reforma da previdÊncia - ltsa advogados · 2019-08-20 · reforma da previdência, que estabelece,...

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REFORMA DAPREVIDÊNCIA

As principais mudanças da reforma até o 1º turno da votação na câmara

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No início de 2019, o governo apresentou a proposta da reforma da Previdência, que estabelece, dentre algumas mudanças, a idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens. Provavelmente, você tem ouvido falar sobre este assunto com frequência, afinal, as novas regras ainda estão sendo debatidas e votadas. Mas, mesmo com este tema em pauta, não é simples compreender todas as alterações indicadas. Por isso, desenvolvemos esta cartilha especial sobre as alterações no sistema previdenciário para que você compreenda o que pode mudar em sua aposentadoria daqui para frente. Nas próximas páginas, você verá as modificações na: Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria por idade Aposentadoria por invalidez Aposentadoria especial Pensão por morte

Introdução

Como é hoje:

Sem exigência de idade:

Mulher: 30 anos de contribuição Homem: 35 anos de contribuição Não há idade mínima, mas há aplicação do fator previdenciário;

Por pontos:

Mulher: idade + tempo de contribuição deve resultar em 86 pontos (2019) Homem: idade + tempo de contribuição deve resultar em 96 pontos (2019) É necessário ter contribuído por pelo menos 30 anos (mulher) e 35 anos (homem). Nesse sistema, a aplicação de fator previdenciário é facultativa.

Como será (de acordo com a proposta):

A aposentadoria por tempo de contribuição deixará de existir e valerá apenas a aposentadoria por idade.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Valor da aposentadoria

Como é hoje:

Sem exigência de idade: São contabilizadas as 80% maiores contribuições a partir de julho de 1994 e desprezadas as 20% menores. Faz-se a soma dos valores e divide-se pelo número de contribuições. Após, aplica-se o fator previdenciário (que terá valor variável, conforme tempo de contribuição e idade do segurado) e chega-se ao valor do benefício.

Por pontos: As contribuições são contabilizadas da mesma forma explicitada acima. Entretanto, nessa regra não há aplicação obrigatória de fator previdenciário, de modo que o valor do benefício será de 100% desta média. Como será (de acordo com a proposta): só será possível se aposentar por idade, cumprindo os prazos mínimos de 62 anos + 15 de contribuição para mulheres e 65 anos + 20 de contribuição para homens.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Regras de transição:

A regra de transição parte de um sistema de pontos a ser atingido pelo segurado, mediante soma da idade e tempo de contribuição, que se inicia em 86 pontos, para a mulher, até atingir 100 pontos; e 96 pontos, se homem, até atingir 105 pontos. O acréscimo se dá a cada ano, em um ponto, a partir de 1º de janeiro de 2020.

Baseada em atingir uma idade limite, independentemente do sistema de pontos, que parte de 56 anos, se mulher, e 61 anos, se homem, sendo acrescida a partir de 1º de janeiro de 2020, em 6 meses a cada ano, até alcançar 62 anos, se mulher, e 65, se homem.

Assegura a concessão de aposentadoria para o segurado que poderia se aposentar nos 2 anos seguintes à data de promulgação da Emenda Constitucional, logo, mulheres com 28 anos de contribuição e homens com 33, desde que cumpra período adicional de 50% de tempo de contribuição que faltaria para atingir 30 anos, se mulher, e 35 anos, se homem.

No caso do trabalhador da iniciativa privada, ele terá de pagar um pedágio de 100% sobre o tempo que falta hoje para se aposentar e ter, no mínimo, 57 anos e 30 de contribuição, no caso das mulheres, e 62 anos de idade e 35 de contribuição, caso dos homens.

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Férias

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Aposentadoria por idade

Como é hoje:

Mulher: 60 anos de idade Homem: 65 anos de idade Ambos devem ter 15 anos de contribuição

Como poderá ser:

Mulher: 62 anos de idade Homem: 65 anos de idade 20 anos de contribuição para homens e 15 para mulheres

Valor da aposentadoria:

Como é hoje: A média salarial é calculada com os 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994, excluindo os mais baixos. Depois, considera 70% da média salarial + 1% a cada ano de contribuição. A aplicação de fator previdenciário é facultativa. Como será (de acordo com a proposta): A média salarial será calculada considerando os salários de contribuição desde julho de 1994, incluindo os mais baixos. Todas as mulheres com 62 anos de idade +15 de contribuição e homens com 65 anos de idade +20 de contribuição terão direito a 60% da média, com aumento de 2% para cada ano após os 20 anos de contribuição. Para receber 100%, será preciso contribuir por 40 anos.

O texto também abre a possibilidade de descartar algumas contribuições, para quem adiar o pedido e não precisar desses pagamentos para completar o tempo mínimo de contribuição, contudo esses valores não poderão ser aproveitados no cálculo do valor renda, mesmo se for em outro regime, ou na contagem do tempo de contribuição.

Exemplificando:

Um trabalhador com 65 anos de idade e 20 anos de contribuição: Como é hoje: teria média salarial de R$2.240,90 e receberia 90% deste valor, ou seja, R$2.016,81. Como será com a reforma: teria média salarial de R$1.899,41 e receberia 60% deste valor, ou seja, R$1.139,65.

Regra de transição:

Para quem tem expectativa de acessar a aposentadoria por idade no RGPS, há uma regra de transição que mantém, inicialmente, o tempo de 15 anos de contribuição, mas que será acrescido em 6 meses a cada ano a partir de 1º de janeiro de 2020, até atingir 20 anos de contribuição. As idades mínimas são mantidas apenas para o sexo masculino, sendo de 65 anos, para o trabalhador urbano, e de 60 anos, para o rural. Para as mulheres as atuais idades mínimas de 60 anos, se do meio urbano, e 55 anos, se do meio rural, atingirão 62 e 60 anos, respectivamente, mediante acréscimo 6 meses a cada ano a partir de 1º de janeiro de 2020.

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Como é hoje:

O trabalhador aposentado por invalidez recebe 100% de sua média salarial, que é calculada com os 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994;

Como será (de acordo com a proposta): A média salarial será calculada considerando todos os salários de contribuição desde julho de 1994, o que reduz o valor quando comparado a maneira atual. Depois, serão considerados 60% desta média + 2% a cada ano que ultrapassar os 20 anos de contribuição. Só receberá 100% da média aqueles que estiverem aposentados por acidente de trabalho ou doenças profissionais e do trabalho.

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Aposentadoria por invalidez

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Como é hoje:

O benefício é devido à quem trabalha exposto a agentes nocivos que prejudiquem sua saúde ou integridade física. O tempo mínimo de contribuição varia entre 15, 20 ou 25 anos, dependendo da atividade profissional. O aposentado recebe 100% da média salarial, que é calculada com os 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994.

Como será (de acordo com a proposta):

Deixa de existir o conceito de integridade física e é vedada expressamente a exposição à periculosidade. Além disso, fala de efetiva exposição aos agentes nocivos, de forma até repetitiva, de modo que acredita-se que trabalhadores que utilizem EPIs não terão mais direito ao benefício. Além do tempo mínimo de contribuição, será preciso cumprir idade mínima de: Atividade especial de 15 anos: 55 anos de idade Atividade especial de 20 anos: 58 anos de idade Atividade especial de 25 anos: 60 anos de idade A PEC transfere à lei ordinária o modo como serão calculadas essas aposentadorias.

Aposentadoria especial

Regra de transição:

Para os trabalhadores cujas atividades sejam exercidas em condições prejudiciais à saúde mantém os parâmetros atuais de 15, 20 e 25 anos de contribuição, conforme o grau de nocividade à saúde, e acrescenta a exigência de pontos, baseado na somatória de idade e tempo de contribuição, a serem atingidos por esses trabalhadores. A pontuação inicial sofre progressão de um ponto a partir de 1º de janeiro de 2020. Assim:

Para atividade prejudicial que enseje aposentadoria aos 15 anos de efetiva exposição, exigência de 66 pontos, que progride para 81; Atividade que se enquadre na exigência de 20 anos de efetiva exposição, previsão de 76 pontos com progressão até 93 pontos; e Para as atividades de 25 anos de exposição, pontuação inicial de 86 pontos até atingir 99 pontos.

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Aposentadoria especial

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Cálculo da pensão por morte:

Como é hoje:

Se o segurado era aposentado: 100% do valor da aposentadoria, divididos entre os dependentes de mesmo grau; Como será (de acordo com a proposta):

60% do valor da aposentadoria + 10% para cada dependente adicional, limitada a 100% - exceto para dependentes inválidos ou com grave deficiência intelectual ou mental, que continuarão recebendo 100% do montante. A pensão poderá ser inferior ao salário mínimo, salvo na hipótese de se tratar da única fonte de renda do conjunto de beneficiários.

Pensão por morte

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Todas os segurados que não atingiram os requisitos para se aposentar, bem como aqueles que ainda não se inscreveram junto à Previdência até a entrada em vigor da Emenda Constitucional. Os já inscritos entrarão em regras de transição, que, por serem diversas, deverão ser avaliadas caso a caso para que seja aplicada a mais vantajosa ao segurado (procure um especialista). Quem é aposentado ou já tiver cumprido todos os requisitos para se aposentar tem direito adquirido, ou seja, não terá mudança em seus benefícios.

Quem entra na reforma?

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