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PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO
Parque Estadual Restinga de Bertioga
Anexo 1 - Portaria FF n° 203 / 2014, de 20 / 02 / 2014
Bertioga - SP
2014
Elaborado por:
Prefeitura Municipal de Bertioga Fundação Florestal Conselho Consultivo do Parque Estadual de Restinga de Bertioga
APRESENTAÇÃO
O Parque Estadual Restinga de Bertioga - PERB, Unidade de Conservação de Proteção Integral, foi criada em 20101 contíguo ao Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Bertioga, com base em estudos prévios e consulta pública. Situa-se integralmente no município de Bertioga e possui área total de 9.312,32 hectares, em três glebas: Gleba 1 com 6.353,94 ha, Gleba 2 com 313,56 ha e Gleba 3 com 2.664,82 ha.
Entretanto, é importante registrar que a proteção da restinga de Bertioga pelo Estado de São Paulo iniciou-se com a Resolução n° 40/86 da Secretaria de Estado da Cultura – Tombamento da Serra do Mar e Paranapiacaba, instituído logo após o asfaltamento do último trecho da rodovia Rio - Santos (SP 55/Br 101), entre Bertioga e São Sebastião, em 1985.
Data de 1994 a primeira proposta para criação de um Parque nesta região, feita pelo Instituto Florestal. Desde então, Inúmeros estudos e pesquisas do Instituto Geológico, Instituto de Botânica, UNICAMP,UNISANTA, Projeto BIOTA FAPESP, bem como vários documentos produzidos com recomendações para proteção da Mata Atlântica no Brasil2 já indicavam a importância e necessidade da criação de unidades de conservação nesta área.
Em 2004, o Governo do Estado de São Paulo estabeleceu uma parceria com o WWF Brasil – Fundo Mundial para a Vida selvagem que, a partir de um trabalho pioneiro no Brasil, de avaliação de efetividade de manejo, formatou a implantação do projeto “Criação e ampliação de Unidades de Conservação no Estado de São Paulo com Base no Princípio da Representatividade”. O projeto tinha como meta consolidar metodologia para a criação de UCs e indicar áreas prioritárias para melhorar a representatividade da biodiversidade protegida por meio de UCs, de forma a ampliar a garantia da conservação de espécies e ambientes.
Novamente, a região foi indicada como importante corredor biológico entre ambientes marinho - costeiros, a restinga e a Serra do Mar, formando um contínuo cuja proteção seria fundamental para garantir a perpetuidade dos seus processos ecológicos e fluxos gênicos.
Na mesma época, o Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar, concluído e aprovado em 2006, também indicava e recomendava a proteção da área, então localizada em sua zona de amortecimento.
Diante disso, o “Polígono Bertioga” foi selecionado por apresentar alta conservação de fisionomias vegetais pouco representadas no Sistema Paulista de Unidades de Conservação, alto grau de ameaça à sua integridade por sua localização em área de grande interesse imobiliário, e forte mobilização da sociedade pela sua proteção.
O processo de criação do PERB, tem como marco inicial a data de 31 de março de 2010, com a Limitação Administrativa Provisória3 (congelamento) para os estudos prévios, estabelecida pelo Decreto Estadual no 55.661. A consulta pública (Audiência) foi realizada em outubro de 2010, no próprio município de Bertioga, com a presença de cerca de 500 pessoas, onde foram apresentadas e discutidas as propostas da Fundação Florestal, da Prefeitura, da Câmara Municipal de Bertioga, do ICMBIO/MMA, das ONGs ambientalistas, dos pesquisadores e das RPPNs. 1 Decreto Estadual nº 56.500 de 9 de dezembro de 2010 2 Workshops Mata Atlântica – 1990 e 1996, dentre outros 3 Previsto na Lei Federal no 9985/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC
A proposta final, consideradas e avaliadas todas as manifestações e reivindicações, tanto pelo aumento como pela redução da área, foi considerado o melhor desenho para a UC, necessário para a proteção dos principais remanescentes de Mata Atlantica e ecossistemas associados de Bertioga.
Após a criação do Parque foi constituído o seu Conselho Consultivo4 que, desde o início vem dando prosseguimento à essa forma de gestão participativa, iniciada no processo de criação.
Nesse fórum, a inserção da UC no planejamento turístico do município e sua estruturação com esse objetivo foi, desde o início, prioridade de discussão e principal expectativa.
Por essa razão, a representação da Prefeitura no Conselho inicia os trabalhos para o diagnóstico das trilhas e atividades já consolidadas, incorpora os estudos feitos pela Fundação Florestal, e formula a primeira minuta deste Plano Emergencial de Uso Público - PEUP, observando a Portaria FF nº 073/2009.
Tais atividades preparatórias foram imprescindíveis para as discussões que se estabeleceram na Câmara Técnica de Uso Público do Conselho, responsável pela finalização da proposta e apresentação ao Conselho.
Aprovado pelo Conselho em outubro/2013, o PEUP foi submetido à Fundação Florestal que aprova provisoriamente a proposta em 07/11/2013 através da Portaria FF n° 196/2013, e definitivamente em fevereiro/2014, através da Portaria FF n° 203 / 2014, de 20 / 02 / 2014.
4 Em 10/11/2011, através da Portaria FF nº 093/2011 e renovado em 2013.
PARTE I ....................................................................................................................................... 1
INFORMAÇÕES DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ......................................................... 1
PARTE II ..................................................................................................................................... 2
DIAGNÓSTICO .......................................................................................................................... 2
1. Introdução .................................................................................................................................... 2 1.1. Histórico .................................................................................................................................... 4 1.2. Formação do Conselho .............................................................................................................. 6
2. Localização e acessos da UC a partir da capital ............................................................................. 7
3. Infraestrutura ............................................................................................................................... 7
4. Atividades de uso público implantadas e que se encontram em andamento ................................ 8 4.1. Visitação de praia ...................................................................................................................... 8 4.1.1. Canto Sul da Praia de Itaguaré ................................................................................................ 12 4.1.2. Canto Norte da Praia de Itaguaré - Foz do Rio Itaguaré .......................................................... 12 4.1.3. Canto Norte da Praia de Guaratuba - Foz ou Pontal do Rio Guaratuba .................................. 13 4.1.4. Avaliação da Operação Verão ................................................................................................. 14 4.2. Turismo pedagógico ................................................................................................................ 14 4.3. Trilhas ...................................................................................................................................... 15 4.3.1. Trilha de Itaguaré – trecho da Trilha Passos do Jesuíta .......................................................... 15 4.3.2. Trilha de Itaguaré– trecho de acesso à praia .......................................................................... 16 4.3.3. Trilha do Guaratuba - Costa do Sol .......................................................................................... 17 4.3.4. Trilha d’Água - SESC ................................................................................................................. 19 4.3.5. Trilha do Bracaiá - Guaratuba .................................................................................................. 20 4.4. Monitores Ambientais ............................................................................................................. 21 4.5. Voluntariado ............................................................................................................................ 22 4.6. Atividades Náuticas ................................................................................................................. 23 4.6.1. Rio Itaguaré ............................................................................................................................. 23 4.6.2. Rio Guaratuba ......................................................................................................................... 23 4.6.3. Rio Itapanhaú a montante da captação de água da Riviera .................................................... 23 4.7. Outras atividades .................................................................................................................... 24
PARTE III................................................................................................................................. 24
PROPOSTA DE USO PÚBLICO EMERGENCIAL PARA O PARQUE ESTADUAL RESTINGA BERTIOGA ......................................................................................................... 24
1. INVENTÁRIO DOS ATRATIVOS ..................................................................................................... 24
2. Serviços e Atividades de Uso Público .......................................................................................... 24
2.1 Controle da Visitação .................................................................................................................. 25
2.2 Atividades de Uso Público .......................................................................................................... 26
2.2.1 Visitação de Praia ................................................................................................................... 26
2.2.2 Trilhas .................................................................................................................................... 26
2.2.3 Monitoria Ambiental .............................................................................................................. 28
2.2.4 Voluntariado .......................................................................................................................... 29
2.2.5 Atividades Náuticas ................................................................................................................ 31
2.2.6 Outras atividades ................................................................................................................... 33
2.3 plano de gerenciamento de riscos e contingência ....................................................................... 33
2.4 PROPOSTA DE ABORDAGEM SETORIZADA .................................................................................. 34
PARTE IV ................................................................................................................................. 37
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 37
PARTE V .................................................................................................................................. 38
ANEXOS ................................................................................................................................... 38
Tabelas e Fotos .................................................................................................................................... 39
Instrumentos Legais e Outros .............................................................................................................. 45
1
PARTE I
INFORMAÇÕES DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Nome da Unidade de Conservação: Parque Estadual Restinga de Bertioga-
PERB
Orgão Gestor: Fundação Florestal
Endereço: Rua do Horto nº 931, Horto Florestal, São Paulo, SP, CEP
02377-000
Diretoria: Diretoria do Litoral Norte e Baixada Santista
Gerência: Gerencia do Litoral Norte e Baixada Santista
Gestor da UC: Carlos Sergio dos Santos
Endereço da Sede Administrativa: Rua Gonçalo da Costa nº 140, Centro,
Bertioga, CEP 11.250-000
Telefone (11) 9 56521559 /13-3317-2094
E-mail: carlossergiobertioga@uol.com.br
E-mail do PERB: perestingabertioga@fflorestal.sp.gov.br
Radiofrequências utilizadas: Não tem
Superfície (ha): 9.312,32ha
Coordenadas geográficas do Perb: 23º 50’00” de latitude sul e 46º 0’00” de
longitude oeste
Coordenadas da Sede: UGRHIs: 7 Baixada Santista.
Bioma e ecossistemas: Mata Atlântica.
Situação do Plano de Manejo: Não Tem.
Decreto de criação: Decreto Estadual nº 56.500/10.12.2010
2
PARTE II
DIAGNÓSTICO
1. INTRODUÇÃO
O Parque Estadual Restinga de Bertioga (PERB) foi criado por meio do
Decreto Estadual n° 56.500, publicado em 10 de dezembro de 2010 no
Diário Oficial do Estado de São Paulo, após a realização de vários estudos
indicando a importância da preservação da área, tendo como objetivo a
proteção da biodiversidade, dos recursos hídricos e do corredor biológico
entre os ambientes marinho – costeiras a restinga e a Serra do Mar,
formando um continuo biológico para garantir a perpetuidade dos seus
processos ecológicos e fluxos gênicos, bem como a realização do
ecoturismo, lazer e a educação ambiental para toda a sociedade.
O PERB localiza-se no município de Bertioga, estado de São Paulo,
situado entre as coordenadas 23º 50’ 00”de latitude sul e 46º 0’ 00”de
longitude oeste, com 9.312,32 hectares. A região abrange
aproximadamente 150 km2 de baixada, que se estendem em uma estreita
faixa litorânea de aproximadamente 25 km, com 6 km desde a praia até o
sopé da Serra do Mar.
Nos anos de 2010 e 2011 foram criadas também duas Reservas
Particulares do Patrimônio Natural limítrofes ao PERB: RPPN Hércules
Florence e RPPN Costa Blanca. Ambas foram criadas de acordo com o
Decreto Estadual nº 51.150, de 03 de outubro de 2006 que dispõe sobre o
reconhecimento das Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN
no Estado de São Paulo e com a Portaria DE nº 037/2006 da Fundação
para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, de 22
de fevereiro de 2007, que estabelece os procedimentos para a criação das
Reservas Particulares do Patrimônio Natural. A criação dessas duas UCs,
em complementação à criação do PERB, vem como uma forma de
fomentar a preservação da fauna e flora da região, permitindo que seus
3
proprietários ainda possam usufruir de sua propriedade, já que o poder
público poderia comprá-las para integrar o PERB.
A RPPN Hércules Florence foi dividida em duas áreas, a Hércules Florence
I e Hércules Florence II, ambas localizadas em uma fazenda no município
de Bertioga e possuindo uma área total de 709,5773 ha. Seu bioma é de
Mata Atlântica.
A RPPN Costa Blanca, com uma área de 296,9361ha e administrada por
uma empresa do mercado imobiliário, abrange também o bioma de Mata
Atlântica.
Com a criação dessas duas novas RPPNs, Bertioga conta com 88% da sua
área total voltados para a preservação e conservação do patrimônio
natural.
As atividades de uso público podem ser desenvolvidas nas UC de Proteção
Integral e de Uso Sustentável de acordo com o que dispõe o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. O
regulamento de Parques Estaduais Paulistas e a Resolução SMA 59/2008
tratam sobre os procedimentos administrativos de gestão e fiscalização do
uso público.
A regulamentação do uso público deverá seguir as diretrizes do Plano de
Manejo da própria UC, através de seu Plano de Uso Público. Para aquelas
que não possuem Plano de Manejo aprovado, é necessário que a atividade
seja norteada pelo Plano Emergencial de Uso Público.
O Plano Emergencial de Uso Público é um instrumento de caráter
provisório com validade de dois anos, que nas UC já criadas, com
atividades consolidadas de visitação pública e sem Plano de Manejo
aprovado, acaba por regulamentar o uso público, devendo ser elaborado a
partir de roteiro estabelecido pela Portaria Normativa F.F n° 73/2009, tendo
também como referência a Resolução SMA n.º 59 de 27 de agosto de
2008, que regulamenta os procedimentos administrativos de gestão e
fiscalização do uso público nas Unidades de Conservação de proteção
4
integral do Sistema Estadual de Florestas do Estado de São
Paulo.Conforme artigo 4° da Portaria Normativa F.F n° 73/2009, o
Conselho Consultivo da Unidade de Conservação deverá se manifestar
sobre a proposta de Plano Emergencial de Uso Público.
1.1. Histórico
Bertioga tornou-se distrito do Município de Santos, em 1944, e adquiriu
autonomia política em 1991. Em 2007, a população de Bertioga era
estimada em 51.080 habitantes. Sua extensão territorial é de 482 km² que
resulta em uma densidade demográfica de 106 hab/km² (SEADE, 2008).
Segundo o Macro zoneamento do Litoral Sul, elaborado pela Secretaria de
Estado do Meio Ambiente de São Paulo, dos 48,2 mil hectares, excluído o
trecho de preservação permanente da Serra do Mar, 21% estão
urbanizados; 0,1% estão ocupados pela atividade agrícola; 36% são de
vegetação nativa, principalmente formada pela região de mangues, e os
41% restantes são de áreas não ocupadas. Nas áreas urbanizadas nota-se
uma intensa dinâmica de urbanização relacionada às atividades turísticas,
em especial a ocupação por segundas residências. Segundo dados do
IBGE (2000), no período de 1980-2000, este tipo de ocupação teve um
acréscimo de cerca de 64,1%.
Até o início do século XX, Bertioga se manteve estagnada, sem água
encanada, sem luz elétrica e sem nenhum transporte regular, sendo
apenas um núcleo de pescadores e um ponto de descanso para
embarcações pequenas entre Santos e os portos de praias do litoral Norte.
Em 1910 foi construída a Usina Hidrelétrica de Itatinga (SANTOS, 2002).
Em 1948 foi instalada uma colônia de férias do SESC em Bertioga,
servindo para tornar a região mais conhecida (FIERZ & ROSA, 1999). A
partir de então, a região passa a sofrer um lento e contínuo processo de
valorização, principalmente na representação de novas oportunidades de
lazer para a aristocracia cafeeira e industrial da cidade de São Paulo. A
construção de estradas e rodovias cada vez maiores, associada ao
aumento da população urbana da Cidade de São Paulo e das demais
5
cidades do interior paulista contribuiu fortemente para o incremento do
turismo em todo litoral paulista, tornando-se o principal fomento do
desenvolvimento econômico local.
No final da década de 70 surgiu o traçado da rodovia Rio Santos, e com
isso, foram impostas pela prefeitura de Santos as novas diretrizes de
drenagem da malha viária urbana de Bertioga, além da aprovação do
Condomínio Riviera de São Lourenço, projeto urbanístico de autoria dos
arquitetos Oswaldo Correa Gonçalves e Benno Perelmutter, em obediência
às diretrizes fornecidas pela Prefeitura do Município de Santos, que
representou o ponto de partida do Plano Urbanístico. O projeto Riviera foi
objeto de grande discussão ambiental para sua implementação.
A partir dos anos 80, o processo de urbanização de Bertioga passa por
uma fase de aceleração por conta de incentivos aos empreendimentos
turísticos imobiliários, que junto com a ausência de planejamento
governamental para o desenvolvimento sustentável, acabam levando a
região a um processo de crescimento urbano desordenado da faixa
litorânea e a degradação ambiental da região, com drásticas
consequências para a qualidade urbana ambiental do Município. É da
década de 80 também a implantação do condomínio Riviera de São
Lourenço, para cerca de 25.000 pessoas, ocupando toda a Enseada de
São Lourenço, além de outros grandes empreendimentos como o Costa do
Sol e Guaratuba, na praia de Guaratuba, o Morada da Praia em Boracéia,
Boungainville e Maitinga na praia da Enseada. Já na década de 90 houve
um maior adensamento da ocupação, com o aparecimento de novos
loteamentos, como o Jardim Albatroz, Centerville e Hanga-Hoa, localizados
na enseada de Bertioga, sendo toda a vegetação retirada para a
implantação de casas de alto padrão (FIERZ & ROSA, 1999).
O crescimento da construção civil na região acabou resultando em fluxos
migratórios de mão de obra que acabaram por se estabelecer nas encostas
da Serra do Mar, em manguezais contíguos às áreas urbanas e nas
vizinhanças de grandes empreendimentos. Este crescimento desordenado
acabou por causar um excessivo parcelamento do solo e um verdadeiro
6
colapso na infraestrutura de abastecimento, saneamento, disposição de
resíduos sólidos, estrutura viária e serviços públicos em geral.
As consequências ambientais foram à destruição de florestas, manguezais
e restingas, bem como a desestabilizações de encostas. Analisando as
modificações ocorridas no uso e ocupação do solo em Bertioga, Fierz &
Rosa (1999) concluíram que as áreas que sofreram maiores alterações
foram as de vegetação localizadas nas planícies mais próximas das praias,
principalmente por causa dos loteamentos, da expansão urbana e da
especulação imobiliária. Esse mesmo estudo apontou que, desde 1962, já
ocorriam desmatamentos e surgimento de loteamentos, intensificados com
a construção de novas vias de acesso, como a Rodovia Rio-Santos SP-055
na década de 80. Neste período notou-se uma diminuição das áreas onde
havia pequenos cultivos de subsistência, como em chácaras mais
afastadas do centro, reduzindo o número da população rural.
1.2. Formação do Conselho
O Conselho Consultivo do Parque Estadual Restinga Bertioga foi instituído
pela Portaria Normativa FF n° 062/12.
No dia 29 de junho de 2011 se inscreveram para fazer parte do Conselho
Consultivo do PERB (Parque Estadual Restinga de Bertioga) na Casa da
Cultura, em Bertioga. Quarenta e oito membros, entre titulares e suplentes
de vários segmentos da sociedade, foram escolhidos por consenso. Foram
apresentadas instituições como ONGs, associações de bairros, entidades
profissionais, além de representantes do poder público, como prefeitura e
Câmara. Mais de 130 pessoas acompanharam, durante cerca de 3h, a
escolha dos membros do Conselho, que também representam o Núcleo
Bertioga do PESM (Parque Estadual da Serra do Mar).
O conselho conta com 24 vagas titulares, sendo 12 de representantes
governamentais e 12 não governamentais e igual número de suplentes.
O PERB (Parque Estadual Restinga de Bertioga) já conta com 5 Câmaras
Temáticas. São elas: Uso Público, Educação Ambiental e Turismo;
7
Assuntos Fundiários; Proteção/Fiscalização; Pesquisa Científica; e Análise
de Projetos e Licenciamento.
As Câmaras Temáticas são formadas por membros do Conselho, mas está
aberta à participação de não conselheiros. Ao elaborar um trabalho, a
Câmara apresenta ao Conselho para aprovação.
2. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS DA UC A PARTIR DA CAPITAL
O PERB está localizado a 108 km da Região Metropolitana de São Paulo,
maior concentração populacional do país e pólo gerador de grande fluxo
turístico. Em conjunto com os Municípios de Peruíbe, Itanhaém, Praia
Grande, São Vicente, Mongaguá, Santos, Guarujá e Cubatão formam a
Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), com 2.373 km2 de
território.
3. INFRAESTRUTURA
A sede Administrativa do Parque Estadual Restinga de Bertioga está
situada na Rua Gonçalo da Costa, nº140, Centro Bertioga.
Os equipamentos disponíveis na sede são:
Veículos:
01 Veículo Gol
01 Moto
Embarcação:
01 Barco com motor
Outros equipamentos:
02 Impressoras
01 projetor multimídia
01 Notebook (usado)
04 No-breaks
02 GPS Garmin
8
15 Câmeras Trap Digital
01 Arquivo Telescópio
02 Monitores
02 Microcomputadores (Desktop)
4. ATIVIDADES DE USO PÚBLICO IMPLANTADAS E QUE SE
ENCONTRAM EM ANDAMENTO
4.1. Visitação de praia
As praias visitadas são as de Itaguaré e a de Guaratuba onde ocorre
concentração de visitantes em feriados, finais de semana e temporada de
verão. Existe regramento municipal de uso de banhistas nas praias
regulamentado pela Lei Municipal 294/98, que Instituiu o código ambiental
de Bertioga e dá outras providências que consistem no planejamento,
controle e gestão das ações do poder público e da coletividade, objetivando
a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio
Ambiente Natural no município de Bertioga.
Outras normas, tais como, não fazer uso de fogueiras, churrasqueiras,
barracas de acampamento, veículo na faixa de areia estão previstas no
Decreto Municipal 505/2000.
A Prefeitura, a Fundação Florestal, a Policia Militar Ambiental e a ONG
Parcel realizaram a “Operação Verão” em cumprimento à demanda do
grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA),quanto
a providências de orientação, educação e fiscalização das áreas junto ao
recém-criado Parque Estadual Restinga de Bertioga, que tem em sua
borda alguns pontos das praias de Itaguaré e Guaratuba.
As equipes integradas no trabalho tiveram nesse contato direto com o dia a
dia da praia, condições de conhecer e avaliar melhor os problemas
enfrentados nas épocas da alta temporada do verão.
Durante os dias 12, 13, 19, 20, 26 de janeiro e 09, 10, 11 e 12 de
fevereiro/2013foram realizadas pesquisas nas praias de Itaguaré e
9
Guaratuba, com uma amostra de 1.200 pessoas, e com 3.300 pessoas
durante o Carnaval, totalizando assim uma amostra de 4.500 entrevistados.
O resultado da pesquisa apresentou a origem do turista (tab. 01), o meio de
transporte que é usado para o acesso às praias (tab. 2), em qual
frequência essas praias são visitadas (tab.3), os acompanhantes (tab.4),
qual a hospedagem desses visitantes (tab.05), qual o interesse em visitar
essas praias (tab.6), e as principais reclamações dos visitantes (tab.7).
Origem do Turista (tab.01)
Meio de transporte (tab.02)
Frequência (tab.03)
10
Acompanhantes (tab.04)
Hospedagem (tab.05)
Interesses nas Praias (tab.06)
Reclamações (tab.07)
11
As sugestões que foram coletadas de acordo com a pesquisa para praia de
Itaguaré são:
Lanchonete.
Estacionamento.
Manter guarda na praia durante o ano.
Conscientização na praia.
Manter a praia sem comércio.
Instalação de lixeiras na praia
Ponto com água potável.
Mais salva vidas.
As sugestões que foram coletadas de acordo com a pesquisa para praia de
Guaratuba são:
Coleta seletiva.
Posto de atendimento e ambulância.
Conscientização ambiental na praia.
Passarela para atravessar a pista.
Estacionamento.
Distribuição de sacolas de lixo.
Ducha e banheiro pago.
Placas de orientação.
12
4.1.1. Canto Sul da Praia de Itaguaré
Nesse trecho o público é basicamente de moradores de São Lourenço,
praticantes de surf e moradores da Riviera de São Lourenço que passam
por essa área durante a prática de caminhada ou ciclismo. Não concentra
grandes multidões e tão pouco aglomera grandes quantidades de lixo.
Assim não causam grandes problemas administrativos.
4.1.2. Canto Norte da Praia de Itaguaré - Foz do Rio Itaguaré
O público que frequenta esse trecho de praia tem características peculiares
regidas principalmente pela época da semana. O local é muito especial
devido ao seu isolamento e às águas calmas do Rio Itaguaré que atraem
um público que busca um local adequado para a prática de piquenique e
churrasco. Aos sábados o público é mais familiar, de postura mais tranquila
e colaboradora. Já aos domingos é um público derivado principalmente da
Zona Leste e Norte de São Paulo, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Suzano,
Poá e do bairro Vicente de Carvalho no Guarujá, interessado apenas na
prática do turismo de um dia. A postura desse grupo não é tão ordeira e
tranquila como a de sábado, bem como a quantidade é ao menos três
vezes maior também.
A via de acesso local, principalmente aos domingos costuma ficar lotada, a
ponto de dificultar a entrada e saída de qualquer veículo, atrapalhando
muito em casos de emergência a passagem de viaturas e ambulâncias,
além disto, a falta de segurança no local faz com que o número de
arrombamentos a carros seja uma constante nos finais de semana. Em um
dos finais de semana como uma forma de experiência, foram colocados na
portaria de entrada a Guarda Ambiental Municipal e Monitores da Fundação
Florestal para explicar sobre criação do PERB, das restrições de uso do
parque e da praia e também organizar a entrada e estacionamento dos
carros. O resultado dessa ação foi uma seleção natural do público além de
uma melhor organização do trânsito.
Um fato muito evidente é a necessidade da criação de uma estrutura
mínima de segurança, sanitária, e apoio, o que torna evidente a
13
necessidade de um estudo de capacidade de suporte, para o planejamento
dessas estruturas bem como para melhor manutenção do parque.
Devido aos fatos descritos, o local necessita de adoção de medidas rápidas
para evitar degradação, e proporcionar melhor uso do equipamento público,
como adoção de sinalização e divulgação de regramentos do uso do parque
e da praia, controle de acesso dos veículos na área do parque, bem como a
adoção de segurança patrimonial na área.
4.1.3. Canto Norte da Praia de Guaratuba - Foz ou Pontal do Rio
Guaratuba
Nessa localidade, por ser ao lado de um grande condomínio, a
característica e o perfil do público encontrado é mais ordeiro e familiar, de
pessoas que buscam a foz do rio para aproveitar a tranquilidade da água
para seu lazer e para a prática dos esportes náuticos.
Porém, destacam-se nessa praia os problemas causados pelo o uso de Jet
Ski nas áreas de banho dos usuários. Na tentativa de orientar e alertar as
Autoridades Marítimas da região, a Prefeitura de Bertioga encaminhou o
Ofício 01/2012 - DOA (anexo. 06) solicitando fiscalização para as áreas de
maior incidência de tráfego dessas embarcações.
Mas no aspecto geral, essa praia demanda um número menor de ações
mitigadoras do que a Foz do Itaguaré.
A exposição dos animais taxidermizados da equipe da Polícia Militar
Ambiental, a coleta de lixo pelos voluntários, a disposição do lixo de forma
lúdica para conscientizar os frequentadores da praia, a disposição de
banners educativos e de um “LEV” (Local de Entrega Voluntária)para lixo
seco reciclável, e a abordagem dos usuários que estivessem adentrando a
praia, fez com que o a aceitação da Operação de Verão fosse à melhor
possível. Esses atrativos e ações geraram uma colaboração mais efetiva da
grande maioria das pessoas que visitavam o local.
14
4.1.4. Avaliação da Operação Verão
Após o término da Operação Verão, a equipe envolvida avaliou que a
operação foi muito proveitosa pelo diagnóstico das atividades nas áreas de
maior visitação nas bordas do PERB, bem como da oportunidade de
trabalhar mais intensivamente com esses usuários, orientando-os e
educando-os com relação à boas práticas ambientais.
Ficou demonstrado que em todos os locais trabalhados o que necessita de
maior atenção é a foz do rio Itaguaré, onde as ações devem ser
intensificadas no que diz respeito ao desenvolvimento de infraestrutura,
bem como de uma pesquisa e estudo de capacidade de suporte do local.
Ficou demonstrado que a necessidade de adoção de medidas pontuais
como segurança na entrada do local, a constante manutenção da limpeza
da praia através da instalação de lixeiras, bem como da presença de
monitores para orientar os visitantes e de agentes fiscalizadores minimizará
os impactos que possam ser causados com a presença de visitantes no
local.
4.2. Turismo pedagógico
Nos períodos coincidentes com o ano escolar, ou períodos específicos de
interesse, grupos de diversas instituições de ensino/pesquisa realizam
visitas às diversas trilhas do PERB com objetivo principal de estudo do meio
e observação da natureza (fauna, flora, aspectos culturais, etc). O uso
pedagógico de trilhas com fins interpretativos é fundamental para a
integração dos diversos atores envolvidos na gestão do PERB e na missão
de atingir os objetivos das unidades de conservação e da conservação da
natureza.
15
4.3. Trilhas
As trilhas são a principal atividade de uso público no desenvolvimento das
práticas do ecoturismo para fins de recreação, turismo, esportes de
aventura, educação e lazer no PERB. Antes da sua criação, as trilhas foram
utilizadas por grupos organizados e escolas de forma esporádica por meio
de agências de turismo e monitores ambientais cadastrados na Prefeitura
de Bertioga.
As trilhas que estão sendo regulamentadas por este plano emergencial de
Uso Público conforme resolução SMA 59/08 são:
4.3.1. Trilha de Itaguaré – trecho da Trilha Passos do Jesuíta
Trilha autoguiada ou monitorada através de monitores credenciados pela
Prefeitura Municipal Bertioga.
Endereço: Nas mediações do Rio Itaguaré
Extensão: 1140m
Acesso: Estrada Rio Santos Km 205 + 400 metros
Perfil altitude: 1 metro → 3 metros
Tempo médio do percurso ida e volta:1 hora
Capacidade de suporte atual: 50 pessoas por período (manhã/tarde)
Grau de dificuldade: Médio
Horário de Uso: Diurno
Periodicidade: Todos os dias da semana
16
Publico: Religioso, Esotérico, Escolas, turistas, peregrinos, esportistas,
fotógrafos e veranistas.
Piso da Trilha: Arenoso
Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas
associados, Restinga Alta, Restinga baixa e Jundú, Vegetação em
estágio primário e secundário.
Necessidades mínimas para implantação: Estacionamento na rua de
entrada para a barra, placas de sinalização e informações no
estacionamento e na entrada da trilha, banheiros (químicos) no
estacionamento, lixeiras (coleta municipal).
Proteção e fiscalização: Fundação Florestal/Policia Militar Ambiental e
Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Guarda Ambiental
4.3.2. Trilha de Itaguaré– trecho de acesso à praia
Trilha autoguiada, de livre acesso por ser passagem de pescadores,
moradores, turistas e peregrinos que passam diariamente pela trilha
para acessar a praia a pé ou de bicicleta.
Endereço: Nas imediações do Rio Itaguaré
Extensão: 220 metros
Acesso: Estrada Rio Santos Km 205 +400 metros
Perfil altitude: 2 metros → 3 metros
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Tempo médio do percurso ida e volta:15 minutos
Capacidade de suporte atual:não definida
Grau de dificuldade:Fácil
Horário de Uso: Diurno e noturno
Periodicidade: Todos os dias
Publico: Religioso, Esotérico, Escolas, turistas, peregrinos, esportistas,
fotógrafos, veranistas e moradores.
Piso da Trilha: Arenoso
Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas
associados, Restinga Alta, Restinga baixa, Vegetação em estágio
primário e secundário.
Modo Operacional: Acesso livre.
Necessidades mínimas para implantação: Estacionamento controlado
finais de semana, férias e feriados, placas de sinalização e informações
sobre a trilha no estacionamento e na entrada da trilha, Banheiros
(químicos) e Lixeiras no estacionamento (coleta municipal).
Proteção e fiscalização: Fundação Florestal/Policia Militar Ambiental e
Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Guarda Ambiental.
4.3.3. Trilha do Guaratuba - Costa do Sol
18
Monitoria obrigatória através de monitores credenciados pela Prefeitura
Municipal Bertioga.
Endereço: Loteamento Costa do Sol – Guaratuba
Extensão:4.140m
Acesso: Estrada Rio Santos Km 201
Perfil altitude: 3 metros → 35 metros
Tempo médio do percurso ida e volta:6 horas
Capacidade de suporte atual: 50 pessoas por período (manhã/tarde)
Grau de dificuldade: Médio
Horário de Uso: Diurno
Periodicidade: Todos os dias da semana
Publico: Religioso, Esotérico, Escolas, Turistas,Esportistas e
Fotógrafos.
Piso da Trilha: Arenoso, Pedregoso, terra argilosa e travessia de rio.
Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas
associados, Restinga baixa, Restinga alta, mata de encosta e mata
ombrófila densa, vegetação em estagio primário e Secundário.
Modo Operacional: Agendamento Prefeitura Municipal de Bertioga e
Fundação Florestal. Em dias de intensa chuva a atividade deverá ser
suspensa em virtude de ser área de drenagem da Serra do Mar.
Necessidades mínimas para implantação: Local para estacionamento
de finais de semana, férias e feriados ao lado do campinho de futebol,
placas sinalização e informações sobre a trilha no estacionamento e na
entrada da trilha, lixeiras no estacionamento (coleta municipal).
Proteção e fiscalização: Fundação Florestal/Policia Militar Ambiental e
Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Guarda Ambiental.
19
4.3.4. Trilha d’Água - SESC
Monitoria obrigatória através de monitores credenciados pela Prefeitura
Municipal Bertioga.
Endereço: Bairro Mangue Seco
Extensão: 2.700m
Acesso via terrestre: Estrada Rio Santos Km 220 + 900 metros
Acesso via marítimo: Travessia do rio Itapanhaú com embarcação
previamente agendada.
Local: porto do SESC
Perfil altitude: 1 metros → 40 metros
Tempo médio do percurso ida e volta:3 horas
Capacidade de suporte atual: 50 pessoas por período (manhã/tarde)
Grau de dificuldade: Médio
Horário de Uso: Diurno
Periodicidade: Todos os dias
Publico: Religioso, Esotérico, Escolas, Turistas, Esportistas, Fotógrafos
e Hóspedes.
Piso da Trilha: Terra, Arenoso, Pedregoso e argiloso.
Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas
associados encontrados ao longo da trilha, mangue, Restinga baixa,
Restinga alta, mata paludosa e mata de encosta e mata ombrófila
densa.
Modo Operacional: Agendamento Prefeitura Municipal de Bertioga e
Fundação Florestal. Em dias de intensa chuva a atividade deverá ser
suspensa em virtude de ser área de drenagem da Serra do Mar.
Necessidades mínimas para implantação: Lixeiras no estacionamento
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Proteção e fiscalização: Fundação Florestal/Policia Militar Ambiental e
Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Guarda Ambiental.
4.3.5. Trilha do Bracaiá - Guaratuba
Monitoria obrigatória através de monitores credenciados pela Prefeitura
Municipal Bertioga.
Endereço: Loteamento Morada da Praia - Boracéia
Extensão: 3.400 Km
Acesso: Rodovia Rio Santos Km 193 + 4.800 da morada da praia
Perfil altitude: 4 metros → 133 metros
Tempo médio do percurso ida e volta:5 horas
Capacidade de suporte atual: 50 pessoas por período (manhã/tarde)
Grau de dificuldade: Médio
Horário de Uso: Diurno
Periodicidade:sábado, domingo, feriados e dias de semana alternados
Publico: Religioso, Esotérico, Escolas, Turistas, esportistas e
fotógrafos.
Piso da Trilha: Terra argilosa, Arenoso, Pedregoso e Travessia de Rio.
Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas
associados Restinga alta, mata de encosta e mata ombrófila densa,
vegetação em estagio primário.
Modo Operacional: Agendamento com a Prefeitura Municipal de
Bertioga e Fundação Florestal. Por motivo de segurança, deverá ser
enviado para o Loteamento Morada da Praia, lista com nome dos
visitantes e placa dos veículos e ônibus utilizados no transporte do
21
grupo. Em dias de intensa chuva a atividade deverá ser suspensa em
virtude de ser área de drenagem da Serra do Mar.
Necessidades mínimas para implantação: Estacionamento no
Condomínio Morada da Praia, placas de sinalização, Banheiros
(químicos), lixeiras e estacionamento na entrada trilha.
4.4. Monitores Ambientais
Em 1997 formou-se em Bertioga a primeira turma de Monitores Regionais
de Eco turismo, com a intenção de ajudar a regularizar a atividade turística
ambiental. O curso teve uma carga de 60 horas, com partes teóricas e
práticas, ministrados em parceria Prefeitura Municipal de Bertioga (PMB),
Instituto Ecológico do Brasil (IEB) e SEBRAE. Os monitores também
passaram por um estágio probatório nas agencias locais.
Em 1999 o então Prefeito Luiz Carlos Rachid, sancionou a lei 327/ 99, que
regulamenta a atividade de eco turismo na cidade. Nele também está
disposto no artigo 3º o seguinte texto, “TODAS as atividades de eco
turismo, em especial as excursões em grupos, por via terrestre ou aquática,
somente poderão ser realizadas em trilhas cadastradas pela Secretária de
Meio Ambiente e acompanhadas com monitores”.
No município de Bertioga a atuação de monitores ambientais e de agências
de turismo está regulamentada pela lei municipal 327/99. A Prefeitura
Municipal de Bertioga já promoveu 02 cursos de monitores ambientais,
formando cerca de 60 pessoas.
As informações dos cursos anteriores estão no Boletim Oficial do Município
nº 414 de 24 de julho de 2010 e o nº 418 de 21 de agosto de 2010.
De modo a atender a demanda dos serviços de monitoria deste Plano
Emergencial de Uso Publico, foi realizado o curso de Capacitação de
Monitores Ambientais do Parque Estadual Restinga Bertioga e Parque
Estadual Serra do Mar, atendendo à Resolução SMA/SP nº 32, de
31/03/98. O curso foi realizado na Casa da Cultura de Bertioga, nos meses
de Agosto e Setembro de 2013. Foram formados 40 monitores ambientais
22
e foi feita a reciclagem dos monitores anteriormente formados. No total são
29 monitores formados no primeiro curso, sendo 08 monitores em atuação.
Considerando as características econômicas do município de Bertioga,
com destaque para a vocação turística ligada à natureza e, principalmente
para o ecoturismo realizado de forma sustentável e considerando ainda a
identificação de um grande número de jovens, moradores dos bairros do
entorno do Parque Estadual Restinga Bertioga e do Parque Estadual da
Serra do Mar, locais com grande potencial para o desenvolvimento do
ecoturismo, faz-se necessária à estruturação e realização do curso de
formação de monitor ambiental, com o objetivo de formar e organizar a
atuação dos monitores ambientais, no processo do desenvolvimento do
Turismo com sustentabilidade, em nossa Cidade e Região.
O Curso entre outros aspectos, contemplar temas como conhecimento do
Turismo Sustentável, conhecimento de nosso meio ambiente e biomas de
mata atlântica, condução em trilhas nas áreas de mata atlântica das
Unidades de Conservação e seu entorno, condução em roteiros de estudo
do meio, noções de segurança e primeiros socorros, conhecimento da
cultura local com ênfase na Cultura Caiçara, noções de fauna/flora,
conhecimento de equipamentos, noções de equipamentos, orientação/
navegação e legislação.
A resolução SMA/SP-32, de 31-3-98, regulamenta a visitação pública e
credenciamento de guias, agências, operadoras e monitores ambientais,
para o ecoturismo e educação ambiental nas unidades de conservação do
estado.
4.5. Voluntariado
O PERB não possui Programa de Voluntariado em andamento, porém
existe demanda para formalização deste programa.
23
4.6. Atividades Náuticas
As atividades náuticas desenvolvidas são:
4.6.1. Rio Itaguaré
Esportes e passeios de caiaque, Stand up, pequenas embarcações para
pesca esportiva da ponte para baixo, embarcações a remo e motorizadas
de ate 5 metros com motor 30hp, conforme norma da marinha, expedição
náutica para observação de flora e fauna e expedição fotográfica.
4.6.2. Rio Guaratuba
Esportes e passeios de moto náutica, remo, canoas e caiaques que são
embarcações de pequeno porte conforme norma da marinha. Qualquer tipo
de atividade esportiva e artesanal só é permitida abaixo da ponte.
4.6.3. Rio Itapanhaú a montante da captação de água da Riviera
Esportes e passeios de barcos a remo, canoas, e caiaques infláveis, que
são embarcações de pequeno porte conforme norma da marinha.
O uso de embarcação motorizada para atividades de recreio,principalmente
por moradores e veranistas do condomínio Costa do Sol e Morada da
praia, ambos com acesso a Barra do Guaratuba, gera conflito em
decorrência de abusos quanto à velocidade das embarcações e pilotagem
de forma perigosa.
Atividades de pesca amadora e profissional não são permitidas no PERB.
Faz-se necessário o desenvolvimento de ações mitigadoras para o fluxo de
embarcaçõesnos rios Itaguaré e Guaratuba.
24
4.7. Outras atividades
Ocorrem atividades diferenciadas tais como: expedições fotográficas,
estudo do meio, observação de aves, turismo e esportes de aventura,
turismo e esporte náutico e turismo de base comunitária.
PARTE III
PROPOSTA DE USO PÚBLICO EMERGENCIAL PARA O PARQUE
ESTADUAL RESTINGA BERTIOGA
1. INVENTÁRIO DOS ATRATIVOS
É apresentado na Parte IV – Anexos, em complemento às informações
fornecidas na Parte II - Diagnóstico, as tabelas com inventário das
seguintes trilhas:
Trilha do Itaguaré – trecho da Trilha Passos do Jesuíta;
Trilha do Itaguaré – trecho de acesso à praia;
Trilha do Guaratuba - Costa do Sol
Trilha d’Água - SESC
Trilha do Bracaiá - Guaratuba
Os campos de preenchimento das tabelas deverão ser ajustados e
complementados conforme o trabalho de monitoramento das trilhas for
produzindo resultados.
2. SERVIÇOS E ATIVIDADES DE USO PÚBLICO
Os serviços e atividades de uso público poderão ser desenvolvidos por
meio de contratos ou parcerias com instituições públicas ou privadas, em
conformidade com o que dispuser o Plano Emergencial de Uso Público,
obedecida a legislação vigente.
25
Os serviços e atividades poderão ser terceirizados sob a forma de
autorização, concessão, permissão, patrocínio ou contrato, bem como
podem ser executados em parcerias por meio de convênios, termos de
cooperação técnica, contratos de gestão e termos de parceria.
Nenhuma outra atividade comercial pode ser desenvolvida nas UC sem
que uma das formas de parceria acima relatadas tenha sido formalizada.
Compete ao Gestor zelar para que a exploração de qualquer atividade que
vise lucro ou qualquer outra forma de exploração comercial dentro das UC
seja feita de acordo com a legislação e portarias normativas vigentes.
2.1 CONTROLE DA VISITAÇÃO
Esta providência é necessária para subsidiar as ações de planejamento e
marketing da FF, como por exemplo: identificação das oportunidades de
negócios e desenvolvimento de atividades de uso público,
dimensionamento de estrutura mínima necessária, bem como dos recursos
humanos.
No mais, auxiliará no gerenciamento de riscos aos visitantes e na
manutenção da integridade do meio ambiente.
No PERB não é possível contabilizar o número de visitantes. Será
estabelecido um procedimento para estimativa deste total da seguinte
forma:
a. Todos os grupos pré-agendados por agências ou monitores ambientais
serão lançados em planilhas de visitação;
b. Serão estabelecidos 4 períodos (alta/média/baixa temporada e feriados
de grande movimento) para a medição nos atrativos;
c. Será contado o número total de visitantes em um dia de semana e um
dia do fim de semana para cada temporada;
d. As planilhas elaboradas serão enviadas para ao Núcleo de Negócios e
Parcerias para Sustentabilidade para elaboração do cálculo da estimativa.
26
2.2 ATIVIDADES DE USO PÚBLICO
2.2.1 Visitação de Praia
Será regulamentada de acordo com o decreto municipal 505/2000, que
disciplina o uso, instalações de equipamento de lazer e edificações
comerciais nas praias do município de Bertioga, e dá outras providências.
2.2.2 Trilhas
Conforme artigo 3° da Portaria Normativa FF/DE n° 196/2013, de
07/11/2013, ficou pré-autorizada a parceria proposta entre a Fundação
Florestal e a Prefeitura Municipal de Bertioga para a gestão de trilhas.
Sendo assim, deverá ser elaborada minuta para análise e aprovação,
considerando as diferentes atividades apresentadas abaixo.
2.2.2.1 Manutenção e sinalização
A manutenção, sinalização e demais intervenções nas trilhas no PERB e
demais áreas do município de Bertioga, estão condicionados ao
fornecimento de autorização do proprietário da área onde elas estão
inseridas.
O manejo das trilhas deverá ser feito periodicamente, para controlar e
reduzir os impactos negativos no meio físico e biótico advindos da
visitação, inclusive no sentido de aumentar segurança e conforto do
visitante, melhorando a qualidade da experiência da visitação.
Cada trilha terá um grupo de apoio, conforme apresentado a seguir:
Trilha do Itaguare: Prefeitura Municipal de Bertioga, Comunidade de
Ostreiros, Fundação Florestal e voluntário.
Trilha do Guaratuba - Costa do Sol: Prefeitura Municipal de Bertioga,
Sabesp, Fundação Florestal, Associação e voluntários.
Trilha d´Água - Sesc: Manutenção: Prefeitura Municipal de Bertioga,
Fundação Florestal e SESC.
27
Trilha do Bracaia: Prefeitura Municipal de Bertioga, Fundação Florestal,
Associação dos Condomínios do Loteamento Morada da Praia e
voluntários.
2.2.2.2 Monitoramento de Impactos
Serão realizados também no mínimo 2 monitoramentos de impactos da
visitação por ano, por meio do desenvolvimento de um banco de dados,
utilizando planilhas (formato excel) do Manual de Monitoramento e Gestão
dos Impactos da Visitação em UC da Fundação Florestal
(http://www.fflorestal.sp.gov.br/publicacoes.php).
A Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Bertioga, Secretaria de Meio
Ambiente de Bertioga, e a Fundação Florestal, irão elaborar um plano
simplificado de monitoramento de impactos da visitação, conforme
metodologia do Manual da Fundação Florestal. Servirá de subsídio
também, o método desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Bertioga e
Instituto Ecofuturo.
A manutenção do banco de dados de monitoramento é imprescindível para
o entendimento do comportamento dos impactos da visitação em função do
tempo e, ainda, em função de situações particulares e/ou atípicas (como
picos de visitação, mudanças ambientais significativas, entre outras), além
de permitir visualizar a eficiência de ações de manejo empregadas com o
objetivo de reduzir os impactos verificados. Desta forma, os
monitoramentos serão realizados nos mesmos meses e períodos a fim de
viabilizar o melhor acompanhamento da tendência dos indicadores de
impactos ano a ano.
As planilhas e os relatórios de monitoramento serão encaminhados ao
Núcleo de Negócios e Parcerias para Sustentabilidade tão logo se conclua
o feito.
2.2.2.3 Capacidade de Suporte
Outro trabalho importante que deve ser realizado é um estudo de
capacidade de suporte de cada uma das trilhas utilizadas. Para o Plano
Emergencial de Uso Público do PERB a capacidade de suporte de cada
28
trilha foi definida de acordo com o seu histórico e experiência de
utilização.Posteriormente, essa capacidade de suporte poderá ser ajustada
de acordocom os resultados do trabalho de monitoramento de impactos e
conclusão de estudos específicos.
2.2.2.4 Estudos
Visando o desenvolvimento de novas trilhas, deverão ser realizados
estudos para análise do potencial e de viabilidade, e para planejamento de
uso das seguintes trilhas:
a. Trilha Ribeirão dos Monos
b. Trilha Sítio São João / Canhambora
c. Trilha Torre 47
d. Trilha Morro do Itaguá
e. Trilha do Sertão (Casa de Pedra ao Bracaiá pelo pé da serra)
f. Trilha Itapanhaú / Mogi Bertioga
Deverá ser feito estudo para criação de nova entrada/saída da Trilha do
Itaguaré, que atualmente é próximo da Rodovia junto a algumas
ocupações.
2.2.3 Monitoria Ambiental
Será regulamentada de acordo com o decreto municipal 327/99, que
dispõe sobre a atividade de Ecoturismo nas áreas de proteção ambiental
do Município de Bertioga e dá outras providências.
Para monitoria de trilhas no interior dos limites do PERB, deverá ser feito o
cadastramento dos monitores junto à Administração do parque, conforme
modelo vigente fornecido pela Fundação Florestal.
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2.2.4 Voluntariado
Serão adotados os procedimentos do Programa de Voluntariado “Amigos
do Verde” o qual foi criado em 2010, por meio da Portaria Normativa nº
035/2010, com o intuito de estimular a atividade em todas as UC geridas
pela FF, o que possibilita a atuação de voluntários e grupos de interesse na
gestão e manejo das UC, com o objetivo, dentre outros, de promover a
conscientização da sociedade para conservar, preservar e valorizar o
patrimônio ambiental e cultural do Estado de São Paulo, conforme segue:
a. A gestão do programa de voluntariado em uma UC pode ser feita pelo
próprio Gestor ou pessoa designada por este;
b. O Gestor tem a responsabilidade de coordenar e integrar os voluntários
à equipe, bem como treiná-los e, ao mesmo tempo, atender as suas
expectativas;
c. Na admissão, deve estar bem claro a quantidade de voluntários
necessários para determinada atividade, considerando a estrutura de
gerenciamento;
d. Os interessados deverão preencher o cadastro próprio e assinar o
Termo de Adesão, os quais serão encaminhados ao Setor de Recursos
Humanos da Fundação Florestal para controle e emissão do certificado;
e. Para evitar voluntários ociosos, aproveitar o momento para treiná-los e
direcionar suas habilidades;
f. Incluir à equipe de funcionários da Unidade nas discussões sobre a
atuação dos voluntários, garantindo uma boa convivência entre eles;
g. O Gestor da UC deve realizar os processos de recrutamento e seleção,
planejar treinamentos, providenciar a formalização dos trabalhos
voluntários junto ao Setor de Recursos Humanos da Fundação Florestal,
controlar a frequência dos voluntários, avaliar a atuação destes e elaborar
relatórios sobre o desenvolvimento do programa na UC.
Para a seleção de voluntários, é recomendado:
a. Deliberação das atividades que serão exercidas pelos voluntários;
b. Definição dos pré-requisitos para as vagas;
c. Análise do currículo dos interessados;
30
d. Realização de entrevista com os interessados;
e. Avaliação médica;
f. Obrigatoriedade de comprovação da existência de seguro de vida do
voluntário, com validade para todo o período previsto de atividade;
g. Esclarecimento de todas as dúvidas que o candidato apresentar.
Para aproveitar ao máximo os benefícios do trabalho voluntário,
recomenda-se que as suas atividades sejam planejadas, contemplando no
mínimo:
a. Descrição das atividades que serão realizadas;
b. Previsão do ambiente e das condições de trabalho (escritório, ambiente
externo, transporte, alimentação etc.);
c. Definição dos equipamentos que serão empregados;
d. Estabelecimento do perfil e das aptidões necessárias ao trabalho;
e. Desenvolvimento de treinamentos para o aprimoramento profissional;
f. Definição do tempo médio de comprometimento;
g. Deliberação do tipo de supervisão a ser desenvolvida e a, consecutiva,
forma de avaliação;
h. Disseminação das orientações sobre as normas e condutas de
segurança da UC aos voluntários;
i. Realização de treinamento específico aos voluntários, para as atividades
especializadas (registrar os treinamentos).
É muito comum o uso de voluntários em atividades de visitação pública,
porém, o programa de voluntários deve explorar outras formas de
contribuição, tais como: mutirões periódicos de limpeza, monitoramento de
impactos, manutenção de equipamentos e trilhas, serviços administrativos,
fotografia, capacitação, busca e salvamento.
A frequência e a carga horária diária do voluntário devem ser definidas
levando em consideração:
a. Disponibilidade do candidato;
b. Cronograma previsto para a atividade;
c. Meios de transporte;
d. Tempo gasto para se chegar na UC;
31
e. Disponibilidade de alojamento.
O Gestor deverá avaliar frequentemente o trabalho do voluntário para
diagnosticar se os resultados são os esperados pelo programa, assim, a
avaliação serve também para:
a. Corrigir erros de conduta;
b. Determinar mudanças de atividades;
c. Subsidiar decisões como renovação do termo do voluntário;
d. Reconhecer as contribuições de sua atuação.
Ao mesmo tempo, é importante que o voluntário avalie o programa, a fim
de se determinar a sua continuidade e/ou ampliação.
2.2.5 Atividades Náuticas
2.2.5.1 No município Bertioga – fora dos limites do PERB
O decreto municipal 622/2004, regulamenta as atividades de turismo, lazer
e esporte náutico no município.
2.2.5.2 No interior do PERB
Para obtenção de autorização para atividade náutica no interior do PERB
será necessário a apresentação de documentos de regularização da
embarcação e de habilitação do condutor com justificativa da atividade a
ser desenvolvida. Haverá priorização para usuários que comprovadamente
residem no entorno imediato do PERB e que já fazem uso do transporte
náutico. Após analisada a viabilidade de emissão de autorização pela
administração do PERB deverá ser formalizado “Termo de
Responsabilidade” pelo usuário o qual preverá as normas que devem ser
seguidas e responsabilidades.
As atividades náuticas motorizadas nos rios que compreendem o PERB
devem atender também as seguintes determinações:
32
Rio Itaguaré
A navegação motorizada dentro dos limites do PERB (ao norte da linha de
dutos da Petrobrás) será restrita a atividades compatíveis com os objetivos
do Parque ou outras de interesse público, e deverá ser autorizada pela
Fundação Florestal por meio do gestor do Parque.
Rio Guaratuba
A navegação motorizada no rio Guaratuba, no trecho que vai da sua foz à
ponte da Rodovia Rio Santos, deverá ser objeto de estudos de impacto
ambiental, e de segurança dos banhistas, para definir necessidades de
restrição em conformidade com a legislação.
As embarcações que estão abrigadas no loteamento Morada da Praia
deverão ser cadastradas pela Prefeitura e Fundação Florestal em parceria
com a Associação dos Condôminos do Loteamento Morada da Praia, e
terão o prazo de seis meses para serem transferidas para outro local de
abrigo, a jusante da ponte da rodovia Rio Santos, ficando a navegação
motorizada dentro dos limites do PERB, ao norte da linha de dutos da
Petrobras, restrita a atividades compatíveis com os objetivos do Parque ou
outras de interesse público, devendo ser autorizada pela Fundação
Florestal por meio do gestor do Parque.
Rio Itapanhaú e Itatinga
A navegação motorizada dentro dos limites do PERB, será restrita a
atividades compatíveis com os objetivos do Parque ou outras de interesse
público, e deverá ser autorizada pela Fundação Florestal por meio do
gestor do Parque. Eventuais moradores cujo acesso a residências seja
fluvial, deverão cadastrar suas embarcações junto à administração do
Parque.
Quaisquer embarcações motorizadas que adentrarem os limites do Parque
(em toda a extensão do rio Itatinga e a montante da captação de água da
Riviera São Lourenço) deverão estar legalizadas conforme as normas da
Marinha do Brasil. Esta norma só se aplica nos trechos em que o parque
abrange as duas margens do rio Itapanhaú.
33
2.2.6 Outras atividades
Deverão ser solicitadas autorizações especificas seguindo as normas da
Prefeitura e do PERB para todas as atividades diferenciadas, tais como:
expedições fotográficas, estudo do meio, observação de aves, turismo de
aventura, esportes náuticos e turismo de base comunitária.
Também deverão ser consideradas para estas atividades, conforme sua
especificidade, o Código de Defesa do Consumidor e as Normas ABNT:
(15505-1) Caminhada, (15509-1) Cicloturismo, (15285) Condutores,
(15286) Informações Clientes, (15331) Gestão de Segurança.
Atividades de Captação de Imagens no interior do PERB deverão atender a
Portaria Normativa FF 175 / 2012.
Para a realização de Eventos no interior do PERB, deverão ser atendidos
os procedimentos previstos na Portaria Normativa FF 186 / 2013.
2.3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E CONTINGÊNCIA
De acordo com a Portaria Normativa FF n° 152 / 2011, Plano de Gestão de
Riscos e de Contingências é o documento que identifica os riscos que
possam ocorrer quando do uso público na Unidade de Conservação e que
indica as medidas necessárias à prevenção e remediação destes riscos.
O Plano de Gestão de Riscos e de Contingências deverá ser elaborado
de acordo com o Manual de Elaboração de Plano de Gerenciamento de
Riscos e de Contingências da Fundação Florestal. Esse documento deverá
ser revisado a cada 2 anos e poderá prever a atuação de grupos de
voluntários de busca e salvamento na Unidade de Conservação, conforme
estabelecido na Portaria Normativa FF/DE nº 35 de 29 de março de 2010,
desde que comprovem treinamento necessário para a atividade, por meio
de certificados emitidos pelos órgãos competentes.
34
Uma das demandas da Portaria Normativa FF n° 152 / 2011, é o
detalhamento dos responsáveis pela prestação de socorro, que estão aptos
a prestar atendimento na ocorrência de sinistros, que são:
Base de Bombeiros de Bertioga
Endereço: R: Ayrton Senna da Silva, 825, Jd. Paulista.
Cep: 11250-000
Telefone Emergência: (13) 3316-2695
Telefone Central: 33175101
Posto de Bombeiros Marítimo de Bertioga
Endereço: R: Irmãos Adorno, 74, Vila Itapanhaú.
Telefone: 33171516
Defesa Civil
Endereço Av: Anchieta, 1150, Jd. Lido.
Telefone: 33176454
SAMU
Endereço: Praça Vicente Molinari, 246, Vila Itapanhaú.
Telefone Emergência: 192
Telefone Central: 33173158 - 33162909
Guarda Ambiental
Endereço: R: Mestre Pessoa, 667, Vila Tupi.
Telefone Central: 33177073
Caberá ao PERB atender demais demandas previstas na Portaria
Normativa FF n° 152 / 2011, visando concluir o Plano de Gerenciamento de
Riscos e de Contingências.
2.4 PROPOSTA DE ABORDAGEM SETORIZADA
Com o objetivo de propor uma nova visão do território, melhor integrando os
esforços de gestão pelo estabelecimento de prioridades de ação e alocação
de recursos, foi proposta a criação de uma abordagem setorizada do PERB,
que poderá ser internalizada nos seus trabalhos de gestão.
35
Os setores foram definidos pela divisão do PERB em 3 áreas com
características ambientais, sociais e econômicas específicas. Para cada um
desses setores são apresentadas algumas recomendações
complementares ao que já foi proposto nos itens anteriores, conforme
reuniões realizadas com o Conselho Gestor do PERB e Câmera Técnica de
Uso Público nos dias 29/11/2013 e 04/12/2013 respectivamente.
Os setores propostos, e suas respectivas recomendações são:
Setor Itaguaré
Área prioritária para o Uso Público, por possuir maior acesso de
público a praia e foz do rio Itaguaré.
o Implantação de infraestrutura de apoio ao uso público e
proteção na área da empresa Itaguaré Agrícola e
Industrial, que está em fase de pagamento de precatório
pelo governo estadual.
o sinalização de trilhas e limites do Parque junto à rodovia e
o rio Itaguaré;
o portal com guarita no acesso da rodovia à praia;
o Estacionamento para veículos de pequeno porte e
coletivos até 20 pessoas;
o base de apoio ao uso público com pelo menos uma sala de
exposições, sala de aula e de monitores, sala de apoio a
proteção, banheiro público e copa;
o praça de alimentação priorizando comerciantes que já
operam no local;
o atenção quanto as ocupações próximas das áreas de uso
público, preservando a privacidade dos seus ocupantes, a
segurança e qualidade da experiência dos visitantes, e o
padrão estético e paisagístico local.
Setor Guaratuba
Abriga área de domínio público junto ao morro do Guaratuba, e a
foz do rio Guaratuba.
36
o Sinalização dos limites do Parque: rodovia e no rio
Guaratuba;
o Implantação de infraestrutura de fiscalização diurna e
noturna às margens do rio Guaratuba, e base de apoio ao
uso público;
o Realização de estudo imediato para implantação de trilha
na área do morro do Itaguá, onde deverá ser priorizada a
implantação de infraestrutura de apoio à gestão do Parque
neste setor.
o Cadastrar e normatizar circulação de embarcações nos
rios Guaratuba e seus afluentes.
Setor Itapanhaú
Abriga os rios Itatinga e Itapanhaú, bem como à trilha do SESC, e
o acesso à Usina, trilha do Itatinga, Casa de Pedra e trilha do
Itapanhaú.
o Estudo da implantação de base de apoio ao uso público
nas imediações do rio Itapanhaú e rodovia Mogi Bertioga,
de preferência junto à estrada de acesso à trilha do
Itapanhaú a partir da rodovia Mogi-Bertioga.
o Estudo de Implantação das trilhas Itapanhaú e Itatinga no
PE Serra do Mar, para operação integrada com o PERB,
Prefeitura, CODESP e Instituto Ecofuturo – Parque das
Neblinas.
o Porto/Embarcadouro da Palmares – melhorar
receptivo/controle.
37
PARTE IV
REFERÊNCIAS
Decreto 57.401/2011 - Programa de Parcerias para a Sustentabilidade nas
Ucs
Resolução de Uso Público – SMA N.° 59 de agosto/2008
Portaria FF 035 / 2010 : Programa Voluntariado
Portaria FF 073 / 2009 : Plano Emergencial de Uso Público
Portaria FF 152 / 2011 : Plano de Gerenciamento de Riscos e
Contingências
Portaria FF 175 / 2012 : Procedimentos paraCaptação de Imagens
Portaria FF 186 / 2013 : Procedimento para Eventos
Código de Defesa do Consumidor
Normas ABNT : (15505-1) Caminhada, (15509-1) Cicloturismo, (15285)
Condutores, (15286) Informações Clientes, (15331) Gestão de Segurança
Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC Lei 9985.
Brasília, 2000.
___. O corredor central da mata atlântica: uma escala de conservação
da biodiversidade. Conservação Internacional e Fundação SOS Mata
Atlântica. Brasília: 2006.
___. Ecoturismo: orientações básicas. Secretaria Nacional de Políticas de
Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento
Turístico Brasília: Ministério do Turismo, 2008. 75
HOSAKA, A. M. S. Unidades de Conservação: Aspectos Históricos e
Conceituais. In: PHILIPPI, A., RUSCHMANN, D. V. M. Gestão Ambiental e
Sustentabilidade no Turismo. Barueri: Manolo, 2010.
SANTOS, F.M. Bertioga, Histórica e Legendária. In: Lichti, F. M. (ed.)
Bertioga Poliantéia 1531-2002- da Colonização ao século XX. Instituto
Histórico e Geográfico de São Vicente. São Vicente, 2002.
SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: Teoria e Prática. São Paulo:
Editora Oficina de Textos, 2004.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente; Economia e
Planejamento; Desenvolvimento. Avaliação Ambiental Estratégica.
Dimensão Portuária, Industrial, Naval e Offshore no Litoral Paulista.
Relatório Parcial – Frente I. 2010. 56 p.
38
___. Instituto Florestal. Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do
Mar, São Paulo, 2006
SILVA, A.B. da; GOMES, R. de C. da C. Dinâmica e organização do espaço
metropolitano de Natal/RN: uma leitura a partir do setor terciário. In:
Colóquio Internacional De Geocritica, 9, 2007. Porto Alegre: UFRGS, 2007.
Disponível em: http://www.ub.es/geocritic/9porto/ritsil.htm.>. Acesso em 21
abril 2011.
SOARES, M. Impactos do Turismo: os efeitos do ecoturismo em
Unidades de Conservação. Revista Científica do Curso de Turismo do
Instituto Cenecista Fayal de Ensino Superior - IFES, v. 2, n. 2, nov. 2007.
Análise ambiental do Parque Estadual Restinga de Bertioga através da
aplicação dos métodos SWOT e GUT
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac
- Campus Jabaquara, para obtenção do grau de especialista em Gestão
Ambiental Orientador: Prof. Jorge Luiz Silva Rocco São Paulo 2011
SITES:
www.wikimapia.com.br, www.jusBrasil.com.br, www.costanorte.com.br.
PARTE V
ANEXOS
39
TABELAS E FOTOS
Trilha do Itaguaré – Trecho da Trilha Passos do Jesuíta
Trilha do Guaratuba – Costa do Sol
Nome
Localização Nas imediações do Rio Itaguaré Sinalização Indicativa Não Tem
Tipo de Acesso Estrada Rio Santos Km 205 + 400 metros Sinalização Interpretativa Não Tem
Tempo de Acesso 1 hora Sanitários Não Tem
Sinalização Não tem Lixeira Não Tem
Estacionamento Não Tem
Extensão 1140m Equipamento de Alimentação Não Tem
Tempo de Percurso Ida 30 minutos Aluguel de Equipamentos Não Tem
Tempo de Percurso Volta 30 minutos Ponto de Água Potável Não Tem
Inclinação Máxima Área para Camping
Inclinação Média Área para Piquenique
Desnível de Subidas Serviço de Guia
Desnível de Descidas Outros
Envolve escalada
Travessia de Cursos D'água Capacidade de Suporte 50 pessoas por período
Vegetação do Entorno Mata Atlântica e Mata Ciliar Controle de Visitação
Normas e Procedimentos de Operação Agendamento Prefeitura caso monitorada
Estado de Conservação da Vegetação
Presença de População residente Manutenção Não Tem
Urbanização do Entorno
Recursos Naturais e Culturais
Severidade do Meio
Monitoria Monitorada Orientação no Percurso
Justificativa para monitoria lei municipal, mas existe opção autoguiada Condições do Terreno
Intensidade do Esforço Físico
Gestão Atual da Trilha
Classificação ABNT
Descrição da Visitação
Problemas e Impactos
Plano Emergencial de Uso Público - ANEXO BInventário dos Atrativos
Trilha
Infra Estrutura InstaladaAcesso a partir do principal ponto de partida
Caracterização da Trilha
Soluções, Intervenções e Propostas
Trilha de Itaguaré - Trecho da Trilha Passos do Jesuíta
Nome
Localização Guaratuba Sinalização Indicativa Não tem
Tipo de Acesso Loteamento Costa do Sol-Estrada da Captação Sinalização Interpretativa Não tem
Tempo de Acesso 2 horas Sanitários Não tem
Sinalização Não tem Lixeira Não tem
Estacionamento Não tem
Extensão 4140 metros Equipamento de Alimentação Não tem
Tempo de Percurso Ida 1 hora Aluguel de Equipamentos Não tem
Tempo de Percurso Volta 1hora Ponto de Água Potável 1
Inclinação Máxima Área para Camping
Inclinação Média Área para Piquenique Varios
Desnível de Subidas Serviço de Guia
Desnível de Descidas Outros
Envolve escalada
Travessia de Cursos D'água Capacidade de Suporte 40 pessoas por dia
Vegetação do Entorno Mata Atlântica e Restinga Controle de Visitação 1 vez po semana
Normas e Procedimentos de Operação
Estado de Conservação da Vegetação
Presença de População residente Manutenção Não tem
Urbanização do Entorno
Recursos Naturais e Culturais
Severidade do Meio
Monitoria Orientação no Percurso
Justificativa para monitoria Condições do Terreno
Intensidade do Esforço Físico
Captação de água Costa do Sol - Guaratuba
Plano Emergencial de Uso Público - ANEXO BInventário dos Atrativos
Trilha
Infra Estrutura InstaladaAcesso a partir do principal ponto de partida
Caracterização da Trilha
Gestão Atual da Trilha
Classificação ABNT
Descrição da Visitação
40
Trilha d´Água - SESC
Trilha do Bracaiá
Nome
Localização Planície do córrego Quaxinduva Sinalização Indicativa
Tipo de Acesso Palmares - Jd Rio Raso - Mangue Seco Sinalização Interpretativa
Tempo de Acesso 03h00 Sanitários Não tem
Sinalização Não Tem Lixeira
Estacionamento Não tem
Extensão 2700 metros Equipamento de Alimentação Não tem
Tempo de Percurso Ida 01h30 Aluguel de Equipamentos Não tem
Tempo de Percurso Volta 01h30 Ponto de Água Potável 2
Inclinação Máxima Área para Camping
Inclinação Média Área para Piquenique 2
Desnível de Subidas Serviço de Guia
Desnível de Descidas Outros
Envolve escalada
Travessia de Cursos D'água Capacidade de Suporte 40 pessoas por dia
Vegetação do Entorno Mangue, Transição, Paludosa, Ciliar, e Controle de Visitação 3 vezes por semana
de Encosta Normas e Procedimentos de Operação
Estado de Conservação da Vegetação
Presença de População residente Manutenção pelo sesc
Urbanização do Entorno
Recursos Naturais e Culturais Educação aAmbiental
Severidade do Meio
Monitoria Orientação no Percurso
Justificativa para monitoria Condições do Terreno
Intensidade do Esforço Físico
Captação d'água - SESC
Plano Emergencial de Uso Público - ANEXO BInventário dos Atrativos
Trilha
Infra Estrutura InstaladaAcesso a partir do principal ponto de partida
Caracterização da Trilha
Gestão Atual da Trilha
Classificação ABNT
Descrição da Visitação
Nome
Localização Loteamento Morada da Praia - Boracéia Sinalização Indicativa Não Tem
Tipo de Acesso Rodovia Rio Santos Km 193 + 4.800 da morada da Praia Sinalização Interpretativa Não Tem
Tempo de Acesso 5 horas Sanitários Não Tem
Sinalização Não tem Lixeira Não Tem
Estacionamento Não Tem
Extensão 3.400 Km Equipamento de Alimentação Não Tem
Tempo de Percurso Ida 2 horas e meia Aluguel de Equipamentos Não Tem
Tempo de Percurso Volta 2 horas e meia Ponto de Água Potável Não Tem
Inclinação Máxima Área para Camping
Inclinação Média Área para Piquenique
Desnível de Subidas Serviço de Guia
Desnível de Descidas Outros
Envolve escalada
Travessia de Cursos D'água Capacidade de Suporte 50 pessoas por período
Vegetação do Entorno Mata Atlântica e Mata Ciliar Controle de Visitação
Normas e Procedimentos de Operação
Estado de Conservação da Vegetação
Presença de População residente Manutenção Não Tem
Urbanização do Entorno
Recursos Naturais e Culturais
Severidade do Meio
Monitoria Monitorada Orientação no Percurso
Justificativa para monitoria legislação municipal Condições do Terreno
Intensidade do Esforço Físico
Gestão Atual da Trilha
Classificação ABNT
Descrição da Visitação
Problemas e Impactos
Plano Emergencial de Uso Público - ANEXO BInventário dos Atrativos
Trilha
Infra Estrutura InstaladaAcesso a partir do principal ponto de partida
Caracterização da Trilha
Soluções, Intervenções e Propostas
Bracaiá
41
Fotos Itaguaré:
Fotos de: Guilherme Tarvenezi
42
Fotos Itaguaré:
Fotos de: Guilherme Tarvenezi
43
Fotos Bracaiá:
44
45
INSTRUMENTOS LEGAIS E OUTROS
Lei Federal nº 9985/2000 (SNUC) e Decreto Federal nº 4340/2002
Lei Municipal 294/98
Decreto Municipal nº 505/2000
Ofício nº 01/2012 – DOA encaminhado à marinha, solicita fiscalização
de embarcações
Lei Municipal nº 327/99 – Regulamenta a atividade de ecoturismo na
cidade
Decreto Municipal nº 622/2004 – atividades náuticas
Portaria Normativa FF n° 152/2011 – Plano de Gerenciamento de Riscos
e Contingência
Portaria Normativa FF nº 175/2012 – Captação de Imagens
Portaria Normativa FF nº 186/2013 – Autorização de Eventos
Planilha MIV do Manual de Monitoramento e Gestão dos Impactos da
Visitação
Ficha de Cadastro Monitores
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