revisão de literatura: conceitos básicos · quinhentismo (de 1500 a 1601); barroco (de 1601 a...

Post on 13-Nov-2018

219 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Revisão de literatura: conceitos básicos

Literatura Brasileira – 2ª série EM

Prof.: Flávia Guerra

Texto literário e não literário

(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.

(Veja São Paulo, 23-29/12/92)

(Texto 2) O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.

(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)

Gêneros literários

• Épico/narrativo (fábula; epopeia; novela; conto; crônica; romance).

• Lírico (poema).

• Dramático (auto; comédia; tragédia).

Eu lírico e autor “Se acaso me quiseres

Sou dessas mulheres que só dizem sim Por uma coisa à toa

Uma noitada boa Um cinema, um botequim

E se tiveres renda Aceito uma prenda

Qualquer coisa assim Como uma pedra falsa

Um sonho de valsa Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades Direi meias verdades

Sempre à meia luz E te farei, vaidoso, supor

Que és o maior e que me possuis Mas na manhã seguinte

Não conta até vinte, te afasta de mim Pois já não vales nada

És página virada Descartada do meu folhetim”.

(Folhetim – Chico Buarque)

Polissemia Congresso Internacional do Medo Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio, porque este não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte. Depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. Carlos Drummond de Andrade

Comparação e metáfora Desencanto - Manuel Bandeira Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca, Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. - Eu faço versos como quem morre.

Escolas literárias A literatura brasileira pode ser dividida em duas grandes eras, momentos que acompanharam a evolução política e econômica do país: a Era Colonial e a Era Nacional, separadas por um período de transição que corresponde à emancipação política do Brasil. A Era Colonial, a vertente histórica de nossas letras, representa a literatura produzida sob a influência da literatura portuguesa. Esse período é representando pelas seguintes escolas:

Quinhentismo (de 1500 a 1601);

Barroco (de 1601 a 1768);

Arcadismo (de 1768 a 1808);

Período de Transição (de 1808 a 1836).

A Era Nacional marcou o início do desenvolvimento das formas literárias genuinamente brasileiras, período que prezou pela estética e pelo compromisso dos escritores em criar uma expressão própria que retratasse nossas características culturais, sociais e linguísticas. Por esse motivo, a Era Nacional é tida como a vertente estética da literatura brasileira, quando finalmente a autonomia literária foi estabelecida. Representam o período as seguintes escolas:

top related