relatório pesquisa de preços prodemge - família de sistemas de...
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Relatório Pesquisa de Preços Prodemge - Família de
Sistemas de Informação, Desenvolvimento de Sítios
e Hospedagem de Sistema em Mainframe
Fundação João Pinheiro
Responsável: Marconi Martins de Laia
Belo Horizonte
Julho de 2019
PRODUTO 1
Presidente da Fundação João Pinheiro
Helger Marra Lopes
Presidente da Fundação João Pinheiro
Mônica Moreira Esteves Bernardi
Assessor Especial da Presidência
Mauro César da Silveira
Coordenador do Projeto
Marconi Martins de Laia
Equipe do Projeto
Mauro Câmara
Belo Horizonte, 19 de Julho de 2019
Documento: Produto 1 – Relatório Pesquisa de Preços Prodemge - Família de Sistemas
de Informação, Desenvolvimento de Sítios e Hospedagem de Sistema em Mainframe
Prezado Senhor,
Esse relatório representa a consolidação da primeira entrega do trabalho de
Pesquisa de Preços da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado de Minas
Gerais (PRODEMGE) 2019. Em um prazo exíguo, marcado pela necessidade de
atualização da pesquisa feita pela Fundação Instituto Administração da Universidade
de São Paulo (FIA USP), a Fundação João Pinheiro (FJP) realizou uma ampla pesquisa
de preços em contratos de tecnologia da informação – dos setores público e privado –
com vistas a permitir o balizamento de preços de serviços de tecnologia da informação.
O trabalho foi dividido em dois subgrupos:
Entrega 1 - Pesquisa de Preços da Família de Sistemas de Informação,
Desenvolvimento de Sítios e Hospedagem de Sistema em Mainframe.
Entrega 2 - Serviços de Hospedagem Dedicada e na Nuvem.
A escolha dos dois subgrupos mencionados foi feita baseada no histórico de
serviços contratados pelos diversos órgãos e entidades da administração pública junto
à PRODEMGE. Assim sendo, em lugar de realizar-se um trabalho extenso, focado em
todos os tipos de serviços prestados pela empresa, optou-se por agir seguindo uma
lógica de focalização dos itens de maior relevância nos contratos vigentes nos órgãos
e entidades estaduais.
A Lei 13.303/2016 destacou um novo parâmetro de modernização para as
empresas públicas por meio de sólidos princípios de governança. A PRODEMGE está
rapidamente atendendo às exigências legais por meio do estabelecimento de suas
políticas de gerenciamento de riscos, a formação da sua estratégia de negócio e a
criação de padrões e práticas de atendimento aos clientes que representam o Estado
da Arte para o Setor Público. Este relatório é mais um passo rumo à modernização da
organização, pois favorece a transparência e a governança das contratações de
tecnologia da informação no âmbito estadual.
Esperamos que o atual relatório atenda plenamente as expectativas da
PRODEMGE, bem como dos diversos órgãos e entidades, com vistas à apresentação
de parâmetros de preços que facilitem os processos de contratação de serviços de
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na administração pública estadual de
Minas Gerais.
Atenciosamente,
Helger Marra Lopes
Presidente da Fundação João Pinheiro
LISTA DE SIGLAS
CBO - Classificação Brasileira de Ocupações
CELEPAR - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná
CIASC - Centro de Informática e Automação de Santa Catarina
DATAPREV - Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social
FIA USP - Fundação Instituto Administração da Universidade de São Paulo
FJP – Fundação João Pinheiro
ICTI - Índice de Custo da Tecnologia da Informação
IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MIP - Milhões de Instruções por Segundo
MTI - Empresa Matogrossense de Tecnologia da Informação
PRODAM - Empresa de Processamento de Dados do Amazonas
PRODAM – SP - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município
de São Paulo
PRODEB - Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia
PRODEMGE – Empresa de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais
PRODESP - Empresa de Processamento de Dados de São Paulo
PRODEST - Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do
Espírito Santo
SCGE - Superintendência Central de Governança Eletrônica
SEPLAG – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais
SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados SERPRO
SIAD - Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Etapas da Realização da Pesquisa de Preços ................................................................... 8 Figura 2: Recorte dos Contratos de Serviços de Tecnologia da Informação Realizados pelos Órgãos e Entidades do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais ........................................ 10 Figura 3: Itens de Orçamento PRODEMGE Desenvolvimento de Sistemas .............................. 11 Figura 4: Itens de Orçamento PRODEMGE Desenvolvimento de Sítios .................................... 11 Figura 5 - Precificação do custo de desenvolvimento por página ............................................... 12 Figura 6 – Exemplo 1 da Precificação do desenvolvimento de um site por valor cheio .......... 12 Figura 7 - Exemplo 2 da Precificação do desenvolvimento de um site por valor cheio .......... 12 Figura 8 - Utilização da metodologia por hora e por ponto de função para manutenção de portais .................................................................................................................................................. 13 Figura 9 - Precificação da hora de desenvolvimento por perfil executor ................................... 13 Figura 10 - Precificação da hora por etapa de desenvolvimento ................................................. 14 Figura 11 - Precificação do desenvolvimento de sistemas por ponto de função ....................... 15 Figura 12: Tabela de Correspondência Perfil Executor de Desenvolvimento de Sistemas PRODEMGE e Perfis da Classificação Brasileira de Ocupações. ................................................ 17 Figura 13: Tabela de Correspondência Perfil Executor de Desenvolvimento de Sites PRODEMGE e Perfis da Classificação Brasileira de Ocupações ................................................. 17 Figura 14: Métrica para Análise de Preços de Mainframes .......................................................... 19 Figura 15: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora e Hora-Salário) - Contratos de todos os anos ....................................................... 22 Figura 16: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) - Contratos de todos os anos ................................................................................. 23 Figura 17: Comparação de Preços (Fases de Concepção e Elaboração) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) - Contratos de todos os anos ................... 24 Figura 18: Comparação de Preços (Fases de Codificação e Testes) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) - Contratos de todos os anos ................... 24 Figura 19: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora e Hora-Salário) – Contratos 2018 e 2019 ................................................................ 25 Figura 20: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019 ........................................................................................... 26 Figura 21: Comparação de Preços (Fases de Concepção e Elaboração) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019 ............................ 27 Figura 22: Comparação de Preços (Fases de Codificação e Testes) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019 ............................ 27 Figura 23: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE IPSEMG X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos de todos os anos .......................................................... 28 Figura 24: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE IPSEMG X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos 2018 e 2019 .................................................................... 28 Figura 25: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEE X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos de todos os anos ................................................................. 28 Figura 26: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEE X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos 2018 e 2019 ........................................................................... 29 Figura 27: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEAP X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos de todos os anos ................................................................. 29 Figura 28: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEAP X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos 2018 e 2019 ........................................................................... 29 Figura 29: Comparação de Preços de Desenvolvimento de Sítios Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos de todos os anos ................... 30
Figura 30: Comparação de Preços de Desenvolvimento de Sítios Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019 ............................ 31 Figura 31: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Ponto de Função) – Contratos de todos os anos ............................................................................................................... 32 Figura 32: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Ponto de Função) – Contratos 2018 e 2019 ........................................................................................................................ 32 Figura 33: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE MIPS – Contratos de todos os anos ....................................................................................................................................... 35 Figura 34: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Hospedagem em Mainframe) – Contratos de todos os anos ...................................................................................... 36 Figura 35: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Backup em Mainframe) – Contratos de todos os anos ...................................................................................... 36 Figura 36: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE MIPS – Contratos 2018 e 2019 ....................................................................................................................................................... 37 Figura 37: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Hospedagem em Mainframe) – Contratos 2018 e 2019 ................................................................................................ 37 Figura 38: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Backup em Mainframe) – Contratos de 2018 e 2019 .......................................................................................... 38
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Fases de implantação do contrato firmado entre o Banco do Brasil e a IBM ........... 21
SUMÁRIO
1. Introdução ....................................................................................................................... 7
2. Metodologia ................................................................................................................... 9
2.1. Metodologia para Pesquisa de Preços da Família de Sistemas de Informação
e Desenvolvimento de Sítios ............................................................................... 10
2.2. Metodologia para Hospedagem de Sistema em Mainframe .......................... 19
3. Análise dos Resultados .............................................................................................. 22
3.1. Resultados para Pesquisa de Preços da Família de Sistemas de Informação
precificada por Hora-Homem ............................................................................. 22
3.2. Resultados para Pesquisa de Preços da Família de Desenvolvimento de Sítios
precificada por Hora-Homem ............................................................................. 30
3.3. Resultados para Pesquisa de Preços da Família de Desenvolvimento de
Sistemas por Ponto de Função ............................................................................ 31
3.4. Resultados para Hospedagem de Sistema em Mainframe ............................. 34
4. Conclusão ...................................................................................................................... 39
Anexo I - Lista de Ocupações e Sinônimos CBO ............................................................ 41
Anexo II – Lista de Ocupações CBO e Grandes Áreas .................................................. 47
7
1. Introdução
A elaboração do Projeto Pesquisa de Preço envolve uma forma de auxiliar os
órgãos e entidades da administração pública estadual a justificarem a efetividade de
suas contratações junto à PRODEMGE. Historicamente, existe uma relação de quase
exclusividade das secretarias, autarquias e fundações do poder executivo estadual
como clientes da empresa.
Tal cenário acaba por ensejar uma visão da PRODEMGE como uma parceira de
negócio, e de fato ela o é, dado que seu maior acionista é o próprio Estado de Minas
Gerais. Entretanto, conquanto essa visão seja verdadeira, é comum discussões sobre os
preços cobrados pela empresa nos momentos de aquisição de serviços de informática
oferecidos no portfólio da PRODEMGE.
A fim de trazer maior cientificidade e facilitar o processo de negociação, a
pesquisa de preço tem como objetivo realizar a comparação entre os preços da empresa
e aqueles cobrados pelo mercado, para algumas famílias de serviços de tecnologia da
informação e comunicação, a saber: (i) Preços da Família de Sistemas de Informação;
(ii) Preços da Família de Desenvolvimento de Sítios; (iii) Preços de Hospedagem de
Sistema em Mainframe; (iv) Preços de Serviços de Hospedagem Dedicada e na Nuvem.
A escolha de tais famílias foi baseada no volume e na relevância dos contratos
firmados entre fornecedores de tecnologia da informação e os órgãos e entidades da
administração pública estadual entre os anos de 2010 e 2019. A partir de pesquisa
realizada no Armazém do Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços
(SIAD), foram identificados os objetos de TIC mais contratados pelos órgãos e
entidades da administração pública estadual, e destes, mais de 80% correspondiam às
famílias que foram comparadas nesta pesquisa de preço. O trajeto realizado pela
pesquisa pode ser visto na Figura 1.
A descrição do produto não reflete com fidelidade a sua complexidade. As
diversas formas pelas quais fornecedores precificam seus serviços de tecnologia da
informação e da comunicação não são padronizadas. Dessa maneira, ao elaborarmos
a pesquisa, a tarefa mais importante foi construir uma metodologia de comparação
8
que reduzisse ao máximo as imprecisões e os ruídos nas comparações.
Figura 1: Etapas da Realização da Pesquisa de Preços
Fonte: elaborado pelos autores.
Ressalta-se, portanto, que a comparação de preços deve ser usada como uma
referência de mercado, mas não como um reflexo dos valores exatos cobrados pelos
diversos fornecedores. Em nenhuma hipótese tal conclusão reduz seu valor técnico.
Em primeiro lugar, porque, como já afirmado, todos os dados coletados foram de
Tabelas de Preços Publicadas por empresas de tecnologia da informação, de contratos
já firmados pelo poder executivo de Minas Gerais com fornecedores de TI, de
contratações feitas por outros órgãos da administração pública nacional ou, até mesmo
pela iniciativa privada.
Além disso, foram buscadas métricas com validade científica e prática no ramo
de tecnologia. Dessa forma, foi possível criar requisitos mínimos de comparação entre
os serviços. Os preços encontrados foram sempre trazidos a valor presente de acordo
com índices econômicos oficiais ou medidas estatísticas foram usadas com o propósito
de definir os resultados encontrados.
Além desta introdução, no capítulo 2 apresentamos a metodologia utilizada
para elaboração do Produto 1 e, após isso, no capítulo 3 descrevemos os resultados. O
relatório é fechado com uma breve conclusão.
Planejamento dos TrabalhosElaboração da Metodologia de Comparação de Preços para as Famílias de Gastos
Coleta de Dados Análise dos Dados Coletados Elaboração dos Relatórios
9
2. Metodologia
O propósito de realização da pesquisa de preços PRODEMGE é o balizamento
de preços de contratação de serviços de informática na administração pública. Com
vistas à observação dos princípios constitucionais da eficiência e da economicidade, os
órgãos e entidades governamentais devem sempre realizar contratações que atendam
as necessidades dos processos organizacionais, mas que sejam compatíveis com preços
de mercado.
No caso específico dos serviços de informática, os órgãos e entidades da
administração pública estadual podem efetuar a contratação da Empresa de
Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais sem a necessidade de realização
de licitações, por meio de processo de dispensa. Ainda assim, a não realização de
certame licitatório não exclui a obrigação dos contratantes de apresentarem
justificativa que mostre a razoabilidade dos preços dos serviços cobrados.
Diante deste cenário, em 2016 a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão
(SEPLAG), por meio da Superintendência Central de Governança Eletrônica (SCGE),
contratou a FIA USP para realizar a pesquisa de preços de serviços de informática do
Estado de Minas Gerais. Ciente da necessidade de manter os dados atualizados, a
PRODEMGE está realizando novamente o trabalho com o suporte metodológico da
Fundação João Pinheiro.
Contudo, diferentemente da pesquisa de 2016, a metodologia do trabalho
proposto para a atual segue uma lógica com ênfase na relevância e no volume dos
serviços contratados. Em levantamento realizado entre o período de 2010 a 2019 dos
contratos de informática realizados pelo poder executivo do Estado de Minas Gerais,
é possível observar o comportamento exposto na Figura 2.
A partir dos dados expostos na Figura 2, foi elaborado um cronograma de
trabalho com as famílias de serviços cujos preços foram comparados. Este relatório traz
a Entrega 1 da pesquisa composta pelos seguintes itens:
Entrega 1 - Pesquisa de Preços da Família de Sistemas de Informação,
Desenvolvimento de Sítios e Hospedagem de Sistema em Mainframe.
Entrega 2 - Serviços de Hospedagem Dedicada e na Nuvem.
10
Figura 2: Recorte dos Contratos de Serviços de Tecnologia da Informação Realizados pelos Órgãos e Entidades do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais
Fonte: elaborado pelos autores
2.1. Metodologia para Pesquisa de Preços da Família de Sistemas de Informação
e Desenvolvimento de Sítios
O problema central para se realizar a comparação de preços para o
desenvolvimento de sistemas de informações e de sítios e portais na Internet são as
diferentes metodologias utilizadas pelas diversas empresas para precificação de seus
serviços. O padrão utilizado pela PRODEMGE para cotação dos dois tipos de contrato
pode ser visto na Figura 3 e na Figura 4.
Apenas para ilustrar, nas tabelas pesquisadas de preços da Empresa de
Processamento de Dados de São Paulo (PRODESP), Empresa de Processamento de
Dados do Amazonas (PRODAM), Empresa de Tecnologia da Informação e
Comunicação do Paraná (CELEPAR), Empresa Matogrossense de Tecnologia da
Informação (MTI), Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (CIASC),
Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo
(PRODEST) e Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (PRODEB),
as metodologias utilizadas são diferentes daquelas apresentadas na Figura 3 e na
Figura 4 e que representam o modelo utilizado na PRODEMGE.
11
Figura 3: Itens de Orçamento PRODEMGE Desenvolvimento de Sistemas
Fonte das Figuras 3 e 4: PRODEMGE
Figura 4: Itens de Orçamento PRODEMGE Desenvolvimento de
Sítios
Ademais, em pesquisa de contratos realizadas no Armazém SIAD, no dia
01/04/2019, em que foram identificados todos os contratos de Tecnologia da
Informação e Comunicação com despesa empenhada entre os anos de 2010 e 2019,
também não há padrão único para precificação dos serviços elencados.
À título de exemplo, selecionamos alguns contratos e as maneiras como os
objetos foram precificados para expor as divergências entre os diversos modelos
utilizados de definição dos serviços contratados. Na Figura 5 vemos um extrato de um
contrato de desenvolvimento de sítio na internet. Dado o propósito específico do
cliente, ele foi precificado considerando “custo de página de e-mail corporativo”,
“custo de página de mensagem de telefonia móvel” e “custo de produto extra”. Já na
Figura 6 vemos que a cotação foi feita por um serviço único: “contratação de empresa
para prestação de serviços de desenvolvimento do site eletrônico para a divulgação
e inscrição do IX Congresso Ibero-americano de Medicina Transfuncional”
A Figura 7 mostra outra forma de descrição do serviço. Nela pode ser lido
“Desenvolvimento de Sítio, Portal e/ou Intranet”. Neste caso, vê-se que o contratante
resolveu fazer uma exposição bem mais genérica do item a ser contratado. Por fim, a
Figura 8 mostra em seu objeto “Manutenção Corretiva ou Adaptativa de Portal” e
“Manutenção Evolutiva de Portal”, tendo sido o primeiro item precificado por valor
homem-hora e o segundo por ponto de função.
COLUNA A COLUNA B COLUNA C
ITEM DE ORÇAMENTO
PRODEMGEUNID PERFIL EXECUTOR PREDOMINANTE
ELABORAÇÃO H Analista de Requisito Pleno
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA H Arquiteto de Sistema Pleno
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO H Desenvolvedor
CONSTRUÇÃO - TESTE H Testador / Analista de Teste
TRANSIÇÃO H Analista de Operações/Gestor de Configuração Pleno
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO H Analista de Requisito Júnior
GERENCIAMENTO DE PROJETO H Gerente de Projeto / Analista Sênior
CONCEPÇÃO H Analista de Negócio e Analistas de Requisito Sênior
COLUNA A COLUNA B COLUNA C
ITEM DE ORÇAMENTO
PRODEMGEUNID
PERFIL EXECUTOR
PREDOMINANTE
PLANEJAMENTO DO
PROJETOH Analista Júnior
ARQUITETURA DA
INFORMAÇÃOH arquiteto da informação
DESENVOLVIMENTO
DO LAYOUTH Designer
CODIFICAÇÃO H Desenvolvedor
INSERÇÃO DE
CONTEÚDOH Desenvolvedor
TESTES H Desenvolvedor
HOMOLOGAÇÃO H Desenvolvedor
PUBLICAÇÃO H Desenvolvedor
GERENCIAMENTO DE
PROJETOH Analista Pleno
12
Figura 5 - Precificação do custo de desenvolvimento por página
Fonte: contrato levantado pelos autores.
Figura 6 – Exemplo 1 da Precificação do desenvolvimento de um site por valor cheio
Fonte: contrato levantado pelos autores.
Figura 7 - Exemplo 2 da Precificação do desenvolvimento de um site por valor cheio
Fonte: contrato levantado pelos autores.
13
Figura 8 - Utilização da metodologia por hora e por ponto de função para manutenção de portais
Fonte: contrato levantado pelos autores.
Em relação aos serviços de desenvolvimentos de sistemas, também foram
identificadas discrepâncias de metodologias de precificação. A Figura 9 ilustra a
precificação da hora por perfil executor; a Figura 10 representa a precificação da hora,
mas por etapa de desenvolvimento; já a Figura 11 corresponde à precificação do
desenvolvimento de sistemas por ponto de função.
Figura 9 - Precificação da hora de desenvolvimento por perfil executor
Fonte: contrato levantado pelos autores.
14
Figura 10 - Precificação da hora por etapa de desenvolvimento
Fonte: contrato levantado pelos autores.
15
Figura 11 - Precificação do desenvolvimento de sistemas por ponto de função
Fonte: contrato levantado pelos autores.
Não há surpresa na constatação de tantas diferenças como as apresentadas por
alguns motivos: em primeiro lugar, no próprio Estado de Minas Gerais, cada órgão
demandante realiza as suas compras de acordo com a especificação adotada em área
de tecnologia da informação própria. Dessa forma, seria impensável a adoção de um
modelo de contratação único. Desde que haja correspondência de elementos de item
de despesa existentes na legislação, os órgãos públicos podem classificar seus
contratos de múltiplas formas.
Se dentro do universo de um único estado tal realidade já não é observável,
seria impossível verificá-la em todo o Brasil. Isso porque cada Tabela de Preço das
empresas consultadas reflete modelos de precificação que foram fruto de negociação
de âmbito interno dos órgãos e entidades responsáveis por sua elaboração. Ademais,
o mercado utiliza modelos diversos de acordo com modelos de compras de cada
empresa.
Além disso, na própria literatura de sistemas de informação, há paradigmas de
estruturação diferentes para desenvolvimento de software. Modelos em cascata, de
prototipagem, metodologias ágeis, RUP, dentre outros, especificam de forma distinta
as diversas atividades existentes em um processo de software. Diante do exposto, seria
virtualmente impossível encontrar um modelo padronizado para o Brasil.
A partir dos fatos supramencionados, o primeiro desafio para desenvolver a
pesquisa de preço foi definir uma metodologia que permitisse a realização efetiva de
16
comparações com base científico/metodológica. De forma a fazê-lo, a Fundação João
Pinheiro adotou os seguintes passos:
Adoção do “modelo base” da PRODEMGE exposto na Figura 3 e na
Figura 4. Foram pesquisadas em todas as Tabelas de preços das empresas
de tecnologia da informação elementos correspondentes aos preços da
PRODEMGE. Dessa forma, foram procurados os valores de
hora/homem de cada uma das etapas de desenvolvimento apresentadas
nas Colunas A (Figura 3 e na Figura 4) das tabelas de itens de orçamento
da PRODEMGE.
Além das etapas de desenvolvimento apresentadas na Figura 3 e na
Figura 4, é possível ver que, para cada fase de construção de sistema de
informação, um perfil específico de profissional (Perfil Executor
Predominante) como “analista de negócios”, “analista de sistemas”,
“gestor de projetos”, etc foi definido (Ver Colunas C da Figura 3 e da
Figura 4) . Além da correspondência de fases, a Fundação João Pinheiro
procurou alocar a correspondência de perfil profissional.
Em diversos casos, o Perfil Executor Predominante (Colunas C da Figura
3 e da Figura 4) definidos pela PRODEMGE não trazia nomenclatura
igual em outros Estados. Por exemplo, na Tabela da PRODEMGE, os
profissionais “Analista de Requisitos” e “Analista de Sistemas” são
separados. Na Tabela da PRODESP, há somente um perfil chamado de
“Analista de Requisito/Sistema”. Para solucionar tal questão, a
Fundação João Pinheiro criou uma Tabela de Correspondência a partir
de competências citadas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Ela pode ser vista na Figura 12, sendo seu detalhamento disponibilizado
nos Anexos I e II. Atenção deve ser dada à Coluna D da Figura 12.
Além de nomes diferentes do Perfil Executor Predominante (Colunas C
da Figura 3 e da Figura 4) definidos pela PRODEMGE, as tabelas de
outras organizações traziam, em muitos casos, diversos níveis para o
mesmo perfil profissional. Exemplo: na Tabela da PRODESP o perfil
chamado de “Analista de Requisito/Sistema” possui quatro níveis (I, II,
17
III e IV). Nestes casos, o valor de hora foi calculado por meio do preço
associado ao último/maior nível de carreira.
Figura 12: Tabela de Correspondência Perfil Executor de Desenvolvimento de Sistemas PRODEMGE e Perfis da Classificação Brasileira de Ocupações.
Fonte: elaborado pelos autores.
Figura 13: Tabela de Correspondência Perfil Executor de Desenvolvimento de Sites PRODEMGE e Perfis da Classificação Brasileira de Ocupações
Fonte: elaborado pelos autores.
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D
ITEM DE ORÇAMENTO
PRODEMGEUNID PERFIL EXECUTOR PREDOMINANTE COMPETÊNCIAS REQUERIDAS
ELABORAÇÃO H Analista de Requisito Pleno
Engenheiro de aplicativos em computação; Engenheiros
de sistemas operacionais em computação; Analista de
desenvolvimento de sistemas)
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA H Arquiteto de Sistema Pleno
Engenheiro de aplicativos em computação; Engenheiros
de sistemas operacionais em computação; Analista de
desenvolvimento de sistemas)
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO H Desenvolvedor
Engenheiro de aplicativos em computação; Engenheiros
de sistemas operacionais em computação; Analista de
desenvolvimento de sistemas)
CONSTRUÇÃO - TESTE H Testador / Analista de Teste
Engenheiro de aplicativos em computação; Engenheiros
de sistemas operacionais em computação; Analista de
desenvolvimento de sistemas)
TRANSIÇÃO HAnalista de Operações/Gestor de
Configuração Pleno
Engenheiro de aplicativos em computação; Engenheiros
de sistemas operacionais em computação; Analista de
desenvolvimento de sistemas)
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO H Analista de Requisito Júnior
Engenheiro de aplicativos em computação; Engenheiros
de sistemas operacionais em computação; Analista de
desenvolvimento de sistemas)
GERENCIAMENTO DE PROJETO H Gerente de Projeto / Analista Sênior
Gerente de desenvolvimento de sistemas; Diretor de
serviços de informática; Gerente de produção de
tecnologia da informação;Gerente de projetos de
tecnologia da informação
CONCEPÇÃO H
Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em
computação; Engenheiros de sistemas operacionais em
computação; Analista de desenvolvimento de sistemas)
Analista de Negócio e Analistas de
Requisito Sênior
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D
ITEM DE ORÇAM ENTO
PRODEM GEUNID
PERFIL EXECUTOR
PREDOM INANTECOM PETÊNCIAS REQUERIDAS
PLANEJAMENTO DO PROJETO H Analista Júnior
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO H arquiteto da informação
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
DESENVOLVIMENTO DO LAYOUT H Designer
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
CODIFICAÇÃO H Desenvolvedor
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
INSERÇÃO DE CONTEÚDO H Desenvolvedor
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
TESTES H Desenvolvedor
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
HOMOLOGAÇÃO H Desenvolvedor
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
PUBLICAÇÃO H Desenvolvedor
(Analista de negócios; Engenheiro de aplicativos em computação;
Engenheiros de sistemas operacionais em computação; Analista
de desenvolvimento de sistemas)
GERENCIAMENTO DE PROJETO H Analista Pleno
(Gerente de desenvolvimento de sistemas; Diretor de serviços de
informática; Gerente de produção de tecnologia da
informação;Gerente de projetos de tecnologia da informação)
18
Feitas as adequações de Perfil Executor Predominante/Competências
Requeridas, a comparação de preços foi realizada considerando os
valores cobrados pela PRODEMGE com a média dos valores coletados
no mercado. Para o cálculo da média, foram desconsiderados os Outliers
(valores fora do intervalo determinado pelo primeiro desvio padrão em
relação à média geral).
Por fim, além da comparação de horas, foram equiparados valores de ponto de
função. Neste caso, o valor de referência da PRODEMGE é para apenas uma
tecnologia. Em diversas tabelas de mercado há valores para múltiplas linguagens de
programação. Nesse caso, considerou-se a média dos valores nas diversas tecnologias.
Destaca-se que para realizar as comparações de acordo com a metodologia
descrita, foram consultadas as Tabelas de 8 empresas de tecnologia da informação
estaduais e um volume de aproximadamente 350 contratos. Destes se enquadraram
nos requisitos metodológicos estabelecidos um total de 46. Os preços foram trazidos a
valor presente pelo Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Importante observar que o indicador do
IPEA começou a ser calculado a partir de janeiro de 2013. Para períodos anteriores, foi
utilizado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no intervalo compreendido
entre o ano do contrato e dezembro de 2012.
Além do indicador do IPEA, a Fundação João Pinheiro também produziu uma
comparação de preços considerando apenas os valores dos contratos dos anos de 2018
e 2019 seguindo diretrizes gerais de instrução normativa do governo federal que
destaca que o Painel de Preços disponível no sítio eletrônico
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br deve possuir preços que foram
levantados recentemente. Contudo, há de se ressaltar que o painel de preços do
Governo Federal não traz os valores de contratos e de serviços a valor presente. Assim
sendo, vê-se que o objetivo do governo federal foi o de resguardar os órgãos do poder
executivo nacional de comparar preços defasados. Não há esse risco na metodologia
da Fundação João Pinheiro porque considera valores atualizados, procedimento
recorrentemente utilizado em diversas medidas macroeconômicas.
19
2.2. Metodologia para Hospedagem de Sistema em Mainframe
A comparação dos contratos de Hospedagem em Mainframe (Computação de
Grande Porte) se mostrou ainda mais complexa que o caso de desenvolvimento de
sistemas e websites. Além das distinções já elencadas de diferentes metodologias de
precificação nos diversos Estados, os mainframes são um tipo de tecnologia utilizado
em um volume restrito de organizações, além de possuírem um número baixo de
fornecedores habilitados a oferecê-los no mercado. De forma geral, grandes empresas
de tecnologia como Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), Empresa
de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV), Empresas de
Tecnologia da Informação Estaduais e Bancos estão entre os seus usuários chave.
O primeiro desafio foi estabelecer uma unidade padrão para mensuração do
serviço. Não há consenso entre os fornecedores para fazê-lo, posto que a contratação
de mainframes é realizada mediante serviços sobre demanda. Ainda assim, utilizou-
se o modelo sugerido pela Superintendência Central de Governança Eletrônica da
SEPLAG – MG. A medida principal nesse caso é conhecida como Milhões de
Instruções por Segundo (MIP). As medidas centrais utilizadas para a comparação
podem ser vistas na Figura 14.
Figura 14: Métrica para Análise de Preços de Mainframes
Fonte: PRODEMGE
Após o estabelecimento da metodologia, duas formas básicas de coleta de dados
foram adotadas:
Consulta às tabelas de preços das empresas de processamento de dados.
Apenas a PRODESP e a Empresa de Tecnologia da Informação e
I TEM M ÉTRI CA(S) DESCRIÇÃO DAS ATI VIDADES ENTREGÁVEI S
1.HOSPEDAGEM DE
SISTEM AS EM
M AINFRAM E
- Quantidade de M IPS
utilizados/cliente/mês
- O serviço permite ao cliente o processamento de
seus sistemas aplicativos em ambiente de
plataforma alta, de propriedade da Prodemge, com
a estrutura de operação e gestão do processo
produtivo providas pela Prodemge.
- No serviço a Prodemge disponibiliza a
infraestrutura de recursos e mão de obra de
operação e gestão do ambiente.
-Relatório de SLA de disponibilidade do mainframe
- Relatório de quantidade de M I PS utilizados por cliente no mês
2.ARM AZENAM ENTO
PARA ALTA
PLATAFORM A
- Quantidade de GB
utilizados/cliente/mês
- Área para armazenamento de dados (Storage):
Disponibilização de área de armazenamento para os
sistemas e seus dados de acordo com o
dimensionamento necessário para o funcionamento
da aplicação.
- Relatório de volumetria de área de armazenamento em GB utilizados por
cliente no mês
3. BACKUP DE
SISTEM AS
- Quantidade de GB
utilizados/cliente/mês
Disponibilização de área para guarda dos dados e
execução de procedimentos rotineiros de backup e
restore conforme política de backup da Prodemge
(politica está na IN020 versão 4). - Relatório de volumetria de área de backup em GB utilizados por cliente
no mês
20
Comunicação do Município de São Paulo (PRODAM – SP) utilizam a
metodologia de cotação dos serviços em Mainframe por MIPs.
Busca de processos de contratação realizados por órgãos e entidades
governamentais. De forma curiosa, maciçamente os contratos não
estavam disponibilizados na internet, mesmo em portais de
transparência. Para ter acesso, a Fundação João Pinheiro valeu-se da Lei
de Acesso à Informação, realizando mais de 20 solicitações de contratos
do objeto pretendido. Os resultados formaram base suficiente para a
realização da comparação de preços.
Consulta a órgãos de controle. Indiretamente, a Fundação João Pinheiro
encontrou alguns pareceres informando sobre a legalidade da execução
e de aditamentos de contratos de Mainframe. Essa se constitui em uma
importante fonte de consulta da FJP, bem como alguns relatórios de
gestão de órgãos públicos, como o SERPRO.
Assim como no caso do desenvolvimento de sistemas e websites, a comparação
foi feita considerando os valores cobrados pela PRODEMGE com a média dos valores
coletados no mercado. Novamente, os preços foram trazidos a valor presente pelo
ICTI, sendo períodos anteriores a janeiro de 2013 recalculados a partir do IPCA.
Embora tenha sido empreendido grande esforço, foram obtidos apenas 10
contratos de preços de Mainframe precificados na metodologia de MIPs. A maior parte
das informações obtidas tinha objetos que não eram hospedagem, além de serem
precificados por preço fechado. Ainda assim, considera-se que os contratos obtidos
fornecem base sólida de comparação para o governo de Minas Gerais, dada a
relevância dos contratos encontrados, bem como seu tamanho. Apenas como
referência: o contrato 8558-0044/2017 firmado entre o Banco do Brasil e a IBM do Brasil
tem como objeto o fornecimento de 113.665 MIPs de capacidade para o parque de
processamento de Mainframe do referido Banco. Na Tabela 1, que ilustra as fases de
implantação do projeto, a menção mínima do uso de MIPs em um mês é de 7.365, ao
passo que, no mês de maior consumo, há a previsão de 23.937 MIPs. Para efeito de
comparação, basta afirmar que todo o ambiente da PRODEMGE não chega a 2.000
MIPs/mês.
21
Tabela 1 - Fases de implantação do contrato firmado entre o Banco do Brasil e a IBM
Fonte: Contrato 8558-0044/2017
22
3. Análise dos Resultados
3.1. Resultados para Pesquisa de Preços da Família de Sistemas de Informação
precificada por Hora-Homem
A Figura 15 mostra o primeiro painel elaborado para a comparação dos preços
de Desenvolvimento de Sistemas. Como pode ser observado, quando comparados os
preços de todos os contratos, de todos os anos, no tocante aos preços da Família de
Sistemas de Informação, o valor médio de mercado encontrado foi de R$ 146,88, ao
passo que o valor PRODEMGE é de R$ 171,63.
Figura 15: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora e Hora-Salário) - Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
Contudo, como pode ser visto na Figura 16, ao desabilitar-se o valor de Hora-
Salário, no painel de dados há um sensível aumento no valor de mercado (R$ 7,49 no
valor médio de hora). Isso porque, para os contratos em que o desenvolvimento de
sistemas foi feito via contratação de profissionais em base de pagamento de salário, a
23
Fundação João Pinheiro fez a conversão de um valor fechado em horas/homem. Para
estes casos, o valor de homem/hora foi sensivelmente mais baixo dos valores
comumente observados em contratos por hora. Como esse não é o padrão mais comum
de comercialização de mercado, sugere-se que ele não seja considerado nos momentos
de comparação.
Figura 16: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) - Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
Salta aos olhos na Figura 16, a diferença de R$ 17,26 por hora trabalhada entre
a média de valor de mercado e o preço PRODEMGE, fazendo com que os preços da
empresa sejam sensivelmente mais altos que os encontrados nos demais contratos. A
razão central para tal diferença pode ser vista na Figura 17. Os preços das etapas de
Concepção e Elaboração cobrados pela PRODEMGE são substancialmente mais altos
dos que os observados no mercado. Vê-se uma diferença de R$ 58,98 para cada hora
trabalhada nessas etapas do processo de desenvolvimento de sistemas.
Já a Figura 18 mostra cenário completamente diverso. Observa-se que para as
etapas de Codificação e Testes, aquelas que consomem o maior volume de trabalho no
desenvolvimento de um software, os preços da PRODEMGE são substancialmente mais
24
baixos do que os valores cobrados pelo mercado. Há uma diferença pró-PRODEMGE
de R$ 54,97 em cada hora de trabalho.
Figura 17: Comparação de Preços (Fases de Concepção e Elaboração) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) - Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 18: Comparação de Preços (Fases de Codificação e Testes) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) - Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
25
O cenário não é tão diferente quando consideramos apenas os contratos de 2018
e 2019. A Figura 19 mostra o equivalente ao primeiro painel (Figura 15) elaborado para
a comparação dos preços de Desenvolvimento de Sistemas. Quando comparados os
preços de todos os contratos, apenas dos anos de 2018 e 2019, no tocante aos preços da
Família de Sistemas de Informação, o valor médio de mercado encontrado foi de R$
138,31, valor R$8,57 menor do que aquele com a comparação dos contratos de todos
os anos.
Figura 19: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora e Hora-Salário) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Contudo, como pode ser visto na Figura 20, ao desabilitar-se o valor de Hora-
Salário, no painel de dados há aumento de 9,5% no valor de mercado (R$ 13,14 no valor
médio de hora). Como exposto anteriormente, para os contratos em que o
desenvolvimento de sistemas foi feito via contratação de profissionais em base de
pagamento de salário, a Fundação João Pinheiro fez a conversão de um valor fechado
em horas/homem. Uma vez que, para estes casos, o valor de homem/hora foi
sensivelmente mais baixo e esse não é o padrão mais comum de comercialização de
mercado, reafirmamos a sugestão de que ele não seja considerado nos momentos de
comparação.
26
Figura 20: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Na Figura 20, identifica-se, ao considerarmos apenas os contratos 2018 e 2019, a
diferença entre a média de valor de mercado e o preço PRODEMGE é acentuada em
R$ 2,92, totalizando R$ 20,18, de modo que os preços da empresa permanecem
sensivelmente mais altos que os encontrados nos demais contratos. A razão central
para tal diferença permanece sendo a consideração em relação às etapas de Concepção
e Elaboração cobrados pela PRODEMGE: a Figura 21 evidencia a discrepância de R$
63,64 entre os valores de mercado e os da empresa, divergência acentuada em R$ 4,66
se comparada com os contratos de mercado quando considerados os demais anos.
Entretanto, a Figura 22 já demonstra a conveniência de contratação da
PRODEMGE quando consideradas apenas as etapas de Codificação e Testes. Em
relação às etapas que consomem o maior volume de trabalho no desenvolvimento de
um software, os preços da PRODEMGE permanecem substancialmente mais baixos do
que os valores cobrados pelo mercado. A diferença, entretanto, é ligeiramente inferior
(R$ 2,67) do que aquela encontrada quando comparados todos os contratos: de R$
54,97, cai para R$ 52,30 o valor pró-PRODEMGE.
27
Figura 21: Comparação de Preços (Fases de Concepção e Elaboração) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 22: Comparação de Preços (Fases de Codificação e Testes) de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
A partir dos dados apresentados, fica claro que a oportunidade de contração da
PRODEMGE ou de uma empresa de mercado, ao considerar-se somente preços,
deverá ser pautada na clara especificação do volume de horas a ser gasto em cada
etapa do desenvolvimento de sistemas. Apenas à título de exemplo, a Figura 23, a
28
Figura 24, a Figura 25, a
Figura 26, a Figura 27 e a Figura 28 mostram cenários em que se comparam
contratos atuais da PRODEMGE (precificados pela empresa) com os preços da
Pesquisa FJP.
Figura 23: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE IPSEMG X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 24: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE IPSEMG X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 25: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEE X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
ANEXO I
2019
HORAS
CONTRATOPREÇO TOTAL ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
MÉDIA
PREÇO UNIT.
MÉDIA (sem
outlier)
PREÇO TOTALPREÇO TOTAL(sem
outlier)
CONCEPÇÃO R$ 248.00 0 R$ 0.00Analista de Negócio/Analistas de
Requisito SêniorR$ 174.87 R$ 157.20 R$ 0.00 R$ 0.00
ELABORAÇÃO R$ 184.00 1,933.11 R$ 355,692.24 Analista de Requisito Pleno R$ 174.61 R$ 156.84 R$ 337,540.34 R$ 303,188.97
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA R$ 184.00 120 R$ 22,080.00 Arquiteto de Sistema Pleno R$ 174.49 R$ 153.45 R$ 20,938.80 R$ 18,414.00
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO R$ 94.00 7,585.03 R$ 712,992.82 Desenvolvedor R$ 169.72 R$ 146.83 R$ 1,287,331.29 R$ 1,113,709.95
CONSTRUÇÃO - TESTE R$ 94.00 2,749 R$ 258,359.00 Testador/Analista de Teste R$ 167.31 R$ 151.26 R$ 459,851.54 R$ 415,738.11
TRANSIÇÃO R$ 184.00 186 R$ 34,224.00Analista de Operações/Gestor de
Configuração PlenoR$ 172.84 R$ 154.38 R$ 32,148.24 R$ 28,714.68
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO R$ 139.00 32 R$ 4,448.00 Analista de Requisito Júnior R$ 174.61 R$ 156.84 R$ 5,587.52 R$ 5,018.88
GERENCIAMENTO DE PROJETO R$ 246.00 428 R$ 105,288.00 Gerente de Projeto/Analista Sênior R$ 181.75 R$ 158.09 R$ 77,789.00 R$ 67,662.52
13,032.64 R$ 1,493,084.06 R$ 2,221,186.72 R$ 1,952,447.12
Diferença percentual entre o valor Prodemge e a média de mercado sem outlier e sem hora/homem (todos os anos): 30,77%
INF-003040/01 26/07/2018 a 25/05/2019 IPSEMG
SIMULAÇÃO COM O PREÇO DA TABELA VIGENTE PRODEMGE TABELA FJP
ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
ANEXO I
2019
HORAS
CONTRATOPREÇO TOTAL ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
MÉDIA
PREÇO UNIT.
MÉDIA (sem
outlier)
PREÇO TOTALPREÇO TOTAL(sem
outlier)
CONCEPÇÃO R$ 248.00 0 R$ 0.00Analista de Negócio/Analistas de
Requisito SêniorR$ 177.55 R$ 152.86 R$ 0.00 R$ 0.00
ELABORAÇÃO R$ 184.00 1,933.11 R$ 355,692.24 Analista de Requisito Pleno R$ 176.71 R$ 151.86 R$ 341,599.87 R$ 293,562.08
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA R$ 184.00 120 R$ 22,080.00 Arquiteto de Sistema Pleno R$ 179.82 R$ 155.60 R$ 21,578.40 R$ 18,672.00
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO R$ 94.00 7,585.03 R$ 712,992.82 Desenvolvedor R$ 166.76 R$ 147.48 R$ 1,264,879.60 R$ 1,118,640.22
CONSTRUÇÃO - TESTE R$ 94.00 2,749 R$ 258,359.00 Testador/Analista de Teste R$ 165.00 R$ 145.13 R$ 453,502.50 R$ 398,889.81
TRANSIÇÃO R$ 184.00 186 R$ 34,224.00Analista de Operações/Gestor de
Configuração PlenoR$ 176.71 R$ 151.86 R$ 32,868.06 R$ 28,245.96
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO R$ 139.00 32 R$ 4,448.00 Analista de Requisito Júnior R$ 176.71 R$ 151.86 R$ 5,654.72 R$ 4,859.52
GERENCIAMENTO DE PROJETO R$ 246.00 428 R$ 105,288.00 Gerente de Projeto/Analista Sênior R$ 196.33 R$ 154.57 R$ 84,029.24 R$ 66,155.96
13,032.64 R$ 1,493,084.06 R$ 2,204,112.39 R$ 1,929,025.55
Diferença percentual entre o valor Prodemge e a média de mercado sem outlier e sem hora/homem (contratos 2018 e 2019): 29,20%
INF-003040/01 26/07/2018 a 25/05/2019 IPSEMG
SIMULAÇÃO COM O PREÇO DA TABELA VIGENTE PRODEMGE TABELA FJP
ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
ANEXO I
2019
HORAS
CONTRATOPREÇO TOTAL ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
MÉDIA
PREÇO UNIT.
MÉDIA (sem
outlier)
PREÇO TOTALPREÇO TOTAL(sem
outlier)
CONCEPÇÃO R$ 248.00 195 R$ 48,360.00Analista de Negócio/Analistas de
Requisito SêniorR$ 174.87 R$ 157.20 R$ 34,099.65 R$ 30,654.00
ELABORAÇÃO R$ 184.00 1,212.0 R$ 223,008.00 Analista de Requisito Pleno R$ 174.61 R$ 156.84 R$ 211,627.32 R$ 190,090.08
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA R$ 184.00 422 R$ 77,648.00 Arquiteto de Sistema Pleno R$ 174.49 R$ 153.45 R$ 73,634.78 R$ 64,755.90
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO R$ 94.00 2,894 R$ 272,036.00 Desenvolvedor R$ 169.72 R$ 146.83 R$ 491,169.68 R$ 424,926.02
CONSTRUÇÃO - TESTE R$ 94.00 1,447 R$ 136,018.00 Testador/Analista de Teste R$ 167.31 R$ 151.26 R$ 242,097.57 R$ 218,873.22
TRANSIÇÃO R$ 184.00 632.0 R$ 116,288.00Analista de Operações/Gestor de
Configuração PlenoR$ 172.84 R$ 154.38 R$ 109,234.88 R$ 97,568.16
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO R$ 139.00 209 R$ 29,051.00 Analista de Requisito Júnior R$ 174.61 R$ 156.84 R$ 36,493.49 R$ 32,779.56
GERENCIAMENTO DE PROJETO R$ 246.00 277.0 R$ 68,142.00 Gerente de Projeto/Analista Sênior R$ 181.75 R$ 158.09 R$ 50,344.75 R$ 43,790.93
7,288.00 R$ 970,551.00 R$ 1,248,702.12 R$ 1,103,437.87
Diferença percentual entre o valor Prodemge e a média de mercado sem outlier e sem hora/homem (todos os anos): 13,69%
TABELA FJP
INF-003680/00 2018/2019 SEE
SIMULAÇÃO COM O PREÇO DA TABELA VIGENTE PRODEMGE
29
Figura 26: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEE X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 27: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEAP X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 28: Comparação de Preços Contrato PRODEMGE SEAP X Preço Simulado Tabela FJP para o Mesmo Contrato – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Observa-se, portanto, nos exemplos apresentados, que a oportunidade de
contratação da PRODEMGE dependerá do volume de horas computado em cada etapa
do processo de desenvolvimento de sistemas de informação.
ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
ANEXO I
2019
HORAS
CONTRATOPREÇO TOTAL ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
MÉDIA
PREÇO UNIT.
MÉDIA (sem
outlier)
PREÇO TOTALPREÇO TOTAL(sem
outlier)
CONCEPÇÃO R$ 248.00 195 R$ 48,360.00Analista de Negócio/Analistas de
Requisito SêniorR$ 177.55 R$ 152.86 R$ 34,622.25 R$ 29,807.70
ELABORAÇÃO R$ 184.00 1,212.0 R$ 223,008.00 Analista de Requisito Pleno R$ 176.71 R$ 151.86 R$ 214,172.52 R$ 184,054.32
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA R$ 184.00 422 R$ 77,648.00 Arquiteto de Sistema Pleno R$ 179.82 R$ 155.60 R$ 75,884.04 R$ 65,663.20
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO R$ 94.00 2,894 R$ 272,036.00 Desenvolvedor R$ 166.76 R$ 147.48 R$ 482,603.44 R$ 426,807.12
CONSTRUÇÃO - TESTE R$ 94.00 1,447 R$ 136,018.00 Testador/Analista de Teste R$ 165.00 R$ 145.13 R$ 238,755.00 R$ 210,003.11
TRANSIÇÃO R$ 184.00 632.0 R$ 116,288.00Analista de Operações/Gestor de
Configuração PlenoR$ 176.71 R$ 151.86 R$ 111,680.72 R$ 95,975.52
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO R$ 139.00 209 R$ 29,051.00 Analista de Requisito Júnior R$ 176.71 R$ 151.86 R$ 36,932.39 R$ 31,738.74
GERENCIAMENTO DE PROJETO R$ 246.00 277.0 R$ 68,142.00 Gerente de Projeto/Analista Sênior R$ 196.33 R$ 154.57 R$ 54,383.41 R$ 42,815.89
7,288.00 R$ 970,551.00 R$ 1,249,033.77 R$ 1,086,865.60
Diferença percentual entre o valor Prodemge e a média de mercado sem outlier e sem hora/homem (contratos 2018 e 2019): 11,98%
INF-003680/00 2018/2019 SEE
SIMULAÇÃO COM O PREÇO DA TABELA VIGENTE PRODEMGE TABELA FJP
ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
ANEXO I
2019
HORAS
CONTRATOPREÇO TOTAL ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
MÉDIA
PREÇO UNIT.
MÉDIA (sem
outlier)
PREÇO TOTALPREÇO TOTAL(sem
outlier)
CONCEPÇÃO R$ 248.00 188 R$ 46,624.00Analista de Negócio/Analistas de
Requisito SêniorR$ 174.87 R$ 157.20 R$ 32,875.56 R$ 29,553.60
ELABORAÇÃO R$ 184.00 1,045 R$ 192,280.00 Analista de Requisito Pleno R$ 174.61 R$ 156.84 R$ 182,467.45 R$ 163,897.80
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA R$ 184.00 2 R$ 368.00 Arquiteto de Sistema Pleno R$ 174.49 R$ 153.45 R$ 348.98 R$ 306.90
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO R$ 94.00 1,426 R$ 134,044.00 Desenvolvedor R$ 169.72 R$ 146.83 R$ 242,020.72 R$ 209,379.58
CONSTRUÇÃO - TESTE R$ 94.00 57 R$ 5,358.00 Testador/Analista de Teste R$ 167.31 R$ 151.26 R$ 9,536.67 R$ 8,621.82
TRANSIÇÃO R$ 184.00 122 R$ 22,448.00Analista de Operações/Gestor de
Configuração PlenoR$ 172.84 R$ 154.38 R$ 21,086.48 R$ 18,834.36
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO R$ 139.00 40 R$ 5,560.00 Analista de Requisito Júnior R$ 174.61 R$ 156.84 R$ 6,984.40 R$ 6,273.60
GERENCIAMENTO DE PROJETO R$ 246.00 86 R$ 21,156.00 Gerente de Projeto/Analista Sênior R$ 181.75 R$ 158.09 R$ 15,630.50 R$ 13,595.74
2,966 R$ 427,838.00 R$ 510,950.76 R$ 450,463.40
Diferença percentual entre o valor Prodemge e a média de mercado sem outlier e sem hora/homem (todos os anos): 5,29%
INF-002862/02 12/05/2018 a 11/05/2019 SEAP
SIMULAÇÃO COM O PREÇO DA TABELA VIGENTE PRODEMGE TABELA FJP
ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
ANEXO I
2019
HORAS
CONTRATOPREÇO TOTAL ITEM DE ORÇAMENTO
PREÇO UNIT.
MÉDIA
PREÇO UNIT.
MÉDIA (sem
outlier)
PREÇO TOTALPREÇO TOTAL(sem
outlier)
CONCEPÇÃO R$ 248.00 188 R$ 46,624.00Analista de Negócio/Analistas de
Requisito SêniorR$ 177.55 R$ 152.86 R$ 33,379.40 R$ 28,737.68
ELABORAÇÃO R$ 184.00 1,045 R$ 192,280.00 Analista de Requisito Pleno R$ 176.71 R$ 151.86 R$ 184,661.95 R$ 158,693.70
CONSTRUÇÃO - ARQUITETURA R$ 184.00 2 R$ 368.00 Arquiteto de Sistema Pleno R$ 179.82 R$ 155.60 R$ 359.64 R$ 311.20
CONSTRUÇÃO - CODIFICAÇÃO R$ 94.00 1,426 R$ 134,044.00 Desenvolvedor R$ 166.76 R$ 147.48 R$ 237,799.76 R$ 210,306.48
CONSTRUÇÃO - TESTE R$ 94.00 57 R$ 5,358.00 Testador/Analista de Teste R$ 165.00 R$ 145.13 R$ 9,405.00 R$ 8,272.41
TRANSIÇÃO R$ 184.00 122 R$ 22,448.00Analista de Operações/Gestor de
Configuração PlenoR$ 176.71 R$ 151.86 R$ 21,558.62 R$ 18,526.92
DOCUMENTAÇÃO DE USUÁRIO R$ 139.00 40 R$ 5,560.00 Analista de Requisito Júnior R$ 176.71 R$ 151.86 R$ 7,068.40 R$ 6,074.40
GERENCIAMENTO DE PROJETO R$ 246.00 86 R$ 21,156.00 Gerente de Projeto/Analista Sênior R$ 196.33 R$ 154.57 R$ 16,884.38 R$ 13,293.02
2,966 R$ 427,838.00 R$ 511,117.15 R$ 444,215.81
Diferença percentual entre o valor Prodemge e a média de mercado sem outlier e sem hora/homem (contratos 2018 e 2019): 3,83%
INF-002862/02 12/05/2018 a 11/05/2019 SEAP
SIMULAÇÃO COM O PREÇO DA TABELA VIGENTE PRODEMGE TABELA FJP
30
3.2. Resultados para Pesquisa de Preços da Família de Desenvolvimento de
Sítios precificada por Hora-Homem
No desenvolvimento de Sítios, os preços se mostram sempre mais vantajosos
para os casos de contratação da PRODEMGE. Esta realidade pode ser vista na Figura
29.
Figura 29: Comparação de Preços de Desenvolvimento de Sítios Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
No entendimento da Fundação João Pinheiro, essa realidade é observada pois,
no poder executivo do Estado de Minas Gerais, os órgãos e entidades são obrigados a
seguir padrões para a inserção de suas páginas na internet. Diante disso, a
PRODEMGE já desenvolveu a expertise e os frameworks necessários à construção de
sítios para os órgãos e entidades do executivo, fazendo com que ganhe em
produtividade para sua construção. Dessa forma, não é surpresa os preços mais
competitivos neste caso. A Figura 30 apresenta os valores apenas para os contratos dos
anos de 2018 e 2019.
31
Figura 30: Comparação de Preços de Desenvolvimento de Sítios Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Fábrica de Software; Homem Hora) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
3.3. Resultados para Pesquisa de Preços da Família de Desenvolvimento de
Sistemas por Ponto de Função
Por último, ao observar-se os preços para Ponto de Função, percebe-se que os
valores de mercado são bem mais vantajosos que aqueles praticados na PRODEMGE.
A Figura 31 (que considera os contratos de todos os anos) e a Figura 32 (que considera
apenas 2018 e 2019) deixam claro este cenário.
32
Figura 31: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Ponto de Função) – Contratos
de todos os anos
Fonte: elaborado pelos autores.
Figura 32: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (Ponto de Função) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: elaborado pelos autores.
No entendimento da Fundação João Pinheiro, a principal razão para tal
diferença encontra-se no fato da métrica ser usada essencialmente por fábricas de
software. Neste caso, empresas criam uma estrutura em que há um enorme volume de
profissionais dedicados à construção de softwares de clientes. Em função disso, ganha-
33
se escala e produtividade que nunca seriam acompanhadas por uma empresa como a
PRODEMGE.
O quadro pode levar à tentação, principalmente das unidades de controle
interno, de sugerir que todos os contratos da administração pública sejam feitos dessa
forma. A Fundação João Pinheiro contesta tal estratégia pelas seguintes razões:
A métrica de ponto de função é técnica e não possui metodologia única
de mensuração. As unidades de tecnologia da informação dos órgãos e
entidades do executivo estadual, com raras exceções, não possuem em
seu corpo servidores com treinamento para mensuração do esforço de
construção de software com base em pontos de função.
O uso mais comum das métricas de ponto de função é para as etapas de
codificação e testes de sistemas. É mais rara a sua utilização para as
etapas de concepção e arquitetura. Dessa forma, o trabalho de conceber
um sistema no governo com base nesse modelo tornar-se-ia mais
complexo.
Empresas contratantes de software sob demanda no mercado raramente
usam métricas de pontos de função. O esforço de controle é muito mais
caro do que o acompanhamento baseado em horas, tornando a aferição
do andamento dos projetos mais complexa. Geralmente quem contrata
Pontos de Função são as próprias empresas de software (fornecedoras de
soluções aos clientes) que precisam atender múltiplos consumidores.
Para fazê-lo, fecham pacotes de desenvolvimento com empresas
terceiras. Tal estratégia reduz custos, notadamente pela redução de
incidência de encargos trabalhistas.
Desta forma, entende-se que seria o caso da própria PRODEMGE contratar
fábricas de software para fazer parte das soluções de TI para o executivo estadual, como
a organização já o faz. Tal estratégia reduz os custos da empresa. Infere-se que,
exatamente em função disso, os preços das fases de codificação/teste são mais baixos
na PRODEMGE. Ainda assim, ressalta-se os esforços da PRODEMGE que, a partir de
iniciativas internas, vislumbra um aumento de produtividade suficiente para a
redução do valor do seu ponto de função para R$1.670,00.
34
3.4. Resultados para Hospedagem de Sistema em Mainframe
Saindo do caso de Desenvolvimento de Sistemas e Sítios e partindo para a
Hospedagem de Sistema em Mainframe, percebe-se um contexto em que uma
importante consideração precisa ser realizada antes mesmo de apresentarmos os
resultados da pesquisa propriamente ditos. A métrica de MIPs é a busca de uma
solução para atender às pesquisas de preços, obrigatórias na lei 8.666/1993, que
transforma um serviço sob demanda em item de prateleira. Em função disso, está
sujeita a uma grande probabilidade de imprecisão. Para explicar tal assertiva, vamos
citar novamente o caso concreto do contrato 8558-0044/2017 firmado entre o Banco do
Brasil e a IBM do Brasil.
Ao lermos este contrato, observamos que o objeto envolve o fornecimento de
113.665 MIPs de capacidade para o parque de processamento de Mainframe do Banco.
Conforme visto na Tabela 1, a menção mínima do uso de MIPs em um mês é de 7.365,
ao passo que, no mês de maior consumo, há a previsão de 23.937 MIPs. Para efeito de
comparação, basta afirmar que todo o ambiente da PRODEMGE não chega a 2.000
MIPs/mês.
Poder-se-ia imaginar, ao ler-se os parágrafos anteriores, que o preço de cada
MIP contratado pelo Banco do Brasil seria muito barato, em função do volume
adquirido. Contudo, entre os preços pesquisados pela FJP foi um dos mais caros,
perfazendo um valor de 5.280,42/MIP. Apenas para exemplificar, o valor de MIP da
PRODESP é de R$ 3.342,60.
Por que o volume aqui não significa redução brutal de preços? Exatamente por
não ser item de prateleira. Em função do tamanho, o ambiente da Caixa demanda,
atrelado ao fornecimento da capacidade de processamento, um volume muito maior
de serviços de operação e manutenção do ambiente em segurança. Desta forma, os
preços tornam-se mais altos em comparação com ambientes menores. Dito isso,
ressalta-se que a métrica é uma referência, mas não deve ser tratada como elemento
absoluto nas comparações.
É importante ressaltar que, até o fechamento desta edição do relatório, a
PRODEMGE ainda não havia definido seu preço para o serviço em questão em função
35
da mudança na metodologia de precificação da organização. Ainda assim,
apresentamos a seguir os resultados do levantamento realizado pela FJP.
A Figura 33 mostra que o preço médio de MIP no mercado foi de R$ 4.853,46. Já
a Figura 34 ilustra que o valor médio de mercado para cada GB cobrado no
armazenamento em Mainframe é de R$ 61,68. Por último, a Figura 35 evidencia que o
preço para cada GB de Backup feito em Mainframe tem um valor médio de mercado
de R$ 12,03. As figuras subsequentes apresentam os respectivos valores médios para
os contratos apenas de 2018 e 2019: R$4.426,43 para o preço médio do MIP e R$12,29
para preço para cada GB de Backup. O valor de mercado para cada GB cobrado no
armazenamento em Mainframe foi localizado apenas em um contrato quando
considerados apenas os anos de 2018 e 2019, totalizando o valor de R$36,92.
Figura 33: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE MIPS – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
36
Figura 34: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Hospedagem em Mainframe) – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 35: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Backup em Mainframe) – Contratos de todos os anos
Fonte: Elaborado pelos autores
37
Figura 36: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE MIPS – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 37: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Hospedagem em Mainframe) – Contratos 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
38
Figura 38: Comparação de Preços de Mercado X Preços PRODEMGE (GB Backup em Mainframe) – Contratos de 2018 e 2019
Fonte: Elaborado pelos autores
39
4. Conclusão
Este relatório representa a conclusão da primeira entrega do Projeto Pesquisa
de Preços PRODEMGE. Nela foi realizada a comparação para as famílias de Sistemas
de Informação, Desenvolvimento de Sítios e Hospedagem de Sistema em Mainframe.
A partir de uma metodologia robusta, conseguimos produzir um trabalho confiável e
de alta qualidade. Além do relatório, os dados completos podem ser consultados de
forma dinâmica por meio de painel em BI disponível em
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZWYxZjE0OGEtYjI2Ny00OWM3LWE3N
GYtOTE5YzM5OThhOTUxIiwidCI6IjIzMmU1ZDlmLTM2ZWUtNDA3ZS1hMWU1L
TU2MWYyMTUxOTRjYiIsImMiOjh9. Já os dados considerando apenas os contratos
dos anos de 2018 e 2019 se encontram disponíveis no seguinte link:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiOWMyYTU1YWQtYTYyNy00OGM0LThi
YzAtZDcyZGYxZjQ3NzcyIiwidCI6IjIzMmU1ZDlmLTM2ZWUtNDA3ZS1hMWU1L
TU2MWYyMTUxOTRjYiIsImMiOjh9.
Importante consideração deve ser feita sobre os resultados da pesquisa. Eles são
uma relevante ferramenta para garantir a contratação mais efetiva e econômica à
administração pública do poder executivo mineiro. Por meio dos dados levantados,
pode-se comparar a competitividade dos preços da PRODEMGE e prover melhores
condições de preço aos órgãos e entidades, notadamente em um momento de
restrições financeiras como o atual.
Contudo, é vital entender que a composição de preços de soluções de TI não se
limita ao valor contratual. É muito comum no governo mineiro um órgão decidir
contratar no mercado uma solução de TI e depois internalizar a sua manutenção na
PRODEMGE. Dessa forma, paga duas vezes: a primeira para desenvolver e a segunda
para internalizar. Assim, ao invés de economizar, gasta duas vezes. Ademais, são
comuns os casos de aquisição de soluções de TI desconsiderando as dificuldades
posteriores para integração de tecnologias e arquitetura de dados. O resultado será,
por certo, gastos futuros maiores.
Por fim, mas não menos importante, qualquer pesquisa tem limitações
metodológicas. Não há como chegar a comparações precisas pelos diversos fatores já
expostos diante das mais diversas metodologias de desenvolvimento de softwares
40
existentes. Ainda assim, a pesquisa de preço permitirá importante balizamento para
as contratações de soluções de TIC no governo de Minas Gerais.
41
Anexo I - Lista de Ocupações e Sinônimos CBO
Ocupação (CBO) Descrição sumária (MTE) Formação e Experiência (MTE) Sinônimo do CBO
(MTE)
Diretor de serviços de informática
Planejam e coordenam atividades de tecnologia de informação e de serviços de informática, definindo objetivos, metas, riscos, projetos, necessidades dos clientes e acompanhando tendências tecnológicas; dirigem e administram equipes, delegando autoridade e aperfeiçoando perfil e desempenho da equipe e fornecedores; controlam qualidade e eficiência do serviço; implementam serviços e produtos; prestam contas, reportando andamento dos projetos, riscos, resultados de rentabilidade e pesquisas de satisfação aos acionistas, clientes, funcionários, fornecedores e sociedade; organizam recursos humanos, materiais e financeiros.
Para ingressar nesse emprego/ocupação, é necessário nível superior completo. A formação profissional é feita na prática, onde exige-se mais de cinco anos de experiência profissional na área de gerência.
Diretor de informática
Diretor de tecnologia
Diretor de tecnologia da informação
Gerente de desenvolvimento de sistemas
Gerenciam projetos e operações de serviços de tecnologia da informação. Identificam oportunidades de aplicação dessa tecnologia, planejam atividades na área de tecnologia da informação.
Essas ocupações são exercidas por pessoas com escolaridade de ensino superior, tanto em nível de bacharelado quanto de tecnologia. Podem seguir ainda cursos básicos, além de constantes cursos de especialização e aperfeiçoamento. O exercício pleno das funções ocorre após o período de cinco anos de experiência profissional.
Gerente de programação de sistema
42
Ocupação (CBO) Descrição sumária (MTE) Formação e Experiência (MTE) Sinônimo do CBO
(MTE)
Gerente de produção de tecnologia da informação
Gerenciam projetos e operações de serviços de tecnologia da informação. Identificam oportunidades de aplicação dessa tecnologia, planejam atividades na área de tecnologia da informação.
Essas ocupações são exercidas por pessoas com escolaridade de ensino superior, tanto em nível de bacharelado quanto de tecnologia. Podem seguir ainda cursos básicos, além de constantes cursos de especialização e aperfeiçoamento. O exercício pleno das funções ocorre após o período de cinco anos de experiência profissional.
Gerente de operação de tecnologia da informação
Gerente de projetos de tecnologia da informação
Gerenciam projetos e operações de serviços de tecnologia da informação. Identificam oportunidades de aplicação dessa tecnologia, planejam atividades na área de tecnologia da informação.
Essas ocupações são exercidas por pessoas com escolaridade de ensino superior, tanto em nível de bacharelado quanto de tecnologia. Podem seguir ainda cursos básicos, além de constantes cursos de especialização e aperfeiçoamento. O exercício pleno das funções ocorre após o período de cinco anos de experiência profissional.
-
Gerente de suporte técnico de tecnologia da informação
Gerenciam projetos e operações de serviços de tecnologia da informação. Identificam oportunidades de aplicação dessa tecnologia, planejam atividades na área de tecnologia da informação.
Essas ocupações são exercidas por pessoas com escolaridade de ensino superior, tanto em nível de bacharelado quanto de tecnologia. Podem seguir ainda cursos básicos, além de constantes cursos de especialização e aperfeiçoamento. O exercício pleno das funções ocorre após o período de cinco anos de experiência profissional.
-
Tecnólogo em gestão da tecnologia da informação
Gerenciam projetos e operações de serviços de tecnologia da informação. Identificam oportunidades de aplicação dessa tecnologia, planejam atividades na área de tecnologia da informação.
Essas ocupações são exercidas por pessoas com escolaridade de ensino superior, tanto em nível de bacharelado quanto de tecnologia. Podem seguir ainda cursos básicos, além de constantes cursos de especialização e aperfeiçoamento. O exercício pleno das funções ocorre após o período de cinco anos de experiência profissional.
Tecnólogo em gestão de sistema de informação
43
Ocupação (CBO) Descrição sumária (MTE) Formação e Experiência (MTE) Sinônimo do CBO
(MTE)
Engenheiro de aplicativos em computação
Projetam soluções em tecnologia da informação, identificando problemas e oportunidades, criando protótipos, validando novas tecnologias e projetando aplicativos em linguagem de baixo, médio e alto nível. Implementam soluções em tecnologia da informação, gerenciam ambientes operacionais, elaboram documentação, fornecem suporte técnico e organizam treinamentos a usuários.
Para o acesso às ocupações requer-se curso superior completo de engenharia da computação ou área afim. Podem ser portadores de certificações homologadas por instituições reconhecidas pelo mercado e/ou títulos de especialização e pós-graduação. Para o engenheiro de aplicativos e o engenheiro de equipamentos de computação, o desempenho pleno das atividades ocorre após um a dois anos de experiência. No caso do engenheiro de sistemas de computação, o pleno exercício ocorre entre quatro e cinco anos de experiência profissional.
Engenheiro de sistemas computacionais - aplicativos
Engenheiro de softwares computacionais
Engenheiros de sistemas operacionais em computação
Projetam soluções em tecnologia da informação, identificando problemas e oportunidades, criando protótipos, validando novas tecnologias e projetando aplicativos em linguagem de baixo, médio e alto nível. Implementam soluções em tecnologia da informação, gerenciam ambientes operacionais, elaboram documentação, fornecem suporte técnico e organizam treinamentos a usuários.
Para o acesso às ocupações requer-se curso superior completo de engenharia da computação ou área afim. Podem ser portadores de certificações homologadas por instituições reconhecidas pelo mercado e/ou títulos de especialização e pós-graduação. Para o engenheiro de aplicativos e o engenheiro de equipamentos de computação, o desempenho pleno das atividades ocorre após um a dois anos de experiência. No caso do engenheiro de sistemas de computação, o pleno exercício ocorre entre quatro e cinco anos de experiência profissional.
Engenheiro de software computacional básico
Engenheiro de suporte de sistemas operacionais em computação
44
Ocupação (CBO) Descrição sumária (MTE) Formação e Experiência (MTE) Sinônimo do CBO
(MTE)
Analista de desenvolvimento de sistemas
Desenvolvem e implantam sistemas informatizados dimensionando requisitos e funcionalidade dos sistemas, especificando sua arquitetura, escolhendo ferramentas de desenvolvimento, especificando programas, codificando aplicativos. Administram ambiente informatizado, prestam suporte técnico ao cliente, elaboram documentação técnica. Estabelecem padrões, coordenam projetos, oferecem soluções para ambientes informatizados e pesquisam tecnologias em informática.
Para o exercício profissional dessas ocupações, requer-se curso superior completo, em nível de bacharelado ou tecnologia. Podem, também, obter formação específica por meio de cursos de qualificação, com carga horária entre duzentas e quatrocentas horas. A experiência profissional prévia requerida dos titulares para o exercício pleno das atividades é de um a dois anos, incluindo o tempo de estágio. Em função da inovação tecnológica, a permanência no mercado de trabalho requer atualização contínua dos profissionais.
Analista de sistemas (informática)
Analista de sistemas para internet
Analista de sistemas web (webmaster)
Consultor de tecnologia da informação
Tecnólogo em análise de desenvolvimento de sistema
Tecnólogo em processamento de dados
Tecnólogo em sistemas para internet
Analista de redes e de comunicação de dados
Desenvolvem e implantam sistemas informatizados dimensionando requisitos e funcionalidade dos sistemas, especificando sua arquitetura, escolhendo ferramentas de desenvolvimento, especificando programas, codificando aplicativos. Administram ambiente informatizado, prestam suporte técnico ao cliente, elaboram documentação técnica. Estabelecem padrões, coordenam projetos, oferecem soluções para ambientes informatizados e pesquisam tecnologias em informática.
Para o exercício profissional dessas ocupações, requer-se curso superior completo, em nível de bacharelado ou tecnologia. Podem, também, obter formação específica por meio de cursos de qualificação, com carga horária entre duzentas e quatrocentas horas. A experiência profissional prévia requerida dos titulares para o exercício pleno das atividades é de um a dois anos, incluindo o tempo de estágio. Em função da inovação tecnológica, a permanência no mercado de trabalho requer atualização contínua dos profissionais.
Analista de comunicação (teleprocessamento)
Analista de rede
Analista de telecomunicação
45
Ocupação (CBO) Descrição sumária (MTE) Formação e Experiência (MTE) Sinônimo do CBO
(MTE)
Analista de sistemas de automação
Desenvolvem e implantam sistemas informatizados dimensionando requisitos e funcionalidade dos sistemas, especificando sua arquitetura, escolhendo ferramentas de desenvolvimento, especificando programas, codificando aplicativos. Administram ambiente informatizado, prestam suporte técnico ao cliente, elaboram documentação técnica. Estabelecem padrões, coordenam projetos, oferecem soluções para ambientes informatizados e pesquisam tecnologias em informática.
Para o exercício profissional dessas ocupações, requer-se curso superior completo, em nível de bacharelado ou tecnologia. Podem, também, obter formação específica por meio de cursos de qualificação, com carga horária entre duzentas e quatrocentas horas. A experiência profissional prévia requerida dos titulares para o exercício pleno das atividades é de um a dois anos, incluindo o tempo de estágio. Em função da inovação tecnológica, a permanência no mercado de trabalho requer atualização contínua dos profissionais.
-
Analista de suporte computacional
Desenvolvem e implantam sistemas informatizados dimensionando requisitos e funcionalidade dos sistemas, especificando sua arquitetura, escolhendo ferramentas de desenvolvimento, especificando programas, codificando aplicativos. Administram ambiente informatizado, prestam suporte técnico ao cliente, elaboram documentação técnica. Estabelecem padrões, coordenam projetos, oferecem soluções para ambientes informatizados e pesquisam tecnologias em informática.
Para o exercício profissional dessas ocupações, requer-se curso superior completo, em nível de bacharelado ou tecnologia. Podem, também, obter formação específica por meio de cursos de qualificação, com carga horária entre duzentas e quatrocentas horas. A experiência profissional prévia requerida dos titulares para o exercício pleno das atividades é de um a dois anos, incluindo o tempo de estágio. Em função da inovação tecnológica, a permanência no mercado de trabalho requer atualização contínua dos profissionais.
Analista de suporte de banco de dados
Analista de suporte de sistema
Analista de suporte técnico
46
Ocupação (CBO) Descrição sumária (MTE) Formação e Experiência (MTE) Sinônimo do CBO
(MTE)
Analista de informações (pesquisador de informações de rede)
Disponibilizam informação em qualquer suporte; gerenciam unidades como bibliotecas, centros de documentação, centros de informação e correlatos, além de redes e sistemas de informação. Tratam tecnicamente e desenvolvem recursos informacionais; disseminam informação com o objetivo de facilitar o acesso e geração do conhecimento; desenvolvem estudos e pesquisas; realizam difusão cultural; desenvolvem ações educativas. Podem prestar serviços de assessoria e consultoria.
O exercício dessas ocupações requer bacharelado em biblioteconomia e documentação. A formação é complementada com aprendizado tácito no local de trabalho e cursos de extensão.
Pesquisador de informações de rede
47
Anexo II – Lista de Ocupações CBO e Grandes Áreas
Ocupação (CBO) Nome da grande área (CBO)
Diretor de serviços de informática
Planejar atividades de tecnologia da informação
Dirigir equipes
Coordenar projetos
Implementar serviços e produtos
Controlar qualidade e eficiência do serviço
Gerente de desenvolvimento de sistemas
Gerenciar operação de serviços de tecnologia da informação
Gerir projetos de tecnologia da informação
Identificar oportunidades de aplicação de tecnologia da informação
Planejar atividades de tecnologia da informação
Administrar equipes
Gerente de produção de tecnologia da informação
Gerenciar operação de serviços de tecnologia da informação
Gerir projetos de tecnologia da informação
Identificar oportunidades de aplicação de tecnologia da informação
Planejar atividades de tecnologia da informação
Administrar equipes
Gerenciar operação de serviços de tecnologia da informação
Gerir projetos de tecnologia da informação
Identificar oportunidades de aplicação de tecnologia da informação
Planejar atividades de tecnologia da informação
Administrar equipes
Gerente de suporte técnico de tecnologia da informação
Gerenciar operação de serviços de tecnologia da informação
Gerir projetos de tecnologia da informação
Identificar oportunidades de aplicação de tecnologia da informação
Planejar atividades de tecnologia da informação
Administrar equipes
Tecnólogo em gestão da tecnologia da informação
Gerenciar operação de serviços de tecnologia da informação
Gerir projetos de tecnologia da informação
Identificar oportunidades de aplicação de tecnologia da informação
Planejar atividades de tecnologia da informação
Administrar equipes
48
Ocupação (CBO) Nome da grande área (CBO)
Engenheiro de aplicativos em computação
Projetar soluções em tecnologia de informação
Implementar soluções em tecnologia de informação
Gerenciar ambiente operacional
Elaborar documentação
Fornecer suporte técnico
Organizar treinamento de usuários
Engenheiros de sistemas operacionais em computação
Projetar soluções em tecnologia de informação
Implementar soluções em tecnologia de informação
Gerenciar ambiente operacional
Elaborar documentação
Fornecer suporte técnico
Organizar treinamento de usuários
Analista de desenvolvimento de sistemas
Desenvolver sistemas de tecnologia da informação
Administrar ambiente de tecnologia da informação
Prestar suporte técnico ao cliente/usuário
Elaborar documentação de sistemas de tecnologia da informação
Estabelecer padrões para ambiente de tecnologia da informação
Oferecer soluções para ambientes de tecnologia da informação
Pesquisar inovações em tecnologia da informação
Analista de redes e de comunicação de dados
Desenvolver sistemas de tecnologia da informação
Administrar ambiente de tecnologia da informação
Prestar suporte técnico ao cliente/usuário
Elaborar documentação de sistemas de tecnologia da informação
Estabelecer padrões para ambiente de tecnologia da informação
Oferecer soluções para ambientes de tecnologia da informação
Pesquisar inovações em tecnologia da informação
49
Ocupação (CBO) Nome da grande área (CBO)
Analista de sistemas de automação
Desenvolver sistemas de tecnologia da informação
Administrar ambiente de tecnologia da informação
Prestar suporte técnico ao cliente/usuário
Elaborar documentação de sistemas de tecnologia da informação
Estabelecer padrões para ambiente de tecnologia da informação
Oferecer soluções para ambientes de tecnologia da informação
Pesquisar inovações em tecnologia da informação
Analista de suporte computacional
Desenvolver sistemas de tecnologia da informação
Administrar ambiente de tecnologia da informação
Prestar suporte técnico ao cliente/usuário
Elaborar documentação de sistemas de tecnologia da informação
Estabelecer padrões para ambiente de tecnologia da informação
Oferecer soluções para ambientes de tecnologia da informação
Pesquisar inovações em tecnologia da informação
Analista de informações (pesquisador de informações de rede)
Disponibilizar informação em qualquer suporte
Gerenciar unidades, redes e sistemas de informação
Tratar tecnicamente recursos informacionais
Desenvolver recursos informacionais
Disseminar informação
Desenvolver estudos e pesquisas
Prestar serviços de assessoria e consultoria
Desenvolver ações educativas
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