seminário a era e o meio digital

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Seminário apresentado em sala de aula do Mestrado em Televisão Digital da UNESP - Bauru, SP, em 2008.2.

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SEMINÁRIOA ERA E O MEIO DIGITAL:

DE QUAL TECNOLOGIA ESTAMOS FALANDO

UNESP – FAAC – PPGTVD

DISCIPLINA: CONHECIMENTO, INFORMAÇÃO E INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS

ERIKA ZUZA - MARCELO CORREIA

INÍCIO

A ERA E O MEIODIGITAL: DE QUAL TECNOLOGIA ESTAMOS FALANDO

Definições:

ERA: Período de tempo, geralmente longo, que começa com um fato histórico novo, notável ou marcante, ou que origina uma ordem diferente no curso dos acontecimentos.

MEIO: Aquilo que serve para, ou permite alcançar um fim.

Fonte: Biblioteca Uol - Dicionário Houaiss

INTRODUÇÃO

FLASHBACK

“Entre o surgimento da linguagem e o da escrita, sucederam-se 1400 gerações. Agora, no intervalo de

vida de uma mesma geração, cerca de 20 anos, novos paradigmas tecnológicos são inventados e

reinventados.”

Fonte: Veja Tecnologia –Set.2008

INTRODUÇÃO

Há 1700 gerações A linguagem se desenvolveu

Há 300 gerações Surgiu a escrita

Há 35 gerações Foram usadas formas rudimentares de impressão

1910 - Telégrafo

1920 Telefone

1930 - Rádio

1950 - Tv

1970 - Fax

1990 – PC e Celular

2000 - Internet

A História continua...

Platão (427 – 347 a.c.)Alegoria da Caverna

(...) “Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade.”

(...) “As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que vêem é tudo o que existe.”

Fonte: GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia.

INTRODUÇÃO

SOCIEDADE MIDIATIZADA

“Estamos vivendo duas histórias distintas: o de verdade e a criada pelos meios de

comunicação. O paradoxo, o drama e o perigo estão no fato de que conhecemos cada vez

mais a história criada pelos meios de comunicação e não o de verdade.”

Ryszard Kapuscinski

INTRODUÇÃO

SOCIEDADE MIDIATIZADA

Para que “nova ordem mundial da informação”? - Armand Mattelart

Cultura da mídia e triunfo do Espetáculo - Douglas Kellner

A caminho de uma sociedade da incomunicação? - Eduardo Galeano

Sobremodernidade: do mundo tecnológico ao desafio essencial do amanhã - Marc Augé

Para que “nova ordem mundial da informação”?

Armand Mattelart

Para que “nova ordem mundial da informação”?

Conferência inaugural do I Congresso Ibero-Americano de Comunicação, na Universidad de Sevilla. Espanha, março 2004.

VISÃO GERAL DO ARTIGO:

O artigo apresenta uma reflexão sobre a sociedade da informação num contexto geopolítico; O autor cita diversas entidades que realizaram eventos onde se discutiram a nova organização social frente a evolução dos meios de comunicação.

NOVA ORDEM MUNDIAL DA INFORMAÇÃO

A expressão foi lançada em 1995 pelo grupo de países mais industrializados (G-7) reunidos pela primeira vez para tratar do tema ‘Sociedade global da informação’.

Quais são os pressupostos geopolíticos da sociedade da informação?

Discussões sobre as mudanças tecnológicas e os impactos sociais OCDE – Organização de Cooperação e Desenvolvimento

Econômico

OMC – Organização Mundial do Comércio

União Internacional de Telecomunicações

UNESCO

OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual

PNUD – Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento

Sociedade da Informação- Velocidade / Eficiência -

Crise do Petróleo – anos 1970

“A informação é assunto de engenheiros. Seu problema consiste em encontrar a codificação mais eficaz (em velocidade e custo) para transmitir uma mensagem telegráfica de um emissor a um destinatário. O que importa é o canal.” (pg. 234)

Sociedade da Informação- Visão Tecnicista -

Esta visão tecnicista das mudanças tecnológicas dificulta a analise dos avanços culturais inerentes ao processo.

Avanços culturais = CAPITAL COGNITIVO.

Sociedade da Informação = paradigma do futuro pós-industrial, associada à tese dos fins.

REDES DE INFORMAÇÃOCúpula Mundial da Sociedade da Informação

– Dez 2003

Objetivo: “buscar os meios para preencher as imensas disparidades de acesso à informação e ao saber, a chamada ‘brecha digital’ entre os países industrializados e os países em desenvolvimento e dentro mesmo de cada uma dessas sociedades.” (pg 236)

REDES DE INFORMAÇÃOCúpula Mundial da Sociedade da Informação

– Dez 2003

Concluíram que os usos sociais das tecnologias são também assunto dos cidadãos e não só do determinismo do mercado e da técnica.

E que “a diversidade é necessária em todos os níveis, inclusive para disponibilizar uma gama de fontes diferentes de informação, diversidade de propriedade dos meios e dos modos de acesso às mídias. (...)” pag. 239

EVENTOS MUNDIAIS / NACIONAIS / LOCAIS

Participação das ONGS

Disparidades sócioeconômicas = mundo tecnoinformacional

Legitimidade do tema comunicação na terceira edição do evento

Mídia, cultura, informação, novas formas de hegemonia e as alternativas à mercantilização

EVENTOS MUNDIAIS / NACIONAIS / LOCAIS

Redes de informação = ALAI (Agência Latino-Americana de Informação) / AMARC (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) etc.

2001 – Campanha “Direitos de comunicação na sociedade da informação”

Tais iniciativas são ações coletivas para a gestão dos bens comuns da humanidade (cultura, educação, saúde, meio ambiente e água), em que o serviço público, a exceção e a diversidade cultura devem prevalecer sobre o mercado.

Cultura da mídia e triunfo do Espetáculo

Douglas Kellner

Cultura da mídia e triunfo do Espetáculo

VISÃO GERAL DO ARTIGO:

O artigo traça um panorama sobre o quanto a mídia é construída com base nos espetáculos, sejam eles positivos ou negativos, envolvendo notícias ou entretenimento.

Destaca o quanto a nossa cultura está cada vez mais midiatizada. Lembra a passividade do público. E cita vários exemplos que mostram o triunfo do Espetáculo.

Conceito de Sociedade do espetáculo – Guy Debord - teórico

O QUE É ESPETÁCULO?

Existem espetáculos desde os tempos pré-modernos.

Para Debord, o espetáculo é entendido como a descrição da mídia e a sociedade de consumo, incluindo produção, promoção, exibição de mercadorias e produção, e seus efeitos.

O espetáculo em si tornou-se um dos princípios organizacionais da economia mundial.

A cultura da mídia promove espetáculos cada vez mais sofisticados para conquistar audiências e aumentar o poder e o lucro da industria cultural.

CULTURA DE INFOENTRETENIMENTO TABLOIDIZADA

Os conflitos sociais e políticos são afastados da tela.

Valorização do Efêmero, escandaloso, violento, belíssimo...

CULTURA MIDIÁTICA

Na concepção do autor (Douglas Kellner), o espetáculo envolve os meios e instrumentos que incorporam os valores básicos da sociedade contemporânea e servem para doutrinar o estilo de vida dos indivíduos.

SOCIEDADE DO ESPETÁCULO CULTURA

TEATRO

MODA

ARTE

MÚSICA

CINEMA

NOTÍCIAS

FOTOGRAFIA

PUBLICIDADE

FERRAMENTAS DA INDÚSTRIA DO GLAMOUR

CULTO AO TERROR

RESULTADOS IMPREVISTOS

(INCLUI-SE O MARKETING VIRAL)

“GUERRA DO ÓPIO PERMANENTE”(Guy Debord)

ESPECTADORES PASSIVOSA vida cotidiana moldada pelos espetáculos.

CORPORAÇÕES MIDIÁTICAS

ECONOMIA DO ENTRETENIMENTO – EUA: US$ 480 BILHÕES (1999)

UNIÃO DE EMPRESAS DE SEGMENTOS DIFERENTESCBS E WESTINGHOUSEABC, CAPITAL CITIES E DISNEYNBC, GENERAL ELECTRIC E MICROSOFT...ATÉ 2002, 10 CORPORAÇÕES MULTINACIONAIS GIGANTES,

CONTROLAVAM A MAIOR PARTE DA PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO E ENTRETENIMENTO NO MUNDO TODO.

ANEXO 01Os 08 maiores estúdios cinematográficos de Hollywood controlam 85% do mercado de cinema mundial (e respondem por 98% do mercado na América Latina).

04 corporações dos EUA dividem 85% do mercado fonográfico mundial.

Dos 10 escritores mais traduzidos no mundo, 9 são de língua inglesa.

Fonte: http://www.horadopovo.com.br/2007/junho/08-06-07/pag8a.htm

A caminho de uma sociedade da

incomunicação?Eduardo Galeano

A caminho de uma sociedade da incomunicação? – Eduardo Galeano

VISÃO GERAL DO ARTIGO:

De maneira muito breve e enfática, o autor argumenta o fato de que vivemos numa sociedade globalizada, com todo tipo de comunicação e recursos tecnológicos inseridos e usados nos mais variados campos. Mas ao mesmo tempo, estamos num mundo onde as desigualdades sociais, econômicas e culturais são cada vez maiores.

MUNDO GLOBALIZADO

DESIGUAL:

RICOS / POBRES

EXCLUSÃO DIGITAL / INCLUSÃODIGITAL

INOVAÇÃO / POLUIÇÃO

ETC.

IGUALADOR:

IDÉIAS

COSTUMES

MARKETING

ECONOMIA

CULTURA

ETC.

DIVERSIDADE CULTURAL // UNIFORMIZAÇÃO

A MAIORIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ESTÃO A SERVIÇO DA INCOMUNICAÇÃO HUMANA.

REINO DOS MUDOS

“Nunca a tecnologia das comunicações foi tão aperfeiçoada; e, no entanto, nosso mundo se parece cada vez mais com um reino de mudos”. pg. 149

“As desigualdades dobraram em 30 anos, segundo números das Nações Unidas e do Banco Mundial. Em 1960, a camada mais favorecida (20%) da humanidade era 30 vezes mais rica que os 20% mais pobres. Em 1990, os primeiros eram 60 vezes mais ricos que os outros”. Pg. 150

ESCOLAS DO CRIME

“O sistema que rege o mundo e que se chama agora, pudicamente, economia de mercado se afunda cada vez mais na impunidade”. Pg. 151

“Para milhões de jovens do hemisfério sul condenados ao desemprego ou a míseros salários, a publicidade não estimula a demanda, mas a violência. Os meios de comunicação repetem sem parar: ‘Quem não tem nada, não é nada’ (...). O culto ao consumo é imposto aos milhões de alunos da escola do crime.”

DESAFIO CULTURAL

“A universal liberdade de expressão consiste em fazer com que a periferia do mundo obedeça às ordens emitidas pelo centro, sem ter o direito de recusar os valores que este impõe.” pg. 154

“A ofensiva aviltante da incomunicação nos obriga a medir a importância do desafio cultural. Mais do nunca, é preciso enfrentá-lo quando os meios de comunicação gostariam de nos convencer a abandonar a esperança, como se abandona um cavalo cansado”. pg. 154

ANEXO 02ESPETÁCULO DA COMUNICAÇÃO ARTIGO:O JORNALISMO NÃO SERÁ O ATOR PRINCIPAL - MARILENA CHAUÍ

“Nos primeiros anos deste século 21, a indústria da comunicação consolidou mudanças radicais em sua estrutura. Num processo nunca visto de fusões e aquisições, companhias globais ganharam posições de domínio na mídia. Os seis maiores conglomerados – Time Warner, Walt Disney, Vivendi-Universal, Viacom, Bertelsmann e News Corporation – passaram a gerar juntos US$ 160 bilhões de receita, mais de um terço da receita total de US$ 415 bilhões das cinqüenta maiores companhias de mídia, em todo o mundo.”

FONTE: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=351IPB012

ANEXO 03 ESPETÁCULO DA COMUNICAÇÃO ARTIGO:O JORNALISMO NÃO SERÁ O ATOR PRINCIPAL - MARILENA CHAUÍ

O número de corporações midiáticas está se reduzindo, a tal ponto que é possível contá-las nos dedos das mãos. Se nos meados dos anos 80 do século passado estas transnacionais eram cerca de 50, em 1993 tinham-se reduzido a 27 e no final de 2000 eram apenas 07: Disney, Time Warner, Sony, News Corporation, Viacom, Vivendi-Universal e Bertelsmann. Todas elas provêm de países ricos: EUA, Europa e Japão.

FONTE: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=351IPB012

ANEXO 04ESPETÁCULO DA COMUNICAÇÃO ARTIGO:O JORNALISMO NÃO SERÁ O ATOR PRINCIPAL - MARILENA CHAUÍ

No Brasil, nas três últimas décadas do século passado, eram dez grupos familiares que controlavam a quase totalidade dos meios de comunicação de massa: Abravanel (SBT), Bloch (Manchete), Civita (Abril), Frias (Folha de S.Paulo), Levy (Gazeta Mercantil), Marinho (Globo), Mesquita (O Estado de S.Paulo), Nascimento Brito (Jornal do Brasil), Saad (Bandeirantes) e Sirotsky (Rede Brasil Sul). Nos primeiros anos do novo século, quatro dos dez grupos familiares foram atingidos pela crise. O furacão levou o grupo Bloch, fez mudar de mãos o Jornal do Brasil (Nascimento Brito) e também a Gazeta Mercantil (Levy) – ambos passaram para o controle do empresário Nelson Tanure – e retirou das mãos da família Mesquita a gestão do grupo Estado.FONTE: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=351IPB012

Sobremodernidade: do mundo tecnológico ao

desafio essencial do amanhãMarc Augé

Sobremodernidade: do mundo tecnológico ao desafio essencial do amanhã

VISÃO GERAL DO ARTIGO:

Através da citação e breve analise de diversos métodos de estudos e afirmações de teóricos importante, o autor explica os aspectos da sociedade atual, a pós-modernidade, denominado por ele de sobremodernidade (o passar da modernidade), em que é cada vez maior o paradoxo entre o homogêneo e o desigual, o unificado e o dividido, no contexto mundial.

ESTUDANDO A SOCIEDADE

ETNÓLOGOS – foco nas relações (parentesco, econômicas, etc.)

ANTROPÓLOGOS – contextualizada

ESTUDO DE UM GRUPO - delimitado

“Hoje em dia, inclusive nos grupos mais isolados, o contexto, no final das contas, sempre é planetário.” pg. 101

MUDANÇAS ACELERADAS DO MUNDO ATUAL03 MOVIMENTOS

1. O PASSAR DA MODERNIDADE – SOBREMODERNIDADE (TEMPO)

2. O PASSAR DOS LUGARES – OS NÃO-LUGARES (ESPAÇO)

3. O PASSAR DO REAL AO VIRTUAL – (IMAGEM)

SOBREMODERNIDADE - TEMPO

“O excesso de informação nos dá a sensação de que a história se acelera.” pg. 14

“A velocidade dos meios de transporte e o desenvolvimento das tecnologias de comunicação nos dão a sensação de que o planeta se encolhe”. Pg. 105

OS NÃO-LUGARES - ESPAÇO

“O lugar é um espaço fortemente simbolizado. (...) um espaço em que se podem ler a identidade, a relação e a história”. Pg. 109

Os não-lugares são os espaços onde esta leitura não é possível

ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO

ESPAÇO DE CONSUMO

ESPAÇO DE COMUNICAÇÃO

“CIDADES GENÉRICAS”mundo uniforme das cidades

“O AEROPORTO É UM CONDENSADO AO MESMO TEMPO DO HIPERLOCAL E DO HIPERMUNDIAL”. pag. 110

DO REAL AO VIRTUALCaracterísticas das imagens difundidas pelas emissoras de Tv: 1.Iguala acontecimentos (maioria/ milhões) 2.Iguala pessoas (políticos/artistas)3.Torna incerta a distinção entre o real e a ficção (acontecimentos encenados para serem vistos na tv)

ENCERRAMENTO

LEITURA PG. 117 – SOCIEDADE MIDIATIZADA: VISITA AOS ÍNDIOS YARURO-PUMÉ

•MORAES, Dênis de (org.) Sociedade Midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.

•SILVEIRA, Sérgio A. Exclusão digital. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.

•TOFFLER, Alvin. Powershift: as mudanças do poder. Rio: Ed. Record, 1990.

•TOFFLER, Alvin e Heidi. Criando uma nova civilização. Rio: Ed. Record, 1999.

BIBLIOGRAFIA

Obrigado!

Erika Zuza Marcelo Correia

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