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UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIAFONTES DE INFORMAÇÃO PARA

PESQUISADORES E PROFISSIONAIS

ANA PAULA B. FARACINIFERNANDA CAMARGOLUIZ C. SOLEDADEPROFESSORA DOUTORA MARTA ARAÚJO TAVARES

PATENTES

DEFINIÇÃO Documento formal pelo qual se conferem direitos de

propriedade e uso exclusivo para uma invenção. Exclusividade de exploração do objeto da invenção por um

determinado período. (SEBRAE)

Documento que descreve uma invenção e cria uma situação legal na qual a invenção pode ser explorada somente com a autorização do titular da patente. Ela é concedida, mediante solicitação, por uma repartição governamental (geralmente um Escritório de Patentes).

(INPI/OMPI)

TIPOS DE PATENTES PATENTE DE INVENÇÃO: Uma invenção pode ser definida como uma nova solução

para um problema técnico específico, dentro de um determinado campo tecnológico.

Exemplos de invenções: curativo ‘band-aid’, ferro elétrico, alfinete de segurança, caneta esferográfica, telefone, etc.

EM 1946, SURGIU O COMPUTADOR ENIAC (ELECTRONIC NUMERICAL INTEGRATOR AND COMPUTER) DE ENORMES PROPORÇÕES, UMA CARACTERÍSTICA DOS COMPUTADORES A VÁLVULA. EM 1964, O COMPUTADOR EVOLUIU PARA A PROGRAMAÇÃO EM CARTÃO E TORNOU-SE MENOR PELO AVANÇO DA TECNOLOGIA SEMICONDUTORA. EM 12 DE AGOSTO DE 1981, FOI LANÇADO O COMPUTADOR PESSOAL DA IBM (PC), BASEADO NUM PROCESSADOR MAIS RÁPIDO E UMA UNIDADE DE DISQUETES. EM 1999, A IBM PRODUZIU O PRIMEIRO MINI-NOTEBOOK DA INDÚSTRIA, PESANDO MENOS DE 1,36 KG, E O PRIMEIRO COMPUTADOR PORTÁTIL COM UM CHIP DE SEGURANÇA EMBUTIDO.

TIPOS DE PATENTES MODELO DE UTILIDADE: Nova forma ou disposição em objeto de uso prático ou parte

deste, visando melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

Exemplos de modelos de utilidade: tesoura para canhoto, organizador de gavetas modular, porta sabão em pó com dosador, etc.

Tesoura de poda própria para podar galhos e ramos de árvores onde não é possível alcançar com as tesouras normais.

O QUE NÃO É PATENTEÁVEL: A lei não permite a patente do que não se considera invenção nem modelo de

utilidade, como as descobertas.

O que não se considera invenção nem modelo de utilidade:

Descobertas, teorias científicas, métodos matemáticos, regras de jogo.

Apresentação de informações

Esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização.

Programas de computador em si Técnicas e métodos operatórios, cirúrgicos, terapêuticos Diagnóstico Concepções puramente abstratas ou estéticas As obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou

qualquer criação estética.

O todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

O que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde pública

As substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico.

O todo ou parte dos seres vivos, exceto os microrganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no Art. 8º

FINALIDADE DA PATENTE Proteger os progressos tecnológicos e as melhorias funcionais

no uso ou na fabricação de uma nova forma inventada.

Promover a criatividade e encorajar as empresas a continuar o desenvolvimento de novas tecnologias, para torná-las comercializáveis.

Maior rentabilidade

Industrialização (geração de novos empregos, novas indústrias e novos itens de consumo).

Criar uma proteção jurídica que previne que outros copiem e vendam o mesmo produto, ou se utilizem de inovações que ele introduziu após toda a pesquisa e desenvolvimento feitos pelo criador do produto.

Apesar da palavra "industrial", o INPI não vale somente para a indústria: diversas coisas em qualquer campo do conhecimento humano podem ser patenteadas, desde que sigam as regras aplicáveis.

REQUISITOS DE PATENTEABILIDADE O pedido de patente, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá:

• I - requerimento;

• II - relatório descritivo;

• III - reivindicações;

• IV - desenhos, se for o caso;

• V - resumo; e

• VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito.

Há 3 requisitos: A invenção/MU deva ser nova (Art. 11 da LPI), o que significa que nunca deve ter sido

realizada, executada ou usada anteriormente. No caso de patentes de invenção, deve haver uma atividade inventiva (Art. 13 da

LPI) ou seja, a invenção deve representar um desenvolvimento suficiente em relação ao estado da técnica anterior a sua realização, para que seja considerada patenteável.

A invenção deve ter possibilidade de aplicação industrial (Art. 15 da LPI). Ela deve ser suscetível, de algum modo, de ser aplicada na indústria.

PÚBLICOS QUE MAIS UTILIZAM PATENTES

Empresas, universidades, instituições, pessoas físicas, para se protegerem contra a cópia do produto ou serviço que inventou ou melhorou significativamente.

PERGUNTAS: Existem outros meios de proteger uma invenção, se, por

qualquer razão, o interessado não quiser depositar um pedido de patente?

R: Sim. Através do segredo de fábrica (segredo industrial), para manter as informações referentes à invenção confidenciais. Os segredos podem ser desvendados por uma simples observação do produto, e a proteção a título de segredo de fábrica é perdida. Com a patente, esteja ou não a informação em questão acessível ao público, seu detentor estará protegido. Quanto tempo leva para conseguir a patente?R: O tempo entre o depósito de um pedido de patentes e a concessão do privilégio leva, em média, 4 a 5 anos.Qual o tempo de proteção de uma patente?R: PI: 20 anos a partir da data de depósitoMU: 15 anos a partir da data de depósito.

Como eu faço o pedido de patente?R: Através da plataforma online e-Patentes.As outras opções para fazer o pedido são na sede do Instituto, no Rio de Janeiro, ou em uma divisão ou representação do INPI nas outras capitais do Brasil. O pedido também pode ser enviado pelos Correios, com aviso de recebimento, endereçado à Diretoria de Patentes.É necessário fazer uma pesquisa para saber se o invento já existe?R: É recomendável que se faça primeiro uma busca para saber se não há nada igual ou semelhante já patenteado não somente em termos de Brasil, mas de mundo.

É possível acelerar o exame de um pedido de patente? R: Sim. Este poderá ser requerido pelo depositante quando este estiver com idade igual ou superior a 60 anos, quando o objeto do pedido de patente está sendo reproduzido por terceiros sem a sua autorização, quando o objeto esteja abrangido pelo ato do Poder Executivo Federal que declarar emergência nacional ou interesse público, e pedidos de patentes relativos a medicamentos que sejam regularmente adquiridos pelo SUS, quando centrado em tecnologias voltadas para o desenvolvimento sustentável em áreas consideradas estratégicas para o Governo Brasileiro. Se referam às categorias: (i) energias alternativas; (ii) transporte; (iii) conservação de energia; (iv) gerenciamento de resíduos e (v) agricultura. É possível obter uma patente mundial? R: Não. Para obter a proteção num determinado país, deve-se obter a patente naquele país. Há o Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), que dispõe sobre o depósito de um só pedido internacional, que pode se transformar numa multiplicidade de pedidos nacionais. Os pedidos, e não as patentes, são então examinados em cada um dos países designados.

Quais os direitos conferidos ao titular da Patente?Impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, colocar à venda, usar, importar produto objeto da patente ou processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado. Terceiros podem fazer uso da invenção somente com a permissão do titular (licença).

Uma vez transcorrido o tempo da vigência da patente tenho direito de impedir a utilização da invenção ou do modelo?Não. Uma vez decorrido o período de vigência, a invenção se torna domínio público.

Quais os benefícios para a sociedade do sistema de patentes?Incentivo ao inventor em prosseguir em suas pesquisas uma vez garantida a proteção aos investimentos realizados

Incentivo aos seus concorrentes a buscarem alternativas tecnológicas.

Com a divulgação da invenção pelo documento de patente, a sociedade se beneficia com o conhecimento de uma tecnologia.

ORIGEM DA PATENTE NO MUNDO Surgiu na República de Veneza, em 1477. Ficou esquecida por um século e meio, sendo retomada pelo

Estatuto dos Monopólios. Chegou à América no fim do século XVIII . No transcorrer do século XIX, inúmeros países tinham suas leis

nacionais de patentes O Brasil foi o primeiro dos países em desenvolvimento, em 1830, a

conceder proteção patentária às invenções. Até fins do século XIX, as leis nacionais somente conferiam

proteção aos inventores do próprio país 1883 –Convenção de Paris: Surgiu o “Sistema Internacional de

Patentes”. Em 1967, a BIRPI foi submetida a reformas administrativas e

estruturais, transformando-se na Organização Mundial da Propriedade Intelectual - OMPI.

ORIGEM/HISTÓRIA DA PATENTE NO BRASIL

Primeira legislação sobre patentes: Alvará de 28 de abril de 1809, de Dom João VI, representava uma das ações da metrópole portuguesa no desenvolvimento da manufatura no Brasil.

Fonte: http://diretoriomonarquicodobrasil.blogspot.com.br

Este Alvará utilizava os critérios de concessão que são até hoje empregados, como: a novidade, a descrição da invenção, a aplicação industrial com obrigação de fabricação do invento e 14 anos de privilégio.

Esta foi a quarta legislação de patentes a aparecer no mundo. A primeira foi na Inglaterra, em 1623, a segunda nos EUA, em 1790, e a terceira na França, em 1791.

A Constituição Imperial de 1824 já determinava que deveriam ser assegurados os direitos dos inventores sobres suas criações.

Em 28 de agosto de 1830, Dom Pedro I assinava a primeira Lei de Patentes propriamente dita. Essa, além do estabelecido pelo Álvara anterior, previa que a proteção poderia variar de 5 a 20 anos e a aplicação de penalidades a possíveis infratores, como a perda dos instrumentos, produtos e uma multa.

Até dezembro de 1923, o Brasil adotava o sistema de livre concessão e a partir do Decreto nº 16.264, de 19/12/1924, implantou-se o sistema de exame prévio.

Foi no governo Vargas (1930-1954) que nasceram as indústrias de base no Brasil, como Companhia Siderúrgica Nacional (1946), Petrobras (1953). Paralelamente às mudanças estruturais, o sistema também exigiu a reformulação do regulamento de 1924.

O código de 1945 trouxe como mudança mais acentuada a suspensão da concessão de patentes para medicamentos, alimentos e produtos obtidos por meio de processos químicos.

Em 1970, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI era criado, agregando às tarefas tradicionais de concessão de marcas e patentes a responsabilidade pela averbação dos contratos de transferência de tecnologia e, posteriormente, pelo registro de programas de computador, de contratos de franquia empresarial, registro de desenho industrial e de indicações geográficas.

PRINCIPAIS TRATADOS INTERNACIONAIS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL Convenção de Paris (1883). Objetos: patentes em geral,

marcas em geral, indicações de procedência e a proteção à concorrência desleal.

Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT) (Patent Cooperation Treaty - PCT) (1970, Washington). Objetivo: facilitar e reduzir os custos iniciais nos procedimentos de pedidos de patentes nos países membros.

Classificação Internacional de Patentes (CIP) (1971, Estraburgo). Objetivo: estabelece para os países membros um sistema de classificação das patentes por ramo da técnica.

PRINCIPAIS TRATADOS INTERNACIONAIS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL Tratado de Budapeste sobre Depósito de Microorganismos para

a Finalidade de Proteção por Patente (1977, Budapeste). Objetivo: estabelece para os países membros procedimentos e exigências para o depósito e guarda de microorganismos, para fins de proteção patentária. Também estabelece normas para o fornecimento de amostras dos microorganismos armazenados.

Acordo sobre Aspectos Comerciais de Direitos de Propriedade Intelectual, incluindo a Contrafação de Bens (TRIPS) - Trade Related Aspects on Intellectual Property Rights, including Counterfeiting of Goods) (1994, Marrakesh). Objetivo: tem importância substantiva semelhante e complementar à Convenção de Paris.

NORMAS E RESOLUÇÕES NACIONAIS Lei da Propriedade Industrial - LPI – (Lei nº 9279, de 14 de

maio de 1996). Lei Nº 10.196, de 14 de fevereiro de 2001 - Altera e acresce

dispositivos à Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, e dá outras providências.

Diretrizes de Exame Diretrizes de Exame de Patentes - Publicada na RPI nº1648

de 06/08/2002, esta Diretriz está em processo de revisão. Diretrizes de Exame de Patentes nas Áreas de Biotecnologia

e Farmacêutica para pedidos depositados após 31/12/1994, esta Diretriz está em processo de revisão.

Diretrizes de Exame de Patente de Modelo de Utilidade - Publicada na RPI nº 2185 de 21/11/2001

CLASSIFICAÇÃO DE PATENTES

A Classificação Internacional de Patentes, conhecida pela sigla IPC – International Patent Classification, foi estabelecida pelo Acordo de Estrasburgo em 1971 e prevê um sistema hierárquico de símbolos para a classificação de Patentes de Invenção e de Modelo de Utilidade de acordo com as diferentes áreas tecnológicas a que pertencem.

A IPC é adotada por mais de 100 países e coordenada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI.

CLASSIFICAÇÃO DE PATENTES SEÇÃO A — NECESSIDADES HUMANAS

SEÇÃO B — OPERAÇÕES DE PROCESSAMENTO; TRANSPORTE

SEÇÃO C— QUÍMICA; METALURGIA

SEÇÃO D — TÊXTEIS; PAPEL

SEÇÃO E — CONSTRUÇÕES FIXAS

SEÇÃO F— ENGENHARIA MECÂNICA; ILUMINAÇÃO; AQUECIMENTO; ARMAS; EXPLOSÃO

SEÇÃO G— FÍSICA

SEÇÃO H — ELECTRICIDADE

EXEMPLO: SEÇÃO A – NECESSIDADES HUMANAS:

INFORMAÇÕES PODEMOS OBTER EM UM DOCUMENTO DE PATENTE

Empresas: Insumo estratégico e inteligência competitiva. Desenvolvimento tecnológico. Universidades: Ampliar pesquisas. Percepção de tendências tecnológicas. Monitoramento do que está sendo desenvolvido e por quem. Atividade inventiva das empresas. Vantagem competitiva para vencer concorrências

mercadológicas. Identificação de tendências Elaborar planos. Técnicas de produção. Informação sobre inovações tecnológica – garantindo o fluxo

da informação e continuidade do processo de desenvolvimento

EXEMPLO DE PATENTE:

COMO FAZER UMA BUSCA DE PATENTES? (FONTES E PRODUTORES): A busca pode ser feita gratuitamente no portal do INPI, na

base de patentes do INPI e em bases de dados internacionais.

DADOS SOBRE PATENTESDEPÓSITOS DE PATENTES NO BRASIL POR TIPO E ORIGEM DO DEPOSITANTE.

INDÚSTRIAS E UNIVERSIDADES QUE MAIS ENTREGAM PEDIDOS DE PATENTES NO BRASIL:

REFERÊNCIAS: GARCIA, Joana Coeli Ribeiro. Os paradoxos da patente. DataGramaZero, [S.l],

v.7,n.5. MACEDO, MFG., and BARBOSA, ALF. Patentes, pesquisa & desenvolvimento:

um manual de propriedade intelectual [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000. 164 p. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.

PARANAGUÁ, Pedro; REIS Renata. Patentes e Criações Industriais. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. 150 p.

Patentes. Disponível em < http://www.inpi.gov.br/portal/ >. Acesso: 10 set. 2013 Patentes. Disponível em < http://

www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/vou-abrir/registre-empresa/marcas-e-patentes >. Acesso em 15 set. 2013.

Quais empresas mais depositam patentes. Disponível em < http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI253392-15223,00.html >. Acesso em 10 out. 2013.

SIQUEIRA, José Oswaldo. Ciência, Pesquisa e Inovação: Produtos acadêmicos, Patentes e Distribuição dos resultados. In: A Universidade e suas relações com o Estado e a Sociedade, VII Seminário Nacional, 2009, Brasília.

WIPO; OMPI; INPI. Patentes.In:_Curso Geral de Propriedade Intelectual a Distância. 59 p.

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