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os roncadores

Sermão de Santo Antónioaos Peixes

Nome: Roncador ou Roncador Canário;Habitat: Águas costeiras com fundo de lodo ouareia;Características: Peixes pequenos, de escamasabundantes, corpo alongado e produzem sonsem momentos de stress.

Crítica às pessoas

arrogantes,

soberbas,

gabarolas,

cobardes,

vaidosas.

Roncadores

São Pedro;

Baleias;

Golias;

Caifás;

Pilatos.

Exemplos de Roncadores

É um exemplo para o

Homem, pois teve mais

Poder e Saber do

que muitos, mas "calou-se"

e nunca se gabou,

tendo, assim,

muito sucesso.

Santo António

O autor inicia o excerto fazendo uma explicaçãosobre os peixes que irá, posteriormente, repreender.

Por fim, o autor dá o conselho de seguir o exemplo de Santo António e, assim, não ser Roncador.

De seguida, apresenta exemplos concretos deRoncadores, fundamentando a sua repreensão

a estes peixes.

Mesmo que sejamos

alguém com Poder ou Saber,

não temos o direito de "roncar",

pois não é correto segundo a

doutrina Cristã.

Devemos, então, "calar",

  seguindo o exemplo de

 Santo António,

para ter sucesso.

Provérbio mencionado peloautor sobre os Roncadores:

"Quem tem muita espada, tem pouca língua."

Provérbio atual que se aplica aos Roncadores:

" Cão que ladra, não morde."

ConfirmaçãoPadre António Vieira

Sermão de Santo António aos PeixesDisciplina de PortuguêsESA 2016/2017, 11º HFrancisco Jesus, nº 9Gabriela Capita, nº 10Iúri Ramos, nº 13Maria Prates, nº 19

Estes peixes, que são uma

metáfora ou alegoria para

"pessoas", gabam­se muito,

no entanto, são frágeis e

algo indefesos, pois se

armam em poderosos,

corajosos e sábios, mas são

o oposto. 

Padre António Vieira dá­nos o conselho de não gabar e

de seguir o exemplo de Santo António, que tinha Poder

e Saber, mas não se gabava.

Assim, podemos evitar ser Roncadores, por não sermos

gabarolas em relação ao Saber e ao ter Poder. Diz

ainda que os Roncadores se julgavam muito

importantes, quando não eram.

 O provérbio apresentado

no excerto evidencia a ideia

que o autor pretende

transmitir, que é a de que

quem muito se gaba, na

maior parte das vezes, não

é realmente o que diz ser

ou não faz realmente o que

diz fazer.

Há argumentos do tipo

proverbial (devido aos

provérbios) e de analogia

(devido aos exemplos

dados). Existe também uma

antítese entre os vícios dos

peixes e as virtudes da

pregação de Santo António.

No início do

excerto, o autor

recorre a perguntas

de retórica para

mostrar a sua

indignação em

relação aos

Roncadores. 

O primeiro exemplo é o de São Pedro, que era um excelente guerreiro. Porém, São Pedro gabou­

se de ter mais coragem do que os outros guerreiros e de ser mais forte do que eles, mas acabou

por ser o mais fraco de todos. Por outro lado, em vez de estar a vigiar, como lhe foi pedido,

estava a dormir. Ou seja, comprometeu­se a fazer algo que acabou por não realizar. Também são

utilizadas perguntas de retórica para reforçar as consequências de roncar, com base na história

de São Pedro.

O segundo exemplo dado é o das baleias, que, por serem de maior

dimensão, teriam mais motivos para serem arrogantes e para se gabarem.

No entanto, nem isso deveria suceder.

O autor passa para o terceiro exemplo através de uma analogia, ao pôr em termo

de igualdade as baleias e os peixes em relação a Golias (gigante derrotado em

duelo pelo jovem Davi) e os homens. Golias roncava muito, pois desafiava

qualquer um nos arraiais de Israel. Acabou por ser derrotado por um simples

pastor (Davi), o que só prova que, afinal, não era assim tão valente quanto dizia.

Por fim, é­nos apresentada a história de Caifás e Pilatos que roncavam,

respectivamente, de Saber e de Poder. Para além disso, eram ambos contra

Cristo.

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