stakeholders - josé afonso assumpção (janeiro/fevereiro - 2012)

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José Afonso Assumpção - Presidente do Conselho de Administração da Líder Táxi Aéreo

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José Afonso Assumpção

Presidente do Conselho de

Administração da Líder Táxi Aéreo

STAKEHOLDERSCom mais de 60 anos de experiência no mercado de aviação, o presidente do Conselho de Administração da Líder Táxi Aéreo, comandante José Afonso Assumpção, fala sobre os desafios da empresa para os próximos anos e avalia o mercado. Ele destaca o pré--sal como uma alavanca para a ampliação dos negócios e acredita que a atualização tecnológica deva ser uma constante para garantir o bom desempenho de qualquer empresa que atue em ramos de excelência, como é caso da aviação executiva, em que a Líder exerce papel de destaque em âmbito nacional. Aos 78 anos, continua trabalhando diariamente na empresa que fundou e participando ativamente das decisões.

Publicação TRANSAEX | Venda ProibidaD i s t r i b u i ç ã o D i r i g i d a

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TRANSAEX

Atenciosamente,Paulo Eduardo Pinto

DIRETOR CORPORATIVO

Ao completar seus 20 anos, a TRANSAEX vem reforçar que é uma empresa empenhada em promover o desenvolvimento humano, e não apenas em cumprir regras. É justamente por esse motivo, por lidar-mos com uma operação complexa, sofisticada, que envolve pessoas, que temos de ser apaixonados pelo que fazemos. As pessoas precisam se de-dicar à profissão, ter versatilidade dentro do limite da técnica. Somos uma empresa que traz sempre o novo dentro do normativo legal, constituído.

Convidamos todos a uma boa leitura e participação.

DEPOIMENTOS

“Tão importante quanto construir é manter o que se construiu. Uma imagem de credibilidade pode ser destruída de uma hora para a

outra se não nos empenharmos em sua constante manutenção e se não estivermos atentos e vigilantes.”

Delson de Miranda Tolentino - Conselheiro da Broadspan Capital e vice-presidente de Desenvolvimento Financeiro da Mendes Júnior -

STAKEHOLDERS - junho 2011

“O papel do Brasil é muito importante. Podemos dizer que essa é a primeira vez na história universal que o mundo olha para o Brasil agrícola com um

grito de socorro: por favor, cresçam para que a gente possa eliminar a fome e manter a paz e a democracia no mundo.”

Roberto Rodrigues - Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura -

STAKEHOLDERS - dezembro 2011

MATRiz: Rua Alagoas , 1000 - Conj 1001 Funcionários - Belo Horizonte / MG - 30130-160Tel: (31) 3232.4252 - www.transaex.com.br

PUBLICAÇÃO TRANSAEX • TSX NEWSFEVEREiRO/2012| Venda Proibida

A TSX News é uma publicação da TRANSAEX Comércio internacional.Todos os direitos reservados. Os artigos assinados são de inteira respon-sabilidade dos autores e não representam a opinião do informativo ou da TRANSAEX. A reprodução de matérias e artigos somente será permitida se previamente autorizada, por escrito, pela equipe edito-rial, com créditos da fonte. Mais informações: www.transaex.com.br.

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• As décadas passadas se caracte-rizaram como épocas de pioneiris-mo da empresa com o seu avanço em diferentes negócios. Quais são os desafios para esta década?

O desafio continua sendo muito grande porque há um enorme crescimento nas operações das grandes petroleiras, mas estamos preparados para enfrentá-lo. Com a construção de grandes hangares no Galeão (Rio de Janeiro) e em Gua-rulhos (São Paulo) e a entrada em ope-ração de aviões executivos de grande porte, há a expectativa de crescimento e de um bom desenvolvimento do setor no Brasil e, consequentemente, de todas as áreas de operação da nossa empresa.

• De que forma a baixa cotação do dólar nos últimos dois anos benefi-ciou o setor? Vocês aproveitaram o momento para fazer a renovação da frota?

A baixa cotação do dólar nos ajudou mais a vender aviões. Quanto à nossa frota, houve um grande crescimento

também, principalmente pela necessi-dade das grandes petroleiras, lideradas pela Petrobras, em decorrência do cres-cimento de exploração de petróleo, in-clusive no pré-sal, que alavanca o setor em razão de exigir investimentos muito altos em aeronaves de grande porte com maior capacidade de ocupação e maior autonomia.

• Com o crescimento do setor, há demanda também crescente por mão de obra qualificada. Existe ca-rência de profissionais assim como em outros setores produtivos? Se essa carência existe, como a Líder enfrenta esse gargalo?

Sim, há muita carência de pessoal, mas a Líder sempre foi uma grande forma-dora de mão de obra e temos conse-guido manter e aumentar a nossa equi-pe como consequência dessa política que adotamos há vários anos.

• Além da capacitação profissional, há muito que se fazer quando o assunto é logística, seja no aspecto concernente

à infraestrutura, seja sob o viés opera-cional, além de importantes conside-rações relativas aos encargos fiscais e tributários, sempre muito elevados em nosso país. Falando especificamente do seu setor, qual é a sua avaliação quanto à eficiência operacional do sis-tema de aviação brasileiro?

O sistema de aviação brasileiro é muito bom, seguro e moderno, tendo evoluído bastante ao longo dos últimos anos, as-sim como diversos setores de excelência em vários segmentos produtivos. Já os impostos são escorchantes e, em minha opinião, mal-empregados pelo governo.

• As péssimas condições das rodo-vias brasileiras e a pouca extensão da malha ferroviária criam uma de-manda natural pelo transporte aéreo de cargas. É procedente supor que as

José Afonso Assumpção

“O sistema de aviação brasileiro é muito bom, seguro e moderno, tendo evoluído bastante ao longo dos últimos anos”

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empresas aéreas podem investir nesse nicho de mercado, inclusive nas ope-rações de importação e exportação?

A maioria das grandes empresas aére-as tem aviões cargueiros e os de linha regular têm porões grandes que, além de bagagem, transportam um grande volume de carga. A logística é boa e a alfândega tem melhorado bastante o atendimento com liberações mais rápi-das da carga aérea, transformando-se gradualmente em um elo importantíssi-mo nessa cadeia logística.

• Além das concessões dos aeroportos para exploração pela iniciativa priva-da, o governo tem investido na amplia-ção da estrutura aeroportuária, como é o caso da construção do segundo terminal de passageiros do Aeropor-to Internacional Tancredo Neves, em

Confins, na Grande Belo Horizonte. Como a Líder está se preparando para esse futuro?

A construção do novo terminal de Con-fins é um tipo de “puxadinho”, “um que-bra-galho”. O Governo peca, pois o que deveria ser feito é o projeto inicial que já previa o seu desdobramento com uma nova pista, um novo pátio de manobras e um novo terminal de passageiros do-brando o seu porte. isso foi planejado há mais de 30 anos, quando decidiram construir o atual aeroporto! O Governo de Minas Gerais está no caminho certo ao tentar transformar Confins no terceiro hub nacional, mas precisa trabalhar junto ao Governo Federal para duplicar o aero-porto conforme projeto inicial.

• Dados fornecidos pela Infraero indi-cam que aproximadamente 90% do

tráfego aéreo no Brasil é concentrado em apenas 20 aeroportos, ou seja, a malha aeroviária brasileira é muito fragmentada. O modelo vigente usa basicamente quatro aeroportos: Ga-leão, Brasília, Congonhas e Guarulhos. Qual a sua visão com relação à des-centralização desses polos?

Nós, mineiros, precisamos que bata-lhar por Confins. Quando as autoridades públicas desviaram os voos nacionais do aeroporto da Pampulha para lá, o número anual de passageiros dobrou em menos de dois anos. Hoje, já ultrapassou o limite existente para o próprio aeroporto. Por isso, o ideal é não fazer um “puxadinho”, que é um desperdício, mas completar o projeto inicial com a segunda pista, o pátio e o terminal para podermos crescer e virar um importante hub nacional, fato importante para a economia do estado e do país.

Joseph Alois Schumpeter (1883 - 1950), autor do livro “The Theory of Economic Development” (“A Teoria do Desenvolvi-mento Econômico”), foi um dos maio-res economistas do século 20, além dos mais influentes de sua época, relatando o papel crucial que os em-presários têm ao romper com estrutu-ras antigas e criar novas. Schumpeter é também famoso por sua teoria da “destruição criativa”, que sustenta que o sistema capitalista progride por revo-lucionar constantemente sua estrutura econômica: novas firmas, novas tec-nologias e novos produtos substituem constantemente os antigos.

A partir do desenvolvimento das práticas internacionais de comércio, do ama-durecimento democrático em diversos

países e da evolução tecnológica das ultimas décadas, o mercado de capitais tem se tornado peça fundamental para o desenvolvimento com benefícios que podem ser vistos claramente pela renta-bilidade e pela alavancagem econômi-ca que proporciona ao redor do mundo. Esses investimentos viabilizam, aceleram e potencializam a atuação das empre-sas em seus segmentos melhorando a economia do país no qual estão inseridas.

A grande vantagem para as empre-sas que abrem o capital é que con-seguem recursos para sua atividade diretamente dos investidores, depen-dendo muito menos de captação junto a bancos ou a instituições de fomento, que usualmente cobram ju-ros pelos empréstimos. Além disso, as

empresas de capital aberto são mais transparentes e obrigadas a implantar a governança corporativa.

Portanto, criar o futuro antes mesmo de conhecê-lo é uma necessidade cada vez mais constante. Essa é uma ação estratégica. Para tanto, é neces-sário que as empresas estejam atentas às tendências, tendo habilidade para captar e bem interpretar nuances, não apenas em seus relacionamentos mais diretos com clientes, fornecedo-res e concorrentes, mas com toda a sociedade. Percebe-se de forma ain-da incipiente uma tendência sutil de entendimento da relevância desta constante “reinvenção” do negócio ao se ganhar espaço aquilo que cha-mamos de “inteligência de mercado”.

ARTIGO

Luiz Fernando Pinto, diretor da TRANSAEX Comércio Internacional

O desenvolvimento econômico e o mercado de capitais

Stakeholders

DIbIAJosé Afonso Assumpção

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