universidade de uberaba escrita
Post on 06-Apr-2018
226 Views
Preview:
TRANSCRIPT
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 1/27
UNIVERSIDADE DE UBERABA
INSTITUTO FR ESTUDOS AVANÇADOS EM VETERINÁRIA
“JOSÉ CAETANO BORGES”
CARINA DINIZ ROCHA
TENDÊNCIAS DE MERCADO AVÍCOLA
Orientador : Gabriela de Godoy Cravo Arduino
Co-orientador : Evandro José Rigo
UBERABA - MG
2007
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 2/27
CARINA DINIZ ROCHA
MERCADO AVÍCOLA
Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Universidade de
Uberaba como parte dos requisitos
para a obtenção do título de
Médica Veterinária
UBERABA
2007
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 3/27
Agradecimentos
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 4/27
RESUMO
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 5/27
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 6/27
SUMÁRIO
1 Introdução
2 Revisão Literária
3 Considerações Finais
4 Referências
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 7/27
1 INTRODUÇÃO
A carne é um alimento versátil. É uma das principais fontes de proteínas com alto
valor biológico e uma excelente fonte de vitaminas do complexo B e de minerais, comoferro e o zinco. Satisfaz boa porcentagem das necessidades diárias destes nutrientes
vitais e desta forma, contribui para a saúde humana. A pesar destas qualidades, a
carne enfrenta preconceito por alguns grupos de consumidores e pesquisadores
ativistas, como sendo negativa para a saúde. Uma das principais razões de críticas à
carne é a presença de gorduras saturadas, um fator de risco associado a casos de
doenças coronárias e a cânceres. Evidências científicas para suportar estas hipóteses
não são consistentes. De qualquer forma, por estas razões e outras questões sociais,como novos estilos de vida e poder aquisitivo, têm resultado na diminuição do consumo
de carne vermelha, em relação das carnes brancas. Estas últimas são consideradas,
por alguns segmentos da ciência alimentar, como sendo mais saudáveis à alimentação
(OLIVO & OLIVO, 2006).
O crescimento na produção de carne de aves é acompanhado por uma maior
diversificação de produtos com maior elaboração de itens de conveniência, praticidade
e valor agregado, em relação à comercialização de carcaças inteiras e/ou cortes
(OLIVO & OLIVO, 2006).
Esta tendência dá-se em razão da mudança de hábitos da população, mudanças
sociais como aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, novos
hábitos de consumo pela população, que cada vez mais necessita de produtos de fácil
e rápido preparo, pois a praticidade, conveniência, qualidade nutritiva e segurança
alimentar, com preços acessíveis, são condições básicas para os negócios na área da
alimentação (ANUALPEC, 2001).
Sob este aspecto, a carne de frango tem vantagens, pois além de apresentar asreferidas características, não sofre restrições religiosas e culturais (OLIVO & OLIVO,
2006).
Com os problemas sanitários na Europa, primeiro com o surto da “vaca louca” e
depois a ocorrência de focos de febre aftosa, vêm mudando o perfil de consumo do
europeu. Este reduz significativamente o consumo de carne vermelha e passa a
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 8/27
consumir carnes brancas. Sua inquietação se estende aos consumidores de outras
partes do mundo (ANUALPEC, 2001).
Com a preferência pelas carnes brancas, as empresas brasileiras exportadoras
de carne de frango conquistaram novos mercados, além disso, o Brasil vem ocupandoo espaço deixado no mercado avícola por países exportadores onde a gripe aviária se
instalou (ANUALPEC, 2001).
A dinâmica do mercado mundial de frango estremeceu com o avanço veloz e
aparentemente incontrolável da gripe aviária. Em países na Ásia, União Européia e
Reino Unido onde houve ocorrência da doença o consumo sofreu grande retração
(ANUALPEC, 2006).
A doença da vaca louca, febre aftosa e gripe aviária juntamente com acapacidade do Brasil de se adaptar às exigências do mercado tornam nosso país entre
os maiores e mais importantes produtores e exportadores de frango no mercado
mundial (ANUALPEC, 2006).
A produção de frango de corte do Brasil tem impressionado pelo dinamismo e
pela competência conquistada nas últimas décadas, com destaque deste país como
terceiro maior produtor e primeiro maior exportador de carne de frango do mundo
(ANUALPEC, 2007).
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 9/27
2 REVISÃO LITERÁRIA
A participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 atingiu o
valor de R$ 537,63 bilhões, enquanto que o de 2004 havia sido de R$ 533,98 bilhões.A figura 1 ilustra a participação do agronegócio no produto total da econimia: nota-se
que em 2006, essa participação foi de 26,7% PIB e nas demais áreas 73,3%PIB. Em
2006, o PIB previsto para o agronegócio é de R$ 534,77 bilhões (MAPA, 2007).
A comparação do crescimento entre setores da economia brasileira no período
1990 a 2007 mostra que o crescimento médio da agropecuária foi maior do que o
crescimento da indústria e de serviços. A taxa anual média de crescimento da
agropecuária em 18 anos foi de 2,97%, enquanto que a indústria cresceu 1,80%,serviços, 1,77%. As taxas setoriais e do PIB mostraram-se baixas nesse período se
comparada às taxas mundiais. No período mais recente, 2000-2007, as taxas de
crescimento foram maiores e também neste período a taxa de crescimento da
agropecuária foi supeior às demais (TABELA 1) (MAPA, 2007).
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 10/27
Figura 1: Em 2006 o PIB do agronegócio representou 27% do PIB total
Fonte:Banco Central do Brasil e CNA (MAPA),
Tabela 1: Taxas Anuais de Crescimento do PIB real por setores (%)
Médias de Décadas de 1990
total indústriaserviço
s agropecuária
1,73 0,77 1,37 2,48
Médias dos anos 2000 a 2007
total indústriaserviço
s agropecuária
2,79 3,09 2,28 3,58
Médias do Período 1990 a 2007
total indústria
serviço
s agropecuária2,2 1,8 1,77 2,97
Fonte: FGV/IPEA APUD MAPA
A produção de frango de corte tem impressionado pelo dinamismo e pela
competência conquistados nas últimas décadas, com destaque para o Brasil, enquanto
terceiro maior produtor de aves do mundo (SOUSA; OSAKI, 2004) (ANUALPEC, 2006)
(ANUALPEC, 2007).
O ganho de produtividade associado à coordenação da cadeia avícola colocaramo país como um dos mais eficientes produtores (ZILLI, 2003 apud SOUSA; OSAKI,
2004).
Desse como, todos os avanços alcançados pela avicultura brasileira, juntamente
com as relativas quedas nos custos e melhoria na qualidade do produto, o Brasil obteve
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 11/27
uma maior inserção no mercado internacional, elevando-o como maior exportador de
carne de frango do mundo (USDA, 2005 apud SOUSA; OSAKI, 2004).
Os Estados Unidos estiveram à frente na produção de carne de frango nos
últimos dez anos. Representa 26,83% da produção mundial ocupando o primeiro lugar.Em segundo lugar a China com 16,92%. O Brasil é o terceiro maior produtor 15,85%
produção mundial e tem crescimento acentuado, ultrapassando mais da metade do
volume produzido pelos Estados Unidos. Portanto os três maiores produzem mais de
50% do volume total (ANUALPEC, 2006) (ANUALPEC 2007) (ANUÁRIO BRASILEIRO,
2007).
Quadro 1: PRODUÇÃO MUNDIAL DE CARNE DE FRANGOMILHÕESTONELADAS
ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
EUA 13703 14033 14467 14696 15286 15869 16162 16413
CHINA 9269 9278 9558 9898 9998 10200 10350 10350
BRASIL 5977 6736 7517 7843 8494 9200 9336 9700UNIAO
EUROPÉIA 7606 7883 7788 7512 7627 7736 7425 7530
MEXICO 1936 2067 2157 2290 2389 2498 2610 2724
MUNDO 50097 52303 54155 54282 55952 59092 60090 61162
Fonte:USDA/ABEF APUR ANUÁRIO, 2007
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 12/27
FONTE: ANUÁRIO BRASILEIRO, 2007
Previsão de consumo per capita dos maiores produtores de carne de frango: dos
americanos é de 45 Kg/ pessoa/ ano, dos chineses 8 Kg/ pessoa/ ano; dos europeus
16,4 Kg/ pessoa/ ano (União Européia) e o Brasil 37,5 Kg/ pessoa/ ano (ANUALPEC ,
2007).
CONSUMO PER CAPITA MUNDIAL DE CARNE DE FRANGO
kg/ pessoa/ ano
FONTE: ANUALPEC, 2007
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 13/27
Os Estados Unidos sempre foram os maiores produtores e exportadores de
carne de frango. No ano de 2004 o Brasil superou os Estados Unidos e agora consolida
a posição de primeiro colocado nas exportações. Ao analisarmos o quadro 1, observa-se que os Estados Unidos tem uma certa estabilidade nos volumes, e uma queda em
2004 (OLIVO; OLIVO, 2006) (ANUALPEC, 2006) (ANUALPEC, 2007) (ANUÁRIO,
2007).
O Brasil é líder absoluto nas exportações mundiais de carne de frango desde
2004. A grande retração de importantes mercados consumidores da Europa e da Ásia,
onde foram registrados focos de gripe aviária, exigiu um ajuste imediato da produção
avícola e iniciativas no sentido de reiterar a qualidade e a sanidade de nosso produto(ABEF, 2006).
A produção avícola nacional concentra-se em um sistema de integração entre
produtores e frigoríficos. Com isto a criação de frangos é cercada de todos os cuidados
em biossegurança, além de completa assistência às granjas no que diz respeito a
aspectos sanitários, equipamentos e alimentação (ABEF, 2006).
No sistema brasileiro o frango é alimentado com uma ração à base de milho e
soja, sem qualquer uso de proteína animal (ABEF, 2006).Verificar esta informação
Com a excelência em qualidade, sanidade e biossegurança, o Brasil nunca
registrou um caso de gripe aviária em seu território (ABEF, 2006).
O Brasil ganha espaço a cada ano, e como vivemos numa economia de
mercado, esta situação preocupa outros países e em especial, os Estados Unidos. O
Brasil está bem preparado e exporta em torno de 30% da sua produção (30%
9,7milhões toneladas = 2,9 milhões toneladas) (OLIVO; OLIVO, 2006) (ABEF, 2006)
ANUALPEC, 2006) (ANUALPEC, 2007) (ANUÁRIO, 2007).
A União Européia tem volumes de exportação estáveis e não tem produçãosuficiente para entrar com mais força na disputa mundial (OLIVO; OLIVO, 2006)
(ANUÁRIO, 2007).
A Tailândia e a China têm sérios problemas sanitários estão com suas
exportações em declínio nos últimos cinco anos. Desse modo o Brasil tem todas as
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 14/27
condições de maior exportador de carne de frango, por muitos anos (OLIVO; OLIVO,
2006) (ANUÁRIO, 2007).
Quadro 2: EXPORTAÇÃO MUNDIAL DE CARNE DE FRANGOMILHÕESTONELADAS
ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
BRASIL 907 1265 1625 1960 2470 2846 2713 2850
EUA 2231 2520 2180 2231 2170 2360 2454 2508UNIÃO
EUROPÉIA 774 726 871 788 813 755 620 685
CHINA 464 489 438 388 241 331 350 365
TAILÂNDIA 333 392 427 485 200 240 280 280
MUNDO 4856 5527 5702 6023 6055 6791 6470 6737
Fonte:USDA/ABEF APUD ANUÁRIO, 2007.
EXPORTAÇÃO MUNDIAL DE CARNE
DE FRANGO EM 2007
Fonte: ABEF, 2006
EXPORATAÇÃO DE CARNE BRASILEIRA EM 2006
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 15/27
VolumeTon.
Participação %
Frango 2.712.959 52,86Bovino 1.596.934 31,12
Suíno 528.195 10,29
Peru 156.056 3,04
Outras carnes 138.021 2,69Total 5.132.165 100,00
Fonte: ABIPES,ABEC, SECEC apud ABEF, 2006
INFLUENZA AVIÁRIA
A gripe ou influenza aviária é uma doença infecciosa causada pela cepa H5N1
que é altamente patogênica e considerada a mais perigosa. Essas letras e números seexplicam: o vírus possui duas proteínas específicas, a hemaglutinina e a neraminidase.
Existem 16 tipos de hemaglutinina (H1 a H6) e nove de neuraminidase (N1 a N9), por
isso o vírus influenza tem tantas variações. Nas aves silvestres, consideradas o
reservatório primário do vírus influenza, todos os subtipos estão presentes (H1 a H16 e
N1aN9), em diferentes combinações (ANUALPEC, 2006).
O vírus tem duas formas distintas da doença, uma mais comum e branda, os
sinais podem-se limitar a algumas penas enrugadas, queda na produção de ovos ou
leves alterações no sistema respiratório, na forma grave, o vírus ataca não o sistema
respiratório, mas também vários órgãos e tecidos, provocando intensa hemorragia
interna. A mortalidade no aviário pode chegar a 100 % em 48 horas (ANUALPEC,
2006).
O vírus da gripe aviária é rapidamente transmitido pela movimentação de aves
vivas, pelas roupas e calçados, carros, equipamentos, gaiolas, rações, etc. Em
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 16/27
humanos, a principal fonte de infecção tem sido contato direto com aves mortas ou
doentes. Os veículos do vírus podem ser penas, fezes, carne (no preparo para o
cozimento ou ingerida crua) (ANUALPEC, 2006).
O maior problema no controle da influenza aviária são as aves de quintal, Emespecial as criadas pelas camadas mais pobres da população em países
subdesenvolvidos. A falta de saneamento básico e a interação entre aves domésticas e
espécies silvestres são fatos muito propícios à disseminação do vírus. Os pássaros
compartilham alimentos e água com as galinhas e patos domésticos e lhe transmitem o
vírus. Como são comuns as mortes de aves de quintal, seus proprietários raramente
comunicam o fato às autoridades. Isto explica também por que os surtos em áreas
rurais persistem meses, sem que sejam detectados (ANUALPEC, 2006).Quanto à disseminação por aves migratórias, o risco se concentra nas regiões
que fazem parte das rotas de migração. Segundo a Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e Agricultura (FAO), existem oito rotas principais no mundo:
Américas-Pacífico, Américas-Atlântico, Américas–Mississipi, Atlântico Leste,
Mediterrâneo-Mar Negro, Ásia Central, Ásia Ocidental-Leste da África e Austrália-Ásia
Oriental, ainda se sabe muito pouco sobre animais infectados que são uma ameaça e
qual a rota exata que percorrem (ANUALPEC, 2006).
Na América do Sul as aves chegam do Hemisfério Norte no início da primavera e
retornam ao término do verão, essa duas estações formam o período mais crítico para
o Brasil, se houvesse contaminação por aves migratórias no Brasil, as aves
provenientes dos Estados Unidos e do Canadá estriam que estar infectadas. Não existe
rota migratória direta entre América do Sul e Ásia ou Europa (ANUALPEC, 2006).
Ainda não há comprovação de que os surtos ocorridos na Ásia e na Europa
tenha causado por aves migratórias. A origem mais provável das contaminações está
nas aves domésticas e seus subprodutos. Contudo o tráfico ilegal de aves exóticas,originárias de regiões contaminadas, pode facilitar a disseminação do vírus
(ANUALPEC, 2006).
A influenza aviária é uma doença classificada na Lista A da Organização Mundial
de Saúde (OIE). A Lista A inclui somente as doenças de controle oficial mundial, pelos
riscos de surtos de alto potencial de difusão e mortalidade (ANUALPEC, 2006).
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 17/27
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 18/27
frango dos últimos três anos do Japão 15 kg/ pessoa/ ano (OLIVO; OLIVO, 2006)
(ANUALPEC, 2006) (ANUALPEC, 2007).
A Arábia Saudita tem se mantido fiel às compras do Brasil, sendo o segundo
maior comprador. O consumo per capita médio de carne de frango dos últimos trêsanos da Arábia Saudita 37 kg/ pessoa/ ano (OLIVO; OLIVO, 2006) (ANUALPEC, 2006)
(ANUALPEC, 2007).
A União Européia se caracteriza como compradora de cortes especiais, produtos
esses de maior valor agregado com consumo per capita médio 16,36 kg /pessoa/ ano.
A China também é um comprador de produtos de frango de maior valor agregado,
cortes especiais e congelados com consumo per capita médio 7,86 kg /pessoa/ ano. Já
o Oriente Médio, continua a ser o maior comprador do frango brasileiro, maisprecisamente do frango inteiro e congelado (ANUALPEC, 2001) (ANUALPEC, 2007).
EXPORTAÇÕES BRASILIRAS DE FRANGO
INTEIROS E EM PEDAÇOS
2005 2006
2005 2006
ToneladasTonelada
s Toneladas ToneladasInteiros 1.044.362 948.660 Pedaços 1.717.604 1.637.053Arábia Saudita 326.374 276.024 Japão 396.249 318.779Venezuela 97.653 116.612 Hong Kong 152.961 290.673Em. ÄrabesUnidos 97.292 101.265 Países Baixos 106.829 102.711
kuwait 122.637 82.318 Rússia 171.499 134.813Iemen 58.950 57.226 Arábia Saudita 53.380 62.507
Fonte: ANUALPEC, 2007
As exportações de carne de frango ganham espaço a cada ano. Em 2004, o
Brasil conseguiu ultrapassar os Estados Unidos, assumindo a condição de maior
exportador. Mais de 60% do volume exportado são cortes que demandam mão-de-obra,
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 19/27
desse modo estamos exportando mais serviço. A carne de frango inteira corresponde a
35% do total exportado. Já os industralizados estão começando a ganhar espaço com
4,7% do total exportado e as empresas brasileiras estão se estruturando para vender
produtos com maior valor agregado (OLIVO; OLIVO, 2006) (ABEF, 2006).
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS POR SEGMENTO
ANO 2006
Toneladas %Cortes 1.637.053.009 60,3Inteiros 948.659.778 35,0Industrializados 127.245.940 4,7Total 2.712.958.727 100,0
Fonte: ABEF, 2006
CORTES IN NATURA
As vendas e o consumo de cortes de carne de frango têm crescido ano a ano,
devido à atratividade e à praticidade. Os cortes para exportação já ultrapassam 60%do volume total produzido, forçando as indústrias a investirem em parque fabril e em
tecnologia, inclusive com inovações nos cortes e em seus rendimentos (AVICULTU-
RA INDUSTRIAL, 2007).
A primeira exportação brasileira de cortes especiais de frango foi em 1983.
Esse foi o principal marco da mudança de hábito de consumo da carne de frango no
Brasil, pois, até então, as indústrias ofertavam o frango inteiro, e o mercado o
aceitava desta forma (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
O mercado ainda é caracterizado em aceitar aquilo que é fabricado pelas
indústrias. Com os cortes de frango não foi diferente. As avícolas começaram a
produzir para exportação e, com a estrutura montada para atingir suas metas,
começaram a direcionar os cortes também para o mercado nacional. Nessa situação
abriu um novo nicho de mercado no Brasil, a população brasileira começou a mudar
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 20/27
o seu hábito de consumo, migrando, do frango inteiro para os cortes especiais
(AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Os cortes especiais deram uma nova oportunidade ao mercado, pois com o
crescimento do volume de cortes desossados, isso gerou uma maior quantidade de
matérias-primas, a ser utilizada na elaboração de produtos industrializados
(AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
As indústrias passaram a estruturar-se para o mercado externo, por ser mais
exigente bem como à Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA)
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que criou normas
para padronizar as atividades de cortes nos abatedouros-frigoríficos (AVICULTURA
INDUSTRIAL, 2007).
O frango inteiro é o mais consumido no Brasil, embora a cada ano os cortes
aumentam sua participação no mercado ( AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
MAPA DO FRANGO
Fonte: OLIVO; OLIVO, 2006
No Brasil, o produto frango é classificado em: frango inteiro e frango carcaça
(AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
O frango inteiro é aquele que contém os miúdos (fígado, moela) e outras partes
(pés, cabeça e pescoço com pele), com peso médio de 2,5kg. A carcaça é produto sem
miúdos e com peso de 2 kg. Normalmente, as carcaças são comercializadas com faixas
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 21/27
de peso de 1,1kg, 1,2kg e 1,3kg. E uma classificação especial que é de 1,8Kg para o
mercado de frango assado Há também comercialização de galetos com peso máximo
de 800g. (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Para o mercado externo são produzidos o frango griller (sem miúdo) e o frango
broiler (com miúdos) (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Frango Inteiro sem miúdos(Griller) Frango Inteiro Desossado
Frango Inteiro com miúdo (Broiler) Frango Inteiro em 9 Pedaços
http://www.abef.com.br/In_Natura_inteiro.asp, 2007 acesso em 16/09/207 ou ABEF, 2007
A asa é o corte que começou a ganhar importância no mercado brasileiro a
partir de 1983, quando iniciou as exportações dos cortes especiais para o Japão. No
Brasil a asa é comercializada inteira ou em partes (coxinhas das asas e meio das asas)
(AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).Para o mercado externo é exportados a coxinha das asas (drumette) e meio
das asas (middle joint wing), meio do meio das asas (middle joint half wing) e a ponta
das asas (wing tip). Com o meio das asas e com a ponta, após um processo de
desossa especial, é possível obter a tulipa? (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 22/27
Asa Inteira Coxinha de Asa (Drumette) Meio da Asa
Meio da Asa Cortado ao meio(Tebanaki) Ponta de Asa Tulipa?
Meio e Ponta de Asa(Tebasaki)
ABEF, 2007
O peito é corte mais nobre do frango que possui aspecto agradável, cor atraentee ser bastante utilizado na culinária requintada e em pratos de uma alimentação
saudável. No Brasil, é comercializado inteiro, com osso e com pele, e também em
forma de filé (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
No mercado externo o maior comprador é a União Européia, para onde são
exportados os cortes sem osso, como o filé (peito sem osso e sem pele cortado ao
meio), podendo conter ou não o filezinho. Este é comercializado com ou sem a
presença do tendão (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Peito Desossadocom Pele
Peito Desossadosem Pele
Meio Peito Desossadosem Pele
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 23/27
FilezinhoSobrecoxa Desossada
com PeleCoxa e Sobrecoxa Desossada com
Pele
Coxa e sobrecoxa Desossadas comPele Cortadas em Pedaços
Coxa DesossadaCarne mecanicamente separada
(CMS)
Fonte: www.abef.com.br, 2007
As coxas com sobrecoxas requerem maior atenção devido ao corte ser feito
manualmente. No Brasil, são comercializadas inteiras ou em cortes como coxa e
sobrecoxas separadamente (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Para o mercado externo, as coxas com sobrecoxas são exportadas em maior
quantidade para o mercado asiático, sendo o Japão principal importador. O consumidor
asiático conta com grande variedade de cortes, contribuindo assim para a manutenção
de vendas com maior valor agregado, sendo que os cortes requerem mão-de-obra
especializada (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Coxa e sobrecoxa com Porção Dorsal (Leg Quarter)
Coxa e sobrecoxa com osso e com Pele
Coxa e sobrecoxa sem osso Sobrecoxa com osso e com Pele Coxa com osso e com Pele
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 24/27
Sobrecoxa Desossadacom Pele
Coxa e Sobrecoxa Desossadacom Pele
Coxa e sobrecoxa Desossadas com Pele Cortadas emPedaços
Coxa DesossadaABEF, 2007
O frango oferece outras partes apreciadas pelo consumidor ou que apresentam
importância para a fabricação dos produtos industrializados.
Carne mecanicamente separada (CMS)
ABEF, 2007
PeleABEF, 2007
Os miúdos de frango são muito apreciados pelos brasileiros, que consomem,
preferencialmente, o coração (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 25/27
Grande parte da produção de miúdos e outras de menor valor comercial. Hong
Kong importa quase que todo volume de pés produzidos no Brasil; o dorso e pescoço
são comercializados na forma de CMS (carne mecanicamente separada), para Rússia e
África do Sul; o fígado para a Alemanha e França, para produção de pet food(AVICULTURA INDUSTRIAL, 2007).
Coração Moela Fígado
Pé Pé sem Canela (Pata)
Cartilagem de Peito Cartilagem do Joelho Pescoço
http://www.abef.com.br/In_Natura_miudos.asp
8/3/2019 Universidade de Uberaba Escrita
http://slidepdf.com/reader/full/universidade-de-uberaba-escrita 26/27
3 Considerações Finais
FALTA FAZER AINDA
top related