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RELATÓRIO E CONTAS 2018
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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2018
Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 4 de abril de 2019
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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ÍNDICE
I. Relatório do Conselho de Administração .......................................................................................... 3
I.1 Atividade desenvolvida .................................................................................................................... 3
I.1.1 FINOVA ....................................................................................................................................... 7
I.1.2 FACCE ....................................................................................................................................... 26
I.1.3 FSCR PME-IAPMEI ................................................................................................................... 27
I.1.4 Fundo de Coinvestimento 200M ............................................................................................. 27
I.1.5 Fundo para a Inovação Social ................................................................................................ 29
I.1.6 Comunicação e Marketing ...................................................................................................... 29
I.1.7 Área Jurídica e de Compliance .............................................................................................. 30
I.1.8 Organização e Recursos Humanos ....................................................................................... 32
I.2. Plano de atividades para 2019 ........................................................................................................ 33
I.3. Cumprimento das Orientações Legais .......................................................................................... 45
I.4. Situação económica e financeira ................................................................................................... 61
I.5. Agradecimentos ............................................................................................................................... 65
I.6. Proposta de Aplicação de Resultados .......................................................................................... 65
II Demonstrações Financeiras .......................................................................................................... 67
II.1. Balanço em 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................... 68
II.2. Demonstração de Resultados em 31 de dezembro de 2018 ..................................................... 69
II.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 .................................................................................................................................................. 70
II.4 Demonstração das Alterações do Capital Próprio nos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 ................................................................................................................................. 71
II.5 Demonstração de Rendimento Integral nos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 .................................................................................................................................................. 72
II.6 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras do Exercício Findo em 31 de dezembro de 2018 ............................................................................................................................................. 73
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I. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
I.1 Atividade desenvolvida
Comemorámos em 2018 dez anos de atividade de gestão de Linhas de Crédito bonificadas e
garantidas, num total de vinte duas, que fizeram chegar à economia mais de 19 mil milhões de
euros de financiamento bancário.
Congratulamo-nos pela confiança depositada pelas entidades financiadoras que nos atribuem
estas funções, nomeadamente a Tutela Setorial e o IAPMEI, e reafirmamos o nosso
empenhamento numa participação ativa e de maior valor acrescentado na montagem e
operacionalização destes instrumentos de dívida.
Saudamos também o Sistema Nacional de Garantia Mútua e as Instituições de Crédito
protocoladas, parceiros cruciais na operacionalização dos produtos de dívida, cuja intervenção
é determinante para o seu sucesso, e expressamos o nosso propósito de consolidação destas
parcerias de longa data, assente num trabalho diário de efetiva cooperação, promovendo a
conjugação de esforços no sentido de melhorar a eficiência e eficácia destes instrumentos.
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Prosseguindo um programa plurianual de linhas de crédito garantidas e bonificadas, destinadas
à melhoria das condições de financiamento da economia, destaca-se em 2018 o lançamento e
gestão da Linha Capitalizar 2018, com um plafond de 1.600 M€, que, apesar de uma redução da
intensidade dos apoios públicos que lhe estão associados, regista um nível de procura
importante, especialmente no segmento das micro e pequenas empresas, cujo plafond
inicialmente definido se encontra tomado ao fim de 7 meses. Na sequência dos danos
provocados pelo Furacão Leslie, a PME Investimentos promoveu o lançamento e
operacionalização de uma Linha de Crédito no valor de 10 M€ destinada a apoiar o investimento
e a tesouraria de empresas que foram afetadas por esta intempérie.
Motivo de especial regozijo em 2018, a captação para a esfera da gestão da Sociedade de dois
instrumentos de política pública especializados, mobilizando fundos comunitários do Portugal
2020, o Fundo de Coinvestimento 200M e o Fundo para a Inovação Social (FIS)
Em maio de 2018, a Sociedade foi designada como entidade gestora do Fundo de Coinvestimento
200M, criado pelo Decreto-Lei n.º 126-C/2017, de 6 de outubro, vocacionado para promover o
desenvolvimento de startups científicas e tecnológicas, através de um modelo de coinvestimento com
parceiros privados, nacionais e internacionais.
Com esta iniciativa, a Sociedade vê o universo dos seus stakeholders alargado aos Programas
Operacionais Regionais das Regiões Norte, Centro e Alentejo dotadores do Fundo de Capital &
Quase-Capital, gerido pela IFD – Instituição Financeira para o Desenvolvimento, S.A.. A estas
entidades manifestamos o nosso apreço pela parceria estabelecida e o nosso empenhamento
na execução deste instrumento de acordo com os objetivos de política pública que lhe estão
subjacentes.
Na verdade, na fase de lançamento e operacionalização do Fundo, a Sociedade assegurou a
elaboração dos regulamentos necessários ao seu funcionamento, definiu e implementou o processo
de receção e análise de propostas de investimento, desenvolveu modelos de acompanhamento dos
investimentos e de reporte aos stakeholders e promoveu de forma bastante ativa o Fundo junto de
potenciais investidores e do meio empresarial, com ações que se multiplicaram a vários níveis, desde
a participação em eventos até à publicitação através dos media.
Corolário destas ações e tendo iniciado a aceitação de candidaturas no mês de setembro, a
Sociedade rececionou até ao final do ano 4 candidaturas, que globalmente representam um valor
superior a 30 milhões de euros de investimento na economia portuguesa, dos quais cerca de 11
milhões de euros a financiar pelo Fundo de Coinvestimento 200M. Foi ainda possível concretizar em
2018 a primeira operação de coinvestimento numa empresa da área de Life Science, no valor total de
10 milhões de euros, dos quais 50% cofinanciados pelo Fundo.
Quanto ao Fundo para a Inovação Social e no culminar de contactos desenvolvidos nos últimos
anos com a Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, a PME Investimentos foi convidada
pelo COMPETE 2020 - Programa Operacional Competitividade e Inovação para se candidatar
às entidade gestora do Fundo.
A elaboração desta candidatura implicou a sistematização da experiência acumulada da
Sociedade na operacionalização, gestão e acompanhamento de instrumentos financeiros de
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capital e dívida, bem como no estabelecimento de parcerias com intermediários financeiros e
coinvestidores, ficando desde logo sinalizados os princípios de atuação e metodologias a
prosseguir na gestão, acompanhamento e divulgação do FIS.
Estando em causa uma iniciativa no âmbito da economia social que incorpora produtos da área
de dívida e de capital, a sua nomeação como entidade gestora do Fundo foi motivo de enorme
satisfação para a Sociedade que, desde logo, mobilizou as suas equipas especializadas para a
operacionalização deste Fundo.
Iremos assim promover este novo projeto de instrumentos financeiros, com uma candidatura no
valor global de 82 milhões de euros, agora sob a Tutela do Ministério do Planeamento, financiado
pelo COMPETE 2020 e pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cujos
fundos serãoveiculados pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, como detentor da
totalidade de capital do FIS, entidades às quais expressamos o nosso empenhamento no
estabelecimento e consolidação de parcerias que contribuam para o sucesso deste projeto.
Por via destes dois novos fundos sob gestão, a Sociedade vê alargadas as suas áreas de
atuação, sendo mais uma vez reconhecidas as suas competências específicas na gestão de
instrumentos de política pública destinados ao financiamento das empresas portuguesas.
Ao mesmo tempo, a Sociedade prossegue a atividade de acompanhamento dos projetos e
operações que integram as carteiras sob gestão, que, pelo seu volume, diversidade e
especificidade, são bastantes exigentes, requerendo um esforço continuado de investimento em
sistemas de informação e automatização de procedimentos, que sustentem uma melhoria dos
seus níveis de eficiência, do sistema de controlo e uma maior qualidade do serviço prestado.
No que respeita ao acompanhamento, merece destaque a atividade de desinvestimento,
particularmente consumidora de recursos afetos à gestão do FACCE, facto justificado pelo
caráter retalhista deste Fundo, pela quantidade de processos em curso, nalguns casos
enquadrados em situações de contencioso que exigem também um maior envolvimento de
assessoria jurídica, quer interna, quer externa
No Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI assinala-se a venda de uma
participação em mercado secundário pelo valor de 2,9 milhões de euros, com um múltiplo de 16x
face ao custo de aquisição, e o facto de o Portugal Venture Capital Initiative (PVCi), em
simultâneo com a manutenção do programa de investimentos e correspondentes chamadas de
realização de capital, ter dado início ao processo de reembolso de capital aos seus participantes,
operações que geraram um encaixe financeiro líquido para o fundo de cerca de 1 milhão de
euros.
Situação similar se observa nos Fundos Revitalizar que realizaram 8 investimentos (entre novas
operações e reforços) e 24 operações de desinvestimento (entre alienações e reembolsos), no
montante de, respetivamente, 12 milhões de euros e de 13,9 milhões de euros. tendo o Fundo
Revitalizar Centro, gerido pela Oxy Capital, procedido em setembro de 2018, à devolução de
1.250.000 euros, ao FINOVA.
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Relativamente à carteira de participações do FINOVA em Fundos de Capital de Risco mantêm-
se os processos de desinvestimento por parte das entidades gestoras. Ainda que globalmente
estes desinvestimentos não tenham gerado mais-valias, alguns FCR (nomeadamente o FCR Ask
Celta, o FCR Fast Change II, o FCR Capital Criativo, o FCR Novabase Capital Inovação e
Internacionalização e o FCR PME/Novo Banco) alcançaram resultados muito satisfatórios
nalgumas operações de desinvestimento, que atingiram os dois dígitos de rentabilidade.
Em termos das Entidades Veículo de Business Angels apoiadas pelo FINOVA, estas prosseguem
os seus programas de acompanhamento e desinvestimento das participações detidas em
carteira.
Do ponto de vista da organização societária, cumpre realçar que, em adaptação ao novo quadro
regulatório, procedeu-se em 2018 à implementação das regras relativas ao Regulamento Geral
de Proteção de Dados Pessoais e ao desenho das políticas de prevenção de branqueamento de
capitais e de combate ao financiamento do terrorismo da PME Investimentos, bem como à
definição dos correspondentes procedimentos internos, visando um reforço do ambiente de
controlo interno que previna eficazmente a exposição da Sociedade a riscos associados a estes
temas.
Ainda a este nível, regista-se que o modelo organizacional e de gestão de recursos humanos foi
objeto de atualização, tendo-se procedido à revisão do Regulamento de Remunerações e
Carreiras, procurando adequá-lo ao normativo legal vigente nesta matéria e à realidade da PME
Investimentos.
Uma nota final para o desempenho económico positivo registado em 2018, com o apuramento de um
resultado líquido num valor próximo dos 3 milhões de euros, superior em 8% ao orçamentado,
prosseguindo-se uma política de racionalização de recursos e contenção de custos de exploração
que, no seu cômputo global, ficaram 8% abaixo do valor previsto.
Para 2019, a Sociedade manterá um forte empenho na promoção dos instrumentos sob gestão,
abraçando com um enorme entusiasmo os desafios inerentes à sua gestão e monitorização, e
continuará a procurar captar para a esfera da sua atuação novas iniciativas com vista a dinamizar e
promover o alargamento da oferta de instrumentos financeiros de política pública às empresas,
apostando na competitividade, empreendedorismo, inovação e internacionalização do setor
empresarial português.
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15 anos de experiência na gestão de instrumentos financeiros
A figura seguinte ilustra o impacto na economia dos instrumentos geridos pela PME
Investimentos:
I.1.1 FINOVA
No decurso de 2018, o capital subscrito do FINOVA registou um aumento de 54 milhões de euros,
fixando-se no final do ano em 1.001 milhões de euros, dos quais 852 milhões de euros já se
encontram realizados.
No que respeita aos instrumentos de dívida, o capital subscrito registou um aumento de 57 M€.
Paralelamente à subscrição de compromissos associados às Linhas de Crédito para Apoio a
Empresas Afetadas pelos Incêndios de 2017, Capitalizar e Capitalizar 2018, num total de 138
M€, registaram-se reduções de capital por incorporação de bonificações relativas às Linhas PME
Investe III, V e VI no valor de 44 M€, bem como uma redução de 37 M€ nas Linhas PME Investe
IV e Crescimento resultante da libertação de dotações de capital do FCGM que não se mostraram
necessárias face ao nível de contragarantias executadas e foram afetas à cobertura de
necessidades das Linhas Capitalizar.
As realizações de capital efetuadas pelo IAPMEI em 2018 ascenderam a 32 M€ afetos às várias
edições das Linhas de Crédito PME Crescimento e Capitalizar, bem como à Linha para Apoio às
Empresas Afetadas pelos Incêndios de 2017.
Nos instrumentos de capital registou-se apenas uma redução de 2,6 M€, correspondente à
liquidação do projeto do Fundo de Capital de Risco Patris.
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A repartição dos fundos por tipologia de produtos, entidades financiadoras e origem dos fundos
encontra-se evidenciada no quadro seguinte:
Os instrumentos de dívida mobilizam 801 milhões de euros, correspondentes a 80% do capital
do FINOVA, com financiamento maioritariamente nacional, num total de 752 milhões de euros.
Os fundos comunitários correspondentes à intervenção do COMPETE e dos Programas
Operacionais Regionais de Lisboa e Algarve, no financiamento das Linhas de Crédito PME
Investe QREN I e II, após as reduções registadas, ascendem a 49 milhões de euros.
Aos instrumentos de capital encontram-se afetos 200 milhões de euros, neste caso quase que
integralmente financiados com fundos comunitários.
O IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P., com uma participação de 934
milhões de euros, é a entidade participante maioritária, detendo 93,3% do capital do Fundo. O
Turismo de Portugal, I.P., financiador de 3 linhas de crédito e promotor de um projeto de capital
de risco, detém uma participação de 40 milhões de euros, a AICEP - Agência para o Investimento
e Comércio Externo de Portugal, EPE, também com intervenção num fundo de capital de risco,
investiu 7 milhões de euros e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., cofinanciando
a Linha de Crédito PME Investe III para micro e pequenas empresas, detém uma participação
de 20 milhões de euros.
Considerando que os instrumentos de dívida integram o mecanismo de garantia prestada pelo
Sistema Nacional de Garantia Mútua, que tem associada a necessidade de capitalização do
Fundo de Contragarantia Mútuo, o FINOVA é o principal dotador deste instrumento, com um
valor global de 439 milhões de euros, correspondentes a 55% do seu capital.
(M€)
IAPMEI 698 46 744
TP 34 3 37
IEFP 20 0 20
IAPMEI 3 187 190
TP 0 3 3
AICEP 0 7 7
Total 755 246 1 001
Linhas de Crédito e Seguros
Capital de Risco
InstrumentoEntidade
Financiadora
Fundos Públicos
Nacionais
Fundos
Comunitários
(SAFPRI)
Total do Capital
Capital do FINOVA
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No final de 2018, a PME Investimentos mantinha sob gestão 22 Linhas de Crédito, garantidas e
bonificadas em parceria com a Banca e com o Sistema Nacional de Garantia Mútua, com o
objetivo de facilitar o acesso das PME ao crédito bancário e melhorar as suas condições de
financiamento.
Após 10 anos de gestão de Linhas de Crédito destacam-se os indicadores:
O valor dos empréstimos concedidos pela Banca continua em contração significativa, atingindo
no final de 2018 um novo mínimo de cerca de 55 mil milhões de euros, enquanto a carteira de
crédito vivo ao abrigo das Linhas de Crédito se mantém num valor próximo dos 4 mil milhões de
euros, desde 2013.
A comparação entre a evolução dos empréstimos concedidos a PME pela Banca e o valor dos
financiamentos vivos ao abrigo destas Linhas de Crédito ilustra a importância deste instrumento:
LINHAS DE CRÉDITO GERIDAS PELA SOCIEDADE
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De salientar que, segundo informação do Banco de Portugal, o crédito concedido a PME nos
últimos 6 anos registou uma quebra de 30%, ao invés da quota das Linhas de Crédito geridas
pela PME Investimentos que evidencia uma tendência crescente, atingindo um novo máximo de
7,9% no último trimestre de 2018.
Os indicadores da atividade de análise e enquadramento de operações registaram a seguinte
evolução:
Em 2018, foram rececionadas 20.883 candidaturas, representando em termos acumulados um
aumento de 8% face a 2017.
Crédito Bancário a PME vs Financiamentos Linhas de Crédito
Operações de Financiamento - Entradas
+ 8%
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As operações enquadradas durante o ano ascenderam a 17.697, representando um aumento de
9% face ao valor acumulado no final do ano anterior.
Para este comportamento foi determinante a procura registada nas Linhas de Crédito Capitalizar.
O ano de 2018 foi marcado pelo encerramento em agosto passado da Linha de Crédito
Capitalizar, dando lugar à Linha de Crédito Capitalizar 2018.
Na data do encerramento e após 18 meses de vigência, a Linha Capitalizar atingiu uma utilização
de 165% do seu plafond inicial, com 2.636 milhões de euros de financiamentos aprovados.
Operações de Financiamento - Enquadradas
+ 9%
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Os financiamentos ao abrigo da Linha Capitalizar foram concedidos maioritariamente a empresas
dos setores do comércio e indústria. As regiões norte e centro do país absorveram 1.900 milhões
de euros de financiamento, correspondendo a cerca de 72% do valor da Linha de Crédito.
As empresas apoiadas por este instrumento são maioritariamente Micro, Pequenas e Médias
Empresas, que consumiram 96% do valor disponibilizado nesta Linha de Crédito.
Decorridos apenas 5 meses desde o seu lançamento, no final de 2018, a procura da Linha de
Crédito Capitalizar 2018 revela-se intensa, ultrapassando os 600 milhões de euros de
financiamentos aprovados.
Linha Capitalizar - Indicadores
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Na edição de 2018 da Linha Capitalizar, observa-se um ritmo crescente da procura, tendo sido
aprovados em média 120 milhões de euros de financiamento por mês.
De realçar o bom desempenho da Linha Específica para Micro e Pequenas Empresas, que viu
os montantes máximos de financiamento por empresa duplicarem face aos limites que vigoravam
inalterados desde 2009, podendo as micro e pequenas empresas aceder a 50.000 e 100.000
euros, respetivamente.
Salienta-se que mais de 50% das operações enquadradas, beneficiaram da majoração destes
plafonds.
Linha Capitalizar 2018 – Procura
Linha Capitalizar 2018 – Procura Mensal
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Neste contexto, o número médio de operações sob gestão registou um aumento de 4,33%, face
ao ano anterior, totalizando 84.000 operações.
O ano de 2018 foi ainda marcado pelo lançamento de uma Linha de Crédito para apoio a
empresas afetadas pelo furacão Leslie e pelos incêndios que deflagraram na região de
Monchique em agosto de 2018, no valor de 10 milhões de euros, com objetivo de financiamento
de necessidades de investimento e de fundo de maneio associados ao relançamento da
atividade.
Num esforço contínuo de melhorar a eficiência do sistema de reporte instituído junto das
Instituições de Crédito e Sociedades de Garantia Mútua, a Sociedade mantém uma relação
próxima com estas entidades, tendo implementados procedimentos de reconciliação de
informação originada pelos diferentes operadores que permitem verificar a consistência dos
dados reportados e detetar falhas de informação.
No decurso de 2018 e tendo em consideração o objetivo de encerramento provisório da Linha III do
Setor do Turismo e das Linhas PME Investe V e VI, os trabalhos de reconciliação incidiram
fundamentalmente sobre operações destas Linhas de Crédito, tendo-se procedido a reduções de
capital, por incorporação de bonificações liquidadas, num valor global de 44 milhões de euros.
De salientar que as reduções de capital operadas por via de incorporação de bonificações
liquidadas atingem em 31 de dezembro de 2018 um valor acumulado de 280 milhões de euros,
representando cerca de 59% do total de bonificações pagas até à data.
Paralelamente e apesar de o Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM) não registar reduções de
capital, com o encerramento dos projetos associados às Linhas de Crédito e porque as
contragarantias vivas assumem um caráter residual e, consequentemente, o trabalho de
acompanhamento é também ele residual, as correspondentes dotações de capital do Fundo deixam
de ser ponderadas para efeitos de cálculo da comissão de gestão, a cobrar pela PME Investimentos.
A 31 de dezembro de 2018, encontram-se nesta situação cerca de 273 milhões de euros, respeitantes
às Linhas PME Investe I a VI e Linha de Seguros de Crédito, que correspondem a cerca de 62% da
participação detido pelo FINOVA no capital do FCGM à mesma data.
Ao nível do acompanhamento das operações vivas deve ainda salientar-se a manutenção de uma
estreita articulação com as entidades protocoladas, tendo em vista a disponibilização de informação
mais atualizada sobre o valor das operações efetivamente contratadas e os seus níveis de utilização.
Consequentemente, no final de 2018, a taxa de contratação reportada fixou-se em 97% e os
reportes de utilização processados evidenciam taxas de utilização de 98%.
No decurso de 2018, foram processados 33 milhões de euros de bonificações, num total
acumulado de 465 milhões de euros.
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No decurso de 2018, o IAPMEI realizou cerca de 32 milhões de euros de capital do FINOVA, valor
que foi insuficiente para fazer face ao pagamento pontual de bonificações de comissões de garantia
cobradas pelas Sociedades de Garantia Mútua. Esta situação, bem como o pagamento de comissões
de gestão à PME Investimentos, foram regularizados no decurso do mês de janeiro de 2019, após
realização adicional de capital por parte do IAPMEI no valor 8,6 milhões de euros.
No âmbito das atividades de acompanhamento, destaca-se também a área de incumprimentos e
correspondente execução de garantias, fatores que dão origem à cessação de bonificações.
As taxas de incumprimento protocolar e de garantias executadas nas Linhas de Crédito mantêm-se
inferiores ao rácio de crédito vencido apurado pelo Banco de Portugal, conforme evidenciado no
gráfico seguinte.
De acordo com informação disponibilizada pelo Sistema de Garantia Mútua, o valor das
contragarantias acionadas totalizava, no final de 2018, 375 milhões de euros, correspondentes
a uma taxa de sinistralidade de 4,35%.
No final de 2018, registavam-se incumprimentos em 19.787 das cerca de 212.000 operações
contratadas até 31 de dezembro, com um capital em dívida de cerca de 1.218 milhões de euros.
dez-2017 mar-2018 jun-2018 set-2018 dez-2018Variação
Dez 17/Dez 18
Número (*) 1.347.342 1.347.489 1.347.992 1.348.073 1.348.169 827
Valor 175,2 M€ 175,2 M€ 175,2 M€ 175,2 M€ 175,2 M€ ,04 M€
Número (*) 2.578.812 2.669.584 2.750.808 2.840.013 2.927.302 348.490
Valor 256,7 M€ 265,0 M€ 273,0 M€ 281,2 M€ 289,6 M€ 32,9 M€
(*) Número de prestações processadas
Bonificações processadas
IC
Bonificações processadas
SGM (*)
Bonificações Processadas
Evolução da Taxa de Incumprimento
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Numa perspetiva de avaliar a existência de desconformidades no processo de enquadramento das
operações que é delegado nas Instituições de Crédito que comercializam estes produtos, a PME
Investimentos promove um programa anual de verificações, cujo âmbito e natureza são definidos pelo
Conselho Geral do FINOVA.
À semelhança do aconteceu no ano anterior, a Sociedade lançou e assegurou integralmente, sem
recurso a subcontratação, a realização de trabalhos de verificação das condições de elegibilidade
para uma amostra de cerca de 500 operações contratadas ao abrigo da Linha PME Crescimento
2015.
Prosseguindo uma política de investimento contínuo nos sistemas de informação, em 2018, para além
dos desenvolvimentos necessários ao lançamento de 2 novas Linhas de Crédito, vários módulos
foram objeto de atualização, destacando-se ainda dois novos projetos, um para geração de ficheiros
para integração automática na contabilidade do FINOVA, e outro correspondente à reformulação do
módulo de registo de apoios de minimis, de forma a acomodar as alterações introduzidas pela Agência
para o Desenvolvimento e Coesão.
A PME Investimentos mantém um diagnóstico atualizado da execução financeira dos projetos das
Linhas de Crédito e da reavaliação dos custos associados aos mesmos, aspetos que se tornaram
mais prementes no contexto mais recente, em que as necessidades de tesouraria do FINOVA são
aferidas em função da execução efetiva e com uma margem de segurança mínima.
Assim sendo e depois de em 2015 e 2016 se ter procedido à reafetação de verbas disponíveis no
FINOVA num valor próximo dos 150 milhões para financiamento de novas iniciativas desta natureza,
não se antecipa que num futuro próximo seja possível recorrer de novo a este mecanismo, que não
seja por via de reafetação de verbas disponíveis no FCGM.
dez-15 dez-16 mar-17 jun-17 set-17 dez-17 mar-18 jun-18 set-18 dez-18
Número Operações 15.806 17.296 17.814 18.151 18.394 18.651 18.908 19.227 19.498 19.787
Capital em Divida 1.014 M€ 1.107 M€ 1.127 M€ 1.146 M€ 1.159 M€ 1.171 M€ 1.186 M€ 1.199 M€ 1.210 M€ 1.218 M€
Taxa Incumprimento 7,34% 7,10% 7,05% 7,02% 6,88% 6,77% 6,72% 6,64% 6,56% 6,45%
Registo de Incumprimentos - Evolução Histórica (2015-2018)
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Ainda que com um âmbito bastante restrito, existem alguns instrumentos de dívida financiados através
do FINOVA que não são geridos pela PME Investimentos, sendo que, nestes casos, são
estabelecidos circuitos de comunicação com as respetivas entidades gestoras, tendo em vista a
disponibilização de informação que permita o acompanhamento da execução destes projetos.
Neste âmbito, destaca-se a Linha de Apoio à Recuperação Empresarial da Região da Madeira, gerida
pelo IDE-RAM, que se mantém em fase de execução, justificando acompanhamento, nomeadamente
ao nível da validação dos pagamentos efetuados pela entidade gestora da Linha, para efeitos de
libertação de verbas para pagamentos de bonificações.
Até final de 2018 foram realizadas 7 tranches, no valor total de 6,8 milhões de euros, e desenvolver-
se-ão esforços junto do IDE-RAM no sentido de, ainda este ano, serem libertadas duas novas
tranches no valor de 2,4 milhões de euros, com eventual possibilidade de encerramento do projeto.
Não se antecipa necessidade de o IAPMEI realizar novas dotações de capital do FINOVA para
afetação a este instrumento, em que se estima que os custos não ultrapassem o valor já realizado de
capital de 10,2 milhões de euros.
Adicionalmente, encontra-se ainda em vigor a Linha de Adiantamento de Incentivos lançada em
meados de 2016, que regista um nível de procura bastante baixo que à data de 31 de dezembro de
2018 correspondia à emissão de garantias no valor de 5,2 milhões de euros associadas a apenas 20
projetos apoiados com Incentivos no âmbito do Portugal 2020. Não havendo ainda registos de
execução de contragarantias, é expetável que uma parcela bastante significativa dos 6,8 milhões de
euros da dotação do FCGM que lhe está afeta possa vir a ser realocada a outros instrumentos.
Os Instrumentos Financeiros de Capital apoiados por Fundos Comunitários no âmbito do FINOVA
encontram-se em plena fase de acompanhamento e desinvestimento, levando a que a PME
Investimentos concentre a sua atividade no acompanhamento das carteiras de participações detidas
por esses Instrumentos de Capital, nomeadamente:
▪ Analisando o enquadramento dos novos investimentos concretizados por alguns Fundos de
Capital de Risco (FCR);
▪ Analisando e acompanhando os processos de desinvestimento realizados pelos FCR e pelas
Entidades Veículo apoiadas ao abrigo das Linhas de Financiamento a Business Angels;
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA GERIDOS POR TERCEIROS
CAPITAL DE RISCO
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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▪ Efetuando pontos de situação sistemáticos (através dos relatórios de acompanhamento e de
reuniões periódicas) com as Entidades Gestoras dos 18 FCR e com as Entidades Veículo,
relativamente à evolução dos Instrumentos de Capital e de cada uma das suas participadas,
com enfoque em situações críticas/relevantes (contribuindo, nesses casos e com base na
experiência detida, com sugestões de melhoramento);
▪ Analisando detalhadamente o nível e a qualidade da aplicação dos montantes investidos pelos
Instrumentos de Capital nas suas participadas, por forma a aferir situações de
desconformidade.
Adicionalmente, manteve-se o reporte semestral às Autoridades de Gestão dos Programas
Operacionais Financiadores, tendo-se aprofundando o detalhe de reporte de informação
relativamente à execução dos projetos apoiados, bem como da evolução das participações detidas
pelos respetivos instrumentos financeiros.
− Fundos de Capital de Risco (“FCR”)
Ao abrigo dos Avisos de Abertura de Concurso nº 01 a 04 / SAFPRI / 2009 foram constituídos 18
Fundos de Capital de Risco (FCR) de várias tipologias (Inovação e Internacionalização, Corporate
Ventures, Pré-Seed e Early Stages), cujo período de execução se iniciou em 2010 e terminou em
dezembro de 2015 com resultados muito satisfatórios, correspondentes a taxas de utilização de capital
realizado superiores a 90% (destacando-se quatro fundos, que usaram 100% ou mais do seu capital,
tendo as utilizações excedentes sido suportadas por rendimentos provenientes de juros de aplicações
e de desinvestimentos entretanto ocorridos).
Durante o referido período de execução, estes fundos participados pelo FINOVA concretizaram
operações de investimento em 120 PME, com um total de investimento de cerca de 113 milhões de
euros, permitindo a criação de cerca de 500 empregos e a manutenção de mais de 1.200 postos de
trabalho.
Importa referir ainda que embora o período de execução dos Fundos de Capital de Risco tenha
terminado, estes podem ainda concretizar novos investimentos ou o reforço de investimentos detidos
em carteira (utilizando para tal os excedentes de tesouraria ou o resultado dos desinvestimentos),
desde que respeitem a política de investimento inicial. Neste sentido, em 2018, procedeu-se à análise
de enquadramento de reforços de investimento em participadas detidas em carteira, efetuados por 2
Fundos no valor total de cerca de 50 mil euros.
No que respeita a desinvestimentos, apenas um dos FCR apoiados pelo FINOVA ainda não iniciou o
seu ciclo de desinvestimentos, sendo que os demais já concluíram alguns processos de
desinvestimento, quer por via da aplicação do definido contratualmente (nomeadamente em termos
de reembolso de tranches de suprimentos), quer através de oportunidades de desinvestimento
ocorridas, ou ainda através vendas aos promotores. Em termos globais, o montante conseguido
nestes processos de desinvestimento, durante o ano de 2018, ascende a cerca de 3,4 milhões de
euros, para um valor de custo de aquisição na ordem dos 6,8 milhões de euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Em termos acumulados, o montante efetivamente conseguido pelos FCR nos processos de
desinvestimento ascende a cerca de 23,35 milhões de euros, para um valor de custo de aquisição na
ordem dos 34 milhões de euros. Salienta-se que alguns FCR alcançaram resultados muito
satisfatórios nalgumas operações de desinvestimento (nomeadamente o FCR Ask Celta, o FCR Fast
Change II, o FCR Capital Criativo, o FCR Novabase Capital Inovação e Internacionalização e o FCR
PME/Novo Banco), tendo obtido rentabilidades na ordem dos dois dígitos.
Salienta-se ainda que durante o ano de 2018, os FCR ASK Capital e ASK Celta efetuaram reduções
de capital, tendo o FINOVA recebido um montante total que rondou os 287 mil euros.
Em resultado dos investimentos e desinvestimentos concretizados ao longo dos 8 anos de vida dos
FCR apoiados pelo FINOVA, a carteira total de participações destes, reportada a 31 de dezembro de
2018, ascendia a um montante de investimento de cerca de 84 milhões de euros em 86 PME.
Em termos de localização dos projetos
apoiados, destacam-se as Regiões Norte e
Centro como recetoras da maioria do volume
de investimento (88% do montante investido
correspondente a 74 milhões de euros).
No que respeita a setores de atividade,
encontram-se representados todos os setores
abrangidos pelo SAFPRI, destacando-se
áreas dos Serviços, com 69% do volume de
investimento (57,5 milhões de euros).
Características do Investimento dos FCR
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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No que se refere à dimensão das empresas
apoiadas, destaca-se um forte apoio a Micro
empresas (48%), com cerca de 40 milhões de
euros de investimento.
− Linhas de Financiamento - Business Angels (“BA”)
A Linha de Financiamento a BA (Linha BA) e a Linha de Financiamento a Operações desenvolvidas
por BA (Nova Linha), lançadas, respetivamente em dezembro de 2010 e fevereiro de 2014,
terminaram o seu ciclo de investimento em 2 de dezembro de 2015, com níveis de execução muito
satisfatórios (Linha BA – 95% execução | Nova Linha – 100% execução).
Ao longo de todo o período de execução, o FINOVA concedeu 307 financiamentos a 55 Entidades
Veículo (EV) diferentes, num valor total de 29,28 milhões de euros, que permitiram apoiar 158 PME
com um montante global de investimento de 45,6 milhões de euros . Este investimento permitiu criar
cerca de 400 empregos e assegurar mais de 420 postos de trabalho.
Salienta-se ainda que as duas Linhas de Financiamento a BA permitiram a mobilização da
comunidade de Business Angels portuguesa para o investimento em startups (as EV apoiadas pelo
FINOVA são detidas por mais de 200 Business Angels), com a injeção de capital privado na ordem
dos 16 milhões de euros.
Não havendo novos investimentos financiados pelo FINOVA, em 2018 a atividade da Sociedade
centrou-se no acompanhamento das carteiras de participações detidas pelas EV apoiadas, bem como
nos desinvestimentos concretizados. A este nível, durante o exercício em apreço, os desinvestimentos
concretizados pelas EV originaram pagamentos ao FINOVA no valor total de cerca de 300 mil euros,
correspondendo a 544 mil euros de valor de financiamento concedido.
Em termos acumulados, cerca de metade das EV apoiadas pelo FINOVA no âmbito das duas Linhas
de Financiamento já concretizaram processos de desinvestimento, tendo o FINOVA recebido
globalmente, cerca de 818 mil euros de reembolsos de financiamentos concedidos. Este montante é
amplamente influenciado pelas características assimétricas desta tipologia de Instrumentos de
Capital, que permitem, por um lado, que as EV sejam ressarcidas de até 3% dos seus custos
operacionais incorridos, e por outro, que os Business Angels sejam ressarcidos assimetricamente face
ao FINOVA. Caso não existissem assimetrias nem houvesse lugar à comparticipação de custos das
EV, em resultado dos desinvestimentos verificados até ao final de 2018, o FINOVA receberia um
montante próximo dos 2,5 milhões de euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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No final de 2018, a carteira total de participações das Entidades Veículo apoiadas pelo FINOVA no
âmbito das duas Linhas de Financiamento correspondia a investimentos na ordem dos 41 milhões de
euros, dos quais 26 milhões de euros financiados pelo FINOVA.
Do montante total de investimento, 33 milhões
de euros foram canalizados para empresas de
Micro dimensão, tendo as de Pequena
dimensão absorvido um montante de 7,8
milhões de euros. O montante investido nas
empresas de Média dimensão não
ultrapassou os 300 mil euros.
Por outro lado, o setor preponderante é o dos
Serviços, que absorveu 28,4 milhões de euros
de investimento, logo seguido do setor do
Comércio (5,4 milhões de euros) e da Indústria
(3,6 milhões de euros).
Salienta-se ainda que os investimentos
efetuados pelas EV detidas pelos BA se
distribuem pelas regiões Norte, Centro e
Alentejo, destacando-se ligeiramente a região
do Alentejo, cujo valor investido ascende a
15,5 milhões de euros, sendo logo seguida
pela região Norte (com 14,7 milhões de euros
de volume de investimento).
Características das Participadas
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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− Fundos de Capital de Risco Revitalizar
Durante o ano de 2018, a PME Investimentos, como entidade gestora do FINOVA, fundo participante,
juntamente com 7 instituições de crédito, dos três Fundos de Capital de Risco Revitalizar, constituídos em
2013, os Fundos de Capital de Risco Norte, Centro e Sul, continuou a desenvolver a sua atividade de
acompanhamento próximo da gestão destes Fundos.
Este acompanhamento foi realizado através de uma forte proximidade com as entidades gestoras dos três
fundos, a saber, a Explorer Investments, a Oxy Capital e a Capital Criativo e traduziu-se nas seguintes
ações:
• na análise de enquadramento, de acordo com as regras definidas para os Fundos, de
todas as operações de investimento, propostas em 2018, pelas sociedades e que
englobaram investimentos em novos projetos e reforços de investimentos em empresas
já participadas.
• na representação do FINOVA e exercício dos respetivos direitos de voto, em todos os
Comités Consultivos e Assembleias de Participantes, convocados pelas respetivas
entidades gestoras dos três fundos.
• na análise dos reportes trimestrais e anuais e de acompanhamento da atividade dos
fundos e da performance das respetivas empresas participadas.
• na promoção de reuniões com as entidades gestoras dos fundos, para esclarecimento
de dúvidas sobre os temas de acompanhamento, sempre que tal se revelou necessário.
Nesse âmbito, a PME Investimentos analisou e acompanhou as operações propostas e realizadas pelos
três Fundos Revitalizar, sendo que, em 2018, os Fundos Revitalizar realizaram 8 investimentos (entre novas
operações e reforços) e 24 operações de desinvestimento (entre alienações e reembolsos), no montante
de, respetivamente, 12 milhões de euros e de 13,9 milhões de euros.
Durante esse ano, foi também enquadrado e analisado o pedido apresentado conjuntamente pelas três
entidades gestoras, no sentido de ser estendido o período de investimento destes fundos, por um período
adicional de cerca de quatro meses (até final de 2019), tendo a PME Investimentos estabelecido os contatos
necessários com as entidades públicas financiadoras dos Fundos Revitalizar, no sentido de ser obtida
autorização para tal adiamento.
De referir que este pedido de autorização acabou por não ser aprovado, apesar de ter sido obtida a
concordância das entidades financiadoras públicas, por não ter merecido acolhimento positivo por parte de
algumas das entidades bancárias participantes dos Fundos Revitalizar.
Enquadrou-se também, no âmbito das funções da PME Investimentos, o acompanhamento do 1º processo
de devolução de capital encetado por um dos Fundos, o Fundo Revitalizar Centro, gerido pela Oxy Capital,
que procedeu em setembro de 2018, à devolução de 1.250.000 euros, ao FINOVA.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Os três Fundos de Capital de Risco Revitalizar foram constituídos com um montante global de subscrição
de 220 milhões de euros, sendo a participação do FINOVA de 110 milhões de euros (50% do montante de
subscrição) e o montante remanescente subscrito pela Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco, Banco BPI,
Banco Comercial Português, BANIF, Montepio Geral e Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.
De agosto de 2013 (data da constituição dos Fundos) até 2 de dezembro de 2015 (término do período de
execução) os Fundos realizaram investimentos em 98 empresas PME’s, num montante total de 204,5
milhões de euros:
Em termos dos projetos apoiados, o maior volume de investimento
foi canalizado para o setor da Indústria (91 milhões de euros de
investimento), logo seguido por um grande apoio ao setor dos
Serviços, que absorveu cerca de 54 milhões de euros, e às
empresas do setor do Turismo, onde chegaram 36,7 milhões de
euros.
No que se refere à dimensão das empresas apoiadas, a
maioria do investimento foi canalizada para empresas de
Média dimensão (107 milhões de euros), correspondendo
as empresas de Micro dimensão a projetos de startups,
onde foram investidos cerca de 25 milhões de euros.
O investimento concretizado durante o período de execução permitiu criar mais de 500 empregos e
assegurar cerca de 3.500 postos de trabalho já existentes.
(m€)
FCR Capital Subscrito Capital Realizado Investimento Nº PME
FCR Revitalizar Norte 80.000 80.000 75.000 30
FCR Revitalizar Centro 80.000 80.000 80.600 42
FCR Revitalizar Sul 60.000 56.000 48.935 26
Total 220.000 216.000 204.535 98
Capital Subscrito, Realizado e Aplicado dos Fundos Revitalizar
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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O período de investimento estabelecido pelo Regulamento de Gestão dos Fundos Revitalizar compreende
um período de 6 anos, iniciado na data de constituição do fundo (agosto de 2013), pelo que, após a data
limite definida para o período de execução (dezembro de 2015) e até agosto de 2019 ainda é possível às
sociedades gestoras dos fundos apresentar novas operações de investimento desde que tal investimento
seja realizado pela reaplicação dos fundos desinvestidos.
Desta forma, os Fundos ainda realizaram, durante os anos de 2016, 2017 e 2018, operações de
investimento adicionais, pelo que, em valores agregados, desde a data de constituição dos Fundos (agosto
de 2013) e até 31.12.2018, foram realizados investimentos em 101 empresas com um valor global de 228,2
milhões de euros, com a seguinte distribuição:
Em simultâneo, e também desde a data de constituição dos Fundos e até 31.12.2018, foram já realizados
desinvestimentos (entre alienações, reembolsos de empréstimos, nomeadamente suprimentos e/ou de
prestações acessórias), no montante de 60,1 milhões de euros, repartidos entre:
FCR Nº de empresas
Montante de
Investimento desde
início do Fundo
FCR Revitalizar Norte 33 81 000 000
FCR Revitalizar Centro 42 97 600 000
FCR Revitalizar Sul 26 49 640 000
Total 101 228 240 000
FCR Nº operações
Montante de
desinvestimento desde
início do Fundo
FCR Revitalizar Norte 9 12 759 845
FCR Revitalizar Centro 24 37 886 648
FCR Revitalizar Sul 13 9 526 770
Total 46 60 173 263
Investimentos e Desinvestimentos dos Fundos Revitalizar
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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A 31.12.2018, a carteira dos Fundos Revitalizar é constituída por 73 empresas, com um montante total de
investimento de 176,3 milhões de euros, com a seguinte distribuição geográfica:
Esta carteira encontra-se repartida, maioritariamente por Pequenas e Médias Empresas, dos setores da
Indústria e Serviços:
FCR Nº de empresas % Valor de Investimento %
FCR Revitalizar Norte 29 40% 67 389 823 38%
FCR Revitalizar Centro 20 27% 67 892 006 39%
FCR Revitalizar Sul 24 33% 41 028 608 23%
Total 73 100% 176 310 437 100%
Carteira dos Fundos Revitalizar a 31.12.2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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I.1.2 FACCE
Durante o ano de 2018, a PME Investimentos, na sua qualidade de entidade gestora do FACCE – Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas, concentrou a sua atividade no desenvolvimento de duas vertentes distintas de ações, em sintonia com o estado de maturidade deste Fundo, que, em 2019, fará 10 anos:
• Uma vertente ligada ao acompanhamento da
performance das empresas participadas que
fazem parte do portfolio da carteira atual do
Fundo e
• Uma segunda vertente ligada ao
desinvestimento progressivo, com o objetivo
de maximizar o retorno para o FACCE dos
montantes investidos nas várias empresas
apoiadas:
(i) nos termos consagrados nos Acordos Parassociais, assinados com os acionistas promotores dos projetos apoiados e
(ii) em termos alternativos, identificados quando tal se apresenta necessário e a situação assim o exiga, para permitir a concretização dos desinvestimentos.
Tendo em vista a monitorização dos investimentos e eventual tomada de medidas de ajustamento,
sempre que considerado necessário, foram acompanhadas de perto as decisões tomadas pelos
Conselhos de Administração das empresas participadas, quer pelo exercício do papel de observador
quer pela nomeação de pessoas externas para exercício das funções de Observador Externo /
Administrador / Interim Shareholder Advisor
Relativamente à promoção de ações para concretização dos desinvestimentos e recuperação dos
montantes investidos pelo Fundo, e após períodos alargados de negociação e análise e validação de
complexos processos contratuais, foi possível concretizar o desinvestimento de duas empresas
participadas, assinado um contrato de promessa de compra e venda, para alienação da participação
do Fundo de outra empresa participada, foi exercido o direito de put option relativamente a quatro
investimentos e realizadas negociações com os respetivos acionistas alvo da put option;
Por fim, de referir ter sido também realizado o acompanhamento dos processos jurídico/contenciosos
que se encontram a decorrer relativamente a quatro empresas que haviam sido alvo de investimento
pelo FACCE.
Desta forma, a carteira de participadas do Fundo, que no início de 2018 correspondia a 12 empresas
ativas, terminou, no final de 2018 com um total de 9 empresas ao qual acresce a participação na
Reditus que se encontra no processo de venda a prazo já referido.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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I.1.3 FSCR PME-IAPMEI
Durante o ano de 2018 manteve-se o programa de investimentos do Portugal Venture Capital Initiative
(PVCi), tendo sido efetuadas duas chamadas de capital, cujo valor total para o FSCR PME-IAPMEI
ascendeu a 1,46 milhões de euros. Paralelamente, o PVCi iniciou o processo de reembolso de capital
aos seus participantes, em resultado de desinvestimentos concretizados pelos fundos em que
participa, tendo sido atribuído ao FSCR PME-IAPMEI o montante aproximado de 2,57 milhões de
euros. A carteira de participações do PVCi corresponde a investimentos em 7 fundos de capital de
risco, com um montante realizado de 85 milhões de euros. Estes fundos, cuja dimensão total ascende
a 484 milhões de euros, concretizaram investimentos em 51 empresas num montante total de 345
milhões de euros.
Relativamente à restante carteira de participações do FSCR PME-IAPMEI, durante o ano de 2018 foi
efetuada a alienação de uma participada, com um múltiplo de 16x face ao custo de aquisição, através
de um processo de venda em mercado secundário (Plataforma NASDAQ Private Market). Acresce
ainda a venda de um lote de ações de uma participada afeta ao Programa NEST, bem como o
recebimento parcial de um refinanciamento concedido pelo FSCR PME-IAPMEI. Globalmente, os
desinvestimentos efetuados durante o ano de 2018 resultaram em recebimentos, para o FSCR PME-
IAPMEI, na ordem dos 2,9 milhões de euros.
No final do ano de 2018 a carteira do FSCR PME-IAPMEI era composta por participações em 3
empresas e em 2 fundos, e por créditos a operadores de capital de risco, que globalmente
representam um investimento na ordem dos 15 milhões de euros (dos quais 10,2 milhões de
euros correspondem à participação no PVCi).
I.1.4 Fundo de Coinvestimento 200M
Tendo sido selecionada como Entidade Gestora do Fundo de Coinvestimento 200M, através de
procedimento concursal e nomeada através de Despacho dos Gabinetes do Ministro da Economia e
do Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, a PME Investimentos, após a celebração,
em maio de 2018, do Acordo de Financiamento com o participante do Fundo (o FC&QC gerido pela
IFD), desenvolveu e implementou todos os procedimentos e mecanismos necessários ao lançamento
do Fundo, tendo em vista o cumprimento das prioridades e objetivos definidos pelas entidades
financiadoras deste Instrumento de política pública, elaborando:
▪ Regulamentos de funcionamento do Fundo, nomeadamente Regulamento de Gestão,
Regulamento do Comité de Investimento e metodologia de admissão e seleção de
candidaturas, aprovados em Conselho Geral do Fundo 200M;
▪ Manuais de procedimentos respeitantes aos workflows associados aos processos de análise
de investimentos, acompanhamento de participadas e análise de desinvestimentos.
Paralelamente, foram definidos diversos modelos de acompanhamento e reporte, tais como:
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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▪ Modelos de acompanhamento a implementar junto dos coinvestidores e das empresas
investidas, que permitam, detalhadamente, monitorizar a evolução dos investimentos, os
desvios existentes e o cumprimento de objetivos de execução, de desempenho e de resultado;
▪ Modelos de reporte à entidade participante, ao Comité de Investimento, ao Conselho Geral e
aos demais stakeholders do Fundo de Coinvestimento 200M, que possibilitem a estas
entidades o acompanhamento do cumprimento dos objetivos e prioridades existentes, bem
como da execução das políticas públicas definidas.
Por outro lado, iniciou-se um trabalho de automação de processos e informatização deste produto
financeiro, materializado pelo desenvolvimento de:
▪ Um novo software informático com as caraterísticas associadas à gestão de um fundo como
o 200M, tendo em vista que os processos inerentes ao investimento, acompanhamento e
desinvestimento de participadas sejam simplificados e tornados mais eficientes, bem como
que toda a informação operacional esteja mais acessível, podendo ser tratada de forma mais
eficaz;
▪ Um portal web, disponibilizado via website do Fundo de Coinvestimento 200M, que constitui
uma plataforma de gestão de investimentos, permitindo a apresentação de candidaturas de
forma totalmente desmaterializada, contribuindo para a desburocratização dos procedimentos
de candidatura, e para um reforço das práticas ambientais / sustentáveis da atividade da PME
Investimentos.
Desde que foi designada como Entidade Gestora do Fundo de Coinvestimento 200M, a PME
Investimentos tem efetuado, de forma relevante, a promoção e divulgação do Fundo junto de
potenciais investidores e do meio empresarial (nomeadamente potenciais empresas beneficiárias,
incubadoras, aceleradoras e outras entidades relevantes), tendo em vista a captação de operações
de coinvestimento.
Sendo o Fundo de Coinvestimento 200M um fundo especialmente dirigido a investidores estrangeiros,
importa enfatizar a necessidade e o esforço acrescido com vista à divulgação fora de Portugal deste
instrumento. A destacar a divulgação do Fundo nos eventos: Lisbon Investment Summit; Venture
Summit; Web Summit; Conferência Blockchain; Lisbon Tourism Summit; Portugal Talks “Investment
in Tech”- Embaixada de Portugal em Londres, FNABA Business Angels Summit. Também no âmbito
da divulgação acrescem ações de comunicação nos seguintes meios de comunicação social:
Expresso (caderno de economia); JN (Suplemento Especial Startups); JE (Especial Fim de Ano).
Adicionalmente foram realizados inúmeros contactos com potenciais coinvestidores, nacionais e
internacionais, e com potenciais beneficiários finais do Fundo, no sentido de dar a conhecer o Fundo
e a sua política de investimento.
Tendo as candidaturas aberto no final do mês de setembro, em resultado da divulgação efetuada na
fase de lançamento do Fundo, foram submetidas 4 candidaturas de coinvestimento até final de 2018,
com as seguintes características:
- Investimento total previsto: cerca de 31 milhões de euros (dos quais cerca de 11 milhões de
euros cofinanciados pelo Fundo 200M);
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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- Coinvestidores: VCs e Entidade Corporate, de nacionalidades sueca, francesa, alemã,
portuguesa e belga;
Setores envolvidos: Life Science, Digital/E-commerce e IT
Regiões abrangidas: Alentejo, Centro e Norte.
I.1.5 Fundo para a Inovação Social
Em finais de dezembro de 2018 a PME Investimentos foi designada como entidade gestora do Fundo
para a Inovação Social (através de Despacho Conjunto do Gabinete da Ministra da Presidência e da
Modernização Administrativa, do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do
Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão), em resultado da candidatura apresentada em
resposta ao Aviso Convite nº 01/IF/2018 lançado pelo COMPETE 2020.
A elaboração da referida candidatura importou um relevante trabalho de esquematização do track
record da PME Investimentos na operacionalização, gestão e acompanhamento de instrumentos
financeiros de capital e dívida, bem como da experiência em parcerias com diversos players dos
mercados de capital e dívida. Importou ainda a procura e análise de iniciativas que pudessem servir
de exemplo na montagem dos produtos a disponibilizar pelo FIS, e na definição de metodologias de
gestão, acompanhamento e divulgação de um Fundo com características tão inovadoras como o FIS.
Após a designação da PME Investimentos como Entidade Gestora do FIS, a Direção de Fundos deu
início ao processo de montagem do produto de capital que será disponibilizado através do FIS, que
consistirá numa Linha de Coinvestimento para concretização de operações de capital e quase capital,
com coinvestidores, em empresas de micro, pequena e média dimensões, que desenvolvam projetos
de Empreendedorismo Social e da Economia de Impacto, com forte potencial de inovação na resposta
a problemas e a necessidade sociais e societais não satisfeitas.
I.1.6 Comunicação e Marketing
O Gabinete de Comunicação e Marketing é responsável pelos fluxos de comunicação interna e
externa da PME Investimentos com o mercado, os parceiros, as empresas apoiadas e o público
em geral. O Gabinete assume como principal objetivo da sua atuação o reforço da imagem,
identidade e notoriedade da PME Investimentos e dos seus produtos, através de uma estratégia
concertada de comunicação.
Comunicação externa
No decorrer de 2018, e por forma a cumprir com os compromissos assumidos perante os stakeholders,
o Gabinete de Comunicação e Marketing deu continuidade à divulgação contínua dos instrumentos
financeiros geridos pela PME Investimentos, desenvolvendo e executando atividades de promoção
dos mesmos e, simultaneamente, reforçando a imagem e identidade da Sociedade. Nesse sentido,
entre outras, destaque para as seguintes atividades:
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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▪ lançamento e comunicação do novo Fundo de Coinvestimento 200M com (i) campanhas na
imprensa, media e digital, (ii) criação de um novo website exclusivo, (iii) produção de materiais
gráficos de divulgação e (iv) apoio e presença ativa em vários eventos nacionais e
internacionais para apresentar e promover o Fundo, nomeadamente deslocações a Londres,
Israel e Brasil;
▪ lançamento e comunicação da Linha de Crédito Capitalizar 2018, promovida pelo Ministério da
Economia, em campanhas na imprensa, media e digital;
▪ celebração de dez anos de atividade de gestão de Linhas de Crédito bonificadas e garantidas;
▪ promoção da atividade da Sociedade em vários eventos relacionados com o âmbito da sua
missão e dos instrumentos que gere – em 2018 a PME Investimentos patrocinou e participou
ativamente no APBA Spring Investment Dinner; FNABA Business Angels Summit ; Lisbon
Investment Summit ; Lisbon Tourism Summit e Venture/WebSummit;
▪ formalização de acordos de parceria e cooperação com a Aliança Portuguesa de Blockchain e
Impact Hub Lisbon;
▪ atualização permanente da newsletter, websites e plataformas de social media, produzindo e
partilhando conteúdos, eventos e notícias relacionados com a área de negócio da PME
Investimentos, os seus instrumentos financeiros e com a atividade das participadas.
Comunicação interna
A nível interno, procurando proporcionar aos colaboradores um ambiente de trabalho favorável
ao crescimento pessoal e profissional promoveram-se iniciativas para:
▪ fortalecer a união da equipa, o espírito de grupo e a cultura da empresa;
▪ melhorar os processos e fluxos de comunicação;
▪ incentivar boas práticas ambientais de redução de consumos de papel e plástico,
separação do lixo e sua reciclagem;
▪ envolver a equipa a favor de causas solidárias, como a Operação Nariz Vermelho e em
recolhas de bens para entrega á comunidade.
I.1.7 Área Jurídica e de Compliance
Em 2018, os Gabinetes de Legal e de Compliance da PME Investimentos verificaram um aumento
significativo da sua atividade, tendo intervindo de forma significativa através de trabalho desenvolvido
internamente, mas também através da gestão e coordenação de advogados externos, sempre sujeito
a princípios de estrita necessidade e de subsidiariedade, nas seguintes atividades:
• Implementação do Fundo 200M, em que participou na elaboração de toda a
documentação constitutiva do Fundo e na sua operacionalização, tendo ainda
acompanhado as primeiras candidaturas e negociado a contratualização do primeiro
investimento deste Fundo, concluída ainda antes do final do ano de 2018;
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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• Acompanhamento do programa PREVPAP e elaboração dos contratos de trabalho
destinados à integração dos colaboradores integrados no quadro de pessoal da PME
Investimentos;
• Preparação e implementação das políticas internas de proteção de dados pessoais
associadas à entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados Pessoais,
com o inerente trabalho de levantamento prévio da realidade da PME Investimentos neste
âmbito e subsequente desenho das referidas políticas;
• Desenho das políticas de prevenção de branqueamento de capitais e de combate ao
financiamento do terrorismo da PME Investimentos, em adaptação ao novo quadro
regulatório, bem como a conceção e execução prática das atividades internas neste
âmbito, visando um reforço do ambiente de controlo interno neste domínio que previna
eficazmente a exposição da Sociedade a riscos com ligação a estas áreas, sendo de
realçar o baixo nível de risco a que a Sociedade se encontra exposta em virtude de
apenas dispor como “clientes”, na aceção aqui tradicionalmente referida, de entidades
integradas no subsetor Administração Central e que, como tal, não dispõem de qualquer
beneficiário efetivo, sendo o mais próximo desta qualificação o Estado Português;
• Participação no desenho do FIS e na discussão sobre os modelos de instrumentos a
implementar no âmbito deste Fundo tendo em vista assegurar o cumprimento permanente
do normativo aplicável a este tipo de instrumentos financeiros e a orientação do mesmo
para um modelo de funcionamento eficiente e para a eficácia na obtenção dos resultados
procurados com a sua instituição, sendo ainda de relevar a participação da área na
preparação e revisão da candidatura apresentada pela Sociedade à gestão do FIS, cuja
atribuição se veio a verificar no final do ano;
• Negociação de diversos contratos de desinvestimento dos Fundos sob gestão da PME
Investimentos em empresas participadas por estes, tendo as operações acompanhadas
internamente totalizado um valor superior a € 15 000 000,00, e análise e revisão de
diversos contratos de investimento por parte dos Fundos Revitalizar no âmbito das
operações executadas por estes, para o efeito de assegurar a conformidade do
enquadramento das respetivas operações com o normativo aplicável.
Para além do acima referido, continuou a possuir especial relevo a prestação de aconselhamento
às demais áreas operacionais da Sociedade, em particular no que respeita às participadas do
FACCE, atento o número de processos de desinvestimento e/ou contencioso em curso
relativamente às mesmas, bem como o valor elevado dos montantes correspondentes às
participações deste Fundo nas suas participadas.
Importa também assinalar o contínuo acompanhamento das questões quotidianas da Sociedade, no
que respeita à sua estrutura jurídica e nas questões relativas ao enquadramento regulatório a que a
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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PME Investimentos está sujeita enquanto empresa pública e instituição financeira, incluindo em
matérias de contratação pública.
Por fim, a PME Investimentos tem o prazer de informar as Tutelas e os seus Acionistas que, em
reconhecimento da qualidade, diversidade e volume do trabalho desenvolvido pelo Gabinete Legal da
PME Investimentos, este foi selecionado pelo júri independente dos prémios Gold Awards promovidos
pela Iberian Lawyer, uma publicação internacional especializada na área jurídica, para integrar os
quatro finalistas (de entre mais de 200 equipas jurídicas inhouse que apresentaram candidaturas) nas
seguintes categorias:
Legal Team of the Year (Portugal); e
Corporate Team of the Year (Portugal).
I.1.8 Organização e Recursos Humanos
Ao nível da organização societária, regista-se que o modelo organizacional e de gestão de
recursos humanos foi objeto de atualização, tendo-se procedido à revisão do Regulamento de
Remunerações e Carreiras, procurando adequá-lo ao normativo legal vigente nesta matéria e à
realidade da PME Investimentos.
Refira-se também que, em junho de 2018, no âmbito do PREVPAP, foram integrados no quadro
de pessoal efetivo 8 colaboradores que anteriormente mantinham com a Sociedade uma relação
contratual como prestadores de serviços, o que se traduziu numa maior solidez e estabilidade
dos recursos humanos da Sociedade e uma melhor adequação aos níveis de atividade
desenvolvidos.
Com efeito, após um período (2013-2016), em que o quadro de pessoal registou uma quebra
significativa, com a saída de 9 colaboradores sem que fosse possível a sua substituição, no final
de 2018 a PME Investimentos dispõe de um quadro de pessoal com 26 efetivos.
Num quadro de atuação em que a atividade desenvolvida mantém uma tendência de crescimento,
mantém-se uma política de recurso a subcontratação de serviços especializados, bem como de
realização de trabalho suplementar. Com o mesmo objetivo, prosseguem-se investimentos ao nível
dos sistemas de informação que permitam uma maior eficiência dos recursos, processos e
procedimentos.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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I.2. Plano de atividades para 2019
A PME Investimentos tem por missão dinamizar e promover o alargamento da oferta de instrumentos
financeiros de política pública, em particular às PME, atuando como catalisador do
empreendedorismo, inovação, competitividade e internacionalização do setor empresarial Português.
Numa lógica de dinamização e alargamento da oferta de financiamento sustentável às PME, detém
um papel consolidado como grossista e retalhista, quer em instrumentos financeiros de dívida, quer
de equity, e em todos os segmentos e dimensões de empresas (micro, startups, PME´s, midcaps e
grandes empresas).
Esta diversidade permite de uma forma ágil e eficaz chegar com produtos ao mercado e às empresas,
num quadro de maximização de valor, que a PME Investimentos potencia com competências
distintivas que a caraterizam:
Instrumentos financeiros de políticas públicas, em linha com o mercado e com elevada execução
Ao longo destes cerca de 30 anos já colocámos no mercado mais de 22 mil milhões de euros, apoiando mais de 90 mil empresas e envolvendo mais de um milhão de postos de trabalho.
Os objetivos de colocação dos fundos têm sido sempre cumpridos, e muitas vezes ultrapassados.
Competências distintivas na gestão de fundos nacionais e europeus; equipas com larga experiência
Sociedade financeira do setor empresarial do Estado sujeita à supervisão do Banco de Portugal, não enquadrável no perímetro orçamental do Estado.
Capacidade acreditada como financiador direto e como agente financeiro de fundos públicos, quer de origem nacional quer comunitários, suportada por uma equipa com larga experiência o que lhe confere uma enorme agilidade na implementação das soluções financeiras.
Participação no desenho, estruturação e financiamento de produtos à medida das empresas, em diferentes fases de desenvolvimento.
Conhecimento do mercado e fomento de fontes de financiamento alternativas, numa lógica de adicionalidade, promovendo o acesso ao financiamento e capitalização das PME´s em condições que o mercado não o faria, dinamizando a entrada de novos players, conforme melhores recomendações e práticas nacionais e internacionais.
Existência de diversos programas de interface automatizados, construídos e ajustados com os Bancos, parceiros fulcrais nos produtos de dívida, e com as entidades financiadoras.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Estabelecimento de acordos, parcerias e negócios com multi-stakeholders
Estabelecimento de acordos, parcerias e celebração de contratos negociais com os mais diversos stakeholders: IAPMEI, Sistema Nacional de Garantia Mútua, Bancos, Fundos de Capital de Risco, Sociedades Gestoras de Private Equity, Business Angels, IFD - Instituição Financeira de Desenvolvimento, S.A., Programas Operacionais do Portugal 2020, Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I.P., Investidores, Empresários.
Enquanto entidade gestora de instrumentos financeiros promovidos no âmbito de políticas
públicas de apoio ao financiamento de entidades nacionais, são objetivos a prosseguir pela
Sociedade:
• Participar no desenho de novos instrumentos financeiros, contribuindo para que os
mesmos sejam ajustados às condições de mercado e correspondam às efetivas
necessidades dos segmentos alvo destinatários, por forma a potenciar os resultados dos
apoios públicos envolvidos;
• Coordenar a sua operacionalização junto dos intermediários financeiros, definindo o
normativo e procedimentos aplicáveis, numa perspetiva de agilizar o acesso a estes
instrumentos de apoio;
• Desenvolver modelos de acompanhamento que permitam um controlo eficaz das
operações;
• Dispor de um sistema de reporte às entidades públicas financiadoras que permita uma
adequada monitorização da execução operacional e financeira dos instrumentos e da
eficácia das políticas públicas implementadas;
• Maximizar a utilização dos fundos públicos sobre gestão.
Para prosseguir os objetivos a que se propõe, a Sociedade observará como princípios de
atuação:
• Capitalizar as competências e capacidades adquiridas no domínio da gestão de
instrumentos financeiros, mantendo uma equipa dedicada e especializada,
necessariamente versátil para que possa atuar nas várias fases dos processos, em
função das prioridades estabelecidas;
• Promover um investimento contínuo nos sistemas de informação específicos, adaptando-
os às características dos instrumentos, ao seu ciclo de vida e promovendo alterações que
visem melhorias de controlo e de eficiência;
• Consolidar as parcerias estabelecidas com os intermediários financeiros, através de uma
maior interação e um alinhamento de interesses entre as partes;
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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• Manter uma estreita articulação com as entidades financiadoras, assegurando um serviço
qualidade e uma pronta capacidade de resposta às suas solicitações e necessidades.
A Sociedade pretende consolidar e diversificar a sua atuação no âmbito da gestão de novos
instrumentos de engenharia financeira dirigidos a empresas e à Economia. Se por um lado, a
intervenção da Sociedade na gestão destes instrumentos poderá potenciar os recursos existentes,
também o know-how e as competências adquiridas da Equipa na estruturação e operacionalização
deste tipo de produtos constituirão um contributo relevante para a concretização dos objetivos que
lhes estão subjacentes.
Em complemento da oferta da carteira de produtos tradicionalmente sob gestão, a PME Investimentos
procura alargar o âmbito dos fundos e instrumentos sob gestão, com produtos inovadores,
vocacionados para segmentos de mercado distintos dos tradicionais.
São exemplos de sucesso desta estratégia a recente angariação da gestão de 2 Fundos inovadores
e especializados, que veiculam políticas públicas que visam atuar em falhas de mercado, apoiando
startups de base tecnológica, no caso do Fundo de Coinvestimento 200M, ou iniciativas inovadoras e
de empreendedorismo social, no caso do Fundo para a Inovação Social.
Salienta-se também os contactos mantidos com a Direção-Geral de Política do Mar tendo em vista a
montagem e operacionalização de uma Linha de Crédito que se pretende que venha a apoiar o
financiamento das atividades emergentes da economia do mar, bem como a inovação e aumento de
intensidade tecnológica das atividades mais tradicionais da economia do mar.
FINOVA
Linhas de Crédito sob gestão
A captação de novos instrumentos de dívida para o âmbito da gestão da Sociedade constitui uma das
suas principais prioridades, mantendo uma estrutura humana qualificada que participe na estruturação
de novos instrumentos de caráter inovador, que assegure a prestação de um serviço de gestão
profissional, eficiente e de qualidade,
No âmbito do lançamento de novos produtos, destaca-se para 2019, pelo seu caráter inovador a Linha
de Crédito para Financiamento de Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social, instrumento
de crédito e garantia financiado através do Fundo para a Inovação Social.
Tratando-se de um instrumento de política setorial vocacionado para o apoio a projetos de Inovação
Social com forte potencial de inovação na resposta a problemas e a necessidade sociais e societais
não satisfeitas, a definição e validação das condições de elegibilidade dos beneficiários finais
assumirá uma maior complexidade do que a requerida por produtos que se dirigem à economia numa
lógica mais transversal.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Paralelamente, o facto de se tratar de um instrumento financiado através de Fundos Europeus
Estruturais e de Investimento, nomeadamente, do Fundo Social Europeu, coloca também exigências
específicas ao nível do acompanhamento e dos reportes de execução a adotar pela entidade gestora.
A Direção de Dívida continuará empenhada em promover uma revisão sistemática dos processos e
procedimentos de operacionalização, visando melhorar os níveis de eficiência não só da Sociedade,
mas também dos intermediários financeiros, procurando também por esta vai consolidar as parcerias
estabelecidas.
A reconciliação da informação residente no sistema de informação e análise de inconsistências e
falhas de comunicação por parte dos Bancos e Sociedades de Garantia Mútua continuará a ser uma
prioridade para a Direção de Dívida, numa perspetiva de sensibilização dos intermediários financeiros
para a necessidade destas ações de controlo e da regularização das divergências detetadas, tendo
como objetivo último contribuir para a construção de soluções que permitam minimizar a ocorrência
de anomalias nos sistemas de reporte, bem como a regularização/reposição da informação em falta
com maior eficiência, quer para as instituições, quer para a própria Sociedade.
No exercício de 2019, será prioritário o tratamento das divergências das Linhas de Crédito PME
Investe VI Aditamento e PME Crescimento, para efeitos de encerramento dos correspondentes
projetos.
Mantém-se a necessidade de um programa anual de auditorias a operações contratadas no âmbito
das Linhas de Crédito geridas, por forma a sinalizar junto das empresas e dos bancos ações de
controlo tempestivas e eficazes por parte da entidade gestora, que em 2019 barangerá uma amostra
de 2,5% das operações da Linha Capitalizar contratadas em 2017, correspondentes a 450 operações.
À semelhança do que ocorreu em 2018, a Direção de Dívida procurará assegurar integralmente a
realização destes trabalhos, sem recurso a subcontratação de serviços externos.
Manter-se-á também um programa anual de encerramento de projetos que, em 2019, incidirá sobre
as Linhas de Crédito PME Investe VI Aditamento e PME Crescimento, estimando-se uma redução de
capital do FINOVA por incorporação das bonificações liquidadas aos bancos e sociedades de garantia
mútua, de 43 milhões de euros.
A reavaliação em contínuo dos custos associados às Linhas de Crédito sob gestão é também uma
das prioridades da Sociedade, tendo em vista assegurar a adequada capitalização do FINOVA e
diagnosticar excedentes de recursos que possam ser realocados a outras iniciativas, numa ótica de
otimização dos fundos públicos geridos.
Continuará a promover-se uma atualização sistemática da aplicação que assegura a gestão das
Linhas de Crédito, pretendendo-se implementar dois desenvolvimentos específicos que permitirão
melhoria significativas de eficiência: arranque da criação de um portal para comunicação de reportes
de acompanhamento e de apresentação de candidaturas por parte dos Bancos e desenvolvimento
de novas funcionalidades que permitam a integração automática de informação indispensável à
análise de candidaturas.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Capital de Risco
Encontrando-se os Fundos de Capital de Risco e as Linhas de Financiamento a Business Angels em
fase de desinvestimento, considera-se fulcral o seu acompanhamento e monitorização, e da respetiva
carteira de participações, tendo em vista aferir os níveis de recuperabilidade e rentabilidade dos
montantes investidos pelo FINOVA, através dos mecanismos de acompanhamento existentes,
nomeadamente:
▪ Análise dos Relatórios de Acompanhamento periódicos bem como de informação
contabilística dos FCR / Entidades Veículo de Business Angels e das respetivas participadas;
▪ Análise das operações de desinvestimento, por forma a aferir do cumprimento das condições
de elegibilidade;
▪ Participação em reuniões periódicas, visando o acompanhamento da evolução da atividade
dos FCR e Entidades Veículo de Business Angels e da sua carteira de participações;
▪ Participação nas Assembleias de Participantes dos FCR.
Consequentemente, mantém-se a necessidade de melhoramento contínuo dos processos de
acompanhamento por forma a que se tornem mais eficientes e eficazes, mantendo as parcerias e
bom relacionamento existentes com as Sociedades Gestoras dos FCR participados e com as
Entidades Veículo financiadas pelo FINOVA.
Em 2019 dar-se-á continuidade aos planos de verificação e acompanhamento dos projetos apoiados
por Fundos Comunitários, que incidirão sobre as operações de investimento concretizadas pelos FCR
e Entidades Veículo de BA e sobre as PME apoiadas, no sentido de:
▪ Aferir o cumprimento das regras de elegibilidade definidas pelos Programas Operacionais
Financiadores destes Instrumentos e pela regulamentação aplicável;
▪ Efetuar a monitorização e o acompanhamento do nível e da qualidade da aplicação dos
montantes investimentos pelos Instrumentos Financeiros nas PME apoiadas.
Os trabalhos de verificação serão da responsabilidade direta da Sociedade, prevendo-se a
contratação de serviços externos para a execução de determinadas tarefas de validação.
Paralelamente, e tendo em vista a prestação de informação aos Programas Operacionais
Financiadores, às Entidades Participantes, às Entidades de Auditoria e aos demais stakeholders do
FINOVA, pretende-se, em 2019:
▪ Consolidar o software para a gestão integrada das diversas áreas operacionais o qual
permitirá tornar mais eficientes os processos de reporte e a melhoria significativa na utilização
da informação disponível.
▪ Acompanhar as ações de auditoria e verificação promovidas por entidades externas, tendo
como preocupação a implementação das recomendações dai resultantes.
Será ainda prioridade da Sociedade potenciar as competências e capacidades adquiridas na gestão
de Instrumentos de Capital, promovendo condições para que a equipa afeta à Direção de Fundos se
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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mantenha motivada, disponível e apta a dar resposta às diferentes fases em que se encontram os
Instrumentos de Capital sob gestão.
Relativamente aos Fundos Revitalizar e no que respeita às previsões para o ano de 2019, importa
desde logo referir que, em agosto deste ano, se iniciará uma nova fase de vida destes fundos, uma
vez que nessa data será dado início à fase de desinvestimento definida nos seus regulamentos de
gestão.
De facto, uma vez que os Fundos Revitalizar foram criados em 2013, com uma duração de 12 anos,
correspondente à soma de um período de investimento de 6 anos e de um período de desinvestimento
de 6 anos adicionais (com hipótese de prorrogação por mais 2 anos), tal significa que o ano de 2019
será o último ano para que as sociedades gestoras destes fundos apresentem, aos participantes,
propostas de novos investimentos ou reforços de investimentos em empresas já participadas.
Prevê-se, assim, que, durante os primeiros 7 meses do ano de 2019, se verifique um acréscimo de
atividade na componente de análise de enquadramento de novas operações de investimento e/ou
propostas de reforço de investimento, propostas pelas entidades gestoras dos três fundos, a Oxy
Capital, a Capital Criativo e a Explorer Investments.
Para além da componente de acompanhamento inerente à análise e enquadramento de novas
operações, já referida, será dada continuidade à promoção de outras ações intrinsecamente ligadas
ao processo de acompanhamento e que englobam, entre outros, a representação do FINOVA e
exercício dos respetivos direitos de voto nos Comités Consultivos e Assembleias de Participantes, a
análise dos reportes trimestrais e anuais e de acompanhamento da atividade dos fundos e da
performance das respetivas empresas participadas e a promoção, sempre que considerado
necessário, de reuniões com as entidades gestoras dos fundos, para esclarecimento de questões
sobre os temas de acompanhamento.
Em paralelo, antecipa-se também a necessidade de enquadramento, no âmbito das funções da PME
Investimentos:
(i) de análise, acompanhamento e validação dos termos de concretização de operações de
desinvestimento de algumas das empresas participadas pelos Fundos Revitalizar;
(ii) de acompanhamento dos processos de devolução de capital ao FINOVA, na sequência do
processo já iniciado em 2018 por um dos Fundos, o Fundo Revitalizar Centro, gerido pela
Oxy Capital.
FACCE
No ano de 2019, o FACCE – Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas
atingirá uma maturidade de 10 anos de existência, tendo em consideração que a atividade do Fundo
foi iniciada em 2009 (Fundo criado pelo decreto-lei 105/2009 de 12 de maio).
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A carteira inicial de investimentos do Fundo foi constituída por 25 operações de investimento
(concretizadas entre maio de 2009 e novembro de 2011), sendo que o ano de 2019 se iniciará com a
seguinte composição de carteira:
▪ participações em 10 empresas ativas (dos quais uma em situação de venda a prazo);
▪ um conjunto de 5 outros investimentos, 1 em situação de earn out relativamente a uma
empresa já alienada e 4 situações, já de caráter jurídico, relativamente à tentativa de
recuperação de parte do investimento do FACCE realizado nessas empresas.
Desta forma, a PME Investimentos, beneficiando e rentabilizando o know-how e expertise acumulado
ao longo dos anos, pretende em 2019, e enquanto entidade gestora do FACCE, dar continuidade ao
trabalho que tem vindo a ser desenvolvido:
▪ no acompanhamento da performance das empresas que constituem a sua carteira de
investimentos, em toda a diversidade que o processo implica, desde a supervisão das
medidas e políticas implementadas pelas equipas de gestão até a análise da performance
económico-financeira das empresas, procurando contribuir para o crescimento e estabilidade
das empresas e desenvolvendo iniciativas tendentes à valorização da sua participação
acionista.
▪ no desenvolvimento de diligências no sentido de serem criadas condições para a
concretização de operações de desinvestimento.
Pretende-se, assim,
(i) dar continuidade ao trabalho já iniciado em 2018 e obter a conclusão dos processos negociais já atualmente em curso, conducentes ao desinvestimento de 3 das suas empresas participadas e
(ii) prosseguir no sentido de serem criadas condições para a concretização de novas operações de desinvestimento.
▪ no acompanhamento dos processos que se encontram em situação jurídica ou de
contencioso, tendo em vista a proteção dos interesses do FACCE, procurando encontrar
soluções para que permitam a conclusão dos processos em termos favoráveis aos interesses
preconizados para o FACCE.
Neste ponto inclui-se o acompanhamento próximo dos processos já iniciados em 2018, na sequência
da tomada de conhecimento de algumas situações concretizadas pela equipa de gestão e/ou
acionistas de algumas das empresas participadas, e que foram consideradas lesivas para os
interesses do FACCE.
FSCR PME-IAPMEI
No que se refere ao FSCR PME-IAPMEI, continuar-se-á a acompanhar a evolução das participações
em carteira e os desinvestimentos que venham a ocorrer, através da informação reportada e de
contatos regulares com os operadores de capital de risco, sendo que, em casos específicos e
justificados, contactar-se-á diretamente com as empresas participadas.
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Relativamente à participação detida no Portugal Venture Capital Initiative, cujo compromisso não foi
ainda integralmente realizado, considera-se indispensável a manutenção do fluxo sistemático de
reporte, tanto ao nível dos investimentos concretizados pelos fundos participados pelo PVCi, por forma
a acautelar a liquidez necessária do FSCR PME-IAPMEI para fazer face às chamadas de capital, bem
como ao que respeita à carteira de participações destes, respetivas performances e desinvestimentos
ocorridos.
FUNDO DE COINVESTIMENTO 200M
O ano de 2019 será o primeiro ano completo de atividade do Fundo de Coinvestimento 200M, sendo
por isso prioritário dar continuidade ao programa de promoção e divulgação do Fundo junto de
potenciais coinvestidores nacionais e internacionais bem como junto do meio empresarial.
Em resultado desta promoção, perspetiva-se a concretização de diversas operações de
coinvestimento, cujo valor permitirá com que se efetuem chamadas de capital ao participante do
Fundo (Fundo de capital e Quase Capital, gerido pela IFD), no valor de cerca de 50 milhões de euros.
Manter-se-á igualmente como prioritário:
▪ O melhoramento contínuo dos modelos de acompanhamento junto dos coinvestidores e
das participadas, tendo em vista, a todo o momento, monitorizar a evolução dos
investimentos e o cumprimento dos objetivos de execução, desempenho e resultado
definidos;
▪ O desenvolvimento do software informático de acompanhamento das participadas e dos
processos de desinvestimento, tendo em vista a simplificação e eficácia dos respetivos
processos e procedimentos, bem como o melhoramento do software no que diz respeito
ao módulo de submissão e análise de candidaturas;
▪ O início de planos de verificação em relação aos projetos apoiados, no sentido de aferir
o cumprimento das regras de elegibilidade definidas pelos Programas Operacionais
Financiadores do Fundo 200M e pela regulamentação aplicável e de efetuar a
monitorização e o acompanhamento do nível e da qualidade da aplicação dos montantes
investimentos nas PME apoiadas.
FUNDO PARA A INOVAÇÃO SOCIAL
Na sequência da sua nomeação como entidade gestora do Fundo para a Inovação Social, a PME
Investimentos deu início aos trabalhos de operacionalização, tendo em vista o cumprimento das
prioridades e objetivos definidos pelas entidades promotoras deste instrumento de política pública.
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Linha de Crédito para Financiamento de Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo
Social
Para efeitos de operacionalização da Linha de Crédito para Financiamento de Iniciativas de Inovação
e Empreendedorismo Social, serão prioridades em 2019:
▪ Preparação e negociação de protocolo a celebrar com os intermediários financeiros para
implementação desta Linha de Crédito e elaboração dos documentos de
operacionalização, definindo os procedimentos a adotar pelos beneficiários finais e
entidades financeiras envolvidas na colocação do produto na fase de aprovação das
candidaturas;
▪ Definição de modelos de acompanhamento, a implementar junto dos intermediários
financeiros e dos beneficiários finais que permitam, detalhadamente, monitorizar a
evolução dos projetos e dos financiamentos, bem como a concretização de objetivos de
execução e de indicadores de resultados;
▪ Definição de modelos de reporte de acompanhamento e execução a disponibilizar aos
órgãos de gestão do FIS e aos diversos stakeholders do FIS, destacando-se a Autoridade
de Gestão do Compete 2020 no âmbito dos reportes a que estão sujeitos os FEEI;
▪ Adaptação dos manuais de procedimentos respeitantes aos workflows associados aos
processos de enquadramento de candidaturas, acompanhamento das operações e
pagamento de bonificações às especificidades desta Linha de Crédito;
▪ Realização de desenvolvimentos informáticos para adaptação do sistema de informação
que assegura a gestão das Linhas de Crédito às caraterísticas deste novo produto;
▪ Participação em ações de promoção e divulgação do FIS junto de intermediários
financeiros e beneficiários finais, tendo em vista dinamizar a procura da Linha de Crédito
e promover a sua execução de acordo com os objetivos que estiveram subjacentes à sua
constituição.
Linha de Capital e Quase Capital para Coinvestimento em Iniciativas de Inovação e
Empreendedorismo Social
A Sociedade irá desenvolver e implementar todos os procedimentos e mecanismos necessários ao
lançamento do produto de capital associado ao Fundo para a Inovação Social (Linha de Capital e
Quase Capital para Coinvestimento em Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social) , tendo
em vista o cumprimento das prioridades e objetivos definidos pela entidade financiadora deste
instrumento de política pública.
O produto de capital consistirá numa Linha de Coinvestimento para concretização de operações de
capital e quase capital, com coinvestidores, em empresas de micro, pequena e média dimensões, que
desenvolvam projetos de Empreendedorismo Social e da Economia de Impacto, com forte potencial
de inovação na resposta a problemas e a necessidade sociais e societais não satisfeitas.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Desta forma, e tendo em consideração a complexidade associada a este tipo de iniciativas, será
prioridade:
▪ Elaboração da metodologia de admissão e seleção de candidaturas e da metodologia de
avaliação de ativos;
▪ Elaboração dos manuais de procedimentos respeitantes aos workflows associados aos
processos de análise de investimentos, acompanhamento de participadas e análise de
desinvestimentos;
▪ Definição de modelos de acompanhamento e reporte, que permitam, detalhadamente,
monitorizar a evolução dos investimentos, os desvios existentes e o cumprimento de objetivos
e prioridades existentes, bem como a execução de políticas públicas definidas;
▪ Adaptação do software informático às caraterísticas do FIS por forma a que os processos
inerentes ao investimento, acompanhamento e desinvestimento de participadas sejam
simplificados e tornados mais eficientes, bem como desenvolvimento de formulário online
destinado à apresentação de candidaturas de forma totalmente desmaterializada, tal como
sucede no Fundo de Coinvestimento 200M;
▪ Promoção e divulgação regular do Fundo tendo em vista a captação de investimentos.
COMUNICAÇÃO E MARKETING
Em 2019, o Gabinete de Comunicação e Marketing continuará a sua política ativa de comunicação,
procurando potenciar e reforçar o reconhecimento da marca PME Investimentos enquanto entidade
de referência que tem vindo a construir.
Em termos de atividade o Gabinete procurará dar continuidade às atividades que têm vindo a ser
desenvolvidas, nomeadamente:
▪ promoção e divulgação contínua das atividades desenvolvidas ao abrigo dos programas
comunitários e dos seus financiadores, na imprensa, media e digital;
▪ patrocínio, promoção e divulgação proativa dos instrumentos financeiros geridos pela
PME Investimentos em eventos relacionados com o seu âmbito de atuação, em Portugal
e no estrangeiro;
▪ acompanhamento e incentivo às Entidades Gestoras dos FCR, das Entidades Veículo
dos BA e das Instituições de Crédito para a promoção e divulgação dos apoios do
FINOVA;
▪ atualização permanente dos websites PME Investimentos, 200M e Fundo para a
Inovação Social;
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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▪ manter presença contínua nas plataformas de social media, Facebook e Linkedin,
promovendo uma imagem dinâmica e atual da Sociedade e dos seus produtos,
permitindo-lhe:
a) estar onde estão os seus clientes e parceiros;
b) dar visibilidade às empresas participadas e aos seus accomplishments;
c) e ser uma montra da atividade, dinamismo e desenvolvimento do ecossistema
empreendedor.
Adicionalmente, o ano de 2019 representará um acréscimo de atividade e novos desafios para o
Gabinete de Comunicação e Marketing, como:
▪ O lançamento e promoção do novo Fundo para a Inovação Social (FIS), um Fundo pioneiro
no contexto da União Europeia e no quadro do Fundo Social Europeu que visa reforçar os
instrumentos criados no âmbito da iniciativa pública Portugal Inovação Social para dinamizar
o mercado de investimento social em Portugal. Nesta fase de vida do Fundo, incluem-se na
divulgação e promoção do FIS:
a) a importância de criar awareness e visibilidade do Fundo junto do público em geral,
parceiros, investidores e potenciais dinamizadores de iniciativas de inovação e
empreendedorismo social;
b) a sensibilização para a Inovação e Empreendedorismo Social, delineando diferentes
mensagens e estratégias de divulgação e de promoção do Fundo;
c) criação de um website exclusivo que funcionará como canal privilegiado de
enquadramento desta iniciativa, pretendendo-se que seja simples e intuitivo, no sentido
de aproximar os potenciais interessados ao FIS, para além de estabelecer processos de
candidatura online;
d) participação em diversas ações integradas em iniciativas, fóruns e eventos associados a
temáticas de inovação social, empreendedorismo, redes sociais, entre outros.
▪ A celebração dos 30 anos da PME Investimentos que se pretende marcar com um evento
impactante junto do ecossistema e da rede de parceiros institucionais e outras entidades
públicas, bancos, Business Angels, participadas e empresas no geral.
No âmbito da comunicação interna, encarando-a como uma área fundamental de criação de valor
partilhado e tendo em vista o fortalecimento de uma cultura organizacional saudável, o Gabinete
procurará:
▪ melhorar os fluxos de comunicação interna, garantindo que se processa de forma aberta
e eficaz entre todos;
▪ desenvolver atividades que proporcionem momentos de celebração e aprendizagem,
valorizem o trabalho em equipa e mantenham as equipas motivadas e alinhadas com os
objetivos da Sociedade;
▪ continuar a incentivar boas práticas ambientais;
RELATÓRIO E CONTAS 2018
44/104
▪ envolver a equipa a favor de preocupações sociais e causas solidárias.
ÁREA JURÍDICA E DE COMPLIANCE
Em 2019, os Gabinetes de Legal e de Compliance manterão o foco da sua atividade no
aprofundamento, supervisão e controlo do cumprimento do normativo aplicável, incluindo a
revisão das regulamentações internas atualmente existentes e a implementação de
regulamentações novas, tendo em vista a redução contínua dos riscos a que a atividade da
Sociedade está sujeita e inovações regulatórias na vida das instituições financeiras, e na
preservação dos padrões éticos da Sociedade.
Neste sentido, serão regularmente revisitados os anteriores procedimentos de identificação e de
avaliação de riscos associados ao desenvolvimento da atividade da Sociedade, para reforço do
acompanhamento técnico-jurídico das diversas matérias de relevo para a Sociedade e
aprofundamento da assessoria jurídica a prestar às diversas áreas operacionais e ao Conselho
de Administração.
Durante o período de referência, destacam-se como principais desafios para os Gabinetes de
Legal e de Compliance:
• o acompanhamento da atividade do Fundo 200M, que já se encontra em plena atividade
de investimento, sendo por isso de relevar a redação e acompanhamento da negociação
de contratos a celebrar com os coinvestidores e as empresas beneficiárias;
• a instituição e operacionalização do FIS, através da redação dos respetivos documentos
constitutivos e discussão dos mesmos com os stakeholders relevantes, instituição de
procedimentos base de ação no âmbito deste Fundo e desenho e lançamento dos
instrumentos financeiros de dívida e capital a instituir no âmbito do FIS;
• o trabalho desenvolvido pela área jurídica e de compliance no que respeita à instituição
de procedimentos de KYCC (Know Your Customer’s Customer) especificamente
destinados à prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do
terrorismo em sede do Fundo 200M e do FIS, atenta a orientação do primeiro para
investidores estrangeiros e a necessidade de assegurar que a PME Investimentos não
incorre em riscos reputacionais neste domínio; e
• o acompanhamento da fase de desinvestimento do FACCE, dada a importância dos
valores em disputa e a convolação em situações contenciosas de alguns destes
processos de desinvestimento, que implicam um consumo significativo de recursos
internos e externos, com o consequente aumento dos gastos associados a estes
processos (sendo de notar que, por força de os litígios associados a estes investimentos
se encontrarem sujeitos a arbitragens obrigatórias, o valor das custas e encargos
associados aos mesmos serem significativamente elevados).
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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I.3. Cumprimento das Orientações Legais
Objetivos de Gestão
Os objetivos de gestão e resultados a atingir no âmbito da atividade desenvolvida pela Sociedade são
definidos pelos acionistas, em sede de aprovação do seu plano de atividades e orçamento.
Os Instrumentos Previsionais de Gestão para o período 2018-2020 mereceram parecer favorável da
Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Empresarial do Estado e foram
aprovados por Despacho Conjunto do Exmo. Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças e
do Exmo. Senhor Ministro Adjunto e da Economia, de 27 de dezembro de 2018.
Neste contexto, para efeitos de análise da performance alcançada, contrapõem-se indicadores
de desempenho subjacentes ao orçamento proposto para 2018 e os valores realizados neste
ano:
INDICADORES DE DESEMPENHO
A Sociedade registou um volume de negócios, incluindo comissões de gestão cobradas aos
fundos sob gestão e prestação de serviços a empresas participadas pelos Fundos geridos, no
valor de 6,7 milhões de euros, 1% acima do que havia sido proposto.
Propostos Realizados
Custos operacionais/EBITDA. 0,80 0,68
Custos com pessoal/EBITDA. 0,41 0,38
Taxa de variação dos custos com
pessoal21% 21%
Gastos gerais e
administrativos/EBITDA.0,29 0,23
Taxa de variação de gastos gerais e
administrativos15% -3%
Capacidade de
endividamentoDívida/capital próprio. 0,01 0,01
EBITDA/receitas 0,57 0,60
Taxa de variação das receitas -17% -16%
Remuneração do
capital investidoResultado líquido/capital investido 0,06 0,06
Rentabilidade e
crescimento
Eficiência
Indicadores de Desempenho2018
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Com uma atuação norteada por uma preocupação de contenção de custos, foi possível atingir
indicadores de eficiência e rentabilidade ligeiramente mais favoráveis do que o previsto.
As despesas com pessoal atingiram valores muito próximos do previsto, enquanto que os gastos
gerais e administrativos tiveram uma performance mais positiva do que a prevista, situando-se
cerca de 15% abaixo dos valores orçamentados. A generalidade destas rubricas de custos
situou-se abaixo do previsto, destacando-se com desvios favoráveis mais significativos as
despesas de comunicação e marketing, ações de formação, subcontratação de serviços na área
de capital de risco e custas judiciais e contencioso.
O resultado apurado ascendeu a 3.038 mil euros, superando o previsto em cerca de 220 mil
euros e proporcionando uma taxa de rentabilidade do capital investido de 6,0%, que ultrapassou
ligeiramente os 5,6% previstos.
O investimento realizado limitou-se a cerca de 15 mil euros, respeitantes a renovação do parque
informático e outros equipamentos.
Prazo médio de pagamento e atrasos nos pagamentos
A Sociedade não regista atrasos no pagamento de bens e serviços, cumprindo os prazos
estipulados pelos seus fornecedores. O prazo médio de pagamentos reportado a 31 de dezembro
de 2017 e 2018 registou a evolução constante do quadro seguinte.
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS
Cumprimento de recomendações acionistas
Cumpre assinalar a orientação transmitida pelos acionistas IAPMEI e Direção-Geral do Tesouro e
aprovada em reunião da Assembleia Geral realizada em 28 de março de 2018, no sentido de a
Sociedade, em 2018, promover a otimização dos gastos operacionais, no que se refere aos gastos
associados à frota automóvel.
Esta recomendação foi acolhida, tendo os custos com a frota automóvel ficado abaixo dos valores
aprovados no âmbito do orçamento, em cerca de 6.200 euros (- 8,7%)
Valor %
Prazo (dias) 17 12 5 42%
PMPVariação 2018/2017
2018 2017
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Não foram emitidas quaisquer outras recomendações acionistas.
Remunerações
Através de Deliberação Unânime por Escrito datada de 1 de julho de 2015, os Acionistas
procederam a uma alteração estatutária, acometendo à Assembleia Geral a competência para
fixação das remunerações dos órgãos sociais, em detrimento da existência de uma Comissão
de Vencimentos, tendo igualmente deliberado sobre as remunerações e demais benefícios e
regalias dos membros dos órgãos sociais a vigorarem no mandato 2015-2017, em conformidade
com as disposições do Estatuto do Gestor Público e demais legislação aplicável.
Cumulativamente, através de Deliberação Unânime por Escrito de 13 de maio de 2016, os
Acionistas procederam à nomeação do Dr. Marco Biscaia Fernandes como Presidente Executivo
do Conselho de Administração, cargo que exercia até à data, mas sem funções executivas, tendo
igualmente deliberado sobre as remunerações e demais benefícios e regalias que lhe são
aplicáveis.
Também por Deliberação Unânime dos Senhores Acionistas de 28 de dezembro de 2017 o Dr.
Gonçalo Oliveira Lage foi designado como Vice-Presidente do Conselho de Administração, tendo
igualmente sido fixadas as remunerações e demais benefícios e regalias que lhe são aplicáveis.
Em reunião da Assembleia Geral de Acionistas realizada em 9 de maio de 2018, foram nomeados
os membros dos Órgãos Sociais para o triénio 2018-2020, tendo sido fixado o correspondente
estatuto remuneratório.
Nos quadros seguintes, indicam-se os valores das remunerações auferidas e outros benefícios
concedidos aos membros dos órgãos sociais, referentes ao exercício de 2018.
Unid: €
Valor %
Combustíveis 17 689 16 317 -1 372 -7,8%
Portagens + Estacionamentos 6 923 5 820 -1 103 -15,9%
Manutenção e conservação 14 200 10 455 -3 745 -26,4%
Subtotal 38 812 32 592 -6 220 -16,0%
Renting 26 936 27 335 399 1,5%
Seguros 4 420 4 003 - 417 -9,4%
Imposto de ci rculação 1 552 1 573 21 1,4%
Subtotal 32 908 32 911 3 0,0%
Total de Gastos com a frota automóvel (€) 71 720 65 503 -6 217 -8,7%
Nº de viaturas afetas ao serviço Sociedade 10 10 - -
2018
Previsão
2018
ExecuçãoExecução / Previsão
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Composição em 2018
Acumulação de Funções
Mandato
(Início - Fim)
2015 - 2017 Presidente IAPMEI / Miguel Sá Pinto (a) 500,00 1 000,00
2015 - 2017 Secretário DGTF / Mário José Alveirinho Carrega 350,00 700,00
2018 - 2020 Presidente IAPMEI / Miguel Sá Pinto (a) 500,00 -
2018 - 2020 Secretário DGTF / Mário José Alveirinho Carrega 350,00 -
Total 1 700,00
Cargo NomeValor da senha
Fixado (€)
Valor Bruto Auferido
(€)
(a) Renunciou à remuneração correspondente ao cargo desempenhado, sendo a mesma liquidada ao IAPMEI.
MandatoDesignação OPRLO (2)
(Início - Fim) Forma (1)
Data Sim / NãoEntidade de
Origem
Pagadora
[O/D]
2015 - 2017 Presidente Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (a) DUE 13-05-2016 n.a. n.a. - 1
2015 - 2017 Vice-Presidente Gonçalo Oliveira Lage (b) DUE 28-12-2017 n.a. n.a. - 1
2015 - 2017 Vogal Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho DUE 28-12-2017 n.a. n.a. - 1
2018 - 2020 Presidente Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes AG 09-05-2018 n.a. n.a. - 2
2018 - 2020 Vice-Presidente Vasco Vilela AG 09-05-2018 n.a. n.a. - 1
2018 - 2020 Vogal Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho AG 09-05-2018 n.a. n.a. - 2
(1) indicar Resolução (R)/AG/DUE/Despacho (D)
(2) Opção Pela Remuneração do Lugar de Origem - prevista no n o 8 do artigo 28.º do EGP; indicar entidade pagadora (O-Origem/D-Destino)
(a) Nomeado em 1 de julho de 2015 como Presidente não Executivo, passou a exercer funções executivas remuneradas a partir de 13 de maio de 2016
(b) Nomeado em 1 de julho de 2015 como Vogal, foi designado para o cargo de Vice-Presidente em 28 de dezembro de 2017, cargo que exerceu até 31 de maio de 2018
Cargo NomeNº de
Mandatos
Acumulação de Funções
Entidade Função Regime
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (1) Portugal Capital Ventures, SA
Membro do Conselho Geral
de SupervisãoPúblico
Gonçalo Oliveira Lage (1) Portugal Capital Ventures, SA
Membro do Conselho Geral
de SupervisãoPúblico
Gonçalo Oliveira Lage (1) Portugal Venture Capital Initiative
(PVCi)
Membro do Board of
DirectorsPúblico
(1) Cargo não remunerado
Membro do Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Remunerações
Remunerações
A remuneração auferida pelos membros do órgão de administração não inclui qualquer
componente variável e, em 2018, não lhes foi atribuída qualquer remuneração sob a forma de
participação nos lucros e/ou pagamento de quaisquer prémios, incluindo prémios de gestão.
Em 2018 não foram pagas ou são devidas a ex-administradores executivos quaisquer
indemnizações relativamente à cessação das suas funções durante o exercício.
Estatuto do Gestor Público
Fixado Classificação
[S/N] [A/B/C]Vencimento
mensal
Despesas
Representação
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes S C 4 578 1 831
Gonçalo Oliveira Lage (1) S C 4 120 1 648
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (2) S C 3 663 1 465
Vasco Vilela (3) S C 4 120 1 648
(1) Até 31 de maio de 2018
(2) A partir de 1 de fevereiro de 2018
(3) A partir de 20 de agosto de 2018
NomeRemuneração mensal bruta €
Fixa (1) Variável (2)Valor Bruto
(3) = (1) + (2)
Reduções
Remuneratórias
(4)
Valor Bruto
Final (5)=(3)-
(4)
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 86 071 - 86 071 4 304 81 767
Gonçalo Oliveira Lage 42 504 - 42 504 2 125 40 379
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho 71 838 - 71 838 3 593 68 245
Vasco Vilela 38 250 - 38 250 1 914 36 336
Total - - 238 663 11 936 226 727
(1) O valor da remuneração Fixa corresponde ao vencimento+despesas de representação (sem reduções).
(4) Redução prevista no artigo 12.º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho.
Nome
Remuneração Anual (€)
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Benefícios Sociais
Os benefícios sociais concedidos aos membros executivos do Conselho de Administração
observam as condições praticadas para os colaboradores da Sociedade.
Encargos com Viaturas
Gastos Anuais Associados a Deslocações em Serviço
Beneficíos Sociais (€)
Subsídio de Refeição Regime de Proteção Social Outros
Valor / Dia
(*)
Montante
pago AnoIdentificar
Encargo
AnualIdentificar Valor
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 4,77 892 Segurança Social 19 420 2 619 - 123
Gonçalo Oliveira Lage 4,77 305 Segurança Social 9 590 1 676 - 123
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho 4,77 992 Segurança Social 15 991 1 859 - -
Vasco Vilela 4,77 410 Segurança Social 8 637 744 - -
Total - 2 599 - 53 638 6 898 - - 246
(a) - Seguro contratado para todos os administradores, em condições idênticas às dos restantes colaboradores
Seguro
Acidentes
Pessoais
(a)
NomeEncargo
Anual
Seguro de
Saúde
Encargo
Anual
Seguro de
Vida
Encargos com Viaturas
Viatura
atribuída
Celebração
de contrato
Valor de
referência
da viatura
Modalidade
(1)
Ano
Início
Ano
Termo
Valor da
Renda
Mensal
Gasto
Anual com
Rendas
Nº Prestações
Contratuais
Remanescentes
[S/N] [S/N] [€] [Identificar] [€] [€] (Nº)
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (a) S N 39 950 Aquisição 2009 - - - -
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (b) S N - Outra 2018 2018 680 4 896 -
Gonçalo Oliveira Lage (c) S N 40 000 Aquisição 2010 - - - -
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (d) S N - Outra 2018 2018 625 7 575 -
Vasco Vilela (e) S N 40 000 Aquisição 2010 - - - -
Vasco Vilela (f) S N - Outra 2018 2018 680 2 113 -
Total - 0 79 950 0 1 985 14 584 0
(1) Aquisição; ALD; Leasing ou Outra
(a) Até de 28 de maio de 2018 (c) Até 31 de maio de 2018 (e) De 20 de agosto até 11 de outubro de 2018
(b) A partir de 29 de maio de 2018 (d) A partir de 1 de fevereiro de 2018 (f) A partir de 12 de outubro de 2018
Nome
Gastos anuais associados a deslocações em serviço (€)
Deslocações
em Serviço
Custo com
Alojamento
Ajudas de
CustoOutras
Gasto total
com viagens
[€] [€] [€] [Identificar] Valor [€] [€]
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 10 561 4 081 n.a. - - 14 642
Gonçalo Oliveira Lage (a) 610 555 n.a. - - 1 165
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (b) 5 456 3 424 n.a. - - 8 879
Vasco Vilela (c) 225 660 n.a. - - 885
Total 16 852 8 720 - - - 25 572
(a) - Em exercício de funções até 31 de maio de 2018
(b) - Em exercício de funções a partir de 1 de fevereiro de 2018
(c) - Em exercício de funções a partir de 20 de agosto de 2018
Nome
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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CONSELHO FISCAL
Composição em 2018
Remunerações
Revisor Oficial de Contas
Identificação em 2018
Mandato
(Início - Fim)Forma (1) Data
2015 - 2017 Presidente (ROC) Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC (2) (3) 21/09/2016 1 137,50 2
2015 - 2017 Vogal Maria João Dias Pessoa Araújo DUE 01/07/2015 803,00 2
2018 - 2020 Presidente (ROC) Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC (2) AG 09/05/2018 1 442,13 3
2018 - 2020 Vogal Maria João Dias Pessoa Araújo AG 09/05/2018 961,42 3
2018 - 2020 Vogal Paulo Alexandre Bento Fernandes AG 09/05/2018 961,42 1
(1) Indicar AG / DUE / Despacho
(2) Representada por José Luís Guerreiro Nunes
Cargo NomeDesignação
(3) Nomeado para o cargo de Vogal do Conselho Fiscal, através de DUE de 1 de julho de 2015 e, face à renúncia do anterior Presidente, foi designado para desempenhar esta
cargo em reunião do Conselho Fiscal de 21 de setembro de 2016, nos termos e para os efeitos do disposto no art. 415.º, 2 do Código das Sociedades Comerciais
Nº de
Mandatos
Estatuto
Remuneratório
Fixado Mensal [€]
Remuneração Anual (€)
Bruto (1)
Reduções
Remuneratórias
(2)
Valor Final
(3)=(1)-(2)
Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC 15 782 0 15 782
Maria João Dias Pessoa Araújo 12 826 0 12 826
Paulo Alexandre Bento Fernandes 6 506 0 6 506
Total 35 114 0 35 114
Nome
Mandato
(Início -
Fim) Nome
N.º
inscrição
na OROC
N.º
registo
na CMVM
Forma (1) Data
Data do
Contrato
2015 - 2017 ROC EfetivoIsabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC
representada por José Luís Guerreiro Nunes 64
109820161400 DUE 01/07/2015 29/01/2016 6 6
2015 - 2017 ROC SuplenteOliveira, Reis & Associados, SROC
representada por Joaquim Oliveira de Jesus
23
105620161381 DUE 18/04/2016 - - -
2018 - 2020 ROC EfetivoIsabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC
representada por José Luís Guerreiro Nunes 64
109820161400 AG 09/05/2018 20/08/2018 7 7
2018 - 2020 ROC SuplenteOliveira, Reis & Associados, SROC
representada por Joaquim Oliveira de Jesus
23
105620161381 AG 09/05/2018 - - -
(1) Indicar AG / DUE / Despacho
Cargo
Identificação de SROC/ROC Designação Nº de anos de
funções
exercidas no
grupo
Nº de anos de
funções
exercidas na
sociedade
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Remunerações
Auditor Externo
Identificação em 2018
Remunerações
O Conselho de Administração deu cabal cumprimento às disposições aplicáveis a remunerações
dos membros órgãos sociais, auditor externo e trabalhadores.
A Sociedade não tem em vigor qualquer sistema de complemento de pensões de reforma.
Estatuto do Gestor Público
De acordo com o disposto nos artigos 32.º e 33.º do Estatuto do Gestor Público, os membros do
Conselho de Administração não utilizaram cartões de crédito e outros meios de pagamento para
Valor
(1)
Reduções
(2)
Valor Final
(3)=(1)-(2)
Valor
(1)
Reduções
(2)
Valor Final
(3)=(1)-(2)
Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC
representada por José Luís Guerreiro Nunes15 782 0 15 782 0 0 0
Oliveira, Reis & Associados, SROC (1)
representada por Joaquim Oliveira de Jesus0 0 0 0 0 0
(1) ROC Suplente
Nome ROC / FU
Valor Anual do Contrato de
Prestação de Serviços - 2018 (€)
Valor Anual de Serviços Adicionais -
2018 (€)
NomeNº de inscrição
na OROC
Nº Registo na
CMVM
BDO & Associados, SROC 29 20161384 21/03/2019 2018 - 2020 nd 6\
(1) Informação não dsiponível, dado que a PME Investimentos não é empresa-mãe de grupo
Identificação do Auditor Externo (SROC/ROC)
Data da
Contratação
Duração do
Contrato
Nº de anos de
funções exercidas
no grupo (1)
Nº de anos de
funções exercidas
na sociedade
Identificação do
ServiçoValor
BDO & Associados, SROC 3 950 Auditoria FINOVA 4 000
Nome ROC / FU
Valor Anual do Contrato
de Prestação de
Serviços - 2018 (€)
Valor Anual de Serviços Adicionais - 2018 (€)
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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pagamento de despesas realizadas ao serviço da Sociedade e não foram reembolsados de
quaisquer despesas no âmbito de despesas de representação pessoal.
Gastos com Comunicações Móveis
Gastos Anuais Associados a Viaturas
Despesas não documentadas ou confidenciais
De acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro,
e do artigo n.º 11º do Estatuto do Gestor Público, não foram realizadas despesas não
documentadas ou confidenciais.
Gastos com Comunicações Móveis (€)
Plafond Mensal
DefinidoValor Anual Observações
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 80 736 -
Gonçalo Oliveira Lage (a) 80 385 -
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (b) 80 281 -
Vasco Vilela (c) 80 195 -
Total - 1 597 -
(a) - Em exercício de funções até 31 de maio de 2018
(b) - Em exercício de funções a partir de 1 de fevereiro de 2018
(c) - Em exercício de funções a partir de 20 de agosto de 2018
Nome
Combustível Portagens Total Observações
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 458 2 211 712 2 923 -
Gonçalo Oliveira Lage (a) 412 1 063 717 1 780 -
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (b) 366 1 470 435 1 905 -
Vasco Vilela (c) 412 1 282 452 1 734 -
Total - 6 026 2 317 8 343
(a) - Em exercício de funções até 31 de maio de 2018
(b) - Em exercício de funções a partir de 1 de fevereiro de 2018
(c) - Em exercício de funções a partir de 20 de agosto de 2018
Nome
Plafond Mensal
Combustível e
Portagens
Gastos anuais associados a Viatura (€)
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Relatório sobre remunerações pagas a mulheres e homens
A PME Investimentos preparou e divulga na sua página na Internet o Relatório previsto no artigo
2.º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014, de 7 de março, encontrando-se a
implementação das medidas resultantes do mesmo dependentes do descongelamento de
progressões salariais e de carreira no setor público empresarial. O endereço onde o referido
Relatório poderá ser consultado é o seguinte:
http://www.pmeinvestimentos.pt/sobre-nos/institucional/plano-de-igualdade-de-genero/
Relatório anual sobre prevenção da corrupção
A PME Investimentos dá cumprimento à obrigação de preparação de um relatório anual de
prevenção de riscos de corrupção prevista no Regime Jurídico do Setor Público Empresarial
mediante a elaboração dos seus Relatórios de Gestão de Riscos e de Compliance, a cuja
elaboração está obrigada nos termos da regulamentação que lhe é aplicável enquanto sociedade
financeira.
Deve ser notado que, por força do dever de segredo a que a PME Investimentos está vinculada
nos termos do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,
que conflitua com o dever de divulgação do relatório em referência, a mesma não procede à
respetiva divulgação, em conformidade com o disposto no número 6 do artigo 14.º do Regime
Jurídico do Setor Público Empresarial.
Contratação pública
Atendendo a que PME Investimentos está abrangida pelo âmbito de aplicação subjetivo do
Código dos Contratos Públicos, dando cumprimento ao disposto no Ofício n.º 1.730/10, de 25 de
fevereiro e ao Despacho n.º 483/10, de 10 de maio, do Senhor Secretário de Estado do Tesouro
e Finanças, a aquisição de bens e serviços por parte da Sociedade respeita os princípios e
procedimentos da contratação pública, nomeadamente as decorrentes das normas de
contratação pública vigentes em 2018.
A PME Investimentos apenas detém uma participação financeira de 5% no capital social da
Portugal Capital Ventures – Sociedade de Capital de Risco, S.A., pelo que não se verifica a
extensão do âmbito de aplicação das regras em referência a outras entidades.
No que respeita aos procedimentos internos de contratação pública, os mesmos não se
encontram autonomizados em regulamento interno específico, sendo observadas as regras e
formalidades previstas no Código dos Contratos Públicos. Neste sentido, o procedimento inicia-
se com deliberação da sua realização pelo Conselho de Administração da Sociedade, que aprova
os documentos concursais relevantes, prosseguindo através da utilização da plataforma Saphety
ou de correio eletrónico para a consulta ao mercado ou às entidades convidadas relativamente
ao objeto da prestação a contratar. O processo é acompanhado pela área jurídica da Sociedade
ou por um júri designado pelo Conselho de Administração, sendo a seleção do adjudicatário
RELATÓRIO E CONTAS 2018
55/104
formalizada por meio de deliberação do Conselho de Administração, a que se segue, sempre
que aplicável, a formalização do respetivo Contrato. Considerando que os procedimentos
instituídos na Sociedade são a estrita observância das disposições legais aplicáveis, os mesmos
são revistos quando há lugar à revisão de alguma das disposições legais aplicáveis.
A PME Investimentos não praticou quaisquer atos ou celebrou quaisquer contratos com valor
superior a 5 milhões de euros.
Sistema Nacional de Compras Públicas
A PME Investimentos segue uma prática de racionalização, transparência e eficiência dos
procedimentos e política de aprovisionamento de bens e serviços, não tendo em 2018 aderido
ao Sistema Nacional de Compras Públicas ou a qualquer outra central de natureza análoga.
Medidas de redução de gastos operacionais
Para efeitos de análise de eficiência operacional, após parecer favorável da Unidade Técnica de
Acompanhamento e Monitorização do Setor Empresarial do Estado, foi aprovada através de
Despacho da Senhora Secretária de Estado da Indústria de 27 de outubro de 2017 e do Despacho
n.º 1025/17, do Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, um indicador alternativo ao
ratio “gastos operacionais / volume de negócios”.
A metodologia aprovada para aferição da eficiência operacional assenta no apuramento de uma taxa
média ponderada de evolução da atividade desenvolvida, mediante:
• aferição dos níveis de atividade através de indicadores específicos das atividades associadas
a instrumentos de dívida e instrumentos de capital, “nº. de operações vivas” e “unidades de
ação” , respetivamente
• apuramento do peso relativo destas duas áreas de atividades específicas, tendo por base o
nº de colaboradores e subcontratados afetos diretamente às respetivas áreas operacionais.
A avaliação da melhoria de eficiência dos recursos utilizados é aferida através da contraposição da
taxa de variação da atividade desenvolvida versus taxa de variação dos gastos operacionais.
A taxa de crescimento da atividade prevista e concretizada em 2018 foi, respetivamente, de 20,2% e
14,0%:
RELATÓRIO E CONTAS 2018
56/104
Atestando da melhoria de eficiência operada em 2018, a taxa de variação dos gastos operacionais foi
inferior ao crescimento de atividade, ascendendo a 11%:
Os Instrumentos Previsionais de Gestão para o período 2018-2020 mereceram parecer favorável da
Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Empresarial do Estado e foram
aprovados por Despacho Conjunto do Exmo. Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças e
do Exmo. Senhor Ministro Adjunto e da Economia, de 27 de dezembro de 2018.
2018 2018 2017
Previsão Execução Execução
Indicadores de Atividade
Capital - Nº de unidades de ação 7 237 6 671 5 592
Dívida - Nº de operações vivas 83 010 84 023 80 536
Recursos humanos direto afetos a atividades opercionais 20,0 19,8 21,0
Capital 13,0 12,8 14,0
Dívida 7,0 7,0 7,0
Taxa de ponderação de atividades operacionais
Capital 65,0% 64,6% 66,7%
Dívida 35,0% 35,4% 33,3%
Taxa de crescimento anual de atividade 20,2% 14,0% 17,5%
Unid: €
2018 2018 2017 2016
Execução Previsão Execução Execução ∆ Absol. Var. %
(1) Gastos administrativos 917 834 1 083 400 943 910 809 445 - 26 076 -3%
(2) Gastos com o pessoal, corrigidos dos encargos i), ii) e iii) 1 539 014 1 541 959 1 269 810 1 186 387 269 204 21%
(2.i) Indemnizações pagas por rescisão 0 0 0 0 0 -
(2.ii) Valorizações remuneratórias nos termos da LOE 2018 0 0 0 0 0 -
(2.iii) Impacto da aplicação do disposto no artigo
21.º da Lei n.º 42/2016, de 29 de dezembro 0 0 0 0 0 -
(3) Gastos operacionais a)= (1)+(2) 2 456 848 2 625 359 2 213 720 1 995 832 243 128 11%
(4) Taxa de variação dos gastos operacionais (2018 / 2017) 11,0% 18,6%
(5) Taxa de variação do nível de atividade (2018/2017) 14,0% 20,2%
(5A) Indicador de Eficiência (5) / (4) 1,28 1,09
a) Para aferir o grau de cumprimento das medidas de redução de gastos operacionais (Gastos
Administrativos (CMVMC+FSE)+ Gastos com Pessoal) não são considerados os gastos com as
indemnizações por rescisão, com a aplicação do disposto no artigo 21.º da Lei n.º 42/2016, de
28 de dezembro, e com as valorizações remuneratórias nos termos do disposto na LOE 2018.
2018 / 2017
RELATÓRIO E CONTAS 2018
57/104
Em simultâneo foi aprovado pedido de exceção ao cumprimento das medidas de redução de
gastos aplicáveis ao ano de 2018.
O valor dos custos registados em 2018 não atingiu os valores autorizados para as diversas
rubricas indicadas no quadro seguinte:
Os custos com pessoal, totalizando 1.539.014 euros, encontram-se ligeiramente abaixo do
orçamento, registando um acréscimo de 21% face a 2017, justificado pelo aumento de custos
associado à recomposição dos órgãos sociais, nos termos aprovados pelos Senhores Acionistas,
bem como pelo impacto resultante da integração no âmbito do PREVPAP de 8 colaboradores
que anteriormente mantinham com a Sociedade uma relação contratual como prestadores de
serviços.
Também os gastos administrativos registam um desvio favorável de 15% face ao previsto, com
uma redução de 3% face ao anterior.
Os gastos com deslocações / alojamentos, com viaturas e com a contratação de estudos,
pareceres, projetos e consultoria ficaram aquém dos valores autorizados em 70 mil euros, com
um desvio favorável de cerca de 18%.
Unid: €
2018 2018 2017 2016
Execução Previsão Execução Execução ∆ Absol. Var. %
(1) Gastos administrativos 917 834 1 083 400 943 910 809 445 - 26 076 -3%
(2) Gastos com o pessoal, corrigidos dos encargos i), ii) e iii) 1 539 014 1 541 959 1 269 810 1 186 387 269 204 21%
(2.i) Indemnizações pagas por rescisão 0 0 0 0 0 -
(2.ii) Valorizações remuneratórias nos termos da LOE 2018 0 0 0 0 0 -
(2.iii) Impacto da aplicação do disposto no artigo
21.º da Lei n.º 42/2016, de 29 de dezembro 0 0 0 0 0 -
(3) Conjunto dos gastos com deslocações, ajudas de custo
e alojamento, e os associados à frota automóvel (i+ii+iii) 92 066 100 234 51 766 38 915 40 300 78%
(i) Gastos com Deslocações/Alojamento (FSE) 27 800 29 815 10 748 7 476 17 052 159%
(ii) Gastos com Ajudas de Custo (Gastos c/ Pessoal) 0 0 0 0 0 -
(iii) Gastos com as viaturas a) 64 266 70 419 41 018 31 439 23 248 57%
(4) Conjunto dos gastos com contratação de estudos,
pareceres, projetos e consultoria 233 552 295 260 226 157 217 100 7 395 3%
(5) Número Total de RH (OS+CD+Trabalhadores) (médio) 26,2 26,2 22,0 22,5 4,2 19%
Nº de Órgãos Sociais (OS) (médio) 2,7 2,7 2,0 1,8 0,7 35%
Nº de Cargos de Direção (CD) (médio) 4,6 4,6 4,0 4,0 0,6 15%
Nº de Trabalhadores (sem OS e sem CD) (médio) 18,9 18,9 16,0 16,7 2,9 18%
Nº Trabalhadores /Nº Cd 4,1 4,1 4,0 4,2 0,1 3%
(9) Nº de Viaturas 10 10 9 9 1 11%
a) Os gastos com as viaturas deverão incluir: rendas/amortizações, inspeções, seguros, portagens, combustíveis, manutenção, reparação, pneumáticos,
taxas e impostos.
2018 / 2017
RELATÓRIO E CONTAS 2018
58/104
Auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas
No triénio 2016-2018, o Tribunal de Contas não dirigiu à Sociedade quaisquer recomendações
resultantes de auditorias conduzidas por esta entidade.
Divulgação de Informação
A Sociedade dá integral cumprimento aos deveres de divulgação de informação junto da Direção
Geral do Tesouro e Finanças, encontrando-se disponível no portal das empresas do Setor
Empresarial do Estado toda a informação requerida por aquela entidade.
S/N/NA Data Atualização
Estatutos S 27/fev/18
Caraterização da Empresa S 9/mai/11
Função de tutela e acionista S 15/jan/16
Modelo de Governo / Membros dos Orgãos Sociais:
- Identificação dos Órgãos Sociais S 23/out/18
- Estatuto remuneratório fixado S 23/out/18
- Divulgação das remunerações auferidas pelos Órgãos
SociaisS 23/out/18
- Identificação das funções e responsabilidades dos
membros do Conselho de AdministraçãoS 23/out/18
- Apresentação das sínteses curriculares dos membros dos
Órgãos SociaisS 23/out/18
Esforço Financeiro do Estado S 17/abr/18
Ficha sintese S 23/out/18
Informação financeira histórica e atual S 17/abr/18
Princípios de Bom Governo
- Regulamentos internos e externos a que a empresa está
sujeitaS 17/abr/18
- Transações relevantes com entidades relacionadas S 17/abr/18
- Outras transações S 17/abr/18
- Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios:
Económico S 17/abr/18
Social S 17/abr/18
Ambiental S 17/abr/18
- Avaliação do cumprimento dos Princípios de Bom Governo S 17/abr/18
- Código de Ética S 13/jul/16
Informação a constar no Site do SEE
Divulgação
Comentários
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Síntese
CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS
Cumprimento
S/N/N.A.
Objetivos de Gestão:
Objetivo 1 - Lançamento, operacionalização e acompanhamento de
instrumentos de política pública integrados nos fundos sob gestãoS n.a.
conforme relatado no ponto I.1 -
atividade desenvolvida (pág. 3 a
6)
Metas a atingir constantes do PAO 2018:
Princípios Financeiros de Referência S
Investimento S n.a.
Gastos com Pessoal S
Grau de execução do orçamento carregado no SIRIEF S n.a.
conforme relatado no ponto I.4 -
situação económico-financeira
(pág. 61 a 65)
Evolução do PMP a fornecedores S + 5 diasCumprimento dos prazos
acordados com os fornecedores
Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") N.A.
Recomendações do acionista na última aprovação de contas
Promover a otimização dos gastos operacionais, no que se refere
aos gastos associados à frota automóvel.S n.a.
conforme relatado no ponto I.3 -
cumprimento de recomendações
(pág. 57)
Remunerações:
Não atribuição de prémios de gestão S n.a.
CA - reduções e reversões remuneratórias vigentes em 2018 S 11 869 € Total da redução remuneratória
Fiscalização (CF/ROC/FU) - reduções e reversões remuneratórias
vigentes em 2018N.A.
Quantificação /
Identificação
Justificação / Referência ao
ponto do Relatório
conforme relatado no ponto I.3 -
objetivos de gestão (pág. 45 e
46)
Cumprimento das Orientações legais
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS
Cumprimento
S/N/N.A.
EGP - Artigo 32º e 33º do EGP
Não utilização de cartões de crédito S n.a.
Não reembolso de despesas de representação pessoal S n.a.
Valor máximo das despesas associadas a comunicações S n.a.
Valor máximo de combustível e portagens afeto mensalmente às
viaturas de serviçoS n.a.
Despesas não documentadas ou confidenciais - nº 2 do artigo
16º do RJSPE e artigo 11º EGP
Proibição de realização de despesas não documentadas ou
confidenciaisS n.a.
Promoção da igualdade salarial entre mulheres e homens - nº
2 da RCM nº 18/2014
Elaboração e divulgação do relatório sobre as remunerações pagas
a homens e mulheresS n.a.
http://www.pmeinvestimento
s.pt/sobre-
Elaboração e divulgação do relatório anual sobre Prevenção
da CorrupçãoS n.a.
conforme relatado no ponto I.3 -
relatório anual sobre prevenção
da corrupção (pág. 54)
Contratação Pública
Aplicação das Normas de contratação pública pela empresa S n.a.conforme relatado no ponto I.3 -
contratação pública (pág.54 e 55)
Aplicação das Normas de contratação pública pelas participadas N.A.
Contratos submetidos a visto prévio do TC N.A.
Auditorias do Tribunal de Contas N.A.
Parque Automóvel
Nº de Viaturas + 1Em função da nomeação de um
membro do CA adicional
Gastos Operacionais das Empresas Públicas S
conforme relatado no ponto I.3,
medidas redução de gastos
operacionais (pág.55 a 57)
Justificação / Referência ao
ponto do Relatório
conforme relatado no ponto I.3 -
estatuto do gestor público (pág.
53)
Cumprimento das Orientações legaisQuantificação /
Identificação
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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I.4. Situação económica e financeira
No exercício de 2018, a Sociedade registou um lucro de 3.037.760 euros, 8% acima dos
2.817.290 euros previstos.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Proveitos de exploração
Num total de 6.734.107 euros, os proveitos de exploração situam-se 1% acima dos valores
orçamentados e apresentam um decréscimo de 16%, quando comparados com os apurados em
2017.
PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO
€
Valor % Valor %
Rendimentos de comissões 6 601 780 7 856 462 6 514 700 -1 254 682 -16% 87 080 1%
Outros proveitos de exploração 132 327 173 114 133 560 -40 787 -24% -1 233 -1%
Total de Proveitos de Exploração 6 734 107 8 029 576 6 648 260 -1 295 469 -16% 85 847 1%
Custos com o pessoal 1 539 014 1 269 810 1 541 959 269 204 21% -2 945 0%
Outros gastos administrativos 917 834 943 910 1 083 400 -26 076 -3% -165 566 -15%
Depreciações e amortizações 107 648 110 851 125 780 -3 203 -3% -18 132 -14%
Outros custos 203 836 211 080 253 384 -7 244 -3% -49 548 -20%
Total de Custos de Exploração 2 768 332 2 535 651 3 004 523 232 681 9% -236 191 -8%
Margem de Exploração 3 965 774 5 493 924 3 643 737 -1 528 150 -28% 322 037 9%
Resultados Financeiros 217 200 169 259 214 974 47 941 28% 2 226 1%
Resultados de Valorização de Ativos -140 581 -48 198 -120 000 -92 383 192% -20 581 17%
Resultados de Venda de Ativos 0 6 100 30 000 -6 100 - -30 000 -
Impostos sobre Lucros 1 004 634 1 433 448 951 421 -428 814 -30% 53 213 6%
Resultado líquido do exercício 3 037 760 4 187 638 2 817 290 -1 149 878 -27% 220 470 8%
Variação Real/OrçamentoDemonstração de resultados Real 2018 Real 2017
Orçamento
2018
Variação 2018/2017
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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As comissões de gestão ascendem a 6.601.780 euros, 1% acima do valor orçamentado.
Comparando com o período homólogo do ano anterior, constata-se uma redução de 1.255 mil
euros (- 16%), refletindo as reduções de capital do FINOVA que têm vindo a ser registadas com
o encerramento das Linhas de Crédito.
A rubrica de outros proveitos num total de 132.327 euros, que respeitam quase que
exclusivamente a faturação a empresas participadas do FACCE, apresenta um desvio negativo
de 1% face aos valores orçamentados e regista um decréscimo de 24% face ao ano anterior,
resultante de operações de desinvestimento e suspensão da faturação a empresas que entram
em processos de insolvência.
Custos de exploração
Os custos de exploração cifraram-se em 2.768.332 euros, 8% abaixo do valor orçamentado,
representando um acréscimo de 9% face ao ano anterior.
CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
Os custos com pessoal totalizam 1.539.014 euros, valor muito próximo do previsto A
recomposição dos órgãos sociais e a passagem ao quadro de pessoal de 8 colaboradores no
âmbito do PREVPAP são responsáveis pelo acréscimo de 21% destas despesas face a período
homólogo do ano anterior (+269 mil euros).
Os custos com fornecimentos e serviços externos, com um valor total de 917.834 euros, registam
um desvio favorável global face ao orçamento da ordem dos 15% (-166 mil euros) e uma redução
de 3% face a 2018.
A generalidade destas rubricas regista um ritmo de realização de despesa inferior ao previsto no
orçamento, com exceção de custos com comunicações, deslocações e estadas e sistemas de
informação, todos eles com desvios de valores muito pouco significativos.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
63/104
A rubrica de outros custos, respeitando essencialmente a IVA suportado, totalizam 203.836
euros, encontrando-se abaixo do valor orçamentado em 20%.
O valor das amortizações regista uma redução face ao ano anterior de cerca de 3 mil euros e
situou-se 18 mil euros abaixo do previsto, nomeadamente porque os investimentos ficaram
aquém dos valores previstos.
Outros resultados
Os resultados financeiros, correspondentes a juros e proveitos equiparados, no valor de 217.200
euros que registam um acréscimo de 28% face a 2017 por via do reforço das aplicações em
títulos da dívida pública, que proporcionam rentabilidades mais interessantes do que as
aplicações em depósitos bancários. Os juros obtidos estão consonantes com os valores
orçamentados.
O resultado líquido apurado incorpora ainda resultados de valorização de ativos num total de
140.581 euros negativos que respeitam ao reforço de imparidades de saldos devedores.
RESULTADO LÍQUIDO
De salientar ainda que com a aplicação da IFRS 9 à data de 1 de janeiro de 2018, as perdas por
imparidade foram reforçadas em 112.511,65 euros, valor que foi registado em conta de outro
rendimento integral acumulado.
Fluxos de caixa
Os fluxos financeiros associados à exploração geraram um saldo de exploração de 4.376.630
euros, cerca de 624 mil euros superior ao previsto.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
64/104
O nível de liquidez à data de 31 de dezembro de 2018 encontra-se abaixo do valor orçamentado
em 2.046.611 euros, contribuindo para este desvio, de forma relevante, o atraso registado no
pagamento de comissões de gestão porparte do FINOVA, situação que foi regularizada no mês
de janeiro.
Em contrapartida, os pagamentos ao pessoal e fornecedores foram inferiores aos previstos em
309 mil euros, acompanhando a tendência dos custos com fornecimentos e serviços externos.
De referir ainda que não se concretizou a alienação de ativos fixos prevista, aspecto que foi
compensado pelo facto do investimento ter ficado aquém do orçamentado.
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
Estrutura Patrimonial
Com um ativo líquido da ordem dos 51,4 M€, em que as aplicações em instituições de crédito e
títulos da dívida pública representam 82% do total, a estrutura financeira mantém-se bastante
sólida.
O nível de endividamento encontra-se 20% do previsto, mas respeita exclusivamente a dívidas
correntes de funcionamento, sem que haja qualquer atraso no pagamento.
O aumento do capital próprio e do ativo líquido face ao previsto reflete fundamentalmente uma
performance mais favorável do que a perspetivada, com o apuramento de um resultado líquido
acima do previsto em 220 mil euros.
€
Valor %
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Juros e comissões 5 128 995 7 507 371 -2 378 376 -32%
Pagamentos a pessoal e fornecedores -2 513 570 -2 822 580 309 010 -11%
Outros resultados -247 750 -269 895 22 145 -8%
Outros ativos 320 000 320 000 0 0%
Impostos sobre lucros -1 033 128 -1 033 409 281 0%
Total 1 654 547 3 701 487 -2 046 940 -55%
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisições de activos f ixos -14 491 -44 820 30 329 -68%
Alienações de ativos f ixos 0 30 000 -30 000 -
Total -14 491 -14 820 329 -2%
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Dividendos distribuídos -3 350 110 -3 350 110 0 -
Total -3 350 110 -3 350 110 0 -
Variação de Liquidez -1 710 054 336 557 -2 046 611 -608%
Liquidez no início do período 33 502 568 33 502 568 0 0%
Liquidez no f im do período 31 792 514 33 839 125 -2 046 611 -6%
Demonstração de fluxos de caixaReal
2018
Orçamento
2018
Variação Real/Orçamento
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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BALANÇO
I.5. Agradecimentos
O Conselho de Administração manifesta o seu reconhecimento a todas as instituições que
colaboraram com a Sociedade no decurso do ano de 2018, nomeadamente aos Acionistas,
Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral, pela disponibilidade e colaboração prestada, e às
entidades participantes e membros dos órgãos sociais dos fundos geridos pela confiança e
cooperação manifestadas, bem como aos colaboradores da Sociedade, pelo empenho e elevado
profissionalismo evidenciados no desempenho das suas funções.
I.6. Proposta de Aplicação de Resultados
O Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação para o lucro do exercício de 2018, no
valor de 3.037.760,24 euros:
Para Reserva Legal 303.776,02 €
Para Dividendos 1.518.880,12 €
Para Reservas Livres 1.215.104,10 €
€
Valor %
Activo
Aplicações em instituições de crédito 31 794 045 33 839 125 -2 045 080 -6%
Ativos f ixos 2 331 254 2 348 716 -17 462 -1%
Participações de capital 2 163 321 2 202 321 -39 000 -2%
Títulos de Dívida Pública 10 493 018 10 493 018 0 0%
Outros activos 4 627 917 2 163 192 2 464 725 114%
Total do activo 51 409 555 51 046 371 363 184 1%
Passivo
Outros passivos 477 579 392 346 85 233 22%
Total do Passivo 477 579 392 346 85 233 22%
Capital próprio
Capital 23 228 000 23 228 000 0 0%
Outras reservas e resultados transitados 24 666 216 24 608 735 57 481 0%
Resultado do exercício 3 037 760 2 817 290 220 470 8%
Total do capital próprio 50 931 976 50 654 025 277 951 1%
Total do passivo e do capital próprio 51 409 555 51 046 371 363 184 1%
BalançoReal
2018
Orçamento
2018
Variação Real/Orçamento
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Lisboa, 4 de abril de 2019
O Conselho de Administração
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes
Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho
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II DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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II.1. Balanço em 31 de dezembro de 2018 (em euros)
O Responsável da Contabilidade O Conselho de Administração
Sónia Isabel de Matos Timóteo Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes
Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho
Notas 31.Dez.2018 31.Dez.2017
Ativo
Caixa, saldos de caixa em bancos centrais e outros depósitos à ordem
Dinheiro em caixa 4 3 250,00 3 250,00
Outros depósitos à ordem 5 88 263,79 155 076,31
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral
Instrumentos de capital 6 2 163 321,10 2 202 321,10
Ativos financeiros pelo custo amortizado
Empréstimos e adiantamentos- Instituições de crédito 7 31 702 530,95 33 346 238,56
Empréstimos e adiantamentos- Outros 8, 14 4 088 437,87 1 972 690,01
Títulos de dívida 9 10 695 634,90 10 992 266,58
Ativos tangíveis
Ativos fixos tangíveis 10 2 281 608,14 2 345 067,95
Ativos intangíveis
Outros ativos intangíveis 11 49 645,86 79 427,94
Ativos por impostos
Ativos por impostos correntes 12 245 211,82 216 717,73
Ativos por impostos diferidos 12 46 146,44 -
Outros ativos 13 45 504,23 351 321,17
Total de Ativo 51 409 555,10 51 664 377,35
Notas 31.Dez.2018 31.Dez.2017
Passivo
Outros passivos 15 477 578,49 365 019,55
Total de Passivo 477 578,49 365 019,55
Capital
Capital 16 27 500 000,00 27 500 000,00
Outro rendimento integral acumulado 16 - 88 853,56 -
Outras reservas 16 24 755 069,93 23 883 719,90
Ações próprias 16 -4 272 000,00 -4 272 000,00
Resultados atribuíveis aos proprietários da empresa mãe 16 3 037 760,24 4 187 637,90
Total de Capital 50 931 976,61 51 299 357,80
Total de Passivo + Capital 51 409 555,10 51 664 377,35
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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II.2. Demonstração de Resultados em 31 de
dezembro de 2018
(em euros)
O Responsável da Contabilidade O Conselho de Administração
Sónia Isabel de Matos Timóteo Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes
Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho
Notas 2018 2017
Receitas de juros
Ativos financeiros pelo custo amortizado 18 217 200,34 169 259,47
Despesas com juros
Outros passivos 19 - - 0,90
Receitas de taxas e comissões 20 6 601 779,73 7 856 461,81
Despesas de taxas e comissões 20 - 13 126,53 - 9 101,18
Diferenças cambiais 21 - - 21,27
Ganhos ou perdas com o desreconhecimento de ativos não financeiros 22 - 6 100,00
Outras receitas operacionais 23 132 326,79 177 037,41
Outras despesas operacionais 23 - 190 709,48 - 205 880,22
Receitas Operacionais Totais (Valor Líquido) 6 747 470,85 7 993 855,12
Despesas administrativas
Custos com o pessoal 24 -1 539 013,90 -1 269 810,24
Outras despesas administrativas 25 - 917 833,89 - 943 909,70
Depreciação
Ativos fixos tangíveis 10 - 77 865,96 - 100 912,30
Ativos fixos intangíveis 11 - 29 782,08 - 9 939,00
Imparidades ou reversão de imparidades de ativos financeiros não mensurados
pelo justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo custo amortizado 14 - 140 581,24 - 48 198,31
Resultado antes de impostos 4 042 393,78 5 621 085,57
Impostos
Correntes 12 1 004 633,54 1 433 447,67
Diferidos - -
Resultados após impostos 3 037 760,24 4 187 637,90
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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II.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa dos
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018
e 2017
(em euros)
2018 2017
Atividades Operacionais
Juros e comissões recebidos 5 128 994,79 8 914 176,75
Juros e comissões pagos - 15 675,37 - 10 620,49
Pagamentos ao pessoal e fornecedores -2 513 570,03 -2 384 579,27
Outros resultados operacionais - 232 074,71 - 337 800,45
Pagamento / recebimento de impostos sobre os lucros -1 033 127,63 -1 804 546,34
Outros ativos 320 000,00 -10 456 923,69
1 654 547,05 -6 080 293,49
Atividades de Investimento
Recebimentos de devedores por venda de participações - 4 278,53
Aquisições de ativos tangíveis e intangíveis - 14 490,91 - 54 362,90
Vendas de ativos tangíveis - 6 100,00
- 14 490,91 - 43 984,37
Atividades de Financiamento
Distribuição de dividendos -3 350 110,32 -2 734 021,37
-3 350 110,32 -2 734 021,37
Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes -1 710 054,18 -8 858 299,23
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 33 502 567,97 42 360 867,20
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 31 792 513,79 33 502 567,97
2018 2017
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 250,00 3 250,00
Disponibilidades em outras instituições de crédito 88 263,79 155 076,31
Ativos financeiros pelo custo amortizado - Empréstimos instituições de crédito 31 702 530,95 33 346 238,56
Rendimentos a receber
De depósitos à ordem -
De depósitos a prazo - 1 530,95 - 1 996,90
Total 31 792 513,79 33 502 567,97
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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II.4 Demonstração das Alterações do Capital Próprio
nos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018
e 2017
(em euros)
Demonstração de alterações no capital próprio Capital Ações próprias Reserva legalReserva
especial
Reservas
Livres
Outro
rendimento
integral
acumulado
Resultados
transitados
Resultado do
exercício
Total do Capital
Próprio
Saldo inicial em 1.Jan.2017 27 500 000,00 -4 272 000,00 8 614 450,60 71 715,25 - - 12 362 337,31 5 468 042,73 49 744 545,89
Ajustamento de transição IAS 39 - Imparidade de devedores - - - - - - 101 195,38 - 101 195,38
Aplicação dos resultados de 2016 - - 546 804,27 - 14 549 554,40 - -12 362 337,31 -5 468 042,73 -2 734 021,37
Resultado do exercício de 2017 - - - - - - - 4 187 637,90 4 187 637,90
Saldo final em 31.Dez.2017 27 500 000,00 -4 272 000,00 9 161 254,87 71 715,25 14 549 554,40 - 101 195,38 4 187 637,90 51 299 357,80
Resultados de valorização de justo valor - - - - 96 000,00 - 88 853,56 - - 7 146,44
Ajustamento de transição IFRS 9- Imparidade de devedores - - - - - - - 62 177,55 - - 62 177,55
Aplicação dos resultados de 2017 - - 418 763,79 - 418 763,79 - - -4 187 637,90 -3 350 110,32
Resultado do exercício de 2018 - - - - - - - 3 037 760,24 3 037 760,24
Saldo final em 31.Dez.2018 27 500 000,00 -4 272 000,00 9 580 018,66 71 715,25 15 064 318,19 - 88 853,56 39 017,83 3 037 760,24 50 931 976,61
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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II.5 Demonstração de Rendimento Integral nos
Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2018 e
2017
(em euros)
2018 2017
Resultado Líquido do Período 3 037 760,24 4 187 637,90
Items que não serão reclassificados para o resultado líquido
Ajustamento de transição IAS 39 - Imparidade de devedores - 101 195,38
Resultados de valorização de justo valor 7 146,44 -
7 146,44 101 195,38
Total de Rendimento Integral do Período 3 044 906,68 4 288 833,28
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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II.6 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
do Exercício Findo em 31 de dezembro de 2018
0. Introdução
A Sociedade foi constituída em 1989, sob a forma de sociedade anónima, com a denominação
de SULPEDIP – Sociedade para o Desenvolvimento Industrial, S.A., com sede em Lisboa, tendo
em 1998 alterado a sua denominação para PME Investimentos – Sociedade de Investimento,
S.A..
O seu objeto social consiste na realização de operações de natureza financeira e na prestação
de serviços conexos, que visem fundamentalmente a melhoria das condições de financiamento
de entidades do setor não financeiro, de forma a impulsionar o investimento, o desenvolvimento
e a reestruturação empresarial.
No desenvolvimento da sua atividade, a Sociedade dedica-se, especialmente, às seguintes
operações:
• consultoria de empresas em matéria de estrutura de capital, estratégia empresarial,
comercial e tecnológica, bem como consultoria e serviços no domínio da fusão ou compra
de empresas;
• administração de fundos de investimento fechados, bem como outros previstos em leis
especiais;
• gestão e tomada de participações no capital das sociedades, promovendo o lançamento
de novas empresas e a recuperação e revitalização de outras.
1. Bases de apresentação e comparabilidade
As demonstrações financeiras individuais da PME Investimentos foram preparadas no pressuposto
da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo
com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC).
Os elementos constantes nas presentes Demonstrações Financeiras são comparáveis com os do
exercício anterior, à exceção dos impactos resultantes da adopção da IFRS 9, conforme indicado na
nota 2 deste anexo.
As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foram
aprovadas pelo Conselho de Administração da PME Investimentos em 29 de março de 2019 e irão
ser apresentadas para aprovação da Assembleia Geral.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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2. Adoção pela primeira vez da IFRS 9
Na adoção pela primeira vez da IFRS 9, a PME Investimentos avaliou os títulos de dívida pública
quanto ao modelo de negócio usado para os gerir e às características contratuais de fluxos de
caixa dos títulos de dívida, com base nos factos e circunstâncias prevalecentes na data de
transição. Quanto ao modelo de negócio, o objetivo da posse dos títulos de dívida é recolher os
fluxos de caixa contratuais. Efetivamente, os títulos de dívida são geridos em conjunto e o seu
desempenho é avaliado e comunicado ao Conselho de Administração considerando a realização
dos fluxos de caixa mediante a recolha de pagamentos contratuais durante a vida dos títulos de
dívida. A PME Investimentos não vendeu, em períodos anteriores, valores significativos de títulos
de dívida e não tem a expectativa de, no futuro, o fazer. Quanto aos fluxos contratuais, os títulos
de dívida dão origem, em datas definidas, a fluxos de caixa que são apenas reembolsos de
capital e pagamentos de juros sobre o capital em dívida. Os títulos de dívida são obrigações de
taxa fixa e de taxa variável, refletindo essa taxa uma retribuição pela passagem do tempo. Além
disso, o capital relativo aos títulos de dívida corresponde ao justo valor no reconhecimento inicial.
Os termos contratuais dos títulos de dívida não incluem condições que possam alterar o
calendário ou a quantia dos fluxos de caixa contratuais. Sendo o objetivo do modelo de negócio
recolher os fluxos de caixa contratuais e sendo os termos contratuais dos títulos de dívida apenas
capital e juros, os títulos de dívida são mensurados pelo custo amortizado.
Quanto às participações financeiras detidas na data de aplicação inicial da IFRS 9, a PME
Investimentos designou-as como mensuradas pelo justo valor através do outro rendimento
integral, com base nos factos e circunstâncias prevalecentes nesta data. A entidade optou por
exercer a opção de mensurar as ações pelo justo valor com as variações do justo valor
reconhecidas em outro rendimento integral.
A PME Investimentos avaliou também as aplicações em instituições de crédito quanto ao modelo
de negócio usado para as gerir e às características contratuais de fluxos de caixa, com base nos
factos e circunstâncias prevalecentes na data de transição. O objetivo da entidade relativamente
a estas aplicações é recolher os fluxos de caixa contratuais e os termos contratuais destas
aplicações incluem apenas capital e juros. Desta forma, as aplicações em instituições de crédito
devem ser classificadas, na data de aplicação inicial da IFRS 9, como ativos financeiros
mensurados pelo custo amortizado.
Por último, a PME Investimentos mensurou os créditos de clientes pelo custo amortizado uma
vez que o objetivo da entidade relativamente a estes créditos é recolher os fluxos de caixa
contratuais e os termos contratuais dos créditos incluem apenas capital e juros, quando aplicável.
O quadro da página seguinte resume a reclassificação dos ativos financeiros de acordo com a
IAS 39 para os ativos financeiros de acordo com a IFRS 9.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Na data de aplicação inicial da IFRS 9, é determinado se houve, ou não, um aumento significativo
do risco de crédito desde o reconhecimento inicial. Para tal, foram utilizadas informações
razoáveis e sustentáveis que estavam disponíveis sem custos ou esforços indevidos (informação
histórica, informações constantes de relatórios internos e estatísticas, informações sobre
produtos semelhantes ou a experiência de outras entidades com instrumentos financeiros
comparáveis). A PME Investimentos optou por uma das exceções previstas na IFRS 9 para
determinar se se verificou um aumento significativo do risco de crédito, desde o reconhecimento
inicial: foi considerado que o risco de crédito associado a um ativo financeiro aumentou
significativamente desde o reconhecimento inicial quando os pagamentos contratuais estão
vencidos há mais de 30 dias.
Assim, os créditos que não estejam em mora há mais de 30 dias são considerados como estando
no stage 1. Para estes créditos, a provisão para perdas de crédito previstas é mensurada por
uma quantia igual às perdas de crédito esperadas num prazo de 12 meses. Os créditos em mora
há mais de 30 dias, mas sem estarem em imparidade de crédito, são considerados como estando
no stage 2. Para estes créditos, a provisão para perdas de crédito previstas foi mensurada por
uma quantia igual às perdas de crédito esperadas ao longo da respetiva duração. Os créditos
em mora há mais de 30 dias, e em imparidade de crédito, são considerados como estando no
stage 3. Para estes créditos, a provisão para perdas de crédito previstas foi mensurada por uma
quantia igual às perdas de crédito esperadas ao longo da respetiva duração.
O quadro da página seguinte reconcilia as perdas por imparidade reconhecidas em 31 de
dezembro de 2017, calculadas de acordo com a IAS 39, com as perdas por imparidade a 1 de
janeiro de 2018, de acordo com a IFRS 9.
Ativos
financeiros
Categoria do ativo
financeiro (IAS 39)
Categoria do ativo
financeiro (IFRS 9)
Valor contabilístico do
ativo financeiro (IAS 39)
Valor contabilístico do
ativo financeiro (IFRS 9)
Títulos de
dívida pública
Investimentos até à
maturidade
Ativos financeiros
mensurados pelo
custo amortizado
10.992.266,58 10.992.266,58
Participações
financeiras
Ativos financeiros
disponíveis para
venda
Ativos financeiros
mensurados pelo justo
valor através do outro
rendimento integral
2.202.321,10 2.202.321,10
Aplicações em
instituições de
crédito
Aplicações em
instituições de crédito
Ativos financeiros
mensurados pelo
custo amortizado
33.346.238,56 33.346.238,56
Créditos a
clientesCréditos a clientes
Ativos financeiros
mensurados pelo
custo amortizado
2.301.542,39 2.189.030,74
Total 48.842.368,63 48.729.856,98
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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3. Principais Políticas Contabilísticas
As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
foram as seguintes:
3.1 Especialização dos Exercícios
Os custos e proveitos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios,
sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou
recebimento. Os juros vencidos e não cobrados são desreconhecidos três meses após a data do seu
vencimento, conforme disposto na Instrução nº 6/2005 do Banco de Portugal. Os dividendos são
reconhecidos quando são atribuídos.
3.2 Transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são registadas às taxas de câmbio em vigor na data da
transação. Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para
euros, à data do balanço, com base nas taxas de câmbio divulgadas pelo Banco de Portugal.
As diferenças de câmbio apuradas nesta conversão são reconhecidas como ganhos ou perdas do
período na demonstração de resultados.
3.3 Ativos financeiros
Os investimentos em ativos financeiros foram classificados em:
• Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado: inclui os ativos financeiros cujo
modelo de negócio é recolher os fluxos contratuais e estes fluxos de caixa contratuais
correspondem apenas a capital e juros; e
• Ativos financeiros mensurados pelo justo valor através do outro rendimento integral: inclui
participações financeiras adquiridas relativamente às quais foi exercida a opção de as
mensurar pelo justo valor através do outro rendimento integral.
Perda por imparidade Perda por imparidade
1 de janeiro de 2018 31 de dezembro de 2017
IFRS 9 IAS 39
Títulos de
dívida pública0,00 0,00 0,00
Participações
financeiras0,00 0,00 0,00
Aplicações em
instituições de
crédito
0,00 0,00 0,00
Créditos a
clientes1.868.568,61 1.756.056,96 112.511,65
Total 1.868.568,61 1.756.056,96 112.511,65
Ajustamento
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Os ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado são mensurados inicialmente pelo custo de
aquisição e subsequentemente pelo custo amortizado utilizando-se a taxa de juro efetiva. Estes ativos
financeiros estão sujeitos aos procedimentos de imparidade.
Os ativos financeiros mensurados pelo justo valor através do outro rendimento integral são
mensurados inicialmente pelo custo de aquisição e subsequentemente pelo justo valor, com as
variações do justo valor reconhecidas no capital próprio. O justo valor é determinado com referência
ao valor atual dos fluxos financeiros futuros. Estes ativos financeiros não se encontram sujeitos a
procedimentos de imparidade.
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários
originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e
benefícios associados à sua posse.
3.4 Imparidade em ativos financeiros
A Sociedade avalia se existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, de
acordo com as disposições relevantes da International Financial Reporting Standard 9: Instrumentos
Financeiros, tendo em consideração as orientações e esclarecimentos transmitidos pelo Banco de
Portugal através das Cartas Circulares n.º 06/2018/CC, de 24 de janeiro de 2018, e n.º 62/2018/CC,
15 de novembro de 2018.
Na mensuração das perdas de crédito esperadas, foram objeto de análise individual todos os créditos,
dada a reduzida dimensão da carteira de clientes. Os créditos no stage 3 foram evidenciados
separadamente.
Para a determinação do nível de imparidade em que os ativos financeiros se encontram, no stage 1
ou no stage 2, foram definidos critérios para se identificar se o risco de crédito aumentou, ou não, de
forma significativa desde o reconhecimento inicial do ativo financeiro. Os créditos são classificados no
stage 2 ou no stage 1 consoante tenham sofrido, ou não, um aumento significativo do risco de crédito,
respetivamente.
A definição de aumento significativo do risco de crédito baseia-se em três pilares, determinados a
partir da experiência histórica da entidade, da avaliação do risco de crédito e da informação prospetiva,
sendo, dos seguintes, o primeiro o indicador primário e o segundo o indicador secundário: elemento
quantitativo, elemento qualitativo e indicador backstop. Assim, como elemento quantitativo, considera-
se que o risco de crédito aumenta significativamente quando o número de dias em mora ultrapassa
30 dias. A PME Investimentos tem uma política para cálculo dos dias que considera o total dos dias
em mora, contados desde o primeiro dia em que o crédito se encontra vencido e até à data de relato.
A renovação, refinanciamento, renegociação ou reestruturação de uma operação de crédito não
interrompe a contagem do número de dias em atraso, exceto no caso de o devedor liquidar os juros
vencidos sem recorrer a novo financiamento para esse propósito, direta ou indiretamente. Esta política
de cálculo de dias em mora é aplicada consistentemente. Como elementos qualitativos, foram
considerados: as alterações adversas, existentes ou previstas, nas condições comerciais, financeiras
ou económicas que previsivelmente venham a causar uma alteração significativa na capacidade do
mutuário para cumprir com as suas obrigações relativas à dívida; e uma alteração significativa, efetiva
ou esperada, nos resultados de exploração do mutuário. Tal como previso na IFRS 9, como indicador
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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backstop considera-se que ativos financeiros em mora há mais de 30 dias ou que tenham sido objeto
de perdão são considerados como tendo um aumento significativo do risco de crédito.
Para a determinação do nível de imparidade em que os ativos financeiros se encontram, no stage 2
ou no stage 3, foram definidos critérios para se identificar se um crédito se encontra em imparidade
de crédito. Os créditos são classificados no stage 3 ou no stage 2 consoante tenha havido um aumento
significativo do risco de crédito e estejam, ou não, em imparidade de crédito.
Os ativos financeiros em imparidade de crédito são os que verificam pelo menos uma das
seguintes situações:
a) Créditos sobre empresa com trânsito em julgado de sentença de insolvência; ou
b) Créditos reestruturados com situações de incumprimento; ou
c) Créditos reestruturados em situação de cumprimento em que o acordo de reestruturação
ocorreu há menos de um ano; ou
d) Créditos sobre empresas que cumpram cumulativamente três das seguintes condições:
i) Sem informação financeira ou quando as demonstrações financeiras do ano anterior (ou
do último semestre) evidenciam pelo menos três dos seguintes indicadores: (i) Fluxos de
caixa insuficientes face aos encargos da dívida / negativos; (ii) Capitais próprios
negativos; (iii) Resultado líquido negativo nos últimos três anos; (iv) Redução da margem
bruta das vendas superior a 50%;
ii) Quando não existir evidência de qualquer pagamento nos últimos dois anos;
iii) Em processo eminente de insolvência e/ou liquidação pedido pelos credores;
iv) Com dívidas à Segurança Social, Autoridade Tributária ou empregados; ou
v) Com Certificação Legal de Contas ou Relatório de Auditoria modificados que coloquem
em causa (i) saldos com potencial impacto na situação líquida da empresa (superior a
75%) ou (ii) continuidade do negócio.
Default foi definido, de acordo com a política e procedimentos de crédito da PME Investimentos,
como incluindo créditos que estejam em mora há mais de 90 dias ou créditos relativamente aos
quais é considerado improvável a sua recuperação integral sem recursos a procedimentos
adicionais. Esta definição foi aplicada a todos os créditos e é consistente com a definição de
incumprimento dos reguladores. Considera-se que a diferença entre a definição regulatória e a
contabilística é imaterial.
Considera-se “crédito curado” aquele que saiu da situação de incumprimento, tendo-se verificado
simultaneamente:
a) Uma melhoria da situação do devedor, sendo expectável, mediante a análise da condição
financeira, o reembolso total de acordo com as condições originais do contrato ou
modificadas;
b) Que o devedor não apresenta qualquer valor vencido; e
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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c) Que decorreu um período de quarentena de um ano, após o primeiro pagamento de capital,
em que o devedor cumpriu com as suas responsabilidades regularmente, isto é, liquidou um
valor não insignificante de capital e juros do contrato sem que tenha apresentado qualquer
exposição vencida por um período superior a 30 dias.
Para os créditos no stage 1, a mensuração das perdas de crédito esperadas a 12 meses é
efetuada considerando: ECL12meses = Loss rate x EAD x Dt
Onde
Loss rate é o valor atual da perda/Valor bruto dos créditos em default;
EAD é a exposição ao default. É a estimativa da exposição numa data futura de default. Inclui
capital vincendo, capital vencido, juros corridos e juros vencidos.
Dt é o efeito do desconto, utilizando uma taxa para descontar a perda esperada. A taxa de
desconto é a taxa de juro efetiva determinada no reconhecimento inicial ou uma aproximação da
mesma. Para os ativos financeiros com taxa de juro variável, as perdas de crédito esperadas são
descontadas usando a taxa de juro efetiva corrente. Para os ativos financeiros com taxa de juro
efetiva nula, não existe o reconhecimento de qualquer efeito do desconto.
Para os créditos no stage 2, a mensuração das perdas de crédito esperadas ao longo da vida é
efetuada considerando: LECL = LPD x EAD x LGD x Dt
Onde
LPD é a lifetime probabilidade de default. É a estimativa do número de operações que a
determinado momento se encontravam sem indícios de imparidade, mas que entraram em
default durante a duração do ativo financeiro. A LPD é baseada na LPD histórica e é
calibrada com fatores macroeconómicos futuros.
EAD é a exposição ao default. É a estimativa da exposição numa data futura de default.
Inclui capital vincendo, capital vencido, juros corridos e juros vencidos.
LGD é a loss given default. É a estimativa da perda que resulta do default. É uma % da
exposição ao default. O valor da LGD é calculado dividindo o valor da perda esperada pelo
valor bruto do crédito em default (VBCD). A perda esperada (numerador) é calculada
considerando a taxa de perda histórica, ajustada pelos efeitos macroeconómicos, aplicada
ao valor da exposição à data de relato. A taxa de perda histórica é determinada dividindo as
perdas incorridas relativas aos fluxos de caixa contratuais (capital e juros) de exposições em
default pelo valor da exposição em default, considerando os últimos 5 anos. A taxa de perda
histórica é ajustada tendo em conta fatores macroeconómicos. Assim, a LGD é determinada
da seguinte forma:
𝐿𝐺𝐷 = ⌊𝑉𝐵𝐶𝐷 − ∑
𝐹𝐶𝐶(1 + 𝑖𝑒1)
𝑡𝑡𝑟𝑡𝑖
𝑉𝐵𝐶𝐷⌋
𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎
VBCD é o valor bruto do crédito em default;
RELATÓRIO E CONTAS 2018
80/104
FCC são os fluxos de caixa contratuais (capital e juros);
ie1 é a taxa de desconto do crédito em default;
ti é o momento em que ocorre o default;
tr é o momento em que o processo de recuperação do crédito é dado como concluído;
t é o prazo médio de recuperação;
Dt é o efeito do desconto, utilizando uma taxa para descontar a perda esperada. A taxa de
desconto é a taxa de juro efetiva determinada no reconhecimento inicial ou uma aproximação da
mesma. Para os ativos financeiros com taxa de juro variável, as perdas de crédito esperadas são
descontadas usando a taxa de juro efetiva corrente. Para os ativos financeiros com taxa de juro
efetiva nula, não existe o reconhecimento de qualquer efeito do desconto.
Para os créditos no stage 3, a mensuração das perdas de crédito esperadas ao longo da vida é
efetuada considerando a fórmula anterior com uma LPD de 1.
No cálculo das perdas de crédito esperadas são ponderados fatores macroeconómicos
estimados. Os fatores macroeconómicos considerados são:
- Taxa de crescimento do PIB;
- Taxa de desemprego; e
- Variação das taxas de juro de mercado.
Como política de anulação de créditos (write-off), a PME Investimentos anula um crédito quando
ele se encontra em incumprimento e já não existe uma perspetiva razoável de recuperar os fluxos
de caixa decorrentes do ativo financeiro. Considera-se que não existe uma perspetiva razoável
de recuperação dos fluxos de caixa decorrentes do ativo financeiro quando:
a) O devedor tenha pendente processo de execução, processo de insolvência, processo
especial de revitalização ou procedimento de recuperação de empresas por via extrajudicial
(SIREVE); ou
b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em tribunal arbitral; ou
c) Se verifiquem cumulativamente as seguintes condições:
i) Os créditos tenham pelo menos uma prestação em mora há mais de 24 meses;
ii) Existam provas objetivas de imparidade, nomeadamente, não se terem verificado
pagamentos significativos nos últimos dois anos ou existirem dívidas à Segurança Social,
Autoridade Tributária ou trabalhadores; e
iii) Tenham sido efetuadas diligências para cobrança dos créditos.
A PME Investimentos não utilizou a opção de considerar que um instrumento financeiro tem um
baixo risco de crédito à data de relato nem foi ilidida a presunção de que houve um aumento
significativo no risco de crédito para ativos financeiros vencidos há mais de 30 dias. Em 2018,
não foram introduzidas alterações nos métodos de estimativa ou nos pressupostos significativos
durante o período de relato.
Em caso de modificação de créditos, a PME Investimentos procede ao cálculo do valor atual dos
fluxos financeiros resultantes da modificação, atualizados à taxa de juro efetiva original. Este
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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valor é comparado com o custo amortizado à data da modificação de modo a identificar se a
modificação é, ou não, substancial. Caso a diferença entre o custo amortizado e o valor atual
dos fluxos financeiros resultantes da modificação seja igual ou superior a 10%, a modificação é
considerada substancial. Caso contrário, a modificação não é considerada substancial.
Para efeitos de imparidade, os créditos modificados por incumprimento do devedor são
considerados no stage 3. Os créditos modificados em estado de cumprimento são considerados
no stage 1 ou no stage 2, atendendo à verificação, ou não, respetivamente, dos critérios definidos
para considerar que houve um aumento significativo do risco de crédito. Os créditos estão
sujeitos a um ano de probation, aplicando-se as definições de aumento significativo do risco de
crédito e de ativos financeiros em imparidade de crédito.
3.5 Outros ativos tangíveis
Os ativos tangíveis utilizados pela Sociedade para o desenvolvimento da sua atividade são
valorizados ao custo histórico, deduzido de subsequentes depreciações.
Os ativos tangíveis são depreciados numa base linear, pelo método das quotas constantes, utilizado
as taxas máximas anuais permitidas para efeitos fiscais de acordo com o Decreto Regulamentar
25/2009 de 14 de setembro, que se consideram adequadas face à vida útil estimada dos bens.
As despesas de investimento em obras realizadas em imóveis arrendados são amortizadas em prazo
compatível com o da sua utilidade esperada.
Anos
Imóveis de serviço próprio
Edifícios 50
Benfeitorias 8
Obras em edifícios arrendados 10
Equipamento:
Mobiliário e material 8
Equipamento informático 3
Outros ativos tangíveis 4 a 10
3.6 Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis, que correspondem essencialmente a software, encontram-se registados ao
custo de aquisição, deduzido de depreciações. As depreciações são registadas numa base linear, de
acordo com a depreciação calculada segundo o método das quotas constantes, utilizando as taxas
máximas anuais permitidas para efeitos fiscais de acordo com o Decreto Regulamentar 25/2009 de
14 de setembro, que se consideram adequadas face à vida útil estimada do software (3 anos).
3.7 Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação (legal ou construtiva), resultante de eventos
passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos e este possa ser determinado com
fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa da Sociedade de eventuais montantes que
seria necessário desembolsar para liquidar as responsabilidades à data do Balanço.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os
passivos contingentes são apenas objeto de divulgação, a menos que a sua hipótese de
concretização seja remota.
3.8 Benefícios de empregados
A Sociedade não assume responsabilidades com benefícios dos trabalhadores complementares ao
regime geral da Segurança Social.
3.9 Imposto sobre o rendimento
A Sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Coletivas (IRC) e à correspondente derrama. De acordo com a legislação em vigor, as declarações
fiscais da Sociedade estão, na generalidade dos casos, sujeitas a correção por parte das autoridades
fiscais durante um período de quatro anos contado a partir do exercido a que respeitam (dez anos
para a Segurança Social).
As declarações fiscais da Sociedade relativas aos exercícios de 2015 a 2018 encontram-se ainda
pendentes de revisão pelas autoridades fiscais. A Administração da Sociedade entende que as
correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações
fiscais de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de
dezembro de 2018.
A Sociedade regista como impostos diferidos passivos e ativos os valores respeitantes ao
reconhecimento de impostos a pagar e a recuperar no futuro, decorrentes de diferenças temporárias
entre o valor de um ativo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os créditos fiscais também
são registados com impostos diferidos ativos.
Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base anual, utilizando
as taxas de tributação que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças
temporárias. Os passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os ativos por impostos
diferidos apenas são registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis
futuros que permitam o seu aproveitamento.
Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, exceto
em situações em que os eventos que os originaram tenham sido refletidos em rubrica específica de
capital próprio, nomeadamente, no que respeita à valorização de ativos financeiros disponíveis para
venda. Neste caso, o efeito fiscal associado às valorizações é igualmente refletido por contrapartida
de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.
3.10 Estimativas e assunções na aplicação de políticas contabilísticas
A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adoção de
pressupostos pela gestão, que podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e custos.
• Valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos
Na valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos são
utilizados modelos ou técnicas de valorização tal como descrito nas Notas 3.3 e 3.4. Como tal,
as valorizações obtidas correspondem à melhor estimativa do justo valor dos referidos
RELATÓRIO E CONTAS 2018
83/104
instrumentos à data do balanço, sendo que os valores futuros efetivamente realizados poderão
diferir das estimativas efetuadas.
• Impostos
O reconhecimento de impostos diferidos ativos pressupõe a existência de resultados e de
matéria coletável futura. Adicionalmente, os impostos diferidos ativos e passivos foram
determinados com base na interpretação da legislação fiscal atual. Deste modo, alterações na
legislação fiscal ou na sua interpretação por parte das autoridades competentes podem ter
impacto no valor dos impostos diferidos.
3.11 Caixa e equivalentes de caixa
Na demonstração de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa correspondem a valores em
caixa e a saldos à ordem e depósitos a prazo junto de instituições de crédito.
3.12 Alterações de políticas contabilísticas
3.12.1 Alterações de políticas contabilísticas
A adoção da IFRS 9 foi tratada prospetivamente, isto é, no período que se inicia em 1 de janeiro de
2018 a Sociedade aplicou a nova política contabilística, sem reexpressar os saldos existentes no início
desse período. Da adoção da IFRS 9 resultou o apuramento de ajustamentos negativos na
valorização de ativos financeiros, à data de 1 de janeiro de 2018, no valor de 112.511,65 euros, que
foram registados em conta de resultados transitados.
3.12.2 Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor
a partir de 1 de janeiro de 2018
O conjunto das novas normas, interpretações e alterações, já em vigor em 1 de janeiro de 2018, é o
seguinte:
• Adoção da IFRIC 22: Transações em Moeda Estrangeira e Retribuição Antecipada
(Regulamento 2018/519, de 28 de março)
- A IFRIC 22 estabelece a data da transação como o fator determinante para o cálculo a taxa
de câmbio a usar nas contraprestações pagas ou recebidas em adiantado em moeda
estrangeira. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.
• Transferências de Propriedades de Investimento – Alterações à IAS 40 (Regulamento
2018/400, de 14 de março)
- As alterações à IAS 40 - Propriedades de Investimento - vêm clarificar que a transferência
de ativos só pode ser efetuada quando existe prova da sua alteração de uso, sendo que a
alteração de decisão da gestão não é suficiente para ser efetuada a transferência. Aplicável
aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.
• Classificação e Mensuração de transações de pagamentos com base em ações – Alterações
à IFRS 2 (Regulamento 2018/289, de 26 de fevereiro)
- Estas alterações à IFRS 2 estão relacionadas com aspetos de classificação e de -
mensuração para um conjunto de aspetos em que as orientações existentes na Norma não
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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eram muito claras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2018.
• Melhoramentos anuais: ciclo 2014-2016 (Regulamento 2018/182, de 7 de fevereiro)
- Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de
contabilidade, das quais duas são aplicáveis aos exercícios iniciados em ou após 1 de
janeiro de 2018:
▪ IFRS 1 Adoção pela Primeira Vez das IFRS: Esta melhoria elimina as isenções
temporárias previstas na transição para a IFRS 7, IFRS 10 e IAS 19.
▪ IAS 28 Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos: Esta melhoria
clarifica que os investimentos em associadas ou empreendimentos conjuntos detidos
por uma sociedade de capital de risco podem ser mensurados, de forma individual, ao
justo valor. A melhoria refere ainda que uma entidade que não é uma entidade de
investimento, mas detém investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos
que são entidades de investimento, pode manter a mensuração ao justo valor da
participação que essas associadas ou empreendimentos conjuntos têm nas suas
próprias subsidiárias, na aplicação do MEP (método de equivalência patrimonial).
• Aplicar a IFRS 9 Instrumentos Financeiros com a IFRS 4 Contratos de Seguros – Alterações
à IFRS 4 (Regulamento 2017/1988, de 3 de novembro)
- Estas alterações à IFRS 4 dão resposta às preocupações das entidades cuja atividade
predominante seja a de seguradora sobre a implementação da nova norma sobre
instrumentos financeiros (IFRS 9) antes da entrada em vigor da IFRS 17 - Contratos de
Seguros. Estas alterações são aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
janeiro de 2018.
• IFRS 15: Rédito de Contratos com Clientes (Regulamento n.º 2016/1905, de 22 de setembro)
- Esta nova norma aplica-se a contratos para a entrega de produtos ou prestação de
serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de
entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a
contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5
passos”. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2018.
• Rédito de Contratos com clientes – Clarificações à IFRS 15 (Regulamento 2017/1987, de 31
de outubro)
- Estas alterações à IFRS 15 vieram clarificar alguns requisitos e proporcionar uma maior
facilidade na transição para as Entidades que estão a implementar esta Norma tais como:
a) a determinação das obrigações de desempenho de um contrato; b) determinação do
momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual; c)
seleção de novos regimes transitórios previstos para implementação da IFRS 15. Aplicável
aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.
• IFRS 9: Instrumentos Financeiros (Regulamento n.º 2016/2067, de 22 de novembro)
A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos
ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber
(através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma acarreta, igualmente e em
conformidade: (i) alterações das normas (IAS/IFRS) e interpretações (IFRIC/SIC): IAS 1, IAS 2,
IAS 8, IAS 10, IAS 12, IAS 20, IAS 21, IAS 23, IAS 28, IAS 32, IAS 33, IAS 36, IAS 37, IAS 39,
IFRS 1, IFRS 2, IFRS 3, IFRS 4 Contratos de Seguro, IFRS 5, IFRS 7, IFRS 13, IFRIC 2, IFRIC
5, IFRIC 10, IFRIC 12, IFRIC 16, IFRIC 19, SIC 27; e (ii) revogação da IFRIC 9 Reavaliação de
Derivados Embutidos. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1
de janeiro de 2018.
3.12.3 Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor
em exercícios com início em ou após 1 de janeiro de 2019
• Alterações à IFRS 9: Características de pagamentos antecipados com contribuição negativa
(Regulamento 2018/498, de 22 de março)
- Esta alteração à IFRS 9 passa a permitir que determinados os instrumentos se possam
qualificar para mensuração pelo custo amortizado ou pelo valor justo através do outro
rendimento integral (dependendo do modelo de negócio) ainda que não satisfaçam as
condições do teste SPPI. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2019.
• IFRS 16: Locações (Regulamento 2017/1986, de 31 de outubro)
- A IFRS 16 estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração, à
apresentação e à divulgação de locações. O objetivo da norma é garantir que os locatários
e os locadores fornecem informações pertinentes de uma forma que represente fielmente
essas transações, revogando IAS 17 - Locações, assim como um conjunto de
interpretações (SIC e IFRIC), nomeadamente: IFRIC 4 – Determinar se um Acordo Contém
uma Locação; SIC 15 – Locações Operacionais – Incentivos; e SIC 27 – Avaliação da
Substância de Transações que Envolvam a Forma Legal de uma Locação. Esta norma
será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.
• Adoção da IFRIC 23: Incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento
(Regulamento 2018/1595, de 23 de outubro)
Esta interpretação clarifica como devem ser aplicados os requisitos de reconhecimento e
de mensuração da IAS 12 quando existem incertezas quanto aos tratamentos do imposto
sobre o rendimento. Esta interpretação será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2019.
3.12.4 Normas (novas ou revistas) emitidas pelo “International Accounting
Standards Board” (IASB) e interpretações emitidas pelo “International Financial
Reporting Interpretation Commitee” (IFRIC) e ainda não endossadas pela União
Europeia
• Venda ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e a sua Associada ou Empreendimento
Conjunto - Alterações à IFRS 10 e à IAS 28 (emitida pelo IASB em 11set14)
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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- Esta alteração vem clarificar o tratamento contabilístico para transações quando uma
empresa-mãe perde o controlo numa subsidiária ao vender toda ou parte do seu interesse
nessa subsidiária a uma associada ou empreendimento conjunto contabilizado pelo
método da equivalência patrimonial. Ainda não foi definida a data de aplicação destas
alterações e o processo de endosso pela União Europeia apenas será iniciado após
confirmação da data de aplicação das alterações pelo IASB.
• IFRS 14: Contabilização de Diferimentos Regulatórios (emitida pelo IASB em 30jan14)
- Esta norma permite aos adotantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer
os ativos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo
anterior. Contudo para permitir a comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS
e não reconhecem ativos / passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser
divulgados nas demonstrações financeiras separadamente. Aplicável aos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016, tendo a Comissão Europeia decidido não
iniciar o processo de endosso desta norma transitória e aguardar pela norma definitiva a
emitir pelo IASB.
• IFRS 17: Contratos de Seguros (emitida pelo IASB em 18mai17)
- A IFRS 17 resolve o problema de comparação criado pela IFRS 4 exigindo que todos os
contratos de seguros sejam contabilizados de forma consistente, beneficiando assim quer
os investidores quer as empresas de seguros. As obrigações de seguros passam a ser
contabilizadas usando valores correntes em vez do custo histórico. A informação passa a
ser atualizada regularmente, providenciando mais informação útil aos utilizadores das
demonstrações financeiras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2021, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União
Europeia.
• Alterações à IAS 28: Interesses de longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos
(emitida pelo IASB em 12out17)
- Esta alteração vem clarificar que uma entidade deve aplicar a IFRS 9 aos interesses de
longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos em que o método da
equivalência patrimonial não é aplicado. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2019, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso
pela União Europeia.
• Melhoramentos anuais: ciclo 2015-2017 (emitida pelo IASB em 12dez17)
- Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de
contabilidade, como segue:
▪ IFRS 3 Concentrações de atividades empresariais e IFRS 11 Acordos conjuntos
▪ IAS 12 Impostos sobre o rendimento
▪ IAS 23 Custos de empréstimos obtidos
- Estas emendas serão aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2019, estando ainda sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.
• Alterações à IAS 19: Alteração, redução ou liquidação de plano de benefícios definidos
(emitida pelo IASB em 7fev18)
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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- Esta alteração exige que uma entidade utilize pressupostos atualizados para a
remensuração do custo do serviço corrente e do custo líquido de juros para o período
remanescente após a modificação do plano. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2019, estando esta alteração ainda sujeita ao processo de endosso
pela União Europeia.
• Alterações às referências para a Estrutura Concetual das IFRS revista (emitida pelo IASB em
29mar18)
- Em março de 2018 o IASB procedeu à revisão da Estrutura Concetual das IFRS. Para as
entidades que usam a Estrutura Concetual para desenvolver políticas contabilísticas
quando nenhuma IFRS se aplica a uma determinada transação particular, a Estrutura
Concetual revista é efetiva para os períodos anuais iniciados em ou após 1 de janeiro de
2020. As necessárias alterações às diversas IFRS decorrentes da revisão da Estrutura
Concetual foram também já emitidas pelo IASB estando essa alteração ainda sujeita ao
processo de endosso pela União Europeia.
• Alterações à IFRS 3 – Concentrações de atividades empresariais (emitida pelo IASB em
22out18)
- Estas alterações à IFRS 3 vêm aperfeiçoar a definição de concentração de atividade
empresarial, ajudando as entidades a determinar se uma determinada aquisição efetuada
se refere de facto a uma atividade empresarial ou apenas a um conjunto de ativos. Para
além da alteração da definição, esta alteração vem providenciar algumas orientações
adicionais. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020,
estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
• Alterações à IAS 1 e à IAS 8: Definição de Material (emitida pelo IASB em 31out18)
- Estas alterações à IAS 1 e à IAS 8 vêm atualizar a definição de “material”, de forma a
facilitar os julgamentos efetuados pelas entidades sobre a materialidade. A definição de
“material”, um importante conceito contabilístico nas IFRS, ajuda as entidades a decidir
sobre se a informação deverá ser ou não incluída nas demonstrações financeiras. As
alterações clarificam a definição de “material” e a forma como a mesma deverá ser utilizada
através da inclusão na definição de orientações que até ao momento não faziam parte das
IFRS. Adicionalmente, as explicações que acompanham essa definição foram
aperfeiçoadas. Por último, as alterações efetuadas asseguram que a definição de “material”
é consistente ao longo de todas as IFRS. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2020, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso
pela União Europeia.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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4. Dinheiro em caixa
(em euros)
5. Outros depósitos à ordem
(em euros)
6. Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral -
Instrumentos de capital
A PME Investimentos designou investimentos em instrumentos de capital próprio como mensurados
pelo justo valor em outro rendimento integral, tal como permitido pela IFRS 9. Os ativos financeiros
incluídos nesta rubrica referem-se a participações financeiras e o exercício da opção prevista na IFRS
9 reflete o interesse da PME Investimentos em manter a classificação anteriormente adotada para
estes ativos (de acordo com a IAS 39, as participações estavam classificadas como ativos financeiros
disponíveis para venda). Não são calculadas perdas por imparidade relativamente a estes ativos.
No decurso de 2018, registaram-se as seguintes variações:
(em euros)
A PME Investimentos não desreconheceu investimentos em instrumentos de capital próprio
mensurados pelo justo valor através do outro rendimento integral durante o período de relato.
2018 2017
Caixa
Em euros 3 250,00 3 250,00
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 250,00 3 250,00
2018 2017
Depósitos à ordem
Em instituições de crédito no país 88 263,79 155 076,31
88 263,79 155 076,31
Total 88 263,79 155 076,31
Saldo Inicial em
1.jan.2018
Reexpresso
Aquisições /
Reforços
Alienações /
Reduções
Variação do Justo
Valor
Saldo Final em
31.Dez.2018
Portugal Capital Ventures, SCR, S.A. 2 202 321,10 - - - 39 000,00 2 163 321,10
2 202 321,10 - - - 39 000,00 2 163 321,10
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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7. Ativos financeiros pelo custo amortizado - Empréstimos e adiantamentos
Instituições de crédito
(em euros)
(em euros)
8. Ativos financeiros pelo custo amortizado - Empréstimos e adiantamentos
Outros
Esta rubrica inclui valores a receber por prestação de serviços e vendas de participações com
pagamento a prazo.
(em euros)
2018 2017
Aplicações em instituições de crédito no pais
Em outras instituições de crédito
Depósitos a prazo 31 701 000,00 33 344 241,66
Rendimentos a receber
De depósitos a prazo 1 530,95 1 996,90
Total 31 702 530,95 33 346 238,56
Provisões para imparidade de aplicações em instituições de crédito - -
2018 2017
Duração residual
Até 3 meses 300 002,50 -
De 3 meses a 1 ano 31 402 528,45 33 346 238,56
De 1 a 5 anos - -
Mais de 5 anos - -
31 702 530,95 33 346 238,56
2018 2017
Devedores e outras aplicações
Devedores por prestação de serviços 4 926 740,46 2 596 002,36
Devedores por venda de participações 1 026 020,72 1 026 020,72
Devedores diversos 8 756,31 8 756,31
5 961 517,49 3 630 779,39
Juros vencidos a regularizar de devedores por venda de participações 85 736,13 79 985,44
Total 6 047 253,62 3 710 764,83
Imparidade acumulada para devedores e outras aplicações -1 958 815,75 -1 738 074,82
4 088 437,87 1 972 690,01
Vencido 6 047 253,62 3 710 764,83
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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9. Ativos financeiros pelo custo amortizado - Títulos de Dívida
Os títulos de dívida são mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo. A taxa
de juro efetiva é a taxa que faz com que o valor inicial das obrigações seja igual ao valor atual dos
fluxos financeiros futuros. Para os títulos de dívida de taxa fixa, a taxa de juro efetiva é calculada
inicialmente e mantém-se até à maturidade. Para os títulos de dívida de taxa variável, a taxa de juro
efetiva é recalculada periodicamente.
(em euros)
(em euros)
No final de 2018, não foram reconhecidas perdas por imparidade relativamente a estes ativos.
10. Ativos fixos tangíveis
(em euros)
2018 2017
Instrumentos de dívida
De residentes
Dívida pública portuguesa 10 493 017,10 10 789 648,64
10 493 017,10 10 789 648,64
Juros a receber 202 617,94 202 617,94
10 695 635,04 10 992 266,58
2018 2017
Maturidade dos investimentos
Até 1 ano - -
De 1 a 5 anos 6 732 280,93 1 089 316,32
Mais de 5 anos 3 963 353,97 9 902 950,26
10 695 634,90 10 992 266,58
Valor BrutoAmortizações
acumuladasAquisições
Reavaliações
(líquido)Imobilizado Amortizações
Outros ativos tangíveis
Imóveis de serviço próprio 2 726 627,65 - 600 001,79 - - - - - 41 652,34 - 2 084 973,52
Obras em imóveis arrendados 137 971,76 - 24 939,82 - - - - - 2 759,44 - 110 272,50
Equipamento 1 071 035,48 - 965 625,33 14 406,15 - - - - 33 454,18 - 86 362,12
3 935 634,89 -1 590 566,94 14 406,15 - - - - 77 865,96 - 2 281 608,14
Amortizações
do exercício
Alienações e
abates
(Líquido)
Valor líquido
em
31.Dez.2018
Contas
Saldo em 31.Dez.2017 Aumentos Transferências
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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11. Outros activos intangíveis (em euros)
12. Ativos por impostos
Os ativos por impostos sobre o rendimento têm a seguinte composição:
(em euros)
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o valor dos impostos diferidos ativos e passivos é o seguinte: (em euros)
13. Outros ativos (em euros)
Valor BrutoAmortizações
acumuladasAquisições
Reavaliações
(líquido)Imobilizado Amortizações
Ativos intangíveis
Sistemas de tratamento automático de dados 89 355,30 - 9 927,36 - - - - - 29 782,08 - 49 645,86
Outros ativos intangíveis - - - - - - - - -
89 355,30 - 9 927,36 - - - - - 29 782,08 - 49 645,86
Amortizações
do exercício
Alienações e
abates
(Líquido)
Valor líquido
em
31.Dez.2018
Contas
Saldo em 31.Dez.2017 Aumentos Transferências
2018 2017
Ativos por impostos correntes
IRC a recuperar 245 211,82 216 717,73
2018 2017
Impostos diferidos
Ativos 46 146,44 -
Passivos - -
46 146,44 -
Registados por contrapartida de:
Reserva de justo valor
Instrumentos financeiros disponíveis para venda 46 146,44 -
46 146,44 -
2018 2017
Devedores e outras aplicações
IGFEJ - Caução Pensão 7 944,18 7 944,18
Devedores por prestação de serviços 15 591,30 25 242,82
Devedores diversos - 321 591,70
23 535,48 354 778,70
Rendimentos a receber
Outros rendimentos a receber 3 236,07 -
Despesas com encargo diferido 18 732,68 14 524,61
Total 45 504,23 369 303,31
Imparidade acumulada para devedores e outras aplicações - - 17 982,14
45 504,23 351 321,17
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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14. Imparidade, provisões e passivos contingentes
No decurso de 2018, registaram-se as seguintes variações:
(em euros)
15. Outros passivos
(em euros)
16. Capital próprio
Em 31 de dezembro de 2018, o capital da Sociedade encontra-se integralmente subscrito e realizado,
sendo representado por 5.500.000 ações com o valor nominal de 5 euros cada.
A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital
social. A legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (art.º 97º do Decreto-Lei nº 282/92, de 31
de dezembro) exige que a reserva anual seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro
líquido anual, até à concorrência do capital.
Em Assembleia Geral realizada em 28 de março de 2018, foi aprovada a seguinte aplicação para o
resultado do exercício de 2017, no valor de 4.187.637,90 euros:
• Para reserva legal 418.763,79 €
• Distribuição de dividendos 3.350.110,32 €
• Para reservas livres 418.763,79 €
Constituição /
Reforço
Reposição /
Anulação /
Reversão
Provisões para imparidade acumulada
Ativos financeiros pelo custo amortizado
Empréstimos e adiantamentos - Outros 1 868 568,61 170 869,58 - 30 288,34 - 50 334,10 1 958 815,75
1 868 568,61 170 869,58 - 30 288,34 - 50 334,10 1 958 815,75
Total 1 868 568,61 170 869,58 - 30 288,34 - 50 334,10 1 958 815,75
Movimento em 2018
Saldo Inicial em
01.Jan.2018
Reexpresso
Por Resultado ExercícioPor Outro
Rendimento
Integral
Saldo Final em
31.Dez.2018
2018 2017
Fornecedores 106 512,05 53 368,58
Outros Credores 19,45 611,31
Setor publico administrativo - Imposto sobre o valor acrescentado 5 446,68 2 719,44
Setor publico administrativo - Retenções de impostos 91 351,88 95 332,54
Setor publico administrativo - Contribuições para a segurança social 29 794,48 23 558,44
Setor publico administrativo - Contribuições para Fundos de Compensação 132,91 -
Encargos a pagar de custos com o pessoal 208 568,79 165 885,12
Encargos a pagar de gastos gerais administrativos 31 629,87 19 376,84
Outros encargos a pagar 4 122,38 4 167,28
477 578,49 365 019,55
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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O capital próprio da Sociedade apresenta a seguinte composição:
(em euros)
17. Contas extrapatrimoniais
(em euros)
Por ter extinção do processo no âmbito do qual havia sido prestada uma garantia de 14.241,66
euros, esta foi cancelada.
18. Receitas de juros
(em euros)
2018 2017
Capital 27 500 000,00 27 500 000,00
Ações próprias -4 272 000,00 -4 272 000,00
Outro rendimento integral acumulado - 88 853,56 -
Reserva legal 9 580 018,66 9 161 254,87
Reserva especial 71 715,25 71 715,25
Reservas livres 15 064 318,19 14 549 554,40
Resultados transitados 39 017,83 101 195,38
Resultados atribuíveis aos proprietários da empresa mãe 3 037 760,24 4 187 637,90
Interesses minoritários (interessesque não controlam) - -
Total do Capital Próprio 50 931 976,61 51 299 357,80
2018 2017
Garantias prestadas
Garantias e avales
Residentes - 14 241,66
Garantias reais
Ativos dados em garantia - 14 241,66
Garantias reais
Ativos recebidos em garantia 1 224 000,00 1 224 000,00
Responsabilidade por prestação de serviços
Valores administrados pela instituição (Nota 32) 619 524 942,93 631 366 145,40
Outras contas extrapatrimoniais
Créditos abatidos ao Ativo 36 143,10 36 143,10
2018 2017
Juros e rendimentos similares
Ativos financeiros pelo custo amortizado - Instituições de crédito 66 458,99 103 077,24
Ativos financeiros pelo custo amortizado - Títulos de dívida 141 754,59 58 425,56
Ativos financeiros pelo custo amortizado - Clientes 8 986,76 7 756,67
217 200,34 169 259,47
Juros e encargos similares
- -
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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19. Despesas com juros
(em euros)
20. Receitas e despesas de taxas e comissões
(em euros)
No âmbito do desenvolvimento da sua atividade, em 31 de dezembro de 2018, a PME Investimentos
é entidade gestora de 5 Fundos: Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI, FINOVA –
Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação, Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e
Consolidação de Empresas (FACCE), Fundo de Coinvestimento 200 M e Fundo para a Inovação
Social. No caso deste último Fundo e contrariamente aos restantes, a remuneração pela sua gestão
não assume a configuração de comissões, mas sim de prestação de serviços.
21. Diferenças cambiais
(em euros)
2018 2017
Juros e encargos similares
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 0,90
- 0,90
2018 2017
Rendimentos de serviços e comissões
Comissões por administração de valores 6 601 779,73 7 856 461,81
6 601 779,73 7 856 461,81
Encargos com serviços e comissões
Serviços de terceiros 12 906,01 8 879,93
Outras comissões 220,52 221,25
13 126,53 9 101,18
2018 2017
Resultados de reavaliação cambial
Ganhos em diferenças cambiais - -
Perdas em diferenças cambiais - 21,27
- - 21,27
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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22. Ganhos ou perdas com o desreconhecimento de ativos não financeiros (em euros)
23. Outras receitas e despesas operacionais (em euros)
24. Custos com o pessoal e volume de emprego
Os custos com o pessoal apresentam a seguinte composição:
(em euros)
2018 2017
Resultados de alienação de outros ativos
Ganhos em ativos tangíveis - 6 100,00
- 6 100,00
2018 2017
Outros rendimentos e receitas operacionais
Prestação de serviços 132 326,79 173 113,79
Recuperação de crédito juros e despesas - 10,88
Outros ganhos - 3 912,74
132 326,79 177 037,41
Outros encargos e gastos operacionais
Quotizações 12 694,00 12 545,00
Donativos - 10,21
Impostos 175 813,10 191 451,74
Outras perdas 2 202,38 1 873,27
190 709,48 205 880,22
- 58 382,69 - 28 842,81
2018 2017
Salários e vencimentos
Orgãos de direcção e fiscalização
Conselho de Administração 229 393,60 149 927,91
Conselho Fiscal 19 332,33 11 242,10
Assembleia Geral 1 700,00 350,00
Empregados 954 386,66 832 377,18
1 204 812,59 993 897,19
Encargos sociais obrigatórios 281 726,48 232 802,12
281 726,48 232 802,12
Outros custos com o pessoal 52 474,83 43 110,93
1 539 013,90 1 269 810,24
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Não existem adiantamentos ou créditos concedidos a membros dos órgãos sociais, bem como
compromissos assumidos por sua conta a título de qualquer garantia.
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o quadro de administradores/colaboradores da Sociedade tinha
a seguinte composição:
Para os efeitos do Aviso nº 10/2011, de 29 de dezembro, do Banco de Portugal, divulgam-se as
remunerações dos colaboradores identificados no nº 2 do seu art.º 1º:
(em euros)
Para os mesmos efeitos se declara ser o Conselho de Administração o órgão competente para a
avaliação do desempenho de todos os colaboradores da Sociedade.
25. Outros gastos administrativos
(em euros)
2018 2017
Administradores Executivos 3 2
Quadros diretivos e técnicos 24 16
Administrativos 2 4
29 22
Direção
Administrativa
e Financeira
Direção de
Fundos
Direção de
Dívida
Direção de
Private Equity
Direção de
Legal &
Compliance
Nº de Colaboradores 1 1 1 1 1 5
Remuneração anual fixa (1) 101 680 62 332 62 391 76 746 28 762 331 911
(1) - Remuneração efetivamente auferida
Global
Áreas de Actividade
Os colaboradores beneficiam de seguro de saúde e acidentes pessoais em condições idênticas aos demais trabalhadores da Sociedade
2018 2017
Água, energia e combustíveis 31 857,01 31 808,48
Material de consumo corrente 4 825,66 5 254,20
Outros fornecimentos de terceiros 14 035,87 18 654,73
Rendas e alugueres 77 642,90 51 891,30
Comunicações 21 505,69 16 841,73
Deslocações, estadas e representação 46 513,15 27 196,19
Publicidade e edição de publicações 85 988,67 104 832,38
Conservação e reparação 33 051,87 37 896,67
Formação 17 724,50 38 123,92
Seguros 6 532,30 8 466,06
Outros serviços de terceiros 1 701,53 1 458,88
Serviços especializados
Serviços jurídicos 110 085,86 130 904,47
Serviços de auditorias e revisão legal de contas 19 732,41 17 430,00
Serviços informáticos 142 781,33 103 478,03
Outros serviços especializados 303 855,14 349 672,66
917 833,89 943 909,70
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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26. Honorários por serviços de Revisão Oficial de Contas e afins incluídos na
rubrica de Gastos Gerais Administrativos
A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas que no decurso do exercício de 2018 exerceu funções
de Presidente do Conselho Fiscal aufere as remunerações que se encontram contratualmente
estabelecidas e em consonância com a política de remunerações definida Senhores Acionistas, num
total anual de 15.782,41 euros.
27. Gestão de Riscos
A Sociedade desenvolve a sua atividade vocacionada para a gestão de ativos, nomeadamente, de
fundos de investimento específicos, instrumentos de política pública, que visam a criação de
mecanismos facilitadores do acesso a condições de financiamento mais adequadas por parte das
PME, nomeadamente aquelas que se encontram envolvidas na prossecução de estratégias de
crescimento sustentado, com enfoque nas iniciativas de caráter inovador e de internacionalização.
Neste contexto e ponderando a estrutura organizativa existente e a solidez da estrutura financeira,
entende-se não se justificar a criação de uma função de gestão de riscos independente, encontrando-
se a Sociedade dispensada da existência da mesma, dado que o seu número de colaboradores é
inferior a 30 e os seus proveitos operacionais não atingem os 20 milhões de euros.
O sistema de gestão de riscos assenta na análise das principais atividades/processos potencialmente
sujeitos a riscos materiais, segmentando-se entre:
• Aspetos gerais da Sociedade;
• Aspetos relacionadas com os fundos geridos.
Para cada um dos processos/atividades, são identificados os processos e respetivos controlos,
que visam mitigar um risco específico ou um conjunto de riscos. Esta análise de processos e
controlos é avaliada e revista anualmente, assegurando-se assim o acompanhamento da
adequação e eficácia do sistema de gestão de riscos, bem como a adequação e eficácia das
medidas tomadas pelas respetivas áreas funcionais para corrigir eventuais deficiências. As
conclusões são apresentadas ao Conselho de Administração da Sociedade, não tendo sido
detetadas insuficiências relevantes em matéria de gestão de risco.
Risco de Crédito
A Sociedade incorre em risco de crédito pelas exposições ativas registadas em Balanço,
nomeadamente no que respeita a ativos financeiros ao custo amortizado relativos a depósitos junto
de instituições de crédito e títulos de dívida pública, bem como apenas uma participação inferior a 5%
no capital de uma sociedade que se encontra registada justo valor através de outro rendimento
integral. Assim, as políticas de gestão de riscos incidem fundamentalmente na análise e definição dos
limites de exposição por entidade e prazo, considerando o grau de qualidade de crédito atribuído às
instituições. Centrando a sua atividade na gestão de ativos, nomeadamente fundos de investimento
públicos, a carteira de instrumentos de capital assume um caráter residual na estrutura dos seus
ativos. Neste contexto, genericamente os procedimentos instituídos resumem-se da seguinte forma:
RELATÓRIO E CONTAS 2018
98/104
Ativos financeiros ao custo amortizado
O Conselho de Administração define e revê periodicamente os limites de exposição por entidade e
prazo, tendo em consideração uma análise prévia do grau de qualidade de crédito que lhes é atribuído,
mediante proposta da Direção Administrativa e Financeira.
A contratação de aplicações financeira é precedida de consulta ao mercado realizada pela referida
Direção, com observância dos princípios definidos na política aprovada, sendo a mesma sujeita a
aprovação por parte de um elemento do Conselho de Administração.
Numa base mensal, é efetuado reporte ao órgão de administração sobre o nível de exposição de cada
Entidade e respetivas condições de contratação.
Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral
A carteira de ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral é constituída por
uma participação de caráter institucional, correspondente a uma participação no capital da Portugal
Capital Ventures – SCR, S.A. inferior a 5%.
Neste caso, os principais procedimentos instituídos respeitam fundamentalmente à monitorização e
controlo da participação detida, funções que são asseguradas pela Direção de Fundos e tendem a
revestir um caráter anual, na fase de aprovação de contas e em simultâneo com o processo de
avaliação da carteira, isto sem prejuízo de a Sociedade assumir uma maior intervenção sempre que
tal seja considerado necessário.
A informação é reportada, numa base sistemática, ao Conselho de Administração e quaisquer
eventuais medidas a adotar são aprovadas por este órgão.
Risco de Compliance
A Função de Compliance assegura as atribuições que lhe estão cometidas de uma forma
contínua, o que passa pela constante monitorização e acompanhamento técnico-jurídico das
diversas áreas funcionais da PME Investimentos de forma a garantir, a todo o momento, sem
prejuízo de outras formas de divulgação, o total conhecimento e cumprimento do normativo
vigente por parte de todos os colaboradores da Sociedade.
Neste âmbito todas as opiniões técnicas (jurídicas e de compliance) emitidas pelo responsável
da Função de Compliance são examinadas com especial diligência por parte do Conselho de
Administração da PME Investimentos, que decide da sua sujeição, ou não, a validação externa.
Por outro lado, todos os documentos relativos ao relacionamento da Sociedade com terceiros
e/ou entidades com poderes jurisdicionais, de tutela ou de supervisão, que possam determinar
qualquer forma de responsabilidade por incumprimento do normativo vigente, são previamente
submetidos à apreciação do responsável da Função de Compliance.
Adicionalmente, a Função de Compliance assegura um procedimento de diagnóstico e
levantamento de eventuais deficiências tendo por objetivo identificar e avaliar os riscos de
incumprimento de obrigações previstas no normativo vigente associados ao desenvolvimento da
atividade da Sociedade, por forma a assessorar a promoção e implementação de normas e
procedimentos internos adequados ao controlo de risco de Compliance.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
99/104
De igual modo, e porque o exercício de funções de Compliance depende, em todo o caso, (i) de
informação regular e periódica, de cada área funcional, sobre a respetiva área de atuação; e (ii) de
apreciação circunstanciada dos respetivos modus operandi, procedimentos internos e externos,
presentes ou futuros, a Função de Compliance solicita a cada um dos responsáveis por uma área
funcional a emissão de relatórios mensais de Compliance, por escrito e dirigidos ao responsável da
Função de Compliance, nos termos dos quais se reportem quaisquer situações de risco operacional
ou desconformidade detetada com o normativo vigente, tendo por objeto e referência a atuação do
respetivo departamento.
Risco Operacional
Dado o acréscimo da atividade de gestão de fundos públicos bem como a dimensão/estrutura
organizativa da Sociedade, considera-se que a Sociedade está exposta a risco operacional.
Tendo em consideração a dimensão e natureza da atividade da Sociedade, não se encontra
implementado um efetivo sistema de gestão de risco operacional. Neste contexto é de salientar o
elevado envolvimento do Conselho de Administração na gestão corrente da Sociedade em conexão
direta com os responsáveis das áreas funcionais, fator considerado determinante na gestão do risco
operacional. De salientar ainda o facto de se privilegiar a circulação de informação escrita e uma
adequada segregação de funções, permitindo que a generalidade das operações de caráter
administrativo seja devidamente conferida, minimizando assim o risco de ocorrência de qualquer falha
que não possa ser atempadamente detetada e retificada.
Risco de Sistemas de Informação
Os sistemas informáticos disponíveis na PME Investimentos têm vindo a ser adequados à dimensão
e natureza da atividade, acompanhando a sua evolução e requisitos.
São efetuadas cópias de segurança diárias para disco e posteriormente uma cópia quinzenal para
tape do conjunto de dados considerados relevantes para manutenção de longo prazo. Mensalmente
é verificada aleatoriamente uma cópia de segurança garantindo a qualidade dos dados presentes em
cópia de segurança. Complementarmente é utilizada a tecnologia StorageCraft para garantir um nível
adicional de segurança contra perda de ficheiros
Encontra-se instalado um sistema de firewall com análise de dados e verificação de regras para
controlo do fluxo de dados de e para a Internet e um sistema de segregação de ligações Wi-Fi para
suporte de convidados na rede (serviço de acesso à Internet). É utilizado o protocolo HTTPS (vertente
encriptação) para os serviços acedidos pelos colaboradores a partir do exterior. O tráfego de correio
eletrónico com origem no exterior é verificado pelo serviço da Mail Protection Hosted Services
(fornecido pela Anubis Networks) para filtrar SPAM e ameaças potenciais.
Adicionalmente existem mecanismos de controlo de riscos e segurança específicos para a Aplicação
PME Investe, sobre a qual assentam processos operacionais fundamentais na gestão do negócio da
Sociedade.
Encontra-se presentemente em curso um upgrade do sistema de firewall, para colmatar algumas
insuficiências na proteção atual.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
100/104
A gestão e manutenção dos sistemas informáticos são asseguradas por técnico especializado em
regime de outsourcing, que reporta diretamente ao Conselho de Administração da Sociedade.
Risco de Reputação
Dada a natureza da atividade desenvolvida, nomeadamente dinamização e promoção do
financiamento às PME, atualmente por via da gestão de fundos públicos, o risco de reputação advém
essencialmente de uma eventual perceção negativa da gestão efetuada pela Sociedade, por parte
dos principais stakeholders (PME, sociedades de capital de risco, instituições financeiras, entidades
públicas financiadoras, público em geral), que poderá ser impactada por falhas no processo de gestão
de fundos e respetivos controlos instituídos.
Os principais processos associados à gestão dos fundos públicos e respetivos mecanismos de
monitorização e acompanhamento são os descritos no Anexo ao relatório de controlo interno de 30
de junho de 2018. Conforme explicitado no referido Anexo, existem fundos em que o estabelecimento
dos programas de incentivo, definição dos protocolos com as entidades financiadoras, análise/seleção
das Sociedades de Capital de Risco elegíveis para obtenção de benefício são da responsabilidade de
entidades públicas, funcionando a PME Investimentos como um agente de operacionalização dos
instrumentos por aquelas definidos. Existem outros fundos, em que a Sociedade toma parte na
definição dos programas, estando os procedimentos instituídos devidamente descritos no Anexo
referido acima.
Restantes Riscos
Para os restantes riscos dispostos no artigo 11º do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, foi efetuada
uma avaliação no âmbito do Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP),
tendo-se concluído que estes são imateriais, tendo em consideração as especificidades e
características da Sociedade.
Dado que a Sociedade não se dedica à realização de operações de crédito, não há necessidade de
estabelecimento de normas e procedimentos específicos de controlo de risco na concessão de
crédito.
Atendendo à natureza da atividade desenvolvida e dado que a sua estrutura de financiamento é
baseada quase que exclusivamente em capitais próprios, a Sociedade não incorre em riscos de
liquidez que justifiquem a implementação de normas e procedimentos específicos nesta área.
Dado que em 31 de dezembro de 2018, a Sociedade não detém ativos financeiros destinados a
negociação, o risco de mercado foi considerado não aplicável.
Também a análise dos riscos de liquidação de operações cambiais não é aplicável à Sociedade, na
medida em que os investimentos realizados se limitam a empresas sediadas em Portugal, não
havendo, portanto, aplicações, nem origens de fundos, denominadas noutra moeda que não o euro.
De igual forma, a Sociedade não incorre em risco de taxa de juro, dado que nos seus ativos e passivos
financeiros não são praticadas condições de remuneração a taxa fixa.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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28. Saldos e transações com entidades relacionadas s
Os saldos, transações e compromissos com entidades relacionadas apresentam a seguinte
decomposição: (em euros)
(em euros)
29. Elementos da Demonstração de Resultados e do Balanço ventilados por linhas
de negócio e por mercados geográficos
A Sociedade dedica-se exclusivamente à atividade de gestão de ativos no mercado nacional.
Entidades relacionadas Sede% de
Participação
Entidades que direta ou indiretamente controlam a Sociedade
IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, IP Porto 74,1%
Direção-Geral do Tesouro e Finanças Lisboa 15,0%
Empresas controladas por entidades que controlam a Sociedade
Portugal Capital Ventures - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Porto 4,6%
Membros do Conselho de Administração
Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes - -
Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto - -
Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho - -
Fundos Geridos pela Sociedade
Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI Porto -
FINOVA - Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação Porto -
Fundo Autónomo de Apoia à Concentração e Consolidação de Empresas Porto -
Fundo de Coinvestimento 200M Porto -
Fundo para a Inovação Social Porto -
2018 2017
Instrumentos de Capital 2 163 321,10 2 202 321,10
Crédito a clientes 4 071 747,15 1 829 579,92
Outros ativos - 320 000,00
2018 2017
Rendimentos de serviços e comissões 6 601 779,73 7 856 461,81
Custos com o pessoal 1 000,00 -
Dividendos distribuidos 3 307 947,23 2 699 612,12
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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30. Eventos após a data de balanço
Nos termos e para os efeitos previstos na NCRF 24, o Conselho de Administração autorizou a emissão
das demonstrações financeiras em 20 de fevereiro de 2019.
De salientar que, após realização de capital do FINOVA por parte do IAPMEI no dia 2 de janeiro de
2019 e a aplicação destes fundos na regularização de dívidas vencidas às sociedades de garantia
mútua, por bonificações de comissões de garantia mútua, e à PME Investimentos, por comissões de
gestão, o FINOVA viu-se impossibilitado de, a partir do final de janeiro de 2019, continuar a assegurar
os pagamentos regulares a estas entidades. A Sociedade tem vindo a facultar informação detalhada
sobre os compromissos existentes junto das diversas entidades envolvidas, numa perspetiva de que
a curto prazo seja encontrada uma solução que permita repor a regularidade da situação de tesouraria
do FINOVA.
Não são do conhecimento da Administração da Sociedade quaisquer eventos subsequentes à data
de relato das demonstrações financeiras que afetem ou condicionem de alguma forma a posição
económica e financeira da Sociedade tal como se encontra expressa nas presentes demonstrações
financeiras.
31. Outras informações
Em 31 de dezembro de 2018 não existiam dívidas em mora ao Estado e à Segurança Social.
Corre termos no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa ação administrativa de que é autora a
Kreab Limited e é Ré, entre outros, a Sociedade, tendo por objeto um pedido de condenação dos
Réus no pagamento do montante de 1.236.567,50 euros, a título de serviços alegadamente prestados
por aquela entidade até ao ano de 2011. Constatando-se que a referida ação não contém quaisquer
elementos dos quais se permita retirar a responsabilidade da PME Investimentos pelo pagamento do
montante em apreço, não sendo articulados quaisquer factos ou apresentada qualquer prova
documental donde decorra que os supostos serviços foram prestados a pedido de ou em benefício
da PME Investimentos, e mantendo-se a convição da Sociedade que o pagamento da quantia em
apreço não lhe é exigível por qualquer título, continua a não se mostra necessária a constituição de
qualquer provisão para fazer face a eventuais responsabilidades decorrentes desta ação.
A PME Investimentos desenvolve a atividade de administração de Fundos.
Desde 26 de junho de 2003, a PME Investimentos assegura a gestão do Fundo de Sindicação de
Capital de Risco PME - IAPMEI. O valor deste fundo, a 31 de dezembro de 2017, era de
14.786.291,33 euros.
Em 26 de agosto de 2008, a PME Investimentos assumiu funções de entidade gestora do FINOVA –
Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação, constituído através do Decreto-Lei nº 175/2008, que,
à data de 31 de dezembro de 2017, tinha um valor de 555.916.468,98 euros.
Em de maio de 2009, a PME Investimentos assumiu funções de entidade gestora do Fundo Autónomo
de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE), constituído através do Decreto-Lei
nº 105/2009, que, à data de 31 de dezembro de 2017, tinha um valor de 15.733.947,33 euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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A referência ao valor dos Fundos reportado a 31 de dezembro de 2017 decorre do facto de os prazos
de encerramento de contas dos mesmos não permitirem a disponibilização de informação mais
atualizada à data da elaboração destas notas.
Em 17 de outubro de 2018, a PME Investimentos assumiu as funções de entidade gestora do Fundo
de Coinvestimento 200M, constituído nos termos do Decreto-Lei nº 126-C/2017 e alterado pelo
Decreto-Lei nº 46/2018. O valor do capital realizado deste Fundo em 31 de dezembro de 2018 era de
12.500.000,00 euros.
Em 21 de dezembro de 2018, a PME Investimentos assumiu as funções de entidade gestora do Fundo
para a Inovação Social, constituído nos termos do Decreto-Lei nº 28/2018. O valor do capital realizado
deste Fundo em 31 de dezembro de 2018 era de 20.588.235,29 euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2018
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Anexo
Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais
Não existe qualquer participação no Capital Social por parte dos membros dos órgãos de
administração e fiscalização da Sociedade.
Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais
Em 31 de dezembro de 2018 a relação dos acionistas com mais de 10% de participação no Capital
Social da Sociedade era a seguinte:
• IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. 74,1%
• Direção-Geral do Tesouro e Finanças 15,0%
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