produÇÃo de mudas de hortaliÇas

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1

OLERICULTURA – I

Professor.: Engº Agrônomo – THALES CASSEMIRO ALVES

PRODUÇÃO DE MUDAS

ESCOLA MUNICIPAL DE FORMAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL

“JOSÉ INÁCIO FERREIRA”.

MÓDULO – II (VESPERTINO E NOTURNO)

2

Na agricultura brasileira o cultivo de hortaliças

apresenta-se com expressivo destaque e a propagação

de plantas tem grande importância para o sistema de

produção.

CONTINUAÇÃO...

3

Um dos componentes mais importantes no cultivo de

hortaliças é a utilização de mudas de qualidade,

tornando-o mais competitivo do ponto de vista de

maior produtividade e diminuição de riscos.

4

Com base nesses princípios, as pesquisas estão

avançado com o objetivo de disponibilizar ao

produtor informações que melhorem as suas

atividades.

CONTINUAÇÃO...

5

Assim, a tecnologia de produção de mudas de

hortaliças sob o cultivo protegido trará benefícios ao

produtor com avanços na produtividade,

competitividade, precocidade e melhores condições

no aspetcto fitossanitário da cultura.

CONTINUAÇÃO...

6

O cultivo de hortaliças representa uma parcela

expressiva na agricultura.

A produção anual brasileira de hortaliças é de 14

milhões de toneladas, movimentando no mercado

acima de 5 bilhões de reais.

CONTINUAÇÃO...

7

Geralmente, o cultivo de hortaliças é conduzido

próximo aos grandes centros consumidores, em

pequenas áreas no entorno de grandes cidades,

oferecendo oportunidade de emprego, por ser uma

atividade que demanda muita mão-de-obra.

CONTINUAÇÃO...

8

As hortaliças possuem um alto valor nutritivo,

principalmente pelo conteúdo de sais minerais e

vitaminas, portanto, recomendado o seu consumo no

cardápio como forma de suprir as necessidades

diárias desses elementos.

Além disso, o consumo de hortaliças facilita a

digestão dos alimentos (Makishima, 1992).

CONTINUAÇÃO...

9

A produção de mudas de hortaliças sob cultivo

protegido tem apresentado um crescimento

expressivo, em decorrência das vantagens em relação

ao sistema tradicional, geralmente conduzido em

sementeira a céu aberto, como por exemplo:

CONTINUAÇÃO...

10

1. Maior precocidade.

2. Menor possibilidade de contaminação fitopatogênica.

3. Maior relação percentual entre sementes plantadas e

mudas obtidas.

4. Melhor aproveitamento da área destinada à produção de

mudas.

5. Maior facilidade na execução de trato culturais como

desbaste, irrigação, adubação, tratamento fitossanitário.

6. Menor estresse por ocasião do transplantio.

CONTINUAÇÃO...

11

Comparação entre prazos de formação de mudas e o ciclo

no campo, em dias, nos sistemas tradicional (sementeira)

e de recipiente (bandeja) de algumas espécies

CONTINUAÇÃO...

12

Vários fatores estão envolvidos na formação de uma

muda em sistema protegido, enumerando-se como

principais o substrato, o recipiente e a irrigação.

Esses devem proporcionar um bom desenvolvimento

da muda durante a sua permanência no viveiro,

visando um bom desempenho da futura planta.

CONTINUAÇÃO...

13

A maneira mais comum de propagação, para a

maioria das espécies de hortaliças economicamente

exploradas, é a semente (via sexuada), tornando-se

comercialmente a mais utilizada.

Portanto, é de fundamental importância a utilização

de sementes de firmas idôneas, com garantia das

características desejadas, sadias e isenta de

contaminantes indesejados.

CONTINUAÇÃO...

14

Quanto as espécies que se reproduzem via assexuada,

através de estacas, bulbos, ramos e cultura de meristemas,

etc.

Não a relatos de sua comercialização em grande escala,

devido a complexidade de sua multiplicação e manejo, o

que de fato acontece é que o próprio produtor o realiza em

sua propriedade.

No entanto na condução do mesmo deve-se de ter ao

máximo de atenção para não contaminar o campo de

produção de mudas, principalmente com fitopatógenos.

CONTINUAÇÃO...

15

O investimento em insumos (adubos e tratamentos

fitossanitários), que representam alto custo, não terão o

retorno desejado quando são utilizadas mudas de baixa

qualidade.

A produção de mudas vigorosas e sadias depende da

qualidade do substrato, do vigor da semente, do bom

controle fitossanitário e da sementeira.

CONTINUAÇÃO...

16

Escolha da semente:

Devem ser adquiridas em embalagens herméticas,

dentro do prazo de validade, com alto padrão de

sanidade, germinação e vigor, e de empresas com

reconhecida idoneidade.

É importante o produtor exigir a nota fiscal para que

possa, se necessário, reclamar da baixa qualidade da

semente comprada.

CONTINUAÇÃO...

17

As sementes podem ser:

Nuas

Peletizadas

CONTINUAÇÃO...

18

PELETIZAÇÃO:

É a aplicação de um revestimento rígido e seco que visa

modificar individualmente o formato e o tamanho das

sementes, tornando-as esféricas.

Este processo tem a finalidade de facilitar o manuseio

de sementes ou permitir a utilização de semeadoras

mecânicas de precisão, reduzindo grandemente o

consumo de semente e o gasto com mão-de-obra para o

raleamento das plântulas excedentes

CONTINUAÇÃO...

19

Sementes Nuas

Germinação irregular;

Necessidade de desbaste;

Necessidade de repicagem, e

Germinação mais demorada.

CONTINUAÇÃO...

20

Vantagens das sementes peletizadas.

Favorece o semeio;

Não precisa de raleamento;

Possibilita incorporação de produtos no pelete;

Priming (quebra de foto e termodormência);

Maior uniformidade de mudas, e

Menor consumo de sementes.

CONTINUAÇÃO...

21

Desvantagens das sementes Peletizadas

Elas demoram um pouco mais para germinar, pois se

cria uma barreira física que pode dificultar a troca de

gases com o ambiente externo.

Tempo de armazenamento é menor.

CONTINUAÇÃO...

22

Para obtenção de mudas de boa qualidade

observar:

Genética da semente;

Sanidade da semente;

Sementes sem dano físicos ou mecânicos, e

Custo compatível.

CONTINUAÇÃO...

23

A produção de muda pode ser de duas formas:

Em solo;

Em recipientes.

CONTINUAÇÃO...

24

Produção de mudas em Solo

CONTINUAÇÃO...

25

Produção de mudas em Solo

Diversas hortaliças são propagadas por sementes,

que em muitos casos necessitam se semeadas em

locais especiais (sementeiras) para depois serem

transplantadas em local definitivo como por exemplo

alface, repolho, couve-flor, jiló, tomate, pimentão,

berinjela, etc.

26

Produção de mudas em Solo

Na sementeira em solo, a terra deve ser limpa de doenças e sementes de outras ervas para evitar doenças e competição;

Deve-se dar preferência a solos arenosos, onde a germinação das sementes é mais fácil e evita-se o encharcamento.

O ideal e que a sementeira em solo seja coberta para evitar a incidência direta de raios solares e chuva.

A cobertura pode ser feita com palha, bambu, tela, plástico.

CONTINUAÇÃO...

27

Produção de mudas em Solo

Vantagens:

Grande quantidade;

Pequeno espaço;

Não depende de transporte, e

Produzida pelo agricultor.

CONTINUAÇÃO...

28

Produção de mudas em Solo

Desvantagens:

Grande quantidade de

sementes;

Mudas com raiz nua;

Sistema radicular debilitado;

Sensíveis às variações

climáticas;

Maior tempo para se

recuperarem;

Aumentam o ciclo de cultivo;

Exposição a pragas e doenças,

e

Dispersam plantas invasoras.

CONTINUAÇÃO...

29

Produção de Mudas em recipientes

CONTINUAÇÃO...

30

Produção de mudas em copinhos (plástico e papel) bandejas, tubetes e etc...

O sistema de produção de mudas deve ser muito preciso em seus componentes mas nem por isso se torna uma operação onerosa ou de difícil realização. Para haver o máximo de rendimento na produção de mudas em recipientes deve-se observar os seguintes pontos:

Os recipientes e as misturas devem ser livres de pragas e doenças;

Fácil manuseio dos recipientes, ePlanejamento da produção.

CONTINUAÇÃO...

31

As principais vantagens na produção de mudas em recipientes são:

Maior uniformidade, precocidade e sanidade das

mudas, além de maior economia de sementes.

Devido ao fato de não haver rompimento das raízes,

evita-se ou diminui-se a incidência de certas doenças

e aumenta-se o índice de pega no campo, por ocasião

do transplante das mudas.

CONTINUAÇÃO...

32

VANTAGENS DA PRODUÇÃO DE MUDAS EM

BANDEJAS:

Maior equilíbrio entre parte aérea e o sistema

radicular;

Economia de sementes;

Economia de defensivos;

Ausência de choque de transplantio;

Maior rendimento e aproveitamento de mão-de-obra;

CONTINUAÇÃO...

33

VANTAGENS DA PRODUÇÃO DE MUDAS EM

BANDEJAS:

Economia de irrigação;

Redução do ciclo da cultura;

Maior uniformidade da lavoura;

Maior aproveitamento da área pela redução do ciclo da cultura,

e

Aumento de 20 a 30% no diferencial de produtividade.

CONTINUAÇÃO...

34

Tipos de Recipientes

Polipropileno

As bandejas para mudas em EPS (Poliestireno

Expandido - conhecido popularmente como isopor.

CONTINUAÇÃO...

35

CONTINUAÇÃO...

Espuma fenólica

36

Desvantagens:

Maior custo de implantação;

Necessidade de mão de obra qualificada, e

Necessidade de transporte adequado.

CONTINUAÇÃO...

37

Funções dos recipientes

Suportar o substrato;

Proteger as raízes;

Maximizar a sobrevivência;

Padronizar as mudas;

Garantir grande número de mudas, e

Facilitar o transporte.

CONTINUAÇÃO...

38

Recipientes utilizados

As bandejas de polipropileno são as mais utilizadas.

Para a alface pode ser utilizado as bandejas com 288

e 200 células, enquanto que para o tomate, pimentão,

beterraba e brássicas, as de 128 células são as mais

adequadas.

CONTINUAÇÃO...

39

Para hortaliças da família das cucurbitáceas

(melancia, moranga e pepino) recomenda-se

preferencialmente os copinhos de papel ou de

plástico, podendo ser utilizadas também bandejas de

128 células.

CONTINUAÇÃO...

40

Substratos

Substrato é todo material sólido, natural, sintético

ou residual, mineral ou orgânico, puro ou em

mistura, que proporciona condições favoráveis para

o desenvolvimento do sistema radicular.

CONTINUAÇÃO...

41

O substrato exerce a função do solo, fornecendo à

planta sustentação, nutrientes, água e oxigênio.

Os substratos podem ter diversas origens:

Animal (esterco, húmus);

Vegetal (tortas, bagaços, xaxim, serragem, pó de

coco), mineral (vermiculita, perlita, areia), e

Artificial (espuma fenólica, isopor).

CONTINUAÇÃO...

42

Dentre as características desejáveis dos substratos, destacam-

se:

Custo;

Disponibilidade;

Teor de nutrientes;

Capacidade de troca de cátions;

Esterilidade biológica;

Aeração;

Retenção de umidade;

Boa agregação às raízes (torrão), e

Uniformidade

CONTINUAÇÃO...

43

O nível de acidez do substrato (pH) interfere na

absorção de nutrientes pelas plantas, na vida

microbiana e no desenvolvimento do sistema

radicular.

O pH ideal deve estar em torno da neutralidade,

levando-se em consideração que substratos com alta

acidez devem ser corrigidos.

CONTINUAÇÃO...

44

A escolha e o manejo correto do substrato são de

suma importância para a obtenção de mudas de

qualidade.

Normalmente, os substratos são formulados pelos

próprios produtores, utilizando diversos materiais,

puros ou em misturas, disponíveis nas suas regiões.

CONTINUAÇÃO...

45

Os materiais mais usados na formulação de substratos são:

Casca de arroz carbonizada/natural;

Casca de árvores;

Vermiculita;

Fibra/pó de coco maduro;

Húmus de minhoca;

Composto orgânico;

Terra;

Lã de rocha, entre outros.

CONTINUAÇÃO...

46

Características físicas

Densidade;

Porosidade;

Retenção de água, e

Homogeneidade.

CONTINUAÇÃO...

47

Características químicas

pH 5,5 – 6,8;

Teor totais de sais;

Capacidade de troca de cátions, e

Ausência de produtos fitotóxicos.

CONTINUAÇÃO...

48

Características biológicas

Ausência de pragas;

Ausência de patógenos;

Ausência de sementes de plantas invasoras, e

Presença de microrganismos benéficos.

CONTINUAÇÃO...

49

Várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas no

sentido de se caracterizar e testar esses materiais e

outros com potencial para serem usados como

substratos, de maneira criteriosa.

CONTINUAÇÃO...

50

O uso de substrato como meio de cultivo é

relativamente novo no Brasil, porém, seu mercado

vem crescendo a cada ano.

Vislumbrando a expansão desse mercado, algumas

empresas estão se especializando na sua produção.

CONTINUAÇÃO...

51

Dependendo de sua formulação, os substratos

comerciais apresentam diferentes respostas na

produção de mudas de hortaliças, o que pode ser

constatado em vários estudos

CONTINUAÇÃO...

52

Semeio

Manual;

CONTINUAÇÃO...

53

Semi automatizado, e

CONTINUAÇÃO...

54

Automatizado.

CONTINUAÇÃO...

55

Lavagem das bandejas.

CONTINUAÇÃO...

56

Irrigação

A água é um dos fatores limitantes da produção

agrícola, considerando sua participação nos vários

processos metabólicos da planta.

Fornecimento de água às mudas na quantidade

necessária e no tempo certo.

CONTINUAÇÃO...

57

Excesso de água pode propiciar condições

anaeróbicas em torno das raízes, reduzindo a

respiração e limitando a fotossíntese e, ainda,

favorecendo o aparecimento de doenças foliares e do

solo.

CONTINUAÇÃO...

58

Por outro lado, o suprimento de água insuficiente

provoca perdas excessivas de água por meio da

transpiração, conduzindo a enrolamento,

amarelecimento e queda de folhas.

O ideal é manter um fornecimento de água

necessário para evitar esses problemas

CONTINUAÇÃO...

59

O manejo adequado de água para a germinação das

sementes e desenvolvimento das plântulas é feito por

via de irrigação.

A água de irrigação deve apresentar boa qualidade,

isto é, livre de excesso de sais solúveis e de produtos

poluentes.

CONTINUAÇÃO...

60

A irrigação pode ser feita de várias maneiras, nebulização, microaspersão, subirrigação, e ascensão capilar ou floating.

CONTINUAÇÃO...

61

Nebulização:

Fornece água em forma de gotículas, o que proporciona

menor danos às mudas, principalmente nos primeiros

estágios de desenvolvimento.

É usada também para controlar temperatura/umidade

relativa em casa de vegetação, estufa e em viveiro de

enraizamento.

CONTINUAÇÃO...

62

Microaspersão:

A água é liberada em forma de círculo ou semicírculo

e a vazão e a área molhada variam de acordo com o

microaspersor.

A perda de água nesse sistema pode ser maior do que

no de nebulização.

CONTINUAÇÃO...

63

Subirrigação:

É feita por inundação das bancadas ou do próprio piso onde se encontram

os recipientes usados na formação das mudas.

Nesse caso, as bancadas/pisos possuem declives e a água é colocada na

parte superior, após a absorção, a água é drenada na parte inferior.

A subirrigação permite manter a folhagem seca, o que pode contribuir para

a pouca incidência de doenças, como também a perda de água

minimizada.

CONTINUAÇÃO...

64

Controle ambiental

Temperatura;

Umidade;

Luminosidade, e

Ventilação.

CONTINUAÇÃO...

65

Controle fitossanitário

As pulverizações devem ser preventivas, com

produtos recomendados para a cultura, seguindo

orientações técnicas.

CONTINUAÇÃO...

66

Controle ambiental

CONTINUAÇÃO...

67

Transporte

CONTINUAÇÃO...

68

Muda de alta qualidade

Semente x Genética;

Sadia;

Sem danos físicos ou mecânicos;

Custo compatível, e

Desejada pelo agricultor.

CONTINUAÇÃO...

69

Transplante:

Um dia antes do transplante, diminuir a irrigação.

No momento anterior ao transplante fazer uma boa

irrigação nas bandejas para facilitar a retirada de

muda com o torrão inteiro e permitir que a muda

recupere a turgidez após o transplante..

CONTINUAÇÃO...

70

Enterrar apenas o torrão com raízes, não permitindo

o contato de terra com a gema de crescimento da

muda.

Fazer uma irrigação no local do plantio definitivo

antes ou logo que terminar a operação

CONTINUAÇÃO...

71

OLERICULTURA – I

PRODUÇÃO DE MUDAS DE HORTALIÇAS

OBRIGADO POR SUA ATENÇÃO...

FIM!!!

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