para chefiar um estado, o Maranhão.

Primeira presidente

Dilma Rousseff entrou para a história do Brasil como a primeira mulher a ocupar a Presidência da República, ao ser

eleita em segundo turno em 2010 com 56,05% dos votos.

Page 4: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

Participação:

Fonte: Site do Tribunal Superior Eleitoral

Do total de eleitos em 2012, 8.287 foram mulheres, representando 13,19%. O número comprova um

crescimento em relação a 2008, quando 7.010 mulheres foram eleitas a esses mesmos cargos,

representando 12,2%.

Em todo o Brasil, foram eleitas 657 candidatas para as prefeituras, o que corresponde a 11,84% do total de

eleitos.

Para as câmaras municipais foram eleitas 7.630 mulheres, o equivalente a 13,32% dos escolhidos.

A representação feminina no Congresso Nacional representa apenas 10% do total de ocupantes de cargos

eletivos.

Na última eleição para a Câmara de Deputados, em 2010, foram eleitas 45 deputadas federais.

De acordo com um estudo desenvolvido em 2012 pela União Interparlamentar, ligada à Organização das

Nações Unidas (ONU), o Brasil está na posição de número 120 no ranking da proporção de mulheres nos

parlamentos, atrás de países islâmicos como Paquistão, Sudão e Emirados Árabes Unidos.

MULHERES NA POLÍTICA

Page 5: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

MULHERES NO MERCADO DE TRABALHOParticipação:

Fonte: Portal Brasil - 2013

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS*) informam que:

Em 2010, a disponibilização de empregos femininos no Brasil era de 18,3 milhões de postos de trabalho,

já em 2011 essa oferta alcançou 19,4 milhões, um crescimento de 5,93%.

Uma análise no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE*) demonstra:

Maior crescimento da participação das mulheres principalmente nas atividades de:

Administração pública (210.612 empregos), restaurantes (54.398), atividades de atendimento hospitalar

(51.410), limpeza em prédios e em domicílios (50.214) e comércio varejista especializado em

eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (44.767). Até no setor de transporte rodoviário de

carga, atividade tradicionalmente masculina, houve crescimento no saldo de emprego de mulheres

(11.768 postos).

Page 6: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

Remuneração:

Fonte: Portal Brasil - 2013

Em 2011 o salário médio real de admissão das mulheres eram R$ 874,63 e dos homens R$ 1.019,34.

Em 2012 o salário médio real de admissão das mulheres alcançou R$ 917,87, contra R$ 1.067,66 dos

homens.

Enquanto no feminino o crescimento foi de 4,94%, o salário dos homens cresceu 4,74%, ou seja, a

relação dos salários entre homens e mulheres passou para 85,97%.

MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

Page 7: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERHistórico 1980/2010

Fonte: SIM/SVS/MS

Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7

mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que

representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato

no país.

Número e taxas (em 100 mil mulheres) de homicídios femininos. Brasil. 1980/2010.

1980/2010 - 92.100

2000/2010 - 43.654

1980/2010 - 230,0%

Page 8: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERCircunstância dos homicídios:

Fonte: SIM/SVS/MS

As armas de fogo continuam sendo o principal instrumento dos homicídios, tanto femininos quanto

masculinos, só que em proporção diversa. Nos masculinos, representam quase 3/4 dos incidentes,

enquanto nos femininos pouco menos da metade. Já outros meios além das armas, que exigem contato

direto, como utilização de objetos cortantes, penetrantes, contundentes, sufocação etc., são mais

expressivos quando se trata de violência contra a mulher, o que pode ser indicativo de maior incidência

de violência passional.

MEIO Masc. % Fem. %

Arma de fogo 72,4 49,2

Objeto cortante ou penetrante 15,1 25,8

Objeto contundente 5,3 8,5

Estrangulamento/sufocação 1 5,7

Outros meios 6 10,8

Meios utilizados nos homicídios masculinos e femininos (em %). Brasil, 2010.

Page 9: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Homicídios femininos nos Estados

Fonte: SIM/SVS/MS

Número e taxas de homicídio feminino (em 100 mil mulheres) por UF. Brasil. 2010.

Page 10: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERHomicídios femininos nas capitais:

Fonte: SIM/SVS/MS

Nas capitais dos estados, os níveis são ainda mais elevados. Se a taxa média dos estados no ano de

2010 foi de 4,4 homicídios cada 100 mil mulheres, a taxa das capitais foi de 5,1.

Destacam-se aqui, pelas elevadas taxas, Vitória, João Pessoa, Maceió e Curitiba, com níveis acima dos

10 homicídios em 100 mil mulheres.

Taxas de homicídio feminino (em 100 mil mulheres) por UF. Brasil. 2010.

Page 11: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERHomicídios femininos: dados internacionais

Fonte: Whosis, Census, IBGE.

Os dados internacionais permitem obter uma visão comparativa dos níveis de violência existentes no

país. Vemos assim que, com uma taxa de 4,4 homicídios em 100 mil mulheres, o Brasil ocupa a sétima

posição no contexto dos 84 países do mundo com dados homogêneos da OMS compreendidos entre

2006 e 2010.

Taxas de homicídio feminino (em 100 mil mulheres)

Page 12: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERA idade das vítimas:

Fonte: SIM/SVS/MS

As maiores taxas de vitimização de mulheres concentra-se na faixa dos 15 aos 29 anos de idade, com

preponderância para o intervalo de 20 a 29 anos, que é o que mais cresceu na década analisada. Por

sua vez, nas idades acima dos 30 anos a tendência foi de queda.

Número e taxas (em 100 mil mulheres) de homicídios femininos. Brasil. 2000 e 2010.

Page 13: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERLocal de ocorrência:

Fonte: SIM/SVS/MS

% de atendimentos por violência física segundo local de ocorrência da agressão e faixa etária. Sexo

Feminino Brasil, 2011.

Page 14: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERRelação com o agressor:

Fonte: SINAN/SVS/MS *Excluído os casos em branco/ignorado, outros e categorias de baixa frequência.

% de atendimentos femininos por violência física segundo relação do agressor com a vítima e faixa

etária. Brasil. 2011.

Page 15: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERReincidência:

Fonte: SINAN/SVS/MS *Excluído os casos em branco/ignorado.

Vemos na tabela a seguir que o percentual de reincidência nas violências contra a mulher é

extremamente elevada, principalmente a partir dos 30 anos de idade das vítimas, o que está a configurar

um tipo de “violência anunciada” e previsível que não é erradicada.

% de reincidência nos atendimentos femininos por faixa etária. Brasil. 2011.

Page 16: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERTipos de violência:

Fonte: Sinan/SVS/MS *`Pode ser indicada mais de uma alternativa.

A violência física é a preponderante, englobando 44,2% dos casos. A psicológica ou moral representa

acima de 20%. Já a violência sexual é responsável por 12,2% dos atendimentos.

A violência física adquire destaque a partir dos 15 anos de idade da mulher. Já a violência sexual é a

mais significativa na faixa de 1 aos 14 anos, período que apresenta significativa concentração.

Número de atendimentos* segundo tipo de violência e faixa etária. Sexo Feminino Brasil, 2011

Page 17: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERViolência Simbólica:

A definição de Pierre Bourdieu sobre a situação de “ violência simbólica” - O desprezo da cultura

popular e a interiorização da expressão cultural de um grupo mais poderoso economicamente ou

politicamente por outro lado dominado, faz com esses percam sua identidade pessoal e suas

referências, tornando-se assim fracos, inseguros e mais sujeitos à dominação que sofrem na própria

sociedade. A violência simbólica contra a mulher se manifesta em diversas formas e locais:

Na publicidade:

Page 18: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERViolência Simbólica:

Na televisão:

Espanca - Banda New HitAs meninas vão pro baileCurtir o swingãoElas descem bem gostosoRebolando até o chãoCom biquini curtininha , salto alto bunitinhaEstilo piriguetonaEu me ama na sua ondaEmpina o bumbum pra galeraEmpina o bumbum sua donzelaEmpina o bumbum pro duduuu , que o justin aqui espancaEspanca , espanca , espancaEspanca , espanca , espancaEspanca , espanca, espancaCansei de te espancar

Na música:

Page 19: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERViolência Simbólica:

A música é uma manifestação cultural extremamente importante na sociedade brasileira. É a arte de

exprimir sentimentos e transmitir mensagens e exerce grande influência na formação do que

comumente chamamos de ideário popular.

Diante disso protocolei o Projeto de Lei nº 124/2012 que está em tramitação na Assembleia

Legislativa de Sergipe que:

“Veda a utilização de recursos públicos para contratação de artistas que desvalorizem, incentivem a

violência ou exponham mulheres, crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, negros,

lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros à situação de constrangimento.

Leis de minha autoria que tratam de Violência contra a Mulher:

Lei nº 5.494/2004 – Cria procedimento de Notificação

Compulsória da Violência contra a mulher atendidas em

serviços de urgência e emergência públicos privados

no Estado de Sergipe

Lei nº 7.258/2011 – Institui o dia 22 de

novembro o “Dia Estadual de Combate e

Enfrentamento ‘a violência contra a

mulher” em Sergipe.

Page 20: Ana discute violência contra à mulher na Câmara de Boquim

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