opções para uso econômico da rl e app - pedro henrique santin brancalion (esalq)

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2º SIMPÓSIO DE CERTIFICAÇÃO DE CAFÉS SUSTENTÁVEISOpções para uso econômico da RL e APP # Palestrante: Pedro Henrique Santin Brancalion (ESALQ)

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Pedro H.S. Brancalion – UFSCar

Uso econômico de APP e Reserva Legal

Projetos de cotas de crédito de carbono florestalcaptura e/ou retenção de carbono atmosférico na biomassa florestal,havendo propostas de incluir também o desmatamento evitado.

Venda de créditos de carbono da restaurção florestal

• 4 mil hectares de restauração + 20 mil hectares

proteção

• > 1.000 hectares via créditos de carbono

• 1.260.000 toneladas de CO2 e somente com restauração

(> 1/4 certificado CCBA)

• Investimento de ~R$ 80 milhões

• Reconectar 2 importantes Parques Nacionais

METAS

Implantação de corredores ecológicos

317 hectares negociados = ~100 mil t CO2e

Créditos de longo prazo (30 anos), certificados pelo CCBA

CONTRATOS DE CARBONO

Pagamento por serviços ambientais ligados à água

Váriasiniciativas emdesenvolvimento

Extrema-MG

Resolução SMA-SP 061, de 24 de junho de 2010

Define as diretrizes para a execução do Projeto Mina D’água - Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais, na modalidade proteção de nascentes

• primeiro projeto estadual no Brasil para remuneração de produtoresrurais que protejam recursos naturais em suas propriedades;

• O PSA vai restituir pequenos agricultores que preservem as nascentesdentro de seus terrenos por meio do projeto Mina D’Água;

• Cada proprietário receberá entre R$ 75 e R$ 300 por nascente a cadaano, valor que varia de acordo com as condições ambientais;

• O FECOP (Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição)reservou R$ 3,5 milhões para o programa só em 2010;

• Passarão em breve a incluir a conservação de remanescentesflorestais e recuperação de matas ciliares

Resolução SMA – 08 sobre a restauração ecológica em São PauloArtigo 10º § 2º - “Como prática de manutenção da recuperaçãoflorestal será admitido, por até três anos, o plantio consorciado deespécies nativas com espécies para adubação verde e/ou agrícolas.”

Uso de SAF’s em APP para reabilitação florestal

Medida provisória nº 2166-67 de 2001Permissão de uso de Sistemas Agro-Florestais em Áreas dePreservação Permanente de propriedades familiares

Uso de SAF’s em APP para reabilitação florestal

Uso da Reserva Legal

19601945 19901973

Extremo Sul da Bahia

17% total< 8% Interior

2000 2007

Parque Indígena do Xingu (MT)

O mesmoprocessoocorre hojena Amazônia…

Desafios atuais• Conservar a vegetação nativaremanescenta na forma de RL

• Recompor o déficit de RL

implantação de modelos produtivosde espécies nativas

• Manter o suprimento de produtos florestais

Conceito

Lei N.º 11.284 de 2006, que estabeleceu a Gestão de Florestas Públicas para a Produção Sustentável

Manejo florestal sustentável:

“administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos,sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentaçãodo ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa oualternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, demúltiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, bem como autilização de outros bens e serviços de natureza florestal”.

Produtos florestais não madeireiros

“produtos de origem biológica, exceto madeira, derivados de florestas, outros ambientes com árvores ou de árvores não presentes em florestas” (FAO)

Produtos florestais madeireiros

Implantação de sistemas produtivos em florestas naturais

Principais produtos florestais não madeireirosobtidos em diferentes biomas do país

Palmito (Euterpe edulis)

Mata Atlântica

Pinhão (Araucaria angustifolia)

Pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius)

Produção de sementes nativas

Cerrado

- a produção cresceu 530% nos últimos 30 anos!

Manejo sustentável do pequi

são conhecidas e utilizadas 57 outras espécies frutíferas nativas por populações tradicionais do Cerrado: sorvetes, polpas, doces, in natura

Manejo sustentável da candeia

Ton

elad

a x

10

00

1

2

3

4

5

6

30 anos

1975 2005

Produção de pequi no Brasil (IBGE)

Implantação de florestas visando a recomposição daReserva Legal e a produção comercial de espécies nativas

A reposição da Reserva Legal resultaria em perdas de áreas agrícolas produtivas?

www.pactomataatlantica.org.br

Áreas de baixa aptidão agrícola na Mata Atlântica:-Declividade entre acima de 15 graus com uso do solo - Pastagem

(rendimento médio: R$ 200,00/ha/ano)

-Nessas áreas foram descontadas as APPs ciliares e topos de morros

Área Potencial para

Restauração (ha)

PR 2.455.537

RS 891.716

SC 1.402.183

MS 186.453

ES 1.043.374

MG 5.648.981

RJ 939.800

SP 2.077.885

AL 307.744

BA 2.104.512

PE 395.528

S 17.453.712

Como recompor a Reserva Legal visando a exploração madeireira?

Exemplo do Estado de São Paulo: Decreto n.º 53.939 de 2009

Artigo 6º: Para a recomposição da Reserva Legal no próprio imóvel:III - o plantio de mudas para fins de recomposição da Reserva Legal, tantoaquele a ser realizado em área total como aquele a ser realizado paraenriquecimento, deverá utilizar espécies nativas de ocorrência regional,admitindo-se o uso temporário de espécies exóticas como pioneirasintercaladas com espécies arbóreas nativas ou Sistemas Agroflorestais (SAF);

Artigo 7º - O plantio de espécies arbóreas exóticas intercaladas com espéciesarbóreas nativas ou de Sistemas Agroflorestais (SAF) - princípios e diretrizes:

I - densidade de plantio de espécies arbóreas: entre 600 e 1.700 ind./ha;

II - percentual máximo de espécies arbóreas exóticas: metade das espécies;

III - número máximo de indivíduos de espécies arbóreas exóticas: metade dosindivíduos ou a ocupação de metade da área por espécies arbóreas exóticas;

IV - 50 espécies arbóreas de ocorrência regional, no mínimo, sendo pelomenos 10 zoocóricas, devendo estas últimas representar 50% dos indivíduos;

V - manutenção de cobertura permanente do solo;

VI - permissão de manejo com uso restrito de insumos agroquímicos;

VII - não-utilização de espécie-problema ou espécie-competidora;

VIII - controle de gramíneas que exerçam competição com as árvores edificultem a regeneração natural de espécies nativas.

§ 1º - O proprietário ou o titular responsável pela exploração do imóvel, que optar por recompor a Reserva Legal por meio de plantio de espécies arbóreas nativas de ocorrência regional intercaladas com espécies arbóreas exóticas, terá direito à sua exploração.

§ 2º - Não poderá haver o replantio de espécies arbóreas exóticas na Reserva Legal uma vez findo o ciclo de produção do plantio inicial, exceto no caso de pequenas propriedades.”

• bifurcação excessiva• crescimento prejudicado• ataque de broca nas ponteiras

Problemas ecológicos em reflorestamentos puros

Cedro-rosa

• considerar a sucessão secundária e o grupo ecológico das espécies

• o uso de diferentes grupos ecológicos permite obter rendimentosintermediários antes da exploração das madeiras nobres.

• considerar a densidade natural das espécies

• considerar as interações ecológicas

A

B C

Projeto Guariroba

Fazenda Guariroba, Campinas SP, Brasil

-Restauração da Área Agrícola e RL para

fins de produção de nativas -300ha

Coleta de dados na literatura

características silviculturais de quase 50 espécies nativas

implantadas em talhões ou emplantios em linha

Coleta de dados emáreas restauradas

A reposição da Reserva Legal seria uma atividade lucrativa?

14

22

20

18

13

67

Outros países

Sul

São Paulo

Sudeste (sem SP)

Nordeste

Centro Oeste (sem MT)

Amazônia Legal

Consumo da madeira na Amazônia (Smeraldi and Veríssimo, 1999)

Tese de Doutorado

Maria do Carmo Ramos Fasiaben

OrientadorAdemar Ribeiro Romeiro

Instituto de Economia / UNICAMP

Tese - Maria do Carmo Ramos Fasiaben RESULTADOS

TABELA 17 – VARIAÇÃO NAS MARGENS BRUTAS DAS ATIVIDADES DO TIPO 4, MICROBACIA DO

RIO ORIÇANGA, ESTADO DE SÃO PAULO (EM R$/HA)

Período Laranja Milho Alta Tecnologia Reserva Legal Manejada

2002/03 3.465,39 1.595,66 188,59

2003/04 2.163,24 668,37 237,58

2004/05 -91,82 244,29 285,71

2005/06 1.021,37 125,04 423,78

2006/07 2.131,27 504,75 440,34

2007/08 1.806,64 871,52 435,23

2008/09 17,91 -64,52 470,16

Média 1.502,00 563,59 354,49

FONTE: Dados da pesquisa, utilizando-se de séries de preços listadas no Banco de Dados do IEA (2010)para insumos e para os produtos laranja e milho, e do IPT para madeira (FLORESTAR ESTATÍSTICO, 2003,2004, 2005, 2006, 2007, 2008)Valor médio da madeira considerada para as 4 classes = R$ 40,00/m3 da madeira em pé na propriedade

Pedro H.S. Brancalion – UFSCar

Obrigado

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