verdadeiros herois

Post on 16-Apr-2017

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“E agora vamos falar com os nossos heróis...”

Saudação (infeliz) usada por Pedro Bial ao se dirigir aos participantes

do programa Big Brother Brasil:

Se alguém se encontrar com ele, pergunte-lhe, por favor, qual a definição de “herói” no dicionário dele...

No meu, Herói é uma coisa muito diferente...

Herói é a Dra. Vanessa Remy-Piccolo, jovem pediatra francesa de 28 anos de idade.

Ela que abriu mão do seu conforto para servir na África, como voluntária do programa Médicos sem Fronteiras.

Ela que nos relata que cansou de atender crianças que com um ano de idade pesavam em torno de 3,6 kg, que corresponde ao peso de um recém-nascido.

Herói que relata que muitas mães chegam até ela dizendo que levaram os alimentos doados para casa, mas que seus filhos parecem que desaprenderam a se alimentar e se recusam a abrir a boca.

Herói é Martial Ledecq, cirurgião voluntário do Médicos sem Fronteiras, que, arriscando a própria vida, atende, em

meio a bombardeios, os civis feridos num Hospital de Tebnine, sul do Líbano, vítimas de uma recente guerra que de tão nefasta não poupou nem os observadores da ONU,

e nem mesmo as equipes de ajuda humanitária internacional.

Herói, meu caro Pedro Bial, é quem, nestes dias desleais em

que vivemos, enxerga o sofrimento alheio, e se prontifica a amenizá-lo no que estiver ao

seu alcance.

Atendimento em clínica móvel, Muzafarabad, Paquistão.

Herói são aqueles que abrem mão dos confortos pessoais em prol do coletivo, aqueles plenos de uma

vida na qual a paixão sobrepuja a omissão...

Campanha de vacinação para prevenção de meningite, em

Gonder, Etiópia.

Herói é aquele que é

solidário, que partilha

dons e bens...

Voluntária do MSF, trabalhando por um mundo melhor,

na Indonésia.

Mas há também muitos heróis que falam a nossa língua...

E não são as “celebridades” instantâneas do BBB. Embora

estejam pertinho da “casa mais vigiada do Brasil”.

Heróis como Jacinta, enfermeira do projeto Meio-fio, promovido pelo Médicos sem Fronteiras no

Rio de Janeiro, que examina mãe e filho, moradores de rua.

Heróis como a médica Renata, que visita aqueles que nem aos precários serviços de saúde pública têm acesso, como este morador de rua, no Largo

da Carioca, centro do Rio de Janeiro.

Heróis como o educador Altayr, que partilha seus conhecimentos

com uma moradora de rua no centro do Rio de Janeiro.

Heróis como a psicóloga Andréa,

que, a exemplo da pediatra

francesa, semeia saúde e

esperança, por onde passa.

Heróis como a enfermeira Eriedna, que aqui atende o Sr.

Nilton no núcleo de atendimento do Médicos sem Fronteiras.

Heróis como Sr. Nilton, que com o apoio recebido conseguiu

encontrar um trabalho, e hoje não mais mora nas ruas.

Heróis como Sr. João, um dos moradores de rua atendidos pelo

projeto Meio-fio, que relata:

"De manhã eu começo a circular igual a um peru doido. Eu só paro na hora

do almoço e depois, à noite, pra dormir. Mas catar latinha não é fácil

não. Hoje em dia tem uma concorrência muito grande pelas

ruas".

Será que o Sr. João resistiria à tentação de catar as latinhas e

garrafas de bebida vazias, com as quais a produção do BBB tenta a

todo custo embriagar os participantes do programa nas festas

que promove?

Sr. João provavelmente juntaria as latas sim, escondidas num canto da casa, para quando a fama instantânea passar...

Quando um cara que já foi dos mais brilhantes repórteres do país, vibra e discute os namoricos, as intrigas e as futilidades do programa BBB como se fossem o assunto mais importante da atualidade, é sinal de que algo está lamentavelmente errado...

É preciso acreditar que um outro mundo é possível.

E pequenos gestos poderão produzir mudanças significativas.

Um ato simples, que certamente poderá resultar em benefícios concretos, será o de iniciar uma campanha de conscientização para que ninguém mais atenda aos apelos melodramáticos de Pedro Bial, e que, ao invés

de efetuar ligações para o programa Big Brother, contribua para entidades que atuam em prol de causas

sociais.

A cada paredão, com milhões de ligações para o programa, os centavos e centavos pagos formam rios de dinheiro, e engordam ainda mais as já milionárias

fortunas dos donos, diretores e apresentadores televisivos...

Se você tem algum amigo, familiar ou conhecido que liga para o programa, aconselhe-o, ao invés, a doar a

quantia para algum programa humanitário.

E não faltam entidades sérias que contam com o nosso apoio para prosseguir com suas nobres

atividades.

Ao invés de ligar para o Big Brother Brasil, contribua com alguma instituição que

realmente precisa de ajuda.

Listagem de algumas outras entidades e projetos

www.unicef.org/brazil/lista_projetos06.htm

Certamente existe alguma instituição de amparo aos necessitados atuando na tua cidade.

Os recursos destas instituições provém, na sua maior parte, do apoio voluntário, - material e humano -, necessitando, portanto, de nosso auxílio e colaboração para que possam fazer

diferença e recuperar o valor da vida dos tantos destituídos, excluídos da sociedade.

Quem são os teus heróis?

Quem são as tuas heroínas?

???

Divulgue esta idéia por e-mail.

Vamos deixar a cargo dos familiares dos participantes, que têm interesse particular

no assunto, decidir se fulaninho ou fulaninha deve ou não sair do programa.

Colabore com quem realmente precisa de você.

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