regulação 2.0, peer-to-peer e a economia do compartilhamento
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Regulação 2.0,
Peer-to-Peer, e
a Economia da
ColaboraçãoRuy J.G.B. de Queiroz
A Internet como Plataforma de
Desenvolvimento de Negócios
Significativas “disrupções” tecnológicas já acontecem, e
muitas ainda serão catalisadas pela evolução da
Computação em Nuvem.
Essas disrupções vão se tornar cada vez mais frequentes
e profundas, criando oportunidades não apenas para
reformular a própria indústria da tecnologia, mas todas as
arquiteturas institucionais e práticas de gerenciamento
numa gama cada vez mais ampla de outras indústrias.
Novo Ecossistema
É marcante a diminuição do nível de investimento mínimo
necessário para se criar uma empresa no setor de web
para o consumidor, caindo do patamar de milhões para
centenas de milhares de dólares.
Os recursos e o material necessários para experimentar
com um novo serviço de alcance global se tornaram
gratuitos ou de baixo custo, sem falar na comoditização
da tecnologia.
O surgimento dos novos serviços de combinação com
outros serviços já existentes que já propiciam excelente
valor na nuvem através de features, dados, efeitos de
rede, e API’s.
Fatores de Alavancagem
(i) os sistemas aplicativos podem ser hospedados “na
nuvem” em servidores da Amazon, da Google, ou mesmo da
Rackspace, da Salesforce, etc.;
(ii) os esforços de relações públicas podem ser alavancados
com ajuda de Twitter e Facebook; e, não menos importante,
(iii) as estratégias de vendas e de formação de uma carteira
de clientes têm o suporte de plataformas de “software como
serviço” e “infraestrutura como serviço”.
O Ambiente “Aberto” da
Internet
Ninguém precisa de permissão de outrem para fazer algo
Provedores tem servido de portas para o mundo da
Internet, mas não têm agido como porteiros
Essa abertura tem permitido que a Internet sirva de meio
de transformação radical de diversas indústrias, desde a
entrega de alimentos até a indústria financeira, tudo isso
por ter diminuído a barreira de entrada
Manter um negócio na rede
Como destacou recentemente Marc
Andreessen, co-fundador da Netscape e
capitalista de ventura, o custo de se manter
uma aplicação básica de Internet caiu de
US$150.000 por mês em 2000 para
US$1.500 por mês em 2011. E continua a
cair.
Impacto Econômico
A Internet é apenas a mais recente e
talvez a mais impressionante daquilo
que os economistas chamam de
"tecnologias de uso geral," desde o
motor a vapor até a rede elétrica, as
quais, desde o seu início, tiveram um
impacto massivamente desproporcional
sobre a inovação e o crescimento
econômico.
Geração de Riqueza
Em um relatório de 2012, o Boston Consulting Group
constatou que a economia da Internet representou 4,1%
(cerca de 2,3 trilhões) do PIB nos países do G-20 em
2010. Se a Internet fosse uma economia nacional, o
relatório observou, estaria entre as cinco maiores do
mundo, à frente da Alemanha.
E um relatório de 2013 da Fundação Kauffman mostrou
que nas três décadas anteriores, o setor de alta
tecnologia teve 23% mais chances, e do setor de
tecnologia da informação 48%, de dar origem a novas
empresas do que o setor privado em geral.
AirBnB
(hospedagem)
Fundada em 2008 por
Nathan Blecharczyk, Joe
Gebbia e Brian Chesky
Levantou mais de US$794
milhões em investimento
Avaliada em US$10 Bi
1324 funcionários
Contém mais de 500.000
anúncios em 34.000
cidades e 192 países.
Lyft
Fundada em 2007, porMarcus Cohn, Logan Green, Matt Von Horn e John Zimmer
Compartilhamento de carona
Começou como Zimride, mudou para Lyft emMaio/2013
Levantou US$332 milhões em investimento
Hailo
Fundada em 2010, por
Ron Zeghibe, Russell Hall
e Gary Jackson
Plataforma de serviço de
chamada de táxi
Vendas anualizadas
chegam a US$100 milhões
Levantou US$77 milhões
em investimento. (Mais
recente: US$26 milhões
em Jan/2014)
Taskrabbit
Fundada em 2008, por
Leah Busque
Plataforma conectando
quem precisa de
serviços com quem
precisa de trabalho
Levantou US$37
milhões
Homejoy
Fundada em Jul/2012
pelos irmãos Aaron
Cheung e Adora Cheung
Plataforma conectando
quem precisa de
serviços de limpeza com
quem precisa de
trabalho
Levantou US$39,7
milhões
Uber
Fundada em Mar/2009 porGarrett Camp e Travis Kalanick
Levantou US$1,5 Bi (Maisrecente: US$1,2 Bi emJun/14)
Plataforma conectandoquem desejacarro+motorista com motoristas
822 empregados
Em Jul/2014 tem valor de mercado da ordem de US$18 bilhões
Snapdeal
Fundada em Fev/2010 por
Kunal Bahl e Rohit Bansal
Levantou US$1,1 Bi (Mais
recente: US$627 mi em
27/Out/14)
Plataforma de comércio
eletrIonico
Mais de 1000 empregados
Número 1 em sites de e-
commerce na Índia
Kickstarter
Fundada em Abr/2009 porCharles Adler, Yancey Strickler e Perry Chen
Plataforma paracampanhas de financiamento paraprojetos criativos
Levantou US$10 milhões
Em Out/2014, 184 mil projetos, US$1,3 bi no total, US$1,17 bi com sucesso, 72 mil projetosfinanciados, 6.700 ativos, 40,6% de sucesso.
Indiegogo
Fundada em Abr/2009 por
Slava Rubin
Plataforma para
campanhas de
financiamento para
projetos criativos
Levantou mais de US$56
milhões
Em Out/2014, 224 países
têm projetos financiados
pela Indiegogo, 47% de
sucesso
Lending Club
Fundada em 2007, porRenaud Laplanche
Plataforma para oferta e tomada de empréstimo emdinheiro peer-to-peer
Levantou mais de US$392 milhões. Última rodada: US$65 milhões em Abr/14
Até Dez/2013, mais de US$3 Bi foramemprestados, e cerca de US$300 milhões em jurosforam pagos
Zopa
Fundada em 2005, por
Giles Andrews
Plataforma para oferta e
tomada de empréstimo em
dinheiro peer-to-peer
Levantou mais de US$56
milhões. Última rodada:
US$22 milhões em Jan/14
Um dos 3 primeiros
membros da Peer-to-Peer
Finance Association (UK)
Peer-to-Peer
Computação ou Rede Peer-to-peer (P2P) é uma
arquitetura de aplicações distribuída que particiona
tarefas ou cargas de trabalho entre pares. Peers são
igualmente privilegiados, participantes equipotentes na
aplicação.
Os pares são, ao mesmo tempo, os fornecedores e
consumidores de recursos, em contraste com o modelo
tradicional cliente-servidor em que o consumo e o
suprimento de recursos são divididos.
Peer-to-Peer
Embora sistemas P2P já tenham sido usados em muitos
domínios de aplicação, a arquitetura foi popularizada pelo
sistema de compartilhamento de arquivos Napster,
originalmente lançado em 1999.
O conceito tem inspirado novas estruturas e filosofias em
muitas áreas de interação humana. Em tais contextos
sociais, peer-to-peer como um meme refere-se à rede
social igualitária que surgiu em toda a sociedade,
viabilizada por tecnologias de Internet em geral.
Fred Wilson
Investidor e Blogueiro, NY
“À medida que mais e
mais dos dados sobre o
que acontece em nosso
mundo torna-se
disponível através de
estruturas de
organização em rede,
seremos capazes de
regular muito mais
levemente, reduzindo
assim o custo e o peso
do governo e permitindo
que a inovação
prospere.”
Fred Wilson
e Inovação
"O paradigma regulatório atual é: se você quiser fazer
alguma coisa nova você deve primeiro ir aos reguladores
e obter permissão para fazê-la. Apenas depois de lhe ser
concedida a permissão, você pode fazê-la. Gostaríamos
de mudar o paradigma para 'você pode fazê-la sem obter
permissão de ninguém, desde que você faça tais e tais
coisas'. E aí então, deixar o mercado adotá-la. Uma vez
que o mercado a tenha adotado por um tempo, então
regulamentá-la uma vez que tenhamos uma idéia sobre
quais são os bons e os maus aspectos dessa coisa nova."
Regulação 2.0
“Regulação 2.0 é um arcabouço no qual que temos
trabalhado com um monte de outras pessoas que estão
repensando o que o governo significa em um mundo
conectado.
No mundo da Regulação 1.0 (no qual estamos agora) é
necessário que reguladores lhe dêem permissão para
fazer as coisas.”
Regulação 2.0
“Em um mundo Regulação 2.0, desde que você relate de
forma aberta e transparente sobre o que você está
fazendo para o governo e todos os outros, você é livre
para inovar e operar.
Mas você é responsável por se fazer cumpridor das
regras que são definidas pelos reguladores, e os dados
que informam sobre suas ações serão medidos conforme
essas regras.”
“Uber segue expansão apesar
de críticas” Globo.com,
01/10/14“Apesar de causar indignação de taxistas ao redor do mundo e ser vítima de uma caçada política - comoafirmou recentemente Travis Kalanick, criador do Uber -, o aplicativo de transporte de passageiros segue suaexpansão. Em setembro, a startup iniciou suas operaçõesem Anchorage, a cidade mais populosa do Alasca, Des Moines, no estado de Iowa, em Nova Orleans, naLuisiana (todas nos Estados Unidos), Genebra, na Suíça, e em alguns municípios franceses - Nice, Bordeaux e Toulouse.”
“A startup também lançou seus serviços em Belo Horizonte, Minas Gerais, depois de já ter desembarcado -no Brasil - em São Paulo e no Rio de Janeiro.”
“The rise of the sharing
economy” LA Times, 25/4/14
“Airbnb deve a sua ascensão meteórica a um fenômenonovo - próximo de zero o custo marginal - que estáprejudicando setores inteiros da economia global e dandoorigem a um novo sistema econômico operando ao ladodo mercado convencional. O custo marginal é o custo de produção de uma unidade adicional de um bem ouserviço uma vez que uma empresa tem seus custos fixosjá determinados, e para empresas como a Airbnb, essecusto é extremamente baixo.”
“Uma pesquisa recente mostrou que, só em Nova York, os 416.000 hóspedes da Airbnb que ficaram emapartamentos e casas, entre meados de 2012 e meadosde 2013 custaram à indústria hoteleira de New York 1 milhão de pernoites.
Compartilhamento de
Bicicletas
(LA Times, Abr/2014)Serviços de compartilhamento de bicicletas sem fins
lucrativos são um bom exemplo da nova economia de
compartilhamento. Cerca de 132 milhões de bicicletas
foram vendidas em todo o mundo em 2012, com receitas
superiores a US $ 33 bilhões. Mas agora, um número
crescente de jovens estão decidindo que eles não
precisam possuir bicicletas; eles ficam satisfeitos com ter
acesso às bicicletas compartilhadas, e pagar apenas pelo
tempo que usá-las. À medida em que essa geração muda
de posse de bicicleta para serviços de compartilhamento
de bicicletas, as receitas tendem a cair na indústria de
fabricação de bicicletas, pois mais pessoas estarão
compartilhando menos bicicletas .
Economia do
Compartilhamento
A economia do compartilhamento (às vezes também chamada
de economia peer-to-peer, malha, economia colaborativa,
consumo colaborativo) é um sistema sócio-econômico
construído em torno da partilha de recursos humanos e físicos.
Inclui a criação, produção, distribuição, comércio compartilhado
e consumo de bens e serviços por pessoas e organizações
diferentes. Estes sistemas têm uma variedade de formas,
muitas vezes aproveitando a tecnologia da informação para
capacitar os indivíduos, empresas, organizações sem fins
lucrativos e do governo com informação que permite a
distribuição, compartilhamento e reutilização de excesso de
capacidade em bens e serviços.
Economia do
Compartilhamento
Valor global (2013): US$26 bilhões
Baseado na confiança, na transparência e na conexão
humana
Utiliza o excesso de capacidade
Permite que pessoas comuns seja micro-
empreendedores
Empodera o indivíduo e democratiza a economia
“Is Sharing the New Buying?”
(Nielsen, Maio/2014)
“De ferramentas elétricas às bicicletas, aos eletrônicos e até mesmo carros, pessoas ao redor do mundo estãoaproveitando a capacidade ociosa das coisas que jápossuem ou serviços que podem fornecer para obter um lucro. Bem-vindo à economia de compartilhamento, também conhecida como consumo colaborativo e arranjos peer- to-peer de arrendamento.”
“Para medir o apetite para a participação emcomunidades de compartilhamento ao redor do mundo, a Nielsen entrevistou mais de 30 mil internautas em 60 países para identificar quem está se juntando, para quaisprodutos e serviços, e onde.”
Pesquisa da Nielsen:
“O que as pessoas compartilharão?”
Eletrônicos: 28%
Aulas/Serviços: 26%
Bicicleta: 22%
Roupa: 22%
Ferramenta elétrica: 23%
Ferramenta caseira: 22%
Consumo Colaborativo
no Brasil
“Consumo Colaborativo,
a nova Economia para
um mundo melhor e
mais sustentável!.”
http://www.consumocola
borativo.cc/
Novo Capital:
Confiança
Startups como Airbnb e Uber não dizem
respeito apenas a facilitar uma transação,
mas sim a facilitar a confiança para permitir
uma transação.
Elas têm sistemas de reputação dos dois
lados para remover maus atores, e para
fornecer informações para ambas as partes
tornando mais fácil fazer uma transação.
Nick Grossman
(Investidor em aplicativos
sociais)“À medida em que mais
e mais de nossas
atividades, online e no
mundo real, são
mediadas por terceiros
(telecom, internet e
aplicativos), eles
acabam se tornando os
condutores de nossos
discursos e nossas
informações.”
Confiança
“It is trust, more than money, that makes the world go
round.” — Joseph Stiglitz, In No One We Trust (New York
Times, 21/12/2013)
A Web e as tecnologias móveis estão nos dando a
oportunidade de experimentar com a forma como nos
organizamos, para o trabalho, para o lazer e para a
comunidade. E nessa experimentação, existem muitas e
muitas escolhas a serem feitas sobre as regras de
engajamento.
Organização em Redes
Descentralizadas
Tudo isso é parte de uma mudança mais ampla: das
hierarquias burocráticas às redes descentralizadas.
O modelo em rede de organização é fundamentalmente
transformador em todos os setores e indústrias.
E isso traz consigo grandes oportunidades, além de
revelar um enorme potencial para resolver certos
problemas que pareciam estar bem além de nossa
capacidade de resolver.
Confiança e o
Capital de Reputação
Para realizar isso, a primeira coisa que
precisamos fazer é arquitetar um
sistema de confiança - que atenda às
necessidades da comunidade, passe
segurança, e leve em conta os
equilíbrios entre os vários riscos, as
oportunidades, os direitos e as
responsabilidades.
Arquitetura de Confiança
Inicialmente, isso significou descobrir como fazer com queos pares na rede tivessem confiança uns nos outros
Mais recentemente, o foco tem se concentrado naconstrução de confiança com o público especialmente no contexto da regulação, na medida em que os serviçospeer-to-peer cada vez mais têm interseção com o mundoreal
Uma terceira dimensão parece estar emergindo: confiança com a plataforma: na medida em que mais e mais de nossas atividades passam a ser mediadas porplataformas online e móveis, é preciso que essasplataformas assegurem que estão agindo de boa fé e com base em políticas justas.
Moeda da Nova Economia:
Confiança
“No século XXI, as
novas redes de
confiança, e o capital de
reputação que geram,
vão reinventar a forma
como pensamos sobre a
riqueza, os mercados, o
poder e a identidade
pessoal, de uma forma
que ainda não podemos
sequer imaginar”
(Rachel Botsman, 2012)
Confiança Computacional
Impulsionada pelas mudanças trazidas pela tecnologia,
transações que antigamente não eram confiáveis estão
mais fáceis de conduzir do que nunca.
Mais do que qualquer outra mudança social impulsionada
por startups, a invenção de uma infra-estrutura “não-
confiante” é uma das mais notáveis na história da
internet.
Exemplo de destaque: Bitcoin e criptomoedas
Dinheiro Digital e
o Conceito de Criptomoeda
“A Era da Internet finalmente nos trouxe um novo
fenômeno conhecido como criptomoeda. Satoshi
Nakamoto introduziu seu trabalho inovador Bitcoin para o
mundo em 2009, marcando o alvorecer de uma nova era
na história financeira da civilização humana.”
“Uma criptomoeda é um meio de troca concebido em
torno de trocar informações de forma segura que é um
processo viabilizado por meio de certos princípios da
criptografia.”
“Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash
System”
(bitcoin.org, 2008)
“Uma versão puramente peer-to-peer de dinheiroeletrônico permitiria que pagamentos online fossemenviados diretamente de uma parte a outra sem passarpor uma instituição financeira.
Assinaturas digitais propiciam parte da solução, mas osprincipais benefícios são perdidos se uma terceira parte confiável ainda for necessária para evitar o duplo-gasto.
Propomos uma solução ao problema do duplo-gastousando uma rede peer-to-peer.”
Publicado inicialmente na “The Cryptography Mailing list” em metzdowd.com
Marcos Tecnológicos
Nome Ano Criador Inovações
RSA 1977 Ron Rivest public key cryptography
Pr.Gen. Biz. 1982 Leslie Lamport mensagens inforjáveis
ecash 1993 David Chaum pagto anônimo na Internet
e-gold 1996 Douglas Jackson pagto em ouro digital
hashcash 1997 Adam Back anti-spam proof-of-work
Napster 1999 Shawn Fanning peer-to-peer file sharing
Tor 2002 Roger Dingledine rede de anonimização
Second life 2003 Philip Rosedale moeda e econ. virtual
rpow 2004 Hal Finney proof-of-work token money
“Why Bitcoin Matters”
Marc Andreessen, NYT
Jan/2014“Uma misteriosa nova tecnologia emerge, aparentemente
do nada, mas na realidade como resultado de duas
décadas de intensa pesquisa e desenvolvimento por
pesquisadores quase anônimos.
Idealistas políticos projetam sobre ela visões de liberação
e revolução; elites do establishment revelam desprezo e
descaso sobre ela.
Por outro lado, tecnologistas – nerds – ficam fascinados
por ela. Eles vêem nela um enorme potencial e passam
noites e finais de semana mexendo com ela.”
“Why Bitcoin Matters”
Marc Andreessen, NYT
Jan/2014“Em algum momento no futuro produtos mainstream,
empresas e indústrias emergem para comercializá-la;
seus efeitos se tornam profundos; e mais tarde, muitas
pessoas se perguntam por que sua grande promessa não
estava mais óbvia desde o início.
De que tecnologia estou falando? Computador pessoal
em 1975, a Internet em 1993, e – acredito – Bitcoin em
2014.”
“Why Bitcoin Matters”
Marc Andreessen, NYT, 2014
“Bitcoin no seu nível mais fundamental é um grande
avanço em ciência da computação – um avanço que
resulta de 20 anos de pesquisa em moeda criptográfica, e
40 anos de pesquisa em criptografia, por milhares de
pesquisadores em todo o mundo.”
“Bitcoin é a primeira solução prática de um problema em
aberto em ciência da computação chamado de Problema
dos Generais Bizantinos.”
Problema dos
Generais Bizantinos
“[Imagine] um grupo de generais do Exército Bizantino
acampados com suas tropas em torno de uma cidade
inimiga. Comunicando-se apenas por mensageiros, os
generais têm que chegar a um acordo sobre um plano
comum de ataque. Entretanto, um ou mais deles podem
ser traidores que tentarão confundir os outros. O
problema é encontrar um algoritmo para garantir que os
generais leais vão chegar a um acordo.” (Lamport,
Shostak & Pease, Journal of the ACM 1982)
Lamport, Shostak & Pease
1982
“Mostramos que, usando apenas mensagens orais, esse
problema é resolvido se e somente se mais de 2/3 dos
generais forem leais; portanto, um único traidor pode
confundir 2 generais leais.
Com mensagens secretas inforjáveis, o problema é
solúvel para qualquer número de generais e possíveis
traidores.”
Bitcoin
Moeda global (abrev. BTC)
Bem diferente de moedas fiduciárias
Circula desde Janeiro de 2009
Não é emitida por nenhuma entidade
Peer-to-peer / descentralizada
Negociada pela internet
O protocolo é de código aberto
Até certo ponto anônima
Protegida por encriptação forte (criptoMoeda)
(traduzido/adaptado de slide by J.Coman)
O Mecanismo Básico
As transações são publicadas na rede P2P Bitcoin
Os mineradores (computadores) competem para resolver um problema do tipo“prova-de-trabalho” em média a cada 10 minutos
O minerador que vence publica um resumo das transações recentes em um bloco
Os mineradores são premiados com novas moedas por terem publicado um blocoválido
Os blocos são encadeados a blocos anteriores, criando assim uma “cadeia de blocos” (“block chain”)
O valor de cada conta fica evidente no blockchain
Espera-se que todos tenham acesso ao blockchain
(traduzido/adaptado de slide by J.Coman)
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