universidade de brasÍlia instituto de letras … · a ampliação do projeto mulheres inspiradoras...
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA
GRUPO DE ESTUDOS CRÍTICOS E AVANÇADOS EM LÍNGUAGEM (GECAL)
CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO
24 A 27 DE JULHO DE 2018
BRASÍLIA – DF
COMISSÃO ORGANIZADORA DO CIELIN
COORDENAÇÃO GERAL DO CIELIN
Prof. Dr. Kleber Aparecido da Silva (UnB)
ASSISTENTES DE COORDENAÇÃO
Profa. Dra. Cátia Regina Braga Martins (Universidade de Toronto/Canadá)
Profa. Dra. Cleide Lemes da Silva Cruz (IFB)
Prof. Me. Júnio César Batista de Sousa (IFB)
Prof. Me. Juscelino Francisco do Nascimento (UFPI/UnB)
Comissão Científica
Profa. Dra. Ana Paula Martinez Duboc
Profa. Dra. Beatriz Gama Rodrigues
Profa. Dra. Catia Regina Braga Martins
Profa. Dra. Clarissa Menezes Jordão
Prof. Dr. Daniel Silva
Profa. Dra. Darcília Simões
Profa. Dra. Elaine Mateus
Profa. Dra. Fabíola Sartin
Profa. Dra. Fernanda Liberali
Prof. Dr. Hélvio Frank
Profa. Dra. Ismara Eliane Vida de Souza Tasso
Profa. Dra. Kyria Rebeca Finardi
Prof. Dr. Lynn Mário Menezes de Souza
Profa. Dra. Maria del Carmen Aranda
Profa. Dra. Mariana Mastrella-de-Andrade
Profa. Dra. Paula Maria Cobucci Ribeiro Dias
Prof. Dr. Renato Cabral Rezende
Profa. Dra. Vânia Cristina Casseb-Galvão
Prof. Dr. Vilson Leffa
SUMÁRIO
1 - PROGRAMAÇÃO............................................................................................ 5 á 39
2 - RESUMOS PALESTRAS E MESAS REDONDAS.........................................40 á 56
3 - RESUMOS COMUNICAÇÃOES E POSTERS..............................................57 á 103
5
PROGRAMAÇÃO
6
Linha Temática - Educação Docente
Nº. Data Horário Sala Título
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
1 24/07 Tarde FE5-
Sala 6
Letramento Acadêmico: práticas docentes na universidade
Natália Luiza da Silva
2 24/07 Tarde FE5-
Sala 6
Ensino-Aprendizagem de Língua Espanhola por meio da retextualização como processo de tradução: reflexões teóricas e
práticas
Camila Teixeira Saldanha
3 24/07 Tarde FE5-
Sala 6
Formação docente e oralidade: o desenvolvimento de capacidades docentes durante o estágio supervisionado
Pilar Mattos
4 24/07 Tarde FE5-
Sala 6
O aluno de Língua Portuguesa – tecendo sua autoimagem em relatos autoavaliativos
Luciene Fernandes Loures
5 24/07 Tarde FE5-
Sala 6
Reflexão sobre a construção de sequências didáticas para a formação de professores de espanhol
Nivia Aniele Oliveira
6 24/07 Tarde FE5-
Sala 6
Leitura no Ensino funcamental: “diário de leituras, leituras diárias”
Mariana Batista do Nascimento Silva
7
Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
7 24/07 Tarde FE1-Sala
4
Entendendo o ensino de inglês para crianças: uma aproximação por meio da análise de necessidades
Thais Blasio Martins
8
24/07
Tarde FE1-Sala
4
A aplicabilidade das máximas conversacionais em prova oral de inglês
Célia Araújo Neta
Thalita Arré
9
24/07 Tarde FE1-Sala
4
Formação e docência de professores de Libras: discussões e reflexões atuais
Andréa Guimarães de Carvalho
10
24/07 Tarde FE1-Sala
4
Formação e docência de professores de libras: discussões e reflexões atuais.
Renata Rodrigues de Oliveira Garcia
Gilmar Garcia Marcelino
(Com INTÈRPRETE DE LIBRAS)
11
24/07 Tarde FE1-Sala
4
Atividades didáticas baseadas em corpora para o desenvolvimento da competência colocacional no Ensino
Fundamental
Elaine Cristina Ferreira De Oliveira
12 24/07 Tarde FE1
Sala 4
O fascínio em aprender uma segunda língua
Adriana Aparecida Carvalho Pereira
Rosangela Lazaretti
13 24/07 Tarde FE1
Sala 4
A escrita em espiral no Ensino Médio
Lívia Letícia Zanier Gomes
8
Linha Temática - Estudos dos Gêneros
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
14 24/07 Tarde FE 1
Sala 3
Pesquisa em ensino de texto na escola: o relato pessoal a serviço do escrever sobre o que está perto
Daniela Favero Netto
Adauto Locatelli Taufer
15 24/07 Tarde FE 1
Sala 3
Histórias em quadrinhos e formação de leitores críticos e criativos no ensino fundamental
Zukleia Pereira Cabral Cipriano
16 24/07 Tarde FE 1
Sala 3
A tradução pedagógica por meio de uma proposta de sequência didática: o gênero publicidade em cena
Maria José Laiño
17 24/07 Tarde FE 1
Sala 3
A ampliação do projeto mulheres inspiradoras como ação coletiva de resistência: uma análise discursiva crítica do
gênero exposição oral
Valéria Gomes Borges Vieira
18 24/07 Tarde FE 1
Sala 3
Gêneros orais e protagonismo discente na Educação de Jovens e Adultos
Jairo Moratório do Carmo
19 24/07 Tarde FE 1
Sala 3
O gênero histórias em quadrinhos impressas e digitais: uma proposta didática pautada na gramática do design visual
Conceição Maria Alves De Araújo Guisardi
9
Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
20
24/07
Tarde FE5
Sala 7
Práticas de leitura e escrita em perspectiva crítica: o que dizem os/as estudantes sobre o projeto mulheres inspiradoras?
Atauan Soares de Queiroz
21
24/07
Tarde FE5
Sala 7
As marcas da resistência presentes nos muros da universidade: pichações e seus efeitos
Érica Daniela de Araújo
22 24/07 Tarde FE5
Sala 7
A representação identitária do negro em capas das revistas Veja e Raça Brasil
Daniel Fernandes Costa
Arlete Ribeiro Nepomuceno
23 24/07 Tarde FE5
Sala 7
A linguagem humanista como fator de construção de identidade na peça shakespeariana Macbeth
Cinthya Luciano Loureiro
24 24/07 Tarde FE5
Sala 7
Narrativas de ocupação: identidade, gênero e horizontalidade
Débora Muramoto
25 24/07 Tarde FE5
Sala 7
Identidade indígena e resistência: os mekragnotire, panará e os desafios da pós-modernidade
Ilaine Ines Dona
26 24/07 Tarde FE5
Sala 7
Narrativas de alunos surdos e intérpretes de libras com situações de conflito na sala de aula
Glauber de Souza Lemos
10
Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
27 24/07 Tarde FE5
Sala 8
A Linguística Aplicada na contemporaneidade e suas contribuições para os estudos da linguagem
Romeu Donatti
Sara Cristina Gomes Pereira
28 24/07 Tarde FE5
Sala 8
Leitores e Literatura
Juliana Alves Menezes
29 24/07 Tarde FE5
Sala 8
O ensino de Literatura e História na educação básica a partir de uma concepção de língua como transgressão:
escrevivências nas obras de Eliane Potiguara e Scholastique Mukasonga
Bruna Paiva de Lucena
Cristiane de Assis Portela
30 24/07 Tarde FE5
Sala 8
Identidade, alteridade e interculturalidade na cultura amazônica.
Ana Cláudia Dias Ribeiro
31 24/07 Tarde FE5
Sala 8
Discurso e Identidade: a construção das identidades por meio do espaço em interações com “menores infratores”.
Denilson de Souza Silva
32 24/07 Tarde FE5
Sala 8
Por um ensino de literatura transgressivo e indisciplina
Thyago Madeira França
11
Linha Temática - Materiais Didáticos
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
33
24/07
Tarde FE1
Sala 2
Leitura e léxico: análise de atividades de vocabulário em livros-didáticos de inglês como língua estrangeira
Bruno de Azevedo
Leda Maria Braga Tomitch
34 24/07 Tarde FE1
Sala 2
Jardim Sensorial: um novo sentido de interpretação
Boninne Monalliza Brun Moraes
Jackeline Cabral Loureiro de Almeida
35 24/07 Tarde FE1
Sala 2
Os enunciados verbo-visuais no livro didático: analisando atividades de leitura e seus norteamentos teórico-
metodológicos
Julianny de Lima Dantas Simião
Linha Temática - Multimodalidade
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
36
24/07
Tarde FE5
Sala 5
O uso de textos multimodais da internet para o ensino de fonologia: um relato de experiência
Gislene Silva
12
37 24/07 Tarde FE5
Sala 5
A referenciação em textos multimodais: uma análise a partir da leitura de charges
Lidiane Camargos
38 24/07 Tarde FE5
Sala 5
A compreensão leitora na perspectiva multimodal: um aplicativo de ensino de Português para médicos cubanos residentes
no Brasil pelo Programa Mais Médicos
Suiane Bezerra da Silva
39 24/07 Tarde FE5
Sala 5
O processo de construção de significado de alunos com deficiência visual a partir da leitura de textos multimodais
Paolla Cabral Silva Brasil
40 24/07 Tarde FE5
Sala 5
A escrita em espiral no Ensino Médio
Lívia Letícia Zanier Gomes
41 24/07 Tarde FE5
ala 5
O papel do jogo pedagógico na aprendizagem da língua inglesa no Ensino Fundamental em perspectiva Comunicativa
Claudecy Campos Nunes
(Multi)Letramento
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
42 24/07 Tarde FE5
Sala 9
Leitura, multiletramentos e ensino: um relato sobre a gincana literária como evento dialógico na prática leitora de
estudantes do 3º ano do Ensino Médio.
Keyla Alves Pimentel da Silva
13
43 24/07 Tarde FE5
Sala 9
Letramento digital: teoria e prática
Bárbara Amaral
44 24/07 Tarde FE5
Sala 9
Pronomes indefinidos: uma proposta de ensino
Joana Costa
45 24/07 Tarde FE5
Sala 9
Reflexões sobre o ensino de língua inglesa na EJA: uma proposta de letramento crítico
Mariana Ruiz Nascimento
Walkiria Felix Dias
46 24/07 Tarde FE5
Sala 9
Utilização de textos antigos em contexto moderno no ensino de nomes de povos e países em Esperanto
Luiz Claudio Oliveira
47 24/07 Tarde FE5
Sala 9
Multiletramentos: novas possibilidades socioculturais e pedagógicas na formação inicial de professores
Micaela Echenique
Coautoria com Veruska Ribeiro Machado
Linha Temática - Plurilinguismo
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
48
24/07
Tarde FE5
Sala10
Consequências do contato linguístico no Espírito Santo: o léxico de bilíngues em Vêneto e Português
Edenize Peres
49 24/07 Tarde FE5
Sala10
Escola bilíngue: que lugar é esse? Narrativas sobre culturas, interculturalidade e fronteiras
Antonieta Megale
14
50 24/07 Tarde FE5
Sala10
Discurso monolíngue e práticas de translinguismo: um estudo sobre os enunciados dos alunos do ensino médio
Noemia Souza
51 24/07 Tarde FE5
Sala10
Abordagem de intercompreensão: possibilidades e limitações para uma educação brasileira multilíngue
Nathielli de Souza Moreira
52 24/07 Tarde FE5
Sala10
Validação interlocutória e adaptação discursiva de uma criança bilíngue
Júlia Iaione Roque
Políticas Linguísticas
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
53
24/07 Tarde FE1
Sala 6
A inserção das práticas sociais de uso da língua em documentos curriculares nacionais no Brasil: dos PCN à BNCC
Luiz Eduardo Batista
54
24/07 Tarde FE1
Sala 6
Um olhar sobre a concepção de língua(gem) nos documentos de ensino de língua portuguesa no Brasil
Sueder Santos de Souza
55 24/07 Tarde FE1
Sala 6
Concepções e propostas para a oralidade na BNCC: uma investigação
Gisele de Oliveira
56 24/07 Tarde FE1
Sala 6
Abordagem de ensino por meio de estratégias: um olhar sobre as orientações oficiais
Nilze Maria Malaguti
15
57 24/07 Tarde FE1
Sala 6
Políticas de ensino de línguas para crianças
Em tempos de globalização no cenário europeu
Carine Guedes
Linha Temática - Sociolinguística
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
58 24/07 Tarde FE1-
Sala 1
Uma análise discursiva das relações imaginárias dos catadores de materiais recicláveis e dos coletores de resíduos sólidos
em Colíder – Mato Grosso
Cristinne Leus Tomé
Regina Uemoto Maciel Martins
59 24/07 Tarde FE1-
Sala 1
A supressão do [r] em final de vocábulo na escrita de discentes do Ensino Médio
Maria Perpétuo Socorro Conceição da Silva
60 24/07 Tarde FE1-
Sala 1
Presença/ausência do artigo definido diante de antropônimos na fala de Dianópolis – TO
Grasiele Silva Amorim
61 24/07 Tarde FE1-
Sala 1
Atos de fala (in)diretos como estratégias de (im)polidez
Bernd Renner
16
Linha Temática - Tecnologia e Linguagem
1º dia - 24/07/2018 – Tarde
62 24/07 Tarde FE5
Sala 11
Ciberdidática para o letramento literário: um processo que conduz à alteridade
Jadlla Cruz do Amparo
63 24/07 Tarde FE5
Sala 11
Tecnologia educacional acentuação financeira
Patrick Marques
64 24/07 Tarde FE5
Sala 11
Conexões híbridas: compartilhando códigos, linguagens e suas tecnologias
Mariana da Silva Neta
65 24/07 Tarde FE5
Sala 11
Plataformas digitais e a formação do professor de língua inglesa
Dayana Teles de Barcelos
Carla Conti Freitas
66 24/07 Tarde FE5
Sala 11
Entre os nossos desejos e sua concretização, entre os nossos sonhos e realizações: a apropriação das tecnologias no ensino de
língua inglesa
Ariane Peixoto Mendonça
67 24/07 Tarde FE5
Sala 11
Mobile learning e aprendizagem colaborativa pelo Twitter: escrita em inglês no contexto de cursos livres
Vânia Carvalho De Castro
Reinildes Dias
17
Linha Temática - Educação Docente
Nº. Data Horário Sala Título
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
68 25/07 Manhã FE5
Sala 11
As representações sobre avaliação da aprendizagem no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
Cassia Aparecida da Silva
69 25/07 Manhã FE5
Sala 11
Saberes e práticas docentes inerentes ao projeto “espanhol para curso técnico em eventos” do Instituto Federal de
Brasília – Campus Ceilândia
Micheli Suellen Neves Gonçalves
70 25/07 Manhã FE5
Sala 11
Professoras iniciantes e as vivências com a língua inglesa enquanto discentes na educação básica: influências na
prática docente
Fernanda Cardoso
71 25/07 Manhã FE5
Sala 11
Das escolhas que fazemos: perspectivas críticas de formação docente e educação linguística traduzidas na práxis do
estágio de língua inglesa
Valéria Rosa da Silva
72 25/07 Manhã FE5
Sala 11
Formação de professores de línguas e a avaliação da aprendizagem
Maria Inês Vasconcelos Felice
73 25/07 Manhã FE5
Sala 11
Pesquisas sobre letramento literário e seus impactos na formação de professores
Rosemar Eurico Coenga
18
Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
74 25/07 Manhã FE5
Sala 4
O ensino da língua materna e a heterogeneidade da língua no contexto escolar
Elizandra Hoffmann
75 25/07 Manhã FE5
Sala 4
A escolarização do português como língua estrangeira no Chile
Yeris Gerardo Láscar Alarcón
76 25/07 Manhã FE5
Sala 4
Diversificadas como estratégia motivacional para aprender inglês no Ensino Médio
Camila Miranda Baia
77 25/07 Manhã FE5
Sala 4
O ensino médio em foco: a língua inglesa no estado de Tocantins
Ana Cristina Messias Rodrigues
78 25/07 Manhã FE5
Sala 4
A argumentação e a análise linguística nas aulas de inglês como língua estrangeira: um estudo de caso de uma
atividade para aprendizes iniciantes de inglês
Thiago Magno de Carvalho Costa
79 25/07 Manhã FE5
Sala 4
A competência leitora em espanhol como língua Estrangeira pelas lentes da complexidade
Rosyanne Lourenço
80 25/07 Manhã FE5
Sala 4
A agência do professor e o ensino e aprendizagem de LI no contexto do novo currículo de referência da rede estadual
de Educação de Goiás
Carla Pereira de Oliveira
19
Linha Temática - Estudos dos Gêneros
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
81 25/07 Manhã FE5
Sala 5
Os gêneros no ENEM de língua inglesa
Amanda Petry Radünz
82 25/07 Manhã FE5
Sala 5
Uma proposta funcionalista para o ensino das proposições relacionais no gênero tirinha
Luciano Araújo Cavalcante Filho
83 25/07 Manhã FE5
Sala 5
Um estudo sobre o gênero anotação e seus reflexos na aprendizagem discente
Ana Paula da Silva
84 25/07 Manhã FE5
Sala 5
Perspectivas de ensino de gêneros orais no livro didático de língua portuguesa
Raquel de Carvalho Souza Costa
85 25/07 Manhã FE5
Sala 5
A Ironia nas Tirinhas da Mafalda: uma proposta de intervenção sob uma perspectiva multissemiótica
Camila Polyane Souza Felício
Arlete Ribeiro Nepomuceno
Daniele Maciel Lopes
86 25/07 Manhã FE5
Sala 5
Um recorte sobre o foco leitura sobre os gêneros textuais em avaliações externas de língua portuguesa
Marcele Lopes
87 25/07 Manhã FE5
Sala 5
A correção em função da reescrita de textos no espaço escolar
Heloize Moura
20
Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
88 25/07 Manhã FE5
Sala 10
Rastros femininos na tessitura narrativa de Ágras Emendadas
Maria Flávia Pereira Barbosa
89 25/07 Manhã FE5
Sala 10
O papel das emoções na prática de uma professora de inglês em formação inicial
Alyne Raíssa Gomes
90 25/07 Manhã FE5
Sala 10
Crenças e ideologias na construção de identidades de professores e crianças por meio do ensino de LE
Camila Mara Andrade Silva
91 25/07 Manhã FE5
Sala 10
Identidade, metáfora e as iniciativas em polh - português como língua de herança
Mônica Carneiro
92 25/07 Manhã FE5
Sala 10
Portas abertas: gradativa evasão de um projeto escolar de reconhecimento identitário, empoderamento e
representatividade LGBTT
Leonardo da Cunha Mesquita Café
93 25/07 Manhã FE5
Sala 10
Comparação dos movimentos oculares de duas crianças durante a leitura de problemas matemáticos:
um estudo de caso
Sanny Duarte
Angela Maria Santana (mesmo trabalho 2280)
Angela Ines Klein (mesmo trabalho 2084)
21
Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
94 25/07 Manhã FE5
Sala 6
A(s) crise(s) no ensino de leitura e escrita à luz da Neurolinguística Discursiva: processos históricos e sociais na
formação docente que culminaram na patologização da educação
Isabella de Cássia Netto Moutinho
95 25/07 Manhã FE5
Sala 6
A representação de cultura nos gêneros do programa Inglês sem Fronteiras
Talita Valcanover Duarte
Amanda de Mendonça Pretto
96 25/07 Manhã FE5
Sala 6
Dialogismo e a pesquisa em educação
Paula Crepaldi Campião
Gabriela Barbosa Souza
97 25/07 Manhã FE5
Sala 6
O emprego de itens lexicais em textos de linguagem jurídica: palavras e expressões não dicionarizadas
Ketlen Neves e Silva Rodrigues
Giselle Salgado Ferreira Fatureto
98 25/07 Manhã FE5
Sala 6
(Des)caminhos dos sentidos do público e privado no discurso da Lei das parcerias público-privadas
Antônio Castro do Amaral
99 25/07 Manhã FE5
Sala 6
Discursos Parlamentares Extremistas e Crise no Brasil: análise discursiva crítica e multimodal
Rosane Queiroz Galvão
100 25/07 Manhã FE5
Sala 6
A criatividade na escrita institucionalizada: (im)possibilidades
Priscilla Felipe Borges de Freitas
22
Linha Temática - Materiais Didáticos
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
101 25/07 Manhã FE5
Sala 7
Os impactos da elaboração de material didático no processo formativo do professor na educação básica
Caroline Souza Ferreira
102 25/07 Manhã FE5
Sala 7
A coleção didática linguagens em conexão e seus objetos educacionais digitais
Eliana Merlin Deganutti de Barros
103 25/07 Manhã FE5
Sala 7
O ensino de Língua Portuguesa e as contribuições do livro didático
Lília Brito da Silva
104 25/07 Manhã FE5
Sala 7
Aquisição de segunda língua: análise fundamentada na obra de Vera Lúcia Menezes e Paiva
Alessandra Correa da Silva Ferreira
Suzana Fabrim
105 25/07 Manhã FE5
Sala 7
Metodologias de ensino de língua portuguesa para professores indígenas yanomamis, da terra indígena Yamomami, em
Boa Vista - Roraima
José Ângelo Almeida
Francisca Ângela de Oliveira Sousa
106 25/07 Manhã FE5
Sala 7
A polifonia de locutores na redação do ENEM: um caminho para o ensino de línguas
Mônica Ferraz
Ana Cecylia de Assis e Sá
23
(Multi)Letramento
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
107 25/07 Manhã FE5
Sala 8
Multiletramentos e Letramento Crítico em produção colaborativa entre Professores de Língua Inglesa em Formação
Adriana Carvalho Capuchinho
108 25/07 Manhã FE5
Sala 8
Redesenho da sequência didática por meio dos multiletramentos – uma proposta para formadores
Grassinete de Albuquerque Oliveira
109 25/07 Manhã FE5
Sala 8
Uma análise dos resultados do protocolo Mais PAIC em leitura no 2ª ano do Ensino Fundamental I no Ceará
Sammya Santos Araújo
110 25/07 Manhã FE5
Sala 8
PLICKERS: multiletramentos na formação de professores de línguas
Cristiane Ribeiro Magalhães
111 25/07 Manhã FE5
Sala 8
Estratégias Metacognitivas e Sociocognitivas no Processo de Ensino-Aprendizagem da Leitura intertextual
Marilene de Souza Araújo Leite
112 25/07 Manhã FE5
Sala 8
Representação do Amor em cartas de aconselhamento: uma análise de Avaliatividade
Graziela Fachim
113 25/07 Manhã FE5
Sala 8
Letramento: modelo ideológico ou política de escolarização e pedagogização
Fabiene de Oliveira Santos
24
Linha Temática - Sociolinguística
2º dia - 25/07/2018 – Manhã
114 25/07 Manhã FE5
Sala 9
Concepções e princípios do Ensino Médio Integrado: a dimensão cultural e a disciplina de Língua Inglesa
Maria Glalcy Fequetia Dalcim
115 25/07 Manhã FE5
Sala 9
Variação diacrônica do grau de transparência linguística do português brasileiro
Alessandra Regina Guerra
116 25/07 Manhã FE5
Sala 9
Diálogos entre História e Literatura: temporalidade, distopia e nação na pós-modernidade
Aline Lima Pereira
117 25/07 Manhã FE5
Sala 9
Objeto direto anafórico na fala Tefeense
Alessandra de Souza Vasconcelos
Ana de Nazaré Egas Praia
118 25/07 Manhã FE5
Sala 9
As contribuições da teoria dos exemplares na Variante do R no falar portuense
Auricélia Alencar da Silva Fernandes
119 25/07 Manhã FE5
Sala 9
A variação linguística de concordância verbal e a relação com o letramento
Jaciara Carvalho Costa
Mônica Fontenelle Carneiro
120 25/07 Manhã FE5
Sala 9
Um estudo etimológico da microconstrução quando é fé
Evandro Gonçalves
25
Linha Temática - Tecnologia e Linguagem
2º dia - 25/07/2018 –Manhã
121 25/07 Manhã FE1
Sala 4
Tecnologias assistivas: um novo paradigma de mudança na efetivação de multiletramento de estudantes Deficientes
Visuais (DV)
Jandira Azevedo da Silva
122 25/07 Manhã FE1
Sala 4
Whatsapp: conscientização política pelo viés dos multiletramentos para a LI
Mírian Nichida
123 25/07 Manhã FE1
Sala 4
O uso de tecnologia por alunos do ensino fundamental: um estudo de caso
Marcia Moura Onofre de Morais
124 25/07 Manhã FE1
Sala 4
Letramento digital e leitura crítica de notícias falsas
Janine Ferreira Pinto Milo
Linha Temática - Educação Docente
Nº. Data Horário Sala Título
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
125 26/07 Manhã FE5
Sala 4
PIBID letras-inglês: representações de professores em formação inicial acerca do trabalho docente
Janine dos Santos Rolim
Angélica de Melo Maia
26
126 26/07 Manhã FE5
Sala 4
Com a palavra, os futuros professores! Narrativas que revelam as experiências
e as identidades dos formandos de Letras
Denize Dinamarque da Silva
127 26/07 Manhã FE5
Sala 4
Estudos de letramento e transdisciplinaridade: relações dialógicas para a fundamentação de uma práxis docente
Ludmila Nogueira de Almeida
128 26/07 Manhã FE5
Sala 4
Concepções acerca da teoria e prática na formação de professores de língua inglesa em
uma escola de Porto Nacional-TO
Evilmara Resende Casimiro
129 26/07 Manhã FE5
Sala 4
Letramentos do professor de inglês: compreendendo a construção da identidade profissional a partir dos processos de
ensinar e aprender
Caique Fernando da Silva Fistarol
130 26/07 Manhã FE5
Sala 4
Metáforas e a construção de sentido na deficiência visual
Girlane Maria Ferreira Florindo
Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
131 26/07 Manhã FE5
Sala 5
Diálogos do ensino de língua portuguesa com as diretrizes oficiais: o conceito de competência na Base Nacional
Curricular Comum (BNCC)
Paula Cobucci
132 26/07 Manhã FE5
Sala 5
O ensino sistemático e reflexivo da ortografia: regularidades morfossintáticas
Cláudia Gonçalves Magalhães
27
133 26/07 Manhã FE5
Sala 5
Dizeres de alunos surdos sobre as práticas de Leitura e de Escrita na educação inclusiva: da relação do sujeito entre
línguas com o saber
Onilda Aparecida Gondim
134 26/07 Manhã FE5
Sala 5
O cenário do ensino e aprendizagem de língua inglesa na perspectiva da aprendizagem ubíqua
Vivianny Ferreira
135 26/07 Manhã FE5
Sala 4
Dificuldades na aquisição da escrita: desafios para além da alfabetização
Daniela Mara Lima Oliveira Guimarães
136 26/07 Manhã FE5
Sala 4
O tratamento da homonímia no Campo Lexical Vestuário do “Dicionário Analógico de Aprendizagem do Português
do Brasil”
Danielle de Oliveira
Linha Temática - Estudos dos Gêneros
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
137 26/07 Manhã FE5
Sala 6
Análise de notícias jornalísticas que versaram sobre a questão racial
na obra Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato
Patrícia Ricardo Andrade
138 26/07 Manhã FE5
Sala 6
A retextualização de gêneros textuais: uma prática de letramento crítico
Luciana da Silva Barbosa
139 26/07 Manhã FE5
Sala 6
A leitura e a escrita em sala de aula: fatores de aprendizado para a produção textual
Graci Leite Moraes da Luz
140 26/07 Manhã FE5
Sala 6
Leitura crítica a partir do estudo dos gêneros textuais anúncio publicitário e tirinha jornalística
Telma Eliane Medeiros de Souza
28
141 26/07 Manhã FE5
Sala 6
As divergências, fugas e desvios em resenhas acadêmicas: um estudo retórico e léxico-gramatical
Aline Moreira da Fonseca Nascimento
142 26/07 Manhã FE5
Sala 6
Caracterização de relatos reflexivos a partir do reconhecimento de suas partes constituintes
Miliane Vieira
143 26/07 Manhã FE5
Sala 6
A constituição do sujeito e a literatura: autor e leitor em interlocução
Betina Rezze Barthelson
Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
144 26/07 Manhã FE5
Sala 7
Ensino de inglês e afetividade: workshop sobre línguas indígenas e seus impactos afetivos
Isabela Ramalho Orlando
145 26/07 Manhã FE5
Sala 7
Letramentos no cárcere: a escrita do afeto e da sororidade
Maria Aparecida de Sousa
146 26/07 Manhã FE5
Sala 7
Mil rosas roubadas: uma narrativa da exterioridade
Pedro Medeiros
147 26/07 Manhã FE5
Sala 7
Imagens, mitemas e mitos em “A princesa e a costureira” e “Joana princesa”: algumas construções discursivas sobre as
dissidências sexuais
Clodoaldo Ferreira Fernandes da Silva
148 26/07 Manhã FE5
Sala 7
A noção de trabalho na constituição do sujeito dependente químico
Aline Rodrigues da Silva
29
149 26/07 Manhã FE5
Sala 7
O efeito Madonna: performances, ritmo frenético, ruptura e sedução artística
Izabella Lorenzoni Nascimento
150 26/07 Manhã FE5
Sala 7
Representações discursivas de profissionais de saúde e pacientes na estratégia de saúde da família em Sobral-CE: uma
reflexão sobre a consolidação do vínculo terapêutico
Julia Salvador Argenta
Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
151 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Discurso e trabalhismo na atualidade brasileira
Sara Colares
152 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Práticas sociais ideológicas e contextos em metáforas utilizadas por alunos do
Ensino Médio nas narrativas escolares
Maria José Cavalcanti de Andrade
153 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Da morte à vida do salvador da pátria. A atuação do discurso presidencial brasileiro para seduzir, convencer e triunfar em
tempos de calamidades sociais.
Rodrigo dos Santos Camilo
154 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Interação, ludicidade e brinquedo diálogos com a formação inicial e língua inglesa para crianças
Autoria: Olandina Della Justina
Coautoria: João Batista Lopes da Silva
30
155 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Ecos e ressonâncias do “dizer” médico replicado no discurso do paciente: uma análise de aspectos textuais-discursivos
Francisco Renato Lima
156 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Glossário terminológico da agropecuária: entre o léxico comum e o léxico especializado
Maria Betânia Rodrigues de Menezes
157 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Um shtetl ou a vida na colônia: Verossimilhanças em “o centauro no jardim”, de Moacyr Scliar
Thaís Rios de Aguiar
Linha Temática - Materiais Didáticos
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
158 26/07 Manhã FE1
Sala 4
Materiais didáticos de espanhol para fins específicos: reflexões sobre seleção, elaboração e usos
Bianca Agarie
159 26/07 Manhã FE1
Sala 4
Livros didáticos de língua inglesa: instrumentos de luta contra desigualdades sociais?
Cristiane Lopes
160 26/07 Manhã FE1
Sala 4
Produção de curtas-metragens nas aulas de literatura: Uma estratégia para o estímulo à leitura
Adauto Taufer
161 26/07 Manhã FE1
Sala 4
Uma sequência didática para o ensino de produção textual no Ensino Médio
Renata Herwig de Moraes Souza
31
162 26/07 Manhã FE1
Sala 4
Proposta de atividade didática para ensino Português como l2
Iorrane Meneses Linhares
163 26/07 Manhã FE1
Sala 4
Provas de inglês do PAS UnB: perspectiva discente
Vanessa de Assis Araújo
(Multi)Letramento
3º dia - 26/07/2018 – Manhã
164 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Girls’ feelings: multiletramentos no ensino de inglês
Marise Pires da Silva
165 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Multiletramentos na escola: Possibilidades e desafios em aulas de Língua Portuguesa
Marcelo de Castro
166 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Letramentos na educação hospitalar
Itamara Peters
167 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Português no Ensino Médio: Tensões, finalidades e identidades constitutivas do trabalho docente
Débora Ferreira
168 26/07 Manhã FE5
Sala 8
Correção do erro oral em aulas de língua estrangeira: representações sociais compartilhadas por professores pré-serviço
de espanhol e inglês
Aline Pessôa
32
Linha Temática - Tecnologia e Linguagem
3º dia - 26/07/2018 –Manhã
169 26/07 Manhã FE1
Sala 1
Português Língua de Acolhimento por meio do whatsapp
Eliana Barbosa dos Santos
170 26/07 Manhã FE1
Sala 1
E-learning ecology e as possibilidades no Reddit e no Google Classroom
Gabriel Lúcius dos Santos
171 26/07 Manhã FE1
Sala 1
Linguagem escrita mediada pelo uso das tecnologias digitais na produção de roteiro de documentário – uma experiência
de letramento digital
Márcia Vacario
33
Linha Temática - Educação Docente
Nº. Data Horário Sala Título
4º dia - 27/07/2018 – Manhã
172 27/07 Manhã FE5
Sala 5
Reflexões de professores de Língua Inglesa em (trans)formação
Bruna Quartarolo Vargas
173 27/07 Manhã FE5
Sala 5
Contribuições da tertúlia literária dialógica na formação de professores de línguas estrangeiras
Juliana Harumi Chinatti Yamanaka
174 27/07 Manhã FE5
Sala 5
Gêneros textuais, interações e práticas letradas em sala de aula: ações pedagógicas em contexto minoritário
Edinei Carvalho dos Santos
175 27/07 Manhã FE5
Sala 5
A leitura do gênero notícia no facebook: uma proposta de intervenção
Daniele Maciel Lopes
Arlete Ribeiro Nepomuceno
Camila Polyane Souza Felício
176 27/07 Manhã FE5
Sala 5
Português no Ensino Médio: Tensões, finalidades e identidades constitutivas do trabalho docente
Débora Ferreira
177 27/07 Manhã FE5
Sala 5
Uma experiência de formação docente e suas implicações: (re)pensando práticas globais de ensino de língua inglesa
em um contexto local
Marcelo Maciel Ribeiro Filho
34
Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)
4º dia - 27/07/2018 – Manhã
178 27/07 Manhã FE5
Sala 4
Efeitos do entrecruzamento de eixos de opressão nas experiências de
uma estudante de português como segunda língua
Juliana Harumi Chinatti Yamanaka
179 27/07 Manhã FE5
Sala 4
O estudo das competências em língua estrangeira dos 13 eixos tecnológicas da Educação Profissional
Vanessa Cristina Silva
Renata Mourão Guimarães
181 27/07 Manhã FE5
Sala 4
Estilos de Fala Materno: Um estudo de caso de duas díades mãe-criança com desenvolvimento atípico da linguagem
Andreza Polia
182 27/07 Manhã FE5
Sala 4
A reflexão crítica no processo de ensino-avaliação-aprendizagem nas aulas de língua espanhola no Ensino Médio
Liana Castro Mendes
183 27/07 Manhã FE5
Sala 4
A avaliação em um curso de línguas estrangeiras para crianças: os pais em foco
Jordanah Schroder
184 27/07 Manhã FE5
Sala 4
Experiências de alunos de estágio supervisionado de um curso de letras/inglês sobre a avaliação da aprendizagem: foco na
elaboração de testes escrito
Cristina Vasconcelos Porto
Linha Temática - Estudos dos Gêneros
35
4º dia - 27/07/2018 – Manhã
185 27/07 Manhã FE5
Sala 6
Práticas de leitura e análise linguística com memes em um nono ano: reflexões sobre uma elaboração didática
Lilian Cristina Buzato Ritter
186 27/07 Manhã FE5
Sala 6
Uma leitura crítico-biográfica fronteiriça do Mistério do coelho pensante de Clarice Lispector
Marina Luz
187 27/07 Manhã FE5
Sala 6
O gesto de implementação de dispositivos didáticos em aulas do gênero carta aberta
Márcia Andréa Almeida de Oliveira
188 27/07 Manhã FE5
Sala 6
Organização intratópica e gêneros textuais
Eduardo Penhavel
189 27/07 Manhã FE5 Análise crítica multimodal do gênero capas de revista
Sala 6 Joana Patrícia
Lilia Barbosa
Anna Beatriz
Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades
36
4º dia - 27/07/2018 – Manhã
190 27/07 Manhã FE5
Sala 8
Representação de atores sociais negros na capa de uma revista nacional por meio do discurso multimodal
Anna Beatriz Mormetto Alvarenga
191 27/07 Manhã FE5
Sala 8
Valências e transitividade do verbo Ter no uso da fala goiana
Jacqueline de Jesus Silva Fernandes
192 27/07 Manhã FE5
Sala 8
Discursos de subjugação: silenciamento agressivo da mulher
Flávia Luiz
194 27/07 Manhã FE5
Sala 8
Provas de inglês do Pas UnB: perspectiva discente
Dante Amstalden Von Zuben
Caio Keven Amorim Oliveira
Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade
37
4º dia - 27/07/2018 – Manhã
195 27/07 Manhã FE5
Sala 11
Violência contra os povos indígenas de Dourados-MS
Anderson Pires
196 27/07 Manhã FE5
Sala 11
“Tudo é e não é”: a universal unidade em Grande Sertão: Veredas
Júnia Cleize Gomes Pereira
197 27/07 Manhã FE5
Sala 11
Estudo comparativo sobre o uso de construções aspectuais inceptivas no português brasileiro e no
português europeu
Giovanna Cristina Rodrigues Alves Rafael
198 27/07 Manhã FE5
Sala 11
A linguística aplicada na contemporaneidade e suas contribuições para os estudos da linguagem
Sara Cristina Gomes Pereira
199 27/07 Manhã FE5
Sala 11
O uso dos Adjetivos em textos escolares: uma reflexão na perspectiva da Teoria das Operações Predicativas e
Enunciativas
Layana Holanda
(Multi)Letramento
38
4º dia - 27/07/2018 – Manhã
200 27/07 Manhã FE1
Sala 1
O ensino de estratégias metacognitivas para alunos com baixo desempenho leitor
Rute Rodrigues da Silva
201 27/07 Manhã FE1
Sala 1
Girls’ feelings: multiletramentos no ensino de inglês
Marise Pires da Silva
202 27/07 Manhã FE1
Sala 1
Letramento tradutório em tradução bíblica: reflexões preliminares
Francinaldo de Souza Lima
Linha Temática - Tecnologia e Linguagem
4º dia - 27/07/2018 –Manhã
204 27/07 Manhã FE1
Sala 3
É tecnologia, é? Quero não, dá muito trabalho: concepções e conceitos do uso da tecnologia em sala de aula
João Botelho
205 27/07 Manhã FE1
Sala 3
Grupos do Facebook como comunidades de ensino e aprendizagem de língua inglesa
Anita queiroz
206 27/07 Manhã FE1
Sala 3
Redes sociais digitais e a constituição discursiva do fascínio por assassinos em série
Glaucia Vaz
39
40
RESUMOS
PALESTRAS E
MESAS REDONDAS
41
UMA REFLEXÃO ACERCA DAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS EM CONTEXTO DE DIÁSPORA LUSÓFONA E MULTICULTURALISMO: EMPODERAMENTO E RESISTÊNCIA POR MEIO DA LÍNGUA DE HERANÇA (LH) EM TORONTO, CANADÁ
Cátia Regina Braga Martins Uma reflexão acerca das Políticas Linguísticas em Contexto de Diáspora Lusófona e Multiculturalismo: empoderamento e resistência por meio da Língua de Herança (LH) em Toronto, Canadá fundamenta-se na perspectiva sociocomunicativa de ensino de língua, a partir da análise das referências epistêmicas e metodológicas empregadas no ensino de LP/LH, considerando os paradigmas instrucionais por meio dos quais se realizam as experiências dos “atores pelo mundo” e como esses respondem às condições locais. Realizada junto aos Projetos de Ensino de Língua Portuguesa do Brasil como Língua de Herança (LH) e de Promoção Cultura Brasileira (língua, literatura, música e arte em geral) para crianças e jovens na cidade de Toronto, Canadá. Desenvolvido a partir de um panorama histórico da concepção da Linguística Aplicada Crítica: identidades, cultura e ensino de língua – sob os postulados de linguagem de BAKTHIN (1992), dos Estudos Culturais e Identidades Sociais de HALL (2003, 2005), RAJAKOPLALAN (2001, 2002, 2003), WOODWARD (2005); ELLIS; BARKHUIZEN (2005), KRAMSCH (2001, 2003, 2006), MOITA LOPES (2006, 2012), PIERCE (2005), GRIGOLETTO (2005); análise da Língua Adicional como Língua de Herança de KAGAN, CARREIRA E CHIK (2017), os estudos de materialidade de MAHER (2002); MEY (2002); REVUZ (2002), NORTON (2000, 2003); do capital cultural de BOURDIEU (1991), dos multiletramentos em contextos culturais diversificados BARTON (2007), HORNBERGER (2003), PENYCOOK (2006, 2008), PAYER (2007); de aspectos teóricos e epistemológicos dos Novos Estudos de Letramento propostos por BARTON & HAMILTON (1998), GEE (2005), STREET (2003), entre outros. Os estudos têm sido realizados enquanto pesquisa-ação baseada no referencial metodológico THIOLLENT, M (1988), BARBIER (2009, 2014) por favorecer o diagnóstico da situação, o planejamento de ação e intervenção, a avaliação dos resultados e o confronto das perspectivas de análise junto à comunidade de colaboradores e, por fim, a análise dos processos de ensino-aprendizagem desenvolvidos junto à promoção da cultura por meio da língua de herança e a contribuição epistêmica do pesquisador a partir da proposição de encaminhamentos para os desafios/problemas identificados, coletivamente (pesquisador e colaboradores). Realiza-se em diálogo e parceria com o grupo de pesquisadores colaboradores do GECAL (Grupo de Estudos Críticos e Avançados de Linguagem), Universidade de Brasília (UnB/CNPq) e o grupo de pesquisadores de Língua Portuguesa da Universidade de Toronto, Departamento de Língua Portuguesa e Espanhol e os grupos Ciranda Brasileira e Português Lúdico sediados em Toronto, Canadá. Palavras-chave: Políticas Linguísticas; Língua de Herança, Resistência,
Ensino, Cultura,
42
DIMENSÕES DAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS EM CONTEXTO DE DIÁSPORA LUSÓFONA MULTICULTURALISMO: RESISTÊNCIA, CULTURA E LÍNGUA COMO CONDIÇÃO IDENTITÁRIA
Cátia Regina Braga Martins O curso Dimensões das Políticas Linguísticas em Contexto de Diáspora Lusófona e Multiculturalismo: resistência, cultura e língua como condição identitária em Toronto, Canadá objetiva analisar e compreender as dimensões constituintes das Políticas Linguísticas desenvolvidas no contexto de pesquisa-ação na Universidade de Toronto, tendo como referência dois Projetos de Ensino de Língua Portuguesa do Brasil (Ciranda Brasileira e Português Lúdico), como Língua de Herança (LH), e de Promoção Cultura Brasileira (língua, literatura, música e arte em geral) para crianças e jovens na cidade de Toronto, Canadá.. Neste curso serão desenvolvidos procedimentos metodológicos para a análise e o mapeamento de ações relativas às políticas linguísticas em contextos de resistência, cultura e língua sob a ótica das Dimensões das Políticas Linguísticas, Desenvolvido a partir de um panorama histórico da concepção da Aplicada Crítica: identidades, cultura e ensino de língua – sob os postulados de linguagem de BAKTHIN (1992), dos Estudos Culturais e Identidades Sociais de RAJAKOPLALAN (2001, 2002, 2003), WOODWARD (2005); ELLIS; BARKHUIZEN (2005), KRAMSCH (2001, 2003, 2006); análise da Língua Adicional como Língua de Herança de KAGAN, CARREIRA E CHIK (2017), do capital cultural de BOURDIEU (1991), dos multiletramentos em contextos culturais diversificados BARTON (2007), HORNBERGER (2003), PENYCOOK (2006, 2008), PAYER (2007); de aspectos teóricos e epistemológicos dos Novos Estudos de Letramento propostos por BARTON & HAMILTON (1998), GEE (2005), STREET (2003), entre outros. Palavras-chave: Políticas Linguísticas; Língua de Herança, Resistência,
Ensino, Cultura.
O LÉXICO NA PRODUÇÃO DE TEXTOS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA
43
Cleide Lemes
Resumo: Em muitas áreas do conhecimento é frequente encontrarmos em qualquer
sociedade, formas e termos específicos que estão distantes das mais comuns ou gerais.
Quando falamos em terminologia nos referimos à língua de especialidade. Sabemos,
portanto, que nem todas as circunstâncias da vida são tratadas de forma geral. Um
especialista da área da Gestão Pública, por exemplo, como um técnico em Serviços
Públicos ou um Tecnólogo em Gestão Pública, usam termos específicos que não são
usados por um leigo. Apresenta-se aqui, a importância da Terminologia como
disciplina, que tem como objetivo, o estudo dos termos. Enquanto o léxico é geral o
termo é específico. O ponto de partida é a construção de textos, apoiada na escolha
léxica que sustenta o texto técnico. A abordagem para o entendimento das questões
considerará a léxico especializado e, por consequência, como este léxico contribui para
o desenvolvimento dos textos nas diversas modalidades da educação profissional, com
vistas ao sucesso no uso da linguagem especializada. Como resultado parcial,
esperamos manifestar se há métodos que diferenciam a escolha por um ou outro termo
na construção de um texto. O estudo reforça o potencial da análise do léxico para a
descrição do texto especializado.
ESTRATÉGIAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS DISSERTATIVOS E PARA
USO DO DICIONÁRIO
Cleide Lemes
Resumo: Este minicurso tem como objetos de estudo as estruturas do texto dissertativo
e do dicionário a fim de que o público-alvo aprenda estratégias para a produção textual
e para a consulta do dicionário.
“A LITERATURA EM AULA DE LÍNGUA-CULTURA ESTRANGEIRA: UMA
PRIVAÇÃO POSSÍVEL?”
Cristina Moerbeck Casadei Pietraroia (FFLCH-USP)
Resumo: Visando, desde a abordagem comunicativa dos anos 1980, a expressão do aprendiz e
sua capacidade de interagir de forma bem sucedida em língua estrangeira, muito se deixou de
lado no contexto da sala de aula de língua-cultura estrangeira. A própria noção de cultura não
passa muitas vezes da superficialidade dos estereótipos e das lições presentes em métodos
destinados a todos e a qualquer um. O trabalho com o cinema, as artes plásticas, a literatura
sempre foi considerado difícil ou fora ao programa, demandando um tempo de que o professor
não dispõe em suas aulas. Nossa participação nesta mesa-redonda tem por objetivo discutir a
dificuldade de se trabalhar o texto literário em sala de aula de língua-cultura estrangeira e os
efeitos de tal privação na formação geral e individual do aluno a partir, justamente, da
importância da literatura e das artes na construção da subjetividade discente.
44
“APRENDIZAGEM-ENSINAGEM DE UMA LÍNGUA-CULTURA ESTRANGEIRA: A
FORMAÇÃO DO ALUNO-PROFESSOR EM AUTONOMIA”
Cristina Moerbeck Casadei Pietraroia (FFLCH-USP)
Resumo: O uso do termo “ensinagem” não tem por objetivo sua adoção no campo da didática
das línguas-culturas estrangeiras, mas sim promover a reflexão que ele traz sobre a formação
do aluno, do futuro professor e do professor já atuante. É possível abordar tal formação sem
pensar no conceito de autonomia? Nosso mini-curso tem por objetivo apresentar a
possibilidade de uma formação – inicial e contínua – apoiada na capacidade que têm os atores
do contexto didático de se autoformar e de refletir sobre sua aprendizagem-ensino a partir dos
estudos de Alarcão, (2003), Perrenoud (2002), Zabalza (2004), Perreaudeau (2009), Dewey
(2010) e Morin (2004, 2014). Serão propostas atividades já elaboradas e a serem feitas pelos
participantes a partir de documentos cinematográficos, publicitários e literários.
FORMAÇÃO DE FORMADORES NA EDUCAÇÃO MULTILÍNGUE: AS VIRTUDES DA RESISTÊNCIA
Fernanda Liberali (PUC-SP, CNPq, PIPEq)
Resumo: A superdiversidade (VERTOVEC, 2007), isto é, a grande diversidade de modos de ser,
agir e significar o mundo pode ser considerada a marca do momento em todo mundo. O Brasil,
um país marcadamente constituído por uma grande diversidade cultural e linguística
(CAVALCANTI, 1999; MAHER, 2006, OLIVEIRA, 2009, MORELLO, 2012, entre outros), parece
começar a perceber a necessidade de superação de um imaginário que pressupõe que o país
seja uniforme culturalmente e que tenha uma única e exclusiva língua - o português erudito.
Nesta apresentação, discutirei projetos de resistência que têm sido contribuídos para
“descolonização do olhar” dos educadores, alunos e pesquisadores em relação a essa
realidade emancipatoriamente multicultural (Santos, 2008). O foco da apresentação serão
projetos realizados com alunos imigrantes ou filhos de imigrantes, alunos e professores
surdos, alunos de contextos socioeconômicos diversos, todos em situação de vulnerabilidade.
Partindo dos estudos de Martín-Baró (1998), serão apresentadas as propostas realizadas para
a necessária criação de uma nova práxis que envolva o processo de libertação dos
marginalizados, com eles e a partir deles. Para tal, serão descritos os projetos a partir de um
dos instrumentos da Psicologia da Libertação (Martín-Baró, 1998): o resgate e potenciação das
virtudes populares em contextos de vulnerabilidade.
MINICURSO: ENUNCIAÇÃO, ESTRUTURA E HISTÓRIA
Jose Luiz Fiorin (USP)
45
Resumo: As teorias do discurso precisam explicitar não só as questões relativas ao
enunciado, mas também a problemática da enunciação, ou seja, a discursivização da
língua e as condições de produção do discurso. Este curso tem o objetivo de estudar a
instância da enunciação, analisando as projeções da enunciação no enunciado
(actorialização, espacialização e temporalização) e o investimento semântico nas
categorias de pessoa (o problema do éthos), de espaço e de tempo, bem como de
examinar a historicidade inerente ao sentido.
CIÊNCIAS DA LINGUAGEM EM TEMPOS DE CRISE: FAZER LINGUÍSTICA É
FAZER POLÍTICA
Jose Luiz Fiorin (USP)
As ciências da linguagem não podem ter um olhar neutro para as práticas dominantes de
sentido, mas devem desmascarar uma pretensa naturalização dos discursos dominantes,
mostrando-os como discursos contingentes. Isso será feito desvelando seu caráter
histórico, o que anula o efeito de sentido de naturalização. Na medida em que elas
mostram que os discursos dominantes não são naturais e necessários, mas históricos e
contingentes, sua posição é a dos discursos não dominantes. Nesse sentido, fazer
linguística é fazer política. Poderiam, no entanto, dizer que isso pode ser feito pelas
teorias e disciplinas que estudam o discurso, mas que a fonologia, a morfologia ou a
sintaxe, por exemplo, são neutras em relação a esse fazer político. Não é verdade. A
ciência é guiada por um princípio ético: colocar-se sempre contra o preconceito, contra
as desigualdades. Por isso, qualquer domínio teórico da linguística tem a obrigação de
lutar contra o preconceito linguístico, contra a ideia de que existem línguas superiores e
inferiores, etc. Nesse sentido, fazer linguística é sempre fazer política.
O TEATRO POLÍTICO DE GUSTAVE AKAKPO: REFLEXÕES SOBRE A PEÇA CAPTURA DE IMAGEM
Maria da Glória Magalhães (UnB)
Resumo: Pretendemos discutir, na presente apresentação, em que medida o teatro pode ser
vislumbrado, como uma forma de mudar o mundo, como uma forma de revolução. Apoiados
em Bertold Brecht, Jean-Pierre Sarrazac, Josette Féral, Bernard Dort e Sylvie
Chalaye propomos algumas reflexões sobre a obra "Captura de imagem" de Gustave Akakpo,
dramaturgo togolês de expressão francesa, nascido em 1974. Essa discussão faz parte de
projeto de pesquisa que vem sendo realizado no âmbito dois grupos, o grupo de estudos
46
em Literatura, Educação e Dramaturgias Contemporâneas e o coletivo de teatro Na classe e
em cena.
MINICURSO: PRÁTICAS TEATRAIS, LITERATURA E ENSINO
Maria da Glória Magalhães (UnB)
O minicurso propõe-se a apresentar os aspectos teóricos e práticos do texto dramático e dos
jogos teatrais e dramáticos com o objetivo de contribuir para a reflexão sobre a alteridade e o
dialogismo na formação do professor de línguas e literaturas, dentro de uma preocupação com
o desenvolvimento da emancipação intelectual e do pensamento crítico.
DISCURSO E INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL
Izabel Magalhães (UnB)
A inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular está associada à profunda
exclusão que essas pessoas enfrentam em nossa sociedade. Não é possível separar inclusão de
exclusão, pois se há uma tentativa de inclusão é porque a exclusão domina as ações dos atores
sociais, as instituições, as relações sociais, os valores, as atitudes e as crenças. De fato, a
exclusão social das pessoas com deficiência é histórica. Só para dar um exemplo, caminhando
na rua em frente a um Centro de Atendimento Educacional Especializado, duas mulheres
ouviram o som da banda dos estudantes com deficiência. Então uma delas perguntou à outra:
‖Que barulho é esse?‖ A amiga respondeu: ―É a banda dos doidos‖. Esse é um dado que
obtivemos da mãe de um estudante com deficiência; o comentário está registrado nos relatos de
observação de uma de nossas pesquisas na área da educação especial, conduzida de 2010 a 2014
(CNPq). Apesar dos direitos constitucionais das pessoas com deficiência, não se pode dizer que
o processo de inclusão de estudantes especiais no ensino regular seja realizado de forma
adequada. Nesta conferência, propomos apresentar uma Análise de Discurso Crítica (ADC) de
47
dados de dois centros de Atendimento Educacional Especializado e das mães dos estudantes que
frequentam os centros. Os dados foram gerados em pesquisa etnográfico-discursiva,
metodologia que introduzimos na década de 1990. São as seguintes as conclusões deste estudo:
1) Considerando a grande lacuna entre a norma e a prática, é preciso avançar no debate sobre a
política de inclusão; 2) a política do governo demanda relação interdisciplinar entre
profissionais da educação especial, mas o que se nota é a fragmentação do atendimento; 3) as
práticas de letramento da educação especial são complexas, voltadas para o Atendimento
Educacional Especializado, e constroem fortes identidades profissionais.
Contribuição das ciências da Linguagem ao desenvolvimento educativo em tempos de crise
Joaquim Dolz - Universidade de Genebra
A partir de um balanço dos aportes científicos da linguística aplicada e da didática das línguas
dos últimos trinta anos, trataremos de precisar os desafios para o futuro educativo do Brasil, as
linhas de força das pesquisas prioritárias e das intervenções no sistema escolar e a formação
docente dos professores de línguas.
Compararemos os aportes dos principais paradigmas de pesquisa que abordam o ensino
por gêneros de discurso ou textuais (linguística funcional, sócio-semiótica, sócio-retórica e
interacionismo sociodiscursivo). Enfocaremos no nosso paradigma de pesquisa que é o
interacionismo sociodiscursivo (ISD) e que, no Brasil, foi desenvolvido por outros
pesquisadores como Anna Rachel Machado (analise da linguagem no trabalho docente), Lília
Abreu-Tardelli, Elvira Lopes Nascimento, (ensino do português língua materna), Luzia Bueno
(didática da língua oral), Eulália Leurquin (ensino da leitura), Eliane Lousada (ensino do francês
língua estrangeira), Vera Cristovão (ensino do inglês língua estrangeira), Lidia Stutz
(modelização didática de gêneros textuais), e muitos outros. As interações sociais são o modo
fundamental do comportamento humano.
Nós consideramos o uso dos gêneros textuais no centro dos nossos estudos. Os meus
trabalhos exploram o uso dos gêneros orais e escritos no ensino das línguas. Nesse sentido,
problematizaremos a escolha da diversidade de gêneros textuais no curriculum da escola
fundamental, a necessidade de uma modelização didática dos gêneros e as novas pesquisas em
engenharia didática que experimentam as inovações didáticas. Também trabalho sobre a análise
das práticas de ensino de diferentes gêneros textuais (as interações entre professores e alunos na
aprendizagem da escrita) e sobre a formação docente dos futuros professores de línguas.
A influência do contexto de crise social do Brasil vai ser tomada como ponto de partida
para pensarmos nas estratégias de uma didática das línguas voltada para as necessidades do
desenvolvimento da linguagem (letramento) nas primeiras etapas da escolaridade no Brasil.
MINICURSO: GÊNEROS ORAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL
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Joaquim Dolz
O objetivo do minicurso é instrumentalizar os participantes para o ensino do oral tomando em
consideração os trabalhos de Marcuschi e de Bueno no Brasil e da escola de Genebra (Dolz &
Schneuwly, 2016 e Schneuwly Dolz, 2004).
A presentaremos os princípios da didática das línguas voltadas para o ensino do oral na
educação básica a partir de sequencias didáticas produzidas por estudantes em formação inicial
e continuada da universidade de Genebra.
As propostas de inovações didáticas suíças serão discutidas tendo em perspectiva o contexto
brasileiro e as condições de trabalho dos professores no Brasil.
ESTUDOS DA TRADUÇÃO E FORMAÇÃO DE TRADUTORES: DESAFIOS E AVANÇOS NO
CONTEXTO BRASILEIRO
José Luiz Vila Real Gonçalves (UFOP)
Nos estudos da tradução, o seu ramo aplicado é, ainda, relativamente pouco explorado,
especialmente no contexto de pesquisa brasileiro. Nos últimos anos, alguns trabalhos
começam a ser desenvolvidos no país e vêm proporcionando contribuições e avanços para a
didática da tradução e o aprofundamento das questões sobre formação de tradutores e
competência tradutória, entre os quais se podem destacar Vasconcellos, Espindola e Gysel
(2017), Gonçalves (2015; 2003), Pagano, Magalhães e Alves (2005; 2000), Gonçalves e
Machado (2006). Nesse contexto de emergência e relativa insipiência da didática da tradução,
este trabalho pretende dar mais um passo para a consolidação da área, trazendo alguns
resultados e reflexões da pesquisa intitulada "Cursos de Tradução e Competência Tradutória",
desenvolvida no âmbito da Universidade Federal de Ouro Preto entre 2005 e 2009 e retomada
recentemente. O principal objetivo daquele trabalho de pesquisa foi mapear as diversas
perspectivas em relação à formação de tradutores e à competência tradutória, através do
levantamento de dados de matrizes curriculares de cursos de tradução, juntamente com as
opiniões de diferentes atores nos contextos da formação acadêmica e do mercado profissional
da tradução (pesquisadores, professores, alunos, tradutores, entre outros). Partindo-se de
referências teóricas e paradidáticas abordadas nos estudos sobre competência tradutória,
foram expandidas as categorias de componentes da competência tradutória propostas por
Gonçalves (2003) e, então, aplicadas às análises e discussão das diversas fontes de dados. Os
resultados apontam para alguns avanços da didática da tradução no Brasil, destacando-se, no
entanto, a necessidade de mais investimentos e pesquisas para a sua consolidação no âmbito
acadêmico e a urgência de se estabelecer maior colaboração e sinergia com as frentes de
formação e de atuação profissional.
Palavras-chaves: Estudos aplicados da tradução; Didática da tradução no Brasil; Formação de
tradutores; Competência tradutória
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O LETRAMENTO DO PENSAMENTO CRÍTICO NAS LEITURAS DO TEXTO
DRAMÁTICO DO SÉCULO XXI
Júnio César Batista de Souza (IFB)
O objetivo desta comunicação é refletir questões referentes as leituras do texto
dramático sob a perspectiva da construção do pensamento crítico. Tendo em vista que a
leitura dessa modalidade literária pressupõe a elaboração de cenários mentais em um
movimento de retroalimentação entre texto e imaginação, o objeto da discussão se
expande na medida que o movimento citado se apresenta com inúmeros elementos
motivadores, tais como: conhecimento de mundo, formação acadêmica, práticas de
leitura, identificação literária dentre outros. Dessa forma, admitindo como reforço da
premissa inicial, Ryngaert (1996, p. 25) afirma que a leitura do texto de teatro está
ordenada em um caminho direcionado para o palco. Logo, as possibilidades de
identificação do leitor com a obra são infinitas pois não há limites para a imaginação
bem como para a construção dos processos mentais, neste caso, o pensamento crítico
acerca do universo literário do leitor. Destarte, acredita-se que por meio destas relações
intrínsecas é possível que o pensamento do leitor seja potencializado por meio da leitura
do texto do teatro, uma vez que ele favorece a interação imaginativa necessária para a
construção de conhecimentos artísticos, culturais, políticos, sociais, linguísticos,
históricos e educacionais.
MINICURSO: ESTRATÉGIAS DE LEITURA DE TEXTOS DRAMÁTICOS
Júnio César Batista de Souza (IFB)
Para a leitura eficiente e compreensiva de um texto acadêmico existe a prerrogativa de
conhecimentos específicos da língua portuguesa, tais como estruturação de linguística,
coesão e coerência, figuras de linguagem dentre outros. Em consonância com este
tópico, a leitura bem como o entendimento do texto dramático exigem do leitor uma
atenção extrema no sentido de compreender que as vezes uma entonação erronêna de
uma única preposição pode favorecer uma interpretação equivocada tanto por parte do
leitor como do ouvinte. Logo, o que poderia ser entendido como uma pergunta pode
assumir certamente o papel da ironia. Neste processo de relações interlocucionárias, o
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domínio das estruturas textuais da comunicação são basilares para garantir a eficiência
da mensagem. Portanto, é por meio da prática da entonação e da leitura de diferentes
contextos linguísticos que será possível compreender a intecionalidade dos
interlocutores. Nesta esfera, será proposto o estudo de teorias básicas da comunicação
para posterioremente exercitar a leitura de textos do gênero dramático com vistas a
desenvolver a consciência dramática do leitor.
O ENSINO DO PB COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: DESCONSTRUÇÃO DE
PARADIGMAS LINGUÍSTICOS E PEDAGÓGICOS
Katia de Abreu Chulata (Università ―G. d‘Annunzio‖, Chieti-Pescara, Itália)
RESUMO: A construção da língua portuguesa como língua nacional no Brasil, no seu
processo político e de pesquisa linguística, ecoou e ecoa ainda hoje nas palavras e nas
práticas do ensino do PB como língua estrangeira.
A projeção do PB como língua transnacional (Zoppi Fontana 2009) está ligada ao desejo
simbólico de domínio econômico fora dos limites brasileiros, numa época de
―expansão‖ dos potenciais alcances políticos brasileiros, num novo contexto
geopolítico.
Tais afirmações, da ordem das políticas linguísticas, nos leva a refletir sobre o quanto as
abordagens, as metodologias e a pesquisa científica que se faz no Brasil e que se
―exporta‖ para as salas de aula no exterior estejam impregnadas de idealizações sobre
essa mesma língua falada no território brasileiro e descrita pelos cientistas da
linguagem.
A partir dessa reflexão, tentamos i. questionar modelos de língua, de ensino e de
pesquisa linguística; ii. propor orientações à luz de paradigmas transdisciplinares, não
para criar conteúdos a serem perpetuados, mas para desconstruir modelos estabilizados
e, principalmente, para desconstruir abordagens rançosas das quais ainda fazemos
amplo uso nas nossas pesquisas e nas nossas aulas de PB.
Minicurso Português como Língua de Herança (PLH): perfil histórico, definições,
contextos, pesquisa.
I. Definição de LH
II. Orientações teóricas
III. História do PLH
IV. Controvérsias
V. LE versus LH: questões metodológicas e didáticas
VI. Definições de falante de herança e vontades subjetivas
VII. Pesquisa de campo em PLH - contexto pescarese
VIII. Complexidade de atuação do cientista linguístico e do professor de PB em
contexto de PLH
IX. Pesquisa linguística: code mixing e code swichting como recurso
X. Projeto de PLH: alguns resultados
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MAPEAMENTO CATEGORIAL GRAMATICAL EM MATERIAL DIDÁTICO
DE LÍNGUA PORTUGUESA
Maria Helena de Moura Neves (Universidade Presbiteriana Mackenzie/UNESP)
Apresentam-se algumas reflexões a respeito da constituição de material de referência
teórico e prático quanto ao grau de reconhecimento da fluidez categorial dos elementos
na língua, evidenciada na análise da língua em uso. Quanto ao estudo ilustrativo do
reconhecimento dessa evidência nos materiais que subsidiam as ações escolares, ou que
nelas são usados, parte-se de uma amostra privilegiada de fatos reveladores da natureza
da gramática, tal como ela se põe em foco, especialmente por esse processo ser
altamente representativo da relação entre funcionamento linguístico e constituição do
sistema gramatical.
MINICURSO: DESLIZAMENTOS FUNCIONAIS NA GRAMÁTICA DO PB
Maria Helena de Moura Neves (Universidade Presbiteriana Mackenzie/UNESP)
Centrada na investigação do uso efetivo da língua portuguesa, e com base em princípios
e pressupostos funcionalistas, iluminados por aportes de base cognitivista, fixa-se como
objetivo específico problematizar a evidente e constante diluição de fronteiras
categoriais que caracteriza a linguagem. Os pontos centrais de discussão deverão atentar
para a elucidação das propostas que, na história da gramática oferecida a consulentes,
têm sido estabelecidas como constituindo: a) a base das categorizações que,
especialmente, distinguem léxico e gramática; b) a base das subcategorizações em cada
um desses conjuntos. Atenta-se para o estudo da gramaticalização (com as possíveis
implicações de subjetivização e intersubjetivização) e para o estudo dos parâmetros que
dirigem as proposições de estabelecimento categorial em gramática. Para os diversos
campos de exame das línguas em função, toma-se como evidente a propriedade da
gradualidade existente no estabelecimento de categorizações, resultante do caráter
fluido das fronteiras entre as categorias.
A COMPLEXIDADE NA E DA LINGUÍSTICA APLICADA
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Maximina M. Freire (PUCSP/LAEL – GPeAHFC/CNPq)
A Linguística Aplicada tem sido objeto de várias interpretações, que visam a ressaltar seu caráter transgressor, transdisciplinar, indisciplinar, indicador de um não conformismo com regras fixas e padrões pré-estabelecidos a serem seguidos sem questionamentos críticos. A ruptura com o conceito de uma LA domesticada, inicialmente aplicação da Linguística e reificação de ensino-aprendizagem de línguas, denuncia uma ciência que não busca apaziguar-se consigo mesma, mas que se organiza na desordem, na não linearidade, na não fragmentação, na não disciplinaridade, buscando na totalidade sempre inconclusa, compreensão para as questões uno-múltiplas das linguagens e dos multiletramentos. Se buscarmos, na contempora neidade, uma qualificação para a LA, talvez tenhamos que defini-la como complexa, com todas as articulações e contradições e que o termo abarca, rompendo com ele e contemplando-o, simultaneamente. Essa é a proposta de minha fala nesta Mesa Redonda: contemplar a Complexidade na e da Linguística Aplicada.
MINICURSO: INTERPRETANDO REGISTROS TEXTUAIS DE PESQUISA EM LA
Maximina M. Freire (PUCSP/LAEL – GPeAHFC/CNPq)
Este minicurso tem por objetivo apresentar uma abordagem qualitativa de pesquisa que, articulando duas vertentes filosóficas (fenomenologia e hermenêutica) e uma epistemonologia do conhecimento (complexidade), visa a descrever e interpretar fenômenos complexos da experiência humana, sob a perspectiva de quem os vivencia. O minicurso se inicia pelo conceito da abordagem hermenêutico-fenonemológica complexa (FREIRE, 2010, 2012, 2017), apresentando, na sequência, sua terminologia específica, seus instrumentos e os procedimentos de registro textual e de interpretação. Para ilustrar a abordagem, é interpretado um fenômeno vivenciado pelos participantes do minicurso, enfatizando o papel da lin guagem e ressaltando o significado que a metáfora pode ter na apresentação das descobertas da abordagem em pesquisas em Linguística Aplicada.
UMA LINGUÍSTICA PARA OS NOVOS TEMPOS
Kanavillil Rajagopalan (Unicamp/CNPq)
A Linguística fundada—como reza a história oficial—no início do século XX
sabidamente encarna o espírito do século anterior. O próprio conceito de língua com a
qual nós nos acostumamos a trabalhar reflete muito bem o Zeitgeist daquele século. O
conceituario que ainda sustenta os pilares da ciência não se deixou influenciar pelas
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mudanças radicais que o mundo vem registrando nas últimas décadas. Como resultado
dessa recusa obstinada, a ciência corre o perigo de se tornar completamente obsoleta e
incapaz de enfrentar os novos desafios que surgem a todo tempo. Na minha conferência
procurarei delinear alguns desses desafios que se apresentam diante de nossos olhos nos
dias de hoje e aventar algumas hipóteses sobre um possível novo rumo para a disciplina
nos próximos anos.
MINICURSO: ‘O LUGAR DO INGLÊS NO MUNDO ATUAL’
Kanavillil Rajagopalan (Unicamp/CNPq)
Este minicurso terá como objetivo discutir a expansão, em escala exponsencial, da
língua inglesa ao redor do mundo—sobretudo, logo após o término da Segunda
Guerra Mundial. O tom celebratório contido na idéia de que tal prestígio reflete a
ascenção dos países anglófonos no cenário global durante o período pós-Guerra será
rechaçado em prol da tese de que o que de fato se constata no mundo de hoje não é a
expansão da língua inglesa tal qual ela é falada nos países tradicionalmente associados a
ela, mas uma verdadeira ―novilingua‖ que prefiro chamar de ‗World English‘. Essa
‗novilingua‘ é algo sui generis, posto que ela é não pertence a nenhum pais em
particular. Pelo contrário, pertenc e a todos aqueles que dela fazem algum uso no seu
dia-a-dia.
O PAPEL DA LINGUÍSTICA DESCRITIVA NA PROMOÇÃO E DIFUSÃO DO
PORTUGUÊS BRASILEIRO EM CONTEXTO INTERNACIONAL
Vânia Cristina Casseb Galvão (UFG/CNPq/FAPEG/ERC)
Entendo que pesquisas descritivas têm consequências que ultrapassam de largo o
reconhecimento dos usos e estruturas de uma língua. Trabalhos descritivistas são ações
científicas e também produtos acadêmicos, políticos, didático-pedagógicos, editorais,
econômicos etc. E nesta mesa-redonda quero convidá-los a refletir e discutir sobre o
papel das pesquisas descritivas envolvendo o português brasileiro como ações políticas
de promoção, valorização e difusão do PB em contexto interno ao Brasil.
Considero a linguística descritiva fornecedora de conhecimento relevante ao ensino, e,
como política linguística e ensino estão íntima e dialeticamente relacionadas, seu caráter
político está ancorado no fato de que esse conhecimento constitui registro descritivo e
analítico cientificamente embasado dos aspectos constitutivos de um sistema linguístico
em uso, considerando suas diferentes variedades e modalidade; está calcado em uma
perspectiva alargada a respeito da interação social e das bases de formação da língua-
cultura e da sociedade brasileiras; revela o modo como o PB atualiza linguisticamente a
diversidade sociocultural brasileira, que está relacionada a uma maneira de ver e
conceber o mundo e à satisfação de intenções discursivo-pragmáticas específicas.
ALGUNS PROCESSOS DE IMPLEMENTAÇÃO E MUDANÇA NO
PORTUGUÊS BRASILEIRO À LUZ DA GRAMÁTICA DE CONSTRUÇÕES
Vânia Cristina Casseb Galvão (UFG/CNPq/FAPEG/ERC)
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Introdução de alguns postulados da Linguística funcional centrada no uso,
especialmente no que diz respeito à gramática de construções, tais como a concepção de
linguagem e construção (definição e o modelo de construção radical). Exemplos de
construções nas línguas e apresentação de suas propriedades. Tipos de mudanças
envolvendo construções e estudos de casos de mudanças envolvendo construções
desenvolvidos no âmbito do Grupo de Estudos Funcionalista, FL/UFG.
MINICURSO: RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS: TEORIA E PRÁTICA
Vilson J. Leffa (UCPEL)
Resumo: O minicurso tem objetivos teóricos e práticos. Do lado teórico, pretende-se
desenvolver nos cursistas uma noção clara do que caracteriza o Recurso Educacional
Aberto (REA), partindo de seus próprios termos: (1) o que se entende por recurso,
quando visto como um instrumento de capacitação em que o aluno vai além do que é
ensinado pelo professor; (2) o que o torna educacional, com capacidade de produzir
aprendizagem no aluno: (3) por que razão é aberto, não só em termos de acesso ao
saber, mas também de transformação desse saber. Do lado prático, pretende-se trabalhar
os cinco Rs que caracterizam os REA: Reutilizar, Revisar, Remixar, Redistribuir e
Reter. Para isso, demonstram-se, entre outros aspectos, (1) os processos de adaptação
dos REAs aos diferentes contextos de aprendizagem; (2) o uso da colaboração em
massa para viabilizar a produção de REAs; (3) técnicas de armazenamento de REAs em
repositórios de nuvem para que sejam livremente acessados por alunos e professores.
LETRAMENTO CRÍTICO E ENSINO AUTOMÁTICO DE LÍNGUAS
Vilson J. Leffa (UCPEL)
Resumo: O ensino de línguas tutoreado por atividades digitais automáticas,
caracterizadas pelo uso de exercícios tradicionais como o preenchimento de lacunas,
múltipla escolha, respostas curtas, reordenamento de segmentos, entre outros, todos
seguidos de feedback imediato, tem sido caracterizado por dois posicionamentos
antagônicos: do lado teórico, a crítica feroz a esses tipos de exercícios, vistos como
remanescentes de abordagens behavioristas e de metodologias de aprendizagens
mediadas pelo computador, não como instrumento de aprendizagem a serviço do aluno,
mas como tutor que controla sua aprendizagem; do lado prático, a popularidade
avassaladora de aplicativos que usam esses tipos de exercícios de feedback automático,
às vezes incorporando mecanismos de gamificação, que parecem ter caído no agrado
dos aprendizes. A questão que se investiga aqui é desvendar até que ponto o uso desses
exercícios automáticos restringe o ensino da língua a sua dimensão operacional, com
ênfase no desenvolvimento exclusivo do código, ou se permite também uma ênfase na
dimensão crítica. Para isso, examinaram-se atividades produzidas por professores para o
ensino do inglês e do espanhol como línguas estrangeiras. Os resultados sugerem que a
ênfase no ensino crítico não depende estritamente nem do tipo de exercício usado nem
do gênero escolhido pelo professor. O desenvolvimento da criticidade envolve pelos
menos fases iniciais de conscientização que podem ser beneficiadas por exercícios de
feedback automático para alertar o aluno das armadilhas postas nos textos para
manipulá-lo.
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A FORMAÇÃO CRÍTICA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS NA ÁREA
DE LÍNGUAS E LINGUAGEM: SOBRE CONFORMIDADES, RUPTURAS E
RESISTÊNCIA
Walkyria Monte Mor (USP)
Como professores universitários da área de línguas e linguagens, cujas propostas
teórico-pedagógicas se voltam para o desenvolvimento crítico / a linguística aplicada
crítica construíram sua própria formação crítica? Essa indagação de base crítico-
hermenêutica orientou parte de uma investigação sobre o tema percurso crítico na
formação docente, construída por auto-narrativas de acadêmicos de várias regiões
brasileiras (Pessoa et al, 2018). Os relatos indicaram processos relacionados com
condicionantes históricos, políticos, sociais, culturais refletidos na concepção de
formação pessoal e acadêmica das respectivas épocas aludidas. Informaram também
sobre aspectos de conformidade, ruptura e resistência nesses processos.
Essa apresentação pretende focalizar uma análise sobre as auto-narrativas referidas,
visando contribuir para a reflexão sobre o processo de desenvolvimento crítico na
formação acadêmica brasileira. Discute as pistas e os rastros evidenciados nas auto-
narrativas em que emergem questões, por um lado, de colonialidade e de controle social
dos sentidos (como a naturalização, por exemplo), por outros lados, de buscas por
integração ao habitus interpretativo predominante em diversos contextos específicos.
Objetiva ampliar os estudos e reflexões sobre formação crítica na área de línguas e
linguagem, na expectativa de fortalecer o debate sobre o tema, em tempos de crise e de
desestabilização das conquistas democráticas acadêmicas.
Algumas das referências teóricas da análise da apresentação: Freire (1967, 1987, 2001),
Geertz (1973); Bourdieu (1996); Bradley & Levinson (2011); Janks (2014; 2008);
Kubota (2004); Monte Mór e Souza (2006); Pessoa et al. (2018); Monte Mór (2013;
2018); Esses estudos são também desenvolvidos pelos participantes do Projeto Nacional
de Letramentos: ―Linguagem, Cultura, Educação e Tecnologia‖ (Diretório de Grupos de
Pesquisa do CNPq).
Palavras-chave: auto-narrativas; formação crítica; conformidade; ruptura; resistência.
MINICURSO: EM TEMPOS DE CRISE: LETRAMENTOS CRÍTICOS,
AGÊNCIA, CIDADANIA ATIVA E EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA
Walkyria Monte Mor (USP)
As pesquisas e estudos sobre Letramentos (Novos letramentos, Multiletramentos,
Letramentos Críticos, Letramentos Digitais) levam em conta as premissas freireanas de
educação crítica, agência e cidadania como elementos primordiais para as análises de
contextos educacionais conflituosos. As ideias de Freire vêm sendo reinterpretadas
social, cultural e historicamente, respondendo às mudanças sociais das últimas décadas.
Elas fundamentam os estudos sobre colonialidade, opressão e emancipação e, mais
recentemente, emergem nas análises das tentativas de desmonte das universidades
brasileiras. Os estudos de Letramentos inspiram-se no educador brasileiro e apoiam-se
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em outros pesquisadores da vertente crítica das áreas da educação e linguagem e da
linguística aplicada visando a repensar um projeto educacional – escolar e universitário
- que reflita a sociedade e seus desafios atuais. Nessa perspectiva, a formação para a
cidadania crítica se desponta como um dos alicerces para renovações sociais,
demandando enfoque sobre concepções como as de agência e cidadania ativa/engajada.
Nela, há o pressuposto de que essa formação integra um plano transdisciplinar no qual
as línguas estrangeiras e materna podem e devem construir um projeto coletivo.
Este minicurso propõe estudar os conceitos de agência e cidadania ativa/engajada,
situando-os dentro de uma linha crítico-histórica em que outras concepções se
aproximam ou se contrapõem, como: educação libertadora, emancipação, autonomia e
empreendedorismo. Nessa visão, a formação crítica se destaca como um dos
pressupostos-chave na educação linguística, no desenvolvimento da cidadania ativa e na
constante análise das crises sociais, políticas e educacionais. O minicurso pretende, por
fim, focalizar a relação língua-linguagem-crítica na construção/reconstrução de políticas
linguísticas e educacionais, objetivando promover a discussão acerca de um tema
gerador de crises e revisões.
Algumas das referência teóricas para o minicurso são: Kalantzis, Cope (2008, 2012;
2015; 2017); Lankshear, Knobel (2011; 2013; 2016); Luke (2004); Freire (1967, 1987,
2001) nos estudos sobre Letramentos; Pennycook (2007, 2010); Canagarajah (2013;
2010; 2007); Rajagopalan (2013; 2012; 2009; 2004) no diálogo com a Linguística
Aplicada Crítica; Biesta (2014; 2010; 2009); Janks (2014; 2008); Kubota (2004); Monte
Mór e Souza (2006); Rojo (2012; 2010) nas pesquisas sobre educação e ensino de
línguas e linguagens críticas e sobre os conceitos de Letramentos; e os estudos sobre
crítica desenvolvidos por Levinson (2011); Monte Mór (2013); Souza (2011), dentre
outros. Esses estudos são também desenvolvidos pelos participantes do Projeto
Nacional de Letramentos: ―Linguagem, Cultura, Educação e Tecnologia‖ (Diretório de
Grupos de Pesquisa do CNPq).
Palavras-chave: letramentos; letramentos críticos; agência; cidadania ativa, educação
linguística.
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RESUMOS
COMUNICAÇÃOES
E POSTERS
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PRODUÇÃO DE CURTAS-METRAGENS NAS AULAS DE LITERATURA: UMA
ESTRATÉGIA PARA O ESTÍMULO À LEITURA
Prof. Dr. Adauto Locatelli Taufer1 Profa. Dra. Daniela Favero Netto2
RESUMO: Esta comunicação contempla um projeto de ensino centrado em
propostas de trabalho proposta de trabalho centradas na escrita de roteiros e na
produção de curtas- metragens a partir da leitura do texto literário por estudantes do
terceiro ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Os objetivos estão relacionados a) à compreensão das
especificidades que há entre as linguagens literária e cinematográfica; b) à percepção
das relações que existem entre o texto literário e a narrativa fílmica; c) à produção de
curtas-metragens a partir da leitura do texto literário e da escrita de roteiros baseada
no texto de ficção; d) a uma estratégia para fomentar o interesse do adolescente pela
leitura por meio do cruzamento entre a literatura e o cinema. Alguns pressupostos
teóricos de Eliana Lúcia Madeira Yunes (1995), dos PCNs (2000), de Rosália Duarte
(2002), de Randal Johnson (2003), de José Wanderley Geraldi (2013) e da BNCC
(2018), por exemplo, alicerçam a pesquisa voltada ao estímulo à leitura associada à
escritura de roteiros e à produção de filmes. A discussão empreendida por esses
teóricos abarca aspectos que apontam: 1) a falta de interesse pela leitura e pelas aulas
de literatura por parte de muitos estudantes da Educação Básica e 2) os modos de
transpor a narrativa literária à fílmica. Quanto ao método, realizou-se uma sondagem
prévia acerca dos hábitos de leitura e apresentou-se a proposta de trabalho aos
estudantes, a qual se organizou da seguinte maneira: seleção dos textos literários
realizada pelos estudantes, que fizeram a sua leitura e, posteriormente, divididos em
grupos de até seis estudantes, escreveram os roteiros, adaptando a linguagem literária
à cinematográfica para, depois, filmarem os curtas- metragens e, finalmente,
realizarem nova sondagem. Dentre muitos dos resultados obtidos por meio dessa
investigação, destaca-se que o ensino da literatura apoiado na produção de curtas-
metragens tem-se configurado como uma estratégia bastante eficaz e satisfatória para
o estímulo à leitura do texto literário e para o aumento do interesse dos estudantes
pelas aulas de Literatura no Ensino Médio.
Palavras-chave: Curta-metragem. Educação Básica. Escrita. Literatura.
O FASCÍNIO EM APRENDER UMA SEGUNDA LÍNGUA
Adriana Aparecida Carvalho Pereira
Rosangela Lazaretti
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Este trabalho tem como objetivo mostrar o fascínio que é o processo de aquisição de
uma segunda língua, e que esta pode acontecer em qualquer idade sendo e a vontade de
aprender relevante para o processo de aprendizagem. As teorias citadas “apenas”
demonstram as variáveis de um processo de aprendizagem. É ratificado neste trabalho
que não é possível escolher uma teoria para que ocorra o processo de aquisição de uma
segunda língua. As entrevistas, as buscas pelos processos de aquisição não foram
focadas nas crianças, no entanto, alguns entrevistados citam o período da infância como
um momento relevante para o processo de aquisição. Excertos de histórias de
aprendizagem são descritos para exemplificar como o processo de aquisição passa por
pressupostos teóricos e que estas são formadas em determinados períodos da vida. Para
verificar de que forma ocorreram as aquisições e identificar as teorias de aprendizagem,
optou-se por utilizar entrevistas qualitativas de base etnográfica e a utilização de dois
tipos de entrevistas: estruturada e aberta. Os excertos trabalhados forneceram subsídios
para verificar que a aquisição mediada pela interação entre diferentes elementos de um
sistema promovem a construção da identidade, motivação e autonomia, tornando-se
elementos importantes para o processo de aquisição. Podemos então dizer que, a
aquisição de segunda língua (ASL) consiste na interação dinâmica entre os diferentes
fatores individuais e sociais e que e as percepções do aprendiz e as estratégias de ensino
refletem consideravelmente no processo de aquisição. Para dar base teórica a este
trabalho, utilizamos autores como Krashen (1978), Lado (1964), Paiva (2009), White
(1989), Crystal (2005), Chomsky (1965), entre outros.
Palavras-chave: Aquisição; Aprendizagem; Segunda Língua.
Variação diacrônica do grau de transparência linguística do português brasileiro
Alessandra Regina Guerra
Esta comunicação insere-se numa interface entre a Sociolinguística, sobretudo o campo
dos estudos de variação linguística histórica, e a Gramática Funcional. Especificamente,
o quadro teórico-metodológico é constituído por uma articulação entre a Gramática
Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), trabalhos sobre
motivações comunicativas determinantes da estrutura das línguas, como iconicidade e
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economia (SLOBIN, 1977; HAIMAN, 1985) e trabalhos sobre processos de mudança
diacrônica (TARALLO, 1993; ROBERTS; KATO, 1993). O objetivo é apresentar
resultados de pesquisa em que se analisa a variação diacrônica do grau de transparência
linguística do sistema de referência por expressão pronominal e desinencial do
argumento-sujeito de 1ª e 2ª pessoas no português brasileiro. Particularmente, discute-se
a variação diacrônica do grau de transparência desse sistema decorrente da interação
entre três mudanças ocorridas na história da língua: aumento da frequência de expressão
pronominal do argumento-sujeito, aumento da frequência de uso do pronome “você” em
detrimento de “tu” e aumento da frequência de emprego da forma pronominal “a gente”
em prejuízo de “nós”. O período histórico abordado estende-se da primeira metade do
século XIX ao início do século XXI, e o corpus da pesquisa é composto por peças de
teatro brasileiras produzidas nesse período. Os dados apresentados e discutidos mostram
que o grau de transparência do referido sistema, no recorte temporal em questão, oscila
em torno de um determinado eixo, variando ora em direção a diminuição, ora em
direção a aumento de transparência, não se alterando de forma unidirecional.
Argumenta-se, então, que esse resultado estaria vinculado, em grande medida, à atuação
igualmente relevante das motivações comunicativas de iconicidade e economia.
Palavras-chave: Variação Histórica; Mudança Linguística; Transparência Linguística.
OBJETO DIRETO ANAFÓRICO NA FALA TEFEENSE
Alessandra de Souza Vasconcelos¹
Ana de Nazaré Egas Praia²
O presente trabalho busca mostrar o processo dos pronomes ele/ela em referência
anafórica na posição de objeto direto nos falares tefeense, com a finalidade de
caracterizar a fala de Tefé. Sendo assim, a pesquisa tem por objetivo descrever as
estratégias de pronominalização do objeto direto na retomada anafórica, utilizadas pelos
tefeenses. A metodologia usada neste trabalho está de acordo com o aspecto teórico-
metodológica da teoria variacionista sugerida por Labov (1972). Dessa forma, o corpus
a ser analisado é formado de 18 informantes, cujas falas foram tiradas de um banco de
dados constituído por bolsistas do PAIC entre 2011 e 2012. Os informantes foram
selecionados obedecendo aos seguintes critérios: três faixas etárias (7 – 19, 20 – 35, +
de 50), em cada faixa etária há 6 informantes de ambos os sexos e de três níveis de
escolaridade. Em se tratando da Faixa Etária, obteve-se os seguintes percentuais: com o
uso do PL (7-19): 40%, (20-35): 34%, (+50): 30%. Objeto Nulo: jovens – 60%, adultos
– 65% e idoso – 67%. Para o uso do CA na primeira FE não houve ocorrência, na
segunda FE (20-35) e terceira FE (+50) 1%. Quanto ao gênero do falante, notou-se que
61
os percentuais do homem e da mulher se aproximam. Vejamos: H – PL (39%), ON
(59%), E CA (1%). M – PL (33%), ON (66%) e CA 1%. Em se tratando da
escolaridade, os indicadores apontam um percentual muito próximo entre os níveis
(EF): PL (31%), ON (67%) E CA (2%), (EM): PL (43%), ON (57%), não houve
ocorrência do CA e (ES): PL (35%), ON (64%) E CA (1%). Portanto, observando os
percentuais das variantes podemos afirmar que a comunidade de Tefé utiliza na fala
com mais frequência o ON e com menos frequência o CA.
Palavras-chave: Objeto direto – referência anafórica - fala
e-mail para contato: cabocasan@gmail.com / ana_denazare@hotmail.com
Diálogos entre História e Literatura: temporalidade, distopia e nação na pós-
modernidade
Aline Lima Pereira
Mestranda em História Social das Relações Políticas
PPGHIS – Universidade Federal do Espírito Santo
A presente comunicação busca relacionar a proposta de se pensar em uma
diferente concepção temporal acerca da chamada pós-modernidade com a
ideia de nação na contemporaneidade, a partir de situações recentes – como a
crise de imigrantes na Europa, o Brexit e a eleição de Donald Trump nos
Estados Unidos. O objetivo é associar essa discussão ao tema da distopia na
pós-modernidade, uma vez que entendemos a distopia como uma chave
interpretativa para problematizar a questão acerca da temporalidade pós-
moderna. Procuramos associar a questão nacional a partir da perspectiva da
narrativa com a problemática da pesquisa em andamento sobre a relação entre
distopia, literatura e história. Para tanto, utilizamos a contribuição do teórico
indiano Homi K. Bhabha (2003), do teórico literário alemão Hans Ulrich
Gumbrecht (2015) e do historiador francês François Hartog (2013), com o
intuito de fomentar uma análise da narrativa distópica de Laranja Mecânica
(2012), do escritor inglês Anthony Burgess.
Palavras-chave: Temporalidade, nação, distopia.
62
AS DIVERGÊNCIAS, FUGAS E DESVIOS EM RESENHAS ACADÊMICAS:
UM ESTUDO RETÓRICO E LÉXICO-GRAMATICAL
Aline Moreira da Fonseca Nascimento
Eleone Ferraz de Assis
RESUMO: Ao analisar as resenhas produzidas por graduandos da Universidade Estadual de Goiás, percebe-se a presença de divergências, fugas e desvios nos traços descritivos, tanto na organização retórica como nos elementos formais que sinalizam essa organização no nível léxico-gramatical. Pensando nisso, esta pesquisa objetiva investigar nas resenhas acadêmicas, produzidas pelos alunos do Curso de Letras: Português/Inglês da Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Jussara -, essas divergências, essas fugas e esses desvios em relação ao padrão associado à normalidade do gênero. Para tanto, o estudo fundamentar-se-á em Bakhtin (1995; 2011), Bezerra (2001; 2010), Biasi-Rodrigues (2009), Crismore (1989), Feak (2009), Francis (1994), Medeiros (2013), Motta-Roth e Hendges (2010), Swales (1990; 1994; 2004). Para a investigação, selecionar-se-á um corpus de 40 resenhas produzidas, seguindo o modelo CARS (SWALES, 1990), por alunos do 6º e 8º Período do Curso de Letras. Quanto à base metodológica, realizar-se-á uma pesquisa qualitativo-quantitativa, buscando descrever as divergências, as fugas e os desvios em relação ao padrão associado à normalidade do gênero. Desse modo, as resenhas serão submetidas a um processo de segmentação e análise, tendo em vista a estrutura retórica e os elementos léxico-gramaticais do gênero.
Palavras-chave: Gêneros acadêmicos; resenhas; Estrutura retórica; Organização léxico-gramatical.
A NOÇÃO DE TRABALHO NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
DEPENDENTE QUÍMICO
Aline Rodrigues da Silva
Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento
Este trabalho se justifica pela necessidade de problematização da relação espaço discursivo e dependente
químico, uma vez que podem ser atribuídas características negativas a esses espaços. Com efeito, a fim de
problematizar as relações entre trabalho e dependência química, o córpus a ser investigado é constituído
por um conjunto de textos escritos por pessoas atendidas no CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial
álcool e drogas) de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. A perspectiva teórica-metodológica se situa na
Análise do discurso de orientação francesa (CORACINI, 2007) em uma interface com os filósofos
Derrida (2011) a partir da noção de escritura; Foucault (1988, 2005, 2007) sobre discurso, sujeito,
63
arqueologia, genealogia e formação discursiva; e Arendt (2010) sobre a noção de trabalho. A partir do
processo arqueogenealógico (FOUCAULT, 1979 e 2009) de descrição e análise de córpus discursivo,
notamos que o sujeito dependente químico em recuperação enuncia a partir de espaços discursivos
relacionados ao trabalho, à religião e à família, manifestando enunciados que interligam esses espaços a
possibilidade do que o sujeito dependente químico afirma ser “rumo na vida”. Entendemos, também, que
a vontade de verdade (FOUCAULT, 2005) perpassa os enunciados como um tipo de exclusão, uma vez
que é exercido uma pressão e um poder de coerção sobre os discursos.
Palavras-chave: Discurso; Sujeito; Espaço discursivo.
O PAPEL DAS EMOÇÕES NA PRÁTICA DE UMA
PROFESSORA DE INGLÊS EM FORMAÇÃO INICIAL
Alyne Raíssa Belarmino Gomes
(PROLING/GELIT/UFPB)
alyne.raissa@hotmail.com
A atividade docente demanda do professor a mobilização de seu ser integral à
medida que envolve suas dimensões físicas, mentais, emocionais etc.
(MACHADO; BRONCKART, 2009). As emoções são consideradas atualmente
pela literatura como inseparáveis da cognição e são entendidas como recursos para
o agir, isto é, as emoções afetam o indivíduo aumentando ou diminuindo seu poder
de agir (SPINOZA, 1995), logo, não existe ação sem uma emoção que a possibilite
(MATURANA, 2002). Pesquisas recentes já reconhecem a importância das
emoções para o trabalho e a identidade docente (BARCELOS, 2013; VAN VEEN
et al, 2011). Contudo, da perspectiva que adotamos, os aspectos emocionais assim
como outros aspectos constitutivos do real da atividade docente (CLOT, 2007), só
são apreendidos pelo agir linguageiro do professor sobre seu trabalho. Face ao
64
exposto, este trabalho tem por objetivo analisar as marcas linguísticas relacionadas
às emoções presentes nos diários de uma professora em formação inicial em sua
primeira experiência em sala de aula no âmbito do PROLICEN, bem como as
causas dessas emoções e a forma como a professora reage a elas. Para tanto,
realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa-interpretativista em que foi feita a
leitura do diário e a seleção de excertos que evidenciavam as emoções vivenciadas
pela professora conforme representado por ela. Os excertos foram analisados à luz
da literatura acerca das emoções, bem como do Interacionismo Sóciodiscursivo
(ISD) e da Clínica da Atividade. Os resultados preliminares apontam para a
predominância de emoções negativas que acarretam a diminuição do poder de agir
da professora em formação inicial. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir
para a área da formação (inicial) de professores no que se refere, sobretudo, à
dimensão emocional do trabalho docente.
Palavras-chave: Emoções, Formação Inicial, Trabalho docente.
As realizações fonéticas do fonema /-r/ no nordeste de Goiás
Amanda Diniz VALLADA (G/UFG)
Resumo
Aliando-se aos princípios da sociolinguística variacionista, esta pesquisa procurou entender a influência do fator sociogeográfico na realização fonética do fonema /r/ em coda silábica no português falado no estado de Goiás. Haja vista que a região nordeste do estado faz limite com o estado da Bahia, propôs-se a hipótese de que, nas cidades dessa região, a variável mais comum em final de sílaba seria (-h) – recorrente na Bahia -, e não (-ɽ) - recorrente em Goiás. Baseando-se nos dados presentes no Atlas Linguístico de Goiás: léxico-fonético (Milani et al., 2015), três municípios da região nordeste do estado foram o foco da pesquisa: Campos Belos, Posse e São Domingos. Os resultados obtidos da análise quantitativa dos dados coletados indicam que a vibrante múltipla alveolar [r] ocorre em 5% do total de casos analisados, o tepe retroflexo [ɽ] ocorre em 40% dos casos e a fricativa glotal [h] ocorre em 55% dos casos, apontando fortemente para a possibilidade de que, na região nordeste de Goiás, devido à proximidade geográfica com o estado da Bahia, o fonema /r/ em coda silábica é realizado, na
65
maioria dos casos, como [h], diferenciando a variedade da região àquela geralmente falada em Goiás e aproximando-a à variedade encontrada na Bahia.
Palavras-chave: sociolinguística variacionista, fonema /r/, português goiano.
A POLIFONIA DE LOCUTORES NA REDAÇÃO DO ENEM: UM CAMINHO PARA O
ENSINO DE LÍNGUAS
Ana Cecylia de Assis e SÁ (UFPB) Mônica Mano Trindade FERRAZ (Orientadora – UFPB)
RESUMO
Sabendo que a argumentação se faz presente nos mais variados gêneros textuais,
sobretudo naquele cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio, e que este sugere a
presença de locutores, ou seja, de vozes e discursos distintos sobre determinado
tema, este trabalho tem como objetivo analisar a polifonia de locutores presente em
produções textuais do gênero dissertativo-argumentativo, proposto na redação do
ENEM, e como esta teoria pode contribuir para o Ensino de Línguas. A
fundamentação teórica da pesquisa se centrará nos estudos da Semântica
Argumentativa, à luz da Teoria da Polifonia de locutores e enunciadores, proposta por
Ducrot (1988), demonstrando que num mesmo enunciado estão presentes vários
participantes diferentes. Metodologicamente, para a análise dos dados, o corpus
selecionado foi composto por redações aos moldes do ENEM, seguindo o gênero
textual proposto pelo exame, escritas por alunos de um curso pré-vestibular, em João
Pessoa, na Paraíba. Analisou-se especificamente a argumentação no tocante à
Competência II, da Matriz de Correções elaborada pelo INEP (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas), a qual sugere que seja inserido um repertório sociocultural que
demonstre o conhecimento social e cultural dos candidatos acerca do tema abordado.
A partir dos postulados de tal competência, no repertório inserido nos textos
analisados identificou-se a presença de diversos locutores, vista a influência e
necessidade de utilizar citações e dados estatísticos, por exemplo, marcados por
diferentes vozes no texto, para marcar autoridade na argumentação. Assim, verifica-se
a importância de se trabalhar a polifonia no ensino de línguas, sobretudo nas aulas de
redação, mostrando a necessidade de marcar o discurso a partir de uma
argumentação baseada na presença de diferentes locutores no texto.
Palavras-chave: Polifonia de locutores; Texto dissertativo-argumentativo; Ensino de
Línguas.
O ENSINO MÉDIO EM FOCO: A LÍNGUA INGLESA NO ESTADO DE TOCANTINS
66
Ana Cristina Messias Rodrigues1
Neila Nunes de Souza2
RESUMO
Essa pesquisa em andamento tem como objeto de estudo os currículos do Ensino Médio da
Secretaria de Educação, Cultura, Juventude e Esportes do Estado do Tocantins (Seduc), no que
tange as mudanças e contradições implantadas nas escolas a partir da Lei nº 13.415 de 16 de
fevereiro de 2017. Questionamos a respeito das determinações da política educacional
estadual ao investigarmos como se implantam, e se consolidam as mudanças em nível
estadual, verificando o papel institucional na prática, no cotidiano da escola. Nosso objeto de
estudo, são os currículos do Ensino Médio, essencialmente de Língua Inglesa, que nos
propomos a ampliar o debate político sobre a Língua Inglesa, no contexto da escola pública.
Ainda, como se dá a aprovação da Lei nº 13.415/2017 na estruturação da Educação básica
tocantinense, com ênfase no Ensino Médio. Para tanto, a pesquisa é documental e os estudos
se dão a partir da análise dos documentos da Secretaria de Educação Estadual que propõe as
políticas a partir da legislação federal. Os documentos basilares da pesquisa são a Lei nº
13.415/2017, LDB Nº 9394/96, SHIROMA; CAMPOS & GARCIA (2005) e FRIGOTO (2004). A
Seduc orienta as (12) Secretarias Regionais e cada uma delas desempenha o papel de
articuladora, com as escolas estaduais. Por isso, nos propomos a estudar os documentos
emitidos pela Seduc, direcionados às Secretarias Regionais e escolhemos uma Secretaria
Regional, que é a de Porto Nacional e selecionamos duas escolas estaduais uma da zona
urbana e outra da zona rural, para constatar o que efetivamente ocorreu de mudança nos
currículos escolares, compreendendo a delimitação do estudo, no componente curricular de
Língua Inglesa, no Ensino Médio, a partir da Lei 3.415/2017.A pesquisa é orientada pela
seguinte pergunta: Que mudanças ocorrem no currículo escolar Estadual no componente de
Língua Inglesa após a aprovação da Lei nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017?
PALAVRAS-CHAVE: ENSINO MÉDIO; LÍNGUA INGLESA; POLÍTICAS EDUCACIONAIS.
UM ESTUDO SOBRE O GÊNERO ANOTAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA APRENDIZAGEM DISCENTE
1 Acadêmica do Curso de Letras Inglês e suas respectivas literaturas, no Campus de Porto
Nacional na Universidade Federal do Tocantins – UFT. 2 Drª em Educação, docente do Curso de Letras Português e Inglês e suas respectivas
literaturas, no Campus de Porto Nacional na Universidade Federal do Tocantins – UFT.
67
Ana Paula da Silva
Coautora - Renata Herwig de Moraes Souza
Esta pesquisa investiga a escrita de anotações em produção textual, observando como elas se
organizam e atuam como facilitadoras na elaboração textual. Anotação ou tomada de notas
são termos comumente empregados para se referir às práticas de produções escritas que
realizamos quando sublinhamos palavras ao ler um texto, quando vamos registrar o que
pensamos sobre algum aspecto do que lemos, quando vamos relacionar nosso conhecimento
com um dado presente no texto, entre tantas outras situações semelhantes que nos
direcionam a essas práticas. Espera-se por intermédio deste estudo verificar o tipo de
anotação que é produzido durante a produção textual, observando como elas ocorrem e
classificar os tipos encontrados; serão analisadas as formas que essas anotações estão
vinculadas à compreensão do alunado em relação ao texto produzido. Para alcançar esse
objetivo, conceituamos o que é anotação, observando como elas estão inseridas em nossas
práticas sociais, especificamente no ambiente escolar. O corpus abarcado na realização deste
trabalho será coletado em uma sala de aula da rede estadual de ensino da cidade de Jussara-
Goiás. Para fundamentar esse estudo, são usados alguns arcabouços teóricos que discorrem
sobre essa temática: Geraldi (2015), Bazerman (2006), Dionízio (2011), Herculano-Houzel
(2010), Koch (2002); Kleiman (2002), dentre outros. Entender a contribuição do gênero
anotação é o foco dessa pesquisa, justamente por ser uma prática que pode somar com a
produção textual dos alunos.
Palavras-chave: Estudo. Anotação. Ensino da Educação Básica.
68
VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS INDÍGENAS DE DOURADOS MS
Anderson Aparecido Pires (UFGD)
Rita de Cássia Pacheco Limberti (UFGD)
Considerando a violência como uma prática etnocêntrica em relação ao outro, em que o
agressor , dominado por uma ideologia egoísta decide negar a alteridade; o presente trabalho
é elaborado com objetivo de ampliar os estudos referentes à violência em contexto indígena.
Conforme sabemos o sujeito se constrói pela relação com o outro e nesse meio se produz o
discurso, que por sua vez, é marcado pela ideologia- condição imaginária de existência- frente
a realidade. Nessa relação entre pares, perante a realidade, pode haver o trânsito de
ideologias violentas, em que opressor e oprimido fazem uso das mesmas práticas a fim
destruir o outro, tornando-o assim: etnocêntrico. Independente da condição que se encontra,
seguindo uma lógica binária: opressor ou oprimido. Nossos teóricos contribuem na perspectiva
de lançar luz sobre a investigação que nos propomos. Para os estudos acerca da violência, a
psicanalista Maria das Graças Almeida (2010) foi de relevância, pois nos afirma que todos os
seres são potencialmente violentos, o que cabe aos sujeitos é saber administrar essa
capacidade; a fim de conhecermos a sociedade indígena de Mato Grosso do Sul, em específico
Dourados, Pereira (2010), Santana Junior (2006) e Chamorro (2015). Já, Rivoredo e Costa
(2011) auxilia-nos quanto as práticas sociais na contemporaneidade dos povos indígenas,
para que assim, possamos por meio da Análise do discurso de linha francesa- considerando
Michel Pechêux (2009) como norteador - , olhar discursivamente para a canção ‘Tupã’ –
69
composta pelo grupo de rap indígena Brô Mc´s- e perceber os mecanismos linguísticos que
contribuem para que se engendre a violência nas aldeias e seja refletido por meio do rap.
PALAVRAS –CHAVE: Discurso; luta; rap.
ESTILOS DE FALA MATERNO: UM ESTUDO DE CASO DE DUAS DÍADES
MÃE-CRIANÇA COM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO DA LINGUAGEM
Andreza Aparecida Polia
Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante
O objetivo geral deste estudo foi o de investigar as características da fala das mães em
duas díades mãe-criança sendo que essas apresentavam diagnóstico de Encefalopatia
Crônica Não-Progressiva, popularmente denominada de Paralisia Cerebral cujo
desenvolvimento da linguagem é considerado atípico. Como referencial teórico partiu-
se de uma perspectiva sócio-interacionista e da óptica da aquisição multimodal acerca
da aquisição da linguagem. (KENDON, 1972; 1980; McNEILL, 1985, 1992;
TOMASELLO, 2003; AQUINO, SALOMÃO, 2009, 2011; CAVALCANTE, 2011;
FONTE, BARROS, CAVALCANTE, SOARES, 2014; CAVALCANTE, BARROS,
SILVA, ÁVILA-NÓBREGA, 2015; MELO, 2015; ÁVILA-NÓBREGA,
2017).Participaram deste estudo duas díades mãe-criança, sendo uma criança do gênero
feminino com comprometimento motor e linguístico severo e outra do masculino com
comprometimento motor e linguístico leve, com idades respectivamente de 15 a 27
meses e 17 a 29 meses. As díades foram filmadas em situação naturalística, no ambiente
domiciliar durante 12 meses, tendo cada filmagem duração de aproximadamente 15
minutos, com intervalos quinzenais entre as filmagens. O registro dos dados foi
realizado através de um diário de campo e as filmagens foram analisadas com o auxílio
do sistema computacional ELAN (Eudico Linguistic Annotator). A análise das falas
maternas apontou que enunciados de continuidade bem como a interpretação de
qualquer produção vocal (holófrases, jargão), e até mesmo em cenas de atenção
conjunta sem nenhuma produção vocal, foram mais utilizados pela mãe da díade na qual
a criança é mais comprometida motora e linguisticamente, dado este que difere do
apontado pela literatura prévia da área. Já a mãe da criança com menor
comprometimento linguístico e motor, apresentou estilo de fala mais diretivo, poucos
enunciados de continuidade, e sua fala constituía-se mais para repreender e ordenar
comportamentos.Esses aspectos enfatizam a importância de se considerar o estilo
linguístico de fala materna(relacional ou diretivo) e suas influências no processo de
aquisição de linguagem da criança.
Palavras-Chave: díade mãe-criança; desenvolvimento a típico da linguagem;estilos de
fala materna
Comparação dos movimentos oculares de duas crianças durante a leitura de problemas matemáticos: um estudo de caso
70
Sanny Duarte
Angela Maria Santana Angela Ines Klein
Os movimentos oculares, segundo Hartmann (2015), fornecem
informações sobre o processamento on-line em tempo real; medindo características espaciais e temporais, que são fixações (a manutenção do olhar em um determinado local no campo visual) e sacadas (o movimento rápido dos olhos de um local para outro). A sequência resultante destes dois movimentos é o caminho de varredura (Susac et al., 2014). Esse caminho é a medida on-line da compreensão, a qual, de acordo com Solé (1989), resulta da combinação entre os objetivos de leitura que guiam o leitor, os conhecimentos prévios e a informação que o autor queria transmitir. Assim sendo, a leitura é uma atividade bastante complexa e envolve problemas semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, e até fonéticos, como afirma Cagliari (2009). A compreensão em leitura de textos tem sido mundialmente analisada através dos movimentos oculares. No entanto, a habilidade da leitura com enfoque na resolução de problemas matemáticos é menos frequente. Desse modo, a compreensão leitora em matemática, aliada a um trabalho pedagógico envolvendo habilidades de leitura, em parceria com a tecnologia, podem contribuir no entendimento do processo ensino-aprendizagem. Para tanto, o presente estudo objetiva analisar os movimentos oculares de crianças do quinto ano do Ensino Fundamental I, da cidade de Ponta Grossa, Paraná, enquanto elas resolviam problemas matemáticos similares aos da Prova Brasil. Os alunos leram 10 problemas matemáticos, na frente do rastreador ocular de 500 Hz; em seguida, as crianças respondiam oralmente as questões de múltipla escolha. Comparando os movimentos oculares de quem acertou os problemas com quem errou, verificaram-se discrepâncias no tempo de leitura, número de fixações, sacadas e regressões. Os resultados podem trazer informações úteis aos professores dos anos iniciais, que lecionam matemática, e aos professores das demais áreas, que estão interessados em desenvolver a habilidade de compreensão em leitura dos alunos.
Palavras-chave: movimentos oculares; resolução de problemas matemáticos;
compreensão em leitura.
PIBID LETRAS-INGLÊS: REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES EM
FORMAÇÃO INICIAL ACERCA DO TRABALHO DOCENTE
Angélica de Melo
MAIA
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Universidade Federal da Paraíba
angélica.maia@gmail.com
Janine dos Santos
ROLIM
Universidade Federal da Paraíba
janinerolim@hotmail.com
Nas últimas décadas, evidenciam-se transformações nas diversas esferas sociais
que têm afetado o mundo do trabalho. Simultaneamente, é possível perceber uma
crescente disposição de pesquisadores para explorar e compreender esse campo de
estudo – o mundo do trabalho –, de forma geral ou enfocando profissões
específicas. Neste sentido, esta pesquisa tem como propósito central a
compreensão de alguns aspectos do trabalho de professores de inglês em formação
inicial e, também, de algumas transformações no/do agir docente a partir da
perspectiva das Ciências do Trabalho e de algumas de suas categorias (CLOT,
1999, 2007; MACHADO, 2004). Para tanto, foi analisada a aplicação de um plano
de aula de língua inglesa desenvolvido em 2016 em uma escola de nível médio de
João Pessoa – PB no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID/CAPES) Letras-Inglês da Universidade Federal da Paraíba, a
partir das representações sobre o trabalho docente elaboradas pelos três
professores em formação inicial que planejaram e ministraram a aula. Como
corpus desta pesquisa, utilizamos a transcrição do áudio de um grupo focal
composto por esses professores acerca de alguns aspectos processo de
planejamento e desenvolvimento da regência. Os resultados alcançados assinalam
a relevância da atividade de ensino em meio a tantas outras formas de trabalho.
Desse modo, espera-se que esta pesquisa amplie a visão sobre que fatores estão
envolvidos no processo de formação inicial de professores de língua inglesa, no
que se refere ao planejamento e ministração de aulas, e que sentidos são
construídos por esses professores quando têm a oportunidade de comparar e
refletir sobre o trabalho docente prescrito e realizado ainda durante o período da
licenciatura.
72
Palavras-chave: Formação Inicial; Pibid; Trabalho Docente.
REPRESENTAÇÃO DE ATORES SOCIAIS NEGROS NA CAPA DE UMA
REVISTA NACIONAL POR MEIO DO DISCURSO MULTIMODAL
Anna Beatriz Mormetto Alvarenga
Daniel Fernandes Costa
Lilia Barbosa da Silva
Este estudo tem por objetivo investigar de que forma é produzida a representação,
imagética e verbal, de atores sociais na capa de uma das edições da revista Veja, que
trata a questão da identidade racial. A fim de atingir tal propósito, o referencial teórico
adotado é o desenvolvido pela Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 2014),
integrada por mais uma abordagem de cunho sistêmico: a Teoria da Multimodalidade,
que possui como principal sustentáculo a Gramática do Design Visual (KRESS;VAN
LEEUWEN, 2006). Nesta pesquisa, valemo-nos, como expediente metodológico, de um
estudo de cunho interpretativo-qualitativo de uma capa da revista Veja, com a aplicação
de algumas ferramentas analíticas das metafunções ideacional, interpessoal, textual
(Gramática Sistêmico-Funcional), análogas às metafunções representacional, interativa
e composicional (Gramática do Design Visual). A pesquisa empreendida (que é um
recorte do projeto “A construção de significados em capas de revistas brasileiras”)
justifica-se na necessidade de as pessoas reconhecerem – se se considerar as mudanças
sociais e a formação do pensamento crítico – os significados semióticos construídos na
teia discursiva multimodal. Através de uma análise preliminar, chegamos à conclusão
de que, no gênero multimodal capa de revista, em meio à transformação social, os atores
sociais negros representados se encontram em evidência na estrutura imagética, e, ainda,
por meio da composição verbal da chamada, é reiterado o papel social de destaque, no
que concerne ao combate ao racismo. Com a proposição deste estudo, esperamos
contribuir para a compreensão de que as imagens, veiculadas por produtores textuais
que se comprometem com o contexto social, produzem e veiculam uma pluralidade de
significados, com os mais variados propósitos comunicativos.
Palavras-chave: Multisemiótica; Atores sociais negros; Capa de revista.
(DES)CAMINHOS DOS SENTIDOS DO PÚBLICO E PRIVADO NO DISCURSO
DA LEI DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Antonio Castro do Amaral
Este trabalho, fruto da tese de doutorado “(Des)caminhos dos Sentidos do Público e
Privado no Discurso da Lei das Parcerias Público-Privadas”, objetiva analisar, sob as
fundamentações teóricas da Análise do Discurso (AD), fundada por Michel Pêcheux, ao
fim da década de 1960 como teoria materialista do discurso, os sentidos de “público” e
“privado” no discurso oficial Lei das Parcerias Público-Privadas (LPPP), nº.
11.079/2004, do Governo Federal brasileiro. Para tanto, a pesquisa, já em fase final,
analisou, sob o enfoque materialista, os sentidos históricos, sobre o “público” e o
73
“privado”, desde a Antiguidade clássica à constituição do Estado contemporâneo,
destacando que as esferas do “público” e do “privado” sempre estiveram atrelados a
distintos lugares, que se excluem mutuamente; a pesquisa também revistou aspectos
teóricos e conceituais da Análise de Discurso no Brasil, relativamente às principais
categorias concernentes às “formações ideológicas”, “formações discursivas”, “efeitos
de sentido”, “silenciamentos”, “implícitos”, “interdiscurso”, “intradiscurso” e outras
importantes conceituações, necessárias ao desvelamento dos sentidos de “público” e
“privado” na discursividade da LPPP. As análises puderam desvelar o processo de
relativização e homogeneização dos conceitos atinentes aos sentidos de “público” e
“privado”, demonstrando que o processo de ressignificação desses sentidos decorreu do
projeto de expansão hegemônica de controle do capital sobre toda a sociedade, que
privatiza o “público”, submetendo-o aos interesses dos grupos econômicos nacionais e
internacionais.
Palavras-chave: Público e Privado. Lei das Parcerias Público-Privadas. Análise de
Discurso Pechextiana.
ENTRE OS NOSSOS DESEJOS E SUA CONCRETIZAÇÃO, ENTRE OS
NOSSOS SONHOS E REALIZAÇÕES: A APROPRIAÇÃO DAS
TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Ariane Peixoto Mendonça (UEG)
Resumo: Nessa comunicação, proponho trazer uma contribuição para a área de Ensino
e Aprendizagem de Língua Inglesa mediada pelas TIDCs. Desenvolvi ao longo dos
últimos dois anos alguns trabalhos teóricos e práticos sobre a necessidade e a
importância de incorporar o uso das tecnologias nas aulas de língua inglesa, as quais
poderiam ser exploradas de forma prática, lúdica, interessante e que favorecessem o
processo de aprendizagem do aluno. A constante busca por trabalhos mais significativos
tentando sempre articular a teoria e a metodologia que permita a apropriação das
tecnologias para além de sua instrumentalidade foi o que propus junto a turma de Letras
da Faculdade Unifan (Goiânia) dos períodos III e IV, porque entendo que o domínio da
ferramenta em si não é suficiente, há portando, a necessidade de apropriação pedagógica
da ferramenta virtual tanto por parte do professor quanto por parte do aluno. Assim, a
questão que mobiliza a presente discussão se baseia em dois aspectos que marcam o
processo de aprendizagem de língua inglesa para o uso das tecnologias: a) A utilização
de ferramentas virtuais com o propósito de auxiliar o desenvolvimento das habilidades
em língua inglesa, neste contexto a ferramenta Padlet; b) A não dicotomização entre o
técnico e o pedagógico. Para tanto, o referencial teórico se apoia em estudos sobre a
mediação pedagógica, tecnologias e novas educações(BAKHTIN, 2004; DIAS, 2010;
FIRNANDI, PREBIANCA, MOON, 2013; LEFFA,2009; MASETTO,2013;
MORAN,2013, PINTO, PRETTO, 2006; PEIXOTO 2014, 2015; TOSHI, NEIVA,
2014). Os dados foram gerados por meio dos seguintes procedimentos: narrativas
autobiográficas,relatos das aulas, mensagens via Whatsapp e postagem no site
PADLET.
74
Palavras-chave: Tecnologias.Ensino. Aprendizagem. Ambiente Virtual. Padlet
As contribuições da teoria dos exemplares na Variante do R no falar portuense
Auricélia Alencar da Silva Fernandes
RESUMO: Este estudo intitulado “As Contribuições da Teoria dos Exemplares na
Variante do R no Falar Portuense”, tem por objetivo analisar as variedades do r-fraco e
R-forte em coda em relação à estrutura silábica no falar da comunidade, da cidade de
Porto Nacional/TO. As amostras da comunidade de fala da cidade de Porto
Nacional/TO, serão coletas por um gravador digital em alta frequência em um local
silencioso e as análises serão realizadas de acordo com o que ocorrem no Português
Brasileiro. Faz se necessário, para melhor compreensão das variantes do “erre” a
pesquisa de campo, pois a mesma buscará informações com a população portuense e
será de natureza qualitativa, para isso, serão realizadas entrevistas estruturadas e
espontâneas. Os dados serão analisados com o auxílio dos programas computacionais
PRAAT para analisarmos as variáveis linguísticas independentes e o Goldvarb X,
quantificamos estatisticamente os fenômenos variáveis sociais. Serão selecionados doze
informantes para a realização das entrevistas, que serão distribuídos de acordo com a
estratificação: a) sexo: masculino e feminino; b) idade: 23 a 35 anos, 36 a 54 anos, +55
anos; c) nível de escolaridade: ensino básico completo e ensino superior completo. Este
trabalho será fundamentado na Fonologia de Uso (BYBEE, 2001) e o Modelo de
Exemplares (JONHSON, 1997; PIERREHUMBERT, 2000) diferem da visão
tradicional e postulam que a representação mental do componente fonológico é
múltipla, pois inclui os alofones e o detalhe fonético. Por isso, esses modelos são
denominados multirrepresentacionais. Os resultados esperados deste trabalho são:
identificar as variantes fonéticas do r que ocorre na fala do portuense, analisar as
variáveis linguísticas independentes como: posição na sílaba, número de sílaba, vogal,
frequência de ocorrência, a tonicidade e o indivíduo, também será analisando as
variáveis sociais como: sexo, idade e nível de escolaridade.
PALAVRAS-CHAVE: Róticos; Fonologia de Uso; Modelos de Exemplares.
75
ATOS DE FALA (IN)DIRETOS COMO ESTRATÉGIAS DE (IM)POLIDEZ
Um estudo intercultural no contexto do ensino de Alemão como
Língua Adicional: interação entre professor alemão e aluno falante de português no Brasil
Resumo: Dada a importância dos estudos sobre polidez nas pesquisas interculturais e das
escassas discussões relativas ao contexto de ensino quanto a esse aspecto, mostra-se
necessária a investigação sobre o uso da (in)diretividade como estratégia de (im)polidez nas
interações interculturais. Para tanto, pretende-se com esta pesquisa realizar uma investigação
no contexto de ensino de alemão como língua adicional, envolvendo um professor alemão e
alunos brasileiros aprendizes de alemão. Este estudo situa-se no âmbito da Sociolinguística
Interacional que investiga como o processo interpretativo funciona nas interações
interpessoais, utilizando enunciados reais dos usuários da linguagem na comunicação face a
face. O objetivo deste estudo é analisar os atos de fala diretos e indiretos como estratégias de
(im)polidez em situações de interação entre os interagentes envolvidos no processo, a fim de
evidenciar os efeitos causados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com orientações
etnográficas, que utiliza microanálises interacionais. Os fundamentos teóricos se baseiam
principalmente na teoria da polidez de Brown e Levinson (1987) e nas contribuições sobre
polidez de Culpeper (2011) e Brandão (2016). Os registros foram obtidos por meio da gravação
em vídeo de duas aulas de alemão. O estudo mostra que o uso da diretividade e da
indiretividade, como estratégias de polidez, resulta em mal-entendimentos em certas
situações de interações interculturais. Assim, esta pesquisa pretende colaborar para o
desenvolvimento de pesquisas interculturais, notadamente pelas investigações em contexto
de sala de aula.
Palavras-chave: Estratégias de (im)polidez; (In)diretividade; Ensino de alemão com Língua
adicional.
A constituição do sujeito e a literatura: autor, leitor e interlocução
Betina Rezze Barthelson
Doutoranda em Linguística
Instituto de Estudos da Linguagem - UNICAMP
76
Resumo: Esse trabalho se assenta no interior da Linguística Aplicada apresenta uma reflexão
sobre a relação entre a literatura e a constituição do sujeito que lê a partir dos conceitos de
interlocução e relação interlocutiva de leitura (GERALDI, 2003) e do ensino da literatura
através da abordagem do letramento literário (COSSON, 2009). Considerando-se que esta
reflexão se dará no âmbito do contexto escolar, buscamos refletir sobre o papel do professor no
ensino da literatura. Tendo em vista a importância da escola no ensino da escrita, da leitura e da
literatura frente às diversas práticas sociais organizadas a partir da presença – direta ou indireta -
da escrita, essa reflexão se justifica pela relevância da apropriação da literatura pelo aluno para a
sua efetiva participação e ampliação dessa participação como sujeito-leitor nas práticas letradas.
Tal discussão será norteada pela concepção de escola como instituição responsável pelo
aprendizado formal do aluno que tem atrelada a si os resultados de um processo histórico
específico da cultura ocidental: a preocupação com o futuro revelada na atenção à formação do
aluno, e a preocupação com o passado, marcada pela valorização da herança cultural relevante
para a constituição do sujeito (GERALDI, 2003). Teórica e metodologicamente a análise se
fundamenta na revisão da literatura para uma aproximação entre os conceitos tratados por
autores relevantes nas áreas da Linguística - Benveniste (1991), Geraldi (2003) - e do
Letramento Literário -Cosson (2006; 2017), Paulino e Cosson (2009). Os resultados da
aproximação teórica realizada entre os autores das áreas da Linguística e do Letramento
Literário apontam para o fato de que o ensino da literatura na escola pode ampliar o universo de
referência do aluno e modificar os sentidos anteriormente por ele construídos, contribuindo,
assim, para a resigfinificação do papel do professor e do ensino da literatura na escola.
Palavras chaves: Letramento literário; constituição do sujeito; interlocução.
MATERIAIS DIDÁTICOS DE ESPANHOL PARA FINS ESPECÍFICOS:
REFLEXÕES SOBRE SELEÇÃO, ELABORAÇÃO E USOS
Bianca Agarie
Conforme Bedin (2017), a oferta de língua estrangeira nos cursos tecnológicos
deve ser organizada e pensada com base nas necessidades específicas de
cada grupo de alunos, nos propósitos de cada segmento profissional e contexto
de ensino. Entretanto, a mesma autora evidenciou em sua pesquisa uma
lacuna na formação professores de espanhol nesse âmbito de ensino, visto que
o tratamento dado a essa língua não contempla o campo profissional da
formação do aluno. Como consequência disso, esses docentes podem
77
encontrar dificuldades em selecionar materiais didáticos adequados e que
atendam às necessidades profissionais exigidas nas áreas contempladas pelos
cursos tecnológicos. Dessa forma, com base em Almeida (2016), Ramos
(2004, 2005, 2012), Sanchez e Estima (2017), Strevens (1988) e Vian Junior
(1999), buscamos discutir acerca da seleção e/ou elaboração de materiais
didáticos de línguas para fins específicos, mais especificamente, a espanhola.
Com este estudo, não nos propomos a indicar materiais adequados, já que é
necessário respeitar a autonomia do professor, o contexto específico e o perfil
dos alunos. Nossa proposta é refletir sobre o ensino de línguas no contexto
tecnológico e quais critérios são importantes a se considerar no momento de
selecionar e/ou elaborar uma atividade com vistas à formação profissional e
crítico-reflexiva do alunado.
Palavras-chave: Espanhol; Ensino Tecnológico; Línguas para fins específicos
JARDIM SENSORIAL: UM NOVO SENTIDO DE INTERPRETAÇÃO
Boninne Monalliza Brun Moraes
Jackeline Cabral Loureiro de Almeida
RESUMO: Na prospectiva de atender à temática da Linguagem, Discurso e Sociedade,
este estudo aborda uma análise discursiva materialista histórica acerca da posição
discursiva da diretora responsável por uma escola municipal de educação infantil da
cidade de Sinop- Mato Grosso quanto à possibilidade de implantação de um Jardim
Sensorial na instituição. O objetivo deste artigo foi discutir os fatores que constituem as
condições de produção da implementação de um jardim sensorial em uma escola no
dizer de sua diretora. Justifica-se a importância desta pesquisa em estabelecer espaços
de interação entre o professor-pedagogo e o aluno com necessidades especiais,
estimulando as capacidades de aprendizagens individuais com a socialização,
identificação sensorial, cognição e aprendizagem como um todo. O corpo da pesquisa
foi constituído por entrevistas com a diretora, fotografias com os espaços da escola,
a Lei nº 6.949 de 25 de Agosto de 2009 que preconiza o direito às pessoas com
deficiências, o Projeto Político-Pedagógico da escola e a Lei Municipal 2.139 de 23 de
junho de 2015 que trata do tema em nível local. As análises foram baseadas no
dispositivo teórico-analítico da Análise do Discurso destacando as noções de discurso
pedagógico, condições de produção, forma-sujeito aluno com necessidades especiais
com os autores Michel Pêcheux e Eni Orlandi. Tem-se como resultado que o discurso
do sujeito-diretor, como professor e educador, mostrou esforços escolares para a real
inclusão, com a qualificação do corpo docente, mas também identificou a necessidade
de se envolver a comunidade de pais para o sucesso da integração entre todos os alunos.
Palavras-chave: Jardim Sensorial, Análise do Discurso, Inclusão.
78
O ensino de Literatura e História na educação básica a partir de uma concepção
de língua como transgressão: escrevivências nas obras de Eliane Potiguara e
Scholastique Mukasonga Bruna Paiva de Lucena
Cristiane de Assis Portela
Resumo: A proposta aqui apresentada coloca em diálogo as experiências de duas
pesquisadoras que são, respectivamente, professoras de Língua Portuguesa e História na
Secretaria de Educação do Distrito Federal- SEEDF. Estas reflexões estão vinculadas ao
grupo de estudos Autoria de Mulheres, Pedagogia Engajada e suas
Interseccionalidades, que reúne pesquisadores da SEEDF, da Universidade de Brasília e
do Centro Universitário de Brasília, em torno do Programa Mulheres Inspiradoras,
política pública que estimula professoras/es a elaborarem projetos que serão
desenvolvidos junto a estudantes da educação básica a partir de uma metodologia de
trabalho pautada na leitura de obras escritas por mulheres e que estimulem processos
autorais de leitura e escrita. O objetivo é analisar as obras Metade cara, metade
máscara de Eliane Potiguara e A mulher de pés descalços de Scholastique Mukasonga,
com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de pedagogias fundamentadas na
autonomia, na resistência e na transgressão; serão propostas diferentes estratégias
metodológicas, pedagógicas e didáticas para o estudo dessas obras na escola.
Teoricamente, problematizamos a concepção de língua como lugar de opressão e ao
mesmo tempo, espaço potencial de transgressão, conforme proposto em bell hooks e
Glória Anzaldúa. Metodologicamente, a concepção de escrevivência de Evaristo nos
indica caminhos para utilização da autobiografia em contextos escolares, um tipo textual
capaz de trazer ao ambiente escolar uma rede de troca de afetos e experiências que
propicia o ensino da língua não só como interiorização de determinado padrão
linguístico e educacional mas também como forma de transgressão desses,
problematizando os conceitos históricos e a noção de temporalidades. As obras de
Eliane Potiguara e Scholastique Mukasonga nortearão essas experienciações, em
diálogo direto com os conteúdos curriculares de História e Literatura no 9o ano do
Ensino Fundamental, no que se refere aos eixos transversais relacionados à diversidade,
direitos humanos e sustentabilidade.
REFLEXÕES DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA EM (TRANS)FORMAÇÃO
Bruna Quartarolo Vargas
RESUMO: Levando-se em consideração a Teoria Sócio-Cultural (TSC), preconizada por
Vygotsky 1978; 1998) e seguidores (LANTOLF, 2000; REGO, 2011), esta pesquisa ainda em
fase de desenvolvimento, se insere na área de formação (inicial) de professores e ensino-
aprendizagem de língua inglesa (LI). O corpus para análise deste trabalho é/está sendo gerado a
partir de interações entre a professora pesquisadora e três alunos em formação inicial, sendo
uma aluna bolsista de treinamento profissional e dois alunos em estágio curricular de graduação.
79
Dentre os participantes da pesquisa, a professora supervisora, com mais de dez anos experiência
na área de ensino-aprendizagem de LI, sugere a leitura e discussão de textos acerca da avaliação
da aprendizagem da língua inglesa, tema este escolhido a partir das indicações de interesse dos
próprios estagiários, que apontam este assunto como lacuna não preenchida durante a
graduação. O objetivo é propiciar oportunidades de surgimento de Zonas de Desenvolvimento
Proximal (ZDP) para ampliar conhecimentos de práticas de sala de aula. Acredita-se que os
resultados poderão revelar tais interações como oportunidades de “transformação coletiva em
lugar de transformações individuais” (ENGERSTRÖM, 2008), ou como “palco para batalhas
ideológicas” (BERNSTEIN, 1993), uma vez que em conjunto, mediados pela linguagem e com
o auxílio dos pares mais experientes, provavelmente serão desveladas negociações de sentidos
realizadas pelos participantes. Neste contexto a ZDP poderá emergir como “espaço dialético de
formação coletiva, de tensão, de contradições que geram conflitos, de ações colaborativas, como
um movimento constante de questionamento e compartilhamento de novas criações”
(MAGALHÃES, 2009).
Palavras-chave: Formação de professores de língua inglesa; avaliação de aprendizagem, Zona
de Desenvolvimento Proximal.
LEITURA E LÉXICO: ANÁLISE DE ATIVIDADES DE VOCABULÁRIO EM LIVROS-DIDÁTICOS DE
INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
Bruno de Azevedo
Leda Maria Braga Tomitch
RESUMO: O conhecimento lexical é considerado antecipador da compreensão leitora (NATION,
2001), além de a leitura ser uma fonte de aquisição lexical (LAUFER, 2017). Considerando essa
perspectiva, esta pesquisa objetivou analisar atividades de vocabulário de inglês como língua
estrangeira em livros didáticos para investigar qual a relação das atividades de vocabulário
com a unidade de leitura. Como objetivos específicos, procurou-se investigar (i) quais
processos componentes da leitura as atividades fomentam (decodificação, compreensão
literal, compreensão inferencial e monitoramento da compreensão em Gagné et al., 1993); (ii)
como as atividades são apresentadas na unidade de leitura; (iii) se as atividades abordam
palavras frequentes e que auxiliem na identificação de ideias principais e/ou secundárias dos
textos; (iv) o número de ocorrências das palavras ao longo das unidades; (v) qual nível de
processamento as atividades promovem. Para tal análise, três livros didáticos listados nos
programas de disciplinas do curso de Letras-Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina
foram selecionados. Os resultados mostraram que somente um dos livros apresenta uma forte
relação com a unidade de leitura. Com relação aos objetivos específicos, dois dos livros
parecem fomentar processos de baixo nível; um dos livros predominantemente apresenta
vocabulário em forma de atividades de inferência, enquanto os demais focam em atividades
de forma-significado. Ademais, somente um dos livros abordou palavras mais frequentes da
língua inglesa e palavras que são relevantes para ideias principais e/ou secundárias dos textos,
além de fornecer várias oportunidades de encontro com as palavras. Por fim, somente um dos
80
livros parece promover um nível profundo de processamento com as palavras abordadas pelas
atividades.
Palavras-chave: leitura; léxico; livros didáticos.
LETRAMENTOS DO PROFESSOR DE INGLÊS: COMPREENSÃO DA
CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL PELOS PROCESSOS DE
ENSINAR E APRENDER
Caique Fernando da Silva Fistaro
Janete Raquel Pavlak Bloemer
Cyntia Bailer
A identidade profissional do docente de inglês pode ser compreendida a partir dos
processos de ensinar e aprender (GIMENEZ, 2005), tanto na formação inicial ou
continuada, quanto nos diversos letramentos experienciados ao longo do cotidiano,
vivências essas que refletem diretamente na prática desenvolvida em sala de aula. Por
isso, esse trabalho objetiva compreender como ocorrem esses letramentos do docente de
inglês para construir sua identidade profissional nesse processos, em especial ao
planejar as aulas. Esta pesquisa quanti-qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1999) foi
realizada com os professores de inglês da Secretaria Municipal de Educação de
Blumenau, por meio de questionário com perguntas abertas e de múltipla escolha. A
análise de dados foi realizada em uma perspectiva dialógica do discurso a partir dos
Estudos dos Letramentos (LEA; STREET, 2006), com foco nos Letramentos do
Professor (STREET, 2012), bem como em estudos sobre saberes pedagógicos
(TARDIF, 2000). Os dados apontam que o professor realiza dois processos específicos
de ensinar e aprender: busca embasamento legal em documentos norteadores tais como
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997), as Diretrizes Curriculares
Municipais de Blumenau (DCM, 2012) e, em conhecer a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC, 2018); e de planejar as aulas a partir destas leituras e estudos. Ao
longo desses processos, os professores sentem falta de diálogo e planejamento coletivo
dentro dos movimentos obtidos nos tempos e espaços escolares e tentam romper com
esses desafios institucionais. Os resultados iniciais demonstram ainda que o docente de
inglês compreende os processos de ensinar e aprender e busca melhorar o
desenvolvimento de sua prática em sala, tanto por meio das formações continuadas
oferecidas pela rede municipal de ensino, quanto na busca autônoma de aprendizagens
para a construção da sua identidade profissional.
Palavras-chave: letramento do professor de inglês; construção da identidade
profissional; processos de ensinar e aprender.
CRENÇAS E IDEOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES DE
PROFESSORES E CRIANÇAS POR MEIO DO ENSINO DE LE
81
Camila Mara Andrade Silva
RESUMO: Os estudos atinentes ao ensino de língua estrangeira para crianças (LEC)
têm sido alvo de grandes pesquisas no bojo da Linguística Aplicada (LA) nos últimos
anos. Muito desse crescimento diz respeito ao mundo globalizado em que nos
encontramos, no qual, a necessidade de se falar uma língua estrangeira (LE) deixou de
ser considerada meramente “chique” e se tornou uma necessidade real para a
contemporaneidade Scheifer (2010). Destarte, o presente trabalho visa oferecer uma
contribuição que permita aos profissionais de línguas estrangeiras refletirem sobre sua
prática em sala de aula seguindo as tendências atuais da Linguística Aplicada
concernentes ao ensino de língua estrangeira para crianças (LEC). Assim, ao
concebermos linguagem como prática social e dialógica, ligada à cultura, mostramos
que a própria língua(gem) carrega em si crenças e ideologias, as quais influirão na
(trans)formação da identidade de professores e alunos Hall (2000). Para ilustrarmos esse
ponto, questionários foram aplicados a professores de línguas que, após análise, sob a
perspectiva da análise (crítica) do discurso, nos levou a tal conclusão. Propomos, assim,
uma conscientização do professor sobre a referida questão por meio da Pedagogia
Crítica de modo que este possa se posicionar criticamente perante os discursos
ideológicos assim como as crenças, e, com essa empreitada, venha a ser um formador de
cidadãos, igualmente, críticos.
Palavras-chave: crenças, ideologias, identidades, ensino de línguas para crianças.
ATIVIDADES DIVERSIFICADAS COMO ESTRATÉGIA MOTIVACIONAL
PARA APRENDER INGLÊS NO ENSINO MÉDIO
Camila Miranda Baia
Nilton Hitotuzi
O desafio de ensinar inglês na escola pública sob condições adversas em termos de
infraestrutura, número de alunos por turma, carga horária alocada à disciplina, motivação
para estudar o idioma e outros fatores, levou um grupo de bolsistas do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência do curso de Licenciatura em Letras-Inglês
de uma universidade federal do norte do Brasil a elaborar e executar, com o seu supervisor,
um projeto de pesquisa visando a incentivar alunos do ensino médio de uma escola estadual
no município de Santarém-PA a engajarem-se no estudo da língua inglesa de forma mais
efetiva. Para isso, utilizaram-se os conceitos de experiência e interesse de John Dewey;
algumas sugestões de Richard Mayer sobre a utilização de tecnologias em sala de aula e a
82
discussão feita por Vanessa Borges de Almeida e Larissa Domingues sobre a importância da
motivação no processo de ensino e aprendizagem. Norteado por princípios da pesquisa-
ação, o estudo envolveu 59 alunos (28 homens e 31 mulheres de duas turmas (1º e 2º ano)
durante um ano letivo. A estratégia consistiu na participação direta dos alunos em atividades
em que se capitalizaram sequências fílmicas e três ações de extensão: um festival de
música, um sarau literário e uma mostra cultural. O interesse dos alunos em estudar inglês
foi determinado a partir de observações dos bolsistas e do seu supervisor (o professor das
turmas), e de depoimentos destes e dos alunos. Os resultados indicaram mudança positiva
em relação ao interesse da maioria dos alunos para estudar inglês, embora alguns
participantes continuassem desinteressados ao final do estudo. Mesmo assim, é possível
concluir que a inserção de alunos em atividades e ações diversificadas no âmbito do ensino
de línguas estrangeiras tem o potencial de encorajá-los a dedicarem-se ao estudo da língua-
alvo. PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua inglesa. Motivação. Atividades e Ações
diversificadas.
A IRONIA NAS TIRINHAS DA MAFALDA: UMA PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO SOB UMA PERSPECTIVA MULTISSEMIÓTICA
Camila Polyane Souza Felício
Daniele Maciel Lopes
Arlete Ribeiro Nepomuceno
Esta pesquisa objetiva proporcionar a realização da construção de sentidos de textos a
partir da leitura verbo-visual de tirinhas de Mafalda. Para tanto, com uma metodologia
quanti-qualitativa, exploramos, num primeiro momento, a teoria da Gramática
Sistêmico- Funcional, de Halliday (2004[1985]), assim como da Gramática do Design
Visual (GDV), de Kress e van Leeuwen (2006 [1996]). Num segundo momento,
ancorados em Brait (1996) e Possenti (1998), realizamos uma abordagem do tom
irônico de que os produtores se valem para apresentar os personagens do gênero.
Justifica-se esta pesquisa porque, na sociedade atual, é importante que o aluno seja
multiletrado, tendo o entendimento não só da ironia, como também de outros recursos
verbo-visuais. Partindo do pressuposto de empiricamente podermos afirmar que os
alunos sentem dificuldades em construir sentidos e perceber a ironia quando se trata das
tirinhas, hipotetizamos que esse gênero pode contribuir com esse processo, pois traz
diversos recursos que possibilitam ao aluno uma maior atribuição de sentidos ao texto.
Os resultados parciais, apresentados através de um teste de leitura, evidenciam as
dificuldades dos alunos em relação à interpretação do gênero, quando necessitam
estabelecer uma inter-relação entre as multissemioses veiculadas nos textos. Esperamos,
com a realização desta pesquisa que os alunos possam perceber a (des) construção de
sentidos proposta pela ironia, além de compreender textos a partir da relação palavra-
imagem, o que poderá contribuir para a melhoria da compreensão leitora.
Palavras-chave: Leitura, Ironia, Multissemiose.
ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA POR MEIO DA
RETEXTUALIZAÇÃO COMO PROCESSO DE TRADUÇÃO: REFLEXÕES
TEÓRICAS E PRÁTICAS
83
Camila Teixeira Saldanha
No contexto de ensino de línguas, é muito recorrente a incidência de atividades de
tradução que, por diversas razões, são associadas a atividades de leia e traduza. Esta
realidade frequentemente reduz a atividade tradutória a uma mera transposição
linguística, sem levar em consideração aspectos relevantes, como os extralinguísticos
e/ou culturais, que envolvem essa prática. Frente a esse cenário, essa comunicação traz à
luz uma proposta do uso da tradução pedagógica sob a ótica funcionalista (NORD,
2002; 2009; 2010), entendida como processo de retextualização (TRAVAGLIA, 2013
[1993]; MARCUSCHI, 2001[2010]; DELL’ISOLA, 2007; MATENCIO, 2002; 2003;
DEMETRIO, 2017), aplicada a 17 alunos de Língua Espanhola, do Curso de Letras de
uma universidade federal. O objetivo geral desse estudo é proporcionar aos participantes
o reconhecimento, manuseio e produção do gênero textual (GT) folheto informativo por
meio da aplicação de uma sequência didática (SD) alicerçada nos referencias teóricos
dos autores da Escola de Genebra, definidas por eles como “[...] um conjunto de
atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual
oral ou escrito” (DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2010, p. 82). Este estudo se
justifica pelo fato de observamos certa dificuldade por parte de professores formadores
e alunos em formação que já atuam como docentes, em conseguir promover um ensino
de língua consciente, voltado a uma visão sócio-histórico-cultural da linguagem,
denunciando uma divergência entre as propostas oficiais, os conhecimentos teóricos
advindos de pesquisas acadêmicas e a formação oferecida pelas instituições de ensino
superior (BOUZADA, FARIA, SILVA, 2013). Entre os resultados parciais, podemos
observar que os alunos, de maneira geral, percebem que o processo de escrita de um
GT, seja ele oral e escrito, exige algumas condições que ultrapassam o conhecimento
meramente linguístico, como a adequação, coesão, coerência e correção gramatical,
além do contexto sócio-histórico no qual está inserido o texto (CASSANY, 2011).
Palavras-chave: ensino-aprendizagem de línguas; retextualização; gêneros textuais
POLÍTICAS DE ENSINO DE LÍNGUAS PARA CRIANÇAS EM TEMPOS DE
GLOBALIZAÇÃO NO CENÁRIO EUROPEU
Carine Guedes
RESUMO: A globalização fez com que o interesse por aprendizagem de línguas se
intensificasse nos quatro cantos do mundo. Esse interesse tem feito com que tal aprendizado se
inicie cada vez mais cedo, por mais diferentes motivos, tornando o ensino de língua estrangeira
para crianças uma realidade. Entretanto ainda são muitas as inconsistências identificadas nas
políticas linguísticas que tratam deste assunto, bem como são incipientes as pesquisas que
tratam do tema. Para compreendermos como essas políticas vem sendo desenvolvidas em um
mundo globalizado, por meio de uma pesquisa bibliográfica (Nikonov e Curtain,2000; Brock-
Utne e Holmarsdottir, 2004; Enever e Moon, 2009; Gimenez, 2009) e de análise documental
(COMISSÃO EUROPEIA,1995; CEFRL,2001; Eurydice,2012) apresentamos neste trabalho,
um recorte de um trabalho mais amplo que tem como objetivo identificar e analisar as políticas
linguística de ensino de língua estrangeira para crianças no contexto globalizado, neste trabalho
o recorte está relacionado ao cenário europeu. Deste modo, apresentamos aqui o resultado
84
parcial de um trabalho em andamento referente ao contexto europeu, pois acreditamos que
conhecer como o ensino de línguas estrangeira para crianças acontece em outros países, pode
contribuir para contextualizarmos a realidade das políticas linguística brasileira e fornecer
subsídios para outras pesquisas debates sobre a temática e reflexão sobre onde nos encontramos
neste contexto. Os resultados parciais mostraram que com a aprendizagem de uma língua
estrangeira para crianças está presente nos documentos que regem as políticas de educação na
Europa desde o século passada e que as crianças aprendem de forma compulsória uma língua
estrangeira a partir dos 6 anos de idade quanto ingressam no primeiro ciclo da educação básica,
não somente nos países União Europeia, mas na Europa como um todo.
.
Palavras-chave: língua estrangeira, criança, políticas linguísticas
A AGÊNCIA DO PROFESSOR E O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LI NO
CONTEXTO DO NOVO CURRÍCULO DE REFERÊNCIA DA REDE
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS.
Carla Pereira de Oliveira
Esta pesquisa de doutorado tem como objetivo geral analisar como os professores
exercem sua agência no ensino de LI, perante a implantação do Novo currículo
Referência da Rede Estadual de Goiás. E como objetivos específicos: Analisar as
concepções de ensinar e aprender a língua inglesa do Novo Currículo de Referência da
Rede Estadual de Goiás; Analisar os possíveis impactos, mudanças ou resistências que
se manifestam nas escolas no desenvolvimento das práticas dos professores de LI,
considerando a implantação do currículo pesquisado; Analisar como os professores
significam e implementam a proposta do Novo Currículo da Rede Estadual de Goiás;
Explorar qual é a relação que se apresenta entre as crenças e a agência do professor de
LI nesse contexto. Teremos como universo de participantes quatro professores de
Língua Inglesa de duas escolas públicas estaduais de uma cidade do interior no estado
de Goiás. Utilizaremos como instrumentos de coleta de dados: entrevistas
semiestruturadas; observação das aulas de Língua Inglesa, momento em que faremos
anotações de campo; relato oral e análise documental. Por fim, realizar-se-á uma
pesquisa em que se preocupará em observar a agência do professor no processo de
construção de sentidos das experiências vividas na sala de aula de Língua Inglesa,
diante das inovações apresentadas na implementação do Novo Currículo de Referência
da Rede Estadual de Educação de Goiás.
Palavras-chave: Ensino de LI – Agência de professores – Currículo.
O USO DE GAMES COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE LÍNGUA
INGLESA: UMA EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA
Carlos Henrique Rodrigues Valadares
85
Com o aumento da popularidade dos jogos eletrônicos, comumente chamados games,
torna-se necessário o estudo sobre a sua importância. No âmbito do ensino da língua
inglesa, há muito a ser pesquisado e desenvolvido. Este trabalho tem como função expor
resultados parciais do uso de jogos de videogame em duas turmas do Curso de Extensão
em Língua Inglesa – CELIN – da Universidade Federal de Viçosa, MG. Para isso,
utilizamos como base algumas das propostas de atividades com games relatadas por
Oliveira e Campos (2013) juntamente com a aplicação de Action Logs (MURPHEY,
BARCELOS & MORAES, 2014) ao final das aulas para relatar as opiniões e emoções
dos alunos. Foram utilizados games de gêneros como RPG, Simulação e Point-and-
Click, de modo que pudessem ser notadas as diferentes reações dos alunos ao conteúdo.
Para que a recepção fosse coerente, as aulas foram contextualizadas de acordo com o
tópico linguístico proposto no planejamento do curso. A partir da coleta dos Action
Logs, foi possível verificar que muitos alunos demonstraram interesse e maior
participação durante a aula, interagindo melhor com seus colegas e diminuindo suas
inseguranças e ansiedades. É esperada a obtenção de mais resultados ao decorrer da
pesquisa, de modo que seja possível atestar a eficácia do uso de games em sala de aula.
Palavras-Chave: Games; ensino de línguas; tecnologias da informação e comunicação.
AS REPRESENTAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
Cassia Aparecida da Silva
O objetivo geral deste trabalho é investigar as representações sobre a avaliação da
aprendizagem construídas por coordenadores, professores-supervisores e os bolsistas do
Pibid. Este programa visa a contribuir para a formação inicial e continuada dos
docentes, por meio da inserção dos licenciandos no cotidiano escolar. A partir desse
contato com a sala de aula, acredita-se que o futuro professor possa contribuir mais
precisamente na resolução de problemas do processo de ensino-avaliação-
aprendizagem, pois o mesmo terá uma consciência maior do seu papel e das
responsabilidades intrínsecas à pratica pedagógica. Para realizar esta pesquisa,
propomos as seguintes perguntas motivadoras: 1) Quais as representações sobre a
avaliação da aprendizagem são construídas pelos coordenadores, professores-
supervisores e os bolsistas participantes do Pibid? (2) Como os bolsistas do Pibid
86
representam a relação entre a avaliação formativa e a sua prática em sala de aula? e 3)
De que forma as atividades propostas no Pibid contribuem para um deslocamento da
concepção tradicional da prática avaliativa? A fim de buscar suporte para a temática
envolvida nesta pesquisa, mobilizaremos os trabalhos de alguns autores da avaliação da
aprendizagem como Perrenoud (1999), Hadji (2001), Méndes (2002), Luckesi (2011),
Hoffman (2017, 2018), assim como autores que versam sobre a formação de professores
Moita Lopes, (1991), Celani (2002), Almeida Filho (2005). Minha investigação se
enquadra no paradigma da pesquisa qualitativa de cunho interpretativista, com uma
interface em um estudo de caso etnográfico; assim, para o desenvolvimento dessa
pesquisa, usarei os pressupostos de Nunan (1992) e de André (1995). A entrevista
semiestruturada será utilizada para coletar os dados. Para proceder à intepretação desses
dados tomarei como referência a análise de conteúdo proposta por Bardin (1977).
Espera-se com este trabalho desvelar e problematizar as representações sobre avaliação
da aprendizagem construídas pelos professores em formação.
Palavras Chave: Avaliação da aprendizagem. Formação de Professores. Pibid.
O PAPEL DO JOGO PEDAGÓGICO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO
FUNDAMENTAL EM PERSPECTIVA COMUNICATIVA
Claudecy Campos Nunes
RESUMO: Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre o processo de ensino e de
aprendizagem da língua inglesa no Ensino Fundamental com o uso de jogos pedagógicos,
baseado na abordagem comunicativa. A pesquisa foi realizada com 35 alunos do 6º ano do
Ensino Fundamental de uma escola pública municipal, situada no município de Penalva-MA.
Tal estudo surgiu da observação da falta de motivação de alunos, da referida escola, para
aprenderem a língua inglesa. O objetivo maior deste estudo foi buscar ferramentas inovadoras
que subsidiem o trabalho do professor e que promovam uma aprendizagem significativa para
o aluno. Especificamente, visou a evidenciar a relevância dos jogos pedagógicos para o
desenvolvimento cognitivo do aluno no processo de ensino-aprendizagem de um novo idioma.
Para tanto, foram adotadas como sustentação teórica as contribuições de Almeida (2014),
Antunes (2013), Brougère (1998), Caillois (1986), Elkonin (2003), Friedmann (1996), Huizinga
87
(2014), Kishimoto (2011; 2014), Negrine (2001; 2011), Santos (2008; 2011), entre outros, que
defendem o uso do jogo no processo de ensino-aprendizagem; e as de Almeida Filho (2013),
Brown (2000, 2001), Larsen-Freeman (2000), Littlewood (1981), Paulston (1992), Richards
(2006), Richards e Rodgers (2001), Savignon (1983), Widdowson (2005), Wilkins (1976), entre
outros, relativas à abordagem comunicativa. Na realização deste trabalho, foram feitas uma
pesquisa bibliográfica e uma pesquisa-ação, ambas de natureza qualitativa, sobre a questão
levantada. O presente estudo destaca a necessidade de planejar-se um trabalho que possibilite
o aprendizado ao aluno, por meio de estratégias inovadoras, e que subsidie o trabalho do
professor. Os resultados indicam que os jogos pedagógicos são excelentes estratégias de
ensino que podem incentivar o aluno a aprender com prazer uma língua estrangeira e a
permanecer motivado para tal finalidade. A implicação deste estudo é que a utilização do jogo
pedagógico pode favorecer a motivação do aluno a explorar e a construir novos
conhecimentos.
PALAVRAS-CHAVE: Língua estrangeira. Ensino-aprendizagem. Jogo pedagógico.
O ENSINO SISTEMÁTICO E REFLEXIVO DA ORTOGRAFIA: REGULARIDADES MORFOSSINTÁTICAS
Cláudia Gonçalves Magalhães
RESUMO: Partindo do pressuposto de que o ensino da ortografia da língua portuguesa ainda apresenta características do ensino tradicional, com práticas mecânicas que não priorizam a construção e a reflexão acerca das normas ortográficas, desenvolvemos esta pesquisa com o intuito repensar o ensino da ortografia na sala de aula numa perspectiva sistemática e reflexiva. Através de uma observação empírica realizada com alunos do 6º ano do ensino fundamental II da E. E. Cel. Francisco Ribeiro, foi possível observar que são recorrentes os “erros” ortográficos na escrita dos alunos. Sendo assim, a nossa hipótese é de que um trabalho sistemático e reflexivo com atividades de leitura e escrita pode contribuir, consideravelmente, para minimizar ou até mesmo sanar os “erros” decorrentes do desconhecimento das regularidades e irregularidades da ortografia. Assim o objetivo deste trabalho é avaliar as contribuições de um ensino sistemático e reflexivo das regularidades morfossintáticas da ortografia da língua portuguesa, através de intervenção didático-pedagógica. Esta pesquisa justifica-se pelo fato de oportunizar aos alunos vivenciar novas práticas de ensino e aprendizado da ortografia da língua portuguesa, as quais contribuirão para despertar no aluno um olhar reflexivo e questionador sobre o que se apreende e o que se memoriza na ortografia. Para fundamentar este estudo, utilizamos teóricos que tratam do ensino da ortografia
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da língua portuguesa numa abordagem metacognitiva (MONTEIRO, 2008; RIBEIRO, 2003) e metalinguística (BARRERA; SANTOS, 2012; HODGES), no que diz respeito ao ensino sistemático e reflexivo, usamos como aporte teórico os autores Silva, Morais e Melo (2007), Morais (2000) e Nóbrega (2013). A pesquisa ainda está em fase de coleta e análise de dados, os primeiros resultado virão após a conclusão dessa fase. A área de concentração dessa pesquisa é linguagens e letramentos e sua linha de pesquisa são as teorias da linguagem e ensino. Palavras-chave: ortografia, regularidades, ensino.
IMAGENS, MITEMAS E MITOS EM “A PRINCESA E A COSTUREIRA” E
“JOANA PRINCESA”: ALGUMAS CONSTRUÇÕES DISCURSIVAS SOBRE
AS DISSIDÊNCIAS SEXUAIS
Clodoaldo Ferreira Fernandes da
Silva
RESUMO: Este resumo discute resultados de doutoramento concluído no Programa
de Pós Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Goiás (UFG)
no ano de 2018. A investigação segue uma abordagem qualitativa e investiga de que
maneira as dissidências sexuais vão reconfigurar as identidades de gêneros nos contos
de fadas “A princesa e a costureira” e “Joana princesa”. Teve como objetivo central
examinar os mitos presentes nas narrativas dos contos de fada contemporâneos. A
pesquisa teve como corpus dois contos de fada da autora Janaína Leslão, publicados
no Brasil entre os anos de 2015 e 2016, a saber: A Princesa e a Costureira e Joana
Princesa. A análise dos textos seguiram as tramas teóricas metodológicas da
Antropologia do Imaginário e as interpretações foram subsidiadas pelo método
científico da mitocrítica proposto por Gilbert Durand. Os resultados apontam que os
mitos são reatualizados no arcabouço narrativo, subsidiando novas construções
discursivas acerca das dissidências sexuais, ainda que em alguns momentos, haja uma
estabilidade do padrão tradicional frente aos papeis estabelecidos no que tange às
sexualidades.
PALAVRAS CHAVE: Contos de Fada. Discurso. Mito.
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PLICKERS: multiletramentos na formação de professores de línguas
Cristiane Ribeiro Magalhães
RESUMO: Este trabalho contempla o estudo acerca de práticas de letramentos na
formação docente, desenvolvido no curso de Letras da UEG/Câmpus Inhumas. A partir
da escolha de uma ferramenta digital, denominada “Plickers”, são abordadas práticas de
multiletramentos e como estas ocorrem nos cursos de formação de professores de
línguas. Como objetivos, citamos descrever e analisar a plataforma “Plickers”, bem
como a sua aplicabilidade na formação de professores; propor, a partir de uma releitura,
possibilidades de uso da plataforma nos cursos de licenciaturas como ferramenta de
ensino e aprendizagem, analisando-a como uma prática de multiletramentos na
formação inicial de professores do curso de Letras. Utilizamos como aporte teórico os
estudos de Roxane Rojo (2012), Brian Street (2012; 2014), Maximina Freire (2009),
Garcia Canclini (2013), Maria Kenski (2003; 2007), Angela Kleiman (2016), entre
outros. Quanto aos aspectos metodológicos, desenvolvemos um estudo de caso e a
análise dos dados considerou os pressupostos da análise de conteúdo. Os participantes
são os alunos do 6º. período do curso de Letras da UEG Câmpus Inhumas.
Consideramos que os resultados obtidos podem contribuir para as decisões sobre o
currículo e práticas dos cursos de licenciatura no que diz respeito às tecnologias digitais
de informação e comunicação e aos multiletramentos.
Palavras-chave: Plickers. Multiletramentos. Formação de professores.
LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA INGLESA: INSTRUMENTOS DE LUTA
CONTRA DESIGUALDADES SOCIAIS?
Cristiane Rosa Lopes
Este trabalho traz uma análise das seções da série de livros didáticos de Língua
Estrangeira Moderna (Inglês) Team Up para os anos finais do Ensino Fundamental, que
têm como proposta estimular o posicionamento crítico dos/as alunos/as. O livro
didático, como um artefato da indústria cultural, não é neutro e nem deslocado do
contexto histórico, político e econômico. Dessa forma, pode ser usado como
instrumento para a legitimação de sistemas de poder e das injustiças e discriminações
que deles resultam. Estudos recentes apontam que os livros didáticos de Língua
Estrangeira ainda dão pouca visibilidade a negros/as e não discutem questões étnico-
raciais (CONTI e MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2015; FERREIRA; CAMARGO,
2014; SANTOS, 2013; SMITH, 2013), podendo legitimar ideologias e concepções
discriminatórias e racistas (FARIAS e FERREIRA, 2014), como também discursos
liberais sobre a diversidade (CONTI e MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2015). Nessa
direção, o objetivo deste estudo é verificar se estas seções dos livros favorecem a
discussão crítica acerca de desigualdades sociais, em especial das étnico-raciais,
90
constituindo-se assim em instrumentos de luta. O referencial teórico utilizado pauta-se
em estudos sobre educação e diversidade, educação e combate ao racismo, legislações e
diretrizes para o trato da diversidade étnico-racial, ensino crítico de língua estrangeira,
dentre outros. Trata-se de uma análise documental e de conteúdo, que aborda aspectos
qualitativos e quantitativos. Os resultados apontam que a grande maioria dos itens
analisados não contribui para o debate crítico acerca das desigualdades sociais, não
atendendo assim à proposta de formação crítica destas seções dos livros didáticos.
Palavras-chave: livro didático; língua inglesa; formação crítica
UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS RELAÇÕES IMAGINÁRIAS DOS
CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E DOS COLETORES DE
RESÍDUOS SÓLIDOS EM COLÍDER – MT
Cristinne Leus Tomé Regina Uemoto Maciel Martins
RESUMO: O presente estudo é resultado do Projeto “Leituras Urbanas e suas materialidades discursivas socioambientais no Norte do Mato Grosso”, desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Campus de Sinop – Mato Grosso (MT). Como parte do projeto, esse estudo se propõe a fazer uma análise discursiva materialista histórica acerca dos discursos produzidos pelos catadores de materiais recicláveis e dos coletores de resíduos sólidos, na cidade de Colíder-MT, a fim de compreender quais são as relações imaginárias que esses sujeitos têm de si mesmos como profissionais e a imagem que eles têm da sociedade em relação à profissão deles. A metodologia utilizada foi de entrevista semiestruturada com cinco catadores de materiais recicláveis e quatro coletores de resíduos sólidos, além do engenheiro florestal responsável pela organização da logística da coleta e destinação final do lixo do município. Os discursos demonstraram que há diferenças das imagens que os profissionais fazem da profissão entre os catadores de recicláveis e coletores de resíduos sólidos, em que os primeiros sentem orgulho do que fazem, já os segundos o fazem por falta de oportunidades. Em relação à sociedade, constatou-se que ambos os profissionais se sentem discriminados devido à profissão que exercem. O estudo permitiu a compreensão de que, embora o município de Colíder demonstre preocupação em adotar ações de sustentabilidade, por meio do aterro sanitário e da coleta seletiva, a população e as autoridades responsáveis precisam se conscientizar da importância de se educar na separação e na redução de produção de lixo, de forma que as ações adotadas possam trazer resultados satisfatórios à comunidade e oferecer condições adequadas de trabalho, de formação e valorização aos cidadãos que se dedicam à profissão de catadores e coletores.
Palavras-chave: Catadores de materiais recicláveis; Coletores de resíduos sólidos; Análise discursiva
A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO NEGRO EM CAPAS DAS
REVISTAS VEJA E RAÇA BRASIL
91
Daniel Fernandes Costa
Joana Patrícia Barbosa Silva
Arlete Ribeiro Nepomuceno
RESUMO: Sabendo-se que a identidade de atores sociais negros é vinculada em
práticas socioculturais via estruturas ideológicas, este estudo, recorte do projeto de
pesquisa “A construção de significados em capas de revistas brasileiras” – Edital
PROINIC/2018 – Unimontes, objetiva investigar, sob um viés comparatista, de que
forma se processa a construção semiótica da identidade negra na composição visual de
capas das revistas Veja e Raça Brasil. Ancorando-nos nas bases teóricas da Gramática
do Design Visual (KRESS; VAN LEWEEN, 2006), para a qual os sistemas semióticos,
funcionando a partir da interseção das macrofunções da linguagem, expressam relações
hegemônicas de poder. Hipotetizamos que, nesses dois suportes, a identidade negra é
construída em um sentido divergente, em função da diferença existente entre a ideologia
vinculada e o público-alvo das revistas supracitadas. Dessa forma, este estudo justifica-
se pela necessidade de identificar os construtos ideológicos expressos pela sintaxe
visual das novas mídias. A partir de uma metodologia de cunho interpretativo-
qualitativo, buscamos, por meio de categorias analíticas de significados
representacionais, interpessoais e composicionais, realizar uma leitura crítica da questão
racial no Brasil, em duas capas das revistas Veja e Raça Brasil. Preliminarmente, os
resultados obtidos evidenciam que, na contemporaneidade, determinada categoria negra
passou a ocupar posição de destaque em alguns gêneros midiáticos, apresentando-se em
destaque na estrutura visual das duas capas de revista analisadas. Afora isso,
considerando a postura corporal dos atores negros como fator que contribui para a
construção semiótica de identidades de gêneros, verificamos que as relações entre
gênero expõem ideologias hegemônicas de masculinidade e de feminilidade que variam
de acordo com interesses ideológicos.
PALAVRAS-CHAVE: Multimodalidade; Representação da Identidade Negra; Capas
de Revista. Dificuldades na aquisição da escrita: desafios para além da alfabetização
Daniela Mara Lima Oliveira
Guimarães (UFMG)
Palavras-chave: aquisição da escrita, ensino de Língua Portuguesa, Ensino Fundamental II
É sabido que uma parte dos alunos do Ensino Fundamental II persistem com
dificuldades que seriam supostamente superadas nos anos iniciais de aquisição da
linguagem escrita (FREITAS, 2009; TENANI, 2013). Essas dificuldades, antes
pensadas como esparsas, hoje têm merecido a atenção de pesquisadores e demais
profissionais uma vez que representam uma parte importante no processo de letramento.
Considerando este quadro, o presente trabalho visa refletir sobre as dificuldades
persistentes na aquisição da escrita, que atingem o Ensino Fundamental II. A
perspectiva teórica adotada considera a aquisição da linguagem escrita como uma
92
processo não natural, que necessita de ensino planejado, reflexivo e contextualizado
(SOARES, 2010). A metodologia de trabalho constitui-se da análise de textos e
conversa dirigida com os professores de Língua Portuguesa. Os textos analisados para
este estudo constam de 90 produções textuais de alunos de uma escola pública de Belo
Horizonte, do 6o ao 9o ano. A análise dos dados foi realizada combinando a perspectiva
quantitativa e qualitativa. Os resultados apontam que persistem dificuldades em
diversos níveis, sendo alguns dos mais recorrentes: relação ortográfica, segmentação das
palavras, separação silábica e pontuação. Assim, observamos a necessidade de um
trabalho efetivo e concordamos com Soares (2017) quando afirma que é fundamental
que se contemple mais amplamente a faceta linguística do processo de aquisição da
escrita, em combinação com a faceta interativa, e acrescentamos que, diante do quadro
atual, este trabalho deve ser, por vezes, retomado nos anos finais do Ensino
Fundamental, de forma contextualizada e atrelado ao uso do texto.
A LEITURA DO GÊNERO NOTÍCIA NO FACEBOOK: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Camila Polyane Souza Felício
Arlete Ribeiro Nepomuceno
Daniele Maciel Lopes
Este estudo objetiva apresentar uma proposta de intervenção, com o intuito de
desenvolver a habilidade leitora do gênero Notícia, veiculado na rede social Facebook,
em uma turma de oitavo ano de escola pública municipal de uma cidade do Norte de
Minas, em função da necessidade de formar leitores autônomos e críticos. A abordagem
teórica ancora-se na Linguística Textual, sobretudo em sua terceira fase, a partir de
Bakthin (1992, 2003); Koch (2009); Koch e Elias (2012); Bentes (2006); entre outros.
Partimos da hipótese de que o aluno poderá melhorar sua competência leitora se
conseguir reconhecer a estrutura composicional das notícias. Metodologicamente,
propomos uma pesquisa-ação, de cunho quanti-qualitativo. Inicialmente, aplicamos um
teste diagnóstico (Corpus I) com o objetivo de mensurar os conhecimentos dos alunos
sobre notícias. Com os resultados obtidos na sondagem, constatamos que cerca de 80%
dos alunos da turma selecionada apresenta dificuldades em ler, interpretar e reconhecer
o gênero notícia. A partir desses dados, desenvolveremos um plano de ação com o
propósito de amenizar as dificuldades. Posteriormente à coleta de dados, aplicaremos
uma nova atividade (Corpus II), com intuito de detectar possíveis avanços. Ao final
desse estudo, esperarmos contribuir para tornar os alunos capazes de ler e interpretar
notícias com proficiência e criticidade.
PALAVRAS-CHAVE: Notícia; Leitura; Facebook.
O TRATAMENTO DA HOMONÍMIA NO CAMPO LEXICAL VESTUÁRIO DO “DICIONÁRIO
ANALÓGICO DE APRENDIZAGEM DO PORTUGUÊS DO BRASIL”
Danielle Brito de Arruda Oliveira
Michelle Machado de Oliveira Vilarinho
93
RESUMO: Esta pesquisa se insere na linha de pesquisa Léxico e Terminologia. O estudo está no
bojo do projeto “Dicionário Analógico Informatizado da Língua Portuguesa”, financiado pela
Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), coordenado pela Profª. Drª.
Michelle Machado de Oliveira Vilarinho. O objeto de estudo apresentar verbetes do campo
lexical vestuário para o Dicionário Informatizado Analógico da Língua Portuguesa (DIALP) que
possuem homônimos. A motivação deste trabalho é contribuir com o DIALP, principalmente no
que diz respeito às entradas das palavras homônimas no campo lexical acima citado. Os
percursos metodológicos foram: i) compilação das definições nos Dicionário eletrônico Houaiss
da Língua Portuguesa (2009), Novo Dicionário Aurélio (2010), Dicionário Etimológico da Língua
Portuguesa (2013) e Aulete Digital (2016); ii) extração de contexto do programa Sketch Engine;
iii) redação de verbetes com base na proposta metodológica para elaboração de léxicos,
dicionários e glossários de Faulstich (2001) e iv) elaboração de atividade para ensino de
Português do Brasil como Segunda Língua por meio do uso de verbetes criados nesta pesquisa.
O método empregado foi o descritivo-analítico. O referencial teórico se baseia nas ideias de
Correia (2000) acerca da diferença entre polissemia e homonímia. Os resultados foram a
seleção de 7 verbetes que possuem homônimos, sua classificação quanto ao número de
entradas e a seleção de contextos existentes.
PALAVRAS-CHAVE: Dicionário; Homonímia; Polissemia.
PLATAFORMAS DIGITAIS E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA
INGLESA
Dayana Teles de Barcelos
Carla Conti de Freitas
RESUMO: Esta pesquisa intitulada Plataformas digitais e a formação do professor de
língua inglesa compõe o projeto de pesquisa “Multiletramentos na formação de
professores: questões emergentes da contemporaneidade” que trata das práticas de
multiletramentos nos cursos de licenciatura em Letras. O objetivo desta pesquisa é
analisar as práticas de multiletramentos na formação de professores de língua inglesa.
Será considerada a criação de um blog como ferramenta de leitura e escrita,
possibilitando uma prática de multiletramento no processo de formação de professores
de línguas, do último período do curso. Atualmente o blog é reconhecido como um
espaço para publicações na web, como ciberespaço para divulgar e compartilhar
informações. Ao contexto de ensino e aprendizagem de Língua inglesa, considera-se
que a escrita colaborativa na web tem sido uma experiência bastante enriquecedora, ao
mostrar um espaço para a construção de conhecimentos por meio de práticas de
multiletramentos. Consideramos a relevância das plataformas digitais na formação de
94
professores (Monte Mor, 2014; Jordão, 2016), das práticas de multiletramentos (Rojo,
2012; Kalantizs e Cope, 2012) e formação tecnológica de professores (Freire, 2014).
Espera-se que esta pesquisa destaque as contribuições das práticas de multiletramentos
para a formação de professores e apresente possibilidades de inclusão deste tema nos
currículos de formação de professores.
Palavras-chave:Multiletramentos. Blog.Formação de professores.
PORTUGUÊS NO ENSINO MÉDIO: TENSÕES, FINALIDADES E
IDENTIDADES CONSTITUTIVAS DO TRABALHO DOCENTE
Débora Cristina do Nascimento Ferreira
Tendo em vista os desafios relativos ao processo de oferta e de qualidade do Ensino Médio
(doravante EM) veiculado pela rede estadual de ensino do Pará, o objetivo da pesquisa é
investigar as práticas de letramento, representativas das diferentes tensões, finalidades e
supostas identidades da aula de Língua Portuguesa no EM. Nessa direção, a pesquisa de cunho
etnográfico foi realizada a partir do trabalho de dois docentes da disciplina Língua Portuguesa,
realizado em uma turma do terceiro ano, de uma escola pública, da cidade de Belém-PA. Nesse
sentido, o referencial teórico convocado foram as concepções de escrita e de letramento como
manifestação sociohistórica, ancorada e ressignificada em diferentes contextos socioculturais;
o debate promovido no âmbito da Educação e da Linguística Aplicada acerca do Ensino Médio
no Brasil, levando em consideração as disputas sociais e de poder que o inscrevem como
profícuo e pertinente campo de debate para pesquisa teórica e aplicada; as contribuições
oriundas dos letramentos críticos e emancipatórios que refletem acerca do processo educativo
e agentivo para formação do sujeito letrado. A análise dos dados sinaliza para as seguintes
configurações: (i) uma prática mais voltada para o ensino de leitura no sentido de efetivar
discussões de temas sociais, a fim de tentar engajá-los não só em atividades escolares
(pesquisa, seminário, leitura e análise de textos), mas também para um engajamento social;
que teria como fim a realização de uma ação social propriamente dita; (ii) uma prática mais
voltada para o ensino de escrita de uma redação (discussão de temas sociais, mobilização de
textos de uma esfera mais didática e formal, sensibilização dos discentes no sentido de
perceber a importância da escrita para conquistar uma vaga em uma IES, (iii) uma prática mais
voltada para o ensino de literatura por via de realização de encenações teatrais de obras
literárias, a fim de propiciar uma formação estética/literária que busca sensibilizar para a
leitura da obra de arte e suas interfaces com outras manifestações artísticas.
Palavras-chave: Língua Portuguesa. Ensino de leitura e de escrita. Trabalho docente. Ensino
Médio.
95
NARRATIVAS DE OCUPAÇÃO: IDENTIDADE, GÊNERO E
HORIZONTALIDADE
Débora Muramoto Alves de Castilho
Liliana Cabral Bastos
O presente trabalho investiga os atravessamentos de gênero que tensionam a
horizontalidade de um movimento de ocupação de escola estadual. Alinhado
aos estudos linguísticos qualitativos e interpretativistas (Denzin e Lincoln,
2006), de inspiração etnometodológica, parte-se de uma perspectiva micro ao
se analisar excertos narrativos selecionados de entrevistas com adolescentes
de periferia que participaram da ocupação de sua escola, em Niterói, Rio de
Janeiro, no primeiro semestre de 2016. Para tal, alinho-me à Sociolinguística
Interacional, e valho-me da visão socioconstrucionista do discurso (Moita
Lopes, 2001) e dos estudos discursivos sobre identidade, agência, gênero e
poder (Bucholtz and Hall, 2003, De Finna; 2009; Ahearn, 2001; Duranti, 2004;
Cameron, 1998, 2005; Eckert 1994, 2007). A entrevista de pesquisa foi
utilizada como instrumento de geração de dados, que aqui compreendo como
um evento interacional de fala (De Finna, 2011, 2009; Mishler 1986) e,
portanto, analisável como dado naturalístico. O instrumental teórico da Análise
da Narrativa também foi utilizado a fim de identificar, selecionar e analisar os
excertos narrativos: a estrutura clássica da narrativa laboviana (Labov e
Waletsky, 1967), dando ênfase especial às categorias de ponto e avaliação, o
entendimento da narrativa como atividade discursiva organizadora da
96
experiência (Bastos, 2011; Bastos e Biar, 2015), reinvenção e ficcionalização
de histórias recordadas (Fabrício e Pinto, 2013), além da categoria de narrativa
breve (Georgakopoulou, 2006). Ao longo da análise, percebeu-se que para
contar uma história sobre uma experiência compartilhada, os participantes se
organizam de forma a cumprir agendas próprias que se relacionam com a
binariedade de gênero. Assim, constroem narrativas que, ao mesmo tempo que
são constitutivas de suas identidades, definindo o seu fazer, reconstituem o
evento da ocupação de maneiras muito diferentes e acabam, como
consequência, desafiando o princípio da horizontalidade.
Palavras-chave: estudante, ocupante, ocupação, identidades, gênero
GÊNEROS TEXTUAIS, INTERAÇÕES E PRÁTICAS LETRADAS EM SALA
DE AULA: AÇÕES PEDAGÓGICAS EM CONTEXTO MINORITÁRIO
Edinei Carvalho dos Santos
RESUMO: Este trabalho, de natureza qualitativa e vertente etnográfica, analisa
sequências interacionais de ensino e uso de práticas letradas em um contexto minoritário
(comunidade quilombola), tendo como eixo norteador os Estudos dos Gêneros
Textuais/Discursivos. Para geração de dados, foram utilizados a observação
participante, bem como gravação de interações de sala de aula. A pesquisa teve como
sujeitos colaboradores 25 alunos e uma professora que atuava no 4º ano do Ensino
Fundamental do sistema público de ensino do estado de Goiás (GO). Como suporte para
a análise, adotou-se as contribuições de autores como Bakhtin (1997), Dolz e
Schneuwly (2004), Cassany (2007), Koch e Elias (2005), Marcuschi (2005, 2008,
2009), entre outros. Os resultados da pesquisa relevam que o ensino e o uso dos gêneros
textuais em sala de aula constituem uma ótima oportunidade para aproximar os
estudantes dos contextos reais de comunicação, bem como uma excelente ferramenta
capaz de potencializar e mobilizar diferentes habilidades, atitudes e comportamentos
sociais de uso da leitura e da escrita. Ao mesmo tempo, algumas atividades realizadas
pela professora colaboradora revelam um certo distanciamento entre os princípios
teóricos/práticos dos estudos dos gêneros e sua aplicação na prática, ou seja, no
contexto sociocultural dos alunos. Em última instância, o estudo aponta para a
necessidade de aproximação entre as práticas pedagógicas, desenvolvidas no contexto
escolar, e as práticas sociais materializadas no contexto da comunidade.
Palavras-chave: Gêneros textuais; Práticas letradas; Contexto minoritário.
ORGANIZAÇÃO INTRATÓPICA E GÊNEROS TEXTUAIS
97
Eduardo Penhavel
Resumo: Em um projeto de pesquisa em execução, procuramos identificar regras gerais de
organização intratópica em diferentes gêneros textuais. Trata-se de uma pesquisa
desenvolvida no âmbito da Linguística Textual (Koch, 2004), particularmente no quadro
teórico-metodológico da Perspectiva Textual-Interativa (Jubran e Koch, 2006). A organização
intratópica constitui uma parte da organização tópica, processo central de construção textual
que consiste na organização de um texto em partes e subpartes, de acordo com sua estrutura
temática. Nesse processo, as menores subpartes do texto constituem os chamados
“Segmentos Tópicos mínimos” (SegTs mínimos), unidades que, grosso modo, equivalem
normalmente a dois ou três parágrafos em certos gêneros escritos, como o editorial de jornal.
A organização intratópica constitui, então, a estruturação interna de SegTs mínimos em grupos
e subgrupos de enunciados. No referido projeto de pesquisa, como hipótese, assumimos que a
organização intratópica seria um processo sistemático, passível de ser descrito em termos de
regras gerais, e que cada gênero textual seria particularizado em relação a demais gêneros,
dentre outras características, por seguir uma determinada regra geral de organização
intratópica. Como parte dos resultados de tal pesquisa, o objetivo desta comunicação é
apresentar dados relativos especificamente à organização intratópica de narrativas de
experiência. Os dados apresentados corroboram a hipótese mencionada, ao evidenciarem que
os SegTs mínimos das narrativas em pauta seguem regularmente uma regra geral, que consiste
no encadeamento das unidades que temos chamado de “Abertura”, “Desenvolvimento” e
“Fechamento”. Conforme procuramos mostrar, essa regra geral vincula-se ao propósito
sociocomunicativo das narrativas de experiência e se diferencia de regras gerais de outros
gêneros, constituindo um dos traços particularizadores dessas narrativas. Assim, o trabalho
indica a organização intratópica como um processo sistemático de construção textual,
vinculado à caracterização de diferentes gêneros textuais.
Palavras-chave: organização tópica, gêneros textuais, processos de construção textual.
PORTUGUÊS LÍNGUA DE ACOLHIMENTO POR MEIO DO WHATSAPP
Eliana Barbosa dos Santos
Este estudo traz um recorte da pesquisa de mestrado em que apresento práticas
pedagógicas de Português como Língua de Acolhimento, realizadas por meio de
interações com o apoio do recurso pedagógico do WhatsApp. A justificativa do tema
deve-se à relevância da complexa atividade do docente profissional, em especial no
desempenho da sua função no processo de ensino e de aprendizagem da língua
portuguesa para imigrantes e refugiados, tendo em vista a delicada situação em que se
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encontram ao chegarem ao Brasil e a necessidade de comunicação imediata para o
atendimento de suas necessidades básicas. Uma das questões que embasam o estudo
busca identificar que práticas pedagógicas emergem como mais apropriadas no
ambiente de aprendizagem móvel. A pesquisa fundamenta-se em vertentes teóricas de
Esser (2006) e Perini (2010) sobre a linguagem nas práticas sociais, de Barbosa (2016 e
2017), de Ançã (2008), Almansa e Galligo (1995), Grosso (2010), Oliveira (2010),
Amado (2013) e Barbosa e São Bernardo (2017) sobre a língua de acolhimento, de
Behar (2015), Moura (2016) e de Almeida Filho e Barbirato (2016) sobre a interação no
uso real da língua e de Kenski (2006), Leffa (2006), Jonassen (2007), Paiva (2008),
David Barton e Carmen Lee (2015) sobre as tecnologias digitais como recursos
pedagógicos. Pauta-se, ainda, nos conceitos acerca da aprendizagem móvel de
Espíndola (2016), sobre a produção textual de Ribeiro (2016) e (Rojo, 2013), sobre o
uso dos objetos de aprendizagem de Balbino (2007), Leffa (2006) e Bettio e Martins
(2004) e Moura Filho (2014). O resultado aponta para a combinação entre os ambientes
virtual e presencial, incluindo desafios aos quais tanto professores quanto estudantes
precisam adaptar-se, face à velocidade das informações, às tecnologias digitais e à
aprendizagem móvel.
Palavras-chave: Português Língua de Acolhimento. Imigrantes e refugiados.
Tecnologias digitais.
O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E A HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA
NO CONTEXTO ESCOLAR
Elizandra Hoffman
O ensino da Língua portuguesa no Brasil vem passando por inúmeras mudanças nas
ultimas décadas, tais mudanças marcam a ruptura do ensino pautado unicamente nas
Gramaticas normativas. Em concordância a esse movimento observa-se um número
crescente de estudiosos desenvolvendo pesquisas que abordam a relação entre a língua,
o social e o ensino para melhorar o aprendizado da língua portuguesa no ambiente
escolar, dentre estes estudiosos estão Stella Maris Bortoni-Ricardo, precursora da
Sociolinguística Educacional no Brasil, João Wanderley Geraldi, Silvia Rodrigues
Vieira e Lucia Cyranka. De acordo com esses autores existem variações linguísticas no
ambiente escolar, e seu apagamento torna-se muitas vezes uma barreira para
desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Cientes desses fatos propomo-nos a observar
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como são abordadas as variações linguísticas na Escola Estadual Professora Ana Maria
das Graças de Souza Noronha em Cáceres\MT e suas possíveis influências no Ensino da
língua materna, observando na prática docente e discente a ocorrência ou não da
supervalorização da variedade padrão sobre as demais variantes e sua relação com a
heterogeneidade Linguística presente no contexto escolar. Esta pesquisa esta sendo
desenvolvida com base no aporte teórico-metodológico de Sociolinguística e da
Sociolinguística Educacional e tem caráter quantitativo e qualitativo. Para a coleta de
dados, utilizaremos a pesquisa Etnográfica e o modelo criado por William Labov,
participaremos das atividades educacionais da escola e realizaremos entrevistas com 24
alunos do 3° ano do Ensino Médio (12 do sexo feminino e 12 do sexo masculino) e com
as 2 professoras de língua portuguesa desses alunos. Realizaremos também pesquisas
bibliográficas para observar a diversidade linguística mato-grossense, a história do
município de Cáceres e suas marcas e atitudes linguísticas. Esperamos que ao finalizar
esta pesquisa encontremos dados significativos e suficientes para a elaboração da
Dissertação de Mestrado a qual se destina.
PALAVRAS-CHAVE: Sociolinguística, Ensino, Heterogeneidade.
UM ESTUDO ETIMOLÓGICO DA MICROCONSTRUÇÃO QUANDO É FÉ
Evandro Fonseca Gonçalves
Vânia Cristina Casseb-Galvão
Em pesquisa que identificou usos da microconstrução quando é fé em dados de fala goiana e mineira, numa análise descritiva, pelo viés construcional, constatamos que essa microconstrução apresenta funcionalidade no nível textual, atuando como introdutor de clímax narrativo e indicia processo construcionalização. As microconstruções são definidas como construções individuais, construtos que se realizam a partir de um pareamento entre forma e função e encontram-se convencionalizadas e produtivas na língua, nos processos de interação entre membros de uma comunidade linguística (Goldberg, 2006; Traugott; Trousdale, 2013). A abordagem construcional é uma das subáreas da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU) e estuda os fenômenos gramaticais da língua em uso, reconhecendo as construções como as unidades básicas da língua (Goldberg, 1995, 2006; Croft, 2001), definindo-as como um pareamento de forma e de significado. Esta abordagem concebe que a linguagem é formada por processos cognitivos, sociointeracionais e culturais, a língua é vista como um sistema adaptativo complexo e estruturalmente fluido (Bybee, 2010) que se constituí numa rede de relações organizada no uso que se interconecta cognitivamente e
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conceptualmente (Traugott; Trousdele, 2013). Como parte dessa análise, desenvolvemos um estudo etimológico da microconstrução quando é fé, para identificar sua origem e étimo na Língua Portuguesa e sua entrada no Português Brasileiro (PB). Como resultados preliminares, baseados, principalmente, nas obras de Biderman (1998), Borba (2002), Cunha (1989), e nos estudos jurídicos de Almeida Junior (1897) e Rezende (1989), constatamos que quando é fé tem seu uso mais concreto na sequência sintática “dar fé”, no domínio jurídico da linguagem de especialidade cartorial e notarial, com o sentido de “conceder fé pública”, “atestar veracidade” a documentos e declarações. Nossa pesquisa tem o intento de contribuir com outros estudos descritivos de usos do PB pelo viés da abordagem construcional.
Palavras-chave: Etimológico; Microconstrução; Construcionalização.
CONCEPÇÕES ACERCA DA TEORIA E PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA EM UMA ESCOLA DE PORTO
NACIONAL - TO
Evilmara Resende Casimiro
Resumo: Os cursos de licenciatura em Letras, na sua maioria, formam o graduando
para entrar no mercado de trabalho como tradutor, intérprete, mas, especialmente
professor de línguas. Ao encerrar sua formação acadêmica inicial, é chegada a hora de
atuar na profissão, momento esse de possibilidades diversas. Este projeto tem como
objetivo geral analisar como está sendo a aplicabilidade da teoria na prática docente de
professores de língua inglesa em uma instituição pública de ensino do estado do
Tocantins. Em especial, busca-se observar a prática e analisar como estão sendo
empregadas as aulas de língua inglesa no último período de uma turma do curso de
Letras e quais abordagens são desenvolvidas pelo formador. Além disso, investigar se
tais teorias têm contribuído para a construção do conhecimento na escola investigada.
Busca-se responder a seguinte questão: Como desenvolver a prática na escola com
eficiência e relacionando os estudos feitos durante os quatro anos na universidade?
Como metodologia, pretende-se utilizar a pesquisa qualitativa com viés descritivo.
Utilizaremos também a observação e aplicação de questionários com alunos do último
período para entender a relação entre a teoria e a prática dos indivíduos envolvidos na
pesquisa. A pesquisa está fundamentada em autores como Vygotsky (2000), Pimenta
(2005), Therrien (1995),Pereira (1999), Tardif (1999),Libaneo (2002), Bueno(2016),
entre outros. Como resultado da pesquisa pretende-se, à luz da pesquisa cientifica
verificar como a formação dos professores de língua inglesa tem relacionado
conhecimentos teóricos e acadêmicos com a realidade vivida na atuação escolar.
Compreender os motivos reais das diferenças sobre aquilo que é apreendido na
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universidade e aquilo que é aplicado nas escolas. Para posteriormente contribuir
paraviabilizar a relação entre teoria e pratica na atuação docente significativa para
professores e alunos.
Palavras-chave: Formação de Professor de Língua Inglesa. Teoria e Prática. Ensino e
Aprendizagem.
LETRAMENTO: MODELO IDEOLÓGICO OU POLÍTICA DE ESCOLARIZAÇÃO E PEDAGOGIZAÇÃO
Fabiene de Oliveira Santos
Resumo: Tomando letramento como aponta Street (2013) como prática social e não
simplesmente como uma habilidade neutra e técnica, mas que varia de um contexto a outro,
este trabalho tem como objetivo refletir sobre a prática de letramento na conjuntura atual do
ensino brasileiro, considerando, sobretudo, dos estudos de Street que trazem à tona os
modelos de letramento autônomo e ideológico, e discussões de autores que nos inquietam
sobre a(s) concepção(ões) de (novos/multi)letramento(s) e a prática desta(s) na educação.
Para tanto, contextualizamos este estudo pensando em avaliação, particularmente no
documento básico da Avaliação Nacional da Alfabetização, e nos dados nacionais que
envolvem a alfabetização e o letramento e debruçamo-nos em um percurso interpretativo-
analítico, a partir do aporte teórico com base em STREET (2012; 2013; 2014), BIESTA (2012),
GOULART (2014), DE SOUZA (2017), ROJO (2012), SCHULTZ, K., & HULL, G. (2002). Em linhas
gerais, podemos destacar que o fato de o analfabetismo ainda ser recorrente no país e o
processo de letramento estar atrelado a uma demanda de alfabetização, privilegiam-se
políticas que incorrem em uma escolarização e pedagogização do letramento, com um modelo
autônomo de letramento baseado em habilidades e que se filia à homogeneidade,
concorrendo para a primazia do letramento escolar. Nesse sentido, nossas considerações se
pautam na reflexão de que as práticas de letramento ainda giram em torno de uma concepção
pedagógica que serve ao tecnicismo educacional, o que deve ser transformado para se
considerar as habilidades que as pessoas possuem e para focalizar no caráter ideológico e
próprio ao contexto dos variados letramentos. É preciso ver que tipos de letramento são
ensinados na escola e o que é contado como prática letrada, percebendo as questões
ideológicas envolvidas na prática comunicativa no contexto dos letramentos.
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Palavras-chave: Letramento. Ideológico. Modelo autônomo.
PROFESSORAS INICIANTES E AS VIVÊNCIAS COM A LÍNGUA INGLESA ENQUANTO DISCENTES NA EDUCAÇÃO
BÁSICA: INFLUÊNCIAS NA PRÁTICA DOCENTE
Ma. Fernanda de Mello Cardoso –
UFMT/PPGEdu Dra. Simone Albuquerque da Rocha (orientadora) –
UFMT/PPGdu/OBEDUC
Trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado desenvolvida com o intuito de promover ações formativas que contribuem com as práticas pedagógicas de língua inglesa de professoras iniciantes egressas de Cursos de Pedagogia que lecionam a língua conforme os documentos curriculares de 2011 na rede municipal de Rondonópolis/MT. A iniciativa surgiu a partir das reivindicações apontadas em uma reunião do grupo de formação PPGEdu/OBEDUC/UFMT, o qual oferece formação continuada aos professores iniciantes no sentido de atender suas demandas, a fim de minimizar as angústias diante dos desafios e dilemas. Assim, às professoras foi ofertado um minicurso de 20 horas de estudos sobre alguns dos conteúdos cobrados nos documentos curriculares. Durante o período de estudos da língua inglesa foram feitos registros narrativos que revelam dados pertinentes, entre eles, a vivência das professoras enquanto alunas na educação básica. Por isso, objetivou-se investigar que sentidos as professoras participantes da pesquisa atribuem às aprendizagens construídas no período de estudos da língua inglesa na educação básica enquanto discentes. A pesquisa ancorou-se na abordagem qualitativa com foco no método (auto)biográfico, o qual o assume um papel investigativo e também formativo. Os resultados apontam que as vivências enquanto discentes na educação básica influenciam a atual prática docente por revelarem as perspectivas de linguagem e de ensino e aprendizagem de LI assumidas pelas docentes, as quais refletem em suas práticas pedagógicas do cotidiano.
Palavras-chave: Formação continuada. Vivências com a Língua Inglesa. Narrativas de formação.
DISCURSOS DE SUBJUGAÇÃO: SILENCIAMENTO AGRESSIVO DA MULHER
Flávia Luiz
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O trabalho a ser apresentado tem como objeto de pesquisa como os discursos que subjugam a
mulher chegam à escola, na pessoa dos adolescentes, sobretudo das adolescentes, em forma
de silenciamento da mulher. Por vários séculos, na história da humanidade, à mulher foi dado
apenas o direito ao silêncio e a obediência. Desprovida de qualquer capacidade cognitiva,
como acreditavam, a ela cabia à misericórdia dos homens detentores de todo poder e únicos
dotados de inteligência e razão. Enquanto de um lado havia pensamentos como o de
Aristóteles, que reduzia a mulher quase que a um ventre; de outro lado e em outro tempo
surgiam pensamentos e grupos pela emancipação das mulheres. Contudo, os homens, a
sociedade e os hábitos aos quais todos estavam acostumados, continuavam a cobrar o mesmo
papel da mulher, o papel de mãe devota, de cidadã exemplar, sem pensamentos, sem
vontade, sem voto e sem liberdade. Embora hoje os tempos sejam outros e estejamos no
século XXI, aqui e ali, de maneira velada, muitos esperam que a mulher desempenhe o mesmo
papel de séculos atrás. Culturalmente, algumas ideias de antes ainda estão cristalizadas. É
como se à mulher tivesse sido permitido o direito do voto, do trabalho, do cargo de liderança,
mas, como pano de fundo estivesse à certeza de ela ser inferior e desprovida de inteligência. É
como se não importasse o que a mulher seja capaz de fazer ou o quanto ela tenha de se
desdobrar para reafirmar competência diária, afinal, no fim do dia ela assumirá o velho e
esperado papel. Inúmeros discursos de subjugação pronunciados, impensadamente e até
deliberadamente, passados adiante como inofensivos, demonstram o quão distantes estamos
de uma consciência coletiva de equidade, os quais levam a relações de dominação para com a
mulher.
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