universidade federal de mato grosso ...©ssica...sobratema- associação brasileira de tecnologia...
Post on 16-Oct-2020
2 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO e CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JÉSSICA PAOLA AQUINO PEREIRA
ANÁLISE DE BALANÇO E DRE: COMPARATIVO ENTRE
CONCESSIONÁRIAS DE MAQUINAS PESADA E IMPLEMENTOS DO
MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE-MT.
CUIABÁ-MT
2019
JESSICA PAOLA AQUINO PEREIRA
ANÁLISE DE BALANÇO E DRE: COMPARATIVO ENTRE
CONCESSIONÁRIAS DE MAQUINAS PESADA E IMPLEMENTOS DO
MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE-MT.
Monografia apresentada a UFMT/ Faculdade de
Administração e Ciências Contábeis,
Departamento de Ciências Contábeis, como
requisito parcial para a obtenção do titulo de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Prof.ª Msc. Guaracy Lara Souza Prado.
CUIABÁ – Março 2019
JESSICA PAOLA AQUINO PEREIRA
ANÁLISE DE BALANÇO E DRE: COMPARATIVO ENTRE
CONCESSIONÁRIAS DE MAQUINAS PESADA E IMPLEMENTOS DO
MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE-MT.
Monografia defendida e aprovada em ___/___/___ pela banca examinadora
constituída pelos professores.
_______________________________________
Prof.ª Ma. Guaracy Lara Souza Prado
Presidente
_______________________________________
Prof.ª M.ª Marilene Dias Oliveira
Membro
_______________________________________
Profª Dra. Renildes Oliveira Luciardo
Membro
RESUMO
O ambiente de constantes avanços tecnológicos, econômicos e sociais, onde o principal objetivo das organizações é maximização do lucro, requer que as empresas adotem práticas de gestão mais sofisticadas para obter vantagem competitiva frente aos seus concorrentes. Tais práticas dependem fundamentalmente da Contabilidade e do profissional contábil. A informação contábil tornou-se uma ferramenta valiosa e necessária para a tomada de decisões, desde a mais alta cúpula de uma empresa até mesmo ao chão de fábrica. Nesse sentido, a técnica contábil de análise das demonstrações contribui para a avaliação da situação em que se encontra a organização. Desta forma, o objetivo deste trabalho é o estudo das demonstrações contábeis com ênfase na análise do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, para determinar e comparar o desempenho econômico financeira de duas Concessionárias de maquinas pesadas e implementos, referente ao período de 2016 a 2017. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo é qualitativa, descritiva e documental. Os resultados das análises vertical e horizontal e dos cálculos dos indicadores de liquidez, endividamento e rentabilidade foram apresentados por meio de quadros e gráficos, para obter-se melhor interpretação e entendimento. Foi identificada nesse estudo, que a Concessionária A, tem melhor situação econômica financeira. Ambas as empresas apresentam bons indicadores de liquidez, todavia em relação ao índice de endividamento e rentabilidade a situação das duas empresas é bem distinta. A Concessionária A nos períodos examinados apresentou bons lucros decorrentes das suas atividades enquanto a Concessionária B teve prejuízo. Comparando os dados das entidades, observa-se que o principal fator de risco à continuidade operacional da Concessionária B é o grande gasto com as despesas operacionais e problemas em relação à gestão do estoque.
Palavras-chave: Análise das Demonstrações Contábeis, Tomada de decisão,
Indicadores econômicos financeiros.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Ativo total das concessionárias A e B em 2016............................................31
Figura 2 – Ativo total das concessionárias A e B em 2017............................................32
Figura 3 – Passivo total das concessionárias A e B em 2016........................................33
Figura 4 – Passivo total das concessionárias A e B em 2017........................................34
Figura 5 – Análise Vertical das DRE das Concessionárias A e B em 2016....................35
LISTA DE ABREVIATURAS
AC – Ativo Circulante
A.H – Análise Horizontal
A.V – Análise Vertical
AT – Ativo Total
ANC – Ativo Não Circulante
BP – Balanço Patrimonial
CSSL – Contribuição Social Sobre o Lucro
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa
DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulados
DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
IR – Imposto de Renda
NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade
PC – Passivo Circulante
PL– Patrimônio Líquido
PNC – Passivo Não Circulante
SOBRATEMA- Associação Brasileira de Tecnologia para a Construção e Mineração
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Estrutura do Balanço Patrimonial...............................................................12
Quadro 02 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício.............................15
Quadro 03 – Estrutura da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados...............16
Quadro 04 – Modelo de estrutura da DFC pelo método indireto.....................................19
Quadro 05 – Estrutura da DVA........................................................................................20
Quadro 06 – Indicadores de Liquidez..............................................................................24
Quadro 07 – Indicadores de Endividamento...................................................................25
Quadro 08 – Indicadores de Rentabilidade.....................................................................26
Quadro 09 – Balanço Patrimonial da Concessionária A e B padronizado......................28
Quadro 10 – DRE da Concessionária A e B padronizado...............................................29
Quadro 11 – A.V dos Balanços Patrimoniais das Concessionárias A e B......................30
Quadro 12 – A.V das DRE das Concessionárias A e B..................................................35
Quadro 13 – A.H dos Balanços Patrimoniais das Concessionárias A e B......................37
Quadro 14 – A.H das DRE das Concessionárias A e B..................................................39
Quadro 15 – Indicadores de Liquidez.............................................................................40 Quadro16 - Indicadores de Endividamento....................................................................41 Quadro 17- Indicadores de Rentabilidade......................................................................44
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................09
2 REFERENCIAL TEÓRIO......................................................................................11
2.1 Demonstrações Contábeis...................................................................................11
2.1.1 Balanço Patrimonial..............................................................................................12
2.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE................................................14
2.1.3 Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados – DLPA................................15
2.1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL.............................17
2.1.5 Demonstração do Fluxo De Caixa – DFC............................................................17
2.1.6 Demonstração do Valor Adicionado-DVA............................................................20
2.2 Análises das Demonstrações Contábeis..............................................................21
2.2.1 Análise Horizontal e Vertical.................................................................................22
2.2.2 Análise de Indicadores.........................................................................................23
3 ESTUDO DE CASO E ANALISE.........................................................................27
3.1 Breve apresentação das Concessionárias A e B................................................27
3.2 Coleta de dados e padronizações das Demonstrações Contábeis.....................28
3.3 Apresentações e comparação do resultado: Análise Vertical, Horizontal e Análise
dos Indicadores.............................................................................................................. 29
3.3.1 Análise Vertical (A.V)............................................................................................29
3.3.2 Análise Horizontal (A.H)........................................................................................36
3.3.3 Análise Indicadores..............................................................................................40
4 CONCLUSÕES.....................................................................................................46
REFERÊNCIAS ............................................................................................................48 ANEXOS ........................................................................................................................51
9
1 INTRODUÇÃO
As organizações como um todo, estão sujeitas a um ambiente caracterizado por
rápidas mudanças e constantes desafios, exigindo dos gestores cada vez mais a
necessidade de dados, informações e subsídios que auxiliem na tomada de decisão e
a redução de riscos nos negócios. Para que as organizações sobrevivam e tenham
êxito é fundamental à análise e o entendimento dos resultados obtidos pela empresa,
observando qual o desempenho alcançado em determinado período, em comparação
com os outros participantes do seu mercado e também com resultados de períodos
passados.
Segundo Iudícibus e Marion (2008, p. 25) “a Contabilidade é o grande instrumento
que auxilia a administração a tomar decisões, ela coleta todos os dados econômicos,
mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de
relatórios ou de comunicados que contribuem para a tomada de decisões”. As
informações originadas pela contabilidade asseguram aos seus usuários um pilar a
tomada de decisões e compreensão do estado em que se encontra a organização, seu
desenvolvimento, riscos e oportunidades que oferece. Quando utilizadas de forma
eficiente torna-se ferramenta indispensável para o planejamento, controle financeiro
dos negócios e acompanhamento gerencial.
De acordo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 26 (R5) item 09 “o
objetivo das demonstrações contábeis é de proporcionar informação acerca da posição
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões
econômicas”. Os principais métodos de análise das demonstrações contábeis – análise
de liquidez, endividamento e rentabilidade – mostram-se substancias fontes de
informações para evidenciação da saúde econômica e financeira da empresa.
Com base nesse contexto, foi desenvolvido esse estudo de caso, que tem como
tema investigar a situação econômica e financeira de duas concessionárias do setor de
maquinas pesadas e implementos, localizadas no município de Várzea Grande – Mato
Grosso. O tema foi escolhido pela facilidade de acesso das informações. Os
proprietários disponibilizaram as demonstrações contábeis, porem solicitaram sigilo e
10
confidencialidade em relação aos nomes das empresas, portando denominaremos ao
logo desse trabalho as entidades estudadas como Concessionária A e B.
O objetivo principal desse trabalho é o estudo das demonstrações contábeis com
ênfase na análise do Balanço Patrimonial - BP e Demonstração do Resultado do
Exercício- DRE referente ao período de 2016 a 2017 de duas empresas concorrentes e
a comparação do desempenho econômico e financeiro delas. Os objetivos secundários
desse estudo são: levantamento bibliográfico sobre o tema; evidenciação e comparação
do comportamento da Análise Vertical, Horizontal e Índices de liquidez, endividamento
e rentabilidade das empresas do período de 2016 e 2017, e por fim, relacionar os
aspectos positivos e negativos de cada entidade.
O presente estudo de caso justifica-se no âmbito profissional, pois reforça o papel
do profissional da contabilidade em analisar os resultados, interpreta-los e produção de
informações para auxiliar os administradores a gerenciar o negócio. Sob a ótica
acadêmica, o estudo justifica-se quando a junção da teoria com a prática, pois no
decorrer do curso de ciências contábeis é visto conceitos, análises e cálculos acerca
das demonstrações contábeis e que são utilizadas para obter o parecer econômico e
financeiro e auxiliar na tomada de decisões.
A metodologia adotada para esse trabalho foi de abordagem qualitativa realizada
por meio de pesquisas bibliográficas em livros, artigos científicos, pronunciamentos
contábeis e legislações pertinentes. Outro método adotado nesse estudo foi à pesquisa
documental das demonstrações contábeis disponibilizadas para esse estudo de caso.
Em relação à estrutura o estudo foi dividido em três seções: referencial teórico, estudo
de caso e as considerações finais. O referencial teórico aborda os principais conceitos
relacionados às demonstrações contábeis, a análise das demonstrações e indicadores
utilizados no trabalho. A segunda seção apresenta o estudo de caso propriamente dito,
onde foram apresentados os dados coletados, as analises e a exposição dos pontos
positivos e negativos de cada entidade. A última seção apresenta as considerações
finais sobre o todo o desenvolvimento do estudo de caso.
11
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Demonstrações Contábeis
No Brasil o processo de convergência às normas internacionais de contabilidade
inicia-se com a publicação das Leis nº 11.638/2007 e a nº 11.941/2009. Ambas
trouxeram importantes contribuições na legislação contábil brasileira a fim de introduzi-
la no cenário internacional. De acordo com Niyama (2005, p. 38) “o processo de
convergência contábil busca preservar as particularidades inerentes a cada país, mas
que permita reconciliar os sistemas contábeis com outros países de modo a melhorar a
troca de informações a serem interpretadas e compreendidas.” Esse processo visou
unificar as normas para que as Demonstrações Contábeis e a escrituração contábil
sigam os padrões internacionais, atendendo as exigências do mercado mundial e o
fortalecimento das relações comerciais entre os países.
As demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras são segundo Ribeiro
(2008, p. 37) relatórios feitos a partir da escrituração mercantil, mantida pela entidade
com a finalidade de apresentar aos usuários em geral informações de natureza
econômica e financeira, relativas à gestão do patrimônio ocorridas durante o exercício
social. No que se referem à obrigatoriedade, as entidades deverão elaborar as
demonstrações contábeis do item 10 das Normas Brasileiras de Contabilidade- NBC TG
26 (R5):
(a) balanço patrimonial ao final do período; (b) demonstração do resultado do período; (ba) demonstração do resultado abrangente do período; (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (d) demonstração dos fluxos de caixa do período; (da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente; (e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; (Alterada pela NBC TG 26 (R3)) (ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A; (Incluída pela NBC TG 26 (R1)) (f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D. (Alterada pela NBC TG 26 (R1)).
12
As demonstrações deverão expressar clareza da situação patrimonial e
mutações ocorridas no exercício. Através dessas pode-se averiguar a situação
econômico-financeira da empresa, identificar os fatores determinantes para evolução
exposta e as projeções futuras. As demonstrações contábeis proporcionam diversas
informações, possibilitando conhecimento da estrutura de ativos, passivos, das receitas,
despesas, bem como os lucros e prejuízos de determinado exercício.
2.1.1 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial- BP é a representação gráfica do patrimônio. Segundo
Marion (2009, p. 44) essa demonstração “reflete a posição financeira em determinado
momento, normalmente final do ano ou de um período prefixado”. O Balanço
Patrimonial retrata de forma concreta a realidade financeira da empresa e a situação
econômica, essa última, sendo identificada no Balanço em conjunto com a
Demonstração de Resultado do Exercício. O Balanço Patrimonial é composto por três
partes: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. De acordo com Matarazzo (2010, p. 172) o
conceito de Balanço origina-se do equilíbrio, dessas partes, onde o ativo é igual à soma
do passivo com o patrimônio líquido. A estrutura do BP é representada no quadro a
seguir:
Quadro 01: Estrutura do Balanço Patrimonial Fonte: Assaf Neto (2015, p. 70).
13
Segundo a CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil - Financeiro, no seu item 4.4, define Ativo como “recursos controlado
pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam
futuros benefícios econômicos para a entidade.” Para Lins e Filho (2012 p. 17) os ativos
da empresa necessitam apresentar três características: 1) ser controlado de forma
autônoma e exclusiva pela empresa que detém a sua posse; 2) ser mensurável em
moeda; 3) gerar expectativas de benefícios futuros. O Ativo que antes era subdividido
em três grupos de contas: Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente, após as
mudanças na Lei 6.404/1976, pela Lei 11.941/2009 passou a ser subdividido em
apenas dois grupos: Ativo Circulante - AC e Ativo Não Circulante - ANC.
Para Martins et al. (2013,p. 74) “são classificadas no Ativo Circulante todas as
contas realizáveis em circunstâncias normais dentro do prazo de um ano após a data
da demonstração, seja ela de final de período ou intermediária; as que tiverem
investimento além constituem Ativo Não Circulante”. A divisão do Ativo em dois grupos
de contas, o Circulante e o Não Circulante, colabora com o procedimento de análise da
posição financeira da empresa, visto que a diferença entre o AC e o Passivo Circulante
– PC nos faz conhecer o Capital Circulante Líquido, ou a capacidade que a entidade
possui de quitar suas obrigações em curto prazo.
Outro componente do Balanço Patrimonial é o Passivo. CPC 00 (R1) - Estrutura
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil - Financeiro, no seu
item 4.4, o Passivo “é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar
benefícios econômicos.” As contas que compõe o Passivo são de origem credora e
portando sofrem aumentos quando são creditadas e são reduzidas quando são
debitadas. De acordo com a Lei 6.404/1976 alterada pela Lei nº 11.941/2009 todas as
obrigações não classificadas no Passivo Circulante - PC devem ser classificadas no
Passivo Não Circulante - PNC, ou seja, as obrigações cuja liquidação não se espera
que ocorra dentro do prazo de doze meses, serão classificadas no PNC.
O ultimo componente do Balanço Patrimonial é o Patrimônio Líquido - PL. O
mesmo representa a diferença entre o total do Ativo e o Passivo, isto é, são os volumes
de recursos próprios da empresa pertencentes aos acionistas. “Demostra o total de
14
recursos aplicados pelos proprietários na empresa. As aplicações dos proprietários
normalmente são compostas de capital e lucro retidos, ou seja, a parte do lucro não
distribuída aos donos, mas revestida na empresa (MARION, 2009, p. 72). O Patrimônio
Líquido segundo CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil - Financeiro, Patrimônio Líquido é definido como “o interesse residual
nos ativos da entidade depois de deduzidos.” O Patrimônio Líquido será constituído
com os seguintes subgrupos: Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação
Patrimonial, Reservas de Lucro, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
2.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Ao fim de cada exercício social, a contabilidade elabora entre outras
demonstrações a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE. A DRE é uma
demonstração contábil dinâmica que visa retratar a formação do resultado liquido em
um exercício, através de um confronto das receitas, custos e despesas apuradas
originando informações significativas para a tomada de decisão. O artigo 187 no § 1º da
Lei 6.404/1976, assim estabelece:
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e
os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda;
e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos.
Essa demonstração é uma peça contábil que apresenta o resultado das
operações – lucro ou prejuízo – e busca evidenciar o resultado das operações
principais e acessórias da entidade, provocada pela movimentação dos valores
originados no Ativo. Para Martins et al. (2013,p. 560) “a Demonstração do Resultado do
Exercício é a apresentação de forma resumida das operações realizadas pela empresa,
durante o exercício social, demostradas de forma a destacar o resultado líquido do
período, incluindo o que se denomina de receitas e despesas realizadas”. A estrutura
da DRE é apresentada no Quadro 02:
15
Quadro 02 : Estrutura Demonstração do Resultado do Exercício. Fonte: Assaf Neto (2015, p. 84), adaptado pela autora.
Segundo Reis (2009, p. 98) essa demonstração contábil apresenta um conjunto
lógico e ordenado de todos os fatores que influenciam, para mais ou para menos, o
resultado do período, tornando-se, assim, valioso instrumento de análise econômico-
financeira e preciosa fonte de informações para a tomada de decisões gerenciais.
2.1.3 Demonstração de Lucro e Prejuízos Acumulados – DLPA
A Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulados – DLPA evidencia a
destinação do Lucro Líquido do exercício, ou seja, demostra o modo de distribuição do
lucro aos acionistas e da parcela retida pela empresa para reservas e reinvestimento.
Essa demonstração tem por objetivo de acordo com Reis (2009, p. 116):
Evidenciar o lucro líquido do período e a sua destinação para distribuição de
dividendos, aumento do Capital Social, aumento ou constituição de reservas e
eventualmente, compensação de prejuízos anterior ou evidenciar os prejuízos
16
acumulados, se for o caso, e a sua compensação com o lucro ou seu aumento com
prejuízo do exercício.
A segundo Ribeiro (2010, p. 348) “é um relatório que tem por finalidade
evidenciar o saldo inicial da conta Prejuízos Acumulado, os ajustes de Exercícios
anteriores, as reversões de reservas, o Lucro Líquido do Exercício e a sua destinação”.
Essa demonstração proporciona a integração entre o Balanço Patrimonial e a
Demonstração de Resultados do Exercício. Para Assaf Neto (2015, p. 76) “a DRE apura
o lucro líquido do exercício e a DLPA destaca como foi decida a sua destinação”. A
parcela retida (não distribuída) é mantida como origem de recursos no Balanço da
empresa, compondo o seu PL. O quadro 03 apresenta a estrutura dessa demonstração:
Quadro 03: Estrutura da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados; Fonte: Assaf Neto (2015, p. 96).
Na definição de Assaf Neto (2015, p. 96), “a DLPA deve conter, basicamente: a)
saldo do início do período e eventuais ajustes de exercício anteriores; b) reversões de
reservas e o lucro líquido do exercício; c) dividendos a distribuir, parcela de lucros
incorporada ao capital social e transferências para reservas”.
17
2.1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL
Fornecer informações referentes à movimentação ocorrida durante o exercício
nas diversas contas do Patrimônio Líquido é a principal função da Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL. Essa demonstração tem o objetivo de
informar de modo claro e sucinto a origem e o valor das transações no patrimônio
líquido durante o exercício. Para Braga (2012, p.90) “a DMPL permite verificar de uma
forma mais adequada o comportamento dos capitais próprios da empresa, permitindo
constatar quais foram os motivos da evolução ou retrocesso”.
A Lei das Sociedades Anônimas determina que a empresa possa elaborar e
publicar as Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido em substituição a
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, visto que essa estará incluída
naquela. A DMPL de acordo com Assaf Neto (2015, p. 98) “é um demonstrativo
contábil mais abrangente que a DLPA, integrando, de forma obrigatória, o conjunto de
demonstrações contábeis apuradas pelas companhias”.
2.1.5 Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC
A Lei nº 11.638/2007 trouxe a obrigatoriedade da elaboração da Demonstração
do Fluxo de Caixa – DFC, em substituição da Demonstração das Origens e Aplicações
de Recursos – DOAR. Nesse contexto Marion (2009, p. 54) salienta que “a companhia
fechada, com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a dois milhões de reais
não será obrigada a elaboração e publicação da DFC”.
De acordo com Braga (2012, p.102) “conceitua-se DFC como a demonstração
que evidencia as modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixas e
equivalentes de caixa) da empresa em determinado período, por meio dos fluxos de
recebimentos e pagamentos”. Essa Demonstração mostra o quanto o caixa aumentou
ou diminuiu de um período para outro, permitindo uma avaliação de alternativas de
investimento e também uma avaliação do presente e futuro do caixa da organização. O
objetivo principal da DFC para Martins et al. (2013,p. 566) é promover informações
relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, essas informações auxiliarão os
18
usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade de gerar caixas e
equivalentes.
De acordo com a legislação contábil a DFC deve apresentar pelo menos três
fluxos financeiros: a) operacionais; b) investimentos e; c) financiamentos. De acordo
com Matarazzo (2010, p.183), fluxo denota movimento, ou seja, fluxo de caixa pode ser
explicado de forma simples como movimento de caixa.
O formato adotado pela DFC apresenta as entradas e as saídas ocorridas no
período em grupos de atividades, as quais são denominadas: atividades operacionais,
atividades de investimento e atividades de financiamento. Para Assaf Neto (2015, p.
104) “o fluxo financeiro operacional descrevem as transações registradas na DRE. O
montante dos fluxos de caixa originados das atividades operacionais é um indicador de
como a operação tem gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos,
pagamento de fornecedores, pagar dividendos, juros sobre capital próprio, etc.”.
As atividades ligadas ao fluxo financeiro de investimento de acordo com Martins
et al (2013, p. 570) “relacionam-se geralmente com o aumento e diminuição dos Ativos
Não Circulantes que a empresa utiliza para produzir bens e serviços”. Alguns exemplos
de atividades relacionadas ao fluxo financeiro: concessão e recebimento de
empréstimos, aquisição e alienação imobilizados e de participações societárias
classificadas como investimentos, etc. E por fim os fluxos de caixa provenientes das
atividades financiamento segundo Assaf Neto (2015, p. 104) “referem-se basicamente
as operações com credores e investidores”. Esses fluxos preveem as exigências sobre
futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade, como também
averiguar a capacidade da empresa de utilizar recursos externos, para financiar as
atividades operacionais e de financiamento.
A legislação admite que a DFC seja elaborada tanto pelo Método Direto como
pelo Método Indireto. O Método Direto é formado por todos os componentes das
atividades operacionais, ou seja, todas as entradas e saídas brutas de dinheiro. O valor
final representa o volume líquido de caixa provido ou consumido pelas operações
durante esse período. Para Silva (2010), o método direto possibilita uma visão analítica
das entradas e saídas de dinheiro na empresa, ou seja, esse método permite visualizar:
o montante que a empresa recebeu de clientes, pagou para fornecedores e pagou de
19
despesas, etc. Silva (2010) destaca que neste método para se calcular o fluxo de caixa
das operações, parte dos componentes da Demonstração de Resultados do Exercício e
os ajustes pelas variações nas contas circulantes do balanço, vinculadas as operações.
Para Padoveze (2010), o método indireto é o que mais tem sido utilizado em
publicações internacionais e, nele, parte do lucro líquido passa por modificações se
ajustando por itens que não apresentam a efetiva saída ou entrada de caixa. Esse
método é aquele o qual os recursos oriundos das atividades operacionais são
demostrados com base no lucro líquido ajustado pelos itens considerados nas contas
de resultado, permitindo ao usuário das demonstrações contábeis avaliarem quanto do
lucro esta sendo transformado em caixa em cada período. Podendo-se observar no
quadro 04 modelo de estrutura da DFC pelo método indireto:
FLUXOS OPERACIONAIS R$ Resultado Líquido (+) Depreciação Aumento/ Redução em Duplicatas a receber Aumento/ Redução em Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa Aumento/ Redução em Estoques Aumento/ Redução em Fornecedores Redução de Salários a Pagar Outros Caixa Líquido das Atividades FLUXOS DE INVESTIMENTOS Pagamento na Compra de Imobilizado Recebimento pela Venda de Imobilizado Outros Caixa Líquido de Investimentos FLUXOS DE FINANCIAMENTO Integralização de Aumento de Capital Amortização de Empréstimos e Financiamentos Recebimento/ Pagamento de Dividendos Novas Captações de Empréstimos e Financiamentos Outros Caixa Líquido de Financiamentos AUMENTO/ REDUÇÃO DE CAIXA SALDO INICIAL DE CAIXA SALDO FINAL DE CAIXA
Quadro 04: Modelo de estrutura da DFC pelo método indireto Fonte: Assaf Neto (2015, p. 105).
20
2.1.6 Demonstração do Valor Adicionado - DVA
A Lei nº 11.638/2007 introduziu para todas as companhias abertas a obrigação
da elaboração e divulgação da Demonstração do Valor Adicionado - DVA. Para Assaf
Neto (2015, p. 106) “a DVA é um componente do Balanço Social da entidade”.
A DVA evidencia ao usuário o quanto cada empresa criou e distribui aos agentes
econômicos a riqueza criada pela organização. Assaf Neto (2015, p. 107) salienta “um
benefício notório dessa demonstração, é utilização como forma de avaliação de
desempenho e de acompanhamento de agregação de valor para a sociedade, isto é, o
quanto a empresa agregou de valor efetivamente para a sociedade no exercício”.
A DVA irá evidenciar o valor da riqueza que uma organização produziu e a
maneira que será distribuída entre acionistas, financiadores, empregados, governo e
quanto ficou na empresa. Essa demonstração é relevante no sentido de analisar fatores
econômicos de um país, onde os valores adicionados representam seu produto interno
bruto (MARION, 2009). A estrutura da Demonstração do Valor Adicionado pode ser
observada no quadro 05:
Quadro 05: Estrutura da DVA Fonte: Neto (20015, p.107), adaptado pele autora.
21
2.2 Análises das Demonstrações Contábeis
A contabilidade não deve limitar-se apenas a prestação de contas, mas também
contribuir para o processo decisório. Para Assaf Neto e Lima (2017) “a análise das
demonstrações tem o objetivo de estudar o desempenho de uma empresa em certo
tempo passado, examinando a situação atual e planejando os resultados futuros”. A
análise dos relatórios contábeis a importância fundamental na tomada de decisão, pois
esse constitui importante instrumento de avaliação de desempenho, oferecendo
indicadores das perspectivas econômicas e financeiras da entidade.
A análise das Demonstrações Contábeis conforme Lins e Filho (2012, p. 129)
são ferramentas de identificação de problemas econômicos e financeiros da entidade e
avaliação da evolução de períodos anteriores, permitindo uma visão estratégica aos
gestores. Segundo Iudícibus (2012, p. 05) a análise dos relatórios contábeis é a “arte de
saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos
relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”.
Para Lins e Filho (2012, p. 129) a analise das demonstrações contábeis “podem
ser decompostas em duas fases distintas: uma de natureza retrospectiva, e outra, de
natureza projetiva”. Ainda, de acordo Lins e Filho (2012, p. 129), “a natureza
retrospectiva diz respeito ao feedback necessário ao exame da eficácia das decisões
tomadas no passado, enquanto a natureza projetiva possibilita a criação de cenários e
a formação de expectativas associadas ao desempenho econômico e financeiro do
futuro”. Destaca-se que a correta análise de uma empresa de qualquer segmento da
economia segue os mesmo métodos e procedimentos, seja industrial, seja comercial ou
prestadora de serviços, porem os indicadores gerados poderão apresentar variações de
uma empresa para outra. De modo que o resultado de determinado indicador pode ser
considerado ótimo em alguns ramos industriais e apenas normais em outros. Dessa
forma, segundo Lins e Filho (2012, p.129) “é indicada a comparação dos indicadores
calculados entre empresas atuantes no mesmo mercado para se tecer a real situação
que a empresa se encontra”.
Para Assaf Neto (2015, p. 113) “as duas principais características de análise de
uma empresa são as comparações de valores obtidos em determinado período com
22
aqueles levantados em períodos anteriores e relacionamento desses valores com
outros afins”. O pilar que norteia a análise de balanços é a comparação, uma conta ou
um grupo patrimonial quanto tratado isoladamente não reflete de forma adequada o real
valor apresentado e nem o seu comportamento ao longo do tempo. Esse processo de
comparação é representado pela analise horizontal e pela análise vertical.
Outro ponto relevante na analise das demonstrações contábeis é a utilização de
indicadores, esses podem ser chamados de índices ou quocientes, e significam o
resultado obtido da divisão de duas grandezas. Os indicadores são classificados
segundo Assaf Neto (2015, p.131): liquidez, atividade, estrutura e endividamento,
lucratividade e rentabilidade.
Além disso, para Silva (2010) a leitura das notas explicativas e o
acompanhamento das notícias sobre o segmento econômico da empresa pode revelar
dados que sinalizem problemas de continuidade ou ampliação da própria atividade da
empresa.
Vale ressaltar que as informações geradas necessitam apresentar qualidade e
confiabilidade, o mais importante não é só saber calcular e sim interpretar e
compreender os dados apresentados, a fim de maximizar a eficiência e eficácia das
análises, identificando pontos negativos e positivos e propondo melhorias para ações
futuras.
2.2.1 Analise Horizontal e Vertical
A Análise Horizontal (A.H) e Análise Vertical (A.V) são técnicas simples eficazes
no que se refere à riqueza das informações geradas para a avaliação do desempenho
empresarial. Para Lins e Filho (2012, p. 152) “é importante que se faça essa verificação
inicial levando-se em consideração simultaneamente a Análise Vertical e Horizontal,
visto que a informação de uma complementa a outra”.
Análise Horizontal apura a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado
durante um determinado período. Para Assaf Neto e Lima (2017) a A.H permite que se
avalie a evolução de itens de cada demonstração financeira em intervalos sequencias
de tempo. De acordo com os autores anteriormente citados a análise é feita a partir da
23
comparação das mesmas demonstrações em exercícios diferentes. De modo, ser
possível acompanhar a evolução (positivo ou negativo), de cada conta movimentada
pela entidade durante o período analisado.
A Análise Vertical, também conhecida como a análise da estrutura, consiste em
estipular um valor percentual para cada conta, em relação a uma conta base. Segundo
Silva (2010, p.204) “o proposito da Análise Vertical, é mostrar a participação relativa de
cada item de uma demostrarão contábil em relação a determinado referencial”. É
comum utilizar, em nível de Balanço Patrimonial, as contas bases: Ativo Total (AT) e
Passivo + Patrimônio Liquido, sendo possível determinar quanto cada conta do ativo
representa em relação ao ativo total, e o quanto cada conta do passivo representa em
relação às obrigações totais da empresa. Em nível de DRE, geralmente é utilizado
como conta base a Receita Operacional Líquida, que possibilita o exame quanto cada
custo, despesa ou receita da demonstração em relação ao faturamento anual da
empresa.
2.2.2 Indicadores
A análise por indicadores é um dos métodos mais utilizados entre os usuários
da informação contábil. De acordo com Matarazzo (2010, p. 147) “índice é uma relação
entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar
determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”. A análise
das demonstrações financeiras pode subdividir-se em análise da situação financeira e
análise da situação econômica. Neste sentido, os índices dividem-se para situação
financeira (estrutura de capital e liquidez) e índices para situação econômica
(rentabilidade) (MATARAZZO, 2010).
Para Ribeiro (2015) é importante respeitar a ordem das interpretações, visto que
a análise por indicadores complementará a interpretação do indicador anteriormente
visto, auxiliando o processo de análise. Considerando essa metodologia, será feita,
nesta ordem, estudo e análise dos seguintes indicadores: liquidez, endividamento e
rentabilidade.
24
Os indicadores financeiros são fonte de dados sobre a empresa, e a partir da
análise dos gestores estes dados serão transformados em informações a respeito do
desempenho e perspectivas da empresa, sinalizando os seus pontos fortes e fracos.
2.2.2.1 Indicadores de Liquidez
Segundo Assaf Neto (2015, p. 172) “os indicadores por liquidez evidenciam a
situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos financeiros.”
Revelam quanto à empresa é capaz de honrar com seus compromissos dentro do
vencimento, ou seja, apresentam sua capacidade de pagamento. A avaliação da
liquidez pode ser feita considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.
Esses indicadores são calculados a partir do balanço patrimonial, pois são
indicadores estáticos, ou seja, há a possibilidade que em um próximo momento sejam
alterados por uma ação que modifique o patrimônio (PADOVEZE; BENEDICTO, 2011).
Os indicadores de liquidez utilizados nesse estudo são: Liquidez Geral, Liquidez
Corrente, Liquidez Imediata e Liquidez Seca, conforme a seguir:
Índice Fórmula Conceito Interpretação
Liquidez Geral Ativo Circulante + Realizável a LP /
Passivo Circulante + Exigível a LP.
Capacidade de honrar os compromissos a longo prazo, considerando os recursos de curto e longo prazo.
Quanto Maior, Melhor.
Liquidez Corrente Ativo Circulante/ Passivo
Circulante
Capacidade financeira da empresa de saldar dívida de curto prazo.
Quanto Maior, Melhor.
Liquidez imediata Disponibilidades/ Passivo
Circulante
Capacidade de pagamento das dividas de forma imediata.
Quanto Maior, Melhor.
Liquidez Seca Ativo Circulante – Estoques/ PC
Capacidade de pagamento da empresa de curto prazo, desconsiderando a conta estoques.
Quanto Maior, Melhor.
Quadro 06: Indicadores de Liquidez Fonte: Alcântara (2012, p.151), adaptado pele autora.
25
2.2.1.2 Indicadores Endividamento
Como o próprio nome já mostra os indicadores de endividamento, também
denominados de índices de estrutura de capitais, avaliam o nível de endividamento da
entidade. Segundo Marion (2012, p. 94) “os indicadores de endividamento expressam
quais são as fontes de recursos do Ativo, o qual vai ser financiado por Capitais de
Terceiros (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) e por Capitais Próprios
(Patrimônio Líquido)”.
Para Alcântara (2012), os índices estão ligados às decisões de financiamento e
investimento, contribuindo para demonstrar as grandes linhas de decisões financeiras
adotadas pela empresa para obter e aplicar recursos. São divididos em quatro tipos
esse indicadores: Participação de capital de terceiros, Composição do Endividamento,
Imobilização do Patrimônio Líquido e Imobilização dos Recursos Não Correntes.
Quanto menor o índice, melhor.
Quadro 07: Indicadores de Endividamento Fonte: Adaptada pela autora, Alcântara (2012, p.152)
26
2.2.1.3 Indicadores de Rentabilidade
Os indicadores de rentabilidade são utilizados para determinar a lucratividade
das atividades desenvolvidas por determinada entidade. Por meio destes, consegue-se
determinar o retorno (lucro) dos recursos aplicados para o cumprimento da finalidade da
entidade. Os indicadores de rentabilidade, de acordo com Ribeiro (2015, p. 171) “são
calculados com base em valores extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício
e do Balanço Patrimonial”. Para Alcântara (2012) esse indicador busca a identificação
do retorno sobre o investimento total, o retorno sobre as vendas e o retorno sobre o
capital próprio, desta forma, não apenas uma avaliação da produtividade, mas sim da
lucratividade do negócio. São divididos em quatro indicadores de rentabilidade: Giro do
Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido.
Índice Fórmula Conceito Interpretação Giro do Ativo Vendas Líquidas/
Ativo Total Demostra quanto à empresa vendeu para cada unidade monetária de investimento total do período realizado.
Quanto Maior, Melhor.
Margem Líquida Lucro Líquido/ Vendas Líquidas
x100
Demostra quanto à empresa obteve de lucro líquido para cada unidade monetária vendida.
Quanto Maior, Melhor.
Rentabilidade do Ativo
Lucro LÍQUIDO/ Ativo Total x100
Demostra quanto à empresa teve de lucro liquido para cada unidade monetária de investimentos totais.
Quanto Maior, Melhor.
Rentabilidade do Patrimônio Liquido
Lucro Líquido/ Ativo Total x100
Demostra o quanto a empresa teve de lucro líquido para cada unidade monetária de capital próprio investido.
Quanto Maior, Melhor.
Quadro 08: Indicadores de Rentabilidade Fonte: Adaptada pela autora, Alcântara (2012, p.154)
27
3 ESTUDO DE CASO E ANALISE
Com base no que foi apresentada, essa seção abordara um breve apresentação
sobre as Concessionárias A e B. Em seguida será apresentada a coleta de dados e
padronização das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial e Demonstração do
Resultado do Exercício) e por fim serão expostos os resultados dos cálculos e a análise
das Análises Horizontal e Vertical e a Análise de indicadores de liquidez, endividamento
e rentabilidade das entidades.
3.1 Breve apresentação das Concessionárias A e B.
As Concessionárias A e B, objetos desse estudo, são do ramo de comércio de
venda de máquinas e implementos pesados destinados a realizarem trabalhos de
terraplanagem, mineração, construção, pavimentação, e manutenção das rodovias e
vias públicas. Os principais clientes desse mercado são prefeituras, construtoras,
empresas de mineração e agricultores. De acordo com a pesquisa realizada pela
Associação Brasileira de Tecnologia para a Construção e Mineração- SOBRATEMA a
vendas da linha amarela teve um aumento estimado de 8% em 2018 (M&TEXPO,2018).
De acordo com dados constantes nas notas explicativas, a Concessionária A
está localizada na cidade de Várzea Grande – MT, onde foi fundada no ano de 1997. A
empresa visando ampliar os seus negócios e dar apoio logístico abriu duas filiais, uma
na cidade de Sinop – MT e a outra em Campo Grande – MS. O objeto social da
empresa A, é a compra e venda de máquinas para atender segmentos rodoviários, de
mineração e grandes obras de infraestrutura e produtores rurais.
A concessionária B é mais nova no mercado, iniciou suas atividades no ano
2011. A empresa possui apenas uma loja localizada no munícipio de Várzea Grande-
MT. Diferentemente da sua concorrente, a entidade B atua somente no estado de Mato
Grosso e têm como foco oferecer escavadeiras, carregadeiras, retroescavadeiras e
compressores para as empresas de construção, pavimentação e mineração.
28
3.2 Coleta de dados e padronizações das Demonstrações Contábeis
Para a realização do presente estudo de caso, considerando o enfoque
qualitativo, o procedimento de coleta de dados adotado foi à pesquisa documental. As
entidades disponibilizaram as suas demonstrações contábeis dos exercícios de 2016 e
2017, no entanto ambas solicitaram sigilo e confidencialidade dos dados referente à
identificação das empresas, uma vez que essas informações virem a ser divulgadas
poderá gerar prejuízo no faturamento das entidades.
Tendo em vista simplificar e ordenar as análises e os cálculos dos indicadores, o
Balanço Patrimonial e a DRE das Concessionárias A e B, referentes aos exercícios
sociais de 2016 e 2017, foram restruturados, ficando da seguinte forma:
Quadro 09: Balanço Patrimonial da Concessionária A e B padronizado. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
29
Quadro 10: DRE da Concessionária A e B padronizado. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa
3.3 APRESENTAÇÕES E COMPARAÇÃO DO RESULTADO: Análise Vertical,
Horizontal e Análise dos Indicadores.
A próxima etapa desse estudo foi à estruturação da Análise Vertical e Horizontal
e o Cálculo e Análise dos indicadores de liquidez, endividamento e rentabilidade
referentes ao período de 2016 e 2017 das Concessionárias A e B e a comparação dos
resultados alcançados por cada entidade, destacando os aspectos positivos e negativos
de cada empresa.
3.3.1 Análise Vertical (A.V)
Análise Vertical tem o objetivo de medir os percentuais de cada componente em
relação ao todo do qual faz parte, realizando comparações entre dois ou mais períodos.
Abaixo, observa-se a análise vertical onde foi calculando a participação de cada
componente do Ativo ou Passivo e Patrimônio Líquido em relação ao total do Ativo ou
total do Passivo, o mesmo é feito para os elementos da Demonstração dos Resultados
do Exercício em relação à Receita Operacional Líquida da empresa, expressando a
participação em porcentagem.
30
Quadro 11: A.V dos Balanços Patrimoniais das Concessionárias A e B Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
31
Para determinar os percentuais da coluna da Análise Vertical (A.V), divide-se o
valor da rubrica em analise pelo valor base e multiplica-se por cem, conforme se
observa no quadro 11. Em nível de Balanço Patrimonial, verifica-se no quadro 11 que o
Ativo Total no ano de 2016 da empresa A é de R$ 12.855.028,46 e da empresa B é de
R$ 7.263.507,39, representando o total de recursos aplicados em cada em empresa,
isto é 100%. A seguir apresenta-se a figura 1, que foi elaborada de acordo com os
dados do quadro 11 e retrata a composição do Ativo Total do ano de 2016 das
Concessionárias A e B.
Figura 1: Ativo total das concessionárias A e B em 2016 Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa
Verifica-se, na figura 1, que 46,56% do Ativo da Concessionária A ficou nas
contas a receber, indicando que essa entidade utilizou-se da concessão de credito, ou
seja, dispôs aos clientes parte do seu patrimônio a outros, com a perspectiva de
receber essa receita em curto prazo. O caixa e equivalentes representaram 15,76% do
Ativo Total. Ao gerir as disponibilidades é importante deixar apenas o suficiente para as
dívidas cotidianas, pois o dinheiro pode ser investido em aplicações financeiras em
longo prazo ou em investimentos que garantem maiores retornos.
A figura 1 apontou que a Concessionária B teve 41,35% do seu Ativo na conta
Estoque. Nota-se que a Concessionária B apresentou baixo percentual de participação
32
da conta Caixa e Equivalentes em relação ao Ativo Total, de apenas 1,15%, conforme
figura 1. O volume alto dos recursos aplicados no estoque, e a quantidade baixa de
disponíveis no caixa e equivalentes e no contas a receber são itens que devem ser
verificados com atenção pela entidade B, visto quem podem sinalizar défice na gestão
de estoque da empresa.
De acordo com o quadro 01 foi elaborado a figura 2, a qual retratada a
composição do Ativo Total no exercício social de 2017. Observam-se na figura 2 poucas
alterações na composição do Ativo Total das empresas objetos desse estudo, com
exceção da conta de Adiantamentos de fornecedores da Concessionária A de 11,94%
para apenas 1,61%.
Figura 2: Ativo total das concessionárias A e B em 2017 Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa
Ainda de acordo com os dados do quadro 11 foi elaborada a figura 3 que
apresenta a A.V do Passivo Total das Concessionárias A e B do ano de 2016. O
Passivo Total consiste na soma do Passivo Circulante + Passivo Não Circulante +
Patrimônio Líquido. Apresenta-se a figura 3 a seguir:
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
Caixa eEquiv.
Contas areceber
Adiantamento de
Fornecedores
Estoques OutrosAtivos
Transaçãocom partesrelacionad
as
Imob.
A 22,67% 42,65% 1,61% 18,50% 9,21% 5,26% 0,10%
B 0,97% 33,82% 8,05% 36,90% 10,78% 9,49%
33
Figura 3: Passivo total das concessionárias A e B em 2016 Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa
Foi possível visualizar na figura 3 que o Passivo Total da concessionária A foi
distribuído da seguinte forma: 70,49% das suas obrigações encontram-se perante aos
sócios da entidade, na conta Lucros Acumulados, sendo essa a conta com maior
participação na composição do passivo, enquanto a conta com menor participação foi a
de obrigações trabalhistas com apenas 0,22%. A concessionária B por sua vez,
segundo a figura 3, apresento a seguinte composição do seu Passivo Total: 44,26 % de
Lucros Acumulados e a conta com menor participação da composição do Passivo Total
foi à conta Obrigações Fiscais. Percebe-se que ambas as empresas operaram suas
atividades com recursos próprios, visto que as concessionárias A e B concentraram
respectivamente 86,5% e 60,09% do seu Passivo Total no seu patrimônio líquido.
Com na base no quadro 11 foi elaborada a figura 4, que demostra a composição
do Passivo Total das Concessionárias A e B no exercício social de 2017. A seguir
apresenta-se a figura 4:
34
Figura 4 : Passivo total das concessionárias A e B em 2017 Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
A figura 4 demostra significativas mudanças na composição do Passivo Total em
relação ao ano de 2016. A Concessionária A, no ano de 2016 o seu PL era de 86,5%
(figura 3) e passou para 70,49% (figura 4). Destacam-se também os aumentos das
contas fornecedores (29,51%) e obrigações trabalhistas (24,11%) conforme a figura 4.
No que se refere à Concessionária B, o seu Patrimônio Líquido passou de 60,09%
(figura 3) para 20,1 % (figura 4). Salienta-se também o aumento no PNC. A conta
transações com partes relacionadas no ano de 2016 eram de 17,65% (figura 3)
passando para 53,03% (figura 4).
De acordo com os dados levantados na pesquisa documental, foi elaborado o
quadro 12. Esse quadro tem o objetivo de apresentar os dados da Análise Vertical das
Concessionárias A e B dos exercícios sócias de 2016 e 2017. A seguir apresenta-se o
quadro 12:
35
Quadro 12: A.V das DRE das Concessionárias A e B. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
36
Com base no quadro 12 foi elaborada a figura 5, essa retrata a composição das
contas de resultados da DRE em relação à Receita Operacional Líquida do Exercício de
2016. A seguir apresenta-se a figura 5:
Figura 5: Análise Vertical das DRE das Concessionárias A e B em 2016. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
Observa-se na figura 5 que os custos inerentes as atividade são semelhantes
visto que consumiram 71,67% (Concessionária A) e 73,94% (Concessionária B) dos
recursos. Ainda segundo a figura 5 é possível observar a utilização de apenas de
1,46% da sua Receita Operacional em despesas operacionais pela Concessionária A,
ao mesmo tempo em que a Concessionária B usou 37,08% dos seus recursos. Os altos
gastos com despesas operacionais comprometeu o resultado da entidade B, de modo
que essa apresentou prejuízo operacional.
Em relação aos tributos a Concessionária A, de acordo com o quadro 12, o valor
correspondente ao imposto de renda – IR e à contribuição social sobre o lucro líquido-
CSLL alcançou o montante de R$ 743.142,78, valor esse que corresponde 3,87% da
Receita Operacional Líquida conforme demostrado na figura 5. Já a Concessionária B
não apurou o IR e a CSSL devido ter obtido resultado negativo nesse período.
3.2.2 Análise Horizontal
O quadro 13 foi elaborado com base pesquisa documental e apresenta os dados
da A.H das Concessionárias A e B dos exercícios sociais de 2016 e 2017. A seguir
apresenta-se o quadro 13:
37
Quadro 13: A.H dos Balanços Patrimoniais das Concessionárias A e B. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
38
A Análise Horizontal tem a finalidade de fornecer informações sobre a posição
patrimonial e financeira da entidade, compara-se em forma percentual, o valor de
determinada conta ou grupo de conta em relação ao ano anterior, como pode ser visto
no quadro 13.
Segundo o quadro 13, verificou-se aumento dos bens e direitos de ambas as
Concessionárias. Foi adotado como um período base o ano de 2016 e estabelecido à
evolução do exercício social comparativamente com o período base. Nota-se o
crescimento do Ativo da empresa A (21,83%) conforme quadro 13. Segundo ainda o
quadro 13 a empresa B teve aumento menor, de apenas 6,59%.
Entre as contas do AC da Concessionária A, a conta que deve maior crescimento
foi: outros ativos (95,83%), seguida pela conta caixa e equivalentes com elevação de
75,27%, conforme apresentado no quadro 13. No mesmo quadro é possível observar
crescimento das contas a receber (37,49%) da Concessionária B, no entanto a conta
caixa e equivalentes encolheu 10,34 %.
Em relação ao Passivo Total as duas empresas apresentaram mudanças
acentuadas na estrutura. De acordo com os dados do quadro 13 a Concessionária A
verificou um aumento de 157,76% das suas obrigações de curto prazo. Segundo o
mesmo quadro os maiores aumentos das contas da Concessionária A foram em relação
às obrigações trabalhistas e previdenciárias (447,58%) seguida pela conta fornecedor
(203,5%). Quanto a Concessionária B, de acordo com o quadro 13, houve um aumento
do seu passivo, porém em menor proporção (6,59%). Observa-se no referido quadro
aumento acentuado na conta fornecedor da Concessionária B, o qual era de R$
79.876,76 alterando-se para R$ 890.829,82, além disso, destaca-se o aumento de
149,35% na conta obrigações fiscais. Sobre o PC da Concessionária B, o quadro 13
apontou o de aumento de 220,24%.
No quadro 13 também é possível observar que a empresa A apresentou
mudança irrelevante no PL. Já a empresa B houve mudanças acentuadas na
composição do seu patrimônio, conforme o exposto pelo quadro 13 a conta lucros
acumulados absorveu integralmente o prejuízo do exercício social de 2016, passando
de R$ 3.214.477,39 para R$ 406.191,46 encolhendo 87,36%.
39
Segundo os dados apresentados na pesquisa documental foi elaborada a A.H
das Demonstrações do Resultado do Exercício, sendo o resultado apresentado no
quadro 14. A seguir apresenta-se o quadro 14:
Quadro 14: A.H das DRE das Concessionárias A e B. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
Observa-se no quadro 14 que as Receitas Operacionais Líquida das duas empresas
cresceram. A entidade A aumentou a sua receita em 42,39 % e a entidade B em
11,09%, conforme apresentado no quadro 14. Em relação aos custos de vendas das
mercadorias, o quadro 14 aponta o aumento dos custos na empresa A (58,58%) e na
empresa B (8,91%). Ainda de acordo com o quadro 14, houve aumento nas despesas
operacionais no exercício social de 2017, a empresa A aumento seus gastos em
177,06% e a empresa B em 7,33%. Segundo o quadro 14 a entidade A enxugou suas
despesas financeiras em 99,49% e a entidade B em 99,64%.
Em relação aos gastos com impostos (IR/CSSL), o quadro 14 mostrou que a
Concessionária A aumentou os seus gastos m 19,32% e por apresentar prejuízo
durante o exercício de 2016 e 2017 a Concessionária B não teve valores destinados
aos impostos que incidem sobre o lucro. O quadro 14 apontou ainda a redução do
Lucro Líquido que diminuiu em 9,68% no exercício de 2017.
40
3.2.3 Análise dos Indicadores
O uso dos indicadores econômicos financeiros é fundamental à análise das
demonstrações. Através do quadro 15 é possível observar e analisar os índices
de liquidez das Concessionárias A e B, nos anos de 2016 e 2017. A seguir o quadro 15
apresenta-se os indicadores de liquidez:
Descrição de indicadores CONCESSÓNARIA A CONCESSÓNARIA B
2016 2017 2016 2017
Liquidez Geral 7,17 3,39 2,51 1,25
Liquidez Corrente 7,15 3,21 4,05 3,37
Liquidez Imediata 1,13 0,77 0,05 0,04
Liquidez Seca 5,73 2,58 2,19 2,00
Quadro 15: Indicadores de Liquidez Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
No que diz respeito ao índice de liquidez geral, ambas as empresas possuem
bons indicadores, conforme o quadro 15, as empresas apresentaram valores
satisfatórios, que permitem honrar com os compromissos. O indicador de Liquidez Geral
consiste na razão entre o Ativo Circulante, acrescido dos bens e direitos de longo
prazo, e a soma do Passivo Circulante com o Passivo Não Circulante. Conforme o
quadro 15, a empresa A possuía no exercício social de 2016, índice de liquidez geral de
7,17, ou seja, possuía R$ 7,17 de Ativos para cada R$1,00 de dívida total, enquanto
empresa B possuía R$ 2,51 para cada R$ 1,00 de passivo. Ainda de acordo com o
quadro 15, no ano de 2017 o índice de liquidez decresceu nas duas entidades, sendo
de 3,39 (Concessionária A) e 1,25 (Concessionária B).
O índice de liquidez corrente é um dos índices mais conhecidos e utilizados
pelos usuários das informações contábeis, ele indica o quanto à empresa poderá dispor
de recursos de curto prazo para honrar suas dividas circulantes. Segundo o quadro 15,
a Concessionária A, no ano de 2016, possuía R$ 1,00 de passivo para cada R$ 7,15 de
recursos de curto prazo. No ano de 2017, o quadro 15 mostrou diminuição do indicador
41
de liquidez corrente para R$ 3,21, essa queda se deve em decorrência ao crescimento
do passivo circulante da entidade. Em relação à Concessionária B, o quadro 15
apresentou índice de liquidez corrente em 2016 de 4,05 e em 2017, segundo ainda ao
quadro referenciado, a empresa B obteve o resultado de 3,37. Embora os índices de
liquidez corrente da Concessionária B, ser menores do que a Concessionária A, ela
possui condições satisfatórias para saldar seus compromissos em curto prazo.
O próximo indicador de liquidez analisado nesse estudo de caso foi o índice de
liquidez imediata. Esse índice avalia a capacidade da empresa de pagar suas dívidas
de imediato, com os valores que possui disponíveis. A concessionária A no exercício
social de 2016, de acordo com o quadro 15 apresentou o índice de 1,13 e no ano de
2017 de 0,77. Enquanto a Concessionária B, segundo o quadro 15 apresentou o índice
de liquidez imediata de 0,5 e no ano de 2017 de 0,4. Ambas as empresas apresentarem
resultados menores que 1, o que não significa que as empresas enfrentam problemas
financeiros visto que esse índice não considera os direitos a receber da empresa e nem
os prazos de vencimento das obrigações. A liquidez imediata das empresas varia
conforme as circunstâncias do mercado financeiro e a situação econômica do país, que
podem impactar positivamente ou negativamente os investimentos recebidos pelas
entidades. Em nível de índice de liquidez imediata a Concessionária A possui melhor
resultado, visto que essa tem maior volume na conta caixa e equivalentes.
O ultimo indicador de liquidez analisado foi o índice de liquidez seca. Trata-se de
um índice de liquidez mais rigoroso que a liquidez corrente, pois exclui os estoques,
que são recursos de lenta realização no AC. Esse índice indica o quanto à empresa
poderá dispor de recursos circulantes, sem vender seus estoques, para fazer frente a
suas obrigações de curto prazo. No quadro 15, observamos que, se as empresas A e B
parecem de vender, conseguiriam honrar suas dívidas com folga. No ano de 2016, com
base no quadro a Concessionária A apresentou índice de liquidez seca de 5,73
diminuindo esse índice em 2017 para 2,58. Já a Concessionária B, em 2016 teve índice
de liquidez seca de 2,19 e no ano de 2017 de 02.
O próximo conjunto de indicadores analisados foram os indicadores de
endividamento. Esses indicadores vão evidenciar as relações com terceiros, a
qualidade e quantidade de dívida e o que modo elas podem comprometer o
42
desempenho das organizações. Partindo desse contexto o estudo segue com os
seguintes resultados:
Descrição de indicadores CONCESSÓNARIA A CONCESSÓNARIA B
2016 2017 2016 2017
Participação de Capital de terceiros 0,162 0,419 0,664 3,975
Participação de Capital de Terceiros sobre recursos totais 0,139 0,295 0,399 0,799
Composição do endividamento 1 1 0,558 0,336
Imobilização do Patrimônio Líquido 0,003 0,001 0,163 0,47
Quadro 16: Indicadores de Endividamento Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados da pesquisa
Através do quadro 16, é possível observar os índices de endividamento das
Concessionárias A e B, nos anos 2016 e 2017. O primeiro índice examinado é o índice
de Participação de Capital de Terceiros. Esse indicador consiste na razão entre Capital
de Terceiros (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) e o Patrimônio Líquido,
retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos. A
Concessionária A no ano de 2016, teve um índice de 0,162, que significa que para cada
R$ 100,00 de Capital Próprio, a empresa utiliza R$ 162,00 de recursos de terceiros. Em
2017 houve aumento desse índice passando para 0,419. Já a Concessionária B, no ano
de 2016, apresentou índice de participação de Capital de Terceiros de 0,664, ou seja,
para cada R$ 100,00 de Capital Próprio, a organização utiliza R$ 664,00 de recursos de
terceiros e no ano de 2017 esse índice cresceu passando para 3,975. Do ponto de vista
financeiro a empresa A tem menor dependência de recursos de externos e maior
independência na tomada de decisões financeiras.
Quando ao índice de Participação de Capital de Terceiros sobre recursos totais,
esse índice retratada a participação do Passivo no financiamento do Ativo
da empresa. Observa-se no quadro 16 que a empresa A, no exercício social de 2016,
43
tinha índice de 0,139 e a empresa B 0,399 de participação de capital sobre recursos
totais. Sendo que em 2017 esses valores aumentaram para 0,295 (empresa A) e 0,799
(empresa B). A empresa B por possuir menores recursos próprios para financiar suas
necessidades de giro, busca mais recursos junto a terceiros para financiar o seu ativo.
Já o índice composição de endividamento demostra o quanto da dívida total da
empresa deverá ser paga em curto prazo. Pela ausência de Passivo Não Circulante a
entidade A, apresentou índice de composição de endividamento em 2016 e 2017 igual
a 1, enquanto a entidade B em 2016 apresentou o índice de 0,558, ou seja, para cada
R$ 100,00 de dívida que a empresa tem, R$ 55,8 são de dividas a curto prazo. No ano
de 2017 esse valor aumenta para R$ 79,9. O aumento desse índice deixa a
Concessionária B em uma situação desfavorável visto que quanto mais dívidas para
pagar a curto prazo, maior será a pressão para a empresa gerar recursos para honrar
seus compromissos.
O ultimo indicador de endividamento analisado foi o índice de imobilização do
patrimônio líquido, esse indicador mostra quanto do PL da entidade está aplicado no
Ativo Permanente. Em 2016 a Concessionária A apresentou índice de imobilização do
patrimônio líquido de 0,03, em 2017 esse índice decresceu passando para 0,01. Já
Concessionária B em 2016 obteve índice de 0,163 e em 2017 foi de 0,472. As
empresas A e B por estarem no setor do comércio apresentam valores baixos de
imobilizados, de modo que as mesmas mantêm patrimônio suficiente para cobrir o Ativo
Permanente, sobrando recursos para investir no Ativo Circulante.
O último conjunto de indicadores econômicos financeiros analisados foram os
indicadores de rentabilidade. Esses procuram evidenciar qual foi à rentabilidade dos
capitais investidos, ou seja, evidenciar a dimensão dos lucros dentro das atividades da
organização. Com base no quadro 17 pode-se observar e analisar os Índices
de Rentabilidade das Concessionárias A e B, nos anos de 2016 e 2017.
44
Descrição de indicadores CONCESSÓNARIA A CONCESSÓNARIA B
2016 2017 2016 2017
Giro do Ativo 1,5 1,75 1,28 1,34
Margem Líquida 26,87 17,34 -11,02 -8,31
Rentabilidade do Ativo 40,18 30,31 -14,13 -11,11
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 46,69 43 -23,52 -55,27
Quadro 17: Indicadores de Rentabilidade Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa.
No grupo dos indicadores de rentabilidade, o primeiro indicador analisado foi o
giro do ativo. Esse índice estipula a relação de entre as vendas do período e os
investimentos recebidos na organização. No exercício social de 2016 a empresa A
apresentou índice de 1,50 e no seguinte ano esse índice foi de 1,75. Já a empresa B,
no ano de 2016 deve índice de giro do ativo de 1,28 e em 2017 de 1,34. Os resultados
alcançados pelas duas empresas nos anos de 2016 e 2017 indicam que os
investimentos totais efetuados nas empresas giraram mais de uma vez. Todavia um
indicador não se deve ser analisado isoladamente, para saber se os índices alcançados
pelas duas empresas são satisfatórios devem-se examinar os demais indicadores de
rentabilidade.
Em relação à margem líquida, observa-se que esse índice consiste na razão
entre o lucro líquido em relação às vendas líquidas do período, revelando o quanto a
empresa lucrou para cada R$1,00 que entra como receita no caixa da empresa. A
Concessionária A, no ano de 2016 deve índice de margem líquida de 26, isto significa
que durante o exercício social de 2016 a empresa Teve lucro de R$ 26,87 para cada
R$1,00 em vendas. Conjugando-se esse resultado com o anterior (giro do ativo)
identifica-se que o volume de vendas efetuado foi suficiente para cobrir os custos,
sobrando ainda uma margem líquida. Já a empresa B, em 2016, apresentou a margem
líquida negativa (-11,02). Isso se deve aos altos gastos com despesas operacionais,
que gerou prejuízo operacional líquido. No ano de 2017 a empresa A, diminuiu o seu
índice de margem líquida (17,34), porém a empresa continua com índices satisfatórios.
45
A empresa B, no ano de 2017, continuou a ter prejuízo liquido, de modo a continuar a
ter margem líquida negativa (-8,31).
Em nível de rentabilidade do ativo, concessionária A, teve índice de 40,18 no ano
de 2016 e de 30,31 no ano de 2017. Isso significa que para cada R$ 1,00 investido no
ativo, houve uma lucratividade de R$ 40,18 em 2016 e de R$30,31 em 2007. A
Concessionária B apresentou índice negativo de -14,13 no exercício social de 2016 e
de -11,11 em 2017, isso se deve ao prejuízo operacional já mencionado nesse estudo
de caso. Esse indicador é a razão entre o Lucro Líquido e o total do ativo e o seu
resultado mostra a eficiência da aplicação dos ativos e quanto lucro eles estão gerando.
O último indicador de rentabilidade analisado nesse estudo foi a Rentabilidade do
P.L. Esse indicador é de grande importância para aos acionistas e os gestores da
organização, através dele são possíveis visualizar o quanto cada acionista vai receber
de lucro gerado pelo uso do ativo, quaisquer que tenham sido as fontes de recursos
próprios ou de terceiros. No exercício social de 2016 a entidade A apresentou o índice
de 46,69 e a concessionária B o índice de -23,52. Em 2017 a empresa A deve uma
ligeira queda passando para 43. Já a entidade B, baixou mais ainda o seu resultado,
passando para -55,27. Esses resultados indicam que no ano de 2016, a empresa A
deve R$46,69 de Lucro Líquido para cada R$ 1,00 de Capital Próprio investido. Já no
ano de 2017 esse resultado passa para R$ 43,00.
46
4 CONCLUSÕES
A partir da análise das demonstrações contábeis das Concessionárias A e B foi
possível realizar um diagnóstico da situação econômico financeira das entidades e
verificar as principais ocorrências que impactaram os demonstrativos no período de
2016 e 2017.
Nos períodos examinados verificou-se por meio do quadro 11, que as empresas
A e B concentram o seu Ativo Total no Ativo Circulante. No ano de 2016, a empresa A
apresentou 99,78% dos seus bens e direitos no AC e a empresa B 90,20%. Em 2017,
esse cenário pouco se altera e a empresa A teve 94,64% do seu Ativo Total disposto no
Ativo Circulante e a empresa B 90,51%. Vale ressaltar que a composição do Ativo
Circulante das duas concessionárias é bem distinta. Enquanto o contas a receber da
empresa A tem maior participação em relação ao Ativo Não Circulante, na empresa B
ela tem pouca a representatividade. Observa-se que no ano de 2016 e 2017 a empresa
B concentrou o seu AC na conta estoque, em uma empresa que vem apresentando
prejuízo operacional, esse é um ponto que deve ser revisto pelos seus gestores, visto
que estoques altos podem sinalizar défice na gestão de estoque.
O principal recurso utilizado pelas entidades no ano de 2016 foi o capital próprio.
A maior utilização de Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros propicia à
empresa se tornar menos vulnerável a qualquer revés que possa ocorrer no dia-a-dia.
Contudo em 2017 no que se tange à Concessionária B, essa situação se inverteu, e ela
começou a utilizar mais capital de terceiros do que seu capital próprio em suas
atividades, o seu PL caiu de 60,09% para 20,1 %.
Outro ponto analisado no estudo foi os custos inerentes às atividades. Os custos
operacionais são bem semelhantes visto que consumiram 71,67% (Concessionária A) e
73,94% (Concessionária B) dos recursos da receita operacional líquida. Porém, foi
identificado que no ano de 2016 a Concessionária A utilizou-se apenas de 1,46% da
sua Receita com despesas operacionais, ao mesmo tempo em que a Concessionária B
usou 37,08% dos seus recursos. Os altos gastos com despesas operacionais
comprometeu o resultado da entidade B, e esses representam o principal risco à
47
continuidade operacional da empresa. O resultado negativo de 2016 reduziu em
87,36% o patrimônio líquido da empresa, agravando a situação econômica financeira.
Referente aos índices de liquidez, apesar da Concessionária A apresentar
melhores indicadores, ambas as empresas apresentam valores satisfatórios de
solvência, o que permitem honrar com os compromissos assumidos pelas
organizações.
Em nível de endividamento, no ano de 2016 a Concessionária A teve índices
mais baixos do que a outra empresa, objeto desse estudo, em função disso se
identificou que a gestão da Concessionária A buscou utilizar os seus recursos próprios
para financiar o seu Ativo. Destaca-se que muitas empresas buscam utilizar os recursos
de terceiros para tracionar e alavancar os negócios, porém, participação de Capitais de
Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável a
qualquer adversidade.
Sobre a rentabilidade das empresas estudadas a Concessionária A se mostrou
mais eficiente e eficaz. Os índices de rentabilidade evidenciaram o quanto renderam os
investimentos efetuados na empresa. A margem líquida da empresa A foi de 26,87, ou
seja, teve lucro de R$ 26,87 para cada R$1,00 em vendas. Já a Concessionária B por
apresentar prejuízo operacional nos dois períodos examinados, apresentou índices
negativos.
Após as analises e comparações realizadas, a partir do exposto dos relatórios
contábeis alvos desse estudo, conclui-se que a Concessionária A encontra-se em
situação econômica financeira mais favorável que a Concessionária B. É necessário
que a empresa B busque um maior equilíbrio entre suas aplicações de recursos, maior
controle dos seus gastos operacionais e adoção e revisão de boas práticas de gestão
para que numa analise futura os seus resultados melhorem. E enfatiza-se o importante
papel da Contabilidade para determinação da situação das empresas, sendo uma das
principais ferramentas que auxiliam a tomada de decisão.
48
REFERÊNCIAS
ALCANTARA, Alexandre da Silva. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis. 3ed. São Paulo: Atlas, 2012. ASSF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços - Um Enfoque Econômico-Financeiro. São Paulo. 10ed: Atlas, 2015. Assaf Neto, Alexandre; Lima, Fabiano Guasti. Fundamentos de Administração Financeira. São Paulo. 3ª Ed. 2017 BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm> Acesso: 27 abr. 2018. BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações Contábeis. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2012 CPC - COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf> Acesso: 22 nov. 2018. CPC - COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento CPC 26 (R1). Disponível em < http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2013.pdf> Acesso: 22 nov. 2018. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 10. ed. – 4 reimpr. São Paulo: Atlas, 2012. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. LINS, Luiz dos Santos; FILHO, José Francisco. Fundamentos e analise das demonstrações contábeis: uma abordagem interativa. São Paulo: Atlas, 2012. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE. NBC TG 26 (R5): Apresentação das Demonstrações Contábeis. CFC, 2017. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisw eb/SRE/docs/NBCTG26(R5).pdf>. Acesso em: 22 nov. 2018. NIYAMA, J. K. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2005.
49
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas,2009. Martins, E., Gelbcke, E. R., Santos, A., & Iudícibus, S. Manual de Contabilidade Societária. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial. 7. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2010. MT&EXPO 2018. Fabricantes de linha amarela confirmam otimismo com a M&T Expo 2018. Disponível: < http://www.mtexpo.com.br/Release/Exibir/fabricantes-de-linha-amarela-confirmam-otimismo-com-a-mt-expo-2018>. Acesso: 29 jan. 2019. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho de. Análise das demonstrações financeiras. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. REIS, Arnaldo. Demonstrações Contábeis - Estrutura e Análise. 3ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2009 RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil - 28ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010. RIBEIRO, Osni Moura. Demonstrações Financeiras: Mudanças na Lei das Sociedades por ações: Como era e como ficou. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços - 11ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2015. SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
50
ANEXOS
Balanço Patrimonial da Concessionária A
51
Balanço Patrimonial da Concessionária B
52
DRE – DEMOSTRAÇÃO RESULTADO DO EXERCICIO – Concessonaria A
DRE – DEMOSTRAÇÃO RESULTADO DO EXERCICIO – Concessonaria B
top related