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Calendário: Coleta de Informações 2019
Ano do Calendário: 2019
Data-Hora do Envio: 30/11/2020 - 10:11
A criação do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde, em 2008, apoiou-se na
experiência institucional, consolidada tanto em nível nacional como internacional, da Escola Politécnica de
Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz, voltada à
pesquisa e ao ensino no âmbito da educação profissional de nível médio em saúde. Desde o início, o
Programa buscou dirigir a formação fundamentalmente para dirigentes e docentes do campo da educação
profissional em saúde, atraindo também profissionais oriundos de outros espaços de trabalho ligados à
educação e à saúde. Cabe ressaltar a particularidade do curso como um Mestrado Profissional implantado
em uma escola de educação profissional de nível médio em saúde, o que aponta para a possibilidade de
se estabelecer na PG um rico espaço para a articulação entre saber científico e prático como norte das
atividades formativas. Nesse sentido, tem se buscado aprofundar a integração com a educação
profissional de nível médio e as pós-graduações lato sensu. Também como uma dimensão concreta da
relação teoria-prática no Programa, desde sua origem, os objetos de investigação dos estudantes vêm
sendo construídos a partir da realidade das políticas e processos de trabalho de educação, de saúde e de
educação em saúde, enfrentados tanto na atenção aos usuários dos serviços de saúde, quanto na
formação de seus trabalhadores. Destaca-se, sob este aspecto, o compromisso com as instituições que
realizam a educação profissional em saúde, como as Escolas Técnicas de Saúde do Sistema Único de
Saúde (ETSUS) e com as demais instituições públicas de educação. Nesse sentido, foi proposta ao
Ministério da Saúde (MS), em 2010, a criação de turmas destinadas a receber docentes e dirigentes das
escolas da Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (RETSUS). Assim, para além das
turmas regulares, foram criadas, através de convênio com o MS, 3 (três) turmas de mestrado chamado
RET-SUS, entre 2014 e 2016, já concluídas. Essa experiência de fortalecimento do campo da educação
profissional em saúde no país mantém aberta a possibilidade de novas turmas desse tipo seja em nível
nacional ou estadual. Por fim, a relação entre saber teórico e prático é potencializada pela forma de ação
institucional desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz, caracterizada por seu compromisso com o
Sistema Único de Saúde -SUS e por sua inserção nas políticas públicas desenvolvidas nas várias esferas
dos órgãos gestores da educação e da saúde. Politicamente, a proposta do Programa, desde a sua
criação, visa a formação teórico-prática de profissionais das áreas de Trabalho, Educação e Saúde,
principalmente daqueles que atuam ou pretendem atuar em processos de formação de trabalhadores em
saúde. Conceitualmente, o Programa se propõe a elaborar a crítica às concepções economicistas e
pragmáticas da educação e das práticas de atenção e assistência em saúde, apoiando-se no conceito
ampliado de saúde como qualidade de vida – que não se limita à ausência de doença – e compreendendo
a educação e promoção da saúde como processos ontológicos de produção da existência humana.
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Proposta
Histórico e Contextualização do Programa
Histórico e contextualização do programa
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Coerente com a unidade entre trabalho, educação e saúde como campo interdisciplinar, diversas
mediações do campo constituem-se em objetos de estudo dos discentes: modelos de atenção à saúde;
concepções sobre a relação saúde-doença; áreas programáticas das políticas de saúde; constituição dos
campos profissionais na área da saúde; problemas da regulamentação e da regulação do trabalho em
saúde; políticas de educação básica e superior relacionadas com os trabalhadores de saúde; políticas e
concepções do campo da cultura que compõem o quadro amplo de formação do cidadão brasileiro,
incluindo os trabalhadores de saúde; território e produção de estatísticas; políticas transnacionais que
influenciam a formação dos trabalhadores de saúde; novos modelos produtivos, incidindo também sobre o
trabalho em saúde; e concepções pedagógicas do campo da educação e da educação em saúde. A
modificação em 2012 da área de concentração para Trabalho, Educação e Saúde consolida atuação
coerente e diretamente interdisciplinar. O foco central permanece a formação teórico-prática de
profissionais das áreas de Trabalho, Educação e Saúde, aprofundando bases teórico-metodológicas
fundamentais para as políticas de educação, de saúde e de trabalho em saúde, permitindo sua
compreensão histórica e potencializando práticas transformadoras para a consolidação do SUS, através
da Educação Pública e da Educação Profissional. O Programa se expandiu e se capilarizou no espaço
local e regional (Rio de Janeiro), no espaço nacional (turmas RETSUS e Especializações lato sensu) e no
âmbito internacional (ações de cooperação, docência e pesquisa desenvolvidas no âmbito da RETS –
Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde). Estabelece relação orgânica na formação de
trabalhadores da saúde e educação, com interface com os cursos de Especialização Técnica na Saúde,
confirmando sua relação com o Ensino Médio Profissionalizante oferecido na EPSJV e em outras unidades
do SUS. Este Relatório apresenta o processo de ampliação e consolidação do Mestrado, observado nos
últimos anos, pela elevada procura para os processos seletivos (para as 20 vagas oferecidas, houve 138
candidatos inscritos 2019); abertura de turmas vinculadas à RETSUS; atuação permanente do corpo
docente do mestrado em Especializações (lato sensu, docência, de abrangência nacional e internacional),
integrando as atividades da pós-graduação com os Laboratórios de Pesquisa da EPSJV, inclusive quanto
à Educação Profissional (Especializações Profissionais). Outro aspecto a destacar é a preocupação do
Programa com a dimensão formativa que desempenha junto a profissionais da EPSJV ainda não
incorporados ao PG, através da inclusão dos mesmos como co-orientadores de pesquisas, como
professores convidados em disciplinas, membros de bancas, etc. 1.TURMAS RETSUS - Em acordo com
a RETSUS e o MS, o Programa elaborou proposta para atender docentes das ETSUS, desenvolvendo
metodologia de trabalho capaz de oferecer o mesmo curso, porém por etapas (concentração e dispersão,
com o retorno dos mestrandos aos estados de origem e acompanhamento permanente). Os candidatos
foram submetidos a processo seletivo único, conforme editais de seleção publicados no site da EPSJV.
Todos trabalhavam nas ETSUS como docentes ou dirigentes/gestores e tiveram aval de suas instituições
para a participação no curso. Cada disciplina transcorreu em 2 etapas presenciais de 2 semanas integrais,
com atividades durante a dispersão, como leitura de textos, preparação de trabalhos, elaboração da
dissertação do mestrado e demais atividades pertinentes à apropriação dos conteúdos abordados no
momento presencial. As atividades de orientação de dissertação ocorreram nos períodos de concentração
e dispersão, além de etapa exclusiva, permitindo contato presencial entre mestrandos e orientadores. A
primeira turma iniciou-se em 2014, com 21 mestrandos, abrangendo todos os estados do Nordeste. Houve
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19 defesas de dissertação desta turma em 2016 e duas desistências. Com o aval do MS e apoio da
Secretaria de Comunicação da RETSUS, então sediada na EPSJV, iniciamos em 2017 uma segunda
turma RETSUS de âmbito nacional (Norte, Centro-Oeste e São Paulo), com 23 aprovados no processo
seletivo dos quais 19 defenderam dissertação. O processo seletivo da terceira turma RETSUS (regiões
Sul-Sudeste) ofereceu 29 vagas, tendo 26 candidatos aprovados e 20 dissertações concluídas. O aumento
do número de mestrandos gerou a necessidade de novo credenciamento de docentes para o Programa,
incorporando novos doutores da EPSJV. As turmas RETSUS integram plenamente o PG e seguem as
mesmas normas previstas no seu Regulamento. Dadas as especificidades da composição destas turmas,
não foram aceitos: transferências de estudantes de outros cursos; cancelamento de inscrição em uma ou
mais disciplinas ou atividades; trancamento de matrícula e inscrição de alunos de outros programas de PG
em disciplinas ou atividades. Cabe destacar a importância desse trabalho de formação realizado com
docentes de todas as ETSUS na medida em que os egressos dessas turmas contribuem no esforço de
atualização e aperfeiçoamento dos profissionais que atuam no SUS em todo o país. Apesar do curso
implicar em afastamento dos locais de residência e trabalho por vários períodos relativamente longos, o
que representou sério obstáculo para vários mestrandos, o número de concluintes foi elevado: um total de
58 nas 3 turmas. 2. ESPECIALIZAÇÕES – Permanece a estreita articulação entre os docentes do PG e os
cursos de especialização oferecidos pela unidade, ponto forte da criação do Programa, elaborado a partir
da exitosa experiência com cursos de Especialização, reafirmando o seu perfil interdisciplinar e agregador.
Mesmo considerando que as especializações não fazem parte dos Programas de Pós-Graduação stricto
sensu, segundo a Portaria n° 182/2018 da Capes, a conexão orgânica do mestrado com as
especializações se manteve em praticamente todos os anos da existência do programa, com crescente
diversidade de públicos e de temas, expressando avanços da interdisciplinaridade teórica e prática. Desde
2017, considerando a ampliação do número de alunos no mestrado com o funcionamento das turmas
RETSUS, além das turmas locais, a EPSJV não ofereceu novos cursos no Rio de Janeiro de pós-
graduação Lato sensu. No entanto, tendo concluído essa experiência e partindo da constatação de que, no
Rio de Janeiro, segundo o Censo Educacional de 2014, de um total de 2.243 docentes da Educação
Profissional em Saúde, 1460 possuem apenas a graduação, está sendo analisada a possibilidade de
oferta de novos cursos de Especialização orientados prioritariamente à formação docente, o que atenderia
também a demanda oriunda da EPSJV que tem renovado substantivamente seu corpo docente ao longo
dos últimos anos. Nesse sentido, destacamos algumas experiências anteriores. 2.1. O CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE EM CONVÊNIO COM
A UNIVERSIDADE DA REPÚBLICA DO URUGUAI, iniciado em 2016 e concluído em julho de 2017,
formou 28 alunos. As disciplinas foram oferecidas para docentes e profissionais de saúde uruguaios com
funções docentes na UDELAR, e ocorreram naquele país. A equipe docente contou com a participação de
três professores da PG, além de outros docentes da EPSJV. O curso se inscreve na política de
cooperação internacional e internacionalização da Fiocruz da qual a EPSJV participa ativamente. 2.2. O
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE foi
ofertado em 2013 visando formar profissionais que atuam na educação profissional, mas não receberam
formação docente. Relatório apresentado ao Colegiado apontou dificuldades com a evasão discente,
causada por: opção pelo mestrado; problemas de saúde; e dificuldade de conciliação entre estudo e
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trabalho. O curso contou com a participação de vários docentes do mestrado. 2.3. O CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM TRABALHO, EDUCAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS -TEMS contou com duas
turmas entre 2012 e 2015, em parceria com movimentos sociais. A primeira turma concluiu em 2013,
financiada pelo Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA/INCRA). A segunda
turma, com financiamento do CNPq e apoio do PRONERA concluiu em 2015. O curso certificou um total
de 76 especialistas, 42 na primeira turma e 34 na segunda. Ambas as turmas foram coordenadas por
docentes da PG e tiveram abrangência nacional. O Curso aprofundou o contato e interlocução entre a
EPSJV, a PG e instituições de ensino superior comprometidas com a expansão da educação pública e a
colaboração entre docentes de várias pós-graduações. 2.4. O CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO
SENSU EM EDUCAÇÃO E AGROECOLOGIA foi elaborado e aprovado em 2018, em parceria com a
Presidência da Fiocruz e a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto do extremo sul
da Bahia. Ancorado na experiência prévia do curso TEMS, objetiva aprofundar as bases teórico-
metodológicas que fundamentam as práticas de educação e suas relações com o trabalho e a
agroecologia, contribuindo para a consolidação do conhecimento e das práticas de agroecologia nas
escolas do campo. Com carga horária prevista de 488 horas, tem como público-alvo professores,
educadores, coordenadores pedagógicos e/ou gestores escolares das escolas do campo do Extremo ou
Baixo Sul da Bahia. A turma teve início em janeiro de 2019, com 44 discentes e conta com a participação
de três docentes do mestrado. A conclusão do curso estava prevista para o primeiro semestre de 2020.
2.5. OUTROS CURSOS: Como escola técnica de nível médio em saúde, parte fundamental da atividade
da EPSJV se desenvolve nos cursos técnicos, nas especializações técnicas, nos cursos de atualização
profissional e de qualificação profissional. No catálogo de cursos da EPSJV, disponível em
http://www.epsjv.fiocruz.br/ensino/catalogo-de-cursos constam dezesseis cursos de Atualização
Profissional, quatro de Desenvolvimento Profissional, seis de Especialização Técnica, dezoito de
Qualificação Profissional e dez cursos Técnicos. A maioria dos docentes da PG participa desses cursos
como professores lecionando e orientando a produção de pesquisas e monografias e, em alguns casos,
como coordenadores. Esse trabalho é considerado parte essencial da integração com a educação
profissional em saúde, objeto de pesquisa da PG. 2.6. CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO
MÉDIO: Os cursos técnicos constituem o principal objeto de trabalho da escola de modo que a descrição
da participação dos docentes da PG poderia ser considerada excessiva para os fins deste relatório, razão
pela qual optamos por apresentar apenas a indicação da inserção dos docentes nos referidos cursos. Em
2019 a EPSJV ofereceu três Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio - Análises Clínicas,
Biotecnologia e Gerência em Saúde - e quatro Cursos Técnicos Concomitantes ou Subsequentes ao
Ensino Médio – Vigilância em Saúde, Agente Comunitário em Saúde, Citopatologia e Radiologia sendo
que, em seis desses, houve a participação de docentes da PG. 2.7. CURSOS DE QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL: dos sete cursos oferecidos, em 2019, nessa modalidade em seis deles tivemos a
participação de docentes da PG. 2.8. CURSOS DE ATUALIZAÇÃO: dos cinco cursos oferecidos em 2019
nessa modalidade, tivemos a participação de docentes da PG em dois deles, Atualização Profissional de
Análise de Dados para o SUS e Atualização Profissional em Práticas Grupais em Saúde. 3. PESQUISA –
3.1 PESQUISA DISCENTE – 3.1.1 – CARACTERÍSTICAS INTERDISCIPLINARES - Os objetos de
investigação dos estudantes são construídos a partir da realidade das políticas e processos de trabalho e
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de educação em saúde, enfrentados na atenção aos usuários dos serviços de saúde, na gestão e na
formação de seus trabalhadores. Trabalho, Educação e Saúde estimulam os objetos específicos, com
conexões enriquecedoras entre eles. As pesquisas discentes se articulam também com a formação
humana, com questões culturais, assim como com as políticas mais amplas da Educação, mesmo ao
analisar o contexto mais direto de locais específicos de trabalho, na Saúde e na Educação Profissional.
Essa interdisciplinaridade se revela na variedade das áreas de atuação investigadas: Enfermagem,
Agentes Comunitários de Saúde, Vigilância em Saúde, Radiologia, Saúde Mental, Nutrição, Educação
Física, Serviço Social, Educação Pública, Serviços Técnicos de Oncologia, Ortopedia, Atenção Primária à
Saúde, dentre outros. Há intensa e continuada análise das práticas, propostas e formas de funcionamento
das ETSUS, do ponto de vista de seus currículos, suas formas de funcionamento e organização (gestão
do trabalho), resposta a programas induzidos. 3.1.2 ESTÍMULOS E OFERTA DE DISCIPLINAS.
Considerando o interesse dos mestrandos em adquirir bom domínio de metodologias de pesquisa,
consolidamos o componente curricular Atividade de Pesquisa, cuja ementa prevê a execução de projeto
de pesquisa que privilegie a relação entre trabalho, educação e saúde; debate teórico sobre o tema
estudado; coleta e análise dos dados da pesquisa; elaboração de relatório de pesquisa, entre outros.
Desde 2011, oferecemos regularmente, como Tópicos Especiais, a atividade Metodologia da Produção de
Textos Acadêmicos, com elementos concretos para a produção acadêmica o que contribuiu para a
melhora da participação discente na produção geral. A partir da reforma curricular aprovada em 2019 e
implementada integralmente em 2020, a participação discente em Grupos de Pesquisa passa a ser
fortemente incentivada com a possibilidade de reconhecimento de créditos, por carga horária equivalente à
disciplina eletiva. 3.1.3 PRAZOS DEFESA E OUTROS ESTÍMULOS – Atendendo recomendações
registradas em avaliações anteriores, o Programa tem tido preocupação permanente com os prazos de
qualificação e defesa de dissertações, embora consideremos a dificuldade de muitos dos nossos
mestrandos, profissionais da saúde e da educação, em equilibrar a busca de qualidade nos trabalhos
acadêmicos com a exiguidade dos prazos propostos. Apesar disso, conseguimos reduções nos prazos de
conclusão das dissertações: o tempo médio de defesa caiu de 30 meses em 2013 para 27,4 meses em
2015. Em 2017, a média ficou em 27 meses, em 2018 chegamos a 26 meses, média mantida em 2019.
Duas iniciativas balizaram nosso comportamento. A Resolução 03 de 2014 do Colegiado da PG antecipou
a qualificação para o final do 14º mês a partir do ingresso do mestrando no curso. A segunda iniciativa,
desde 2013, foi a criação de projeto que angariou recursos para 6 bolsas de estudos com o objetivo de
melhorar as condições de trabalho dos mestrandos, favorecendo maior dedicação de tempo ao curso e
estimulando sua produção técnico-acadêmica. Com o encerramento do projeto no final de 2016, as bolsas
deixaram de ser tratadas como um projeto temporário e passaram a constar do Plano Anual da escola.
Desde 2017 mantemos 8 bolsas para mestrandos das turmas locais, atendendo 20% dos alunos do
Programa. Analisando-se o prazo de defesa dos bolsistas, observa-se que a maioria defendeu em tempo
mais curto, contribuindo para a redução do tempo médio de defesa de dissertações, oferecendo melhores
condições de dedicação ao trabalho aos mestrandos. O curso apresenta um baixo número de
desligamentos. Em 2017 tivemos 48 novas matrículas, compreendendo a nova turma local e a terceira
turma RET-SUS, que somadas às dos alunos do ano anterior totalizam 109. Ao final do ano, 18 alunos se
titularam e apenas 4 se desligaram do Programa. Em 2018, considerando que tínhamos quatro turmas
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concomitantes em andamento (duas turmas RET-SUS e duas turmas locais), 12 discentes foram
desligados, dos quais 7 pertenciam as turmas RET-SUS. Nesse ano tivemos 26 novos mestres titulados.
Já em 2019, houve 9 desligamentos, seis dos quais correspondem à discentes das turmas RET-SUS que
não conseguiram concluir as suas dissertações. Entretanto, o número de titulações de 2019 foi de 44
novos mestres, revelando o impacto da conclusão das turmas RET-SUS. Ao todo, a segunda turma RET-
SUS teve 23 matriculados iniciais, 19 novos mestres titulados e 4 desligamentos. Já na terceira turma
RET-SUS houve 26 matriculados iniciais, 20 titulados e 6 desligamentos. PERSPECTIVAS – Além da
manutenção do programa de bolsas próprio, a PG decidiu organizar um Centro de Estudos voltado para
mestrandos e egressos do Programa, aberto aos demais trabalhadores e alunos da EPSJV. A proposta foi
elaborada em seminário de avaliação que reuniu discentes e a Comissão de Autoavaliação do Programa
realizado no final de 2019, e aprovada pelo Colegiado da PG. Em 2019 se realizou o segundo Seminário
Discente, organizado pelos mestrandos com apoio da Coordenação do Programa. O Seminário, que tende
a se tornar atividade regular no âmbito do programa, constitui um espaço de apresentação e discussão da
pesquisa discente assim como de temas relevantes escolhidos por eles, propiciando a interlocução entre
docentes, discentes e outros participantes interessados nos temas abordados incluindo desde estudantes
do ensino médio até especialistas convidados. 3.2 PESQUISA DOCENTE - A pesquisa na EPSJV/Fiocruz
nucleia-se nos laboratórios que compõem a estrutura da escola e convergem para Câmara Técnica de
Pesquisa (CTP). As linhas de pesquisa do PG constituem, com as demais, o quadro global de pesquisa da
unidade. Desde 2014, há procedimentos bianuais para validação de novos Grupos de Pesquisa e
recredenciamento dos já vigentes, na EPSJV, na Fiocruz e no CNPq. Os Grupos de Pesquisa devem
assegurar sua pertinência institucional e opção metodológica, e apresentar balanço de sua atuação à CTP.
Em 2019 tínhamos ativos 8 grupos de pesquisa, todos certificados pela EPSJV e constantes do Cadastro
de Grupos de Pesquisa do CNPq. Informações detalhadas sobre cada um deles pode ser obtido
diretamente na página web da escola, na sessão pesquisa/grupos de pesquisa. Do total de grupos, 4 são
coordenados por docentes do Programa, nos demais há a participação de docentes do programa,
aumentando a relação entre a Pós-graduação e os demais pesquisadores da EPSJV. 3.2.1 GRUPOS DE
PESQUISA - Os grupos coordenadores por professores do programa são: a) TRABALHO E EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL EM SAÚDE, coordenado por Marise Ramos e Mônica Vieira. Participam: Ana Margarida
Campello, Filippina Chinelli, Francisco Lobo Neto, Ialê Falleiros, Júlio César Lima (área Saúde Coletiva). b)
ESTADO, POLÍTICAS E ESPAÇO PÚBLICO, coordenado por Marcela Pronko (Coordenadora da PG) e
André Dantas, com a participação de Anakeila Stauffer (área Ciência Política). c) INFORMAÇÕES E
REGISTROS EM SAÚDE: coordenado por Ana Cristina Reis, coordenadora adjunta da PG, conta com a
participação de Raphael Mendonça Guimarães (área Saúde Coletiva). d) DEMOGRAFIA, SAÚDE E
SOCIEDADE, coordenado por Raphael Mendonça Guimarães, docente da PG, e a Profa. Karina Meira, da
UFRN (área Saúde Coletiva). Outros grupos de pesquisa com participação de docentes do programa são:
e) NÚCLEO DE ESTUDOS EM DEMOCRATIZAÇÃO E SOCIABILIDADES NA SAÚDE, coordenado por
Alda Lacerda (EPSJV) e Francini Guizard, com participação dos docentes da PG Danielle Moraes, Felipe
Rangel Machado, Ialê Falleiros e José Roberto Reis. f) ESTUDOS COMPARADOS EM FORMAÇÃO
CIENTÍFICA, coordenado por Isabela Sousa Cabral (EPSJV), com participação das docentes Ana Lucia
Soutto Mayor e Marcia de Oliveira Teixeira (área Educação). g) DESINSTITUCIONALIZAÇÃO, POLÍTICAS
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PÚBLICAS E CUIDADO, coordenado por Nina Prata e Marco Aurélio Soares Jorge (EPSJV) e participação
dos docentes Gracia Maria Gondim e Maria Cecilia Carvalho (área Saúde Coletiva). h) MÉTODOS
AVALIATIVOS EM ATENÇÃO PRIMÁRIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE, coordenado por Elenice Machado
da Cunha (EPSJV), com a participação dos docentes Gracia Maria Gondim e Mauricio Monken, (área
Saúde Coletiva). 4. PRODUÇÃO - 4.1 PRODUÇÃO DOCENTE – O Programa ampliou o número de
publicações, com volume e qualidade crescentes, incorporando mais discentes (egressos ou ativos). Em
2017, a produção bibliográfica foi de 109 produtos, enquanto a produção técnica alcançou 126 com
crescente participação discente. Em 2018 houve um pequeno decréscimo no total da produção
bibliográfica (99 publicações), e um pequeno acréscimo na produção técnica (137). Em 2019, essa
tendência se consolidou com um novo decréscimo na produção bibliográfica total (85 publicações) e um
aumento sustentado da produção técnica (159 produtos). Desse total, destaca-se a produção bibliográfica
dos egressos (33 publicações), algumas delas em coautoria com docentes. Da mesma forma, observa-se
uma participação contundente dos discentes na produção técnica, sendo responsáveis por
aproximadamente um terço das mesmas. Nossos docentes realizam grande quantidade de produtos:
elaboração de cursos e de disciplinas, construção coletiva de metodologias de formação docente para o
país e para o exterior, formação de jovens pesquisadores, exercício de docência em níveis diferenciados
(Mestrado, especializações lato sensu, formação de trabalhadores de nível médio). PERSPECTIVAS: O
aumento da produção bibliográfica e técnica de docentes é uma das duas metas fixadas pelo Colegiado da
PG para o ano de 2020, de acordo com o planejamento realizado no III Seminário Anual de Avaliação da
Pós-Graduação. Para isso, como será detalhado no Planejamento Futuro, foi instituído um Planejamento
docente anual que permita acompanhar as atividades de docência, pesquisa e produção/transferência de
conhecimento de cada docente, subsidiando a elaboração de estratégias de estímulo mais específicas
para aumentar quantitativa e qualitativamente a produção docente de maneira mais equilibrada entre todos
os componentes do Colegiado. 4.2 PRODUÇÃO DISCENTE - A realização em 2018 e 2019 do Seminário
Discente representou um importante estímulo à produção discente, oportunizando a experiência de
apresentação de trabalhos num evento acadêmico e, às equipes de mestrandos que os planejaram, uma
experiência de organização de evento científico. Em 2018 registraram-se 15 participações de discentes na
produção bibliográfica e 62 na produção técnica. Em 2019, foram registradas 7 produções bibliográficas e
49 produções técnicas. Essa aparente queda nos quantitativos reflete a finalização das Turmas RET-SUS
que, entre 2016 e 2019, praticamente dobraram o número de discentes no programa. Nesse sentido, basta
destacar que a produção bibliográfica dos egressos alcançou em 2019 o número de 33 publicações,
muitas das quais correspondem aos egressos dessas turmas. Mantemos a experiência de assegurar
atividades adicionais, visando temáticas não contempladas nas disciplinas obrigatórias e eletivas,
aprofundando o caráter interdisciplinar do curso, como rápidas respostas aos desafios do campo da
educação profissional em saúde. Dados o perfil do Programa, dos Mestrandos e das dissertações, nosso
principal produto é a elaboração de intervenções qualificadas dos trabalhadores da Educação Profissional
em Saúde em seus locais de trabalho. A maioria das dissertações dirige-se para a avaliação de Políticas
Públicas (Trabalho, Educação e Saúde) que incidem no exercício profissional dos discentes. O desafio
corresponde aos objetivos da EPSJV, aglutinando a formação teórica aprofundada e a capacidade
analítica rigorosa, para intervenções práticas lastreadas em conhecimento mais amplo. O resultado da
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qualidade dessa formação é dificilmente consignável no Currículo Lattes e na Plataforma Sucupira. Porém,
apresentamos no item Perfil do egresso, uma análise preliminar da produção discente a partir do Banco de
Dissertações do Programa. 5. INICIATIVAS COLEGIADAS - 5.1. CREDENCIAMENTOS - Desde 2013,
Comissão do Colegiado sistematizou as exigências básicas para o credenciamento de novos docentes.
Em 2017, edital interno resultou no credenciamento de 3 docentes permanentes: Ana Cristina dos Reis,
Angélica Fonseca e Raphael Guimarães, além de 3 docentes colaboradores, Ana Soutto Mayor, André
Dantas e Danielle Moraes. Em 2018, a Comissão de Credenciamento e Recredenciamento encaminhou ao
Colegiado da PG proposta contendo alterações no quadro de docentes, considerando pedidos de
reenquadramento e de afastamento do programa. Os professores Júlio Cesar Lima e Felipe Rangel de
Souza Machado pediram afastamento do programa, comprometendo-se a concluir as orientações de
mestrandos pelas quais estavam responsáveis, o que aconteceu em meados de 2019. Maurício Monken,
José Roberto Franco Reis e Virgínia Fontes pediram mudança de enquadramento de docentes
permanentes para colaboradores. Por proposta da Comissão, André Vianna Dantas e Francisco José da
Silveira Lobo Neto passaram a integrar o quadro de docentes permanentes do programa. As professoras
Neise Deluiz e Arlinda Moreno foram desligadas do programa por solicitação pessoal. Em 2019 a
Comissão apresentou proposta de readequação do corpo docente ao Colegiado que aprovou o
credenciamento de Alda Lacerda, Márcia Valéria Morosini, Grasiele Nespoli e Marcio Sacramento como
docentes permanentes e Letícia Batista da Silva como colaboradora. Outras mudanças no quadro
docente: Ana Margarida Campello, Carla Martins e Angélica Ferreira Fonseca passaram a compor o
quadro de colaboradores e Ana Lúcia Soutto Mayor passou de colaboradora a docente permanente.
Ramon Pena Castro, Ialê Falleiros Braga, Virgínia Fontes e Maria Cecília Carvalho, todos docentes
colaboradores com exceção do primeiro, desvincularam-se de maneira temporária ou permanente da
instituição, por finalização ou interrupção do vínculo e aposentadoria, sendo desligados do PG. Gracia
Maria Gondim e José Roberto Reis, também docentes colaboradores, solicitaram desligamento do
programa em função de novos compromissos de trabalho em suas respectivas unidades de lotação.
Atualmente Raphael Mendonça Guimarães e Márcia Raposo Lopes encontram-se afastados realizando
estágio pós-doutoral e Ana Margarida Campello está de licença médica. O Colegiado atual conta com 15
docentes permanentes e 6 docentes colaboradores, número ajustado às atuais necessidades do mestrado
tendo em vista a conclusão das turmas RET-SUS e a diminuição da demanda de orientação. Esse ajuste
coincidiu com alterações importantes na dinâmica da força de trabalho na EPSJV e na Fiocruz, que tem
sofrido com aumento de aposentadorias, de afastamentos, assim como de processos de mobilidade
interna entre unidades, deslocando pesquisadores e processos de trabalho da EPSJV para outros
espaços. Embora seja possível manter o vínculo com o programa apesar dos deslocamentos, temos
observado que isso acontece por curto tempo, geralmente relacionado às atividades de orientação em
curso. Ao mesmo tempo, numerosos pesquisadores da EPSJV concluíram seus doutorados e
consolidaram suas trajetórias de pesquisa, colocando-se como aptos para fazerem parte do programa.
Uma amostra desse processo encontra-se no fato que no edital de credenciamento lançado em 2019, 12
(doze) candidatos se apresentaram e foram considerados em condições de se tornarem docentes,
obrigando a Comissão a estabelecer critérios complementares para o ingresso ao Programa. Assim, em
que pese o dinamismo experimentado na configuração do corpo docente nesse quadriênio (2017-2020),
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as mudanças visam manter a organicidade do curso (disciplinas e orientações), e preservar a
solidariedade intergeracional. 5.2. DOCENCIA E GESTÃO COMPARTILHADA. O Programa conserva e
ajusta prática já consolidada de docência compartilhada, na qual docentes experientes ministram
disciplinas conjuntamente com os jovens doutores ou doutorandos; da formação de novos orientadores,
com a prática de co-orientações; de reuniões semestrais regulares dos discentes com a coordenação e de
reuniões mensais do Colegiado, composto pelo corpo docente e pela representação discente. Da mesma
forma, tem incorporado o tratamento compartilhado de assuntos de gestão, instituindo o funcionamento de
Comissões Permanentes (como a Comissão de Bolsas, de Credenciamento e Recredenciamento, de
Processo Seletivo, de Autoavaliação e Comissão Sucupira para a elaboração do relatório anual) e
Comissões ou Grupos de Trabalho temporários para dar conta de problemáticas específicas do
funcionamento do Programa. Consolidou-se um entendimento, ao longo do último ano, que todo docente
da PG deve participar de um desses espaços colegiados contribuindo assim com a gestão compartilhada
do Programa. 6. COORDENAÇÃO DO PROGRAMA – Em agosto de 2019, Marcela Pronko assumiu a
coordenação do Programa, tendo como coordenadores adjuntos Marco Antonio Carvalho Santos e Ana
Cristina Reis. Desde 2017, a Coordenação vem sendo exercida por uma equipe que trabalha de forma
colegiada, estabelecendo uma rotatividade no exercício da Coordenação Geral
O Programa mantém como objetivo central a formação teórico-prática de profissionais que atuam ou
pretendem atuar em processos relacionados à formação de trabalhadores técnicos em saúde, em
coerência com seu objeto, a Educação Profissional em Saúde em uma perspectiva interdisciplinar,
traduzida na área de concentração Trabalho, Educação e Saúde. O foco inicial, voltado para dirigentes e
docentes das Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde, foi simultaneamente aprofundado e ampliado.
Aprofundado através da oferta de três turmas de Mestrado direcionadas para docentes e gestores das ET-
SUS e ampliado na medida em que o programa visa alcançar profissionais ligados às áreas de Trabalho,
Educação e Saúde interessados na Educação Profissional em Saúde, reunindo mestrandos que atuam em
diversos ambientes de trabalho, como unidades de assistência em saúde de diversas complexidades,
programas de atenção básica e de promoção à saúde, instâncias gestoras de educação e de saúde,
instituições de ensino, dentre outras. A formação teórico-prática desses profissionais ocorre mediante o
aprofundamento das bases teórico-metodológicas que fundamentam as políticas de educação e de
trabalho em saúde, permitindo sua compreensão histórica e potencializando práticas transformadoras que
contribuam para a consolidação do Sistema Único de Saúde - SUS. Conceitualmente, a proposta do
programa visa elaborar a crítica às concepções economicistas e pragmáticas da educação e das práticas
de atenção e assistência em saúde. Nesse sentido, também o conceito de saúde como ausência de
doença é confrontado com o conceito ampliado de saúde como qualidade de vida, buscando-se, assim,
compreender a educação e a promoção da saúde como processos ontológicos de produção da existência
humana. Esses, ainda que subsumidos ao modo de produção capitalista, configurando-se historicamente
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Objetivos
Objetivos (geral e específicos)
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como meios de reprodução da força de trabalho, do ponto de vista das potencialidades humanas resistem
a se converterem em mercadorias. Desses preceitos decorre uma forma de ação institucional que se
caracteriza por promover um comprometimento da pós-graduação com o conjunto de atividades da
unidade (a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio) e da Instituição (a Fundação Oswaldo Cruz),
desdobrando-as, ainda, para a esfera dos órgãos gestores da educação e da saúde, tais como as
respectivas secretarias municipais e estaduais e ministérios, assim como para as instituições que realizam
a educação profissional em saúde. Tal postura não poderia deixar de ter fortes implicações acadêmicas,
posto que nela se enraízam os princípios da interdisciplinaridade que caracterizam o programa, assim
como a natureza interessada e comprometida dos problemas que levam ao delineamento de sua proposta
pedagógica. O desenvolvimento das investigações por professores e estudantes deve enfrentar novas
dimensões dos problemas, fornecendo, assim, explicações dos fenômenos e perspectivas de ação que,
sistematizadas, possam se constituir em novos conhecimentos científicos socialmente necessários e
historicamente coerentes. Os objetivos específicos do Programa foram elaborados de forma a orientar o
desenvolvimento de sua proposta, fazendo-a cumprir com suas finalidades conceituais, institucionais e
acadêmicas previamente descritas. São estes: a) Analisar a configuração do Estado capitalista e suas
funções em diferentes fases históricas, considerada a relação entre economia, política e cultura,
possibilitando identificar o desenvolvimento histórico dessas políticas sociais e tendo como enfoque as
concepções que embasam as políticas voltadas para a educação dos trabalhadores e a saúde da
população; b) Analisar as tendências da educação profissional e da gestão do trabalho em saúde, à luz da
complexa e contraditória relação entre reestruturação produtiva, qualificação do trabalho e do trabalhador
e educação profissional; c) Analisar as concepções teórico-metodológicas que embasam projetos e
práticas político-pedagógicas de educação de trabalhadores em saúde, buscando compreender as razões
e as concepções que orientam o desenvolvimento dos projetos de educação profissional em saúde, bem
como suas referências e características; d) Contribuir para a formação em pesquisa a partir de articulação
entre teoria e prática e de uma abordagem que integra aspectos epistemológicos, teóricos, metodológicos
e técnicos da pesquisa interdisciplinar; e) Contribuir para que o conhecimento produzido na consecução
dos objetivos anteriores oriente a ação política e pedagógica de diretores, técnicos e docentes na
perspectiva transformadora de práticas educativas e de serviços em convergência com os princípios do
SUS. Os objetivos do curso de Mestrado e sua estrutura curricular revelam o perfil do profissional que o
Programa pretende formar: profissionais competentes em suas respectivas atividades, com capacidade de
compreensão da realidade social dinâmica na qual atuam, com autonomia crítica e reflexiva, e com
qualificação para atuar na elaboração e implementação das políticas de educação e saúde, avançando no
aprofundamento e na qualificação do Sistema Único de Saúde.
Os egressos do curso se inserem predominantemente em instituições de ensino do campo da educação
profissional em saúde ou em distintas instâncias das secretarias municipais e estaduais de saúde
relacionadas ao campo da formação de trabalhadores da saúde, em diversas especialidades profissionais,
observando-se nos últimos anos crescimento de trabalhadores atuando em funções de gestão e de
administração, nas unidades de Saúde e/ou de Educação. Vale mencionar, que há uma dificuldade em
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Perfil do Egresso
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obter informações provenientes do Currículo Lattes dos egressos, uma vez que, por vezes, não há uma
preocupação ou obrigatoriedade de atualização dos seus currículos. Para suprir essas informações, a
Coordenação da Pós-graduação desenvolve, desde 2017, um trabalho de acompanhamento do perfil de
discentes e de egressos do curso de mestrado a cargo de Regina Maria Britto Cunha Lopes, servidora que
integra a equipe da PPG e egressa deste mestrado profissional, sob a supervisão da coordenadora
adjunta da PG, Ana Cristina Reis. Já foi produzido um Relatório Preliminar, cujos resultados subsidiaram
relatórios anteriores. Para 2019, a Vice Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz
liderou uma equipe encarregada do acompanhamento de egressos no conjunto dos programas de Pós-
graduação das unidades da FIOCRUZ. Os resultados aqui apresentados fazem parte do estudo sobre o
perfil de egressos desenvolvido pelo GT de Sistema de Acompanhamento de Egressos dos programas de
pós-graduação stricto e lato sensu da Fiocruz. Em relação ao Mestrado Profissional Educação em Saúde,
do total de 140 ex-alunos que concluíram o curso entre janeiro de 2013 e maio de 2019, 77 participaram
do estudo (55%). Para coleta de dados foi aplicado um questionário on line contendo 42 questões de
múltipla escolha, distribuídos em seis blocos temáticos: (1) Identificação do egresso: sexo, idade no
ingresso, cor de pele, deficiência, estado que vivia, graduação, ano de conclusão e instituição onde fez
graduação; (2) Identificação no programa/curso: unidade, curso, ano de ingresso, mês/ano conclusão,
ingresso por cota, motivo de escolha do curso na Fiocruz, outra formação e instituição de outra formação;
(3) Atividade profissional antes de ingressar no curso: atividade profissional antes do curso, número de
empregos, área, setor, onde exercia, tempo de exercício e vínculo empregatício; (4) Atividade profissional
e expectativas logo após terminar o curso: expectativa e inserção profissional; (5) Condição empregatícia
atual e efeitos da formação na Fiocruz (egressos em 2019 não responderam este bloco); (6) Avaliação da
trajetória formativa. O questionário foi publicizado e disponibilizado para acesso livre pelo repositório
institucional da Fiocruz - ARCA (https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36744). O questionário foi aplicado
por meio digital, onde cada egresso recebeu por e-mail um link de acesso que lhe permitia acessar seu
questionário por meio de uma chave de acesso individual. A análise dos dados foi realizada através da
frequência absoluta e relativa e do cruzamento de algumas variáveis. Os resultados estão apresentados
segundo os blocos temáticos do instrumento adotado. Dos 77 egressos respondentes, 73% são do sexo
feminino; 48% são de cor de pele branca e 52% negros (autodeclarados de cor de pele preta e parda) e;
3% possuíam alguma deficiência, dentre as quais estão a motora e auditiva. Todos são de nacionalidade
brasileira e a maior parte (66%) residiam no Rio de Janeiro, estado sede do curso. Há uma variedade de
formações na graduação entre os egressos, com destaque para área da saúde (47%), das ciências
humanas e sociais (21%) e educação (18%). Observou-se muita diversidade de instituições de formação
na graduação, embora a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio de
Janeiro se destaquem ligeiramente (em torno de 10% cada uma). A maioria se graduou entre os anos de
2006-2010 (32%), 2011-2014 (21%) e 2001-2005 (17%). Quanto a faixa etária, a maior parte tinha entre 31
e 40 anos de idade (44%) quando ingressaram no Programa. Não houve ingresso por ação afirmativa
(cota) no período analisado. O percurso acadêmico mostrou que a maioria já fez cursos de especialização
(84%), além de qualificação profissional ou aperfeiçoamento (26%), residência (14%), mestrado
profissional (5%) e mestrado acadêmico (2%). Praticamente 43% dos egressos fizeram um percurso de
formação na própria Fiocruz, mostrando uma trajetória educacional na instituição. Uma parcela grande dos
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egressos (94%) já realizava atividade profissional antes de ingressar no Programa, sendo que 60%
declararam que possuíam apenas um emprego/trabalho e 34% tinham de dois a três empregos/trabalho.
Dentre as atividades realizadas, destacam-se a de educação (60%), gestão (26%), assistência (17%) e
pesquisa (7%). A maioria atuava em atividade profissional há mais de 5 anos (51%) e de 1 a 3 anos (26%).
Boa parte dos egressos tinha vínculo empregatício com o governo estadual (28%), federal (18%) e
municipal (14%). Quanto ao regime de contratação, o regime jurídico único prevalece (37%), seguido por
CLT (22%). Em relação às expectativas dos egressos quanto à mobilidade, grande parte não tinha
intenção de se mudar para outro município logo após finalizar o curso (51%) e 38% tinham expectativa de
retornar à cidade onde moravam. Já as expectativas profissionais após conclusão do curso mostrou que
as maiores aspirações entre os egressos era atuar como docente na graduação e em cursos de pós-
graduação (60%), atuar no setor público de forma qualificada (56%), continuar a estudar (44%), obter
melhores rendimentos (38%), continuar a estudar após organizar melhor a vida profissional (33%) e atuar
em grupo de pesquisa (35%). Quanto à inserção profissional ao término do curso verificou-se que a maior
parte dos egressos (57%) continuava na mesma atividade profissional e na mesma instituição em que
atuava antes do curso e 16% continuaram na mesma atividade profissional, mas mudaram de instituição.
Sobre a situação atual dos egressos observou-se que 99% dos egressos de 2013-2018 estão empregados
no momento. As áreas de atuação não se modificaram muito comparando-se o antes e depois da
realização do curso - educação (58%), gestão (23%), assistência (18%) com exceção da área de atuação
em pesquisa que aumentou para 17%. O Governo Federal é onde a maior parte dos egressos tem
atividade laboral remunerada atualmente (27%), ao lado do governo estadual (18%) e municipal (18%). O
regime jurídico único prevalece como forma de vínculo empregatício (46%) seguidos da CLT (20%) e
bolsista (7%). Ao cruzar as informações sobre o regime de contratação laboral atual segundo o ano de
conclusão do curso, notou-se que egressos mais antigos possuem maior inserção no regime jurídico
único, ao passo que egressos mais recentes declararam mais vínculos empregatícios frágeis, como bolsa.
Pode-se sugerir que o impacto da formação é maior a partir dos três-quatro anos de formação,
especialmente quando se observa os dados do regime jurídico único e CLT. Há que avaliar os resultados a
partir da atual conjuntura, com a maior precarização do trabalho nos últimos anos, em especial na área da
saúde. Há que ressaltar que 40% dos egressos participantes relatam mudança de atividade profissional
após a formação, mesmo que seja na mesma instituição em que já atuavam. Questionados se atribuiriam
ao curso realizado a mudança de atividade profissional, 33% afirmam que o curso contribuiu para a
mudança profissional, 5% já respondem negativamente e 3% afirmam não saber informar. Quase todos os
egressos relatam que o curso que fizeram está relacionado à atual atividade profissional: muito
relacionado (48%), razoavelmente (27%), pouco (7%) e apenas 3% informam a ausência de relação do
curso com a atividade profissional atual. Quando indagados sobre o aumento salarial em decorrência da
conclusão do curso, 26% afirmam ter tido um acréscimo de até 25%, com uma sobreposição dos homens
(38% contra 21% das mulheres). Em contrapartida, 35% afirmam que não tiveram aumento em função da
conclusão do curso e cerca de 17% relatam um aumento mais significativo do salário (de 26% a 50%).
Vale dizer que os homens informam mais o aumento de salário de 51% a 75% (4,8 contra 3,6% das
mulheres). Observou-se maior impacto entre os egressos de 2014, ou seja, cinco anos após formados.
Este achado também se revela na negativa do aumento na remuneração, mais baixo entre os egressos
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mais antigos. Constata-se que cerca de 40% dos respondentes que ingressaram em 2013 referem
aumento salarial em função da conclusão do curso; entre aqueles que ingressaram em 2016, 67% fazem
essa afirmação; já naqueles que iniciaram o curso em 2018, 42% mencionam acréscimo na remuneração.
Contudo, independente do ano de conclusão, uma parte dos egressos não teve aumento salarial em
decorrência da conclusão do curso. Os egressos se dividem quando perguntados sobre o ingresso em
uma nova formação após a conclusão do curso: 46% afirmam positivamente e 42% negam o ingresso em
uma nova formação. Dentre os que ingressaram em uma nova formação, sobressai a Qualificação
Profissional ou Aperfeiçoamento (20%), a Especialização (14%) e o Doutorado Acadêmico (12%). Cerca
de 10% dos egressos fizeram novas formações na Fiocruz. Quanto ao tipo de produção científica gerada
pela dissertação, se destacam: apresentação em evento científico (34%), publicação de artigos científicos
(22%) e apresentação do estudo para gestores e/ou trabalhadores (27%). Cerca de 22% dos egressos
ainda não tiveram produção científica gerada pelo curso. Para finalizar, é importante frisar que quase
todos os egressos afirmam que o curso teve efeito na sua vida profissional (96%) e esse impacto se
reverte principalmente no melhor desempenho nas atividades que exercia (70%), vindo a seguir o aumento
do prestígio, do reconhecimento dos colegas e da chefia; incremento de desempenho nas atividades
distintas das que fazia e, por fim, na remuneração. Com o objetivo de complementar o perfil de egressos
foi realizado pela equipe da PG um mapeamento das temáticas que aglutinam as dissertações elaboradas
pelos discentes desde 2010 quando ocorreram as primeiras defesas, até 2019. Mapeia 200 dos 211
trabalhos que se encontram disponíveis no site do Mestrado em Educação Profissional em Saúde. O
Banco de Dissertações foi utilizado como base para a definição de cinco (5) eixos que apresentamos a
seguir e integram as 2 linhas de pesquisa que abarcam os estudos localizados na Pós Graduação em
Educação Profissional em Saúde: Concepções e práticas na formação dos trabalhadores da saúde e
Políticas públicas, planejamento e gestão do trabalho, da educação e da saúde. Eixos Temáticos: a)
Grupos ocupacionais: formação e inserção profissional em saúde: Abarca o maior quantitativo de
trabalhos. São 48 dissertações que discutem aspectos relativos aos diferentes grupos de trabalhadores da
saúde: manutenção predial e de equipamentos em saúde; vigilância em saúde (ambiental, sanitária,
epidemiológica), saúde bucal, imobilizações ortopédicas, saúde mental, gestão/administração/informação
em saúde, radiologia, agentes comunitários, técnicos de enfermagem, cuidadores de idosos e
histotecnologia, entre outros. Engloba ainda estudos que se debruçaram sobre as profissões da saúde que
exigem a graduação como a fisioterapia, enfermagem, odontologia, farmácia, serviço social, educação
física, nutrição. O surgimento de um novo profissional a partir da graduação em saúde coletiva e o
processo de incorporação de profissões na atenção básica também configuraram objetos de estudos
nesse eixo temático. As problemáticas analisadas nesse eixo temático, ao aprofundarem as
especificidades de cada formação profissional na área da saúde, possibilitam desvendar os nexos entre
formação, regulação e inserção profissional. Os resultados desses estudos acerca dos dilemas da
profissionalização contemporânea e as repercussões no setor saúde contribuem para o enfrentamento de
desafios localizados tanto no âmbito do desenho de políticas de formação e gestão do trabalho, como
também apontam necessidades a serem consideradas na relação entre a organização do modelo
assistencial e a incorporação da força de trabalho em saúde. b) Dimensões estruturantes e relacionais do
campo trabalho e educação profissional no SUS: Integra 35 estudos que contemplam duas dimensões
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voltadas à compreensão de ênfases centrais que sustentam tanto a formulação de políticas públicas nesse
campo quanto à orientação de práticas de cuidado no SUS. São análises que possibilitam compreender as
orientações teóricas e os respectivos desenhos operacionais que sustentam programas nacionais de
formação profissional. Permitem identificar diferentes ciclos no tempo que expressam as disputas em jogo
na cena política, na academia e junto à organismos internacionais que enfatizam distintos discursos,
conceitos, visões de mundo. São desvendadas múltiplas determinações que em diferentes momentos
históricos interferem, com maior ou menor intensidade, tanto na formulação da agenda do campo do
trabalho, educação na saúde como na produção do cuidado no cotidiano do trabalho em saúde e,
portanto, também nas condições concretas de atuação dos discentes do Mestrado em Educação
Profissional em Saúde. b1 - Qualificação profissional no SUS, instituições formadoras e suas pedagogias:
Estudos que refletem sobre a construção nacional e pública da educação profissional em saúde. Inclui
análises sobre os processos de constituição das escolas técnicas do SUS, formação docente, concepções
político-pedagógicas, processos de avaliação, trajetórias institucionais, estudo de egressos, programas
nacionais de formação técnica para o SUS como o Proformar, o Larga escala, o Profae, Profaps. b2 –
Transformação das práticas, aspectos relacionais, formação em/para o serviço: Estudos voltados à análise
das concepções, formulação e implantação da educação permanente em saúde e todas as suas
derivações em formas de programas, projetos, práticas e políticas que se dedicaram a compreender os
sentidos e transformar a produção do cuidado no cotidiano do trabalho em saúde. Temas como a
humanização, as cartografias do cuidado, apoio matricial, institucional, VerSus, Pró-saúde, Pet-saúde,
integração ensino-serviço, preceptoria. c) Concepções, estratégias, programas e materiais educacionais:
Envolve 41 estudos dedicados aos múltiplos aspectos que compõem a relação entre educação, ciência e
cultura. Políticas educacionais e historicidade. Politecnia, formação integral, processos emancipatórios,
privatização da educação, educação não formal, tecnologias de informação e comunicação, EAD. Análise
de programas como Proeja, Pronatec, Provoc, Pibic. Eixo cujas dissertações propiciam compreender a
realidade educacional brasileira, os projetos em curso e os princípios que podem orientar propostas
educacionais voltadas à redução da desigualdade social. d) Trabalho em saúde, reestruturação produtiva
e produção de subjetividade: Eixo que engloba 34 estudos que tratam das repercussões das
transformações no mundo do trabalho sobre a gestão do trabalho no SUS, mercado e força de trabalho em
saúde. O processo de qualificação profissional e os percursos ocupacionais construídos pelos
trabalhadores em contexto de aceleração do desencontro entre a formação, o posto de trabalho e as
expectativas profissionais. A exploração e a intensificação do trabalho, o alcance de metas, desempenho e
produtividade e suas expressões nas subjetividades da “classe que vive do trabalho”. A busca por
reconhecimento e os dilemas das (in) definições de identidades ocupacionais. As condições e relações de
trabalho em tempos de expansão do assédio, adoecimento, sofrimento e precarização. Estudos que
permitem descortinar os véus que tecem as relações de trabalho e afeto no SUS. As implicações das
políticas públicas e da gestão sobre a produção do trabalho e a qualidade do vínculo entre os próprios
trabalhadores e entre esses e os usuários. e) Estado, políticas, organização do sistema e da atenção à
saúde: Abarca 42 dissertações dedicadas aos temas da atenção produzida no Sistema Único de Saúde.
Analisam a participação e o controle social, a integralidade, a rede de atenção (psicossocial, básica,
cuidados paliativos, promoção da saúde, saúde indígena, oncológica), adesão ao tratamento, políticas
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específicas (pessoa idosa, LGBT, população negra, saúde da mulher). São estudos que refletem sobre o
papel do Estado, da gestão e dos movimentos sociais nos grandes desafios da produção da atenção à
saúde. Permitem indicar ações nesse campo que levem em consideração tanto as representações que os
usuários constroem sobre a oferta do cuidado como as percepções e atuações dos trabalhadores sobre a
organização do sistema e a formação profissional. ANÁLISE DOS CANDIDATOS AO MESTRADO– Ao
lado da pesquisa de egressos, desde 2016 realizamos também acompanhamento da procura de
estudantes pelo Mestrado. O perfil dos candidatos tem mantido características semelhantes ao longo dos
últimos anos. Como exemplo desse perfil, apresentamos a análise dos candidatos que participaram do
processo seletivo da turma 2018. Durante processo de seleção, no ano de 2017, para formação da turma
de 2018 foi encaminhado questionário para os inscritos como objetivo identificar as características sócio
demográficas, a trajetória formativa e perfil profissional dos candidatos ao mestrado profissional. As
perguntas do questionário estão organizadas em quatro blocos temáticos: 1. Características
Demográficas; 2. Itinerário Formativo; 3. Ocupação e Vínculo Empregatício; e 4. Como tomou
conhecimento sobre o mestrado e Motivação. Das 134 inscrições homologadas, 44 candidatos
responderam o questionário. Entre os candidatos que responderam, a maior parte era do Rio de Janeiro
(38), 1 da Bahia, 2 de Minas Gerais, 1 do Piauí, 1 de Natal e 1 do Ceará. O curso de graduação que
predominou foi Enfermagem com 17 inscritos, 5 Psicologia, 4 Pedagogia, 3 Educação Física, 3 Serviço
Social, 2 Farmácia, 2 Fisioterapia, 2 Letras,1 Geografia e 5 preencheram errado. Nas características
demográficas, apontamos que 43 candidatos que responderam o questionário eram de nacionalidade
brasileira e 01 angolano. A faixa etária que predominou foi a de 25 a 50 anos com 30 respondentes. O
sexo feminino representou 32 respostas e o estado civil com maior incidência totalizou 24 entre casados e
união estável. No segundo eixo denominado Itinerário Formativo 24 dos inscritos declararam terem feito
ensino técnico: 18 em Instituições privadas e 06 em Instituição Pública. A maioria (35) já tem pós-
graduação, 33 do tipo lato senso e 02 strictu sensu. Quanto à ocupação e vínculo empregatício, 39
declararam estar trabalhando, 27 na área de saúde. Em relação ao vínculo estão distribuídos da seguinte
forma: 16 celetistas, 10 servidores públicos concursados, 05 temporários, 4 autônomos e como prestador
de serviço, cargo comissionado, bolsista e outro 01 em cada. Ao responderem o quarto eixo sobre como
tomou conhecimento do mestrado e motivação, 27 dos 44 se concentraram no site da Fiocruz ou EPSJV e
31 dos 44 registraram a qualificação profissional como o motivo pelo qual buscou o mestrado. A
capilarização do Mestrado em Educação Profissional revela-se bastante ampla, tanto do ponto de vista
das graduações na área de Educação e Saúde atingidas, como no espectro dos processos profissionais
quanto, finalmente, através do aumento de uma procura de âmbito estadual e nacional. De outro lado,
observa-se ainda bom aproveitamento funcional dos egressos do Mestrado na própria Fiocruz, assim
como na EPSJV, uma parte incorporada através de concursos públicos. Considerando-se os objetivos e o
próprio foco do curso de Mestrado, verifica-se coerência entre a formação recebida e a inserção social e
profissional dos egressos, assim como manutenção de alto nível de procura para a turma local,
crescentemente estadual e nacional. PERSPECTIVA: O Programa já implantou processo permanente de
acompanhamento e avaliação dos candidatos e dos egressos, e deverá ter manter a produção de
relatórios anuais que permitam subsidiar o processo de avaliação permanente e tomada de decisões.
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Com uma área de concentração denominada Trabalho, Educação e Saúde, o curso de Mestrado
Profissional em Educação Profissional em Saúde tem a duração de 2 anos, com um número total de 32
créditos de disciplinas e atividades obrigatórias que, somadas à elaboração e defesa da dissertação,
totalizam 96 créditos para a titulação. Conta com 3 disciplinas obrigatórias: Economia da Educação e
Concepções de Formação em Saúde; Educação Profissional no Brasil: Contextos e Questões Atuais; e
Políticas de Educação e de Saúde, cada uma com carga horária de 60 horas, equivalendo, somadas, a 12
créditos. Além destas, oferece duas atividades também obrigatórias: Seminário Interdisciplinar de
Pesquisa I e Seminário Interdisciplinar de Pesquisa II, cada uma com carga horária de 60 horas,
equivalendo, somadas, a 8 créditos. As disciplinas eletivas têm carga horária de 30 ou 60 horas, devendo
os alunos completar um total de 12 créditos. A estrutura curricular descrita é comum a todos os alunos do
curso de Mestrado e objetiva o aprofundamento das bases teórico-metodológicas que fundamentam as
políticas de educação e de trabalho em saúde, permitindo sua compreensão histórica e potencializando
práticas transformadoras que contribuam para a consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS. Foram
oferecidas em 2019 as seguintes disciplinas eletivas: Desenvolvimento humano, educação e
aprendizagem; Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde II: A degradação das relações de
trabalho no Brasil Contemporâneo; Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde II: a
construção de direitos e saúde; Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde I: Crítica do
neoliberalismo (Economia. Ideologia e Modo de Vida); Tópicos Especiais em Educação Profissional em
Saúde I: Trabalho e Cultura: questões para educação e saúde; Tópicos Especiais em Educação
Profissional em Saúde II: Tecnologia da Informação e Comunicação, Educação a Distância e Formação
em Saúde. Cabe apontar que há permanente movimento de reestruturação e atualização de conteúdos
também, para as disciplinas e as atividades obrigatórias sem, contudo, descaracterizar suas ementas e
suas linhas gerais. Todas as ementas de todas as disciplinas já ofertadas encontram-se no site do
programa, hospedado na página da EPSJV. Como parte desse movimento de atualização, o PG realizou
em fevereiro de 2018 um Seminário destinado a uma avaliação da sua trajetória e repetiu a experiência
em fevereiro de 2019 e 2020, estruturando a proposta de reforma curricular apontada a seguir.
PERSPECTIVAS: A partir da constituição da turma 2020, o aluno deverá cursar, no mínimo, 480 horas/32
créditos, mantendo as três disciplinas obrigatórias e acrescentando uma nova atividade obrigatória em
lugar de uma das disciplinas eletivas. Assim, além de Seminários Interdisciplinares de Pesquisa I e II,
passa a ser obrigatória a Atividade de Orientação, perfazendo também 60horas/4 créditos. A Atividade de
Orientação será reconhecida mediante o estabelecimento, pelo orientador e seu orientando, de um Plano
de Trabalho, incluindo atividades livremente pactuadas, cujo cumprimento será atestado pelo orientador
através de relatório específico a ser entregue à Coordenação de Programa. Essa alteração na grade
curricular visa garantir uma aproximação maior entre orientador e orientando, propiciando o
desenvolvimento de tarefas específicas e trabalhos conjuntos que contribuam para o desenvolvimento da
dissertação e da formação do futuro mestre. Nessa mesma linha, ficou estabelecido que os discentes
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Proposta Curricular
Estrutura Curricular
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deverão cumprir um número de disciplinas eletivas e/ou atividades acadêmicas que perfaçam também ao
menos 120horas/8 créditos, podendo ser dividas em: ao menos 1 (uma) disciplina eletiva de 60horas/4
créditos oferecida pelo Programa, atividades acadêmicas diversas e/ou atividade de pesquisa com
equivalência de carga horária de 60 horas/4 créditos. Nesse último caso, a abertura explícita para
participação em atividades de pesquisa visa também aproximar de maneira efetiva o trabalho dos
mestrandos aos projetos mais amplos coordenados pelos professores da PG, proporcionando uma prática
de pesquisa e um espaço coletivo de reflexão, que contribuam para o desenvolvimento dos respectivos
trabalhos. Com isso se pretende ampliar as possibilidades oferecidas aos mestrandos de traçar, junto com
os orientadores, as trajetórias acadêmicas mais adequadas aos projetos de cada um, assim como
proporcionar mais tempo de dedicação às atividades de orientação, preparação dos projetos de
qualificação, realização da pesquisa e elaboração da dissertação. A nova estrutura curricular não implica
em alteração da proposta ou dos objetivos do programa, representando, antes, o resultado da avaliação
do trabalho desenvolvido ao longo de mais de uma década de existência.
1) O Programa de Pós-Graduação tem construído uma importante experiência no desenvolvimento de
cursos que alternam períodos de concentração e dispersão. Já são três turmas de mestrado constituídas
por docentes e coordenadores das Escolas Técnicas do SUS, para as quais foi necessário elaborar uma
estratégia específica, de modo a assegurar a realização da mesma carga horária idêntica densidade dos
conteúdos e qualidade do curso. Realizamos anteriormente e continuamos realizando Cursos de
Especialização (lato sensu) em convênio com instituições públicas do exterior e com movimentos sociais
para a formação de educadores, cursos organizados também sob a forma de períodos de concentração e
dispersão. Os períodos de dispersão exigem uma nova organização do trabalho dos discentes e docentes
(professores e orientadores) de forma a garantir um acompanhamento permanente e evitar quebras
significativas da continuidade do estudo e pesquisa. A primeira turma de mestrado, composta por docentes
e coordenadores das Escolas Técnicas do SUS, foi iniciada em setembro de 2014, realizou em 2015 e
2016 suas atividades concluídas com defesas de dissertação por praticamente todos os discentes. No final
de 2016 se iniciou mais uma turma no âmbito do modelo RETSUS, em escala nacional, abrangendo agora
as regiões Norte e Centro-Oeste do país finalizada no início de 2019. Por sua vez, nova seleção foi
realizada e a terceira turma, abrangendo as regiões Sul e Sudeste iniciou o curso em abril de 2017,
concluindo em meados de 2019. 2) A realização concomitante à turma de Mestrado local de cursos de
Especialização (Lato Sensu) e de Especialização Técnica (Ensino Pós-Médio), agrega experiências de
novo tipo à formação dos docentes e dos discentes, provocando novas reflexões e despertando novas
problemáticas a partir da prática concreta de formação de trabalhadores da saúde e da educação. 3) O
Programa tem se empenhado no estabelecimento de um elo orgânico, permanentemente debatido e
aprofundado entre o Mestrado, o Ensino Médio Profissional e as diversas formações pós-graduadas
resultantes de Convênios Nacionais e Internacionais ou de iniciativa do próprio Programa de Pós-
Graduação, em parceria com outros Laboratórios da EPSJV; 4) Temos realizado experiências de pesquisa
e docência em âmbito internacional, pela oferta de Cursos de Especialização e pela realização
permanente de Pesquisas Multicêntricas com foco na América Latina; 5) A aceitação e inclusão de temas
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Experiências inovadoras de formação
13/05/2021 15:02:13 17
atinentes às áreas da Cultura (Música, Teatro, Literatura, Linguística) como plenamente integrantes dos
processos da Educação Profissional em Saúde; 6) As experiências de compartilhamento entre docentes
do programa (sêniores) e jovens doutores ou doutorandos, na prática das disciplinas (obrigatórias e
eletivas) e no aprendizado dos processos de orientação. 7) A incorporação, ao longo dos últimos dois
anos, de disciplinas em formato concentrado e carga horaria reduzida (30 horas) em períodos de férias de
verão ou de inverno. Os Chamados “Cursos de Verão” e “Cursos de Inverno” permitem desenvolver
temáticas particulares e/ou formatos experimentais, com professores convidados ou atendendo a
demandas específicas, em períodos que, segundo avaliação do próprio corpo discente, resultam mais
propícios para uma dedicação integral dos estudantes.
O Programa não desenvolve cursos na modalidade de ensino à distância, mas tem buscado se estruturar
para desenvolver atividades nessa modalidade, realizadas principalmente de forma complementar. O
Programa recorre e estimula as diversas tecnologias contemporâneas, assegurando maior aproximação
com públicos diversificados localizados fora da sede da EPSJV. Desenvolvemos expertise em cursos com
momentos de concentração e dispersão, permitindo turmas de abrangência nacional e internacional,
utilizando técnicas e processos à distância como instrumento pedagógico complementar: preparação de
material bibliográfico digitalizado, utilização de internet para contato com orientandos, acompanhamento
docente à distância, etc. Temos transmissão direta pelo canal FIOCRUZ/EPSJV de aulas inaugurais e de
conclusão de cursos, de Seminários e de atividades coletivas. Muitas dessas atividades são gravadas,
permitindo a disponibilização posterior desses materiais para ampla divulgação. Dispomos, também, de
equipamento para conferências em tempo real, sempre que se torna impossível a reunião presencial de
docentes e/ou discentes, ou mesmo no caso de qualificações ou defesas dos discentes com a participação
de membros externos.
20
164
22
NA
NA
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Ensino à Distância
Oferta e Demanda de Vagas
Número de vagas ofertadas no ano - Mestrado
Número de inscritos no ano - Mestrado
Número de aprovados no ano - Mestrado
Número de vagas ofertadas no ano - Doutorado
Número de inscritos no ano - Doutorado
Número de aprovados no ano - Doutorado
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NA
O Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim
Venâncio se utiliza e se apoia na infraestrutura de pesquisa dos nove laboratórios da escola. Os
laboratórios se constituem em espaços físicos com estações de trabalho devidamente equipadas, onde os
pesquisadores/docentes desenvolvem suas atividades de pesquisa e de preparação das atividades de
ensino e extensão. Também são espaços utilizados para a realização de orientações individuais e
coletivas, bem como de reuniões acadêmicas e afins. Apresentamos, a seguir, a descrição desses
laboratórios: a) Laboratório de Educação Profissional em Atenção em Saúde: investiga as concepções de
modelos de atenção, enfocando princípios e diretrizes do SUS, e a organização e operacionalização da
Atenção Básica em Saúde, estudando a forma de inserção no sistema dos trabalhadores de nível médio. A
interferência dos organismos internacionais nos modelos assistenciais e sua relação com a formação é
outro eixo de pesquisa. Temas mais específicos dessa área tratados pela Escola Politécnica de Saúde
Joaquim Venâncio (EPSJV) são o trabalho e a formação do agente comunitário de saúde, o cuidado em
saúde mental e a saúde do idoso. Integram a sua equipe duas docentes da PG: Marcia Cavalcanti Raposo
Lopes e Maria Cecília de Araújo Carvalho; b) Laboratório de Educação Profissional em Gestão em Saúde
estuda a gestão tanto como atividade de ensino quanto de pesquisa, no âmbito da EPSJV, a partir de duas
concepções. Uma reflete sobre a gestão em seu caráter mais macro, orientando o trabalho do gestor,
profissional entendido como aquele que determina as diretrizes técnico-gerenciais de uma instituição de
saúde. A outra trata dos processos gerenciais dos serviços, abrangendo ações que vão desde a discussão
sobre processo de trabalho até aquelas que refletem o planejamento das ações e serviços de saúde. A
partir desses eixos, lida com três enfoques: gestão hospitalar, gestão do trabalho em saúde e gestão de
serviços e do Sistema de Saúde. O professor Ramon Peña Castro, docente da PG, integra a sua equipe;
c) Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde: desenvolve atividades de
ensino e pesquisas a partir dos eixos temáticos: informação para gestão do SUS, gestão dos registros de
saúde, informação para vigilância em saúde, tecnologias de informação e comunicação no processo
educativo. Estuda os processos de produção das informações e seus usos na análise da situação de
saúde da população, no planejamento e na avaliação em saúde. Ana Cristina Gonçalves Vaz dos Reis e
Raphael Mendonça Guimarães, docentes da PG, integram a equipe; d) Laboratório de Educação
Profissional em Manutenção de Equipamentos de Saúde: estuda a gestão dos parques de equipamentos e
sistemas prediais das unidades de saúde, a fiscalização das ações de manutenção do ambiente
hospitalar, e o apoio à gestão da unidade de saúde, no que diz respeito à aprovação de projetos de
instalações e tomada de decisão sobre o uso de novas tecnologias. Analisa aspectos de segurança,
gerência de riscos e qualidade do ambiente hospitalar. Sérgio Ricardo de Oliveira, atualmente Vice-diretor
de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da EPSJV, e Marcia de Oliveira Teixeira, docentes da PG,
integram a equipe; e) Laboratório de Educação Profissional em Técnicas Laboratoriais em Saúde:
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Infraestrutura
Laboratórios
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desenvolve ensino e pesquisa voltados para o fortalecimento das atividades técnicas de apoio ao
diagnóstico, análises laboratoriais, pesquisa biomédica e clínica e produção de insumos para o Sistema
Único de Saúde. Problematiza o processo de trabalho dos profissionais técnicos de laboratório e sua
relação direta com a prevenção, a vigilância e o planejamento em saúde. Marcela Alejandra Pronko,
docente da PG, integra a equipe; f) Laboratório de Educação Profissional em Vigilância em Saúde: estuda
a articulação entre as subáreas de vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, saúde do trabalhador e
gestão, política e planejamento. Aborda temas como territorialização; epidemiologia; processo saúde-
doença; condições de vida e situação de saúde das populações; ambiente e saúde e processo de
trabalho. Maurício Monken e Gracia Maria de Miranda Gondim, docentes da PG, integram a equipe; g)
Laboratório de Formação Geral na Educação Profissional em Saúde: estuda o processo de articulação e
integração da Educação Básica e Educação Profissional. A formação discente e docente são eixos
centrais: a primeira é pautada nos princípios de politecnia traduzidos no enfrentamento e no diálogo com
as mudanças societárias atuais; a segunda, como estratégia necessária à consolidação de uma docência
qualificada, atenta aos processos de formação humana, com ênfase na relação trabalho/educação/ciência
& tecnologia. Marco Antonio Carvalho Santos e André Vianna Dantas, docentes da PG, integram a equipe;
h) Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica: tem por finalidade promover a iniciação
científica e contribuir para a melhoria da qualidade da formação de estudantes do ensino fundamental e do
ensino médio. Organiza e coordena programas e projetos educativos que visam ao desenvolvimento de
ações integradas e estratégicas em educação em ciências, tecnologia e saúde. Busca encontrar caminhos
pedagógicos para fortalecer as relações entre processo formativo de jovens e práticas profissionais que
estruturam o ensino e a pesquisa científica e tecnológica na Fundação Oswaldo Cruz. Ana Lúcia de
Almeida Soutto Mayor, docente da PG, integra a equipe; i) Laboratório de Trabalho e Educação
Profissional em Saúde: desenvolve estudos e pesquisas sobre o trabalho técnico, a educação profissional
e as políticas sociais de educação e saúde, buscando contribuir para o avanço do conhecimento da
relação trabalho, educação e saúde, para a geração de produtos e para subsidiar a formulação e a
implementação das ações públicas nas áreas de trabalho técnico e educação profissional em saúde.
Integra o LATEPS, a Estação de Trabalho Observatório dos Técnicos em Saúde, que faz parte da Rede de
Observatórios de Recursos Humanos em Saúde do Ministério da Saúde – Rede Rorehs (Portaria
SGTES/MS n° 01, de 11/03/2004). Marise Nogueira Ramos, Ana Margarida de Mello Barreto Campello,
Filipina Chinelli, Francisco José de Silveira Lobo Neto, Ialê Falleiros Braga, Júlio César França Lima, e
Monica Vieira, docentes da PG, integram a equipe. Já especificamos, na seção Histórico e
Contextualização, os Grupos de Pesquisa e seus objetos específicos de investigação. Além disso, o
Programa conta com a infraestrutura administrativa e de informática do Campus da FIOCRUZ, que inclui
restaurantes, cantinas, serviço interno de transporte e ônibus para estações metroviárias das
proximidades. A PG dispõe de um conjunto de quatro salas: uma destinada à Secretaria, uma à
coordenação, uma à recepção e uma para atividades de aulas e bancas examinadoras.
O Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde da EPSJV possui infraestrutura com
salas de aula com acesso à internet e equipadas para apresentação multimídia; os docentes contam ainda
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Recursos de Informática
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com espaços nos laboratórios, onde já atuam como pesquisadores; a biblioteca dispõe de vasto acervo
com obras dedicadas à área do programa, além de computadores e espaços de estudo para uso dos
mestrandos. Os discentes têm ainda à sua disposição acesso à internet por meio da rede sem fio da
EPSJV. Cabe destacar que a FIOCRUZ oferece aos seus alunos a possibilidade de utilização da internet,
Rede Rio e Rede Nacional de Pesquisa, proporcionando-lhes, dessa forma, acesso aos principais
institutos de pesquisa e universidades nacionais e internacionais, além do acesso às principais bases de
dados de trabalhos científicos. O acesso à rede também pode ser realizado, mediante inscrição, na
biblioteca central do campus.
A Fundação Oswaldo Cruz dispõe de 16 bibliotecas físicas para a comunidade acadêmica. Dessas, 11
encontram-se no Estado do Rio de Janeiro. BIBLIOTECA EMÍLIA BUSTAMANTE, da ESCOLA
POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO: funciona das 7 às 20 horas. Dispõe, atualmente, de
cerca de 12.300 títulos entre livros, periódicos, DVDs, teses e dissertações. O acervo da Biblioteca pode
ser acessado na internet através do endereço (http://www.epsjv.fiocruz.br/biblioteca-emilia-bustamante-0).
Nesse endereço os usuários poderão acessar, além do acervo, as novas aquisições da biblioteca, serviços
e produtos disponíveis, catálogo de periódicos, manual de formatação de trabalhos de conclusão de curso,
bibliografias, etc. A equipe de bibliotecários da BEB atua na orientação da aplicação das normas da ABNT
(Referências Bibliográficas, Citações, etc.) em trabalhos acadêmicos, em trabalhos de conclusão de curso
e em dissertações dos alunos da EPSJV. A biblioteca disponibiliza 23 terminais/PCs com acesso à
Internet: 16 no salão de leitura, 4 nas salas de estudo, 1 na sala de reunião, 1 na sala de aula e 1 para
Web conferência. Disponibiliza, também, 2 computadores para pesquisa ao acervo. A política da Rede de
Bibliotecas da Fiocruz é de não duplicação de assinaturas de periódicos, pois, estando dentro de uma
mesma instituição e as unidades fisicamente próximas, não há necessidade de duas ou mais bibliotecas
possuírem o mesmo título. Não obstante, a Biblioteca Emília Bustamante está em constante
aprimoramento do acervo de periódicos para atender os alunos do Programa de Pós-graduação, Ensino
Médio Integrado, EJA, outros cursos, bem como todos os professores, profissionais e pesquisadores da
EPSJV, e à comunidade.
BIBLIOTECA DE MANGUINHOS (ICICT), criada em 1900, possui uma área útil de 5.600 m² e abrangendo
as seguintes áreas temáticas: Bacteriologia, Biologia, Biologia Molecular, Bioquímica, Biotecnologia,
Entomologia, Farmacologia, Genética, História Natural, Imunologia, Medicina Tropical, Micologia,
Microbiologia, Microscopia, Parasitologia, Patologia, Virologia, Zoologia. Possui, também, uma seção de
obras raras que vão do século XVII ao XX. BIBLIOTECA DA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA
SÉRGIO AROUCA (ENSP), com acervo das seguintes áreas de especialização: Administração e
Planejamento em Saúde, Ciências Sociais em Saúde, Ecologia, Epidemiologia, Medicina Preventiva,
Medicina Social, Saneamento e Saúde Ambiental, Saúde Mental, Saúde Pública e Saúde do Trabalhador.
Destaca-se a coleção de teses em saúde pública com mais de 2.000 títulos. BIBLIOTECA DO INSTITUTO
NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE (INCQS), com obras de Farmacologia,
Microbiologia, Toxicologia, Imunologia, Química Analítica e Controle de Qualidade de Produtos sujeitos à
Vigilância Sanitária. BIBLIOTECA DO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA (IFF), com acervo nas áreas
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Biblioteca
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de Aleitamento Materno, Cirurgia Pediátrica, Genética, Ginecologia, Obstetrícia, Patologia, Pediatria
(Cardiologia, Clínica, Doenças Infecciosas, Gastrenterologia, Hematologia, Neurologia, Patologia,
Pneumologia, Radiologia, Tratamento Intensivo, Saúde Mental, Saúde da Mulher, da Criança e do
Adolescente). BIBLIOTECA DE HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA SAÚDE (COC), com acervo nas áreas
de História da Medicina, História da Saúde Pública, Filosofia, História e Sociologia da Ciência e História
das Doenças. BIBLIOTECA DE EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (MUSEU DA VIDA), com
acervo formado por aproximadamente 4.500 itens, nacionais e estrangeiros, nas áreas de divulgação
científica, educação, museologia, ciências da vida, saúde e literatura infanto-juvenil. Sua coleção infanto-
juvenil tem o objetivo de divulgar a ciência junto ao público visitante do Museu, por meio de atividades de
incentivo à leitura articuladas a temas de ciência e saúde. BIBLIOTECA DO CENTRO DE ESTUDOS DA
SAÚDE DO TRABALHADOR E ECOLOGIA HUMANA (CESTEH/ENSP), criado em 10 de dezembro de
1985, integra a estrutura da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), e atua nas áreas de
Saúde, Trabalho e Ambiente, desenvolvendo atividades de Ensino, Pesquisa e Serviço. BIBLIOTECA DE
MEDICAMENTOS E FITOMEDICAMENTOS DO INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM FÁRMACOS
(FARMANGUINHOS) tem a missão de desenvolver novos métodos, processos e produtos para ampliar e
universalizar o acesso à informação científica na área de Fármacos, Medicamentos, Técnicas Industriais
Farmacêuticas e Fito medicamentos. Suas ações são destinadas, especialmente, aos profissionais de
saúde, aos estudantes, professores e pesquisadores da Fiocruz, da rede pública / privada e à sociedade
em geral. A BIBLIOTECA LIVRE DO FÓRUM ITABORAÍ, tem acervo composto por assuntos relacionados
à medicina, fitoterapia, agricultura, meio ambiente, ciências sociais, política, arte, literatura e
entretenimento sob a perspectiva do impacto que as desigualdades econômicas e sociais exercem na
qualidade de vida, no desenvolvimento intelectual e suas influências na área da saúde. BIBLIOTECA
WALTER MENDES (HÉLIO FRAGA) atua na área de pneumologia sanitária e outras micobacterioses. Em
outros Estados: BIBLIOTECA DO CENTRO DE PESQUISAS RENÉ RACHOU (CPqRR), em Belo
Horizonte (MG), com acervo nas áreas de Educação em Saúde, Doença de Chagas, Helmintoses
Intestinais, Imunopatologia, Leishmanioses, Malária, Triatomíneos e Epidemiologia da Doença de Chagas,
Epidemiologia e Antropologia Médica, Entomologia Médica, Esquistossomose, Imunologia Celular e
Molecular, Pesquisas Clínicas, Parasitologia Celular e Molecular e Química de Produtos Naturais.
BIBLIOTECA EURYDICE PIRES DE SANT'ANNA (BEPS) situada no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz,
em Brotas, Salvador, integra a Rede de Bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), sendo
mantida por essa Fundação e, através de convênios específicos, pela Secretaria de Saúde do Estado da
Bahia e pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A BEPS possui como missão disponibilizar,
informação na área biomédica, com especial ênfase nas áreas de doenças infecciosas e parasitárias,
patologia e imunologia, para profissionais atuando na área da saúde e para alunos de graduação e pós-
graduação. BIBLIOTECA DO CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES (CPqAM), em Recife
(PE), dispondo de acervo nas áreas de Saúde Pública, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Ciências
Biológicas, Ciências Sociais. BIBLIOTECA DO CENTRO DE PESQUISAS LEÔNIDAS E MARIA DEANE
(CPqLMD), localizada em Manaus (AM), dispondo de acervo nas áreas de Biodiversidade (Entomologia,
Micologia, Virologia) e Sóciodiversidade (Saúde Pública na Amazônia, Epidemiologia). As bibliotecas da
Fiocruz são articuladas em uma rede de cooperação para qualificar o atendimento ao usuário e
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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potencializar suas ações para a difusão da informação científica e tecnológica em saúde. Conhecida como
R e d e d e B i b l i o t e c a s d a F i o c r u z
(http://www.fiocruz.br/redebibliotecas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home), essa estrutura é coordenada
pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) desde 2006, quando
a unidade é reconhecida como área finalística da Fiocruz e passa a desenvolver atividades de ensino e
pesquisa para a ampliação do acesso à Informação em Ciência & Tecnologia em Saúde. Além das
bibliotecas físicas, a Fiocruz desenvolveu as Bibliotecas Virtuais em Saúde (BVS), um projeto liderado pelo
Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme / Opas), em conjunto
com o Ministério da Saúde, para a ampliação do livre acesso à informação em saúde. As BVS’s abordam
temas variados como Educação Profissional em Saúde (BVS EPS), Saúde Pública (BVS SP), Doenças
Infecciosas e Parasitárias (BVS Dip), Aleitamento Materno (BVS AM), História e Patrimônio Cultural da
S a ú d e ( B V S H P C S ) e n t r e o u t r o s , t o d o s r e u n i d o s n a B V S F i o c r u z
(http://bvsfiocruz.fiocruz.br/php/index.php). Neste contexto, destaca-se a BVS-EPS - BIBLIOTECA
VIRTUAL EM SAÚDE - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE. Sob a responsabilidade da EPSJV,
pode ser acessada através do site http://www.bvseps.icict.fiocruz.br/php/index.php. A BVS-EPS
disponibiliza textos e informações técnico-científicas pertinentes à sua área temática, contando hoje com
os seguintes quantitativos: 5.779 publicações na Base EPS (referências bibliográficas de livros e
periódicos); 4.579 textos completos; 834 documentos na Base EPS-LEGIS (composta de legislações);
cerca de 1.700 eventos cadastrados no DIREVE, entre os anos 2010 e 2019. Na página da Biblioteca
Virtual em Saúde – Educação Profissional em Saúde - é possível pesquisar de forma integrada também
em outras bases de dados que contém literatura científica: a Lilacs, Medline, Paho, Wholis, Scielo, Bdenf
estão disponíveis, além de outras Bibliotecas Virtuais em Saúde que integram a Rede ligada à BIREME. O
projeto da BVS-EPS atende, por conseguinte, à necessidade das Escolas e Centros Formadores do SUS
de um espaço de apoio à educação de trabalhadores e de interação entre estudantes, docentes,
pesquisadores e profissionais da saúde. Um espaço, portanto, que possibilita a aceleração da difusão de
conhecimentos e acesso a novos materiais didáticos e pedagógicos e a informação. Além das temáticas, a
BVS Fiocruz garante acesso ao portal de Teses e Dissertações da Fiocruz, aos periódicos científicos da
Fiocruz e às dez Bibliotecas que compõem a Rede de Bibliotecas da Fiocruz. Para subsidiar atividades de
pesquisa científica e tecnológica, a Fiocruz preserva materiais biológicos vivos e não vivos. São dez
coleções científicas credenciadas que são, também, postas à disposição de outras instituições de
pesquisa. São elas: Entomológica (desde 1901, com 5 milhões de exemplares); Helmintológica (1907, 37
mil amostras); Cultura de Fungos (1922, aproximadamente 1.800 linhagens de diferentes grupos
toxiconômicos); Febre Amarela (1931, 500 mil amostras); Cultura de Bactérias (1930~1940, 50 mil
amostras); Malacológica (1948, 5 mil lotes de conchas e partes moles de espécimes de oito famílias);
Cultura de bactérias do gênero Bacilus e gêneros correlatos (1979, 1.250 estirpes liofilizadas, perfazendo
um total de 12.500 cópias); Leishmania e Emndotrypanum (1980, 1.200 espécies, com 3.500 cepas
preservadas); Tripanossomatídeo (1995, 500 amostras); Fungos produtores de micotoxinas e de interesse
em saúde pública (1997, 46 cepas, distribuídas em oito gêneros e 53 espécies).
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Outras Informações
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A EPSJV conta ainda com os seguintes setores, que atuam na interface com o Programa de Pós-
graduação ou contribuem para sua nucleação e visibilidade: a) Coordenação de Cooperação Internacional:
responsável pelo desenvolvimento das atividades de cooperação internacional em educação profissional
em saúde, como cumprimento das funções da EPSJV/FIOCRUZ como Centro Colaborador da
Organização Mundial da Saúde. Responsável, também, pela Secretaria Técnica da Rede Internacional de
Técnicos em Saúde (RETS), com apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Essa
Secretaria tem uma publicação periódica, trimestral, de cunho informativo, a Revista RETS, publicada em
três idiomas e disponibilizada on-line e/ou em versão impressa; b) Coordenação Editorial da Revista
Trabalho, Educação e Saúde: responsável pela editoração desse periódico, o qual se destina à
publicação, de forma trimestral, de debates, análises e investigações sobre temas relacionados ao campo
da formação e da qualificação profissional na saúde, buscando promover um espaço de discussão de
natureza interdisciplinar. O periódico tem como público-alvo pesquisadores, alunos de graduação e pós-
graduação, profissionais vinculados aos serviços de saúde, além de docentes e gestores do campo da
educação profissional em saúde. São editoras de publicação duas docentes da PG - Angélica Ferreira
Fonseca e Carla Macedo Martins -, dois outros docentes atuam como editores assistentes – Gracia Maria
de Miranda Gondim e Marco Antonio Carvalho Santos – e Julio César França Lima, também docente da
PG, é o editor de resenhas da publicação; c) Estação de Trabalho "Observatório dos Técnicos em Saúde":
produz estudos e pesquisas sobre o trabalho técnico, a educação profissional e as políticas sociais de
educação e saúde, buscando disponibilizar um conjunto de dados e informações em publicações
impressas e eletrônicas para alunos, professores, pesquisadores, gestores do Sistema Único de Saúde,
sindicatos e associações profissionais dos trabalhadores técnicos. Coordenado por Marise Nogueira
Ramos, docente da PG, o Observatório conta com a participação de vários docentes da PG: Ana
Margarida de Mello Barreto Campello, Filippina Chinelli, Francisco José da Silveira Lobo Neto, Ialê
Falleiros Braga, Júlio César França Lima e Monica Vieira; d) A EPSJV conta ainda com um Setor de
Comunicação, que publica um periódico bimensal informativo, a Revista POLI – saúde, educação e
trabalho, que visa contribuir para a formação dos sujeitos – profissionais, estudantes, professores,
gestores – que atuam na interface entre essas três áreas, constituindo-se de jornalismo público de alta
qualidade. A caracterização da estrutura da EPSJV/FIOCRUZ pode ser encontrada no site
http://www.epsjv.fiocruz.br.
A principal característica da Fundação Oswaldo Cruz na área de educação é sua atuação na pós-
graduação por meio de uma forte vinculação com a pesquisa. Não existem cursos de graduação na
FIOCRUZ. A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio-EPSJV, voltada basicamente para a
Educação Profissional Técnica de Nível Médio, tem grande originalidade na instituição ao promover a
formação técnica, científica e humana para trabalhadores técnicos da área da Saúde. O Mestrado
Profissional em Educação Profissional em Saúde tem esta preocupação como central. Com o
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Integração com a Graduação
Indicadores de integração com a graduação
13/05/2021 15:02:13 24
reconhecimento da FIOCRUZ como Escola de Governo e as mudanças na legislação relativa aos cursos
de especialização (lato sensu), a EPSJV está analisando as perspectivas de retomada desses cursos,
dentre eles o de Docência em Educação Profissional em Saúde, que subsidia a formação docente
nas/para as Escolas de Educação Profissional para a Saúde e em outras áreas de formação de docentes.
Como já foi informado, a participação dos docentes do programa sempre foi muito significativa na
elaboração e realização dos cursos lato sensu. Tais cursos haviam sido interrompidos diante da criação de
três turmas de mestrado destinadas a docentes e gestores das Escolas Técnicas do SUS, todas já
concluídas. As numerosas consultas por interessados na criação de novas turmas de cursos de
especialização têm indicado a necessidade de retomar tais cursos. A integração do Programa de Pós-
graduação com a graduação ocorre principalmente por meio de (a) supervisão de estagiários de
graduação de outras instituições; (b) orientação de estudantes de graduação de outras instituições, em
Programas de Iniciação Científica (PIBIC); (c) orientação de alunos de graduação para a realização de
atividades acadêmicas no âmbito de seus projetos de pesquisa.
Entre as atividades desenvolvidas anteriormente no Programa, realizou-se Curso de Especialização em
Docência em Educação Profissional em Saúde (2013-2014), do qual participaram vários professores do
Programa e no qual se ofereceu estágio curricular supervisionado. O Programa mantém interesse em
contribuir na retomada de Cursos de Especialização em Docência, tendo sido preparado no ano de 2015
um Estudo Preliminar sobre as necessidades formativas de docentes existentes no Rio de Janeiro no
campo profissional. A EPSJV é, pela sua inserção na Fiocruz - uma grande instituição de ensino e
pesquisa -, um campo privilegiado de estágio docente. Entre 2016 e 2017, nova turma do Curso de
Docência em Educação Profissional esteve em curso, em parceria com a Universidade da República do
Uruguai, com 28 discentes que atuam na docência e são trabalhadores da saúde daquele país. Outra
iniciativa significativa (e que conserva similaridades com o Estágio de Docência realizado por bolsistas nas
Universidades Públicas) é a atuação coletiva, incorporando como professores convidados jovens doutores
ou pesquisadores em processo de doutoramento, em disciplinas e em orientações realizada no Programa
de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde. Essa prática conta com a supervisão de
pesquisadores experimentados do Mestrado e estimula a participação de jovens doutores, de doutorandos
da EPSJV e de Mestres nas disciplinas e em co-orientações. Esse procedimento ocorre tanto no curso de
Mestrado quanto nas Especializações animadas pelos docentes do Programa.
Os objetivos do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde, assim como as atividades já
implementadas demonstram estreita integração entre as ações de formação teórico-prática do Programa e
as necessidades percebidas pelos alunos, profissionais que atuam ou pretendem atuar na atenção e em
processos de formação de trabalhadores técnicos em saúde. Essa avaliação é validada pela constante e
significativa demanda de candidatos para o ingresso no mestrado nas turmas locais. A expansão da
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Estágio de docência
Integração com a Sociedade/Mercado de Trabalho
Indicadores de integração
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atenção primaria em saúde nas duas últimas décadas, constitui fator fundamental para a criação de novos
postos no mercado de trabalho em saúde. Trata-se de segmento atrativo por oferecer oportunidades de
emprego, à diferença de outros segmentos do mercado de trabalho. Tal expansão vem gerando
possibilidades de trabalho diretamente na assistência e em atividades de formação no Sistema Único de
Saúde e no setor privado. De fato, a área de concentração interdisciplinar Trabalho, Educação e Saúde
demonstra em seu conjunto de atividades atenção especial à dinâmica do mercado de trabalho em saúde
e da Educação 1) As pesquisas dos docentes e as dissertações dos mestrandos em todos os anos do
Programa evidenciam o marcado interesse na análise da correlação entre processos educativos na
formação profissional e condições cambiantes da organização do trabalho contemporâneo; das formas
flexíveis de contratação; das alterações de jornada; e de perfis de atuação dos profissionais. 2) Ligada ao
Ministério da Saúde, a Fiocruz tem como missão produzir, disseminar e compartilhar conhecimentos e
tecnologias voltados para o fortalecimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) que
contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira. Como instituição de
Estado, prioriza o atendimento aos setores ligados à saúde pública, o que justifica a mencionada criação
por convênio com o Ministério da Saúde, de 3 (três) turmas constituídas por professores e gestores das
Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde, situadas nas diversas regiões do país 3) Respondendo a
necessidades dos assentados da Reforma Agrária, e apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário,
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, pelo Programa Nacional de Educação para a
Reforma Agrária e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), uma
equipe de docentes da Pós-Graduação com a participação de docentes de várias universidades públicas
ofereceu para duas turmas o curso de especialização (lato sensu) Trabalho, Educação e Movimentos
Sociais, direcionado majoritariamente a docentes e gestores de escolas públicas situados em
assentamentos da reforma agrária em todo o país. A última turma concluiu o curso em 2015; 4) O curso de
especialização (lato sensu) em Educação e Agroecologia iniciado em janeiro de 2019 e que conta, na sua
coordenação, com Marcela Pronko, coordenadora da PG, também se inscreve no esforço de atender as
necessidades de formação de docentes especializados na educação no campo. Carla Martins e Anakeila
Stauffer, docentes da PG, participaram do curso ministrando aulas. 5) Desenvolvimentos de pesquisas -
individuais e coletivas – por docentes da PG, com a participação de mestrandos e ex-alunos, tratando de
objetos que investigam as relações entre Trabalho, Saúde e Educação Profissional. Nesses projetos há
manifesta preocupação de contribuir para a consolidação de uma Educação Profissional em Saúde capaz
de apoiar a expansão e o fortalecimento do SUS. 6) A análise dos dados coletados na pesquisa sobre o
perfil dos egressos evidencia que o mestrado atinge o público previsto, prioritariamente em atuação no
sistema de saúde. Nesse sentido, são trabalhadores que atuam na “ponta do sistema” em relação direta
com o cidadão, qualificando a assistência em saúde. A formação proporciona ainda uma capilarização
para outros setores de atividade, particularmente a gestão da saúde e da educação, lembrando que cabe
legalmente ao SUS atuar no ordenamento da formação de seus quadros. Associados esses fatores
contribuem para a permanência dos egressos em seus postos de trabalho, amplia as possibilidades de
inserção no mercado de trabalho em saúde e contribuiu de forma decisiva para a ampliação das chances
de acesso a cursos de doutoramento.
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Estágios profissionais
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O mestrado não contempla diretamente a realização de estágios profissionais. Em outros cursos da
EPSJV, ocorrem tais estágios com a colaboração de docentes da Pós-graduação: Cursos de
Especialização Pós-Técnica e nos Cursos de Especialização Lato Sensu em Docência em Educação
Profissional em Saúde.
As ações de cooperação da EPSJV abarcam projetos de tipos diversos, como elaboração de plano de
curso, formação docente, organização bibliográfica, produção de material educativo, desenvolvimento e
ensino de metodologias para produção de material educativo, execução de cursos fora da sede,
formulação de Programas e projetos de ensino e pesquisa nessas áreas, discussão de políticas públicas
de Educação e de Saúde, dentre outros. Nesse sentido, os docentes do Programa participam de inúmeras
atividades de intercâmbio no âmbito da FIOCRUZ e das instituições públicas de saúde e de educação,
sendo que, constituindo-se em ações da política pública de saúde e de educação, muitas delas articuladas
com os objetos de pesquisa dos docentes e as dissertações dos mestrandos. Podemos assinalar as
seguintes ações desenvolvidas no quadro dos Grupos de Pesquisa credenciados, apresentados no
Histórico e Contextualização do Curso: 1. Parcerias com Programas de outras instituições de ensino
superior e de pós-graduação: 1.1 Grupo de Projetos Integrados UFF/UERJ/EPSJV-FIOCRUZ, hoje
registrado no CNPq como Grupo THESE – Trabalho, História, Educação e Saúde. O grupo mantém-se em
funcionamento há 12 anos, e Marise Nogueira Ramos, docente da PG, é uma das suas coordenadoras 1.2
Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS/IMS/UERJ), Núcleo de
C idadan ia , Exc lusão e P rocessos de Mudança (NUCEM/UFPE) e Te ias Esco la -
Manguinhos/ENSP/FIOCRUZ. Atividade: Grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Democratização e
Sociabilidades na Saúde (NEDSS). Constituído em 2012, tem como objetivo aprofundar e sistematizar
conhecimentos sobre as relações sociais e institucionais estabelecidas no contexto de ampliação da
participação da sociedade brasileira na formulação, condução e avaliação das políticas públicas de saúde.
São definidos como eixos estruturantes de investigação os temas do Direito, da Participação Política e das
Redes de Apoio Social, compreendidos como estratégicos para a análise de experiências e processos de
democratização do Estado brasileiro. O NEDSS tem buscado ampliar as parcerias institucionais, com a
inserção de pesquisadores de diversas instituições do país, o que gera impactos positivos, com a troca de
conhecimentos e o fortalecimento da Saúde Coletiva. Participam os docentes da PG: Felipe Rangel,
Danielle Morais, José Franco Reis e Ialê Falleiros Braga. 1.3. Núcleo de Pesquisas sobre População,
Território e Políticas Sociais, hoje registrado no CNPq como NUPEPOPS. O grupo encontra-se
formalmente vinculado à EPSJV desde 2016, e desde 2017 ao Programa, pela incorporação do
coordenador ao Corpo Permanente da Pós-Graduação. Este grupo possui atividades de pesquisa com
diversas instituições nacionais, como a UFRN, a UNICAMP e a UnB, bem como parceria com instituições
como o Ministério da Saúde. Participa o docente da PG: Raphael Mendonça Guimarães. 2. Participação
em grupos de pesquisa: 2.1. Grupo de Pesquisa: História Social do Trabalho (UFRRJ). O GP possui 1
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Intercâmbios
Intercâmbios Nacionais
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Linha de Pesquisa: História Social do Trabalho. Docente: José Roberto Franco Reis. 2.2. Grupo de
Pesquisa do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde/ENSP/FIOCRUZ. O GP possui 6
Linhas de Pesquisa: Gênero e Raça; Gestão da Educação em Saúde; Perfis profissionais; Profissão,
Gestão do Trabalho em Saúde; Regiões de Fronteira, Amazônia Legal e Mercosul; Regulação e
Regulamentação do Mercado de Trabalho em Saúde. Docente: Mônica Vieira. 2.3. Grupo de Pesquisa
“Avaliação de Programa de Controle de Processos Endêmicos” – ENSP/FIOCRUZ, área de Saúde
Coletiva. Grupo de Pesquisa: Ana Cristina Reis. 2.5.- Grupo de Pesquisa: Demografia, Saúde e
Sociedade, coordenado por Raphael Mendonça Guimarães, docente da PG, e a Profa. Karina Meira, da
UFRN (área Saúde Coletiva). 3. Outras iniciativas: Recentemente, com a conformação do Complexo de
Formação de Professores - CFP, por iniciativa da UFRJ, vários docentes da PG (Anakeila Stauffer,
Marcela Pronko e Marco Antônio Carvalho Santos) começaram a participar das atividades que articulam
instituições públicas tais como: Colégio Pedro II, INES, IBC, Institutos Federais de Educação, Secretaria
Municipal de Educação do Rio de Janeiro, dentre outros. O CFP tem por objetivo promover a articulação
intra e interinstitucional para a formação profissional dos professores para e da educação básica. Nessa
direção, um de seus propósitos é constituir-se como um espaço acadêmico direcionado para assegurar
elevada qualidade teórico-prática da formação docente, contribuindo na oferta de cursos, projetos,
pesquisas e demais atividades destinadas à formação inicial e continuada de professores da Educação
Básica, a partir dos princípios da horizontalidade, pluralidade, integração, articulação entre formações.
Desde sua implantação, o Programa tem atuado na política de Cooperação Internacional da Fundação
Oswaldo Cruz. A EPSJV tem participado historicamente da cooperação internacional Sul-Sul com países
da África e América Latina em cursos que envolvem a participação de docentes do Programa de Pós-
graduação. É de notar que apesar de intensa atividade e da elaboração – exigindo preparações longas –
dos projetos solicitados, à luz dos acordos internacionais, nem todos eles se efetivam nos prazos
originalmente propostos, por dificuldades decorrentes da complexidade de sua implementação,
dependente de recursos e de gestões de âmbito internacional. Ao longo dos últimos anos, a mudança
estratégica no eixo da cooperação internacional brasileira, tem diminuído o volume de cooperações de
caráter institucional realizadas pela unidade. A Escola Politécnica é, desde 2004, Centro Colaborador da
Organização Mundial da Saúde (OMS) para a educação de técnicos em saúde, tendo um setor destinado
à Cooperação Internacional, que mantém estreita colaboração com a Pós-Graduação. A instituição
desenvolveu, ao longo dos últimos anos, com a participação de docentes da PG, projetos de pesquisa e
de desenvolvimento de currículos, planos diretores e material didático-instrucional. PRINCIPAIS
EXPERIÊNCIAS ANTERIORES - 1) Organização do I Seminário Internacional “A educação profissional em
saúde no Brasil e em países do MERCOSUL: perspectivas e limites para a formação integral de
trabalhadores face aos desafios das políticas de saúde” (2008) e do II Seminário Internacional “A
educação profissional em saúde no Brasil e em países do MERCOSUL” (2012) com representantes da
Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Costa Rica e Venezuela; 2) 2010 a 2012 - Elaboração, execução e
relatório final do Curso de Especialização em Educação Profissional em Saúde para profissionais de
saúde dos países africanos de língua portuguesa, com financiamento do Banco Mundial e da União
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Intercâmbios Internacionais
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Europeia através do Projeto “Apoio ao Desenvolvimento dos Recursos Humanos para a Saúde nos
PALOPS”. Curso concebido e ministrado por membros do corpo docente permanente do programa, com
etapas desenvolvidas nos diferentes países. Integrava as atividades da EPSJV junto à Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP), e contribuiu para a estruturação das escolas de formação de
técnicos em saúde em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe; 3)
Pesquisa multicêntrica “A Formação dos Trabalhadores Técnicos em Saúde no Mercosul: entre os dilemas
da livre circulação de trabalhadores e os desafios da cooperação internacional”, reunindo equipes de
pesquisa da Escola Universitária de Tecnologia Médica da Universidade da República do Uruguai
(EUTM/Udelar) e do Instituto de Saúde Pública da Universidade de Buenos Aires. A primeira parte da
pesquisa (2008-2010) e ambos os Seminários geraram publicação de livros pela EPSJV, consolidando a
experiência; 4) Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde, resultado de
acordo bilateral com o Instituto Nacional de Saúde do Peru. Cabe ressaltar que, apesar de toda a
preparação, o curso de Especialização em Docência não ocorreu por interrupção da Cooperação da parte
do Peru. 5) Curso de Atualização para Docentes da Educação Profissional em Saúde (projeto de
cooperação), na Guiné Bissau, objetivando o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde, por meio da
qualificação tanto nos aspectos técnicos quanto pedagógicos dos docentes das escolas técnicas de
saúde, considerando o caráter estruturante dessas instituições. 6) Curso de Especialização em Docência
em Educação Profissional em Saúde no Uruguai. A Coordenação de Cooperação Internacional da EPSJV
iniciou, em 2013, a colaboração com o Centro Universitario de Paysandú-CUP, integrante da Universidad
de la República– UDELAR (Uruguai) visando a organização de curso voltado para profissionais e docentes
da área de saúde daquele país. O curso, realizado no Uruguai, iniciou-se em junho de 2016, com 28
discentes, tendo sua conclusão ocorrido em 2017. 7) Oficina de Trabalho: Formação de ACS em Cabo
Verde, organizada no âmbito da cooperação internacional com Cabo Verde, reuniu, em 2017 na EPSJV,
representantes do Ministério da Saúde de Cabo Verde e do recém-criado Instituto Nacional de Saúde
Pública (INSP) com uma equipe da EPSJV coordenada por Marcia Cavalcanti Raposo Lopes, docente da
PG, e Geandro Ferreira Pinheiro, da Coordenação de Cooperação Internacional (CCI) da EPSJV. A oficina
visou o desenvolvimento de uma cooperação técnica para a formação de trabalhadores da Atenção
Primária, prioritariamente Agentes Comunitários de Saúde e de Vigilância em Saúde. 8) Taller para la
reactivación de Capítulo Centro América e Caribe de La RETS, realizado em 2017 em La Habana,
promovido pela RETS-EPSJV, com a participação de Marcela Pronko, docente da PG, e de Geandro F.
Pinheiro, coordenador da CCI da EPSJV. 9) Cursos internacionais de curta duração. Oferecemos no ano
de 2018 dois cursos internacionais de curta duração: “A formação e o trabalho em saúde: vínculos com o
trabalho docente na área da saúde” ministrado pela professora Dra. Nancy Jeanet Molina Achury da
Universidade Nacional da Colômbia e coordenado por Marcela Pronko, coordenadora da PG da EPSJV e
o curso “Etnossociologia do saber profissional: perspectivas teórico-metodológicas no estudo do trabalho
técnico em saúde” ministrado pelo Dr. Telmo Caria da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
(Portugal) e coordenado por Marise Ramos, docente da PG. 11) Criação em 2018 do Programa de
Mobilidade Docente com Cuba e Uruguai que tem como objetivos: a) Contribuir para a consolidação das
diretrizes da cooperação internacional para o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde de cada país
participante. b) Contribuir para a formação de docentes na área da Educação Profissional em Saúde,
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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potencializando a troca de experiências sobre práticas visando a consolidação de sistemas universais de
saúde e de educação. Instituições Participantes: Escuela Nacional de Salud Pública (ENSAP) e Facultad
de Tecnología de la Salud em Cuba; Universidad de la República (UDELAR) – Uruguai e abre novas
perspectivas de intercâmbio internacional para o Programa. ATIVIDADES REALIZADAS EM 2019: Os
intercâmbios internacionais desenvolvidos ao longo de 2019 combinaram a tradição de cooperação
internacional da instituição com a crescente participação internacional dos docentes da PG nas suas
trajetórias de docência e pesquisa. Do ponto de vista institucional, embora se constate uma diminuição da
intensidade da cooperação por conta da modificação da estratégia nacional de cooperação internacional e
sua incidência sobre as cooperações em saúde, permanecem ações estruturantes como as relatadas a
seguir: 1. Participação da Anakeila de Barros Stauffer, docente da PG, e de Ingrid D’Avila Freire,
coordenadora da Cooperação Internacional na Oficina de Fortalecimento da Formação em Saúde Pública
no âmbito da CPLP, realizada em Lisboa em fevereiro de 2019, organizada pela Escola Nacional de
Saúde Pública de Lisboa e pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/Fiocruz. Tal oficina teve
por objetivos: a) Realizar um diagnóstico (mapeamento) das capacidades formativas em Saúde Pública no
âmbito da CPLP; b) Definir uma agenda de ações estratégicas para o fortalecimento de capacidades
formativas em Saúde Pública no âmbito das instituições formativas com capacidades de Escola de
Quadros na CPLP e c) Definir estratégias para a criação de redes colaborativas (nacionais e internacional)
voltadas ao fortalecimento das capacidades formativas em Saúde Pública no âmbito da CPLP (perspectiva
da RENPS-CPLP como uma Rede de Redes). 2. Participação da Anakeila de Barros Stauffer, docente da
PG, e de Ingrid D’Avila Freire, coordenadora da Cooperação Internacional na reunião com representantes
da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, da Escola Superior de Saúde do Politécnico do
Porto, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra e da Secretaria Executiva da RETS, cujo
objetivo era delinear projetos que permitissem captar recursos para concretizarmos ações a partir do PT
da RETS-CPLP. A reunião foi realizada em Lisboa em fevereiro de 2019. 3. Participação de Anakeila de
Barros Stauffer, docente da PG, e de Ingrid D’Avila Freire, coordenadora da Cooperação Internacional em
reunião, junto ao Vice Presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz,
Marco Menezes, com Jacqueline Descarpentries, da Universidade Paris VIII e membro da cadeira da
Unesco de Educação e Saúde. O objetivo era discutir a cooperação entre Fiocruz e Paris VIII no que tange
à constituição de uma "Rede de pesquisa-ação para a disseminação do conhecimento crítico como as
Epistemologias do Sul, no campo da educação em promoção da saúde, buscando justiça cognitiva e social
com sustentabilidade ambiental para uma saúde global". Ficou acordada a elaboração de um plano de
trabalho que possa delinear ações concretas, como a realização de intercâmbios de experiências; a
produção de materiais conjuntos, assim como a socialização dos existentes; organização de disciplinas
para a formação de pesquisadores e trabalhadores da área; fomento para projetos integrados realizando
seminários e conferências entre as redes; construção de metodologias para a área com base nos
princípios teóricos e práticos. 4. Participação também de Anakeila Stauffer, na Conferência de
Encerramento das atividades relativas ao 40o Aniversário da Escola Universitária de Tecnologia Médica da
Universidad de la República, Sede Paysandú, no Uruguai. Além desses intercâmbios institucionais
registramos as seguintes participações individuais: 1. Participação de docentes em eventos internacionais:
os docentes Raphael Mendonça Guimarães, Marcela Alejandra Pronko e Mônica Vieira participaram em
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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eventos científicos internacionais nos Estados Unidos e no Perú. 2. Participação de docentes em bancas
internacionais: a Coordenadora da PG, Marcela Alejandra Pronko, participou como membro titular em
banca de defesa de dissertação do Mestrado em Política e Gestão da Educação da Universidad Nacional
de Luján (Argentina). Ela participa, desde 2001, como docente colaboradora no Mestrado em Política e
Gestão da Educação e no Doutorado de Ciências Sociais da Universidad Nacional de Luján (Argentina),
ministrando regularmente duas disciplinas: Bases Políticas e Legais da Educação Argentina (até 2017) e
História das Políticas e da Gestão Educacionais. A docente tem orientações de Mestrado e de Doutorado
em andamento na Universidad Nacional de Luján, na Universidad de Buenos Aires e na Universidade
Nacional de San Luis, na Argentina, onde tem oferecido também cursos livres de pós-graduação. 3.
Realização de estágio pós-doutoral no exterior: a docente Mônica Vieira desenvolveu estágio pós-doutoral
no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (Portugal) entre outubro de 2018 e setembro de
2019. Por sua vez, o docente Raphael Mendonça Guimarães encontra-se desenvolvendo estágio pós-
doutoral no College of Medicine – University of Illinois at Urbana-Champaign (EUA), entre setembro de
2019 e agosto de 2020.
O Programa nucleia e participa de inúmeras atividades na cidade e no estado do Rio de Janeiro, no país e
em âmbito internacional. Aquelas propriamente docentes, exercidas em diversos cursos (mestrado
profissional, especializações, ensino médio e educação profissional), articuladas pelo mestrado,
demonstram uma forte capacidade de nucleação. É particularmente relevante a colaboração de nossos
docentes no programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família - ProfSaúde. O programa destina-se
a formar médicos que atuam na graduação em medicina e/ou como preceptores do Sistema Único de
Saúde (SUS). Esses médicos atuam fora dos grandes centros urbanos e não tinham formação específica
na interface entre saúde e educação. Em 2019, a participação de cinco 05 (cinco) docentes do programa
da EPSJV como orientadores e ministrando disciplinas, esteve diretamente ligada à formação de mestres
em municípios dos estados de Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No âmbito regional, os
docentes do programa integram pesquisas, consultorias e apoio à formulação de políticas públicas junto às
Secretarias de Saúde regionais, além de participarem de reuniões técnicas no âmbito do Ministério da
Saúde. Participam 08 (oito) docentes ainda de fóruns e comissões internos à Fiocruz como o Centro
Colaborador do Meio Ambiente Fiocruz/OPAS/OMS; a Comissão de Ciências Sociais e Humanas em
Saúde /ABRASCO; o Comitê Gestor do Sistema Gestec (NIT) da Fiocruz; o Fórum de Editores de
Periódicos da Fiocruz; o Grupo de Trabalho de Vigilância em Saúde da Fiocruz; o Grupo de Trabalho para
71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência – SBPC; e a coordenação do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio. Além disso, (05) cinco
docentes mantêm interação regular com outros programas de mestrado de unidades técnicas Fiocruz,
inclusive Fiocruz/Manaus, orientando alunos e ministrando disciplinas. Participam também de programas
de outras instituições de ensino superior públicas do Rio de Janeiro (Programa de Pós-Graduação em
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Solidariedade, Nucleação e Visibilidade
Indicadores de Solidariedade e Nucleação
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Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH)/UERJ, Programa de Pós-graduação em Medicina da
UERJ; Programas de Pós-Graduação em Educação da UFRJ e da UERJ; Programas de Pós-Graduação
em Serviço Social da UFRJ e da UERJ; Programa de Pós-Graduação em História da UFF; Programa de
Mestrado Profissional em Atenção Primária em Saúde da UFRJ; e o Programa de Pós-Graduação
Acadêmico (mestrado e doutorado) em Saúde Pública da ENSP. Nossos docentes integram ainda equipes
de pesquisa via convênios; e compõem bancas avaliação de dissertações e teses tal como descrito no
item Atividades Complementares. Ressaltamos a participação significativa dos docentes em extensa rede
de periódicos nacionais, como revisores ad hoc (pareceristas), sobretudo nas interfaces entre o trabalho a
educação e a saúde. Isto também se dá em âmbito internacional, particularmente nos periódicos de língua
espanhola e portuguesa. Considera-se que a experiência com maior impacto e que expressa de modo
mais contundente o empenho e a capacidade de solidariedade e nucleação do programa é a oferta de 3
turmas oferecidas pelo nosso mestrado para docentes e gestores de escolas Técnicas do SUS de todas
as regiões do país, conforme detalhamento em item anterior. Cabe registrar que nos diversos estados do
país em cujos municípios o acesso à formação enfrenta inúmeras barreiras, essas escolas são as
instituições responsáveis por difundir processos de qualificação para os profissionais do SUS. Entretanto,
outras experiências também merecem destaque: 1) O periódico Trabalho, Educação e Saúde, conta com a
o apoio de todos os docentes do programa que são integrantes regulares do banco de pareceristas,
elaborando revisões/pareceres de artigos. A editoria científica desse periódico é composta por duas
docentes do programa: Carla Macedo Martins e Angélica Fonseca. 3) O curso de Especialização Trabalho,
Educação e Movimentos Sociais foi formulado por equipe docente coordenada pela EPSJV e com
participação de docentes da UERJ e da UFRJ. Na execução do curso, oferecido para turmas compostas
de estudantes de todo o Brasil, tivemos a presença de docentes das seguintes instituições: UFF, UFRJ,
UERJ, UFRRJ, UNEB, CEFET-RJ, ITERRA, e da UNICAMP que contribuíram com aulas magistrais,
seminários, apoio para orientação de discentes e presença em bancas de avaliação. Para além da
importante agregação docente, o curso nucleou também doutorandos de diversas instituições públicas,
com destaque para os trabalhadores doutorandos da EPSJV, doutorandos da Faculdade de Educação e
do Programa de Formação Humana da UERJ, assim como doutorandos da Faculdade de Educação da
UFRJ que acompanharam o curso, em processo de formação de jovens pesquisadores/orientadores. Foi
publicado, conforme informado anteriormente, livro que apresenta e analisa a experiência, em 2018; 4) Em
âmbito internacional, realizamos diversos projetos, com diferentes países, sobretudo na América do Sul e
com os países africanos de língua portuguesa (PALOPS). Em todos eles, incumbe à EPSJV e aos
docentes do Mestrado a elaboração de cursos à imagem dos que realizamos internamente, incluindo
currículos, programas de formação técnica para técnicos e docentes da área da saúde, assim como a
produção de material instrucional. Com longa experiência, a EPSJV e o mestrado vêm se constituindo em
referência internacional na Educação Profissional em Saúde, tanto pela atuação direta na coordenação
dessas atividades, como através da realização de Seminários e Encontros (por intermédio, muitas vezes,
da Coordenação de Cooperação Internacional-CCI/EPSJV). 5) Participação na equipe de coordenação e
com significativa atuação docente (aulas e orientações) no curso de Mestrado Profissional resultante de
parceria EPSJV-ENSP/Fiocruz e Ministério da Saúde, realizado na ENSP, intitulado Mestrado Profissional
em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais, concluído em 2016. 6) Desde 2018, a EPSJV e
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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docentes da PG tem participado da configuração do Complexo de Formação de Professores (CFP), uma
proposta iniciada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro que conta com a participação de outras
instituições como: Colégio Pedro II, INES, IBC, Institutos Federais de Educação, Secretaria Municipal de
Educação do Rio de Janeiro, dentre outros. O CFP tem por objetivo promover a articulação intra e
interinstitucional para a formação profissional dos professores para e da educação básica. Nessa direção,
um de seus propósitos é constituir-se como um espaço acadêmico direcionado para assegurar elevada
qualidade teórico-prática da formação docente, contribuindo na oferta de cursos, projetos, pesquisas e
demais atividades destinadas à formação inicial e continuada de professores da Educação Básica, a partir
dos princípios da horizontalidade, pluralidade, integração, articulação entre formações. Cabe ressaltar que
a solidariedade do mestrado da EPSJV com outras instituições de ensino e pesquisa se manifesta, além
das ações mencionadas, no compartilhamento das reflexões sobre a identidade da área interdisciplinar em
Ciências Humanas e sobre questões relativas às políticas de trabalho, educação e saúde. Além disso,
conforme mencionado, mantivemos com essas instituições colaboração ativa realizando, inclusive,
produtivo intercâmbio de professores com esses Programas, a articulação por meio de grupos
interinstitucionais de pesquisa e a realização conjunta de eventos nacionais e internacionais.
Em 2013, apresentamos os resultados de uma pesquisa desenvolvida junto aos egressos por Cristina
Maria Toledo Massadar Morel – “O Mestrado Profissional e Interdisciplinar em Educação Profissional em
Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio: um estudo a partir da visão de seus egressos”,
publicado nos Anais do II CONINTER – Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e
Humanidades realizado em Belo Horizonte. Embora preliminar, os resultados dessa pesquisa ainda
balizam nossas avaliações internas e suas indicações permanecem valiosas: a) pertinência da
manutenção da densidade e abrangência dos conteúdos apresentados, pois o mestrado contribui na
ampliação da capacidade de compreensão dos fenômenos relacionados ao campo do trabalho e da
educação na saúde, ao buscar superar uma visão pragmática e imediatista e ao desenvolver uma
abordagem efetivamente interdisciplinar; b) a dimensão profissional do curso é uma característica
marcante, não elidindo a experiência de trabalho e, pelo contrário, ressignificando-a à luz da teoria; c) em
função da necessidade sentida pelos egressos, o Programa ampliou a oferta de disciplinas estritamente
metodológicas (direcionadas a aspectos mais instrumentais das pesquisas). Todos os anos foi oferecida a
disciplina “Tópicos especiais I: metodologia da produção de textos acadêmicos”. d) a pesquisa também
apontou a dificuldade de dedicação ao curso pelo aluno trabalhador, levando o Programa a implantar um
projeto de bolsas aos mestrandos, cujo impacto já foi ponderado neste relatório; e) a pesquisa indicou que
o projeto pedagógico do Programa - articulando de maneira interdisciplinar pesquisa acadêmica e prática
como pressuposto de um curso de formação no nível de mestrado - se mostra não só factível, como bem
sucedido na avaliação dos egressos, embora nem sempre bem compreendido em outros âmbitos; f) a
pesquisa apontou que o mestrado da EPSJV - ao atender profissionais com formações variadas, com
muitas lacunas relativas a conhecimentos nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, sem ou com pouca
experiência na realização de pesquisa, e que contam com pouco tempo disponível para dedicação ao
curso – necessita ampliar os procedimentos institucionais e pedagógicos que favoreçam o êxito na
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Acompanhamento de Egressos
13/05/2021 15:02:13 33
conclusão das dissertações, necessidade à qual o Programa vem buscando responder com estratégias
diversificadas. Dentre elas, vale destacar a elaboração de trabalhos em todas as disciplinas, objetivando
apoiar a elaboração de redação complexa, a sistematização de leituras e os procedimentos de citação,
assim como intenso apoio dos orientadores. Desde 2017, a coordenação do programa vem realizando o
acompanhamento de egressos com o propósito de verificar a produção bibliográfica e técnica, o destino e
atuação profissional dos seus egressos. Com esta ação pretende-se dimensionar e conhecer o impacto
social fruto das ações de formação, assim como, reunir um conjunto de informações essenciais para o
planejamento estratégico e autoavaliação do programa. O procedimento para a coleta de dados envolve o
envio de e-mail para cada egresso que recebe um link de aceso ao questionário on line. O questionário
possui 40 questões organizadas em cinco blocos temáticos: 1) Identificação do egresso; 2) Atividade
profissional antes do ingresso no curso; 3) Condição empregatícia atual e expectativas pós curso; 4)
Produção bibliográfica ou técnica e participações em eventos e 5) Avaliação da trajetória formativa. Para
garantir um percentual maior de respostas é feito mais de um envio do questionário on line para os
egressos que ainda não mandaram seu questionário preenchido, além disso, é solicitado que os
orientadores façam contato com seus ex-alunos para sensibilizá-los sobre a importância desse tipo de
acompanhamento. A análise dos dados é realizada por meio da frequência simples das variáveis
utilizando-se o Programa Estatístico Epi Info versão 7.2 de domínio público. Para o cálculo dos percentuais
é considerado apenas o total de questionários respondidos e não do número total de egressos. Quanto
aos aspectos éticos são empregados todos os cuidados para garantir a confidencialidade e autonomia de
participação dos egressos. Resultados preliminares apontam que é possível observar um movimento de
aproveitamento de egressos para atuação na FIOCRUZ e na própria EPSJV, que continua exercendo
atração sobre os mestres que formou. A maioria porém reintegra seus postos de origem. Informações mais
detalhadas podem ser consultadas no item Perfil do Egresso. PERSPECTIVA: O Colegiado e a
Coordenação do Curso estão empenhados em dar continuidade ao projeto de acompanhamento
permanente dos egressos de nosso Mestrado. Para isso, a equipe responsável encontra-se reavaliando
instrumentos e metodologia, em articulação com a equipe da Vice Presidência de Educação, Informação e
Comunicação da Fiocruz que liderou um estudo sobre o perfil de egressos, desenvolvido pelo GT de
Sistema de Acompanhamento de Egressos dos programas de pós-graduação stricto e lato sensu da
Fiocruz. O projeto de monitoramento e avaliação do mestrado profissional da EPSJV teve início em
setembro de 2017 e tem como objetivo geral promover o acompanhamento sistemático de informações
prioritárias, que servirão de base para a avaliação de desempenho do curso de mestrado com vista à
elaboração de ações estratégicas para o aperfeiçoamento do programa de pós-graduação.
A originalidade da proposta e da prática do Mestrado asseguram grande visibilidade ao seu
funcionamento, posto não ser corriqueira a interdisciplinaridade à qual nos desafiamos: a estreita
correlação entre o Trabalho, a Educação e a Saúde, que constituem fortes pontos de interesse para
diferentes áreas de atuação na Saúde e na Educação e convertem-se em poderosa incitação teórica.
Disso decorrem inúmeros convites aos docentes do Programa para palestras em áreas afins, como entre
profissionais e estudantes de diversas disciplinas da saúde ou afins (Saúde Coletiva, Enfermagem,
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Visibilidade
13/05/2021 15:02:13 34
Medicina, Serviço Social, por exemplo) e da Educação. A EPSJV/FIOCRUZ assegura importante estrutura
permanente de transparência para todas as atividades aqui desenvolvidas, contando o Mestrado com site
próprio na página web da EPSJV e diversas publicações, com perfil, teor e alcance para públicos
diversificados. Elencaremos abaixo algumas das formas específicas pelas quais a atuação do Mestrado
garante permanente visibilidade ao Programa: 1) Notícias, debates e produções relativas à área de
concentração Trabalho, Educação e Saúde, produzidas e informadas pelo Programa aos jornalistas
gestores do site da EPSJV, que circulam em toda a Escola Politécnica através de lista de e-mails própria,
atingindo a totalidade dos seus servidores (Politec-L) e, em alguns casos, a totalidade da FIOCRUZ
(FIOCRUZ-L); 2) Periódico científico trimestral Trabalho, Educação e Saúde, editado pela EPSJV, que
publica os artigos apenas na versão eletrônica online, na modalidade de publicação contínua e na base
científica SciELO, além de estar acessível também através do site da EPSJV, potencializando a
atualização dos mestrandos sobre a produção acadêmica da área. Vários docentes atuam no seu
Conselho Editorial e como pareceristas e/ou revisores de artigos; 3) Revista Poli: revista jornalística
bimestral destinada a profissionais vinculados aos serviços de saúde e a estudantes, docentes e gestores
do campo da educação profissional em saúde, da qual muitas reportagens contam com o apoio dos
docen tes do P rog rama. Rev i s ta de l i v re acesso a t ravés do webs i te da EPSJV
(http://www.epsjv.fiocruz.br/publicacoes/revista-poli); 4) Revista RETS – publicação da Rede Internacional
de Educação de Técnicos em Saúde, que conta com a participação ativa e constante do corpo docente do
Mestrado. Disponível para acesso livre (http://www.rets.epsjv.fiocruz.br/revistas); 5) Biblioteca Virtual em
Saúde/Educação Profissional em Saúde (BVS-EPS), ligada à rede de BVS gerida pela BIREME (Centro
Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde); 6) Consulta online ao acervo da
biblioteca da EPSJV (Biblioteca Emília Bustamante), especializada na área trabalho, educação e saúde; 7)
Site do Programa, criado em 2009, onde constam informações relevantes sobre o processo seletivo e
editais; o regulamento do mestrado, constando os componentes curriculares e as ementas das disciplinas;
os mini-currículos dos docentes; documento com orientações para apresentação da dissertação, indicando
normas e definindo padrões; e notícias de defesas de dissertações; finalmente, disponibilização de todas
as dissertações defendidas no Programa, desde 2012. Na página da EPSJV constam ademais
transmissões ao vivo pela internet de aulas inaugurais e de encerramento, de seminários e debates
realizados pelo Mestrado; 8) ARCA – Repositório Institucional da FIOCRUZ, que tem como função
disseminar e preservar a produção intelectual e tecnocientífica da FIOCRUZ, implementado em 2014 e
disponível em https://www.arca.fiocruz.br; 9) A EPSJV tem uma página no Facebook, perfis institucionais
no Instagram e Twiter, canal no You Tube e uma lista de transmissão via WhatsApp onde são divulgadas
notícias e atividades da escola e da PG como conferências e mesas redondas.
A inserção social do Programa de Pós-graduação da EPSJV advém das atividades acadêmicas no campo
da formação em saúde, da sua relação com os movimentos sociais, além de sua participação em diversos
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Inserção Social
Inserção Social
13/05/2021 15:02:13 35
projetos sociais realizados pela Cooperação Social da Instituição. 1. FORMAÇÃO DE TRABALHADORES
PARA O SUS: O projeto de criação das turmas RET-SUS foi desenvolvido e organizado pela EPSJV em
parceria com o Ministério da Saúde, diante da necessidade de contribuir para a consolidação das escolas
da referida rede, considerada estratégica para a política de saúde no país. Considera-se que a experiência
das três turmas foi capaz de produzir um impacto relevante na reflexão e prática dos profissionais destas
escolas, que pode contribuir para os serviços de saúde da região, através do aprimoramento do processo
de formação de seus técnicos. 2. SAÚDE E EDUCAÇÃO DO CAMPO: Outro projeto relevante é a
formação de educadores que atuam em escolas situadas em áreas de assentamento do INCRA, através
do Curso de Especialização em Trabalho, Educação e Movimentos Sociais (TEMS) e do Curso de
Especialização em Educação e Agroecologia. A educação no campo tem se constituído em desafio para
os educadores brasileiros, de modo que especializações nesta área se constituem em importantes
espaços de reflexão e de formulação de estratégias para o seu enfrentamento. Pela sua relevância, o
curso TEMS reuniu docentes de diferentes universidades públicas do Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ,
UNIRIO, UFRRJ e UFF). Com proposta similar, o Programa estabeleceu parceria com a ENSP (que
sediou o curso) e o Ministério da Saúde, para a turma de Mestrado Profissional “Trabalho, Saúde,
Ambiente e Movimentos Sociais”, entre 2013 e 2016. A experiência com o TEMS foi fundamental na
organização do curso de especialização em Educação e Agroecologia, ora em curso. 3. FORMAÇÃO
DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE: Visando formar quadros de docentes para
as instituições que realizam trabalhos de educação profissional em saúde, a EPSJV criou o Curso de
Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde, atendendo uma antiga necessidade da
área, já que boa parte dos profissionais que lecionam em escola técnicas não conta com formação
pedagógica. O curso foi oferecido uma única vez (2013), mas a oferta de novas turmas a partir de uma
reformulação curricular vem sendo objeto de estudo e avaliação pela EPSJV com a participação de
docentes do programa de PG, haja vista a demanda potencial já apontada no Estado do Rio de Janeiro e a
demanda dos próprios docentes dos diversos cursos oferecidos pela escola incorporados nos últimos
anos. Tal curso de especialização se inscreve no constante trabalho desenvolvido pela EPSJV e pelos
docentes da PG no sentido de qualificar profissionais que já atuam como docentes na educação
profissional e, com isso, aprimorar a formação dos técnicos, com o consequente impacto sobre o sistema
de saúde.
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) é uma unidade técnico-científica da FIOCRUZ
que se dedica a atividades de ensino, pesquisa e cooperação no campo da Educação Profissional em
Saúde. Atua, portanto, com o segmento dos trabalhadores de nível fundamental e médio que corresponde
ao maior contingente de profissionais de Saúde no Brasil, desenvolvendo principalmente cursos de
Educação Profissional Integrados ao Ensino Médio, além de cursos na modalidade subsequente ao Ensino
Médio, voltados para alunos que já concluíram o ensino básico e cursam apenas a habilitação profissional.
No quadriênio anterior, a Escola assegurou 25.973 matrículas nas mais diversas formações da Educação
Profissional em Saúde. Ainda, o Curso Técnico de Nível Médio integrado ao Ensino Médio na modalidade
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Interfaces com a Educação Básica
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PROEJA está também sendo oferecido pela EPSJV. São oferecidas ainda especializações técnicas que
têm por finalidade a formação de profissionais, conforme as demandas específicas do SUS e da área de
Ciência e Tecnologia, nos termos do parágrafo 2º do art. 7º da Resolução CEB/CNE nº 04/99,
apresentando carga horária mínima de 180 horas, nas áreas de Técnicas Laboratoriais em Saúde,
Manutenção de Equipamentos, Gestão em Saúde, Informações e Registros em Saúde, Radioterapia,
Vigilância em Saúde e Atenção à Saúde. No que tange à formação de futuros pesquisadores, mais do que
uma área de atuação, a pesquisa na Escola Politécnica é considerada como princípio educativo. Por essa
razão, a instituição desenvolve um Programa de Vocação Científica (Provoc) que incentiva alunos do
ensino médio de escolas regulares a se interessarem pelas carreiras da investigação científica. Diversos
docentes do Mestrado atuam no Provoc, nos seus processos de avaliação. O Provoc é a primeira proposta
formal e abrangente de Iniciação Científica na Educação Básica no Brasil. Foi criado, em 1986, na EPSJV,
com o objetivo de receber jovens estudantes nos laboratórios de pesquisa da FIOCRUZ, visando
incentivá-los a seguirem carreiras científicas. O êxito desta experiência, iniciada no campus do Rio de
Janeiro, possibilitou, a partir de 1996, sua descentralização para unidades da FIOCRUZ sediadas nas
cidades de Recife, Salvador e Belo Horizonte. Concomitantemente, a coordenação do Programa
promoveu a difusão desta experiência para outras áreas de conhecimento – química, física, matemática e
informática – e para outras instituições – Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Miguez de Mello (Cenpes/Petrobras), Instituto de Matemática Pura
e Aplicada (Impa/MCT), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio). Além disto, o Provoc
serviu de modelo para a criação de projetos como Jovens Talentos para a Ciência da Faperj, em 1999, e
Jovem Cientista Amazônica da Fapeam (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Amazonas), em
2006. Em 2003, o CNPq, em acordo com estes mesmos objetivos, criou o programa de Iniciação Científica
Júnior. Decorridos mais de trinta anos daquela experiência, existem hoje no país inúmeros programas de
Iniciação Científica que se realizam em instituições de ensino e pesquisa, financiados com recursos
públicos e privados, destinados a jovens alunos do ensino fundamental e médio. Hoje, o Programa de
Vocação Científica na FIOCRUZ tem como objetivo principal proporcionar aos alunos de ensino médio a
vivência de ambientes de pesquisa e desenvolvimento de projetos tecnológicos, propiciando-lhes a
experiência de aprender ciência fazendo ciência. Por meio da orientação acadêmica, o aluno inicia sua
formação em pesquisa em C&T nos laboratórios, setores, serviços ou grupos de pesquisa ligados às suas
diversas unidades. No contexto da participação em projetos de pesquisa científica e tecnológica, os
estudantes do Provoc têm ainda a possibilidade de conhecer e aprofundar questões relacionadas ao
mundo do trabalho e à própria atividade acadêmica, potencializando, assim, a definição e/ou escolha
profissional. Na esteira da proposta do desenvolvimento da capacidade crítica e investigativa do aluno,
existe o Projeto Trabalho, Ciência e Cultura (PTCC), por meio do qual os alunos dos Cursos de Educação
Profissional Integrados ao Ensino Médio desenvolvem monografias de conclusão de curso, aprendendo
todas as etapas de um processo de pesquisa. Consiste, portanto, de um projeto de iniciação científica
desenvolvido junto aos alunos do Curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Saúde, que
busca novas estratégias de exercício da cidadania na sociedade contemporânea, através de uma
concepção de educação pela pesquisa. Criado como componente da parte diversificada do currículo do
Ensino Médio da EPSJV, tem como objetivo possibilitar, aos estudantes adolescentes, a vivência da
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investigação científica como atitude cotidiana a ser construída entre alunos e educadores/orientadores
durante as quatro séries do curso. A pesquisa aqui é entendida como um questionamento reconstrutivo,
pelo qual o aluno assume o papel de sujeito do processo. O desenvolvimento dos projetos de pesquisa
culmina na apresentação de um Trabalho de Conclusão de Curso, basicamente no formato de monografia.
Os docentes credenciados no Programa de Pós-graduação atuam em todos estes cursos e ações,
desenvolvendo currículos, ministrando aulas, orientando monografias e participando de bancas. Esta
forma de funcionamento institucional promove uma interface real e regular entre Pós-graduação e
educação básica, que não só enriquece este último nível de ensino, mas também o Programa, no qual se
ancora o Curso de Mestrado. Finalmente, a formação crítica dos mestrandos-professores que atuam na
educação básica é inerente à proposta do Programa. Nesta direção, há a participação de parte do corpo
docente no conjunto de atividades do Ensino Médio Integrado denominado Introdução à Educação
Politécnica (IEP), que se trata de um componente curricular em que são apresentados temas sobre os
componentes Trabalho, Saúde, Ciências e Política, e um quinto elemento chamado Trabalho de
Integração que, através da abordagem de temas variados, procura fazer a conexão entre os quatro eixos
anteriores. O Projeto Político Pedagógico da EPSJV considera a sustentação da IEP como estratégica
para uma formação diferenciada, que trabalha as questões da politecnia como promotora da cidadania.
Conforme já apontado no item Histórico e Contextualização, um ponto a ser destacado na trajetória do
Programa consiste no permanente estabelecimento de intercâmbios e cooperações internacionais que se
c o n c r e t i z a m a t r a v é s d o o f e r e c i m e n t o d e c u r s o s d e
especialização, a partir da demanda governamental dos distintos países. As atividades
específicas foram relatadas no Histórico e Contextualização do Programa e no item Intercâmbios
Internacionais. Aqui, faremos apenas uma avaliação sintética. Observa-se a manutenção de duas redes
internacionais de pesquisa e de produção com consistência e coerência: uma voltada para a América
Latina e outra para os países africanos de língua portuguesa, com boas avaliações realizadas pelos
participantes estrangeiros. O aprofundamento e a continuidade dessas atividades dependem da qualidade
das atividades prestadas pela EPSJV - como preparação, conhecimento da realidade local, etc. - o que
vem sendo realizado através de permanentes seminários multicêntricos de pesquisa e de pesquisas
específicas. Mas dependem também das gestões em cooperação internacional no nível ministerial, da
Fiocruz e das instâncias dos diversos países. A característica central dos cursos oferecidos pela EPSJV-
Fiocruz é buscar superar uma atuação pedagógica limitada ao repasse de técnicas sem reflexão ou
conteúdo pedagógico, buscando habilitar os técnicos e/ou docentes a desenvolver uma formação
pedagógica fundamentada na integração teoria e prática. Os cursos lastreiam-se em concepção unitária
de ensino - na qual a prática não pode dissociar-se da teoria - buscando formar, sobre bases sólidas,
docentes e técnicos da área da saúde que reflitam sobre sua prática de ensino e sobre as tecnologias, na
relação com o mundo do trabalho e as relações sociais. Almeja-se que os alunos tenham uma formação
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Internacionalização
Internacionalização
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que contemple o domínio dos fundamentos técnicos e científicos do processo produtivo, objetivando a
transformação social. Os cursos objetivam formar técnicos e docentes bem preparados -
técnica e teoricamente, política e socialmente – que contribuam para a superação dos problemas de saúde
existentes. Posto estarem voltados para formar profissionais que trabalham no campo de saúde pública, a
EPSJV propõe uma atuação docente pautada no aprofundamento das bases teórico-metodológicas que
fundamentam as práticas de educação e suas relações com as políticas de saúde e com o trabalho em
saúde. Nesse sentido, constam como objetivos específicos da maior parte de nossos cursos 1) possibilitar
a compreensão histórica das políticas de Saúde, Educação e Trabalho, potencializando práticas
transformadoras que contribuam para a estruturação e consolidação de um programa de formação em
consonância com as necessidades da saúde pública local; e 2) articular, ao saber e à prática docente,
conhecimentos dos campos da promoção, vigilância e controle de riscos, causas e danos, ancorados no
entendimento do território como lugar da produção social da saúde e de identidade sociocultural. Os
cursos oferecidos compartilham, assim, os mesmos princípios políticos epistemológicos da formação
oferecida no âmbito de Mestrado, que se pauta pela inseparabilidade das bases técnicas do trabalho, sua
fundamentação científica, e a educação geral; pela formação sistemática que se orienta pelo conceito de
trabalho como categoria ontológica; pela contribuição para a consolidação de políticas que compreendam
a formação de trabalhadores em saúde como um direito e uma necessidade social; e pelo estudo da
relação educação-saúde-trabalho em suas implicações econômicas, epistemológicas, políticas, históricas,
culturais e pedagógicas. O processo de internacionalização do Programa de Pós-Graduação da EPSJV é
pois estreitamente articulado com o conjunto de atividades levadas a efeito como parte dos processos
institucionais de cooperação internacional, desenvolvidos com participação da PG, pela EPSJV e pela
Fiocruz, com ênfase em países da América Latina e nos países africanos de Língua Portuguesa, em
ambos os casos com forte intercâmbio ao longo dos anos anteriores como atestam as atividades relatadas
no item Intercâmbios Internacionais. Da mesma forma, outra dimensão da Internacionalização da PG se
observa na crescente articulação dos docentes do Programa em projetos de cooperação e produção
conjunta com outros Programas e centros de pesquisa, além da incipiente mobilidade discente e docente
em nível internacional. Nesse sentido, destacamos o movimento de qualificação de vários docentes ao
longo dos últimos anos para a realização de estágios pós-doutorais no exterior (Marise Ramos – Portugal -
2012; Ialê Falleiros – Portugal – 2014/5; Mônica Vieira – Portugal – 2018/9; Raphael Mendonça Guimarães
– EUA, 2019/20), o que muitas vezes se traduz na continuidade do vínculo entre pares e instituições,
assim como no estímulo à mobilidade de discentes e egressos. Além disso, contamos com uma docente
que apresenta participação regular em Programa no exterior (Marcela Pronko – Mestrado em Política e
Gestão da Educação da Universidad Nacional de Luján – Argentina) desenvolvendo, além de atividade de
docência, participação na coordenação de pesquisa sediada na mesma universidade e atividades de
orientação em várias universidades desse país. Deve destacar-se, também que um conjunto de docentes
publicam regularmente em periódicos internacionais, participam da edição de livros em editoras
universitárias do exterior e fazem parte de conselhos editoriais de veículos estrangeiros. No que diz
respeito aos discentes, após vários processos seletivos com participação de candidatos estrangeiros, em
2018 foi selecionado candidato estrangeiro residente no Brasil que, no entanto, acabou desistindo da vaga
do curso em função de dificuldades de transferência para a cidade do Rio de Janeiro. Esse fato corrobora
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o interesse de público proveniente dos países que fazem parte do escopo da cooperação internacional
desenvolvida, assim como das dificuldades decorrentes da mobilidade internacional discente quando não
se conta com apoio institucional e/ou governamental específico.
1-Atividades acadêmico-científicas 2019
1.1- Participação em conselhos editoriais, comissões editoriais, conselho consultivo de revistas científicas
e editoras:
ANA CRISTINA GONÇALVES VAZ DOS REIS:
Revisor dos periódicos: Saúde em Debate; Saúde e Sociedade (USP); Cadernos Saúde Coletiva (UFRJ) e
Epidemiologia e Serviços de Saúde, Editora UFBA.
ANGÉLICA FERREIRA FONSECA
Editora Científica e Membro de corpo editorial do Periódico: Trabalho, Educação e Saúde da
EPSJV/Fiocruz;
ANA MARGARIDA DE MELLO BARRETO CAMPELLO:
Membro do Corpo Editorial dos periódicos: Trabalho Necessário e Tecnologia & Cultura (CEFET/RJ)
ANAKEILA DE BARROS STAUFFER:
Membro de corpo editorial do Periódico: Revista IDEAS (online)
Membro de Comitê de Assessoramento: Agência de fomento – Associação Brasileira de pesquisa em
Educação em Ciências
CARLA MACEDO MARTINS:
Editora do Periódico: Trabalho, Educação e Saúde da EPSJV/Fiocruz;
DANIELLE RIBEIRO DE MORAES
Revisor de periódico: Saúde em Debate
FELIPE RANGEL DE SOUZA MACHADO:
Revisor dos periódicos: Ciência e Saúde Coletiva, Trabalho, Educação e Saúde e Revista de Direito
Administrativo.
FILIPPINA CHINELLI:
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Atividades Complementares
Atividades Complementares
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Membro de corpo editorial do Periódico: Trabalho Necessário, Pós Graduação em Educação da faculdade
de Educação/UFF
Revisor de periódico: UrbanData-Brasil, atualmente no Departamento de Sociologia da Universidade de
São Paulo.
FRANCISCO JOSÉ DA SILVEIRA LOBO NETO:
Membro de corpo editorial dos Periódicos: Ensaio, Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Revista
da FACED. ISSN: 1980-6620, e Interface – Comunicação, Saúde , Educação.
Membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional.
Membro de comitê de assessoramento da Agência de fomento: Núcleo de Estudos Divulgação e dados
sobre Trabalho e Educação
GRACIA MARIA DE MIRANDA GONDIM:
Editora assistente do Periódico: Trabalho, Educação e Saúde (online)
Revisor dos periódicos: Trabalho, Educação e Saúde, VISA em debate, Cadernos de Saúde Pública
(ENSP impresso), e Ciência e Saúde Coletiva (impresso).
JOSÉ ROBERTO FRANCO REIS
Revisor de Periódico: Revista Brasileira de História (Online), História, Ciências, Saúde-Manguinhos
(Online), Revista Contemporânea de Educação, e Revista Trabalho Educação e Saúde.
JÚLIO CESAR FRANÇA LIMA:
Membro de corpo editorial dos Periódico: Ciência & Saúde Coletiva (Online),
Editor de resenhas e revisor do Periódico: Trabalho, Educação e Saúde
MARCELA ALEJANDRA PRONKO:
Membro de corpo editorial dos Periódicos: Trabalho, Educação e Saúde, Argonautas - Revista Digital de
Educación y Ciencias Sociales (UNSL, Argentina) e Revista Polifonias (Unlu, Argentina)
Revisora revista Mundos Plurales (FLACSO/Equador)
Revisora del Consejo Editorial Universitario Universidad Nacional de Luján (Argentina)
MARCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA:
Revista Trabalho, Educação e Saúde. CSP - Cadernos de Saúde Pública
MARCO ANTÔNIO CARVALHO SANTOS:
Editor assistente do Periódico: Trabalho, Educação e Saúde.
Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Musicoterapia
MARISE NOGUEIRA RAMOS:
Membro de corpo editorial dos Periódicos: Educação Profissional (Brasília), Formação (Brasília), Trabalho
& Educação (UFMG) e Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica.
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 41
Revisor dos Periódicos: Education Policy Analysis Archives, Ciência e Saúde Coletiva (Impresso),
Educação & Sociedade (Impresso), Educação e Pesquisa (USP. Impresso), Revista Brasileira de
Educação (Impresso), Educar em Revista (Impresso), Revista Brasileira de Educação (Impresso), Ciência
e Saúde Coletiva (Impresso), Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Impresso), Revista de
Educação PUC-Campinas, Educação e Realidade, Currículo sem Fronteiras e Archivos Analíticos de
Políticas Educativas / Education Policy Analysis Arc; e da Revista Portuguesa de Educação.
MAURICIO MONKEM:
Revisor dos periódicos: Hygeia : Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, (Uberlândia),
Trabalho, Educação e Saúde e Saúde e Sociedade (USP. Impresso).
MONICA VIEIRA
Membro de corpo editorial do periódico: Iniciação Científica na Educação Profissional em Saúde;
Revisor do periódico: Revista Latino-americana de Estudos do Trabalho (RELET), Trabalho, Educação e
Saúde (Online) e, Ciência e Saúde Coletiva (Impresso).
SERGIO RICARDO OLIVEIRA
Revisor dos periódicos: RB, Radiologia Brasileira (impresso); Trabalho, Educação e Saúde.
RAPHAEL MENDONÇA GUIMARÃES
Revisor dos periódicos: Revista Panamericana de Salud Pública / Pan American Journal of Public Heal
Revista de Saúde Pública (USP. Impresso); Brazilian Journal of Nursing; Cadernos Saúde Coletiva
(UFRJ);Journal of Public Health and Epidemiology;International Journal of Medicine and Medical Sciences;
Public Health Nursing; Revista Baiana de Saúde Publica; Ciência, Cuidado e Saúde (Online);
Epidemiologia e Serviços de Saúde; Trabalho, Educação e Saúde; Revista Brasileira de Saúde Materno
Infantil (Impresso); Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste - Rev Rene; Arquivos de Ciências da
Saúde (FAMERP); Revista Eletrônica Gestão & Saúde; Periódico: Revista de Políticas Públicas;
International Journal of Preventive Medicine; Revista Pan-Amazônica de Saúde (Impresso); Hygeia :
Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (Uberlândia); Revista Cubana de Enfermeria; Quality of
Life Research; Notas de Población (Impresa); Caminhos da Geografia (UFU. Online); Respiratory
Medicine. Copd Update; BMJ Open; Revista da Associacao Medica Brasileira; Patient Preference and
Adherence; Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; Avances en Enfermeria
VÍRGINIA MARIA GOMES DE MATTOS FONTES:
Membro de corpo editorial dos Periódicos: Revista Trabalho, Política e Sociedade; Hydra-Revista Discente
do PG História-UNIFESP; Revista Interdisciplinaria de Estudios Sociales; Temporalis (Brasília); Revista
Interdisciplinaria de Estudios Sociales; Trabalho, Educação e Saúde; Lutas Sociais (PUCSP); Trabalho
Necessário (Online); La Pensée Libre; Ciências e Letras (Porto Alegre); Margem Esquerda; Revista
História & Luta de Classes; Outubro (São Paulo); @-latina; Revista Politeia: História e Sociedade; Critica
Marxista (São Paulo); e-latina (Buenos Aires); Tempo - Revista do Departamento de História da UFF.
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 42
Conselho consultivo: Marxismo21.
1.2- Participação em Associações Científicas:
MARISE NOGUEIRA RAMOS:
Sócio Individual – Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Educação (ANPED);
Membro do Comitê Científico - Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Educação
(ANPED);
RAMÓN PEÑA:
Sócio Individual – Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Educação (ANPED);
SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA:
Sócio Individual – Sociedade Brasileira de Física (SBF).
Sócio – Assessoria em Radioproteção (ANAFIS)
Sócio Individual - Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR);
VÍRGINIA MARIA GOMES DE MATTOS FONTES:
Coordenadora do GT História e Marxismo – Associação Nacional de História (Anpuh);
1.3 - Bolsas de Produtividade
MARISE NOGUIERA RAMOS:
Projeto: 2016 - Educação Profissional Técnica de Nível Médio e Saúde na rede federal brasileira face ao
atual PNE. Agência Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Número de
produções C, T & A: 24
1.4 - Atuação docente em outras instituições
ANAKEILA DE BARROS STAUFFER:
Professora do Ensino Fundamental: Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias-RJ
FILIPPINA CHINELLI
Pesquisadora – URBANDATA BRASIL – IUPERJ/UCAM
Research Project on Urbanization and Models of Development in Latin America, Universidade de Princeton
/ IUPERJ / URBANDATA. Coordenação da equipe brasileira: Licia Valladares. Coordenação geral:
Alejandro Portes (Princeton Univ) e Bryan Robers (University of Texas)
FRANCISCO JOSÉ DA SILVEIRA LOBO NETO:
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 43
Pesquisador: NEDDATE/FEUFF
Atividades de pesquisa e desenvolvimento, coordenação de ensino e divulgação científica – Instituto
Nacional do Câncer/INCA
Professor visitante em Curso de Especialização – Centro de Estudos de pessoal do Exército, CEP-Forte
Duque.
GRACIA MARIA DE MIRANDA GONDIM:
Professor convidado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte na Escola de Saúde.
JOSÉ ROBERTO FRANCO REIS
Professor Secretaria Estadual de Educação (SEE) – Disciplina ministrada História;
Professor Adjunto Universidade Veiga de Almeida (UVA).
JÚLIO CESAR FRANÇA LIMA:
Grupo These - Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, História, Educação e Saúde
(EPSJV/UFF/UERJ).
MARCELA ALEJANDRA PRONKO
Professora colaboradora do Mestrado em Política e Gestão da Educação da Universidad Nacional de
Luján (Argentina); Orientadora de teses e dissertações na Universidad Nacional de Luján, na Faculdade de
Ciências Sociais da Universidad de Buenos Aires e na Universidad de San Luis, (Argentina).
MARCIA CAVALCANTI RAPOSO LOPES:
Coordenação adjunta do Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde).
MARISE NOGUEIRA RAMOS:
Grupo These - Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, História, Educação e Saúde
(EPSJV/UFF/UERJ).
Docente de graduação da UERJ
MAURICIO MONKEN
Docente no Curso de Especialização Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho - ENSP/FIOCRUZ,
Palmas-TO, Nível: Especialização Disciplinas ministradas Globalização, Território e Territorialização em
Saúde Docente no Curso de Pós graduação em Saúde Pública da ENSP-FIOCRUZ na disciplina
Determinação social, ambiente e vigilância em Saúde (Coordenação: Guilherme Franco Neto)
RAPHAEL MENDONÇA GUIMARÃES
Docente da Pós-Graduação - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, IESC-UFRJ
Docente do Curso de Especialização - Disciplina ministrada: Toxicologia e Doenças Ocupacionais (UERJ)
Docente do Curso de Especialização – Disciplina Ministrada: Análise de Situação de Saúde - Instituto de
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 44
Medicina Social/IMS
SERGIO RICARDO OLIVEIRA:
Docente da disciplina de Biossegurança do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz
VÍRGINIA MARIA GOMES DE MATTOS FONTES
Docente visitante - Escola Nacional Florestan Fernandes, ENFF.
Docente convidada voluntária - Universidade de Brasília, UnB.
Docente Colaborador - Universidade Federal Fluminense, UFF.
1.5. Consultorias
FRANCISCO JOSÉ DA SILVEIRA LOBO NETO:
Fundação Cesgranrio, CESGRANRIO - Membro ad hoc do Conselho Editorial.
MARCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA
Membro da Comissão Avaliadora do Primeiro Prêmio de Teses e Dissertações da Associação Brasileira de
Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias - ESOCITE.BR 2019
MARISE NOGUEIRA RAMOS
Conselhos, Comissões e Consultoria, GT Trabalho e Educação - Parecerista ad hoc
RAPHAEL MENDONÇA GUIMARÃES
Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde, CGVAM: Consultoria para Análise de Situação de
Saúde e Apoio Técnico ao VIGISOLO, VIGIQUIM, VIGIAR, VIGIAGUA e VIGIDESASTRES
Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, IESC-UFRJ: Comissão de seleção do Mestrado Profissional em
Atenção Primária em Saúde.
1.6. Comitê revisor de projeto de fomento:
ANA CRISTINA GONÇALVES VAZ DOS REIS
Programa Fiocruz de Fomento à Inovação – INOVA FIOCRUZ
MÁRCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA
Programa Fiocruz de Fomento à Inovação – INOVA FIOCRUZ
MARISE NOGUEIRA RAMOS
Revisor de projeto de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais,
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ.
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 45
MAURICIO MONKEN:
Projeto: Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
RAPHAEL MENDONÇA GUIMARÃES
Agência de fomento: Ministério da Saúde
1.7. Participação em Outras Atividades na EPSJV
ANA CRISTINA GONÇALVES VAZ DOS REIS
Atividades de Pesquisadora em Saúde Pública atuando como docente no Curso de Qualificação
Profissional em Registros em Informações em Saúde; Curso de Qualificação Profissional de Nível Médio
em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde, Curso de Habilitação Técnica de Gerencia em Saúde;
membro da Comissão Permanente de Bolsas; coordenadora adjunta do Programa de Pós-Graduação.
ANA LUCIA DE ALMEIDA SOUTTO MAYOR
Atividades de Pesquisadora em Saúde Pública, atuando junto ao Programa de Vocação Científica
(PROVOC), do Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica (LIC-PROVOC) Coordenadora do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (Pibic-EM/CNPQ/FIOCRUZ)
Coordenadora do Programa de Iniciação Científica (PIC).
ANA MARGARIDA CAMPELLO
Membro da Comissão Permanente de Credenciamento (Programa de Pós-Graduação em Educação
Profissional em Saúde).
ANAKEILA DE BARROS STAUFFER
Diretora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
Docente do curso de Especialização em Educação e Agroecologia
ANDRÉ VIANNA DANTAS
Docente e responsável pela coordenação das disciplinas curriculares do Ensino Médio integrado aos
cursos técnicos.
FELIPE RANGEL DE SOUZA MACHADO
Coordenador de grupo de pesquisa - Integrante da Equipe do Núcleo de Estudos em Democratização e
Sociabilidades na Saúde - NEDSS - Fiocruz/CNPq;
Docentes dos cursos de: Atualização em acompanhamento de pessoas com sofrimento ou transtorno
mental na comunidade; Atualização em atenção ao uso prejudicial de álcool e outras drogas; Atualização
em práticas grupais em saúde; Atualização em cuidado à pessoa idosa; Qualificação profissional em
saúde mental; Aperfeiçoamento em educação popular em saúde; Desenvolvimento profissional em
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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educação infantil; Técnico em agente comunitário de saúde.
MARCELA ALEJANDRA PRONKO
Coordenadora do Programa de Pós-graduação da EPSJV
Coordenadora da Especialização em Educação e Agroecologia
MARCIA CAVALCANTI RAPOSO LOPES:
Coordenadora e docente do Eixo Trabalho do Curso Técnico de Agentes Comunitário de Saúde.
Docente dos cursos de: Atualização em acompanhamento de pessoas com sofrimento ou transtorno
mental na comunidade; Atualização em atenção ao uso prejudicial de álcool e outras drogas; Atualização
em práticas grupais em saúde; Atualização em cuidado à pessoa idosa; Qualificação profissional em
saúde mental; Aperfeiçoamento em educação popular em saúde; Desenvolvimento profissional em
educação infantil; Técnico em agente comunitário em saúde;
Membro da Comissão permanente de Credenciamento (Programa de Pós Graduação em Educação
Profissional em Saúde).
MARCO ANTONIO CARVALHO SANTOS
Coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação da EPSJV
Docente no Ensino médio integrado à educação profissional - disciplina ministrada: Música.
MARIA CECÍLIA DE ARAÚJO CARVALHO
Coordenadora e docente dos cursos de Atualização em atenção ao uso prejudicial de álcool e outras
drogas; Atualização em práticas grupais em saúde; Atualização em cuidado à pessoa idosa; Qualificação
profissional em saúde mental; Aperfeiçoamento em educação popular em saúde; Desenvolvimento
profissional em educação infantil; Técnico em agente comunitário em saúde;
Coordenadora e docente do Curso de Atualização em Acompanhamento de Pessoas com Sofrimento ou
Transtorno Mental na Comunidade.
Coordenação do Curso de Especialização Técnica em Saúde Mental.
MARISE NOGUEIRA RAMOS
Coordenadora do Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde (LATEPS);
Coordenadora do Observatório dos Técnicos em Saúde
MAURÍCIO MONKEN
Docente no Curso de Especialização Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, Ensp-FIOCRUZ,
Disciplina ministrada na pós graduação em Saúde Pública: Espaço e Território na Perspectiva de Mílton
Santos
Docente da disciplina Globalização, Território e Territorialização em saúde do Curso Técnico de Vigilância
em Saúde EPSJV-FIOCRUZ
Coordenador do Trabalho de Campo dos alunos nas Áreas de Abrangência de Unidades Básicas de
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 47
Saúde da Estratégia da Saúde da Família na cidade do Rio de Janeiro-RJ - Curso Técnico de Vigilância
em Saúde EPSJV-FIOCRUZ
Coordenação Pedagógica do Curso Técnico de Vigilância em Saúde EPSJV-FIOCRUZ em parceria com a
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Coordenador do Projeto de desenvolvimento: Elaboração de Caderno de Atividades de Territorialização
das Condições de Vida e Situação de Saúde para Apoio Pedagógico de Processos Formativos em
Vigilância em Saúde Coordenador do Forúm Ciência e Sociedade de Maricá do Projeto Pesquisa científica
e
tecnológica para inovação em educação e comunicação para a prevenção da zika e doenças correlatas
nos territórios.
Representante da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio no Centro Colaborador da OMS de
Saúde e Ambiente da FIOCRUZ.
Docente do Curso de Especialização Técnica em Vigilância em Saúde Ambiental de Risco Biológico com a
disciplina Território e Territorialização em saúde
Docente do Curso Técnico de Agente Comunitário em Saúde-EPSJV na disciplina Território e Saúde
Coordenador da Estação de Territorialização em Saúde do Laboratório de Vigilância em Saúde-EPSJV
Ensino, Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, Nível: Especialização
Disciplinas ministradas: Espaço e Território na Perspectiva de Mílton Santos
Membro representante da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio no Centro de Estudos e
Pesquisas de Emergências e Desastres em Saúde CEPEDES da FIOCRUZ;
Equipe de Coordenação Pedagógica do Curso técnico em vigilância em saúde e Coordenador do Trabalho
de Campo do mesmo curso.
Coordenador do Trabalho de Campo dos alunos nas Áreas de Abrangência de Unidades Básicas de
Saúde da Estratégia da Saúde da Família na cidade do Rio de Janeiro-RJ - Curso Técnico de Vigilância
em Saúde
Coordenação Pedagógica do Curso Técnico de Vigilância em Saúde em parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Coordenador do Projeto de desenvolvimento: Elaboração de Caderno de Atividades de Territorialização
das Condições de Vida e Situação de Saúde para Apoio Pedagógico de Processos Formativos em
Vigilância em Saúde
RAMON CASTRO
Docente do Curso Especialização Técnica em Radioterapia
RAPHAEL MENDONÇA GUIMARÃES
Docente no Curso de Qualificação em Informações e Registro em Saúde
Docente no ensino médio integrado à educação profissional em saúde na disciplina na Introdução à
Educação Politécnica
SERGIO RICARDO OLIVEIRA
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 48
Vice-Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
Responsável pela coordenação do Curso Técnico em Radiologia.
O processo de autoavaliação do Programa é realizado constantemente pelo Colegiado, que se reúne
mensalmente, integrado por todos os docentes e os representantes discentes. A partir da avaliação do
Programa pela Capes relativa ao período 2013-2016, o Colegiado da Pós-graduação decidiu preparar
seminários anuais destinados a realizar um amplo debate sobre a trajetória, a situação atual e as
perspectivas do programa. O primeiro evento foi realizado em fevereiro de 2018 e indicou importantes
rumos para o nosso trabalho. Esses elementos foram retomados em fevereiro de 2019, por ocasião da
realização do segundo Seminário, que aportou novas diretrizes sobretudo em relação a uma nova
proposta curricular. Já em 2020, o III Seminário da Pós-graduação avançou na definição de instrumentos
de autoavaliação, face ao debate de um planejamento mais sistémico do Programa no seu alinhamento
institucional. Nas reuniões regulares do Colegiado são definidas as disciplinas e outras atividades
acadêmicas; sendo debatidos os processos de orientação; as necessidades de regulamentação de
procedimentos; as tendências das políticas de ciência e tecnologia do país, da Fiocruz e da unidade,
particularmente as que incidem sobre a proposta do Programa. Nossa autoavaliação não é apenas
endógena e considera o contexto social, político e institucional em que o Programa se insere. Para além
desses procedimentos já incorporados à rotina da PG, em julho de 2019 foi constituída a Comissão de
Autoavaliação como comissão permanente, integrada por quatro docentes - um dos quais é coordenador
adjunto do programa e outro é vice-diretor de Pesquisa da EPSJV -, dois representantes discentes, uma
representante de egressos e uma representante da secretaria da PG. A comissão, após uma definição
geral das suas tarefas, decidiu começar seus trabalhos concentrando sua atenção nos discentes e
egressos do programa, por considerar que eles representam um elo central para a definição de
parâmetros de qualidade. Em relação aos discentes, inicialmente elaborou um questionário a ser
preenchido sem identificação pelos mestrandos para que os mesmos avaliassem o funcionamento do
programa tanto nos seus aspectos acadêmicos (disciplinas eletivas e obrigatórias, didática e bibliografia
das mesmas, orientação), nos relativos à organização do programa (trabalho da coordenação e
secretaria), quanto nos relacionados à infraestrutura (biblioteca, salas de aula, espaços de convivência e
alimentação, recursos de informática). Os questionários respondidos pela maioria dos discentes indicou
uma avaliação muito positiva de todos os itens abordados, com exceção de alguns aspectos infra
estruturais como o acesso à rede wifi. Tomando em conjunto discentes e egressos do programa, foi
realizada em novembro de 2019 uma oficina para avaliar o programa, conduzida pelos membros da
comissão de autoavaliação que, na ocasião, já dispunha das respostas ao questionário respondido pelos
discentes. O encontro contou com a participação de 20 pessoas, entre egressos, discentes e docentes,
que debateram e destacaram os seguintes aspectos: a) a importância do que foi chamado pelos discentes
de compromisso ético-político do programa, que se constitui como diferencial positivo em relação com
Relatório de Dados Enviados do Coleta
Autoavaliação (perspectivas de evolução e tendências)
Informe os pontos fortes do programa
13/05/2021 15:02:13 49
outros programas de pós-graduação; b) a experiência de transformação pessoal que o mestrado propicia e
que foi relatada por a maior parte dos discentes e egressos; c) o desafio do caráter interdisciplinar do
programa que coloca para todos os mestrandos a necessidade de um grande esforço para acompanhar o
conjunto de temas/abordagens propostos nas disciplinas; d) a complementaridade observada entre as
disciplinas e sua articulação, o que reforça a coesão e coerência interna da proposta curricular; f) a
excessiva abrangência das linhas de pesquisa, que precisariam ser repensadas; g) a necessidade de mais
professores se dedicarem especificamente a área de saúde no programa; h) a necessidade de incorporar,
de maneira mais permanente, uma disciplina específica de metodologia de pesquisa à grade curricular do
curso. Ao final da oficina foram apresentadas como propostas que permitam realizar uma avaliação
permanente e sistemática do PG: 1. criação de instrumentos individuais e coletivos para avaliação das
disciplinas pelos discentes; 2. criação de Centro de Estudos para estimular o debate e o intercâmbio
académico; 3. organização de mala direta regular para informar os egressos sobre atividades do PG,
mantendo um elo permanente entre/com eles; 4. avaliação de viabilidade de oferta pelo programa de
estágio em docência e pesquisa. Partindo dos questionários aplicados e dos debates realizados na oficina
e considerando a necessidade de instrumentos mais detalhado de avaliação das dissertações
apresentadas no programa, a comissão elaborou, ainda, fichas de avaliação específicas a ser preenchidas
pelos membros das bancas de defesa de dissertação com questões diferenciadas para membros internos
e externos, que foram submetidas ao colegiado, junto de outros instrumentos propostos no mesmo sentido
e que serão detalhados no planejamento futuro. Consideramos como pontos fortes do Programa: (1)
PERTENCIMENTO À FIOCRUZ E SEU CARÁTER NACIONAL E INTERNACIONAL- A vinculação do
Programa a uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz - instituição de ensino, pesquisa, desenvolvimento
técnico-científico, produção e serviços, considerada estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS) e
para o desenvolvimento da política de Ciência e Tecnologia em Saúde e áreas correlatas - com pauta de
pesquisa pertinente e atualizada, consolidando as abordagens teóricas das disciplinas e estimulando os
objetos de pesquisa dos docentes e mestrandos. O Programa se alinha com a consolidação do SUS e das
políticas públicas de educação profissional e permanece com papel regional e nacional relevante,
e v i d e n c i a d o p e l a c o n t í n u a p r o c u r a p a r a a s t u r m a s l o c a i s e p e l a
criação de três turmas de Mestrado para os docentes e gestores das ETSUS acima
relatadas. Além da formação de quadros para o campo da educação profissional em saúde no país, estas
turmas enriquecem o conjunto de pesquisas e estudos do Programa, permitindo o enfrentamento de
realidades regionais distintas. A proposta do Programa de considerar a educação profissional em saúde
para além de uma ação estreita para formação de quadros só é possível pela vinculação do Programa a
uma instituição de referência nacional e internacional, como é o caso da Fundação Oswaldo Cruz. O
campo da educação profissional em saúde torna-se rico espaço de pesquisas, tendo no horizonte a
constituição de uma área interdisciplinar de produção de conhecimento, atravessado e abrangendo as
distintas realidades nacionais, regionais e internacionais. Esse caráter estratégico da instituição em nível
n a c i o n a l s e e s t e n d e p a r a o n í v e l
internacional e o Mestrado tem
consolidado sua contribuição no panorama da formação em outros países. Realizamos, em parceria com a
Coordenação de Cooperação Internacional-CCI da EPSJV e da Fiocruz, diversos cursos de especialização
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 50
similares aos que produzimos na EPSJV, expressando efetivo processo de internacionalização. Em 2017
foi concluído curso de formação docente em Montevidéu, em parceria com a UDELAR – Universidad de la
Republica del Uruguay, cuja experiência está registrada em livro de publicação prevista para 2020. A
internacionalização se consolida também em trabalhos de pesquisa, através da realização de projetos
multicêntricos, que geraram algumas publicações. O trabalho conjunto com a Cooperação Internacional
torna as oportunidades de cooperação desse tipo intensas, embora cada vez menos frequentes pelas
dificuldades gerais no contexto da cooperação. Temos pois potencial para contribuir para a implantação de
cursos de mestrado afins em outros países e para a vinda de estudantes estrangeiros (como aconteceu na
seleção para a turma de 2019, embora infelizmente não tenha se concretizado). Permanece em nosso
horizonte proporcionar, a longo prazo, aos estudantes brasileiros, múltiplos campos de estágios e
pesquisa suscitados por este processo de internacionalização, assim como proporcionar o contato de
nossos mestrandos com pesquisadores de instituições de outros países. Neste sentido, o Programa
realizou nos primeiros meses de 2018, dois cursos internacionais de curta duração: o primeiro com a Dra.
Nancy Jeanet Molina Achury, da Universidade da Colômbia, e o segundo com o Dr. Telmo Caria, da
Universidade de Trás-os-montes e Alto Douro. Esses cursos constituem exemplo do potencial de
internacionalização do Programa: no caso da Dra. Nancy Molina Achury, foi estabelecida profícua parceria
a partir de processos institucionais de cooperação internacional. No caso do Dr. Telmo Caria, a parceria é
resultado de estágio pós-doutoral de docente do programa. Nesse sentido, pode-se observar crescente
inserção internacional dos docentes da PG, tanto na realização de estágios pós-doutorais, quanto na
participação em publicações, pesquisas, atividades de docência e bancas no exterior. Na abrangência
nacional e no processo de internacionalização reside uma dimensão forte do Programa, não apenas
credenciando um corpo docente interdisciplinar e atraindo mestrandos de regiões e formações diversas,
mas também pela incorporação dessas distintas realidades, resultando na criação de novas abordagens e
disciplinas. Esta potencialidade tem sido aproveitada de forma profícua pelo Programa, sobretudo pelo
princípio político da Escola Politécnica e da Fundação Oswaldo Cruz de considerar as cooperações
nacionais e internacionais como relações de natureza horizontal e não hierarquizada. Tal compreensão
tem possibilitado que o Programa se alimente continuamente destas ações para o aperfeiçoamento do seu
ensino e da sua pesquisa. (2) INTERDISCIPLINARIDADE – A interdisciplinaridade se referencia
concretamente na própria proposta curricular do curso de mestrado e em todas as suas práticas. Pode ser
considerada como ponto forte do Programa. Estudo produzido por Creuza Stephen (Mestrado em
Educação Profissional em Saúde. Dissertações presentes na BVS. Biblioteca Virtual em Saúde-BVS, nov.
2016) analisou 105 dissertações do Programa desde 2010, através de refinamento de descritores,
identificando temas predominantes e entrelaçamentos entre as áreas de concentração Trabalho,
Educação e Saúde. Sinaliza significativo entrecruzamento temático dos três eixos. A maior concentração
temática de primeiro grau das dissertações é na área de Educação (57), seguida da Saúde (38) e, por fim,
Trabalho, com 10 dissertações como tema central. Todos os eixos experimentam fortes entrecruzamentos:
8 trabalhos da área Educação referem-se também a Saúde e Trabalho; todas as dissertações da área
Trabalho remetem à Saúde, à Educação, ou a ambas; na área da Saúde, 13 remetem ao Trabalho, seis à
Educação e quatro estão na interseção dos campos Trabalho, Educação e Saúde. Os resultados desse
estudo são confirmados na análise do Banco de Dissertações do Programa já apresentado neste relatório,
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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analisando 200 dissertações defendidas entre 2010 e 2019. A análise preliminar dessas dissertações
apresenta cinco grandes eixos temáticos configurados, necessariamente, de forma interdisciplinar. São
eles: Grupos ocupacionais: formação e inserção profissional em saúde; Dimensões estruturantes e
relacionais do campo trabalho e educação profissional no SUS; Concepções, estratégias, programas e
materiais educacionais; Trabalho em saúde, reestruturação produtiva e produção de subjetividade; Estado,
políticas, organização do sistema e da atenção à saúde. A interdisciplinaridade é uma construção
permanente, envolvendo a área de formação dos docentes, seus projetos coletivos de pesquisa, a
construção e atualização da grade curricular, a origem variada dos discentes e as pesquisas
concretamente realizadas pelos mestrandos. Consideramos estar ocorrendo um contínuo aprofundamento
e maior qualificação da interdisciplinaridade no Programa. O curso dispõe de proposta curricular
estruturada e densa, atualmente em revisão, articulando as disciplinas obrigatórias com as linhas de
pesquisa, e essas com os objetivos da área de concentração, ao mesmo tempo em que proporciona oferta
de disciplinas eletivas visando contemplar as especificidades das pesquisas discentes. A construção dos
objetos de pesquisa dos mestrandos, a partir da realidade profissional em que atuam, torna o curso de
mestrado um universo de enfrentamento de problemáticas para a produção de conhecimento socialmente
robusto. As dissertações produzidas não se constituem em mero artefato acadêmico, mas sim
contribuições ao avanço da área e à melhor inserção social e profissional de seus alunos. Tal proposta
curricular só é possível pela composição e características do corpo docente, que se mantém como
elemento estruturante da renovação docente produzida nos últimos processos de credenciamento. É
importante citar a integração dos docentes no conjunto de atividades de ensino e de pesquisa da unidade
e também da política de C&T da instituição. No primeiro caso, os docentes são, em sua maioria, membros
dos laboratórios de pesquisa, com representação nas Câmaras Técnicas de Ensino e Pesquisa da EPSJV.
Outro ponto relevante sobre o corpo docente consiste na diversidade da sua formação inicial e pós-
graduada, com trajetórias diversificadas, contemplando as áreas de Educação, Saúde (Enfermagem,
Nutrição, Medicina), Psicologia, Economia, História, Ciências Sociais, Geografia, Letras e Linguística,
Arquitetura e Urbanismo. As áreas de Educação (7 professores) e Saúde (11 professores) concentram
uma parte significativa dos docentes por se constituírem em áreas fulcrais da interdisciplinaridade e
terreno principal da incidência das pesquisas, enquanto o trabalho figura como mediador epistêmico. Há
uma progressiva recomposição entre as áreas de formação na pós-graduação, aprofundando-se a
interdisciplinaridade, com uma relação mais rica entre a área de Saúde e a de Educação. Confirma-se a
tendência a um aprofundamento da interconexão entre saúde e educação na composição do Colegiado,
resultando em grande diversidade da vinculação com a saúde, muitas vezes pelo eixo da análise da
concepção e das práticas concretas das políticas públicas. As temáticas das dissertações refletem a
formação recebida pelos alunos, onde as questões sociais, do trabalho, da educação e as específicas de
saúde são tratadas historicamente, de forma contextualizada e interdisciplinar. (3) ATUAÇÃO DOCENTE –
Assim como a direção da EPSJV participa da política institucional como membro do Conselho Deliberativo
da Fiocruz, e de suas Câmaras Técnicas de Ensino, de Pesquisa, de Inovação e de Gestão, os docentes
do Programa participam da política da EPSJV através de seus laboratórios de pesquisa, representados em
todas as instâncias administrativas. Os docentes têm acesso a todas as iniciativas de fomento à pesquisa,
realizadas mediante o lançamento de editais e chamadas públicas. Acrescentem-se as múltiplas
Relatório de Dados Enviados do Coleta
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oportunidades de participação em eventos científicos promovidos pela própria Fiocruz e pela EPSJV. A
maioria dos docentes do Programa integra e/ou são líderes de grupos de pesquisa cadastrados no
Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e na própria EPSJV/Fiocruz, além de participarem e/ou
coordenarem suas próprias pesquisas, algumas delas contando com financiamento de agências, tais como
Faperj e CAPES. Os professores do programa de Pós-Graduação da EPSJV participam de inúmeras
atividades que expressam a conexão entre o Mestrado, Especializações pós-graduadas, Especializações
Técnicas e o Ensino Médio Profissionalizante, já relatadas no item Histórico e Contextualização do
Programa. Atuam também em outros cursos de pós-graduação e em bancas externas, na Fiocruz e em
outras instituições, inclusive internacionais, trazendo para o Mestrado enriquecedoras experiências, além
de integrarem conselhos e comissões editoriais de diversas revistas no país e no exterior. No quadriênio,
observa-se tendência à estabilidade da produção total (bibliográfica e técnica) dos docentes, assim como
maior participação dos discentes/egressos. A produção docente não se traduz unicamente em artigos de
periódicos ou capítulos de livros, tendo ampla gama de produtos relevantes para a consolidação da
Educação Profissional em Saúde, e da área de concentração em Trabalho, Educação e Saúde, tais como
relatórios técnicos, organização de eventos científicos, produção de material didático, assessoramento
técnico. Tanto por iniciativa da EPSJV quanto por iniciativa dos docentes do Mestrado, há ainda estreita
correlação com outras unidades da Fiocruz, além de importante intercâmbio com todas as universidades
públicas do Rio de Janeiro. Finalmente, os docentes do Mestrado atuam como formadores para os
profissionais doutorandos ou jovens doutores da EPSJV. Destaca-se ainda o forte compromisso docente
com a defesa da consolidação da Saúde e da Educação Públicas; (4) PERFIL DISCENTE – O Programa
implementou projeto permanente de acompanhamento de discentes e de egressos, a partir de 2016, a
cargo de Regina Lopes, analista de Saúde Pública e egressa do programa, e sob supervisão Ana Cristina
Reis, coordenadora adjunta da PG. Essa constitui-se pesquisa permanente assegurada pela PG,
atualmente em avaliação e aprimoramento, e seus resultados preliminares tem constituído subsídios
importantes para a autoavaliação do programa confirmando que os discentes do mestrado são
profissionais inseridos no SUS e/ou em instituições públicas e Programas de formação de trabalhadores.
São mestrandos que se veem desafiados a construir novas atitudes de estudo, de análise e de
investigação. O Programa se organiza para incorporar em suas práticas formativas essas realidades, o
que o coloca numa condição diferenciada dos Programas que baseiam sua seleção e exigências
exclusivamente nos aspectos acadêmicos. Essas múltiplas realidades do âmbito da Educação Profissional
em Saúde tensionam permanentemente as formas tradicionais de análise do contexto sócio-histórico
brasileiro, exigindo enorme capacidade de reflexão e de aprendizado tanto para os discentes quanto para
os docentes do Programa. A Fiocruz é uma instituição que não conta com cursos de graduação,
usualmente traço relevante para a visibilidade das Pós-Graduações. No entanto, a procura para as
seleções públicas para a turma local do Mestrado se mantém significativa, evidenciando que o Programa
supera essa aparente limitação. O caráter interdisciplinar e profissionalizante acolhe grande variedade de
profissionais que atuam na Educação Profissional em Saúde. A força do Programa se funda assim na sua
interdisciplinaridade, construída a partir da captação de profissionais de diferentes áreas de graduação. (5)
PRODUÇÃO – O programa tem conseguido melhorar sua produção em volume e qualidade com uma
crescente participação discente. Partimos, em 2013, de 54 itens de produção bibliográfica e de 96 itens de
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 53
produção técnica docente, com 12% e 9,3%, respectivamente, de participação discente, somando o total
150 produtos. No ano de 2016 alcançamos um total de 189 produtos, com 65 produtos bibliográficos
(18,5% com participação discente) e 124 produtos técnicos (com 23,2% de participação discente). Em
2018 a produção do programa totalizou 236 produtos – sendo 100 produções bibliográficas e 143
produções técnicas. Em 2019, conseguimos ir um pouco além, com 244 produções totais, das quais 85
correspondem a produtos bibliográficos e 159 a produtos técnicos. Permanece o forte incentivo à produção
técnica e bibliográfica docente e discente, estabelecido como meta do programa para o ano de 2020, que
deverá experimentar novo avanço em função do ingresso dos novos docentes credenciados no programa.
(6) TEMPO MÉDIO DE TITULAÇÃO – O Mestrado experimentou melhora substantiva no tempo de
titulação, que caiu de 30, meses em 2013, para 28,7 em 2014, chegou a 27,4 em 2015, em 2016, atingiu a
excelente média de 25 meses, em 2017 ficou em 27 meses e 26 meses em 2018 e 2019. Consideramos
as últimas médias um avanço compatível com a situação de mestrandos que mantêm, durante o curso,
suas atividades profissionais, ficando impossibilitados de uma maior dedicação ao programa. A especial
atenção dedicada pelo Programa a esse item deve persistir, de maneira a consolidarmos uma média mais
baixa como prática corriqueira. Seguimos atentos, para continuar reduzindo o tempo média de titulação, o
que passa a figurar, ao mesmo tempo, como ponto forte do programa. (7) ESPECIALIZAÇÕES - A
articulação entre o Colegiado do Mestrado e os cursos de especialização Lato Sensu (locais, nacionais e
internacionais) e de Pós-Médio foi uma característica forte da criação do Programa, nascido de exitosa
experiência com cursos de Especialização, reafirmando o perfil interdisciplinar e agregador do Programa.
A conexão orgânica com especializações se manteve em praticamente todos os anos de sua existência,
com crescente diversidade de públicos e de temas, expressando avanços da interdisciplinaridade teórica e
prática. A ressaltar que essa prática envolve a formação profissional em saúde em diversas áreas, com
forte teor prático, porém sem descurar da reflexão teórica característica do Programa. Mesmo
considerando que o lato sensu não faz parte do Programa de Pós-Graduação, a presença dos docentes
da PG tem sido uma constante nos diversos cursos de especialização organizados pela EPSJV. (8)
PRODUÇÃO MAIS RELEVANTE – 1) Produção bibliográfica: destacamos três artigos em periódicos e dois
artigos em livros. Dos artigos em periódicos dois são resultado do trabalho de docentes do programa e um
de um egresso. O artigo de Raphael Mendonça Guimarães no Cadernos de Saúde Pública consolida a
participação de docentes do programa em periódicos nacionais de grande prestígio na área. Já o artigo da
Filipina Chinelli, no periódico online Laboreal (Porto) indica a presença da produção da pesquisa dos
nossos docentes em periódicos internacionais na interface entre os estudos do trabalho e o campo da
saúde. O último artigo destacado é de autoria do Francisco Jadson Franco Moreira, mestre formado pelo
programa na primeira turma RET-SUS, publicado no Cadernos ESP - Revista Cientí¬fica da Escola de
Saúde Pública do Ceará. Tanto o autor quanto a publicação fazem parte de instituição de longa trajetória
na formação de trabalhadores do SUS, constituindo uma referência na area da educação profissional em
saúde. No que se refere à publicação de artigos em livros, o artigo do André Dantas intitulado “'Controle
social' e a estratégia democrático popular: notas para um balanço histórico” corresponde a um esforço de
pesquisa e reflexão coletiva que reforça o caráter interdisciplinar da produção dos docentes do programa.
Por sua vez, o artigo “Los organismos internacionales y la mercantilización de los estudios universitarios”,
publicado em livro organizado pelo reitor da Universidad Nacional de Hurlingam, Argentina, do qual
Relatório de Dados Enviados do Coleta
13/05/2021 15:02:13 54
participam autores de referência na área, evidencia o caráter internacionalizado da pesquisa e da atuação
docente de Marcela Pronko, atual coordenadora da PG. Tomados em conjunto, demonstram o alcance
nacional e internacional das pesquisas realizadas a partir da EPSJV e a produção regular sobre temas
cruciais do Mestrado: as características do trabalho no mundo contemporâneo (e os desafios para os
trabalhadores da saúde); análise das políticas educacionais e de princípios pedagógicos, assim como
análise histórica de políticas de saúde no Brasil. 2) Produção técnica – Aqui procuramos evidenciar a
diversidade da nossa produção. (a) Relatório de Pesquisa do Projeto “A Educação Profissional Técnica de
Nível Médio em Saúde na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica brasileira face
ao atual Plano Nacional de Educação”, coordenado por Marise Ramos, apresentado ao CNPq, agência
financiadora do mesmo. As contribuições do conhecimento produzido através da mencionada pesquisa se
desdobram em conjunto de publicações ao longo dos últimos anos; (b) Curso de Curta Duração
denominado “Curso de atualização em Sistemas de Informação em Saúde do SUS”, ministrado por Ana
Cristina Reis no Instituto Leônidas e Maria Diane - Fiocruz Amazônia. Essa iniciativa de formação
destinada a atualização dos trabalhadores do SUS demonstra a contribuição efetiva do conhecimento
produzido no programa para os problemas concretos do funcionamento do SUS; (c) Editoria científica da
Revista Trabalho, Educação e Saúde, desenvolvidas pelas docentes Carla Martins e Angélica Fonseca. O
periódico, com dezoito anos de existência e um espaço consolidado no âmbito acadêmico que transita na
interface das três grandes áreas destacadas no título, reforça a relevância do programa no campo das
publicações científicas; (d) Organização da IX Conferência Municipal de Saúde de Blumenau (SC), por
parte de Teresinha Clarete Testoni Nogueira, egressa do programa da terceira turma RET-SUS. O evento
faz parte do processo de construção da política municipal de saúde e subsidia também a definição da
política estadual e federal; (e) Produção de Material Didático para o “Curso Introdutório para Agente
Comunitário de Saúde – ACS”, ministrado na modalidade EaD pela Escola de Saúde Pública de Minas
Gerais, elaborado pelas egressas Poliana Cabral de Assis e Juliana Mesquita, trabalhadoras da instituição
promotora do curso. A produção técnica evidencia a diversidade de trabalhos no ensino (curso de curta
duração e produção de material didático), na pesquisa (relatório de pesquisa), no campo de publicações
científicas (editoria da revista) e na participação ativa nas políticas de saúde (organização de evento).
Acreditamos que essa amostra da produção bibliográfica e técnica expressa nossas práticas de trabalho
coletivo e a diversidade (interdisciplinaridade) características do Programa. (9) INFRAESTRUTURA - A
infraestrutura disponível, com a variedade de elementos oferecidos pela própria unidade ou pela Fiocruz
como um todo, proporciona muito boas condições de trabalho a docentes e discentes do programa. A
riqueza de bibliotecas e seus acervos e as fontes de informações por diversos meios, bem como a
disponibilidade de recursos eletrônicos midiáticos em geral, proporcionam aos docentes e aos estudantes
possibilidades incomuns de trabalho. A unidade tem procurado, igualmente, proporcionar aos estudantes o
acesso a livros, à internet, a impressões, dentre outras. Destaca-se aqui a qualidade das instalações da
Coordenação e Secretaria de Pós-Graduação, após a reforma do prédio concluída em 2018, assim como a
qualidade do trabalho da Secretaria do Programa que se consolidou após uma reestruturação importante
da equipe.
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Em quais pontos o programa pode melhorar
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Apresentamos a seguir, alguns aspectos a serem aprimorados pelo Programa, considerando que isto
implica a capacidade da gestão acadêmica agir frente a situações adversas e/ou de oportunidades, sejam
elas conjunturais ou estruturais. Os pontos abaixo têm como ponto de partida alguns dos aspectos
avaliados como “fraco” ou “regular” por ocasião das avaliações anteriores, em especial a relativa ao último
quadriênio. Comparando as três avaliações (2008-2009, 2010-2012, 2013-2016) pode-se constatar que,
salvo no item 1.2 relativo à Proposta do Programa em que houve uma mudança de avaliação de “Muito
bom” para “Bom”, todos os demais itens registraram avaliações, no último quadriênio, iguais (9) ou
melhores (8) do que na avaliação anterior. Ressalte-se realizamos intensos esforços para superar tais
dificuldades e, como se observa, parece-nos foram exitosos, como na redução substantiva do tempo
médio de titulação. Como em muitas outras circunstâncias, os pontos fortes do Programa são também
aqueles em que se evidenciam constantemente necessidades de atenção, para garantir sua permanência.
1 – PERFIL DISCENTE – O aporte realizado pela efetiva interdisciplinaridade expressa em nosso quadro
discente, assim como sua enriquecedora atuação profissional, também implica em alguns limites
estruturais, posto que boa parcela dos mestrandos prossegue realizando o Mestrado em paralelo a suas
demais atividades profissionais. A dificuldade extrapola o âmbito do Programa, que recebe profissionais de
Saúde e de Educação cujas funções exigem formação qualificada, mas nem sempre oferecem condições
aos discentes para tanto. Temos buscado soluções no âmbito da gestão acadêmica sem, no entanto,
negligenciar a qualidade e o rigor científicos inerentes à formação nesse nível de ensino. Mantemos
programa próprio de bolsa desde 2017. Já introduzimos disciplinas de orientação para redação científica, o
que deve permanecer nos próximos anos. Em 2019, como parte do processo de revisão curricular,
reduzimos o número de créditos a serem obtidos por disciplinas, ampliando o tempo de trabalho dos
mestrandos em atividades de pesquisa realizadas junto aos seus professores orientadores, o que ficou
configurado na atividade obrigatória de Orientação. Esse deve continuar a ser ponto de atenção
permanente de todas as instâncias do Programa; 3 – EVASÃO – Nesse item conseguimos melhora
significativa, embora variável. O número total de matriculados no curso subiu com as turmas RETSUS a
partir de 2014. No triênio 2010-2012, 13 ingressantes não concluíram o curso sobre 60 matrículas, o que
resultou numa taxa de evasão de 21%. No quadriênio 2013-2016, 23 alunos foram desligados ou
abandonaram o curso, sobre um total de 215 matriculados, gerando uma taxa de evasão total de 10,69%,
já demonstrando redução de 50% da taxa de evasões. Analisadas ano a ano, elas são mais expressivas.
Em 2014 e 2015, a taxa de evasão caiu, mas manteve-se em 16%. Para o ano de 2016, a evasão reduziu-
se ainda mais expressivamente, caindo para 6,56% (evasão total de 4 alunos, para um total de 61 alunos
matriculados). A evasão do triênio anterior foi explicada pelos discentes a partir de dificuldades no
ambiente de trabalho, o que nos levou a iniciativas de apoio acadêmico à realização das dissertações.
Ressalte-se que muitos alunos desligados do programa a ele retornam em novas seleções. Em 2017 o
Programa registrou 109 matrículas, 18 titulados e 4 desligados, o que representa 3,66% de evasão. Em
2018, registraram-se 108 matrículas, 26 titulados e 12 desligados, o que equivale a 11,11% de evasão. Em
2019 registraram-se 38 matrículas correspondentes às turmas locais (considerando a finalização das
turmas RET-SUS), 44 titulados e 9 desligamentos correspondendo 6 deles às turmas finalizadas e 3 a
novos ingressantes que se desligaram ao longo e ao fim do primeiro semestre do curso por questões
pessoais. O fato das turmas RET-SUS terem data de início e término fora do padrão do ano letivo regular,
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distorce a taxa de evasão correspondente a esse último ano, que ficaria em torno de 23,7%. Se
considerarmos, em troca, a taxa de evasão das próprias turmas RET-SUS, ela se mostra ligeiramente
mais baixa. Na segunda turma RET-SUS tivemos 23 matriculados, 19 titulados e 4 desligados, indicando
uma taxa de evasão de 17,4%. Na terceira turma, os números foram os seguintes: 26 matriculados, 20
titulados, 6 desligados, com taxa de evasão de 23%. As características particulares dessas turmas
apontam, de fato, um aumento da incidência de evasão: professores e gestores em processo de trabalho,
as vezes sem liberação para realização do mestrado, com regime de estudo muito intenso nas semanas
de concentração e acúmulo de trabalho no retorno aos locais de origem, etc. Ao mesmo tempo,
registramos alta incidência de problemas relacionados à saúde dos mestrandos e suas famílias, além de
alguns problemas de caráter propriamente acadêmico. Embora a taxa de evasão tenha apresentado um
crescimento significativo em relação aos dois últimos anos, superando os índices alcançados no período
2014-2015, acreditamos que se trata, em parte, de características específicas das turmas nacionais. De
qualquer forma ativa-se o alerta indicando que esse ponto requererá uma atenção especial do programa.
Mesmo considerando que essa taxa média não destoa da situação vivenciada em outros programas,
seguimos atentos de maneira a evitar evasões e a estimular a permanência no curso. Uma forma de
buscar reduzir a evasão foi a manutenção do programa de bolsas, com recursos próprios, para auxílio aos
discentes sem vínculos de trabalho ou que possuíam vínculos precarizados. 4 – PRODUÇÃO DOCENTE
E DISCENTE – as avaliações anteriores apontavam uma baixa produção bibliográfica e técnica e uma
distribuição desigual. Indicamos acima os resultados do esforço de ampliação da produção docente e
discente que resultou num crescimento do número de produtos e numa maior participação discente na sua
elaboração. É possível registrar já um avanço na produção técnica. Entendemos, no entanto, que, apesar
de tal crescimento, será ainda necessário buscar ampliar a produção do programa. Compreendendo a
dimensão desse desafio, ele foi colocado como meta do planejamento anual da PG aprovada no III
Seminário da Pós-Graduação. 5 – CORPO DOCENTE - Em face do contínuo crescimento das atividades
realizadas pelo Programa, informado em Relatórios anteriores, houve credenciamento de novos docentes
em 2013 (incorporando 3 professores) e em 2014 (3 professores). Em contrapartida, o Programa teve 2
descredenciamentos, um em 2014 e outro no final de 2015. Mantemos a prática colegiada de aproximar
docentes através do vínculo de colaborador. Ao longo do quadriênio anterior, a composição do Colegiado
foi: em 2013, 26 permanentes e 9 colaboradores (35% colaboradores); 2014, 16 permanentes e 10
colaboradores (38%), 2015, 15 permanentes e 10 colaboradores (40%), 2016, 17 permanentes e 7
colaboradores (29%). Chegamos em 2017 com 19 permanentes e 10 colaboradores (34,48% de
colaboradores), em 2018 finalizamos com 27 docentes, sendo 17 permanentes (63%) e 10 (37%)
colaboradores, para chegar em 2019 com 27 docentes, dos quais 16 (59%) eram permanentes e 11 (41%)
colaboradores. Esse volume de colaboradores se justifica no processo de afastamento (por aposentadoria
ou desligamento da unidade ou da instituição) de docentes originalmente permanentes que mantiveram
orientações ativas ainda em 2019 e, portanto, foram considerados como docentes colaboradores até a
conclusão dos seus respectivos orientandos. Como foi apontado anteriormente, esse quadro já foi
modificado por novo processo de credenciamento que reduziu quase à metade o número de
colaboradores, alcançando um novo equilíbrio na composição do corpo docente. Em 2016, tivemos uma
média 2,54 orientandos por docentes (61 matriculados e 24 docentes no total), que subiu em 2017 para
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3,75 (109 matrículas para um total de 29 docentes), se manteve em 2018 temos 3,72 (108 matrículas para
29 docentes) e diminuiu em 2019, com uma média de 3 orientandos por docente. Com a conclusão das
turmas RET-SUS, a carga de orientação deve ser reduzida, apesar da redução do próprio corpo docente.
Todas as movimentações docentes foram realizadas com extrema cautela, conforme informado em
relatórios anteriores, embora resultando em algum desequilíbrio momentâneo na relação entre docentes
permanentes e colaboradores, a ser acompanhado de perto. Como se observa, realizamos alterações
cautelosas, renovando o Colegiado, mas mantendo-se uma boa relação entre integrantes sêniores e os
recém incorporados. A criação de Comissão Permanente de Credenciamento e Recredenciamento
Docente tem como finalidade dar mais sistematicidade e organicidade a este processo de
conservação/renovação.
PLANEJAMENTO FUTURO DE CURTO PRAZO, para o ano de 2020: 1) AUTOAVALIAÇÃO
SISTEMÁTICA – O Colegiado da PG realiza desde 2018, no mês de fevereiro de cada ano, um Seminário
destinado a avaliar os rumos do programa com a participação de docentes, representante da Direção da
EPSJV e representantes discentes. Em fevereiro de 2020 foi realizado, assim, o III Seminário da Pós-
Graduação que teve como eixo central de trabalho debater e estabelecer processo sistemático de
planejamento e avaliação do programa. A Comissão de Autoavaliação, conformada como Comissão
Permanente do Colegiado em meados de 2019, apresentou seu trabalho e suas propostas que estiveram
na base das definições alcançadas. Foram definidas duas metas principais para 2020, com base nas
avaliações anteriores: a) Aumentar a produção bibliográfica e técnica de docentes e discentes, e b)
fortalecer a organicidade do Mestrado. 2) AUMENTO DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA E TÈCNICA DE
DOCENTES – Embora ao longo dos últimos anos tenhamos alcançado um patamar de produções técnicas
e bibliográficas razoável e com uma leve tendência ao crescimento entre os docentes do programa,
verificamos que ainda existe desigualdade no ritmo e na intensidade dessa produção entre os mesmos,
atribuível em parte as diferenças de formação, área de atuação, inserção institucional, assim como a
própria experiência docente, diferente entre pesquisadores seniores e recém doutores. De outro lado,
verificamos também que experiências de planejamento institucional podem contribuir para reforçar
processos de trabalho conjunto, de solidariedade intergeracional e de sistematicidade da divulgação do
trabalho realizado, seja no âmbito dos processos de pesquisa como da atuação concreta em processos de
docência e cooperação interinstitucional. Assim, para apoiar e fortalecer coletivamente esse processo foi
instituído um planejamento docente anual entre os docentes da PG, no qual cada um deverá indicar em
dezembro de cada ano, as atividades previstas para o ano seguinte, tais como disciplinas que pretende
ministrar; número de orientações em curso e em aberto; produção técnica e bibliográfica, participação em
comissões da PG e pesquisas em desenvolvimento. Esse instrumento visa, além de proporcionar maior
transparência ao trabalho desenvolvido, oferecer informações para a tomada de decisões coletivas sobre
os rumos da PG. 3) AUMENTO DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA E TÉCNICA DE DISCENTES –
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Planejamento Futuro
Planejamento Futuro
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Verificamos, também ao longo dos últimos anos, um incremento ainda incipiente da produção discente, em
que pese a relevância das dissertações produzidas para a análise de problemas reais na educação e na
saúde, contribuindo, muitas vezes através de diagnósticos e propostas concretas, para a sua solução. Isso
ficou particularmente evidente nas dissertações das turmas formadas por docentes e gestores da
RETSUS. Em diálogo com os discentes, algumas atividades foram definidas para alavancar essa
produção. Destacamos, principalmente, a oferta regular de disciplinas ou atividade voltada para a
produção textual; abertura sistemática e incentivo à participação discente nos grupos de pesquisa em
funcionamento na EPSJV, com possibilidade de reconhecimento de créditos no desenvolvimento
registrado de atividades de pesquisa; incentivo à produção conjunta entre docentes e discentes; apoio ao
desenvolvimento regular do Seminário Discente, atividade anual iniciada em 2018, como espaço de
intercâmbio e debate qualificado da produção dos mestrandos, em diálogo com outros trabalhadores da
EPSJV, de discentes de outros cursos da escola (de estudantes do ensino médio, da EJA, das atividades
de iniciação científica, dos cursos de especialização técnica, de aperfeiçoamento, de especialização lato
sensu, etc), de professores e pós-graduandos de outros programas da Fiocruz, e de outros programas na
cidade. 4) REVISÃO DAS LINHAS DE PESQUISA – As linhas de pesquisa da PG tinham se mantido as
mesmas desde sua primeira turma em 2008 e constituíam um recorte particular das linhas de pesquisa da
EPSJV. Ao longo desses doze anos houve uma transformação substantiva do panorama de pesquisa na
escola e, também, na PG. Grupos e equipes de pesquisa se conformaram e consolidaram, diversificando
objetos e abordagens teórico-metodológicas sem, entretanto, perder o eixo central do trabalho da escola
qual seja: a formação dos trabalhadores da saúde pensados na interface com o mundo do trabalho. Ao
longo desse tempo, a recomposição permanente da equipe docente nos sucessivos processos de
credenciamento e recredenciamento permitiu incorporar parte dessa transformação junto com a
incorporação de jovens doutores que foram, assim, consolidando sua trajetória de pesquisa. Em 2014, em
processo participativo amplo, a EPSJV debateu e redefiniu suas linhas de pesquisa, extinguindo algumas
e criando novas a partir de experiências em consolidação. Esse processo alavancou a criação de novos
Grupos de Pesquisa e estabeleceu procedimentos institucionais para a revisão periódica dos mesmos.
Das três linhas de pesquisa da PG (Políticas Públicas, Planejamento e Gestão do Trabalho, da Educação
e da Saúde; Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e Concepções e Práticas na Formação dos
Trabalhadores de Saúde), a linha Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde foi extinta na EPSJV em
2014, por considerar que ela fazia parte da linha de Políticas Públicas. Entretanto, a PG continuou a
manter as três linhas de pesquisa até fevereiro de 2020, quando a Coordenação propôs acompanhar a
decisão da EPSJV, o que foi aprovado pelo Colegiado. As duas linhas de pesquisa vigentes hoje foram, ao
mesmo tempo, avaliadas como excessivamente abrangentes tanto pelo Colegiado quanto em diálogo com
discentes e egressos, em Oficina específica já relatada. Nesse sentido, o Colegiado instituiu comissão
específica para avaliar o tema e elaborar uma proposta a ser debatida ao longo do segundo semestre de
2020. Os trabalhos dessa Comissão e os debates correspondentes poderão implicar em alterações nas
linhas de pesquisa do programa em 2021, visando dar maior organicidade aos diversos aspectos que
compõem o projeto do Mestrado Profissional. 5) REVISÃO DO FORMATO DO TRABALHO FINAL DO
MESTRADO – Segundo o Regulamento da PG, “O Mestrado Profissional conclui-se com uma dissertacao,
na qual se demonstra o dominio do objeto de estudo pelo aluno, bem como a capacidade de planejamento
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e execucao de uma pesquisa que resulte em um produto que contribua para a melhoria da educacao
profissional em saude.” Entretanto, o formato dissertação não é o único permitido no âmbito dos
mestrados profissionais, existindo outros formatos igualmente compatíveis para atingir os objetivos do
Programa, propostos no Regulamento. A discussão sobre o trabalho final é recorrente no âmbito do
Colegiado e vem sendo tematizado sistematicamente por alguns discentes. No intuito de aprofundar essa
reflexão, o Colegiado instituiu outra comissão específica para avaliar o tema e elaborar uma proposta a ser
debatida também ao longo do segundo semestre de 2020. Os trabalhos dessa Comissão e os debates
correspondentes poderão implicar, da mesma forma que no caso anterior, em alterações no formato do
trabalho final do mestrado em 2021, visando dar maior organicidade aos diversos aspectos que compõem
o projeto do Mestrado Profissional. 6) AÇÕES PERMANENTES DE AUTOAVALIAÇÃO – Como parte do
processo de implementação de uma autoavaliação sistemática, a Comissão de Autoavaliação desenvolveu
uma série de instrumentos e ações permanentes a serem implementadas no intuito de gerar informações
mais qualificadas para a tomada de decisões, desenvolvimento de planejamento e avaliação permanente.
Esses instrumentos e ações foram apresentados ao Colegiado, debatidos e aprovados para
implementação imediata, ainda no ano de 2020. São eles: a) aplicação de formulário específico para
avaliação das disciplinas por parte do corpo discente ao final de cada uma delas; b) aplicação de
formulário de parecer avaliativo da dissertação específico para cada tipo de membro da banca (membro
interno e membro externo), que permita complementar as avaliações formuladas nos pareceres das atas
de defesa; c) aplicação de formulário de avaliação discente do mestrado em seus diversos aspectos no
final de cada ano letivo; d) implementação de processo de acompanhamento permanente do trabalho
discente de elaboração de dissertação através de relatório semestral de orientação, elaborado pelo
docente-orientador; e) realização de reunião anual da Coordenação da PG, junto dos membros da
Comissão de Autoavaliação, com o corpo discente para debater os entraves e os rumos da PG; f)
Manutenção da realização do Seminário Anual da PG, incorporada como atividade regular de três dias no
mês de fevereiro de cada ano. Essas novas ações permanentes de autoavaliação se somam a outras já
consolidadas, como o trabalho de acompanhamento de egressos, dos mestrandos em curso e do perfil
dos candidatos ao mestrado que vem sendo desenvolvido, desde 2017. Da mesma forma pode-se
mencionar o programa permanente de bolsas da PG, instituído em 2017, com recursos próprios, que
mantém atualmente 8 bolsas de estudos destinadas aos discentes. A Comissão de Bolsas, integrada por
docentes e representantes discentes, tem se orientado na concessão do benefício pelo duplo critério de
desempenho acadêmico e condições socioeconômicas dos candidatos. Por fim, cabe destacar o trabalho
permanente de acompanhamento dos docentes que vem sendo realizado pela Comissão de
Credenciamento e Recredenciamento, que monitora regularmente os critérios estabelecidos pelo
Colegiado, reforçados pela implementação do planejamento docente anual, e avalia a necessidade de
implementação de novos credenciamentos.
PLANEJAMENTO FUTURO DE MÉDIO PRAZO – 1) IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE ESTUDOS DA
PG – Em oficina realizada pela Comissão de Auto-avaliação junto do corpo discente e com participação de
egressos, já relatada, surgiu a proposta de implantação de um Centro de Estudos da PG, à imagem de
outros programas da própria Fiocruz, como espaço de troca permanente de experiências e conhecimentos
entre pesquisadores e estudantes, sobre temas relacionados, de maneira ampla, à educação profissional
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em saúde. A proposta é no sentido de que o Centro de Estudos se constitua em componente estratégico
da formação, como espaço de debate e consolidação de reflexões que contribuam para o balizamento do
área de concentração do programa, nas suas diversas dimensões. Tendo sido tal proposta referendada
pelo Colegiado, foi instituído um grupo de trabalho para desenvolver a proposta de uma primeira sessão
experimental para poder aprimorar a proposta e avaliar sua viabilidade. Essa sessão experimental
aconteceria ainda em 2020, e o amadurecimento da proposta seria retomado posteriormente. 2) REVISÃO
DO REGULAMENTO DA PÓS-GRADUAÇÃO - Os sucessivos Seminários da PG já haviam indicado a
necessidade de uma revisão do Regulamento da Pós-Graduação considerando que o mesmo fora objeto
de pequenas modificações, mas que persistia a necessidade de uma atualização mais ampla. A revisão
curricular realizada, a implantação de uma auto-avaliação sistemática da PG assim como a revisão das
linhas de pesquisa e do formato do trabalho final do mestrado, implicam em ajustes no Regulamento de
modo que se torna necessária a revisão profunda desse instrumento regulatório fundamental para o
trabalho da PG. Enquanto isso, os novos procedimentos vêm sendo incorporados na forma de resoluções
que complementam ou modificam o Regulamento vigente. 3) ESTUDO DAS DISSERTAÇÕES JÁ
DEFENDIDAS – Embora uma análise muito preliminar tenha sido elaborada por Mônica Vieira, docente
da PG, para compor este relatório, considera-se que um estudo mais aprofundado proporcionará uma
visão mais clara da distribuição da produção pelas linhas de pesquisa, dos temas mais abordados e de
questões emergentes assim como dos principais referenciais teóricos das pesquisas. Com isso o
programa terá à sua disposição um conjunto de elementos fundamentais para orientar a reflexão e
avaliação do trabalho desenvolvido pelo programa e dados que orientem a oferta e organização das
disciplinas e outras atividades acadêmicas, contribuindo com o fortalecimento da organicidade do
Programa. 4) SISTEMATIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DO CURSO DE EDUCAÇÃO E AGROECOLOGIA –
Docentes da PG têm realizado trabalhos de sistematização de experiências docentes desenvolvidas com a
participação de professores do programa. Em 2018 foi publicado o livro “Hegemonia burguesa na
educação pública: problematizações no curso TEMS (EPSJV/PRONERA)”, organizado por Virgínia Fontes
e Anakeila Stauffer, docentes do programa, e por Caroline Bahniuk e Maria Cristina Vargas,
r e p r e s e n t a n t e s d o s m o v i m e n t o s s o c i a i s . O l i v r o e s t á a c e s s í v e l e m
http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/tems_site.pdf . Encontra-se em processo de finalização
(prevista a publicação no primeiro semestre de 2020) livro que descreve e analisa a experiência do Curso
de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde no Uruguai, resultado de trabalho
articulado pela Coordenação de Cooperação Internacional da EPSJV em colaboração com o Centro
Universitario de Paysandú-CUP (Uruguai), integrante da Universidad de la República del Uruguay –
UDELAR. O registro e análise dessas experiências, construídas para atender setores e segmentos
específicos, busca contribuir para a elaboração de propostas que respondam a novas necessidades
educativas. Neste sentido, a sistematização do Curso de Educação e Agroecologia se inscreve no mesmo
esforço de docentes da PG de articular a pesquisa e a prática docente com o registro e sistematização de
experiências inovadoras.
PLANEJAMENTO FUTURO DE LONGO PRAZO – 1) ELABORAÇÃO DE NOVA PÁGINA DO
PROGRAMA E TRADUÇÃO DA MESMA PARA O INGLÊS E ESPANHOL. A página do programa não tem
sido devidamente atualizada, o que limita a sua funcionalidade. Estudo começará a ser feito para avaliar a
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viabilidade de construção de nova página do programa, mais dinâmica e funcional de acordo com as
necessidades do corpo docente, discente e do conjunto da sociedade. Ainda sobre a página do programa,
compreende-se também que a versão espanhola, em particular, seria um passo importante – e simbólico -
para melhorar o contato com os países latino-americanos com os quais o Programa já mantém
cooperação e assessoria. Entretanto, essa iniciativa ainda depende da disponibilidade de recursos da
Fiocruz/EPSJV, apesar de já ter sido objeto de levantamento preliminar.
A maior parte do presente relatório foi construída em período anterior à emergência sanitária deflagrada
pela pandemia de covid-19. Entretanto, algumas tarefas finais da coleta de informações se viram
prejudicadas pelas medidas de distanciamento social e as novas rotinas de trabalho remoto. Conseguimos
superar a maior parte das dificuldades e acreditamos que o impacto da perda dessas informações é
pequeno. Mas não será assim com o planejamento futuro do programa, desenhado de maneira colegiada
e expresso na última parte deste relatório. Muitas das atividades previstas para serem desenvolvidas no
curto e médio prazo já estão sendo drasticamente modificadas pelo novo cenário sanitário e social que
atravessa a vida de discentes, docentes e egressos. Temos procurado acompanhar, através de diversos
instrumentos, essas novas determinações e seus efeitos concretos nas condições de funcionamento do
mestrado profissional para continuar a pensar o futuro do nosso programa. As consequências desse novo
cenário e as incertezas que ele nos coloca certamente ficarão expressas no próximo relatório, o último do
quadriênio.
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Outras Informações
Dados Adicionais
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