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Profª Ms. Mª da Conceição A. Oliveira

• Início séc. XX Primeiras intervenções do Estado na prevenção e controle; avanço da ERA BIOLÓGICA e CICLOS EPIDEMIOLÓGICOS DE DIP = Grandes campanhas sanitárias: febre amarela, peste e varíola; atuações verticais e de inspiração militar;

• Déc. 50 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA = observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e seus contatos => vigilância de PESSOAS, ISOLAMENTO E QUARENTENA (individuais e não coletivos);

• Déc. 60 PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DA VARÍOLA = instituiu a detecção precoce de surtos e o bloqueio imediato da transmissão da doença = metodologia fundamental para erradicação mundial da varíola => organização dos sistemas nacionais de Vigilância Epidemiológica;

• 21ª Assembléia Mundial de Saúde (1968) – vigilância epidemiológica para além das doenças transmissíveis, tais como: malformação congênita; envenenamento na infância; leucemia; abortos; acidentes; doenças profissionais; comportamentos como fatores de risco; riscos ambientais, utilização de aditivos, etc.;

Campanha de Erradicação da Varíola (CEV – 1966/1973) => marco da institucionalização da vigilância epidemiológica no Brasil => organização das vigilâncias nas Secretarias Estaduais de Saúde => inspirou um sistema de notificação semanal de algumas doenças e a confecção de um boletim epidemiológico quinzenal (1969);

5ª Conferência Nacional de Saúde (1975) o Ministério da Saúde institui por lei o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) => obrigação da notificação de algumas doenças transmissíveis;

1977 primeiro MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA => normas técnicas para vigilância de cada doença;

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (hoje no SUS): é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de reconhecer e adotar as medidas de prevenção e controle de doenças ou agravos.

Descentralização das responsabilidades;Integralidade da prestação dos serviços;

Fornecer orientação técnica para os gestores, auxiliando na execução de ações de controle de doenças e agravos, através da disponibilidade de informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças, bem como os fatores que as condicionam, numa área geográfica ou população definida.

• Coleta de dados;• Processamento de dados coletados;• Análise e interpretação dos dados processados;• Recomendação das medidas de controle

apropriadas;• Promoção de ações de controle;• Avaliação da eficácia e efetividade das medidas

adotadas;• Divulgação de informações pertinentes.

1. Tipos de dados a) Dados demográficos – nº de habitantes, de

nascimentos, de óbitos, sexo, idade, etc.;b) Dados ambientais – aspectos climáticos, ecológicos,

físicos, etc.;c) Dados sócio-econômicos – situação do domicílio,

escolaridade, ocupação, condições de saneamento, etc.;d) Dados de morbidade (mais utilizado na vigilância);e) Dados de mortalidade (indicador da gravidade do

fenômeno)f) Notificação de surtos e epidemia – possibilita a

constatação de qualquer indício de elevação do número de casos de uma patologia ou a introdução de outras doenças não incidentes no local e, conseqüentemente, o diagnóstico de uma epidemia inicial => medidas de controle.

a) Notificação

b) Outras fontes de dados•Laboratórios;•Investigação epidemiológica;

•Imprensa e população

C) Fontes especiais de dados•INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO •LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO •SISTEMAS SENTINELAS •INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

• NOTIFICAÇÃO: é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita por profissionais de saúde ou qualquer cidadão à autoridade sanitária, para fins de adoção de medidas de intervenção.

• Compulsória• Simples

1. Magnitude 2. Potencial de disseminação 3. Transcendência - Severidade - Relevância social - Relevância econômica 4. Vulnerabilidade 5. Compromissos internacionais 6. Ocorrência de epidemias, surtos e

agravos inusitados à saúde

Doenças de elevada freqüência, que afetam grandes contingentes populacionais.

EX: alta incidência, prevalência, mortalidade e Anos Potenciais de Vida Perdidos.

Elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção.

Severidade – medida pela letalidade, hospitazação e seqüelas;

Relevância social – valor dado pela sociedade à ocorrência da doença (sensação de medo, de repulsa ou indignação);

Relevância econômica – prejuízos (restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários, etc.)

Passível de prevenção e controle pelos serviços de saúde.

Cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, eliminação ou erradicação.

Regulamento Sanitário Internacional:

• CÓLERA• FEBRE AMARELA• PESTE

Campanha Mundial de Erradicação da VARÍOLA

Situações emergenciais em que deve se notificar todos os casos suspeitos.

(*) atendendo apenas a alguns desses critérios = INCLUI

• Quem notifica: todas as unidades de saúde (pública, privadas e filantrópicas), todos os profissionais da área de saúde e a população em geral.

• O funcionamento do sistema de notificação => é diretamente proporcional à capacidade de se demonstrar o uso adequado das informações recebidas, de forma a conquistar a confiança dos notificantes.• Deve-se notificar a SUSPEITA da doença;• SIGILOSA;• SUBNOTIFICAÇÃO;• NOTIFICAÇÃO NEGATIVA.

1. Botulismo

2. Carbúnculo ou “antraz”

3. Cólera

4. Coqueluche

5. Dengue

6. Difteria

7. Doença de Creutzfeldt-Jacob

8. Doenças de Chagas (casos agudos)

9. Doença meningocócica e outras meningites

10. Esquistossomose (em área não endêmica)

11. Eventos adversos pós-vacinação12. Febre amarela13. Febre do Nilo Ocidental

14. Febre maculosa

15. Febre tifóide

16. Hanseníase

17. Hantaviroses

18. Hepatites virais

19. Infecção pelo HIV em gestantes e em crianças expostas ao risco de transmissão vertical

20. Leishmaniose tegumentar americana

21. Leishmaniose visceral

22. Leptospirose

23. Malária

24. Meningite por Haemophilus influenzae

25. Peste

26. Poliomielite

27. Paralisia flácida aguda

28. Raiva humana

29. Rubéola

30. Síndrome da rubéola congênita

31. Sarampo

32. Síflis congênita

33. Sífilis em gestante

34. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)

35. Síndrome Febril Íctero-Hemorrágica Aguda

36. Síndrome Respiratória Aguda Grave

37. Tétano

38. Tuberculose

39. Tularemia

40. Varíola

* Municípios podem acrescentar outras doenças

• Laboratórios, hemocentros;• Investigação epidemiológica;• Outros Sistemas de Informação;• Imprensa e população.

1. INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO

2. LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO

3. SISTEMA SENTINELA

4. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

É um estudo seccional, geralmente do tipo amostral e com dados primários, utilizado quando as informações existentes são inadequadas ou insuficientes.

Utiliza os dados existentes nos registros dos serviços de saúde ou de outras instituições (dados secundários). Não é um estudo amostral; finalidade de complementar informações já existentes.

Uma forma de monitorar indicadores-chave na população em geral ou em grupos especiais, que sirvam de alerta precoce para o sistema de vigilância.

Consiste em um estudo de campo (dado primário e/ou secundário) realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos. Sendo casos isolados ou epidemias.

Objetivos: confirmar diagnóstico, determinar as características epidemiológicas da doença, identificar causas do fenômeno e orientar medidas de controle.

• # INSTRUMENTOS: FICHAS DE NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO (específicos)

• # ONDE BUSCAR INFORMAÇÕES: médicos, profissionais de saúde assistentes, de prontuários, resultados de ex. laboratoriais, do próprio paciente e indivíduos da comunidade.

• # BUSCA ATIVA DOS CASOS – na suspeita da ocorrência de casos adicionais, visando determinar a magnitude do evento.

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