setembro 2013 • n°8 - revistamercadorural.com.br · o novo código florestal que comemorou...
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Entrevista: Ministro da Agricultura Antônio Andrade
Exposições: Nacional do Campolina e do Pampa, Expointer e Barretos
Fertilização in vitro
Setembro 2013 • n°8
Mangalarga Marchador
Raça comemora bom momento e realiza excepcional Exposição Nacional.
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2 Setembro 2013
Ano II - nº VIII - Setembro - 2013
Editorial
A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados por terceiros.
RedaçãoUnique Comunicação e Eventos Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633 unique@uniquecomunicacao.com.br
Editora e jornalista responsávelAmanda Ribeiro - MT10662/MGamanda@uniquecomunicacao.com.br
Diretor ComercialMarcelo Lamouniercomercialmercadorural@gmail.comTels.: (31) 3063-0208 / 9198-4522
DiagramaçãoFábrika Comunicação Integrada
AssinaturasUnique Comunicação e Eventos
PeriodicidadeTrimestral
Tiragem 5.000 exemplares
ImpressãoGráfica Del Rey
C@rtasAcesse o Facebook e deixe sua crítica ou sugestão
RevistaMercadoRural
Como o tempo tem passado
cada vez mais rápido e já estamos
lançando a primeira edição do se-
gundo semestre de 2013. Edição
que consideramos uma das mais
importantes do ano, com a cober-
tura de importantes eventos que
movimentaram o agronegócio
brasileiro nesse último trimestre.
As exposições agropecuárias, as exposições especializadas das raças, como Mangalarga Marcha-
dor, Campolina e Pampa. A grande festa do peão de Barretos e a imponente feira Expointer, são
muitos os eventos que acompanhamos e trouxemos nesta edição a cobertura especial para nos-
sos leitores.
Na matéria de capa o destaque foi para a raça Mangalarga Marchador que realizou exímia
Exposição Nacional no mês de julho e ganhou enfoque nesta edição, onde enfatizamos seu ex-
pressivo crescimento, entrevistamos o presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador, Magdi Shaat, que contou sobre os projetos para a raça e o fim de seu
elogiado mandato á frente do Mangalarga Marchador.
Na seção personagem contamos a trajetória de 111 anos da Linhagem 53, tradicional criató-
rio na raça Mangalarga Marchador. Nosso articulistas que sempre colaboram para enriquecer o
conteúdo editorial, abordaram importantes temas como o cultivo do cedro australiano no Brasil,
o novo código florestal que comemorou recentemente um ano de aprovação, os custos de pro-
dução da soja e do milho, a diferença entre o jumento e o bardoto, dentre outros assuntos de
interesse dos leitores.
Boa leitura!
Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
Uma revista com propaganda de grandes empresas como o Banco do Brasil e outras, é sinal de que é grande também. Parabéns pela qualidade e pelo conteúdo.
Antonio Michelini Silva - Belo Horizonte - MG
Parabéns pela revista, sempre muito bem escrita e conteúdo
interessantíssimo. Eu e meus colegas sempre lemos e
adoramos.Ana Luiza Teixeira -
Chapecó - SC
Parabéns pela revista, está simplesmente um show.
Teófilo Soares de Almeida - Belo Horizonte – MG
Quero parabenizar pela edição da revista! Ficamos todos
encantados pelo belo trabalho!Juliane Diniz - Belo
Horizonte – MG
Estou acompanhando todas as edições e sempre tem artigos
ótimos, o que mostra realmente a competência da equipe.
Linei Rocha - Belo Horizonte – MG
Matérias sensacionais! Parabéns!
Renia Coacci - Belo Horizonte - MG
Marcelo você merece todos os elogios, muita capacidade,
criatividade, competência, e seriedade á frente da revista
Mercado Rural.Sarah Rocha Santos - Belo
Horizonte - MG
Muito boa revista, parabéns pelo belo trabalho.
Carlos Lúcio Ribeiro - Itapecerica - MG
Gostaria ainda de parabenizar toda a equipe pelo trabalho com
a revista, da qual sou leitora assídua e que tem se aprimorado
a cada edição. Mariana Moreira - Belo
Horizonte - MG
A revista está amadurecendo e se tornando
um importante veículo de comunicação sobre as coisas
do campo, com crescente participação do nosso
marchador. Parabéns! Resultado do esforço e dedicação
de vocês.Carlos Augusto Reis
Oliveira do Haras Terra Natal - Belo Horizonte - MG
www.revistamercadorural.com.br
Setembro 2013 3
4 Entrevista – Ministro da Agricultura Antônio Andrade
8 Personagem – Carlos Junqueira
10 Reflexões sobre o Novo Código Florestal
12 Trufas: uma iguaria da culinária
14 Os benefícios do termopotássio para a cultura do cafeeiro
16 Como fazer uma estufa
18 Carne de cavalo
20 Festas de carros de boi
22 Alta nos preços das terras
24 Milho, soja ou algodão? Quem dá mais!
26 A polêmica restrição para receptoras meio sangue
28 O Campeão Nacional Iate do Pedrosa
30 Brasil não ganha nada negociando em conjunto com Mercosul, dizem palestrantes do Fórum Nacional de Agronegócios
32 Alimentação de abelhas
34 Exposição Nacional do Cavalo Pampa
36 NR 36 – Empresas de abate e processamento de carnes e derivados têm até outubro para se adequarem à nova norma
Mangalarga Marchador – Magdi Shaat, presidente da ABCCMM comemora bom momento da raça
42 Expointer 2013
44 33a Semana Nacional do Cavalo Campolina é a melhor da última década
48 O mercado do cedro australiano
50 Jumentos x Bardotos
52 O crescimento do mercado de FIV em bovinos no Brasil e no mundo
54 Festa do Peão de Barretos registra crescimento
56 Suculentas – a moda entre as plantas
58 Camarão de água doce
60 Fórum Nacional de Agronegócios debate os “nós” do setor
62 Plantas medicinais
64 Bebidas – Saquê
65 Os riscos da presença de resíduos na carne
66 Automóveis RAM 2500: força, capacidade e conforto
67Copa Verde, destinará R$ 300 milhões para o apoio financeiro ao plantio de florestas de rápido crescimento
68 TurismoViagens de mergulho
70 Mercado Pet O Diamante de Gould (Chloebia Goudiae)
72 Criações Exóticas - Jacarés
74 Receita – Tutu de Feijão
76Eventos/Exposição 32a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador / 33a Exposição Nacional do Cavalo Campolina
79 Giro Rural
Destaque38
Foto: Roberto Pinheiro
4 Setembro 2013
Entrevista
so objetivo é continuar estabelecendo políticas públicas capazes de dar suporte a essa resposta positiva do setor produ-tivo às diretrizes do governo e, com isso, garantir à população a oferta de alimen-to barato e de boa qualidade. Também temos preocupação em formar um esto-que regulador, que garanta o equilíbrio entre oferta e demanda de determinados produtos, conforme a necessidade do mercado e evitando pressões inflacioná-rias. Por isso, no Plano Agrícola e Pecuário foi lançado um plano de ação específico para ampliação da armazenagem. Serão destinados para o setor privado (produ-tores, cooperativa e cerealistas) R$ 25 bi-lhões, com juros de 3,5% ao ano e prazo de 15 anos para pagamento. Outros R$ 500 milhões foram autorizados para a
construção e modernização de armazéns públicos. Temos preocupação em manter nossa produção em patamares que per-mitam a exportação do excedente que gera divisas para o País. Outro foco impor-tante da minha gestão é o fortalecimento da Defesa Agropecuária do Brasil. Precisa-mos trabalhar para garantir qualidade e segurança aos alimentos que o brasileiro consome e também os que exportamos. Entre as ações estão a modernização dos Laboratórios Nacionais Agropecuários, a consolidação do Sistema Brasileiro de Ins-peção de Produtos de Origem Animal e a tipificação da carcaça bovina, que garan-tirá mais qualidade à nossa carne.
2. Houve mudanças significativas nos projetos do MAPA na mudança de gestão? Cite quais.
Antônio Andrade - Conforme citei anteriormente, nosso maior desafio é modernizar o Ministério da Agricultura, de forma que a gestão dos processos ocorra de maneira mais rápida e eficiente. É uma determinação da presidenta Dil-ma Rousseff e que foi repassada a todos os secretários que, por sua vez, devem cobrar de suas equipes. Essa eficiência se dá, por exemplo, na ponta, por meio do trabalho dos fiscais federais agrope-cuários. São eles que atuam em todos os elos da cadeia produtiva e têm a função de cumprir com os compromissos do comércio internacional, garantir a quali-dade dos produtos ofertados à mesa dos brasileiros e obter competitividade frente à concorrência de outros países expor-tadores de alimentos. Eles também têm como função assessorar tecnicamente o governo, quando requisitado, na elabo-ração de acordos, tratados e convenções
1. Quais as prioridades do MAPA na sua gestão?
Antônio Andrade - No comando do Ministério da Agricultura dialogo com os diversos segmentos produtivos para de-bater os principais problemas e propor as soluções possíveis. Sabemos que um dos maiores desafios para tornar nossa agri-cultura ainda mais eficiente e competitiva é melhorar a infraestrutura e a logística que elevam o custo dos nossos produ-tos. Além disso, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, tenho ainda a missão de modernizar o Ministério da Agricultura e dar mais agilidade às suas ações, de forma que o órgão possa acompanhar a evolu-ção do agronegócio. O setor é responsá-vel por um quarto do PIB nacional e nos-
Ministro da Agricultura
Antônio Andrade
Ministro Antônio Andrade
A revista Mercado Rural conversou com o Ministro da agricultura, o mineiro Antônio Andrade que falou sobre sua gestão à frente do Ministério, planos e projeções.
Setembro 2013 5
e logística. Com estradas, portos e ferro-vias deficientes, perdemos tanto em qua-lidade como em competitividade no que se refere à nossa produção agropecuária. Temos uma grande dificuldade de escoar e estocar nossa produção. Esses são pon-tos que o governo federal está atacando de frente. Um País que conseguiu fazer uma revolução na agricultura, com au-mento médio anual de 3,7% na produtivi-dade nos últimos 20 anos, é perfeitamen-te capaz de resolver esses gargalos de infraestrutura e logística. Segundo dados da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a nossa dificuldade em fazer o escoamento da safra, por exemplo, faz com que um container de grãos posto no porto custe US$ 1.790,00 zzmundiais. No caso da armazenagem, temos um déficit importante, já que nossa capacidade es-tática é de 145 milhões de toneladas de grãos para uma produção esperada de 190 milhões de toneladas para a próxima safra. Nesse sentido, ganha importância maior o incentivo à armazenagem. No caso das rodovias e ferrovias, o programa de concessões delineado pelo Governo Federal e que já começa e ser imple-mentado é fundamental. Serão mais de 5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias para melhorar o escoamento da safra de grãos. Então, o Governo Federal está investindo pesado, em parceria com o setor privado, para dar condições para que a logística e a infraes-trutura acompanhem o crescimento do agronegócio.
4. O senhor é um grande defensor da MP dos Portos, comente.
Antônio Andrade - Atuei fortemen-te no Parlamento pela aprovação da MP
com governos estrangeiros e organis-mos internacionais, dos quais o País seja membro, além de negociações bilaterais. Recentemente, inclusive, obtivemos duas vitórias importantíssimas em que a atu-ação do nosso corpo técnico foi funda-mental. Após sete anos de negociações, o Japão autorizou, em maio, a exportação de carne suína proveniente do Estado de Santa Catarina para o seu mercado e, no início de junho, o governo da China aprovou três variedades de soja genetica-mente modificadas de interesse do Brasil. Trata-se da abertura do gigante mercado asiático para produtos brasileiro. Isso não é pouca coisa. No caso da carne suína, a expectativa da Associação Catarinense de Criadores de Suínos é de que as ex-portações para o Japão cheguem a 200 mil toneladas por ano em 2014. Já no que se refere à soja transgênica, o mercado estima que uma das empresas detentora da tecnologia autorizada tenha de dois a três milhões de sacas de sementes para vender ao mercado chinês, que responde por 70% da soja exportada pelo Brasil, na próxima safra. Então, são exemplos que confirmam a excelência do nosso corpo técnico que precisa, tão somente, ser re-forçado, por meio de novos concursos públicos, para conseguirmos ainda mais benefícios tanto para o consumidor quanto para o agronegócio como um todo.
3. Quais os maiores entraves para o crescimento do agronegócio nos próximos anos?
Antônio Andrade - Também como eu disse anteriormente, os principais gar-galos para o crescimento do agronegócio são as deficiências da nossa infraestrutura
dos Portos. Na véspera e no dia da vota-ção fiz questão de ir ao Congresso para manter contato com a base e garantir a aprovação. Juntamente com as conces-sões das rodovias e ferrovias, a MP dos Portos será fundamental para melhorar o escoamento das safras agrícolas e per-das da produção. O agronegócio brasi-leiro, maior cliente desse modal, será o setor mais beneficiado com portos efi-cientes e de baixo custo. Só no caso do milho teríamos condições de exportar 15 milhões de toneladas somente neste ano, que terá excedente do grão. A mu-dança no marco regulatório dos portos deve incentivar a participação da inicia-tiva privada e acelerar as transformações necessárias. Se todos os investimentos se concretizarem é possível que come-cemos a verificar os resultados práticos desses investimentos em todos os mo-dais dentro de dois ou três anos.
5. O senhor também é produtor ru-ral. Quais os maiores entraves vi-vidos pelos pequenos produtores brasileiros e como o MAPA pode contribuir para minimizar os pro-blemas e ajudar no crescimento dos mesmos?
Antônio Andrade - Uma das maio-
res dificuldades enfrentadas pelo peque-
no produtor é o acesso às tecnologias
desenvolvidas pela pesquisa agropecu-
ária e que podem melhorar a produtivi-
dade e a renda no campo. Neste sentido,
ganha extraordinária importância a cria-
ção da Agência Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural, a Anater. De
acordo com a Confederação Nacional da
Agricultura (CNA) estudos apontam que
80% dos resultados da pesquisas agro-
6 Setembro 2013
pecuárias foram utilizados pelos agri-
cultores das classes A, B e C , enquanto
as classes D e E acessaram apenas 11%.
Desta forma, a Anater será fundamental
para difundir junto aos produtores de
todo o País as tecnologias, processos e
produtos lançados pela Embrapa. Com
isso, o agricultor e o pecuarista poderão
ter acesso ao que há de melhor em ma-
téria de inovação e novas práticas. É im-
portante destacar também que o Gover-
no Federal tem uma política específica
voltada para o pequeno produtor, que
é desenvolvido pelo Ministério do De-
senvolvimento Agrário, do qual somos
parceiros em vários programas. No mês
de junho, inclusive, foi lançado o Plano
Safra 2013/2014 da Agricultura Familiar,
segmento responsável pela produção
de 70% dos alimentos consumidos no
mercado interno do Brasil. O valor total
para financiar a safra do pequeno produ-
tor ficou em R$ 39 bilhões, 77% a mais
do que o liberado no plano anterior. Para
o Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf ) serão
destinados R$ 21 bilhões, R$ 3 bilhões
a mais do que o plano anterior. Os juros
variam de 0,5% a 3,5%. Cabe destacar,
como medida de apoio ao pequeno
produtor, a entrada em operação no
mês de março, da Rede Brasil Rural, que
tem como objetivo ofertar produtos da
agricultura familiar, ajudando a impulsio-
nar suas vendas no local da produção,
gerando renda para o próprio município.
Conforme anunciado pelo ministro Pepe
Vargas, do Desenvolvimento Agrário, es-
tão cadastradas 481 associações e coo-
perativas de agricultores familiares, que
representam quase 200 mil agricultores.
6. O que esperar dos próximos anos para o agronegócio brasileiro.
Antônio Andrade - O Ministério da Agricultura faz regularmente, em par-ceria com entidades representativas de vários segmentos do setor e suas em-presas vinculadas, projeções do agrone-gócio. Os últimos estudos indicam que o crescimento da produção agrícola no Brasil deve continuar acontecendo com base na produtividade. Os resultados revelam maior acréscimo da produção agropecuária que os acréscimos de área, tendência verificada em estudos ante-riores. Entre 2013 e 2023, a expectativa é de que a produção de grãos (15 pro-dutos pesquisados pela Conab) deve aumentar por volta de 34 %, enquanto a área deverá expandir-se em cerca de 10 %. Esse é um ganho excepcional para a agricultura brasileira. No que se refere às exportações, os produtos mais dinâ-
micos, conforme o estudo que projeta o comportamento do setor para os pró-ximos 10 anos, deverão ser o algodão, soja em grão, óleo de soja, carne de frango, açúcar, milho, maçã, leite, carne suína e celulose e papel. O agronegócio deve seguir gerando superávits recor-des e sustentando a balança comercial do País, assim como o PIB agropecuário, que cresceu 17% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012 e 9,7% em comparação com o quarto tri-mestre no ano passado, conforme dados divulgados em maio pelo IBGE. O resul-tado do PIB agropecuário no primeiro trimestre deste ano, impulsionado prin-cipalmente pelo desempenho da soja e do milho, é reflexo da resposta ime-diata do setor às políticas implemen-tadas pelo Governo Federal, conforme já mencionei aqui. A cada ano safra, os produtores têm acesso facilitado ao crédito, com taxas de juros reduzidas e especial atenção para investimentos em novas tecnologias no campo. Gra-ças à elevação desses investimentos, o País tem conseguido alcançar ganhos de produtividade, sem ampliação da área plantada nos mesmos patamares, que permitem tanto abastecer o mer-cado interno quanto exportar o exce-dente, gerando recordes de superávit na balança comercial do setor.
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8 Setembro 2013
Personagem
Junqueira Netto, que em 1962, após seu falecimento, passou a continuidade da criação 53 para seus sucessores que con-tinuaram com muita maestria no aprimo-ramento da raça. São 111 anos de marca 53 de um criatório que fez história no Mangalarga Marchador e traz de gera-ções em gerações uma história de tradi-ção e desenvolvimento da raça no Brasil.
A criação que teve origem em 1902, com a família Junqueira Netto, fez e con-tinua fazendo história no Mangalarga Marchador com diversos consagrados animais e continua sendo genética reco-nhecida e muito procurada por criadores de todo o Brasil, também com as marcas JF e JB.
O criador Carlos Junqueira, mais co-nhecido como Lalo, contou á revista Mercado Rural essa trajetória de sucesso na raça e é hoje um dos herdeiros que dá continuidade ao trabalho da família e mantém o sufixo 53, em Jaborandi, inte-rior de São Paulo.
Lalo afirma que docilidade, marcha
e caracterização racial são as premissas de sua criação, priorizando sempre uma tropa pura. Ex participante ativo em ex-posições, o criador destaca que ver hoje animais campeões oriundos da linhagem 53 é um grande prazer, mas ressalta que novos criadores devem ter cuidado com as escolhas de compra. “Não compre qualquer coisa, pesquise, avalie a pureza racial, não compre por pista, pois ela não leva a nada. Tem animais bons que são maus avaliados e animais ruins que são bem avaliados em julgamentos. É muito difícil um animal campeão na pista ser um campeão na reprodução”, avalia o ex-periente criador.
Lalo afirma que comprar e vender são essenciais na vida de um criador. “Não pode deixar a tropa cair não, nem a con-sanguinidade tomar conta, para manter sempre o padrão”, disse.
Conservador, Lalo acredita que o uso de novas tecnologias nem sempre estão a favor do criador e muitas vezes cria-se expectativas que são frustradas facilmen-
Segundo registros da Associação Bra-sileira do Cavalo Mangalarga Mar-chador, a raça teve como berço a Fa-
zenda Campo Alegre, no Sul de Minas, que pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a res-ponsabilidade pela formação da raça. Seu sobrinho José Frausino Junqueira, criador de veados á época, aprendeu a valorizar os cavalos marchadores e começou ali sua importante trajetória na raça e na forma-ção da linhagem 53.
Formador e responsável pela origem do Mangalarga Marchador dos dias atu-ais, José Frausino teve uma trajetória de desafios, dedicação e empenho. O sufixo 53, vem de curiosa origem: ao nomear sua marca para registro de seus animais, não querendo usar o FM de seu sogro e JB de seu pai, José Frausino prestou ho-menagem a sua esposa, escolhendo 53 como sua marca, número de chamada no Internato onde estudava.
A continuidade do seu trabalho foi realizada com excelência por Renato
Linhagem 53-Um centenário no
Mangalarga Marchador
Carlos Junqueira
fotos: Marcha Brasil
Setembro 2013 9
fotos: Marcha Brasil
Continuo seguindo os ensinamentos que aprendi, sem mestiçagens, fazendo o melhoramento dentro da raça. Nossos animais descendem de quatro éguas matrizes de uma tropa que tinha 500 exemplares em 1916, o que elitiza muito a raça. Não faço inseminação para não elitizar ainda mais, pois hoje tiro filho de qualquer uma das minhas éguas. Não vou deixar sair dessa linha de pureza ra-
cial, conservo minha criação”, disse.
Reconhecimento
Filho do fundador da Associação Bra-sileira do Mangalarga Paulista, em 1980 quando Lalo percebeu que a raça come-çava a mestiçar, aproveitou o livro aberto no Mangalarga Marchador e migrou. “Vi uma melhor possibilidade de fazer meu
te nessa arte de criar cavalos. “A insemina-ção artificial por exemplo, é uma técnica muito cara, que não utilizo em minha criação. Muitos criadores, principalmente os novos, acham que sairão campeões os animais frutos dessa técnica, o que não é verdade. Muitos desanimam com isso, quando as expectativas não são atendi-das. Criador precisa ter paciência senão será um usuário. Criar é um artesanato, quem tem muita pressa não será criador.
trabalho conforme meus critérios de cria-ção, mas fui muito criticado, ainda mais por ser filho do fundador da entidade. No Marchador diziam que eu era o criador de paulista. Minha maior satisfação hoje é ser reconhecido no Mangalarga Mar-chador, fato que demorou, foram mais de 30 anos, mas hoje acho que minha tropa é uma das mais puras do Brasil”, comemora.
10 Setembro 2013
Mariana Gomes Welter,advogada especialista em Direito Ambiental
no escritório Rolim, Viotti & Leite Campos.
Há pouco mais de um ano a Lei fede-
ral nº 12.651, de 25 de maio de 2012, foi
aprovada. A lei, popularmente conhecida
como o Novo Código Florestal, revogou a
Lei federal nº 4.771, de 15 de setembro de
1965, trazendo inúmeras polêmicas e ge-
rando confrontos ideológicos entre os se-
tores produtivo e ambientalista; envolven-
do uma parcela da sociedade num debate
antes mais restrito aos setores técnicos.
O Novo Código Florestal estabelece
normas gerais sobre a proteção da vege-
tação, das Áreas de Preservação Perma-
nente – APPs e das áreas de Reserva Legal,
bem como trata da exploração florestal, do
controle da origem de produtos florestais,
entre outros temas correlatos.
São diversas as inovações trazidas pela
norma e a adaptação a essas novas regras
ainda gera polêmicas. Podemos destacar a
questão da regulamentação do regime de
proteção das Reservas Legais e a criação
do Cadastro Ambiental Rural – CAR.
As áreas de Reserva Legal, compreen-
didas como áreas localizadas no interior
de uma propriedade ou posse rural, têm
a função de assegurar o uso econômico
de modo sustentável dos recursos naturais
do imóvel rural, além de auxiliar na con-
servação e na reabilitação dos processos
ecológicos e promover a conservação da
biodiversidade.
Todo imóvel rural deve manter área
com cobertura de vegetação nativa a títu-
lo de Reserva Legal, de 20% da área total
do imóvel em quase todas as regiões do
país, exceto na Amazônia legal, onde o
percentual mínimo de proteção pode che-
gar a 80% da área total do imóvel.
Para que a obrigação da manutenção
da área de Reserva Legal seja cumprida, o
Novo Código Florestal inovou ao instituir o
mecanismo do CAR, uma espécie de regis-
tro público eletrônico de âmbito nacional.
Com isso, a área de Reserva Legal deverá
ser registrada no órgão ambiental compe-
tente por meio de inscrição no CAR, e não
haverá mais a obrigação de averbá-la no
Cartório de Registro de Imóveis.
A Lei federal nº 12.651/2012 ainda ad-
mitiu o cômputo das APPs no cálculo do
percentual da Reserva Legal do imóvel,
desde que o proprietário ou possuidor te-
nha requerido inclusão do imóvel no CAR.
Além disso, a referida norma estabeleceu
que após cinco anos da sua publicação, as
instituições financeiras somente poderão
conceder crédito agrícola para proprietá-
rios de imóveis rurais inscritos no CAR.
É possível perceber que a implan-
tação do CAR, como um dos desdo-
bramentos do Novo Código Florestal,
representará provavelmente uma oportu-
nidade para gerar alternativas de recupe-
ração ambiental no âmbito dos imóveis
rurais, entretanto, após mais de um ano
de publicação da Lei, ainda não há uma
previsão quanto à efetiva implantação
deste Cadastro.
A ausência de uma definição quanto
à implantação do CAR tem gerado in-
segurança jurídica, uma vez que alguns
benefícios previstos no Novo Código,
como o cômputo das APPs ao percentu-
al de Reserva Legal e a possibilidade de
concessão de crédito agrícola, depen-
derão da inscrição dos imóveis rurais no
referido Cadastro.
A expectativa é que esse mecanismo
seja instituído com a maior brevidade
possível e que seja um incentivo para que
os proprietários ou posseiros de áreas ru-
rais busquem a regularização ambiental
de suas propriedades.
Reflexões sobre o Novo Código FlorestalReflexões sobre o Novo Código Florestal
Setembro 2013 11
12 Setembro 2013
A trufa é um fungo subterrâ-
neo muito apreciado pelo
sabor e aroma característi-
cos. São consideradas uma iguaria
desde a época romana e consumi-
das em várias partes do mundo. Assim
como os outros fungos, a trufa é rica
em água contendo cerca de 80% a
90% de sua composição. Possui tam-
bém proteínas, hidratos de carbono e
baixo teor calórico, o que faz da trufa,
um alimento nutritivo e saudável.
Desenvolvem-se a uma profundida-
de de 20 a 40 centímetros abaixo da ter-
ra e estabelecem uma relação de sim-
biose com as raízes de árvores como
o carvalho e a castanheira. A trufa,
por ser incapaz de realizar a fotossínte-
se, captura nutrientes das raízes de árvo-
re. Já ás árvores extraem os sais mine-
rais vindos das trufas. Por isso é uma re-
lação de simbiose, pois há benefí-
cios em ambas as espécies.
A trufa é formada por duas par-
tes sendo a primeira o fruto (comes-
tível) e a segunda formada pelas ra-
ízes do fungo chamadas Micelium,
responsável por sua produção. As
trufas adquirem tamanhos varia-
dos, podem ser pequenas, gran-
des, circulares ou irregulares. Fato-
res como temperatura, umidade, gran-
de quantidade de água e composição do
terreno são fundamentais para o de-
senvolvimento deste fungo. Cada va-
riedade demanda por um clima es-
pecífico. Possuem aspecto de már-
more negro e bege. A colheita é
feita recorrendo a porcos ou cães ades-
trados que as podem locali-
zar por meio do olfato. Depois de en-
contradas e com ferramentas apro-
priadas, cava-se o local para reco-
lher a trufa, tomando os devidos cuida-
dos para não danificar as raízes das ár-
vores. Só devem ser retiradas as trufas
em bom estado de maturação, e devem
ser armazenadas em baixas temperatu-
ras. Ela só terá valor se as suas caracte-
rísticas originais forem preservadas.
As melhores trufas bran-
cas vêm de Albacarece de fon-
tes, pequena cidade italiana entre Tu-
rim e Milão. Já as trufas negras tradi-
cionais são de origem francesa, da re-
gião de Périgord.
As trufas brancas são muito apre-
ciadas por chefs de cozinha devi-
do ao seu inigualável aroma. As trufas de
Alba, por serem as melhores, podem
custar até 15 mil dólares o quilo. As
que exibem uma sutil coloração rosa-
da são consideradas melhores, de aro-
ma mais marcante. As melhores safras
ocorrem em outonos chuvosos, pois as
trufas precisam de muita umida-
de para crescer. Em 2009 uma trufa bran-
ca de 750 gramas foi leiloada por 100 mil euros na Itália. E em 2010 um exemplar de 900 gramas foi arremata-do por 105 mil euros.
A trufa branca exige um corta-dor específico, com lâminas ultrafi-nas, pois quanto mais fina for cortada, o sabor é mais intenso. A espessura ide-al é a de uma folha de papel. Com-bina com massas, risotos e ovo frito. O prato predileto dos apreciado-res é o ovo “all’occhio di bue”, pois reú-ne a simplicidade do ovo e a exuberân-cia da trufa branca fresca. Pode ser co-mida também como um pão. Já as trufas negras exalam aroma menos acentua-do, superfície mais rugosa e são mais resistentes ao manuseio. O quilo cus-ta em média 700 dólares e pode che-gar a 2.000 dólares. Ao contrário das brancas, podem ser lavadas em água. A trufa negra já foi chamada de “Dia-mante Negro” ou “Pérola Negra” devi-do à sua raridade. A maior trufa já regis-trada no mundo foi encontrada na Cro-ácia e pesava 1,31kg e foi registrada no livro dos recordes maior trufa já regis-trada no mundo foi encontrada na Cro-ácia e pesava 1,31kg e foi registrada no livro dos recordes.
TRUFAS:Uma iguaria da culinária
Setembro 2013 13
14 Setembro 2013
A Empresa de Pesquisa Agrope-cuária de Minas Gerais (Epamig) anunciou que os testes realiza-
dos com TermoPotássio (TK), iniciados em 2010, provaram que este fertilizan-te foi eficiente como fonte de potássio para o cafeeiro, podendo substituir a fonte mais usual, ou seja, o Cloreto de Potássio, tradicionalmente usado pelo cafeicultores. Os testes de campo foram realizados na Fazenda Experimental da Epamig em Patrocíno-MG, sob a coor-denação dos pesquisadores Paulo Tácito Gontijo Guimarães e Kaio Gonçalves de Lima Dias.
Os resultados demonstraram que a produtividade de café beneficiado
das parcelas que receberam o Termo-Potássio, na dose de 80 g/cova de K2O no plantio, ou seja, 1,2 kg de TK/planta foram semelhantes e não diferiram es-tatisticamente daquelas que receberam o potássio proveniente do cloreto de potássio. O KCl foi aplicado na quanti-dade de 220 g de K2O, sendo que desse total, 40 g foram aplicados na cova e o restante em cobertura parcelado em 3 vezes iguais ao longo de 2 anos. Cabe ressaltar que nesse experimento, a dose de potássio (K2O) aplicada através do TermoPotássio foi 36% da dose de K2O aplicada como cloreto de potássio.
“Isso permitiu concluir que o Termo-Potássio apresentou-se como uma fonte
Os benefícios do termopotássio para a cultura do cafeeiroPesquisa comprova
que TermoPotássio é
eficiente como fonte
de potássio para o
cafeeiro.
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eficiente no fornecimento de potássio, além de contribuir com o fornecimento de cálcio, magnésio e silício, também presentes nesse fertilizante. A fertiliza-ção com TK conferiu os mesmos níveis de produtividade atingidos com o KCl na primeira produção aos 2,5 anos. Esses resultados foram obtidos com apenas uma única aplicação de TK, incorporada na cova de plantio, sem que houvesse a necessidade de parcelamentos em co-bertura, facilitando e promovendo eco-nomia para os produtores” concluíram os pesquisadores.
O TermoPotássio, desenvolvido e produzido pela Verde Fertilizantes, é um multifertilizante que possui potás-sio, cálcio (Ca=22%), silício (Si = 17%) e magnésio (Mg =1%) - nutrientes vitais e essenciais para o desenvolvimento das
plantas. Outro componente importante é a granulometria farelada fina, com bai-xa solubilidade em água, com liberação gradual (slow release) dos nutrientes no solo, permitindo atender as necessida-des nutricionais das plantas e também um efeito residual no solo.
O TermoPotássio, além de conferir aumento nos teores de K e Ca no solo, corrige a acidez do solo (EqCaCO3 = 50%), e ainda aumenta consideravel-mente a disponibilidade de fósforo no solo.
Outro ponto extremamente relevan-te é a influência do cloreto de potássio na qualidade do café, uma vez que 40% deste fertilizante é cloro. O TermoPotás-sio, por sua vez, é livre de cloro. Pesquisas comprovam que o cloro contribui para que a qualidade da bebida do café seja
prejudicada. O Brasil importa mais de 90% do Po-
tássio que consome sendo o 4º item da pauta de importações. Em Minas Gerais, cerca de um terço do consumo de po-tássio é destinado à cultura do cafeeiro. Anualmente, cerca de meio bilhão de reais é gasto por cafeicultores brasileiros na compra de fertilizantes potássicos.
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16 Setembro 2013
Fazer uma pequena estufa é quase apenas uma questão de
construir uma estrutura firme em metal, madeira, bambu ou
PVC. Depois basta colocar a cobertura de plástico de estufa e
está pronta a ser usada para cultivar hortaliças, morangos ou
outro fruto qualquer.
Qualquer pessoa pode construir uma mini-estufa caseira
barata num pequeno espaço e cultivar frutos e hortaliças que
de outro modo dificilmente sobreviveriam. O custo dos mate-
riais usados é baixo e basicamente metal, plástico, madeira ou
bambu. Uma estufa mais não é do que uma pequena tenda
com uma cobertura de filme plástico. O importante é garantir
que não há entradas de ar. Também é muito importante é a
localização da estufa, convém garantir que, em qualquer época
do ano, a estufa nunca estará na sombra. As imagens que se se-
guem mostram a construção passo por passo de uma pequena
estufa caseira com uma estrutura em PVC.
Como fazeruma estufa
2. Disponha as tábuas da base. 3. Encaixe os tubos de PVC nas tábuas da base.
4. Construa a estrutura da entrada da estufa. 5. Cubra a estrutura com plástico de estufa
Construção da estufa1. Escolha uma boa localização para a estufa. O local
deve ser plano e exposto ao sol. Oriente o comprimento
da estufa de Leste para Oeste.
Material:Plástico para estufa • Tábuas de madeira • Tubos de PVC
Setembro 2013 17
18 Setembro 2013
Por aqui o consumo de carne de equídeos é irrisório, devido á questões culturais e religiosas e falta de informação, mas o que
não se sabe é que o Brasil é um grande exportador dessa carne. Em 2012, o Bra-sil exportou 2,3 mil toneladas de carne de equídeo, resultando em US$ 6,7 mi-lhões em vendas para Bélgica (princi-pal comprador, com US$ 4,34 milhões), África do Sul, Espanha, Finlândia, Itália, Japão e Países Baixos.
O volume é 13% maior do que o apu-rado em 2011, mas esses números já fo-ram maiores. Em 2000, o Brasil embarcou 15,4 mil toneladas, em 2004 foram 20 mil. Mas esses números podem aumentar. Re-centemente o serviço sanitário russo au-torizou a exportação de carne equina de dois frigoríficos localizados no Rio Grande do Sul e Paraná. Trata-se de uma iniciativa promissora na medida em que se abre um novo mercado. Não há registro de exportações de carne equina para o mer-cado russo nos últimos 15 anos. Os fri-goríficos habilitados para exportar carne equina foram: Foresta, em São Gabriel (RS) e Oregon, em Apucarana (PR).Os serviços veterinários de Belarus e do Cazaquistão também tomaram a mesma decisão, autorizando-os a exportar seus produtos para o território da União Aduaneira.
A carne de equídeos possui menos colesterol e, além disso, tem preços mais competitivos frente às demais, por isso, é muito apreciada na Europa. O consumo da carne de cavalo é visto como natural em diversos países com maior tradição eqüestre que o Brasil: França e Itália são bons exemplos. Mas no Brasil o consumo
deste tipo de alimento não é expressivo e algumas vezes é visto com preconcei-to. Vale lembrar que a domesticação do cavalo se deu em função da alimentação e só depois o homem passou a utilizá-lo como animal de tração e sela. É que na Europa, nos períodos que precederam as duas grandes guerras, a carne de cavalo foi amplamente consumida.
No Brasil não há registros de eqüíde-os criados exclusivamente para o abate, como acontece com outros animais. O eqüideo que vai para o abate, em quase todo o mundo, é um animal que foi cria-do com outra função que não a de con-sumo. O aproveitamento desta carne não implica na mudança do objetivo de sua
criação, mas constitui aproveitamento complementar da espécie. Esta utilização resulta num valor adicional do animal, po-dendo incentivar sua criação e evitando desperdício. O animal comprado para o abate nos frigoríficos recebe um número de registro, é avaliado por um veterinário na hora da compra e posteriormente pelo veterinário do frigorífico que se encarre-ga de fazer outra bateria de exames. No ato da compra do animal, o proprietário recebe a garantia do abate e portanto saberá que seu animal não será revendi-do posteriormente com outro fim. Sob a tutela do frigorífico nenhum animal sofre maus tratos e abuso, sendo devidamente alimentados e tratados.
Carne de cavaloBrasil exportou em 2012 2,3 toneladas de carne de equídeos
Fonte: Jornal Estado de Minas
Setembro 2013 19Fonte: Jornal Estado de Minas
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20 Setembro 2013
Festas de carros de boi Rogério Corrêa
Autor do livro “Festas de Carros de Boi”
O carro de boi foi nosso principal meio de transporte do período colonial, até a era republicana.
Com a popularização dos veículos au-tomotores, aos poucos, os carros de boi foram perdendo o seu espaço e sendo substituídos por caminhões, picapes, tratores ou outros meios de transportes modernos. Chegou-se ao ponto de mui-
tos pensarem que o carro de boi e a sua cantiga peculiar iriam desaparecer, e só os encontraríamos em museus, telas de pin-turas ou esquecidos em velhas fazendas.
Contudo, muitos fazendeiros e seus familiares sentiam saudades daquele tempo que tanto os marcou. Tinham que ir de encontro as suas verdadeiras origens. Não foi por acaso que de alguns anos para cá, fazendeiros estão voltando a usar seus carros de boi, adquirindo e encomendando carros novos, com o fim de utilizá-los em festas, mutirões, desfi-
les, carreteadas, romarias, exposições e encontros. Atualmente, são poucos os carreiros que os utilizam em suas fazen-das para o transporte de alguma mer-cadoria, ocorreu uma reinvenção para o seu uso, saiu do labutar para o festejar.
Quando se fala em festividades, prin-cipalmente aquelas que envolvem as tradições de um povo, não se deve es-quecer que elas são meios originários e permanentes do nosso progresso. Nes-sas festas os participantes se encontram e alcançam níveis surpreendentes de
Festas de carros de boi
Setembro 2013 21
cooperação, socialização, solidariedade, amizade, respeito ao próximo, criação de vínculos permanentes e dedicação à causa maior, que é a preservação de uma cultura que quase foi extinta.
Sob esse ponto de vista, pode-se afirmar que essas festividades trazem à tona vários pontos positivos e propagam o ideal de seu povo. Nelas, tem-se boa comida, prazeres e diversões variadas; abolição temporária da hierarquia e do status social, ou seja, nelas se festeja o
coletivo, a tradição e não o individualis-mo e o artificialismo.
As festas de carros de boi são lúdicas e provocam várias reações singulares, tanto nos carreiros, candeeiros, comitivas, seguidores quanto nos espectadores, que comparecem ativamente, vindos de vários lugares do Brasil e do exterior, indepen-dente do sexo e idade. Consequentemen-te, muitos se perguntam, qual é o segredo para essas festas crescerem tanto, ano a ano, fazerem parte do calendário cívico
de várias cidades e arrastarem uma verda-deira legião de seguidores em dezenas de cidades e alguns estados pelo país afora.
São muitas as possíveis respostas: amizade, cooperação, comprometi-mento, cultura, diversão, hospitalida--de, humildade, originalidade, respeito, reinvenção, singularidade, socialização, tradição etc... Enfim, com a reali-zação de festejos com os carros de boi, man-tém-se as tradições e preserva-se a identidade de um povo.
22 Setembro 2013
Alta nos preçosdas terras
REGFNP
Belo Horizonte
Uberlândia
Uberlândia
Araxá
Uberlândia
Pouso Alegre
Uberlândia
Uberlândia
Jequitinhonha
Juiz de Fora
Uberlândia
Unaí
Pouso Alegre
TipoTerra
Cerrado agrícola
Cerrado agrícola (Uberaba)
Pastagem formada de alto suporte (Ituiutaba)
Pastagem formada de alto suporte (Patos de Minas)
Terra agrícola (Uberlândia)
Terra agrícola com café (Alfenas/Guaxupé/Varginha)
Terra agrícola com café (Araguari)
Terra agrícola com cana-de-açúcar (Uberaba)
Terra agrícola de alta produtividade
Terra agrícola de alta produtividade
Terra agrícola de alta produtividade (Ituiutaba)
Terra agrícola de alta produtividade no cerrado em sequeiro
Terra agrícola de grãos (Pouso Alegre/Lavras)
2003
389
1124
4537
1752
4826
6731
6007
5014
566
1800
4881
2658
2295
2008
1085
4000
5950
4690
8517
14200
11698
8646
1396
3200
6250
5000
10037
2013
2500
7833
10000
8000
15000
18433
31333
18333
5133
7933
13333
12600
15267
De carona não só no boom dos preços dos alimentos, que atingiram em janei-ro as maiores cotações em 21 anos no mundo, o valor das terras no Brasil dis-parou. A valorização média do hectare nas propriedades rurais mineiras chega a 330% em uma década e no Brasil a valorização foi de 227,6% entre janeiro de 2003 a dezembro de 2012, passando de R$2.280 para R$7.470. Nas terras mi-neiras o valor passou de R$1983,00 para R$8.535,00, segundo dados de pesquisa feito pela Informa Economics FNP.
A valorização das terras mineiras representou quatro vezes e meia a
evolução do IPCA, amparada na capa-cidade de produção e na diversidade da atividade agropecuária do estado, fa-tores essenciais para a compreensão do resultado. Na década analisada, o ipca (Índice Nacional de Preços ao Consumi-dor), indicador oficial do custo de vida, sofreu variação de 72,7%, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa tem como base a coleta periódica dos preços pedidos ou efetiva-mente cobrados em 133 regiões do Brasil para terras de uso agrícola, ocupadas por reflorestamento e pecuária.
Alta nos preçosdas terras
Setembro 2013 23
24 Setembro 2013
José Annes Marinho,
Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da
Associação Nacional de Defesa Vegetal-ANDEF
Há alguns anos, os produtores
rurais vêm obtendo boas mar-
gens de lucro em suas ativi-
dades agrícolas. Por exemplo, na safra
2011/2012 os produtores tiveram lucros
médios na ordem de R$ 1.115,38 para
cada hectare plantado de milho. Este re-
sultado foi 168,1% maior que o apresen-
tado para soja que foi de R$ 415,98 (Fon-
te DERAL). Na safra 2012/2013 a soja no
estado do Paraná obteve lucros médios
na ordem de R$ 1.172,06 para cada hec-
tare plantado, com produtores que apre-
sentaram média de produtividade de 50
sacas por hectare e com venda média da
saca a R$ 58,00. Já o milho teve o lucro
de 2012/2013 em torno de R$ 2.334,20,
pensando em produtividades de milho
na ordem de 180 sacas por hectare com
preço médio de R$ 25,84 (Fonte DERAL).
Estes números comprovam que o
milho, em geral, tem uma lucratividade
maior que a soja. O balizador de preços
na safra 2012/2103 para demonstrar a
diferença entre preços entre soja e milho
foi a famosa proporção de compra (sacas
soja x sacas milho), ou seja, para venda
de 1,0 (saca soja) pode se comprava 2,5
(sacas de milho). Quanto maior a relação,
pior será para o milho. Como essa rela-
ção na safra passada foi menor, tivemos
um incentivo á produção de milho que
gerou uma super safra deixando, inclu-
sive, grãos expostos ao ar livre, como vi-
mos na região Centro-Oeste. Em tese, os
bons matemáticos analisam essa e ou-
tras regras antes de decidir qual cultura
escolher para plantar. A safra 2013/2014
já começou e muitos produtores estão
utilizando essa regra para a escolha da
cultura. Hoje essa regra dá maior poder
de compra de soja, pois de acordo com
preços práticos para cada 1,0 (saca de
soja) compramos até 4,0 a 5,0 (sacas de
milho), o que tende a direcionar o pro-
dutor a optar pelo plantio da soja, pois
está sendo mais rentável. Em uma safra
em que o Brasil novamente tende a ba-
ter novo recorde de produção, para essa
escolha cabem alguns cuidados, e o lo-
gístico estará balizando preços também.
Milho, soja ou algodão?Quem dá mais!
Milho, soja ou algodão?Quem dá mais!
Setembro 2013 25
A escolha de qual cultura optar, nos
remete a alguns aspectos que necessi-
tam atenção. O mercado internacional e
a logística de transporte são balizadores
para baixo ou para cima. Os preços vol-
taram a subir com as recentes notícias
de pequenas secas nos Estados Unidos
e isso provoca instabilidade nas bolsas,
o que pressiona preços para cima. Bom
para o Brasil e ruim para os americanos.
No milho ainda não sentimos isso; mais
um fator para direcionar nossos produ-
tores para a soja.
Com atuais preços do milho e da
soja, a melhor opção hoje será plantar
soja. No entanto, novamente precisa-
mos pensar no sistema e não somente
na moeda. E é óbvio que precisamos
de lucratividade. Imaginem se 90% dos
produtores brasileiros plantassem so-
mente soja e com altas produtividades,
o que aconteceria com os preços? Cer-
tamente baixariam, a não ser que tivés-
semos um desastre. É a famosa regra:
quanto maior a oferta, menor o preço
– o curso natural de um mercado glo-
balizado. Os produtores que restaram,
optaram pelo milho (10%), e certamen-
te estariam mais felizes: menor oferta,
maior preço.
Essa é uma ginástica em que os
produtores brasileiros precisam convi-
ver e necessitam saber como obter os
melhores resultados. As vendas anteci-
padas podem ser um alento aos agri-
cultores. Muitos ainda dizem: vocês es-
tão “loucos”, vender antes de produzir?
Nunca! E se não produzir nada? E se o
preço estiver maior? Estas perguntas e
dúvidas irão acompanhar os produto-
res e caberá a eles analisar as melhores
opções. Obviamente, quanto maior a
lucratividade melhor para a sustenta-
bilidade e longevidade da atividade
agrícola.
Por fim, outro fator fundamental
nessa relação “de amor e ódio” refere-
-se ao clima: muito cuidado com a safra
2013/2014 que pode reservar surpresas
muito parecidas com as que estão acon-
tecendo nos EUA. Ter informações sobre
qual fenômeno estará influenciando o
Brasil na safra 2013/2014 será prevalente
para determinar qual época, qual cultivar
e qual manejo a ser adotado na cultura
escolhida. Certamente em 2013/2014 te-
remos menores áreas de milho, maiores
de soja e algodão, e isso poderá ser uma
boa oportunidade para produtores com
os olhos no mercado e com sistemas de
plantio muito bem definidos.
Caros leitores, não sabemos tudo e
não devemos acreditar que sabemos,
algumas dicas postas nessa conver-
sa serão importantes para definir qual
estratégia seguir. Essas foram algumas
análises que buscamos para ajudá-los a
escolher qual cultura é mais rentável. E o
passado nos mostra muita coisa. O fato é
que dependemos de muitos fatores para
ter sucesso e um deles começa antes do
plantio. Mãos a obra: a safra 2013/2014
já começou, espero que seja novamente
um ano de muitas vacas gordas. Sucesso
a todos, sempre!
26 Setembro 2013
A polêmica restrição para receptoras meio sangueABCZ continuará incentivando uso de receptoras zebuínas
Apesar da recente mudança apro-
vada pelo Conselho Deliberativo
Técnico e homologada pelo
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento) de não tornar obriga-
tório o uso de receptoras com genética
zebuína em processos de FIV e TE a partir
de 2014, a ABCZ divulgou que continua-
rá desenvolvendo ações para incentivar
o uso de receptoras zebuínas.
Mesmo não sendo o uso obrigatório,
a nova proposta aprovada pelo Conselho
Deliberativo Técnico recomenda o uso
de receptoras com genética zebuína
nos processos de TE e FIV para as raças
Brahman, Cangaian, Indubrasil, Nelore
e Sindi, devendo ser usadas uma das
seguintes categorias:
- Fêmeas PO, portadoras de RGN de
qualquer raça zebuína;
- Fêmeas LA, com RGD de fundação
ou RGN nesta categoria, de qualquer
raça zebuína;
- Fêmeas da categoria CCG, que tenham
100% (cem por cento) de genética zebuína;
- Fêmeas com 100% de genética
zebuína, de uma mesma raça ou de ra-
ças diferentes, presumida pelo fenótipo,
cadastradas até dezembro de 2015 no
sistema da ABCZ, e que poderão ser utili-
zadas até o final de sua vida útil.
A partir de 01 de janeiro de 2014 e
até 31 de dezembro de 2015, todas as
receptoras que não se enquadrarem nas
categorias citadas acima, independente-
mente de sua composição genética, de-
verão ser identificadas por um número
único no país, através de um sistema de-
senvolvido pelo Serviço de Registro Ge-
nealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ).
A identificação física das receptoras
não zebuínas poderá ser realizada pelo
próprio criador, central de biotecnolo-
gia de embriões ou outros partícipes do
processo, desde que atendidas as condi-
ções determinadas pelo sistema desen-
volvido e disponibilizado pelo SRGRZ.
Fica estabelecido o valor equivalente aos
emolumentos de 1 (um) Registro Gene-
alógico Definitivo de matrizes LA – Livro
Aberto, para o cadastramento dessas
matrizes receptoras no SRGRZ.
A partir de 01 de janeiro de 2016:O valor do cadastro das matrizes não
zebuínas passará a ser o de 3 (três) vezes os
emolumentos correspondentes a 01 (um)
Registro Genealógico Definitivo de matri-
zes LA – Livro Aberto, para o cadastramen-
to dessas matrizes receptoras no SRGRZ.
Caso o criador opte, a partir de janei-
ro de 2014, por utilizar receptoras zebuí-
nas o cadastramento das receptoras será
feita pelo próprio técnico da ABCZ.
Procedimento de cadastramento de
receptoras não zebuínas:
Caso o criador, opte pelo uso de recep-
toras não zebuínas, haverá a necessidade
de seguir um procedimento de cadas-
tramento das receptoras no site da ABCZ
(através das Comunicações Eletrônicas ou
através do Sistema de Biotecnologia).
Veja a seguir como funcionará esse
cadastramento:
1) O criador acessa o site das Comuni-
cações Eletrônicas ou Sistema de Biotec-
nologias, através do site da ABCZ (www.
abcz.org.br) e solicita uma cota para ca-
dastro de receptoras. (Esta cota refere-se
a um número ilimitado de matrizes).
2) Ao solicitar a cota, o sistema gera
um boleto para pagamento do cadastra-
mento das receptoras.
3) Após o pagamento do boleto, a
cota solicitada estará automaticamente
disponível no site da ABCZ juntamente
com uma planilha de campo, que irá au-
xiliar o criador no momento de marcar os
animais. O número indicado no sistema
da ABCZ será o número que o criador irá
utilizar para marcar a receptora.
4) Em seguida, no site da ABCZ, o cria-
dor fará o cadastramento especificando
as características de cada receptora (com-
posição racial, idade aproximada, número
particular do animal).
5) Somente após este cadastro, é que
as receptoras poderão ser utilizadas na Co-
municação de Cobertura do Serviço de Re-
gistro Genealógico das Raças Zebuínas.
Foto: Jadir Bison
Setembro 2013 27
Foto: Jadir Bison
28 Setembro 2013
A conquista do pequeno criador Antônio Corrêa Pedrosa Júnior
O Campeão NacionalIate do Pedrosa
O sonho do pequeno criador
Antônio Pedrosa sempre foi
produzir um animal cam-
peão e subir a rampa do Parque da
Gameleira durante a Exposição Nacio-
nal da Raça Mangalarga Marchador.
Mas, este sonho não é apenas dele.
Fazer um animal campeão é o desejo
de todos os criadores, que criam com
entusiasmo e paixão, na busca do
mesmo objetivo.
Entretanto, fazer um animal cam-
peão não é tarefa fácil. Exige investi-
mentos, dedicação, assertividade nas
apostas e também um pouco de sor-
te. Para os grandes criadores a tarefa
pode ser facilitada por uma estrutura
completa, boa equipe e recursos para
investir no treinamento do animal, além
é claro, da possibilidade de investimen-
tos em genética de primeira linha. Mas,
para os pequenos criadores, esse sonho
torna-se cada vez mais distante, porém,
apenas distante; não impossível.
O criador Antônio Pedrosa, possui
uma pequena criação de cavalos da raça
Mangalarga Marchador no Haras Pedro-
sa, na cidade de São José da Lapa, região
Metropolitana de Belo Horizonte, MG.
Um pequeno haras até então sem mui-
ta expressão, em uma raça com mais de
8.000 associados. Mas foi na Exposição
Nacional do Cavalo Mangalarga Marcha-
dor de 2013 que esse pequeno criador
ganhou visibilidade, quando seu cava-
lo Iate do Pedrosa sagrou-se Campeão
Nacional Cavalo Junior, título dificílimo
de conquistar e muito reconhecido no
meio. “Conquistar esse título foi minha
maior satisfação até hoje como criador.
Produzi esse animal em minha proprie-
dade com todas as dificuldades de um
pequeno criador e depois de quatro
anos vê-lo subir a rampa da Gameleira
foi a realização de um sonho. Me sinto
satisfeito”, comemora.
Mesmo com todas as dificuldades
inerentes da criação, Pedrosa não pou-
pou esforços ao levar Iate do Pedrosa
para diversas competições. Em sua
primeira pista, na Exposição de Pedro
Leopoldo (MG), Iate levou o título de
campeão Potro Mirim e Grande Jovem
da Raça. Em uma parceria com o Haras
Yuri, em 14 exposições das quais Iate
participou, sagrou-se campeão em 10.
Na Exposição Nacional de 2012, con-
quistou o 1º lugar de andamento Potro
Graduado e ficando em 8º em morfo-
logia, levando assim o 3º prêmio. Já
montado, das seis exposições de que
participou, Iate sagrou-se Campeão
de Marcha em 5 e reservado em 1, um
aproveitamento excepcional. Era real-
mente uma promessa para a Nacional
2013 onde Iate conquistou o título de
Campeão Nacional Cavalo Junior.
“Persistam sempre buscando reali-
zar os seus sonhos”, finaliza Pedrosa.
Exposição de Pedro Leopoldo (Minas Gerais) Iate de Pedrosa durante Exposição Nacional da raça
Setembro 2013 29
Haras pedrosa
30 Setembro 2013
O Brasil não ganha nada espe-
rando os demais países do
Mercosul para negociações
internacionais. Pelo contrário, só tem a
perder, pelo menos no que diz respeito
ao agronegócio. Essa ideia foi defendida,
sob aplausos de mais de 300 lideranças
do agronegócio brasileiro, pelo diretor
de comércio exterior da FIESP, Roberto
Giannetti da Fonseca, e por Vera Thors-
tensen, da FGV e coordenadora do Cen-
tro do Comércio Global e do Investimen-
to de Algodão, durante debate no 2º
Fórum Nacional de Agronegócios, even-
to do LIDE – Grupo de Líderes Empresa-
riais que aconteceu em Campinas,SP, no
dia 21 de setembro.
“O Brasil ganha alguma coisa ne-
gociando em conjunto com o Merco-
sul? Não ganha nada”, apontou Vera
Thorstensen. Segundo ela, o maior
parceiro comercial do Brasil são os Es-
tados Unidos, e negociar em conjun-
to “atrasa” o País. “Precisamos negociar
sozinhos”, defendeu.
O economista Roberto Giannetti da
Fonseca completou: “O Mercosul virou
apenas ideologia. Não tem mais nada a
ver com o que o Brasil precisa na prática.”
Ele ressaltou ainda que o bloco “teve, cla-
ro, sua importância”, mas salientou que o
modelo atual de aliança regional “não
tem futuro para o Brasil”. Para ele, a ve-
locidade do Brasil é diferente dos outros
países do bloco e, por isso, “o país não
pode ficar esperando o Mercosul”.
Brasil não ganha nada negociando em conjunto com Mercosul, dizem palestrantes do Fórum Nacional de Agronegócios
MIRANTE DO GTR
Jogo JB x Baronesa do GTR
Haras GTRMateus Leme – MGGustavo Rosenburg 31 96184543Helvécio Rosenburg 31 99531393harasgtr@uol.com.brfacebook.com/harasgtr
RAINHA DO GTR por Espoleta da Lapinha
RELÍQUIA DO GTRpor Ilicínia Floresta
Setembro 2013 31
MIRANTE DO GTR
Jogo JB x Baronesa do GTR
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RAINHA DO GTR por Espoleta da Lapinha
RELÍQUIA DO GTRpor Ilicínia Floresta
32 Setembro 2013
Alimentação de abelhasIrone Martins Sampaio, Presidente da CONAP e FEMAP
As abelhas respondem por cer-
ca de 80% da polinização das
plantas ao colher na natureza
os elementos que vão compor sua ali-
mentação. Ao buscar seu alimento nas
flores, levam junto ao corpo o pólen
para outras plantas, promovendo as-
sim a polinização. As abelhas visitam
as flores da mesma espécie cuja flora-
da seja preponderante em seu raio de
visitação. O néctar coletado das flores
pelas abelhas operárias, na verdade
não é o mel.
O néctar coletado e transportado para
o enxame (frutose), com as enzimas
das abelhas é maturado e concentra-
do, transformado-se em mel verdadei-
ro. Acontece que não existe florada du-
rante todo o ano, principalmente nos
meses frios. Neste período a oferta de
ções, oscilando de acordo com locali-
dade e tradição apícola.
Sugestões para alimentação:
1. Na hipótese da falta de alimento ener-
gético, não tendo o mel pode ser prepa-
rado com açúcar:
Preparação: Coloca-se numa panela 5
kg de açúcar cristal misturado com 2,5
litros de água e leva-se ao fogo. Quando
começar a liberar vapor, adiciona-se 5g
de ácido tartárico ou cítrico e mantenha
no fogo brando por mais ou menos 10
minutos. Após deixa esfriar fornece para
cada colméia com alimentadores inter-
nos ou semi-internos.
2. Na ausência de alimento protéico (pó-
len), pode ser preparado com farelo de
soja e milho.
alimento natural fica pequena nas ma-
tas. Então o apicultor tem que prover o
alimento para suas abelhas sob pena
de migrarem para outra localidade.
O apicultor tem duas alternativas: Pri-
meira: estocar o alimento natural, mel
e pólen ou artificial, tanto o energético
quanto o protéico. No caso do alimen-
to natural, o pólen representa 55%, e o
mel 45% das necessidades das abelhas.
Para esses momentos a suplementa-
ção alimentar deve-se ater às neces-
sidades reais decorrentes da ausência
de alimento energético (néctar ou
mel), protéico (pólen) ou de ambos.
Experiências em várias regiões do Bra-
sil provam que com 20 dias após o
início da alimentação, a área de pos-
tura da colmeia dobra. A alimentação
é de suma importância, também, para
fortalecer enxames capturados e col-
meias fracas. Existem várias formula-
Setembro 2013 33
Preparação: 1kg de farelo de soja e 2,5
kg de fubá de milho finamente moídos.
Pode ser disponibilizado por colméia ou
coletivamente por apiário.
3. Na ausência de alimento energético e
protéico pode ser preparado uma pasta
de farelo de soja, fubá de milho e mel ou
açúcar invertido.
Preparação: 3 partes de farelo de soja,
2 partes de fubá de milho e 6 partes de
mel ou açúcar invertido. Misturar bem
os dois farelos e adicionar o mel deva-
gar até formar uma pasta mole. Fornecer
para cada colméia sobreposta à mel-
gueira com entrada para as abelhas e
protegida de chuva.
A alimentação artificial, sugerida, obje-
tiva subsistência da colméia no período
de escassez de pasto apícola, período
frio ou de muita chuva.
Hoje há um conceito mais avançado
entre os apicultores de que é importan-
te também a alimentação artificial es-
timulante. O alimento artificial estimu-
lante visa aumentar a postura de ovos
pela rainha. O alimento estimulante
deve ser fornecido cerca de 35 dias an-
tes da florada. A sugestão de alimento
estimulante é o açúcar invertido, por ser
mais palatável.
34 Setembro 2013
Exposição Nacional do Cavalo PampaEvento comemora 20ª edição e reúne mais de 100 expositores de todo o Brasil
Crédito fotos: Aldo Azevedo
Cerca de R$ 12 milhões em negó-
cios, entre venda e leilão de ani-
mais foi a movimentação financei-
ra estimada da 20ª Exposição Nacional do
Cavalo Pampa - Enapampa, que aconteceu
entre os dias 11 e 18 de agosto, no Parque
da Gameleira, em Belo Horizonte - MG. O
evento, realizado anualmente, reúniu cria-
dores, fazendeiros e admiradores de uma
das raças mais valorizadas no mercado,
devido à comodidade do seu andamento
e sua riqueza morfológica. Foram mais de
100 expositores de todo o Brasil, e cerca de
800 animais em pista no evento promovi-
do pela Associação Brasileira dos Criadores
do Cavalo Pampa (ABCPampa).
O presidente da ABCPampa afirma
que “a exposição é uma ótima oportuni-
dade para negócio direto. Movimentamos
algo em torno de quatro milhões de reais
somente com estas vendas”, afirma Aroldo
Rodrigues.
Aroldo Rodrigues, o vice governador do Estado de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho e esposa e o diretor do parque da gameleira Mendelson Vasconcellos
Paralelamente às disputas, entre os
dias 14 e 16 de agosto, foram realizados
três leilões: Leilão Nacional Futuro da Raça,
Leilão Nacional Pampa Adulto e Leilão Ha-
ras JP, Dois Irmãos e Canto da Siriema.
Exposição marca os 20 anos da ABCPampa
Fundada pelo selecionador e estudio-
so de cavalos, Márcio de Andrade, a Asso-
ciação Brasileira dos Criadores do Cavalo
Pampa (ABCPampa), completa em agosto,
20 anos de existência. Idealizada com a
finalidade principal de fomentar a criação
do cavalo pampa em todo o país, a AB-
CPampa conta hoje com cerca de cinco
mil associados, entre criadores, proprietá-
rios e usuários. A instituição realiza e super-
visiona o Serviço de Registro Genealógico
e promove exposições e leilões, apoiando
pesquisas, simpósios, congressos e semi-
nários sobre a raça em todo o Brasil.
Fotos: Aldo Azevedo
Setembro 2013 35
36 Setembro 2013
NR 36- Empresas de abate e processamento de carnes e derivados têm até outubro para se adequarem à nova norma
As empresas de abate e proces-
samento de carnes e derivados
devem se adequar à NR 36. A
Norma Regulamentadora implica na
segurança e saúde dos colaboradores
no ambiente de trabalho, e foi publica-
da no Diário Oficial da União no dia 19
de abril último, assinada pelo Ministé-
rio do Trabalho e Emprego. O prazo de
adequação é de seis meses, com exce-
ção para alguns itens que demandam
mais tempo, como intervenções estru-
turais e alterações nas instalações das
empresas.
Entre as exigências da NR 36 figu-
ram obrigatoriedades ligadas à ergono-
mia. As medidas visam melhorar a mo-
vimentação dos segmentos corporais
dos colaboradores, além de ajustes em
postos de trabalhos com relação à al-
tura e inclinação. “As empresas devem,
a partir de agora, realizar avaliações de
ergonomias no ambiente de trabalho.
O acompanhamento e as alterações
reduzirão de forma significativa os pro-
blemas de saúde do trabalhador e da-
rão maior segurança na execução das
tarefas”, explica Márcio Aldecoa, diretor
da LIFE PQV, empresa especializada na
avaliação ergonômica e tem estudo re-
alizado em grandes companhias.
Aldecoa ainda enfatiza que as mu-
danças implicam em benefícios como
a redução de acidentes, diminuição do
absenteísmo, aumento da qualidade na
prestação do serviço e aumento da pro-
dutividade do colaborador. Para se ob-
ter mais êxito, segundo o especialista,
também é válido implementar progra-
mas paralelos à saúde como ginástica
laboral e palestras educativas.
“Ações como estas são atuantes no
combate da LER, lesão por esforço re-
petitivo, que se trata do grande vilão
no ambiente de trabalho. A ginástica
laboral, por exemplo, propicia maior
flexibilidade, força, coordenação, rit-
mo, agilidade e resistência. Ou seja, já
compõe fatores que resultam na maior
mobilidade e melhora de postura. Na
questão psicológica, a ginástica labo-
ral melhora a autoestima, aumenta a
motivação para novas rotinas, combate
tensões, ajuda fortemente na atenção e
concentração para o desempenho das
atividades”, argumenta.
Outros itens presentes na NR 36
trazem obrigatoriedades de disponibi-
lização de equipamentos de proteção
individual (EPI), rodízio de atividades,
adoção de pausas e condições ambien-
tais de trabalho, entre outras.
“Obrigatoriedades impostas pelo Ministério do Trabalho
em Emprego forçam empresas do segmento a adequações
para melhorias das condições de trabalho e saúde dos
colaboradores.”
Setembro 2013 37
CENTRO DE EXCELÊNCIA DO CAVALO MANGALARGA
MARCHADOR RESERVA REAL
Foi inaugurada no dia 28 de setembro de 2013 a pedra fundamental do novo Centro de Excelência, localizado no Centro Hípico Reserva Real. A so�sticação e ousadia da Design Resorts se uniram à tradição do Mangalarga para conquistar ainda mais admiradores para a raça, em uma estrutura que será referência em todo País.
31 3228-8000 | www.reservarealbh.com.br
Croqui do Centro Hípico
Sede o�cial do Centro de Excelência do
Mangalarga Machador
38 Setembro 2013
Ele não é brasileiro, mas sua maior
paixão é sem dúvidas um produto
nacional: o cavalo Mangalarga Mar-
chador. O egípcio Magdi Shaat, presiden-
te da Associação Brasileira dos Criadores
do Cavalo Mangalarga Marchador (ABC-
CMM), neto de fazendeiros, sempre este-
ve habituado ao meio rural. Imigrante no
Brasil, com a vida aqui estabilizada iniciou
sua criação de Mangalarga Marchador na
década de 60 na cidade de Lavras, Minas
Gerais, dando origem ao Haras El Far.
Com uma criação de destaque e sempre
muito envolvido com o desenvolvimen-
to e difusão da raça, Magdi não esconde
que o Mangalarga Marchador é parte de
sua vida. No final de seu segundo man-
dato como presidente da ABCCMM, ele
pondera que acredita que cumpriu sua
missão junto aos associados. “Eu quis ser
presidente. Sei do excelente produto que
temos e precisávamos mostrá-lo. Conhe-
ci muitas raças, viajei muito e sei que o
Mangalarga Marchador é um produto
extraordinário e o mundo inteiro quer
um cavalo de lazer, principalmente na
Europa, onde as pessoas têm um cavalo
em casa. Nosso objetivo sempre foi divul-
gar a raça mundialmente. Aumentamos
consideravelmente os investimentos em
mídia, criamos um programa de televisão
exclusivo da Associação, viajamos para
feiras internacionais, aumentamos o mer-
cado e mudamos a gestão da Associação
em termos de foco, passando a priorizar o
cavalo em vez do criador”, disse.
Com a mudança de gestão os resultados
vieram, a rotatividade era grande, devido
à insatisfação com o atendimento, dificul-
dade com o manejo e de conhecimentos
da raça. A ABCCMM investiu no criador
e em cursos para suprir essa deficiência,
como o projeto Mangalarga Marchador
para Todos, e com isso a rotatividade re-
duziu-se consideravelmente. Outro pro-
blema crucial da raça é a carência de mão
de obra especializada. Foi criado o projeto
Formação por Competência em Equideo-
cultura, que já realizou cursos em Cruzília,
Barbacena e Itabira, através de parceria
com o SENAR/MG, e os resultados têm
sido animadores. A maior parte dos for-
mandos consegue entrar para o mercado
de trabalho tão logo termina o curso.
Magdi Shaat, presidente da ABCCMM comemora bom momento da raça
Mangalarga MarchadorFoto: Roberto Pinheiro
Setembro 2013 39
Foto: Roberto Pinheiro
Com o trabalho de marketing e o fo-
mento da raça, o número de leilões chan-
celados também teve expressivo aumen-
to: de 39 leilões em 2009 para mais de 200
em 2012; nos últimos três anos e meio,
foram 520 leilões chancelados e cerca de
R$300 milhões em faturamento. “O mundo
do Mangalarga Marchador cresceu expres-
sivamente com esse plano de divulgação
da raça. A Fiat lançou recentemente um
carro com a marca Mangalarga Marcha-
dor; a raça foi tema da Beija Flor no Carna-
val passado, o que sem dúvida repercutiu
positivamente; e o Museu do Mangalarga
Marchador, inaugurado ano passado, tam-
bém é um grande sucesso. Na Nacional de
2012 do ano passado eram cerca de 6 mil
associados e nessa última Nacional foram
quase 8 mil, um aumento de quase 35%,
dado que impactou no número de usu-
ários, na diminuição da oferta e nos altos
preços que acompanham essa evolução”,
comentou o presidente.
Com preços em alta, Magdi acredita
que com a desaceleração da economia
o mercado se mantenha estável. “A crise
quando vem abrange todos os segmentos
do agronegócio, o cavalo não está imune,
a tendência é de queda no Brasil inteiro,
mas acredito em uma estabilização”, diz.
Em um mercado bastante aquecido,
com animais que chegam a custar mi-
lhões, Magdi afirma que há preço para
todos. “Hoje um excelente negócio para
começar um criatório novo é a compra
de embriões de grandes animais e manter
um criatório menor com maior qualidade.
A raça hoje está em um momento extra-
ordinário oferecendo muitas opções de
compra aos criadores”, diz.
Mercado externoCriado em 2009, o Programa Vitrine do
Mangalarga Marchador, uma parceria
entre cinco criadores, tem como objeti-
vo de difundir a raça no exterior e levar
alguns animais para a Europa. “A ABC-
CMM bancava os custos das feiras no ex-
terior e com esse trabalho conseguimos
exportar muitos animais. Agora com o
apoio da Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex-
Brasil) estamos alinhando as melhores
formas para que esse produto chegue e
atenda à expectativa do comprador e do
criador internacional”, explica Magdi.
Mas ainda existem barreiras sanitárias
que dificultam os trâmites internacio-
nais. “Por ser tratado como animal pet, o
cavalo não entra na lista de prioridades
do Governo. Além disso, o custo do frete
é alto e estamos tentando uma negocia-
ção que favoreça a transação”, completa.
Raça nacionalO Projeto de Lei nº 4.158/12, de autoria
do criador e deputado federal Arthur
Oliveira Maia, que declara o Mangalarga
Marchador como raça nacional, foi apro-
vado pelo Senado em 20 de agosto de
2013, e agora aguarda a aprovação da
presidente Dilma.
A notícia foi festejada pelo presidente da
ABCCMM, Magdi Shaat, que atribui essa
conquista a todos que acreditam no po-
tencial do Mangalarga Marchador.
MandatoO mandato de Magdi termina em abril
de 2014 e o Estatuto da Associação não
permite uma segunda reeleição, mas a
Diretoria da ABCCMM está estudando
a possibilidade de estender o mandato
atual até 2015. “A ideia da prorrogação
de mais um ano e meio do mandato
surgiu de uma preocupação de toda a
Diretoria em cumprir um compromisso
com o Ministério Público assumido por
nós, e principalmente por mim. Este
compromisso determina o fim do Ter-
mo de Ajustamento de Conduta em 31
dezembro de 2015. Convocaremos uma
Assembleia Geral Extraordinária em ou-
tubro para votar sobre essa extensão do
mandato. Nosso objetivo é apenas finali-
zar esse compromisso assumido por nós
e que já se estende há mais de oito anos.
Estamos envolvidos com isso e realmen-
te é um desgaste enorme para toda a
Associação”, diz.
Questionado sobre a intenção de per-
manecer no cargo em uma nova ree-
leição, o presidente afirma: “Estou com
meu dever cumprido e tenho outros
colegas que darão continuidade ao meu
trabalho e farão coisas melhores. Já dei o
melhor de mim para o Mangalarga Mar-
chador”, finaliza.
Presidente Magdi Shaat
40 Setembro 2013
32ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DO CAVALO MANGALARGA MARCHADOR
De 17 a 27 de julho, Belo Hori-
zonte sediou, no Parque da Ga-
meleira, a 32ª Exposição Nacio-
nal do Cavalo Mangalarga Marchador,
um dos maiores eventos equestres da
América Latina. Promovida pela Asso-
ciação Brasileira dos Criadores do Cava-
lo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a
exposição teve como tema “Nacional
Sertaneja” e promoveu a interação en-
tre os criadores e usuários dos quatro
cantos do país.
Durante onze dias, a Nacional do
Mangalarga Marchador recebeu a visita
de mais de 140 mil visitantes, entre eles,
uma comitiva de criadores americanos,
europeus e argentinos e movimentou
R$ 10 milhões em negócios ocorridos
nos leilões, shoppings de animais e
vendas diretas entre os criadores.
Estiveram reunidos no parque, 1.500
animais que participaram de concursos
de marcha, julgamentos, provas funcio-
nais e sociais oriundos de todo o país
.Um dos marcos desta edição foi a apre-
sentação do projeto setorial Brazilian
Saddle Horse, resultado de um convê-
nio firmado entre a Agência Brasileira
de Promoção de Exportações e Investi-
mentos – Apex-Brasil e a ABCCMM. Esse
convênio tem o objetivo de consolidar
o cavalo de sela brasileiro no mercado
internacional e incrementar as exporta-
ções de genética para países potenciais
na criação de animais da raça Mangalarga
Marchador, além de oportunidades de
negócios para os associados e empresas
interessadas. A ABCCMM foi a entidade
convidada para participar do projeto por
já possuir ações estruturadas de expansão
Crédito foto: Roberto Pinheiro
Foto: Roberto Pinheiro
Setembro 2013 41
Foto: Roberto Pinheiro
Cavaleiros e amazonas participantes do Caminhos do Marchador na abertura da 32ª Nacional 2013
Foto: Roberto Pinheiro
do mercado da raça no exterior e por
representar o maior número de cria-
dores de animais de sela. Atualmente,
a entidade conta 600 mil animais re-
gistrados e com 8 mil associados no
Brasil e no Exterior, como a Associação
Americana (Arizona), Associação Euro-
peia (Alemanha), Associação Italiana
(Tagliacozzo / Região de Abruzzo) e
Associação Argentina (Buenos Aires).
As provas funcionais, realizadas na
pista de areia do parque, tiveram 471
conjuntos inscritos que disputaram as
modalidades Três Tambores, Seis Ba-
lizas, Cinco Tambores, Team Penning,
Prova de Maneabilidade, Apartação de
Curral e Marchador Ideal. Participaram
das competições criadores e seus fami-
liares, usuários e profissionais ligados ao
Mangalarga Marchador.
O Test Ride do Mangalarga Marcha-
dor, atividade oferecida pela ABCCMM
ao público visitante, propiciou a crian-
ças, jovens e adultos a oportunidade de
experimentar o cavalo Mangalarga Mar-
chador. Ao todo 1.050 pessoas pude-
ram comprovar as qualidades da raça.
De acordo com o presidente da
ABCCMM, Magdi Shaat, essa edição
teve como grande novidade a dimi-
nuição no tempo de julgamento, com
as seletivas, o que tornou o evento
menos exaustivo para os criadores
e principalmente para os animais. “A
mudança no julgamento foi a grande
novidade do evento que se consolida
a cada ano, com capacidade máxima
de animais e presença de criadores do
Brasil inteiro e várias comitivas inter-
nacionais. Sem contar na parte social,
um ambiente que reúne toda a famí-
lia e torna uma festa muito completa
tanto na parte técnica quanto social. É
a grande copa do mundo do Manga-
larga Marchador”, disse.
Foto: Fernando Ulhoa
42 Setembro 2013
Nem a forte chuva que surpreen-
deu os gaúchos afastou o públi-
co da 36ª Expointer, que compa-
receu em peso nos nove dias de evento
cerca de 384 mil pessoas no Parque Assis
Brasil, em Esteio, no Rio Grande do Sul.
Em números gerais, mesmo com
um público inferior ao do ano anterior, o
evento apresentou crescimento de 62%
nas vendas e o o volume de negócios re-
gistrado com equipamentos de irrigação
foi ainda melhor, contabilizando, ao final
do evento, um crescimento de 460% em
relação ao ano anterior.
Segundo levantamento efetuado
pelo programa Mais Água, Mais Renda,
da secretaria da Agricultura, Pecuária e
Cooperativismo, foram encaminhados
468 contratos, representando uma mo-
vimentação financeira de R$ 314 milhões
contra os R$ 56milhões verificados no
ano passado.
Na opinião do secretário da Agricul-
tura, Luiz Fernando Mainardi, os núme-
ros confirmam o “despertar” do produtor
gaúcho para a importância da irrigação.
“Além de estabilizar a produção, os siste-
mas de irrigação proporcionam ganhos
de produtividade”, explicou Mainardi.
O secretário credita o bom momen-
to ao volume de crédito disponível, com
custo reduzido, e ao Programa Mais Água,
Mais Renda, que além de subsidiar de 12
a 30% os investimentos, também destra-
va os licenciamentos e outorgas ambien-
tais.
O comércio de animais aumentou
16,5% em relação à edição anterior da
maior feira de agronegócios da América
Latina, chegando aos R$ 16,063 milhões.
A área da agricultura familiar comerciali-
zou R$ 1,505 milhão, com um aumento
de 18,55% na comparação com o ano
passado. O setor de artesanato foi o único
que caiu 2,49% em relação a 2012.
Expointer 2013
Expositores dos pavilhões do comércio, artesanato e agricultura familiar ofedrecem preços mais baixos na reta final da Expointer
Setembro 2013 43
CR
EC
I 200
83
Uma empresa com grande diferencial competitivo, criada para suprir todas as demandas do segmento de parcelamento do solo para fins de loteamentos e condomínios.
O Grupo PGV realiza com recursos próprios, todas as etapas necessárias para viabilizar seus empreendimentos:
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44 Setembro 2013
Criadores e usuários elegeram a 33ª Semana Nacional do Cavalo Campolina, que ocorreu de 1 a
8 de setembro, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG), a melhor edição da última década. Nas pistas, cerca de 700 animais foram inscritos por 150 ex-positores do chamado “eixo da raça” (MG, SP, RJ, BA e PE), entre outros estados. A programação apresentou uma série de eventos que ajudou a resgatar o envolvi-mento social na principal mostra do Ca-valo Campolina. Cerca de 10 mil pessoas passaram pelo parque de exposições.
O ponto alto do evento foi a intera-ção do público, inclusive, de pessoas sem envolvimento direto com a raça. “Foi mui-to gratificante ver criadores e usuários do nosso cavalo confraternizando com ami-gos e familiares. Sem sombra de dúvidas, essa edição da Nacional ficará marcada na História como a exposição da Família Campolina”, disse o anfitrião Luiz Roberto Horst Silveira Pinto, presidente da Asso-ciação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCCampolina).
Objetivo esse traçado desde o mês de março, quando a diretoria da ABCC-Campolina e o comitê organizador da Nacional - formado pelos criadores Os-
valdo Diniz, Suzana Salum e Léo Maia - reuniram-se para incorporar a programa-ção da Semana Nacional do Campolina aos planos de fomento da raça. Desta forma, uma aposta certeira foi a criação do “Espaço do Criador”, que cumpriu perfeitamente o papel de aproximar os visitantes, ao sediar diversos encontros ao longo da semana.
Outra iniciativa interessante foi o re-conhecimento aos tratadores dos cava-los. Um dia antes da abertura, os mais de 300 profissionais foram homenageados com uma grande festa no Pavilhão Re-dondo do Espaço Expominas. “Vocês são mais importantes do que os próprios criadores. São vocês que cuidam, mon-tam e conhecem bem cada animal. Sa-bemos que apenas 30% dos fatores que fazem o campeão são genéticos. O res-tante vem da sanidade, manejo e nutri-ção, ou seja, da mãos de obra do haras”, disse a eles o presidente da ABCCCam-polina. Também foi neste local que a dupla sertaneja revelação Bruna e Keyla agitou a exposição.
Novidades na pista de julgamento - A 33ª Semana Nacional do Cavalo Campo-lina teve uma programação técnica das mais criteriosas. Neste ano, dez jurados
ficaram responsáveis pelo julgamento, cinco avaliando morfologia e os demais, andamento. Maior e menor notas eram desconsideradas e a classificação trans-mitida em tempo real em um grande telão montado na pista.
“Tivemos uma exposição bem dis-tribuída e com animais muito parelhos. Surpresa foi ver a quantidade de éguas com mais de 36 meses, que, pela primei-ra vez, bateu o número de potras”, avaliou o diretor da Escola Nacional do Cavalo Campolina (ENACAM), Reynaldo Zapalá, explicando que esse dado confirma o progresso experimentado pela raça, atu-almente. Outra inovação foi a atuação de Pedro Braga, Raíssa Martins e Paula Car-valho, os novos inspetores contratados pela ABCCCampolina, como jurados de chão. Eles ajudaram na inspeção de en-trada e também no concurso de marcha.
Para reservar parte do horário nobre aos eventos sociais, foi necessário redu-zir significativamente o cronograma de leilões. Ocorreram apenas dois remates, que juntos arrecadaram R$ 2.571,284,00. Animais também foram vendidos em
um shopping e houve negociações di-
retas entre os criadores, mas essas ainda
não foram computadas.
33ª Semana Nacional do Cavalo Campolina é a melhor da última década
Setembro 2013 45
33ª Semana Nacional do Cavalo Campolina é a melhor da última década
HARAS HARAS HARAS SANTA ROSASANTA ROSASANTA ROSA
VENDA PERMANENTE DE PRODUTOS E COBERTURAS
31anos de
seleçãoseleçãoseleção
CONTATOS: Ronaldo Tolentino(37) 9984-7447
Fabiano Tolentino(37) 9111-8283Haras Santa Rosa Tolentino
Fabiano Tolentino
VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO DE AGRICULTURA E PECUÁRIA DE
MINAS GERAIS
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ANA BELA DA SANTA ROSA - 13 MESES INÉDITA EM PISTAS
FUMAÇA DOS MENEZES - 19 MESES - CAMPEÃ POTRA MAIOR - SUPERAGRO 2013
CAROL DO GUI - 19 MESES - RES. CAMPEÃ POTRA EM PARÁ DE MINAS 2013
ÍNDIA DO PARATI - 19 MESES INÉDITA EM PISTAS
BERENICE DA SANTA ROSA - 15 MESES CAMPEÃ POTRA EM PARÁ DE MINAS 2013
PRIMEIRA SAFRA 2011 | 2012 - JR DA SANTA ROSA
46 Setembro 2013
O Deputado Estadual Fabiano Tolentino (PSD) foi o relator do projeto do queijo artesa-
nal de Minas, debatido em au-diência pública da Comissão de Política Agropecuária e Agroin-dustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que re-aliza uma pesquisa científica sem precedentes sobre a produção do queijo artesanal nos cinco polos mais tradicionais do Estado.
A expectativa é de que a pes-quisa possibilite a regulamenta-ção da Lei 20.549, aprovada pela ALMG no final do ano passado e que dispõe justamente sobre a produção e a comercialização desse produto. A nova lei, mais do que a simples valorização do
queijo artesanal mineiro, estabe-leceu um novo marco legal para a expansão da atividade, que faz parte do patrimônio histórico mi-neiro, mas vinha sofrendo com o rigor da fiscalização sanitária.
“O queijo minas artesanal é mais do que um produto. É um patrimônio histórico de Minas, porque guarda em si todo um processo centenário de como fa-zer esse item saboroso e que ago-ra poderá ser conhecido em todo país e futuramente, vamos traba-lhar para ele ser conhecido em todo o mundo”, disse Tolentino.
A pesquisa, cujo financiamen-to ainda está sendo viabilizado, vai abranger as regiões da Serra da Canastra, Serro, Araxá, Cerra-
do e Campo das Vertentes. Serão visitados 149 produtores já ca-dastrados, em dois períodos, na época das chuvas e na estiagem, coletando dados no leite e no produto acabado.
A mobilização pela realização da audiência pública, liderada pelos deputados, culminou na aprovação da nova lei e resultou na assinatura de uma nova ins-trução normativa pelo Ministé-rio da Agricultura que permitirá ao produtor mineiro de queijo artesanal, maturado em período inferior a 60 dias, comercializar seu produto em todo o País. Na prática, os serviços de inspeção sanitária de Minas ganham au-tonomia para expedir documento que legaliza a comercialização.
Vender o queijo artesanal mineiro em outros Estados era a mais antiga reivindicação dos produtores.
Deputado Fabiano Tolentino foi relator do projeto
“Queijo Minas Artesanal”
Will
ian
Dias
/ALM
G
Agora é lei: Queijo Minas Artesanal pode
ser vendido para todo o Brasil
Dep. Fabiano Tolentino foi Relator do Projeto do Queijo Minas (PL 1702/2011)
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Setembro 2013 47
O mineiro faz negócio com paciência. A mesma de que se vale para esperar
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48 Setembro 2013
Ricardo VilelaDiretor da Bela Vista Florestal e MBA em Gestão Florestal
Ao falar em plantio florestal de
madeira “nobre”, facilmente iden-
tificamos duas maneiras de ver o
negócio; a cética e a otimista. Tentando
trabalhar dentro da linha que separa as
duas, a Bela Vista Florestal sempre foi cau-
telosa em suas projeções de produtivi-
dade da floresta e de preços de madeira,
mas sempre teve certeza da aceitação por
parte do mercado. Afinal, conhecemos a
qualidade do produto; no caso, a madeira
do cedro australiano (toona ciliata).
Nos 10 anos em que trabalha com o
cedro australiano, a preocupação da Bela
Vista nunca foi o mercado, e sim o domí-
nio da tecnologia de produção florestal. O
cultivo das madeiras alternativas (cedro;
mogno; guanandi; teca, etc) é relativa-
mente novo no Brasil e carente de infor-
mações sobre manejo, nutrição, pragas
e doenças. Além de trabalhar com uma
base genética sem diversidade e sem
melhoramento.
O custo de implantação de 1 hecta-
re de cedro australiano fica em torno de
R$13.000,00 até o fim do quarto ano. Os
plantios mais velhos da espécie, feitos
com a semente comumente encontrada
no mercado, apresentam produtividade
até 15m3 de madeira por hectare/ano.
Enquanto isso, os novos materiais genéti-
cos apresentam produtividade até 35m3
por hectare/ano. Com esse novo patamar
de produtividade, e o conhecimento téc-
nico de anos de prática e pesquisa, pode-
mos falar em 400 m3 por hectare aos 15
anos da floresta. Considerando as perdas
no processamento da madeira, podemos
falar em valores entre R$ 250.000,00 e
R$350.000,00 por hectare.
Como toda madeira “nobre” originá-
ria de floresta plantada é novidade no
país, o Cedro Australiano também está
buscando seu lugar no mercado. Nesse
processo, existem algumas característi-
cas a serem levadas em conta que são
óbvias, e outras nem tanto. O que todos
sabem é que a madeira é estável, tra-
balhável, bonita, e deve ser destinada
a produtos com maior valor agregado
(PMVA), como acabamentos finos em
construção civil; portas; janelas; molduras;
forros; movelaria; laminação e outros. O
que nem todo mundo sabe é como fazer
isso.
Muito se fala em exportação e cotação
de madeira no mercado internacional,
como se fosse uma transação fácil de
executar e que paga mais que o mercado
interno. Ao tentar exportar, o produtor irá
se deparar com vários problemas. Alguns
contornáveis, outros não. O resultado é a
inviabilidade econômica do processo na
maioria dos casos.
Ganso sinaleiroO mercado do cedro australianoO mercado do cedro australiano
Setembro 2013 49
São problemas como a deficiência de
nossa infra estrutura (rodoviária, ferroviária,
alfandegária e portuária) que gera atrasos
e consequentemente aumento de custos.
Problemas como quantidade de produção
e escala, e a continuidade de fornecimen-
to. Custa caro prospectar clientes no ex-
terior e fechar um negócio, assim como
todo o trâmite e transporte do produto.
E a cotação internacional da qual se fala,
é referente ao preço CIF da madeira. Por-
tanto, antes de pensar nos milhares de
dólares de receita que gera um contêiner
de madeira, é preciso pensar no custo do
mesmo para o produtor. Como tudo em
agricultura, a madeira tem seu canal pró-
prio de exportação. E que isso não é uma
coincidência, mas uma imposição de lo-
gística, custos e escala.
Por outro lado, o mercado brasileiro é
enorme e é possível focar as vendas nele
com sucesso. As perspectivas são encora-
jadoras; crescimento contínuo do consu-
mo per capita de madeira sólida tropical,
e a improbabilidade de conseguirmos
suprir essa demanda com madeira de flo-
resta plantada.
A competição com a madeira nativa
não tira a viabilidade econômica do negó-
cio. O cedro australiano tem produtividade
e os plantios estão mais próximos dos cen-
tros consumidores. Com o tempo, devido
às pressões ambientais, apenas a madeira
nativa proveniente de manejo florestal le-
gal estará no mercado.
A madeira de floresta nativa também é
uma boa diretriz para procurar clientes. No
caso do cedro australiano, pode-se vender
a madeira para consumidores de cedro
rosa brasileiro (cedrela fissilis). O uso para
as duas espécies é muito parecido. Nor-
malmente, a empresa que usa uma pode
usar a outra, levando-se em conta que a
madeira de nativa normalmente vem de
plantas centenárias, o que não ocorre com
florestas plantadas.
Mas como colocar essa madeira no mercado?
O que a Bela Vista está descobrindo, é
que o mercado não quer matéria prima,
quer produtos. Em vez de vender toras de
cedro, vale a pena trabalhar a madeira, por
menos que seja.
O cliente faz compensado de cedro?
Produza a lâmina e então faça a venda.
Lojas de varejo de madeira vendem tábu-
as, mas preferem vender forros. Lojas de
material de construção vendem portas, ja-
nelas, molduras, etc. Produzir esses itens é
mais fácil do que se pensa, e agrega muito
valor à madeira.
Existe sim, uma resistência inicial a um
novo produto, mas é para isso que servem
as amostras. Estamos percebendo que
esse desconhecimento é uma barreira fácil
de ser rompida, que quem trabalha com
madeira manejada quer continuar traba-
lhando, e que a aceitação pelo mercado
da madeira do cedro australiano é tudo o
que foi previsto.
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50 Setembro 2013
Rivaldo Nunes da Costa,Médico Veterinário, Consultor em produção animal eMembro do Conselho Deliberativo Técnico da ABCJPÊ-GA.
José Maurílio de Oliveira,Zootecnista, Técnico de Registro e Superintendente do Registro Genealógico da ABCJPÊGA.
Os muares são eqüídeos híbridos oriundos do cruzamento de asi-ninos (jumentos) com eqüinos
(éguas) ou o contrário, equinos (cavalo) com asininos (jumentas) que são os bar-dotos. Apresentam características pró-prias, de comportamento e andamento, em geral são estéreis, devido a falhas no pareamento dos cromossomos durante a meiose. O Eqüino (Equus caballus) pos-sui 64 cromossomos e o asinino (Equus asinus) 62 e os muares (burros, mulas, bardotos e bardotas), apresentam 63 cromossomos.
Algumas mulas e bardotas podem ser férteis, mas os machos, burros ou bardotos, são sempre inférteis. Devido à heterose os muares são mais resistentes ao trabalho que as espécies que o deram origem. Os muares se recuperam mais rápido após uma jornada de trabalho do que os equinos, desde que condiciona-dos, e consomem menos água após o trabalho do que os equinos.
O andamento dos bardotos, como dos muares pode ser marcha picada, batida ou diagonalizada ou trote. Em ambas as modalidades de marcha en-contramos animais de excelente como-didade e resistência.
Tradicionalmente se utiliza produzir os muares a partir de bons jumentos e boas éguas de qualquer raça, conforme os objetivos do criador. O uso de cavalos com jumentas é pouco utilizado, pela di-ficuldade das jumentas ficarem prenhes de cavalos, e até pela dificuldade do ca-valo de aceitar cobrir as jumentas.
Os bardotos geralmente possuem as orelhas mais curtas do que os muares, a cabeça geralmente é mais curta, a crina e cauda em geral é mais longa do que o muar. Possui as castanhas nos quatro membros, os muares às vezes não as possuem nos membros posteriores.
A gestação dos bardotos em média é de 12 meses como das jumentas e a do muar é de 11,5 meses. O parto das jumentas, gestantes de bardotos pode ser dificultado devido às características
físicas das jumentas, que possuem a pelve mais estreita. Apesar de faltar uma estatística segura, as bardotas tendem a serem mais férteis do que as mulas.
Os bardotos são mais lentos do que os muares, com temperamento mais calmo.
O zurrar do muar assemelha-se mais ao jumento e o zurrar do bardoto se aproxima mais do relincho do cavalo.
Comercialmente os muares são pre-feridos aos bardotos. Em observações mais recentes de bardotos e muares em uma mesma propriedade, observamos que a morfologia dos bardotos está liga-da diretamente aos animais que lhe de-ram origem, se as jumentas e os cavalos possuírem boas características morfoló-gicas vão produzir animais de boa carac-terização. E inicialmente pode ser difícil separar o que é bardoto e o que é muar, nestas condições.
A raça de jumentos Pêga, é uma raça brasileira que reúne o maior número de exemplares selecionados para a produ-ção de jumentos e muares. O número de muares registrados no Controle de Genealogia de Muares da ABCJPÊGA até dezembro de 2012 foi de 5.599 animais. No Brasil existem cerca de 750 criadores de muares de qualidade.
Jumentos Bardotos
50 Setembro 2013
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Setembro 2013 51
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52 Setembro 2013
O crescimento domercado de FIVem bovinos no Brasil e no mundo
Osmir Wacanabe,Engenheiro Mecânico proprietário da WTA.
O Brasil é um país pioneiro e
inovador quando o assunto
é Fecundação in vitro (FIV)
aplicada à pecuária. A partir de 1998,
com a criação do primeiro laboratório
comercial da técnica em Cravinhos
(Vitrogen), no estado de São Paulo, a
técnica começou a ser aplicada co-
mercialmente no país, impulsionando
uma revolução na reprodução dos re-
banhos de diversas raças bovinas de
corte e leite.
Atualmente o Brasil ocupa a posição
de maior usuário da técnica no mundo
e, portanto, lidera a produção de gado
FIV. Em apenas 15 anos, a técnica foi to-
talmente democratizada e existem pelo
menos 50 laboratórios espalhados em
todas as regiões e em vários países, es-
pecialmente na América Latina.
O que mudou?No início a FIV era usada somente
para produção de gado de alto valor ge-
nético, pois os custos eram proibitivos
para a pecuária comercial. Contudo, em
pouco tempo, com a maior dissemina-
ção e menor custo envolvido nas dife-
rentes etapas que compõem o trabalho
de produção dos embriões no labora-
tório, a FIV passou a fazer parte do coti-
diano de qualquer pecuarista que busca
maior produtividade no seu rebanho.
Uma evolução que só foi possível ao
se considerar que o Brasil é um dos qua-
tro maiores exportadores mundiais de
carne bovina. É o único país em desen-
volvimento que tem previstas grandes
taxas de crescimento do agronegócio
e coloca-se em posição privilegiada em
função do tamanho do rebanho e áreas
disponíveis para o agronegócio.
No entanto, o baixo índice de desfru-
te (21,3%, SeCEx/MDIC e IBGE) e a capa-
cidade de ganho de peso vivo de nossos
rebanhos são obstáculos da pecuária
nacional. É neste momento que se des-
taca o papel das técnicas de reprodução
animal como ferramentas fundamentais
na mais rápida melhoria genética dos
animais.
Mais tecnologiaOutro ponto-chave para manter o
crescimento da utilização da biotecno-
logias de reprodução na pecuária é o
desenvolvimento de novas tecnologias.
Trabalho que empresas como a WTA,
Foto: WTA VITROGEN
Setembro 2013 53
O crescimento domercado de FIVem bovinos no Brasil e no mundo
que desenvolve materiais e equipamen-
tos para FIV, ao mesmo tempo em que
incorporou em sua estrutura um labora-
tório para avaliar, a campo, a necessida-
de dos produtores e técnicos, melhoran-
do os resultados.
Já estão disponíveis para aplicação da
FIV e outras técnicas como a Aspiração
Folicular e a IATF – Inseminação Artificial
em Tempo Fixo – equipamentos como
descongeladores de sêmen e incubado-
ras de embriões que, em função de seus
atributos inovadores permitem que o pro-
dutor instale um laboratório de produção
de embriões em sua própria propriedade
rural, sem altos investimentos e com total
segurança. Ou ainda, que técnicos e vete-
rinários qualificados configurem unidades
móveis para atender um maior número de
propriedades.
Esta possibilidade permitirá que os
produtores aproveitem melhor suas esta-
ções de monta, reduzindo as dificuldades
logísticas do processo de FIV e consigam
reproduzir mais rapidamente para seu re-
banho as características de elite da raça
desejada. O conceito reside em criar insta-
lações físicas simples em uma ou mais pro-
priedades, onde a empresa fornece todo o
material e equipamentos.
Outra vantagem do momento atual
de desenvolvimento da FIV é o grande
número de veterinários de elevada ex-
periência em aspiração folicular (oócitos)
de doadoras, transferência de embriões
(TE) e técnicos de laboratório de FIV
(produção de embriões) que trabalham
contratados ou como prestadores de
serviços autônomos.
Para apoiar os produtores na ins-
talação de seus laboratórios também
é possível disponibilizar um programa
completo de treinamento que abrange
todo o processo de FIV, desde a aspira-
ção folicular, produção dos embriões e
transferência de embriões. Desta forma
o pecuarista pode planejar a melhor
maneira de alavancar a reprodução de
seu plantel, com equipe própria nas três
etapas (aspiração folicular, produção de
embriões e TE) ou mesmo terceirizando
todo o processo da FIV.
Pode-se dizer que o futuro da FIV
democrática chegou. O pecuarista no
curto prazo pode possuir toda a técnica
da FIV em sua fazenda, tornando sigilo-
sa todas as informações estratégicas de
seu rebanho, produção, acasalamento,
genética, etc. Tornando-se um produtor
verticalizado de seus próprios produtos,
informações e técnica.
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Ao lado do Mercado Central a mais nova loja country de Belo Horizonte.
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Para a técnica ser viável para o pecuarista o mais importante é o custo de uma prenhez. Portanto fica mais fácil compreender quando é possível utilizar a FIV conhecendo um dos investimentos e retorno financeiro. Não será difícil comparar dados numéricos de custos e produção de um exemplo totalmente conservador de FIV em NELORE:
1) Produção de oócitos por doadora: 15 oócitos viáveis;
2) Taxa de produçãode embrião por oócito viável: 30 a 50%;
3) Taxa de prenhez: 30 a 50%;
4) Custo de aspiração por doadora: R$150,00/doadora;
5) Custo de transferência por cada embrião: R$50,00
6) Custo de produção de embriões FIV: R$20,00
Lucratividade
Foto: WTA VITROGEN
54 Setembro 2013
Festa do Peão de Barretosregistra crescimentoFesta do Peão de Barretosregistra crescimento
Rodeio internacional, shows sertanejos e culturais foram alguns dos destaques do evento que aconteceu de 15 a 25 de agosto
Os onze dias da 58ª edição da Festa do Peão de Barretos
foram considerados um grande sucesso. A declaração
é do presidente de Os Independentes, Hugo Resende
Filho que comemorou o crescimento do evento em diversos se-
tores. Foram cerca de 930 mil visitas, mas de acordo com Hugo,
a evolução real do evento é muito maior. “Todos os setores apre-
sentaram crescimento, principalmente, de qualidade”, explica.
Um dos pontos altos foi o rodeio. Com uma premiação total
que atingiu cerca de R$ 500 mil as competições renderam gran-
des momentos de emoção. “Tivemos um rodeio de alto nível nos
11 dias de festa, com competidores e animais que mostraram
o diferencial do nosso evento”, conta Hugo. Entre os destaques,
o 21º Barretos International Rodeo recebeu competidores do
Brasil, México e Estados Unidos, revelando grandes talentos. O
rodeio em carneiros pela primeira vez também recebeu compe-
tidores mirins do México e dos Estados Unidos.
No tradicional Desafio do Bem, em prol do Hospital de Cân-
cer de Barretos, foram arrecadados R$ 4,5 milhões. Na ocasião,
o competidor de sela americana Leandro Baldissera montou
o touro Holyfield da Cia. Berro Grosso. Além disso, a renda dos
shows do primeiro domingo da festa também foi revertida para
a instituição. Outro hospital beneficiado durante o evento foi a
Santa Casa de Misericórdia de Barretos com o Desafio Solidário e
a renda de três dias de evento.
Já entre os shows, a grade contemplou com predominância
a música sertaneja. Todas as gerações do gênero tiveram espaço
nesta edição. Entre os grandes nomes estavam Chitãozinho &
Xororó, Bruno & Marrone, Jorge & Mateus, Fernando & Sorocaba,
Gusttavo Lima, Paula Fernandes, entre outros. No dia 17, o pro-
jeto Villa Mix com 9 apresentações em um único dia, garantiu o
recorde de público no primeiro sábado do evento. Fotos: André Monteiro
BRUNA MONTEIRO A GRIFE PARA O SEU JARDIM.
A Paisagista Ambiental Bruna Monteiro, de 25 anos, formada em paisagismo pelo Instituto Brasileiro de Paisagismo – IBRAP, sempre demonstrou interesse e afinidade pela beleza e forma, já formada em Gestão Empresarial, pelo ENIAC, largou o curso de Engenharia Civil, para cursar Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Belas Artes de São Paulo. Especializada em Solos Reforçados e Geossintéticos pela PECE-USP, e em FMEA na Universidade Presbiteriana Mackenzie, carrega um conhecimento maior com sua formação técnica em Design de Móveis e Interiores, pela Escola de Artes, além dos cursos pela ABCP de Tecnologia do Concreto, Pavimentos Intertravados, Tecnologia de Pavimentos de Concreto, Concreto Rolado para Pavimentação, Solo-Cimento para Pavimentação, Curso Avançado de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto, Alvenaria de Vedação com Blocos de Concreto. Em 2012 aperfeiçoo seu conhecimento em um estudo de campo em Paris – França. Ao retornar fundou a Arte Folha Paisagismo e Decoração, uma empresa prestadora de serviços na área de paisagismo e decoração. Oferecendo serviços para todos os tipos de clientes, entre eles residenciais, comerciais, condomínios, construtoras e governamentais. Com o objetivo de inovar e proporcionar um projeto de acordo com a necessidade de cada cliente, visando bom gosto, qualidade, requinte, e organização. Trabalhando com produtos de qualidade, árvores, arbustos e flores altamente selecionados, e tudo com garantia, para assim proporcionar aos clientes qualidade e tranquilidade. Além de atender em todo o Brasil, a empresa possui projetos de expansão internacional em 2014.
A proprietária da empresa afirma. “Acredito que sucesso é trabalhar em algo que faça bem pra si mesmo. O contato com a natureza me da animo de querer fazer sempre mais e melhor. Priorizando sempre novos aprendizados para implementar em meus projetos.” disse Bruna.
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Setembro 2013 55
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56 Setembro 2013
SUCULENTASBruna Monteiro,paisagista na Arte Folha Paisagismo e Decoração
Delicadas, ornamentais e de fácil manutenção, não é a toa que as suculentas ca-
íram na graça dos paisagistas. São vários os motivos desse sucesso repentino: apre-
sentam folhagem bem distintas umas das outras, o que permite várias combinações,
podem ser cultivadas no jardim ou em ambientes internos. São fáceis de cuidar, não
requerem podas e consomem pouca água.
VersáteisPodem enfeitar dos vasos no chão a guirlandas na parede, diversos objetos
podem ser adornados por essas plantas.
A moda entre as plantas
Vasos de todos os tamanhos e tiposCom e cores bem variados, as suculentas são tão
diferentes umas das outras que dá para montar um
jardim inteiro usando apenas estas plantas. Para não
ficar monótono, a dica é investir na variedade e na
assimetria, tanto no que se refere às plantas quanto
aos vasos. “ A regra é evitar repetições”. E mesclar as
alturas dos vasos, bem como as cores e formas das
espécies. Se o objetivo é usar um único tipo de su-
culenta como ponto de destaque no jardim, vale a
pena investir em vasos grandes e vistosos. O segredo
para criar um cantinho charmoso com suculentas em
vasos é evitar repetir plantas.
Em meio às pedrasSe o terreno é cheio de rochas em vez de tentar removê-las, aposte nas suculentas para
criar um jardim charmoso, basta colocar algumas mudas no vãos entre as pedras que o
ambiente árido ganha um toque de sofisticação.Cascata de suculentas
Setembro 2013 57
Painel de suculentas, pode ser utilizado no jardim ou em ambientes internos.
Disfarçar muros que delimitam o jardim é sempre uma dificuldade. Se
o seu for de pedras, experimente cultivar nos vãos suculentas pendentes
como a planta fantasma ( Graptopetalum paraguayense). Com ramos
de até 30 cm de comprimento, ela forma uma linda cascata de rose-
tas azul-acinzentadas e, na primavera, ainda apresenta pequenas flores
brancas e estreladas.
Delicadas, e formosas assim podemos descrever as suculentas.
Apresentam diversos formados, tamanhos e cores.
Resistentes, podem ser cultivadas tanto internamente como em jardins
de fácil manutenção, não exigem podas, e são tolerantes ao frio e calor.
58 Setembro 2013
Camarão de água doceO Brasil vem se destacando entre
os maiores produtores mundiais
de crustáceos de água doce.
Atualmente, sua tecnologia de criação já
é bem dominada e vem sendo adaptada
de acordo com as diferentes característi-
cas regionais, geo-climáticas e socioeco-
nômicas. Minas Gerais ganhou destaque
nesse cenário e é no município de Prata,
no sul do estado que se encontra a única
criação com selo do Serviço de Inspeção
Federal (SIF) para o abate de camarão
d’água doce, emitido pelo Ministério da
Agricultura.
O camarão-d’água doce é um crus-
táceo ainda muito desconhecido. Mui-
tas vezes confundido com a lagosta, por
causa do seu tamanho, ainda é pouco
consumido no mundo. Estima-se que a
produção global não ultrapasse 450 mil
toneladas por ano, volume equivalente a
20% da produção total de camarão mari-
nho. Entre os atuais produtores, há quem
acredite em um futuro promissor para a
carcinicultura de água-doce.
A criadora Maria Aldeide Borges, dona
do Entreposto de Pescados São Pedro,
em Prata, no sul de Minas Gerais, é a única
a ter o selo do SIF, condição fundamental
para vender o crustáceo para todo o País
e até exportar. Mas Maria Aldeide, que
abate o crustáceo com SIF desde 2002, vi-
nha tendo um sério problema na produ-
ção. Os camarões que ela engordava para
o abate eram comprados de terceiros, e aí
estava o seu drama: por não ter um labo-
ratório para produzi-los desde o início do
processo de criação, ela era passada para
trás por comerciantes desse setor. “Já che-
guei a comprar 200 mil crustáceos na fase
chamada de pós-larva e quando fui che-
car a carga havia 75 mil”, diz Maria Aldei-
de. “A quantidade combinada na compra
e a contagem que eu fazia depois, nunca
batiam.”
O que era um limão, a produtora
transformou numa limonada. Em vez de
jogar a toalha na queda de braço com
os produtores de pós-larva, Maria Aldei-
de resolveu disputar mercado com eles,
além de abastecer seu próprio criatório. A
criadora está investindo R$ 250 mil no
negócio, dos quais R$ 200 mil são para
a construção de um laboratório desti-
nado a criar o camarão desde o estágio
de larvas.
Do total do investimento necessário à
sua independência, Maria Aldeide finan-
ciou R$ 150 mil através de linhas de cré-
dito junto ao Banco de Desenvolvimento
de Minas Gerais (BDMG), com sede em
Belo Horizonte. A previsão é inaugurar o
laboratório no segundo semestre do ano.
Setembro 2013 59
Camarão de água doce“Com a produção do camarão desde o es-
tágio de larva terei pleno domínio do pro-
cesso de criação em água-doce e posso
vender o excedente do laboratório”, diz. “É
uma vitória.” O laboratório do entreposto
de pescados terá capacidade para produ-
zir até um milhão de pós-larvas por ano.
“Hoje, compro 600 mil pós-larvas por ano”,
diz Maria Aldeide. “Aumentando a produ-
ção quero trabalhar para que o entrepos-
to cresça ainda mais.”
Além do laboratório, até o começo
de 2014 a criadora fará um rearranjo
nos 21 viveiros de engorda do crustá-
ceo para transformá-los em 27 viveiros.
Atualmente, com 5,6 hectares de lâmina
d’água, a produção anual do entrepos-
to é de quatro toneladas de crustáceos.
Com a reforma, a produção pode ir para
dez toneladas. “Eu acredito no negócio
porque o camarão-d’água-doce traz me-
nos degradação ao meio ambiente que
o camarão marinho, além de obter um
produto mais saboroso e saudável”, diz
Maria Aldeide. Segundo pesquisa reali-
zada pela Universidade Federal do Para-
ná, em Curitiba, o camarão-d’água-doce
tem 30% menos colesterol, se compara-
do ao camarão marinho. Sem contar que
para pescar um quilo desse tipo de ca-
marão, outros seis quilos de organismos
marinhos são mortos acidentalmente.
“O camarão-d’água-doce tem qualida-
des para conquistar o consumidor”, diz a
criadora. Nos supermercados e peixarias,
um quilo de camarão-d’água-doce pode custar até R$ 30.
Fonte: Jornal Estado de Minas
60 Setembro 2013
Fórum Nacional de Agronegócios debate os ‘nós’ do setor
Entre os dias 20 e 21 de setembro, o
Hotel Royal Palm Plaza, em Campi-
nas (SP) sediou o Fórum Nacional
de Agronegócios que teve como objetivo
debater os ‘nós’ do setor em 5 painéis - O
nó do agro sustentável, O nó do comér-
cio mundial, O nó dos insumos, O nó da
agenda legislativa e O nó da comunicação,
discutidos por Maurício Lopes (presidente
da Embrapa), Clodoaldo Hugueney (ex-
-embaixador do Brasil na China), Alexandre
Mendonça de Barros (analista da MBAgro),
Waldemir Moka (Senador) e Humberto
Pereira (editos-chefe do Globo Rural), res-
pectivamente.
O Fórum deixou um legado para o seg-
mento, responsável por impulsionar o
crescimento de 1,5% do PIB nacional em
2013. Após um ciclo de debates, a Carta
de Campinas foi elaborada com sugestões
para que se desfaçam os nós discutidos
durante a estratégica reunião de líderes
empresariais e especialistas do setor. O
documento, que foi entregue aos parti-
cipantes do evento, será encaminhado a
ministros, senadores e demais autoridades
do Governo Federal.
No documento final, destaca-se a união de
esforços entre o setor privado e os poderes
Executivo e Legislativo para superação de
relevantes entraves para o desenvolvimen-
to do setor.
A conclusão, no que diz respeito à susten-
tabilidade, enfatiza a administração de ris-
cos de natureza diversa, o conhecimento
profundo dos biomas e a implantação do
monitoramento do Programa de Agricul-
tura de Baixo Carbono – ABC, assim como
o Pagamento por Serviços Ambientais
(PSA), garantindo renda para os produto-
res rurais em prol ao papel que exercem
pela preservação. No âmbito do comércio
internacional, é necessário repensar a es-
tratégia da política externa comercial bra-
sileira, a celebração de acordos bilaterais,
além da adoção de uma posição de defesa
política do MERCOSUL e fortalecimento
do papel de coordenação de organismos
como o G-20.
Já para o setor de insumos, é importante
rever o tempo de demora dos órgãos pú-
blicos para o registro de novas moléculas,
uma vez que a agricultura no Brasil é total-
mente tropical, com uso intensivo do solo.
O setor de sementes necessita de meca-
nismos mais adequados para a cobrança
de royalties por eventos biotecnológicos.
É preciso, ainda, uma revisão tributária
para a indústria de fertilizantes, para a re-
dução de custos e a criação de incentivos
positivos.
Ainda foram debatidos os entraves da
agenda legislativa, que devem resolver
a questão indígena, a terceirização de
mão de obra rural e do trabalho degra-
dante, a garantia de recursos não con-
tingenciáveis para a defesa agropecuá-
ria e regras que disciplinem e permitam
o investimento estrangeiro em terras
agrícolas. Para os debatedores, o “nó” da
comunicação do agronegócio só será
resolvido quando as cadeias produtivas
estiverem organizadas para fazer um
diálogo proativo, elevando os níveis de
informação para a população urbana.
Setembro 2013 61
62 Setembro 2013
Plantas medicinaisO uso de plantas para tratar doenças é tão antigo quanto a história da humanidade, mas saber conservar e usar cada tipo é fundamental para garantir que o remédio funcione.
Selecionamos algumas plantas e suas indicações:
Agrião
Alecrim
Alho
Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa brasileira. O agrião é um
excelente anti-inflamatório das vias respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas.
Ele também age contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma
planta apague de vez os seus estragos.
Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para tratar aftas, gengivi-
tes, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e tratar a tosse.
Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias expectorantes que ajudam a
limpar as vias respiratórias. Pode ser consumido em saladas, batido em sucos ou tomado
em chás ( 1 colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água fervente, três
vezes ao dia)
Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser consumida por grávidas. Além
disso, o excesso costuma irritar a mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser
ingerido por quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias.
Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra -- de cosméticos a incensos, passando por
enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medi-
cinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores
provocadas por doenças reumáticas e articulares.
Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para
lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.
Como usar: Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de
oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.
Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo
jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar
a erva, principalmente no difusor.
O alho é tiro-e-queda contra o colesterol alto, atua como expectorante e antissép-
tico e, de quebra, é capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulató-
rios. Cheio de vitaminas como A, B1, B2 e C, além de minerais como enxofre e iodo.
Quando o bulbo é triturado, um de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba
resultando na produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que,
acredita-se, seja uma das maiores responsáveis pelos seus propagados poderes.
Setembro 2013 63
Camomila
Guaraná
Fins medicinais: Pesquisas recentes sugerem um pontencial anticancerígeno, desde que consumido sempre cru.
Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de
água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições.
Atenção! Há pessoas que podem ser alérgicas ao alho. Ele também não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa
ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo mesmo
motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes.
Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença garantida na grande maioria das cha-
leiras. Tanto que é um dos chás considerados mais seguros. A erva é muito usada para acalmar cóli-
cas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo essencial com propriedades anti-inflama-
tórias. Suas flores são lotadas de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele.
Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos em sabonetes, colônias e xampus.
Fins medicinais: É usada com tônico digestivo, facilita a eliminação de gases e estimula o apetite. A
infusão concentrada pode ser usada em bochechos para tratar inflamação das gengivas. Também
alivia dores musculares, na coluna e ciáticas.
Como usar: Para aliviar irritações de pele use 6 colheres de sopa de flores frescas de camomila para
preparar uma infusão com 1 litro de água. Aplique o líquido em compressas sobre a área afetada.
Atenção! Algumas pessoas têm alergia à erva. E o excesso sempre pode causar mal-estar, enjoo e
vômitos. Deve ser evitada por grávidas e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes.
Os índios da Amazônia já conheciam as propriedades do guaraná. Hoje sabe-se que a ele é um poderoso tônico que age contra o estresse,
capaz de melhorar as condições gerais do organismo. É rico em cafeína e teobromina, substâncias estimulantes que atuam no sistema
nervoso central. As sementes também estão cheias de taninos, que, além de controlar a oleosidade da pele, conseguem neutralizar a ação
nociva dos radicais livres.
Fins medicinais: Atenua perturbações gastrointestinais e cólicas e é ainda usado contra perda de
memória e como analgésico.
Como usar: Para aumentar a disposição coloque 1 colher de chá de pó de guaraná em 1 copo de
água filtrada e acrescente 1 colher de sopa de mel. Misture bem. Tome logo de manhã, em jejum.
Atenção! Deve ser evitado por crianças, portadores de distúrbios cardíacos e psíquicos como sín-
drome do pânico ou hiperatividade. Nunca consuma junto com outras bebidas ricas em cafeína.
Fonte: M de Mulher- Abril
64 Setembro 2013
Bebidas
O saquê é uma bebida tradicional
japonesa, fabricada pela fermen-
tação do arroz que tem ganhado
cada vez mais espaço no paladar do brasi-
leiro. É considerada do mesmo grupo do
vinho, produzida a partir da fermentação
natural do arroz japonês. Deste alimen-
to é extraída a substância com a qual se
fabrica o líquido consumido no Japão, o
koji, elemento restante após a eliminação
do amido e da sobra de óleo e proteínas,
ingredientes que também constituem
este cereal. Seu teor de álcool gira em tor-
no de 16%.
Depois que o arroz é alisado, amole-
cido, desprovido de qualquer umidade,
convertido em vapor e perde seu calor,
obtém-se o Koji, matéria-prima do saquê.
Logo após ele é mesclado a uma determi-
nada quantidade de água e de arroz sem
vapor, constituindo uma pasta de grãos
conhecida como shubo. Este, por sua vez,
é depositado em um tanque e aí fermen-
tado durante um mês, com o acréscimo
de koji e de mais arroz vaporizado.
Desta forma alcança-se o estado de-
nominado maromi, uma mescla de saquê
consistente e de outra porção em estágio
líquido. A bebida está apta a ser digerida
após uma etapa em que se filtra excessi-
vamente o líquido. Ele é preservado em
seu recipiente por pelo menos dois anos,
sempre com seu paladar característico.
A temperatura de consumo, por
exemplo, varia entre 5 a 50 graus C. Cada
estágio possui um sabor completamente
diferente. O saquê é idealmente ingerido
quando é mantido a 35º C, porque nestas
condições é mais fácil identificar as qua-
lidades apuradas deste produto. Isto não
significa, porém, que não se possa con-
sumi-lo em maiores ou menores tempe-
raturas, conforme o clima predominante
em cada ciclo do ano. Ao atingir o estágio
de 45º C, a bebida passa a ser intitulada
kan, convertendo-se em um líquido mais
denso com um gosto que lembra o do
melão. No estado de resfriamento ela se
transforma no higa, que apresenta um
paladar de frutas; na hora de ser consu-
mido, é adicionado um pouco de sal nas
extremidades do copo. O copo correto a
se usar é um pequeno, sem alça, chama-
do ochoko. Ele pode ser servido em um
sakazuki ou em um masu (uma caixinha
de madeira). Um modo menos tradicional
de servir é em um copo de vinho normal.
Existe gaseificado, sem gás, com acrés-
cimo de água, mais forte, mais suave e
envelhecido. Cada um deles depende do
tipo de arroz que origina a bebida e o grão
usado é diferente daquele que comemos.
É possível também misturá-lo com
frutas, desde kiwi até morango ou ou-
tras frutas vermelhas. Esta combinação
é muito comum na caipisaquê (espécie
de caipirinha feita com a bebida) e até
drinques podem ser feitos com o saquê.
A única impossibilidade é misturar com li-
mão, esta combinação faz com que ele se
torne amargo, o que leva muitas pessoas
a dizerem que não gostam da bebida.
Saquê
Setembro 2013 65
Os riscos da presençade resíduos na carne
Fonte de proteína, a carne é impor-
tante para alimentação humana por
possuir um alto teor nutritivo, funda-
mental para manter o corpo funcionando.
Portanto, todo o cuidado é pouco na hora
de consumir. Se alguma parte do processo
de criação, abate ou venda não estiver de
acordo com as normas estabelecidas para
controle de resíduos na carne, pode acon-
tecer a ingestão de substâncias que preju-
dicam a saúde.
A carne, por exemplo, pode conter resídu-
os de medicamentos veterinários. O animal,
antes de ser abatido, precisa de um período
de carência para se desintoxicar da ação de
medicamentos administrados para o com-
bate de parasitas e outras doenças que po-
dem atacá-lo. Vale ressaltar que não existe
um período de carência único. O tempo é
estabelecido por tipo de medicamento e
por espécie de animal. São estudos com-
plexos que fazem parte do dossiê exigido
para liberação de registro do novo produto
ou de sua renovação.
Para garantir que a carne esteja própria para
consumo, os frigoríficos passam por análi-
ses rigorosas do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA),
que estabeleceu o Serviço de Inspeção
Federal (S.I.F) para avaliar a qualidade na
produção de alimentos de origem animal.
A fiscalização verifica se o produto atende
aos requisitos mínimos de qualidade. Os
produtos atestados recebem um selo de
aprovação do S.I.F.
As análises são realizadas de acordo com as
normas do Plano Nacional de Controle de
Resíduos e Contaminantes (PNCRC). O pro-
cedimento ocorre através de equipamentos
ultrassensíveis que verificam se há presença
de substâncias químicas potencialmente
nocivas à saúde do consumidor. Estes resí-
duos podem ter origem de medicamentos
veterinários, de agrotóxicos, contaminantes
ambientais (aflatoxinas) ou de contaminan-
tes inorgânicos, como metais pesados por
exemplo. Os laboratórios responsáveis por
essas análises, chegam a examinar aproxi-
madamente 200 amostras por dia.
As análises também se aplicam às rações
que são oferecidas aos animais que quan-
do impróprias podem consequentemente
afetar a composição da carne. De acordo
com o laboratório Labtec, existe um pro-
cesso de detecção de resíduos antiparasi-
tários em carne e leite bovino, carne suína,
de aves e até equina. Outros resíduos que
podem ser encontrados são as Quinolo-
nas/ Fluroquinolonas que são antibióticos
utilizados em aves para o tratamento das
infecções bacterianas. Todos estes cuida-
dos são essenciais para conferir segurança
e qualidade alimentar da carne consumida.
É fundamental que o consumidor fique
atento à data de validade e ao aspec-
to físico do produto. A higienização no
momento de embalar, transportar e as
condições de armazenagem do estabele-
cimento devem ser observados para as-
segurar a integridade do alimento. Carne
exposta sem a refrigeração correta pode
ficar amolecida, umedecida ou com pe-
dras de gelo na parte de baixo. A tempera-
tura ideal para manter a carne refrigerada
é de 8ºC. Não há outra forma do consu-
midor avaliar outra irregularidade a não
ser por análises laboratoriais.
66 Setembro 2013
Maior picape do Brasil e única
do segmento grande, a Ram
2500 vai muito além do seu
estilo imponente, de traços “musculo-
sos”. O conjunto mecânico, por exem-
plo, é poderoso, com o moderno motor
turbodiesel Cummins® de seis cilindros
em linha, de 310 cv de potência e 84,6
mkgf de torque, combinado a um câm-
bio automático de seis marchas. A tra-
ção tem caixa 4x4 com reduzida. Com
tanta força disponível, a Ram 2500 é ca-
paz de rebocar mais de 5.500 kg, quan-
do equipada com um kit de engate e
reboque da Mopar, específico para este
tipo de carga.
Outro destaque é o nível de equi-
pamentos e refinamento da nova Ram
2500. Oferecida em versão única, Lara-
mie, ela oferece itens como ar-condi-
cionado automático de dois quadran-
tes, bancos revestidos de couro, sistema
de áudio MyGIG com tela sensível ao to-
que de 6,5”, entre muitos outros. A cabi-
ne, para seis pessoas, é muito espaçosa,
inclusive no banco traseiro.
Não bastassem suas qualidades di-
nâmicas inerentes, como a direção e os
freios de ótimas respostas, a Ram 2500
conta com mais de 20 itens de seguran-
ça. O conjunto de air bags, por exemplo, é
formado por seis bolsas, abrangendo oito
pontos de proteção. Os air bags diantei-
ros são de múltiplos estágios, os bancos
dianteiros contam com air bags laterais
suplementares e ainda há os air bags do
tipo cortina, que protegem tanto os ocu-
pantes da frente como os de trás.
Também há controle eletrônico de
estabilidade (ESC), freios ABS nas qua-
tro rodas com distribuição da força de
frenagem e o sistema de freio motor
integrado “Diesel-exhaust-brake”. Exclu-
siva da Ram 2500, essa função reduz as
perdas na eficiência do freio, aumentan-
do a confiança e a segurança durante o
transporte de cargas pesadas em decli-
ves acentuados.
Automóveis
Ram 2500: força, capacidade e conforto
Setembro 2013 67
Copa Verde, A agricultura mineira deve receber cerca de R$ 12
bilhões, por meio do Banco do Brasil (BB), para desenvolver ações integradas, que promovam o
fortalecimento das atividades agropecuárias. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapa), e o Banco do Brasil assinaram o Termo de Cooperação Técnica e Financeira para aplicação de recursos do Plano Agrícola e Pecuário Safra 2013/2014. Os R$ 12 bilhões que serão disponibilizados representam 17% do total ofertado no país, cerca de R$ 70 bilhões.
A novidade deste ano dentro do ABC é o Copa Ver-de, que destinará R$ 300 milhões para o apoio financeiro ao plantio de florestas de rápido crescimento (eucalipto,
pinus etc) para compensar as emissões de gases causa-dores do efeito estufa com as obras de infraestrutura e realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo, em Minas Gerais. O Estado possui a maior área de floresta plantada do país, com 1,5 milhão de hectares. “Mais uma vez, o Banco do Brasil se mostra inovador. Essa questão da Copa é interessante, porque vai permitir que o Esta-do, que já tem a maior floresta plantada do Brasil, possa colocar também recursos para permitir que as florestas de crescimento rápido possam compensar os impactos ambientais provocados pela realização dos eventos internacionais”, elogiou o Governador de Minas Gerais Antônio Anastasia
Copa Verde, destinará R$ 300 milhões para o apoio financeiro ao plantio de florestas de rápido crescimento
68 Setembro 2013
Uma atividade que tem ganhado
cada vez mais adeptos, seja em
busca de adrenalina ou de be-
lezas naturais, é o mergulho. Em águas
doces ou salgadas, o mergulho é uma
atividade em crescimento, cerca de 20%
nos últimos cinco anos. A atividade hoje
é bastante familiar e um programa reco-
mendado para toda a família.
Especialistas orientam que o mer-
gulhador faça um curso apropriado
antes de se aventurar nas águas, mas
é possível haver mergulho sem curso,
conhecido como ‘bastismo’. De acordo
com Paula Loque, instrutora de mergu-
lho e proprietária da escola Mar a Mar,
em Belo Horizonte, não há restrições
para o mergulho, exceto entre cardíacos
ou pessoas com lesões neurológicas e
crianças abaixo de 10 anos. Entretanto, o
mergulho exige adaptações que são en-
sinadas no curso. “Sair de um ambiente
de ar e entrar no de água, requer uma
adaptação, seja ela física ou emocional.
Sair da posição vertical e se deslocar na
posição horizontal, o uso de equipamen-
tos, deixar de respirar pelo nariz e respirar
pela boca, usar uma máscara para respirar,
a comunicação deixa de ser verbal e pas-
sa a ser gestual, e a própria velocidade de-
baixo da água muda, é mais lenta. Mas a
principal adaptação é a emocional, fazer
tudo isso de forma confiante e segura,
pois nosso instinto de mamíferos ter-
restres é reter o ar no pulmão dentro da
água”, explica.
As opções de mergulho são muitas:
naufrágio, cavernas, mergulhos noturnos,
mergulhos profundos, dentre outros, mas
determinados mergulhos e profundidades
exigem certificações apropriadas, afinal,
com água não se brinca.
E para quem tem medo de mergulhar
com tubarões Paula avisa: as viagens
com maior procura são as que propi-
ciam o mergulho com tubarões. “As
pessoas buscam a adrenalina, o desafio
de enfrentar o desconhecido e ver que
não há perigo. Os ataques na superfície
são recorrentes, pois ao avistar nossa
silhueta, o tubarão com seu compor-
tamento investigativo, ataca para exa-
minar se somos seu alimento, mas a
carne humana é muito gordurosa para
ele e por isso ele morde e larga, o que
muitas vezes é fatal. Mas na profundi-
dade é diferente, pois o som emitido
pelo cilindro de oxigênio e as bolhas,
inibem a proximidade do animal e ele
tem a percepção de que não somos
seu alimento. O tubarão tem medo de
mergulhadores”, afirma.
O mergulho autônomo recreativo
tem limites bastante claros, como a
profundidade máxima de 40 metros e
para quem começa a mergulhar o limi-
te de profundidade recomendado é de
18 metros. Á medida que o mergulha-
dor ganha experiência ou busca treina-
mento adicional, ele pode estender seu
limite de profundidade para 30 metros.
Esses limites de profundidade foram
estabelecidos devido a certos riscos.
Um curso de mergulho é recomendado
pois ensina como prevenir problemas,
como reconhecê-los e como lidar com
essas situações. As regras são bastante
simples e fáceis de ser seguidas, igno-
rá-las ou negligenciá-las pode levar a
acidentes com consequências sérias que
podem incluir a paralisia ou a morte.
Turismo
Viagens de mergulho
Setembro 2013 69
Santa Catarina
No litoral catarinense o destaque é o ponto de
mergulho do Arquipélago Arvoredo, conside-
rados um dos grandes patrimônios naturais e
arqueológicos do litoral brasileiro. O arquipélago
é protegido pelo Ibama e qualquer atividade
de visitação precisa de autorização.
Pontos de mergulho: Calhau São Pedro,
Garganta do Diabo, Pedra da Baleia, Pedras
Negras Ponta Sul e Portinho.
São Paulo
São Paulo oferece pontos de mergulho
para mergulhadores básicos e técnicos. É
um dos estados com um grande número
de acidentes de navios cargueiros, uma
excelente opção para o mergulho técnico.
Pontos de mergulho: Arquipélago de Alcatra-
zes, Ilha Anchieta, Ilha Bela e Laje de Santos são
os principais pontos com grande variação da
fauna marinha.
Rio de Janeiro
O Rio realmente é um dos melhores lugares
para a prática de mergulho. Apesar das tem-
peraturas mais baixas do mar, a transparência
da água e a riquíssima fauna marinha reservam
lindas surpresas aos mergulhadores. O período
que as águas estão mais transparentes é de
março a outubro, quando chove pouco e o mar
fica mais tranquilo.
Pontos de mergulho: Praia de Arraial do
Cabo, Ilha de Cabo Frio, Gruta Azul, praia ver-
melha, Ilha dos Franceses, Lajes do Foguete e
do Peró, Búzios e Paraty.
Bahia
Em Salvador há vários pontos de mergulho ma-
ravilhosos: Banco da Panela, Beirada do Badejo,
Ilha dos Frades, Caramuanas, Paredes e Mar
Azul, mas a grande atração para mergulhadores
é Abrolhos. Lá há corais de origem vulcânica e
que formam cadeias de montanhas submersas.
A melhor época para o mergulho vai de De-
zembro a Fevereiro. O local é um Parque Nacio-
nal, protegido por Decreto Federal.
Pernambuco
Recife é capital brasileira dos naufrágios. E o
arquipélogo de Fernando de Noronha é um
dos melhores pontos de mergulho do mundo.
É uma área de preservação ambiental, com
águas claras, de boa visibilidade a até 50 me-
tros de profundidade e vários pontos como:
Caverna da Sapata, Laje Dois Irmãos, Pedras
Secas, Buraco do Inferno, Buraco das Cabras e
Cabeço Submarino, entre outros. São mais de
230 espécies de peixes em profundidades que
variam de 1 a 70 metros. Para mergulhadores
avançados é possível apreciar a Corveta Ipi-
ranga - um navio naufragado a 64 metros de
profundidade, considerado um dos mais belos
e intactos do mundo.
Rio Grande do Norte
Já o Rio Grande do Norte possui uma fauna
diversificada e pontos para mergulhadores
iniciantes e avançados. Em Parrachos de
Maracajaú, há um banco de corais que fica a 7
km de distância da costa, em Natal.
Pontos de mergulho: Batente das Agulhas,
Cabeço do Félix, Cabeço dos Galos, Serigado
de Fora e Tartaruguinha.
Alagoas
Em Alagoas existem espaços ideais para
mergulhos livres e mais tranquilos, com uma
visibilidade excelente, entre 7 a 30 metros.
Devido às lagoas da região, as águas do lito-
ral alagoano sofrem grandes alterações de
visibilidade e deve-se tomar cuidado com as
marés.
Pontos de mergulho em Maceió: Cabeços,
Eufrásio, Maragogí, Paripueira, Praia do Francês
e Recanto.
ROTEIROS BRASILEIROS INDICADOS PARA O TURISMO DE MERGULHO:
70 Setembro 2013
Origem: pássaro exótico, aqui se su-
bentende não pertencente à avefauna
brasileira, hoje considerado doméstico,
originário da Austrália e descrito pela
primeira vez por John Gould em 1844.
Chegou à Europa inicialmente na Ale-
manha em 1886 e o relato de sua pri-
meira reprodução em cativeiro data de
1891, quando procriaram no interior de
um viveiro do Senhor Reginald Phillips.
Características: dotado de um vi-
sual maravilhoso de cores, um verdadei-
ro arco-íris, é uma pequena ave medin-
do de 12 a 14 cm, que apresenta canto
melodioso suave e baixo. Pode perfeita-
mente ornar uma sala residencial dado à
sua beleza e docilidade. Os machos pos-
suem coloração mais intensa do que as
fêmeas e penas longas na cauda chama-
das de filete. Na natureza é encontrado
com três cores de cabeça: negra, verme-
lha e laranja. Atualmente, devido à cria-
ção intensiva em cativeiro existem várias
mutações: as principais são peito branco
(1967), pastel (anos 90), azul (anos 90) e
lutino (anos 90). Estas mutações podem
ser encontradas combinadas entre si o
que multiplica o número de cores que
pode ser encontrado.
Alojamento: uma gaiola de 40 x 40
x 30 cm, dotada de poleiros, comedou-
ros e bebedouros é suficiente para que
possa ser alojado e mesmo reprodu-
zir. É um pássaro muito calmo e que se
adapta facilmente em ambientes com
boa luminosidade e tranquilos. Pode ser
criado em viveiros e em gaiolas maiores
de acordo com a disponibilidade do pro-
prietário. Não é adequado para ambien-
tes escuros, mal ventilados e húmidos.
Não tolera vento e adora um banho de
sol de alguns minutos ou por varias ho-
ras seguidas quando pode alternar entre
sombra e sol. Em um pequeno cômodo
de 3 x 3 metros podem ser colocadas vá-
rias gaiolas de tamanho médio. Resiste
muito bem a altas temperaturas em am-
bientes secos.
Alimentação: não é exigente. Uma
mistura de sementes à base de alpiste
e painço é suficiente para sua sobrevi-
da embora não totalmente adequada.
Quem quiser se dedicar à sua reprodu-
ção deve prover uma farinhada (existem
várias marcas comerciais no mercado),
suplemento vitamínico, cálcio (cascas
de ovos torradas ao forno e moídas) e
areia (grit mineral). É necessário realizar
a troca de agua diariamente e ventilar
as sementes dia sim dia não para retirar
as cascas. Outros grãos além de alpiste e
painço podem ser dados: painço portu-
guês e senha são grãos que eles amam.
Reprodução: para que possam se
reproduzir é necessário além das condi-
ções acima descritas as seguintes:
1- Que o casal reprodutor es-teja em plenas condições de saúde e vigor;
2- Obedecer ao período de re-produção que em nosso meio vai de março até agosto;
3- Dotar a gaiola de uma caixa ninho (12 x 12 cm) de preferencia de madeira (pode ser de plástico), com orifício de entrada redondo e volta-do para dentro da gaiola e fornecer material para confecção do ninho propriamente dito;
4- Deixar os pássaros em am-biente tranquilo;
5- Contar com amas secas. As amas são pássaros (manons do Ja-pão) que realizam a choca dos ovos e cria dos filhotes. De uma forma geral os Goulds não criam seus próprios
O DIAMANTEDE GOULD
( Chloebia Goudiae)
Mercado Pet
Mauro de Queiroz Garcia,AMAE (Associação Mineira de Aves Exóticas)
Setembro 2013 71
filhotes embora isto possa ocorrer com uma pequena parcela dos ca-sais. Geralmente quando ao iniciar a postura o macho e a fêmea fazem a incubação é sinal de que irão criar os filhotes. Caso contrário, quando permanecem fora do ninho logo no inicio é porque não irão criar. Com o tempo e com dedicação pose ser formado um plantel de Goulds cria-dores de seus próprios filhotes.
Após o acasalamento a postura ocor-
re entre uma e duas semanas. De três a
oito ovos podem ser depostos de cada
vez. Em geral a fêmea faz 4-5 posturas
por ano e não é aconselhável que se
permita mais do que isto. Se a intenção
for criar com amas os ovos podes ser re-
tirados diariamente e juntados para que
possam ser colocados para incubação
todos juntos no mesmo dia a fim de se
evitar o nascimento de filhotes em dias
diferentes. Os casais de, mas devem ser
formados 1 semana antes do casais de
goulds e deve-se ter pelo menos três
casais de mas para cada casal de Gould
para não correr o risco de não ter a quem
passar os ovos.
Os filhotes nascem após 13 a 15 dias
de incubação dependendo da qualida-
de do choco dos ovos. Aos oito dias já
podem ser anilhados caso o criador seja
filiado a algum clube e tenha interesse
de apresentá-los em concurso ou mesmo
de fazer um controle do plantel. Entre
20 e 25 dias os filhotes deixam o interior
do ninho e fazem as primeiras incursões
pela gaiola e aos 40-45 dias podem ser
separados dos pais.
No período de cria a farinhada deve ser
administrada diariamente aos manons
que devem receber a mesma alimenta-
ção que os goulds.
Muda: normalmente todos os pás-
saros fazem a muda de penas anualmen-
te, no período mais quente do ano, entre
outubro e janeiro. Os filhotes que nas-
cem com cor esverdeada trocam toda
a plumagem para as cores definitivas. É
um período delicado, pois exige muita
energia e quando as aves ficam muito
sensíveis. Alguns morrem neste período.
Higienização e profilaxia de pragas: todo o material utilizado deve ser regu-
larmente higienizado periodicamente.
Os bebedouros devem ser lavados dia-
riamente, as grades semanalmente, os
poleiros de quinze em quinze dias e as
caixas ninhos após o período de choca,
bem como a gaiola por inteiro. Pulveri-
zar o ambiente com inseticidas à base de
piretrinas elimina piolhinhos que podem
arrasar toda a criação. Recomenda-se
ainda colocar pó contra piolhos no fundo
dos ninhos antes de iniciar a choca.
Concursos e exposições: muitos
clubes no Brasil realizam exposições
anuais onde os pássaros são julgados,
classificados e premiados. Basta que o
criador seja filiado a algum deles e anele
seus pássaros com anéis invioláveis de
acordo com a bitola adequada a cada
tipo de ave. Para os goulds recomenda-
-se bitola de 2,7 mm . Os clubes em ge-
ral são por sua vez filiados a Federações
que promovem os Campeonatos brasi-
leiros. Esta modalidade de atividade de
criação esportiva é uma das mais indi-
cadas técnicas de relaxamento e terapia
antidepressiva conhecida. Difundida no
mundo todo atualmente encontra afi-
cionados de todas as camadas sociais e
de todas as idades. A maior exposição
conhecida, a de Reggio Emilia na Itália,
reúne cerca de 100.000 pássaros de to-
das as variedades, em três pavilhões de
exposição.
72 Setembro 2013
Criações Exóticas
A criação de jacarés já proporcio-
nou milhões de peles de jacarés
para o mercado, mas atualmen-
te não tem uma participação ativa no
PIB do Brasil. As peles são realmente o
produto mais procurado na criação de
jacarés, que tem propriedades caracte-
rísticas principalmente para a indústria
decorativa. O mercado é avaliado por
200 milhões de dólares, valor que inclui
a exportação de peles, pois vários paí-
ses têm interesse na compra do mate-
rial. As diversas espécies de crocodilos
que existem no Brasil dão condições
ao empreendedor brasileiro em criar
jacarés e exportar suas peles. Entre as
principais espécies de jacarés, pode-se
destacar o jacaré-do-pantanal.
O jacaré do Pantanal foi, durante
décadas, alvo de caçadores ilegais. O
aproveitamento dos animais era feito
pela caça clandestina, criminosa e des-
controlada, que, associada à destruição
de hábitats, provocava a perda desses
recursos naturais. Para inibir esse crime,
o Instituto Brasileiro do Meio Ambien-
te e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) legalizou a criação e o abate
do animal, regulamentando a atividade
pela Portaria nº 126, de 13 de fevereiro
de 1990. Entre outras exigências, a legis-
lação obriga que 10% do total de ovos
coletados, após eclosão, sejam devolvi-
dos à natureza.
A iniciativa desses grupos favoreceu
a sustentabilidade ambiental e tornou-
-se opção de renda extra para os cria-
dores da região pantaneira, além de
favorecer a implantação de arranjos
produtivos locais, a geração de empre-
gos, a redução do preço final do pro-
duto, e a fixação da população local na
região.
A criação de jacarés passa por algu-
mas controvérsias, visto que os aspec-
tos ecológicos votam por preservar as
espécies, a partir da sustentabilidade.
Por outro lado, o mercado está cada vez
mais precisando dos jacarés e a solução
encontrada então é que os criadores
estejam dispostos em se preocuparem
com as causas ambientais fazendo
um planejamento. Sapatos e bolsas é
o principal foco da criação de jacarés,
pois a partir de suas peles obtêm-se um
couro muito valorizado e resistente.
A carne de jacaré pode ser aprovei-
tada e tem um baixo teor de gordura.
É rica em ácidos graxos e também se
aproveita o couro aproveitado para
utilidades diversas. O recinto de repro-
dução precisa ter um tanque central e
ainda uma área seca para construção
de ninhos.
Além disso, o recinto de crescimen-
to para a criação de jacarés deverá con-
ter uma estufa plástica (a estufa plástica
é uma solução de baixo custo). Esse
recinto é destinado para animais que
JacarésJacarés
Setembro 2013 73
estão crescendo até atingirem o tama-
nho para abate ou ser transferido para
recinto de reprodução. Nessa fase, é me-
lhor ter cuidado na coleta e incubação.
Lembrando que as baixas temperaturas
causam a morte do embrião e altas tem-
peraturas causam doenças das espécies.
Esse manejo requer etapas como for-
mação de grupos reprodutores e cons-
trução dos ninhos (os ninhos devem
estar prontos para a etapa de coleta e in-
cubação de ovos). A incubadora é um re-
cipiente com tampa que acondiciona os
ovos aquecidos por luz elétrica de 25W.
Ela deve em isopor grosso com água no
fundo e sem unidade na tampa.
Utilização sustentadaO mercado de criação de jacarés
requer que o criador entre com uma
boa imagem para conseguir espaço e
sucesso. A produção de forma susten-
tada preservando a espécie é um fator
de continuação para a criação de jaca-
rés e muito necessária até mesmo para
o próprio empreendedor depois de al-
gum tempo. Embora haja todo este cui-
dado com a espécie, algumas ONGS de
preservação ecológica ainda resistem
à criação de jacarés atestando a explo-
ração da biodiversidade. Legalmente,
pode ser feito respeitando algumas
normas do IBAMA.
Para a criação ser eficiente, pode-
mos dispor de tecnologias que evitam
a mortalidade e outros problemas que
podem acontecer e prejudicar o negó-
cio. A EMBRAPA estabeleceu alguns as-
pectos como a caracterização dos habi-
tats, monitoramento e disponibilidade
de ambientes. Então, via satélite a mo-
nitorização dos jacarés é feita e os inte-
ressados ficam a par dos documentos
de registro biológico. Para monitorar
o tamanho da população dos jacarés,
faz-se uma contagem durante a noite
quando o nível da água está baixo. Tam-
bém pode-se utilizar a contagem com
os jacarés fora de cativeiro.
A inspeção sexual na criação de ja-
carés pode ser feita em espécimes com
até 40 cm de rostro cloacal. Para o mo-
nitoramento da criação de jacarés deve
ser feita a contagem de tamanho, sexo
e quantidade de espécimes. Além disso,
é necessário também estudar as taxas
de mortalidade. As fêmeas possuem
características de cuidado em relação
aos ninhos e o jacaré na idade jovem já
deve ser etiquetado.
Fonte: novonegocio.com
74 Setembro 2013
Culinária
ruralReceita
Ingredientes:
½ kg de feijão tipo mulatinho
10 xícaras (de chá) de água
½ colher (de sopa) de sal
½ xícara (de chá) de óleo
2 cebolas médias picadas em pedaços
grandes
4 dentes de alho fatiados
6 gomos de lingüiça de porco
1 pimentão vermelho picado fino
pimenta-do-reino e pimenta ardida a gosto
2 a 3 copos de farinha de mandioca
1 xícara (de chá) de cheiro-verde picadinho
2 ovos cozidos, cortados em rodelas
Modo de preparar
Cozinhe o feijão com a água em panela
de pressão de 5 litros, por uns 50 minutos.
Separe os grãos do caldo que formar e
reserve ambos. Em uma panela de alumí-
nio grosso ou de ferro, coloque a lingüiça
em gomos e um pouco de água (150 ml).
Deixe cozinhar em panela destampada.
Quando a água secar, deixe corar um
pouco, retire e corte em rodelas. Coloque
de volta na panela, acrescente o óleo e
frite a cebola e o alho. Acrescente o feijão,
o pimentão e as pimentas. Refogue bem,
por uns 10 minutos.
Desligue se não for servir imediatamente.
Uns 15 minutos antes de levar à mesa, es-
quente novamente o refogado de feijão
e a lingüiça, acrescente a água reservada,
onde foi cozido o feijão. Prove o sal. Aos
poucos e sempre mexendo, acrescente
a farinha de mandioca até dar um ponto
úmido. Sirva em travessa enfeitada com
rodelas de ovos cozidos e por cima espa-
lhe cheiro-verde ou coentro picado fino.
Para 8 pessoas - Tempo de preparo: 1
hora e 30 minutos.
TUTU DE FEIJÃO
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76 Setembro 2013
Eventos/ Exposição
Sergio, José Luiz, Karam, Vicente, Paulo, Mauricio, Magdi e Breno - Diretoria ABCCMM
Monty Roberts e Paulo Savassi
Breno Patrus, Vicente Araújo, Antônio Sergio e Antônio Michelini
Sávio Oliveira e Magdi Shaat com o troféu da Beija-Flor
José Luiz Simões, José Luiz de Almeida Cruz, Rina Gazzinelli e Claudio Filho
Mauricio Cabalzar, Paulo Cezar Faria e José Silvestre
32ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador
De 17 a 27 de julho, Belo Horizonte sediou, no
Parque da Gameleira, a 32ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, um dos maiores eventos equestres da América Latina.
Promovida pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a exposição promoveu a interação entre os criadores e usuários dos quatro cantos do país.
Aladim Zenith
Foto
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ação
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BCCM
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Aladim Zenith
Foto
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ação
: A
BCCM
M
Monica Karam, Carlos Augusto Karam, Antonio Sergio e Daniel Borja
Mônica Magalhães, Adriano Magalhães, Breno Patrus e Luca Patrus
Sergio Grisi, Demétrio Almeida, Eros Biondini e Magdi Shaat
Vitor Marquito, Ana Cristina Marquito, Magdi Shaat, Antonio Sergio, Rita Barbosa
Patricia Rabello, Ana Cristina Marquito e Luiz Henrique Sampaio
Eros Biondini e Cristiana Gutierrez Sérgio Aguiar Teixeira, Tânia Meirelles e Eduardo Araújo
78 Setembro 2013
Eventos/ Exposição
Entre os dias 1º e 08 de setembro o Parque da Gameleira foi palco da 33ª Exposição Nacional do Cavalo Campolina, em Belo Horizonte. O evento foi marcado pela presença de criadores de todo o Brasil, que acompanharam a evolução desta raça genuinamente mineira. Destaque para o Leilão Haras do Barulho que ofertou animais de eximia qualidade. A revista Mercado Rural deu total cobertura ao evento.
33ª Exposição Nacional do Cavalo Campolina
Ellen Valadares, Fabiano Tolentino, Cláudia e Paulo Seixas
José Henrique, Cristiano Azevedo, Jorge Salum e Marcos Amaral
Paulo Cesar Couto, Osmar Vaz, Osvaldo Diniz, Fabiano Tolentino e José Rodrigues
Roberto Bacelar, Paulo Mariote, Fabiano Tolentino e Tiago Barros
Luiz Roberto Horst e Fabiano Tolentino
Cláudio Cunha, Pedro Cunha e família
Marcelo Lamounier, Ronaldo Tolentino, Denis Fagundes e Fabiano Tolentino
Sarah, Sofia e Fabiano Tolentino
Jumentos e Muares Pêga | Campolina Marchador
DESDE 1970
Créd
itos:
Pro
gram
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egóc
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Créd
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Pro
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Revista Mercado Rural adquire 50% do potro Netuno do Barulho em condomínio com Haras Santa Rosa e Dênis Fagundes
Iniciando na criação da raça Campolina, a revista Mercado Rural adquiriu, em condomínio com o Haras Santa Rosa, reconhecido criatório da raça, e Dênis Fagundes o destacado potro Netuno do Barulho, durante leilão do Haras do Barulho na Exposição Nacional da Raça Campolina em Belo Horizonte. Filho de Gavião do Barulho com Companhia de Sans Souci, Netuno é uma grande promessa para as próximas pistas.
A Archer Consulting – empresa de assessoria especializada em Gestão de Risco para o agronegócio – promoverá o I Curso de Logística em Commodities Agrícolas, nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2013. Apresentado pelo consultor de Planejamento Estratégico em commodities agrícolas, Antonio Petzold, o programa do curso aborda temas como: Introdução da Logística no Brasil, Cálculo do Frete Técnico, Negociação de Frete (contratos), Frete Marítimo, Dispatch & Demurrage, Loading Rate, Sistema de Armazenagem e Movimentação, MP dos Portos e Métodos de Otimização.
Com essa extensão, o curso é destinado a profissionais, de todos os níveis, da área logística, infraestrutura, comercial, traders, auditores, bem como, para profissionais de corretoras, transportadoras, profissionais jurídicos de empresas de comercialização de commodities.
I Curso de Logística em Commodities Agrícolas
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) lançou a Campanha de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens. Com duração de um ano, a campanha tem o objetivo principal de conscientizar e engajar a sociedade como aliada no combate ao tráfico de animais. Isso, porque a participação da população para impedir o avanço desse crime é de extrema importância, não apenas por ser um agente fiscalizador, mas também potencial consumidor.
Os dados são alarmantes: 38 milhões de animais são retirados da natureza todos os anos, sendo que 90% deles morrem, antes mesmo de chegarem ao seu destino final, devido às formas precárias de captura, ao estresse a que são submetidos e às más condições de alimentação e transporte. Além de reduzir e eliminar a quantidade de espécies da nossa fauna, o tráfico compromete o equilíbrio do ecossistema e causa sofrimento para os animais. Outra preocupação é com a saúde do homem, já que 70% das doenças que acometem os seres humanos são de origem animal e o contato com os bichos pode ser contagioso.
Campanha nacional mobiliza população contra o tráfico de animais selvagens
Giro Rural
Sarah, Sofia e Fabiano TolentinoFabiano Tolentino, Ronaldo Tolentino, Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
80 Setembro 2013
Outubro
06 a 10Cursos de Ultrassonografia e Aspiração Folicular para FIV em Bovinos – Viçosa - MG
07 e 08 CURSO DE CASQUEAMENTO EM BOVINOS - Nova Araçá - RS
08 a 13 34º Potro do Futuro e 7ª Copa dos Campeões – Avaré - SP
21 a 25SBIAgro 2013 - Congresso Brasileiro de Agroinformática – Cuiabá- MT
22 a 24 II Simpósio Goiano de Pós-Colheita de Grãos - Rio Verde - GO
24 e 25III WORKSHOP SOBRE RESTAURAÇÃO FLORESTAL – Piracicaba - SP
24 a 26 5° Congresso leite e Queijo Minas – Muzambinho - MG
28 a 30Curso Melhoramento Genético Animal Paint- CRV Lagoa – Sertãozinho - SP
29 a 01/11 39º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras – Caldas - MG
29 a 31 Pet South America 2013 - São Paulo - SP
Novembro
05 a 07BioTech Fair 2013 - 6ª Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis - São Paulo - SP
08 a 1734ª EXPOVEL - Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Cascavel
10 a 13 8º Congresso Brasileiro de Turismo Rural – Rosana - SP
10 a 15 64º Congresso Nacional de Botânica - Belo Horizonte - MG
13 a 17 32ª Exposição Nacional do Cavalo Árabe – Indaiatuba - SP
19 a 22 XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia – Cuiabá - MT
26 a 28I Curso de Logística em Commodities Agrícolas São Paulo - SP
Dezembro 04 a 06Curso Técnico Intensivo para Produtor Iniciante (Básico) de Flores e Plantas Ornamentais - Holambra - SP
Giro Rural
Agenda RuralHaras GTR investe na raça O Haras GTR, de criação de Helvecio Rosenburg,
fez mais um grande investimento na raça Mangalarga Marchador, adquirindo 50% das cotas do extraordinário maranhão Estilo D2.
Filho de Xale D2 em Sina D2, Estilo carrega as melhores genéticas da região de Boa Esperança/MG. Garanhão comprovado na reprodução e excelente indivíduo.
Bruno Figueiredo, Carlos Fiqueiredo e Elder Grossi
Posse da nova diretoria
No dia 17 de agosto, durante o 1º Leilão do Haras TJ Bambuí, a nova diretoria do Núcleo do Mang-alarga Marchador do Alto São Francisco empos-sou seu presidente Bruno Figueiredo, anfitrião do leilão junto á Carlos Figueiredo. Na oportuni-dade estiveram reunidos criadores da região do Alto São Francisco e amigos.
Setembro 2013 81
82 Setembro 2013
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