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Natal - Rio Grande do Norte Quinta-feira, 05 de janeiro de 2017 7geral

Ministro sem pasta Mesmo sem ter sido nomeado para a Secretaria de Governo,

Antonio Imbassahy já atua como se ministro fosse. Longe dosholofotes e driblando resistências, participou das conversas coma Fazenda para aprovar a lei de renegociação da dívida dos esta-dos. E fez gestões para evitar o veto de Temer. Não queria na chu-va seu aliado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Defendemos o negociado sobre o legisladono governo Fernando Henrique Cardoso edefendemos agora. Somos a favor de umareforma, mas não desta. Vamos negociar.”

João Carlos Gonçalves (o Juruna). Secretário-geral da Força Sindical,revelando a falta de sintonia das centrais sindicais na reforma trabalhista.

PanoramaPolíticoILIMAR FRANCO

Pescaria

Para fortalecer o PSD, o ministro Gilberto Kassab (Comu-nicações) está de olho no Senado. Os senadores podem mudarde partido sem correr o risco de perder o mandato. Ele está cor-tejando Lasier Martins (RS), que recentemente deixou o PDTpor ter sido ameaçado de expulsão. A bancada do PSD já temquatro senadores.

O Conselho Nacional deSaúde lidera campanha paraque entidades entrem comação direta de inconstitucio-nalidade contra a lei do tetodos gastos. O órgão, que tementre os integrantes o próprioMinistério da Saúde, diz que aemenda vai gerar perda de R$415 bilhões para o SUS. Com amesma composição do gover-

no anterior, o conselho já en-frenta também medida provi-sória, editada pelo Planalto nofim do ano, que permite rea-juste no preço de medicamen-tos. Presidente do CNS, Ro-nald Santos diz que é um retro-cesso que "atende os interes-ses do mercado". No final domês, será organizado calendá-rio de protestos.

Conselho da Saúde contra governo

O ministro Ricardo Barros(Saúde) caiu em desgraça como presidente Temer. O gover-no não quer problemas como o

da Fiocruz. Mesmo após as rea-ções, o ministro queria bancarTania Araújo-Jorge. Levou oprimeiro cartão amarelo.

Na linha de tiro

Candidato do centrão, o de-putado Jovair Arantes está son-dando os tucanos, sobretudo osde São Paulo, relacionando aseleições da presidência da Câ-

mara com o pleito presidencialde 2018. Ele diz que RodrigoMaia é partidário de Aécio Ne-ves e que, portanto, sua vitóriafavorece o mineiro.

Será que cola?

A criação de blocos para dis-putar os cargos na presidênciada Câmara viabilizou a vitóriade Eduardo Cunha, em 2015.

O PSD e o PT ficaram fora daMesa. Mas partidos menores,como o PROS (11) e o PSC (13),ganharam cargos.

Modelo Eduardo Cunha

Integrante de um bloco de19 deputados, Jozi Araújo foinomeada, em novembro, paraa Procuradoria-Geral da Câma-

ra. Nos corredores da Câmarase atribui essa escolha às elei-ções para a presidência da Câ-mara, em de 2 de fevereiro.

Votinho a votinho

O líder Carlos Zarattini con-versou com todos os candida-tos a presidente da Câmara. OPT é contra candidatos de blo-

co. Eles viabilizam nomes de pe-quenos partidos, sem represen-tatividade. Segunda bancada,quer ser o segundo a escolher.

A ordem dos fatores

Criada no fim do ano, a Secretaria da Juventude da Câmarajá entrou nas negociações dos candidatos à presidência da Casa.

Seu autor, o PSB, a requisita.

GIVALDO BARBOSA/17-11-2016

« BRASÍLIA » Até ontem (4), Temer não havia se pronunciado sobre aviolência ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus

Temer convoca reuniãosobre massacre em Manaus

Opresidente Michel Temerconvocou para hoje (5),uma reunião do núcleo

institucional do governo e a ex-pectativa é que o encontro tratedos problemas do sistema pri-sional do País. Até agora, porém,Temer não se pronunciou sobreo massacre ocorrido no Comple-xo Penitenciário Anísio Jobim,em Manaus. A estratégia defi-nida pela equipe do presidenteé afastar a nova crise do Paláciodo Planalto.

O ministro da Justiça, Ale-xandre de Moraes - que esteve emManaus - participará da reuniãocom Temer, no Planalto, e faráum relato da situação. Além de-le, compõem o núcleo institucio-nal representantes da Casa Civil,Gabinete de Segurança Institu-cional, Defesa, Relações Exterio-res, Planejamento, Advocacia Ge-ral da União (AGU) e Controla-doria Geral da União (CGU).

O Estado apurou que seráapresentado na reunião um ba-lanço de ações desenvolvidas pe-lo governo federal para combatero crime organizado e das medi-das que vêm sendo preparadaspara o Plano Nacional de Segu-rança Pública, a ser lançado nofim deste mês. A Secretaria de Co-municação (Secom) informoudepois, no entanto, que o encon-tro não tem uma pauta específi-ca e não foi convocado para tra-tar do sistema prisional nem da

O governo do Amazonas iden-tificou e pedirá a transferência deoito lideranças da facção crimino-sa Família do Norte (FDN) parapresídios federais. A solicitação se-rá encaminhada ao Ministério daJustiça, que analisará o pedido. Ainformação foi confirmada pelaSecretaria Estadual de Seguran-ça Pública.

Os suspeitos seriam respon-sáveis por comandar a rebeliãoque resultou em 60 mortes noComplexo Penitenciário AnísioJobim (Compaj) e na UnidadePrisional do Puraquequara(UPP), em Manaus

Apontada como responsávelpelo massacre, a FDN abriga 98%da população carcerária do Esta-do, segundo o Serviço de Inteligên-cia da polícia do Amazonas, e é alia-da do Comando Vermelho (CV).

Após o massacre, o governo doAmazonas decidiu reativar umacadeia para transferir e manter emsegurança detentos ligados ao Pri-meiro Comando da Capital (PCC),organização rival do CV. Os deten-tos ligados à facção paulista estãorecebendo ameaças.

Uma guerra entre facçõescriminosas levou 56 presos aserem mortos, decapitados, es-quartejados e carbonizados noComplexo Penitenciário AnísioJobim (Compaj), em Manaus. Osataques começaram na tarde dedomingo, 1º de janeiro, e duraram15 horas É a maior matança emprisões do País, após o Massacredo Carandiru, que deixou 111 mor-tos em 1992.

tragédia em Manaus.Na prática, Temer tenta se

equilibrar em dois polos: quer sedesvincular da crise que deixou 56mortos na capital do Amazonas,mas também procura agir paranão ser rotulado como omisso.

STFOntem, a presidente do Supre-

mo Tribunal Federal e do Con-selho Nacional de Justiça, minis-tra Cármen Lúcia, reuniu-se como ministro da Justiça, Alexandrede Moraes, para tratar sobre a re-

belião no presídio Anísio Jobim,em Manaus (AM).

O ministro destacou que apresidente do STF e do CNJ jáhavia alertado para o problema dosistema penitenciário nacional,lembrando do encontro dos chefesdos três Poderes em outubro de2016 que tratou da segurançapública. “Ela tem grande exper-iência nessa questão penitenciária.Participou da Pastoral Carcerária,vem estudando o assunto. É umadas suas prioridades no CNJ,talvez a maior delas”, disse.

A Ordem dos Advogados doBrasil Seccional Amazonas (OAB-AM) apresentou à Justiça uma açãocivil pública contra o Estado doAmazonas, motivada pela ausênciade ações concretas na tomada deações emergenciais quanto ao qua-dro penitenciário do Amazonas. Aação foi recepcionada pela juíza fe-deral Marília Gurgel em regime deplantão que fixou prazo de 72 ho-ras para que o Estado se manifesteantes da apreciação da medida li-minar requerida pela entidade.

"Durante a rebelião do últi-mo domingo, 1º, o Complexo Pe-nitenciário Anísio Jobim foi lo-cal do maior massacre de deten-tos do País nos últimos anos, comregistro de cerca de 60 mortes",assinala a OAB, em nota.

O documento, assinado pelopresidente da seccional MarcoAurélio Choy, pelos conselheirosfederais da seccional do Amazo-nas José Alberto Ribeiro Simo-netti Cabral, Diego D'Ávila Caval-cante e pelo presidente da Comis-são de Direitos Humanos, Epitá-

cio Almeida, tem como um dosprincipais objetivos requerer aoEstado que sejam adotadas as me-didas necessárias para garantir ocumprimento da Lei de ExecuçãoPenal, Constituição da Repúblicae normas de Direitos Humanos.

"A OAB vem denunciando es-se problema há muito tempo. Oajuizamento dessa ação tem comofinalidade que o Estado tome me-didas concretas e imediatas quan-to ao tema do sistema penitenciá-rio. Aguardamos o posicionamen-to do Judiciário Federal justamen-te para atender essa necessidadenão apenas da sociedade amazo-nense, como também da socieda-de brasileira", destacou Choy.

Na ação, a OAB-AM solicitaque, no prazo de 30 dias, seja ela-borado um Plano para o SistemaPrisional do Estado, que busquesolucionar os problemas presen-tes e garantir o cumprimento dasnormas Constitucionais, Interna-cionais e Legais, oferecendo os di-reitos e assistências mínimos pre-vistos em legislação específica aos

detentos, sob pena de multa diáriade um milhão de reais. A ação temcomo foco a defesa dos direitos hu-manos e requer diversas medidasque revertam as condições em queos presos são submetidos nas uni-dades prisionais amazonenses, en-tre elas a elaboração de um planopara construção de estabelecimen-tos que abriguem a totalidade depresos de forma digna e humana;reformas e modificações necessá-rias para garantir o respeito aos di-reitos de individualização da pena.

O texto trata ainda da necessi-dade de reavaliação das condiçõesa que os profissionais que atuamnas unidades prisionais são sub-metidos. Na ação, a OAB-AM re-quer que seja providenciada a es-truturação do plano de carreira dosservidores do sistema prisional ea realização de concursos públicospara cargos de agente penitenciá-rio e defensor público. Com o en-vio do documento, a OAB-AMaguarda a concessão de medidaliminar no Plantão da Justiça Fe-deral, que está em recesso.

Presidente do STF, Cármen Lúcia, conversou com o ministro da Justiça Alexandre de Moraes

OAB processa Governo do Amazonas

Governo identifica8 lideranças da‘Família do Norte’

JOSÉ CRUZ/ABR

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