planejamento escolar e sequências didáticas
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PLANEJAMENTO ESCOLAR E SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Subprojeto Interdisciplinar Linguagens Supervisor e Prof. Caique Fernando da S.
Fistarol
POR QUE PLANEJAR O ENSINO? Para fazermos
escolhas coerentes; Organizarmos as
rotinas; Termos objetivos
delimitados; Saber aonde
queremos chegar; Delimitarmos o que
precisamos ensinar aos nossos alunos.
E O CURRÍCULO? Os documentos
curriculares (PCNs, PCSC e DCMs) constituem-se de orientações que podem reger o trabalho do professor.
Por isso, influencia no planejamentos e nos processos de mediação dos professores.
Quando as aulas são bem planejadas, os estudantes se envolvem muito mais.
Contudo, isso não quer dizer que devamos nos preocupar apenas com o planejamento das atividades, mas sobretudo com nossas posturas, os modos de mediação e à capacidade de explicar e dialogar com nossas crianças, pois a melhoria da prática pedagógica envolve, por um lado, a ampliação contínua dos conhecimentos, mas também o desenvolvimento de modos de interagir com nossos alunos.
É interessante que os professores planejem atividades permanentes que favoreçam o interesse e crescimento de seus alunos. Uma sugestão é realizar atividades que envolvam a leitura de gêneros textuais, como contos, charges, histórias em quadrinhos, podcasts, videocasts, blogs.
Vieira e Fernandes argumentam que “por ser a escola, às vezes, o único espaço onde algumas crianças terão oportunidade de acesso a livros, é importante favorecer este acesso”.
COMO ENSINAR AS PRODUÇÕES ORAL E ESCRITA?
Através da sequência didática:
“Tem a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira adequada numa dada situação de comunicação”. (Schneuwly, 2004 )
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS Uma boa forma de organizar o
trabalho pedagógico são as sequências didáticas ou atividades sequenciais, que são as situações em que as atividades são dependentes umas das outras e a ordem das atividades é importante. Por meio das atividades didáticas, um mesmo conteúdo pode ser revisitado em diferentes aulas, de modo articulado e integrado.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – PARA QUE SERVE? Organizar as intenções
pedagógicas através de temas, objetivos, conteúdos que atendam as necessidades do projeto didático, dos professores e dos alunos;
Organizar as intenções pedagógicas de tal forma que garanta a transversalidade de seus conteúdos, temas e objetivos;
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – PARA QUE SERVE?
Preparar técnica e academicamente o professor, tornando-o capaz de fomentar e propiciar a construção de conhecimentos específicos com o grupo de alunos sob sua responsabilidade, posto que é fundamental que se procure, através de pesquisas, ter conhecimentos prévios que ultrapassem o senso comum, o óbvio.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA E OS GÊNEROS TEXTUAIS
Gêneros textuais são as mais diferentes espécies de textos, escritos ou falados, que circulam na sociedade e que são reconhecidos com facilidade pelas pessoas.
Por exemplo: carta, bilhete, poema, sermão, notícia de jornal, receita culinária, conversa ao telefone, piada, romance, videocast, podcast, fotonovela, hipertexto, etc.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – VANTAGENSA elaboração de sequências didáticas permite ao professor:
aquisição de novos conhecimentos (amplia seus horizontes);
ampliação de repertório;
previsão de materiais e novas possibilidades de trabalho.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA COLETIVA E INTERDISCIPLINAR?
Ao trabalhar coletivamente, são colocados, à mesa, os conhecimentos e as habilidades de cada professor (formação inicial, criatividade, inciativa, escrita, dança, artes).
Portanto, é a convergência das competências que garante a qualidade dos serviços educacionais oferecidos à comunidade.
Seria ingênuo desconsiderar que, ao mesmo tempo, divergências surgem e, é por elas que amadurecemos profissionalmente.
Trabalhar as competências do grupo, ao invés de investir, insistentemente, nas dificuldades individuais, não esquecendo que é preciso reconhecê-las para superá-las.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA COLETIVA E INTERDISCIPLINAR?
Em uma sequência didática, não há uma cronologia a ser seguida, o professor tem total autonomia para colocá-la em prática, considerando que os objetivos devem ser cumpridos, assim como, o tema estabelecido.
O CUMPRIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Para fazermos uma sequência didática é preciso estudo e pesquisa. Portanto, para fazê-las não há alternativa senão sairmos da zona de conforto. Uma sequência didática, assim como a música, precisa de um começo, um meio e um fim e, além disso, de muita inspiração e estudo.
O CUMPRIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A SEQUÊNCIA DIDÁTICA E SUAS ETAPAS
1ª ETAPA: APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
Compartilhar a proposta de trabalho com os alunos;
Analisar as marcas do gênero;
Sondar o conhecimento prévio dos alunos acerca do gênero;
Ler diferentes textos do gênero escolhido;
Buscar informações sobre o tema.
2ª ETAPA: PRODUÇÃO INICIAL
Mapear o conhecimento prévio dos alunos:
Nessa etapa, ao propor a primeira produção aos alunos, o professor deve detalhar a situação de comunicação: para quem se destina o texto (pais, colegas, professores), qual é a finalidade (informar, convencer, divertir), que posição tem o autor (aluno, representante da turma, narrador), onde o texto vai ser publicado (no jornal da escola, no mural da sala de aula, no jornal local).Essa produção aponta os saberes dos alunos e dá pistas para que o professor possa melhor intervir no processo de aprendizagem.
2ª ETAPA: PRODUÇÃO INICIAL
Analisar as marcas do gênero:
No decorrer das atividades, é essencial a mediação do professor, para que os alunos consigam analisar e identificar os recursos utilizados pelos autores na escrita. Por exemplo: ler textos, identificar as marcas próprias do gênero ( as expressões próprias, os tempos verbais utilizados).
3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Nos módulos, de modo geral, procura-se trabalhar os problemas que apareceram na produção inicial e dar aos alunos os instrumentos necessários para superá-los.
O professor avalia as principais dificuldades da expressão oral ou escrita dos alunos e constrói módulos com diversas atividades e estratégias para trabalhar a superação de cada problema.
Os módulos, assim como toda a sequência didática, não são fixos, mas possuem um movimento que vai do mais complexo ao mais simples, para, no final, voltar ao complexo, que é a produção final.
3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
• Identificar a situação de comunicação: Quem escreve? Para quem? Por quê? Onde circula? O que não pode faltar?
Módulo 01 – Condições de produção e
conteúdos temáticos
• Analisar os elementos próprios da composição do gênero.
• Adequação da linguagem ao gênero.Módulo 02 – Plano global
• Analisar as convenções de escrita.• Analisar as convenções sintáticas (estudo gramatical contextualizado).
• Observar o nível semântico da expressão.
Módulo o3 – Estilos ou marcas
linguísticas
3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Instrumentos necessários para superação dos problemas
o Em cada um desses níveis, o aluno encontrará problemas específicos de cada gênero e deve, ao final, ser capaz de resolvê-los simultaneamente. Para isso, em cada módulo, “é muito importante propor atividades as mais diversificadas possíveis, dando, assim, a cada aluno a possibilidade de ter acesso, por diferentes vias, às noções e aos instrumentos, aumentando, desse modo, suas chances de sucesso”.
3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Por isso, é importante um trabalho/ sequência didática envolvendo atividades com uma ou mais linguagens, seja em Língua Inglesa ou de modo interdisciplinar.
Pictórica – desenho; Musical – vocalização, oralidade, rota fonológica e
voz; Sinestésica – movimento/ psicomotricidade; Midiática – computador, celular, tablet, etc.; Gráfica – as letras e os números.
4ª ETAPA: PRODUÇÃO FINAL
o O produto final ao ser planejado pelo professor deverá enfocar os objetivos iniciais geral e específicos, assim como, exigir do aluno as competências e habilidades exploradas ao longo das conceituações e atividades desenvolvidas ao longo da sequência didática.
o O produto final não pode ser uma mera reprodução do conteúdo estudado ao longo da sequência didática. O produto final visa estabelecer um olhar sobre o todo/ conjunto de ações e demonstrar o ensino-aprendizagem estabelecida desde o início da sequência didática.
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃOAvaliação é um tema de grande complexidade não havendo ainda um consenso em torno de um modelo.
Porém a avaliação ocorre em todos os momentos da sequência didática.
Diagnóstica: entrada – início da sequência didática.
Formativa (processual): contínua - acompanhamento – qualitativa
Somativa: final – produto – quantitativa
Uma avaliação sem a devida fundamentação teórica e metodológica constitui-se em mero ato mecânico.
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação só tem sentido para a aprendizagem quando os resultados permitem ao aluno continuar progredindo. E isto só será possível quando a avaliação dos resultados que se transmite ao aluno for feita com relação a suas capacidades e ao esforço realizado. Este é provavelmente o único conhecimento que é preciso saber com justiça, já que é o permite promover a auto-estima e a motivação para continuar. (Zabala, 1998)
A avaliação deve ser usada sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou segregar. Ensinar, aprender e avaliar não são momentos separados. Formam um contínuo em interação permanente. (Méndez, 2005)
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação Processual/ Formativa
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃOAvaliação Formativa ou Processual
É realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza deficiências na organização do ensino-aprendizagem de modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos objetivos.
É denominada formativa porque demonstra como os alunos estão se modificando em direção aos objetivos.
A avaliação formativa ou processual pode ser feita de maneira contínua e informal, no dia-a-dia da sala de aula, e pode também ser feita em oportunidades regulares, incluindo o uso de instrumentos mais formais como testes, provas, apresentações de relatórios de trabalhos, competições e jogos.
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃOQuando realizar e como avaliar? Diariamente: ao rever os cadernos, o dever de casa, fazer e receber perguntas, observar o desempenho dos alunos, nas diversas atividades de classe;
Ocasionalmente: por meio de provas ou outros instrumentos, mais ou menos formais, para aferir a aprendizagem e outros desempenhos dos alunos;
Periodicamente: utilizando testes ao final de cada sequência didática, sub-unidade, unidade, projeto, trimestre (bimestre) ou semestre.
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃOPara que avaliar?
Para corrigir rumos, rever, melhorar, reformar, adequar o ensino de forma que o aluno atinja os objetivos de aprendizagem;
Estabelecer critérios e os níveis de eficiência para comparar os resultados da produção inicial, ao longo e ao término da sequência didática;
“5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação para além do cognitivo: inicial, processual e somatória Avaliação totalizadora
A. Conhecer;A. Fazer;A. Viver juntos;A. Ser.
Cognitivo;Psicomotor;Afetivo.
(Bloom, 1970)
Factual;Conceitual;Procedimental;Atitudinal.
(Zabala,1998)
CADA PLANEJAMENTO DA SEQUÊNCIA DEVERÁ CONTER:
TEMPO ESTIMADO
MATERIAL NECESSÁRIO
OBJETIVOSO que se espera que os alunos aprendam com a atividade proposta, tendo como foco a aprendizagem, e não o ensino.
CONTEÚDOS Conteúdos curriculares trabalhados na atividade.
DESENVOLVIMENTOEnvolve as várias etapas da atividade, as intervenções a serem feitas, a criação de situações mais adequadas à realidade da turma.
AVALIAÇÃOVerificação do processo de aprendizagem. Parâmetros a serem usados no decorrer das etapas. Atividades específicas, como problemas e perguntas.
REFERÊNCIAS
o AMARAL, Heloísa. Como e por que trabalhar com gêneros textuais no Prêmio Escrevendo o Futuro. Disponível em:<http://www.cenpec.org.br >– Acesso em: 22 mar 2015.
o BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.o BLOOM, B.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Manual de avaliação formativa e somativa
do aprendizado escolar. São Paulo: Pioneira, 1983.o KOCH, I.V.; ELIAS, V.M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto,
2006. o MARCUSCHI, Luis Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In DIONISIO,
A.P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros Textuais e Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
o MÉNDEZ, Juan Manuel Alvarez. Avaliar para Conhecer – Examinar para Excluir.; trad. Magda Schwartzhaupt Chaves. Porto Alegre, RS: Artmed Editora, 2005.
o SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ Joaquim. Gêneros orais e escritos. Campinas: Mercado de letras, 2004.
o ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998
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