pele e anexos alides

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Pele e Anexos

Profª Vanessa Abrantes

• A pele recobre a superfície do corpo;

• Porção epitelial de origem ectodérmica: epiderme;

• Porção conjuntiva de origem mesodérmica: derme

• Podem ser distinguidas a pele fina e a pele espessa;

• Pele espessa: palma das mãos, planta dos pés e algumas articulações;

• Pele fina: o resto do corpo

• Abaixo da derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo: não faz parte da pele, apenas lhe serve de união com órgãos adjacentes – Pode conter muitas células adiposas, constituindo o panículo adiposo

EPIDERME

DERME

HIPODERME

• A pele é um dos maiores órgãos, atingindo 16% do peso corporal;

• Funções:

– Proteção contra desidratação e atrito (queratina);

– Recebe informações sobre o ambiente e envia para o sistema nervoso central

(terminações nervosas sensitivas);

– Termorregulação do corpo (vasos sanguíneos, glândulas e tecido adiposo);

– Excreção de várias substâncias (glândulas sudoríparas);

– Proteção contra raios ultravioleta (melanina);

– Defesa contra microrganismos invasores (células do sistema imunitário)

• Estruturas anexas: pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e

mamárias.

EPIDERME

• Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado;

• Células mais abundantes: queratinócitos;

• Outros tipos celulares: melanócitos, células de Langerhans, células de Merkel;

Pele espessa

Pele espessa

• Apresenta, da derme para a superfície, 5 camadas:

– Camada basal: células prismáticas ou cubóides, basófilas, repousando sobre a membrana basal. A camada basal é rica em células-tronco (germinativa);

Pele espessa

– Camada espinhosa: células cubóides ou ligeiramente achatadas, núcleo central, citoplasma com curtas expansões (contém desmossomos) com feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos). Mitoses ocorrem em menor número.

Camada espinhosa. Feixes de filamentos de queratina no citoplasma e seus prolongamentos

Pele espessa

– Camada granulosa: 3-5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central, citoplasma carregado de grânulos basófilos (querato-hialina). Grânulos lamelares – lipídeos – impermeabilização.

Pele espessa

– Camada lúcida: mais evidente na pele espessa. Delgada camada de células achatadas, eosinófilas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas lisossomais e desapareceram. Citoplasma com numerosos filamentos de queratina.

Pele espessa

– Camada córnea: espessura muito variável; células achatadas, mortas, sem núcleo. Citoplasma repleto de queratina.

Pele delgada

• Epiderme mais simples. Geralmente faltando camadas granulosa e lúcida e possuindo uma camada córnea muito reduzida.

PSORÍASE

• Doença que afeta a epiderme e a derme;

• Aumento do número de mitoses;

• Epiderme torna-se mais espessa e se renova com mais rapidez;

• Acúmulos de áreas esbranquiçadas de queratina descamada;

• Causa desconhecida

Melanócitos

• Cor da pele: conteúdo de queratina + caroteno + quantidade de capilares na derme + cor do sangue nos capilares;

• Melanócitos produzem a melanina (pigmento de cor marrom-escura);

• Encontram-se na junção da derme com a epiderme ou entre queratinócitos da camada basal da epiderme

Melanócitos

• Originam-se das cristas neurais e invadem a pele entre a 12ª e 14ª semanas da vida intra-uterina;

• Citoplasma globoso com prolongamentos;

• Se prendem à membrana basal por meio de hemidesmossomos;

• A melanina é produzida com a participação da enzima tirosinase, em vesículas formadas no aparelho de Golgi (melanossomos)

Síntese da Melanina

Tirosina 3,4-diidroxifenilalanina (Dopa)

Dopa-quinona

Tirosinase

Melanina

Tirosinase

Grânulo de melanina

Sintetizada no REG

Armazenada no Golgi - melanossomos

Síntese da Melanina

Síntese da Melanina

Melanina

• Os grânulos de melanina localizam-se em posição supranuclear, oferecendo proteção máxima ao DNA contra efeitos da radiação solar.

O bronzeamento se dá devido ao escurecimento da melanina preexistente e à aceleração da transferência de melanina para os queratinócitos. Numa segunda etapa, a síntese de melanina é aumentada.

ALBINISMO

• Incapacidade hereditária dos melanócitos produzirem melanina;

• Ausência de atividade da tirosinase ou incapacidade das células transportarem tirosina para seu interior.

VITILIGO

• Degradação e desaparecimento dos melanócitos em certas áreas da pele;

• Despigmentação localizada.

Células de Langerhans

• Muito ramificadas, localizam-se em toda a epiderme entre os queratinócitos. São mais frequentes na camada espinhosa;

• Originam-se de células precursoras da medula óssea que são transportadas pelo sangue circulante;

• Captam antígenos, processa-os, apresenta-os aos linfócitos T (papel importante nas reações imunitárias cutâneas).

Células de Merkel

• Existem em maior quantidade na pele espessa da palma das mãos e da planta dos pés, especialmente nas pontas dos dedos;

• Localizam-se na parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana basal e presas aos queratinócitos por desmossomos;

• São mecanorreceptores (sensibilidade tátil).

DERME

• Tecido conjuntivo onde se apóia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou hipoderme;

• Apresenta espessura variável de acordo com a região observada.

• Superfície irregular, com saliências (papilas dérmicas), que acompanham as reentrâncias da epiderme;

• Aumentam a área de contato entre derme e epiderme;

• São mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos

Camada papilar da derme

• Delgada

• Tecido conjuntivo frouxo

• Fibrilas especiais de colágeno: mantêm derme e epiderme presas

• Pequenos vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme

Camada reticular da derme

• Mais espessa

• Tecido conjuntivo denso

• Muitas fibras do sistema elástico, responsáveis pela elasticidade da pele;

• Vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.

HIPODERME

• Tecido conjuntivo frouxo;

• Une a derme aos órgãos subjacentes de maneira pouco firme;

• Poderá ter uma camada variável de tecido adiposo (panículo adiposo);

• O panículo modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona proteção contra o frio (isolante térmico)

VASOS DA PELE

• Vasos arteriais formam dois plexos: entre a derme e a hipoderme e entre as camadas reticular e papilar da derme;

• Cada papila tem uma alça vascular, com um ramo arterial ascendente e um venoso descendente;

• Três plexos venosos: dois na posição descritas nas artérias e mais um na região média da derme;

VASOS DA PELE

• O sistema de vasos linfáticos inicia-se como capilares de fundo cego, que convergem para um plexo entre as camadas papilar e reticular;

• Desse plexo, partem ramos para outro plexo entre a derme e a hipoderme

RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE

• Receptor sensorial mais extenso do organismo;

• Receptores encapsulados (corpúsculos de Ruffini, Vater-Pacini, Meissner e Krause) e não-encapsulados na derme e na hipoderme;

• Terminações nervosas sensíveis ao toque e à pressão;

• Sensíveis às variações de temperatura, dor, coceira...

PELOS

• Estruturas delgadas queratinizadas;

• Desenvolvem-se a partir de uma invaginação da epiderme;

• Crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento;

• As características dos pelos de certas regiões do corpo são influenciadas por hormônios, principalmente hormônios sexuais.

• Cada pelo se origina do folículo piloso (invaginação da epiderme);

• Bulbo piloso: presente no pelo em fase de crescimento;

• Papila dérmica: centro do bulbo piloso;

• Células que recobrem a papila dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo;

• Separando o folículo do TC, encontra-se a membrana vítrea

Raiz do pelo

Bulbo piloso

Papila dérmica

Membrana vítrea

• Dispostos obliquamente encontram-se os músculos eretores dos pelos, cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado.

• A cor do pelo depende dos melanócitos localizados entre a papila e o epitélio da raiz do pelo.

UNHAS

• Placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos;

• Porção proximal: raiz da unha – onde ocorre sua formação, por proliferação e diferenciação de células epiteliais,

que gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea

• Camada córnea do epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha: cutícula da unha

GLÂNDULAS DA PELE

GLÂNDULAS SEBÁCEAS

• Situam-se na derme; seus ductos, revestidos por epitélio estratificado, desembocam em folículos pilosos;

• Em certas regiões (lábios, mamilos), os ductos abrem-se diretamente na superfície;

• São glândulas acinosas; vários ácinos desembocam em um ducto curto;

GLÂNDULAS DA PELE

GLÂNDULAS SEBÁCEAS

• Células acumulam no citoplasma o produto de secreção, de natureza lipídica;

• As células mais centrais dos ácinos morrem e formam a secreção (secreção holócrina);

• Distúrbios no fluxo na secreção forma a acne.

Células-tronco

Ácinos

Ducto

GLÂNDULAS DA PELE

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS MERÓCRINAS

• Tubulosas simples enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da pele;

• Os ductos não se ramificam e têm menor diâmetro do que a porção secretora;

• Células mioepiteliais ajudam a expulsar o produto da secreção;

GLÂNDULAS DA PELE

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS MERÓCRINAS

• Dois tipos de células secretoras: escuras e claras;

• O ducto é constituído de epitélio cúbico estratificado (duas camadas de células) que repousa sobre a membrana basal;

• Ao atingir a superfície da pele, o suor se evapora, fazendo baixar a temperatura corporal. Os catabólitos presentes mostram que essas glândulas participam da excreção de substâncias inúteis ao organismo.

GLÂNDULAS DA PELE

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS APÓCRINAS

• Axilas, regiões perianal e pubiana e aréola mamária;

• Glândulas de maior tamanho, com partes secretoras muito dilatadas;

• Localizadas na derme e hipoderme;

• O ducto desemboca num folículo piloso;

GLÂNDULAS DA PELE

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS APÓCRINAS

• A secreção adquire odor desagradável e característico pela ação das bactérias da pele;

• Na mulher, as glândulas axilares passam por modificações durante o ciclo menstrual;

• Glândulas da margem das pálpebras e as de cerúmen do ouvido são glândulas sudoríparas modificadas.

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