saúde e cidadania: reflexões para profissionais da área de comunicação
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Saúde e Cidadania: Reflexões para profissionais da área de
comunicação
Felipe Assan Remondi
Farmacêutico – 17ª Regional de Saúde
Mestre em Saúde Coletiva
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de
fraternidade.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXV
Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os
serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência
fora de seu controle.
Sistemas de Saúde no Brasil
Princípios Universalidade Integralidade
Equidade (igualdade)
Sistema Único de Saúde
Constituição Federal de 1988 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Diretrizes Descentralização Hierarquização e Regionalização Controle Social Resolubilidade
Complementação do setor privado
Pré SUS Pós SUS
Número de pessoas beneficiadas 30 milhões 190 milhões (70%)
Mortalidade Infantil 53,7 por mil nascidos
vivos
21,2 por mil nascidos
vivos
Expectativa de vida 69 anos 72 anos
Transplantes 3mil 15mil
Terapia antiretroviral 35 mil 185 mil
Medicamentos genéricos Nenhum 2 mil
Consultas médicas 340 milhões 475 milhões
Internações 12 milhões 11 milhões
Cobertura da Saúde da Família 1,1 milhão 90 milhões
MS, 2008
Este é o SUS que precisamos?
“O SUS que nós temos está sendo esvaziado, subfinanciado e privatizado por dentro e por fora. Não é o SUS que queremos nem o que o povo brasileiro precisa e merece! [...] Esta política feijão-com-arroz na Saúde é um desastre diante do envelhecimento da população, do sofrimento mental, da prevalência das doenças crônicas e manutenção das transmissíveis, da expansão das violências e acidentes e do uso abusivo de substâncias psicoativas [...]”
Jairnilson Silva Paim Professor Doutor da Universidade Federal da Bahia
Desafios gerais, consequências locais
1º Subfinanciamento
2º Modelo assistencial incompatível com a situação de saúde da população
3º Modelos de gestão insuficiente
4º Promiscuidade público-privado
ESTIMATIVA GASTO PÚBLICO PER CAPITA SAÚDE BRASIL COMPARADO OUTROS PAÍSES– 2006
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
PCAPITA US$PPP
PAÍSES DESENVOLVIDOS
PCAPITA US$PPP
PARAGUAI 131 PORTUGAL 1.494
MEXICO 327 INGLATERRA 2.434
BRASIL 374 CANADA 2.585
CHILE 367 FRANÇA 2.833
URUGUAI 430 DINAMARCA 2.812
COLOMBIA 534 USA 3.074
ARGENTINA 758 NORUEGA 3.780
FONTE: MS-SPO – MS-SIOPS – ANS – IBGE-POF – ESTUDOS GC - DADOS OUTROS PAÍSES OMS
Subfinanciamento
Gilson Carvalho, 2010
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RESUMO DAS ESTIMATIVAS DE NECESSIDADES DE RECURSOS PARA GARANTIR
COBERTURA DE AÇÕES DE SAÚDE UNIVERSAL E INTEGRAL - BRASIL- 2010
GASTOS PÚBLICOS 2009 R$127 BI
PER CAPITA PÚBLICO DOS MAIOR RENDA R$714 BI
PER CAPITA PÚBLICO EUROPA R$401 BI
PER CAPITA PÚBLICO AMÉRICAS R$412 BI
ESTIMATIVAS GC – PLOA 2011 (69 BI) AB + MAC + MCE
(10+2,5)=82 bi
EST.=40 BI; MUN.=40 BI
União R$82 +
Estados/Municípios
R$80=
R$162 BI
GASTO PREVISTO 2011 - GASTO MÉDIO
AMÉRICAS E EUROPA - R$ 244 BI
Gilson Carvalho, 2011
Modelo assistencial
Modelo médico-hospitalar • Influencia: Relatório Flexner (1910) • Foco: Cura por atenção epidósica (DIP) • Contexto: Complexo industrial da saúde
MENDES, 2001
Redes de Atenção à Saúde
Atenção Primária em Saúde
Whitehead M, Dahlgren G, 1991
Gestão pública
• Desafios da gestão no SUS: – Dimensão da articulação
federativa; • Transferência de recursos e
liberdade para seu uso
– Dimensão público-público; • Modelos jurídicos que
impedem a autonomia e agilidade
• Lei de Responsabilidade Fiscal
– Dimensão público-privada • Terceiro setor
• Regulação do setor privado
Lenir Santos, 2011, Desafios da Gestão do SUS
Promiscuidade público privado
Promiscuidade público privado
• Aqui tem farmácia popular – Captopril – 850% de diferença no preço pago pelo governo
• Planos de Saúde – 47,9 milhões de usuários e R$ 92,7 bilhões de faturamento por ano – Subisídios públicos à demanda (Imposto de Renda), subsídios diretos
(incentivos fiscais e desonerações) e com subsídios a funcionários públicos • R$ 15,8 bilhões de renúncia fiscal em 2011 • “o SUS remunera o setor privado suplementar em pelo menos R$ 50 bilhões
anualmente”
• “Planos de saúde doaram R$ 12 milhões nas últimas eleições” – ajudaram na eleição de 38 deputados federais, três senadores, além
de quatro governadores e da própria presidente da República.
• “Planos de saúde devem quase R$ 400 milhões ao SUS e serão inscritos na Dívida Ativa”
Dicas para comunicadores:
• http://cebes.com.br/
• www.ensp.fiocruz.br/radis
• http://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg
O trabalho Saúde e Cidadania: reflexões para profissionais da área de
comunicação de http://www.slideshare.net/feliperemondi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 3.0 Não Adaptada.
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