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Sistema Circulatório

Profa. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

• Sistema cardiovascular é bidirecional

Coração tecidos

Coração, artérias, capilares e veias.

• Sistema linfático é unidirecional

Vasos linfáticos veias

Artéria elástica, muscular, arteríolas, metarteríolas, capilares, vênulas, veias de

médio e grande calibre.

O sistema circulatório pode ser dividido:

MACROCIRCULAÇÃO

MICROCIRCULAÇÃO

Vasos > 0,1mm de diâmetro. Arteríolas, artérias musculares, elásticas e veias musculares

Vasos visíveis só pelo MO Arteríolas, capilares e vênulas pós-capilares

CAPILARES

• São os vasos onde há troca de nutrientes

• Uma camada de células endoteliais que se enrolam em forma de tubo, presas umas as outras por junções de oclusão.

• Pequenas moléculas hidrofóbicas e hidrofílicas como O2, CO2, H2O e glicose passam por difusão ou transporte ativo pela membrana endotelial. Moléculas < 1,5nm e < 10kDa podem passar através das junções celulares.

• Em corte transversal tem 1-3 células.

• Apresentam lâmina basal

• São envolvidos por PERICITOS, estes tem a sua lâmina basal própria.

• Diâmetro entre 7-9 mm

• Extensão geralmente não ultrapassa 50mm

• Os humanos tem cerca de 96.000 Km em extensão de capilares

1. Contínuo ou somático: Não tem fenestras no endotélio. Presente nos tecidos musculares, conjuntivos, nervoso e glândulas exócrinas. Sua função é transportar macromoléculas por isso, podem apresentar vesículas de pinocitose apical, basolateral e no citoplasma.

Vesículas de pinocitose

Dobras da célula

Classificação

2.1.Fenestrado ou visceral: Tem fenestras que são obstruídas por um diafragma (mais delgado que a membrana), com LB contínua. No diafragma a membrana não é trilaminar. Permite a passagem de macromoléculas. Encontrados em locais onde há troca rápida de substâncias entre os tecidos e o sangue, ex.: rim, intestino e glândulas endócrinas.

Diafragma fechado

LB contínua

2.2. Fenestrado ou destituído de diafragma:

Nas fenestras o sangue é separado do tecido por uma lâmina basal muito espessa e contínua.

Encontrado no glomérulo renal

Fenestras destituídas

Lúmen capilar

3. Sinusoide:

a) Caminho tortuoso, diâmetro bem maior 30-40µm, o que reduz a velocidade da circulação

b) Células endoteliais descontínuas, separadas por amplos espaços

c) Citoplasma com fenestrações múltiplas sem diafragma e sem LB nas fenestrações

d) Lâmina basal descontínua

e) Presença de macrófagos entre as células endoteliais

Encontrados no fígado e órgãos hemocitopoéticos.

Endotélio Doença de von Willebrand

Distúrbio hereditário que leva à adesividade defeituosa das plaquetas, com tempo de coagulação prolongado e excesso

de sangramento no local da lesão

oEnzimas inativadoras da bradicinina, serotonina, prostaglandinas, trombina e noradrenalina oLipase que se liga a lipase lipoprotéica (degrada lipoproteínas) oEndotelinas, fazem vasoconstrição oFatores de crescimento endotelial vascular (VEGF) oProduz a enzima conversora da angiotensina (ECA): cliva a angiotensina I em angiotensina II (regula a pressão arterial) oFator de von Willebrand

Algumas substâncias secretadas pelas células endoteliais: oColágeno tipo III, IV e V oLaminina oÓxido nítrico

Estrutura geral dos vasos sanguíneos

Todos os vasos apresentam uma estrutura básica: 1.Túnica íntima: endotélio + conj. Subendotelial +

fibras musculares lisas ocasionais 2.Túnica média: músculo liso, geralmente helicoidal 3.Túnica adventícia: tecido conjuntivo com poucas

fibras elásticas

Vasa vasorum são arteríolas, capilares e vênulas vindas do conjuntivo que penetram na túnica média e adventícia, são mais

abundantes nas veias

Esquema dos vasos

ARTÉRIAS CLASSIFICAÇÃO:

1. Artérias elásticas (condutoras)

2. Artérias musculares (distribuidoras)

3. Arteríolas

Artérias geralmente têm paredes mais

espessas e um diâmetro menor que as veias

1. Artérias elásticas (condutoras): aorta carótida e subclávia, ilíacas e tronco pulmonar

a. Túnica íntima: endotélio + subendotélio de difícil visualização, com poucas células musculares lisas + LEI (difícil visualização), se liga a túnica média por Gap junctions.

LEI é fenestrada permite a difusão de nutrientes para as regiões mais profundas

b. Túnica média:

é a mais espessa, formada por lâminas fenestradas de elastina “MEMBRANAS FENESTRADAS”, que se alternam com camadas de músculo liso helicoidal. As fenestrações permitem alguma difusão de oxigênio e nutrientes para as células da média a partir das células do lúmen. As camadas elásticas aumentam com a idade. Tem lâmina limitante elástica externa (LEE)

c. Túnica adventícia: tecido conjuntivo fibroelástico. Tem vasa vasorum.

Artéria elástica HE Artéria elástica Weigert

Artéria elástica ou de grande calibre

TÚNICA ÍNTIMA

TÚNICA MÉDIA

TÚNICA ADVENTÍCIA

2. Artérias musculares (distribuidoras): maioria dos vasos originados da aorta (exceção: as que originam do arco da aorta e da bifurcação da aorta abdominal)

a. Túnica íntima: mais delgada que a das elásticas, a LEI é proeminente.

b. Túnica média: é a mais espessa, o músculo liso geralmente é circular, com até 40 camadas de células

As artérias musculares de grande calibre podem apresentar LEE.

c. Túnica adventícia: tecido conjuntivo com vasa vasorum

3. Arteríolas

Diâmetro < 0,5mm, lúmen estreito.

a. Túnica íntima

o Arteríolas muito pequenas não tem LEI

b. Túnica média

o 1-2 camadas de musculo liso circular

o Não tem LEE

c. Túnica adventícia: muito delgada

Classificação didática das artérias de acordo com as camadas de músculo liso

Tipo de artéria Nº de camadas de músculo liso

Metarteríola 1

Arteríola 2-4

Artéria pequeno calibre 5-10

Artéria médio calibre 11-40

Artéria grande calibre 41-70

Artéria muscular ou de médio calibre

LEI TÚNICA ÍNTIMA

TÚNICA MÉDIA

TÚNICA ADVENTÍCIA

ARTÉRIA DE PEQUENO CALIBRE

5-10 camadas

Anastomose arteriovenosa

No músculo esquelético, na pele das mãos e dos pés as arteríolas podem levar o sangue diretamente para as vênulas, sem passar pelos capilares, através de controle neural e hormonal Na contração do músculo liso das arteríolas, o sangue é forçado a passar na rede de capilares No relaxamento o sangue flui direto para as vênulas

VEIAS

1. Veias grande calibre:

cavas, pulmonares, porta, renal,

jugular interna, ilíaca.

a. Túnica íntima: endotélio + subendotélio

Possuem válvulas, preenchidas por conjuntivo fibroelástico.

As válvulas são numerosas nas veias dos membros

inferiores, agem junto com a musculatura esquelética.

b. Túnica média: músculo liso com fibras reticulares e elásticas

c. Túnica adventícia: é a mais desenvolvida, de conjuntivo denso, com feixes longitudinais de musculo liso, entremeado por conjuntivo. Tem vasa vasorum.

Veia grande calibre

2. Veias médio calibre:

Diâmetro > 1cm, drenam a maioria das regiões do corpo

3. Veias pequeno calibre: intermediárias (9- 2mm)

4. Vênulas pós-capilares ou pericíticas:

o diâmetro de 0,2 a 1mm.

o Formadas por endotélio + células pericíticas contráteis.

o Participam dos processos inflamatórios e trocas de moléculas entre o sangue e tecidos

• Algumas vênulas são muscular, com algumas células musculares lisas na parede.

Veia de médio calibre

Veia e artéria de pequeno calibre

Artéria muscular X veia médio calibre

Coração

Camadas da parede do coração

1. Endocárdio: contínuo a túnica íntima. Com endotélio apoiado sobre o tecido conjuntivo que varia de frouxo a denso não modelado, com fibras elásticas e algumas fibras musculares lisas. Camada subendocárdica de tec. Conj. Frouxo, Com vasos, nervos e fibras de Purkinje

Fibras de Purkinje: pertencem ao sistema de condução cardíaco. São grandes células musculares cardíacas modificadas, suas miofibrilas dispõem-se principalmente na periferia de cada célula.

Armazenam muito glicogênio.

nodo sinoatrial (marcapasso) nodo atrioventricular feixe de His ou atrioventricular que irão formar as fibras de Purkinje.

Células cardíacas modificadas formam o sistema gerador e condutor do impulso do coração:

2. Miocárdio: músculo estriado cardíaco cuja disposição varia com a região do órgão.

Hormônio natriurético, atriopeptina, cardiolipina e cardionatrina:

Auxiliam na manutenção de fluidos, no balanço eletrolítico e na diminuição da pressão arterial. São produzidos pelas células musculares cardíacas da parede atrial do septo interventricular.

3. Epicárdio ou Pericárdio visceral:

Visceral: Mesotélio + subepicárdio, com conjuntivo frouxo e adiposo, onde existem vasos coronários, nervos, gânglios e linfáticos.

Espaço subepicárdico: contém fluido seroso, que lubrifica as camadas visceral e parietal

Parietal: Mesotélio + conjuntivo frouxo.

Esqueleto fibroso cardíaco: tecido conjuntivo denso

As válvulas cardíacas são de conjuntivo denso, revestido por endotélio

Valva mitral

Camada esponjosa: endotélio + tec conjuntivo frouxo, absorve choques, atenuando as vibrações associadas ao fechamento da valva Camada fibrosa: no meio da valva, conjuntivo denso Camada ventricular: conjuntivo denso com muitas camadas de fibras elásticas + endotélio, se continua até as cordas tendíneas

Sistema vascular linfático Vasos que recolhem e o excesso de fluido intersticial (linfa) e o levam pra o sistema cardiocirculatório

Capilares linfáticos: endotélio + lâmina basal, começam em fundo cego.

Drenam o líquido intersticial.

Vasos linfáticos: endotélio com válvulas + músculo liso com fibra elásticas e colágenas.

Recebem a linfa dos capilares linfáticos

Ductos linfáticos: semelhante as veias de grande calibre, são 2: ducto torácico e o ducto linfático direito

Recebem a linfa dos vasos e desembocam na junção da veia jugular interna e subclávia

Lâmina basal descontínua

Fibras colágenas de ancoragem

Obrigada!

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