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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA ESCOLA: LIMITES E POSSIBILIDADES
Elaine Aparecida Azevedo dos Santos1
Rosangela Trabuco Malvestio da Silva2
RESUMO: Este artigo apresenta e discute a importância da utilização das mídias e dos recursos tecnológicos da informação na ação docente, como instrumento para a construção do conhecimento do aluno. Para tanto o objetivo deste artigo é descrever os avanços dos professores que participaram da capacitação realizada pela pesquisadora, destacando a utilização das tecnologias da informação como uma ferramenta que contribui para aprendizagem. A escola não está isolada do contexto social, e com o advento das novas tecnologias da informação, percebe-se a necessidade dos profissionais da educação conhecerem os novos recursos disponíveis, e assim, ampliar sua ação educativa. Sob esse enfoque, em um primeiro momento, o estudo concentra-se na tecnologia e seu contexto histórico. Na sequência, destaca alguns momentos da formação dos professores do GTR
3, no que se
refere ao entendimento de que precisam avançar nos conhecimentos sobre as tecnologias da informação, para que os utilizem em sala de aula de maneira a promover uma aprendizagem significativa. Ao final deste estudo compreende-se que após a capacitação, os educadores avançaram em suas concepções sobre a utilização das tecnologias da informação, porém, mesmo tendo muitas possibilidades de utilização desta, como um recurso na ação docente, estes ainda precisam repensar sua utilização no espaço escolar, discutindo suas possibilidades educativas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação. Tecnologia da informação. Ação docente. Professor.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo teve como base a produção do material didático, realizado no
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, no ano de 2013, mantido pelo
Governo do Estado do Paraná, que oportunizou o estudo sobre o tema: Utilização
dos recursos tecnológicos da informação na prática pedagógica, como instrumento
para a construção do conhecimento do aluno. A escolha deste tema ocorreu pois a
1Professora, Pedagoga participando do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional, 2013
cominando com a escrita deste artigo. 2Professora Orientadora no PDE - Mestre e professora atuando na Instituição UNESPAR –
Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí/FAFIPA. 3GTR – Grupos de Trabalho em Rede - é uma das funções desenvolvida no PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional. Neste grupo, aplicada em um ambiente virtual, o professor PDE apresenta seu projeto/implementação com outros professores da Rede Pública Estadual, compartilhando momentos de estudo. O grupo de GTR foi aplicado no início deste ano.
pesquisadora percebeu que a tecnologia da comunicação é de fato importante na
sociedade atual, e a escola por estar inserida neste contexto precisa utilizar tais
recursos, contribuindo para a aprendizagem dos estudantes. Outro ponto de
destaque são as tecnologias da informação4 implantadas na escola pelo Governo do
Estado do Paraná, cabendo a todos os profissionais da educação, conhecer os
ambientes virtuais disponíveis nos laboratórios de informática, os conteúdos
científicos, melhorando a comunicação entre professor, alunos, escola, pais e a
comunidade.
Este artigo apresenta uma discussão final, após os encontros de formação, e
dos apontamentos realizados nessa trajetória. Desta forma, tem-se como objetivo
descrever os avanços dos professores que participaram da capacitação realizada
pela pesquisadora, destacando a utilização das tecnologias da informação como
uma ferramenta que contribui para a aprendizagem.
Nesse prisma, iniciou-se o estudo com breve histórico das tecnologias e sua
influência na educação. Percebeu-se que, desde os tempos primordiais, onde o
homem utilizava meios para se comunicar e sobreviver, esta aprendizagem foi se
transformando em novos meios e recursos que se aprimoraram, passando a ter os
benefícios da energia elétrica (o rádio, a televisão e hoje a tecnologia da internet).
Na sequência apresenta relatos dos profissionais que participaram da
implementação e do GTR, que discutem a importância das tecnologias da
comunicação e seu uso em sala de aula. Por fim apresenta os avanços dos
professores após participarem, discutirem e refletirem sobre as tecnologias da
informação.
2. A TECNOLOGIA E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
A tecnologia está presente no dia a dia das pessoas, sendo impossível
imaginar a vida sem a comodidade que ela proporciona. Mas será que a tecnologia
sempre existiu?
4O governo disponibiliza recursos midiáticos como a TV Pen Drive, os laboratórios de informática, os
Tablets e o Portal dia a dia educação com riquíssimo material de apoio aos professores, alunos e comunidade.
O homem construiu uma vida melhor graças ao desenvolvimento das tecnologias [...]. E isso não se processou de uma hora para outra. Até chegar ao que muitos de nós estamos vivenciando neste milênio, o homem, desde a pré-história, vem fazendo uso das tecnologias (ALTOÉ; SILVA, 2005, p.14).
Conforme as autoras, a tecnologia surgiu quando o homem primitivo utilizou a
pedra com a finalidade de fazer uma faca, uma lança, ou um machado. Ou seja,
transformou a pedra em um instrumento de trabalho. Kenski (2007, p. 15) destaca
que “[...] os conhecimentos daí derivados, quando colocados em práticas, dão
origem a diferentes equipamentos, instrumentos, recursos, processos, ferramentas,
enfim, a tecnologia”. Com essa análise entende-se que o homem foi aprimorando as
tecnologias por meio de sua ação na natureza, desenvolvendo instrumentos de
trabalho para sobreviver.
Na Idade da Pedra, os homens – que eram frágeis fisicamente diante dos outros animais e das manifestações da natureza – conseguiram garantir a sobrevivência da espécie e sua supremacia, pela engenhosidade e astúcia com que dominavam o uso de elementos da natureza. A água, o fogo, um pedaço de pau ou o osso de um animal eram utilizados para matar, dominar ou afugentar os animais e outros homens que não tinham os mesmos conhecimentos e habilidades. (KENSKI, 2007, p.15).
Os primeiros instrumentos de caça confeccionados foram sendo aprimorados
e com o tempo, os homens foram dominando a energia a vapor e com o invento das
máquinas, as ferramentas são padronizadas. Muitas invenções mudaram e
marcaram o mundo. Fazendo uma retrospectiva histórica destaca-se em 1879 a
invenção da eletricidade, que contribuiu para o desenvolvimento da indústria e
melhorou a vida das pessoas. A fotografia, criada em 1831, foi outro momento de
descoberta onde a “[...] imagem pode ser capturada e reproduzida por meio de uma
câmara escura” (ALTOÉ; SILVA, 2005 p.13). A partir da fotografia, surgiu o cinema
em 1832, e a primeira sessão aconteceu em 1895, (a cor em 1927 e a voz em
1935). A informação passa a ter imagem e som divulgando ainda mais as
informações e atraindo as pessoas.
Outro marco aconteceu em 1817, quando o químico sueco Jakob Berzelius,
descobriu casualmente o selênio, elemento químico brilhante e luminoso. Foi um
longo percurso até 1926, ano em que o engenheiro escocês John Logie Baird
conseguiu transmitir alguns contornos de imagens em movimento em uma
demonstração em Londres para a comunidade científica, assinando depois um
contrato com a BBC para transmissões experimentais (ALTOÉ; SILVA, 2005).
Segundo as autoras, a televisão foi inaugurada em 1936 e produzida em massa
após 1945, seguido da revolução na indústria da mídia com o surgimento do vídeo,
em 1956. A invenção da televisão e do cinema representou um grande avanço
tecnológico, e determinou além da diversidade de imagens (linguagem visual), a
agilidade na comunicação.
Em 1951 ocorreu a primeira tentativa para construir um computador,
entretanto a introdução do modelo conhecido atualmente foi concretizada pela IBM
em 1981. Em 1962 os Estados Unidos lançou o primeiro satélite de comunicação,
Telstar, que oportunizou o acesso à internet, esta foi criada com finalidades militares
e a comercialização dessa forma de comunicação ocorreu na metade da década de
1990. No Brasil a “Embratel lançou o serviço definitivo de acesso comercial à
internet, em maio de 1995” (ALTOÉ; SILVA, 2005, p.17).
A tecnologia educacional no Brasil, “[...] esteve voltado primeiramente para o
ensino à distância” (ALTOÉ; SILVA, 2005, p.18). As primeiras iniciativas se deram
pelo Instituto Rádio Monitor e Educação de Base que tinha como objetivo, segundo
as autoras, alfabetizar e apoiar a educação de jovens e adultos por meio das
escolas radiofônicas. Surgiram muitos projetos importantes com a intenção de usar o
rádio e a televisão, como instrumento para a educação, tais como o Instituto Rádio-
Monitor, o Instituto Universal Brasileiro, Projeto Minerva. Na televisão igualmente,
aconteceu o projeto na área da educação, a primeira estação de televisão foi a TV
TUPI, e essas experiências aconteceram na Televisão Cultura, Televisão Educativa.
Outro projeto importante foi o Telecurso 2º grau, pela Fundação Roberto Marinho,
com o sucesso foi criado também o Telecurso 1º Grau, e com o tempo passou a ser
denominado de Telecurso 2000 (ALTOÉ; SILVA, 2005).
Diante do exposto pode-se compreender que os homens e suas invenções,
contribuíram para formar a comunicação midiática da sociedade atual. Percebe-se
que a tecnologia contou com uma aliada: a ciência, e as inovações (cada vez mais
rápidas), que se encontram em todos os locais.
[...] as tecnologias estão presentes em todos os lugares e em todas as atividades que realizamos. Isso significa que para executar qualquer atividade necessitamos de produtos e equipamentos, que são resultados de estudos, planejamentos, e construções específicas (ALTOÉ; SILVA, 2005 p.14 -15).
Esse desenvolvimento tão significativo induz a refletir sobre a influência dos
meios e dos recursos tecnológicos da informação no conhecimento do ser humano,
pois, o mundo entra na era da informação e do conhecimento. “Isso tem provocado
novas mudanças na sociedade e na escola. Por isso, novos conhecimentos
precisam ser desenvolvidos. É preciso aprender a lidar com essa nova situação”
(VALLIN, 2003, p.112). Nesse contexto, alguns profissionais da educação estão
preocupados com esta realidade e estão procurando meios para adaptar essas
ferramentas tecnológicas para auxiliar na melhoria da aprendizagem.
Porém, o domínio nesta área, ainda é complexo para determinados
profissionais, pois percebe-se que alguns professores não estão preparados para
esta evolução no contexto educativo. Dizer que essa realidade se transformará de
um momento para o outro não se justifica, pois, conforme Moran (2009) é necessário
uma reorganização curricular bem como o domínio das tecnologias da informação
pelos professores.
De acordo com Vieira (2003, p. 64),
A iniciativa dos professores para manter suas práticas pedagógicas constantemente atualizadas depende, cada vez mais, de um continuo desenvolvimento de novas competências profissionais, uma vez que existe um estado constante de mudança/evolução da própria sociedade.
Nesse enfoque, percebe-se que alguns profissionais estão procurando
atualizar-se com estes recursos, no entanto é um processo lento. A escola ainda
precisa avançar, aproveitando a tecnologia atual para aprimorar o ensino. Nesse
sentido, Vieira (2003, p. 65) afirma que: “[...] esse não é um processo simples nem
tampouco indolor para a grande maioria dos professores, pois muitos se formaram
sob orientações teórico-práticas diferentes das realizadas nos cursos de atualização
profissional”. Grande parte da formação dos profissionais da educação se deu em
um contexto histórico, onde a tecnologia da informação estava distante do ensino
aprendizagem, tendo como prática o uso do quadro e o giz (que também é
tecnologia), e a aula expositiva (com ou sem diálogo) era uma didática que
prevalecia.
As novas tecnologias da informação vêm assumindo um papel importante na
vida dos alunos e os profissionais da educação precisam conhecer maneiras de
utilizá-las em sala de aula. Tais conhecimentos auxiliam na comunicação e
oportunizam aos professores criarem ambientes virtuais, utilizar recursos e
instrumentos tecnológicos, oportunizar que o aluno crie formas para demonstrar sua
aprendizagem e ainda proporcionar a aproximação do aluno com o conteúdo
abordado.
3. O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA AÇÃO PEDAGÓGICA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Buscando aproximar os professores das novas tecnologias da informação, o
projeto de intervenção pedagógica aplicado no Colégio Bento Mossurunga, teve oito
objetivos. A primeira unidade abordou o tema: Tecnologia e Mídias: sua evolução,
onde a discussão buscou analisar como essa evolução aconteceu historicamente,
destacando a concepção de tecnologia e das mídias no Projeto Político Pedagógico
da escola. Depois de trabalhar o contexto histórico, discutiu-se a seguinte questão: A
tecnologia ajuda ou prejudica a ação docente? Os professores estão preparados
para utilizar esses recursos no dia-a-dia da escola? A opinião dos participantes foi
relevante, pois destacaram a importância da tecnologia da informação na ação
docente, confirmando que a tecnologia ajuda, contudo percebem a dificuldade de
alguns educadores em utilizá-la na escola, além do fato dos equipamentos
apresentarem problemas e a internet ainda ser lenta e com pouca capacidade para
suportar as pesquisas. Sobre a concepção de tecnologia apresentada pelos
participantes foi relatado que:
Tecnologia é tudo o que facilita a vida do ser humano. A tecnologia embora seja um recurso inovador para todas as áreas, também pode ser considerada avassaladora, uma vez que não estamos preparados para
acompanhar o seu desenvolvimento rápido e constante. Tecnologia é algum recurso, instrumento, que usamos para facilitar algumas áreas de nossa vida, dentre elas a educação e o processo de ensino-aprendizagem. É um meio de comunicação mais extraordinário que já foi inventado. Hoje, ela é essencial não só na nossa vida, como também, no mundo. Por meio dela, estudamos, pesquisamos, trabalhamos, compramos, vendemos, jogamos, brincamos, relacionamos, divertimos, ou seja, conhecemos tudo e o mundo que nos cerca. Tecnologia é um conjunto de métodos e técnicas que visam facilitar a resolução de problemas, ou seja, inventa algo para ajudar a resolver outras coisas, sendo esses conhecimentos aplicados em diversas áreas, uma delas a educação. A minha concepção de tecnologia é tudo aquilo que é criado ou modificado pelo homem para proporcionar o seu bem estar. São instrumentos métodos e técnicas que utilizamos para obter conhecimento científico. Todos esses mecanismos tendem a modificar os acontecimentos do meio onde vivemos tudo em prol das necessidades humanas (RELATO DO GRUPO DE IMPLEMENTAÇÃO, 2014).
Pode-se entender diante deste relato, que o professor percebe que a
tecnologia é importante e que faz parte do cotidiano das pessoas, são técnicas que
podem ser utilizadas para mudar atitudes e possibilitar avanços em vários setores,
porém pode ser avassaladora devido a sua rapidez e inovação constante. Este
pensamento é corroborado pelo autor Moran (2000, p. 20) que destaca “[...] quanto
mais mergulhamos na sociedade da informação, mais rápidas são as demandas por
respostas instantâneas”. Diante desta afirmação, entende-se que utilizar os recursos
e ferramentas tecnológicas poderá contribuir para que o professor possa transformar
sua prática docente. Contudo, as muitas transformações que consequentemente
perpassaram os vários períodos de transição desta tecnologia da comunicação
provocaram diversas interferências na vida humana e ainda provocará muitas
mudanças, incluindo a escola.
A ruptura da linearidade do tempo-espaço marca a inauguração da nova sociedade. Essa nova concepção da sociedade, embora ainda em formação, trouxe mudanças para a vida do homem e continua alterando estruturas tradicionais que antes desenhavam a vida em sociedade. Em um primeiro momento, as transformações chegaram ao campo tecnológico e determinaram – e seguem – novas dinâmicas de trabalho; em um segundo momento, essas transformações trouxeram reflexos em outros aspectos da vida, tais como a escola e família (KERBAVY, SANTOS, 2010, p. 25).
Foi realizada a verificação do Projeto Politico Pedagógico das escolas dos
participantes da capacitação, e os educadores discutiram o que era necessário
acrescentar. Esta atividade deu um gancho para o segundo momento da formação:
Tecnologia como Ação Pedagógica, onde os participantes realizaram uma atividade
verificando os recursos tecnológicos utilizados em sala de aula. Os professores
destacaram: aparelho de som, para trabalhar com música, textos com imagens,
recortes de filmes, apresentações utilizando a TV Pen Drive e os computadores para
pesquisas com alunos e para preparação do trabalho pedagógico. Um ponto de
reflexão foi a TV Pen Drive que já apresenta problemas, como a falta de
manutenção, e a dificuldade de encontrar as peças para consertar e com avanço
tecnológico pode-se utilizar outros recursos como, por exemplo, o Datashow. Além
disso, quando o professor prepara-se para utilizar um recurso e este não funciona,
precisa mudar sua ação dificultando seu trabalho em sala de aula.
Uma das situações mais desafiadoras é quando se planeja uma aula na sala de informática e no momento não se dispõe de todos os computadores ou a internet está muito lenta. O suporte técnico e o conhecimento específico sobre esses recursos. O manuseio da máquina, o uso da tecnologia nas ações pedagógicas. A maior dificuldade é a falta de computador (não tem quantidade necessária, máquinas funcionando) para que cada aluno tenha acesso aos conteúdos, outro grande problema é a internet wireless que não funciona no colégio para que possamos acessar um conteúdo de pesquisa em nosso próprio equipamento notebook ou tablet, dentre essa e muitas outras dificuldades fica muito difícil utilizar recursos tecnológicos... Mudar a metodologia, primeiro dominar os recursos afim de que funcionem sem sufoco e improvisos e depois utilizá-los de forma que inove as aulas, e não usar tecnologias, mas as metodologias continuarem as mesmas. Acredito que o desafio maior é realmente saber como funcionam os recursos tecnológicos e os mesmos estarem em funcionamento, porque não são feitas manutenções e atualizações adequadas dos aparelhos com a regularidade que é necessária (RELATO DO GRUPO DE IMPLEMENTAÇAO, 2014).
Esta dificuldade também foi discussão no GTR, onde a grande maioria
apontou os problemas relacionados ao sucateamento dos equipamentos e a má
qualidade da internet prejudicando o trabalho docente. Houve a sugestão de que as
escolas precisam ter pessoas especializadas nos laboratórios de informática para
auxiliar os professores e a preocupação de que os alunos são de uma era digital
diferente dos professores, conhecendo muito mais dos recursos tecnológicos que os
mesmos, mas ao mesmo tempo, não sabem tirar proveito de tais recursos para sua
aprendizagem.
Na verdade os alunos da geração digital não estão sabendo usar de forma inteligente
5 as tecnologias para estudar, para a pesquisa, para adquirir
conhecimento, para beneficiar-se dessas tecnologias. Por outro lado apesar do grande potencial oferecido pela tecnologia sua utilização como estratégia pedagógica é ainda pequena. Os professores estão tentando se integrar nesse mundo virtual, contudo a dificuldade é grande, pois a inovação da tecnologia se faz muito acelerada e a maioria dos professores não conseguem acompanhar esse avanço tão rápido e desafiador, enquanto que os alunos aprendem a fazer uso desses recursos de maneira desorientada, o que torna ainda mais difícil a sua utilização. Nossos alunos já nascem dominando todas as tecnologias, enquanto nós precisamos aprendê-las frequentemente, e isso causa um choque no processo que se atrasa sempre. As ofertas de conhecimento são bem maiores que as do passado, quando havia somente os livros, as revistas e seus interlocutores, os professores analógicos. Contudo, a oferta de conhecimentos é tanta que às vezes perde-se a qualidade destes. Neste ponto percebo que os professores devem desempenhar o seu papel de orientadores e formadores de opiniões, mas, para tanto se faz necessário o entendimento destas maquinas digitais (RELATO DO GRUPO DE IMPLEMENTAÇÃO, 2014).
Os professores percebem que os alunos demonstram domínio dos recursos
tecnológicos da informação, porém uma grande maioria, apresenta dificuldades em
transformar as informações em conhecimento científico. Moram (2009, p. 20) cita
que “Quanto mais mergulhamos na sociedade da informação, mais rápidas são as
demandas por respostas instantâneas”. Entende-se que as crianças e os jovens
nasceram próximos ou na era digital, se comunicam com facilidade por meio das
tecnologias da informação, se apropriando de muitos conhecimentos que ajudam a
sua comunicação. Entretanto, tem dificuldade em aprofundar o conhecimento,
buscam informações rápidas e sintetizadas, demonstrando pouca tolerância em
informações que exigem um período mais extenso de atenção e concentração.
Moram (2009, p. 20) destaca que: “As pessoas, principalmente as crianças e os
jovens, não apreciam a demora, querem resultados imediatos”. Isto porque a
sociedade atual tem este estilo momentâneo e descartável. O jovem está inserido
neste contexto social, por este motivo, mantém o mesmo pensamento propalado
pela sociedade capitalista.
As informações contidas nos meios de comunicação são importantes para o
trabalho docente, “[...] não é mais possível tratar as práticas de ensino sem pensar
nas mensagens midiáticas que circulam, nos diferentes meios de comunicação”
(TERUYA, 2005, p. 29), mas é necessário cuidado, pois estes veículos disseminam
5O termo inteligente utilizado neste relato refere-se a utilizar de forma a adquirir conhecimentos.
ideologias convenientes à classe dominante, contribuindo para a manutenção da
ordem atual. Outra questão relevante é que os recursos midiáticos não garantem
que o conhecimento será apropriado para os alunos. O diferencial é a mediação6 do
professor. As aulas devem ser preparadas seguindo o conteúdo e como recurso, as
tecnologias da informação deverão estar em consonância com o plano de trabalho
docente.
Para uma parte dos professores, que participaram da implementação, os
recursos como TV e Vídeos auxiliam a sua prática docente como mencionado no
relato a seguir:
A TV/Vídeo, quando utilizado de forma correta, enriquecem a aula porque quando o aluno visualiza a imagem e não somente a fala do professor, a aprendizagem ocorre de maneira mais eficiente. Desde que você planeje sua aula: O quê, como e para quê ensinar. Tem que amarrar o conteúdo com os recursos tecnológicos. E o professor deve se especializar e estar preparado para isso. No entanto, os recursos tecnológicos não vão substituir o professor, e sim, tornar a explicação mais clara para que os alunos despertem o senso argumentativo (RELATO GTR, 2014).
Com a renovação dos meios tecnológicos e os vários recursos, o professor
não pode esquecer-se da importância de interagir com o currículo. Cabe ao
professor gerenciar como utilizar o computador, a internet, o Cd, a TV pen drive,
promovendo uma aprendizagem que leve a patamares superiores de abstração.
Percebe-se que para a utilização dos recursos midiáticos, é necessário, entretanto
ter suporte e coerência com conteúdo de acordo com cada disciplina. O professor
assume uma função de mediação e conduzirá a aprendizagem aos alunos. Destaca-
se ainda:
[...] a responsabilidade do professor de prever seus alunos dos conteúdos expressos no currículo escolar, ou seja, os conhecimentos histórico e culturalmente constituído, e, a partir desses, mediar o processo de aprendizagem com metodologia específica, estratégias de ensino, e os mais diversos recursos didáticos possíveis, dentre os quais as tecnologias educacionais, pois nisso consiste o processo de ensino (PARANÁ, 2010, p.12).
6 Termo utilizado por Vygotsky (2000), sendo o fator responsável pelas capacidades psíquicas
caracteristicamente humanas (SILVA, 2004).
Para que essa prática aconteça, é necessário planejar as atividades com o
uso das tecnologias da informação, pois além de considerar a importância do
currículo, é indispensável admitir a necessidade de apoiar a aprendizagem do aluno.
O papel do professor neste contexto é de mediador, pois utiliza os mais variados
meios, não deixando que esses falem por ele, mas fazendo as relações necessárias
entre o conhecimento científico e o que se está veiculando nas tecnologias da
informação. Como destaca Masetto (2009), a aprendizagem deverá ter significado e
o professor disponibilizará informações para que haja debates e discussões entre
colegas e com o professor construindo um conhecimento que incorpore em sua vida
tornando possível interagir com o mundo. Nessa perspectiva, cabe ao professor
mediar o conteúdo de sua aula com a aprendizagem dos alunos, auxiliando e
orientado para que os mesmos consigam aprender, principalmente quando
utilizarem as ferramentas midiáticas.
Diante da necessidade do grupo em conhecer e aprofundar o tema, a unidade
seguinte discutiu algumas Propostas de utilização dos recursos audiovisuais,
aprofundando o estudo nas Diretrizes para o Uso das Tecnologias. Realizou-se uma
atividade de análise dos ambientes virtuais disponíveis no Portal dia-a-dia
Educação, como ferramenta docente, e uma dinâmica no laboratório de informática,
discutindo na sequência parte do texto das Diretrizes para o Uso de Tecnologias
Educacionais, série Cadernos Temáticos (PARANÁ, 2010). Entendeu-se a
importância de analisar os recursos ou ferramentas audiovisuais, pois essas estão
associados à vida dos alunos. Nesse sentido, interpretar a linguagem e utilizar
programas adequados contribui e enriquece a aprendizagem. Segundo as
Diretrizes:
Fazer uso de programas veiculados na TV e, consequentemente, apropriar-se de suas linguagens como fontes de conhecimento, exige um olhar atento para ver, de maneira crítica, o texto audiovisual. O desafio é perceber a sutileza da ambiguidade da linguagem televisiva e aprender a ‘olhá-la’ de forma a se buscar sentidos expostos ou ocultos nos programas e na programação (PARANÁ, 2010, p. 28-29).
Essas ferramentas tecnológicas são importantes para auxiliar na pesquisa,
porém são recursos que devem levar o aluno a ter um posicionamento crítico diante
das informações, por isso, volta-se a destacar a necessidade do professor planejar
adequadamente suas aulas, mediar o conhecimento científico, utilizando os recursos
audiovisuais que devem estar em acordo com o conteúdo que será ministrado. Um
ponto a ser destacado é que os professores devem conhecer os ambientes
disponíveis no portal dia a dia Educação com seus recursos audiovisuais são
importantes para auxiliar em sua ação docente.
Os professores relataram que utilizam o Portal dia a dia Educação, para
pesquisar conteúdos relacionados à suas disciplinas. Concordaram que o Portal é
um aliado na construção do conhecimento, pois oportuniza vários assuntos
contribuindo para o aprendizado dos professores e dos alunos.
Os últimos encontros trataram sobre: O Mundo Digital: ambientes virtuais;
Internet X Prática Educativa e Ambientes virtuais: uma possibilidade na prática
docente. Esses assuntos oportunizaram aos educadores conhecer ambientes que
possam contribuir em sua ação docente.
Segundo Souza e Portal (2003, p. 95):
A educação sofre as consequências deste descompasso e suas instituições sentem, cada vez mais nítida, a necessidade de investir em atividades de pesquisa sobre o potencial pedagógico das ferramentas informatizadas. Hoje, há a compreensão de que não basta trabalhar com os computadores como meras máquinas de escrever ou como depósitos de exercícios de fixação do conteúdo trabalhado.
O computador no ambiente escolar precisa ser analisado em outra direção,
que não seja a massificação – como relatam as autoras. Um dos aspectos a ser
considerado é rever a forma como o laboratório de informática é utilizado, pois o que
normalmente acontece é que esses ambientes são utilizados para que os alunos
copiem matérias de determinado local apontado pelo professor. Os computadores
são de fato uma ferramenta que precisa ser revista nas escolas e principalmente nas
atividades docentes.
Na internet, localizam-se milhares de páginas, que oferecem muitas
informações que auxiliam na pesquisa e na ampliação de acessos aos mais variados
ambientes, ajudando na elaboração das aulas, bem como na reconstrução de um
tema abordado, remetendo ao conhecimento teórico científico. Porém Teruya (2005)
destaca que há um problema com relação a esse acesso, por haver possibilidade de
muitas informações, o professor e o aluno precisa saber exatamente o que está
pesquisando, para que saiba analisar o que está pretendendo conhecer ou saber.
Por isso é necessário que o professor organize essa pesquisa, orientando os alunos
como utilizar a internet. Os ambientes virtuais de aprendizagem conduzem
informações por programas que dão enriquecimento na comunicação virtual.
Encontra-se como conceito de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA):
[...] programas de computador desenvolvido para oferecer um ambiente de aprendizagem que possibilite a realização de atividades de ensino-aprendizagem online, ou seja, a distância. São também conhecidos como Learning Management Systems (LMS) ou Sistemas de Gerenciamento de Cursos (SGS) (LEITE, 2012, p. 65).
Esse tipo de ambiente é interessante, pois oportuniza uma comunicação
virtual, ágil e enriquece a troca de informação. Para Demo (2009, p. 38) “[...] muitas
são as ferramentas da web 2.0, sem falar que outras vão sendo criadas a todo o
momento”. Ferramentas como os e-mails, fóruns, blogs, podem ser opções para
iniciar um trabalho de comunicação virtual, algumas escolas já administram essas
ferramentas no ambiente educacional, e essas ideias estão sendo observadas e
imitadas. Diversas escolas estão procurando conhecer e aplicar na construção de
um conhecimento mais eficaz.
Moran, (2009, p.45) orientam como trabalhar nesses ambientes:
O professor deve criar uma página pessoal na internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação de suas ideias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para os alunos, dependendo de cada situação. O importante é que professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e visibilização virtual.
Nesses ambientes o aluno quando bem orientado, vai se transformando e
poderá desenvolver o conhecimento com fundamentação teórica adequada. São
muitos ambientes que poderão ser utilizados, deve-se levar em conta os Blogs,
Skype, Facebook, Moodle, E-Books, Vídeo Clips e YouTube e outros programas de
comunicação virtual que permitem aproximar o aluno e professore na pesquisa, no
conhecimento, Essa forma de ensinar pode atrair mais a atenção dos alunos nas
realizações de atividades, principalmente as que são realizadas fora do horário de
aula.
Ao aplicar o projeto de intervenção na escola, o maior problema foi
exatamente a internet. Ao desenvolver as oficinas, quando precisava utilizar o
mesmo endereço a rede ficava lenta e em muitos encontros a aula foi apresentada
com internet móvel, porém só ficava na exposição, a prática só acontecia em outro
momento. Os professores relataram a dificuldade de utilizar o blog para a prática
docente, ainda precisa ter mais formação e afinidade com esse instrumento, as
atividades com a utilização de ferramentas do Word foi apresentado aos professores
e uma parte disse que não conhecia tais ferramentas e como essas facilitaria sua
ação. Outro ponto que poucos professores conheciam era os ambientes das nuvens7
que facilita os armazenamentos dos documentos produzidos.
Os professores ao final dos encontros puderam conhecer e abrir contas para
administrar o Blog, porém não utilizaram para a sala de aula, relatando que ainda
precisam conhecer e adaptar-se a essa ferramenta; criaram apresentações no
PowerPoint com animação utilizando as ferramentas do Word e a utilização deste
recurso para criação de jogos, onde o professor pode explicar o conteúdo e lançar o
desafio para que os grupos possam realizar jogos relacionado ao conteúdo
trabalhado, trocando por e-mail ou Facebook essas informações e desafios,
auxiliando assim na construção do conhecimento.
Além dos trabalhos acima mencionados, outro trabalho foi o de criar
hipertextos dos conteúdos possibilitando a interação com outras informações e
sinalizando um caminho que deva ser percorrido diante do assunto apresentado. Foi
7A denominação cloudcomputing chegou ao conhecimento de muita gente em 2008, mas tudo
indica que ouviremos este termo ainda por um bom tempo. Também conhecido no Brasil como computação nas nuvens ou computação em nuvem, cloudcomputing se refere, essencialmente, à ideia de utilizar, em qualquer lugar e independente de plataforma, as mais variadas aplicações por meio da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas noss próprios computadores. Disponível em:<http://www.infowester.com/cloudcomputing.php> Acesso em: 12 Set. 2014.
utilizado também o Google Drive para construir planilhas que podem ser
empregadas para a formulação de avaliações ou questionário para pesquisas, nesse
mesmo ambiente foi demonstrado a possibilidade de produzir textos por vários
autores em sincronia de tempo, porém cada um em local diferente. Um exemplo de
ambientes e ferramentas para auxiliar a prática pedagógica é a utilização do Word
com a Guia revisão onde o professor pode corrigir trabalho deixando suas anotações
para que o aluno possa revisar e realizar as alterações.
Nessa esteira de pensamento, os professores compreenderam que a
internet com os ambientes virtuais oferecem oportunidades para enriquecer o
conhecimento, porém relataram que precisam conhecer ainda mais esses
programas digitais. Contudo o que surtiu efeito foi a utilização do PowerPoint e os
ambientes da nuvem que oportunizam um trabalho amplo, com muitas condições
para criar meios de ensinar e situações para que o aluno construa formas para
demonstrar seu conhecimento.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final deste estudo conclui-se que os educadores percebem a necessidade
de utilizar as tecnologias da informação, mas ainda enfrentam barreiras que
precisam ser vencidas, desde a busca pela capacitação, como o apoio do governo
para equipar e manter os laboratórios de informática com aparelhos de qualidade e
que funcionem, bem como uma rede de internet qualificada.
As tecnologias da informação estão à disposição dos alunos e apresentam
novos meios para comunicação. Nesse ponto de vista, a escola precisa avançar e
adaptar novas formas para ensinar, devendo oferecer os meios adequados para
uma educação de qualidade que atenda aos interesses do aluno em aprender e do
professor em mediar essa aprendizagem. Ao utilizar as tecnologias da informação
em sala de aula, mediando os conteúdos veiculados pelas mídias, ou construindo o
conhecimento científico, o educador poderá contribuir para uma educação de
qualidade que possibilite ao aluno, tornar-se um cidadão crítico, que tenha
discernimento de suas ações, direitos e deveres na sociedade.
Diante do exposto, conclui-se que os educadores, mesmo com suas
dificuldades têm interesse e disposição para utilizar as tecnologias da informação.
Na implementação ficou nítido o interesse em aprender mais sobre essas
ferramentas e recursos da tecnologia em sua prática docente, no ambiente do GTR
os participantes também alegaram que é necessário avançar o conhecimento diante
desta realidade das tecnologias da informação e seus propósitos para a educação.
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