paulo duarte simoes3 - 88
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
TERCEIRO COLOCADO - PROJETO N 42
Equipe: Arquitetos de vrios escritrios
Arquitetos: Ricardo Bellio, Alexandre Mirandez, Carlos Ferrata, Cssia Buitoni, Csar
Shundi, Daniel Pollara, Luciana Yamamura, Marcelo Pontes de Carvalho, Mariana
Viegas e Moracy Amaral.
Nesta edificao proposta pelos terceiros colocados, nota-se que o acesso
principal de pedestres ocorre por uma rampa seguida de passarela fina e
delgada, ao nvel da Rua Dr. Rodrigo Silva, que conduz a um espao aberto com
escadas. Este espao particulariza os acessos s unidades habitacionais em sub-
blocos, cinco torres verticais que possuem conexo horizontal entre si a cada dois
pavimentos, marcada por extenso corredor que as integra.
Este sistema proporciona menor circulao, o que exige menos material
em relao aos outros dois competidores, como pode ser observado ao
compararmos as tabelas de reas que acompanham cada projeto no que diz
respeito a este quesito. Entretanto, tal corredor exigiria esforo do morador por
dois motivos; primeiro, por tornar necessrio subir ou descer um pavimento por
escada, o que ocorreria em onze dos dezessete pavimentos que constituem o
bloco habitacional; em segundo, haveria exposio dos moradores a escadas
abertas voltadas para o vale, sem proteo ou obstruo para o vento, em
pocas mais frias do ano.
Esta soluo de circulao no comum em So Paulo; com poucas
experincias ou referncias que atestem o funcionamento e aceitao deste
modelo; entretanto, recentemente um projeto com esta caracterstica foi
proposto por Pablo Hereno, proposta apresentada em palestra proferida em
outubro de 2009 na FAU-USP, para rea do Jardim Edith, localizado prximo
ponte Octavio Frias (Ponte Estaiada) Av. Jornalista Roberto Marinho, que
permitar talvez compreender futuramente a eficcia deste sistema.
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
Corte Transversal passando pela unidade habitacional, onde possvel observar os
corredores de circulao intermedirios.
Fonte: elaborado pelo autor.
Volumetria exibindo o interior das unidades, onde possvel observar o corredor de
circulao e as unidades recuadas em relao aos pilares.
Fonte: elaborado pelo autor.
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
Corte em
um nvel que mostra a concentrao de reas privativas no andar-tipo, e a economia de
espaos de circulao que ocorre em onze dos dezessete pavimentos.
Fonte: elaborado pelo autor.
Outra premissa importante para a elaborao do projeto, segundo os
autores do projeto Shundi e Amaral, em entrevista concedida em 2 de outubro de
2009, refere-se s reas das unidades habitacionais. Como pode ser observado,
ao compararmos as tabelas de reas dos projetos concorrentes, as reas deste
projeto correspondem s maiores dentre os trs primeiros colocados. Ser possvel
uma maior rea privativa, em grande parte, pela reduo das reas de
circulao supracitadas.
A disposio destas unidades ocorrer de modo que os diferentes tipos se
mesclem, segundo explicao dos arquitetos, como num jogo ou equao, de
acordo com o esquema a seguir:
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
Fonte: Csar Shundi e Moracy Amaral.
A seguir, so apresentadas simulaes envolvendo as reas do projeto
terceiro colocado, de onde foram obtidas informaes que propiciaram as
anlises acima relacionadas, e que serviram de base comparativa entre os outros
dois projetos analisados.
Consideraes em relao s reas obtidas na simulao a seguir:
No clculo da soma de reas foram previstas duas situaes, a primeira
com a Secretaria de Negcios Jurdicos e a segunda sem a mesma.
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
As Unidades Habitacionais
Neste tpico pretende-se analisar as dimenses das unidades propostas
pelos trs primeiros colocados no Concurso Habita Sampa 2004, para tanto foram
realizados experimentos fundamentados em autores que abordam a questo
habitacional de baixa renda.
Em estudo elaborado em 2002 por Fernando O. R. Pereira, Alice T. Cybis
Pereira, Carolina P. Szcs, Lino Fernando B. Peres e Lus Roberto M. da Silveira38, os
autores promovem categorias de anlise para casos de habitaes populares em
Santa Catarina, no item A casa passo-a-passo. A partir da publicao desses
autores possvel determinar parmetros quanto s dimenses necessrias para a
utilizao confortvel de cada pea de mobilirio e equipamentos sanitrios
geralmente utilizados nas moradias. Estuda-se o dimensionamento dos ambientes
propostos pelos trs primeiros classificados no Concurso Habita Sampa 2004
sobrepondo os modelos sugeridos; para tanto foram elaborados desenhos ou
fichas de anlise que permitem visualizar graficamente possveis interferncias, ou
seja, marcaes em vermelho que identificam eventual incompatibilidade entre
os modelos e os espaos propostos.
Consideraes em relao anlise da aplicao dos modelos nos projetos dos
trs primeiros colocados:
A anlise complementada pela informao constante na NBR 9050 de 2004; em
especial, no que se refere s dimenses necessrias para sanitrios por portadores
de necessidades especiais.
Este tpico permite tambm questionar as dimenses mnimas propostas pela
legislao municipal fornecida aos participantes poca do concurso pelo
IAB/SP (Instituto de Arquitetos do Brasil), as quais se revelaro muitas vezes,
pequenas e insuficientes.
38
Ver ABIKO, Alex Kenya; ORNSTEIN, Sheila. Insero urbana e avaliao ps-ocupao
(APO) da habitao de interesse social / 2002. So Paulo: EDUSP, 2002.
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Abaixo segue a tabela da legislao municipal fornecida poca do concurso.
Dimenses Mnimas dos Compartimentos (Legislao Municipal)
Habitao de Interesse Social
Quarto 4 m2
Cozinha 4 m2
Banheiro 1,20m2 com lavatrio externo
Salas 4,00m2 mnimo circ. 1,50m. dimetro
Dormitrios mnimo circ. 1,50m. dimetro
Sala-Dormitrio 16,00m2 circ. 2,50m. dimetro
Cozinha 4,00m2 - circ. 1,50m. dimetro
Sala/Dorm./Cozinha 19,00 m2 circ. 3,50m. dimetro
Instalao sanitria 2,00m2 0,90 dimetro
- 1,50 m2 c/ lavatrio externo 0,90m dimetro
Corredores internos largura 0,80 m.
Escadas internas largura 0,80 m.
Corredores e escadas coletivas largura mnima 1,20m. Devem ainda observar as
seguintes normas de segurana:
- para habitao considerar um habitante para cada 15,00m2
- os espaos para circulao coletiva sero constitudos por mdulos de 0,30m
considerando o escoamento de 30 pessoas por mdulo
devero dispor de pelo menos uma escada protegida com antecmara, os edifcios de
habitao com altura superior a 12,00m.
Ps Direitos Mnimos:
Salas, dormitrios, copas, cozinhas 2,40m.
Banheiro circulao 2,20m
Sala, dormitrios, copas, cozinha 2,50m
Banheiros, corredores, hall 2,30m
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Garagens, estacionamentos 2,10m
Rampas para veculos 2,30m
Salas de aula 3,00m
Sanitrios (masculino e feminino) para uso em espaos coletivos.
A seguir, apresenta-se o modelo de mobilirio sugerido na pesquisa dos autores
Fernando O.R. Pereira, Alice T. Cybis Pereira, Carolina P. Szcs, Lino Fernando B.
Peres e Lus Roberto M. da Silveira :
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PRIMEIRO COLOCADO - PROJETO N 40
Equipe: Andrade Morettin Arquitetos Associados
Arquitetos: Marcelo H. Morettin, Vinicius Andrade e Renata de Azevedo
As unidades habitacionais
Abordaremos inicialmente o estudo preliminar apresentado pelo primeiro
colocado no concurso e depois o produto final, o projeto executivo desenvolvido
sob coordenao e orientao da Cohab-SP.
No objeto apresentado em concurso, pode-se observar quantidade
expressiva de estudos exploratrios realizados pelos arquitetos a fim de encontrar
diferentes possibilidades e modos de ocupao, considerando variveis como
diferentes tipos de famlias.
As reas de circulao identificadas como hall, localizadas nas entradas
das unidades, possuem dimenses expressivas; considerando-se a premissa
necessria aos projetos de habitao popular, da necessidade de proporcionar o
mximo possvel de rea til, em muitas situaes verificam-se excessos nas
tipologias. Nas unidades quitinetes por exemplo tem-se a situao mais crtica, o
hall de 3,57m (trs metros e cinqenta e sete centmetros), nessa corresponde
13% (treze por cento) da rea total da unidade.
No entanto, reas de cozinha e servios integradas permitem a
justaposio das reas de circulao necessrias utilizao dos respectivos
equipamentos.
Outra soluo favorvel, visando otimizao de espaos, surge da
relao entre as salas e alguns dormitrios propostos. Segundo Colin (2000),
arquitetos modernistas, de que exemplo Wright, teriam se inspirado na casa
oriental, em que espaos cerrados e compartimentados so substitudos por uma
espacialidade integrada, pelo menos durante algumas horas do dia. Para este
mesmo autor, esta atitude implica uma mudana de significado deste espao
em relao ao restante da moradia. Essa otimizao espacial qualifica o projeto
ao otimizar a circulao e ampliar as possibilidades de iluminao entre os
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ambientes, uma vez que no h mais barreiras fixas, ou seja, alvenarias ou
fechamentos.
Ao aplicarmos os modelos de mobilirio sugeridos, possvel, alm de
confirmar as justaposies e ampliaes de circulao descritas, identificar
interferncias39. A primeira se relaciona ao tamanho da rea de servio, uma
alterao que neste caso no difcil, mas necessria para que caibam uma
mquina de lavar e um tanque, um ao lado do outro. A outra situao se refere
a um recorte ou nicho, que obriga o usurio a utilizar um espao que no foi bem
dimensionado e inspira crtica, por sua eventual inadequao.
Nas pginas seguintes possvel observar as fichas tcnicas de anlise
referente s plantas das unidades habitacionais do modelo proposto no concurso
Habita Sampa 2004 pelo escritrio Andrade&Morettin Arquitetos:
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interferncias so representadas por marcaes em vermelho nas fichas tcnicas e
sua funo identificar eventuais incompatibilidades na interao dos modelos com os
espaos propostos pelos arquitetos.
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
Outro ponto importante a destacar diz respeito s possveis trocas de
odores e iluminao dos ambientes da unidade habitacional. Ao examinar os
cortes tpicos apresentados, e que foram realizados para uma mesma tipologia,
no desenho do corte superior se mostra a esquadria utilizada para eliminao dos
odores da cozinha e o desenho inferior exibe um corte que passa pelo shaft
vertical com a soluo para eliminar trocas de ventilao com o corredor central
de circulao e acesso s unidades.
Os autores desse projeto propuseram um p direito livre de dois metros e
sessenta, o maior dentre os trs primeiros classificados em funo de uma soluo
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
tcnica adotada, um corredor tcnico 40 sob as reas molhadas, que tambm
pode ser observado no desenho acima. Este recurso aumenta a sensao de
amplitude do ambiente interno. Os corredores tcnicos verticais ou shafts
permitem um fluxo de ar exclusivo s reas molhadas e do liberdade aos
projetistas para posicionar reas que necessitam de maior quantidade de
iluminao, tais como as salas e dormitrios, voltando-os para a face externa.
As unidades habitacionais do Projeto Executivo.
Na soluo final do objeto elaborado sob a coordenao e orientao da
Cohab - SP, observamos a diminuio das possibilidades tipolgicas apresentadas
inicialmente poca do concurso pelos primeiros colocados; nesta nova sntese,
foram elencados trs tipos habitacionais que sofreram alteraes significativas
em relao aos modelos originais.
As principais mudanas realizadas no projeto das trs tipologias elencadas
(quitinete, um e dois dormitrios) esto relacionadas eliminao do hall de
entrada, modificaes das dimenses dos dormitrios e agrupamento funcional
dos ambientes das reas molhadas.
O banheiro agora compartilha o espao fechado com a rea de servio,
e a cozinha compe um espao integrado sala de jantar. Os dormitrios e a
sala de estar continuam sendo os ambientes de maior permanncia e por essa
razo recebem iluminao direta.
Ao serem aplicados os critrios de anlise, observam-se outras
interferncias41, tais como medidas insuficientes que impedem a acomodao
eficiente dos equipamentos sanitrios, como no caso do ncleo que concentra o
banheiro e a rea de servio, e o mobilirio da tipologia B. Neste ltimo caso,
40
O corredor tcnico que percorre a edificao no sentido horizontal, responsvel por
este aumento de p-direito, teria sido excludo durante o desenvolvimento do projeto,
entretanto esta altura prevaleceu tambm no projeto executivo.
41 As interferncias so representadas por marcaes em vermelho nas fichas tcnicas e
sua funo identificar eventuais incompatibilidades na interao dos modelos com os
espaos propostos pelos arquitetos.
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pode-se observar uma situao incmoda quanto distncia entre a cama de
casal e o armrio.
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
Concluses sobre os modelos propostos pelo primeiro colocado.
No modelo apresentado poca do concurso, adota-se um sistema
aberto, segundo a classificao de Colin (2000), representado pelos espaos da
sala e dormitrios, que no so rigidamente separados e se comunicam. Sua
ocupao pode ento ocorrer beneficiando-se de maior amplitude espacial,
permitindo integrar os ambientes das reas ntima e social em algumas horas do
dia. Ao se atentar para a soluo do hall de entrada, o corredor de distribuio,
este, no entanto, revela-se uma soluo que poderia ter sido melhor
equacionada, utilizando essa quantidade de rea destinada somente
circulao.
Em relao ao modelo final apresentado, as unidades apresentariam
solues melhores para o hall de entrada ao eliminar o corredor e ao reorganizar
os equipamentos das reas molhadas; entretanto, verifica-se diminuio dos
espaos, tanto os que se referem s reas molhadas quanto aos dos dormitrios.
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
SEGUNDO COLOCADO - PROJETO N 28
Equipe: Una Arquitetos
Arquitetos: Fernanda Barbara, Cristiane Muniz, Fabio Valentim e Fernando
Vigas.
As unidades habitacionais
Nas unidades habitacionais do projeto segundo colocado, paredes de
alvenaria estrutural em blocos de concreto definem uma malha rgida e seriada,
constituda de vrias peas distanciadas a cada 2,80m (dois metros e oitenta
centmetros) e com travamento no sentido transversal, a cada dois mdulos.
Esta soluo destaca-se por ser a nica dentre os trs primeiros colocados
a evitar reas de circulao na entrada e no acesso aos ambientes das reas
molhadas (banheiro, cozinha e rea de servio), otimizando e aumentando a
rea til das unidades.
Ao aplicarmos o modelo de mobilirio sugerido42 planta das unidades
notamos interferncias43 significativas nas reas molhadas, e em um dos
dormitrios enquanto que os outros ambientes atendem de forma adequada as
necessidades.
A sala de jantar o espao de recepo da moradia em continuidade
sala de estar, mantendo-se com a mesma largura daquela, e dispondo de
espao suficiente para at seis (6) pessoas mesa, para onde se prev uma
mdia de quatro.
Na cozinha h pequena interferncia da geladeira com a circulao livre
necessria para a utilizao confortvel da pia. Na rea de servio, a dimenso
42
Pesquisa de Fernando O.R. Pereira, Alice T. Cybis Pereira, Carolina P. Szcs, Lino
Fernando B. Peres e Lus Roberto M. da Silveira.
43 As interferncias so representadas por marcaes em vermelho nas fichas tcnicas e
sua funo identificar eventuais incompatibilidades na interao dos modelos com os
espaos propostos pelos arquitetos.
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
modelo utilizada para avaliao do tanque maior do que o que se apresenta
no projeto; entretanto, as dimenses sugeridas pelos arquitetos so adequadas
nas tipologias de um dormitrio e quitinete por dois motivos, primeiro, em funo
da quantidade de usurios esperada e segundo, por haver equipamentos e
peas deste tipo facilmente disponveis no mercado. As dimenses seriam
inadequadas para tipologia unidade de dois dormitrios.
No banheiro, o box necessita de maior largura, e o vaso sanitrio mais
espao sua frente, enquanto que a soluo para o lavatrio adequada por
resolver o problema funcional e de circulao, simultaneamente.
No dormitrio do casal, pelo modelo seria necessrio cinco (5.0)
centmetros a mais no sentido longitudinal, diferena pequena e que poderia ser
facilmente suprida.
Nas pginas seguintes podemos observar as fichas tcnicas de anlise
referentes s plantas das unidades habitacionais do modelo proposto no
concurso Habita Sampa 2004 pelo escritrio UNA Arquitetos:
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Ao atentarmos para o corte da unidade habitacional destacam-se os armrios
internos e caixilhos localizados sobre estes, resultando externamente em
caractersticas de composio das fachadas.
As faixas de armrios percorrem toda a extenso das fachadas em duas
das faces do bloco. Alm de comporem as fachadas, funcionam como beirais
de proteo aos caixilhos, alm de possurem painis atenuadores de rudo, de
fibra plstica, nas faces voltadas para a Avenida Vinte e Trs de Maio.
Apresentam-se em bom nmero para as unidades e contam com altura entre
1,20 e 1,35 m, o suficiente para abrigarem roupas dispostas em cabides.
Os caixilhos sobre as portas dos armrios se beneficiam de sistema
estrutural sem vigas, soluo que permitiu qualidades importantes aos ambientes
de aerao e iluminao naturais diretas. H ventilao cruzada nas salas de
jantar e estar e aberturas acima dos nveis de viso dos usurios que percorrem os
corredores do edifcio, para onde se voltam s reas de cozinha, servios e
banheiro.
Corte pela lmina mais comprida, por onde possvel observar tambm parte da
elevao da outra lmina. Na simulao as setas vermelhas representam o
comportamento dos rudos provenientes da Avenida Vinte e Trs de Maio, a seta inferior
representa o som sendo absorvido pelos painis de fibras plsticas e a seta superior o som
sendo refletido.
Fonte: elaborado pelo autor / Fonte base: UNA Arquitetos.
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Concluses sobre os modelos propostos e sua relao com o projeto segundo
colocado.
No modelo apresentado podem ser observados cuidados importantes em relao
otimizao e aproveitamento eficiente das circulaes internas, entretanto, apesar
dessas qualidades, so identificadas interferncias significativas que poderiam
eventualmente comprometer o funcionamento mais adequado das unidades em
especial nas reas molhadas onde averiguou-se que espao sub dimensionado.
TERCEIRO COLOCADO - PROJETO N 42
Equipe: Arquitetos de vrios escritrios
Arquitetos: Ricardo Bellio, Alexandre Mirandez, Carlos Ferrata, Cssia Buitoni, Csar
Shundi, Daniel Pollara, Luciana Yamamura, Marcelo Pontes de Carvalho, Mariana
Viegas e Moracy Amaral.
No objeto apresentado em concurso podem ser observados cuidados
relativos aos espaos destinados a cada um dos compartimentos, o que faz com
que no 3 colocado no se verifique nenhuma interferncia capaz de prejudicar
o funcionamento da unidade. Segundo Shundi e Amaral, em entrevista
concedida ao autor em dois de outubro de 2009, os arquitetos autores deste
projeto procuraram obter o mximo possvel de rea utilizando o oramento
mximo previsto, que corresponde ao valor de trinta mil reais (R$ 30.000).
Ao fazer uma anlise rgida para eventuais cortes oramentrios, caso esta
se revelasse uma prtica necessria, os arquitetos poderiam:
1 - Diminuir a rea da cozinha em 24 cm, no sentido longitudinal.
2 - Diminuir a rea de servio em 15 cm no sentido longitudinal e 20 cm no sentido
transversal.
3 - diminuir o banheiro em 45 cm, no sentido transversal.
4 - diminuir o dormitrio de solteiro em 5 cm no sentido transversal.
Pela imagem do corte observamos ventilao direta em todos os
ambientes, tirando-se proveito dos recortes das aberturas e esquadrias da
cozinha e dos corredores de circulao, quanto ventilao dos banheiros.
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CAPTULO 3 O CONCURSO HABITA SAMPA E OS TRS PRIMEIROS CLASSIFICADOS : ANLISE CRTICA DOS PROJETOS
Concluses sobre os modelos propostos pelo terceiro colocado.
No modelo apresentado verifica-se uma seriao estrutural rgida, porm
dotada de vo suficiente para liberar as reas internas e permitir a integrao
dos ambientes livremente, obtendo formas e espacialidades conexas e abertas,
como da cozinha com as salas de estar e jantar, e ,ainda, com o dormitrio no
caso da unidade destinada a eventual utilizao por portador de necessidades
especiais. Pode-se concluir, a partir das observaes, que essa modulao
proposta colabora bastante para a qualidade do espao interior.
A sobreposio de reas de circulao pequena, quase nula se
comparada s solues apresentadas pelos outros competidores, em especial
nas reas molhadas, o que colabora para que estas unidades tenham as maiores
reas dentre os trs projetos melhor classificados.
A prtica de trabalhar com reas em situao limite e muito rgidas,
acompanhando as recomendaes de espaos mnimos sugeridas pela
legislao municipal ou guiadas pelas companhias de habitao, acaba por
prejudicar a qualidade espacial das unidades habitacionais como se pode
observar nos casos do projeto executivo do primeiro colocado e na proposta do
segundo colocado. A qualidade espacial observada no projeto das unidades dos
terceiros colocados revelou-se tima e comprova a eficincia do mtodo
adotado de trabalhar com os valores oramentrios mximos.
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CONSIDERAES FINAIS HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
4 -Consideraes Finais
Durante muitos anos no Brasil, as polticas habitacionais enfatizaram a
promoo do acesso casa prpria como a melhor forma de satisfazer as
necessidades habitacionais da populao, enquanto que a moradia de aluguel
manteve um status inferior. Alm disso, a baixa capacidade de pagamento e
endividamento das famlias pobres restringe seu acesso aos mercados de aluguel
e mercados formais, ocasionando o aumento das habitaes precrias.
Em resposta a essas questes, o programa Morar no Centro apresentado
pela gesto 2001-2004 demonstra ser uma iniciativa interessante ao viabilizar
prticas, como as diferentes modalidades encontradas nos subprogramas; PAR
(Programa de Arrendamento Residencial), o qual atende em sua maioria famlias
de 4 6 s.m.; Locao Social, que atende famlias com at 3 s.m.; Interveno
em Cortios e PRIH (Programa de Reabilitao Integrada do Habitat), que pelo
fato de serem promovidos pela iniciativa privada atendem famlias com no
mnimo 4 s.m.
O papel adquirido pelo programa de locao social, cujas possibilidades
de financiamento pela iniciativa do setor privado so remotas devido falta de
renda dos provveis moradores, adquire visibilidade salientada pelo poder
pblico na gesto 2001-2004 com a promoo do concurso Habita Sampa 2004.
Esta iniciativa rara, a de vincular uma Poltica Pblica habitacional prtica de
concursos de arquitetura, deve ser encarada como um marco importante pois
possibilitou movimentar discusses, encontrar solues e propor novos modos de
pensar a habitao em sua relao com o espao da cidade, principalmente no
que diz respeito s pessoas em situao de pobreza extrema.
As atividades do programa Morar no Centro visaram pessoas mais
carentes, onde a reverso da situao de pobreza extrema e onde o poder
pblico deve realmente investir esforos. Infelizmente a continuidade do
programa em relao aos avanos e resultados obtidos cessa abruptamente nas
gestes posteriores. Aps um trabalho que exigiu pesquisas longas e pacientes,
opta-se por um novo recomeo marcado por grandiosas e fantasiosas tentativas
que invadem o esprito dos novos gestores, que preferem iluminar a cidade ao
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
resolver problemas urgentes. Entretanto no incio de 2009, sem anncios e sem
que ningum soubesse, entregue o projeto executivo da proposta vencedora
do Concurso Habita Sampa promovido em 2004; parece que neste caso o bom
senso surge discretamente, mesmo aps cinco anos do resultado publicado pelo
IAB-SP em primeiro de abril, no dia da mentira; parece, no entanto que h
expectativas reais.
O programa Morar no Centro possui ainda outros programas, tais como o
Bolsa Aluguel e o Moradia Transitria, que ofertam subsdios diretos s famlias
carentes. Compreendo, no entanto, que a viso destes programas pode parecer
menos eficiente ao compar-la s intenes do concurso em associao a
locao social, baseada na idia de proporcionar condies suficientes para um
desenvolvimento saudvel e mais adequado, em reas com infra-estrutura
consolidada aos novos habitantes, antes excludos.
O programa Morar no Centro, buscou ento apresentar solues
capazes de evitar o espraiamento da mancha urbana e a subutilizao de infra-
estrutura existente, combatendo o grande deslocamento populacional que vm
ocorrendo nos ltimos 30 anos e olhando inclusive para o exterior em relao s
experincias que obtiveram xito como o sistema de social leasing (locao
social). Este sistema bastante praticado pelos europeus desde o perodo ps-
guerra, bem como tambm incentivos prtica de concursos, que certamente
influenciaram a deciso da promoo do concurso Habita Sampa no final de
2003, como se pode observar no concurso Francs divulgado em 2008 chamado
899 Logements.
O Concurso Habita Sampa e a Locao Social juntos, resgatam a funo
pblica e social da arquitetura atravs da prtica da profisso, vinculando
pensamento e ao projetual. Adequa-se ao objetivo de tornar pblico o
pensamento de que uma cidade no pode ser desigual e fragmentada como
So Paulo hoje. Discutir a habitao social para o centro de So Paulo
imprescindvel para que tenhamos uma sociedade mais democrtica e funcional,
para onde h um dficit habitacional que pode chegar a 1,5 milhes de
moradias.
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CONSIDERAES FINAIS HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
O programa Morar no Centro de uma forma geral, com os seus
subprogramas, apresenta a inteno de regularizar a situao de quem vive em
situao precria no centro, iniciando um fluxo que atrai novos moradores, no
somente de baixa renda, mas ao procurar fazer isso evidencia a qualidade das
moradias e infra-estrutura oferecida.
Em relao aos objetos apresentados pelos trs vencedores do concurso
notam-se vantagens e desvantagens nos modelos dentre as quais se destacam:
Positivamente para o caso do primeiro colocado no concurso, o cuidado
na insero do volume proposto, com uma interveno discreta, revela-se um
diferencial decisivo. O projeto conta, alm disso, com a otimizao da circulao
nos corredores de acesso s unidades, bem como das reas internas dessas, a
quantidade de sugestes apresentadas no layout e a compatibilidade destes
com o espao interno, as solues tcnicas diferenciadas, como a utilizao de
dutos verticais e horizontais, a dinmica proporcionada pela soluo das
fachadas.
Negativamente, destacam-se o trreo, onde a inteno inicial de espao
convidativo no foi atingida e onde ocorrem deficincias tcnicas que
transcendem at a entrega final do projeto e, tambm, pelo excesso de reas de
circulao no interior das unidades.
No projeto executivo apresentado pelo primeiro colocado destacam-se
positivamente a reduo das reas de uso comum nos pavimentos tipo, a
eliminao das circulaes no interior das unidades e a retirada de uma das
escadas.
Alguns pontos negativos do projeto finalizado referem-se reduo dos
ambientes internos das unidades, especialmente na tipologia com dois
dormitrios e a excessiva quantidade de rampas no acesso pelo Viaduto Dona
Paulina no nvel do trreo.
O segundo colocado apresenta as melhores condies de iluminao s
unidades habitacionais ao longo de todo o ano; o trreo possui conexes em
nvel e diretas, privilegiando o acesso dos pedestres s atividades comerciais e
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
sociais, apresenta solues tcnicas representadas pelos corredores de
circulao que valorizam a convivncia entre os moradores, outras solues
tcnicas que proporcionam conforto aos moradores no interior das unidades,
como por exemplo, os armrios da fachada com seus atenuadores de rudos, as
janelas da sala de estar, que possibilitam ventilao cruzada, alm da otimizao
dos espaos de circulao;
Dentre os pontos negativos destacam-se: a insero do objeto que inibe a
viso para o vale e prejudica a iluminao dos edifcios existentes localizados na
mesma quadra. Este objeto apresenta ainda muitas reas de circulao, os quais
nas unidades habitacionais, apresenta espaos insuficientes para caber e acessar
os equipamentos, principalmente nas reas molhadas.
O terceiro colocado apresenta: a explorao de soluo tcnica
diferenciada quanto aos acessos das unidades, espaos generosos nas unidades
habitacionais adequados para a utilizao de todos os equipamentos e
mobilirios testados;
Dentre os pontos negativos destacam-se: a insero da edificao sem
discrio da interveno com partido que prejudica os edifcios existentes
localizados na mesma quadra, funcionado inclusive como uma barreira que inibe
a vista para o vale e bloqueia a iluminao. Nota-se tambm a falta de espaos
acessveis no trreo para a implantao de comrcio e equipamentos sociais
geralmente presentes em projetos de habitaes populares.
O debate atual da produo de habitaes populares, evidenciado por
concursos, tema de fundamental importncia para que os princpios da
arquitetura e do urbanismo, salientando a participao dos agentes pblicos e
privados na produo da cidade, ofeream cada vez mais, melhores condies
para o futuro do espao urbano, em especial, procurando-se usufruir das
qualidades e potencialidades dos centros histricos.
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POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
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Depoimentos:
ANDRADE, Vinicius. Em comunicao pessoal em 02 de outubro de 2009.
MUNIZ, Cristiane. Em comunicao pessoal em 21 de setembro de 2009.
SHUNDI, Csar; AMARAL, Moracy. Em comunicao pessoal em 01 de outubro de 2009.
SILVA, Helena Menna Barreto. Em comunicao pessoal em 28 de setembro de 2009.
PODEST, Sylvio. Em comunicao por e-mail em 25 de maio de 2009.
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
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ANEXOS HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
ANEXO 1
DADOS TCNICOS FORNECIDOS PELA COMPANHIA METROPOLITANA DE SO PAULO EM NOVEMBRO DE 2008
REA: ASSEMBLIA
1. Dados do Terreno
Denominao: Assemblia
Localizao: Rua da Assemblia, esquina com Rua Dr. Rodrigo Silva - S / SP S
Superfcie: 2.341,06 m (conforme SUC)
Zoneamento : Z3 118
Indicao: PROCENTRO
Programa: Locao Social
Propriedade: PMSP
Data da Vistoria: 29/01/2003
Tcnicos : Arq. Patryck Arajo Carvalho
Documentao
de Referncia: Guia Geomapas : 55 MN
Foto Area Base/RESOLO/SEHAB - Fx. 025 - Ft. 040
Maio/2000 - esc. 1:6.000
2. Apresentao
A rea foi indicada pelo PROCENTRO para a implantao de unidades habitacionais do programa de Locao Social.
3. Aspectos Urbansticos
O terreno denominado Assemblia est localizado na Rua da Assemblia esquina com a Rua Dr. Rodrigo Silva , Distrito da S, Sub-prefeitura da S.
Tem acesso facilitado, principalmente, pela proximidade das Estaes de Metr S e Liberdade. Alm disso, h outras opes de transporte pblico coletivo nas avenidas Brigadeiro Lus Antnio e Liberdade, Rua Maria Paula, Praa da S, Praa Dr. Joo Mendes, etc.
O zoneamento na rea de localizao do terreno Z3 define o uso como predominantemente residencial, de densidade demogrfica mdia. Verifica-se no
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
entorno usos bastante diversificados: de comrcio de mbito local a comrcio especializado de carter metropolitano; reparties pblicas, fruns e tribunais; sedes de bancos; instituies religiosas; equipamentos culturais; edifcios residenciais; escritrios e servios em geral.
Inserido em malha urbana consolidada, o terreno conta com toda a infra-estrutura bsica instalada. O entorno provido de rede de distribuio de gua domiciliar, captao de esgotos e guas pluviais, energia eltrica (luz e fora), telefone, coleta de lixo, servios postais, limpeza e conservao viria.
4. Aspectos Fsicos
O terreno da Rua da Assemblia tem superfcie de 2.341,06 m, formato irregular e utilizado parcialmente pela Secretaria dos Negcios Jurdicos. Apresenta dois plats com desnvel de aproximadamente 5,0 m entre eles. O plat superior tem acesso pela Rua Dr. Rodrigo Silva, encontra-se pavimentado, com vagas de estacionamento demarcadas. Neste plat h uma pequena construo, utilizada como portaria, e uma escadaria de acesso ao plat inferior. esquerda de quem olha o terreno a partir da Rua Dr. Rodrigo Silva, h uma rampa que garante o acesso de veculos ao plat inferior. No plat inferior, com acesso tambm pela Rua da Assemblia, est construdo um galpo utilizado para manuteno dos veculos da Secretaria dos Negcios Jurdicos. O terreno tem como confrontantes: ao sul, escadaria da Praa Carlos Gomes; ao norte, lote com prdio comercial e Viaduto D. Paulina; leste, Rua Dr. Rodrigo Silva e oeste, talude da ala de acesso da Av. 23 de Maio.
No plat inferior existem algumas rvores de grande porte, principalmente junto ao talude da ala de acesso Av. 23 de Maio.
Segundo informaes da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana - Superintendncia de Projetos Virios (PROJ ) para o local indicado consta o melhoramento virio aprovado pela Lei 7.245/69. Verifica-se que o melhoramento virio foi executado.
Concluindo, no h restries fsicas ao aproveitamento do terreno para implantao de empreendimentos habitacionais.
5. Aspectos Legais
Legislao Municipal: Lei 7.805/72, Decreto 11.106/74, Lei 8.881/79 - zoneamento : Z3 / usos permitidos : R1, R2, R3, C1, C2, S1, S2, S3, I1, I2, E1, E2, E3 e E4; Lei 10.015/85: capacitao viria e dimenso dos logradouros pblicos; Lei 11.228/92 - COE e Decreto. 32.329/92 Novo Decreto que trata de HIS e Regulamentao dos Empreendimentos em ZEIS-3 Lei Municipal 12.349/97 (Operao Urbana Centro) A lei 13.430/02 (Plano Diretor Estratgico) no caput do Art. 301 estabelece que ficam mantidas as disposies das leis especficas de Operaes Urbanas Consorciadas vigentes data de publicao desta lei, inclusive as relativas aos coeficientes de aproveitamento mximo e aquelas relativas ao clculo e pagamento de contrapartida financeira pelo benefcio urbanstico concedido.
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ANEXOS HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
O 2 do mesmo artigo define que nas reas das Operaes Urbanas Consorciadas os Coeficientes de Aproveitamento Bsico sero os correspondentes aos definidos nesta lei para a zona em que se situam os lotes.
A rea foi indicada para ser gravada como ZEIS 3 no Plano Diretor Regional da Sub-Prefeitura da S
Legislao Estadual:
Decreto 38.069/93 - Corpo de Bombeiros Decreto 12.342/78 - Cdigo Sanitrio
Legislao Federal: Lei 4.591/64 condomnios
Tombamento: CONPRESP comunicado S/N DOM 11/09/91 pag 26
CONDEPHAAT - Resoluo 20/71 Igreja de So Gonalo.
6. Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio
Conforme Carta de Diretrizes n 076/2003 da SABESP:
o sistema de abastecimento de gua existente na regio tem vazo suficiente para o abastecimento do empreendimento, no ponto de interligao;
o empreendimento, com a vazo (mxima) solicitada de 2,50 l/s (150 UH), poder ser interligado na rede de gua de dimetro 75 mm existente na Rua Dr. Rodrigo Silva ou na rede de dimetro 125 mm existente na Rua da Assemblia;
o empreendimento pode ser ligado ao sistema pblico de esgotamento sanitrio existente, nas redes localizadas na Rua da Assemblia e/ou na Praa Joo Mendes, conforme indicao na planta parcial do cadastro de esgotos.
7. Fornecimento de Gs
Foi efetuada consulta COMGS que enviou cpia de planta tcnica indicando a existncia de rede de gs na Rua Dr. Rodrigo Silva. As diretrizes tcnicas sero fornecidas somente quando a COHAB-SP apresentar elementos de projeto.
8. Parecer Tcnico
A rea denominada ASSEMBLIA apresenta bom potencial para implantao de empreendimento habitacional de interesse social. Tem excelente insero urbanstica e no apresenta impedimentos fsicos ou fundirios.
Aguarda-se a publicao oficial do Termo de Acordo entre SJ e SEHAB.
O acordo firmado com a Secretaria dos Negcios Jurdicos visa a implantao de projeto que atenda a programa de necessidades da referida secretaria, contendo espaos para a instalao de suas atividades e respectivos estacionamentos, bem como a construo de edificaes para habitao de interesse social.
O acordo firmado estabelece tambm que o uso compartilhado e a efetiva execuo
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
das edificaes no terreno da Rua da Assemblia iniciar-se-o somente aps a entrega das benfeitorias a serem executadas no terreno da Praa Carlos Gomes.
31/03/2003
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ANEXOS HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
ANEXO 2
EDITAL DOS CONCURSOS PBLICOS NACIONAIS conjuntos ASSEMBLIA e CNEGO VICENTE M. MARINO (SANTA CECLIA) de locao social A PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO, por meio da SEHAB SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAO entidades Promotoras, faz saber que institui, juntamente com o INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL, DEPARTAMENTO DE SO PAULO IAB/SP, entidade Organizadora, os presentes CONCURSOS PBLICOS NACIONAIS para projeto de dois conjuntos para locao social, em busca de solues de arquitetura, adequadas, inovadoras e econmicas, para duas ZEIS Zonas de Interesse Social, de acordo com os Regulamentos dos Concursos e nos termos da legislao brasileira vigente, obedecidas as seguintes condies: 1. Do Objeto dos Concursos Os Concursos tem por objeto a seleo de propostas para a construo de dois conjuntos habitacionais e construes anexas, sendo o Conjunto Assemblia com 160 unidades habitacionais e o Conjunto Cnego Vicente M. Marino com 240 unidades, devendo ser considerados os seguintes aspectos, alm do disposto nos respectivos Termos de Referncia: A valorizao arquitetnica e construtiva, em qualidade, dos conjuntos habitacionais e
seus anexos; A criatividade na proposio de tcnicas construtivas que reduzam o custo e o tempo
de construo; O melhor aproveitamento do terreno; Solues que privilegiem a futura manuteno dos conjuntos e minimizao das
despesas de condomnio; A implantao e sua relao com o entorno; Compatibilidade das propostas com a legislao urbanstica municipal vigente, de tal
forma que as propostas possam ser implementadas sem depender de qualquer alterao de legislao.
2. Dos Requisitos para a Participao e Habilitao 2.1 Podero participar profissionais diplomados, legalmente habilitados e registrados no
Sistema CONFEA/CREAs, residentes e domiciliados no pas, em pleno gozo de seus direitos profissionais;
2.2 Por ocasio da contratao para o desenvolvimento do projeto o vencedor do concurso dever apresentar toda documentao de habilitao prevista nas Leis no 8.666/93 e Lei Municipal no 13.278/02 e seu respectivo Decreto regulamentador no 41.772/02, cuja relao encontra-se como anexo ao regulamento do concurso como prembulo da minuta de contrato.
2.3 Esto impedidos de participar do presente Concurso os dirigentes e funcionrios, servidores ou empregados vinculados a SEHAB e COHAB-SP Entidades Promotoras, os membros da Diretoria Executiva do Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento de So Paulo, os integrantes da Coordenao do Concurso e da Comisso Julgadora, assim como seus scios, assistentes, colaboradores, chefes diretos ou parentes em primeiro grau assim considerados pelo Decreto 83.080 de 29/01/79.
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HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
3. reas de Interveno Projeto Assemblia rea situada Rua da Assemblia esquina com a Rua Dr. Rodrigo Silva, Distrito da S, Sub-prefeitura da S, com rea de 2.341,06 m2. Projeto Cnego Vicente Miguel Marino - rea situada Rua Cnego Vicente Miguel Marino, esquina com a Rua Cruzeiro, Distrito de Santa Ceclia, Sub-prefeitura da S, com rea de 9.426,03 m2. O levantamento topogrfico cadastral e demais dados das duas reas encontram-se como anexos aos respectivos Regulamentos dos Concursos.
4. Inscries 4.1 As inscries para os Concursos sero realizadas com o envio da FICHA DE
INSCRIO, por fax ou via postal, e-mail ou ainda diretamente na sede do IAB/SP, devidamente preenchida com letras grficas legveis, aos cuidados da Coordenao do Concurso, para o seguinte endereo:
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SO PAULO Concurso Pblico Nacional COHAB-SP Rua Bento Freitas, 306 - 4o andar cep 012220-000, So Paulo, SP Tel. fax (11) 3259-6149, 3259-6866, 3259-6597 e-mail iabsp@iabsp.org.br 4.2 Ser cobrada na inscrio a taxa de R$ 100,00 para no scios e de R$ 30,00 para os scios do IAB em situao regular junto entidade. Esta taxa poder ser recolhida diretamente na sede do IAB/SP ou paga para o banco Banespa, Agncia 083-13, conta 02275-9. 4.3 A ficha de inscrio dever ser acompanhada de cpia da carteira e recibo de anuidade do CREA, alm do recibo da taxa de inscrio e se for o caso, comprovante de situao regular com o IAB. Os inscritos por fax ou e-mail devero enviar estes documentos por correio. 4.4 As inscries sero realizadas de 17 de novembro a 20 de dezembro de 2003. 4.5 O material do Concurso ser enviado por correio para os profissionais que no
fizerem sua inscrio diretamente no IAB/SP. 4.6 As inscries sero realizadas por um nico profissional que responder pela equipe. 4.7 As equipes podero participar de apenas um concurso ou de ambos, porm dever
ser feita uma inscrio para cada concurso. 4.8 Consultas coordenao do concurso podero ser feitas at o dia 06 de janeiro de
2.004.
5. Apresentao dos trabalhos Devero ser apresentados de acordo com o que determina o Regulamento prprio do Concurso at as 18,00 horas do dia 30 de janeiro de 2.004 na sede do IAB/SP ou postadas at a mesma hora e data.
6. Comisso Julgadora
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ANEXOS HABITAO COLETIVA NA REA CENTRAL DE SO PAULO: POLTICAS URBANAS E O CONCURSO HABITA SAMPA 2004
6.1 A composio da Comisso Julgadora ser a seguinte: Eduardo de Almeida Antonio Carlos SantAnna Joo Filgueiras Lima (Lel) Helena Menna Barreto Joan Vill 6.2 Havendo impedimento por qualquer um dos membros da Comisso Julgadora,
ser este substitudo pela entidade que o indicou, obedecendo os mesmos critrios da indicao anterior.
6.3 A Comisso Julgadora poder convocar tantos consultores quantos julgar
necessrio, porm ser especialmente assistida por oramentista para a verificao da obedincia ao limite de custo, estabelecido no Termo de Referncia de cada concurso.
7. Coordenador Ser coordenador dos Concursos o arquiteto Jos Carlos Ribeiro de Almeida. 8. Premiao 8.1 Sero concedidos os seguintes prmios: Projeto Assemblia 1o Prmio R$ 12.000,00 (Doze Mil Reais) 2o Prmio R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) 3o Prmio R$ 3.000,00 (Trs Mil Reais) Projeto Santa Ceclia (Barra Funda) 1o Prmio R$ 15.000,00 2o Prmio R$ 7.000,00 3o Prmio R$ 3.000,00 8.2 A Comisso Julgadora poder ainda conceder tantas Menes ou Destaques
quantas julgar merecidas. 8.3 As equipes classificadas em primeiro lugar sero contratadas no prazo mximo de 15
dias aps a divulgao do resultado dos concursos. No caso do vencedor no preencher os requisitos legais e no se efetivar o contrato com ele ou com sua equipe, ser contratado o segundo colocado e assim sucessivamente.
8.4 No caso de contratao de empresa, o profissional vencedor do concurso dever provar seu vnculo legalmente formalizado com ela, na condio de scio, quotista ou funcionrio contratado.
8.5 O contrato ser celebrado com a COHAB-SP, na qualidade de rgo Operador do Fundo Municipal de Habitao, nos termos da Lei no 11.632/94, desde que cumpridos todos os requisitos legais e editalcios.
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9. Cronograma Ser observado o seguinte cronograma: Incio das inscries 17 de novembro de 2003 Encerramento das Inscries 20 de dezembro de 2003 Limite para consultas 06 de janeiro de 2004 Entrega dos Projetos 30 de janeiro de 2004 Resultado Final 11 de fevereiro de 2004 Assinatura do Contrato at 26 de fevereiro de 2004 10. Disposies gerais
10.1 Mais informaes podero ser obtidas no site do IAB www.iabsp.org.br, ou nos Departamentos do IAB. 10.2 Integram as normas deste Concurso, alm do Edital, o Regulamento e o Termo de Referencia com os anexos que sero fornecidos aos concorrentes no ato da inscrio. 10.3 O contrato entre a COHAB-SP e o vencedor do concurso poder ser celebrado com pessoa jurdica com a qual o arquiteto inscrito tenha vnculo legalmente formalizado. 10.4 O contrato refere-se aos projetos completos de arquitetura, e projetos
complementares de estruturas e instalaes. 10.5 O contrato com os profissionais observar, no que couber, todas as disposies das
Leis Federais 5.194 de 24/12/1966 e 9.610 de 19/02/1998 relativamente a direitos autorais, 9.854/99, 8.666 de 21/6/1993, 8.883 de 8/6/1994 e 9.648 de 27/5/1998 bem como a Municipal no 13.278/02 e o Decreto no 41.772/02 e suas alteraes.
10.6 A inscrio e a posterior entrega dos trabalhos implicam na integral aceitao por parte dos inscritos dos termos deste Edital, do Regulamento e demais bases que regulamentam este Concurso. Marta Suplicy Prefeita Prefeitura do Municpio de So Paulo Paulo Texeira Secretrio Secretaria Municipal da Habitao e Presidente da COHAB-SP Pelo rgo Promotor Gilberto Belleza Presidente Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento de So Paulo Pela Entidade Organizadora
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ANEXO 3 PROJETO ASSEMBLIA REGULAMENTO A Prefeitura do Municpio de So Paulo est promovendo dois concursos pblicos nacionais de arquitetura, organizados pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de So Paulo, para a construo de conjuntos destinados locao social e outros usos, na rea central da cidade, dentro do programa Morar no Centro. Este programa, que integra as mltiplas aes de reabilitao da regio central de So Paulo, aproveitando toda a infra-estrutura e imveis ociosos a existentes, ir atender a vrias faixas de renda, como um vetor de reverso do processo de migrao para a periferia da cidade. Alm de proporcionar a proximidade dos moradores a seus locais de trabalho, devolve a vida que o centro perdeu nas horas mortas fora dos horrios de trabalho, acentuando o processo de desvalorizao e degradao de um patrimnio cultural e social significativo. Estes dois concursos abordam uma proposta assumida pioneiramente no Brasil pela Prefeitura de So Paulo, que o da Locao Social, eventual ou parcialmente subsidiada. Destina-se s famlias moradoras em habitaes sub-normais na rea central, que no tem acesso a outros programas habitacionais ou as que, com baixa renda, trabalhem no centro e tenham o aluguel como opo permanente ou ocasional. No projeto Assemblia, terreno que fica bem no centro de So Paulo, vizinho Catedral da S e Igreja de So Gonalo, sero construdos 160 apartamentos em soluo verticalizada com elevador e rea destinada futura construo de edifcio administrativo da Secretaria de Negcios Jurdicos e, na Barra Funda, outro conjunto com 240 apartamentos, mais rea de capacitao profissional anexa. Estes concursos tem o objetivo de aliar a qualidade arquitetnica to reclamada para os conjuntos habitacionais tecnologia que possa apresentar solues alternativas de baixo custo. Sero edifcios prevendo manuteno adequada s condies de moradores de baixa renda, mas sobretudo, que sejam adequados aos costumes das famlias de parcos recursos.
_____________________ O presente Regulamento vem complementar os termos do Edital.
1. Inscries
1.1 As inscries sero individuais e feitas por um profissional habilitado; os trabalhos podero ser desenvolvidos por equipe, observados os itens 2 e 4 do Edital.
1.2 O profissional inscrito ser o representante de sua equipe junto organizao do concurso e posteriormente junto a COHAB/SP, durante todo o transcorrer dos trabalhos.
1.3 Efetuada a inscrio o profissional receber o seguinte material:
Cpia do Edital, Regulamento e Termo de Referncia do concurso; Ficha de Identificao;
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Envelope para ficha de identificao; Recibo de quitao do valor da inscrio; CD ROM com informaes, dados e peas grficas da rea a ser estudada.
1.4 No ato da inscrio, o profissional (ou seu procurador) dever preencher a ficha
de inscrio com todos os dados, especialmente o endereo completo e E-mail, para envio de toda a correspondncia do concurso. As comunicaes entre a coordenao e os inscritos sero feitas preferencialmente por E-mail pela agilidade desse meio de comunicao quem no indicar endereo eletrnico receber a correspondncia por via postal.
1.5 O valor correspondente inscrio no ser devolvido em nenhuma hiptese. 1.6 Aps o trmino das inscries ser divulgada a lista dos inscritos. 1.7 A inscrio no presente concurso importa em integral anuncia ao presente
Regulamento, ao Edital e Termo de Referncia em todos os seus termos e condies, implicando sua desobedincia na sumria desclassificao do trabalho.
2 Coordenador (Consultor)
2.4 Ser coordenador do presente concurso o arquiteto Jos Carlos Ribeiro de Almeida.
2.5 Os concorrentes podero solicitar ao coordenador at o dia 6 de janeiro de 2.004, os esclarecimentos de dvidas que porventura possam surgir sobre o Edital, Regulamento e Programa Arquitetnico (Termo de Referncia) do concurso.
2.6 Os esclarecimentos devero ser solicitados por escrito ou por E-mail at a data acima. O profissional inscrito dever se identificar ao formular a consulta, porm a resposta ser sem identificao. As respostas a consultas sero enviadas a todos os inscritos.
2.7 O coordenador poder, a seu critrio, englobar em uma mesma resposta s consultas que tratarem de questes do mesmo teor.
2.8 As consultas devero ser encaminhadas ao seguinte endereo:
IAB Departamento de So Paulo Concurso SEHAB - ASSEMBLIA Rua Bento Freitas, 306 4o Andar CEP 01221/000 So Paulo SP
ou para o E-mail iabsp@iabsp.org.br indicando como assunto Concurso SEHAB.
2.9 Compete ao coordenador, alm de redigir o Edital, o Regulamento e o Programa,
baseado nas resolues e diretrizes determinadas pela Promotora:
Acompanhar o processo de inscries; Responder a todas as questes e dvidas dos concorrentes no prazo de 5 dias
aps o seu recebimento ou de at 3 dias aps a data limite para o envio de consultas. As respostas sero encaminhadas a todos os concorrentes em forma de circular;
Orientar e acompanhar o recebimento dos trabalhos na data da entrega; Garantir o sigilo quanto autoria dos trabalhos concorrentes; Organizar os trabalhos do julgamento; Assistir a Comisso Julgadora, esclarecendo eventuais dvidas; Organizar a exposio dos projetos para o julgamento e dele participar dando
assistncia ao jri, sem direito a voto;
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Organizar de comum acordo com o rgo promotor as sesses solenes de identificao dos premiados e entrega dos prmios.
3 Normas de Apresentao
3.4 A apresentao da proposta dever ser obrigatoriamente grfica, atravs de elementos de livre escolha da equipe (mapas, plantas, cortes, elevaes, perspectivas, fotografias, grficos, anotaes, textos em prancha, etc) que devero possibilitar a compreenso clara e precisa da soluo proposta.
3.5 As pranchas sero tamanho A1 com a dimenso maior na horizontal. Os textos explicativos devero estar obrigatoriamente includos nas pranchas, sendo causa para desclassificao a apresentao de qualquer documento alm das quatro pranchas.
3.6 A apresentao grfica livre, sendo admitidos o uso de cores, texturas, desenhos a mo livre e qualquer forma de reproduo como plotagens, cpias heliogrficas, cpias reprogrficas, colagens, fotografias, etc.
3.7 As escalas so livres, a critrio de cada equipe, porm devero ser claramente indicadas.
3.8 O concorrente poder anexar um diagrama de organizao das pranchas, caso haja continuidade do desenho de uma para outra.
3.9 Sero entregues dois jogos de plantas, o primeiro colado em prancha rgida leve, tipo papel pluma, carto Metier ou carto reforado e no em compensado ou eucatex; o segundo jogo dever ser dobrado de acordo com a norma e acondicionado em envelope.
3.10 Em todas as pranchas dever ser reservada no rodap uma faixa com 5 cm. de altura com os seguintes dizeres:
- em Arial Negrito corpo 70, caixa alta:
CONCURSO PBLICO NACIONAL SEHAB CONJUNTO ASSEMBLIA
- embaixo, tambm em Arial Negrito, corpo 36, caixa alta: PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SO PAULO IAB - INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL CONCURSO PBLICO NACIONAL COHAB-SP CONJUNTO ASSEMBLIA PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SO PAULO SEHAB IAB - INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL
- no canto direito, na mesma faixa, numerar a prancha: 1/4, 2/4, 3/4 e 4/4.
3.11 O projeto dever ser apresentado em 4 (quatro) pranchas. 3.12 Os desenhos, embalagens, sobrecartas e textos no podero trazer
marcas, nomes, pseudnimos, crditos ou qualquer outro elemento que identifique a autoria.
3.13 Os trabalhos devero ser embalados do seguinte modo:
O conjunto de pranchas, pranchas rgidas montadas sobre base rgida leve e mais as dobradas em envelope aberto, devem vir acondicionados em um nico invlucro, fechado, colado e inviolvel;
A sobrecarta contendo a ficha de identificao, no envelope fornecido, fechado
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e colado, dever ser colada com fita adesiva (durex) no invlucro contendo as pranchas;
O conjunto, invlucro mais sobrecarta, dever ser novamente embalado com papel forte, opaco e resistente e colado.
4. Recebimento dos Trabalhos
4.1 Os trabalhos devero ser entregues at as 18 horas do dia 30 de janeiro de 2004 na sede do IAB Departamento de So Paulo, ou postado at a mesma hora, na mesma data, por via postal que comprove o despacho (Sedex, Hora Certa e semelhantes). 4.2 Os trabalhos que forem enviados por via postal devem ser comunicados ao IAB pelos telefones (11) 3259-6866, 3259-6149 e 3259-6597, informando o nmero de conhecimento, para evitar o possvel extravio do trabalho. 4.3 Os trabalhos que forem entregues diretamente no IAB recebero um nmero de ordem e deles se dar recibo. 4.4 Em nenhuma hiptese e sob nenhum pretexto sero aceitos trabalhos que forem entregues em desacordo com a forma e o prazo previstos neste Regulamento. 5 Estabelecimento do Sigilo da Autoria 5.1 Uma vez recebidos todos os trabalhos, um funcionrio do IAB ir remover os invlucros externos dos trabalhos e numerar com o mesmo nmero, de forma aleatria, os envelopes com as fichas de identificao e os invlucros com os projetos. 5.2 Os envelopes numerados sero entregues ao coordenador que os embalar em invlucro lacrado e ficar com eles sob sua custdia at a cerimnia de identificao dos premiados. 5.3 O nmero dos invlucros ser transferido para os trabalhos, permitindo posterior identificao. 6 Julgamento 6.1 As reunies da Comisso Julgadora sero privadas, sendo vedado o acesso a pessoas estranhas ao processo de julgamento. 6.2 A Comisso Julgadora eleger um presidente e um relator entre seus membros. 6.3 Todas as sesses de julgamento sero realizadas com a presena todos os membros da Comisso.
6.4 Os critrios de julgamento sero os seguintes:
A valorizao arquitetnica e construtiva, em qualidade, dos conjuntos
habitacionais e seus anexos; A criatividade na proposio de tcnicas construtivas que reduzam o custo e o
tempo de construo; O melhor aproveitamento dos terrenos; Solues que privilegiem a futura manuteno dos conjuntos e minimizao das
despesas de condomnio, levando em conta o as caractersticos dos futuros ocupantes;
A implantao dos edifcios e sua relao com o entorno; Compatibilidade das propostas com a legislao urbanstica municipal vigente,
de tal forma que as propostas possam ser implementadas sem depender de
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qualquer alterao da legislao; Obedincia ao limite de custo das unidades, conforme o termo de Referncia.
7. Termo de Referncia Projeto Assemblia Terreno localizado na Rua da Assemblia, esquina com a Rua Rodrigo Silva no Distrito S, com rea de 2.346,06 m2. Est na rea envoltria da Igreja de So Gonalo e da Catedral da S, bens tombados. Uma das laterais do terreno a ala de acesso da Avenida 23 de Maio ao viaduto D. Paulina e Praa Joo Mendes onde existe vegetao de porte cujo transplante no possvel e que deve ser obrigatoriamente preservada. Nesta face do terreno no sero permitidos acessos. Como referncia do teto de custo das edificaes ser adotado o valor mdio de R$ 30.000,00 por unidade residencial observados o nmero e a proporo abaixo. As construes assessrias devero obedecer aos mesmos parmetros de custo obtidos para as unidades residenciais. Dever ser apresentado obrigatoriamente pr-oramento do conjunto, usando como referncia as cotaes da Revista Construo/Mercado da Editora Pini do ms de dezembro de 2.003. O projeto do edifcio para locao social, dotado de elevador, dever ter 160 unidades habitacionais, sendo 30% apartamentos tipo quitinete com rea privativa mnima de 28,00m2, 40% apartamentos de um dormitrio com rea mnima de 37,00m2 e 30% apartamentos de dois dormitrios com rea privativa mnima de 42,00m2, sendo permitida a variao de 5 unidades de cada tipo para menos ou para mais, se necessrio para a soluo de projeto. Devem ser previstas reas de convivncia comunitria. Alm do edifcio para locao, na primeira fase, ser ainda construda garagem com 35 vagas para uso da Secretaria de Negcios Jurdicos da Prefeitura e reservada rea de terreno com frente para a Rua Rodrigo Silva, suficiente para a futura construo de edifcio, para esta mesma Secretaria, com rea mxima computvel de 5.000,00m2. Dever ser prevista a construo de garagem com um nmero suficiente de vagas de estacionamento para este edifcio, incluindo as 35 vagas j construdas na primeira fase. Esta rea reservada, num primeiro momento ser utilizada para lazer. O projeto dever estar adequado s necessidades dos deficientes fsicos sendo que, 3% das unidades devero estar dotadas de sanitrios apropriados a portadores de deficincia. O gabarito mximo permitido de 42,00 m de altura e o quociente de aproveitamento do terreno de 6 vezes (Operao Urbana Centro). A rea possui infra-estrutura local completa e consolidada e o entorno caracteriza-se pela presena diversificada de usos. Listamos abaixo as principais posturas a serem obedecidas, para uso dos profissionais de outras cidades ou estados que no tem acesso nossa legislao. Se obedecidas estas, alguma eventual desconformidade poder ser corrigida no desenvolvimento dos projetos bsico e executivo.
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reas no computveis: Sub-solos sempre que destinado a estacionamento de veculos. Trreo sempre que destinado a atividades comuns ao uso residencial (hall, sales de festa, refeitrio, copa, estacionamento, etc) Pavimento Tipo terraos, balces, floreiras, etc. desde que no prejudiquem a insolao e ventilao dos compartimentos ou avancem mais do que 20% nos recuos. Apartamento de zelador desde que no exceda 60,00m2. tico casa de mquinas, barriletes, caixa dgua, equipamentos mecnicos. Dimenses Mnimas dos Compartimentos (Legislao Municipal)
Habitao de Interesse Social Quarto 4 m2 Cozinha 4 m2 Banheiro 1,20m2 com lavatrio externo
Salas 4,00m2 mnimo circ. 1,50m. dimetro Dormitrios mnimo circ. 1,50m. dimetro Sala-Dormitrio 16,00m2 circ. 2,50m. dimetro Cozinha 4,00m2 - circ. 1,50m. dimetro Sala/Dorm./Cozinha 19,00 m2 circ. 3,50m. dimetro Instalao sanitria 2,00m2 0,90 dimetro - 1,50 m2 c/ lavatrio externo 0,90m dimetro Corredores internos largura 0,80 m. Escadas internas largura 0,80 m. Corredores e escadas coletivas largura mnima 1,20m. Devem ainda observar as seguintes normas de segurana:
para habitao considerar um habitante para cada 15,00m2 os espaos para circulao coletiva sero constitudos por mdulos de 0,30m
considerando o escoamento de 30 pessoas por mdulo devero dispor de pelo menos uma escada protegida com antecmara, os
edifcios de habitao com altura superior a 12,00m. Ps Direitos Mnimos: Habitao de Interesse Social Salas, dormitrios, copas, cozinhas 2,40m. Banheiro circulao 2,20m Sala, dormitrios, copas, cozinha 2,50m Banheiros, corredores, hall 2,30m Garagens, estacionamentos 2,10m Rampas para veculos 2,30m Salas de aula 3,00m Sanitrios (masculino e feminino) para uso em espaos coletivos. Elervador Edifcios de Habitao - dispensados, porm prever futura instalao,
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em edifcios com at 12,00m do piso do trreo at o piso do ltimo andar.
- no mnimo um elevador em edifcios at 10 pavimentos.
- dois elevadores acima de 10 pavimentos. Prever ainda 7,70m2 por unidade habitacional para rea de lazer condominial. Mais informaes podem ser obtidas no site: http://plantasonline.prefeitura.sp.gov.br Uso e Ocupao do Solo Terreno em Zona 3, no qual so permitidos os usos do concurso, observando-se as seguintes posturas: Taxa de ocupao mxima 0,5 Coeficiente de aproveitamento mximo 6 vezes a rea do terreno. rea permevel 15% da rea do lote dever ficar livre de construo e pavimentao. Afastamentos - Frente e fundo 5,0 m. Laterais 3,0 m.
Estes afastamentos podero ser desconsiderados para o edifcio de interesse social, desde que no sejam prejudicadas a insolao e ventilao dos ambientes e respeite-se o afastamento de 4,00 m. para o incio de rampas e os afastamentos de 5,00 m. das frentes para ruas sejam obedecidos pelos sub-solos.
Vagas para o edifcio da Secretaria de Negcios Jurdicos uma vaga para cada 100m2
ou frao, ou seja, 50 vagas, incluindo as 35 vagas j previstas no projeto da primeira fase. 8. Relao dos Anexos Cpia do Edital Regulamento e Termo de Referncia Levantamento Cadastral BDT Boletim de Dados tcnicos Sabesp Congas Fotografias do local Minuta do Contrato
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ANEXO 4 Ata do Jri ATA DA COMISSO JULGADORA DOS CONCURSOS PARA OS CONJUNTOS DE
LOCAO SOCIAL ASSEMBLIA E CNEGO VICENTE M. MARINO A comisso Julgadora dos concursos para os conjuntos de locao social
Assemblia e Cnego Vicente M. Marino, promovidos pela Prefeitura do Municpio de So Paulo e organizados pelo IAB-SP, composta pelos arquitetos Antnio Carlos SantAnna Jr., Eduardo de Almeida, Helena Menna Barreto, Joan Vill e Joo Filgueiras Lima, reuniu-se na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de So Paulo, nos dias um, dois e trs de maro de 2004 com anlise individual nos dois primeiros e no dia trs a Comisso Julgadora trabalhou completa e em conjunto. Trs trabalhos no foram submetidos a julgamento por terem sido entregues aps o prazo. Em razo das dificuldades para conciliar os compromissos e disponibilidades de todos os membros da Comisso e desejando no adiar por mais tempo o resultado do concurso, optou-se pela anlise individual dos projetos nos dois primeiros dias e a reunio de todos os membros da Comisso no dia trs, quando trabalharam em por 14 horas seguidas at chegarem deciso de consenso que satisfez a todos. Necessrio destacar que a prpria Comisso havia aventado a hiptese de voltar a se reunir em outra data, no caso de no haver consenso quanto ao resultado do julgamento, ou se houvesse insatisfao por parte de algum de seus membros quanto ao deliberado. A presente ata foi elaborada a posteriori com a participao de todos os membros que se comunicaram por e-mail, soluo j adotada anteriormente em outros concursos. Pela sua complexidade, foram analisados em primeiro lugar os 55 trabalhos do Conjunto Assemblia submetidos anlise da Comisso, sob a tica de sua insero urbana e relao com o entorno imediato, tanto por sua volumetria como pela vivncia dos futuros usurios, moradores do conjunto de locao social e ocupantes do edifcio da Secretaria de Negcios Jurdicos; da inter-relao entre os dois edifcios e sua implantao; a sua volumetria e qualidade plstica; o processo construtivo proposto; as circulaes; a disposio funcional dos ambientes, seu dimensionamento, iluminao e ventilao; as caractersticas de vivncia e convivncia num conjunto habitacional de baixa renda (at 3 salrios mnimos); a observncia proporcionalidade entre os trs tipos de unidades (30, 40 e 30% respectivamente entre quitinetes e apartamentos de um e dois dormitrios com a variao permitida) e finalmente, foram avaliados os pr-oramentos quanto sua coerncia e credibilidade. Cumpre destacar que o nmero de unidades de cada tipo foi verificado em todos os projetos, constatando-se, curiosamente, que havia erros, no s de digitao como mesmo de contagem do nmero de unidades, obviamente causados pelo atropelo do desenvolvimento de projetos em concursos, que conhecemos bem e no por m f. Em pouqussimos casos houve desconformidade de molde a comprometer a viabilidade do projeto, deliberando a Comisso prosseguir em sua anlise sem esta preocupao, que seria considerada (assim como o custo) somente no final do julgamento. Os membros da Comisso ressaltaram que no s oportuna como conveniente, a discusso das peculiaridades e necessidades das habitaes para baixa renda, pois os arquitetos claramente no esto familiarizados com elas, como conseqncia da falta de prtica de projetos do tipo e das rarssimas oportunidades em que atualmente existe a preocupao de contratantes destes projetos com a qualidade da arquitetura e tambm conseqncia da sua baixa remunerao, incompatvel com uma produo mais elaborada, estudos e avaliao de ps-uso. Apesar de quase todos os projetos
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apresentarem problemas em algum dos itens acima elencados, o nmero de propostas de qualidade era muito grande, o que resultou em dificuldade de seleo por parte da Comisso Julgadora. Antes do incio dos trabalhos foi retirado o projeto de nmero 55 que no atendia ao Regulamento em vrios itens. A seguir, aps muita discusso, a Comisso deliberou por retirar os trabalhos de nmeros 6, 7, 8, 9, 10, 12, 17, 18, 22, 23, 24, 27, 37, 50, 51, 52 e 53, restando ainda 37 trabalhos em anlise. Invertendo o critrio, os membros da Comisso selecionaram individualmente os trabalhos que cada um julgava que deveriam ser analisados e sendo cotejado o resultado deste levantamento, foram selecionados 19 projetos, sendo retirados os trabalhos de nmeros 13, 21, 25, 30, 48 e 54. A seguir no processo de julgamento foram retirados os trabalhos de nmero 2, 11, 15 e 16. Na quarta rodada de eliminao foram retirados os trabalhos de nmeros 3, 4, 14, 15, 29, 31, 32, 33 e 44, restando ainda 17 trabalhos em estudo. Na quinta rodada de seleo foram retirados os trabalhos de nmero 26, 34, 36, 39, 43, 47 e 49, restando 9 trabalhos em anlise. Destes trabalhos, a Comisso Julgadora, considerando que todos tinham qualidades equivalentes que no permitiam a sua eliminao ou gradao entre meno e simples destaque, deliberou atribuir Meno Honrosa ao trabalhos de nmeros 1, 5, 35, 38, 41 e 46, com destaque para os dois primeiros, 1 e 5, que chegaram a ser considerados para premiao. Os trs projetos premiados, como alis todos os outros, mostravam a necessidade de pequenos ajustes que podem ser feitos no seu desenvolvimento, no invalidando a proposta. Ao trabalho de nmero 42, projeto de qualidade que atendia corretamente a todos os critrios adotados para julgamento e que tinha fortes caractersticas de arquitetura paulista, soluo engenhosa, porm com excesso de reas de circulao, a Comisso deliberou atribuir o terceiro prmio. Ao projeto de nmero 28, projeto que mostrava grande criatividade e qualidade plstica, com interessante circulao por escadas externas, solues engenhosas e manejo inventivo do espao ocupado, foi atribudo o segundo prmio. Finalmente, o primeiro prmio foi atribudo no apenas por consenso, mas por unanimidade ao trabalho de nmero 40, que com grande competncia, clareza e qualidade, atendia aos critrios que a Comisso Julgadora pautava para escolha do melhor projeto.
Quanto ao Conjunto Cnego Vicente M. Marino, a Comisso Julgadora recebeu
trinta e trs projetos para anlise, numerados em seqncia aos trabalhos do conjunto Assemblia. Sendo terreno amplo e praticamente em nvel e edifcios de circulao vertical sem elevadores, tipologia de conjuntos habitacionais em que os arquitetos demonstram maior familiaridade, no apresentaram a mesma complexidade de anlise do Conjunto Assemblia, merecendo especial ateno a relao entre o conjunto habitacional e o centro de Capacitao, alm dos mesmos critrios adotados para o conjunto Assemblia que coubessem na anlise. A Comisso recebeu 33 projetos para avaliao. No incio do processo de julgamento foram retirados os trabalhos de nmero 61, 73, 82, 83 e 85, que no atendiam as caractersticas do conjunto estabelecidas no regulamento do concurso. Aps anlise individual pelos membros da Comisso Julgadora, foram retirados os projetos de nmero 58, 59, 62, 63, 66, 75, 77, 80, 81, 85, 87 e 88, ficando 16 projetos em julgamento. Discutidos um a um, foram retirados os projetos de numero 57, 60, 65, 76 e 84. Dos 11 projetos em anlise, foram ainda retirados os de numero 70 e 72, restando 9 projetos que a Comisso deliberou por atribuir alm dos trs prmios, seis Menes Honrosas aos projetos de nmero 64, 67, 68, 69, 71 e 74. O terceiro prmio foi atribudo ao projeto de nmero 78, que apresenta amplo espao interno como rea de convivncia localizando os blocos de apartamentos nas laterais do terreno. D acesso independente ao Centro de Capacitao e tem a insero do conjunto no bairro muito bem estudada. O segundo prmio foi atribudo ao projeto de nmero 79. Desenvolve-se em trs blocos duplos com a circulao no centro, perpendiculares via frrea e tira partido do desnvel entre o terreno e as ruas. Os apartamentos quitinetes e dois dormitrios se encaixam solucionando a mescla de trs tipos de apartamentos no mesmo edifcio.
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O imbricamento de volumes e funes engenhoso, porm atribuiu excessivo espao para estacionamento e circulao de veculos em detrimento dos espaos de uso comum. O primeiro prmio foi atribudo ao projeto de nmero 86, por unanimidade, com implantao centralizada no lote, liberando espaos generosos, concepo compacta das habitaes, independncia e implantao do Centro de Capacitao que privilegia seu funcionamento.
ANEXO 5 - ENTREVISTAS
Questes Helena M. M. Silva 1) Poderia relatar como o Programa Ao Centro foi estruturado, enfocando seus
principais objetivos? Como o programa Morar no Centro foi pensado e articulad
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