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Perspectivas Interdisciplinares sobre a Cidade

João Lima Sant’Anna Neto

Universidade Estadual PaulistaDepto de Geografia

Laboratório de Climatologia

Cidades Enfermas: encontros e desencontros do homem com seu ambiente.(diálogos possíveis entre a Climatologia, a Geografia

Humana e a Arquitetura)

“What is the city but the people !”

(O que é a cidade senão a sua gente !)

David Harvey

A cidade é o habitat da sociedade contemporânea A cidade representa o mais elevado grau de

transformação da paisagem No Brasil mais de 80% da população vive em áreas

urbanas Grande parte da população urbana habita ambientes

inadequados e segregados Extensas áreas urbanas são afetadas por desastres naturais

e antropogênicos, agravando o nível de vulnerabilidade social.

O clima como um indicador de qualidade de vida

O clima se manifesta como processo de interferência no ambiente urbano:

Como recurso natural (luz, calor, água, ventilação)

Como indicador de sustentabilidade (conforto térmico, qualidade do ar, impactos meteóricos)

O processo de produção do espaçona configuração do clima urbano

Lógica da expansão territorial urbanaEstrutura e forma urbanaDensidade de construçãoVerticalizaçãoArborização e áreas verdes

020000400006000080000100000120000140000160000180000200000

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2007

Décadas

Po

pu

laçã

o

Urbana

Rural

Crescimento Demográfico dePresidente Prudente – 1920/2007

Densidadede Construção

Densidade Alta

Densidade Baixa

Densidade Média

Arborização

QualidadeAmbiental

ADEQUAÇÃO DA ARQUITETURA AOS

CLIMAS

ARQUITETURA

CLIMA QUENTE E SECO

ALTA AMPLITUDE TÉRMICA DIÁRIA

POSSIBILITAR DURANTE O DIA TEMPERATURASINTERNAS ABAIXO DAS EXTERNAS E A NOITE ACIMA

VENTILAÇÃO NÃO SERIA ÚTIL

ADOTAR PARTIDOS ARQUITETÔNICOS QUE TENHAM INÉRCIA ELEVADA

PEQUENAS ABERTURAS

CONSTRUÇÕES COMPACTAS

PARA POSSIBILITAR QUE MENORES SUPERFÍCIES FIQUEM EXPOSTAS TANTO A RADIAÇÃO QUANTO AO VENTO

CLIMA QUENTE E SECO

CONJUNTO URBANO

EDIFICAÇÕES AGLUTINADAS PARAFAZER SOMBRA UMAS AS OUTRAS

CIRCULAÇÃO URBANA

RUAS LARGAS COM DIREÇÃO ESTE-OESTE

RUAS ESTREITAS COMDIREÇÃO NORTE-SUL

PREVER PRAÇAS E DESVIOSPARA NÃO CANALIZAR VENTOS

VEGETAÇÃO DEVE FUNCIONAR COMO BARREIRA AOS VENTOS – RETER POEIRA

ESPAÇOS ABERTOS – ESPELHOS DE ÁGUA

CLIMA QUENTE E ÚMIDO

POUCA AMPLITUDE TÉRMICA DIÁRIA

PROTEGER DA RADIAÇÃO SOLAR DIRETA MASNÃO FAZER DESTAS PROTEÇÕES OBSTÁCULOS

AOS VENTO

ARQUITETURA

ADOTAR MATERIAIS ARQUITETÔNICOSQUE TENHAM INÉRCIA MÉDIA E LEVE (VEDOS PARA IMPEDIR A PARTE DO CALOR DA RADIAÇÃO SOLAR)

CLIMA QUENTE E ÚMIDO

CONJUNTO URBANO

A VEGETAÇÃO NÃO DEVE IMPEDIR A PASSAGEM DOS VENTOS

AS EDIFICAÇÕES NOS LOTES DEVE PERMITIR QUE A VENTILAÇÃO ATINJA TODOS OS EDIFÍCIOS E POSSIBILITE

A VENTILAÇÃO CRUZADA NOS SEUS INTERIORES

CONSTRUÇÕES ALONGADAS NO SENTIDO PERPENDICULAR AO VENTO DOMINANTE

RUAS LARGAS PERPENDICULARES A DIREÇÃO PREDOMINANTE DO VENTO

QUADRAS DEVEM PERMITIR DISTÂNCIASENTRE AS EDIFICAÇÕES

CLIMAS QUENTES E CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES

PROTEGER DA RADIAÇÃO SOLAR DIRETA

CAMINHOS SOMBREADOS COM VEGETAÇÃO, MARQUISES, TOLDOS

REVESTIMENTO DO SOLO

EVITAR MATERIAIS QUE REFLITAM A RADIAÇÃO SOLAR OU QUE TENHAM GRANDE PODER DE ARMAZENAR

CALOR

PINTURAS EXTERNAS DEVEM SER CLARAS – PARA QUE MENOS CALOR ATRAVESSE OS VEDOS

Conclusões

O clima é um fenômeno físico (para a Climatologia e Meteorologia); um recurso natural (para a Arquitetura); e, uma construção social (para a Geografia)

Deve ser tratado não apenas em suas manifestações dinâmicas, mas, também, na essência de seu caráter, como produtor de padrões e situações especiais que interagem no tempo social e no cotidiano dos indivíduos.

O efeito dos tipos de tempo sobre um espaço urbano produzido de forma desigual gera problemas, de origem climática, também desiguais

Assim, numa perspectiva interdisciplinar, o clima também pode se transformar em indicador de qualidade ambiental, de qualidade de vida e de exclusão social

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