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pH E TAMPÕES
O íon hidrogênio (H+) é o íon mais importante nos sistemas biológicos
A [H+] nas células e líquidos biológicos influencia a velocidade das reações químicas, a forma e função das enzimas assim como de outras proteínas celulares e a
integridade das células
ÍON HIDROGÊNIO
A [H+] nas células e líquidos biológicos deve estar em torno de 0,4nM (0,4x10-7)
80mM de íons hidrogênio são ingeridos ou produzidos pelo metabolismo por dia.
ÁCIDOSConceito de Arrhenius:
Ácido é toda substância que em solução aquosa libera como cátion o íon hidrogênio (H+).
Ex.: HCl + H2O H3O+ + Cl-
Conceito de Brönsted e Lowry:
Ácido é um doador deprótons, um substância que pode transferir um próton para outra.
BASESConceito de Arrhenius:
Base é toda substância que em solução aquosa se dissocia liberando ânion oxidrila (OH-).
Ex.: NaOH + H2O Na+ + OH-
Conceito de Brönsted e Lowry:Base é um receptor de
prótons. Um ácido pode transferir um próton para
uma base. Ex.: NH3 + H2O NH4
+ + OH-
Ácidos e Bases
CH3-COOH + H2O CH3-COO - + H3O+
(ácido) (base)
O íon acetato é a base conjugada do ácido acético
O ácido acético é o ácido conjugado do íon acetato
O íon hidrônio é o ácido conjugado da água
A água é a base conjugada do íon hidrônio
Ácidos aumentam a [H+] de uma solução aquosa e bases a diminuem
íon acetato íon hidrônioácido acético
(ácido)(base)
Dissociação da água e seus produtos iônicos
H2O + H2O OH - + H3O+
A água funciona tanto como ácido quanto como base
Lei da ação das massas: K =[ H3O+] [OH -]
=[ H3O+] [OH -]
[H2O] [H2O] [H2O]2
K.[H2O]2 = Kw = [ H3O+] [OH -] = 10-14
Na água pura a [H+] é igual a [OH-] que é igual a 10-7
MOLÉCULA POLAR
MOLÉCULA APOLAR
ACETONA
METIL PROPANO
ÁGUA
ÁGUA
CAMADA DE SOLVATAÇÃO MAIS PRÓXIMA
CAMADA DE SOLVATAÇÃO MAIS AFASTADA
As proteínas transportadoras aumentam a eficiência do transporte de pequenas moléculas hidrofílicas através da membrana plasmática
DIFUSÃO FACILITADA
Mudanças na concentração de íons Hidrônio(H3O+) ou ions Oxidrila (OH-) alteram a solubilidade
das substancias e compostos hidrossolúveis
QUANDO HÁ ALTERAÇÃO NA CONCENTRAÇÃO DOS PRODUTOS IÔNICOS DA ÁGUA, TAMBÉM HÁ ALTERAÇÃO NA
FORÇA IÔNICA DA SOLUÇÃO
SOLUÇÕES ACIDAS SOLUÇÕES BÁSICAS
SOLUÇÃO NEUTRAALTA FORÇA
IÔNICAALTA FORÇA
IÔNICA
BAIXA FORÇA IÔNICA
Potencial hidrogeniônico (pH)
A [H+] de uma solução é quantificada em unidades de pH
O pH é definido como o logarítmo negativo da [H+]
pH = -log [H+]
A escala de pH varia de 1 até 14, uma vez que qualquer [H+] está compreendida na faixa de 100 a 10-14.
ESCALA DE pH
pH H3O+
(mols/L)OH-
(mols/L)
0 100 = 1 10-14=0,000 000 000 000 01
3 10-3 = 0,001 10-11=0,000 000 000 01
7 10-7 = 0,000 000 1 10-7=0,000 000 1
10 10-10 = 0,000 000 000 1 10-4=0,000 1
14 10-14 =0, 000 000 000 000 01 10-0=1
ACIDEZ
ALCALINIDADE
Homeostasia é a constância do meio interno
pH x homeostasia
equilíbrio entre a entrada ou produção de íons hidrogênio e a livre remoção desses íons do organismo. o organismo dispõe de mecanismos para manter a [H+] e, conseqüentemente o pH sangüineo, dentro da normalidade, ou seja manter a homeostasia .
pH do Sangue Arterial
7,47,0 7,8
Faixa de sobrevida
Acidose AlcalosepH normal
Aumento da [H+]
7,4
Acidose
Alcalose
Queda do pH
Acúmulo de ácidos
Acúmulo de basesPerda de ácidos
Perda de bases
Diminuição da [H+]
Escala de pHAumento do pH
Alterações no pH
ESPECIFICIDADE
ADAPTAÇÃO
AMPLIFICAÇÃO
INTEGRAÇÃO
SINALIZAÇÃO CELULAR
PROTEÍNAS
SINALIZAÇÃO QUÍMICA INTRACELULAR
PROTEÍNAS
DIVERSAS VIAS DE SINALIZAÇÃO QUÍMICA
SINALIZADOR EXTRACELULAR
PROTEÍNAS RECEPTORAS
PROTEÍNAS SINALIZADORAS
PROTEÍNAS ALVOS
ENZIMAS METABÓLICAS
PROTEÍNAS REGULADORAS DE GENES
PROTEÍNAS DO CITOESQUELETO
ALTERAÇÕES NO
METABOLISMOALTERAÇÕES
NA EXPRESSÃO DE GENES
ALTERAÇÕES NA FORMA E NO
MOVIMENTO DAS CÉLULAS
TENDE A ALTERAR A FORMA E,
CONSEQUENTEMENTE, A FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS
- pH: Idem à temperatura; existe um pH ótimo, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a
catálise.
H+
H+
H+
H+
Íons Hidrogênio podem interferir
na catalise
Tabela 1: pH Ótimo de algumas enzimas
7.0 Catalase
4.6 - 5.2 Amylase (malt)
6.7 - 7.0 Amylase (pancreas)
6.1 - 6.8 Maltase
4.5 Invertase
7.0 Urease
7.8 - 8.7 Trypsin
1.5 - 1.6 Pepsin
4.7 Lipase (castor oil)
4.0 - 5.0 Lipase (stomach)
8.0 Lipase (pancreas)
pH Optimum Enzyme
fonte: http://www.worthington-biochem.com/introBiochem/effectspH.html
COMPARTIMENTOS biológicos COM pH diferenciado
Ativação de enzimas específicas
Garantem a homeostaseTanto da células quanto do organismo
Canalículossecretórios(pH < 2,0)
H+ K+
ATPase
Citosol(pH 7,3)
CCéélula parietallula parietal
H+H+
H+
H+
K+
K+
K+K+
K+
K+
K+
K+K+
K+ K+
Cl_
Cl_ Cl
_Cl
_Cl_
Cl_
ATP ADP
HCl
HCl
HClHCl
Sangue(pH 7,4)
OmeprazolOmeprazol
irreversirreversíívelvelPEPSINA
RR
P P
4 - DEGRADAÇÃO
RA
A A
2 - SEQUESTRO
3- RECICLAGEM
RA
Arr
FOSFATASES
REGULAÇÃO DE RECEPTORES INDUZIDA POR AGONISTAS
FUNCIONAM EM Ph mais ácido < 7
Ph mais ácido < 6PROTEASES
H+ bombaDe protóns
H+
ATP ADP
H+
GRKs = quinasesdependentes de receptores acoplados a proteína G
1- DESSENSIBILIZAÇÃO
GRKsR
P
A
Arr
AC
Ptn G(quinases)
Alterações bruscas de pH podem levar as proteínas a desnaturação
Fontes de H+ decorrentes dos processos metabólicos
Powers,S.K. e Howley, E.T., Fisiologia do Exercício, (2000), pg207 Fig11.3
Metabolismoaeróbico da glicose Metabolismo
anaeróbico da glicoseÁcido Carbônico
Ácido LáticoÁcido Sulfúrico
Ácido FosfóricoCorpos Cetônicos Ácidos
H+
Oxidação de Amino ácidosSulfurados
Oxidação incompleta de ácidos graxos
Hidrólise das fosfoproteínas e nucleoproteínas
Corpos Cetônicos
• São produzidos em resposta a níveis elevados de Ácidos Graxos no fígado.
• Quando Acetil CoA excede capacidade oxidativa do fígadoMitocôndrias hepáticas Corpos cetônicos
CH3 C
O
CH3
Acetona
CH3 C
O
CH2 CO
O-Acetoacetato
CH3 C
OH
H
CH2 CO
O-3 Hidroxibutirato
Doador de Hidrogênio
• Funções:– Importantes fontes de energia para tecidos
periféricos;– São solúveis em solução aquosa (Não precisam
de transportadores no sangue);– Usados nos tecidos extra-hepáticos (inclusive
cérebro);– Em jejum muito prolongado 75% das
necessidades energéticas do cérebro são atendidas pelo acetoacetato;
Corpos Cetônicos
* A acetona não é utilizada pelo corpo como um combustível, ela é volátil e pode ser eliminada pela respiração (Hálito Cetônico).
• Cetose:aumento da concentração de Corpos Cetônicos nos Tecidos Líquidos e Corporais.
• Velocidade de formação de Corpos Cetônicosé maior que sua utilização.
Corpos Cetônicos
Cetonemia(aumento de níveis no Sangue).Cetonúria(Urina).
• Condições Típicas que se observa a Cetose: jejum, Diabetes mellitus, Dietas ricas em Gorduras e pobres em Glicídios,
• Secreções contínuas em maior quantidade acarretam a perda de cátion tampão (OH-) àmedida que circula no sangue diminuição do pH corporal cetoacidose.
Corpos Cetônicos
EXTERNALIZAÇÃO DE TRANSPORTADORES DE GLICOSE INDUZIDA POR INSULINA
reserva intracelular de transportadores de glicosepresente nos endossomas
Mobilização da reserva intracelular de
transportadores de glicose
para a membrana plasmática
Transportador de glicoseReceptor de insulina
Células não estimulada
Insulina
Mais Transportadores
de glicoseCélulas estimulada
EXOCITOSE
DM do tipo 1 resulta primariamente da destruição das células beta pancreáticas e tem tendência à cetoacidose;
Inclui casos decorrentes de doença auto-imune e aqueles nos quais a causa da destruição das células beta não é conhecida;
A forma rapidamente progressiva é comumente observada em crianças e adolescentes, porém pode ocorrer também em adultos;
A forma lentamente progressiva ocorre geralmente em adultos e é referida como diabetes latente auto-imune do adulto.
Diabetes Mellitus (DM)
SBD, 2002
DM do tipo 2: graus variáveis de resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de insulina;
A maioria dos pacientes tem excesso de peso e a cetoacidoseocorre apenas em situações especiais, como durante infecções graves;
O diagnóstico, na maioria dos casos, é feito a partir dos 40 anos de idade, embora possa ocorrer mais cedo, mais raramente em adolescentes.
Nos últimos anos, a incidência de diabetes do tipo 2 vem crescendo entre crianças e jovens nos Estados Unidos, em associação ao aumento da obesidade
Diabetes Mellitus (DM)
SBD, 2002
SBD, 2002
pH dos Líquidos Corporais
Concentração de H+ em mEq/l pHLíquido Extracelular
Sangue arterial 4.0 x 10-5 7.40Sangue venoso 4.5 x 10-5 7.35Líquido Intersticial 4.5 x 10-5 7.35
Líquido Intracelular 1 x 10-3 a 4 x 10-5 6.0 a 7.4
Urina 3 x 10-2 a 1 x 10-5 4.5 a 8.0
HCl gástrico 160 0.80
Medidas de pH
Eletrométrico pHmetro
Lavar o eletrodo e secar com papel absorvente Padronização feita com soluções de pH abaixo e acima do que vai ser medido
Potenciômetro mede [H+]diferença de potencial elétrico
entre duas soluções
Colorimétrico indicadores
Indicador-H H+ + Indicador(Cor A) (Cor B)
Medidas de pH
Indicadores de pHIndicadores de pH são substâncias (corantes)
utilizadas para determinar o valor do pH
Exemplos
Metil-violeta
pH0 2 4 6 8 10 12
Amarelo Violeta
Tornassol Amarelo Azul
incolor Vermelho Violeta
Fenolftaleína
Os Sistemas Tampões
COMPOSIÇÃO E AÇÃO DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO
Um tampão resiste ás variações no pH porque ele contém tanto espécies ácidas para neutralizar
os íons OH- quanto espécies básicas para neutralizar os íons H+.
Exigência preenchida por um par ÁCIDO-BASE CONJUGADO
CH3COOH / CH3COO- NH4+ / NH3ou
Íon Amônio Amônia
ácido base- conjugada
Acido acético acetato
Ácido- conjugado base
COMPOSIÇÃO E AÇÃO DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO
Íons OH- são adicionados à solução-tampão:
HX (aq) H2O (l) + X- (aq)OH- (aq) +
[HX] [X-]
Quantidades de HX e X- no tampão são grandes comparadas com a quantidade de OH- adicionada, por isso a razão [HX] / [X-] não varia
muito, tornando a variação no pH pequena.
Adição de hidroxilas(tende a consumir o ácido)
Concentração do ácido fraco diminui
Concentração da base conjugada aumenta
Mudanças estreitas nos valores de pH
Acido fracobase conjugada
COMPOSIÇÃO E AÇÃO DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO
Íons H+ são adicionados à solução-tampão:
[X-] [HX]
Quantidades de HX e X- no tampão são grandes comparadas com a quantidade de H+ adicionada, por isso a razão [HX] / [X-] não varia
muito, tornando a variação no pH pequena.
X- (aq) HX (aq)H+ (aq) +
Adição de ácido(tende a consumir a base)
Concentração da base fraca diminui
Concentração do ácido conjugado aumenta
Mudanças estreitas nos valores de pH
COMO SÃO FORMADAS AS SOLUÇÕES TAMPÕES?
PORQUE SEMPRE TEMOS ACIDOS FRACOS OU BASES FRACAS FORMANDO OS TAMPÕES?
Ka =[H+] [X-]
[HX]
Produto da dissociação do ácido
Reagente (ácido)
CONSIDERANDO-SE UM ÁCIDO FORTE
DISSOCIAÇÃO DO ÁCIDO FORTE EM SOLUÇÃO AQUOSA É TOTAL
DENOMINADOR É CONSIDERADO ZERO
Não É POSSIVEL CALCULAR O VALOR DO Ka
Denominador ñ pode ser zero
HCl H+
Cl_
+(Ácido forte) (base-conjugada)
Base muito fraca
CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO
Considerando-se um ácido fraco:
Ka =[H+] [X-]
[HX]
Produto da dissociação do ácido
Reagente (ácido)
DISSOCIAÇÃO DO ÁCIDO FRACO EM SOLUÇÃO AQUOSA É PARCIAL
Denominador É MAIOR DE ZERO
DENOMINADOR É MAIOR QUE ZERO
É POSSIVEL CALCULAR O VALOR DO Ka
CH3COOH(aq) CH3COO-(aq) + H+
(aq)ÁCIDO ACÉTICO
ÁCIDO FRACO(base-conjugada)
BASE FRACA
Ka
QUAL É A COMPOSIÇÃO E AÇÃODAS SOLUÇÕES-TAMPÃO?
COMPOSIÇÃO E AÇÃO DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO
Preparação
Mistura de um ácido fraco ou uma base fraca
com um sal do ácido ou da base.
ácido carbônico bicarbonato 4.45 x 10-7 5,35 -7,35
EQUAÇÃO DE HENDERSEN-HASSELBALCH
Ka[HX][X-]
[H+] =
- log Ka[HX][X-]
- log [H+] = - log Ka - log=[HX][X-]
Onde, - log [H+] = pH e – log Ka = pKa, temos:
[HX][X-]= pKa + logpH
pH = pKa - log [HX][X-]
[X-][HX]
= pKa + log
ÁCIDO ACÉTICO
ÁCIDO FRACO BASE FRACA
Ka
Ka da reação = 1.8 x 10-5 pKa = – log KapKa = – log Ka
pH = pKa = 4,74
Se a relação de entre os produtos e o reagente for de 1/10
pH = pKa + log[X-][HX]
(4,74)
pH = 4,74 - 1 pH = 3,7
CH3COOH(aq)acetato (base-conjugada)CH3COO-
(aq) + H+(aq)
C H 3 C O O -(a q )
C H3
C O O H( a q )
ESPÉCIE ÁCIDA
ESPÉCIE BÁSICA
(1 mM)
(10 mM) Mais ácido
Se a relação entre produtos e reagentes for de 10/1
pH = 4,74 + 1 pH = 5,74
CH3COOH(aq) CH3COO-(aq) + H+
(aq)ÁCIDO ACÉTICO
ÁCIDO FRACO
(base-conjugada)
BASE FRACA
Ka
Ka da reação = 1.8 x 10-5 pKa = – log KapKa = – log Ka
pH = pKa = 4,74
pH = pKa + log[X-][HX]
(4,74)C H 3 C O O -
(a q )
C H3
C O O H( a q )
ESPÉCIE ÁCIDA
ESPÉCIE BÁSICA
(10 mM)
(1 mM) Mais básico
COMPOSIÇÃO E AÇÃO DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO
Os tampões resistem mais eficazmente à variação de pH em qualquer sentido quando as concentrações de ácido fraco e base conjugada são
aproximadamente as mesmas.
A partir da equação:
Quando as concentrações de ácido fraco e base conjugada são iguais, [H+] = Ka.
Geralmente tentamos selecionar um tampão cuja forma ácida tem pKa próximo do pH desejado.
Ka[HX][X-]
[H+] = Valores iguais= 1
Valor do pKa = 4,74Valor do pH serápróximo de 4,74(ácido acético/acetato)
Poder TamponantepH do tampão Concentrações do sal e do ácido
Relação Sal/Ácido = 0,1 (1/10) pH = pKa + log 0,1
pH = pKa -1
Relação Sal/Ácido = 10/1 pH = pKa + log 10
pH = pKa +1
Poder tamponante de um sistema tampão pode ser definido pela quantidade de ácido forte que é necessário adicionar para fazer variar o pH de uma
unidade
pH = 3,7(ácido acético/acetato)
pH = 5,74(ácido acético/acetato)
CAPACIDADE DE TAMPÃO
É a quantidade de ácido ou base que um tampão pode neutralizar antes que o pH comece a variar a um grau apreciável.
Depende da quantidade de ácido e base da qual o tampão é feito.
Se um tampão apresentar mais espécies básicas (tampão básico) – ele irá suportar
maior adição de ácidos
Se um tampão apresentar mais espécies ácidas (tampão ácido) – ele irá suportar
maior adição de bases
Exemplos de Tampões
CH3-COOH + CH3-COONaAcetato
Bicarbonato H2CO3 + NaHCO3
Fosfato H2PO-4 + NaHPO4
Amônia NH4OH + NH4Cl
COMPOSIÇÃO E AÇÃO DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO
Preparação
Mistura de um ácido fraco ou uma base fraca com um sal do ácido ou da base.
ácido carbônico bicarbonato 4.45 x 10-7 5,35 -7,35
Sistemas Primários Reguladores do pH
Os sistemas químicos de tampões ácido-base dos
líquidos corporais; O centro respiratório, que regula a remoção de CO2
do líquido extracelular; Os rins, que agem reabsorvendo o bicarbonato
filtrado ou eliminando o H+ pelo sistema tampão fosfato ou na forma de NH4
+.
Os Sistemas Tampões do Organismo
Os principais sistemas tampões presentes no organismo, que permitem a manutenção da homeostasia, são:
SISTEMA BICARBONATO
SISTEMA FOSFATO
PROTEÍNAS
SISTEMA DA AMÔNIA
SISTEMA BICARBONATO
SISTEMA FOSFATO
PROTEÍNAS
SISTEMA DA AMÔNIA
principal sistema tampão do organismoresponsável principal pelo tamponamento do
meio extracelular
Depende muito da função integrada dos rins e pulmões
É predominante no sangue (plasma), no filtrado renal e fluído extracelular
PRESENÇA RELEVANTE NO FILTRADO RENAL
Tem ação adjuvante com o Sistema Bicarbonato
Funcionam como sistema tampão principalmente no meio intracelular e têm
ação adjuvante com os sistema bicarbonato no plasma sanguíneo
(proteínas plasmáticas)
PRESENÇA RELEVANTE NO FILTRADO RENALFavorece eliminação de íons hidrogênio pela
desaminação da glutamina
SANGUE COMO UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO
Sistema tampão usado para controlar o pH no sangue.
SISTEMA TAMPÃO ÁCIDO CARBÔNICO-BICARBONATO
H2CO3 / HCO3- : são um par ácido base conjugado.
SANGUE COMO UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO
Equilíbrios importantes no sistema tampão ácido carbônico-bicarbonato:
CO2: um gás que fornece um mecanismo para o corpo se ajustar aos equilíbrios.
A remoção de CO2 por exalação desloca o equilíbrio para a direita, consumindo íons H+.
H+(aq) + HCO3
-(aq) H2CO3(aq) H2O(l) + CO2(g)
rim pulmão
SANGUE COMO UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO
Para que o tampão tenha pH de 7,4, a razão [base] / [ácido] deve ser igual a um valor de 20.
No plasma sangüíneo normal as concentrações de HCO3- e H2CO3 são aproximadamente de
0,024 mol / L e 0,0012 mol /L, respectivamente.
20 espécies básicas para 1 espécie ácida
20 espécies básicas para 1 espécie ácida
O tampão tem alta capacidade para neutralizar ácido adicional, mas apenas uma baixa
capacidade para neutralizar base adicional.
SANGUE COMO UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO
TAMPÃO ÁCIDO CARBÔNICO-BICARBONATO
Se um tampão apresentar mais espécies básicas (tampão básico) – ele irá suportar maior adição de ácidos
Fontes de H+ decorrentes dos processos metabólicos
Powers,S.K. e Howley, E.T., Fisiologia do Exercício, (2000), pg207 Fig11.3
Metabolismoaeróbico da glicose Metabolismo
anaeróbico da glicoseÁcido Carbônico
Ácido LáticoÁcido Sulfúrico
Ácido FosfóricoCorpos Cetônicos Ácidos
H+
Oxidação de Amino ácidosSulfurados
Oxidação incompleta de ácidos graxos
Hidrólise das fosfoproteínas e nucleoproteínas
APLICAÇÕES DOS CONCEITOS de pH e Tampão na Fisiologia, na
Farmacologia e na Clínica médica.
pH em condições normais é de 7,4
pH abaixo de 7,35 indica acidose, devido a alta de H+
pH acima de 7,45 indica alcalose, como resultado da diminuição de H
pH abaixo de 6,8 ou acima de 7,8 é, praticamente, fatal.
alcalose7,700,0002
normal7,400,00004
acidose7,220,00006
Status Ácido-Básico
pH[H+] (mEq/l)
O pH do plasma
Limites confiáveis:
PCO2 37 mmHg e 45 mmHg
Bicarbonato 22meq/l e 26 meq/l
Sistema de tamponamento dióxido de carbono-bicarbonato é o principal tampão extracelular
Controle SNC e pulmão
Controle renal
Tamponamento intracelular :Hemoglobina ProteínasFosfato dibásicoCarbonato osseo
Tampões fixos ( ñ permitem grandes variações em seus componentes básicos e
ácidos )
É um tampão dinâmico
Sua capacidade tamponante pode ser regulada
HOMEOSTASIA E DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
Os principais órgãos que regulam o pH do sistema tampão ácido carbônico-bicarbonato são pulmões e rins.
Os rins absorvem ou liberam H+ e HCO3-; muito do
excesso de ácido deixa o corpo na urina, que normalmente tem pH de 5,0 a 7,0.
SISTEMA RENAL
Alguns dos receptores no cérebro são sensíveis às concentrações de
H+ e CO2 nos fluídos corpóreos.
Quando a concentração de CO2 aumenta, os equilíbrios
deslocam-se para a esquerda, o que leva à formação de mais H+.
Os receptores disparam um reflexo para respirar mais rápido e
mais profundamente, aumentando a velocidade de eliminação de
CO2 dos pulmões e deslocando o equilíbrio de volta para a direita.
HOMEOSTASIA E DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
CONTROLE NEURAL FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Os mecanismos que controlam a respiração são complexos. Há um grupo de centros respiratórios localizados no tronco cerebral
produzindo atividade respiratória automática.
Eles são regulados principalmente pela aferência de quimiorreceptores.
Este controle pode ser cancelado por uma ação voluntária (comando cortical).
Segurar o fôlego, HIPERVENTILAR VOLUNTARIAMENTE, ou suspirar são exemplos do que podemos fazer com nosso controle voluntário
sobre a respiração.
CONTROLE NEURAL DA RESPIRAÇÃO
O principal centro respiratório está no assoalho do 4o Ventrículo, com um grupo de neurônios inspiratórios
(dorsais) e outro grupo expiratório (ventral) .
Os neurônios inspiratórios disparam automaticamente, enquanto que os expiratórios são utilizados somente durante a expiração forçada.
Os dois outros principais centros são o CENTRO APNÊUSTICO, que
estimula a inspiração e o CENTRO PNEUMOTÁXICO, que termina a
inspiração pela inibição do grupo de neurônios dorsais descritos acima.
Os QUIMIORRECEPTORES que regulam a respiração são localizados centralmente e perifericamente.
Normalmente o controle é exercido por receptores centrais localizados na medula, que
respondem à
concentração do íon hidrogênio [H+] no líquido cerebroespinhal(CSF),
DETERMINADO PELO pressão de CO2 ARTERIAL, que se difunde livremente através da barreira hemato-encefálica.
Mecanismos pulmonares na regulação ácido-básica
O LCR tem baixa capacidade tamponante
Poucas proteínasProteínas plasmáticas
quimioceptores
TECIDO NERVOSO LCR Líquido cefaloraquidiano
Sangue venoso
Sangue arterial
CO2 produzido pelo
metabolismo
Barreira hematoencefálica
TECIDO NERVOSOBarreira hematoencefálica
LCR
A resposta é rápida e sensível a pequenas mudanças no CO2 arterial (PaCO2).
Além disso, há quimiorreceptores periféricos localizados nos corpos aórticos e carotídeos, a maioria dos quais sensíveis à queda da PaO2, e uma pequena minoria que respondem à elevação da
PaCO2.
O grau de hipoxemia necessário para produzir ativação significativa nesses receptores de O2 é tal que eles praticamente não fazem parte
da regulação neural da respiração em condições normais.
Caso profunda hipoxemia (PO2 abaixo de 60 mm Hg) se desenvolva, passarão a ter alguma importância. Isto também
acontece nos casos onde a PaCO2 está cronicamente elevada, levando a uma diminuição da sensibilidade dos receptores
centrais.Nestes casos, o bicarbonato plasmático está também normalmente elevado (acidose respiratória compensada).
QUIMIORRECEPTORES
SENSÍVEIS AO VARIAÇÕES DA PaO2
LOCALIZADOS NOS CORPOS CAROTÍDEOS E AÓRTICOS
MUDANÇAS NA CONCENTRAÇÃO
INTERNA DE CÁLCIO
LIBERAÇÃO DE DOPAMINA POR EXOCITOSE
ATIVAÇÃO DE FIBRAS AFERENTES VAGAIS
ATIVAÇÃO DE UM CONJUNTO DE RESPOSTAS
QUE LEVAM A UM AUMENTO DA PaO2
CONTROLE NEURAL DA RESPIRAÇÃO
Reflexo quimiorreceptor
Corpos carotídeos e aórticos
Quimiorreceptores periféricos
Quimiorreceptores centrais :Bulbo e hipotálamo
Centro respiratório bulbar
FISIOLOGIA RENAL
Papel do Rim no controle do pH plasmático
FUNÇÃO E ESTRUTURA RENAL
ANATOMIA RENAL – O RIMCada rim tem a forma de um grande grão de feijão e as seguintes dimensões em um adulto
Peso = 120 - 180 gramas
Profundidade = 2,5 - 3 cm
Largura = 5 - 7 cm
Altura = 10 - 13 cm
FILTRAFILTRAÇÇÃOÃOdos capilares
glomerulares para a cápsula de Bowman
A – filtraçãoglomerular
B – reabsorçãotubular
C – secreçãotubular
PrincPrincíípios de Formapios de Formaçção da urinaão da urina
A REABSORREABSORÇÇÃO TUBULARÃO TUBULAR é o movimento de água e solutos do lúmen tubular para o sangue (independentemente do mecanismo).
É um processo altamente seletivo e fundamental para algumas substâncias como o Na+, Cl-, HCO3-, PO4²-, Ca2+, Mg2+, glicose, a.a., água, entre outras.
A SECRESECREÇÇÃOÃO pode ser definida como a movimentação de solutos do sangue para o lúmen tubular ou, de substâncias produzidas nas células tubulares, do interior destas para o lúmen tubular.
É um processo importante para algumas substâncias entre as quais o H+, K+, NH4+.
Capilar periglomerular secreção Células tubulares
filtração
lúmen
Via transcelular
Via paracelular
solutos
água
Excreçãoreabsorção
Fluxo de massa
sangue ativo
passivo
BALANÇO RENAL DO BICARBONATO
TÚBULO PROXIMALLúmen
URINACÉLULA TUBULAR
PROXIMAL
Liquido intersticial
HCO3
APICAL BASAL
H +
Na+
HCO3
FILTRADO TUBULAR
H2CO3
H2OCO2 CO2 CO2
HCO3
H2O
H2CO3
H +H +
Cl_Cl
_
HCO3
ATP Na+K+
SANGUE
Anidrasecarbônica
Anidrasecarbônica
H2O
BALANÇO RENAL DA AMÔNIA
TÚBULO PROXIMALLúmen
URINACÉLULA TUBULAR
PROXIMAL
Liquido intersticial
APICAL BASAL
H +
Na+
FILTRADO TUBULAR
H +
ATPNa+
K+
SANGUENH4+
GLUTAMINA
NH3
desaminação
Íon AmônioAmônia
Ácido- conjugado
NH3
H +H +
H +Está Induzido em acidose
crônica
Neutraliza os íons H+
35 meq/dia excreção normal de Amônia
+ 300 meq/dia em acidemia severa
base
H H +
H +H +
SEQUENCIA DE TAMPONAMENTO DO PH
PROTEÍNAS DO CORPO
TROCA RESPIRATÓRIA DE CO2
LEVA MINUTOS
EXCREÇÃO RENAL DE HCO3-
LEVA DIAS
IMEDIATO
DISTÚRBIO
Aceptores e Doadores de H +
O pH anormal devido a concentração de bicarbonato alterada.
CLASSIFICAÇÃO DOS DISTURBIOS ÁCIDO-BASE
(alteração primária)
Alteração da PaCO2 plasmática.
(alteração secundária)
ACIDOSE METABÓLICA
ALCALOSE METABÓLICA
pH mais ácido pela diminuição primária de Bicarbonato no sangue - Acidemia
Pode ser compensada pela diminuição PaCO2 plasmática (secundária) -respiração rápida e profunda
pH mais básico pelo aumento primário de bicarbonato no sangue - Alcalemia
Pode ser compensada pelo aumento da PaCO2 plasmática (secundária) -respiração pausada
O pH anormal devido MUDANÇAS NA PaCO2 sanguinea.
CLASSIFICAÇÃO DOS DISTURBIOS ÁCIDO-BASE
(alteração primária)Alteração plasmática das
concentrações de Bicarbonato.
(alteração secundária)
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
pH mais ácido pelo aumento primário da PaCO2 no sangue - Acidemia
Pode ser compensada pelo aumento da concentração de bicarbonato no sangue(secundária)
pH mais básico pela diminuição primária de PaCO2 no sangue - Alcalemia
Pode ser compensada pelo diminuição da concentração plasmática de Bicarbonato (secundária) -
ALCALOSE METABÓLICA
Causas comuns
ingestão de antiácidos
Perda de ácido gástrico (vômitos)
Aumento da perda renal de H+No hiperaldosteronismo
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
Causas comuns
Hiperventilação por esforço voluntário (ansiedade)
Estimulação dos centros respiratórios, secundária a
meningite ou a febre
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
Causas comuns
É acompanhada de hipóxia
Distúrbios de ventilação/perfusão
Depressão central por sobredose de barbitúritos
ACIDOSE METABÓLICA
Causas comuns
Insuficiência renal
Diabetes descompensado (cetoasidose)
Diarréia
BIBLIOGRAFIA INDICADA
FISIOLOGIA HUMANA – Stuart Ira FoxFISIOLOGIA HUMANA – Guyton e HallFISIOLOGIA HUMANA – Berne e Levy
Conceitos de pH e tampões
Sistemas que controlam o pH no organismo
Acidose metabólica
Alcalose metabólica
Acidose respiratória
Alcalose respiratória
Diagrama de Davenport dá uma representação visual dos distúrbios ácido-básicos
DISTURBIOS ACIDOS-BASES
E
SUAS CONSEQUENCIAS FISIOPATOLÓGICAS
Efeito do pH na curva de dissociação da hemoglobina
células
aumento de CO2
hipercapenia
O2
CO2
sangue
Ajuda na hipóxiatissular
Deixa o meio mais ácidoFacilita a liberação de O2
O meio mais básicodificulta a liberação de O2 e facilita a
ligação de O2 na Hemoglobina
Isso facilita o carreamento de Oxigênio no capilares pulmonares
No pulmão o pH sanguíneo é levemente alcalino
DireitaDiminui afinidade
EsquerdaAumento afinidade
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
AUMENTO DA SECREÇÃO DE PTH
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO
DISTURBIOS ÓSSEOS(OSTEOPOROSE)
Equação de Henderson-Hasselbach
HA + H2O = A- + H3O+ Ka =[H3O+][A-]
[HA]
pKa = pH - log [espécie ionizada][espécie não ionizada]
Coeficiente de ionização
pKa
bases ácidos
fortes fracos
fracos fortes
pH dos compartimentos biológicos
Mucosa gástrica – pH 1
Mucosa intestinal – pH 5
Plasma – pH 7,4A equação de Henderson-Hasselbach pode ser empregada na previsão do comportamento farmacocinético de fármacos
Meio extracelular Meio intracelular
Espécies ionizadas = + hidrossolúveis
Espécie ñ-ionizada = + lipossolúvel
HA
H3O+ + A-
Aspirina
Xilocaína
Acido FracopKa 3,5
Base FracapKa 8,0
Con
cent
raçã
o re
lativ
a
106
100
30
Base protonada
BH+
A ionização é maior em pH ácido
Base livre
A ionização é maior em pH alcalino
> 0,1100
400
Ácido não dissociado
AH
Ânion
Suco gástricopH = 3
PlasmapH = 7,4
UrinapH = 8
ALCALINIZAÇÃO DA URINA
ACELERA ELIMINAÇÃO DOS ÁCIDOS FRACOS
RETARDA A ELIMINAÇÃO DAS BASES FRACAS
ACIDIFICAÇÃO DA URINA
RETARDA ELIMINAÇÃO DOS ÁCIDOS FRACOS
ACELERA A ELIMINAÇÃO DAS BASES FRACAS
BICARBONATO aumenta o pH da urina = facilita a eliminação dos salicilatos = Importante para tratamento de uma superdosagem de ASPIRINA.
ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA
FARMACOS ÁCIDOS
REAREAÇÇÃO INFLAMATÃO INFLAMATÓÓRIARIA
N. Eng. J. Med.,1998, 338, 435-45.
CARACTERCARACTERÍÍSTICAS DA REASTICAS DA REAÇÇÃO ÃO INFLAMATINFLAMATÓÓRIARIA
CALORCALOR RUBORRUBOR EDEMAEDEMA DORDOR
PERDA DA PERDA DA FUNFUNÇÇÃOÃO
ANTI-INFLAMATÓRIOS
ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO
Ácido orgânico fraco, pKa 3,5 - PK
absorvido no estômago e principalmente no intestino.
Eliminado na forma de saliciliato.
Alcalinização da urina aumenta a eliminação de salicilato.
HASac + H2O = ASac- + H3O+
Inibe a BIOSSÍNTESE das prostaglandinas
MEDIADORES QUÍMICOS QUE PROVOVEM
INFLAMAÇÃO, AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA, DOR E FEBRE.
MECANISMO DE AÇÃO DA ASPIRINA E SEUS EFEITOS FARMACOLÓGICOS
Diurese alcalina
SOBREDOSE : Estimula o centro respiratório – hiperventilação – dimuniçãoda PCO2 - alcalose respiratória
FARMACOS BÁSICOS
Fármacos básicos
Anestésicos locaispKa em torno de 8 a 9
Bloqueiam de modo reversível a condução de impulsos ao longo dos axônios dos nervos e outras membranas excitáveis que utilizam canais de sódio com principal meio de geração de potenciais de ação.
Xilocaína
Anestésicos locais
São bases fracas e são apresentados geralmente na forma de sais, por razões de estabilidade e solubilidade.
Apresentam pKa em torno de 8 a 9. No pH fisiológico há uma fração maior da forma catiônica presente nos líquidos corporais.
A forma catiônica é que tem atividade no local receptor, embora a forma não ionizada é muito importante para a penetração rápida de membranas biológicas. Os receptores situam-se no lado interno da membrana.
Tecidos infectados baixo pH extracelular pouco efeito.
TRANSTORNO ACIDO-BÁSICO POR SUBERDOSAGEM DE SALICILATO
Criança, com três anos de idade, é trazida ao departamento de emergência. Única história pertinente do menino foi encontrado brincado com um vidro de comprimidos de aspirina. A gasometria do sangue arterial revelou:
Estudo dirigido
pH : 7,47
PCO2 = 20 mmHg[HCO3] = 14 mEq/l
Limites confiáveis de normalidade:
PCO2 37 mmHg e 45 mmHg
Bicarbonato 22meq/l e 26 meq/l
Durante os 30 minutos seguintes, a criança ficou menos responsiva a estímulos e a frequencia respiratória diminui.1- identifique o transtorno ácidó-básico inicial.
2 - que ação a aspirina causa a diminuição da PCO2?
3 – O que é responsável pela queda nas [HCO3]? 4 – Se a criança não for tratada, qual transtorno ácido-basico ocorrerá em seguida5 – indique um possível tratamento
Qual é o pH?
ácido básico
Excesso de CO2 ?
Acidose respiratória
sim
Qual é o HCO3 ?
Qual é o HCO3 ?
compensada misto compensada mistocompensada compensada
É causado pela
diminuição de HCO3 ?
não
não não
Erro: checar dados
sim sim
sim
nãoÉ causado
pelo aumento de HCO3 ?
É causado pela diminuição CO2 ?
Alcalose respiratória
Alcalose metabólica
Acidose metabólica
Qual é o CO2 ?
Qual é o CO2 ?
alto baixo baixo baixo baixoalto alto alto
Algorítmo que permite determinar a causa do distúrbio ácido-básico
1- existe alcalose branda.Algoritmo indica alcalose respiratória.
Bicarbonato normal é de 22 mEq/l (normal é de 24mEq/l), reduzido em 2 mEq/l devido a queda de PaCO2
O Bicarbonato real é mais baixo, provavelmente a alcalose respiratória foi parcialmente compensada pelo pela excreção renal de Bicarbonato
RESPOSTAS
2- Os salicilatos estimulam diretamente o centro respiratório, aumentando a ventilação. Isso provoca queda na PaCO2 e a alcalose respiratória é um achado inicial na superdosagem de salicilatos
3 – A baixa de Bicarbonato resulta na compensação metabólica da alcalose respiratória.
Diminuição da reabsorção e aumento da excreção de Bicarbonato bicarbonato.
4 – acidose metabólica progressiva. Diminuição da freqüência respiratória pode levar ao acumulo de CO2, que na presença de Bicarbonato reduzido, produziráacidose metabólica combinada a acidose respiratória
5 - alcalinização da urina com administração intravenosa de bicarbonato para pacientes com acidemia relevante.
A alcalinização mantém os salicilatos ionizados no sangue e evita sua penetração nos tecidos. Esse processo também auxilia na eliminação dos salicilatos na urina. pH urinário acima de 8.
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