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Tempo e sincronização

Nazareno AndradeUniversidade Federal de Campina Grande

02/2008

Sistemas Distribuídos

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FundamentosCoordenando processosConstruíndo sistemasSistemas construídos

3

FundamentosCoordenando processos

– Mensagens (e fluxos): UDP, TCP, MPI, Enfileiramento, Gossiping

– RPC e objetos distribuídos: RMI– Mensagens vs. RPC– Nomeação– Sincronização

Construíndo sistemasSistemas construídos

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Objetivos

Entender como garantir que processos entreguem mensagens em uma dada ordem– Ordenação total– Ordenação causal

Entender como organizar sincronizar condições de corrida em um sistema distribuído

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Sincronismo

Sincronia é a organização de eventos no tempo

Investigaremos 2 aspectos de sincronia:– Como diferentes processos organizam sua visão de

eventos no tempo: ordenação de eventos– Como processos se organizam no tempo para acessar um

recurso: exclusão mútua

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Mantendo a ordem

Várias vezes, queremos que a ordem de eventos em diferentes processos seja a mesma– Mensagens recebidas por um grupo de réplicas – Fornecimento e cancelamento de leases

Exemplo no DB distribuído da Yahoo!:PNUTS provides a consistency model that is between the two extremes of general serializability and eventual consistency ... We provide per-record timeline consistency: all replicas of a given record apply all updates to the record in the same order .... The application [can] indicate cases where it can do with some relaxed consistency for higher performance .... [such as reading] a possibly stale version of the record.

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O problema da ordem de mensagens

Como garantir que processos têm a mesma visão da ordem das mensagens?– Necessário para replicação

m1 m3

m2

P1

P2

P3

8

Solução 1: sincronizamos relógios e usamos timestamps– Se o sistema é sincrono, isso é factível– Se é assíncrono, podemos usar aproximações

Solução 2: inventamos um tempo lógico– Boa parte do tempo, só queremos saber o que acontece

antes do que

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O tempo e relógios

Os relógios de nosso sistema necessitam de um referencial– Referencial externo– Sincronização interna de relógios

O referencial externo absoluto é a Terra– Mas a Terra está desacelerando!– Além do que turbulências no núcleo do planeta precisam ser levadas

em conta

O Bureau International de l’Heure cuida disso:– Monitora a hora solar e ajusta um relógio de alta precisão a ela– Publica a hora correta (UTC) para o mundo: ondas curtas e satélites

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Ajustando o tempo

O problema é deixar o relógio de p1 o mais próximo possível do de p2– Seja P2 um servidor com o tempo UTC ou náo

Como lidar com os atrasos de mensagem se o sistema for síncrono?– P1 envia tempo para P2 e conhecemos min e max no envio da

mensagem

E se o sistema é assíncrono?T2

P1

T1P2

T3

T4

11

Network Time Protocol

Um dos protocolos mais antigos da InternetAtinge precisão de 1/100s na Internet e até

20 microssegundos em LANs

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Tempo e relógios lógicos

Por vezes, os relógios dos processos não precisam estar em UTC, apenas concordarem suficientemente

Por vezes, eles não precisam concordar na hora também; basta concordar em o que acontece antes do que

Duas soluções bem conhecidas:– Relógios lógicos de Lamport– Marcas de tempo (ou relógios) vetoriais

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Relógios lógicos de Lamport

Idéias chave:– Queremos poder dizer se e e’; não queremos dizer o quanto– Só queremos ordenar eventos entre processos que interagem

Ordenamos eventos em duas situações:1. Se e1 e e2 aconteceram em um mesmo processo, o processo sabe se

e1 e22. Se e1 é o envio de uma mensagem e e2 seu recebimento, e1 e2

Note que é transitivo

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• Cada processo tem um contador C• A cada evento local, C += 1• C vai em toda mensagem enviada• Quando p1 recebe uma mensagem de p2, C = max(Cp1, Cp2)

Se a b, então C(a) < C(b)

Se C(a) < C(b), então a b ??

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Exemplo: Multicast totalmente ordenadoPodemos garantir consistência entre réplicas com essa primitiva

– Mensagens dos clientes chegam sempre na mesma ordem aos servidores

V0: uma abordagem centralizada

Com os relógios de Lamport, podemos fazer isso de maneira distribuída:– Processos se comunicam por multicast, mensagens recebidas são

enfileiradas de acordo com ts(m)– Para cada mensagem, cada processo envia ‘reconheço’– Uma mensagem só é entregue se está na frente da fila e depois de

receber ‘reconheço’ de todosEm outras palavras, p só entrega m depois que os contadores de todos os

outros processos são maiores que o timestamp lógico de m(assume que m1 de p1 chega antes de m2 de p1) (desempates com id do processo)

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C=(1)P1

P2

P3

17

P1

P2

P3

O que acontece com a mensagem vermelha?

18

P1

P2

P3

Note que eventos potencialmente concorrentes também são ordenados (ordem total)

19

Mais sobre multicasts

Há diferentes semânticas para ordenação das mensagens– FIFO por processo– Total – Causal

• Se C(a) < C(b), então a deve ser entregue antes de b

F3

F1

F2

T2

T1

P1 P2 P3

Time

C3

C1

C2

20

Relógios vetoriais

O relógiode Lamport não é suficiente para decidir se há causalidade:– No relógio de Lamport a b implica C(a) < C(b), mas o contrário não é

verdadeiro

Relógios vetoriais são um construto para isso– Cada processo mantém um vetor de relógios lógicos com um contador para

cada outro processo, VCi[j]• VCi[i] é incrementado a cada evento• i envia VCi de carona em cada msg m como ts(m) (um vetor!)

– Ao receber VCi , k faz VCk[j] max(VCk[j], ts(m)[j]) para cada j• k sabe quantas mensagens i processou

– Mensagem é entregue se:• ts(m)[i] == VCk[i] + 1 (msg é a próxima esperada de i)• ts(m)[j] == VCk[j] para todo j ≠i (k viu tudo que i viu antes de enviar m)

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Multicast ordenado por causalidade

VC1=(1,0,0)P1

P2

P3VC2=(1,1,0)

VC1=(1,1,0)

VC3=(0,0,0)

VC3=(1,0,0)VC3=(1,1,0)

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VC1=(1,0,0)P1

P2

P3

VC3=(0,0,1)

VC1=(1,0,1)

VC2=(1,0,1)

VC3=(1,0,1)

Mensagens sem causalidade não são mais ordenadas– Equivale à ordenação total se processos apenas respondem

mensagens (ou estão sincronizados como com condição de corrida)– É mais barato que ordenação total

VC2=(1,0,0)

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Quem deve implementar isso?

Multicasts assim estão implementados em bibliotecas como ISIS, Horus e Ensemble– Usados em bolsas de valores, controladores de tráfego e

coisas assim

Argumento fim-a-fim: quem deve implementar a lógica de causalidade– Middleware mais simplicidade, menos inteligência– Applicação mais complexidade, mais inteligência

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Onde estamos

Sincronia é a organização de eventos no tempo

Agora nos interessam 2 aspectos:– Como diferentes processos organizam os mesmos eventos

no tempo: ordenação– Como processos se organizam no tempo para acessar um

recurso: exclusão mútua

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Exclusão mútua distribuída

Lembre que em SDs, concorrência é a norma– Necessitamos de sincronismo entre processos para

acessar um recurso– Não temos semáforos ou variáveis compartilhadas

Duas abordagens para exclusão mútua em SDs:1. Baseada em fichas (token-based)2. Baseada em permissão

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Antes dos detalhes

Note que o problema é semelhante a acesso ao meio em redes

Consideramos um sistema assíncrono sem falhas e com links confiáveis

Queremos duas propriedades– Safety: no máximo um processo está na região crítica em cada

instante– Liveness: requisições para entrar na região crítica em algum momento

dão certo

Aparte: safety e liveness são conceitos úteis em SDs

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Algoritmo 1: centralizado

Um nó é eleito coordenador e mantém a fila de reqs– Simplicidade e eficiência vs. Escalabilidade e robustez

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Algoritmo 2: decentralizado

Podemos replicar o coordenador– rname-1, rname-2, rname-n em uma DHT

Para obter o lock, p precisa de m > n/2 permissões de coordenadores

Potencialmente robusto, mas se há falhas, é probabilísticoClaro que para alguns casos isso é bom o suficiente

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Algoritmo 3: distribuído

Baseado em relógios lógicos de Lamport– Requer ordenação total

Processos fazem multicast de requisições pela RC e só entram nela após receber permissão (‘reconheço’) de todos– Requisições com tempos lógicos menores têm prioridade– Cada processo mantém variável que contrla RC: [ released

| requested | held ]

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DeterminísticoCusto: (n-1) requisições + (n-1) respostasFalha de qualquer processo necessita de recuperação

– Respostas negativas aumentam isso com maior custo

Custo cai um pouco usando maiorias em lugar de unanimidades

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Decentralização + token, versão 1

Nó que tem o token tem direito à RCToken guarda quando cada nó acessou a RCQuando acaba, dono do token passa-o para próximo processo

com requisição pendente

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Mais barato: – N-1 requisições + 1

resposta– Apenas falhas do

dono do token são críticas

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Token ring

Dono do token o usa e o passa adiante– Simples– Eficiente com muita carga

Necessidade de reconfigurar anel sempre que há falhas

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Recapitulando

Ordenando eventos no tempo– Sincronismo de relógios físicos– Relógios lógicos de Lamport– Relógios vetoriais

Ordenando acesso a uma região crítica– Algoritmo decentralizado– Algoritmo decentralizado– Algoritmo distribuído– Algoritmos baseados em ficha

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Mais sobre esse assunto

Sincronização de relógios– Artigo dando uma visão geral sobre o problema e soluções

Ordenação de eventos– Post em um bom blog sobre o Yahoo PNUTS– Texto de 1993 explicando uso de multicast ordenado em

diversas aplicações– Artigo criticando a ordenação de mensagens em

middleware e resposta de K. Birman– Spread, um toolkit de comunicação em grupo

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