pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica

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Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca Pediátrica

Enfª R2 Gabrielle Pessôa

Universidade de PernambucoPronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz

TavaresPrograma de Especialização em Cardiologia

Modalidade Residência

Junho2016

Objetivos• Descrever as rotinas e a monitorização no pós-

operatório imediato (POI) de cirurgia cardíaca pediátrica;

• Apontar algumas particularidades do cuidado em cirurgias cardíacas pediátricas específicas;

• Citar as principais complicações das cirurgias cardíacas pediátricas;

• Elencar diagnósticos de enfermagem no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica;

Cirurgia Cardíaca Pediátrica• Procedimento complexo com diversas repercussões

orgânicas e alteração de mecanismos fisiológicos;

• As cirurgias são dirigidas para as correções de más formações de diferentes graus de gravidade e com maior ou menor repercussão hemodinâmica pulmonar e sistêmica.

• Inclui cirurgias de doenças congênitas e doenças adquiridas (doença reumática, endocardite e trauma).

TALLO et al., 2012;

Incidência é 2-10 nascimentos/1000 nascidos

vivos (0,8%). Se não tratada a tempo mais da

metade morre no 1º ano de vida.

O cuidado pós operatório de crianças submetidas à cirurgia com circulação

extracorpórea exige amplos conhecimentos nos cuidados

intensivos, de fisiopatologia da doença cardíaca congênita,

equipe de enfermagem altamente especializada e equipamentos de

última geração.

TALLO et al., 2012; CROTI et al., 2012;

Admissão na UTI• Equipe Multidisciplinar:

Diagnóstico da cardiopatia Tipo de procedimento (cirurgia paliativa x cirurgia corretiva) Intercorrências Duração (tempo de CEC e anóxia) Posicionamento do TOT Presença de drenos e sondas Fios de marcapasso (atrial, ventricular) Necessidade de dispositivos de assistência circulatória (BIA,

ECMO) Manutenção do esterno aberto Uso de drogas vasoativas Uso de hemocomponentes

TALLO et al., 2012; CROTI et al., 2012;

TALLO et al., 2012;

CROTI et al., 2012;

SANTOS, et al., 2015

Monitorização Neurológica

TALLO et al., 2012;

Monitorização Neurológica

• Pode ser realizada pela escala de Comfort: escore menor que 17 indica sedação excessiva, 17-26 sedação adequada e >26 sedação insuficiente.

TALLO et al., 2012;

Monitorização Respiratória• Parâmetros do ventilador mecânico (Modo

ventilatório, FR, FiO2, Volume corrente, PIP, PEEP)

• Avaliação do ritmo, profundidade e frequência respiratória, esforço respiratório, simetria torácica, coloração de pele e mucosas.

• Oximetria de pulso de 1/1h – sensor adequado ao tamanho da criança atentando-se para troca do local a cada 2h.

• Capnografia de 1/1h

TALLO et al., 2012; CROTI et al., 2012; Fonte: google imagens

Atenção!Paralisia Diafragmática Paralisia Diafragmática pode ocorrer pode ocorrer devido hipotermia, inflamação ou lesão devido hipotermia, inflamação ou lesão

de nervo frênico de nervo frênico diminuição da diminuição da ventilação e perfusão do parênquima ventilação e perfusão do parênquima

pulmonarpulmonar

QuilotóraxQuilotórax pode ocorrer devido lesão pode ocorrer devido lesão do ducto torácico do ducto torácico líquido leitoso no líquido leitoso no dreno pleural (evidencia aumento de dreno pleural (evidencia aumento de

triglicerídios)triglicerídios)

CROTI et al., 2012;

Critérios de extubação no pós-op de cirurgia pediátrica

TALLO et al., 2012;

Monitorização Hemodinâmica• Temperatura central (esofágica ou retal)• ECG contínuo (FC, ritmo, presença de arritmias)• PAI (via umbilical, radial e femoral)• PVC• Catéter de artéria pulmonar com verificação da

PAP, PAOP, DC, saturação venosa mista de O2• Catéter de átrio esquerdo• Lactato e saturação venosa central para

monitorar perfusão sistêmica

TALLO et al., 2012; CROTI et al., 2012;

Monitorização: Pontos de Atenção!

• Controle de peso diário em jejum, diurese e balanço hídrico

• Alimentação e hidratação: Evitar jejum prolongado

• Repouso e atividade física: O repouso diminui a sobrecarga cardíaca e facilita a cicatrização. Iniciar a deambulação no 2º DPO em crianças maiores

• Avaliação da dor e analgesia• Anticoagulação

CROTI et al., 2012;

Cirurgia de Blalock-Taussig

• Não mensurar a pressão arterial e não fazer palpação do pulso periférico ou punção arterial no membro superior do lado relacionado com a incisão cirúrgica amplitude do pulso estará diminuída devido ao “desvio do fluxo”

• Evitar desidratação hemoconcentração aumenta o risco de tromboembolismo

CROTI et al., 2012;

Fonte: google imagens

Cirurgia de Glenn

• Repouso em decúbito elevado a 30-45ºCROTI et al., 2012;

Fonte: google imagens

Cirurgia de Fontan

Fonte: google imagens

Cirurgia de Fontan

• Técnica Cavopulmonar: Ocorre redução do automatismo sinusal com presença de arritmias supraventriculares (extrassístoles, fibrilação e taquicardia paroxísticas)

• Técnica atriopulmonar e cavopulmonar em idade adulta: Congestão sistêmica (PVC aumentada, hepatomegalia, ascite, edema MMII)

• Estimular deambulação e exercícios de MMII prevenção de complicações tromboembólicas

CROTI et al., 2012;

Cirurgia de Senning e Mustard

• Atentar para distúrbios do ritmo cardíaco do tipo ritmo juncional ou BAV

CROTI et al., 2012;

Fonte: google imagens

Cirurgia de Coarctação de Aorta

• Ocorrência de hipertensão arterial devido a liberação de catecolaminas e desregulação dos barroceptores em consequência da manipulação do arco aórtico

CROTI et al., 2012;

Fonte: google imagens

Complicações

TALLO et al., 2012;

Diagnósticos de EnfermagemDébito Cardíaco Diminuído relacionado à sobrecarga miocárdica pós cirurgiaRisco de perfusão tissular cardíaca diminuída relacionado ao débito cardíaco diminuído

Troca gasosa prejudicada relacionada ao desequilíbrio ventilação-perfusãoDesobstrução ineficaz de vias respiratórias relacionada à depressão neuromuscular pelo ato anestésico

Risco de desequilíbrio de volume de líquidos relacionado ao comprometimento de mecanismos reguladores e infusão elevada de líquidos no transoperatórioRisco de Sangramento relacionado aos distúrbios da coagulação secundários a CEC

CROTI et al., 2012

Referências Bibliográficas CROTI, U. A.; MATTOS, S.S.; PINTO JÚNIOR, V. C.; AIELLO, V. D.;

MOREIRA, V. M. Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica. 2ª edição. São Paulo: Roca; 2012

SANTOS, A. P. A,; LAUS, A. M.; CAMELO, S. H. H. O trabalho da enfermagem no pós-operatório de cirurgia cardíaca: uma revisão integrativa. ABCS Health Science, v. 40, n. 1, p. 45-52, 2015.

TALLO, F. S.; GUIMARÃES, H. P.; CARMONA, M. J. C.; BIANCO A. C. M.; LOPES, R. D.; TELE, J. M. M. Manual de perioperatório de cirurgia cardíaca da AMIB, Atheneu, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 2012. 245p.

Obrigada!

pessoa.gabrielle@hotmail.com

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