terracap - agronomia concursos · "estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e...
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Leonardo e equipe
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Terracap
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AULA 0
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SUMÁRIO pg
INTRODUÇÃO............................................................................. 04
1. Apresentação......................................................................... 06
2. O que vamos estudar neste curso?............................................ 07
3. Introdução ao Direito Ambiental................................................ 19
4. lei 6938 – 31 de agosto de 1981.............................................. 28
5 .lei 12651 – 25 de maio 2012................................................... 65
6. Lista de questões comentadas................................................. 118
7. Lista de questões................................................................ 154
8. Gabarito.............................................................................. 160
9. Bibiografia.......................................................................... 167
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Olá, meus amigos e amigas!
Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom
tê-los aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos
concursos com relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de
qualidade para que possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso
objetivo e preencher esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma
vaga, e estar entre os classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os
principais concursos nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA)
(Agronomia, veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL
(Agronomia, engenharia florestal, engenharia elétrica, etc),
POLÍCIA CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos
elaborando aulas de acordo com os editais, com muitos exercícios, para que
possamos gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas, como
engenharia agrícola, florestal, ambiental, engenharia civil, engenharia
elétrica, arquitetura etc.
ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO
O curso de legislação ambiental compõem-se de quatro aulas em pdf
totalmente explicadas contemplando vários exercícios de concursos
anteriores visando o treinamento do candidato, esse material objetiva ser a
única fonte do aluno contemplando toda a matéria solicitada no edital
Terracap. Então, não precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro
material. Em caso de dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado
5
aos professores, no qual você pode entrar em contato, quando julgar
necessário, para esclarecimento de pontos da aula que não ficaram tão claros
ou precisam de um aprofundamento. O site foi feito pensando em você, para
que alcance seus sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos
de excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje
temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna.
Acompanhe nossa página no Facebook, com as novidades no mundo dos
concurso.
Agronomia concursos
www.agronomiaconcursos.com.br
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APRESENTAÇÃO
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na
Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG
(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o
mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui
professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e
forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou
professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos
para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,
olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura
de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando
projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou responsável
pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente bancário pelo
sistema COPAN.
Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,
Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em
outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou
até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro,
nosso espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia.
Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem
nossos cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a
linguagem e os temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também
aprovem e gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua
aprovação!
7
O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?
ANÁLISE DO EDITAL
Analisemos agora a parte de ciência dos solos (edafologia), solicitado
no edital terracap, conforme transcrito abaixo.
ENGENHEIRO AGRÔNOMO
30 LEGISLAÇÃO:
30.1 Lei nº 9.605/1998 e alterações e Decreto nº 6.514/2008 - (Lei dos
Crimes Ambientais).
30.2 Lei nº 12.651/2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro
de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771,
de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
30.3 Lei nº 9.795/1999 e Decreto nº 4.281/2002 (Educação
Ambiental). ESTA SENDO ABORDADA NO CURSO EXTENSÃO RURAL
30.4 Lei nº 12.305/2010 - (Política Nacional de Resíduos Sólidos).
30.5 Lei nº 11.105/2005
30.6 Lei nº 7.802/1989 e alterações (Lei de Agrotóxicos).
ABORDADA NO CURSO DE FITOSSANIDADE
30.7 Lei nº 9.433/1997 e alterações (Política Nacional de Recursos
Hídricos). ABORDADA NO CURSO DE HIDRAÚLICA E IRRIGAÇAÕ
30.8 Lei nº 6.938/1981 e alterações - (Política Nacional do Meio Ambiente).
30.9 Lei nº 9.985/2000 e alterações (Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza).
30.10 Decretos nº 875/1993 e nº 4.581/2003 (Convenção de Basileia).
30.11 Decreto nº 5.472/2005 (Convenção de Estocolmo).
30.12 Decreto nº 5.360/2005 (Convenção de Roterdã).
8
30.13 Decreto nº 5.445/2005 (Protocolo de Quioto).
30.14 Decreto nº 2.699/1998 (Protocolo de Montreal).
30.15 Lei nº 9.966/2000 e Decreto nº 4.136/2002 (lançamento de óleo e
outras substâncias nocivas).
30.16 Lei nº 8.723/1993 e alterações (emissão de poluentes por veículos
automotores).
RESOLUÇÕES DO CONAMA:
Nº 1/1986 e alterações
Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto
ambiental
nº 18/1986 e alterações
"Dispõe sobre a criação do Programa de Controle de Poluição do Ar por
Veículos Automotores - PROCONVE". - Data da legislação: 06/05/1986 -
Publicação DOU, de 17/06/1986, págs. 8792-8795 - Alterada pelas
Resoluções nº 15, de 1995, nº 315, de 2002, e nº 414, de 2009.
Complementada pelas Resoluções nº 08, de 1993, e nº 282, de 2001.
nº 5/1989 e alterações
- "Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar -
PRONAR"
nº 02/1990
Dispõe sobre o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição
Sonora - SILÊNCIO"
nº 02/1991
Dispõe sobre adoção ações corretivas, de tratamento e de disposição final de
cargas deterioradas, contaminadas ou fora das especificações ou
abandonadas.
nº 6/1991
9
"Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de
estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos"
nº 5/1993 e alterações
- "Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos,
aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.". - Data da legislação:
05/08/1993 - Publicação DOU nº 166, de 31/08/1993, págs. 12996-12998
Status: Alterada pela Resolução nº 358, de 2005.
nº 24/1994
"Exige anuência
prévia da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, para toda a
importação ou exportação de material radioativo, sob qualquer forma e
composição química, em qualquer quantidade"
nº 23/1996 e alterações
"Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos".
nº 237/1997
Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na
Política Nacional do Meio Ambiente;
nº 267/2000 e alterações
"Proibição de substâncias que destroem a camada de ozônio". - Data da
legislação: 14/09/2000 - Publicação DOU nº 237, de 11/12/2000, págs. 27-
29
Status: Revoga as Resoluções nº 13, de 1995, e nº 229, de 1997. Alterada
pela Resolução nº 340, de 2003.
nº 275/2001
"Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta
seletiva";
nº 302/2002
"Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno;
nº 303/2002
10
"Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente"
nº 307/2002 e alterações
"Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos
da construção civil". - Data da legislação: 05/07/2002 - Publicação DOU nº
136, de 17/07/2002, págs. 95-96
Status: Alterada pelas Resoluções nº 348/2004, 431/2011, 448/2012 e
469/2015
Processos:
- Revisão: 02000.000640/2003-04 - SOLICITA ALTERAÇÃO DA RESOLUÇÃO
CONAMA N. 307/2002, QUE DISPÕE SOBRE DESTINAÇÃO FINAL DE
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
nº 313/2002
Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais
nº 316/2002 e alterações
"Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas
de tratamento térmico de resíduos". - Data da legislação: 29/10/2002 -
Publicação DOU nº 224, de 20/11/2002, págs. 92-95
Status: Alterada pela Resolução nº 386, de 2006.
nº 357/2005 e alterações
"Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para
o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências.;
nº 358/2005
"Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
saúde e dá outras providências
nº 362/2005 e alterações
Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante
usado ou contaminado." - Data da legislação: 23/06/2005 - Publicação DOU
nº 121, de 27/06/2005, págs. 128-130
11
Status: Revoga a Resolução nº 09, de 1993. Alterada pela Resolução nº 450,
de 2012.
nº 369/2006
"Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou
baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de
vegetação em Área de Preservação Permanente-APP;
nº 371/2006
"Estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança,
aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de
compensação ambiental, conforme a Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,
que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-
SNUC e dá outras providências.";
nº 375/2006 e alterações
"Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto
gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos
derivados, e dá outras providências
nº 380/2006
Retifica a Resolução CONAMA Nº 375/2006 - Define critérios e
procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações
de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras
providências" - Data da legislação: 31/10/2006 - Publicação DOU nº 213, de
07/11/2006, pág. 59
nº 396/2008
"Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento
das águas subterrâneas e dá outras providências." - Data da legislação:
03/04/2008 - Publicação DOU nº 66, de 07/04/2008, págs. 66-68
Processos:
- Origem: 02000.003671/2005-71 - GT SOBRE CLASSIFICAÇÃO E
DIRETRIZES AMBIENTAIS PARA O ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
12
nº 401/2008 e alterações
"Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e
baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para
o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.".
- Data da legislação: 04/11/2008 - Publicação DOU nº 215, de 05/11/2008,
págs. 108-109
Status: Revoga a Resolução nº 257, de 1999. Alterada pela Resolução nº
424, de 2010
Processos: Origem: 02000.005624/1998-07 - PILHAS E BATERIAS -
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE PILHAS E BATERIAS
nº 403/2008
"Dispõe sobre a nova fase de exigência do Programa de Controle da Poluição
do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE para veículos pesados novos
(Fase P-7) e dá outras providências." - Data da legislação: 11/11/2008 -
Publicação DOU nº 220, de 12/11/2008, págs. 92-93
Status: Complementada pela Resolução nº 415, de 2009.
Processos:
- Origem: 02000.000542/2008-73 - PROCONVE P-7 - PROPOSTA DE
RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE NOVA FASE DE EXIGÊNCIA DO PROGRAMA
DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR POR VEÍCULOS AUTOMOTORES –
PROCONVE PARA VEÍCULOS PESADOS NOVOS (FASE P7)
nº 404/2008
Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro
sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos." - Data da
legislação: 11/11/2008 - Publicação DOU nº 220, de 12/11/2008, pág. 93
Processos:
- Origem: 02000.000868/2006-39 - ATERROS SANITÁRIOS - Proposta de
Resolução que dispõe sobre o licenciamento simplificado de aterros
sanitários
nº 410/2009
Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de
lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de
março de 2005, e no Art. 3o da Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008." -
Data da legislação: 04/05/2009 - Publicação DOU nº 83, de 05/05/2009,
pág. 106
Processos:
13
- Origem: 02000.001876/2008-64 - PADRÕES DE LANÇAMENTO DE
EFLUENTES - Propostas complementares à Resolução 357, de 17 de março
de 2005, e 397, de 03 de abril de 2008, sobre condições e padrões de
lançamento de efluentes
nº 412/2009
Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de novos
empreendimentos destinados à construção de habitações de Interesse
Social." - Data da legislação: 13/05/2009 - Publicação DOU nº 90, de
14/05/2009, págs. 75-76
Processos:
- Origem: 02000.000562/2009-25 - EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS DE
INTERESSE SOCIAL - Proposta de Resolução que estabelece critérios e
diretrizes para o licenciamento ambiental de empreendimentos imobiliários
destinados à construção de habitações de Interesse Social com área até 100
ha
nº 413/2009
Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras
providências." - Data da legislação: 26/06/2009 - Publicação DOU nº 122,
de 30/06/2009, págs. 126-129
Status: Alterada pela Resolução 459/2013 (acrescenta § 5º ao art. 6º;
acrescenta §§ 1º, 2º e 3º ao art. 9º; nova redação ao inciso II do art. 10;
acrescenta o art. 23-A; acrescenta o anexo VIII)
Processos:
- Origem: 02000.000348/2004-64 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE
AQUICULTURA
nº 414/2009
Altera a resolução no 18, de 6 de maio de 1986, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente-CONAMA e reestrutura a Comissão de Acompanhamento e
Avaliação do PROCONVE-CAP, em seus objetivos, competência, composição
e funcionamento." - Data da legislação: 24/09/2009 - Publicação DOU nº
184, de 25/09/2009, págs. 52-53
Status: Altera a Resolução nº 18/1986.
Processos:
- Origem: 02000.000078/2009-04 - COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO PROCONVE - COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
PROCONVE - Alteração da Resolução CONAMA nº 18/86 no que diz respeito
14
à Comissão de Acompanhamento e Avaliação do PROCONVE - CAP -
PROCONVE
nº 415/2009 e alterações
"Dispõe sobre nova fase (PROCONVE L6) de exigências do Programa de
Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE para
veículos automotores leves novos de uso rodoviário e dá outras
providências." - Data da legislação: 24/09/2009 - Publicação DOU nº 184,
de 25/09/2009, págs. 53-54
Status: Altera a Resolução nº 299, de 2001; revoga, a partir de 1º de janeiro
de 2013, o §2º do art. 15 da Resolução nº 8, de 1993, e o art. 23 da
Resolução nº 315, de 2002; Complementa a Resolução nº 403/2008.
Processos:
- Origem: 02000.003261/2008-72 - PROCONVE L6 - PROPOSTA DE
RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE NOVA FASE DE EXIGÊNCIAS DO
PROCONVE PARA VEÍCUL - PROCONVE L6 - PROPOSTA DE RESOLUÇÃO QUE
DISPÕE SOBRE NOVA FASE DE EXIGÊNCIAS DO PROCONVE PARA VEÍCULOS
AUTOMOTORES LEVES DE USO RODOVIÁRIO
nº 416/2009
Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus
inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras
providências." - Data da legislação: 30/09/2009 - Publicação DOU Nº 188,
de 01/10/2009, págs. 64-65
Status: Revoga as Resoluções nº 258/ 1999 e nº 301/2002.
Processos:
- Origem: 02000.000611/2004-15 - REVISÃO DA RESOLUÇÃO 258/99 -
DESTINAÇÃO FINAL DE FORMA AMBIENTALMENTE ADEQUADA E SEGURA DE
PNEUMÁTI - REVISÃO DA RESOLUÇÃO 258/99 - DESTINAÇÃO FINAL DE
FORMA AMBIENTALMENTE ADEQUADA E SEGURA DE PNEUMÁTICOS
nº 418/2009 e alterações
"Dispõe sobre critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição
Veicular - PCPV e para a implantação de Programas de Inspeção e
Manutenção de Veículos em Uso - I/M pelos órgãos estaduais e municipais
de meio ambiente e determina novos limites de emissão e procedimentos
para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso." - Data da
legislação: 25/11/2009 - Publicação DOU nº 226, de 26/11/2009, págs. 81-
84
15
Status: Revoga as Resoluções nº 07, de 1993, nº 15, de 1994, nº 18, de
1995, nº 227, de 1997, nº 251, de 1999, nº 252, de 1999, e nº 256, de
1999. Alterada pelas Resoluções nº 426, de 2010, nº 435, de 2011, e nº
451, de 2012.
Processos:
- Origem: 02000.000921/2009-44 - PROGRAMAS DE INSPEÇÃO E
MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS EM USO-I/M - Proposta de Resolução que
dispõe sobre a implantação pelos órgãos estaduais e municipais de meio
ambiente dos Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso -
I/M.
nº 420/2009
"Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas." - Data da legislação: 28/12/2009 -
Publicação DOU nº 249, de 30/12/2009, págs. 81-84
Processos:
- Origem: 02000.000917/2006-33 - MINUTA DE RESOLUÇÃO CONAMA, QUE
DISPÕE SOBRE O ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS E VALORES
ORIENTADORES R - MINUTA DE RESOLUÇÃO CONAMA, QUE DISPÕE SOBRE
O ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS E VALORES ORIENTADORES
REFERENTES À PRESENÇA DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS, PARA A PROTEÇÃO
DA QUALIDADE DO SOLO E SOBRE DIRETRIZES E PROCEDIMENTOS PARA O
GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS
nº 422/2010
"Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de Educação
Ambiental, conforme Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, e dá outras
providências." - Data da legislação: 23/03/2010 - Publicação DOU nº 56, de
24/03/2010, pág. 91
Processos:
- Origem: 02000.000701/2008-30 - ESTABELECE DIRETRIZES AS
CAMPANHAS, AÇÕES E PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CONFORME
LEI Nº 9.795/99 - ESTABELECE DIRETRIZES AS CAMPANHAS, AÇÕES E
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CONFORME LEI Nº 9.795/99, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
16
nº 424/2010
"Revoga o parágrafo único do art. 16 da Resolução no 401, de 4 de novembro
de 2008, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA." - Data da
legislação: 22/04/2010 - Publicação DOU nº 76, de 23/04/2010, pág. 113
Processos:
- Origem: 02000.002912/2009-98 - PROPOSTA DE RESOLUÇÃO QUE
REVOGA O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 16 DA RESOLUÇÃO 401 -
Proposta de Resolução CONAMA que dispõe sobre revogação do Parágrafo
Único do Artigo 16 da Resolução CONAMA nº 401/08, que estabelece os
limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias
comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu
gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
24 Normas ISO 14.000 ESTE AQUI JÁ TEM UM CURSO ESPECIFICO –
EXTENSÃO RURAL
OHSAS 18.001 - NÃO SERÁ ABORDADO NO CURSO DE LEGISLÇÃO
LEGISLAÇÃO FEDERAL
Leis nº 6.938/1981
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulação e aplicação, e dá outras providências
LEI 9.605/1998
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
LEI 9.985/2000
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal,
institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá
outras providências.
Decretos nº 99.274/1990
Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31
de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de
Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, e dá outras providências.
17
DECRETO 4.340/2002
Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC,
e dá outras providências.
DECRETO 6.514/2008
Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e
dá outras providências
DECRETO 5.940/2006
Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte
geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de
materiais recicláveis, e dá outras providências.
Código Florestal – LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de
31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22
de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de
1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67,
de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências
Decreto nº 7.830/2012
Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização
Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras
providências.
IN 01/2010 - dispõe sobre os critérios de sustentabilidade
11 NBR ISSO 14.000.
12 NBR ISO nº 14.001 (sistemas de gestão ambiental: requisitos e normas
para uso). 13 NBR ISO nº 14.004 (sistemas de gestão ambiental: diretrizes
e princípios gerais de uso).
14 NBR ISO nº 19.011 (diretrizes para auditorias de gestão da qualidade
e(ou) ambiental).
18
Assim, vamos montar nosso cronograma:
Cronograma das aulas
AULA PROGRAMA DATA
0 Lei 6938/81, LEI 12651/12 - 30 questões
07/04/2017
2
LEIS E DECRETOS Leis nº 6.938/1981, 9.605/1998, 9.985/2000. Decretos nº 99.274/1990, 4.340/2002, 6.514/2008,
8.235/2014 150 QUESTÕES
14/04/2017
3
Convenção de Basileia, Convenção de Estocolmo, Convenção de Roterdã, Protocolo de Quioto,
Protocolo de Montreal. RESOLUÇÕES DO CONAMA 150 questões
21/04/2017
4 NBR ISSO 14.000. 50 questões
28/04/2017
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19
Durante séculos, o meio ambiente foi tratado como acessório do
desenvolvimento e não como parte integrante do sistema. Vivemos em um
modelo de exploração predatório pelo mundo, a poluição e os impactos
adversos são visíveis, mas os benefícios proporcionados pelo progresso
justificam-nos como um mal necessário. Na onda da tendência mundial, o
movimento ambientalista era fortalecido pelo aumento da concentração de
renda, decorrente do período desenvolvimentista brasileiro, chamado de
“ecologismo dos pobres”. Centrava-se na reação contra a degradação
ambiental causada pela pobreza e na defesa do acesso comunitário aos
recursos naturais contra a ameaça do mercado e do Estado.
Existem vários exemplos que mostram o poder destrutivo da espécie
humana, entre eles, temos a construção rodovia transamazônica e a ponte
Rio-Niterói, passando por cima dos impactos gerados ao meio ambiental,
promovendo o processo de destruição na Amazônia. Assim, vendo a
necessidade de conter o ímpeto destrutivo do homem, racionalizando a
exploração dos recursos naturais, os Estados Unidos surgem como primeiro
país a intervir, nas questões ambientais, em 1969. Após esse período, outros
países começam a se preocupar com as questões ambientais dentre eles o
Canada, Europa oriental, Japão, Nova Zelândia e, nos anos de 1980,
estende-se essa preocupação à América Latina, Europa Oriental, União
Soviética e Sul e Leste da Ásia.
Desta forma, a legislação Brasileira sobre o meio ambiente tutelava o
interesse econômico, na ótica utilitarista dos recursos naturais e, em 1934,
surgiu o primeiro documento legal ambiental brasileiro, o Código das Águas
com o Decreto nº 24.643, o qual definiu o direito de propriedade, exploração
dos recursos hídricos para abastecimento, irrigação, navegação, usos
industriais e geração de energia. Na década de 30, surgiram outros dois
documentos importantes, o Decreto nº 1.713, de 14 de julho 1934, que criou
o Parque Nacional de Itatiaia (RJ) e o Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro
de 1934, organizando o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Neste momento, a legislação brasileira estava envolvida apenas com
aspectos relacionados ao saneamento, à conservação e preservação do
patrimônio natural, histórico e artístico do país e problemas provocados pelas
secas e enchentes. Em 1940, ocorreu a dissociação do direito de propriedade
INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
20
do direito de exploração por meio do Código das Minas, regulamentado pelo
Decreto nº 1.985, no qual se declarava que o proprietário tinha o dever de
explorar sua propriedade, sem causar qualquer dano ao próximo, evitando a
poluição do meio e conservando-o. Entretanto, na Conferência de Chicago,
em 1944, foi que se iniciou a preocupação real com o desenvolvimento de
uma política ambiental brasileira por meio do Decreto nº 21.713, de 2 de
agosto de 1946, que promulgou a Convenção Internacional sobre Aviação
Civil, concluída em Chicago, em dezembro de 1944 e firmada pelo Brasil em
Washington, em 29 de maio de 1945. A criação de Áreas de Preservação
Ambiental (APP), bem como o reconhecimento das florestas e demais formas
de vegetação como bens de interesse comum a todos os cidadãos brasileiros,
aconteceu, nos anos 60, a partir da criação do Código Florestal, Lei nº 4.771,
de 15 de setembro de 1965. Na mesma década, criou - se o Estatuto da
Terra pela Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, definindo a função
social. Nas décadas de 1950 a 1970, o Brasil tinha como objetivo fomentar
a exploração de recursos naturais e incentivar o desbravamento do território
nacional, assim, os investimentos públicos do país eram nas áreas de
petróleo, energia, siderurgia e infraestrutura, visando ao processo de
substituição das importações. O plano metas do governo de Juscelino
Kubitschek, de 1959 a 1961, o programa de integração nacional e o I plano
de desenvolvimento buscaram a modernização e a industrialização do país,
promovendo o período conhecido como milagre econômico, marcando o auge
da ideologia do crescimento acelerado e predatório.
No ano de 1968, realizou-se a “conferencia de peritos sobre os
fundamentos científicos da utilização e da conservação dos recursos
naturais”, promovido pela Unesco, resultando no reconhecimento dos
Estados Unidos à necessidade de cooperação técnica internacional e de uma
declaração universal sobre a proteção e melhoria do ambiente humano. Essa
declaração, originou-se da confederação de Estocolmo, de 5 a 16 de junho
do ano de 1972, com a denominação de declaração das nações unidas sobre
o meio humano”, fundamentada em dados técnicos sobre a poluição e o
esgotamento de recursos naturais, produzidos pelo clube de Roma e
divulgados no relatório “ limites do crescimento” dois anos antes.
Observa-se que a conferência de Estocolmo foi a primeira
tentativa de aproximação entre os direitos humanas e o meio ambiente, pois
até esse momento, esses assuntos eram dissociados. Assim, o homem tem
21
direito fundamental à liberdade, igualdade e ao desfrute de condições de vida
adequados, em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar
uma vida digna, gozar de bem – estar e sendo portador da solene obrigação
de proteger e melhorar esse meio ambiente, para as gerações presentes e
futuras.
Desta forma, a incerteza da real gravidade dos problemas ambientais
e o grande desnível de desenvolvimento entre os países fizeram com que os
países subdesenvolvidos, como exemplo, o Brasil, enquadrado nessa
nomenclatura, recusassem a adotar medidas de proteção ambiental, para
não interromper seu crescimento econômico. Fato que não efetivou de
imediato a cooperação internacional declarada, em Estocolmo, a qual veio a
ser concretizada, em 1972, quando foram constatadas novas catástrofes
potenciais, decorrentes da atividade humana e da multiplicação das
organizações ambientalistas, catalisando essa cooperação internacional, em
diversas ações concretas, a fim de conciliar o crescimento econômico, a
melhoria da qualidade de vida e proteção ambiental.
Em 30 de outubro de 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio
Ambiente (SEMA), no governo de Emílio G. Médici (Decreto nº 73.030). Em
dezembro de 1975, adotou-se o Sistema de Licenciamento de Atividades
Poluidoras (SLAP), primeira manifestação da SEMA. A partir desse momento,
o Estado poderia solicitar a entrega do Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), quando julgasse necessário, para instalação e operação de
atividades potencialmente poluidoras. Os órgãos de apoio do SLAP eram a
Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA), a Fundação Estadual de
Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e o Projeto Especial de Normalização
de Licenciamento (PRONOL).
Assim, aumentando a pressão interna e externa, frente a uma nova
mudança mundial, foi reconhecida a necessidade de dar uma resposta
consciente à demanda social pela conservação do meio ambiente. Por isso,
em 1981, entrou em vigor a Lei nº 6.938, de 31 de agosto, que estabeleceu
a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e criou o Sistema Nacional do
Meio Ambiente (SISNAMA). A partir desses fatos, a avaliação de impactos
ambientais tomou proporções federais e, dentro da PNMA, criou-se o
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e foi ratificada a conferência
de Estocolmo da qual o Brasil foi signatário. Em 1986, surgiu a Resolução nº
001 do CONAMA, que instituiu os critérios básicos, para elaboração do Estudo
22
de Impacto Ambiental, no licenciamento de projetos de atividades poluidoras
de origem pública ou privada. Além da Resolução CONAMA 001/86, merecem
destaque as resoluções do CONAMA nº 016, que estabelece regras para o
licenciamento ambiental de atividades de grande porte e a resolução nº 018,
que instituiu o Programa de Controle de Poluição por Veículos Automotores
(PROCONVE). A legislação ambiental brasileira, desenvolvida por meio da
PNMA, ganhou mais força e consolidação, a partir do surgimento da nova
Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, a qual dedicou um
capítulo especial para as questões ambientais e englobou toda a legislação
vigente no país.
A partir de 1986, com a Resolução CONAMA 001, no Brasil,
muitos projetos de empreendimentos com potencial impactante ao meio
ambiente foram obrigados a elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e
seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), como parte do
licenciamento para sua implantação e operação. Tais exigências, para
aprovação de projetos de empreendimentos potencialmente poluidores,
seguiu uma tendência mundial de preservação dos recursos naturais, uma
preocupação que surgiu, a partir da década de 50 do século XX.
SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente no Brasil
O caput do artigo 225, pertencente ao título VIII, Capítulo VI - Do
Meio Ambiente, dispõe que:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
futuras gerações”.
Desta forma, a constituição federal trouxe um título voltado a questões
ambientais como um dever do poder público e da coletividade, com
distribuição de responsabilidade entre municípios, estados e a União, assim
foi instituído o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente no Brasil, um
modelo descentralizado de gestão ambiental, criando uma rede articulada de
organizações nos diferentes âmbitos da federação (fig. 1)
23
fig. 1 – distribuição de competência
Portanto os órgãos federais têm a função de coordenar e emitir normas
gerais, para a aplicação da legislação ambiental em todo o país, sendo
responsáveis, dentre outras atividades, pela troca de informações, formação
de uma consciência ambiental, a fiscalização e o licenciamento ambiental de
atividades cujos impactos afetem dois ou mais estados. Aos órgãos estaduais
cabem as mesmas atribuições, criação de leis e normas complementares,
estímulo ao crescimento da consciência ambiental, fiscalização e
licenciamento de obras que possam causar impacto em dois ou mais
municípios. O modelo se repete para os órgãos municipais. O modelo de
gestão definido pela política Nacional de meio Ambiente baseia-se no
princípio do compartilhamento e da descentralização das responsabilidades
pela proteção ambiental entre os entes federados e com os diversos setores
da sociedade (fig 1).
De acordo com a Lei nº 6.938/81, que instituiu a Política Nacional de
Meio Ambiente, o SISNAMA é composto de:
24
Conselho de Governo – Órgão superior do sistema, reúne todos os
ministérios e a Casa Civil da Presidência da República, na função de formular
25
a política nacional de desenvolvimento do País, levando em conta as
diretrizes para o meio ambiente.
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) – é o órgão consultivo e
deliberativo, formado por representantes dos diferentes setores do governo
(em âmbitos federal, estadual e municipal), do setor produtivo e da
sociedade civil. Assessora o Conselho de Governo e tem a função de deliberar
sobre normas e padrões ambientais.
Ministério do Meio Ambiente (MMA) – órgão central, com a função de
planejar, supervisionar e controlar as ações referentes ao meio ambiente em
âmbito nacional.
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) – encarrega-se de executar e fazer executar as políticas e as
diretrizes nacionais para o meio ambiente. É o órgão executor.
Órgãos Seccionais – entidades estaduais responsáveis pela execução
ambiental nos estados, ou seja, as secretarias estaduais de meio ambiente,
os institutos criados para defesa ambiental.
Órgãos locais ou entidades municipais – responsáveis pelo controle e
fiscalização ambiental nos municípios.
O SISNAMA é considerado como um sistema, começando a ser
estruturado, ainda, durante os governos militares, em um ambiente
institucional fortemente marcado pela centralização, e, por causa dessa
centralização, foram diversas as dificuldades para se delegar poderes aos
estados e municípios. A primeira fase da implementação do sistema, nas
décadas de 1980 e 1990, foi caracterizado pela criação dos órgãos
ambientais, principalmente, nos âmbitos federal e estadual. A nossa
Constituição Federal de 1988, fortemente marcada pelos princípios da
descentralização, aprovou mais autonomia para os municípios, definição de
suas prioridades ambientais, respeitando as normas gerais editadas pela
União e pelos estados. Eis alguns princípios estabelecidos pela Constituição:
Subsidiariedade: tudo o que puder ser realizado pelo nível local, com
competência e economia, não deve ser atribuído ao nível estadual e
federal. Isso permite encontrar soluções para os problemas o mais
próximo possível de onde são gerados.
Autonomia: a liberdade e o discernimento individual ou local são
valorizados, garantindo-se, dessa maneira, o mínimo de dependência
para a realização de ações de interesse local.
26
Responsabilidade compartilhada: a missão de zelar pelos bens comuns
cabe a todos e a cada um, de acordo com as suas competências e
atribuições.
Cooperação ou solidariedade: independentemente da política
partidária, a cooperação entre os distintos níveis de governo é
estimulada, pois isso otimiza custos e agiliza processos.
Em âmbito federal, alguns instrumentos de gestão ambiental, previstos pelo
SISNAMA e fundamentais para o funcionamento efetivo do sistema,
começaram a ser implementados, a partir da década de 1990:
Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), responsável por captar
recursos e financiar as ações projetadas para a área ambiental em
âmbito nacional.
Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (SINIMA),
criado para disponibilizar informações e permitir o diálogo, de forma
descentralizada, entre as bases de dados geradas pelas entidades que
compõem o SISNAMA.
Conferência Nacional do Meio Ambiente, instrumento de consulta,
proposição e avaliação da política ambiental brasileira, realizada
bienalmente.
Agenda Nacional do Meio Ambiente, em que constam as prioridades
eleitas em âmbito nacional para a melhoria da qualidade ambiental,
induzindo ao estabelecimento de prioridades para todo o sistema.
Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, instrumento de monitoria e
acompanhamento da qualidade ambiental de todo o País.
Nos últimos anos, o Ministério do Meio Ambiente tem como uma de suas
diretrizes o fortalecimento do SISNAMA. Esse trabalho tem-se pautado,
prioritariamente, nas seguintes frentes:
incentivo à estruturação de órgãos ambientais nos municípios, com a
descentralização da gestão ambiental;
aumento da articulação e do diálogo na área ambiental entre as três
esferas de governo, com a criação das Comissões Tripartites;
estímulo à criação de redes de conselhos, órgãos e fundos de meio
ambiente em âmbitos estaduais, regionais e nacional;
esforço para realizar uma política ambiental integrada, no sentido de
incluir a dimensão ambiental nas políticas de governo.
27
O SISNAMA nos estados
Em nível estadual, a estrutura do SISNAMA é definida por cada estado,
pois a gestão ambiental segue o modelo adotado para o Governo Federal. O
órgão central adquire o formato de secretaria, departamento ou fundação de
meio ambiente, podendo ser exclusivo ou compartilhado com outras áreas,
tendo como atribuição formular e coordenar a política estadual de meio
ambiente, bem como articular as políticas de gestão de recursos naturais.
Para apoiar as ações sobre as questões ambientais, foram criados órgãos
técnicos executivos, com atribuição de executar a política ambiental,
monitorar a qualidade do meio ambiente, realizar educação ambiental e
atuar em pesquisa. Também existem os conselhos estaduais de meio
ambiente, que, preferencialmente, devem ser órgãos normativos, paritários,
de caráter consultivo e deliberativo, geralmente, vinculados aos órgãos
centrais de meio ambiente do estado, os quais lhes fornecem suporte
material para que funcionem adequadamente. Os conselhos, em geral,
possuem câmaras técnicas especializadas em temas como atividades
industriais, infraestrutura, mineração, entre outros e sugerem políticas para
esses setores e atuam na elaboração de normas técnicas para a proteção
ambiental.
A maioria dos estados possui, também, fundos de meio
ambiente, com a finalidade de reunir recursos para financiar as ações. O fato
de se estruturarem fortalece a decisão de destinar esses recursos,
exclusivamente, às ações de conservação ambiental.
O SISNAMA nos Municípios
Ao planejar o seu desenvolvimento, segundo os princípios da
sustentabilidade, os municípios devem organizar a sua área ambiental de
forma integrada com as demais secretarias e órgãos existentes, assim, as
questões ambientais devem se tornar um elemento estruturador de todas as
políticas municipais. Para estruturar um sistema de gestão ambiental
municipal, é preciso criar uma base institucional que tenha um conjunto de
normas locais e uma estrutura administrativa que possa colocá-las em
prática. As políticas municipais devem estar em sintonia com as estaduais e
federal (fig 2).
28
Fig 2 – distribuição doS órgãos ambientais pelo território nacional
LEITURA OBRIGATÓRIA.
LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981
Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art.
235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional
do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa
Ambiental. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
29
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente.
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das
características do meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades
que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos;
30
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e
subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos
da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas
para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou
indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de
recursos ambientais com fins econômicos.
Art. 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão
formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios
no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção
do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no art. 2º
desta Lei.
31
Parágrafo único. As atividades empresariais públicas ou privadas serão
exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio
Ambiente.
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental,
constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim
estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o
Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes
governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; (Redação
dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas
e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e
essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de
1990)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar,
como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas
para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de
executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas
para o meio ambiente, de acordo com as respectivas
competências; (Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº
7.804, de 1989)
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo
controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas
jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
32
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua
jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões
relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos
pelo CONAMA.
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais,
também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste
artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua
fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a
criar uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do
IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 7º (Revogado pela Lei nº 8.028, de 1990)
Art. 8º Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o
licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser
concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; (Redação dada pela
Lei nº 7.804, de 1989)
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das
alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos
ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem
assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação
dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras
ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas
áreas consideradas patrimônio nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.028,
de 1990)
III - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias
na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção
ambiental; (VETADO);
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de
benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou
condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de
33
fiananciamento em estabelecimentos oficiais de crédito; (Redação dada pela
Lei nº 7.804, de 1989)
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da
poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante
audiência dos Ministérios competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos
recursos ambientais, principalmente os hídricos.
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas
funções, o Presidente do Conama. (Incluído pela Lei nº 8.028, de 1990)
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder
Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental,
de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada
pela Lei nº 7.804, de 1989)
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa
Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado
anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
34
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,
obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído
pela Lei nº 7.804, de 1989)
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras
e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de
1989)
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão
ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica,
pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo
firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua
propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os
recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. (Redação
dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 1o O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve
incluir, no mínimo, os seguintes itens: (Redação dada pela Lei nº 12.651,
de 2012).
I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos
um ponto de amarração georreferenciado; (Incluído pela Lei nº 12.651, de
2012).
II - objeto da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; (Incluído pela
Lei nº 12.651, de 2012).
IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão
ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida. (Redação dada pela Lei nº
12.651, de 2012).
§ 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão
ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva
Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 4o Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de
imóveis competente: (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental; (Incluído
pela Lei nº 12.651, de 2012).
35
II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão
ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental
deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos. (Redação
dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 6o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a
alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a
qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do
imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 7o As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal,
nos termos do art. 44-A da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passam
a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de servidão
ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária
ou perpétua. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios,
tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular
do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de
julho de 2000. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-
la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo,
em favor de outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha
a conservação ambiental como fim social. (Incluído pela Lei nº 12.651, de
2012).
Art. 9o-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão
ambiental deve ser averbado na matrícula do imóvel. (Incluído pela Lei nº
12.651, de 2012).
§ 1o O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os seguintes
itens: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou
recuperação ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
II - o objeto da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
36
III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros adquirentes
ou sucessores; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental; (Incluído pela
Lei nº 12.651, de 2012).
V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão
ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas
judiciais necessárias, em caso de ser descumprido. (Incluído pela Lei nº
12.651, de 2012).
§ 2o São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras
obrigações estipuladas no contrato: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
I - manter a área sob servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de
2012).
II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos
recursos naturais ou artificiais; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão
ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
IV - defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito
admitidos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
§ 3o São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras
obrigações estipuladas no contrato: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
I - documentar as características ambientais da propriedade; (Incluído pela
Lei nº 12.651, de 2012).
II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão
ambiental está sendo mantida; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição
ou aos sucessores da propriedade; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área
objeto da servidão; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
V - defender judicialmente a servidão ambiental.(Incluído pela Lei nº 12.651,
de 2012).
Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
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potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento
ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 2011)
§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão
serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local
de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo
órgão ambiental competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº
140, de 2011)
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de
2011)
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de
2011)
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de
2011)
Art. 11. Compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões para
implantação, acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no
artigo anterior, além das que forem oriundas do próprio CONAMA. (Vide Lei
nº 7.804, de 1989)
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 140, de 2011)
§ 2º Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise de projetos
de entidades, públicas ou privadas, objetivando a preservação ou a
recuperação de recursos ambientais, afetados por processos de exploração
predatórios ou poluidores.
Art. 12. As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais
condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao
licenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos
critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA.
Parágrafo único. As entidades e órgãos referidos no caput deste artigo
deverão fazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de
equipamentos destinados ao controle de degradação ambiental e a melhoria
da qualidade do meio ambiente.
Art. 13. O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao meio
ambiente, visando:
I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos
destinados a reduzir a degradação da qualidade ambiental;
38
II - à fabricação de equipamentos antipoluidores;
III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos
ambientais.
Parágrafo único. Os órgãos, entidades e programas do Poder Público,
destinados ao incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas,
considerarão, entre as suas metas prioritárias, o apoio aos projetos que
visem a adquirir e desenvolver conhecimentos básicos e aplicáveis na área
ambiental e ecológica.
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal,
estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à
preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela
degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:
I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10
(dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional - ORTNs, agravada em casos de reincidência específica, conforme
dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido
aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios;
II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo
Poder Público;
III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito;
IV - à suspensão de sua atividade.
§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o
poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou
reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua
atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para
propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio
ambiente.
§ 2º No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao
Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias
prevista neste artigo.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório
da perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade
administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou
financiamento, cumprimento resolução do CONAMA.
39
§ 4º (Revogado pela Lei nº 9.966, de 2000)
§ 5o A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação
das obrigações de indenização e reparação de danos previstas no § 1o deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 15. O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou
vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica
sujeito à pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem)
a 1.000 (mil) MVR. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 1º A pena e aumentada até o dobro se: (Redação dada pela Lei nº 7.804,
de 1989)
I - resultar: (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente; (Incluído pela Lei
nº 7.804, de 1989)
b) lesão corporal grave; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte; (Incluído
pela Lei nº 7.804, de 1989)
III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em
feriado. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 2º Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de
promover as medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima
descritas. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art. 16 - (Revogado pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA: (Redação dada pela Lei
nº 7.804, de 1989)
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se
dedicam a consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à
indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados
ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; (Incluído
pela Lei nº 7.804, de 1989)
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas
físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras
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e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos
potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e
subprodutos da fauna e flora. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
Art. 17-A. São estabelecidos os preços dos serviços e produtos do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, a
serem aplicados em âmbito nacional, conforme Anexo a esta Lei.(Incluído
pela Lei nº 9.960, de 2000) (Vide Medida Provisória nº 687, de 2015)
Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA,
cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
Ibama para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras
e utilizadoras de recursos naturais." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de
2000) (Vide Medida Provisória nº 687, de 2015)
§ 1o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o Revogado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades
constantes do Anexo VIII desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de
2000)
§ 1o O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de março
de cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo
será definido pelo Ibama, para o fim de colaborar com os procedimentos de
controle e fiscalização.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o O descumprimento da providência determinada no § 1o sujeita o
infrator a multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida, sem prejuízo
da exigência desta. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 3o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-D. A TCFA é devida por estabelecimento e os seus valores são os
fixados no Anexo IX desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: (Redação dada pela Lei nº
10.165, de 2000)
I – microempresa e empresa de pequeno porte, as pessoas jurídicas que se
enquadrem, respectivamente, nas descrições dos incisos I e II do caput do
art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999; (Incluído pela Lei nº
10.165, de 2000)
41
II – empresa de médio porte, a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual
superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e igual ou
inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); (Incluído pela Lei nº
10.165, de 2000)
III – empresa de grande porte, a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual
superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). (Incluído pela Lei nº
10.165, de 2000)
§ 2o O potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de recursos
naturais de cada uma das atividades sujeitas à fiscalização encontram-se
definidos no Anexo VIII desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 3o Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita à
fiscalização, pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor
mais elevado.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-E. É o Ibama autorizado a cancelar débitos de valores inferiores a R$
40,00 (quarenta reais), existentes até 31 de dezembro de 1999. (Incluído
pela Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas federais,
distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que
praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais.(Redação
dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre do ano
civil, nos valores fixados no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será
efetuado em conta bancária vinculada ao Ibama, por intermédio de
documento próprio de arrecadação, até o quinto dia útil do mês
subseqüente.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o Os recursos arrecadados com a TCFA terão utilização restrita em
atividades de controle e fiscalização ambiental. (Incluído pela Lei nº 11.284,
de 2006)
Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas no
artigo anterior será cobrada com os seguintes acréscimos: (Redação dada
pela Lei nº 10.165, de 2000)
I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte
ao do vencimento, à razão de um por cento; (Redação dada pela Lei nº
10.165, de 2000)
42
II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento se o
pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do
vencimento;(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do devedor em
honorários de advogado, calculado sobre o total do débito inscrito como
Dívida Ativa, reduzido para dez por cento se o pagamento for efetuado antes
do ajuizamento da execução.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o-A. Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa de
mora.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Os débitos relativos à TCFA poderão ser parcelados de acordo com os
critérios fixados na legislação tributária, conforme dispuser o regulamento
desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades
mencionadas nos incisos I e II do art. 17 e que não estiverem inscritas nos
respectivos cadastros até o último dia útil do terceiro mês que se seguir ao
da publicação desta Lei incorrerão em infração punível com multa
de: (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), se pessoa física; (Incluído pela Lei nº 10.165,
de 2000)
II – R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), se microempresa; (Incluído pela
Lei nº 10.165, de 2000)
III – R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte; (Incluído
pela Lei nº 10.165, de 2000)
IV – R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio
porte; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
V – R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de grande porte. (Incluído pela
Lei nº 10.165, de 2000)
Parágrafo único. Revogado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-J. (Revogado pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-L. As ações de licenciamento, registro, autorizações, concessões e
permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental são de
competência exclusiva dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)
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Art. 17-M. Os preços dos serviços administrativos prestados pelo Ibama,
inclusive os referentes à venda de impressos e publicações, assim como os
de entrada, permanência e utilização de áreas ou instalações nas unidades
de conservação, serão definidos em portaria do Ministro de Estado do Meio
Ambiente, mediante proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela
Lei nº 9.960, de 2000)
Art. 17-N. Os preços dos serviços técnicos do Laboratório de Produtos
Florestais do Ibama, assim como os para venda de produtos da flora, serão,
também, definidos em portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente,
mediante proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela Lei nº
9.960, de 2000)
Art. 17-O. Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução do valor
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, com base em Ato
Declaratório Ambiental - ADA, deverão recolher ao Ibama a importância
prevista no item 3.11 do Anexo VII da Lei no 9.960, de 29 de janeiro de
2000, a título de Taxa de Vistoria.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de
2000)
§ 1o-A. A Taxa de Vistoria a que se refere o caput deste artigo não poderá
exceder a dez por cento do valor da redução do imposto proporcionada pelo
ADA.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar do ITR é
obrigatória.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o O pagamento de que trata o caput deste artigo poderá ser efetivado em
cota única ou em parcelas, nos mesmos moldes escolhidos pelo contribuinte
para o pagamento do ITR, em documento próprio de arrecadação do
Ibama.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 3o Para efeito de pagamento parcelado, nenhuma parcela poderá ser
inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais). (Redação dada pela Lei nº 10.165, de
2000)
§ 4o O inadimplemento de qualquer parcela ensejará a cobrança de juros e
multa nos termos dos incisos I e II do caput e §§ 1o-A e 1o, todos do art.
17-H desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 5o Após a vistoria, realizada por amostragem, caso os dados constantes
do ADA não coincidam com os efetivamente levantados pelos técnicos do
Ibama, estes lavrarão, de ofício, novo ADA, contendo os dados reais, o qual
será encaminhado à Secretaria da Receita Federal, para as providências
cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
44
Art. 17-P. Constitui crédito para compensação com o valor devido a título de
TCFA, até o limite de sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o
montante efetivamente pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município
e ao Distrito Federal em razão de taxa de fiscalização ambiental.(Redação
dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 1o Valores recolhidos ao Estado, ao Município e ao Distrital Federal a
qualquer outro título, tais como taxas ou preços públicos de licenciamento e
venda de produtos, não constituem crédito para compensação com a
TCFA. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
§ 2o A restituição, administrativa ou judicial, qualquer que seja a causa que
a determine, da taxa de fiscalização ambiental estadual ou distrital
compensada com a TCFA restaura o direito de crédito do Ibama contra o
estabelecimento, relativamente ao valor compensado.(Redação dada pela
Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-Q. É o Ibama autorizado a celebrar convênios com os Estados, os
Municípios e o Distrito Federal para desempenharem atividades de
fiscalização ambiental, podendo repassar-lhes parcela da receita obtida com
a TCFA." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 18. (Revogado pela Lei nº 9.985, de 2000)
Art 19 -(VETADO).
Art. 19. Ressalvado o disposto nas Leis nºs 5.357, de 17 de novembro de
1967, e 7.661, de 16 de maio de 1988, a receita proveniente da aplicação
desta Lei será recolhida de acordo com o disposto no art. 4º da Lei nº 7.735,
de 22 de fevereiro de 1989. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989))
Art. 20. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 21. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 31 de agosto de 1981; 160º da Independência e 93º da República.
JOÃO FIGUEIREDO
Mário Andreazza
45
O NOVO CÓDIGO FLORESTAL
A Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, designada como novo "Código
Florestal", estabelece normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa,
incluindo Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso
Restrito; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o
controle da origem dos produtos florestais, o controle e prevenção dos
incêndios florestais e a previsão de instrumentos econômicos e financeiros
para o alcance de seus objetivos. Esta lei veio orientar e disciplinar o uso da
terra e a conservação dos recursos naturais no Brasil, como, por exemplo, a
Lei nº 6.938 de 31/08/1981, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente;
da Lei no 9.605 de 12/02/1998, também, conhecida como a Lei de Crimes
Ambientais e do Decreto no 6.514 de 22/07/2008 que a regulamenta; das
Leis nº 9.985 de 18/07/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC) e da Lei nº 11.428 de 22/12/2006, que dispõe sobre a
utilização e proteção da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, além de
outras.
A lei apresenta uma inovação que é a criação do Cadastro Ambiental
Rural –CAR, nos Estados e no Distrito Federal. Com esses instrumentos, o
Governo Federal e os órgãos ambientais estaduais terão a localização de
cada imóvel rural e sua situação quanto à sua adequação ambiental; outro
instrumento implantado é o Programa de Regularização Ambiental – PRA,
que permitirá que os estados orientem e acompanhem os produtores rurais,
na elaboração e implementação das ações necessárias, para a recomposição
de áreas com passivos ambientais, nas suas propriedades ou posses rurais,
seja em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso
Restrito.
O reconhecimento da existência de áreas rurais consolidadas - área de
imóvel rural com ocupação antrópica pré-existente a 22 de julho de 2008
- em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso
Restrito, também, é um ponto de destaque na aplicação da nova Lei. Para
isso, traz regras para que as propriedades ou posses rurais, possuidoras de
áreas consolidadas na referida data, possam se adequar, seja por meio da
adoção de boas práticas, de sua recomposição, compensação ou de outros
instrumentos legais previstos. Além de indicar critérios, para a adoção de
tais meios, define os casos e condições passíveis de exploração ou manejo
da vegetação nativa na propriedade rural.
Nesse sentido, a nova lei traz uma série de benefícios ao agricultor
familiar ou detentor de pequena propriedade ou de posse rural, a partir da
inclusão do seu imóvel ou posse no Cadastro Ambiental Rural. A exemplo
46
disso, podem ser citadas as regras diferenciadas e baseadas no tamanho do
imóvel, em módulos fiscais, para a regularização das Áreas de Preservação
Permanente; e, também, da regularização da Reserva Legal para
propriedades e posses rurais com até 4 módulos fiscais, definindo-se a
dimensão da Reserva Legal como aquela existente até 22/07/2008. Vejamos
algumas definições desta nova lei.
CONCEITOS NO NOVO CÓDIGO FLORESTAL - (Art. 3º da Lei 12.651/12)
I - AMAZÔNIA LEGAL - os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima,
Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao Norte do paralelo
13°S, dos Estados de Tocantins e Goiás e ao Oeste do meridiano de 44°W,
do Estado do Maranhão (fig 3).
Fig 3 – Representação da Amazônia legal
II - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP - área protegida,
coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas.
III - RESERVA LEGAL - área localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, delimitada, com a função de assegurar o uso econômico de modo
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a
reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da
47
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora
nativa.
IV - ÁREA RURAL CONSOLIDADA - área de imóvel rural com ocupação
antrópica pré-existente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias
ou atividades agrossilvopastoris, admitida, neste último caso, a adoção do
regime de pousio.
V - PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIAR - aquela
explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor
familiar rural, com até 4 módulos fiscais, incluindo os assentamentos e
projetos de reforma agrária e que atendam ao disposto no art. 3º da Lei
Federal 11.326, de 24 de julho de 2006.
VI - USO ALTERNATIVO DO SOLO - substituição de vegetação nativa e
formações sucessoras por outras coberturas no solo, com atividades
agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de energia, de
mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de
ocupação humana.
VII - MANEJO SUSTENTÁVEL - administração da vegetação natural para
a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se
os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas
espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora,
bem como a utilização de outros bens e serviços.
VIII - UTILIDADE PÚBLICA:
a) as atividades de segurança nacional e de proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços
públicos de transporte, sistema viário, inclusive, aquele necessário aos
parcelamentos de solo urbano aprovados pelos municípios, saneamento,
gestão de resíduos, salineiras, energia, telecomunicações, radiodifusão,
estaduais, nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto, neste
último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que, comprovadamente, proporcionem melhorias na
proteção das funções ambientais referidas pelo inciso II;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas
em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica
e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do
Poder Executivo Federal.
48
IX - INTERESSE SOCIAL:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação
nativa, tais como prevenção, combate e controle ao fogo, controle da erosão,
erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada, na pequena
propriedade ou posse rural familiar ou povos e comunidades tradicionais,
desde que não descaracterizem a cobertura vegetal existente e não
prejudiquem a função ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e
atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais
consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;
d) regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados
predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas
consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei Federal 11.977,
de 7 de julho de 2009;
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de
água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes
integrantes e essenciais da atividade;
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho,
outorgadas pela autoridade competente;
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em
procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder
Executivo Federal.
X - ATIVIDADES EVENTUAIS OU DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL:
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e
pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso de água, ao acesso
de pessoas e animais para a obtenção de água ou a retirada de produtos
oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável;
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de
água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga de direito de
uso da água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno
ancoradouro;
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de
comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em
áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos
moradores;
f) construção e manutenção de cercas de divisa de propriedade;
49
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros
requisitos previstos na legislação aplicável;
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e
produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a
legislação específica de acesso a recursos genéticos;
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanha
e outros produtos vegetais, desde que não impliquem em supressão de
vegetação existente e não prejudiquem a função ambiental da área;
j) a exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário
e familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde
que não descaracterize a cobertura vegetal nativa existente e não prejudique
a função ambiental da área;
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventual e
de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente
ou dos Conselhos Estaduais do Meio Ambiente;
XII - VEREDA - fitofisionomia de savana, encontrada em solos
hidromórficos, usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa -
buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies
arbustivo-herbáceas;
XIII - MANGUEZAL - ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos
baixos, sujeitos à ação das marés, formado por vasas lodosas recentes ou
arenosa, às quais se associa, predominantemente, a vegetação natural
conhecida como mangue, com influência flúvio-marinha, típica de solos
limosos de regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da
costa brasileira, entre os estados do Amapá e Santa Catarina;
XIV - SALGADO OU MARISMAS TROPICAIS HIPERSALINOS - áreas
situadas em regiões com frequência de inundações intermediárias entre
marés de sizígias e de quadratura, com solos cuja salinidade varia entre
100 a 150 partes por 1.000, onde pode ocorrer a presença de vegetação
herbácea específica;
XV - APICUM - áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entre
marés superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, que
apresentam salinidade superior a 150 partes por 1.000 desprovidas de
vegetação vascular;
XVI - RESTINGA - depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma
geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se
encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com
cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos,
50
dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional,
estrato herbáceo, arbustivos e arbóreo, este último mais interiorizado;
II - NASCENTE - afloramento natural do lençol freático que apresenta
perenidade e dá início a um curso d'água;
XVIII - OLHO D'ÁGUA - afloramento natural do lençol freático, mesmo
que intermitente;
XIX - LEITO REGULAR - a calha por onde correm regularmente as águas
do curso d'água durante o ano;
XX - ÁREA VERDE URBANA - espaços, públicos ou privados, com
predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada,
previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo
do Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos
propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana,
proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística,
proteção de bens e manifestações culturais;
XXI - VÁRZEA DE INUNDAÇÃO OU PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO - áreas
marginais aos cursos d'água sujeitas a enchentes e inundações periódicas;
XXII - FAIXA DE PASSAGEM DE INUNDAÇÃO - área de várzea ou
planície de inundação adjacentes aos cursos d'água e que permitem o
escoamento da enchente;
XXIII - RELEVO ONDULADO - expressão geomorfológica usada para
designar área caracterizada por movimentações do terreno que geram
depressões, cuja intensidade permite sua classificação como relevo suave
ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso;
XXIV – POUSIO - prática de interrupção temporária de atividades ou usos
agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para
possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do
solo;
XXV - ÁREA ABANDONADA, SUBUTILIZADA OU UTILIZADA DE
FORMA INADEQUADA - área não efetivamente utilizada, nos termos
do §§ 3º e 4º, art. 6º da Lei Federal 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou
que não atenda aos índices previstos no referido artigo, ressalvadas as
áreas em pousio;
XXVI - ÁREAS ÚMIDAS - pantanais e superfícies terrestres cobertas de
forma periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras
formas de vegetação adaptadas à inundação;
51
XXVII - ÁREA URBANA CONSOLIDADA - aquela de que trata o inciso II
do caput do art. 47 da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009, e,
XXVIII - CRÉDITO DE CARBONO - título de direito sobre bem intangível
e incorpóreo transacionável.
Reserva Legal
As áreas de Reserva Legal: é uma obrigação do proprietário de
preservar uma área de floresta nativa, equivalente a um percentual da sua
área total, variável de 20% a 80%, conforme a localização e o bioma. Assim,
se o imóvel for localizado na:
a) Amazônia Legal (estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão a Oeste do
meridiano de 44º de longitude Oeste), o percentual de vegetação nativa de
responsabilidade do proprietário será de 80% (oitenta por cento) da área
situada em região de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento) da área situada em região de cerrado;
c) 20% (vinte por cento) da área situada em região de campos gerais.
Se o imóvel for localizado, em qualquer outra região do país, o
proprietário será responsável pela proteção de vegetação nativa em área
correspondente a 20% da área total do seu imóvel. Uma novidade sobre a
Reserva Legal é a possibilidade do cômputo da área de preservação
permanente – APP – na reserva legal, que poderá ser muito útil na
regularização de imóveis rurais, no entanto está limitado às hipóteses em
que: a) o cômputo não implique a conversão de novas áreas para o uso
alternativo do solo;
b) a área a ser computada esteja conservada ou em processo de
recuperação; e
c) o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no
Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em
consideração os seguintes estudos e critérios (Art. 14, Lei 12.651/12):
I - o plano de bacia hidrográfica;
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico;
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com
Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com
outra área legalmente protegida;
IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade;
V - as áreas de maior fragilidade ambiental.
52
Assim, é obrigatória a suspensão imediata das atividades, em área de
Reserva Legal desmatada irregularmente, após 22 de julho de 2008 (Art. 17,
§3º, Lei 12.651/12), sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e
penais cabíveis; deverá ser iniciado, nas áreas em que ocorreram o
desmatamento, o processo de recomposição da Reserva Legal, em até 2
(dois) anos contados, a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal
processo ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de
Regularização Ambiental - PRA (Art. 17, §4º, Lei 12.651/12). Em caso de
fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive, para
assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para
fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento (Art. 12,
§1º, Lei 12.651/12). Os Estados que não possuem seus Zoneamentos
Ecológico-Econômicos – ZEEs – segundo a metodologia unificada,
estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da
data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação (Art. 13,
§2º, Lei 12.651/12).
Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante
manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do
Sisnama, de acordo com as modalidades (Art. 17, §1º, Lei 12.651/12). Desta
forma, a Reserva Legal continua sendo passível de exploração limitada,
mediante manejo sustentável, visto que sua averbação no Cartório de
Registro de Imóveis não será obrigatória a partir da sua declaração e
inclusão no CAR Cadastro Ambiental Rural.
Cadastro Ambiental Rural
Sobre o Cadastro Ambiental Rural – CAR – é uma novidade do novo
Código Florestal, sendo uma importante ferramenta que auxiliará o Poder
Público na gestão do uso e ocupação do solo, quanto às questões ambientais,
com inscrição obrigatória para todos os proprietários rurais. O CAR será um
novo registro público, no qual deverão ser inscritas as propriedades, com seu
perímetro identificado e delimitado com coordenadas geográficas, assim
como todos os espaços protegidos no interior do imóvel, especialmente, APPs
e Reserva Legal; o Cadastro deterá não só o perímetro dos imóveis
georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do
interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização poderão
passar a ser feito por imagens de satélite.
A efetividade do cadastro, no entanto, dependerá da capacidade do
Poder Público em implementar essa ferramenta e garantir que sua
abrangência seja generalizada, em todo o território nacional.
53
DO EXCEDENTE DA RESERVA LEGAL
O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada
e inscrita no Cadastro Ambiental Rural – CAR – cuja área ultrapasse o mínimo
exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de
constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros
instrumentos congêneres previstos nesta Lei (- Art. 15, §2ºda Lei
12.651/12). A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação
primária ou da vegetação secundária, em qualquer estágio de regeneração
do Bioma Mata Atlântica, cumpre função social e é de interesse público,
podendo, a critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata
esta Lei ser computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente
utilizado para fins de compensação ambiental ou instituição de Cota de
Reserva Ambiental - CRA (LEI DA MATA ATLÂNTICA - Art. 35, Lei
11.428/2006)
NÃO SERÁ EXIGIDA RESERVA LEGAL:
Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento
de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal (Art. 12, §6º,
Lei 12.651/12).
Não será exigida Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou
desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para
exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem
empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam
instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica (Art.
12, §7º, Lei 12.651/12). Também não sera exigida para às áreas adquiridas
ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade
de rodovias e ferrovias (Art. 12, §8º, Lei 12.651/12).
AVERBAÇÃO, REGISTRO E TRANSFERÊNCIA DA RESERVA LEGAL
A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão
ambiental competente, por meio de inscrição no CAR, sendo vedada a
alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou
de desmembramento, com as exceções previstas nesta Lei (Art. 18, Lei
12.651/12).
A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita, mediante a
apresentação de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das
coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração, conforme
ato do Chefe do Poder Executivo. (Art. 18, §1º, Lei 12.651/12).
54
Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de
compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama,
com força de título executivo extrajudicial, que explicite, no mínimo, a
localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo
possuidor por força do previsto nesta Lei (Art. 18, §2º, Lei 12.651/12). A
transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações assumidas no
termo de compromisso (Art. 18, §3º, Lei 12.651/12).
O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório
de Registro de Imóveis, visto que, no período entre a data da publicação
desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar
fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato (Art. 18, §4º, Lei
12.651/12).
ÁREAS CONSOLIDADAS EM ÁREA DE RESERVA LEGAL
Proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha até 22 de julho
de 2008, RL inferior ao limite estabelecido poderá regularizar sua situação,
independente da adesão ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada
ou conjuntamente (Art. 66, Lei 12.651/12):
I – Recompor a Reserva Legal.
II – Permitir a regeneração natural da vegetação da área de Reserva
Legal.
III – Compensar a Reserva Legal.
A recomposição da Reserva Legal deverá atender os critérios
estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20
(vinte) anos, abrangendo, a cada 2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um décimo)
da área total necessária à sua complementação (Art. 66, §2º, Lei
12.651/12).A recomposição da Reserva Legal poderá ser realizada mediante
o plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em
sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros (Incluído pela Lei
nº 12.727, de 2012). (Art. 66, §3º, Lei 12.651/12):
I - o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as
espécies nativas de ocorrência regional;
II - a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder
a 50% (cinquenta por cento) da área total a ser recuperada.
Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor
a Reserva Legal terão direito à sua exploração econômica, nos termos desta
Lei (Art. 66, §4º, Lei 12.651/12). A compensação da Reserva Legal deverá
ser precedida pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita
mediante (Art. 66, §5º, Lei 12.651/12):
I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA;
55
II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva
Legal;
III - doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade
de Conservação de domínio público pendente de regularização fundiária;
IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva
Legal, em imóvel de mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro,
com vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde
que localizada no mesmo bioma.
As áreas a serem utilizadas para compensação deverão (Art. 66, §6º, Lei
12.651/12):
I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser
compensada;
II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser
compensada;
III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas
como prioritárias pela União ou pelos Estados.
A definição de áreas prioritárias buscará favorecer, entre outros, a
recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas, a criação
de corredores ecológicos, a conservação de grandes áreas protegidas e a
conservação ou recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçados (Art.
66, §7º, Lei 12.651/12). Quando se tratar de imóveis públicos, a
compensação poderá ser feita, mediante concessão de direito real de uso ou
doação, por parte da pessoa jurídica de direito público proprietária de imóvel
rural que não detém Reserva Legal em extensão suficiente, ao órgão público
responsável pela Unidade de Conservação de área localizada no interior de
Unidade de Conservação de domínio público, a ser criada ou pendente de
regularização fundiária (Art. 66, §8º, Lei 12.651/12).
As medidas de compensação previstas neste artigo não poderão ser
utilizadas como forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso
alternativo do solo (Art. 66, §9º, Lei 12.651/12). Nos imóveis rurais que
detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro) módulos fiscais e
que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores
ao previsto no art. 12, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada
com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas
conversões para uso alternativo do solo (Art. 67, Lei 12.651/12).
Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram
supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal
previstos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são
dispensados de promover a recomposição, compensação ou regeneração
para os percentuais exigidos nesta Lei (Art. 68, Lei 12.651/12).
56
Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas
situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos
históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados
agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à
produção e por todos os outros meios de prova em direito admitidos (Art.
68, §1º, Lei 12.651/12).
CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR
Lei 12.651/12 e regulamentado pelo Decreto 7.830/12
É um Registro Público eletrônico de âmbito nacional obrigatório para
todos os imóveis rurais (Art. 29. Lei 12.651). A inscrição do imóvel rural no
CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou
estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou
possuidor rural (Art. 29, §1º, Lei 12.651 e Art. 5º Dec 7.830):
I - Contemplar os dados do proprietário, possuidor rural ou responsável
direto pelo imóvel rural (Art. 5º Dec 7830, inciso I).
II - Comprovação da propriedade ou posse (Art. 29, inciso II, Lei
12.651).
III - Planta geo-referenciada:
- do perímetro do imóvel;
- das áreas de interesse social e das áreas de utilidade
pública;
- com a informação da localização dos remanescentes de
vegetação nativa;
- das Áreas de Preservação Permanente;
- das Áreas de Uso Restrito;
- das áreas consolidadas, e,
- da localização das Reservas Legais (Art. 5º, Dec 7830).
Caso detectadas pendências ou inconsistências nas informações
declaradas e nos documentos apresentados no CAR, o órgão responsável
deverá notificar o requerente, de uma única vez, para que preste
informações complementares ou promova a correção e adequação das
informações prestadas (Art. 7º, Dec. 7830). No caso de notificação pelo
órgão responsável, o requerente deverá fazer as alterações no prazo
estabelecido pelo órgão ambiental competente, sob pena de cancelamento
da sua inscrição no CAR (Art. 7. §1º).
A atualização ou alteração dos dados inseridos no CAR só poderão ser
efetuadas pelo proprietário ou possuidor rural ou representante legalmente
constituído (Art. 6º, §4º, Dec. 7830). O órgão ambiental competente poderá
realizar vistorias de campo sempre que julgar necessário para verificação das
57
informações declaradas e acompanhamento dos compromissos
assumidos (Art. 7º, §3º, Dec 7830).
Para registro no CAR dos imóveis considerados pequena propriedade ou
posse rural familiar (art. 3º da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006), até
4 módulos fiscais, será observado o procedimento simplificado no qual será
obrigatória apenas:
I - a identificação do proprietário ou possuidor rural;
II - a comprovação da propriedade ou posse;
III - a apresentação de croqui:
♦ que indique o perímetro do imóvel;
♦ as Áreas de Preservação Permanente, e,
♦ os remanescentes que formam a Reserva
Legal (Art. 8º, Dec. 7830).
IV - Caberá ao proprietário ou possuidor apresentar os dados
com a identificação da área proposta de Reserva Legal (Art. 8º, §1º, Dec.
7830).
V - Caberá aos órgãos competentes realizar a captação das
respectivas coordenadas geográficas, devendo prestar apoio técnico e
jurídico, gratuito (§único, Art. 53 Lei nº 12.651/12), sendo facultado ao
proprietário ou possuidor fazê-lo por seus próprios meios (Art. 8º, §2º Dec.
7830).
Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na
matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a
localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão
ambiental as informações relativas à Reserva Legal constante no item 2,
inciso III nesta página (Art. 30, Lei 12.651).
Para que o proprietário se desobrigue, deverá apresentar ao órgão
ambiental competente a certidão de registro de imóveis onde conste a
averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos
de posse (Art. 30, §único, Lei 12.651).
É importante observar que o registro da Reserva Legal no CAR
desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis, visto que, no
período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o
proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à
gratuidade deste ato (Art. 18, §4º, Lei 12.651). O cadastro ambiental,
também, servirá para a aquisição de crédito e, após cinco anos da data da
publicação desta Lei, as instituições financeiras só concederão crédito
agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis
rurais que estejam inscritos no CAR (Art. 78-A, Lei 12.651/12).
58
DA DELIMITAÇÃO E PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE
1. RIOS RURAIS OU URBANOS
As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima de (Art. 4º, inciso I):
LARGURA DO RIO OU
CÓRREGO
LARGURA DE MATA CILIAR
DA CADA LADO DO RIO OU
CÓRREGO
ATÉ 10 m 30 m
DE 10 a 50 m 50 m
DE 50 a 200 m 100 m
DE 200 a 600 m 200 m
ACIMA de 600 m 500 m
2. LAGOS E LAGOAS NATURAIS
► EM ÁREAS RURAIS
♦ LÂMINA D’ÁGUA ATÉ 20 ha – 50 m de mata ciliar (Art. 4º, inciso II
a).
♦ LÂMINA D’ÁGUA ACIMA DE 20 ha – 100 m de mata ciliar (Art. 4º,
inciso II a).
♦ LÂMINA D'ÁGUA ATÉ 1 ha - fica dispensada a obrigatoriedade da
mata ciliar (Art. 4º § 4º).
► EM ÁREAS URBANAS
♦ Independente do tamanho da lâmina d'água - 30 m (Art. 4º,
inciso II b).
3 - RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
► Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de
reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais (Art. 4º § 1º).
► Fica a critério do Licenciamento Ambiental a definição da faixa marginal
em reservatórios que não decorram de barramento ou represamento de
cursos d'águas naturais (Art. 4º, inciso III).
► Lâmina d'água até 1 ha - fica dispensada a obrigaroriedade da mata
ciliar (Art. 4º § 4º).
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PARA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS
a) Na implantação de reservatórios d'água artificiais destinados à geração
de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição,
desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo
empreendedor das APPs, criadas em seu entorno, conforme estabelecido no
licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 metros e
máxima de 100 metros em área rural e a faixa mínima de 15 metros e
máxima de 30 metros em área urbana (Art. 5º).
b) Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput,
o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano
Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em
conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder
a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente (Art.
5º § 1º).
c) O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório
Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei,
deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano
Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento,
não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de
instalação (Art. 5º § 2º).
4. NASCENTES E OLHOS D'ÁGUA PERENES– 50 m de raio no entorno de
nascentes (Art. 4º, inciso IV)
5. ENCOSTAS ou parte destas, com declividade superior a 45°, equivalentes
a 100% na linha de maior declive (Art. 4º, inciso V).
6. RESTINGAS, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangue (Art. 4º, inciso VI).
7. MANGUEZAIS, em toda a sua extensão (Art. 4º, inciso VII).
8. BORDAS DOS TABULEIROS OU CHAPADAS, até a linha de ruptura do
relevo, em faixa nunca inferior a 100 m em projeções horizontais - (Art. 4º,
inciso VIII).
9. EM ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 m, qualquer que seja a
vegetação (Art. 4º, inciso X).
10. Em VEREDA, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura
mínima de 50 m, a partir do espaço permanentemente brejoso e
encharcado (Art. 4º, inciso XI).
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11. TOPO DE MORROS, MONTES, MONTANHAS E SERRAS, com altura
mínima de 100 m e inclinação média de 25°, em áreas delimitadas a partir
da curva de nível correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre
em relação à base, sendo essa definida pelo plano horizontal determinado
por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela
cota do ponto de sela mais próximo da elevação - (Art. 4º, inciso IX).
12. É ADMITIDO, para a pequena propriedade rural ou posse rural familiar,
o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto, na
faixa de terra que fica exposta, no período de vazante dos rios ou lagos,
desde que não impliquem supressão de novas áreas, seja conservada a
qualidade das águas e proteção da fauna (Art. 4º § 5º).
13. AQUICULTURA - nos imóveis com até 15 módulos fiscais, é admitida, nas
áreas que tratam nos itens 1 e 2 desta página, a prática da aquicultura e da
infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que (Art. 4º § 6º):
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de
recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com
norma dos Conselhos Estaduais do Meio Ambiente;
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de
gestão de recursos hídricos;
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;
IV - não implique novas supressões de vegetação nativa;
V - o imóvel esteja inscrito no CAR;
VI - não implique novas supressões de vegetação nativa.
14. CONSIDERAM-SE, AINDA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - quando
declaradas de interesse social, por ato do Chefe do Poder Executivo, as
áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a
uma ou mais das seguintes finalidades (Art. 6º):
I - conter a erosão do solo, mitigar riscos de enchentes e
deslizamentos de terra e de rocha;
II - proteger áreas úmidas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou flora ameaçadas de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural
ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades
militares;
61
IX - proteger áreas úmidas, especialmente, as de importância
internacional.
15. É PERMITIDO o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação
Permanente para obtenção de água e para a realização de atividades de
baixo impacto ambiental (Art. 9º).
ÁREAS CONSOLIDADAS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
► PARA RIOS - nas APPs ficam autorizadas, exclusivamente, a
continuidade das atividades agrossilvipastoris, ecoturismo e turismo rural
em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008 (Art. 61
A).
O QUE É MÓDULO FISCAL?
Módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é
fixado pelo INCRA para cada município levando-se em conta:
(a) o tipo de exploração predominante no município
(hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou
florestal);
(b) a renda obtida no tipo de exploração predominante;
(c) outras explorações existentes no município que, embora não
predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada;
(d) o conceito de "propriedade familiar". A dimensão de um módulo
fiscal varia de acordo com o município onde está localizada a propriedade. O
valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 a 110 hectares. No novo "Código
Florestal" (Lei nº 12.651/2012) o valor do módulo fiscal é utilizado como
parâmetro legal para a sua aplicação em diversos contextos, como na
definição de benefícios atribuídos à pequena propriedade ou posse rural
familiar; na definição de faixas mínimas para recomposição de Áreas de
Preservação Permanente; da manutenção ou recomposição de Reserva
Legal, entre outros (fig. 4).
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Fig 4. Modulo fiscal
TAMANHO DA PROPRIEDADE
LARGURA DO RIO
LARGURA DA MATA CILIAR A SER RECUPERADA
Até 1 módulo fiscal Qualquer largura
5 metros, (Art. 61-A, §1º, Lei 12.651/12)
Superior a 1 até 2 módulos
Qualquer
largura
8 metros, (Art. 61-A, §2º, Lei 12.651/12)
Superior a 2 até 4 módulos
Qualquer
largura
15 metros, (Art. 61-A, §3º, Lei 12.651/12)
Superior a 4 até 10 módulos
Rios com até 10 m
20 metros, (Art. 61-A, §4º inciso II, Lei 12.651/12 e Dec. 7830/12, Art. 19, §4º inciso I)
Superior a 4 módulos
Rios > que 10
m
Metade da largura do rio, sendo no mínimo 30 m e máximo 100 m, (Art. 61-A, §4º inciso II, Lei 12.651/12 e Dec. 7830/12, Art. 19, §4º inciso II)
OBSERVAÇÃO: A largura da mata ciliar é contada a partir da borda da calha
do leito regular.
► PARA NASCENTES E OLHOS D'ÁGUA PERENES, admitida a manutenção
de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural sendo
obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de 15
metros (Art. 61-A, §5º).
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► PARA LAGOS E LAGOAS NATURAIS, será admitida a manutenção de
atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo
obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de:
TAMANHO DA PROPRIEDADE ENTORNO DE LAGOS E LAGOAS NATURAIS A SEREM
RECUPERADAS
Até 1 módulo fiscal 5 metros (Art. 61-A, §6º Inciso I) Superior a 1 até 2 módulos 8 metros (Art. 61-A, §6º Inciso II) Superior a 2 até 4 módulos 15 metros (Art. 61-A, §6º Inciso III) Superior a 4 módulos 30 metros (Art. 61-A, §6º Inciso IV)
► PARA VEREDAS consolidadas, será obrigatória a recomposição das faixas
marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e
encharcado, de largura mínima de:
TAMANHO DA PROPRIEDADE
FAIXA MARGINAL A SER RECUPERADA A PARTIR DO ESPAÇO BREJOSO E
ENCHARCADO
Até 4 módulos 30 metros (Art. 61-A, §7º Inciso I) Superior a 4 módulos 50 metros (Art. 61-A, §7º Inciso II)
► Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada
às atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive,
o acesso a essas atividades, independentemente das determinações contidas
nos quadros acima, desde que não estejam em área que ofereça risco à vida
ou à integridade física das pessoas (Art. 61-A, §12º).
► A recomposição poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, pelos
seguintes métodos (Art. 61-A, §13º):
I - condução de regeneração natural de espécies nativas;
II - plantio de espécies nativas;
III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da
regeneração natural de espécies nativas;
IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo
longo, exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta
por cento) da área total a ser recomposta no caso dos imóveis
considerados de pequena propriedade rural ou posse rural familiar.
► As Áreas de Preservação Permanente, localizadas em imóveis inseridos
nos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral, criadas por
ato do poder público até a data de publicação desta Lei, não são passíveis de
ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas, nos termos do
64
caput e dos §§ 1º a 15º, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo
elaborado e aprovado, de acordo com as orientações emitidas pelo órgão
competente do Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento do Chefe
do Poder Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou ocupante a
qualquer título adotar todas as medidas indicadas (Art. 61-A, §16º).
► Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de
2008, detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades
agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação
Permanente, é garantido que a exigência de recomposição, nos termos desta
Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não
ultrapassará (Art. 61-B):
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com
área de até 2 (dois) módulos fiscais; e (Art. 61-B, inciso I).
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais
com área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais (Art. 61-B,
inciso II).
► Para reservatórios artificiais, para geração de energia elétrica ou
abastecimento público, que tiveram seus contratos de concessão ou
autorização assinados anteriormente à Medida Provisória 2.166-67 de
24/08/2001, a faixa de APP será a distância entre o nível máximo operativo
normal e a cota máxima maximorum (Art. 62).
► Nas áreas rurais consolidadas consideradas como topos de morro,
encostas, serras, bordas de tabuleiro e, em altitudes superiores a 1.800 m,
será admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies
lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como a infraestrutura associada a
estas atividades, não se admitindo a conversão de novas áreas (Art. 63).
• nestas áreas o pastoreio extensivo deverá ficar restrito às áreas de
vegetação campestre natural admitindo-se o consórcio com vegetação
lenhosa perene ou de ciclo longo (Art. 63, §1º);
• a manutenção da cultura e infraestrutura fica condicionada à adoção de
práticas conservacionistas de solo e água indicadas pelos órgãos de
assistência técnica rural (Art. 63, §2º).
• Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso
VIII do art. 4o, dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no
âmbito do PRA, a partir de boas práticas agronômicas e de conservação do
solo e da água, mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de Meio
Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de
outras atividades agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de
vida (Art. 63, §3º).
65
VAMOS LER À LEI!!
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis
nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis
nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001;
e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o (VETADO).
Art. 1o-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação,
áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração
florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos
produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê
instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus
objetivos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentável, esta
Lei atenderá aos seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das
suas florestas e demais formas de vegetação nativa, bem como da
biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema
climático, para o bem estar das gerações presentes e futuras;(Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
II - reafirmação da importância da função estratégica da atividade
agropecuária e do papel das florestas e demais formas de vegetação nativa
na sustentabilidade, no crescimento econômico, na melhoria da qualidade de
vida da população brasileira e na presença do País nos mercados nacional e
internacional de alimentos e bioenergia;(Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
III - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas,
consagrando o compromisso do País com a compatibilização e harmonização
66
entre o uso produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da
vegetação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para
a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções
ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da inovação para o
uso sustentável do solo e da água, a recuperação e a preservação das
florestas e demais formas de vegetação nativa; (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
VI - criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar a
preservação e a recuperação da vegetação nativa e para promover o
desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 2o As florestas existentes no território nacional e as demais formas de
vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens
de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos
de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente
esta Lei estabelecem.
§ 1o Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões
contrárias às disposições desta Lei são consideradas uso irregular da
propriedade, aplicando-se o procedimento sumário previsto no inciso II do
art. 275 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
Civil, sem prejuízo da responsabilidade civil, nos termos do § 1o do art. 14
da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e das sanções administrativas,
civis e penais.
§ 2o As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas
ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou
posse do imóvel rural.
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia,
Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S, dos
Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado
do Maranhão;
67
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas;
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa;
IV - área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica
preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou
atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do
regime de pousio;
V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante
o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural,
incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao
disposto no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006;
VI - uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações
sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias,
industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de
transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação humana;
VII - manejo sustentável: administração da vegetação natural para a
obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os
mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas
espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora,
bem como a utilização de outros bens e serviços;
VIII - utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços
públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos
parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento,
gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações
necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou
68
internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração
de areia, argila, saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção
das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em
procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder
Executivo federal;
IX - interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação
nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão,
erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade
ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que
não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função
ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e
atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais
consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados
predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas
consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei no 11.977, de 7
de julho de 2009;
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e
de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes
integrantes e essenciais da atividade;
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho,
outorgadas pela autoridade competente;
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em
procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder
Executivo federal;
X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:
69
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões,
quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e
animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das
atividades de manejo agroflorestal sustentável;
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e
efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da
água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de
comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em
áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos
moradores;
f) construção e manutenção de cercas na propriedade;
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros
requisitos previstos na legislação aplicável;
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção
de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação
específica de acesso a recursos genéticos;
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e
outros produtos vegetais, desde que não implique supressão da vegetação
existente nem prejudique a função ambiental da área;
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e
familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde
que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem
prejudiquem a função ambiental da área;
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de
baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
XI - (VETADO);
XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos,
usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente,
sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-
herbáceas; (Redação pela Lei nº 12.727, de 2012).
70
XIII - manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos,
sujeitos à ação das marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas,
às quais se associa, predominantemente, a vegetação natural conhecida
como mangue, com influência fluviomarinha, típica de solos limosos de
regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da costa brasileira,
entre os Estados do Amapá e de Santa Catarina;
XIV - salgado ou marismas tropicais hipersalinos: áreas situadas em regiões
com frequências de inundações intermediárias entre marés de sizígias e de
quadratura, com solos cuja salinidade varia entre 100 (cem) e 150 (cento e
cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode ocorrer a presença de
vegetação herbácea específica;
XV - apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés
superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam
salinidade superior a 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil),
desprovidas de vegetação vascular;
XVI - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma
geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se
encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com
cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos,
dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional,
estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado;
XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta
perenidade e dá início a um curso d’água;
XVIII - olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que
intermitente;
XIX - leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso
d’água durante o ano;
XX - área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de
vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no
Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município,
indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de
recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos
recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e
manifestações culturais;
XXI - várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a
cursos d’água sujeitas a enchentes e inundações periódicas;
71
XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de
inundação adjacente a cursos d’água que permite o escoamento da
enchente;
XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área
caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja
intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado, ondulado,
fortemente ondulado e montanhoso.
XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos
agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para
possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do
solo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma
periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas
de vegetação adaptadas à inundação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
XXVI - área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do caput do
art. 47 da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009; e (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e
incorpóreo transacionável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento dispensado
aos imóveis a que se refere o inciso V deste artigo às propriedades e posses
rurais com até 4 (quatro) módulos fiscais que desenvolvam atividades
agrossilvipastoris, bem como às terras indígenas demarcadas e às demais
áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo
do seu território.
CAPÍTULO II
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Seção I
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou
urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular,
em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
72
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros
de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a
50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta)
a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura
mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até
20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)
metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na
licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer
que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta)
metros; (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente
a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,
em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de
100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a
partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima
da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano
73
horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos
relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer
que seja a vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura
mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente
brejoso e encharcado. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de
reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais. (Redação dada pela Lei nº
12.727, de 2012).
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 3o (VETADO).
§ 4o Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior
a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista
nos incisos II e III do caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação
nativa, salvo autorização do órgão ambiental competente do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727,
de 2012).
§ 5o É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que
trata o inciso V do art. 3o desta Lei, o plantio de culturas temporárias e
sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no
período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de
novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do
solo e seja protegida a fauna silvestre.
§ 6o Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida,
nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da
aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de
recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com
norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão
de recursos hídricos;
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR.
74
V - não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
§ 7o (VETADO).
§ 8o (VETADO).
§ 9o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 5o Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração
de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição,
desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor
das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme
estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de
30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa
mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área
urbana. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 1o Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput,
o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano
Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em
conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder
a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação
Permanente. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 2o O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório
Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei,
deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano
Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento,
não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de
instalação.
§ 3o (VETADO).
Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando
declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas
cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou
mais das seguintes finalidades:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de
terra e de rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
75
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou
histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades
militares.
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância
internacional. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Seção II
Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente
Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser
mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título,
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.
§ 1o Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de
Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a
qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação,
ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei.
§ 2o A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é transmitida ao
sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.
§ 3o No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22
de julho de 2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão
de vegetação enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1o.
Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de
Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta
Lei.
§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e
restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
§ 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de
Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art.
4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função
ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras
habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização
76
fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por
população de baixa renda.
§ 3o É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a
execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e
obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de
acidentes em áreas urbanas.
§ 4o Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras
intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta
Lei.
Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação
Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo
impacto ambiental.
CAPÍTULO III
DAS ÁREAS DE USO RESTRITO
Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a exploração
ecologicamente sustentável, devendo-se considerar as recomendações
técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, ficando novas supressões de
vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à autorização
do órgão estadual do meio ambiente, com base nas recomendações
mencionadas neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão permitidos o manejo
florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como
a manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das
atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a
conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e
interesse social.
CAPÍTULO III-A
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL
DOS APICUNS E SALGADOS
Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 4o do
art. 225 da Constituição Federal, devendo sua ocupação e exploração dar-se
de modo ecologicamente sustentável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
77
§ 1o Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de
carcinicultura e salinas, desde que observados os seguintes
requisitos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por cento)
dessa modalidade de fitofisionomia no bioma amazônico e a 35% (trinta e
cinco por cento) no restante do País, excluídas as ocupações consolidadas
que atendam ao disposto no § 6o deste artigo; (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
II - salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos e dos
processos ecológicos essenciais a eles associados, bem como da sua
produtividade biológica e condição de berçário de recursos
pesqueiros; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental
estadual, cientificado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA e, no caso de uso de terrenos de marinha ou
outros bens da União, realizada regularização prévia da titulação perante a
União; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
IV - recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e
resíduos; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
V - garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, respeitadas as
Áreas de Preservação Permanente; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
VI - respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das comunidades
locais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 2o A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) anos,
renovável apenas se o empreendedor cumprir as exigências da legislação
ambiental e do próprio licenciamento, mediante comprovação anual,
inclusive por mídia fotográfica. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 3o São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental -
EPIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA os novos
empreendimentos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentação do
projeto para ocultar ou camuflar seu porte; (Incluído pela Lei nº 12.727,
de 2012).
78
II - com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores
de significativa degradação do meio ambiente; ou (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
III - localizados em região com adensamento de empreendimentos de
carcinicultura ou salinas cujo impacto afete áreas comuns. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
§ 4o O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, poderá,
sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, bem
como do dever de recuperar os danos ambientais causados, alterar as
condicionantes e as medidas de controle e adequação, quando
ocorrer: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou
medidas de controle previstas no licenciamento, ou desobediência às normas
aplicáveis; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive por
omissão, em qualquer fase do licenciamento ou período de validade da
licença; ou (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
III - superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente ou à
saúde pública. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 5o A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o
Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira - ZEEZOC, com a
individualização das áreas ainda passíveis de uso, em escala mínima de
1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no prazo máximo de 1
(um) ano a partir da data da publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
§ 6o É assegurada a regularização das atividades e empreendimentos de
carcinicultura e salinas cuja ocupação e implantação tenham ocorrido antes
de 22 de julho de 2008, desde que o empreendedor, pessoa física ou jurídica,
comprove sua localização em apicum ou salgado e se obrigue, por termo de
compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos
adjacentes. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 7o É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em qualquer
hipótese ou forma, de ocupação ou exploração irregular em apicum ou
salgado, ressalvadas as exceções previstas neste artigo. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
CAPÍTULO IV
79
DA ÁREA DE RESERVA LEGAL
Seção I
Da Delimitação da Área de Reserva Legal
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação
nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre
as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais
mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art.
68 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - localizado na Amazônia Legal:
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).
§ 1o Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive
para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada,
para fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento.
§ 2o O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações
florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido
considerando separadamente os índices contidos nas alíneas a, b e c do
inciso I do caput.
§ 3o Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou
outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão
ambiental estadual integrante do Sisnama se o imóvel estiver inserido no
mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30.
§ 4o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a
Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), para fins de
recomposição, quando o Município tiver mais de 50% (cinquenta por cento)
da área ocupada por unidades de conservação da natureza de domínio
público e por terras indígenas homologadas.
§ 5o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o
Conselho Estadual de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para
até 50% (cinquenta por cento), quando o Estado tiver Zoneamento
Ecológico-Econômico aprovado e mais de 65% (sessenta e cinco por cento)
do seu território ocupado por unidades de conservação da natureza de
domínio público, devidamente regularizadas, e por terras indígenas
homologadas.
80
§ 6o Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento
de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal.
§ 7o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou
desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para
exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem
empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam
instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica.
§ 8o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou
desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de
rodovias e ferrovias.
Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE
estadual, realizado segundo metodologia unificada, o poder público federal
poderá:
I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante
recomposição, regeneração ou compensação da Reserva Legal de imóveis
com área rural consolidada, situados em área de floresta localizada na
Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade,
excluídas as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos
recursos hídricos e os corredores ecológicos;
II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento)
dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais
de proteção à biodiversidade ou de redução de emissão de gases de efeito
estufa.
§ 1o No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de
imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área
superior aos percentuais exigidos no referido inciso poderá instituir servidão
ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, de 31 de
agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental.
§ 2o Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-Econômicos
- ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida em norma federal,
terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da publicação desta Lei,
para a sua elaboração e aprovação.
Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar
em consideração os seguintes estudos e critérios:
I - o plano de bacia hidrográfica;
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico
81
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área
de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área
legalmente protegida;
IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e
V - as áreas de maior fragilidade ambiental.
§ 1o O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada
deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no
CAR, conforme o art. 29 desta Lei.
§ 2o Protocolada a documentação exigida para a análise da localização da
área de Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser
imputada sanção administrativa, inclusive restrição a direitos, por qualquer
órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em razão da não
formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº
12.727, de 2012).
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no
cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas
para o uso alternativo do solo;
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de
recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual
integrante do Sisnama; e
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no
Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.
§ 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera
na hipótese prevista neste artigo.
§ 2o O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada
e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área
ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente
para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental
e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.
§ 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de
cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição
e a compensação. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 4o É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as
Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em processo de
82
recuperação, somadas às demais florestas e outras formas de vegetação
nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: (Incluído pela Lei nº 12.727,
de 2012).
I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta
na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou
coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art.
12 em relação a cada imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal
poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.
Seção II
Do Regime de Proteção da Reserva Legal
Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação
nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer
título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.
§ 1o Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo
sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de
acordo com as modalidades previstas no art. 20.
§ 2o Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse
rural familiar, os órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer
procedimentos simplificados de elaboração, análise e aprovação de tais
planos de manejo.
§ 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de Reserva
Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 2008. (Redação
dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 4o Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis,
deverá ser iniciado, nas áreas de que trata o § 3o deste artigo, o processo
de recomposição da Reserva Legal em até 2 (dois) anos contados a partir da
data da publicação desta Lei, devendo tal processo ser concluído nos prazos
estabelecidos pelo Programa de Regularização Ambiental - PRA, de que trata
o art. 59. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental
competente por meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo
83
vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer
título, ou de desmembramento, com as exceções previstas nesta Lei.
§ 1o A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a apresentação
de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas
geográficas com pelo menos um ponto de amarração, conforme ato do Chefe
do Poder Executivo.
§ 2o Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de
compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama,
com força de título executivo extrajudicial, que explicite, no mínimo, a
localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo
possuidor por força do previsto nesta Lei.
§ 3o A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações
assumidas no termo de compromisso de que trata o § 2o.
§ 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório
de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação
desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar
fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato. (Redação dada pela
Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante
lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da
área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro
do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação
específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do
art. 182 da Constituição Federal.
Art. 20. No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva Legal,
serão adotadas práticas de exploração seletiva nas modalidades de manejo
sustentável sem propósito comercial para consumo na propriedade e manejo
sustentável para exploração florestal com propósito comercial.
Art. 21. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como
frutos, cipós, folhas e sementes, devendo-se observar:
I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos específicos,
quando houver;
II - a época de maturação dos frutos e sementes;
III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e da
espécie coletada no caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos, resinas,
cipós, bulbos, bambus e raízes.
84
Art. 22. O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com
propósito comercial depende de autorização do órgão competente e deverá
atender as seguintes diretrizes e orientações:
I - não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação
da vegetação nativa da área;
II - assegurar a manutenção da diversidade das espécies;
III - conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de medidas que
favoreçam a regeneração de espécies nativas.
Art. 23. O manejo sustentável para exploração florestal eventual sem
propósito comercial, para consumo no próprio imóvel, independe de
autorização dos órgãos competentes, devendo apenas ser declarados
previamente ao órgão ambiental a motivação da exploração e o volume
explorado, limitada a exploração anual a 20 (vinte) metros cúbicos.
Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal, aplica-se
igualmente o disposto nos arts. 21, 22 e 23.
Seção III
Do Regime de Proteção das Áreas Verdes Urbanas
Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas
verdes urbanas, com os seguintes instrumentos:
I - o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes
florestais relevantes, conforme dispõe a Lei no 10.257, de 10 de julho de
2001;
II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões
urbanas
III - o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos,
empreendimentos comerciais e na implantação de infraestrutura; e
IV - aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação
ambiental.
CAPÍTULO V
DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO
Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto
de domínio público como de domínio privado, dependerá do cadastramento
85
do imóvel no CAR, de que trata o art. 29, e de prévia autorização do órgão
estadual competente do Sisnama.
§ 1o (VETADO).
§ 2o (VETADO).
§ 3o No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que
contemplem a utilização de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu
a supressão.
§ 4o O requerimento de autorização de supressão de que trata
o caput conterá, no mínimo, as seguintes informações:
I - a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, da
Reserva Legal e das áreas de uso restrito, por coordenada geográfica, com
pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel;
II - a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4o do art. 33;
III - a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas;
IV - o uso alternativo da área a ser desmatada.
Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de
vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção,
segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal ou estadual ou municipal
do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de medidas
compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.
Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso
alternativo do solo no imóvel rural que possuir área abandonada.
CAPÍTULO VI DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema
Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público
eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com
a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses
rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento,
planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
§ 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente,
no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento,
86
exigirá do proprietário ou possuidor rural: (Redação dada pela Lei nº
12.727, de 2012).
I - identificação do proprietário ou possuidor rural;
II - comprovação da propriedade ou posse;
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo,
contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto
de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização dos
remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente,
das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso existente, também
da localização da Reserva Legal.
§ 2o O cadastramento não será considerado título para fins de
reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina a
necessidade de cumprimento do disposto no art. 2o da Lei no 10.267, de 28
de agosto de 2001.
§ 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses
rurais, devendo ser requerida até 31 de dezembro de 2017, prorrogável por
mais 1 (um) ano por ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada
pela Lei nº 13.295, de 2016)
Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na
matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a
localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão
ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no inciso III do
§ 1o do art. 29.
Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput,
deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de
imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso
já firmado nos casos de posse.
CAPÍTULO VII
DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL
Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de
domínio público ou privado, ressalvados os casos previstos nos arts. 21, 23
e 24, dependerá de licenciamento pelo órgão competente do Sisnama,
mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS
que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e
manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea
forme.
§ 1o O PMFS atenderá os seguintes fundamentos técnicos e científicos:
87
I - caracterização dos meios físico e biológico;
II - determinação do estoque existente;
III - intensidade de exploração compatível com a capacidade de suporte
ambiental da floresta;
IV - ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do volume
de produto extraído da floresta;
V - promoção da regeneração natural da floresta;
VI - adoção de sistema silvicultural adequado;
VII - adoção de sistema de exploração adequado;
VIII - monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente;
IX - adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.
§ 2o A aprovação do PMFS pelo órgão competente do Sisnama confere ao
seu detentor a licença ambiental para a prática do manejo florestal
sustentável, não se aplicando outras etapas de licenciamento ambiental.
§ 3o O detentor do PMFS encaminhará relatório anual ao órgão ambiental
competente com as informações sobre toda a área de manejo florestal
sustentável e a descrição das atividades realizadas.
§ 4o O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as operações
e atividades desenvolvidas na área de manejo.
§ 5o Respeitado o disposto neste artigo, serão estabelecidas em ato do
Chefe do Poder Executivo disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala
empresarial, de pequena escala e comunitário.
§ 6o Para fins de manejo florestal na pequena propriedade ou posse rural
familiar, os órgãos do Sisnama deverão estabelecer procedimentos
simplificados de elaboração, análise e aprovação dos referidos PMFS.
§ 7o Compete ao órgão federal de meio ambiente a aprovação de PMFS
incidentes em florestas públicas de domínio da União.
Art. 32. São isentos de PMFS:
I - a supressão de florestas e formações sucessoras para uso alternativo do
solo;
II - o manejo e a exploração de florestas plantadas localizadas fora das Áreas
de Preservação Permanente e de Reserva Legal;
88
III - a exploração florestal não comercial realizada nas propriedades rurais a
que se refere o inciso V do art. 3o ou por populações tradicionais.
Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal
em suas atividades devem suprir-se de recursos oriundos de:
I - florestas plantadas;
II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do Sisnama;
III - supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do
Sisnama;
IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente do
Sisnama.
§ 1o São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que
utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa
ou que detenham autorização para supressão de vegetação nativa.
§ 2o É isento da obrigatoriedade da reposição florestal aquele que utilize:
I - costaneiras, aparas, cavacos ou outros resíduos provenientes da atividade
industrial
II - matéria-prima florestal:
a) oriunda de PMFS;
b) oriunda de floresta plantada;
c) não madeireira.
§ 3o A isenção da obrigatoriedade da reposição florestal não desobriga o
interessado da comprovação perante a autoridade competente da origem do
recurso florestal utilizado.
§ 4o A reposição florestal será efetivada no Estado de origem da matéria-
prima utilizada, mediante o plantio de espécies preferencialmente nativas,
conforme determinações do órgão competente do Sisnama.
Art. 34. As empresas industriais que utilizam grande quantidade de matéria-
prima florestal são obrigadas a elaborar e implementar Plano de Suprimento
Sustentável - PSS, a ser submetido à aprovação do órgão competente do
Sisnama.
§ 1o O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de matéria-prima
florestal pela atividade industrial.
89
§ 2o O PSS incluirá, no mínimo:
I - programação de suprimento de matéria-prima florestal
II - indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal
georreferenciadas;
III - cópia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o PSS incluir
suprimento de matéria-prima florestal oriunda de terras pertencentes a
terceiros.
§ 3o Admite-se o suprimento mediante matéria-prima em oferta no
mercado:
I - na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições e
durante o período, não superior a 10 (dez) anos, previstos no PSS,
ressalvados os contratos de suprimento mencionados no inciso III do § 2o;
II - no caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de florestas
exóticas, licenciadas por órgão competente do Sisnama, o suprimento será
comprovado posteriormente mediante relatório anual em que conste a
localização da floresta e as quantidades produzidas.
§ 4o O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas ou outras que
consumam grandes quantidades de carvão vegetal ou lenha estabelecerá a
utilização exclusiva de matéria-prima oriunda de florestas plantadas ou de
PMFS e será parte integrante do processo de licenciamento ambiental do
empreendimento.
§ 5o Serão estabelecidos, em ato do Chefe do Poder Executivo, os
parâmetros de utilização de matéria-prima florestal para fins de
enquadramento das empresas industriais no disposto no caput.
CAPÍTULO VIII
DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS
Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou
subprodutos florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos
diferentes entes federativos, coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo
órgão federal competente do Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727,
de 2012).
§ 1o O plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou
exóticas independem de autorização prévia, desde que observadas as
limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser informados ao órgão
competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem.
90
§ 2o É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas
nas áreas não consideradas Áreas de Preservação Permanente e Reserva
Legal.
§ 3o O corte ou a exploração de espécies nativas plantadas em área de uso
alternativo do solo serão permitidos independentemente de autorização
prévia, devendo o plantio ou reflorestamento estar previamente cadastrado
no órgão ambiental competente e a exploração ser previamente declarada
nele para fins de controle de origem.
§ 4o Os dados do sistema referido no caput serão disponibilizados para
acesso público por meio da rede mundial de computadores, cabendo ao órgão
federal coordenador do sistema fornecer os programas de informática a
serem utilizados e definir o prazo para integração dos dados e as informações
que deverão ser aportadas ao sistema nacional.
§ 5o O órgão federal coordenador do sistema nacional poderá bloquear a
emissão de Documento de Origem Florestal - DOF dos entes federativos não
integrados ao sistema e fiscalizar os dados e relatórios respectivos. (Incluído
pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e o armazenamento de madeira,
lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de
florestas de espécies nativas, para fins comerciais ou industriais, requerem
licença do órgão competente do Sisnama, observado o disposto no art. 35.
§ 1o A licença prevista no caput será formalizada por meio da emissão do
DOF, que deverá acompanhar o material até o beneficiamento final.
§ 2o Para a emissão do DOF, a pessoa física ou jurídica responsável deverá
estar registrada no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei
no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
§ 3o Todo aquele que recebe ou adquire, para fins comerciais ou industriais,
madeira, lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos de florestas de
espécies nativas é obrigado a exigir a apresentação do DOF e munir-se da
via que deverá acompanhar o material até o beneficiamento final.
§ 4o No DOF deverão constar a especificação do material, sua volumetria e
dados sobre sua origem e destino.
§ 5o O órgão ambiental federal do Sisnama regulamentará os casos de
dispensa da licença prevista no caput. (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
91
Art. 37. O comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora
nativa dependerá de licença do órgão estadual competente do Sisnama e de
registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei
no 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo de outras exigências
cabíveis.
Parágrafo único. A exportação de plantas vivas e outros produtos da flora
dependerá de licença do órgão federal competente do Sisnama, observadas
as condições estabelecidas no caput.
CAPÍTULO IX
DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS
Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes
situações:
I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo
em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão
estadual ambiental competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de
forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e
controle;
II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em
conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia
aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo
conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas
estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;
III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa
devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição
de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental
competente do Sisnama.
§ 1o Na situação prevista no inciso I, o órgão estadual ambiental competente
do Sisnama exigirá que os estudos demandados para o licenciamento da
atividade rural contenham planejamento específico sobre o emprego do fogo
e o controle dos incêndios.
§ 2o Excetuam-se da proibição constante no caput as práticas de prevenção
e combate aos incêndios e as de agricultura de subsistência exercidas pelas
populações tradicionais e indígenas.
§ 3o Na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras
públicas ou particulares, a autoridade competente para fiscalização e
92
autuação deverá comprovar o nexo de causalidade entre a ação do
proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado.
§ 4o É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação das
responsabilidades por infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas
ou particulares.
Art. 39. Os órgãos ambientais do Sisnama, bem como todo e qualquer órgão
público ou privado responsável pela gestão de áreas com vegetação nativa
ou plantios florestais, deverão elaborar, atualizar e implantar planos de
contingência para o combate aos incêndios florestais.
Art. 40. O Governo Federal deverá estabelecer uma Política Nacional de
Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios
Florestais, que promova a articulação institucional com vistas na substituição
do uso do fogo no meio rural, no controle de queimadas, na prevenção e no
combate aos incêndios florestais e no manejo do fogo em áreas naturais
protegidas.
§ 1o A Política mencionada neste artigo deverá prever instrumentos para a
análise dos impactos das queimadas sobre mudanças climáticas e mudanças
no uso da terra, conservação dos ecossistemas, saúde pública e fauna, para
subsidiar planos estratégicos de prevenção de incêndios florestais.
§ 2o A Política mencionada neste artigo deverá observar cenários de
mudanças climáticas e potenciais aumentos de risco de ocorrência de
incêndios florestais.
CAPÍTULO X DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO
MEIO AMBIENTE
Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do
cumprimento da legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à
conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas
práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução
dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento
ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de
progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de
ação: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição,
monetária ou não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas
e que gerem serviços ambientais, tais como, isolada ou cumulativamente:
93
a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a
diminuição do fluxo de carbono;
b) a conservação da beleza cênica natural;
c) a conservação da biodiversidade;
d) a conservação das águas e dos serviços hídricos;
e) a regulação do clima;
f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico;
g) a conservação e o melhoramento do solo;
h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e
de uso restrito;
II - compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para
o cumprimento dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes
instrumentos, dentre outros:
a) obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas
de juros menores, bem como limites e prazos maiores que os praticados no
mercado;
b) contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas
no mercado;
c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de
uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, gerando créditos tributários;
d) destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso
da água, na forma da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para a
manutenção, recuperação ou recomposição das Áreas de Preservação
Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito na bacia de geração da
receita;
e) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária
de vegetação nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de
extinção, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na
propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas;
f) isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais
como: fios de arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de
perfuração de solo, dentre outros utilizados para os processos de
94
recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de
Reserva Legal e de uso restrito;
III - incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de
recuperação, conservação e uso sustentável das florestas e demais formas
de vegetação nativa, tais como:
a) participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da
produção agrícola;
b) destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a
extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental.
§ 1o Para financiar as atividades necessárias à regularização ambiental das
propriedades rurais, o programa poderá prever:
I - destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a
extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental;
II - dedução da base de cálculo do imposto de renda do proprietário ou
possuidor de imóvel rural, pessoa física ou jurídica, de parte dos gastos
efetuados com a recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de
Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de
julho de 2008;
III - utilização de fundos públicos para concessão de créditos reembolsáveis
e não reembolsáveis destinados à compensação, recuperação ou
recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de
uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008.
§ 2o O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer diferenciação
tributária para empresas que industrializem ou comercializem produtos
originários de propriedades ou posses rurais que cumpram os padrões e
limites estabelecidos nos arts. 4o, 6o, 11 e 12 desta Lei, ou que estejam em
processo de cumpri-los.
§ 3o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais inscritos no CAR,
inadimplentes em relação ao cumprimento do termo de compromisso ou PRA
ou que estejam sujeitos a sanções por infrações ao disposto nesta Lei, exceto
aquelas suspensas em virtude do disposto no Capítulo XIII, não são elegíveis
para os incentivos previstos nas alíneas a a e do inciso II do caput deste
artigo até que as referidas sanções sejam extintas.
§ 4o As atividades de manutenção das Áreas de Preservação Permanente,
de Reserva Legal e de uso restrito são elegíveis para quaisquer pagamentos
ou incentivos por serviços ambientais, configurando adicionalidade para fins
95
de mercados nacionais e internacionais de reduções de emissões certificadas
de gases de efeito estufa.
§ 5o O programa relativo a serviços ambientais previsto no inciso I
do caput deste artigo deverá integrar os sistemas em âmbito nacional e
estadual, objetivando a criação de um mercado de serviços ambientais.
§ 6o Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de Unidades
de Conservação de Proteção Integral são elegíveis para receber apoio
técnico-financeiro da compensação prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de
18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção de áreas
prioritárias para a gestão da unidade.
§ 7o O pagamento ou incentivo a serviços ambientais a que se refere o inciso
I deste artigo serão prioritariamente destinados aos agricultores familiares
como definidos no inciso V do art. 3o desta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
Art. 42. O Governo Federal implantará programa para conversão da multa
prevista no art. 50 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, destinado
a imóveis rurais, referente a autuações vinculadas a desmatamentos em
áreas onde não era vedada a supressão, que foram promovidos sem
autorização ou licença, em data anterior a 22 de julho de 2008. (Incluído
pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 43. (VETADO).
Art. 44. É instituída a Cota de Reserva Ambiental - CRA, título nominativo
representativo de área com vegetação nativa, existente ou em processo de
recuperação:
I - sob regime de servidão ambiental, instituída na forma do art. 9o-A da Lei
no 6.938, de 31 de agosto de 1981;
II - correspondente à área de Reserva Legal instituída voluntariamente sobre
a vegetação que exceder os percentuais exigidos no art. 12 desta Lei;
III - protegida na forma de Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN,
nos termos do art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000;
IV - existente em propriedade rural localizada no interior de Unidade de
Conservação de domínio público que ainda não tenha sido desapropriada.
§ 1o A emissão de CRA será feita mediante requerimento do proprietário,
após inclusão do imóvel no CAR e laudo comprobatório emitido pelo próprio
órgão ambiental ou por entidade credenciada, assegurado o controle do
96
órgão federal competente do Sisnama, na forma de ato do Chefe do Poder
Executivo.
§ 2o A CRA não pode ser emitida com base em vegetação nativa localizada
em área de RPPN instituída em sobreposição à Reserva Legal do imóvel.
§ 3o A Cota de Reserva Florestal - CRF emitida nos termos do art. 44-B da
Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passa a ser considerada, pelo
efeito desta Lei, como Cota de Reserva Ambiental.
§ 4o Poderá ser instituída CRA da vegetação nativa que integra a Reserva
Legal dos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o desta Lei.
Art. 45. A CRA será emitida pelo órgão competente do Sisnama em favor de
proprietário de imóvel incluído no CAR que mantenha área nas condições
previstas no art. 44.
§ 1o O proprietário interessado na emissão da CRA deve apresentar ao órgão
referido no caput proposta acompanhada de:
I - certidão atualizada da matrícula do imóvel expedida pelo registro de
imóveis competente;
II - cédula de identidade do proprietário, quando se tratar de pessoa física;
III - ato de designação de responsável, quando se tratar de pessoa jurídica;
IV - certidão negativa de débitos do Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR;
V - memorial descritivo do imóvel, com a indicação da área a ser vinculada
ao título, contendo pelo menos um ponto de amarração georreferenciado
relativo ao perímetro do imóvel e um ponto de amarração georreferenciado
relativo à Reserva Legal.
§ 2o Aprovada a proposta, o órgão referido no caput emitirá a CRA
correspondente, identificando:
I - o número da CRA no sistema único de controle;
II - o nome do proprietário rural da área vinculada ao título;
III - a dimensão e a localização exata da área vinculada ao título, com
memorial descritivo contendo pelo menos um ponto de amarração
georreferenciado;
IV - o bioma correspondente à área vinculada ao título;
V - a classificação da área em uma das condições previstas no art. 46.
97
§ 3o O vínculo de área à CRA será averbado na matrícula do respectivo
imóvel no registro de imóveis competente.
§ 4o O órgão federal referido no caput pode delegar ao órgão estadual
competente atribuições para emissão, cancelamento e transferência da CRA,
assegurada a implementação de sistema único de controle.
Art. 46. Cada CRA corresponderá a 1 (um) hectare:
I - de área com vegetação nativa primária ou com vegetação secundária em
qualquer estágio de regeneração ou recomposição;
II - de áreas de recomposição mediante reflorestamento com espécies
nativas.
§ 1o O estágio sucessional ou o tempo de recomposição ou regeneração da
vegetação nativa será avaliado pelo órgão ambiental estadual competente
com base em declaração do proprietário e vistoria de campo.
§ 2o A CRA não poderá ser emitida pelo órgão ambiental competente quando
a regeneração ou recomposição da área forem improváveis ou inviáveis.
Art. 47. É obrigatório o registro da CRA pelo órgão emitente, no prazo de 30
(trinta) dias, contado da data da sua emissão, em bolsas de mercadorias de
âmbito nacional ou em sistemas de registro e de liquidação financeira de
ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Art. 48. A CRA pode ser transferida, onerosa ou gratuitamente, a pessoa
física ou a pessoa jurídica de direito público ou privado, mediante termo
assinado pelo titular da CRA e pelo adquirente.
§ 1o A transferência da CRA só produz efeito uma vez registrado o termo
previsto no caput no sistema único de controle.
§ 2o A CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de imóvel
rural situado no mesmo bioma da área à qual o título está vinculado.
§ 3o A CRA só pode ser utilizada para fins de compensação de Reserva Legal
se respeitados os requisitos estabelecidos no § 6o do art. 66.
§ 4o A utilização de CRA para compensação da Reserva Legal será averbada
na matrícula do imóvel no qual se situa a área vinculada ao título e na do
imóvel beneficiário da compensação.
Art. 49. Cabe ao proprietário do imóvel rural em que se situa a área
vinculada à CRA a responsabilidade plena pela manutenção das condições de
conservação da vegetação nativa da área que deu origem ao título.
98
§ 1o A área vinculada à emissão da CRA com base nos incisos I, II e III do
art. 44 desta Lei poderá ser utilizada conforme PMFS.
§ 2o A transmissão inter vivos ou causa mortis do imóvel não elimina nem
altera o vínculo de área contida no imóvel à CRA.
Art. 50. A CRA somente poderá ser cancelada nos seguintes casos:
I - por solicitação do proprietário rural, em caso de desistência de manter
áreas nas condições previstas nos incisos I e II do art. 44;
II - automaticamente, em razão de término do prazo da servidão ambiental;
III - por decisão do órgão competente do Sisnama, no caso de degradação
da vegetação nativa da área vinculada à CRA cujos custos e prazo de
recuperação ambiental inviabilizem a continuidade do vínculo entre a área e
o título.
§ 1o O cancelamento da CRA utilizada para fins de compensação de Reserva
Legal só pode ser efetivado se assegurada Reserva Legal para o imóvel no
qual a compensação foi aplicada.
§ 2o O cancelamento da CRA nos termos do inciso III do caput independe
da aplicação das devidas sanções administrativas e penais decorrentes de
infração à legislação ambiental, nos termos da Lei no 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998.
§ 3o O cancelamento da CRA deve ser averbado na matrícula do imóvel no
qual se situa a área vinculada ao título e do imóvel no qual a compensação
foi aplicada.
CAPÍTULO XI
DO CONTROLE DO DESMATAMENTO
Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do
desmatamento em desacordo com o disposto nesta Lei, deverá embargar a
obra ou atividade que deu causa ao uso alternativo do solo, como medida
administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental, propiciar
a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área
degradada.
§ 1o O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu o
desmatamento ilegal, não alcançando as atividades de subsistência ou as
demais atividades realizadas no imóvel não relacionadas com a infração.
99
§ 2o O órgão ambiental responsável deverá disponibilizar publicamente as
informações sobre o imóvel embargado, inclusive por meio da rede mundial
de computadores, resguardados os dados protegidos por legislação
específica, caracterizando o exato local da área embargada e informando em
que estágio se encontra o respectivo procedimento administrativo.
§ 3o A pedido do interessado, o órgão ambiental responsável emitirá
certidão em que conste a atividade, a obra e a parte da área do imóvel que
são objetos do embargo, conforme o caso.
CAPÍTULO XII
DA AGRICULTURA FAMILIAR
Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em Áreas de Preservação
Permanente e de Reserva Legal para as atividades eventuais ou de baixo
impacto ambiental, previstas no inciso X do art. 3o, excetuadas as
alíneas b e g, quando desenvolvidas nos imóveis a que se refere o inciso V
do art. 3o, dependerão de simples declaração ao órgão ambiental
competente, desde que esteja o imóvel devidamente inscrito no CAR.
Art. 53. Para o registro no CAR da Reserva Legal, nos imóveis a que se
refere o inciso V do art. 3o, o proprietário ou possuidor apresentará os dados
identificando a área proposta de Reserva Legal, cabendo aos órgãos
competentes integrantes do Sisnama, ou instituição por ele habilitada,
realizar a captação das respectivas coordenadas geográficas.
Parágrafo único. O registro da Reserva Legal nos imóveis a que se refere o
inciso V do art. 3o é gratuito, devendo o poder público prestar apoio técnico
e jurídico.
Art. 54. Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal nos
imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o, poderão ser computados os
plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou industriais, compostos por
espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com
espécies nativas da região em sistemas agroflorestais.
Parágrafo único. O poder público estadual deverá prestar apoio técnico para
a recomposição da vegetação da Reserva Legal nos imóveis a que se refere
o inciso V do art. 3o.
Art. 55. A inscrição no CAR dos imóveis a que se refere o inciso V do art.
3o observará procedimento simplificado no qual será obrigatória apenas a
apresentação dos documentos mencionados nos incisos I e II do § 1o do art.
100
29 e de croqui indicando o perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação
Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal.
Art. 56. O licenciamento ambiental de PMFS comercial nos imóveis a que se
refere o inciso V do art. 3o se beneficiará de procedimento simplificado de
licenciamento ambiental.
§ 1o O manejo sustentável da Reserva Legal para exploração florestal
eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, para consumo no
próprio imóvel a que se refere o inciso V do art. 3o, independe de autorização
dos órgãos ambientais competentes, limitada a retirada anual de material
lenhoso a 2 (dois) metros cúbicos por hectare.
§ 2o O manejo previsto no § 1o não poderá comprometer mais de 15%
(quinze por cento) da biomassa da Reserva Legal nem ser superior a 15
(quinze) metros cúbicos de lenha para uso doméstico e uso energético, por
propriedade ou posse rural, por ano.
§ 3o Para os fins desta Lei, entende-se por manejo eventual, sem propósito
comercial, o suprimento, para uso no próprio imóvel, de lenha ou madeira
serrada destinada a benfeitorias e uso energético nas propriedades e posses
rurais, em quantidade não superior ao estipulado no § 1o deste artigo.
§ 4o Os limites para utilização previstos no § 1o deste artigo no caso de
posse coletiva de populações tradicionais ou de agricultura familiar serão
adotados por unidade familiar.
§ 5o As propriedades a que se refere o inciso V do art. 3o são desobrigadas
da reposição florestal se a matéria-prima florestal for utilizada para consumo
próprio.
Art. 57. Nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o, o manejo florestal
madeireiro sustentável da Reserva Legal com propósito comercial direto ou
indireto depende de autorização simplificada do órgão ambiental
competente, devendo o interessado apresentar, no mínimo, as seguintes
informações:
I - dados do proprietário ou possuidor rural;
II - dados da propriedade ou posse rural, incluindo cópia da matrícula do
imóvel no Registro Geral do Cartório de Registro de Imóveis ou comprovante
de posse;
III - croqui da área do imóvel com indicação da área a ser objeto do manejo
seletivo, estimativa do volume de produtos e subprodutos florestais a serem
101
obtidos com o manejo seletivo, indicação da sua destinação e cronograma
de execução previsto.
Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais
competentes dos respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações
do detentor do imóvel, o poder público poderá instituir programa de apoio
técnico e incentivos financeiros, podendo incluir medidas indutoras e linhas
de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere
o inciso V do caput do art. 3o, nas iniciativas de: (Redação dada pela Lei
nº 12.727, de 2012).
I - preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites
estabelecidos no art. 12;
II - proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção;
III - implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril;
IV - recuperação ambiental de Áreas de Preservação Permanente e de
Reserva Legal;
V - recuperação de áreas degradadas;
VI - promoção de assistência técnica para regularização ambiental e
recuperação de áreas degradadas;
VII - produção de mudas e sementes;
VIII - pagamento por serviços ambientais.
CAPÍTULO XIII
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão, no prazo de 1
(um) ano, contado a partir da data da publicação desta Lei, prorrogável por
uma única vez, por igual período, por ato do Chefe do Poder Executivo,
implantar Programas de Regularização Ambiental - PRAs de posses e
propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las aos termos deste Capítulo.
§ 1o Na regulamentação dos PRAs, a União estabelecerá, em até 180 (cento
e oitenta) dias a partir da data da publicação desta Lei, sem prejuízo do prazo
definido no caput, normas de caráter geral, incumbindo-se aos Estados e ao
Distrito Federal o detalhamento por meio da edição de normas de caráter
102
específico, em razão de suas peculiaridades territoriais, climáticas,
históricas, culturais, econômicas e sociais, conforme preceitua o art. 24 da
Constituição Federal.
§ 2o A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória para a adesão
ao PRA, devendo essa adesão ser requerida no prazo estipulado no § 3o do
art. 29 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.335, de 2016)
§ 3o Com base no requerimento de adesão ao PRA, o órgão competente
integrante do Sisnama convocará o proprietário ou possuidor para assinar o
termo de compromisso, que constituirá título executivo extrajudicial.
§ 4o No período entre a publicação desta Lei e a implantação do PRA em
cada Estado e no Distrito Federal, bem como após a adesão do interessado
ao PRA e enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o
proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas
antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação
em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.
§ 5o A partir da assinatura do termo de compromisso, serão suspensas as
sanções decorrentes das infrações mencionadas no § 4o deste artigo e,
cumpridas as obrigações estabelecidas no PRA ou no termo de compromisso
para a regularização ambiental das exigências desta Lei, nos prazos e
condições neles estabelecidos, as multas referidas neste artigo serão
consideradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente, regularizando o uso de áreas
rurais consolidadas conforme definido no PRA.
§ 6o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 60. A assinatura de termo de compromisso para regularização de imóvel
ou posse rural perante o órgão ambiental competente, mencionado no art.
59, suspenderá a punibilidade dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e48 da
Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, enquanto o termo estiver sendo
cumprido.
§ 1o A prescrição ficará interrompida durante o período de suspensão da
pretensão punitiva.
§ 2o Extingue-se a punibilidade com a efetiva regularização prevista nesta
Lei.
Seção II
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente
103
Art. 61. (VETADO).
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada,
exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de
ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho
de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 1o Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que
possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo
de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas
faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda da calha do leito
regular, independentemente da largura do curso d´água. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
§ 2o Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de
até 2 (dois) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória
a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros,
contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura
do curso d´água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 3o Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e
de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas
de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 (quinze)
metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da
largura do curso d’água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 4o Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais
que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao
longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das
respectivas faixas marginais: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - (VETADO); e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o mínimo
de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha
do leito regular. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação
Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida
a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo
rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze)
metros. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
104
§ 6o Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será
admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de
turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa marginal com
largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo
fiscal; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo
fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois)
módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e (Incluído pela Lei
nº 12.727, de 2012).
IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro)
módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 7o Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a
recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a
partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de: (Incluído
pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro)
módulos fiscais; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4
(quatro) módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 8o Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1o a 7o,
a área detida pelo imóvel rural em 22 de julho de 2008. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
§ 9o A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no
CAR para fins de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de
técnicas de conservação do solo e da água que visem à mitigação dos
eventuais impactos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já
existentes, é o proprietário ou possuidor rural responsável pela conservação
do solo e da água, por meio de adoção de boas práticas
agronômicas. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
105
§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios
técnicos de conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta
Lei, sendo vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo
nesses locais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura
associada às atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural,
inclusive o acesso a essas atividades, independentemente das determinações
contidas no caput e nos §§ 1o a 7o, desde que não estejam em área que
ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou
conjuntamente, pelos seguintes métodos: (Incluído pela Lei nº 12.727,
de 2012).
I - condução de regeneração natural de espécies nativas; (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
II - plantio de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração
natural de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo,
exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por
cento) da área total a ser recomposta, no caso dos imóveis a que se refere
o inciso V do caput do art. 3o; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
V - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o poder público, verificada
a existência de risco de agravamento de processos erosivos ou de
inundações, determinará a adoção de medidas mitigadoras que garantam a
estabilidade das margens e a qualidade da água, após deliberação do
Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual
equivalente. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do prazo de
adesão ao PRA de que trata o § 2o do art. 59, é autorizada a continuidade
das atividades desenvolvidas nas áreas de que trata o caput, as quais
deverão ser informadas no CAR para fins de monitoramento, sendo exigida
a adoção de medidas de conservação do solo e da água. (Incluído pela
Lei nº 12.727, de 2012).
106
§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos
nos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas por ato
do poder público até a data de publicação desta Lei não são passíveis de ter
quaisquer atividades consideradas como consolidadas nos termos do caput e
dos §§ 1o a 15, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo elaborado e
aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão competente do
Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento do Chefe do Poder
Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou ocupante a qualquer
título adotar todas as medidas indicadas. (Incluído pela Lei nº 12.727,
de 2012).
§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme previsto em
legislação específica, o Chefe do Poder Executivo poderá, em ato próprio,
estabelecer metas e diretrizes de recuperação ou conservação da vegetação
nativa superiores às definidas no caput e nos §§ 1o a 7o, como projeto
prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual de
Meio Ambiente. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 18. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de
julho de 2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam
atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente é garantido que a exigência de recomposição, nos
termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do
imóvel, não ultrapassará: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com
área de até 2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com
área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído
pela Lei nº 12.727, de 2012).
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 61-C. Para os assentamentos do Programa de Reforma Agrária, a
recomposição de áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente
ao longo ou no entorno de cursos d'água, lagos e lagoas naturais observará
as exigências estabelecidas no art. 61-A, observados os limites de cada área
demarcada individualmente, objeto de contrato de concessão de uso, até a
titulação por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -
Incra. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
107
Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a geração de
energia ou abastecimento público que foram registrados ou tiveram seus
contratos de concessão ou autorização assinados anteriormente à Medida
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa da Área de
Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo
normal e a cota máxima maximorum.
Art. 63. Nas áreas rurais consolidadas nos locais de que tratam os incisos V,
VIII, IX e X do art. 4o, será admitida a manutenção de atividades florestais,
culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da
infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades
agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo
do solo.
§ 1o O pastoreio extensivo nos locais referidos no caput deverá ficar restrito
às áreas de vegetação campestre natural ou já convertidas para vegetação
campestre, admitindo-se o consórcio com vegetação lenhosa perene ou de
ciclo longo.
§ 2o A manutenção das culturas e da infraestrutura de que trata o caput é
condicionada à adoção de práticas conservacionistas do solo e da água
indicadas pelos órgãos de assistência técnica rural.
§ 3o Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso
VIII do art. 4o, dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no
âmbito do PRA, a partir de boas práticas agronômicas e de conservação do
solo e da água, mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de Meio
Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de
outras atividades agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de
vida.
Art. 64. Na regularização fundiária de interesse social dos núcleos urbanos
informais inseridos em área urbana de ocupação consolidada e que ocupam
Áreas de Preservação Permanente, a regularização ambiental será admitida
por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da Lei
específica de Regularização Fundiária Urbana. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 759, de 2016)
§ 1o O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá incluir
estudo técnico que demonstre a melhoria das condições ambientais em
relação à situação anterior com a adoção das medidas nele preconizadas.
§ 2o O estudo técnico mencionado no § 1o deverá conter, no mínimo, os
seguintes elementos:
108
I - caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada;
II - especificação dos sistemas de saneamento básico;
III - proposição de intervenções para a prevenção e o controle de riscos
geotécnicos e de inundações;
IV - recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de
regularização;
V - comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-
ambiental, considerados o uso adequado dos recursos hídricos, a não
ocupação das áreas de risco e a proteção das unidades de conservação,
quando for o caso;
VI - comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada
pela regularização proposta; e
VII - garantia de acesso público às praias e aos corpos d'água.
Art. 65. Na regularização fundiária de interesse específico dos núcleos
urbanos informais inseridos em área urbana consolidada e que ocupem Áreas
de Preservação Permanente não identificadas como áreas de risco, a
regularização ambiental será admitida por meio da aprovação do projeto de
regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária
urbana. (Redação dada pela Medida Provisória nº 759, de 2016)
§ 1o O processo de regularização ambiental, para fins de prévia autorização
pelo órgão ambiental competente, deverá ser instruído com os seguintes
elementos:
I - a caracterização físico-ambiental, social, cultural e econômica da área;
II - a identificação dos recursos ambientais, dos passivos e fragilidades
ambientais e das restrições e potencialidades da área;
III - a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura urbana e
de saneamento básico implantados, outros serviços e equipamentos
públicos;
IV - a identificação das unidades de conservação e das áreas de proteção de
mananciais na área de influência direta da ocupação, sejam elas águas
superficiais ou subterrâneas;
V - a especificação da ocupação consolidada existente na área;
109
VI - a identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de
movimentos de massa rochosa, tais como deslizamento, queda e rolamento
de blocos, corrida de lama e outras definidas como de risco geotécnico;
VII - a indicação das faixas ou áreas em que devem ser resguardadas as
características típicas da Área de Preservação Permanente com a devida
proposta de recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de
regularização;
VIII - a avaliação dos riscos ambientais;
IX - a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-
ambiental e de habitabilidade dos moradores a partir da regularização; e
X - a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população às
praias e aos corpos d’água, quando couber.
§ 2o Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos
rios ou de qualquer curso d’água, será mantida faixa não edificável com
largura mínima de 15 (quinze) metros de cada lado.
§ 3o Em áreas urbanas tombadas como patrimônio histórico e cultural, a
faixa não edificável de que trata o § 2o poderá ser redefinida de maneira a
atender aos parâmetros do ato do tombamento.
Seção III
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva Legal
Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de
julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido
no art. 12, poderá regularizar sua situação, independentemente da adesão
ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:
I - recompor a Reserva Legal;
II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal;
III - compensar a Reserva Legal.
§ 1o A obrigação prevista no caput tem natureza real e é transmitida ao
sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.
§ 2o A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá atender os
critérios estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em
até 20 (vinte) anos, abrangendo, a cada 2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um
décimo) da área total necessária à sua complementação.
110
§ 3o A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser realizada
mediante o plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas,
em sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros: (Incluído
pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as espécies
nativas de ocorrência regional;
II - a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50%
(cinquenta por cento) da área total a ser recuperada.
§ 4o Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor
a Reserva Legal na forma dos §§ 2o e 3o terão direito à sua exploração
econômica, nos termos desta Lei.
§ 5o A compensação de que trata o inciso III do caput deverá ser precedida
pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita mediante:
I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA;
II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva
Legal;
III - doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade de
Conservação de domínio público pendente de regularização fundiária;
IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal,
em imóvel de mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com
vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde que
localizada no mesmo bioma.
§ 6o As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do §
5o deverão:
I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser compensada;
II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser
compensada;
III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como
prioritárias pela União ou pelos Estados.
§ 7o A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6o buscará favorecer,
entre outros, a recuperação de bacias hidrográficas excessivamente
desmatadas, a criação de corredores ecológicos, a conservação de grandes
áreas protegidas e a conservação ou recuperação de ecossistemas ou
espécies ameaçados.
111
§ 8o Quando se tratar de imóveis públicos, a compensação de que trata o
inciso III do caput poderá ser feita mediante concessão de direito real de uso
ou doação, por parte da pessoa jurídica de direito público proprietária de
imóvel rural que não detém Reserva Legal em extensão suficiente, ao órgão
público responsável pela Unidade de Conservação de área localizada no
interior de Unidade de Conservação de domínio público, a ser criada ou
pendente de regularização fundiária.
§ 9o As medidas de compensação previstas neste artigo não poderão ser
utilizadas como forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso
alternativo do solo.
Art. 67. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de
até 4 (quatro) módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação
nativa em percentuais inferiores ao previsto no art. 12, a Reserva Legal será
constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de
julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo.
Art. 68. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram
supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal
previstos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são
dispensados de promover a recomposição, compensação ou regeneração
para os percentuais exigidos nesta Lei.
§ 1o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas
situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos
históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados
agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à
produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos.
§ 2o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na Amazônia Legal,
e seus herdeiros necessários que possuam índice de Reserva Legal maior que
50% (cinquenta por cento) de cobertura florestal e não realizaram a
supressão da vegetação nos percentuais previstos pela legislação em vigor à
época poderão utilizar a área excedente de Reserva Legal também para fins
de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental - CRA e
outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.
CAPÍTULO XIV DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES E FINAIS
112
Art. 69. São obrigados a registro no órgão federal competente do Sisnama
os estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de
motosserras, bem como aqueles que as adquirirem.
§ 1o A licença para o porte e uso de motosserras será renovada a cada 2
(dois) anos.
§ 2o Os fabricantes de motosserras são obrigados a imprimir, em local
visível do equipamento, numeração cuja sequência será encaminhada ao
órgão federal competente do Sisnama e constará nas correspondentes notas
fiscais.
Art. 70. Além do disposto nesta Lei e sem prejuízo da criação de unidades
de conservação da natureza, na forma da Lei no 9.985, de 18 de julho de
2000, e de outras ações cabíveis voltadas à proteção das florestas e outras
formas de vegetação, o poder público federal, estadual ou municipal poderá:
I - proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, em perigo
ou ameaçadas de extinção, bem como das espécies necessárias à
subsistência das populações tradicionais, delimitando as áreas
compreendidas no ato, fazendo depender de autorização prévia, nessas
áreas, o corte de outras espécies;
II - declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua localização,
raridade, beleza ou condição de porta-sementes;
III - estabelecer exigências administrativas sobre o registro e outras formas
de controle de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam à extração,
indústria ou comércio de produtos ou subprodutos florestais.
Art. 71. A União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, realizará o Inventário Florestal Nacional, para subsidiar a análise
da existência e qualidade das florestas do País, em imóveis privados e terras
públicas.
Parágrafo único. A União estabelecerá critérios e mecanismos para
uniformizar a coleta, a manutenção e a atualização das informações do
Inventário Florestal Nacional.
Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de silvicultura, quando realizada
em área apta ao uso alternativo do solo, é equiparada à atividade agrícola,
nos termos da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que “dispõe sobre a
política agrícola”.
Art. 73. Os órgãos centrais e executores do Sisnama criarão e
implementarão, com a participação dos órgãos estaduais, indicadores de
113
sustentabilidade, a serem publicados semestralmente, com vistas em aferir
a evolução dos componentes do sistema abrangidos por disposições desta
Lei.
Art. 74. A Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, de que trata o art. 20-B
da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, com a redação dada pela Medida
Provisória no 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, é autorizada a adotar
medidas de restrição às importações de bens de origem agropecuária ou
florestal produzidos em países que não observem normas e padrões de
proteção do meio ambiente compatíveis com as estabelecidas pela legislação
brasileira.
Art. 75. Os PRAs instituídos pela União, Estados e Distrito Federal deverão
incluir mecanismo que permita o acompanhamento de sua implementação,
considerando os objetivos e metas nacionais para florestas, especialmente a
implementação dos instrumentos previstos nesta Lei, a adesão cadastral dos
proprietários e possuidores de imóvel rural, a evolução da regularização das
propriedades e posses rurais, o grau de regularidade do uso de matéria-
prima florestal e o controle e prevenção de incêndios florestais.
Art. 76. (VETADO).
Art. 77. (VETADO).
Art. 78. O art. 9o-A da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica,
pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo
firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua
propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os
recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental.
§ 1o O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve
incluir, no mínimo, os seguintes itens:
I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos
um ponto de amarração georreferenciado;
II - objeto da servidão ambiental;
III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor;
IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental.
§ 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.
114
§ 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão
ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal.
§ 4o Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de
imóveis competente:
I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental;
II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental.
§ 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental
deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos.
§ 6o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a
alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a
qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel.
§ 7o As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal,
nos termos do art. 44-A da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965,
passam a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de servidão
ambiental.” (NR)
Art. 78-A. Após 31 de dezembro de 2017, as instituições financeiras só
concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para
proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no
CAR. (Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016)
Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo será prorrogado em
observância aos novos prazos de que trata o § 3o do art. 29. (Incluído
pela Lei nº 13.295, de 2016)
Art. 79. A Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar acrescida
dos seguintes arts. 9o-B e 9o-C:
“Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária
ou perpétua.
§ 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze)
anos.
§ 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios,
tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular
do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de
julho de 2000.
§ 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-
la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo,
115
em favor de outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha
a conservação ambiental como fim social.”
“Art. 9o-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão
ambiental deve ser averbado na matrícula do imóvel.
§ 1o O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os seguintes
itens:
I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou
recuperação ambiental;
II - o objeto da servidão ambiental;
III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros adquirentes
ou sucessores;
IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental;
V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão
ambiental;
VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas
judiciais necessárias, em caso de ser descumprido.
§ 2o São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras
obrigações estipuladas no contrato:
I - manter a área sob servidão ambiental;
II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos
recursos naturais ou artificiais;
III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão
ambiental;
IV - defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito
admitidos.
§ 3o São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras
obrigações estipuladas no contrato:
I - documentar as características ambientais da propriedade;
II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão
ambiental está sendo mantida;
III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição
ou aos sucessores da propriedade;
116
IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área
objeto da servidão;
V - defender judicialmente a servidão ambiental.”
Art. 80. A alínea d do inciso II do § 1o do art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de
dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 10. ............................
§ 1o ......................................…………………….............
.............................................................................................
II - ...................................................…………................
.............................................................................................
d) sob regime de servidão ambiental;
...................................................................................” (NR)
Art. 81. O caput do art. 35 da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 35. A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação primária
ou da vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do Bioma
Mata Atlântica cumpre função social e é de interesse público, podendo, a
critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata esta Lei ser
computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins
de compensação ambiental ou instituição de Cota de Reserva Ambiental -
CRA............................................................” (NR)
Art. 82. São a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
autorizados a instituir, adaptar ou reformular, no prazo de 6 (seis) meses,
no âmbito do Sisnama, instituições florestais ou afins, devidamente
aparelhadas para assegurar a plena consecução desta Lei.
Parágrafo único. As instituições referidas no caput poderão credenciar,
mediante edital de seleção pública, profissionais devidamente habilitados
para apoiar a regularização ambiental das propriedades previstas no inciso
V do art. 3o, nos termos de regulamento baixado por ato do Chefe do Poder
Executivo.
Art. 83. Revogam-se as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965,
e 7.754, de 14 de abril de 1989, e suas alterações posteriores, e a Medida
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001.
117
Art. 84. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 25 de maio de 2012; 191o da Independência e 124o da República.
DILMA ROUSSEFF
Mendes Ribeiro Filho
Márcio Pereira Zimmermann
Miriam Belchior
Marco Antonio Raupp
Izabella Mônica Vieira Teixeira
Gilberto José Spier Vargas
Aguinaldo Ribeiro
Luís Inácio Lucena Adams
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS
1 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP
É um princípio contemplado na Política Nacional do Meio Ambiente
A - A participação do Brasil no Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente.
B - A educação ambiental em todos os níveis de ensino.
C - A intervenção nos municípios em assuntos ligados ao meio ambiente.
D. O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.
E - O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras.
SOLUÇÃO
LEI 6938 DE 1981
118
Vamos analisar a lei, daqui para frente e muita lei para ser lida, então vamos
lá.
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente.
RESPOSTA B
2 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
119
A. ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.
B. privatização do uso do solo, do subsolo e da água, protegendo as áreas
ameaçadas de degradação e recuperando as áreas degradadas.
C. fiscalização do uso dos recursos ambientais, controle e zoneamento das
atividades potencial ou efetivamente poluidoras, abertura de licitação para
empresas privadas na exploração dos recursos ambientais renováveis.
D. proteção dos ecossistemas de interface com países fronteiriços, visando à
preservação de áreas representativas da biota ecótona.
E. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o amplo
uso, com a preocupação mínima da proteção dos recursos ambientais.
SOLUÇÃO
O princípio solicitado, conforme a lei 6938/ 81 é:
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
RESPOSTA A
3 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
Segundo a Lei 6.938/1981, o órgão consultivo e deliberativo do Sistema
Nacional do Meio Ambiente, que tem a finalidade de assessorar, estudar e
propor, ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para
o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida é o
(A) Ministério do Meio Ambiente (MMA).
(B) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA).
120
(C) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
(D) Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
(E) Conselho de Governo
SOLUÇÃO
órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas
e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e
essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de
1990)
RESPOSTA D
4 - VUNESP 2013 CETESB Advogado
O Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA, previsto na Lei n.º
6.938/81, é estruturado, dentre outros, pelo(s) seguinte(s) órgão(s): a) órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar,
como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas
para o meio ambiente. b) órgãos subseccionais: os órgãos ou entidades integrantes da
administração federal direta e indireta, bem como as Fundações instituídas
pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da
qualidade ambiental. c) órgão superior: o Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, com a
função de assessorar o Presidente da República e Governadores Estaduais na
formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
d) órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental.
e) órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONAMA, com o fim de assistir e propor ao Conselho Superior do Meio
Ambiente CSMA, diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar sobre normas e padrões compatíveis à
sadia qualidade de vida.
SOLUÇÃO
Vamos analisar as alternativas.
121
a) órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas
para o meio ambiente.
Item incorreta
b) órgãos subseccionais: os órgãos ou entidades integrantes da
administração federal direta e indireta, bem como as Fundações instituídas
pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental.
Não e à proteção da qualidade ambiental, e sim a atividades que podem provocar a degradação ambiental, vão controlar e fiscalizar essas atividades.
c) órgão superior: o Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, com a
função de assessorar o Presidente da República e Governadores Estaduais na
formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
Assessora só o presidente
d) órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental.
122
Item correto
e) órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONAMA, com o fim de assistir e propor ao Conselho Superior do Meio
Ambiente CSMA, diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente
e os recursos naturais e deliberar sobre normas e padrões compatíveis à sadia qualidade de vida.
O Conama delibera de acordo com as suas competências, e não de acordo
com a sadia qualidade de vida.
RESPOSTA D
5 - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. O zoneamento ecológico-
econômico, regulamentado pelo Decreto Federal Nº 4.297/2002, é considerado, segundo o inciso II do artigo 9º da Lei n.º 6.938/1981, um
__________________ da Política Nacional do Meio Ambiente.
(A) instrumento
(B) objetivo
(C) princípio (D) órgão
(E) complemento SOLUÇÃO
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
123
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
RESPOSTA A
6- Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
Sobre a Política Nacional de Meio Ambiente analise as afirmativas a seguir:
124
I - foi criada pela lei 6.938 de 31 de agosto de 1981.
II - estabelece competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente,
CONAMA.
III - estabelece o Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Estão corretas as afirmativas:
A. apenas I;
B. apenas II;
C. apenas III;
D. apenas I e III;
E. I, II e III.
SOLUÇÃO
Como já víamos acima, todas estão correta
RESPOSTA E
7 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
De acordo com a Lei no 6938/81, são instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, EXCETO:
A. o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.
B. o estabelecimento de padrões de potabilidade da água.
C.o zoneamento ambiental.
D. a avaliação de impactos ambientais.
E. o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras.
SOLUÇÃO
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
125
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.
RESPOSTA B
8- ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006
Estabelece a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente a Lei nº:
A. 10.650, de 16/04/2003;
B. 10.410, de 11/01/2002;
C. 9.985, de 18/07/2000;
D. 9.605, de 12/02/1998;
E. 6.938, de 31/08/1981.
SOLUÇÃO
126
Tranquila, a lei que institui a política nacional do meio ambiente é a lei
6938/ 81
RESPOSTA E
9 - ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006
O instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei n° 6.938/1981)
responsável pela organização, integração, compartilhamento, acesso e
disponibilização da informação ambiental no âmbito do Sistema Nacional de
Meio Ambiente - SISNAMA, de acordo com a lógica nacional da gestão ambiental descentralizada entre as três esferas de governo, é o/a:
A. Sistema Brasileiro de Informações em Educação Ambiental - SIBEA;
B. Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO;
C. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;
D. Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA;
E. Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH.
SOLUÇÃO
O Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA) é
um dos instrumentos da Política Nacional da Meio Ambiente, previsto no
inciso VII do artigo 9º da Lei nº 6.938/81. O referido sistema é considerado
pela Política de Informação do MMA como a plataforma conceitual baseada
na integração e compartilhamento de informações entre os diversos sistemas
existentes ou a construir no âmbito do SISNAMA(Lei n. 6.938/81), conforme
Portaria nº 160 de 19 de maio de 2009.
O Sinima é o instrumento responsável pela gestão da informação no
âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), de acordo com a
lógica da gestão ambiental compartilhada entre as três esferas de governo,
tendo como forma de atuação três eixos estruturantes:
Eixo 1 - Desenvolvimento de ferramentas de acesso à informação;
Eixo 2 - Integração de bancos de dados e sistemas de informação. Esses
dois eixos são interligados e tratam de ferramentas de geoprocessamento,
em consonância com diretrizes estabelecidas pelo Governo Eletrônico - E-
gov, que permitem a composição de mapas interativos com informações
127
provenientes de diferentes temáticas e sistemas de informação. São
desenvolvidos com o apoio da Coordenação Geral de Tecnologia da
Informação e Informática - CGTI do MMA;
Eixo 3 - Fortalecimento do processo de produção, sistematização e análise
de estatísticas e indicadores relacionados com as atribuições do MMA. Este é
o eixo estratégico do SINIMA cuja função precípua é fortalecer o processo de
produção, sistematização e análise de estatísticas e indicadores ambientais;
recomendar e definir a sistematização de um conjunto básico de indicadores
e estabelecer uma agenda com instituições que produzem informação
ambiental; propiciar avaliações integradas sobre o meio ambiente e a
sociedade.
Com propósito de melhor encaminhar os trabalhos relativos a indicadores
do Eixo Três, foi criado um Grupo de Trabalho sobre Indicadores - GT de
Indicadores.
RESPOSTA D
10 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia (CESPE) - 2016
O órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é
o:
A.Ministério do Meio Ambiente.
B.Conselho Nacional do Meio Ambiente.
C.Instituto Chico Mendes.
D.IBAMA.
E.Conselho de Governo.
SOLUÇÃO
Órgão criado em 1982 pela Lei n º 6.938/81 – que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente -, o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do
Meio Ambiente - SISNAMA. Em outras palavras, o CONAMA existe para
assessorar, estudar e propor ao Governo, as linhas de direção que devem
tomar as políticas governamentais para a exploração e preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Além disso, também cabe ao
órgão, dentro de sua competência, criar normas e determinar padrões
128
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial
à sadia qualidade de vida.
RESPOSTA B
11 - Suframa/AM - Assistente Social- CESPE – 2014
Com base na legislação acerca do meio ambiente, julgue os itens a seguir.
Um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente estabelecida em
1981 é a educação ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a
educação para a comunidade, com o objetivo de capacitar os indivíduos
para participação ativa na defesa do meio ambiente.
C.Certo
E.Errado
SOLUÇÃO
A educação ambiental surge no Brasil antes da sua institucionalização
pelo governo federal, quando, no início dos anos 70, ocorre a emergência
dos movimentos ambientalistas, os quais se unem às lutas pelas liberdades
democráticas. Nos seus primórdios a educação ambiental se manifesta
através da ação isolada de professores, estudantes, escolas, organizações
da sociedade civil, prefeituras municipais e governos estaduais. As atividades
educacionais estavam relacionadas às ações voltadas, principalmente, à
recuperação e conservação do meio ambiente. Em 1981, com a criação da
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), a educação ambiental será
prevista para acontecer em todos os níveis de ensino, incluindo a educação
da comunidade, com o objetivo de capacitar para a participação ativa na
defesa do meio ambiente (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2005).
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico,
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana, atendidos os seguintes princípios (6938/81):
129
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na
defesa do meio ambiente.
RESPOSTA CERTO
12 - Suframa/AM – Engenheiro Florestal – CESPE – 2014
No que se refere aos instrumentos de gestão ambiental, julgue os itens
subsequentes. As políticas ambientais brasileiras têm evoluído, sobretudo
em aspectos legais e institucionais, para uma tendência centralizadora dos
instrumentos de gestão.
Certo
Errado
SOLUÇÃO
A descentralização, como parte da implementação da Política Nacional de Meio ambiente, tem ocorrido de forma fragmentada, descontínua e seletiva, ao
longo das duas últimas década do século XX. Nesse período, os estados e municípios brasileiros experimentaram diferentes graus de descentralização,
tornando-se necessárias ações coordenadas pelo governo central. A
vulnerabilidade institucional de vários estados e municípios, atrelada ao baixo
capital social, são fatores relevantes a serem considerados na formulação de uma política ambiental efetiva. Então, o item está errado pois, citou
centralização que no texto acima afirma o contrário.
RESPOSTA ERRADO
13 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014
Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos
seus instrumentos. O objetivo do zoneamento ecológico-econômico consiste
em identificar, na superfície terrestre, zonas ambientais homogêneas, ou
130
com características semelhantes, nas quais possam ser implementados
planos, programas, projetos, metas e diretrizes de planejamento ambiental.
Certo
Errado
SOLUÇÃO
O ZEE tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a proteção
ambiental. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico,
socioeconômico e jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários
exploratórios para a proposição de diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial identificada, estabelecendo, inclusive, ações
voltadas à mitigação ou correção de impactos ambientais danosos
porventura ocorridos.
RESPOSTA CERTO
14 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014
Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos
seus instrumentos. O uso do instrumento de organização do território
denominado zoneamento ecológico-econômico, que estabelece medidas e
padrões de proteção ambiental, é facultativo na implantação de planos, obras
e atividades públicas e privadas.
C.Certo
E.Errado
SOLUÇÃO
Tal como exposto no decreto federal nº 4.297/2002: Art. 2º O ZEE, instrumento de organização do território a ser
obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades
públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do
solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento
sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
RESPOSTA ERRADO
15 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014
131
Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos
seus instrumentos. A construção, a instalação, a ampliação e o
funcionamento de estabelecimentos e de atividades que utilizem recursos
ambientais e sejam efetiva ou potencialmente poluidores devem
obrigatoriamente ser precedidos de licenciamento ambiental.
Certo
Errado
SOLUÇÃO
Art. 1º - Para efeito desta Resolução (RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE
dezembro DE 1997) são adotadas as seguintes definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso.
RESPOSTA CERTO
16 - Venda Nova dos imigrantes – ES – fiscal meio ambiente - 2016
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, de acordo com
os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente.
( ) Visar a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
( ) Definir áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao
equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
( ) Estabelecer critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.
( ) Desenvolver pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso
racional de recursos ambientais.
( ) Visar a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação
de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública
132
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico.
( ) Preservar e restaurar os recursos ambientais com vistas à sua utilização
racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do
equilíbrio ecológico propício à vida.
( ) Impor, ao poluidor e ao predador, a obrigação de recuperar e/ou indenizar
os danos causados e, ao usuário, a contribuição pela utilização de recursos
ambientais com fins econômicos.
A sequência está correta em
A.V, V, V, V, V, V, V.
B.V, V, F, V, V, F, V.
C.F, F, V, V, V, V, V.
D.V, V, F, V, V, V, V
SOLUÇÃO
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
133
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Observando este artigo, podemos concluir:
RESPOSTA A
17 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia - CESPE - 2016
órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é o
A. Ministério do Meio Ambiente.
B. Conselho Nacional do Meio Ambiente.
C. Instituto Chico Mendes.
D. IBAMA.
E. Conselho de Governo.
SOLUÇÃO
A – MMA é órgão central.
B – CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo.
C e D – ICMBio e Ibama são órgãos executores.
E – Conselho de Governo é órgão superior.
RESPOSTA B
18 - MPE – RO – Promotor de justiça – CESPE 2013
Considerando as disposições da Lei que regula a Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei n.º 6.938/1981) e as normas emitidas pelo Conselho Nacional
do Meio Ambiente, assinale a opção correta.
A. Tendo sido concedido o licenciamento ambiental quando da instalação de
estabelecimento potencialmente poluidor, dispensa-se novo licenciamento
para a ampliação do estabelecimento.
B. Ainda que verifique que o empreendimento não causará significativa
degradação do meio ambiente, o órgão ambiental competente deverá
134
solicitar a apresentação do projeto a fim de subsidiar a decisão final sobre o
licenciamento ambiental.
C. Na análise técnica dos impactos ambientais de um empreendimento objeto
do estudo de impacto ambiental, é facultativa a inclusão dos impactos
positivos, mas obrigatória a dos impactos negativos, temporários e
permanentes.
D. No procedimento de licenciamento ambiental, para o atendimento da
obrigação legal de publicidade, os pedidos de licenciamento, sua renovação
e respectiva concessão devem ser publicados em jornal oficial, bem como
em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico
de comunicação mantido pelo órgão ambiental licenciador.
E. O referido Conselho, mediante representação dos órgãos do Sistema
Nacional do Meio Ambiente, pode autorizar a conversão da multa simples em
serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio
ambiente.
SOLUÇÃO
Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento
ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 2011)
§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva
concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional
ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação
mantido pelo órgão ambiental competente.
RESPOSTA D
19 - Liquigás – Engenheiro Junior – cesgranrio - 2014
135
De acordo com a Lei nº 6.938/1981 e suas alterações, os órgãos e entidades
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,
bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e pela melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema
Nacional do Meio Ambiente – Sisnama. Na estrutura do Sisnama, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – Ibama é um órgão
A.executor
B.consultivo
C.central
D.deliberativo
E.superior
SOLUÇÃO
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, mais conhecido pelo acrônimo IBAMA, criado pela Lei nº 7.735
de 22 de fevereiro de 1989, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério
do Meio Ambiente (MMA). É o órgão executivo responsável pela execução
da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela lei nº 6.938,
de 31 de agosto de 1981, e desenvolve diversas atividades para
a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e
a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo,
etc). Também cabe a ele conceder licenças
ambientais para empreendimentos de sua competência.
RESPOSTA A
20 - Financiadora de estudos e projetos – analista – cesgranrio - 2014
Um dos instrumentos para a realização da Política Nacional do Meio
Ambiente, nos termos da Lei Federal nº 6.938/81, é considerado de natureza
econômica.
Um desses instrumentos em questão é a
A. servidão ambiental
B. instituição de reserva legal
C. avaliação de impacto ambiental
136
D. constituição de espaço protegido
E. criação de cadastro técnico
SOLUÇÃO
Trata-se de inovação advinda com a Lei 11.284/06 que acrescentou o
artigo 9º-A à Lei 6.938/81, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente.
A servidão ambiental é dos instrumentos da política nacional do meio
ambiente e consiste na renúncia voluntária do proprietário rural ao direito de
uso, exploração ou supressão dos recursos naturais existentes em sua
propriedade.
Art. 9º-A. Mediante anuência do órgão ambiental competente, o proprietário
rural pode instituir servidão ambiental , pela qual voluntariamente renuncia,
em caráter permanente ou temporário, total ou parcialmente, a direito de
uso, exploração ou supressão de recursos naturais existentes na
propriedade . (sem grifos no original).
1º A servidão ambiental não se aplica às áreas de preservação permanente
e de reserva legal.
2º A limitação ao uso ou exploração da vegetação da área sob servidão
instituída em relação aos recursos florestais deve ser, no mínimo, a mesma
estabelecida para a reserva legal.
3º A servidão ambiental deve ser averbada no registro de imóveis
competente.
4º Na hipótese de compensação de reserva legal, a servidão deve ser
averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos.
5º É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração
da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título,
de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade.
RESPOSTA A
21 - Procuradoria Geral – PGE/MT – FCC – 2011
De acordo com a Lei Federal no 6.938/81, a política nacional do meio
ambiente tem como objetivos
137
A. promover a adoção de práticas adequadas de conservação e uso racional
dos combustíveis e de preservação do meio ambiente.
B. assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.
C. a utilização racional e adequada dos recursos hídricos, incluindo o
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável.
D. a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
E. a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.
SOLUÇÃO
De acordo com art. 4º da lei 6939/81 temos os objetivos:
138
RESPOSTA E
22 - CESPE MPESE Promotor de Justiça - 2010
A PNMA foi estabelecida em 1981 mediante a edição da Lei n.º 6.938/1981,
que criou o SISNAMA. O objetivo dessa lei é o estabelecimento de padrões
que tornem possível o desenvolvimento sustentável, por meio de
mecanismos e instrumentos para maior proteção do ambiente. A respeito
desse assunto e considerando o disposto na lei, assinale a opção correta.
a) O SISNAMA congrega os órgãos e as instituições ambientais da União, dos
estados e dos municípios; o DF não compõe esse sistema.
b) Poluição e poluidor são conceitos doutrinários não definidos na lei da
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Art. 4º A Política Nacional do Meio Ambiente visará
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio
ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e
manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos
ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações
ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade
ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
139
PNMA.
c) É objetivo da PNMA a compatibilização do desenvolvimento econômico-
social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio
ecológico.
d) O SISNAMA possui dois órgãos superiores e cinco órgãos locais.
e) Órgãos municipais estão impedidos de elaborar normas ambientais.
SOLUÇÃO
Art. 2º da lei 6938/81. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo
a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios
RESPOSTA C
CODIGO FLORESTAL
140
23 - MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA – CESPE - 2016
De acordo com a Lei n. 12.651/12, será admitido o cômputo da Reserva
Legal do imóvel no cálculo do percentual da Área de Preservação
Permanente, desde que: o benefício previsto neste artigo não implique a
conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser
computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme
comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; o
proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro
Ambiental Rural (CAR), nos termos da referida Lei.
Errado
Certo
SOLUÇÃO
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL
1. Todo imóvel rural deve manter área de 20% com cobertura de
vegetação nativa, a título de Reserva Legal
EXCEÇÃO À REGRA AMAZONIA LEGAL - Art. 12. Todo imóvel rural deve
manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal,
sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação
Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à
área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei:(Redação
dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - LOCALIZADO NA AMAZÔNIA LEGAL:
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
141
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por
cento).
2. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no
cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que (Art. 15, Lei
12.651/12):
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas
áreas para o uso alternativo do solo;
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de
recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual
integrante do Sisnama;
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no
Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.
3. O cômputo da APP aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da
Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a
compensação. (Art. 15, §3º, Lei 12.651/12).
4. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em
consideração os seguintes estudos e critérios (Art. 14, Lei 12.651/12):
I - o plano de bacia hidrográfica;
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico;
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com
Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com
outra área legalmente protegida;
IV - as áreas de maior importância para a conservação da
biodiversidade
V - as áreas de maior fragilidade ambiental.
142
VOLTANDO PARA QUESTÃO.
No inicio da questão diz assim:
De acordo com a Lei n. 12.651/12, será admitido o cômputo da Reserva
Legal do imóvel no cálculo do percentual da Área de Preservação
Permanente, desde que...
Este e o erro da questão ele INVERTEU A ORDEM: reserva legal por área de
preservação permanente. pode acreditar!!!
O CORRETO CONFORME A LEI.
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente
no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:
Diferença:
Área de Preservação Permanente – de acordo com o art 3º da Lei n.
12.651/2012, Área de Preservação Permanente é uma área protegida,
coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas.
Reserva Legal - Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa;
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
143
I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima,
Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo
13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W,
do Estado do Maranhão;
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida,
coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas;
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o
uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa;
RESPOSTA ERRADA
24 - MPESC 2016 MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA
Sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Lei n. 12.651/12 estabelece que
a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou
possuidor rural, entre outras questões, a identificação do proprietário ou
possuidor rural e a comprovação da propriedade ou posse.
o CERTO
o ERRADO SOLUÇÃO
144
A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita,
preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual e será
exigido do proprietário ou possuidor rural:
identificação do proprietário ou possuidor rural;
comprovação da propriedade ou posse rural;
identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo
com indicações das coordenadas geográficas, com pelo menos
um ponto de amarração do perímetro do imóvel, e com
informações da localização dos remanescentes de vegetação
nativa, das Áreas de Preservação Permanente– APPs , das Áreas
de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso exista, da
localização da Reserva Legal.
Então o cadastramento não vai ser feito no IBAMA, E SIM EM órgão
ambiental municipal ou estadual.
RESPOSTA ERRADO
25 - MPESC - PROMOTOR DE JUSTIÇA VESPERTINA - CESPE - 2016
Segundo a Lei n. 12.651/12, considera-se Área de Preservação Permanente,
em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei, as faixas marginais
de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura;
sessenta metros, para os cursos d’água que tenham de dez a cinquenta
metros de largura.
o CERTO o ERRADO
SOLUÇÃO
A questão trocou os números observe a questão novamente:
145
Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os
efeitos desta Lei, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural
perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do
leito regular, em largura mínima de:
trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de
largura (CORRETO ); sessenta metros, para os cursos d’água que
tenham de dez a cinquenta metros de largura (NÃO!!! ERRADO, É DE 50
METROS).
VAMOS FIXAR ESTAS MEDIDAS, VAMOS NA LEI..
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais
ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular,
em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez)
metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez)
a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50
(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
VAMOS ESQUEMATIZAR:
146
LARGURA DO CURSO D’ÁGUA (m) FAIXA DE APP (m)
Até 10 30
Entre 10 e 50 50
Entre 50 e 200 100
Entre 200 e 600 200
Superior a 600 600
APP – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura
mínima de:
LOCALIZAÇÃO ÁREA DA SUPERFICIE DO ESPELHO D’AGUA (ha)
FAIXA MARGINAL DE APP (m)
Zonas Rurais Até 20 50
Acima de 20 100
Zonas Urbanas independente 30
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d'água naturais, conforme abaixo:
Para abastecimento público e geração de energia elétrica
Não destinando a abastecimento público ou geração de energia
elétrica
Faixa marginal de APP Definido pelo licenciamento - Área rural: mínimo 30 e máximo de
100 metros:
Definido pelo licenciamento
147
-Área urbana: mínimo 15 e máximo de
30 metros
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes,
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50
metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues;....
RESPOSTA ERRADO
26 - FUNDEP - TJ-MG - Juiz- 2014
Sobre a Área de Reserva Legal, assinale a alternativa CORRETA.
a) O registro da Reserva Legal no CAR (Cadastro Ambiental Rural) desobriga
a averbação no Cartório de Registro de Imóveis.
b) A Reserva Legal também se aplica aos empreendimentos de
abastecimento público de água e tratamento de esgoto, bem como às áreas
adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de
capacidade de rodovias e ferrovias.
c) As áreas de maior fragilidade ambiental não devem ser consideradas para
a localização da área de Reserva Legal no imóvel rural.
d) A Reserva Legal não poderá ser instituída em regime de condomínio entre
propriedades rurais.
SOLUÇÃO
Vamos analisar cada alternativa:
A) O REGISTRO DA RESERVA LEGAL NO CAR (CADASTRO AMBIENTAL
RURAL) DESOBRIGA A AVERBAÇÃO NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE
IMÓVEIS.
Art 18 - § 4o - O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação
no Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data
148
da publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor
rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste
ato. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
Já achamos o nosso gabarito
B) A RESERVA LEGAL TAMBÉM SE APLICA AOS EMPREENDIMENTOS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA E TRATAMENTO DE ESGOTO, BEM
COMO ÀS ÁREAS ADQUIRIDAS OU DESAPROPRIADAS COM O OBJETIVO
DE IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE DE RODOVIAS E
FERROVIAS.
Não será exigida reserva legal
1. Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de
esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal (Art. 12, §6º, Lei
12.651/12);
2. Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou
desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para
exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem
empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam
instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica (Art. 12,
§7º, Lei 12.651/12);
3. Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou
desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de
rodovias e ferrovias (Art. 12, §8º, Lei 12.651/12);
Letra b incorreta
C) AS ÁREAS DE MAIOR FRAGILIDADE AMBIENTAL NÃO DEVEM SER
CONSIDERADAS PARA A LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL NO
IMÓVEL RURAL.
A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em
consideração os seguintes estudos e critérios (Art. 14 Lei nº 12.727, de
2012):
149
o plano de bacia hidrográfica;
o Zoneamento Ecológico-Econômico;
a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com
Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou
com outra área legalmente protegida;
as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade;
e
AS ÁREAS DE MAIOR FRAGILIDADE AMBIENTAL.
D) A RESERVA LEGAL NÃO PODERÁ SER INSTITUÍDA EM REGIME DE
CONDOMÍNIO ENTRE PROPRIEDADES RURAIS.
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou
coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12
em relação a cada imóvel ( Lei nº 12.727, de 2012).
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal
poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.
Letra c errada, pelo fato de que pode ser instituída por condomínio
RESPOSTA A
A Lei Estadual n. 14.675/09 e a Lei n. 12.651/12 dispõem que a área de
Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por
meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo permitida a
alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou
de desmembramento, com as exceções previstas nas apontadas Leis.
o Errado
o Certo
SOLUÇÃO
De acordo com Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada
no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que
27 - MPESC Promotor de Justiça Vespertina - 2016
150
trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos
de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as
exceções previstas nesta Lei.
RESPOSTA ERRADO
28 - FUNDATEC - BRDE ANALISTA DE PROJETOS ENGENHARIA - 2015
O novo código florestal pouco alterou, em termos gerais e estruturais, o que
já existia, pois a lei aprovada em 2012 permitiu tão somente ajustes pontuais
para adequação da situação de fato à situação de direito pretendida pela
legislação ambiental. Analise as seguintes assertivas relacionadas ao código
citado:
I. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas exclusivamente no
entorno de recursos hídricos, cujo manejo segue um regramento específico.
II. Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada com a função de assegurar o uso econômico, de modo
sustentável, dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e
a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora
nativa.
III. O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos imóveis
georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do
interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização poderão
passar a ser feitos por imagens de satélite.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
SOLUÇÃO
Vamos analisar cada item:
151
I. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas
exclusivamente no entorno de recursos hídricos, cujo manejo segue um
regramento específico.
As atividades humanas, o crescimento demográfico e econômico
causam pressões ao meio ambiente, degradando-o. Desta forma,
objetivando proteger o meio ambiente e os recursos naturais existentes nas
propriedades, o legislador instituiu no ordenamento jurídico, entre outros,
uma área especialmente protegida, onde é proibido construir, plantar ou
explorar atividade econômica, ainda que seja para assentar famílias
assistidas por programas de colonização e reforma agrária.
Somente órgãos ambientais podem abrir exceção à restrição e
autorizar o uso e até o desmatamento de área de preservação permanente
rural ou urbana mas, para fazê-lo, devem comprovar as hipóteses de
utilidade pública, interesse social do empreendimento ou baixo impacto
ambiental (Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área
de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta
Lei.).
As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas
ciliares. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e
reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos,
garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida
aquática.
Item certinho para fazer qualquer manejo nas APP tem que ter autorização
e demonstrar interesse social e baixo impacto ambiental
II. Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, delimitada com a função de assegurar o uso econômico, de
modo sustentável, dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna
silvestre e da flora nativa.
item correto,
III. O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos
imóveis georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização
poderão passar a ser feitos por imagens de satélite.
item correto
152
RESPOSTA E
29 - PGE-PI - 2014 - Procurador do Estado
Acerca das áreas de proteção permanente (APPs), assinale a opção correta.
a) Nos casos de regularização fundiária de interesse social em APP cujo
licenciamento ambiental seja de competência do Estado, este também é
competente para promover o licenciamento urbanístico do empreendimento.
b) A incidência de limitações administrativas sobre áreas localizadas em APPs
ensejam, via de regra, indenização por desapropriação indireta.
c) Nas APPs, são proibidos a realização de qualquer atividade humana e o
acesso de animais.
d) As matas ciliares existentes em APAs estão excluídas das APPs.
e) De acordo com o novo Código Florestal, são consideradas APPs as áreas
protegidas, previstas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa.
SOLUÇÃO
Segundo o atual Código Florestal, Lei nº12.651/12:
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
(...)
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas;
Áreas de preservação permanente (APP), assim como as Unidades de
Conservação, visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um
"meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado no art.
225 da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos: enquanto as
UCs estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs
são áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de exploração, ou seja, não
é permitida a exploração econômica direta.
RESPOSTA E
153
30 - UFPR 2015 COPEL Técnico Florestal
O Diário Oficial da União publicou a Lei Federal nº 12.651/12, que dispõe
sobre o novo Código Florestal, revogando expressamente o código até então
vigente (Lei Federal 4.771/65). Com base na nova lei, “áreas rurais
consolidadas" são áreas:
a) ocupadas antes de 2008 com atividades agrossilvipastoris.
b) destinadas para a pecuária.
c) de uma propriedade rural consolidadas após 2012.
d) de preservação para o cultivo comercial de espécies arbóreas especiais.
e) com declive e destinadas à produção de madeira.
SOLUÇÃO
De acordo com o Código Florestal, Lei nº 12.651/12, área rural consolidada
é “área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho
de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoaris,
admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio” (art. 3º, IV). Em
outras palavras, área rural consolidada é aquela que, até 22/07/2008, teve
sua vegetação natural modificada pela ação do homem. É preciso também
que tenha edificações, benfeitorias e atividades agrícolas, silvícolas e
pastoris.
RESPOSTA A
154
LISTA DE QUESTÕES
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS
1 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP
É um princípio contemplado na Política Nacional do Meio Ambiente
A - A participação do Brasil no Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente.
B - A educação ambiental em todos os níveis de ensino.
C - A intervenção nos municípios em assuntos ligados ao meio ambiente.
D. O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.
E - O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras.
2 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
A. ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.
B. privatização do uso do solo, do subsolo e da água, protegendo as áreas
ameaçadas de degradação e recuperando as áreas degradadas.
C. fiscalização do uso dos recursos ambientais, controle e zoneamento das
atividades potencial ou efetivamente poluidoras, abertura de licitação para
empresas privadas na exploração dos recursos ambientais renováveis.
D. proteção dos ecossistemas de interface com países fronteiriços, visando à
preservação de áreas representativas da biota ecótona.
E. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o amplo
uso, com a preocupação mínima da proteção dos recursos ambientais.
LEI 6938 DE 1981
155
3 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
Segundo a Lei 6.938/1981, o órgão consultivo e deliberativo do Sistema
Nacional do Meio Ambiente, que tem a finalidade de assessorar, estudar e
propor, ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para
o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida é o
(A) Ministério do Meio Ambiente (MMA).
(B) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA).
(C) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
(D) Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
(E) Conselho de Governo
4 - VUNESP 2013 CETESB Advogado
O Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA, previsto na Lei n.º 6.938/81, é estruturado, dentre outros, pelo(s) seguinte(s) órgão(s):
a) órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar,
como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.
b) órgãos subseccionais: os órgãos ou entidades integrantes da
administração federal direta e indireta, bem como as Fundações instituídas
pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental.
c) órgão superior: o Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, com a
função de assessorar o Presidente da República e Governadores Estaduais na
formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
d) órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental.
e) órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONAMA, com o fim de assistir e propor ao Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente
e os recursos naturais e deliberar sobre normas e padrões compatíveis à
sadia qualidade de vida.
5 - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. O zoneamento ecológico-
156
econômico, regulamentado pelo Decreto Federal Nº 4.297/2002, é
considerado, segundo o inciso II do artigo 9º da Lei n.º 6.938/1981, um
__________________ da Política Nacional do Meio Ambiente. (A) instrumento
(B) objetivo
(C) princípio
(D) órgão (E) complemento
6- Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
Sobre a Política Nacional de Meio Ambiente analise as afirmativas a seguir:
I - foi criada pela lei 6.938 de 31 de agosto de 1981.
II - estabelece competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente,
CONAMA.
III - estabelece o Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Estão corretas as afirmativas:
A. apenas I;
B. apenas II;
C. apenas III;
D. apenas I e III;
E. I, II e III.
7 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006
De acordo com a Lei no 6938/81, são instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente, EXCETO:
A. o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.
B. o estabelecimento de padrões de potabilidade da água.
C.o zoneamento ambiental.
D. a avaliação de impactos ambientais.
E. o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras.
8- ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006
157
Estabelece a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente a Lei nº:
A. 10.650, de 16/04/2003;
B. 10.410, de 11/01/2002;
C. 9.985, de 18/07/2000;
D. 9.605, de 12/02/1998;
E. 6.938, de 31/08/1981.
9 - ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006
O instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei n° 6.938/1981)
responsável pela organização, integração, compartilhamento, acesso e disponibilização da informação ambiental no âmbito do Sistema Nacional de
Meio Ambiente - SISNAMA, de acordo com a lógica nacional da gestão
ambiental descentralizada entre as três esferas de governo, é o/a:
A. Sistema Brasileiro de Informações em Educação Ambiental - SIBEA;
B. Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO;
C. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;
D. Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA;
E. Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH.
10 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia (CESPE) - 2016
O órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é
o:
A.Ministério do Meio Ambiente.
B.Conselho Nacional do Meio Ambiente.
C.Instituto Chico Mendes.
D.IBAMA.
E.Conselho de Governo.
11 - Suframa/AM - Assistente Social- CESPE – 2014
Com base na legislação acerca do meio ambiente, julgue os itens a seguir.
Um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente estabelecida em
1981 é a educação ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a
educação para a comunidade, com o objetivo de capacitar os indivíduos
para participação ativa na defesa do meio ambiente.
158
C.Certo
E.Errado
12 - Suframa/AM – Engenheiro Florestal – CESPE – 2014
No que se refere aos instrumentos de gestão ambiental, julgue os itens
subsequentes. As políticas ambientais brasileiras têm evoluído, sobretudo
em aspectos legais e institucionais, para uma tendência centralizadora dos
instrumentos de gestão.
Certo
Errado
13 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014
Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos
seus instrumentos. O objetivo do zoneamento ecológico-econômico consiste
em identificar, na superfície terrestre, zonas ambientais homogêneas, ou
com características semelhantes, nas quais possam ser implementados
planos, programas, projetos, metas e diretrizes de planejamento ambiental.
Certo
Errado
14 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014
Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos
seus instrumentos. O uso do instrumento de organização do território
denominado zoneamento ecológico-econômico, que estabelece medidas e
padrões de proteção ambiental, é facultativo na implantação de planos, obras
e atividades públicas e privadas.
C.Certo
E.Errado
15 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014
Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos
seus instrumentos. A construção, a instalação, a ampliação e o
funcionamento de estabelecimentos e de atividades que utilizem recursos
ambientais e sejam efetiva ou potencialmente poluidores devem
obrigatoriamente ser precedidos de licenciamento ambiental.
159
Certo
Errado
16 - Venda Nova dos imigrantes – ES – fiscal meio ambiente - 2016
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, de acordo com
os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente.
( ) Visar a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
( ) Definir áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao
equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
( ) Estabelecer critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.
( ) Desenvolver pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso
racional de recursos ambientais.
( ) Visar a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação
de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico.
( ) Preservar e restaurar os recursos ambientais com vistas à sua utilização
racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do
equilíbrio ecológico propício à vida.
( ) Impor, ao poluidor e ao predador, a obrigação de recuperar e/ou indenizar
os danos causados e, ao usuário, a contribuição pela utilização de recursos
ambientais com fins econômicos.
A sequência está correta em
A.V, V, V, V, V, V, V.
B.V, V, F, V, V, F, V.
C.F, F, V, V, V, V, V.
D.V, V, F, V, V, V, V
17 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia - CESPE - 2016
órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é o
160
A. Ministério do Meio Ambiente.
B. Conselho Nacional do Meio Ambiente.
C. Instituto Chico Mendes.
D. IBAMA.
E. Conselho de Governo.
18 - MPE – RO – Promotor de justiça – CESPE 2013
Considerando as disposições da Lei que regula a Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei n.º 6.938/1981) e as normas emitidas pelo Conselho Nacional
do Meio Ambiente, assinale a opção correta.
A. Tendo sido concedido o licenciamento ambiental quando da instalação de
estabelecimento potencialmente poluidor, dispensa-se novo licenciamento
para a ampliação do estabelecimento.
B. Ainda que verifique que o empreendimento não causará significativa
degradação do meio ambiente, o órgão ambiental competente deverá
solicitar a apresentação do projeto a fim de subsidiar a decisão final sobre o
licenciamento ambiental.
C. Na análise técnica dos impactos ambientais de um empreendimento objeto
do estudo de impacto ambiental, é facultativa a inclusão dos impactos
positivos, mas obrigatória a dos impactos negativos, temporários e
permanentes.
D. No procedimento de licenciamento ambiental, para o atendimento da
obrigação legal de publicidade, os pedidos de licenciamento, sua renovação
e respectiva concessão devem ser publicados em jornal oficial, bem como
em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico
de comunicação mantido pelo órgão ambiental licenciador.
E. O referido Conselho, mediante representação dos órgãos do Sistema
Nacional do Meio Ambiente, pode autorizar a conversão da multa simples em
serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio
ambiente.
161
19 - Liquigás – Engenheiro Junior – cesgranrio - 2014
De acordo com a Lei nº 6.938/1981 e suas alterações, os órgãos e entidades
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,
bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e pela melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema
Nacional do Meio Ambiente – Sisnama. Na estrutura do Sisnama, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – Ibama é um órgão
A.executor
B.consultivo
C.central
D.deliberativo
E.superior
20 - Financiadora de estudos e projetos – analista – cesgranrio - 2014
Um dos instrumentos para a realização da Política Nacional do Meio
Ambiente, nos termos da Lei Federal nº 6.938/81, é considerado de natureza
econômica.
Um desses instrumentos em questão é a
A. servidão ambiental
B. instituição de reserva legal
C. avaliação de impacto ambiental
D. constituição de espaço protegido
E. criação de cadastro técnico
21 - Procuradoria Geral – PGE/MT – FCC – 2011
De acordo com a Lei Federal no 6.938/81, a política nacional do meio
ambiente tem como objetivos
A. promover a adoção de práticas adequadas de conservação e uso racional
dos combustíveis e de preservação do meio ambiente.
B. assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.
162
C. a utilização racional e adequada dos recursos hídricos, incluindo o
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável.
D. a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
E. a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.
22 - CESPE MPESE Promotor de Justiça - 2010
A PNMA foi estabelecida em 1981 mediante a edição da Lei n.º 6.938/1981,
que criou o SISNAMA. O objetivo dessa lei é o estabelecimento de padrões
que tornem possível o desenvolvimento sustentável, por meio de
mecanismos e instrumentos para maior proteção do ambiente. A respeito
desse assunto e considerando o disposto na lei, assinale a opção correta.
a) O SISNAMA congrega os órgãos e as instituições ambientais da União, dos
estados e dos municípios; o DF não compõe esse sistema.
b) Poluição e poluidor são conceitos doutrinários não definidos na lei da
PNMA.
c) É objetivo da PNMA a compatibilização do desenvolvimento econômico-
social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio
ecológico.
d) O SISNAMA possui dois órgãos superiores e cinco órgãos locais.
e) Órgãos municipais estão impedidos de elaborar normas ambientais.
CODIGO FLORESTAL
23 - MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA – CESPE - 2016
De acordo com a Lei n. 12.651/12, será admitido o cômputo da Reserva
Legal do imóvel no cálculo do percentual da Área de Preservação
Permanente, desde que: o benefício previsto neste artigo não implique a
conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser
computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme
comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; o
proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro
Ambiental Rural (CAR), nos termos da referida Lei.
163
Errado
Certo
24 - MPESC 2016 MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA
Sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Lei n. 12.651/12 estabelece que
a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou
possuidor rural, entre outras questões, a identificação do proprietário ou
possuidor rural e a comprovação da propriedade ou posse.
o CERTO
o ERRADO
25 - MPESC - PROMOTOR DE JUSTIÇA VESPERTINA - CESPE - 2016
Segundo a Lei n. 12.651/12, considera-se Área de Preservação Permanente,
em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei, as faixas marginais
de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura;
sessenta metros, para os cursos d’água que tenham de dez a cinquenta
metros de largura.
o CERTO o ERRADO
26 - FUNDEP - TJ-MG - Juiz- 2014
Sobre a Área de Reserva Legal, assinale a alternativa CORRETA.
a) O registro da Reserva Legal no CAR (Cadastro Ambiental Rural) desobriga
a averbação no Cartório de Registro de Imóveis.
b) A Reserva Legal também se aplica aos empreendimentos de
abastecimento público de água e tratamento de esgoto, bem como às áreas
adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de
capacidade de rodovias e ferrovias.
c) As áreas de maior fragilidade ambiental não devem ser consideradas para
a localização da área de Reserva Legal no imóvel rural.
164
d) A Reserva Legal não poderá ser instituída em regime de condomínio entre
propriedades rurais.
A Lei Estadual n. 14.675/09 e a Lei n. 12.651/12 dispõem que a área de
Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por
meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo permitida a
alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou
de desmembramento, com as exceções previstas nas apontadas Leis.
o Errado
o Certo
28 - FUNDATEC - BRDE ANALISTA DE PROJETOS ENGENHARIA - 2015
O novo código florestal pouco alterou, em termos gerais e estruturais, o que
já existia, pois a lei aprovada em 2012 permitiu tão somente ajustes pontuais
para adequação da situação de fato à situação de direito pretendida pela
legislação ambiental. Analise as seguintes assertivas relacionadas ao código
citado:
I. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas exclusivamente no
entorno de recursos hídricos, cujo manejo segue um regramento específico.
II. Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada com a função de assegurar o uso econômico, de modo
sustentável, dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e
a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora
nativa.
III. O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos imóveis
georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do
interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização poderão
passar a ser feitos por imagens de satélite.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
27 - MPESC Promotor de Justiça Vespertina - 2016
165
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
29 - PGE-PI - 2014 - Procurador do Estado
Acerca das áreas de proteção permanente (APPs), assinale a opção correta.
a) Nos casos de regularização fundiária de interesse social em APP cujo
licenciamento ambiental seja de competência do Estado, este também é
competente para promover o licenciamento urbanístico do empreendimento.
b) A incidência de limitações administrativas sobre áreas localizadas em APPs
ensejam, via de regra, indenização por desapropriação indireta.
c) Nas APPs, são proibidos a realização de qualquer atividade humana e o
acesso de animais.
d) As matas ciliares existentes em APAs estão excluídas das APPs.
e) De acordo com o novo Código Florestal, são consideradas APPs as áreas
protegidas, previstas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa.
30 - UFPR 2015 COPEL Técnico Florestal
O Diário Oficial da União publicou a Lei Federal nº 12.651/12, que dispõe
sobre o novo Código Florestal, revogando expressamente o código até então
vigente (Lei Federal 4.771/65). Com base na nova lei, “áreas rurais
consolidadas" são áreas:
a) ocupadas antes de 2008 com atividades agrossilvipastoris.
b) destinadas para a pecuária.
c) de uma propriedade rural consolidadas após 2012.
d) de preservação para o cultivo comercial de espécies arbóreas especiais.
e) com declive e destinadas à produção de madeira.
166
GABARITO
1 - B 2 - A 3 - D 4 – D
5 - A 6 - E 7 - B 8 – E
9 - D 10 - B 11 - CERTO 12 - ERRADO
13 - CERTO 14 - ERRADA 15 - CERTA 16 – CERTA
17 - B 18 - D 19 - A 20 - A
21 - E 22 - C 23 - ERRADA 24 - ERRADA
25 - ERRADA 26 - A 27 - ERRADA 28 - E
29 - E 30 - A
167
Novo código florestal-sistema FAEP
Oliveira, Karla Auricélia Fernandes.
A cidadania no estado de direito ambiental: da proposta universalista ao reconhecimento das diferenças/ Karla Auricélia Fernandes de Oliveira, 2012.
119f:
http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/sistema-nacional-de-ucs-snuc.
Acessado em 25/02/2017
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm. Acessado em
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BIBIOGRAFIA:
168
BIBLIOGRAFIA
169
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