viveiro florestal método de equipamentos: infra -estruturas: … · 2017-01-04 · mistura de...
Post on 17-Jul-2020
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE PAULISTA
Campus de Jaboticabal
MÓDULO 9
Departamento de Produção Vegetal
DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: EDIÇÃO: 03
Silvicultura Produção de Mudas Florestais por
Sementes Rinaldo César de Paula Sérgio Valiengo Valeri Atualizada e ampliada
2 0 1 6
1. VIVEIRO FLORESTAL
VIVEIRO FLORESTAL
Método de
Propagação
Equipamentos:
Fertilização
Infra-estruturas:
Sombreamento
RecipienteSubstrato
I. Acesso
II. Área
III. Água IV. Terreno V. Solo
Viveiro florestal é a área delimitada de terreno onde são executadas todas as
operações necessárias à produção de mudas florestais. O viveiro pode ser temporário ou
permanente, dependendo da quantidade e período de produção de mudas.
A extensão da área deverá ser suficiente para a abertura de caminhos, construção de
instalações e execução das operações, em função da quantidade de mudas a serem
produzidas anualmente. O acesso a ela deverá ser bom, a fim de permitir o trânsito de
unesp
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
2
veículos para o transporte de pessoal, material e mudas, principalmente nos dias chuvosos
em que a movimentação de mudas para plantio é mais intensa.
Os terrenos levemente inclinados são mais adequados, pois permitirão o escoamento
das águas das chuvas e dispensarão a confecção de patamares. Deverão também ser
bastante ensolarados e protegidos dos ventos frios e secos, o que poderá ser conseguido
evitando-se a sua exposição à face sul.
O solo deverá apresentar boas propriedades físicas para facilitar a drenagem e ser
isento de ervas daninhas de difícil controle. Caso suas propriedades químicas não sejam
boas, este problema poderá ser resolvido com a utilização de substratos trazidos de outros
locais e com a aplicação de fertilizantes e corretivos.
O consumo de água no viveiro é muito grande, considerando que desde a semeadura
até a muda ser encaminhada para o plantio, a umidade é um fator fundamental para o seu
bom desenvolvimento. A fonte deve situar-se de preferência a montante para facilitar a
distribuição de água, que deve estar isenta de contaminantes e disponível em quantidade A
implantação de reflorestamentos no Brasil tem sido efetuada a partir de mudas produzidas
em viveiros, uma vez que a semeadura direta no campo está limitada a condições especiais
de clima, preparo do solo e práticas culturais.
O plantio de mudas propicia maiores possibilidades de sucesso, pois o período mais
crítico de formação da planta, que se estende da germinação das sementes até os estágios
iniciais de desenvolvimento, foi conduzido no viveiro onde as condições são mais
controladas.
Os métodos e as técnicas a serem usadas na produção de mudas são muito
importantes, pois deles dependerão a obtenção de mudas de boa qualidade a custos
compatíveis com a realidade florestal.
Tipos e Estrutura do Viveiro
Tipos:
• Temporário ou Provisório
• Permanente
Qual é a estrutura mínima e seus principais componentes?
3
Espécies de Crescimento Rápido: Eucalyptus, Pinus, Acássia negra, entre outras.
Mudas produzidas no viveiro: maior sucesso na implantação.
O período crítico entre a germinação e os estádios iniciais de crescimento: limita
a semeadura no campo.
Espécies Nativas:
A maioria das mudas é produzida no viveiro, a partir de sementes.
Semeadura direta no campo:
Guapuruvu (Chizolobium parahyba)*
Tamboril (Enterolobium contortisiliquum)*
Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia)
*Leguminosae (FCA/UNESP, Botucatu); ENGEL, Vera Lex
4
2. RECIPIENTES PARA PRODUÇÃO DE MUDAS
Características de um bom recipiente:
i) Conter um substrato que permita um bom crescimento, nutrição e
formação do sistema radicular;
ii) Proteger as raízes de danos mecânicos e desidratação;
iii) Permitir que o sistema radicial permaneça envolvido no substrato;
iv) Garantir máxima sobrevivência após o plantio e bom crescimento
inicial;
v) Possuir forma uniforme;
vi) Ser facilmente manuseável;
vii) Permitir a mecanização tanto no viveiro quanto no campo;
Tipos de recipientes
A. Saco de Plástico: 200 a 350 cm3
B. Tubetes:
tubete pequeno: 50 mL
tubete médio: 115-180 mL
tubete grande: 280 mL
Vantagens e desvantagens dos sacos de plásticos e tubetes
a) Consumo de substrato;
b) Área ocupada no viveiro;
c) Peso;
d) Necessidade de mão-de-obra;
e) Operacionalidade no viveiro e no campo (plantio);
f) Facilidade de aquisição e custo.
5
De acordo com Viegas (2015):
A. "Os tubetes têm sido muito usados para produção de mudas florestais
(WENDLING, 2010), adquirindo grande importância na melhoria da qualidade em
razão do melhor controle nutricional, proteção das raízes contra choques mecânicos
e desidratação, assim como facilidade do manuseio no viveiro, transporte,
distribuição das mudas e plantio (GOMES e PAIVA, 2004). Pode-se citar outras
vantagens tais como a maior quantidade de mudas por área, automatização do
sistema de produção e reutilização por um tempo maior que cinco anos (DAVIDE e
FARIA, 2008)."
B. "Estes tubetes de polietileno são fabricados a partir de derivados de petróleo, e
apresentam degradação completa no ambiente em torno de 400 anos (FLORES et
al, 2011)."
RECIIPIENTE BIODEGRADÁVEL
Ellepot (“Paper Pot”): 160 cm3
Recipiente de fibra Biodegradável,
pode ser fabricado de tamanhos
diferentes para atender as
deferentes espécies vegetais,
possibilita a incorporação de
fertilizantes. Uma de suas
vantagens é a redução no tempo de
produção das mudas e a
embalagem não é retirada. Esta
redução no ciclo pode implicar em
ganho econômico no processo
produtivo. Em relação aos tubetes
de polietileno, promove menor
estresse no momento do plantio,
devido à integridade das raízes que
podem ultrapassar as paredes, pois
o material é poroso, bem como um
melhor e mais rápido
desenvolvimento das mudas no
campo, de acordo com Iatauro
(2001), citado por Vigas (2015).
6
RECIIPIENTE BIODEGRADÁVEL
7
3. SUBSTRATOS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS
3.1. Características desejáveis de um substrato
a) Composição uniforme;
b) Baixa densidade;
c) Poroso;
d) Boa capacidade de campo, de retenção de água e de drenagem;
e) Boa CTC;
f) Isento de pragas, doenças e ervas daninhas.
CONSTITUINTES DE UM SUBSTRATO NO TUBETE
Ar
Água
Sólido
Volume (total) = 45 cm3
RelaçãoAr
Água=
Volume (ar)
Volume (água)
1. Ar (10 cm3) Água (10 cm3) Sólido (25 cm3) : R = 1
2. Ar (5 cm3) Água (10 cm3) Sólido (30 cm3) : R = 0,5
Para se ter uma boa aeração, a relação (R) ar/água deve ser próxima a um.
8
Lavador de tubetes
COMPOSIÇÃO DE SUBSTRATOS
9
Substratos para Tubetes
i. 40% casca de arroz carbonizada
ii. 40% de vermiculita,
iii. 20% de esterco curtido
3.2. Fertilização de base
Ter como base a análise química do substrato
Sacos de Plásticos
Aplicar 50% das doses de N e K e 100% das doses de
calcário, P e micronutrientes à terra de subsolo
Em 1 m3 substrato - 500 g de calcário dolomítico, 150 g
de N, 700 g de P2O5, 100 g de K2O e 200 g de “fritas”
Tubetes
Em 1 m3 de substrato - 150 g de N, 300 g de P2O5, 100 g
de K2O e 150 g de “fritas”
FATORES FÍSICOS E QUÍMICOS QUE
AFETAM A DISPONIBILIDADE DE
NUTRIENTES PARA AS MUDAS
Saco de plástico: 200 a 350 cm3
I. TAMANHO E TIPOS DE RECIPIENTES
Tubetes: 50 cm3
Saco de plástico: solo (20 a 35% de argila)
Tubetes: 40% casca de arroz carbonizada, 33% de vermiculita,
20% de Plantmax e 7% de areia (Demattê, 1997)
II. SUBSTRATOS
10
4. MÉTODOS DE PRODUÇĂO DE MUDAS
As mudas florestais podem ser produzidas por propagação sexuada, a partir de
sementes, e por propagação assexuada ou vegetativa.
Propagação Sexuada: a partir de sementes.
A semeadura é feita no viveiro onde as mudas se desenvolvem, sendo
posteriormente levadas ao campo com suas raízes nuas ou acondicionadas em
recipientes.
Propagação Assexuada ou vegetativa:
Na propagação assexuada, as mudas são produzidas a partir de propágulos
vegetativos, também em viveiro.
Estaquia (eucalipto e pinus): a estaquia vem sendo atualmente usada
em plantios comerciais, com maior freqüência para eucalipto. A estaquia em
pinus é usada em materiais que sofreram processo de rejuvenescimento.
Enxertia (mais para pinus): é mais comumente usada na formação de
bancos e pomares clonais. Também é usada para rejuvenescimento de
material vegetal de pinus. Após cinco enxertias sucessivas, o material de
pinus é rejuvenescido.
4.1. Produção de Mudas por Sementes
a) Produção de mudas por raízes nuas
Limitado a poucas espécies e condições especiais de clima
(temperaturas baixas e precipitação frequente)
b) Semeadura em canteiro para posterior repicagem
Recomendado para sementes pequenas; baixa
porcentagem de germinação; germinação desuniforme;
sementes dormentes e baixa disponibilidade de sementes
11
Canteiros de semeadura/sementeiras
Semeadura
Canteiros: 1,00 a 1,20 m de largura x 0,30 m de
altura; comprimento variável
Substrato do canteiro
Semeadura: lanço ou em sulcos
c) Semeadura direta em recipientes.
4.1. Semeadura em canteiro para posterior repicagem Recomendações para repicagem
desenvolvimento das mudas
condições ambientais
cuidados com o sistema radicular
sombreamento
12
CANTEIRO DE SEMEADURA
O substrato usado para formar o leito de semeadura deve ser constituído de uma
mistura de terra arenosa, terra argilosa e esterco curtido na proporção de 2;1;1. A terra
deve ser retirada do subsolo, a uma profundidade de aproximadamente 20 cm, a fim de se
evitar a ocorrência de propágulos de microorganismos e de sementes de plantas daninhas.
O solo de vê ser peneirado em peneirões com malha de 1, 5 cm.
Deve-se dar preferência ao uso do esterco curtido, que devido ao processo da
compostagem, já eliminou parte dos microorganismos patogênicos e disponibilizou
parcialmente os nutrientes. Na ausência de esterco, o mesmo pode ser substituído por 2 a 4
kg de NPK (6:15:6) por m3 de mistura.
Estando o substrato nivelado e suficientemente umedecido, procede-se à
semeadura. No caso de espécies de eucalipto com sementes de pequenas dimensões como
de eucalipto ou muito leve como de ipê, é feita a distribuição a lanço e de maneira
uniforme. Para sementes maiores a semeadura é feita em sulcos, sendo a profundidade do
sulco proporcional ao diâmetro da semente.
Após a distribuição das sementes, o canteiro é coberto com uma leve camada de
terra peneirada, a fim de permitir um maior contato das sementes com o substrato úmido.
Com a finalidade de evitar a insolação direta, a superfície semeada é protegida por
uma camada de 0,5 cm de espessura de casca de arroz desinfestada ou outra cobertura
morta. Esta camada isolante, além de oferecer uma proteção mecânica contra chuvas fortes
e jatos de irrigação, regula a temperatura e a umidade do substrato, proporcionando
melhores condições para a germinação das sementes e o desenvolvimento das mudinhas.
A umidade do substrato deve ser mantida através de regas ou irrigações diárias e a
emergência ocorre em torno de 10 dias após a semeadura no caso das espécies de eucalipto
e de 15 dias no caso das de pinus.
13
Canteiro de semeadura suspenso com o uso de canaletões (telha) e substrato constituído
apenas de areia lavada. Viveiro Experimental de Plantas Ornamentais e Florestais da UNESP,
Jaboticabal, SP, fotografado em 08/10/2009.
Mudas de ipê-roxo semeadas em 25/08/2009 e apresentando de 02 a 03 pares de folhas
definitivas, em condições de repicagem. Viveiro Experimental de Plantas Ornamentais e
Florestais da UNESP, Jaboticabal, SP, fotografado em 08/10/2009.
A época da repicagem depende das características da espécie. As plântulas de jatobá são
repicadas ainda quando apresentam folhas cotiledonares. Para a maioria das espécies, como de
eucalipto, as plântulas são repicadas com cerca de 3 a 6 cm de altura e apresentando de 1 a dois
pares de folhas definitivas.
A repicagem inicia-se com a operação de rega do canteiro para facilitar o arrancamento.
O arrancamento deve ser feito com auxílio de um bastão de madeira para não danificar as raízes.
Semeadura a lanço ou em
sulcos, proporcionalmente ao
tamanho da semente.
Cobertura morta:
Grama seca: para a maioria das
espécies.
Acículas picadas: como forma
de inoculação de fungo
micorrízico, quando a semente é
do gênero Pinus. Espécies desse
gênero são dependentes de
micorriza.
14
Após a repicagem, as mudas permanecem por cerca de sete dias sob telado
para condicionamento. As mudas são arrancadas individualmente segurando-as pelo colo, sendo eliminadas
as de pouco vigor e que apresentam defeitos como bifurcação ou tortuosidade. As mudas
selecionadas vão sendo colocadas na sombra, dentro de vasilhas onde as raízes ficam em
contato com água ou outro material úmido, para evitar perda excessiva de umidade.
O sistema radicial das mudas deve ser mantido com cerca de 4 cm de comprimento,
efetuando-se se necessário a poda das raízes com uma tesoura. Em cada recipiente abre-se
Poda das raízes: para que as mesmas
tenham tamanho compatível com o
orifício do recipiente.
Confecção do orifício (pequena
cova): com auxílio de um bastão de
madeira.
Repicagem é a denominação que se
dá à operação de transplante de uma
plântula de um local para o outro, no
mesmo viveiro.
Repicagem propriamente dita: consiste
em introduzir o sistema radicular na
mini-cova com auxílio de uma das mãos
e com o auxílio de um bastão chegar a
terra de baixo para cima, pressionando
em ângulo, de baixo para cima, para
evitar bolsa de ar nas raízes.
15
um orifício de 4 a 5 cm de profundidade, no qual se coloca apenas uma muda.
O colo das mudas deve ser mantido à altura da superfície do substrato, que deverá ser
comprimido em todo o comprimento da raiz. É necessário que o sistema radicial seja
enterrado na posição normal, pois o seu enovelamento ou curvatura poderá provocar
defeitos e até a morte da futura planta após o plantio no campo.
À medida que se desenvolve a repicagem, o canteiro de recipientes vai sendo
regado e sombreado com uma esteira ou tela com redução da luz solar de 30 a 50%, a fim
de garantir maior pegamento das mudas. Este sombreamento deve ser mantido por alguns
dias, até que haja total recuperação das mudas repicadas. As irrigações são mantidas e a
cobertura é retirada gradativamente para que as mudas se acostumem novamente ao sol e
cresçam à plena luz até a ocasião do plantio.
Características do processo de repicagem:
baixo rendimento operacional
mão-de-obra bem treinada
maior risco de pragas e doenças
necessidade de sombreamento, ...
As mudas deverão ser rustificadas no viveiro, para que elas suportem as condições
desfavoráveis após o plantio no campo e apresentem boa porcentagem de pegamento. Essa
rustificação pode ser obtida com a remoção das mudas de um local para outro, a fim de
provocar o desprendimento das raízes que eventualmente tenham se aprofundado no piso
do canteiro.
Com esta prática, o crescimento das mudas é reduzido e o desenvolvimento de raízes
secundárias é estimulado. Aproveita-se para eliminar os recipientes danificados ou com
falhas, bem como os que possuem mudas defeituosas. Ao mesmo tempo, as mudas são
classificadas por tamanho e separadas em lotes diferentes. O lote de mudas menores poderá
ser reservado para o plantio posterior ou se necessário, receber adubação para acelerar o
seu desenvolvimento.
Alguns viveiros fazem um número relativamente grande de remoções. Em
determinado estágio de desenvolvimento as mudas são removidas para as caixas de
madeira ou de plástico, já com um preparo para serem levadas ao campo. No ato do
encaixotamento de mudas produzidas em saco de plástico, procede-se ao corte do fundo do
recipiente para eliminar as raízes enoveladas e impedir novos enovelamentos.
Após cada remoção, as mudas devem ser irrigadas imediatamente e a umidade
mantida. Após o encaixotamento as mudas ainda deverão permanecer no viveiro
durante alguns dias, para que ocorra a sua recuperação. Os lotes deverão ser enviados
para o campo separadamente, à medida que as mudas atingem a altura média de 25 cm, a
fim de uniformizar o crescimento das plantas dentro de cada talhão.
16
4.2. Semeadura direta em recipiente
Em recipientes não reutilizáveis
Em recipientes reutilizáveis A produção de mudas florestais pelo método de semeadura direta se caracteriza pela
colocação das sementes diretamente nos recipientes individuais. Este método vem sendo
progressivamente adotado e aperfeiçoado, sendo o mais amplamente utilizado nos
reflorestamentos atuais.
É viável para praticamente todas as espécies de eucalipto, pinus e nativas e
recomendável para algumas espécies como Corymbia citriodora (Eucalyptus citriodora) e
Araucaria angustifolia que apresentam baixa sobrevivência quando repicadas.
SEMEADURA MANUAL DE EUCALIPTO
SEMEADOR MÚLTIPLO: EUCALIPTO
17
COBERTURA COM CASCA DE ARROZ
18
MISTURA DE SUBSTRATOS
MISTURA DE SUBSTRATOS: CALAGEM E ADUBAÇÃO
19
PREENCHIMENTO DOS TUBETES EM MESA VIBRADORA
SEMEADURA AUTOMÁTICA: SEMENTES PELETIZADAS
As sementes pequenas de eucalipto, de alto valor genético, devem ser
peletizadas para facilitar a semeadura automática, onde é depositada uma
semente por recipiente.
Duraflora: semeadura de Eucalyptus grandis
20
SEMEADURA AUTOMÁTICA: SEMENTES PELETIZADAS
Duraflora: semeadura de Eucalyptus grandis
CASA DE GERMINAÇÃO
Cobertura com tela rente aos recipientes. Irrigação pelo sistema de barra
com bicos nebulizadores.
21
PINUS: palito de fósforo
(em torrão-paulista)
PINUS: em tubetes
22
EUCALIPTO: em tubetes
Sistema de irrigação com o uso de barra móvel. Esse sistema de irrigação
economiza água e permite a fertirrigação.
5. TRATOS CULTURAIS
Irrigação
Fertilização
Raleios
Moveção (Danças)
Capinas (Mondas)
Seleção
Rustificação/Endurecimento
Expedição
Fertilização de Cobertura
Sacos de Plásticos
Por recipiente de 250g - aplicar 20 mg de N e 20 mg de K2O,
parceladamente em 3 ou 4 vezes, e alternadamente para o K (1
kg de Sulfato de Amônio e, ou 300 g de KCl em 100 litros de
água – 10.000 saquinhos)
Aplicar a partir de 15-30 dias, em intervalos de 7 a 10 dias
23
Tubetes/Sementes
Por recipiente de 50 cm3 - aplicar 20 mg de N e 20 mg de K2O,
parceladamente, e alternadamente para o K (1 kg de Sulfato de
Amônio e, ou 300 g de KCl em 100 litros de água – 10.000
tubetes)
Aplicar em intervalos de 7 a 10 dias
PRODUÇÃO DE MUDAS FLORESTAIS
Irrigação ou fertirrigação manual com o uso de barra. Viveiro Camará, Ibaté, SP.
FERTIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA
24
Muda de eucalipto
prontas para expedição
Votorantim Celulose e Papel, Viveiro da Fazenda Cara Preta,
Santa Rita do Passa Quatro, SP.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MUDA
• Altura da parte aérea (15 – 30 cm)
• Desenvolvimento, formação e agregação do sistema radicular
• Diâmetro do coleto (2 mm)
• Relação parte aérea/raiz
• Relação diâmetro do coleto/altura da parte aérea
• Produção de matéria seca e verde da parte aérea e raiz
• Rigidez da parte aérea – maior amadurecimento
• Aspectos nutricionais
• Número de pares de folhas (maior que 3)
• Sanidade
7. CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA MUDA
• parte aérea bem formada: sem bifurcação; sem deficiência nutricional;
sem estiolamento; altura adequada
• sistema radicular bem formado: raiz principal reta; sem enovelamento;
raízes secundárias bem distribuídas
• bom aspecto fitossanitário
25
Bibliografia AGUIAR, I.B.; GURGEL FILHO, O.A. Controle preventivo de ervas daninhas em
canteiros de Eucalyptus citriodora Hook. Científica, Jaboticabal, v.3, n.1, p. 139-143,
1975.
AGUIAR, I.B.; MELLO, H.A. Influência do recipiente na produção de mudas e no
desenvolvimento inicial após o plantio no campo, de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e
Eucalyptus saligna Smith. IPEF, Piracicaba, n.8, p. 19-40, 1974.
ANDRADE, E.N. O Eucalipto. 2.ed. Jundiaí, Companhia Paulista de Estradas de Ferro,
1961. 667p.
CAMPINHOS JUNIOR, E. Produção de propágulos vegetativos (por enraizamento de
estacas) de Eucalyptus spp. em viveiro. In: SEMINÁRIO DA AMCEL, 2. Serra do navio
_ TFA, agosto, 18-21, 1983. 16p. (datilografado).
CAPINHOS JUNIOR, E.; IKEMORI, Y.K. Introdução de nova técnica na produção de
mudas de essências florestais. Silvicultura, São Paulo, v.8, n.28, p. 226-228, 1983.
CAMPINHOS JUNIOR, E.; IKEMORI, Y.K. Nova técnica para a produção de mudas
florestais. IPEF, Piracicaba, n.23, p.47-52, 1983.
CAMPINHOS JUNIOR, E.; IKEMORI, Y.K.; MARTINS, F.C.G. Determinação do meio
de crescimento mais adequado à formação de mudas de Eucalyptus spp. (estaca e semente)
e Pinus spp. (semente) em recipientes plásticos rígidos. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL: MÉTODOS DE PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DE
SEMENTES E MUDAS FLORESTAIS, 2000, Curitiba: FUPR/IUFRO. p.350-365.
CARNEIRO, J.G.A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba,
UFPR/FUPEF; Campos, UENF; Viçosa: Folha de Viçosa, 1995. 451p.
CIRAGRO, Comércio e Representações Agropecuárias Ltda. Sistema de produção de
mudas São Paulo, Plantágil, 1984. 6p. (mimeografado).
CORRADINI, L.; AGUIAR, I.B.; BARRETO, M.; ARANTES, A.G.B.; CARRARA,
M.A. Controle químico de “damping-off” em sementeiras de Eucalyptus grandis Hill ex
Maiden. Silvicultura, São Paulo, n.14, p.101-103, 1979.
CORRADINI, L.; ALVARENGA, S.F.; LUCIANO, N.D. O semeador múltiplo para
Eucalyptus. Piracicaba, IPEF, 1989. 4p. (Circular Técnica, 167).
COUTINHO, C.J.; CARVALHO, C.M. O uso da vermiculita na produção de mudas
florestais. Botucatu, EUCATEX/FCA-UNESP, s.d. 16p. (datilografado).
FERNANDES, P.S.; COUTINHO, C.J.; BAENA, E.S. Produção de mudas de Eucaliptus
saligna em bandejas de isopor. Silvicultura, São Paulo, v.8, n.28, p.285-286, 1983.
26
FERREIRA, J.C.M.; AGUIAR, I.B. Efeito da cobertura na produção de mudas de
Eucalyptus citriodora Hook em diferentes recipientes. Científica, Jaboticabal, v.3, n.1,
p.157-167, 1975.
IANELLI, C.; XAVIER, A.; COMÉRIO, J. Micropropagação de Eucalyptus spp na
Champion. Silvicultura, São Paulo, v.77, n.66, p.33-35, 1996.
KIKUTI, P.; MONTEIRO, R.F.R.; CORDEIRO, J.A.; CARNEIRO, D.A.; RENATO, A.C.
Ensaio de armazenamento de mudas de Pinus taeda, em câmara fria. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL: MÉTODOS DE PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DE
SEMENTES E MUDAS FLORESTAIS, Curitiba, UFPR/IUFRO, 1984. p.331-349.
KRUGNER, T.L.; CARVALHO, P.C.T. Ensaios em condições de campo para controle
químico do “damping-off” em Eucalytpus saligna Sm. IPEF, Piracicaba, n.4, p.39-59,
1972.
MORO, L.; BRESSAM, C.; CANEVA, R.A.; COLLI JR, G.; NEGRI, P.A. Viveiro
contínuo de Eucalyptus da Champion Papel e Celulose Ltda. Piracicaba, IPEF, 1988.
5p. (Circular Técnica, 160).
SIMÕES, J.W. Métodos de produção de mudas de eucalipto. IPEF, Piracicaba, n.1, p.101-
116, 1970.
SIMÕES, J.W. Problemática da produção de mudas em essências florestais.
Piracicaba, IPEF, 1987. 29p. (Série Técnica, 13).
SIMÕES, J.W.; BRANDI, R.M.; MALINOVSKY, J.R. Formação de florestas com
espécies de rápido crescimento. Brasília, PRODEPEF, 1976. 74p. (Série Divulgação, 6).
SIMÕES, J.W.; BRANDI, R.M.; LEITE, N.B.; BALLONI, E.A. Formação, manejo e
exploração de florestas com espécies de rápido crescimento. Brasília, IBDF, 1981.
131p.
STURION, J.A. Métodos de produção e técnicas de manejo que influenciam o padrão
de qualidade de mudas de essências florestais. Curitiba, EMBRAPA/URPFCS, 1981.
18p. (Documentos, 03).
VALERI, S.V.; AGUIAR, I.B.; DENARDI, M.A. Influência do tamanho de sementes de
Eucalyptus saligna Sm. no desenvolvimento de mudas produzidas através dos métodos de
semeadura direta e repicagem. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL: MÉTODOS DE
PRODUÇÃO E CONTROLE E QUALIDADE DE SEMENTES E MUDAS
FLORESTAIS, Curitiba, UFPR/IUFRO, 1984. p.109-121.
VIEGAS, L. B. Viabilidade do recipiente biodegradável na produção de mudas
florestais nativas. Botucatu, 2015, 157f. Dissertação (mestrado) - Faculdade de Ciências
Agrárias, Universidade Estadual Paulista.
ZANI FILHO, J.; BALLONI, E.A.; STAPE, J.L. Viveiro de mudas florestais - análise
de um sistema operacional atual e perspectivas futuras. Piracicaba, IPEF, 1989. 14p.
(Circular Técnica, 168).
27
QUESTIONÁRIO
1. O que é viveiro florestal?
2. Qual é a estrutura mínima e os principais componentes do viveiro
florestal?
3. Por que produzir mudas?
4. Para que produzir mudas?
5. Como obter uma muda de boa qualidade?
6. Quais são as características de um bom recipiente?
7. Quase são as características de um substrato desejável?
8. Quais são as desvantagens dos sacos de plástico em relação aos
tubetes?
9. Qual é a proporção adequada de material sólido e não sólido no tubete e
proporção de ar e água no tubete? Justifique.
10. Qual é uma composição de componentes físicos e orgânicos adequada
para produzir mudas em tubetes? O que cada um dos componentes
deve oferecer às plantas?
11. Quais são as vantagens do recipiente biodegradável tipo "Paper Pot"
ou Ellepot" em relação aos sacos de plástico ou tubete (tubo cônico de
plástico rígido)?
12. Quais são as etapas do processo de produção de mudas pelo método
da repicagem?
13. Quais são as características de um canteiro de semeadura?
14. Quando é feita semeadura a lanço ou em sulcos?
15. Que material deve ser usado como cobertura morta após a semeadura
de espécies do gênero Pinus? Justifique. 16. Quais são as características da plântula para que ela possa ser repicada? 17. Como deve ser o procedimento de arrancamento para a repicagem? 18. Para que serve a poda de raízes? 19. O que repicagem? 20. Como é feita a repicagem propriamente dita? 21. Qual é o procedimento após a repicagem para adaptação das mudas? 22. Quais são as desvantagens do método da repicagem em relação à
semeadura direta em recipientes? 23. Qual é o procedimento de rustificação de mudas produzidas em sacos de
plástico? 24. Para que serve a remoção? 25. Em que condições é feita a semeadura direta em recipientes? 26. É possível fazer repicagem de plântulas de Corymbia citriodora?
Justifique. 27. Quais são as etapas do processo de produção de mudas pelo método da
semeadura direta? 28. Qual é a altura de uma muda de eucalipto para plantio no campo? 29. Quais são as características de uma muda de boa qualidade? 30. Quais são os principais tratos culturais no processo de produção de
mudas pelo método da semeadura direta em recipientes?
28
31. Quais são as vantagens do uso de barra no sistema de irrigação do viveiro?
Teste de Asserção e Razão
Responda as questões de 1 a 15, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro final de respostas com as letras: (A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda justifica a
primeira; (B) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não justifica
a primeira; (C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta; (D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta; (E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposições forem incorretas.
1. (P1) Viveiro florestal no Estado de São Paulo deve apresentar terreno levemente inclinado com exposição à face sul. (P2). Deve ser bastante ensolarado e protegido de ventos frios e secos.
2. (P1) O viveiro florestal pode ser temporário ou permanente. (P2) A classificação quanto a esses dois tipos de viveiro vai depender da quantidade e período de produção de mudas.
3. (P1) Um substrato recomendado para produção de mudas em tubetes pode ser constituído de 40% casca de arroz carbonizada, 40% de vermiculita e 20% de esterco curtido. (P2) A casca de arroz permite aeração e agregação ao sistema radicular, a vermiculita promove a disponibilidade de água e capacidade de troca catiônica e o esterco contribui com o fornecimento de nutrientes.
4. (P1) A relação ar/água do substrato para tubete deve ser de 0,25. (P2) A água é mais importante do que o ar para o sistema radicular das mudas florestais.
5. (P1) A grande maioria das mudas de eucalipto para plantios comerciais são produzidas a partir de sementes. (P2) A estaquia em eucalipto é usada para o processo de rejuvenescimento de material a ser usado em programa de melhoramento.
6. (P1) Quando o material vegetal é retirado de árvore, seja proveniente da brotação da touça (ou cepa) ou de ramo com folha coletado da copa, a estaquia em espécies de Pinus é mais fácil do que a enxertia. (P2) A enxertia é mais comumente usada na formação de bancos e pomares clonais, como para rejuvenescimento de material vegetal de espécies de Pinus.
7. (P1) O método da repicagem pode ser adotado para Corymbia citriodora. (P2) O método da repicagem é bastante usado para as espécies que resistam ao trauma das raízes e quando as sementes apresentam baixa porcentagem de germinação, são muito pequenas, apresentam dormência, e são lentas para germinar.
8. (P1) Há uma tendência do uso de areia lavada como substrato de canteiro de semeadura para o processo de repicagem. (P2) A areia lavada geralmente é isenta de sementeira e patógenos (o que geralmente ocorre em solos), a semente possui reservas de nutrientes e o arrancamento se torna mais fácil do que em solo.
29
9. (P1) Plântulas (plantas recém germinadas) de ipê podem ser repicadas quando passam a apresentar de 02 a 03 pares de folhas definitivas. (P2) A repicagem consiste em transferir a plântula do canteiro de semeadura para um recipiente no viveiro.
10. (P1) Durante a repicagem é feita a poda das raízes quando necessário. (P2) A poda das raízes é feita para que as mesmas tenham tamanho compatível com o orifício do recipiente e não fique com a extremidade curvada ou dobrada para cima.
11. (P1) O colo da muda na repicagem deve ficar 1 cm abaixo da superfície do substrato. (P2) Após a repicagem propriamente dita, o canteiro de recipientes deve ser sombreado com tela de retenção da luz solar de 30 a 50% até garantir o pegamento das mudas.
12. (P1) É recomendável o método de semeadura direta para Araucaria angustifoia. (P2) A maioria das espécies nativas, de eucalipto e de pinus resistem o trauma das raízes no processo de repicagem.
13. (P1) A repicagem, em relação á semeadura direta, apresenta baixo rendimento operacional e necessita de mão-de-obra treinada. (P2) A semeadura direta vem sendo progressivamente adotada e aperfeiçoada na produção de mudas para implantação florestal.
14. (P1) A rustificação consiste em fertilizar bem as mudas na fase de expedição para o campo. (P2) No ato do encaixotamento de mudas produzidas em saco de plástico, procede-se ao corte do fundo do recipiente para eliminar as raízes enoveladas e impedir novos enovelamentos.
15. (P1) Na fase de rustificação, as frequência de irrigação é diminuída e as mudas não devem apresentar deficiência nutricional. (P2) Nessa fase de produção de mudas, a muda deve se acostumar a ficar períodos sem receber água e com substrato mais seco e o espaçamento entre as mudas deve ser suficiente para não ocorrer sobreposição de folhas entre plantas.
Quadro de Respostas
1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( )
6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) 9. ( ) 10. ( )
11. ( ) 12. ( ) 13. ( ) 14. ( ) 15. ( )
ATENÇÃO: Quando as duas alternativas são corretas, procure responder as questões colocando um porque entre as afirmativas P1 e P2 para verificar se a segunda justifica a primeira. Só consulte o gabarito, na página seguinte, após preencher o quadro de respostas acima.
30
Gabarito
1. ( D ) 2. ( A ) 3. ( A ) 4. ( E ) 5. ( E )
6. ( C ) 7. ( D ) 8. ( A ) 9. ( B ) 10. ( A )
11. ( D ) 12. ( A ) 13. ( A ) 14. ( D ) 15. ( A )
top related