vanguardas europeias
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A ARTE À FRENTE DE SEU TEMPO
VANGUARDAS EUROPEIAS
Momento histórico
O final do século
XIX e o início do
século XX foram
marcados pelo
endurecimento do
nacionalismo no
continente
europeu, aliado ao
descontentamento
pela partilha
imperialista da
África e regiões da
Ásia.
Conferência de Berlim 1884-1885
Momento histórico
Países como
Alemanha e Itália,
sem colônias
produtoras de
matérias-primas,
ficaram de fora do
processo
neocolonial,
sentindo-se
prejudicadas nesse
novo contexto
econômico. A guerra
tornou-se inevitável
e, entre 1914 e 1918,
a Europa viu-se
banhada de sangue
pela disputa das
grandes potências. Trincheiras da 1ª Grande Guerra
Momento histórico
Em 1917, a
Revolução Russa
leva os
trabalhadores ao
poder e à criação
de um novo país: a
União Soviética. A
urbanização, a
corrida
armamentista, as
crises econômicas e
as disputas na
Europa criavam um
clima tenso e
contraditório, mas
profundamente
propício à criação
artística.
Vladmir Lenin discursando ao povo
Definição de vanguarda
É o nome da guarda
que precede as
tropas em um
ataque para
desestabilizar o
inimigo. Na arte,
associa a ideologia à
criação,
subvertendo a
cultura, e a maneira
de pensar da
sociedade,
desestabilizando e
negando as
estruturas
anteriores Pode-se
dizer que os
movimentos de
vanguarda são
aqueles que inovam
a expressão
artística.
Criança geopolítica assistindo ao nascimento do novo homem – Salvador Dali, 1943
Futurismo
O Futurismo
exaltava a
modernidade, a
máquina, o
automóvel e a
velocidade. No plano
literário, propôs a
destruição da
sintaxe, o uso de
sinais matemáticos e
musicais, o
menosprezo pela
pontuação e a
abolição dos
advérbios e dos
adjetivos, usando-se
em seu lugar o
substantivo duplo
(praça-funil, mulher-
golfo etc.).
A velocidade do automóvel, Giacomo Balla, 1913
Futurismo
O Futurismo teve
papel importante,
introduzindo o verso
livre, uma de suas
maiores
contribuições à arte.
Contudo,
ideologicamente, o
movimento sofreu
grande repulsa por
ter uma forte
identificação com o
fascismo de
Mussolini. Ainda
assim, o termo
“Futurismo” virou
sinônimo de postura
artística inovadora.A carga dos lanceiros, Umberto Boccioni, 1912
Cubismo
O Cubismo tem
início em 1907, com
o quadro, Les
demoiselles d
´Avignon, de Pablo
Picasso, propondo a
valorização das
formas geométricas
e a fragmentação da
realidade, revelando
objetos e pessoas
em seus múltiplos
ângulos. Aqui, a
intenção é
decompor o objeto
em diferentes
planos geométricos,
múltiplos e
descontínuos.
Les demoiselles d’Avignon, Pablo Picasso, 1907
Cubismo
Na literatura, o
poeta francês
Guillaume
Apollinaire
propunha a mistura
de assuntos, espaços
e tempos diferentes,
em uma clara
superposição e
simultaneidade de
planos,
correspondendo à
decomposição e à
fragmentação
usadas na pintura.
Ilogismo, humor,
verso livre,
antiacademicismo,
palavras soltas em
uma linguagem
nominal.
Os três músicos, Pablo Picasso, 1921
Expressionismo
Um grupo de
impressionistas
resolveu voltar-se
contra ela: se antes
a proposta era uma
arte sensorial e
subjetiva, isto é, a
criação partia da
realidade para o
artista; agora, a
criação parte da
subjetividade do
artista em direção
ao mundo exterior.
A arte é a
materialização de
seu mundo interior,
dispensando
conceitos de beleza
ou feiura.
O grito, Edward Munch, 1893
Expressionismo
Enquanto outras
vanguardas
possuem uma visão
otimista sobre o
progresso e a
modernidade, o
Expressionismo
prefere o sofrimento
humano, sem aludir
ao triunfo da
técnica. A angústia
interior e a
deformação das
imagens fazem uma
espécie de
caricatura da alma
humana, na busca
pela dor e pelo
sentido trágico da
vida.
As árvores vermelhas, Maurice Vlamink, 1906
Dadaísmo
O mais radical de
todos os
movimentos de
vanguarda
floresceu na Suíça,
país neutro na
guerra, mas que
vivia o clima de
instabilidade, medo
e revolta. Os
artistas achavam
que pensar em arte
nesse contexto
soava hipócrita e
presunçoso. Surgia
assim a antiarte. O
nome do
movimento foi
escolhido ao acaso
e não possui
significado algum.
O urinol de porcelana, Marcel Duschamps, 1917
Dadaísmo
O movimento visava
ridicularizar e
agredir a própria
arte, demolir as
estruturas da
estética e do
pensamento. A
técnica do ready-
made consistia em
retirar um objeto de
seu uso cotidiano e
expô-lo como obra
de arte. Na
literatura,
caracterizou-se pela
desordem, pelo
improviso, pela
agressividade e
pela rejeição de
qualquer
racionalização
poética.
L.H.O.O.Q. (Elle a chaud au cul), Marcel Duschamps, 1919
Surrealismo
André Breton, ex-
participante do
movimento dadaísta,
lança, em 1924, um
manifesto em que
unia a arte à
psicanálise. Sua
aproximação com o
expressionismo é
evidente, mas
acrescenta
elementos artísticos
e temáticos à visão
interior do artista.
Aparição de rosto e fruteira numa praia, Salvador Dali, 1938
Surrealismo
Valoriza o
imaginário extraído
do sonho, além das
experiências
criadoras
automáticas. O
artista põe na tela
ou no papel seus
impulsos criadores
do subconsciente.
Os surrealistas
transpõem o sonho
à obra de arte. São
características do
Surrealismo o
ilogismo, o
devaneio, a loucura,
a hipnose, o
inusitado e os
impulsos humanos
em geral.
A persistência da memória, Salvador Dali, 1931
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