portas do coração

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Spiritual

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Livro de inspiração mediúnica direcionado a Evangelização Infantil

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As Portas do

Coração

Por Ceile Bernardo

Ilustrações

Graziela Mota

2002

Dormi e sonhei que fazia uma viagem

a uma Terra distante, onde todos se

trancavam por dentro.

Esta Terra se chamava: ..................

Ao ouvir o apito do trem

Jamais poderia imaginar

A aventura que iria iniciar

Quando para lá resolvi viajar!

Ao me acomodar na cabine,

Pus-me a pensar:

Será que nesta Terra

as pessoas têm medo de ladrão?

Afinal todas se trancam por dentro

Outro motivo não pode haver não.

Serão trancas de madeira?

Aquelas do tempo antigo?

Aquelas firmes e fortes?

Que nos protegem do inimigo?

Afinal preciso proteger

Tudo aquilo que trago comigo.

Não! Não!

Devem ser aquelas,

Grossas de duros elos,

Que aprisionam objetos

E os donos junto com elas.

Não! Não!

Talvez cadeados,

Belos, esculpidos, torneados,

Que uma vez fechados,

Sem a chave certa

Jamais serão destrancados

Assim pensando...

Conjecturando...

O apito do trem foi logo avisando:

“À cidade estamos chegando!!”

Logo que desci do trem

Radiante de felicidade

Olhando as pessoas percebi

Há algo errado nesta cidade.

Que silêncio!

Barulho não havia ali,

Nem latido de cachorro

Nem trinar e bem-te-vi.

Nem arrulhar de pombas

Nem zumbido de mosquito

Silêncio total!

Nem o ouvir de um simples grito.

Grito do homem do gás,

Grito do homem das pamonhas,

Nem um som fugaz,

Apenas gente tristonha.

É! Tristonha!

Aliás com carantonha!

Pois é! Silêncio total!

Até parecia hospital!

Ai! Ai!

Suspirei...

Esse lugar é mais triste

Do que jamais pensei.

Nem choro de bebê,

Nem o gritar da meninada,

Nem ouvir a própria voz,

Apenas o som do nada.

Nem risadas

Ou estalar de beijos,

Pipoca estourando,

Música de realejo.

Será medo de ladrão?

Não, acho que não!

Afinal todos têm trancas

Que os protegem de ante mão!

Mas tudo é tão solitário...

Nem um aperto de mão,

Nenhum “Olá!” ou “Até logo!”

Para um amigo ou irmão.

Antes mesmo de me instalar

Comecei a imaginar

Como seria difícil

Vida nova ali recomeçar...

Afinal estava acostumado

A ir e vir, falar e cantar,

E de vez em quando

meu banjo tocar.

Ah! A música...

Sem ela nem imaginar!

E como o pessoal dali vivia

Sem acordes escutar?

Música é expressão da alma

Até a Natureza dela se utiliza,

O som do corre-corre das águas

Quando no leito do rio desliza.

O som das copas das árvores

Quando o vento chega de mansinho,

O som da chuva lá fora,

O cantar dos passarinhos.

Definitivamente...

Não!

Preciso de alguma coisa

Para fazer uma transformação!

Preciso de uma chave,

Uma simples chave

Que abra as trancas,

Abrindo as portas do coração.

Que saiam medos, receios

Mágoas ou inseguranças,

Que o amor renove esperanças,

De uma vida nova, outros meios.

Amor às pessoas, à Vida,

Tudo o que ela nos traz,

Não há inimigo maior

Do que os medos que nos tiram a paz.

Medo de morrer,

Medo de ladrão,

Medo de adoecer,

Medo de entregar o coração.

Ninguém rouba a alegria,

Ninguém rouba a felicidade,

Era o que precisava saber

O povo daquela cidade

Pois o amor à tudo transforma

Por toda uma eternidade.

Assim eu fiz!

Para eu e o povo

Que habita esta cidade

Ser mais feliz!

Chaves! Chaves!

Preciso de chaves!

Para fazê-los descobrir,

A felicidade do coração abrir!

Porque aqui resolvi ficar

E o meu banjo

De vez em quando tocar,

Porque sem música, nem imaginar!

Agora é sua vez de colorir e dar um nome a esta Cidade!

Agora é sua opção:

Escolhas as chaves

Que podem abrir

As portas do coração.

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