pimo: situaÇÃo e desafios para a produÇÃo integrada … · 2010. 5. 27. · 12 aplicações...

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1

Fagoni Fayer Calegario e colaboradoresEmbrapa Meio Ambiente e parceiros

Fórum de Adequação Fitossanitária Como a nova legislação afetará a cultura do morango

Jaguariúna, 05 de maio de 2010

PIMo: SITUAÇÃO E DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MORANGO

2

PRODUÇÃO INTEGRADAPRODUÇÃO INTEGRADA

Conjunto de procedimentos técnicos que visam à sustentabilidade e a produção de alimentos seguros, evitando contaminação do ambiente, do trabalhador rural e dos consumidores.

Programa de governo (MAPA) Adesão voluntária Normas (procedimentos)

Marco Legal

Normas Técnicas Específicas (NTE-PIMo)

Documentos de acompanhamento (caderno de campo, caderno de pós-colheita, grade de agrotóxicos, lista de verificação)

Rastreabilidade - Auditorias – Certificadoras - Selo

3

PC

Manejo tradicional

PIMo PO

MIP

Manejo orgânico

Agrotóxicos permitidos

Agrotóxicos proibidos

IN 14 (NTE-PIMo)

- Monitoramento pragas chave

- Métodos alternat. de controle

- Agrotóxicos- Grade (registrados, restrições)

- Caderno de campo (docum.)

- Disciplina (limites, carência, EPI)

- Rastreabilidade

- Adesão à certificadora

- SELO (INMETRO/MAPA)

4

PC

Manejo tradicional

PIMo PO

MIP

Manejo orgânico

Agrotóxicos permitidos

Agrotóxicos proibidos

IN 14 (NTE-PIMo)

- Monitoramento pragas chave

- Métodos alternat. de controle

- Agrotóxicos- Grade (registrados, restrições)

- Caderno de campo (docum.)

- Disciplina (limites, carência, EPI)

- Rastreabilidade

- Adesão à certificadora

- SELO (INMETRO/MAPA)

5

Princípio Ativo Marca Comercial ClassePeríodo de Carência (DIAS)

Classificação Toxicológica

Dose para 100 litros(g ou mL)

Limite Máximo de

Resíduo (L.M.R.)

Abamectin

Abamectin Acaricida/Inseticida 3 III

75 mL0,02

Vertimec 18 CEAcaricida/Inseticida 3 III

50 a 75 mL0,02

PotenzaAcaricida/Inseticida 3 I

50 a 75 mL0,02

Kraft 36 ECAcaricida/Inseticida 3 I

25 a 30 mL 0,02

AzoxystrobinAmistar Fungicida 2 IV 10 a 13 g 5,0

Amistar WG Fungicida 2 IV 10 a 13 g 5,0

Clofentezina Acaristop 500 SC

Acaricida 14 III 400 mL 0,5

Difenoconazole Score Fungicida 7 I 40 mL 0,5

Fenpiroximate Ortus 50 SC Acaricida 5 III 100 mL 0,01

GRADE DE AGROTÓXICOS

6GRADE DE AGROTÓXICOS

Fenpropratin

Danimen 300 EC Acaricida/Inseticida

3 I 50 a 65 mL 2,0

Meotrin 300Acaricida/Inseticida 3 I 50 a 65 mL 2,0

Fluazinam Frowcide 500 SC Fungicida 3 III100 mL

2,0

Lambda-cialotrina Karate zeon 50 Inseticida 3 III 80 mL 0,5

Imibenconazole Manage 150 Fungicida 7 III 75 a 100 mL 0,5

Iprodiona Rovral SC Fungicida 3 IV 150 mL 2,0

Malathion Malationa Inseticida 7 III 200 mL 1,0

Metam Sodium Bunema Fumigante 0,1 II 75 mL SOLO

Metconazole Caramba 90 Fungicida 7 III 50 a 100 mL 0,1

Princípio Ativo Marca Comercial ClassePeríodo de Carência (DIAS)

Class. Toxicol.

Dose para 100 litros(g ou mL)

L.M.R.

7GRADE DE AGROTÓXICOS

Princípio Ativo Marca Comercial ClassePeríodo de Carência (DIAS)

Class. Toxicol.

Dose para 100 litros(g ou mL)

L.M.R.

Pyrimethanil Mythos Fungicida 3 III 200 mL 1,0

Propargite Omite 720 CE Acaricida 4 III 30 mL 7,0

ProcimidoneSialex 500 Fungicida 1 II 50 a 100g 3,0

Sumilex 500 WP Fungicida 1 II 50 a 100g 3,0

Triforine Sonet Fungicida 2 II 150 mL 2,0

Tebuconazole

Constant Fungicida 5 III 75 mL 0,1

Elite Fungicida 5 III 75 mL 0,1

Folicur 200 EC Fungicida 5 III 75 mL 0,1

Triade Fungicida 5 III 75 mL 0,1

Folicur WP Fungicida 5 III 75 mL 0,1

Thiamethoxam Actara 250 WG Inseticida 1 III 10 g 0,1

Tiofanato metílico

Cercobin 700 WP Fungicida 14 IV 70 g 5,0

Metiltiofan Fungicida 14 IV 70 g 5,0

Fungiscan 700 WP Fungicida 14 IV 70 g 5,0

8

GRADE DE AGROTÓXICOS

ATENÇÃO:

1) O fungicida Certus consta como registrado no site do MAPA, mas desde 2003 a empresa Bayer, responsável por esta molécula, não comercializa este produto no Brasil (informação obtida diretamente da empresa). Certus é uma mistura de dois princípios ativos e por isto não foi colocado na tabela acima.

2) Determinados Estados podem ou não permitir o uso de alguns destes produtos. Antes de usar os mesmos, fazer consulta aos órgãos responsáveis pelos cadastros nestes Estados.

9

PC

Manejo tradicional

PIMo PO

MIP

Manejo orgânico

Agrotóxicos permitidos

Agrotóxicos proibidos

IN 14 (NTE-PIMo)

- Monitoramento pragas chave

- Métodos alternat. de controle

- Agrotóxicos- Grade (registrados, restrições)

- Caderno de campo (docum.)

- Disciplina (limites, carência, EPI)

- Rastreabilidade

- Adesão à certificadora

- SELO (INMETRO/MAPA)

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PC

Manejo tradicional

PIMo PO

MIP

Manejo orgânico

Agrotóxicos permitidos

Agrotóxicos proibidos

IN 14 (NTE-PIMo)

- Monitoramento pragas chave

- Métodos alternat. de controle

- Agrotóxicos- Grade (registrados, restrições)

- Caderno de campo (docum.)

- Disciplina (limites, carência, EPI)

- Rastreabilidade

- Adesão à certificadora

- SELO (INMETRO/MAPA)

11

IWASSAKI (2010)

12

Produção Convencional Produção Integrada

Infestação natural (maio) Infestação mudas (desde plantio)

Máx.: 140,9 ácaros/folíoloMáx.: OG – 59,9 ácaros/folíolo

CR – 51,5 ácaros/folíoloCM – 23,9 ácaros/folíolo

Vertimec, Ortus e ProtmaxÁcaros predadores – infestação natural

OmiteÁcaros predadores - introduzido e

infestação natural

12 aplicações (Vertimec e Ortus) 2 aplicações (Omite)

Semanal (jun-set)30/07 – Oso Grande e Camino Real

18/08 – Área total

Não zerou até última amostra(11/novembro)

Resultado zero a partir da 2ª quinzena de outubro

CONTROLE INTEGRADO - MORANGO

IWASSAKI (2010)

13

59,9

140,9

51,5

23,9

Apresenta diferença estatística (5%) – PIMo x PC

CONTROLE INTEGRADO - MORANGO

IWASSAKI (2010)

14

1 média de quatro repetições ± erro padrão2 letras minúsculas diferentes indicam diferença estatística (p≤0,0001) entre os períodos (março e agosto), para cada acaricida.

IWASSAKI (2010)

CONTROLE INTEGRADO - MORANGO

15

PROJETOS PIMo NO BRASIL

Problemas resíduos: ES (2003)

Início oficial: Dez 2004/Jan 2005 - Convênio MAPA/CNPq• PIMO – ES – Incaper• PIMO – RS e MG – CPACT• PIMOs – RS (Semi-hidropônico) – CNPUV

2006Início dos trabalhos em SP – CNPMA (vigentes até 2010)

2007/2008 Projeto Vale Caí – Boas Práticas – CNPUVAprovação recursos Embrapa (MP4 – Transf. Tecnologia)

2008Encerramento projeto RS e Sul MG

2008 / 2009 / 2010Início dos trabalhos no PR, envio de projeto RJ, contatos MG, DF e RS

16

CONTATOS NAS REGIÕES PRODUTORAS

ES – Helcio Costa (Incaper)

SP – Fagoni Fayer Calegario (CNPMA)

PR – Maria Aparecida Cassilha Zawadneak (UFPR)

MG – Mário Sérgio Dias (EPAMIG)

RJ – Marcos Fonseca (CTAA)

DF – Miguel Michereff Filho (CNPH)

RS – Marcos Botton (CNPUV)

17

18

REVISTA GOL n.97 (abril de 2010)

19

REVISTA GOL n.97 (abril de 2010)

20

HISTÓRICO EM ATIBAIA, JARINU E REGIÃOHISTÓRICO EM ATIBAIA, JARINU E REGIÃO

Parcerias

Prefeitura da Estância de Atibaia (SAA, SS, Meio Ambiente, Coordenadoria de Segurança Alimentar), Associação dos Produtores de Morango e Hortifrutigranjeiros de Atibaia, Jarinu e Região, Sindicato Rural, Conselho Agrícola, Prefeitura de Jarinu

Outras Unidades da

Embrapa

Embrapa Uva e Vinho (CNPUV), Embrapa Clima Temperado (CPACT), Embrapa Gado de Leite (CNPGL), Agroindústria de Alimentos (CTAA), Hortaliças (CNPH)

Outras instituições

Incaper, ESALQ (Clínica Fitopatológica, Casa do Produtor Rural, professores), APTA (IAC, IB, Polos), CEAGESP, Centro Universitário Padre Anchieta, UNIVAS, EMATER, EPAMIG, CPS

CATI

Sementes e Mudas (São Bento do Sapucaí), Bragança, Atibaia, Campinas, Botucatu, regiões produtoras

EmpresasPromip, Itaforte BioProdutos, Igeagro, Agrosafety, contatos de Dr. Helcio Costa (grade de agrotóxicos)

21

HISTÓRICO EM ATIBAIA, JARINU E REGIÃOHISTÓRICO EM ATIBAIA, JARINU E REGIÃO

1° ano

2006

Sensibilização em educação ambiental

Diagnósticos da situação local

Tomada de decisão de adesão à PIMo

2° ano

2007

Programa de capacitação técnica em PIMo

Tentativa de validação em propriedades de produtores

Elaboração nacional das normas (NTE-PIMo)

3° ano

2008

Publicação das NTE-PIMo (IN 14, de 01/04/08)

Validação do norma na UD Central da PIMo com recursos OP 2008 (R$50 mil)

4° ano

2009

Implementação da PIMo com recursos OP 2009 (R$40 mil)

Projeto Embrapa (CNPq finalizado em 2008)

UD Central + 10 UDs - VERMELHÃO

CATI + SAA + Embrapa + Associação + CPS (2010)

5° ano

2010

Implementação da PIMo com recursos OP 2010 (R$30 mil)

5 UDs – Instalação em out 2009

Contratação de agrônomo e busca por certificação

22

Simulação de liberação de ácaro predador

Programa de Treinamentos

23

24

25

26

AuditoriaAuditoria

27

CURSO DE FORMAÇÃO DE RESPONSÁVEIS TÉCNICOS E AUDITORES DA PIMo

28

CURSO DE FORMAÇÃO DE RESPONSÁVEIS TÉCNICOS E AUDITORES DA PIMo

29

DESAFIOSDESAFIOS

30

PRINCIPAIS DIFICULDADES

IMPASSE:

PRODUTOR NÃO TEM MOTIVAÇÃO PARA PLANTAR EM SISTEMA PI

NÃO HÁ DIFERENCIAL DE PREÇO DOS PRODUTOS PI

OS CONSUMIDORES NÃO CONHECEM OS BENEFÍCIOS DOS PRODUTOS PI

OS BENEFÍCIOS NÃO SÃO DIVULGADOS

NÃO HÁ CESTA DE PRODUTOS PI NO MERCADO

PORQUE

PORQUE

PORQUE

PORQUE

PORQUEPORQUE (Calegario et al., 2010)

31

PRINCIPAIS DIFICULDADES

• Falta de Marco Legal atualizado para respaldar SAPI (Sistema Agropecuário de Produção Integrada)

• Produtos alternativos ainda considerados na Lei dos agrotóxicos (ácaros predadores, fungos entomopatogênicos, etc)

• Falta de certificadoras acreditadas no INMETRO com extensão de escopo para PIMo (necessária solução urgente para viabilizar certificação do morango na safra 2010)

• Falta de segurança do produtor em aderir

• Incerteza do mercado

• Falta de associativismo forte

• Inexistência de compra e venda conjuntas

• Falta de trabalhar o mercado

• Falta de divulgação da PIMo para o consumidor

• Falta de mudas e mão-de-obra de qualidade

• Problemas sócioeconômicos nas regiões produtoras

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PONTOS FORTES !!!

• Persistência e ampliação das parcerias• Existência de planejamento estratégico anual (norte para as

atividades e responsabilidades)• Melhoria da comunicação entre parceiros (problemas –

crises - comunicação – missão – reconhecimento - união)• Agilidade/criatividade do grupo todo em propor soluções• Engajamento da Prefeitura e sociedade (recursos OP,

funcionários, recursos para realização de treinamento)• Transformação da PIMo em política pública• Apoio e empoderamento da Associação de Produtores• Auditoria anual por profissional contratado (credibilidade)• Equipe de pesquisa se ampliando

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Perspectivas futuras

• Morango convencional é produto estigmatizado, mas a certificação PIMo (que está muito próxima em SP) pode melhorar a imagem do produto, além de

• Morango tem potencial de ser usado como modelo no Sudeste para divulgação do sistema de PI

• Utilização da ABP (Aprendizagem Baseada em Projetos) aplicada à PI, em parceria com o Centro Paula Souza (CPS), potencializando a transferência de tecnologia na PI

• Busca de novos modelos de transferência de tecnologia em conjunto com instituições de assistência técnica e extensão rural

• Investimento na educação para transferência de tecnologia, considerando PI um sistema que nada mais faz do respeitar os direitos dos cidadãos

• Legislação de Minor Crops viabilizando a PIMo

• Legislação para registro de produtos para produção orgânica, não mais considerando-os como agrotóxicos

34

OBRIGADA!OBRIGADA!

Fagoni Fayer CalegarioFagoni Fayer Calegario

fagoni@cnpma.embrapa.brfagoni@cnpma.embrapa.br

(19)3311-2686(19)3311-2686

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