sequência de aprendizagem – tipologia de texto

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Sequência de aprendizagem – Tipologia de Texto Descritivo (escrito e icónico)

Descrever é representar ou caracterizar pessoas, ambientes, objectos, animais, paisagens, estados de espírito, etc.

A Descrição é feita objectivamente, se resulta de uma visão da realidade tal como ela é; subjectivamente, se resulta de uma visão pessoal e emotiva de quem descreve.

Características:•implica a visão global e/ou a visão de determinados pormenores•implica vários planos de observação ( do mais distante para o mais próximo,

do geral para o particular)•implica captar as sensações relacionadas com: a visão, a audição, o olfacto,

o paladar e o tacto•implica a construção de imagens visuais, auditivas, cinéticas, etc.•Fases da Descrição: observar / seleccionar / ordenar / redigirRecursos expressivos:•uso de muitos nomes, verbos, adjectivos e advérbios•uso do Pretérito Imperfeito•uso de recursos estilísticos – comparação, metáfora, personificação,

enumerações, imagens…Para construir uma boa descrição é necessário saber transmitir uma

realidade de uma maneira expressiva e sugestiva, de modo que o leitor ou ouvinte sinta a realidade que se está a descrever. Descrever é mostrar ao outro um ambiente, um objecto, uma pessoa, um sentimento, etc...

Análise crítica de imagens

Para fazer a análise crítica de imagens há que descobrir e descrever os recursos usados:•implica aplicar as características da descrição •implica descobrir as simbologias e intencionalidades de objectos, cores e outros recursos

Por ser polissémica, a imagem pode ter várias funções de acordo com as diversas interpretações:

Função informativa ( referencial ou representativa) A imagem fornece informações concretas sobre acontecimentos e elementos da realidade. Há

quem prefira falar em função representativa, uma vez que a imagem imita a realidade, tentando mostrá-la o mais sintética e objectivamente possível.

Função explicativa/ descritivaA imagem tem como objectivo explicar a realidade através da sobreposição de dados. Ajuda a

explicar graficamente um processo ou relação. Também é designada como função descritiva, quando a imagem contribui para apresentar em detalhe a realidade.

Função argumentativaA imagem procura influenciar comportamentos, persuadir, convencer. Ao centrar-se no receptor

com a intenção de o influenciar, esta função alia-se à função conotativa ou apelativa da linguagem que tenta exortar, suscitar ou provocar estímulos, promover, mudar comportamentos. ( publicidade, propaganda…)

Função críticaA imagem não informa apenas, mas procura desvendar e denunciar situações. Tanto

pode ser desveladora, como acusadora para alertar consciências. ( caricatura, desenhos humorísticos…)

Função estéticaA imagem visa a satisfação e o prazer do belo, valorizando as repetições, alternâncias

ou contrastes dos elementos.

Função simbólicaA imagem orienta-se para significados sobrepostos à própria realidade. (bandeira,

coração com flecha…)

Função narrativaA imagem conta ou sugere histórias, cenas, acções.

Função expressivaA imagem revela sentimentos, emoções e valores do próprio autor ou daquilo que

representa.

Função lúdicaA imagem orienta-se para o jogo, o entretenimento, incluindo o humor e a caricatura.

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Um rosto… uma vida… um sentir… um ser.

Características físicasCaracterísticas sócio-económicas

Características intelectuaisCaracterísticas emocionais

Texto Escrito vs Imagem

“O capitão tornou a ler o cartão do rei, depois perguntou, Poderás dizer-me para que queres o barco, Para ir à procura da ilha desconhecida, Já não há ilhas desconhecidas, O mesmo me disse o rei, O que ele sabe de ilhas, aprendeu-o comigo, É estranho que tu, sendo homem do mar, me digas isso, que já não há ilhas desconhecidas, homem da terra sou eu, e não ignoro que todas as ilhas, mesmo as conhecidas, são desconhecidas enquanto não desembarcarmos nelas, Mas tu, se bem entendi, vais à procura de uma onde nunca ninguém tenha desembarcado, Sabê-lo-ei quando lá chegar, Se chegares, Sim, às vezes naufraga-se pelo caminho (…)”

In, Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago

Espera

Deito-me tardeEspero por uma espécie de silêncioQue nunca chega cedoEspero a concentração da hora tardiaArdente e nuaÉ então que os espelhos acendem o seu segundo brilhoÉ então que se vê o desenho do vazioÉ então que se vê subitamenteA nossa própria mão poisada sobre a mesa.É então que se vê o passar do silêncioNavegação antiquíssima e solene

Sophia de Mello Breyner Andersen, Geografia, 1967

Texto Escrito vs Imagem

As palavras

São como um cristal,as palavras.Algumas, um punhal,Um incêndio.Outras,Orvalho apenas.Secretas vêm, cheias de memória.Inseguras navegam:Barcos ou beijos,As águas estremecem.Desamparadas, inocentes,Leves.Tecidas são de luzE são a noite.E mesmo pálidasVerdes paraísos lembram ainda.Quem as escuta? QuemAs recolhe, assim,Cruéis, desfeitas,nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade, Coração do Dia

Texto Escrito vs Imagem

Texto Escrito vs Imagem

“Que ideia tenho eu das coisas? (…)

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos

E não pensar. É correr as cortinas

Da minha janela ( mas ela não tem cortinas).

Alberto Caeiro

Alberto Caeiro

A Porta para a liberdade

Óleo sobre tela, René Magritte

Texto Escrito vs Imagem

“ Eu não tenho filosofia: tenho sentidos.”

Alberto Caeiro

“ Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as coisas como verdadeiramente são – como são para os outros. ”

Fernando Pessoa, Páginas Íntimas de auto-interpretação

Óleo sobre tela, René Magritte

“As cartas tinham mentido. Nelas, durante os cinco anos passados, a frescura do rosto de minha mãe, a profundidade inteligente dos seus, e, sobretudo, a graça natural da sua presença permaneciam imutáveis. De meu pai, então, nem um indício sequer de velhice e cansaço. E ambos estavam mudados. Quem eu via e apertava nos braços não eram seres iguais às imagens que moravam na lembrança. Faltavam cinco anos a cada um. E, como me era impossível preencher essa lacuna de tempo, a minha efusão claudicava. - Que pau de virar tripas te puseste, rapaz! Também eles hesitavam diante do meu crescimento tropical. Também eles sentiam que na minha vida o período da adolescência não lhes pertencia, e que lhes seria difícil ligar inteiramente o menino que partira ao galfarro que chegava.”

Miguel Torga

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