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Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi

Petróleo e Meio Ambiente

Curso:Tecnólogo em Gestão Ambiental

Professora: Raquel Simas Pereira

Abril de 2012

A indústria de Petróleo

Petróleo e Gás Natural

Petróleo - História 1850 - na Escócia, James Young descobriu que o petróleo podia ser

extraído do carvão e do xisto betuminoso, e criou processos de

refinação.

1859 - o americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro

poço em busca do petróleo, na Pensilvânia. O poço revelou-se

produtor e a data passou a ser considerada a do nascimento da

indústria petrolífera. Começa a grande corrida atrás do ouro negro.

Até o final do século XIX, os Estados Unidos dominaram

praticamente sozinhos o comércio mundial de petróleo, devido em

grande parte à atuação do empresário John D. Rockefeller (Standard

Oil).

Petróleo no Brasil 1892 e 1896: primeira sondagem realizada no município de Bofete no

estado de São Paulo.

Primeira perfuração: até à profundidade de 488 metros, que teve como

resultado apenas água sulfurosa.

1932: instalação da primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria

Rio-grandense de Petróleo. em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo

importado do Chile, entre outros países.

1939: foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia.

Petróleo no Brasil 1951: Presidente Getúlio Vargas enviou ao Congresso um projeto de

lei que estabelecia o monopólio estatal sobre a perfuração e o refino de

petróleo;

Acirrada polêmica entre nacionalistas e “entreguistas”, que gerou a

campanha “O PETROLEO É NOSSO”

1953: criação da PETROBRÁS, que visava amenizar o problema de

reservas financeiras do país, consumidas em grande parte pela

incorporação do petróleo estrangeiro;

A empresa produziu, nos três primeiros anos de sua criação, três

vezes mais do que todo o petróleo produzido no Brasil desde que

começou a exploração do primeiro poço em 1939.

Petróleo no Brasil

1973: após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás modificou sua

estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias

interna.

1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos,

confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976.

Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região

petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo

nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção

petrolífera nacional nos anos

Petróleo no Brasil

2007: Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada

denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo

petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do

estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada

de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito

Santo, de Campos e de Santos.

2008: extração do primeiro óleo do pré-sal e alguns poços como Tupi

estão em fase de teste.

2010: inicio da produção comercial.

Petróleo

Aplicações

Petróleo

Definições.

Mistura de ocorrência natural.

Consistindo de hidrocarbonetos, contaminantes orgânicos e

impurezas inorgânicas.

Removido da terra no estado líquido.

Petróleo

Latim Petra (pedra) e Oleum (óleo)

Características:

Substancia oleosa;

Inflamável;

Menos densa que a água;

Cheiro característico;

Cor variando entre o negro e o castanho escuro.

Composição do Petróleo

Constituintes

Hidrogênio 11 - 14%

Carbono 83 - 87%

Enxofre 0,06 - 8%

Nitrogênio 0,11 - 1,7%

Oxigênio 0,1 - 2%

Metais até 0,3%

Composição do Petróleo

Composição

Hidrocarbonetos:

Podem estar no estado sólido, líquido e gasoso.

São classificados como:

PARAFÍNICOS

NAFTÊNICOS

AROMÁTICOS

OLEFÍNICOS

(e suas combinações) de acordo com as formas de ligação dos seus

átomos de carbono, formando cadeias carbônicas.

Composição do Petróleo

Parafínicos

Composição do Petróleo

Cadeia Fechadas

Composição do Petróleo

Família Produto Característica

Parafínicos

QAV

Diesel

Lubrificantes

Parafinas

Gasolina

Combustão limpa

Qualidade de Ignição

Constância da viscosidade

Facilidade de cristalização

Partida a frio (leves)

Naftênicos

Nafta Petroquímica,

Gasolina, QAV, Diesel Lubrificantes

Compromisso entre a

qualidade e a quantidade

do derivado

Aromáticos

Gasolina

Solventes

Asfaltos

Coque

Ótima resistência à detonação

Solubilização de substâncias

Agregados moleculares.

Elevado conteúdo de carbono.

Características

Composição do Petróleo

Contaminantes:

Compostos sulfurados:

O enxofre é o terceiro elemento mais abundante, e sua

concentração média é de 0,65% em peso, com uma faixa

apresentando valores entre 0,02 e 0,04%.

Formas: sulfetos, polisulfetos, benzotiofenos, ...

Efeitos: responsável por emissões e corrosão

Composição do Petróleo

Compostos nitrogenados:

O petróleo contem em média 0,17% em peso de nitrogênio, com

maior concentração nas frações pesadas.

Formas: orgânica (totalidade) na forma de piridina, quinolinas,

pirróis.

Efeitos: aumentam a capacidade do óleo de reter a água em

emulsão, provocam o envenenamento de catalisadores e

escurecimento (degradação de derivados).

Composição do Petróleo

Compostos oxigenados:

De um modo geral, eles tendem a se concentrar nas frações mais

pesadas e são responsáveis pela acidez e coloração, odor,

formação de gomas e corrosividade das frações do petróleo.

Forma: acido carboxílico, fenóis, cresóis, ésteres.

Efeitos: acidez e corrosividade.

Composição do Petróleo

Resinas e asfaltenos:

São moléculas grandes, com alta relação carbono/hidrogênio e presença

de enxofre, oxigênio e nitrogênio (de 6,9 a 7,3%).

A estrutura básica é constituída de 3 a 10 ou mais anéis, geralmente

aromáticos, em cada molécula.

Resinas → solúveis no petróleo, líquidos pesados ou sólidos pastosos

voláteis.

Asfalteno → insolúveis no petróleo (disperso na forma coloidal), sólidos

escuros e não-voláteis.

Composição do Petróleo

Compostos metálicos:

Apresentam-se de suas formas: sais orgânicos e compostos

organometálicos complexos.

Metais: ferro, zinco, cobre, chumbo, molibdênio, cobalto, arsênio,

manganês, cromo, sódio, níquel e vanádio.

Teor: 1 a 1.200 ppm

Composição do Petróleo

Resumindo

Classificação do Petróleo

Classificação:

Classe parafínica:

- 75 % ou mais de parafinas;

- Óleos leves, fluidos de alto ponto de fluidez;

- Densidade inferior a 0,85;

- Teor de resinas e asfaltenos menor que 10%;

- Viscosidade baixa.

Petróleo produzido no Nordeste Brasileiro

Classificação do Petróleo

Classe parafínica-naftênica:

- 50- 70% de parafinas e > 20% de naftênicos;

- Teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%;

- Baixo teor de enxofre (menos de 1%);

- Teor de naftênicos entre 25 e 40%;

- Densidade e viscosidade maiores que os Parafínicos.

Maioria dos petróleos produzidos na Bacia de Campos

Classificação do Petróleo

Classe naftênica:

- 70 % de naftênicos;

- Numero muito pequeno de óleos;

- Baixo teor de enxofre;

- Se originam de alteração bioquímica de óleos Parafínicos e

parafínicos-naftênicos.

Óleos da América do Sul, Rússia e do Mar do Norte

Classificação do Petróleo

Classe aromática:

- > 50% de hidrocarbonetos aromáticos;

- Óleos pesados;

- 10 a 30% de asfaltenos e resinas;

- Teor de enxofre acima de 1%

- Teor de monocromáticos baixo;

- Teor de tiofenos e dibenzotiofenos elevado;

- Densidade maior que 0,85.

Óleos do Oriente Médio, África Ocidental, Venezuela,

Califórnia, e Mediterrâneo.

Classificação do Petróleo

Classe aromática-naftênica

- > 35% de naftênicos

- Oleos sofrem processo inicial debiodegradacão, no qual foram

removidas as parafinas;

- Podem conter mais de 25% de resinas e asfaltenos;

- Teor de enxofre entre 0,4 e 1,0%.

Oleos da Africa do Sul

Classificação do Petróleo

Classe aromático-asfaltica

- > 35% de asfaltenos e resinas;

- Processo de biodegradacão avançado;

- Oleos pesados e viscosos;

- Teor de asfaltenos e resinas elevado;

- Teor de enxofre varia de 1 a 9% em casos extremos.

Oleos do Canada, Venezuela e Sul da França

Gás Natural

Gás Natural

A expressão “gás natural” indica uma mistura de hidrocarbonetos

gasosos, de baixa massa molecular, encontrada em rochas

porosas no subsolo.

Gás Natural: metano (70 a 99%)

etano, propano, butano, N2, CO2

(porcentagens entre 05 e 15%)

Gás Natural

O gás natural é dividido em duas categorias: o associado e o não-

associado.

Associado: encontrado com o petróleo, podendo estar sob a forma de

uma fina capa de gás ou dissolvido no líquido. Neste caso, a extração do

gás é determinada basicamente pela extração da fase líquida (petróleo).

Não-associado: encontrado em reservatórios nos quais a quantidade de

petróleo é muito pequena ou até inexistente.

Origem e Formação do

Petróleo

Origem e Formação de Petróleo

O Petróleo é formado pelo processo decomposição de

matéria orgânica, restos vegetais, algas, alguns tipos de

plâncton e restos de animais marinhos - ocorrido

durante centenas de milhões de anos da história

geológica da Terra.

Origem e Formação de Petróleo

Condições para formação de petróleo:

Inicialmente deve haver a matéria orgânica adequada à geração

do petróleo;

O material orgânico deve ser preservado da ação de bactérias

aeróbias;

O material orgânico depositado não deve ser movimentado por

longos períodos;

A matéria orgânica em decomposição por bactérias anaeróbias

deve sofrer a ação de temperatura e pressão por períodos longos.

Origem e Formação de Petróleo

Estágios de Evolução da Matéria Orgânica Sedimentar:

DIAGÊNESE: é o primeiro estágio de evolução da matéria

orgânica.

Engloba os processos biológicos, químicos e físicos que

transformam os detritos orgânicos a partir de sua deposição no

sedimento, sob condições brandas de temperatura e pressão. No

final da diagênese, a matéria orgânica sedimentar se encontra sob

a forma de querogênio e , em menor proporção, sob a forma de

betume.

Origem e Formação de Petróleo

CATAGÊNESE: corresponde ao estágio de evolução da matéria

orgânica no qual o querogênio formado no processo diagenético

sofre alterações térmicas causadas pelo aumento da temperatura

devido ao soterramento progressivo do sedimento. Ocorre a

geração de óleo e gás.

METAGÊNESE: último estágio de evolução da matéria orgânica,

só é alcançado a profundidade muito altas, sob valores extremos

de temperatura e pressão. Nesta fase forma-se apenas metano e o

querogênio residual é transformado em carbono grafítico.

Origem e Formação de Petróleo

Querogênio → Rocha Sedimentar.

Rocha Sedimentar: constituída de minerais inorgânicos e matéria

orgânica ( querogênio + betume).

As diversas camadas das rochas sedimentares formam as bacias

sedimentares. Essas bacias cobrem vasta área do território

brasileiro, em terra e no mar.

Origem e Formação de Petróleo

A existência de acumulação de petróleo depende das

características e do arranjo de certos tipos de rochas sedimentares

no subsolo.

É preciso que existam rochas geradoras que contenham a matéria-

prima que se transforma em petróleo e rochas-reservatórios, e

rochas reservatórios que armazenam o petróleo.

A ausência de qualquer um desses elementos impossibilita a

existência de uma acumulação petrolífera.

A existência de uma bacia sedimentar não garante a presença de

jazidas de petróleo.

Origem e Formação de Petróleo

Rocha Geradora X Rocha Reservatório

Rocha Geradora: composta por folhelhos escuros, calcários, siltitos e

arenitos finos.

Rocha Reservatório: Arenitos, calcários, coquinas e rochas ígneas e

metamórficas quando fraturadas

Origem e Formação de Petróleo

Rocha Geradora: pouco porosa e pouco permeável.

Exemplo: Folhelhos.

Rocha Reservatório: rocha porosa e permeável, permite a

acumulação de petróleo.

Exemplos: Arenito

Rocha Capeadora (ou seladora): rocha de baixa permeabilidade, que

paralisa o movimento de petróleo.

Exemplo: Folhelhos

Origem e Formação de Petróleo

Migração de Petróleo

Rocha Geradora

Rocha Reservatório

Origem e Formação de Petróleo

Migração Primária e secundária

Migração Primária: deslocamento de petróleo dentro da rocha

geradora até sua expulsão para as rochas reservatório adjacente (

este movimento pode ser tanto para cima como para baixo).

Um dos possíveis mecanismos: Devido ao aumento na pressão

interna da rocha, ocorre a abertura de micro-fraturas existentes nas

rochas e através delas os hidrocarbonetos escapam, no sentido de

aliviar a pressão..

Origem e Formação de Petróleo

Fatores responsáveis pelo aumento da pressão interna:

Expansão térmica da água presente nos poros, devido ao

aumento de temperatura causado pela profundidade.

Aumento de volume causado pela transformação da matéria

orgânica em hidrocarbonetos líquidos e gasosos.

Origem e Formação de Petróleo

Migração Secundária: deslocamento de petróleo depois de sua

expulsão da rocha geradora, através dos poros das rochas

carreadoras permeáveis, até ficar retido ( e se acumular) em um

reservatório.

Origem e Formação de Petróleo

Mecanismo simplificado: Uma vez na rocha carreadora, os hidrocarbonetos

inicialmente flutuam até atingir a posição mais alta da rocha carreadora

(permeável e porosa), ou seja, até o limite desta com uma rocha menos

permeável. Isso ocorre porque os poros das rochas sedimentares na sub-

superfície estão preenchidos pela água , ou seja, os movimentos do

petróleo na rocha carreadora são feitos através de poros que contêm água;

como os hidrocarbonetos são menos densos que a água que os circunda,

eles se posicionam na parte de cima da estrutura. O deslocamento do

petróleo continua então a se fazer na direção da superfície, no sentido de

um gradiente decrescente de pressão. Este deslocamento termina quando

o petróleo encontra uma trapa (armadilha) que não permite mais o seu fluxo

e , desta forma , ele se acumula.

Etapas da Indústria de Petróleo

Pesquisa;

Exploração;

Perfuração;

Completação;

Produção.

Pesquisa

(Prospecção de Petróleo)

Atividades de Pesquisa

As principais atividades de pesquisa das Indústrias Petrolíferas

são:

Racionalizar e aperfeiçoar os trabalhos de exploração, lavra,

industrialização, transporte e distribuição de Petróleo, seus derivados,

gases naturais e raros, xisto e seus derivados;

Diminuir o dispêndio cambial da indústria brasileira de Petróleo e

petroquímica, possibilitando a substituição de matérias- primas importadas

e dos serviços técnicos contratados no exterior por equivalentes

nacionais;

Atividades de Pesquisa

Contribuir para a criação e o desenvolvimento de novos processos,

produtos, equipamentos e métodos de interesse da indústria do Petróleo e

petroquímica adequados às condições brasileiras;

Incentivar a inovação e o aperfeiçoamento dos métodos de expansão e

organização do conhecimento científico e tecnológico.

Atividades de Pesquisa

O desenvolvimento de um campo, ou seja, sua preparação para

produzir , só ocorre se for constatada a viabilidade técnico-

econômica da descoberta, verificando- se se o volume de Petróleo

recuperável justifica os altos investimentos necessários à

montagem de uma infra-estrutura para produção comercial.

Reservas

É a quantidade de petróleo que pode ser considerada

comercialmente recuperável de acumulações conhecidas, em uma

determinada data.

Por que calcular reservas ?

O volume de reservas de hidrocarbonetos é um indicador de peso

da capacidade de sua indústria petrolífera, de um país.

Dimensionamento de Reservas

Dimensionamento das reservas.

Determinam- se, primeiro, as quantidades de óleo e Gás existentes

na jazida ( volume original provado) , por meio do reconhecimento

de fatores como:

sua extensão,

espessura das camadas saturadas com óleo ou Gás,

quantidade de água associada,

percentagem de Gás dissolvido no óleo,

porosidade da rocha,

pressão,

temperatura.

Dimensionamento de Reservas

A seguir , é calculado o volume de hidrocarbonetos que pode ser

recuperado, multiplicando- se o volume original provado por um fator

de recuperação.

As reservas são reavaliadas anualmente, e seu volume oscila em

função de novas descobertas, das quantidades de Petróleo

extraídas a cada ano e dos avanços técnicos que permitem elevar o

fator de recuperação dos fluidos existentes no interior da rocha-

reservatório.

Classificação de Reservas

As reservas se classificam em provadas, prováveis e possíveis.

Reservas Provadas: pode ser estimada com razoável certeza de

ser recuperável comercialmente.

Reservas Prováveis: há um maior risco na sua recuperação, em

relação a reserva provável.

Reserva Possíveis: há um risco maior na sua recuperação, em

relação a reserva provável.

Classificação de Reservas

Reservas Provadas: Se métodos probabilísticos são utilizados, deverá

haver no mínimo 90% de probabilidade de que a quantidade a ser

recuperada seja igual ou superior ao estimado.

Reservas Prováveis: No caso de se utilizar uma abordagem

probabilística, deve-se considerar a probabilidade de ser igual ou maior

que 50% (P50) para a soma dos volumes provados e prováveis.

Reservas Possíveis: No caso de se utilizar uma abordagem

probabilística, deve-se considerar uma probabilidade de ser igual ou maior

que 10% (P10) para a soma dos volumes provados, prováveis e possíveis.

Tempo de Vida

O tempo de vida útil de um campo de Petróleo é de cerca de 3 0

anos.

Nas operações de produção, o que se procura é extrair o

Petróleo da maneira mais racional possível, para que este período

não se reduza.

Retiram- se, em média, apenas 25% ( fator de recuperação) .

Portanto, 75% do Petróleo ficam retidos, esperando que surjam

novas técnicas, capazes de aumentar a eficiência dos meios de

extração.

Tempo de Vida

O fator de recuperação varia segundo a natureza dos reservatórios (

porosidade das rochas) e as características do Petróleo (maior ou menor

viscosidade).

Pode- se aumentar o fator de recuperação com técnicas especiais,

chamadas recuperação secundária e terciária.

Elas consistem na injeção de água, Gás, vapor ou substâncias especiais

no interior do reservatório, para estimular a saída do Petróleo.

Utiliza- se também o método de combustão in situ, que provoca uma

espécie de incêndio controlado nas profundezas do reservatório,

conseguindo- se, assim, maior fluidez do oleo.

Exploração

Exploração

O ponto de partida na busca do Petróleo é a EXPLORAÇÃO ou

PROSPECÇÃO, que realiza os estudos preliminares para a

localização de uma jazida.

A moderna exploração do Petróleo utiliza um grande conjunto de

métodos de investigação na procura das áreas onde essas

condições básicas possam existir .

Exploração

Os diversos estágios da pesquisa petrolífera orientam- se pelos

fundamentos de duas ciências:

Geologia: estuda a origem, constituição e os diversos fenômenos

que atuam por bilhões de anos na modificação da Terra;

Geofísica: estuda os fenômenos puramente físicos do planeta

Exploração

Geologia

A geologia de superfície analisa as características das rochas na

superfície e pode ajudar a prever seu comportamento a grandes

profundidades.

Geofísica

Os métodos geofísicos, por sua vez, tentam, através de

sofisticados instrumentos, fazer uma espécie de “radiografia" do

subsolo, que traz valiosos dados e permite selecionar uma área

que reúna condições favoráveis à existência de um campo

petrolífero.

Exploração

Métodos Geológicos:

Geologia de superfície;

Aerofotogrametria e fotogeologia;

Geologia de subsuperfície;

Métodos Potenciais:

Gravimetria;

Magnetometria;

Métodos Sísmicos

Exploração

Um dos métodos mais utilizados é o da Sísmica. Compreende

verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por

meio de explosivos, produzindo ondas que se chocam contra a

crosta terrestre e voltam à superfície, sendo captadas por

instrumentos que registram determinadas informações de interesse

do Geofísico.

Exploração

Especialistas analisam o grande volume de informações gerado

pelas etapas iniciais da pesquisa e a partir daí obtêm um razoável

conhecimento sobre a espessura, constituição, profundidade e

comportamento das camadas de rochas existentes numa bacia

sedimentar, o que permite a escolha dos melhores locais para a

perfuração.

Tudo isso pode, no máximo, sugerir que certa área tem ou não

possibilidades de conter Petróleo, mas jamais garantir a sua

presença. Esta somente será confirmada pela perfuração dos

poços.

Perfuração

Perfuração

Segunda fase na busca do petróleo;

Ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas

Geológicas e Geofísicas;

Comprovada a existência de petróleo, outros poços são

perfurados para se avaliar a extensão da jazida;

O número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo;

Perfuração

Primeiro poço marítimo perfurado pela Petrobrás → 1968 →

Espírito Santos;

Segundo → 1968 → Sergipe → Campo de Guaricema;

1974 → Bacia de Campos;

A perfuração nem sempre revela a presença de Petróleo no

subsolo;

Mais de 80% dos poços pioneiros não resultam em descobertas

aproveitáveis;

Quando um poço não revela a presença de petróleo, é

tamponado e abandonado.

Perfuração

Desde o momento em que a perfuração é iniciada, o trabalho se

processa sem interrupção e só termina quando atinge os objetivos

predeterminados.

O objetivo de um poço, em termos de perfuração é traduzido na

profundidade programada: 800, 2.000, 6.000 metros.

Os poços iniciais são chamados pioneiro e tem por objetivo testar

área ainda não produtoras.

Caso se realize uma descoberta com o pioneiro, são perfurados

outros poços para estabelecer os limites do campo → poços de

delimitação ou extensão.

Perfuração

Todos eles são, em conjunto, classificados como exploratório.

Se for confirmada a existência de área com volume

comercialmente aproveitável de óleo, são perfurados os poços de

desenvolvimento, através dos quais o campo é posto em produção.

Em muitos casos, os poços pioneiros e os de delimitação também

são aproveitados para produzir.

Completação

Completação

Quando um poço é produtor, inicia-se o estágio de completação: uma

tubulação de aço, chamada coluna de revestimento, é introduzida no poço.

Em torno dela é colocada uma camada de cimento, para impedir a

penetração de fluidos indesejáveis e desmoronamento de suas paredes.

A operação é o seguinte é o canhoneio: um canhão especial desce pelo

interior do revestimento e, acionado da superfície, provoca perfurações no

aço e no cimento, abrindo furos nas zonas portadoras de óleo ou gás e

permitindo o escoamento desses fluidos para o interior do poço.

Completação

Outra tubulação , de menor diâmetro (coluna de produção), é

introduzida no poço para conduzir os fluidos até a superfície.

Instala-se na boca do poço um conjunto de válvulas conhecido

como árvore-natal, para controlar a produção.

Produção

Produção

Revelando-se comercial, começa-se a fase de produção

naquele Campo. Nesta fase, o óleo pode vir à superfície

espontaneamente, impelido pela pressão interna dos gases.

Neste casos temos os poços surgentes.

Produção

Ao sair do poço, o Petróleo não vem só. Embora existam poços

que só produzem Gás, grande parte deles produz, ao mesmo

tempo, Gás, Petróleo e água salgada.

Isto prova que o óleo se concentra no subsolo, entre uma capa

de Gás e camadas de água na parte inferior . Depois de eliminada

a água, em separadores, o Petróleo é armazenado e segue para

as refinarias ou terminais.

Produção

O Petróleo e o Gás descobertos não são totalmente produzidos.

Boa parte deles fica em disponibilidade para futuras produções,

em determinado momento. São chamadas Reservas de Petróleo e

de Gás.

Dos campos de produção, seja em terra ou mar , o Petróleo e o

Gás seguem para o parque de armazenamento, onde ficam

estocados. Este parque é uma grande área na qual se encontram

instalados diversos tanques que se interligam por meio de

tubulações.

Produção

A produção de Petróleo bruto no oceano ( offshore) é

armazenada nas plataformas, havendo diversos tipos de

armazenamento, para abastecer os petroleiros que conduzirão o

Petróleo às refinarias, ou também por meio de oleodutos

submarinos, que conduzem o Petróleo para terra firme, quando

reúnem a produção de várias plataformas.

A produção em terra firme é armazenada em tanques de

superfície, para depois ser enviada para a refinaria, por pipeline,

caminhão tanque ou navio tanque.

Produção

Refino

O refino é constituído por uma série de operações de

beneficiamento às quais o Petróleo bruto é submetido para a

obtenção de produtos específicos. Refinar Petróleo, por tanto, é

separar as frações desejadas, processá-las e transformá-las em

produtos vendáveis.

Transporte

Transporte

Os dutos são um dos principais meios de transporte utilizado na

industria petrolífera.

Os dutos são classificados em oleodutos ( transpor te de

líquidos), gasodutos ( transporte de gases) , terrestres (construídos

em terra) ou submarinos ( construídos no fundo do mar ) .

Outras modalidades de transpor te, como o rodoviário e o

ferroviário, são ocasionalmente empregados para a transferência

de Petróleo e derivados.

Transporte

As operações de carga e descarga dos navios são feitas em

terminais marítimos, que dispõem de facilidades para atracação e

sistemas de tubulações e bombas para a transferência da carga

transportada, bem como de tanques para seu armazenamento.

Dos campos de produção terrestres e marítimos o Petróleo é

transportado por oleodutos para as refinarias. Quando importado,

ele é descarregado nos terminais marítimos e transferido para as

refinarias, também através de oleodutos.

Transporte

Depois de processado nas refinarias, seus derivados são

transportados para os grandes centros consumidores e para os

terminais marítimos, onde são embarcados para distribuição em

todo o País.

Termos Utilizados na

Indústria de Petróleo

Termos

UPSTREAM – Exploração e produção de Petróleo e Gás

Natural.

DOWNSTREAM – Refino de Petróleo, processamento de Gás

Natural, termelétricas, engenharia e montagem industrial,

construção civil, máquinas e equipamentos, oleodutos e

gasodutos, postos de distribuição e recarga de Gás, etc.

ON SHORE – Operações em terra.

OFF SHORE – Operações no mar.

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