sÍfilis 2017 - minas gerais
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SÍFILIS 2017
AGOSTOANO 1
Nº 1CAMPANHA, MG
2017
O mês do Dia Nacional de Combate à Síílis Congênita está chegando e o que pode ser dito
sobre a situação deste agravo no país?
Boletim de Vigilância em Saúde
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TE
EDITORIALElaboração, distribuição e informações:Secretaria Municipal de Saúde da CampanhaSetor de Vigilância em SaúdeRua: Dr. Cesarino, 267, CentroCEP; 37400-000 - Campa-nha/MGEdição: CoordenaçãoCarlos Eduardo Amorim Ribeiro (SVS)Editor técnico e revisãoMarcelo Teixeira Paiva (SVS)CapaAline Guimarães Efrem NatividadeDiagramaçãoAline Guimarães Efrem Na-tividade (Colaboradora)
Esta obra destina-se à divulgação de informa-ções aos profissionais de saúde do município.Apresenta atribuição não comercial e está dis-ponível em www.campanha.mg.gov.brÉ permitida a reprodução parcial ou to-tal desta obra, desde que citada a fonte.
O Boletim de Vigilância em Saúde é uma solicitação do ProMAVS- Programa de Mo-nitoramento das Ações de Vigilância em Saúde.O objetivo deste boletim é enfatizar a impor-tância do diagnóstico e do tratamento adequa-dos da sífilis como doença sexualmente transmissí-vel e especialmente na gestante durante o pré-natal. A Lei N° 13.430/2017 define que o tercei-ro sábado de Outubro de cada ano, como o “Dia Na-cional de Combate à Sífilis e a Sífilis Congênita”.
Carlos Eduardo Amorim Ribeiro Coordenador de Vigilância em Saúde
AGRADECIMENTOS
A Secretaria Municipal de Saúde agrade-ce a todo apoio e esforço de Aline Guima-rães Efrem Natividade nesta obra e por seus ser-viços cedidos tão gentilmente à nosso município.
Sumário:
• Aspectos Gerais 3
• Sífilis Adquirida e na Gestação Manifestações Clínicas 4 Diagnóstico 5 Tratamento 8
• Sífilis Congênita Manifestações Clínicas 9 Diagnóstico 9 Tratamento 12
• Situação Epidemiológica 13
• Notificações de Sífilis 18
• Conclusões 25
• Referências 26
3
Infecção bacteriana sistê-mica causada por Trepo-nema pallidum, uma es-piroqueta Gram-negativa.Incluída no grupo de Infec-ções Sexualmente Transmis-síveis (IST), apresenta evo-lução crônica quando não tratada, com alternância entre períodos sintomáticos e as-sintomáticos. A infecção não confere imunidade protetora ao indivíduo, assim, após o tratamento e em nova exposi-ção ao agente, pode-se desen-volver novamente a doença.
ASPECTOS GERAIS
Quadro 1. Classificação Taxonômica¹Ordem SpirochaetalesFamília SpirochaetaceaeGênero TreponemaEspécie Treponema pallidumSubespécie Treponema pallidum subsp. pallidum
1 – Classificação de acordo com o NCBI. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/Taxonomy/Browser/wwwtax.cgi?id=160
Figura 1. Usando iluminação ultravioleta (UV), esta imagem revela várias espiroquetas de T. pallidum. O método de coloração utilizado foi a imunoflourescência indireta. Fonte: CDC/Russell, 1967, disponível em http://phil.cdc.gov/phil/home.asp (Public Health Image Library).
T. pallidum é uma bactéria delicada e espiralada (figu-ra 1), anaeróbia facultativa, catalase negativa, que não é possível de cultivar in vitro, sendo muito sensível à variações de temperatura, umidade e desinfectantes.
A transmissão é principal-mente sexual, a qual apresen-ta maior risco nos estágios iniciais (sífilis recente) e di-minui gradualmente, devido à alta proliferação da bacté-ria e a grande quantidade de treponema nas lesões. Pode ocorrer transmissão vertical ao feto, tanto intraútero quan-to no momento da passagem dele pelo canal do parto. Em-bora mais rara, é possível a transmissão por transfusão de sangue e hemoderivados. Figura 2. História natural da sífilis adquirida e risco de trasnissão vertical. Fonte: Curso Básico de Vigilância
Epidemiológica (MS, 2006).
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SÍFILIS ADQUIRIDA E NA GESTAÇÃOManifestações clínicasDidaticamente, considerando a história natural da doença, a mesma pode ser classificada da seguinte maneira (figura 3 e quadro 2):
Segundo o tempo de infecção• Sífilis recente (menos de um ano de evolução);• Sífilis tardia (mais de um ano de evolução).
Segundo as manifestações clínicas• Sífilis primária;• Sífilis secundária;• Sífilis latente (sem sinal ou sintoma clínico);• Sífilis terciária.
Figura 3. Representação esquemática do curso da sífilis não tratada. Fonte: Diagnóstico laboratorial de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o vírus da imunodeficiência humana (MS, 2015).
Evolução Estágios da sífilis adquirida Manifestações clínicas
Síflis recen-te (menos de um ano de duração)
Sífilis tardia (mais de um ano de du-
ração)
Primária• 10 a 90 dias após contato, em
média 3 semanas.• A lesão desaparece sem cicatriz
em duas a seis semanas com ou sem tratamento
Secundária• Seis semanas a seis meses após
o contato as lesões desapare-cem sem cicatrizes em quatro a 12 semanas
• Pode haver novos surtos
Latente recenteb
Latente tardiab
Terciáriac
• Dois a 40 anos após contato
• Úlcera genital (cancro duro) indolor, geral-mente única, com fundo limpo, infiltrada
• Linfonodos regionais indolores, de consistên-cia elástica, que não fistulizam
• Lesões cutaneomucosas sintomáticasa• Sintomas gerais, micropoliadenopatia• Pode haver envolvimento ocular (ex: uveíte),
hepático e neurológico (ex: alterações nos pares cranianos, meningismo)
• Assintomática, com testes imunológicos reagentes
• Assintomática, com testes imunológicos reagentes
• Quadro cutâneo destrutivo e formação de gomassifilíticas que podem ocorrer em qual-quer órgão
• Acometimento cardiovascular, neurológico e ósseo
aErupção maculosa (roséola) ou papulosa, lesões palmo-plantares com escamação em colarinho, placas mucosas (tênues e acinzentadas), lesões pa-pulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano), alopécia em clareiras e madaro-se (perda da sobrancelha).
bA maioria dos diagnósticos ocorre nesses estágios; frequentemente, é difícil diferenciar a fase latente precoce da tardia.
cLesões cutâneas nodulares e gomosas (destrutivas), ósseas (periostite, osteíte gomosa ou esclerosante),articulares (artrite, sinovite e nódulos justa-articu-lares), cardiovasculares (aortite sifilítica, aneurisma e estenose de coronárias), neurológicas (meningite, gomas do cérebro ou da medula, paralisia geral, ta-bes dorsalis e demência).
Observações
Quadro 2. Manifestações clínicas, de acordo com a evolução e estágios da sífilis adquirida. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Inte-gral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis ( MS, 2015).
5
DiagnósticoRealizado através de exames laboratoriais, os quais podem ser divididos em exames diretos e testes imunológicos.
Exames diretos Pesquisa das espiroquetas em mi-croscopia de campo escuro ou por imunofluorescência direta ou testes de detecção do DNA do patógeno (PCR). São úteis na sí-filis precoce, quando ainda não há resposta imunológica contra o T. pallidum suficiente para tor-nar reagentes os testes de pes-quisa de anticorpos (gráfico 1).
TESTES TREPONÊMICOSDetecção de anticorpos específico
contra antígenos do T. pallidumPositivos por toda a vida após a
infecçãoNão possibilita monitorar o trata-
mentoTPHA
FTA-AbsEQL
ELISATestes rápidos
TESTES NÃO TREPONÊMI-COS OU REAGININAS
Detecção de anticorpos não es-pecíficos anticardiolipina para
antígenos de T. pallidumReagentes em cerca de 1 a 3 se-manas após o surgimento do
cancro duroQualitativos (ausência ou pre-sença) ou quantitativos (títulos
de anticorpos)VDRL
RPRTRUST
Testes Imunológicos:
Observe no gráfico 1 que a produção de IgM, assim como em outras in-fecções, é a primeira resposta imu-ne humoral a surgir, porém ela pode permanecer positiva na fase tardia e latente da doença, o que limita o uso de testes específicos para IgM no diagnóstico de infecção precoce.VDRL – é o mais usado. Em fases tardias são esperados títulos baixos (≤ 1:4) e, caso o paciente não apre-sente histórico de tratamento ou da data de infecção, deve ser considera-do portador de sífilis latente tardia. Podem ocorrer resultados falso-ne-gativos em decorrência da presença de títulos elevados na amostra (fe-nômeno prozona), bem como, po-dem ocorrer falso-positivos por re-ação cruzada em outras patologias. Assim, devem ser associados os exames treponêmicos e não trepo-nêmicos para confirmação da sífilis.
Gráfico 1. Reações sorológicas na sífilis de acordo com a fase clínica da doença e o teste sorológico aplicado. Fonte: Curso Básico de Vigilância Epidemiológica (MS, 2006).
SÍFILIS ADQUIRIDA E NA GESTAÇÃO
6
Fluxogramas de diagnóstico e manejo da sífilis recomendados pelo Ministério da Saúde (MS,2015).
Figura 4. Fluxograma para o manejo da sífilis, utilizando teste rápido inicial com teste não treponêmico confirmatório. (*) Entende-se por tratamento inadequado o caso de parceiro(s) sexual(is) com sífilis sintomática ou com testes imunológicos positivos não tratado(s) ou tratado(s) inadequadamente. (**) As parcerias sexuais de casos de sífilis primária, secundária ou latente precoce podem estar infectadas, mesmo apresentando testes imunológicos não reagentes e, portanto, devem ser tratadas presumivelmente com apenas uma dose de penicilina intramuscular (2.400.000 UI). Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis ( MS, 2015).
Testagem na 28ª semana de
gestação.
Testagem para sífilis em trin-ta dias.
Coletar nova amostra para realizar TNP em trinta dias e repetir fluxograma, se resulta-
do reagente.
Coletar sangue periférico para realizar teste não tre-ponêmico (TNP) na mes-
ma consulta.
Iniciar primeira dose de peni-cilina benzatina na gestante e agendar retorno para resultado
de TNP em sete dias.Testar e tratar parceria sexual
(*)(**).
Parcerias sexuais de pessoas com sífilis deverão: 1) reali-zar testes imunológicos; 2) ser tratadas com esquema de sífilis latente tardia, na au-sência de sinais e sintomas e quando impossível estabele-cer- se a data da infecção; 3) ser tratadas na mesma opor-tunidade, em caso de dúvida
quanto ao seguimento.
Significado: Tem sífilis ou teve sífilis (títulos bai-
xos) ou falso-positivo.
Completar o esquema do tratamento. Realizar titulação mensal para gestantes
e trimestral para os demais.Notificar o caso.
Realizar teste rápido (TR) para sífilis.
Apresentou alguma situa-
ção de exposição à sífilis nos últimos
três meses?
Resultado reagente?
Não
Não
Sim
Sim
SimNão
Resultado reagente?
Testagem na 28ª semana de gestação.
Te s t a g e m para sífilis em 30 dias.
Tratar para sífilisRealizar teste não treponê-
mico quando possível.
Resultado reagente?
Realizar teste rápido (TR) para sífilis.
Apresentou alguma situa-
ção de exposição à sífilis nos últimos
três meses?
Tem sífilis ou teve sí-filis (títulos baixos)
ou falso +.
Parcerias sexuais de pessoas com sífilis de-verão: 1) realizar testes imunológicos; 2) ser tratadas com esquema de sífilis latente tardia, na ausência de sinais e sintomas e quando im-possível estabelecer- se a data da infecção; 3) ser tratadas na mesma oportunidade, em caso
de dúvida quanto ao seguimento.
Não
Não
Sim
Sim
Figura 5. Fluxograma para o manejo da sífilis, utilizando apenas teste rápido. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis ( MS, 2015).
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Realizar teste não- reponê-mico (TNP) (p.ex. VDRL,
RPR.
Tem sífilis ou teve sí-filis (títulos baixos)
ou falso +.Parcerias sexuais de pesso-as com sífilis deverão: 1) re-alizar testes imunológicos; 2) ser tratadas com esque-ma de sífilis latente tardia, na ausência de sinais e sin-tomas e quando impossível estabelecer- se a data da infecção; 3) ser tratadas na mesma oportunidade, em caso de dúvida quanto ao
segmento.
Realizar TR no momento da consulta e do resultado
do TNP positivo.
Não tratar.Orientar sobre IST
Nas gestantes, repetir TR no terceiro trimes-
tre (28ª semana).Tratar para sífilisTestar e tratar a parceria sexual (*)(**).Notificar o caso.
Resultado reagente?
Resultado reagente?
Resultado reagente?
Realizar teste trepo-nêmico convencional.
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Figura 6. Fluxograma para o manejo da sífilis, utilizando teste não treponêmico inicial com teste rápido confirmatório. (*) Entende-se por tratamento inadequado o caso de parceiro(s) sexual(is) com sífilis sintomática ou com testes imunológicos positivos não tratado(s) ou tratado(s) inadequadamente. (**) As parcerias sexuais de casos de sífilis primária, secundária ou latente precoce podem estar infectadas, mesmo apresentando testes imunológicos não reagentes e, portanto, devem ser tratadas presumivelmente com apenas uma dose de penicilina intramuscular (2.400.000 UI). Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Inte-gral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis ( MS, 2015).
É importante atentar para o fato de que muitos pacien-tes podem apresentar alterações do líquido cefalorra-quidiano (LCR), sem apresentar sintomas neurológicos e necessidade de tratamento reforçado para neuros-sífilis. Diante da suspeita da neurossífiis, é indicado o exame do LCR para proteínas totais e contagem leu-cocitária, além do teste VDRL-LCR que apresenta alta especificidade. Entretanto, a baixa sensibilidade do teste para a neurossífilis não permite a exclusão da do-ença em um resultado negativo, assim, nesse caso, ou-tro teste de alta sensibilidade como o FTA-Abs para LCR deve ser usado em associação com o VDRL-LCR.
8
SÍFILIS ADQUIRIDA E NA GESTAÇÃOTratamento
Notas:aPara gestantes com alergia confirmada à penicilina: como não há garantia de que outros medica-mentos consigam tratar a gestante e o feto, impõe-se a dessensibilização e o tratamento com penicili-na benzatina. Na impossibilidade de realizar a dessensibilização durante a gestação, a gestante deverá ser tratada com ceftriaxona. No entanto, para fins de definição de caso e abordagem terapêutica da sífilis con-gênita, considera-se tratamento inadequado da mãe, e o RN deverá ser avaliado clínica e laboratorialmente.bEmbora não exista evidência científica que uma segunda dose de penicilina G benzati-na traga benefício adicional ao tratamento para gestantes, alguns manuais a recomendam.cOs pacientes devem ser seguidos em intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e as gestantes, mensalmente,para serem avaliados com teste não treponêmico, considerando a detecção de possível indicação deretratamento (quando houver elevação de títulos dos testes não treponêmicos em duas diluições (ex.:de 1:16 para 1:64, em relação ao último exame realizado), devido à possibilidade de falha terapêutica.dOs pacientes devem ser seguidos em intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e avalia-dos quanto à necessidade de retratamento, devido à possibilidade de falha terapêutica.
Quadro 3. Tratamento da sífilis adquirida e na gestação. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexual-mente Transmissíveis ( MS, 2015).
Alergia à penicilina – ocorrência de casos de alergia é considerada rara, enquanto os eventos de anafilaxia após a administração de penicilina ocorrem em uma taxa de 0,002% (CONITEC, 2015), um valor baixo quando comparada à freqüência do mesmo evento em decorrência de alergia à alguns antiinflamatórios, por exemplo a dipirona (Arruda, 2014). Em casos confirmados de gestantes alérgicas à penicilina, o Ministério da Saú-de recomenda a dessensibilização oral em ambiente hospitalar, de forma a garantir o tratamento adequado.
Monitoramento da resposta ao tratamento da sífilis adquirida• Testes não treponêmicos mensais em gestantes
• Testes não treponêmicos a cada três meses no 1º ano de acompanhamento e a cada 6 meses no 2º ano, na população em geral
• Diminuição dos títulos em torno de duas diluições (ex.: 1:32 → 1:8) em 3 meses ou em torno de três diluições (ex.: 1:32 → 1:4) em 6 meses após o tratamento → tratamento satisfatório
• Títulos baixos (1:1 – 1:-4) durante um ano após o tratamento, quando descartado nova exposição → tratamento satisfatório
• Pode haver persistência de títulos baixos durante toda a vida, denominada cicatriz sorológica
• Títulos altos constantes → acompanhar trimestralmente e investigar a possibilidade de reinfecção ou de reativação da infec-ção. Nesses casos, realizar novo tratamento e estender às parcerias sexuais, dependendo da situação.
9
SÍFILIS CONGÊNITACaracterizada pela transmissão hematogênica da espi-roqueta da mãe para o feto, principalmente via transpla-centária. Pode ser prevenida quando há o diagnóstico e tratamento oportuno da gestante e suas parcerias sexuais.
Manifestações ClínicasSífilis congênita precoce – o diagnóstico depende da associação de critérios epidemio-lógicos, clínicos e laboratoriais, já que a grande maioria das crianças nasce assintomáti-ca ou com sinais e sintomas discretos ou inespecíficos. Ocorre até o segundo ano de vida.Sífilis congênita tardia – também depende da associação de da-dos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais e surge após o segundo ano de vida.
Quadro 4. Manifestações clínicas de acordo com a evolução e estágios da sífilis congênita. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis ( MS, 2015).
DiagnósticoRecém-nascidos (RN) de mães diagnosticadas com sífilis na gestação ou no parto e aque-las com suspeita clínica de sífilis, mesmo se houve tratamento adequado da mãe, devem ser ava-liadas quanto à possibilidade de infecção, já que pode ocorrer falha terapêutica durante a gestação.
Criança suspeita de sífilis congê-
nita
Examedireto
microscopia de cam-po escuro
Imunofluorescência direta
PCR
testes imunológicos
Examescomplementares
HemogramaPerfil hepático
Eletrólitos
Raio-X de ossos longos
Avaliação neu-rológica e exa-
me de LCR
• leucócitos >25cel/mm³ >5 cel/ mm³• proteínas >150mg/dl >40mg/dl• testes treponêmicos Reagente Reagente• testes não treponêmicos Reagente Reagente
Testes treponê-micos
Testes não trepo-nêmicos
Avaliação oftalmológica e audiológica
RN >28dias
Valores do exame do LCR em RN com suspeita de neurossífilis
Amostra para teste • material de lesão cutâneo- mucosa e nasal• exsudato de lesão, tecido ou flúido corporal• placenta ou cordão umbilical
TPHAFTA-AbsEQLELISATestes rápidos
somente a partir de 18 meses de vida é que o resultado positivo confirma a infecção (antes podem ser anticorpos
maternos)
VDRL
RPR
TRUST
RN não reagente em que permanece a sus-peita.
Repetir o teste com 1, 3, 6, 12 e 18 meses
Interromper o seguimento após 2 exames negativos e consecutivos.
Crianças com menos de 18 meses e reagentes
Somente levar em consi-deração resultados com títulos 2x maior do que o da mãe
confirmar com nova amostraTratar se persistir
a suspeita ou não forpossível o seguimento
Conduta, recomendada, de exames diagnósticos frente à suspeita de sífilis congênita (MS, 2015)
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Critérios de definição de caso de sífilis congênita para fins de vigilância epidemiológica (Brasil, 2016 )
Primeiro critérioCriança cuja mãe apre-sente, durante o pré-natal ou no momento do par-to, testes para sífilis não treponêmico reagente com qualquer titulação e treponêmico reagente, e que não tenha sido tra-tada ou tenha recebido tratamento inadequado.
Criança cuja mãe não foi diagnosticada com sífilis durante a gesta-ção e, na impossibili-dade de a maternidade realizar o teste treponê-mico, apresente teste não treponêmico reagente com qualquer titulação no momento do parto.
Criança cuja mãe não foi diagnosticada com sífilis durante a gesta-ção e, na impossibili-dade de a maternidade realizar o teste não tre-ponêmico, apresente tes-te treponêmico reagente no momento do parto.
Criança cuja mãe apre-sente teste treponêmi-co reagente e teste não treponêmico não re-agente no momento do parto, sem registro de tratamento prévio.
Segundo CritérioTodo indivíduo com menos de 13 anos de idade com pelo me-nos uma das seguintes evidências sorológicas:
titulações ascendentes (testes não treponêmicos);
testes não treponêmi-cos reagentes após 6 meses de idade (exce-to em situação de se-guimento terapêutico);
testes treponêmi-cos reagentes após 18 meses de idade;
títulos em teste não tre-ponêmico maiores do que os da mãe, em lactentes;
teste não treponêmico re-agente com pelo menos uma das alterações: clíni-ca, liquórica ou radioló-gica de sífilis congênita.
Terceiro CritérioAborto ou natimorto cuja mãe apresente testes para síflis não treponêmico re-agente com qualquer titu-lação ou teste treponêmico reagente, realizados du-rante o pré-natal, no mo-mento do parto ou cure-tagem, que não tenha sido tratada ou tenha recebido tratamento inadequado.
Quarto CritérioToda situação de evidên-cia de infecção pelo T. pallidum em placenta ou cordão umbilical e/ou amostra da lesão, biópsia ou necrópsia de crian-ça, aborto ou natimor-to. Em caso de evidência sorológica apenas, deve ser afastada a possibili-dade de síflis adquirida.
Tratamento inadequadoEntende-se por tratamento inadequado:• tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja a penicilina; ou• tratamento incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina; ou• tratamento inadequado para a fase clínica da doen-ça; ou• instituição de tratamento dentro do prazo em até 30 dias antes do parto; ou• parceiro(s) sexual(is) com síflis não tratado ou tra-tado inadequadamente.
12
SÍFILIS CONGÊNITATratamentoNo período neonatal (até 28 dias de vida) – realizado de acordo com a situação clínico-laboratorial da mãe
Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmis-síveis ( MS, 2015).
Caso haja indisponibilidade de penicilina cristalina, penicilina G benzatina e penicilina G procaína, cons-titui-se como opção terapêutica a Ceftriaxona 25mg-50mg/kg peso/dia IV ou IM, por 10 a 14 dias. En-tretanto, o RN ou a criança com síflis congênita deverão ser seguidos em intervalos mais curtos (a cada 30 dias) e avaliados quanto à necessidade de novo tratamento devido à possibilidade de falha terapêutica.No período pós-neonatal (após 28 dias de vida) – seguir a mesma rotina de esco-lha do tratamento utilizado no período neonatal, contudo, deve-se alterar o intervalo das apli-cações de penicilina cristalina para 4 e 4 horas e da penicilina G procaína para 12 em 12 horas.
13
Situação epidemiológicaSífilis no MundoEstima-se que ocorram 1 milhão de casos de sífilis entre gestantes no mundo a cada ano (Minas Ge-rais, 2016). Segundo a Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS), o coeficiente mediano mundial (ca-sos por 100.000 adultos) de sífilis adquirida, em 2014, foi de 17,2 em homens e 17,7 em mulheres (OMS, 2016). Na região das Américas a taxa em homens foi de 34,2 e em mulheres de 17,7 (OMS, 2016).
Em relação à sífilis congênita, o coeficiente mediano (casos por 100.000 nascidos vivos) mundial, em 2014, foi de 4,9 enquanto na região das Américas foi de 33,8.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a qual atua como escritório regional da OMS, criou o Comitê Regional para Validação da Eliminação da Transmissão Mater-no-Infantil de HIV e Sífilis, certifi-cando os países que alcançarem: 1) taxa de transmissão vertical do HIV ≤ 2%, ou incidência de até 0,3 casos por 1.000 nascidos vivos; 2) taxa de incidência de sífilis congênita de 0,5 casos por 1.000 nascidos vivos; 3) cobertura de pré-natal (pelo menos 1 consulta) ≥ 95%; 4) cobertura de testagem para HIV e sífilis em ges-tantes ≥ 95%; 5) cobertura de trata-mento com antirretrovirais (ARV) em gestantes HIV+ ≥ 95%; e 6) co-bertura de tratamento com penici-lina em gestantes com sífilis ≥ 95%.
No Brasil, o Ministério da Saú-de atua em consonância com as diretrizes estabelecidas pela OMS e OPAS, entretanto, a situ-ação das IST continua como im-portante desafio à saúde pública.
Figura 7. Eixos de atuação para redução da sífilis congênita no Brasil. Fonte: Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis Congênita no Brasil (MS, 2016).
Em 2016, o Ministério da Saúde, por meio do seu Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde, lançou Agenda de Ações Estratégi-cas para a Redução da Sífilis Con-gênita no Brasil, elaborada con-juntamente por áreas do MS e 19 associações e conselhos de saúde. As ações dessa agenda foram progra-madas para a execução no prazo de 15 de outubro de 2016 a 21 de outu-bro de 2017, sendo as ações dividi-das em 6 eixos de atuação (figura 7).
14
Situação epidemiológica
Gráfico 2. Casos de gestantes com sífilis por ano de diagnóstico. Brasil, Sudeste, Minas Gerais e Campanha, 2005-2015
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Gráfico 3. Taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos) de gestantes com sífilis por ano de diagnós-tico. Brasil, Região Sudeste, Minas Gerais e Campanha. 2005-2015.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Sífilis no Brasil
De 2005 a 2015, pode ser obser-vado que houve um aumento no número de casos notificados de sífilis em gestantes e na respectiva taxa de detecção (gráficos 2 e 3), o que pode indicar fortalecimento no sistema de vigilância da sífilis e maior acesso aos meios diagnósti-cos. Ressalta o fato de que Campa-nha, nesse período, não apresentou notificação de sífilis em gestantes.
15
Situação epidemiológica
No mesmo período, a maioria dos casos de sífilis em gestantes ocorreu na faixa etária de 20 a 29 anos (51,6% no Brasil, 51,2% na região Sudes-te e 51,2 em Minas Gerais), como pode ser observado no gráfico 4.
Em relação ao período gestacional em que foi diagnosticado o agravo (gráfico 5), tanto no Brasil como em Minas Gerais a maior parte das gestantes foram diagnosticadas no 3º trimestre, em uma taxa de 35,5% e 42,9%, respectivamente, no período de 2017 a junho de 2016.
MINAS GERAIS
BRASIL
Gráfico 5. Distribuição percentual de casos de gestantes com sífilis se-gundo idade gestacional por ano de diagnóstico. Brasil, Minas Gerais. 2007 a junho de 2016.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Gráfico 4 . Distribuição percentual do total de casos de gestantes diag-nosticadas com sífilis segundo faixa etária. Brasil, Região Sudeste e
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
16
Tabela 2. Distribuição percentual de casos de sífilis congênita segundo o momento do diagnóstico da sífilis mater-na e informação sobre realização de pré-natal da mãe por ano de diagnóstico. Minas Gerais. 2007 a junho de 2016.
Situação epidemiológicaA OPAS, bem como o MS, definem na estratégia de prevenção à sífilis congênita a realização de testagem no 1º trimestre ou na primeira con-sulta e no 3º trimestre de gestação. Entretanto, estes dados não são in-corporados na ficha de notificação do SINAN, assim, não é possível determinar se a maior proporção de diagnósticos no terceiro tri-mestre ocorreu devido à infecção recente, ocorridas após a primeira testagem, ou se decorre de falhas na Rede de Atenção em fornecer o exa-me em período anterior ao terceiro trimestre ou em detectar a gestan-te e promover o acompanhamento pré-natal antes. Além disso, o fato de que aproximadamente 40% dos casos de sífilis em gestantes notifi-cados em Minas Gerais, no período de 2007 a junho 2016, não recebe-ram classificação clínica na ficha (tabela 1) impede que sejam reali-zadas inferências fidedignas quanto ao momento da infecção, conside-rando a historia natural da doença.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Tabela 1. Distribuição percentual de casos de gestantes com sífilis segundo classificação clínica por ano de diagnóstico. Minas Gerais. 2007 a junho de 2016.
Quanto à sífilis congênita, ob-serva-se um aumento na taxa de incidência (gráfico 6) ao longo do período de 2000 a 2015, em nível nacional e estadual, entre-tanto, em Campanha não houve a detecção de casos em menores de um ano no mesmo período.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Gráfico 6 - Taxa de incidência (por 1.000 nascidos vivos) de sífilis con-gênita em menores de um ano de idade por ano de diagnóstico. Brasil,
Na tabela 2, é possível verificar que dos casos notificados em Mi-nas Gerais, de 2007 a junho de 2016, em aproximadamente 81% (valor total) dos casos definiu-se que houve a realização do pré--natal, porém, o diagnóstico da mãe durante o pré-natal ocor-reu em cerca de 56% dos casos.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
17
Situação epidemiológicaAssim, há a necessidade em fortalecer a atenção à saúde da gestante, de modo que ocorra o diagnós-tico e tratamento da sífilis em momento oportuno, como medida de prevenção à sífilis congênita.
O exposto acima se mostra ainda mais adequado quando se analisa a distribuição dos casos de sífilis congênita segundo o esquema de tratamento da mãe (tabelas 3 e 4), na qual é possível verificar que a partir de 2004 no Brasil e em Minas Gerais, a grande maioria dessas mães recebeu tratamento inadequado ou não foi tratada.
Em relação aos óbi-tos por sífilis congê-nita em menores de um ano, verifica-se que no período de 2000 a 2015 houve aumento da mor-talidade (gráfico 7)
Tabela 3 - Distribuição percentual de casos de sífilis congênita segundo esquema de tratamen-to da mãe por ano de diagnóstico. Brasil, 2000 a junho de 2016.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Tabela 4 - Distribuição percentual de casos de sífilis congênita segundo esquema de tratamen-to da mãe por ano de diagnóstico. Minas Gerais, 2000 a junho de 2016.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Gráfico 7. Coeficiente bruto de mortalidade (por 100.000 nascidos vivos) por sífilis con-gênita, em menores de um ano, segundo ano do óbito. Brasil, Região Sudeste e Minas Gerais. 2000-2015.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Situação epidemiológica em CampanhaA partir da analise das informações do MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais e do banco de dados do SINAN do município, constata-se que Campanha foi silenciosa para questão da Sífilis em Gestantes e Congênita em menores de um ano no período de 2000 a 2015. Em 2016, houve 01 notificação de Sífilis Congênita, no qual a mãe não teve acompanhamento pré-natal, não há registro de dados sobre o método de diagnóstico da criança nem de qualquer tratamento realiza-do. De janeiro a agosto de 2017, foram notificados 03 casos de Sífilis Congênita, sendo que em todos foram considerados o acompanhamento pré-natal, um caso com o diagnostico materno a nível hos-pitalar e nos outros durante o acompanhamento do Pré-Natal. Entretanto, não constam dados de notificação de sífilis em gestantes dos referidos casos com diagnóstico no pré-natal. Constata-se que uma criança não recebeu o tratamento e nos outros dois houve tratamento, um com a droga de es-colha Penicilina - benzilpenicilina benzatina e o outro com Ceftrioxona dissodica. Ainda em 2017, houve uma notificação de Sifilis Primaria em gestantes com tratamento da mesma e do parceiro.
18
Notificações de Sífilis
São consideradas de notificação compulsória regular (em até 7 dias):
Sífilis Congênita - Portaria nº 542, de 22 de dezembro de 1986;
Seguir os critérios de definição de caso de sífilis congênita para fins de vigilância epidemioló-gica (página 11)
Preencher e enviar a Ficha de Notifcação/Investigação de Síflis Congênita (páginas 19 e 20).
Sífilis em Gestante - Portaria n.º 33, de 14 de julho de 2005;
Todo indivíduo assintomático ou com evidência clínica de síflis primária ou secundária (pre-sença de cancro duro ou lesões compatíveis com síflis secundária), com teste não treponêmico reagente com qualquer titulação e teste treponêmico reagente.
Preencher e enviar a Ficha de Investigação de Síflis em Gestante (páginas 21 e 22).
Sífilis adquirida - Portaria n.º 2.472, publicada em 31 de agosto de 2010.
Todo indivíduo assintomático ou com evidência clínica de síflis primária ou secundária (pre-sença de cancro duro ou lesões compatíveis com síflis secundária), com teste não treponêmico reagente com qualquer titulação e teste treponêmico reagente.
Preencher e enviar a Ficha de Notifcação/Investigação de Síflis Adquirida (páginas 23 e 24).
19
| | | | | | | | |Dados Complementares
Ant
eced
ente
sEpi
d.da
gest
ante
/mãe
Idade da mãe
| Anos
Realizou Pré-Natal nesta gestação
1-Sim 2-Não 9-Ignorado
35
39 Diagnóstico de sífilis materna
1 - Durante o pré-natal 2 - No momento do parto/curetagem 3 - Após o parto 4 - Não realizado 9 - Ignorado
31
República Federativa do BrasilMinistério da Saúde
SINANSISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
FICHA DE NOTIFICAÇÃO / INVESTIGAÇÃO SÍFILIS CONGÊNITA
Raça/cor da mãe321-Branca 2-Preta 3-Amarela4-Parda 5-Indígena 9-Ignorado
33 Ocupação da mãe
Not
ifica
ção
Indi
vidu
al
Unidade de Saúde (ou outra fonte notificadora)
Nome do Paciente
Tipo de Notificação
Data da Notificação
Município de Notificação
Data do Diagnóstico
Agravo/doença
| | | | |
| | | | |
1
3
5
6
2
8
| |
| |7
Data de Nascimento
| | | | |9
| |
2 - Individual
Dad
osG
erai
s
Nome da mãe16
11 M - MasculinoF - FemininoI - Ignorado | |
Número do Cartão SUS
| | | | | | | | | | | | | | |15
10 (ou) Idade Sexo Raça/Cor13Gestante12
14 Escolaridade
1 - Hora2 - Dia3 - Mês4 - Ano
Código (CID10)SÍFILIS CONGÊNITA A 5 0.9
Dad
osde
Res
idên
cia
|UF4
Município de Realização do Pré-Natal
|UF36 37
| | | | | |Código
Nº
1-Branca 2-Preta 3-Amarela4-Parda 5-Indígena 9- Ignorado
| | | | |Código (IBGE)
| | | | |
Código (IBGE)
34 Escolaridade0-Analfabeto 1-1ª a 4ª série incompleta do EF (antigo primário ou 1º grau) 2-4ª série completa do EF (antigo primário ou 1º grau)3-5ª à 8ª série incompleta do EF (antigo ginásio ou 1º grau) 4-Ensino fundamental completo (antigo ginásio ou 1º grau) 5-Ensino médio incompleto (antigo colegial ou 2º grau )6-Ensino médio completo (antigo colegial ou 2º grau ) 7-Educação superior incompleta 8-Educação superior completa 9-Ignorado 10- Não se aplica
Definição de caso:Primeiro Critério: Toda criança, ou aborto, ou natimorto de mãe com evidência clínica para sífilis e/ou com sorologia não treponêmicareagente para sífilis com qualquer titulação, na ausência de teste confirmatório treponêmico, realizada no pré-natal ou no momento doparto ou curetagem, que não tenha sido tratada ou tenha recebido tratamento inadequado.Segundo Critério: Todo indivíduo com menos de 13 anos de idade com as seguintes evidências sorológicas: titulações ascendentes(testes não treponêmicos); e/ou testes não treponêmicos reagentes após seis meses de idade (exceto em situação de seguimentoterapêutico); e/ou testes treponêmicos reagentes após 18 meses de idade; e/ou títulos em teste não treponêmico maiores do que os damãe. Em caso de evidência sorológica apenas, deve ser afastada a possibilidade de sífilis adquirida.Terceiro Critério: Todo indivíduo com menos de 13 anos de idade, com teste não treponêmico reagente e evidência clínica ou liquóricaou radiológica de sífilis congênita.Quarto Critério: Toda situação de evidência de infecção pelo Treponema pallidum em placenta ou cordão umbilical e/ou amostra dalesão, biópsia ou necropsia de criança, aborto ou natimorto.
CEP
Bairro
Complemento (apto., casa, ...)
| | | | - | |Ponto de Referência
País (se residente fora do Brasil)
23
26
20
28 30Zona29
22 Número
1 - Urbana 2 - Rural3 - Periurbana 9 - Ignorado
(DDD) Telefone
27
Município de Residência
|UF17 Distrito19
Geo campo 124
Geo campo 225
| | | | |Código (IBGE)
Logradouro (rua, avenida,...)
Município de Residência18
| | | | |Código (IBGE)
2121
| | | | | | | | | |Código
Unidade de Saúde de realização do pré-natal38
Sífilis Congênita Sinan NET SVS 04/08/2008
| | | | |Código
Dad
osdo
Lab
.da
gest
ante
/mãe
Tra
t.da
gest
ante
/mãe
Teste não treponêmico no parto/curetagem Título40 41 Data421:
Teste confirmatório treponêmico no parto/curetagem431-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 9-Ignorado
| | | | |1-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 9-Ignorado
Esquema de tratamento
1- Adequado 2- Inadequado 3- Não realizado 9- Ignorado
44 Data do Início doTratamento
45
| | | | |
Parceiro(s) tratado(s)concomitantemente a gestante
1-Sim 2-Não 9-Ignorado
46
20
Dad
osdo
Lab
orat
ório
daC
rian
ça
501-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 9-Ignorado
51 Título
1:
52 Data
| | | | |53
Teste não treponêmico - Sangue Periférico
Teste treponêmico (após 18 meses)
1-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 4 - Não se aplica 9-Ignorado
54 Data
| | | | |55 Teste não treponêmico - Líquor
1-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 9-Ignorado56 Título
1:
57 Data
| |58 Titulação ascendente
1 - Sim 2 - Não 3 - Não realizado 9-Ignorado59 Evidência de Treponema pallidum
1 - Sim 2 - Não 3 - Não realizado 9-Ignorado
60 Alteração Liquórica
1 - Sim 2 - Não 3 - Não realizado 9-Ignorado
61 Diagnóstico Radiológico da Criança: Alteração doExame dos Ossos Longos
1 - Sim 2 - Não 3 - Não realizado 9-Ignorado
Dad
osC
línic
osda
Cri
ança
62 Diagnóstico Clínico
Icterícia
Tra
tam
ento 64
1 - Penicilina G cristalina 100.000 a 150.000 Ul/Kg/dia - 10 dias2 - Penicilina G procaína 50.000 Ul/Kg/dia - 10 dias3 - Penicilina G benzatina 50.000 Ul/Kg/dia
4 - Outro esquema ______________________________
5 - Não realizado
9 - Ignorado
Evo
luçã
o 651 - Vivo 2 - Óbito por sífilis congênita 3 - Óbito por outras causas4 - Aborto 5 - Natimorto 9 - Ignorado
Inve
stig
ador
| | |
| | | | |
Data do Óbito66
Município / Unidade de Saúde
NomeFunção Assinatura
Código da Unid. de Saúde
Sífilis Congênita Sinan NET
| | | | | |
Esquema de tratamento
Evolução do Caso
SVS 04/08/2008
Ant
.E
pide
m.d
aC
rian
ça
Local de Nascimento(Maternidade/Hospital)48 Município de nascimento /
aborto / natimorto
|
47 Código49
| | | | |
Código (IBGE)
1 - Assintomático
63 Presença de sinais e sintomas
Rinite muco-sanguinolenta
Anemia Esplenomegalia
Hepatomegalia
Osteocondrite2 - Sintomático
3 - Não se aplica
9 - Ignorado Lesões Cutâneas Pseudoparalisia
Outro ______________________
1 - Sim 2 - Não 3 - Não se aplica 9 - Ignorado
UF
Observações Adicionais:
| | | | |
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTONenhum campo deverá ficar em branco.Na ausência de informação, usar categoria ignorada.7 - Anotar a data do diagnóstico ou da evidência laboratorial e/ou clínica da doença de acordo com a definição de caso vigente no momento danotificação.8 - Nome do Paciente: preencher com o nome completo da criança (sem abreviações); se desconhecido, preencher com Filho de: (o nome da mãe).9 - Data do nascimento: deverá ser anotada em números correspondentes ao dia, mês e ano.10 - Idade: anotar a idade somente se a data de nascimento for desconhecida.40 - 50 - 55 - Sorologia não treponêmica: VDRL (Veneral Diseases Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasma Reagin): indicados para a triagem eseguimento terapêutico.43 - 53 - FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody-absorption), MHA-Tp (Microhemaglutination Treponema pallidum), TPHA (Treponema pallidumHemaglutination), ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay): indicados na confirmação diagnóstica e exclusão de resultados de testes nãotreponêmicos falsos positivos. Em crianças, menores 18 meses de idade, a perfomance dos testes treponêmicos pode não ser adequada paradefinição diagnóstica.44 - Esquema de Tratamento da mãe:Esquema de Tratamento Adequado:É todo tratamento completo, com penicilina e adequado para a fase clínica da doença, instituído pelo menos 30 dias antes do parto e parceiro tratadoconcomitantemente com a gestante.Esquema de Tratamento Inadequado:* É todo tratamento feito com qualquer medicamento que não a penicilina; ou· tratamento incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina; outratamento não adequado para a fase clínica da doença; ou a instituição do tratamento com menos de 30 dias antes do parto; ou · elevação dos títulosapós o tratamento, no seguimento; ou · quando o(s) parceiro(s) não foi(ram) tratado(s) ou foi(ram) tratado(s) inadequadamente, ou quando não se temessa informação disponível.53 - Refere-se ao resultado do teste treponêmico, confirmatório, realizado após os 18 meses de idade da criança. Informar - Não se aplica - quando aidade da criança for menor que 18 meses.58 - Titulação ascendente - Refere-se à comparação dos títulos da sorologia não treponêmica da criança após cada teste realizado durante o esquemade seguimento ( VDRL com 1mes, 3, 6 ,12 e 18 meses).59 - Evidência de T. pallidum - Registrar a identificação do Treponema pallidum por microscopia em material colhido em placenta, lesões cutâneo-mucosas da criança, cordão umbilical, ou necrópsia, pela técnica de campo escuro, imunofluorescência ou outro método específico.60 - Alteração liquoríca - Informar detecção de alterações na celularidade e/ou proteínas ou outra alteração específica no líquor da criança;63 - Em relação ao tratamento da criança com sífilis congênita consultar o Manual de Sífilis Congênita - Diretrizes para o Controle, 2005.65 - Informar a evolução do caso de sífilis congênita:Considera-se óbito por sífilis congênita - o caso de morte do recém-nato, após o nascimento com vida, filho de mãe com sífilis não tratada ou tratadainadequadamente.Considera-se Aborto - toda perda gestacional, até 22 semanas de gestação ou com peso menor ou igual a 500 gramas.Considera-se Natimorto - todo feto morto, após 22 semanas de gestação ou com peso maior que 500 gramas.
21
| | | | | | | | |
NºRepública Federativa do BrasilMinistério da Saúde
FICHA DE INVESTIGAÇÃO SÍFILIS EM GESTANTE
Dados Complementares do Caso
SINANSISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
Dad
osde
Res
idên
cia
Not
ifica
ção
Indi
vidu
al
Unidade de Saúde (ou outra fonte notificadora)
Nome do Paciente
Tipo de Notificação
Município de Notificação
Data do Diagnóstico
| | | | |
1
5
6
8
| |7
Data de Nascimento
| | | | |9
| |
2 - Individual
Dad
osG
erai
s
Nome da mãe16
11F - Feminino
| |
Número do Cartão SUS
| | | | | | | | | | | | | | |15
1-1ºTrimestre 2-2ºTrimestre 3-3ºTrimestre10 (ou) Idade Sexo4- Idade gestacional Ignorada 9-Ignorado
Raça/Cor13Gestante12
14 Escolaridade
1 - Hora2 - Dia3 - Mês4 - Ano
0-Analfabeto 1-1ª a 4ª série incompleta do EF (antigo primário ou 1º grau) 2-4ª série completa do EF (antigo primário ou 1º grau)3-5ª à 8ª série incompleta do EF (antigo ginásio ou 1º grau) 4-Ensino fundamental completo (antigo ginásio ou 1º grau) 5-Ensino médio incompleto (antigo colegial ou 2º grau )6-Ensino médio completo (antigo colegial ou 2º grau ) 7-Educação superior incompleta 8-Educação superior completa 9-Ignorado 10- Não se aplica
|UF4
| | | | | |Código
Data da NotificaçãoAgravo/doença
| | | | |32
| |Código (CID10)
SÍFILIS EM GESTANTE O98.1
1-Branca 2-Preta 3-Amarela4-Parda 5-Indígena 9- Ignorado
| | | | |Código (IBGE)
Definição de caso: gestante que durante o pré-natal apresente evidência clínica de sífilis e/ou sorologia não treponêmicareagente, com teste treponêmico positivo ou não realizado.
CEP
Bairro
Complemento (apto., casa, ...)
| | | | - | |Ponto de Referência
País (se residente fora do Brasil)
23
26
20
28 30Zona29
22 Número
1 - Urbana 2 - Rural3 - Periurbana 9 - Ignorado
(DDD) Telefone
27
Município de Residência
|UF17 Distrito19
Geo campo 124
Geo campo 225
| | | | |Código (IBGE)
Logradouro (rua, avenida,...)
Município de Residência18
| | | | |Código (IBGE)
2121
| | | | | | | | | |Código
F
Unidade de realização do pré-natal:______________________
34
Nº da Gestante no SISPRENATAL35
| | | | | | | | | |
33 Município de realização do Pré-Natal
31 Ocupação
Ant
.epi
d.ge
stan
te
Classificação Clínica361 - Primária 2 - Secundária 3 - Terciária 4 - Latente 9 - Ignorado
|UF32
| | | | | |Código
| | | | |Código (IBGE)
Dad
osla
bora
tori
ais
Resultado dos ExamesTeste não treponêmico no pré-natal Título37
| | | | |38 Data39
1:
Teste treponêmico no pré-natal40
1-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 9-Ignorado
Esquema de tratamento prescrito à gestante41
1 - Penicilina G benzantina 2.400.000 UI 2 - Penicilina G benzantina 4.800.000 UI 3 - Penicilina G benzantina 7.200.000 UI4 - Outro esquema 5 - Não realizado 9 - IgnoradoT
rata
men
toge
stan
te
1-Reagente 2-Não Reagente 3-Não Realizado 9-Ignorado
Ant
.epi
dem
ioló
gico
sda
parc
eria
sexu
al
Parceiro tratado concomitantemente à gestante42
Esquema de tratamento prescrito ao parceiro43
1 - Penicilina G benzantina 2.400.000 UI 2 - Penicilina G benzantina 4.800.000 UI 3 - Penicilina G benzantina 7.200.000 UI
1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado
4 - Outro esquema 5 - Não realizado 9 - Ignorado
Sífilis em gestante SVS 29/09/2008Sinan NET
22
Sífilis em gestante
Inve
stig
ador
Município/Unidade de Saúde
| | | | | |Cód. da Unid. de Saúde
Nome Função Assinatura
Sinan NET
Ant
.epi
dem
ioló
gico
sda
parc
eria
sexu
alMotivo para o não tratamento do Parceiro44
1 - Parceiro não teve mais contato com a gestante.2 - Parceiro não foi comunicado/convocado à US para tratamento.
SVS 29/09/2008
3 - Parceiro foi comunicado/convocado à US para tratamento, mas não compareceu.4 - Parceiro foi comunicado/convocado à US mas recusou o tratamento.
5 - Parceiro com sorologia não reagente.6 - Outro motivo: _____________________________________________
23
| | | | | | | | |
NºRepública Federativa do BrasilMinistério da Saúde
FICHA DE INVESTIGAÇÃO SÍFILIS ADQUIRIDA
Dados Complementares do Caso
SINANSISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
Dad
osde
Res
idên
cia
Not
ifica
ção
Indi
vidu
al
Unidade de Saúde (ou outra fonte notificadora)
Nome do Paciente
Tipo de Notificação
Município de Notificação
Data do Diagnóstico
| | | | |
1
5
6
8
| |7
Data de Nascimento
| | | | |9
| |
2 - Individual
Dad
osG
erai
s
Nome da mãe16
11
| |
Número do Cartão SUS
| | | | | | | | | | | | | |15
10 (ou) Idade Sexo Raça/Cor13Gestante12
14 Escolaridade
1 - Hora2 - Dia3 - Mês4 - Ano
0-Analfabeto 1-1ª a 4ª série incompleta do EF (antigo primário ou 1º grau) 2-4ª série completa do EF (antigo primário ou 1º grau)3-5ª à 8ª série incompleta do EF (antigo ginásio ou 1º grau) 4-Ensino fundamental completo (antigo ginásio ou 1º grau) 5-Ensino médio incompleto (antigo colegial ou 2º grau )6-Ensino médio completo (antigo colegial ou 2º grau ) 7-Educação superior incompleta 8-Educação superior completa 9-Ignorado 10- Não se aplica
|UF4
| | | | | |Código
Data da NotificaçãoAgravo/doença
| | | | |32
| |Código (CID10)
SÍFILIS ADQUIRIDA A53.9
1-Branca 2-Preta 3-Amarela4-Parda 5-Indígena 9- Ignorado
| | | | |Código (IBGE)
CASO SUSPEITO DE SÍFILIS ADQUIRIDA: indivíduo com evidência clínica de sífilis e/ou sorologia não treponêmica reagente.CASO CONFIRMADO DE SÍFILIS ADQUIRIDA: indivíduo com sorologia treponêmica reagente.
CEP
Bairro
Complemento (apto., casa, ...)
| | | | - | |Ponto de Referência
País (se residente fora do Brasil)
23
26
20
28 30Zona29
22 Número
1 - Urbana 2 - Rural3 - Periurbana 9 - Ignorado
(DDD) Telefone
27
Município de Residência
|UF17 Distrito19
Geo campo 124
Geo campo 225
| | | | |Código (IBGE)
Logradouro (rua, avenida,...)
Município de Residência18
| | | | |Código (IBGE)
2121
| | | | | | | | | |Código
31 Ocupação
Dad
oscl
ínic
ose
epid
emio
lógi
cos
Classificação Clínica1 - Primária 2 - Secundária 3 - Terciária 4 - Latente 9 - Ignorado
Dad
oscl
ínic
ose
labo
rato
riai
s
Resultado dos Exames
Teste treponêmico38
1-Reagente 2-Não reagente 3-Não realizado 9-Ignorado
Esquema de tratamento realizado401 - Penicilina G benzantina 2.400.000 UI2 - Penicilina G benzantina 4.800.000 UI3 - Penicilina G benzantina 7.200.000 UI
4 - Outro esquema5 - Não realizado9 - IgnoradoT
rata
men
to
Sífilis Adquirida 05/10/2010Sinan NET
39
Comportamento Sexual341 - Relações sexuais com homens 2 - Relações sexuais com mulheres3 - Relações sexuais com homens e mulheres 9 - Ignorado
Antecedente de sífilis321 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado
M - MasculinoF - FemininoI - Ignorado
Teste não treponêmico Título35
| | | | |36 Data37
1:1-Reagente 2-Não Reagente 3-Não Realizado 9-Ignorado
| | | | |
Data do início do tratamento41
|
Se sim, o tratamento foi realizado?331 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado
6 - Não se aplica
Gestante12 6
Classificação Final do caso42
1 - Confirmado 2 - Descartado ______________
Con
clus
ão
24
Inve
stig
ador
Município/Unidade de Saúde
| | | | | |Cód. da Unid. de Saúde
Nome Função Assinatura
Sífilis Adquirida 05/10/2010Sinan NET
OBSERVAÇÕES:Considera-se a data de notificação como sendo data de preenchimento da ficha de notificação e a data de diagnóstico como sendo a data da coleta de
material para exame laboratorial ou da evidencia clínica.
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO: Nenhum campo deverá ficar em branco.
31 - Informar a ocupação do indivíduo no momento do diagnóstico. Refere-se à atividade exercida pelo paciente no setor formal, informal ou autônomo ousua última atividade exercida quando paciente for desempregado. O ramo de atividade econômica do paciente refere-se às atividades econômicasdesenvolvidas nos processos de produção do setor primário (agricultura e extrativismo); secundário (indústria) ou terciário (serviços e comércio).
32 - Informar se o paciente no passado já teve sífilis. O relato do paciente será considerado.
33 - Caso tenha antecedente, informar se o tratamento foi realizado.
34 - Informar o comportamento sexual.
35 - Teste de sorologia não treponêmica indicada para triagem (VDRL - Veneral Diseases Research Laboratory ou RPR - Rapid Plasma Reagin)
36 - Informar a titulação do teste VDRL ou RPR.
37 - Informar a data da coleta do teste
38 - FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody-absorption), MHA-Tp (Microhemaglutination Treponema pallidum Assay), TPHA (Treponema pallidumHemaglutination Assay), ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), testes rápidos para diagnóstico de sífilis (testes imunocromatográficos).
39 - Registrar a classificação clínica para sífilis: 1 - sífilis primária - cancro duro;
2 - sífilis secundária lesões cutâneo-mucosas (roséolas, sifílides papulosas, condiloma plano, alopécia);3 - sífilis terciária lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas); alterações neurológicas (tabes dorsalis, demência); alterações
cardiovasculares (aortite sifilítica, aneurisma aórtico); alterações articulares (artropatia de Charcot); 4 - sífilis latente - fase assintomática o diagnóstico apenas é obtido por meio de reações sorológicas.
40 - Esquema de tratamento: · Sífilis primária: penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, em dose única (1,2 milhão U.I. em cada glúteo). · Sífilis secundária e latente recente: penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, repetida após 1 semana. Dose total de 4,8 milhões U.I. · Sífilis tardia (latente e terciária): penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal, por 3 semanas. Dose total de 7,2 milhões U.I.
41 - Informar a data do início do tratamento.
42 - Informe a classificação final do caso. Considera-se caso confirmado o indivíduo com sorologia treponêmica reagente. Somente considera-sedescartado com sorologia treponêmica não reagente
Para fins de vigilância no nível local atentar para:
1. Evidências de outras DST;
2. Abordagem das parcerias, visando à quebra da cadeia de transmissão, considerando abordagem consentida
Observações adicionais
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CONCLUSÕES
A sífilis é uma importante infecção sexualmente transmissível e grande desafio à saúde pública. O controle dessa doença depende de uma ação conjunta de todos os atores da área da saúde, bem como dos governantes, pois são necessários recursos para o diagnós-tico e tratamento oportuno das gestantes infectadas como maneira de evitar a doença no recém-nascido. O longo período de silêncio no município e os dados conflitantes das no-tificações, como a presença de duas notificações de sífilis congênita na qual se definiu o momento de diagnóstico materno no pré-natal, porém, sem existir a notificação de sífilis em gestante dessas mesmas, indica a fragilidade do sistema de vigilância quanto à sífilis no município. Diante desses fatores apresentados são recomendáveis as seguintes ações:
• Orientação e capacitação dos profissionais de saúde, no sentido de que realizem a notificação de todo caso diagnosticado de sífilis;
• Comparação de dados de natalidade e número de gestantes assistidas no pré-natal para identificar a cobertura da assistência à saúde da gestante;
• Análise do número de exames treponêmicos e não-treponêmicos realizados no município e comparação com os dados de gestantes assistidas;
• Incorporação dos dados de assistência às gestantes em um sistema de vigilância para que se obtenham dados de possíveis obstáculos ao diagnóstico e tratamento oportu-no de doenças transmissíveis ao feto e planejamento de ações para impedir a transmissão vertical das IST no município;
• Identificação, pelos Agentes Comunitários de Saúde, de todas as gestantes da sua área, orientação e encaminhamento das mesmas para a Unidade PSF de sua comunidade para a realização do acompanhamento pré-natal;
• Solicitar o exame de testagem para sífilis já na primeira consulta e repetir a testa-gem no terceiro trimestre, no mínimo;
• Realizar o tratamento adequado nas gestantes, abrangendo a parceria sexual;
• No nível de gestão, planejamento de recursos de maneira que seja possível o teste em momento oportuno e que os casos positivos recebam o tratamento com penicilina.
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1. Arruda, L. K. Classificando reações de hipersensibilida-de a anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) na prática clínica: uma tare-fa em sete passos. Brazilian Journal of Allergy and Immunology. 2014; 2(3): 83-6.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Curso bási-co de vigilância epidemiológica em sífilis congênita, sífilis em gestante, infecção pelo HIV em gestantes e crianças expostas. Brasília: Ministério da Saúde, 216p. 2006.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saú-de. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Servi-ços. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 773 p. 2016.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 120p. 2015.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Diagnóstico laboratorial de doenças sexualmente transmissíveis, in-cluindo o vírus da imunodeficiência humana. Brasília: Ministério da Saúde, 269p. 2015.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Combate à Sífilis Congênita, Agenda de Ações Estratégi-cas para Redução da Síflis Congênita no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 24p. 2016.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Indicadores e Dados Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros. Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://indicadoressifilis.aids.gov.br/. Acessado em: 17/08/2017.
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9. Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Subsecretaria de Vigilân-cia e Proteção à Saúde. Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Coordenação IST/AIDS e Hepatites Vi-rais. Boletim Epidemiológico Mineiro, Sífilis, Análise Epidemiológica do ano de 2015 e Janeiro a Outubro de 2016. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 39p. 2016.
10. Organização Mundial da Saúde. Report on global sexually transmitted infection sur-veillance 2015. Organização Mundial da Saúde, 2016. Disponível em http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/249553/1/9789241565301-eng.pdf?ua=1. Acessado em 17/08/2017.
Referências
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