revista se liga nº03
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Março 2013 Revista Se Liga 1
EntrevistaUma escolatradicionalDidô, proprietário do Colégio Bruno Giorgi
Nossa GenteMulheres
EsporteClube de Tiro
PerfilMarcelo Torres,
jornalista do SBT
TribosEu vi Sacis
TurismoPoços Radical
Ano 1 | Edição nº03 | Março 2013
Quem Se Liga, lê.
Revista
2 Revista Se Liga Março 2013
Incorporação registrada sob n.° R1, da Matrícula 23.418, em 23/08/2012, no Cartório de Registro de Imóveis de Mococa. Todas as imagens são meramente ilustrativas por se tratar de bem a ser construído. Os materiais e cores poderão sofrer pequenas alterações sem prévio aviso em função da disponibilidade dos mesmos no mercado. Os móveis de dimensões comerciais, equipamentos, utensílios, objetos de decoração, forro falso,e alguns pontos de iluminação são sugestões de decoração e não fazem parte do contrato de aquisição. As medidas são internas e de face a face das paredes. Os acabamentos e os equipamentos serão entreguesconforme memorial descritivo. Todas as condições estão sujeitas a alterações sem prévia comunicação ou anuência dos interessados, para atendimento das exigências de mercado. Incorporação: Habilusa Incorpora-dora e Construtora Ltda. CRECI 23.660J
•Medição de Agua, Luz e Gas Individual•Vaga de Estacionamento Privativa•Elevadores•Cozinha Americana•Varanda•Play Ground•Salão de Festas•Segurança 24 hrs•Local Privilegiado
Apartamentoscom
Dormitórios2
Agencia
Prim
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Ima
ge
ns Ilu
str
ativas
19 3656-7646Av. Christóvam Lima Guedes, n.° 500
www.habilusa.com.brcontato@habilusa.com.br
Plantão de Vendas
R$ 13.735,00do Governo Federal
Financiado pelo Programa
FGTS como parte de pagamento
Perspectiva Ilustrativa da Fachada
Subsídio de até
para servidores públicos estaduais
R$ 34.500,00
Entrada parceladaem at��vezes
Entrada parceladaem at��vezes
Subsídio de até
���m²
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lamina_dupla_revista1_final2
terça-feira, 15 de janeiro de 2013 11:16:44
Março 2013 Revista Se Liga 3
Incorporação registrada sob n.° R1, da Matrícula 23.418, em 23/08/2012, no Cartório de Registro de Imóveis de Mococa. Todas as imagens são meramente ilustrativas por se tratar de bem a ser construído. Os materiais e cores poderão sofrer pequenas alterações sem prévio aviso em função da disponibilidade dos mesmos no mercado. Os móveis de dimensões comerciais, equipamentos, utensílios, objetos de decoração, forro falso,e alguns pontos de iluminação são sugestões de decoração e não fazem parte do contrato de aquisição. As medidas são internas e de face a face das paredes. Os acabamentos e os equipamentos serão entreguesconforme memorial descritivo. Todas as condições estão sujeitas a alterações sem prévia comunicação ou anuência dos interessados, para atendimento das exigências de mercado. Incorporação: Habilusa Incorpora-dora e Construtora Ltda. CRECI 23.660J
•Medição de Agua, Luz e Gas Individual•Vaga de Estacionamento Privativa•Elevadores•Cozinha Americana•Varanda•Play Ground•Salão de Festas•Segurança 24 hrs•Local Privilegiado
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19 3656-7646Av. Christóvam Lima Guedes, n.° 500
www.habilusa.com.brcontato@habilusa.com.br
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R$ 13.735,00do Governo Federal
Financiado pelo Programa
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Subsídio de até
para servidores públicos estaduais
R$ 34.500,00
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013 11:16:44
4 Revista Se Liga Março 2013
PUBLISHER:
Ano 1 | EdIção nº03 | MARço 2013
José Luiz Rodrigues da Silva
ContAto CoMERCIAL
ConSELHo EdItoRIAL:
EdItoR:
REPoRtAgEnS:
ARtIgoS
CoRRESPondEntEnA EURoPA:
CoMERCIAL:
PRoJEto gRÁFICo:
dIREção dE ARtE E dIAgRAMAção:
AgÊnCIA:
Foto CAPA EMAtÉRIA dE CAPA:
IMPRESSão:
tIRAgEM:
dIStRIBUIção dIRIgIdA:
José Luiz Rodrigues da SilvaRafael VasconcelosGutche Alborgheti
Rafael Vasconcelos
Rafael VasconcelosNathalia CarvalhoAdriele AmaralAnderson FerreiraCarlos GustavoCristiano RanzaniFranco JúniorGabriel DelenaThiago Peres
Adriano G. de SouzaMarcelo Buzzo Fraissat
Matheus Diniz
José Luiz Rodrigues da Silva
Gutche Alborgheti
Gutche Alborgheti
Albor Comunicação Integradawww.albor.com.br
Rafael Vasconcelos
Gráfica Mococa
3 mil exemplares
A Revista Se Liga é uma publicação da Editora Rodrigues& Vasconcelos, dirigida a toda a população de Mococa e região.
Facebookfacebook.com/pages/Revista-Se-Liga/370433216365488
E-mailseliganarevista@gmail.com
telefones(19) 9396.4185 / (19) 3665.8171
@
Carta ao Leitor
Quaresma,tempo de reflexão
José Luiz Rodrigues da Silva Publisher da Editora Rodrigues & Vasconcelos
Nós, cristãos, estamos vivendo a quaresma, tempo em
que somos convidados para uma sincera conversão,
momento de buscarmos a misericórdia de Deus e refletir
melhor sobre nossa vida.
Assim como Jesus Cristo, provocado pelo demônio no deserto,
superando as tentações por quarenta dias, nós também somos
chamados a vencer as nossas fraquezas e o comodismo nas
questões familiares, profissionais e espirituais.
Nesta quaresma, a Campanha da Fraternidade convida os
jovens a serem missionários e discípulos de Jesus, uma grande
oportunidade de mostrarmos que amamos o nosso próximo,
obedecendo a um dos mandamentos de nosso mestre.
Hoje, vários jovens vivem sem rumo e deixam se levar para o
deserto das drogas, do álcool, da prostituição, da marginalidade
e acabam perdendo a fé, por falta de conhecimento da palavra.
Sem medir esforços, chegou a hora de arregaçar as mangas e
irmos ao encontro destas ovelhas perdidas, com a coragem de
quem entende o chamado, e consegue olhar para eles e ver o
filho de Deus entre nós.
Nossa missão nesta quarema é convidar os jovens para participar
da igreja, dos grupos de oração ou simplesmente abraçá-los com
todo carinho e amor, transformando o deserto árido em terra fértil.
“Convertei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1, 15)
Rodrigues & VasconcelosEditora
Março 2013 Revista Se Liga 5
Editorial
Universo do Conhecimento Rafael VasconcelosEditor da Revista Se Liga
Direito fundamental e essencial ao ser humano, a
educação é um tema recorrente em nosso país. O
Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre vários
países avaliados no mundo. De acordo com o IBGE, mais de
700 mil crianças, entre 6 e 12 anos de idade, estão fora da
escola. Para transformar esses números em algo positivo, uma
das soluções imediatas é o avanço das instituições de ensino e
o desenvolvimento de professores, por meio de capacitações.
Em Mococa, o tradicional Colégio Bruno Giorgi é um dos
precursores da educação de qualidade. Há anos no mercado, o
colégio realiza atividades interativas entre alunos e professores,
que vão além da sala de aula e dos laboratórios.
Em entrevista para nossa equipe de reportagem, Didô, professor
e proprietário da escola, fala sobre as novidades no ensino
para este ano.
Confira também o relato de um correspondente internacional.
Marcelo Torres, já passou pela Rede Globo e BBC, é atualmente
repórter e apresentador do SBT Brasil. Durante entrevista
concedida ao jornalista Cristiano Ranzani, Marcelo recorda sobre
suas primeiras reportagens no exterior, além de outros fatos
importantes acompanhados de perto pelo andradense.
Você acredita em Saci Pererê? Não? Conheça, então, a história
de Robson Moreira, 57, proprietário de um Saci e um dos
fundadores da Sociedade Observadores de Sacis (SOSACI) de
São Luiz do Paraitinga (SP). A associação mantém viva estórias
sobre essa lenda do folclore brasileiro.
O mês de março reserva uma data especial: o Dia Internacional
das Mulheres. Dessa forma, preparamos uma matéria especial
com histórias de algumas mocoquenses, que vivem vidas
distintas e buscam conquistar um espaço no mercado de
trabalho, superando todos os preconceitos ainda existentes
em nossa sociedade.
Albo
r
6 Revista Se Liga Março 2013
Sumário
EntrevistaUma escolatradicionalDidô, proprietário do Colégio Bruno Giorgi
Nossa GenteMulheres
EsporteClube de Tiro
PerfilMarcelo Torres,
jornalista do SBT
TribosEu vi Sacis
TurismoPoços Radical
Ano 1 | Edição nº03 | Março 2013
Quem Se Liga, lê.
Revista
ModaNa medida certa
15PerfilProfissão Repórter
16EsporteClube de Tiro
18
Se Liga | Click do MêsA idade de ser feliz!
20Quoi de neuf?A França querespira arte
21
SocialAconteceu na cidade
22Bom ApetitePeixe ensopado com pirão
24EstanteO melhor das livrarias
25
na telonaAgora é a vezda “Hospedeira”
26
tecnologiaPlayStation 4 promete games mais realistas e interatividade
27top notasNotícias importantes para você
28Arquitetura & UrbanismoParte de uma história
30turismoPoçosRadical
32
tribosEu vi Sacis
33ArtigoDomésticos
34
EntrevistaDidô, proprietário doColégio Bruno Giorgi
08CrônicaQuem tem time, tem medo
12Bem EstarAs vantagens doClareamento Dental
13nossa genteMulheres
14
Março 2013 Revista Se Liga 7
8 Revista Se Liga Março 2013
Entrevista
Responsável por liderar e administrar umas das instituições
de ensino mais tradicionais de Mococa. Este é trabalho do
professor Cândido Carvalho, proprietário do Colégio Bruno
giorgi. neste bate papo, didô, como é conhecido por seus alunos,
traça as novas metas e rumos que a escola deverá tomar nos
próximos meses, além de abordar os investimentos e as recentes
mudanças na estrutura organizacional do colégio para este ano.
Vale a pena conferir!
Revista Se Liga: Qual a história da
criação do Colégio Bruno giorgi?
Professor didô: Éramos um grupo de
professores que tínhamos a experiência
de trabalho de vários anos em várias
escolas em várias cidades diferentes
e que compart i lhávamos o sonho
de ter uma escola que pudesse ser
pedagogicamente competente para
Didô, proprietário do Colégio Bruno Giorgi
Uma escolatradicionalFormar cidadãos conscientes sobre seu papel na sociedade atual. É com esta ideia que o Colégio Bruno Giorgi forma, há oito anos, os melhores estudantes.
a arte e a Cultura são importantes
para o proCesso eduCativo.”
“Por Rafael Vasconcelos
Março 2013 Revista Se Liga 9
que os alunos tivessem bons resultados
nos vestibulares, pudesse ter abertura
para que a cultura fosse aplicada
como ferramenta de aprendizado e
fosse economicamente viável. Mas o
grupo de educadores sonhadores teve
um “choque da dura realidade” e foi
diminuindo pelos percalços da vida e hoje
aquele grupo se resume a mim mesmo.
Desde o início tivemos que equilibrar
nossos sonhos de educadores com a
rotina de intenso trabalho e desafios!
Nem todos suportaram e preferiram sair
do grupo de sócios e continuar como
educadores, o que no Brasil, já é um
grande desafio. Fizemos de tudo para
que esses percalços não afetassem o
projeto pedagógico e em nossa análise
ele não foi afetado, pois nosso resultado,
ano a ano, tem sido muito recompensador
para o Colégio Bruno Giorgi e as famílias
que confiaram em nós!
RSL: Por que o nome Bruno giorgi?
Pd: Porque nos estabelecemos em
Mococa como educadores e o grande
artista plástico é um nome que nossa
cidade tem que valorizar; também porque
a Arte e a Cultura são importantes para
o processo educativo e nada melhor
então do que homenagear um nome
importante na arte e da cultura e que
era mocoquense para o nome de nossa
escola.
RSL: Como o senhor aval ia a
experiência do Colégio Bruno giorgi
no seu 9º ano de funcionamento em
2013?
Pd: Em 2005 quando abrimos o Colégio
Bruno Giorgi sabíamos que seria uma
luta e um desafio, pois Mococa tinha
ótimas escolas de Ensino Médio, mas
também sabíamos que contávamos
com a experiência, a motivação e a
competência para enfrentarmos a
excelente concorrência e, de lá para cá,
sempre conseguimos ótimos resultados
nos vestibulares mais concorridos e
no ENEM. Desde 2007 quando nosso
Colégio foi avaliado pela primeira vez,
sempre ficamos em 1º lugar ou em 2º
lugar, o que para nós foi muito bom,
pois competimos com escolas com, no
mínimo, de mais de 20 anos de existência
na cidade.Além disso, sempre colocamos
o investimento dos pais em primeiro
lugar, no sentido de criar mecanismos
e condições de estudos para os filhos
cujas famílias tinham como meta uma
aprovação em cursos concorridos das
principais universidades públicas do
país, principalmente da Região Sudeste,
claro. Portanto, até agora, apesar de todo
o trabalho e sacrifício, avalio que nosso
trabalho é muito bom, aumentando nosso
orgulho pelo empreendimento.
RSL: Quais os principais motivos
deste sucesso na avaliação do
senhor?
Pd: Penso principalmente porque existe
um “norte”, ou seja, sempre tivemos
“desde 2007 quando nosso Colégio foi
avaliado pela primeira vez, sempre fiCamos
em 1º lugarou em 2º lugar”
Fachada do Colégio.
10 Revista Se Liga Março 2013
Entrevista
uma meta: valorizar o investimento que
as famílias fazem em seus jovens. Numa
escola de Ensino Médio e Pré-vestibular
como a nossa, a organização sempre
primou por bons professores, boa
remuneração para esses docentes devido
a sua experiência e mérito, uma equipe
de funcionários bem ajustada a essa
meta de excelência. Além disso, desde
o primeiro dia letivo nos preocupamos
com o bem estar dos alunos e investimos
em salas amplas, climatizadas, com
acesso a internet e carteiras confortáveis.
Costumo dizer que o Colégio Bruno
Giorgi é uma escola tradicional, apesar
da tecnologia e modernidade! Tradicional
no bom sentido da palavra, ou seja, uma
escola que tem regras, é obrigatório o
uso de uniforme, onde o professor tem
autoridade sobre os alunos e um local
em que ações pedagógicas não seguem
modismos. O principal é que a nossa
instituição tem ‘foco’ e os professores
e funcionários sabem bem as atitudes
a tomar, pois sabemos onde queremos
chegar. Jovens em formação de seu
caráter não podem ditar as regras de uma
escola e as nossas famílias nos procuram
devido à essa condição básica: a escola
é uma continuidade da casa, onde há
regras e deveres a serem cumpridos,
valores, técnicas e informações a serem
aprendidos. Sabemos que as famílias
se sacrificam por esse investimento
financeiro e educacional e por isso nossa
educação é tradicional, pois ensina,
educa e prepara para a vida. E outra coisa
que costumo dizer é que na vida existe o
vestibular e outras avaliações constantes,
por isso nossos ótimos resultados em
vestibulares concorridos!
RSL: o que o Colégio Bruno giorgi
apresenta de diferente das outras
escolas?
Pd: Penso que a experiência do grupo
inicial em várias escolas e em várias
cidades foi muito importante para saber
o que queríamos fazer e, principalmente,
o que não queríamos fazer em termos
educacionais e pedagógicos. Sabemos
que o contato da família com a escola
é fundamental para o sucesso, por isso
criamos o projeto “DEZFORRA”, assim
mesmo com z, pois os alunos trazem
os pais para assistirem DEZ aulas com
seus professores sobre assuntos da
Ciência sob vários aspectos. Ou seja,
as famílias conhecem os professores de
seus filhos, netos etc. Temos também
o projeto “PELA MADRUGADA” que
efetivamente são aulas de madrugada
e sempre com um tema que é abordado
por todas as disciplinas e, por incrível que
pareça, os alunos realmente tem aulas
na madrugada do sete de setembro;
já tivemos como tema a imigração
japonesa, os 40 anos da chegada a Lua e
outros! Mas são aulas em que uma banda
toca músicas ao vivo dentro da sala de
aula e os professores e funcionários
teatralizam as apresentações! Temos o
Festival de Música que se transformou
em Festival de Arte, pois, além da música,
começou a envolver a dança e o teatro.
Essa é uma característica do Colégio
Bruno Giorgi, a relação afetiva entre
“nos preoCupamos Com o bem estar dos alunos e investimos em salas amplas, Climatizadas,
Com aCesso a internet e Carteiras Confortáveis.”
Estudantes aprovados no último Vestibular.
Março 2013 Revista Se Liga 11
os alunos, funcionários e professores!
Temos regras, temos estudo sério,
dedicação, mas temos a jovialidade (todo
o professor acaba sendo sempre jovial,
quer dizer todo o bom professor!) e o
afeto. Esse é o segredo na educação, que
por isso é óbvio, educamos e ensinamos
porque nos importamos com esses
jovens seres humanos.
RSL: Houve mudanças recentes na
estrutura da empresa e do colégio. o
que exatamente mudou?
Pd: Na essência nada mudou, porém, o
Colégio e a Empresa estão numa transição.
No Colégio tivemos a aposentadoria da
coordenadora Rose Galvão que sempre
foi nossa mentora pedagógica e o sucesso
do Bruno Giorgi está muito ligado ao
seu excelente e reconhecido trabalho.
Para substituí-la, trouxemos a professora
Mariana Gonçalves que trabalhou muitos
anos na coordenação da Unip em Ribeirão
Preto e que está fazendo um excelente
trabalho desde agosto de 2012. Na
empresa estamos também passando por
uma transição. O que era uma sociedade
de 4 educadores hoje é uma empresa de
um só dono que sou eu. Toda a transição é
complexa e gera muitos boatos infundados
e até maldosos, porém, como disse, a
essência foi mantida pois, a Escola está
em pleno funcionamento com mais de
120 alunos e cerca de 300 no EaD, a linha
pedagógica está mantida, tivemos ótimos
resultados nos vestibulares e continuamos
tendo funcionários competentes em suas
funções e envolvidos com o projeto da
Escola, professores experientes (mas
joviais!), alunos aplicados e responsáveis.
Creio que é uma transição que trará bons
frutos!
RSL: Quais são outros investimentos
feitos pela Empresa Colégio Bruno
giorgi Ltda?
Pd: Em 2007 fizemos uma “joint venture”
com o grupo UniSEB-COC de Ribeirão
Preto para oferecer os cursos superiores
em modalidade a distância (EaD) que já é
um modelo educacional que deu certo em
países da Europa, nos Estados Unidos,
Japão e Austrália e está se expandindo
muito no Brasil e o UniSEB é um o mais
avançado do Brasil, tanto tecnológica
quanto pedagogicamente. Os alunos
assistem aulas presencialmente no
Colégio Bruno Giorgi uma vez por
semana transmitidas ao vivo via satélite
de Ribeirão Preto. Recebem o material
didático (um livro por disciplina em
módulos) além de todo o material
das aulas que são postados pelos
professores no Portal do UniSEB e que os
alunos tem acesso com antecedência às
aulas. Findado cada módulo, a turma faz
a prova presencial e alcançada a média
mínima de 6,0, avança para os outros
módulos até se formar. É importante
ressaltar que todos os cursos oferecidos
pelo UniSEB são reconhecidos pelo MEC
e os alunos recebem seu diploma sem
nenhum tipo de diferença dos cursos
totalmente presenciais.
Já tivemos dezenas de alunos formados
em Pedagogia, Letras, Administração,
Ciências Contábeis e todos estão
exercendo a profissão. O “EaD” do
Colégio Bruno Giorgi/UniSEB oferece
cursos de graduação e pós-graduação em
várias áreas do conhecimento e nossos
alunos (cerca de 300 em 2013) firmaram
contratos de estágio remunerados com
empresas, por intermédio da ACIM
e com a prefeitura de Mococa. Até
alguns anos atrás, muitos educadores
tinham preconceito com a modalidade
EaD, mas devido ao desenvolvimento
da tecnologia e ao tamanho do nosso
território e a seriedade da proposta,
esse preconceito diminuiu muito e em
resultados do ENAD, alunos de EaD
frequentemente alcançam os primeiros
lugares nesta avaliação do MEC de alunos
formandos. Para quem tiver interesse, o
sítio na internet é www.estudeadistancia.
com e lá poderá ver todos os cursos
oferecidos, tanto na graduação de 4
anos, como em tecnologia em 2 anos e
na pós-graduação. Temos muitos alunos
trabalhadores que conseguem evoluir
hierarquicamente em suas empresas
devido ao fato de ser um estudante de
faculdade, trabalhadores formados em
outras áreas que fazem um novo curso
para aprimoramento e mesmo pessoas
que fazem o curso para mudarem de
profissão e ter uma remuneração maior
devido ao curso superior. Ficamos felizes
com esse empreendimento do Colégio
Bruno Giorgi Ltda, pois agora temos até
pais de alunos do Ensino Médio que
estão freqüentando a faculdade a noite.
RSL: Quais os novos projetos para
este ano?
Pd: Como temos uma visão educacional
ligada a Cultura, criamos em maio de
2011, o Instituto Bruno Giorgi, que como
uma OSCIP (Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público) terá recursos
para investir na área cultural em Mococa e
também no desenvolvimento da memória
do nosso grande arista Bruno Giorgi.
Faremos parcerias com os Ministérios
da Cultura e da Educação, Secretarias
Estaduais e a prefeitura de nossa cidade.
Temos a convicção e dados econômicos
que ações nas áreas de educação e
cultura geram bem estar individual, mas
principalmente geram emprego e renda
para a população. Na nossa sociedade
pós-industrial, estes dois segmentos
(como também a área da saúde) são
os grandes geradores de empregos e
estamos preparados, no Instituto Bruno
Giorgi, para colaborar com o país e,
principalmente, trazendo a prosperidade
propiciada pelas ações do governo
federal, para a nossa cidade.
“é importante ressaltar que todos
os Cursos ofereCidos pelo uniseb são reConheCidos
pelo meC.”
12 Revista Se Liga Março 2013
Crônica
O filósofo francês Jean-Paul Sartre
disse certa vez que todos os
homens têm medo, e quem
não tem medo não é normal. O pensador
falou uma verdade incontestável. O medo
nos mantém vivo e é necessário, exceto
quando se torna uma fobia e precisa ser
tratado.
Então, resolvi imaginar quais são os
medos dos torcedores dos principais
times do Brasil para essa temporada.
Começo com o palmeirense, que talvez
seja hoje o mais amedrontado do país.
O receio de não voltar à série A do
Brasileiro é a maior preocupação do
palestrino nesse 2013. Ser eliminado
da Libertadores pelos rivais Corinthians
e São Paulo, mais ainda pelo primeiro,
também deixa qualquer alviverde com
um frio na barriga.
A desconfiança santista paira sobre o
time sem Neymar, durante o período em
que o craque passará na Seleção. Outro
fato que tira o sono da gente praieira é
que o ex-moicano se canse de brilhar e
apanhar no Brasil e o vá fazer na Europa.
O são paulino teme que Ganso não
faça jus ao investimento milionário. O
temperamento do artilheiro Luís Fabiano
é outra preocupação do torcedor tricolor.
Perder para Corinthians e Palmeiras na
Libertadores também é uma aflição.
Ser derrotado pelo rival alvinegro na
Recopa seria igualmente dolorido.
Deixar a maior competição sulamericana
sendo eliminado pelos rivais da capital
é inquietação da mesma forma ao
corintiano. Um revés na Recopa também
deixaria o bando de loucos muito triste
e com a cabeça inchada por um longo
tempo.
Pelos lados do Rio de Janeiro, o
empolgado torcedor do Fluminense só
pensa na Libertadores. Os tricolores
nem imaginam um outro insucesso
nessa competição. A saída da Unimed
e o desmanche do time, caso o título
não venha, também amedrontam. Os
flamenguistas sentem medo de que o
Estadual seja outra vez ilusão e o seu time
não seja tão forte quanto parece. O temor
de que o namoro de tempos com a série
B vire casamento também ronda o rubro
negro. Mesmo receio tem o vascaíno
com relação ao seu clube. As dívidas e
elenco fraco fazem com que o torcedor
cruzmaltino se lembre sem saudades de
2008, ano da queda à Segundona. Já o
botafoguense, coitado, está a ponto de
sentir medo de torcer pelo seu próprio
time, que há tempos só é coadjuvante
nos campeonatos que disputa.
O amante do Colorado gaúcho tem
medo de que o Grêmio ganhe tudo
nessa temporada, enquanto o gremista
teme não ganhar nada, mesmo com o
super time (no papel) montado por sua
diretoria. O cruzeirense se amedronta ao
imaginar o Galo campeão da América, e o
atleticano sente receio de que a sorte, tão
bandida nos últimos tempos, o abandone
outra vez na reta final.
Quanto a mim, temo que ninguém leia
esse texto, ou ainda que essas mal
tecladas linhas não sejam aprovadas.
Como se não bastasse, sinto medo,
muito medo mesmo, de que mortes
sigam acontecendo nos estádios mundo
afora e que o futebol continue perdendo
de goleada para a violência.
Por Anderson Ferreira
Quem tem time, tem medo
Março 2013 Revista Se Liga 13
Bem Estar
As vantagens do Clareamento DentalDentes brancos. Esse é um sonho
cada vez mais comum nos dias
de hoje. Entretanto, a forma de
se conseguir o tão sonhado sorriso, gera
dúvidas na maioria das pessoas. Dessa
forma, um grande aliado no tratamento
estético dos dentes é o clareamento,
fórmula mais indicada para as queixas de
escurecimento dental.
Com o tempo, o escurecimento dos den-
tes pode acontecer pelo uso frequente
de produtos e alimentos como: café,
vinho tinto e também do fumo. Os dentes
podem ainda apresentar alterações de cor
ou manchas devido a causas genéticas,
em consequência de um traumatismo
dentário, de um tratamento de canal, do
uso de antibióticos e de restaurações de
amálgama de pratas antigas.
Um dos mitos que se alimenta na socie-
dade é que o clareamento enfraquece o
dente. Pesquisas comprovam que o gel
utilizado nesse procedimento não afeta
a estrutura dentária. Há apenas um leve
desconforto ou sensibilidade, que são
gerados, em alguns casos, durante o
procedimento. Sendo que, essa sintoma-
tologia regride logo após a interrupção
do tratamento.
Algumas condições desfavorecem o
clareamento dental como a inflamação
gengival, presença de cálculo dental
(tártaro), retrações gengivais, dentes não
totalmente erupcionados e a cárie dental.
Esses acometimentos, se não tratados
previamente, podem gerar sensibilidade
ou até mesmo, em certos casos, agravar
a situação preexistente.
São várias as empresas que procuram
vender a população, produtos para clarear
os dentes. Fato que traz riscos aos con-
sumidores. O uso indevido dos agentes
clareadores, sem orientação do cirurgião-
-dentista pode ocasionar sensibilidade
dentinária devido a retrações gengivais,
restaurações mal adaptadas e presença
de cárie. Sendo assim, o clareamento
dental deve ser feito, única e exclusiva-
mente, sob orientação e supervisão de
um cirurgião-dentista.
Dr. Adriano Gonçalves de SouzaCRO-SP 92.142
Graduado em Odontologia pela
Universidade Federal de Alfenas
(UNIFAL-MG).
Atua em São João da Boa Vista - SP
14 Revista Se Liga Março 2013
nossa gente
MulheresO despertador toca às cinco da
manhã. É preciso preparar a filha
para a escola. Às seis, a menina
já toma o café feito na hora, enquanto
as camas são arrumadas. No quintal da
casa as ferramentas são preparadas e as
roupas estendidas no varal. Enquanto isso,
o marido esquenta o motor da moto para
saírem. Assim começa o dia de Cleonice
Aparecida Castro Silva, 43, que trabalha
como pedreira junto com o esposo. “Antes
desse serviço eu trabalhava na roça e
posso afirmar que existiu, existe e existirá
sempre o preconceito pela profissão que
tenho agora”.
A emancipação feminina vem crescendo
ano a ano. Durante a I e II Guerras Mundiais,
por exemplo, tiveram que assumir várias
funções antes somente mascul inas,
enquanto eles lutavam. Em 1920, no
Brasil, surgiram vários grupos intitulados
“Ligas para o Progresso Feminino”, o
embrião da “Federação Brasileira pelo
Progresso Feminino”, que teve importante
papel na conquista das mulheres pelo
direito ao voto. Com o
tempo ou t ras v i tó r ias
vieram, mas ainda falta
muito. “Há muita diferença
entre os sexos. Sem contar
que ganhamos menos por
sermos mulheres. Mas o
trabalho muitas vezes é o
mesmo, quando não é em
maior quantidade”, diz Regiane de Freitas,
Gerente de Vendas, em uma empresa de
consultoria.
Um balanço anual da Gazeta Mercantil
revela que a parcela das mulheres nos
cargos execut ivos das 300 maiores
companhias brasileiras subiu de 8%, em
1990, para 13%, em 2000. Isso mostra a
força feminina no mercado de trabalho
que, aos poucos, conquista seu espaço.
É o caso de Raquel Moda, que largou as
escolas onde atuava como professora
para, há mais de seis anos, trabalhar
como Agente de Trânsito. “No começo sofri
diversas ameaças nas ruas. Atualmente
isso ocorre com menos frequência,
porque o pessoal já está
acos tumado comigo” ,
ressalta.
Ques t i o nada so b re a
p o l ê m i c a d e q u e a s
mulheres seriam piores na
direção que os homens,
Raquel defende que não
há diferença. “Aplico mais
multas em homens, pois
eles são a maioria. Se
analisarmos a quantidade deles dirigindo
e a de mulheres, constatamos que, em 50
carros, elas dirigem apenas 10 e eles o
restante. Por isso, recebem mais multas”,
explica.
Cleusa das Graças Apolinário é ajudante
de mecânico. Aos 43 anos acredita que
os valores conquistados na família são
fundamentais para uma mulher digna, não
importa a profissão exercida. “As mulheres
são poderosas e lutam muito para alcançar
os objetivos traçados na vida. É só você
observar a nossa presidente, mulher forte,
guerreira e que conquistou o país. Eu
ainda penso em conquistar tantas pessoas
como ela”.
O direto ao voto
Há 79 anos a mulher brasileira ganhou o
direito de votar nas eleições nacionais.
Mesmo assim, a conquista não fo i
completa. Somente em 1946 o voto
feminino passou a ser obrigatório. Antes,
somente as casadas (com autorização
do marido), viúvas e solteiras com renda
própria podiam votar.
Por Gabriel Delena
Em Mococa elas conquistam o respeito em profissões antes vistas como unicamente masculinas
Raquel em alerta para que o transito flua normalmente.
Cleonice pegando pesado logo de manhã.
Março 2013 Revista Se Liga 15
Moda
Na medida certa
Que mulher não é apaixonada
por saias? Claro que existem
as exceções, mas elas são as
queridinhas do meu guarda-roupa, pois
elas dão um toque de feminilidade para
o dia a dia e nos deixam fugir do básico:
“jeans e camiseta”. Além disso, podemos
encontrá-las em diversos modelos e
gostos. Pensando nesta pluralidade, na
matéria desta edição, conheça os mais
variados modelos e faça sucesso em
todas as estações do ano.
De todos os tipos e cores
Saia longa: essa é uma forte tendência
para o outono, principalmente no Brasil,
onde não se faz muito frio nesta época.
Mito ou verdade: mulheres baixinhas não
podem usar saias longas? Claro que é
um mito! Basta saber combinar e ter bom
senso. Se você usar uma blusa com tons
parecidos com o da saia, ela irá aumentar
a sua silhueta.
Saia lápis: sempre deixa as mulheres
mais elegantes. Este modelo surgiu na
década de 1950 e possui um corte reto e,
geralmente, vai até o joelho. Neste caso
não tem escapatória: ela deve ser usada
com salto alto.
Minissaia: as minis e, principalmente, de
cintura alta e rodadinhas são as minhas
favoritas. Sempre são hits tanto no verão
quanto no inverno. Eu sou apaixonada
por esse estilo, mas atenção: cuidado
para não deixar o look vulgar!
Saia peplum: infelizmente, essa só
faz sucesso com as mais magrinhas,
porque deixam em evidência os detalhes
do corpo. Ela é caracterizada por uma
segunda saia, entre a altura da cintura e
a curva do quadril.
Saia mídi: pode ser reta, justa, leve
ou até mesmo rodada. Geralmente
seu comprimento é entre o joelho e
tornozelo. Ganhou força nas passarelas
internacionais. São saias perfeitas para
mulheres que gostam de mostrar toda a
feminilidade.
Saiba qual tipo de saia combina com você
Por Nathalia Carvalho
Saia Lápis.
Mini Saia.
Saia Peplum.
Saia Mídi.
16 Revista Se Liga Março 2013
Perfil
Profissão Repórter
nascido em Andradas (Mg) e filho caçula de uma família humilde, Marcelo torres desde muito pequeno apresentava aptidão aos estudos. Além disso, gostava de ler, de falar e, principalmente, de conhecer as pessoas, segundo sua mãe Raquel torres. Sempre teve o interesse por acompanhar os jornais. Ao concluir o ensino médio, prestou vestibular para jornalismo na UnESP, em Bauru. Ali começava uma história que o levaria a mais de 50 países, rendendo-lhe milhares de entrevistas e tornando o menino num grande profissional.
Primeiros passos
Recém formado e depois de passar
por jornais em Bauru, Marcelo foi para
Sorocaba, no interior de São Paulo. Lá
atuou como repórter da TV Aliança, uma
afiliada da Globo, até ser chamado para
trabalhar na rede em Belo Horizonte.
Nesse período, o jornalista ganhou do
Conselho Britânico uma bolsa de estudos
para um mestrado em Londres. Na
Inglaterra, prestou concurso e entrou na
BBC Brasil, atuando como âncora de um
programa de rádio por um ano. Ao chegar
Marcelo Torres, jornalista do SBT.
Por Cristiano Ranzani
Março 2013 Revista Se Liga 17
na capital inglesa teve grande dificuldade
em enfrentar o rigoroso inverno. A
língua foi outro problema. “O inglês que
aprendemos aqui é muito diferente da
língua praticada lá, devido ao sotaque
e termos que desconhecemos”, explica.
Durante sua passagem pela Rede Globo,
em Belo Horizonte, pode conhecer
quase todas as pessoas que atuavam
no telejornalismo da emissora, inclusive
a jornalista Ana Paula Padrão, que, em
2005, estreou no SBT (Sistema Brasileiro
de Televisão), e o convidou para integrar a
equipe que inauguraria um escritório em
Londres. O andradense foi o primeiro a
fazer uma cobertura internacional para o
Jornal do SBT Brasil. “Uma das grandes
experiências profissionais que já tive
foram as guerras do Iraque e da Líbia.
Pude ver de perto o caótico cenário de
uma batalha”, ressalta.
Levantando voo
Marcelo lembra que enfrentou diversos
riscos na profissão, mas que as guerras
foram as que recorda com temor. Na
cobertura da Guerra do Iraque, em 2006,
chegou ao país em um avião que descia
no que ele chama de pouso saca-rolha,
uma espécie de aterrissagem na qual a
aeronave desce em círculos, dificultando
o ataque de rebeldes ou forças inimigas.
Durante a cobertura, teve o apoio do
Exército Americano e, para se deslocar
do aeroporto até a base dos soldados,
que ficava no centro de Bagdá, viajava
em blindados. “Já teve ocasião de sair de
um local e, dez minutos depois explodir
um carro bomba ali”.
Outras experiências marcaram o
jornalista, como uma viagem a uma
tribo nômade na Etiópia, na África. Uma
população, segundo ele, que vive sem
nenhum conforto, remetendo ao Século
XVIII. Outro fato interessante foi vivido
no Quirguistão, país da Ásia Central, no
qual a hospitalidade fez a diferença. “Ao
chegar numa residência de uma família
humilde, o chefe da casa ofereceu
vodka a toda a equipe. Foi quando o
tradutor disse que quando é ofertada
uma bebida pelo anfitrião, é de bom
modo os hóspedes aceitarem tudo”.
Eram duas garrafas cheias, mas, com
medo, inventou que recentemente havia
sido submetido a uma operação gástrica,
deixando que o cinegrafista tomasse
tudo. Quando começou os trabalhos, ia
sozinho fazer as matérias.
Era produtor, editor, cinegrafista
e repór te r, po rém, a tua lmen te
é acompanhado por um repórter
cinematográfico. Aos novos jornalistas
diz que “leiam, leiam e leiam; é o
primeiro passo para o desenvolvimento
da profissão. E ter amor no que se faz é
a garantia para o sucesso”, afirma.
Marcelo Torres na bancada do SBT Brasil.
Marcelo Torres em reportagem no Afeganistão.
18 Revista Se Liga Março 2013
Esporte
O Tiro comoesporte
Em 1920, o então tenente do Exército,
o carioca Guilherme Paraense,
desembarcava em Antuérpia, na
Bélgica, com mais sete companheiros.
Dias depois ele venceria a prova de Pistola
Rápida, acertando na mosca no desempate,
conquistando a primeira medalha de ouro
para o Brasil na Olimpíada Belga. Guilherme,
ex-atleta do Fluminense, morreu em 1968.
Porém, seu legado como atirador esportivo
ficou como herança para várias gerações.
Uma dessas gerações está em Mococa,
no interior de São Paulo, na Associação
Mocoquense de Tiro ao Alvo (AMTA).
O clube surgiu após a ideia de alguns
amigos, amantes do esporte. “Havia um
clube aqui, mas fechou por conta da falta
de investimentos. Então, nos reunimos e
decidimos criar, em 1996, o AMTA”, explica
César Luiz da Silva Mancim, sócio-fundador.
A Associação é reconhecida como o melhor
Clube de Silhueta Metálica do Estado
de São Paulo e do país. A Silhueta foi
descoberta pelos norte-americanos. Este
tipo de modalidade simula situações da
caça, disparando-se sobre alvos metálicos
com formas de animais. As provas são
dividas em categorias, que dependem do
tipo da arma utilizada, seja longa ou curta.
DNA de atirador
Luiz Alberto de Camargo Cordôn tem em
seu DNA a paixão pelo Tiro Esportivo. A
tradição que veio do pai, agora passa de
Luiz para suas filhas. “Elas também atiram
e disputam torneios. É um orgulho que
elas continuem essa história da família no
esporte”, sorri.
Tché, como é conhecido no clube, já viajou
para os Estados Unidos, onde praticou,
em algumas fazendas, a caça esportiva.
Durante a temporada, o mocoquense
se surpreendeu com a organização dos
americanos.
Para caçar, o atirador pode tirar a licença em
supermercados e lojas de conveniência. A
opção por cobrar ou não a taxa pela caça,
fica a critério do fazendeiro. “Paguei U$$
100,00 e o dono do lugar nos guiou. Tudo
isso é controlado pelo governo”.
Atiradores profissionais, responsabilidade emprimeiro lugar
Para adquirir uma arma de fogo de uso
permitido o cidadão deve dirigir-se a
uma unidade da Polícia Federal ou do
Fundado há 12 anos, clube de tiro de Mococa é considerado um dos melhores do país
Março 2013 Revista Se Liga 19
Exército, e apresentar toda a documentação
necessária.
O futuro portador deve ter idade mínima
de 25 anos, passar por comprovação
de capacidade técnica e de aptidão
psicológica.
Ao passar por todo o processo, o proprietário
da arma recebe o Registro, que contém a
validade de três anos, autorizando o dono
de arma de fogo a mantê-la exclusivamente
no interior de sua residência ou no seu local
de trabalho.
Desarmamento
O Estatuto do Desarmamento entrou em
vigor em 2003, após o então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva sancionar a lei.
Em 2011, a Campanha foi lançada em 6 de
maio, recolhendo 17,6 mil armas de fogo
até agosto. Foram cadastrados mais de
1,4 mil postos de coleta por todo o Brasil.
Os revólveres foram os mais comuns
- cerca de 10 mil, especialmente os de
calibre 38. Também foram entregues 2.132
espingardas e 1.728 pistolas, além de 53
fuzis. São Paulo é o estado que lidera a lista
com 4.906 armas, seguido de Rio de Janeiro
(2.457) e Rio Grande do Sul (2.362).
Segundo o Ministério da Justiça, as mortes
por armas de fogo caíram 11%.
20 Revista Se Liga Março 2013
Se Liga | Click do Mês
segundo mário quintana, só existe uma idade para a gente ser feliz e chama-se presente, que tem a duração do instante que passa. é tempo de viver apaixonadamente, sem medo ou pudor, enfrentando com toda a disposição algo novo de novo e de novo, e quantas vezes preciso for. o sorriso da foto é de uma moradora do lar dos velhinhos de mococa, fotografada por fernanda busso, em visita à instituição.
a idade de ser feliz!
envie sua foto para o nosso e-mail: seliganarevista@gmail.com.
quem sabe a sua imagem será escolhida e publicada na próxima edição.
Março 2013 Revista Se Liga 21
Quoi de neuf?
Conhecida por sua diversidade
de l uga res apa i xonan tes
repletos de histórias ricas e
com personagens estudados em todo
o mundo, a França é o recanto dos
maiores artistas dos séculos passados,
devido a abertura da liberdade artistica.
A região dos Castelos Franceses foi
cenário para que eles pudessem despejar
toda a sua criatividade em quadros,
construções e obras de artes em geral.
Muitos conhecem o castelo de Versailles,
o famoso Chantilly que foi palco do
casamento do ex-jogador Ronaldo.
Mas o lugar que mais me chamou
atenção, não foi nenhum deles, poucos
sabem, mas a cidade de Amboise,
na região dos Castelos, da Loire, é
responsável pelos últimos anos de
vida de um dos maiores artistas de
todos os tempos, Leonardo Da Vinci.
Convidado pelo rei Francisco I, chegou
no ano de 1515, com o status de maior
arquiteto Europeu. Levou consigo obras
inacabadas como a Monalisa, o quadro
mais valioso do mundo, que se encontra
no Museu do Louvre, em Paris.
Da Vinci projetou a ampliação da ala
Sul do Castelo de Amboise, os quartos
cheios de detalhes e colunas inovadoras
para época eram o orgulho do rei, que
com o trabalho do sábio chegava ao
ponto máximo do poder do seu reinado.
Uma das melhores obras do projeto é o
jardim, que além de muito bonito, é até
hoje um exemplo de irrigação natural para
os estudantes da área.
Lá, Leonardo viveu até a data de sua morte
em 1519, onde foi sepultado na capela de
Saint-Hubert, anexa ao castelo, a qual havia
sido construída entre 1491 e 1496. Sua
sepultura é encontrada até hoje no castelo,
que além disso tem muitas lembranças
do gênio.
Mês que vem vamos andar por mais
lugares que você tem de conhecer na
França. Não deixe de visitar o canal
PublicitarioemApuros-VolganArts no
Youtube, com o programa ‘’Quoi de Neuf?’’
Salut, et au mois prochain!
A França querespira arte
Château d’Amboise. Jardim du Chateau.
Chapelle St. Hubert.
Por Matheus Diniz
22 Revista Se Liga Março 2013
Baladas & AgitosSociais
Galera do Skate
Março 2013 Revista Se Liga 23
Niver da Cida Cilli
Markinhos, gabriel e Kátia ourona olimpíada Brasileira de Físicaneta do maestro
24 Revista Se Liga Março 2013
Bom Apetite
Peixe ensopado com pirãoIngredientes. 2 kg de corvina
. 4 dentes de alho
. Sal e pimenta a gosto
. Suco de 2 limões
. 1/4 de xícara (chá) de azeite
. 1 cebola
. 2 tomates picados
. Coentro e salsa picados a gosto
. 2 xícaras (chá) de leite de coco
. 1/4 de xícara (chá) de água
. 1 xícara (chá) de farinha de mandioca
Modo de preparoSepare a cabeça do peixe e corte-o em postas. Numa tigela, amasse metade do
alho. Junte o sal, a pimenta e o suco de limão. Ponha o peixe (reserve a cabeça
para fazer caldos) e deixe marinar por meia hora. Pique o alho restante e dispo-
nha na panela com o azeite e a cebola. Refogue até a cebola dourar. Coloque
as postas com o tempero. Adicione o tomate, o coentro picado e a salsa. Mexa
e, se preciso, adicione água. Acrescente o leite de coco e deixe por 20 minutos.
Ponha o peixe em uma travessa com um pouco do molho. Junte a água à panela
e mexa. Adicione a farinha. Mexa até obter um pirão e sirva com o peixe.
Participe de nossa seção gastronômica! Envie a sua receita para o e-mail:seliganarevista@gmail.com
Março 2013 Revista Se Liga 25
Estante
O melhordas livrarias
Uma Alma a Procura deum Corpo (J.C. Sibila) Categoria:Literatura
Nacional
Um jovem
com dupla
personalidade se vê aprisionado em
um lugar que não consegue identificar.
Sua única possibilidade de liberdade e
descoberta é viajar para o passado.
Manualdos JovensEstressados (Augusto Cury) Categoria:Autoajuda
O novo livro
de Augusto
Cury, “Manual dos Jovens Estressados”,
não é um manual comum. Ele não quer
ensinar aquilo que nenhum jovem sabe,
não quer falar de assuntos tabus, como
sexo ou drogas, mas sim bater um papo
franco e aberto com o leitor sobre o que
pensa, sobre seus medos, seus sonhos.
Ver A Cidade (William de Oliveira)Categoria: Literatura Nacional
William de Oliveira trata, na maioria dos
textos, de temas cotidianos e faz isso com
seu olhar crítico de “Ver A Cidade”. Com sua
forma peculiar de brincar com as palavras,
como o próprio título do livro sugere, sem
papo furado, e,
às vezes, com
ele também,
p a s s a p o r
t e m a s
r e l e v a n t e s
qu e f azem
parte não só
de Poços de
Caldas (MG)
como da vida
de todos nós.
O Poder do Hábito (Charles Duhigg)Categoria: Literatura Estrangeira
O repórter investigativo do New York
Times, Charles Duhigg elabora, em
“O poder do hábito”, um argumento
animador: a chave para se exercitar
regularmente, perder peso, educar bem
os filhos, se tornar uma pessoa mais
produtiva, criar empresas revolucionárias
e ter sucesso é entender como os hábitos
funcionam. Transformá-los pode gerar
bilhões e significar a diferença entre
fracasso e sucesso, vida e morte.
26 Revista Se Liga Março 2013
na telona
Agora é a vez da “Hospedeira”
O mês de março traz uma novida-
de para os fãs da “Saga Crepús-
culo”. Mas acalme-se, pois não
estamos falando sobre uma possível volta
de Bella, Edward e Jacob aos cinemas,
mas sobre o lançamento de “A Hospe-
deira”, adaptação da obra homônima da
escritora inglesa, Sthephenie Meyer.
Escrita por Meyer logo após colocar
um ponto final no romance entre Bella e
Edward, em 2009, “A Hospedeira” não tem
como elementos vampiros e pessoas. O
romance, ambientado num futuro distan-
te, tem a Terra dividida entre humanos e
alienígenas.
Entre os temas abordados, as reflexões
entre “amor romântico” e o “amor pla-
tônico” serão os assuntos centrais da
trama. Dessa forma, o filme promete fazer
com que o cinéfilo fique ligado do início
ao fim, assim como aconteceu no livro,
que já vendeu mais de 360 mil cópias só
no Brasil.
Os escolhidos
Três jovens atores foram escolhidos para
viver o triângulo amoroso desta intrigante
história. O casal Melanie e Jared será
formado por Saoirse Ronan, indicada ao
Oscar em 2007 por “Desejo e Reparação”,
e Max Irons, conhecido por “A Garota da
Capa Vermelha”. A vilã Peregrina será
interpretada pela atriz alemã Diane Kruger,
que tem em “Tróia”, “A Lenda do Tesouro
Perdido” e “Bastardos Inglórios” seus
principais sucessos no cinema.
Sinopse
A Terra foi dominada por um inimigo invi-
sível, que controla as mentes e os corpos
dos humanos. Melanie Stryder (Saoirse
Ronan) é uma das poucas pessoas que
ainda não foi “dominada”. Mesmo infec-
tada, resiste contra Peregrina, a “alma”
invasora que tenta se hospedar em seu
corpo e descobrir seus pensamentos.
A jovem ocupa sua mente com visões
do homem que ama, Jared (Max Irons),
para desviar a atenção de Peregrina, que
passa a se sentir atraída por aquele hu-
mano. Enquanto isso, a Buscadora (Diane
Kruger) persegue Melanie para garantir
a dominação da hospedeira e encontrar
o paradeiro dos últimos humanos não
infectados.
Por Franco Júnior
Obra da escritora da saga Crepúsculo estreia nos cinemas em março
Albo
r
Março 2013 Revista Se Liga 27
tecnologia
PlayStation 4 promete games mais realistas e interatividade
A Sony lançará, em breve, a quarta
geração do PlayStation, uma dos
consoles mais aguardados de
todos os tempos. Durante evento realizado
nos Estados Unidos, em fevereiro, foram
apresentadas as configurações, além do
controle do aparelho, o DualSchock 4.
O PS4 promete alta qualidade gráfica e
personagens com feições capazes de
expressar emoções sutis, ambientes bem
construídos e que suportam milhares de
elementos simultâneos na tela. De acordo
com Mark Cerney, arquiteto-chefe do Plays-
tantion, as configurações do videogame
foram baseadas nos PCs.
“Isso facilita aos desenvolvedores de games
a criarem jogos cada vez melhores. Um dos
problemas do PlayStation 3 era a dificuldade
de se programar games, o que fez com
que alguns títulos multiplataforma ficassem
melhores no Xbox 360, o que é considerado
mais fácil de programar”.
A máquina ainda terá espaço para uma
maior interatividade entre os usuários. As-
sim como no Facebook, o jogador poderá
inserir suas informações pessoais, adicionar
amigos, conversar e compartilhar imagens e
vídeos. Também será possível ver ou trans-
mitir partidas ao vivo e de pedir auxilio de
outras pessoas em fases difíceis dos jogos.
Serviços como Netflix, Youtube, Amazon e
outros geradores de conteúdo, continuarão
sendo oferecidos pela plataforma, que reco-
mendará vídeos e produtos de acordo com os
hábitos e preferências do jogador.
Por Rafael Vasconcelos
Mark Cerny mostra detalhes do DualSchock 4.
28 Revista Se Liga Março 2013
top notas
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP), Paulo Skaf esteve em Mococa para a inauguração da nova unidade do Sesi, no dia 01 de março. A
escola, que leva o nome de Pedro Sukadolnik, foi projetada com 16 salas de aula, duas áreas de convivência cobertas, uma biblioteca escola com acervo atualizado, laboratórios de informática, ciência e tecnologia, química e biologia, física, além de salas para aulas de música, artes cênicas e quadra poliesportiva coberta.
De portas abertas para a educação
Durante cerimônia no Campus da USP, em São Carlos, dois alunos do Ensino Fundamental da Escola Fundação – Funvic receberam medalhas por suas participações na Olimpíada Brasileira de Física.
Gabriel Sakamoto conquistou o ouro e Henrique Marcolino Possato, a prata.
Em busca da motivação, integração e desenvolvimento humano, junto aos colaboradores públicos municipais, a Prefeitura de Mococa inaugurou o Centro de Desenvolvimento Humano (CDH), no dia 19 de fevereiro. Integrado ao departamento administrativo, localizado no prédio da XV de
Novembro, o espaço acolherá os funcionários, que receberão atenção humanizada para os problemas vivenciados no ambiente organizacional. Treinamentos, cursos e palestras também serão oferecidos.
O escritor Antônio Geraldo Figueiredo Ferreira, 47, em entrevista concedida ao jornalista Marco Rodrigo Almeida, da Folha de São
Paulo, falou um pouco sobre sua obra recente: “As Visitas que Hoje Estamos”. O mocoquense, que atualmente reside em Arceburgo (MG), ganhou destaque em diversas matérias publicadas no site da Folha. Seu romance conquistou ainda mais espaço após ser elogiado por Costa Lima, em uma critica publicada no “Valor Econômico”. O livro já pode ser encontrado nas melhores livrarias do país.
No Brasil, o número de casos de dengue registrados em 2013 aumentou 190% em comparação ao mesmo período do ano
passado. Nas primeiras sete semanas do ano, foram confirmados 204.640 casos da doença em todo o País, ante 70.489 notificações em 2012. Os registros da doença já passam de 33 mil. Em Mococa, a equipe de Combate a Endemias do Departamento de Saúde está em alerta para evitar uma epidemia na cidade. A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.
Talentos da Física
Prefeitura implanta Centro de Desenvolvimento
Escritor mocoquense é destaque na Folha de S. Paulo
Dengue Zero
Mar
celo
Jus
to /
Folh
apre
ss
Março 2013 Revista Se Liga 29
Cerca de 40 equipes disputarão o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Desde o ano passado, o Verdão da Mogiana realizou diversos amistosos e até uma pré-temporada na Coréia do Sul, a fim de ser preparar para essa
competição. O campeonato iniciará no dia 27 de abril, sendo concretizado no dia 27 de outubro. Divididos em sete grupos de seis times, os clubes terão de enfrentar cinco fases, disputando de 10 a 30 partidas. Além do Radium, formam o Grupo 04: Clube Atlético Pirassununguense, Social Esportiva Vitória, Sociedade Esportiva Palmeirinha, Sport Club Atibaia e Sumaré Atlético Clube.
Radium disputa Campeonato Paulista da 2ª Divisão
A pista pública de Mococa foi o palco da 1ª primeira edição do Campe-onato de Skate da cidade, no dia 24 de fevereiro. Skatistas da região e de outros estados compareceram no evento, que contou com as
categorias amador e iniciante. A medalha de ouro na categoria iniciante foi para Wellington Oliveira, de Pedregulho (SP). O anfitrião Gabriel Marques levou o troféu de campeão no amador, enquanto Lucas Marques, também de Mococa, teve a sua manobra escolhida como a melhor da tarde.
1º campeonato de skate de Mococa
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30 Revista Se Liga Março 2013
Arquitetura & Urbanismo
Parte deuma história
É na tradicional Rua Coronel
Diogo, próximo a Praça da
Matriz de São Sebastião, que
está situado o Teatro Municipal Pedro
Ângelo Camin. Um local que há dé-
cadas reúne grandes artistas, além
de receber vários eventos culturais e
sociais, como formaturas, cerimônia
de posse de novos governantes, es-
petáculos teatrais e de dança, entre
outros fatos que fazem parte do local
desde a década de 20.
Na época, em 1925, três ital ianos
decidiram erguer o prédio e assim
d ive rs i f i ca r o en t re ten imento de
Mococa. Francisco Cucci, Francisco
Maglioca (ambos comerciantes) e
Delfino Bonara (o primeiro fotografo
do município) foram os fundadores
da obra, marcada por um estilo neo-
-renascentista.
Em 1950, a prefeitura adquiriu o local,
adaptando sua estrutura com todos
os recursos técnicos, com a proposta
de receber atividades teatrais. Cerca
Conheça mais sobre os edifícios extremamente importantes para o desenvolvimento social de Mococa.
Antigo prédio da Câmara Municipal.
Março 2013 Revista Se Liga 31
de 11 anos após a promessa de um
novo espaço, apenas no 05 de abril
de 1961 foi inaugurado o “Cine Tea-
tro Central”, como está cravado nas
paredes de sua fachada.
Política e Cultura
Ainda pela Rua Coronel Diogo está
a Câmara Municipal, construída para
comportar os vereadores em suas
sessões e o setor administrat ivo.
Porém, quando este se mudou para
a Rua 15 de novembro, o prédio aca-
bou servindo para abrigar o Museu
Municipal. Antes, local servia como
fórum, cadeia e cartório.
Prédio da Prefeitura de Mococa.
Teatro Municipal de Mococa.
Atual prédio da Câmara Municipal.
Thiago Peres, arquiteto e urbanista formado pela PUC-MG. E-mail:
thiagoperesarquiteto@hotmail.com
32 Revista Se Liga Março 2013
turismo
Poços Radical
A cidade sul-mineira de Poços de
Caldas não é conhecida somente
pelas águas, o clima, as paisagens
e os pontos turísticos. Outras atividades
no município vem chamando a atenção
das pessoas para os esportes radicais. O
MotoCross e o vôo livre são os de maior
repercussão.
Um dos eventos é a Superliga Brasil
de Motocross. A cidade já foi sede
duas vezes. A primeira em novembro
de 2011, com a final da 1ª temporada,
e a segunda em abril de 2011. Além
das etapas de moto, as do rali cross
country de velocidade Mitsubishi Cup e
a Copa Peugeot também são realizadas
na cidade, que não atrai somente os
apaixonados por terra, mas também os
fascinados pelo ar. A altitude, cerca de
1.550m, e o clima são muito favoráveis ao
voo, principalmente de abril a novembro.
Marcos Aurélio, 28, é apaixonado pelos
céus da região, no alto do edifício
Manhattan, fica admirando a Serra. “Às
vezes, fico distraído olhando pela janela
e esqueço até que o jornal está no ar”, ri.
Marcos é um praticante de paraglider, um
tipo de páraquedas com uma envergadura
um pouco maior. “O páraquedas é para
descer e o ‘glider’ para subir”, explica o
editor de imagens.
Poços não recebe as etapas de paraglider
nacional, disputadas na vizinha Andradas,
no Pico do Gavião, onde a estrutura
é melhor. Mas não é isso que atrai os
“aprendizes de pássaros” para Poços, e
sim a beleza local. “No Pico do Gavião
as condições são melhores, além da
possibilidade de saltar para todas as
direções, norte, sul, leste e oeste. Mas aqui
é muito lindo, esse lugar é mágico”, afirma.
A Serra de São Domingos, em Poços,
usada para salto de paraglider, também
é um espaço para trilhas. A principal
liga dois pontos turísticos importantes,
a Fonte dos Amores ao Cristo Redentor.
Mesmo atravessando um pedaço
de mata fechada, o caminho é bem
demarcado e possibilita, até mesmo, o
encontro com animais silvestres, como
macacos e quatis, comuns na região.
O u t r a s á r e a s c o m o a R e p r e s a
Bortolan, com 5 mil m², recebe os
que preferem a água. Nos fins de
semana o movimento de lanchas e
Jet skis é intenso. O rafting, descida
de corredeiras a bordo de um bote
in f láve l , também é prat icado nos
arredores da cidade, no Rio Pardo.
Por Carlos Gustavo
Março 2013 Revista Se Liga 33
tribos
Eu vi Sacis!
Robson Moreira, jornalista, 57,
jura ser proprietário de um Saci
Pererê. “Miçanga anda solto por
aí, mas é meu”. O primeiro encontro teria
acontecido na sua sala de trabalho. “Não
é um Saci qualquer. É todo de miçanga
e cachimbo verde e apareceu para me
cumprimentar no dia do meu aniversário
e ‘se dar’ de presente pra mim”, explica.
Miçanga é do Vale do Jequitinhonha, no
norte de Minas Gerais, local em que seu
dono nasceu.
Já o agrônomo paulista João de Melo Neto
diz que existem até mesmo sacis albinos.
Segundo ele, as primeiras aparições
ocorreram num horto florestal de Campos
do Jordão, próximo a uma mineradora.
Devido a isso, muitos acharam que eram
sacis normais, cobertos de pó de calcá-
rio, mas trata-se mesmo da mudança na
pigmentação da pele.
Para manter histórias como essas vivas é
que, em 2003, nasceu a Sociedade Ob-
servadora de Sacis (SOSACI) de São Luiz
do Paraitinga, no interior de São Paulo. Um
dos objetivos pregados é a resistência
cultural à festa importada dos EUA, cha-
mada por eles de “Raloin”. “Nosso lema
é: Sacis de todo Brasil, uni-vos! Nada
tendes a perder a não ser a outra perna”,
brinca Robson Moreira, que é o presidente
da Sociedade.
No total a organização conta com 1300
associados espalhados por vários esta-
dos, que lutam pela oficialização do Dia
do Saci (31 de outubro). Além do Passeio
Saciclístico, no qual as crianças pedalam
com uma perna só por uma trilha dentro da
mata, o grupo realiza exposições sobre o
Saci, visando despertar o imaginário infan-
til e fazer com que conheçam e valorizem
a identidade cultural.
Segundo a socióloga Rosa Helena, no
folclore os mitos representam várias sig-
nificações, unidas por um esquema vivido
como experiência do sagrado. “Referem-
-se a deuses que representam a natureza
ou aspectos da condição humana. O mito
é transpessoal, pois não tem autores e
sim, recitadores. No Brasil origina-se do
sincretismo entre as etnias da era colonial,
e uma das mais populares e conhecidas
é a do Saci Pererê”.
Por Adriele Amaral
Associação mantém viva estórias sobre Saci Pererê
34 Revista Se Liga Março 2013
Artigo
Domésticos
Empregado Doméstico é aquele que
presta serviços de natureza contínua e
de finalidade não lucrativa (Art. 1º da Lei
5.859 de 11/12/1972). São considerados
como empregado doméstico: cozinheiro,
governanta, babá, lavadeira, faxineira,
motorista particular, enfermeira do lar,
jardineiro, copeiro e caseiro, este último,
quando o sítio ou chácara for destinado
a passeio, ou a prestação de serviços
ocorrerem apenas no âmbito da sede.
O serviço contínuo de que trata a Lei do
empregado doméstico é o trabalho efe-
tuado sem intermitência, não eventual,
prestado a residência da pessoa ou da
família. Recentes decisões têm entendido
que o trabalho prestado a partir de duas
vezes por semana, cujo pagamento ocorre
na forma semanal com o compromisso de
voltar em data pré-estabelecida é conside-
rado contínuo e subordinado. Neste caso,
sujeito a anotação do pacto em CTPS e
incidência de demais cominações legais.
È importante salientar que o Empregado
doméstico que regularmente comparece
no local de trabalho de seu contratante
(empresário ou profissional liberal) para
uma “pequena faxina”, deixa de ser do-
méstico, neste caso sujeito a diferenças
salariais, depósitos do FGTS e até mesmo
horas extras.
O trabalho doméstico regulamentado pela
Lei 5.859 de 11/12/1972 não garante a
categoria a aplicação de jornada de tra-
balho específica e nem tampouco horário
de refeição, neste aspecto quanto a horas
extras, (exceção a domingos e feriados)
nada poderá reclamar na Justiça do
Trabalho. Todavia, se o empregador do-
méstico espontaneamente fixar a jornada
e o horário de trabalho, estes deverão
ser cumpridos, haja visto o princípio do
contrato de trabalho.
Tem se questionado muito sob a pos-
sibilidade da jornada reduzida e salário
proporcional as horas laboradas, dizer que
isto seria possível era no mínimo temerá-
rio, pois o artigo 7º, inciso IV, da Consti-
tuição Federal e a lei 5.859/72, garante
aos trabalhadores salário não inferior ao
mínimo. Mas, como o Direito do trabalho é
dinâmico e atual, recente decisão da Corte
Máxima da Justiça do Trabalho, o Colendo
TST, acolheu recurso de um casal de em-
pregadores que tinham sido condenados
em pagamento de diferenças salariais em
demanda movida por empregada que
exercia atividades de quatro horas por
dia. A 8ª turma proferiu a seguinte deci-
são. “se a jornada for inferior à estipulada
constitucionalmente, o salário poderá ser
pago proporcionalmente”. A decisão foi
unânime. (RR nº 309-58.2010.5.15.0024 ).
Neste caso, atenção para a anotação da
Jornada Reduzida em CTPS (pagina de
observações), pois em caso de Reclama-
ção Trabalhista, fatos modificativos cabem
ao Empregador o ônus da prova. Não é
demais lembrar que atualmente existe
Proposta de Emenda Constitucional da
Deputada Benedita da Silva que prevê a
ampliação dos direitos dos empregados
domésticos no Brasil. É prudente consultar
o Advogado de sua confiança para elabo-
ração do contrato de trabalho.
Marcelo Buzzo FraissatOAB/SP 209.938
Da jornada de trabalho ao salário
Março 2013 Revista Se Liga 35
36 Revista Se Liga Março 2013
Mococa, SPAlfenas, MG
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