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Professor : Robson Vieira

SOCIOLOGIA

Cultura/Cultura de Massas e Industria Cultural

HERBERT SPENCER: O PRIMEIRO

SOCIÓLOGO INGLÊS

(1820-1903) Depois de Comte, primeiro

Sociólogo do século XIX a prosseguir com a

sociologia como Ciência.

Os Princípios da Sociologia (1874-1896)

Clássico de três volumes – teoria da

organização social baseada em dados

históricos e etnográficos. (estudo dos povos:

raça, língua, religião)*

HERBERT SPENCER (1820-1903) E O

MODELO ORGANICISTA E EVOLUCIONISTA

Influência da Geologia (Lyell) e da Biologia

(Lamarck)

Sociedade como um super-organismo em

evolução

Das sociedades militantes (hierárquicas e

indiferenciadas) às sociedades industriais

(contratuais e diferenciadas) até à sociedade

perfeita

Teorias Sociológicas Clássicas - 2012/2013

3

SPENCER RETORNA COMTE

O que mantém unida a sociedade quando esta se torna maior, mais heterogênia, mais complexa, mais diferenciada?

Em termos gerais as sociedades complexas desenvolvem:

Interdependência dentre seus componentes especializados;

Concentrações de poder para controlar e coordenar atividades dentre unidades.*

DARWINISMO SOCIAL

Trata-se de uma tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. Descreve o uso dos conceitos de luta pela existência e sobrevivência dos mais aptos, para justificar políticas que não fazem distinção entre aqueles capazes de sustentar a si e aqueles incapazes, de se sustentar. Esse conceito motivou as ideias de eugenia, racismo, imperialismo, fascismo, nazismo e na luta entre grupos e etnias nacionais.

DARWINISMO SOCIAL - ORIGEM

Origens:

O darwinismo social tem origem na teoria da seleção natural de Charles Darwin, que explica a diversidade de espécies de seres vivos através do processo evolução.

O sucesso da teoria da evolução motivou o surgimento de correntes nas ciências sociais baseadas na tese da sobrevivência do mais adaptado, da importância de um controle sobre a demografia humana

O italiano Cesare Lombroso foi um médico e cientista do século XIX. Autor do livro L’uomo delinquente / O homem delinquente (1876), é um dos nomes mais conhecidos da Criminologia (segundo a Wikipedia: o “conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade e suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo”).

Cesare Lombroso e sua coleção de cabeças

O que diferencia cada cultura?

• Resultam da relação permanente com o meio natural e com os outros homens.

• Raça, língua, religião, costumes, …, são fatores de identidade de uma população que combinados resultam na cultura própria de um povo.

• Qualquer sociedade possui marcas próprias que as identificam e simultaneamente ajudam a distingui-las das restantes.

CULTURA

É o conjunto de costumes e tradições

adquiridas pelo indivíduo ao longo do

tempo, em contacto com o meio em que vive

e que são transmitidas de geração em

geração.

A cultura é parte fundamental no processo de

socialização do homem, uma vez que o torna

um ser social.

DIVERSIDADE CULTURAL

CULTURA MASAI CULTURA ~XINGU

CULTURA ESQUIMÓ

CULTURA MUCULMANA CULTURA INDIANA

DIVERSIDADE CULTURAL

multiplicidade

variedade

heterogeneidade

pluralidade

Diversidade Cultural

uma ameaça, ou como uma oportunidade que rasga novos horizontes sobre a dimensão humana e sobre a sua capacidade criadora.

Pode ser vista como um elemento perturbador ou como um fator de enriquecimento.

Pode ser vista como um foco de tensões e conflitos ou como uma fonte estimulante de descobertas.

A diversidade de culturas pode ser lida como:

INTERCULTURALISMO

É interação entre culturas de uma forma

recíproca, favorecendo o seu convívio e

integração assente numa relação baseada no

respeito pela diversidade e no enriquecimento

mútuo.

Tem como ponto de partida o respeito pelas

outras culturas, superando as falhas de

relativismo cultural, ao defender o encontro, em

pé de igualdade, entre todas elas.

• Compreender a natureza pluralista da

nossa sociedade e do nosso mundo

• Promover o diálogo entre as culturas

• Compreender a complexidade e riqueza das

relações entre diferentes culturas, tanto no

plano individual como no comunitário

O interculturalismo propõe-se promover os

seguintes objetivos:

ETNOCENTRISMO

- etnocentrismo é a total rejeição de culturas diferentes

- o etnocentrista observa a sua cultura em função da sua própria cultura, olhando para a sua cultura como uma cultura melhor, uma cultura padrão, uma cultura superior a todas as restantes

- o etnocentrista não aceita outra cultura que não a dele, não compreende aspectos culturais diferentes e fecha-se na sua própria cultura, originando algumas posturas claramente negativas como a xenofobia, o racismo e o chauvinismo.

É o oposto do etnocentrismo e nos

coloca um desafio importante: em nome

do respeito à cultura alheia, devemos

considerar que todos os costumes

existentes são igualmente legítimos.

Relativismo cultural

RELATIVISMO CULTURAL

No campo da ciência -> O relativismo cultural é um

método de se observar sistemas culturais sem uma visão

etnocentrica em relação à sociedade do pesquisador.

O relativismo cultural é um movimento que se centra na

tolerância em relação à divergência cultural;

Os pressupostos e avaliações devem ser sempre

relativas à propria cultura de origem (ou observada).

Um costume só tem validade no próprio ambiente

cultural e não no outro.

Não promove o diálogo e o intercâmbio entre valores

culturais;

RACISMO

O racismo é um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial.

A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a História da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como sendo inferiores aos europeus.

XENOFOBIA

Xenofobia é o medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas estranhas ao meio daquele que as julga ou que vêem de fora do seu país.

xenofobia pode ter como alvo não apenas pessoas de outros países mas de outras culturas, subculturas ou sistemas de crenças.

O medo do desconhecido pode ser mascarado no indivíduo como aversão ou ódio, gerando preconceitos.

XENOFOBIA

Xenofobia no Brasil -

https://www.youtube.com/watch?v=PhguhLZ

zsr4

MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE

MASSA

E

INDUSTRIA CULTURAL

O Brasil é um dos países onde a

indústria cultural deitou raízes mais

fundas e, por isso mesmo, vem

produzindo muitos estragos; tudo se

tornou objeto de manipulação bem

elaborada, embora nem sempre bem-

sucedida. (Milton Santos, 2000)

• Cultura de massa – toda cultura produzida para as massas.

• Indústria Cultural – a cultura

passa a ser transformada em mercadoria.

CULTURA DE MASSA:

Shopping

Papai noel

Remedios

Tenis

Show Musical

Circo

Tv

Cinema

Academia – culto ao corpo.

INDÚSTRIA CULTURAL:

Big brother

Shopping

Papai noel

Remedios

Tenis

Show Musical

Circo

Tv

SOCIEDADE DE MASSA

Sociedade em que a grande maioria da população se acha envolvida, seguindo modelos de:

comportamento generalizados, na produção em larga escala, na distribuição e no consumo dos bens e serviços,

padrões generalizados de participação na vida política, e na vida cultural, através do uso dos meios de comunicação de massa.

ORTEGA E GASSET

O conceito de “homem-massa” faz elucidação à ideia do conformismo, que depois havia de ser considerado como próprio da sociedade de massa.

O homem-massa se sente à vontade quando é igual a “todo o mundo”, isto é, à massa indiferenciada.

ERICH FROMM

“Conformismo de autômatos”: o indivíduo deixa de ser ele próprio, tomando-se totalmente igual aos demais e como os outros querem que ele seja.

O preço disso é a perda do “eu genuíno”, da subjetividade da pessoa, que acaba por buscar uma identidade substitutiva (“pseudo-eu”) na contínua aprovação e no contínuo reconhecimento por parte dos outros.

AUTORES DE CONCEPÇÕES DIVERGENTES

SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA

(MCM):

ADORNO e HOKHEIMER:

“A Indústria vende a imagem do mundo visando exclusivamente o consumo e o lucro”;

“Não há a democratização da arte, mas

apenas a sua banalização, sem profundidade de conteúdos”;

“Os MCM visam a dependência e alienação

intelectual dos homens frente à modernidade, pois tudo é ligado ao capital”.

AUTORES DE CONCEPÇÕES DIVERGENTES

SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA

(MCM):

MARSHALL McLUHAN:

Visão otimista dos MCM;

“A crescente divulgação de notícias poderia aproximar os homens, formando o que ele denomina de “ALDEIA GLOBAL”, gerando maior aproximação sócio-cultural entre eles”.

“ALDEIA GLOBAL”: Sociedades mundiais, interconectadas através da informação e da tecnologia que a proporciona a todos os indivíduos do planeta.

Mc luhan

Planeta

intercone

ctado.

Tokyo

new york

AUTORES DE CONCEPÇÕES DIVERGENTES

SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA

(MCM): HUMBERTO ECO:

Humberto Eco faz crítica tanto à concepção negativista de Adorno e Horkheimer quanto ao extremo otimismo de McLuhan;

Eco determina os dois grupos em questão de duas formas: Aos primeiros denomina de “Apocalípticos” e ao segundo de “Integrado”;

Assim temos (segundo Humberto Eco) uma síntese entre Apocalípticos e Integrados:

Eco.

Laborató

rio.

Modernid

ade

SÍNTESE DE RELAÇÕES ENTRE

APOCALÍPTICOS E INTEGRADOS

SOBRE OS MCM: (HUMBERTO ECO)

CRÍTICA DOS APOCALÍPTICOS

AOS MCM:

DEFESA DOS INTEGRADOS AOS

MCM:

Veiculação da “cultura homogênea”;

Desestímulo à sensibilidade;

Idéia do “simples lazer”; sem conotação reflexiva;

Única fonte de informação possível a muitos;

Informação contribui para formação intelectual do grupo;

Maior dinamização da informação.

AUTORES DE CONCEPÇÕES DIVERGENTES

SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA

(MCM):

HUMBERTO ECO:

Eco faz a crítica às duas concepções;

os Apocalípticos estariam errados por criticarem a cultura de massa simplesmente por seu caráter industrial;

Já os Integrados “esquecem” que os MCM são controlados por grupos econômicos com fins lucrativos e ideológicos, o que denota a manutenção destes através do MCM.

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