projetos de aprendizagem. o desafio: como aplicar método interdisciplinar e tornar o estudo mais...

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Projetos de Aprendizagem

O desafio: Como aplicar método interdisciplinar e

tornar o estudo mais atraente?

Matéria publicada na Zero Hora do dia 24/04/2012, disponível emhttp://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/04/escolas-gauchas-discutem-como-aplicar-metodo-interdisciplinar-e-tornar-o-estudo-mais-atraente-3736969.html acessado em 27/04/2012.

Especialista Francisco Cordão declarou que

“[…] A ideia é que haja uma flexibilização dos currículos escolares, permitindo que as escolas encontrem formas de aproximar o conhecimento da vida dos estudantes.

— O Ensino Médio não está atendendo às expectativas dos alunos. O conhecimento não é estanque, é global, mas o nosso currículo ainda é estanque. Não existe um jovem padrão, são múltiplas situações que o professor e a escola têm de estar preparados para entender. O conteúdo é importante, mas não enquanto informação, e sim enquanto conhecimento internalizado pelo jovem. Não basta que ele tenha o conhecimento. Ele tem de ter condições de, ante os desafios diários da vida, articular esses conhecimentos e colocá-los em ação — explica Cordão.” (Zero Hora, 24/04/2004)

Novos modos de ensinar e aprender em

tempos de web 2.0

Aprendizagem em rede

Projetos de Aprendizagem                  Projetos de Ensino Planejamento realizado pelos alunos conjuntamente com o professor; 

Planejamento, metodologia e currículo formulado por uma proposta pedagógica vinda do docente; 

O projeto de aprendizagem é mais aberto do que o de ensino: questão da flexibilidade. 

O projeto de ensino é baseado na interpretação do que o docente/instituição acredita ser a necessidade do aluno; 

Parte da necessidade/interesse dos sujeitos-participantes; 

 

Professor-mediador;  Professor-direcionador/transmissor; 

Avaliação do processo de aprendizagem, de maneira colaborativa. O sujeito deve se autocriticar: reflexão sobre a aprendizagem;

Para avaliação importa o resultado: o conceito/nota, não necessariamente a aprendizagem; 

Organização baseada em questões/perguntas/situações-problema;

Organização baseada em uma temática/tema-base geral para todos; 

Aluno-participativo que define o problema, busca soluções e cria mais questões: construção e reconstrução; aluno-pesquisador. Base teórica: CONSTRUTIVISTA

Aluno-receptor/paciente aquele que recebe os conhecimentos; colocado em uma situação de passividade;  Base teórica: EMPIRISTA

 

Elementos da metodologia

Formulação da pergunta principal e das perguntas secundárias

Definição das certezas provisórias – O que sabemos?

Definição das dúvidas temporárias – O que queremos saber?

Como encontrar as respostas?

Próximo passo: criar o primeiro mapa

Processo de pesquisa

Esclarecimento de Dúvidas e Validação de Certezas em busca de

respostas para a Questão de Investigação

Coleta de Informações,

Coleta de Dados,

Entrevistas,

Enquetes etc,

Análise de Dados,

Elaboração de Sínteses (respostas com evidências e argumentos)

Elaboração e reelaboração de Mapas Conceituais

Registros/evidências

Notas: Discutidas em blogs Em diários de campo individuais Organizadas numa página/wiki da turma Construídas de forma colaborativa

Fotografias

Áudio

Vídeo

Definindo as formas de tornar públicos os resultados

Criando páginas na web, wikis ou blogs – permitindo visibilidade durante o processo e acompanhamento das interações

Simultaneamente é possível organizar sob a forma de relatório de pesquisa

Dicas para o acompanhamento

O Projeto de Aprendizagem está desenvolvendo-se em ambiente aberto às explorações e interações, onde os sujeitos têm oportunidade de alimentar seus interesses e curiosidades, efetuar escolhas e desenvolver experimentações?

Os projetos estão acontecendo ancorados em questões originadas nas vivências dos sujeitos?

Ele aponta para caminhos que levem a um rompimento com a fragmentação característica dos modelos de projetos de ensino ou estudos disciplinares?

Dicas específicas

1. O projeto é orientado por uma ou mais questões claramente definidas?

2. Os problemas ou questões a serem investigados partem dos interesses, vivências, curiosidades dos sujeitos-alunos ou de uma proposta de ensino do professor?

3. A questão levantada é suficientemente instigante?

4. É formulada de modo a impulsionar uma abertura para novas relações ao invés de restringir a busca a uma simples resposta?

Dicas específicas

1. A busca de soluções às questões eleitas parte de uma sistematização do que os sujeitos pensam saber ("Certezas Provisórias") e das "Dúvidas Temporárias"?

2. Existe uma coerência entre o que é afirmado (certezas) e as dúvidas formuladas?

3. As certezas e dúvidas são consideradas no sentido de orientar as buscas ou são “esquecidas” durante o desenvolvimento do projeto?

4. Ocorre reformulação nas certezas e dúvidas?

Dicas específicas1. Quais são as fontes, os instrumentos e os procedimentos

julgados necessários na busca das soluções?

2. Essas fontes, instrumentos e procedimentos são coerentes com a questão proposta, com as certezas e dúvidas?

3. A busca e seleção de informações, a escolha dos procedimentos abrem para a construção de novas relações, de novas articulações entre conceitos, idéias etc.?

4. Acontecem rompimentos nos limites disciplinares?

5. Observam-se aprendizagens relevantes relacionadas com os conteúdos abordados no projeto?

Dicas específicas

1. Ao mesmo tempo em que são encontradas soluções para as questões já postas, são geradas novas questões e dúvidas?

2. Os sujeitos tomam consciência da existência desse processo de modificação das certezas que se transformam em dúvidas e das dúvidas que se tornam novas certezas?

3. Existem registros do processo de desenvolvimento do Projeto?

4. Que tipos de registros são realizados?

5. Em que medida eles servem para apoiar as reflexões dos sujeitos?

6. Em que medida eles podem mostrar a riqueza do processo de aprendizagem dos sujeitos?

Avaliação

Avaliação Quantitativa centrada no ensino

Se dedica a classificar os alunos, a saber quanto (medida) eles se aproximaram dos níveis previstos, seja no que se refere ao domínio de informações e conteúdos, veiculados durante determinado período, como no desenvolvimento de habilidades de trabalho ou de sociabilidade. Aparece de forma bem característica nas escolas em que o vestibular é o elemento ou meta externa a ser alcançada.

Avaliação Qualitativacentrada na aprendizagem

é necessário,[...], conhecer o ponto de partida dos alunos, seus conhecimentos prévios, para poder favorecer e desafiar os alunos na direção de novas relações e no aprofundamento e alargamento de conceitos. Nessa dimensão, ensinar implica em abrir espaço para a manifestação dos alunos, para a expressão de suas idéias e, concomitantemente, interagir com eles, avaliar estas manifestações, para poder contra-argumentar, desafiar e trazer novos elementos. Significa alimentar um fluxo avaliativo constante, em que se entrelaçam avaliações individuais (o aluno com ele mesmo) e grupais (ele com o restante dos grupos de alunos e de professores).

Processo

Exemplos…

Que pensa a mulher contemporânea sobre o seu papel na sociedade?http://mulheresdomundo.pbworks.com/w/page/25036267/FrontPage

Como são vistas as adaptações de livros para o cinema - na opinião da crítica, do público e dos autores? http://literaturacinematografica.pbworks.com/w/page/25228913/FrontPage

Em síntese…as mudanças envolverm

• Os papéis de professores e alunos• O currículo• A relação entre as disciplinas• Os suportes de escrita• As formas de comunicação e interação• A dinâmica das aulas• O acompanhamento das atividades• A avaliação• A autoria e a autonomia dos alunos• A socialização das aprendizagens• A metacognição• A dimensão do erro• E, por que não dizer, a autoestima!

Referências

• FAGUNDES, Léa da Cruz; SATO, Luciane Sayuri; MAÇADA, Débora Laurino. Aprendizes do futuro:

as inovações começaram!. São Paulo: Agência Espacial Brasileira, 2006. Disponível em:

<http://www.oei.es/tic/me003153.pdf> Acesso em: 25 out. 2011.

• Harwood, W. An Activity Model for Scientific Inquiryhttp://www.temple.edu/carversciencefair/ActivityModel.pdf Acesso em Fev. 2012

• MAGDALENA, Beatriz C. e COSTA, Iris E.T. Internet em Sala de Aula: com a palavra os professores. Porto Alegre : Artmed, 2003.

• Dutra, Í. M. ; Piccinini, C. A.; Becker, J. L. ; Johann, S. P. ; Fagundes, L. C. (2006b) Blog, wiki e mapas conceituais digitais no desenvolvimento de Projetos de Aprendizagem com alunos do Ensino Fundamental. RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 4, p. 1-8.

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