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Macapá 2017
JOSÉ CÉLIO MONTEIRO JÚNIOR
O USO DA BABOSA (ALOE VERA) NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS: REVISÃO DE LITERATURA
Macapá 2017
O USO DA BABOSA (ALOE VERA) NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS: REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Macapá – FAMA, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Bacharelado em Enfermagem.
Orientador: Mariana Silva.
JOSÉ CÉLIO MONTEIRO JÚNIOR
JOSÉ CÉLIO MONTEIRO JÚNIOR
O USO DA BABOSA (ALOE VERA) NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS: REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Macapá – FAMA, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Bacharelado em Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Macapá, 06 de dezembro de 2017
AGRADECIMENTOS
Shonda Rhimes em um de seus livros disse que “sonhos são lindos. Mas são
apenas sonhos. Passageiros. Efêmeros. Lindos. Mas sonhos não se realizam apenas
porque você os sonha. É o trabalho árduo que faz as coisas acontecerem. É o trabalho
árduo que cria a mudança". Este trabalho de conclusão de curso, minha graduação,
meu crescimento pessoal são conquistas que, assim como qualquer atividade em
grupo, só puderam ser alcançadas graças ao apoio de várias pessoas.
Agradeço a Deus, pela proteção, bênçãos, saúde e força para continuar nos
dias sombrios.
Mãe, você tornou palpável os nossos sonhos em uma estrada de
amadurecimento, dificuldades, defeitos e qualidades; foi farol e porto seguro. Pai, por
entre suas escolhas e necessidades, você foi constantemente fonte de energias
positivas e conselhos sábios acerca de minhas escolhas.
Aos meus Avós maternos pelos sacrifícios e presença na medida do possível
durante minha vida. É indescritível a fé, orgulho e incentivo que depositaram em mim
por entre esses anos.
Aos meus irmãos pelo afeto, carinho, suporte e incentivo, em especial à minha
caçula, Viviane, por me ensinar na prática as palavras “amor, afeto, responsabilidade
e compromisso”; muito do que sou se deve à sua chegada na minha vida.
Aos meus melhores amigos, Kleylson Braga e Heloise por me acolherem com
sabedoria e alegria diariamente; também às parceiras de graduação Jordana Jardim
e Priscila Lima pela perseverança e garra passadas, e, em especial, Elizandra de Lima
por caminhar comigo desde os primeiros trabalhos, não apenas confortando-me,
como também me direcionando com seus conhecimentos.
A todos os professores que contribuíram para meu ensino, em especial ao M.
Sc. Diego Vinícius de Araújo pelas inúmeras oportunidades e fé no meu
conhecimento, quando por vezes nem mesmo eu o fazia.
Por fim, à família enfermagem cujo amor e cuidado transcendem ensino e
técnicas, transformando sua assistência em interação humana empática e
humanizada. Palavras não podem expressar com exatidão o quanto almejo para mim
e nossa categoria, mas sejamos esperançosos para com o futuro e trabalhemos
arduamente para tornar em realidade nossos anseios enquanto profissão e ciência.
MONTEIRO JÚNIOR, José Célio. O uso da babosa (aloe vera) no tratamento de queimaduras: revisão de literatura. 2017. 38 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Bacharelado em Enfermagem) – Faculdade de Macapá, Macapá, 2017.
RESUMO
Queimaduras são lesões térmicas que podem acometer a pele seus anexos, constituindo-se como um grave problema de saúde pública devido aos altos custos que seu tratamento envolve, englobando profissionais, medicamentos, técnicas e familiares junto ao paciente acometido com uma única ferida. Resultante do questionamento “Há viabilidade clínica na utilização de Babosa (Aloe vera) no tratamento de queimaduras?”, o presente trabalho foi realizado no período de 2017, sendo uma revisão de literatura com abordagem qualitativa que englobou publicações no período de 2010 a 2017 e disponíveis na língua portuguesa presentes na biblioteca virtual em saúde – BVS; e teve como objetivos: descrever os aspectos históricos do uso das plantas medicinais; apontar o uso da babosa (Aloe vera) no tratamento de queimaduras e destacar a contribuição da enfermagem frente à fitoterapia. Portanto, a planta medicinal possui viabilidade clínica no que diz respeito à sua utilização do seu extrato no tratamento de queimaduras, representando-se como alternativa terapêutica no tratamento de tais lesões, sendo de baixo custo, fácil obtenção e manuseio por profissionais e usuários, requerendo de atenção pelos enfermeiros quanto ao uso adequado deste fitoterápico, bem como no tocante às pesquisas de novos princípios ativos; ressaltando ainda a necessidade da inserção e valorização do ensino em fitoterapia no ensino superior.
Palavras-chave: Queimaduras; Plantas Medicinais; Fitoterapia;
MONTEIRO JÚNIOR, José Célio. The use of Aloe vera in the treatment of burns: literature review. 2017. 38 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Bacharelado em Enfermagem) – Faculdade de Macapá, Macapá, 2017.
ABSTRACT
Burns are thermal injuries that can affect the skin and its attachments, constituting itself as a serious public health problem due to the high costs that its treatment entails, including professionals, medicines, techniques and family with the patient affected with a single wound. Resulting of the questioning "Is there clinical feasibility in the use of Aloe vera in the treatment of burns?", The present study was carried out in the period of 2017, being a review of literature with a qualitative approach that included publications in the period from 2010 to 2017 and availables in the Portuguese language presents in the virtual library in health - VHL; and had as objectives: to describe the historical aspects of use medicinal plants; to point out the use of aloe vera in the treatment of burns and to highlight the contribution of nursing to phytotherapy. Therefore, the medicinal plant has clinical viability regarding its use of its extract in the treatment of burns, representing itfself as a therapeutic alternative in the treatment of such lesions, being of low cost, easy obtainment and handle by professionals and users, requiring of attention by nurses about the proper use of this phytotherapic, as well as on the research of new active principles; emphasizing also the need of insertion and valorization of teaching in phytotherapy in higher education.
Key-words: Burns; Medicinal Plants; Phytotherapy.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Babosa (Aloe vera) ................................................................................ 22
Figura 2 – Gel da Babosa (Aloe vera) ..................................................................... 23
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BVS Biblioteca Virtual de Saúde
CEME Central de Medicamentos
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
ESF Estratégia Saúde da Família
MS Ministério da Saúde
NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família
OMS Organização Mundial da Saúde
PNPIC Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS
PPPM Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais
PSF Programa da Saúde da Família
SUS Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS ... 11
1.1 AS PLANTAS MEDICINAIS ATRAVÉS DOS ANOS ....................................................... 11
1.2 REGULAMENTAÇÃO DO USO DE FITOTERÁPICOS COMO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA . 13
2 FITOTERAPIA COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS
17
2.1 ASPECTOS CLÍNICOS DAS QUEIMADURAS ............................................................. 17
2.1.1 Definição ................................................................................................. 17
2.1.2 Tipos de queimaduras ............................................................................. 17
2.1.3 Graus e complicações ............................................................................. 18
2.2 FITOTERÁPICOS UTILIZADOS NA CICATRIZAÇÃO DE QUEIMADURAS .......................... 21
2.2.1 Babosa (Aloe Vera) ................................................................................. 21
3 FITOTERAPIA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ................................... 25
3.1 CONTRIBUIÇÃO DE ENFERMAGEM PARA A FITOTERAPIA ........................................ 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31
10
INTRODUÇÃO
As plantas medicinais são todas aquelas que possuem substâncias
terapêuticas. São matérias-primas utilizadas desde o início de civilizações em
diferentes culturas como produto cosmético ou no tratamento de lesões,
apresentando-se como de grande importância para a manutenção da saúde das
pessoas. Pautados na necessidade de comprovação científica e na valorização da
cultura de povos como ferramenta científica, surgem os fitoterápicos: produtos
compostos de substâncias ativas existentes nas plantas medicinais que perpassam
por testes de segurança e de viabilidade clínica.
A utilização de fitoterápicos como coberturas no tratamento de queimaduras
mostra-se como iniciativa eficaz e inovadora, além de fazer parte de práticas
complementares e alternativas para o cuidado destas lesões, tendo dentre os
principais utilizados a Babosa (Aloe vera). Levando em consideração estes aspectos,
esta pesquisa busca responder a seguinte pergunta: Qual a viabilidade clínica da
Babosa (Aloe vera) no tratamento de queimaduras?
Compreendendo os estímulos da Organização Mundial da Saúde (OMS)
acerca da importância das pesquisas em fitoterápicos nos diferentes níveis de atenção
à saúde, a pesquisa apontará a viabilidade clínica dos principais fitoterápicos que são
utilizados no tratamento de queimaduras. Desta forma, este estudo tem por objetivos:
descrever os aspectos históricos do uso das plantas medicinais; apontar o uso da
babosa (Aloe vera) no tratamento de queimaduras e destacar a contribuição da
enfermagem frente à fitoterapia.
Trata-se de uma revisão de literatura com abordagem qualitativa. Na
elaboração do estudo, instituiu-se a análise de periódicos, monografias, dissertações
e teses disponíveis na língua portuguesa e que foram publicados no período de 2010
a 2016. A ferramenta utilizada para busca foi a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), que
engloba várias bases de dados, incluindo LILACS, BDENF, SCIELO e MEDLINE. Os
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) usados foram: “queimaduras”, “plantas
medicinais” e “fitoterápicos” cruzados com o operador booleano “AND”. A consulta na
base de dados foi realizada em agosto de 2017.
11
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS
1.1 AS PLANTAS MEDICINAIS ATRAVÉS DOS ANOS
As plantas medicinais são aquelas que apresentam em sua constituição
compostos químicos com ação farmacológica em animais, que embora bem
diversificados, não raros, são específicos para determinado grupo vegetal (SOUZA et
al., 2016). Historicamente, seu uso perpassa a evolução humana, sendo um dos
primeiros recursos terapêuticos utilizados por nações muito antes do surgimento de
alguma forma inscrita. As experiências com ervas são provenientes de sucessos e
fracassos que levaram à cura na maioria das vezes, assim como à ocorrência de
efeitos colaterais severos ou em óbito em alguns casos (TOMAZZONI et al., 2006).
Originou-se na Mesopotâmia os primeiros relatos acerca da utilização das
plantas medicinais com o uso do óleo de cedro (Cedrus spp.) e da papoula (Papaver
somniferum). Egípcios, assírios e hebreus cultivavam ervas e traziam de suas
expedições novas espécies, como a babosa (Aloe spp.), o absinto (Artemisia
absinthium), a hortelã (Mentha spp.), o óleo de rícino (Ricinus comunis). Na medicina
Ayurvédica e na medicina tradicional Chinesa, nota-se o emprego da centela (Centella
asiatica), cânfora (Cinnamomum camphora), dentre outras espécies (MARTINS et al.,
1994; LEITE, 2009).
Com o advento da exploração de novos continentes por navegações, os
europeus conheceram variadas espécies de plantas utilizadas por nativos e
adquiriram para si o uso (LORENZI; MATOS, 2008). No Brasil, a utilização das plantas
medicinais com finalidade terapêutica pela população provém dos índios nativos, das
comunidades quilombolas, das seitas afro-brasileiras e da tradição asiática e
europeia, sendo transmitida oralmente de geração em geração, pelo uso popular em
comunidades ou nos sistemas de saúde, já com cunho científico (SILVA et al., 2001;
BRASIL, 2012).
O desenvolvimento de medicamentos sintéticos frente às plantas medicinais
fez com que esta segunda perdesse boa parcela dos seus consumidores para o
primeiro, haja visto que muitas pessoas utilizavam as plantas medicinais sem que
houvesse qualquer comprovação científica de sua eficácia. Contudo, relacionado aos
medicamentos sintéticos, o seu alto custo, o difícil acesso e os efeitos colaterais
12
destes contribuíram para o resgate da utilização dos produtos de origem natural, das
plantas medicinais (GAMA; SILVA, 2006; BRASILEIRO et al., 2008).
Embora o Brasil seja o país como maior biodiversidade do planeta, apenas 1%
desse potencial já foi explorado e pesquisado. Entretanto, devido à velocidade de
extinção de espécies pela destruição de ecossistemas, inúmeras plantas não serão
conhecidas medicinalmente. Para tanto, são necessários investimentos em estudos
científicos que explorem de forma racional a nossa diversidade vegetal, para que
assim o saber popular seja resgatado e validado (BRANDÃO, 2003; VIEIRA; SILVA,
2002; BASTOS; LOPES, 2010).
Os medicamentos fitoterápicos e os remédios preparados a partir de vegetais,
ainda que obtidos de plantas medicinais, diferem-se na preparação. Os remédios são
provenientes de partes das plantas medicinais, como: folhas secas ou frescas, inteiras
ou rasgadas, utilizadas em chás, infusões, tinturas; já os fitoterápicos perpassam por
mais elaboração e estudos, e são apresentados em forma de comprimidos, cápsulas
e xaropes (Brasil, 2006).
Atualmente, as plantas medicinais e os fitoterápicos estão entre as principais
alternativas terapêuticas da medicina complementar e alternativa que vem sendo
utilizada na medicina tradicional/popular ou nos programas públicos de fitoterapia no
Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde (MS) aponta que a maioria
dessas experiências se dão no âmbito da atenção primária à saúde. A Estratégia
Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) são
encorajados a estimular e adotar o uso das plantas medicinais e da fitoterapia em suas
práticas de cuidado (BRASIL, 2012).
A ampliação das opções terapêuticas ofertadas aos usuários do Sistema Único de Saúde, com garantia de acesso às plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e qualidade, na perspectiva da integralidade da atenção à saúde, é uma importante estratégia com vistas à melhoria da atenção à saúde da população e à inclusão social. (BRASIL, 2006. p. 16).
As plantas medicinais demonstram-se de grande importância por servirem de
matérias-primas para a síntese de drogas, além do seu uso como agentes
terapêuticos, que é bastante valorizado na utilização tradicional com base no seu
benefício. Existem plantas altamente tóxicas mesmo quando em pequenas doses,
13
portanto, é necessário deter conhecimentos sobre a dose e a parte empregada da
planta, além de suas propriedades terapêuticas (ZHAN; ZHOU, 2003).
O tratamento correto dos princípios ativos de umas plantas acarreta em
aproveitamento adequados destes, ou seja, para cada parte da planta utilizada, grupo
de princípio ativo a ser extraído ou doença a ser tratada, existe a maneira e uso mais
adequado (ARNOUS; SANTOS; BEINNER, 2005).
Para Simões (2012. p. 7):
As plantas medicinais são grandes alternativas na busca de tratamentos de problemas relacionados à saúde humana e animal, pois possuem baixo custo e grande potencial farmacológico, dessa forma a comprovação científica dos efeitos terapêuticos, desperta interesse junto à comunidade científica que tem como objetivo o uso correto das plantas medicinais, evidenciando seus mecanismos e a criação de novos medicamentos, principalmente fitoterápicos, para solucionar problemas relacionados à saúde da população mundial.
1.2 REGULAMENTAÇÃO DO USO DE FITOTERÁPICOS COMO ALTERNATIVA
TERAPÊUTICA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da RDC de nº
26, conceitua os fitoterápicos como produtos obtidos de matéria prima ativa vegetal,
exceto substâncias isoladas ou altamente purificadas, com finalidade profilática,
curativa ou paliativa, incluindo medicamento fitoterápico e produto tradicional
fitoterápico; podendo ser simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie
vegetal medicinal; ou composto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie
vegetal e planta medicinal é a espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com
propósitos terapêuticos (BRASIL, 2014); ainda devem possuir garantia da qualidade,
atividade farmacológica comprovada, composição padronizada e características
respaldadas em pesquisas científicas (BRASIL, 2004).
No ano de 1978, a OMS na declaração da Alma-Ata, reconheceu a Fitoterapia
como prática oficial e recomendou a disseminação dos conhecimentos essenciais
para sua utilização (OMS, 1978). A OMS (WHO, 2002), constatou que 80% da
população mundial faz uso de plantas medicinais e criou resoluções considerando o
valor das plantas na medicina tradicional. Atualmente, as plantas medicinais são
comercializadas em feiras livre, mercados populares ou encontradas em quintais
14
residenciais, seja em regiões mais pobres do país quanto nas grandes cidades
brasileiras (TRESVENZOL et al., 2006).
O MS através da portaria de nº 212, de 11 de setembro de 1981, institui a
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, dando prioridade aos estudos
de plantas medicinais e sendo lançado no ano seguinte pelo MS, o Programa de
Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos (PPPM/CEME),
objetivando-se o desenvolvimento científico dos tratamentos alternativos e
complementares, para validação das atividades farmacológicas de preparações à
base de plantas medicinais (BRASIL, 2009; BRASIL, 2012). Em 1986, na 8ª
Conferência Nacional de Saúde, foi recomendado a introdução das práticas
tradicionais de cura popular no atendimento público de saúde (BRASIL, 1987).
As diretrizes da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,
destacam a necessidade da regulamentação do cultivo, do manejo sustentável, da
produção, da distribuição e do uso de plantas medicinais e fitoterápicos. A ANVISA,
através da RDC nº10 de 09 de março de 2010, aponta a necessidade de notificação
de drogas vegetais junto à agência, relevando a necessidade de contribuir para a
construção do marco regulatório para a produção, distribuição e uso das plantas
medicinais, principalmente em forma de drogas vegetais. No Brasil o controle de
qualidade da produção e comercialização de drogas vegetais se dá por legislação
específica (BRASIL, 2006b).
No ano de 2006 foi aprovada no Brasil a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), normatizando diretrizes e
responsabilidades para a implantação e adequação das ações e serviços de
fitoterapia, e de outras alternativas complementares (BRASIL, 2006b). Vem sendo
realizado em alguns estados e municípios em âmbito nacional a implantação de
Programas de Fitoterapia na Atenção Primária à Saúde, visando suprir carências de
medicamentos em suas comunidades (SILVA et al., 2006).
A PNPIC do SUS (BRASIL, 2006a) permite a integração do conhecimento
técnico-científico dos profissionais com o saber popular sobre o uso das plantas
medicinais, gerado e conversado por grupos culturais que convivem com a natureza
em seu dia-a-dia e explorando suas potencialidades (ELISABETSKY, 1987).
Em relação à implantação do PNPIC, estas ações visam aumentar a oferta de
serviços e produtos de maneira segura e racional, por profissionais de saúde
qualificados, propiciando a integridade da atenção (BRASIL, 2012). Entretanto, a falta
15
de conhecimento entre os profissionais de saúde sobre o uso de fitoterápicos existe,
e se deve à escassez de discussões acerca da PNPIC, em especial no que diz
respeito às plantas medicinais na graduação, o que cria lacunas no conhecimento da
enfermagem, representando-se como prejuízo no desempenho profissional,
impactando principalmente a população mais carente, onde há a maior deficiência em
assistência do Sistema de Saúde (TROVÓ; SILVA, 2002).
A política gerou estímulo significativo sobre a utilização de plantas medicinais,
incentivando e contribuindo para o cultivo por agricultores família, inserindo-as na
cadeia produtiva de forma eficiente e viável. Permitiu ao produtor conhecer a demanda
e as exigências na qualidade das plantas, delimitando o mercado consumidor, sua
forma de produzir, a quantidade e o momento ideal para tal. No entanto, existem
deficiências que não possibilitam o desenvolvimento adequado e a obtenção de
produtos finais de qualidade, entre várias, a técnica é a principal (SOUZA, PEREIRA
e FONSECA, 212).
Com o objetivo de atingir os preceitos da Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
foi aprovado em 22 de Junho de 2006 (Decreto de nº 5813), na garantia ao povo
brasileiro do acesso às plantas medicinais de forma segura, promovendo a
sustentabilidade e o desenvolvimento do país, através da inserção do uso de plantas
medicinais e fitoterápicos no âmbito do SUS e do reconhecimento das práticas
populares do uso de plantas medicinais (BRASIL, 2009). Foi fundada em 2010 a
Farmácia Viva, que tem como atribuições realizar etapas como: o cultivo, a coleta, o
processamento, o armazenamento e a manipulação de plantas medicinais (BRASIL,
2012).
Comparados aos medicamentos sintéticos, os fitoterápicos apresentam uma
crescente alternativa devido aos seus benefícios como utilidade preventiva e
terapêutica (MICHILES, 2004). Bastos e Lopes (2010), apontam que para a fitoterapia
se fortalecer na rede de saúde, é imprescindível a participação da população de forma
atuante e de modo que ela pratique a cidadania, no que se diz respeito à atenção à
saúde.
Mais de 45% dos produtos farmacêuticos são provenientes de produtos
naturais, o que demonstra a existência da preocupação governamental em incentivar
a profissionalização deste mercado, visando, principalmente, a comprovação de
eficácia e segurança dos fitoterápicos, pois a crença popular de que o uso das plantas
16
medicinais não causa efeitos colaterais é equivocada. (CASTRO et al., 2004; FUNARI;
FERRO, 2005; BRANDÃO et al., 2009; LAPA. 2004).
A implementação da Fitoterapia no SUS representa, além da incorporação de
mais uma terapêutica ao arsenal de possibilidades de tratamento à disposição dos
profissionais de saúde, o resgate de uma prática milenar, onde se imbricam o
conhecimento científico e o conhecimento popular e seus diferentes entendimentos
sobre o adoecimento e as formas de tratá-lo (DE FIGUEIREDO; GURGE; JUNIOR,
2014).
Na medicina popular, são citadas frequentemente duas plantas para o
tratamento de queimaduras: babosa (Aloe vera) e aroeira (Schinus terebinthifolius
Raddi), as quais possuem ação cicatrizante e são utilizadas geralmente na forma in
natura, cataplasma ou decocção (COSTA; MAYWORM, 2011). Atualmente, estas
substâncias compõem os medicamentos fitoterápicos disponíveis na rede
farmacêutica e nas instituições de saúde (BRASIL, 2017).
17
2 FITOTERAPIA COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DE
QUEIMADURAS
2.1 ASPECTOS CLÍNICOS DAS QUEIMADURAS
2.1.1 Definição
As queimaduras são lesões causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos
ou radioativos, que em contato com o corpo humano podem destruir parcial ou
totalmente a pele e seus anexos; ou ainda atingir camadas mais profundas como
tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos (ARTZ; MONCRIEF; PRUITT,
1980).
A lesão por queimadura é responsável ainda por desencadear sérios
comprometimentos físicos e psíquicos para o paciente que repercutem no seu
convívio com familiares e, consequentemente, na sociedade; provoca cicatrizes
desfigurantes e disfuncionais, com importante impacto socioeconômico (FERREIRA
et al., 2009).
As queimaduras se encontram entre as maiores causas de danificação
cutânea, ocupando o segundo lugar entre os acidentes que mais comumente ocorrem
no mundo. As lesões por queimaduras ocorrem em todos os grupos etários e têm
extensão, profundidade e etiologias variadas (BURD et al., 2006). Estimativas
apontam que, entre os casos de queimaduras notificados no país, a maior parte
acontece nas residências das vítimas e quase a metade das ocorrências envolve a
participação de crianças (TAVARES; HORA, 2011).
2.1.2 Tipos de queimaduras
As queimaduras classificam-se de acordo com a profundidade da lesão epitelial
sendo: de primeiro grau (quando atinge a epiderme), queimadura de segundo grau
(quando atinge a epiderme e a derme) e queimadura de terceiro grau (destruindo
todas as camadas da pele podendo atingir tecidos subcutâneos, músculos e ossos)
(ROCHA, 2010); e pela extensão, que é mensurada habitualmente pela regra do nove,
em que cada região do corpo recebe uma graduação percentual múltipla de nove
(NASCIMENTO et al., 2015).
18
A queimadura de primeiro grau apresenta eritema, calor e dor, não havendo
formação de bolhas; evolui por descamação em poucos dias, e regride sem deixar
marcas de cicatrizes. A queimadura de segundo grau apresenta eritema, edema, dor,
bolhas, erosão e ulceração; sua regeneração é espontânea e a cicatrização ocorre
entre 2 e 4 semanas, podendo deixar sequelas como discromia e cicatriz profunda. Já
a queimadura de terceiro grau apresenta-se esbranquiçada ou marrom, seca, dura,
inelástica e indolor; não há regeneração espontânea, necessitando de enxertia para a
cicatrização, porém com possibilidade de retração de bordas (DO VALE, 2005; TELES
et al., 2012).
O agente causal, a profundidade da lesão e a sua extensão na superfície
corporal, a localização, a idade, as doenças preexistentes e outras lesões associadas
são fatores que estão relacionados à definição da gravidade e do prognóstico do
paciente queimado. Tratamento e uma possível internação também estão
estreitamente ligados a estes fatores (LEÃO et al., 2007). Quando a queimadura
atinge 10% da superfície corporal queimada (SCQ) de uma criança já é considerado
risco para a mesma, já para um adulto esse valor chega a 15% (COUTO et al., 2009).
2.1.3 Graus e complicações
No trauma térmico ocorre a destruição da barreira epitelial e da microbiota
residente na pele, rompendo o seu efeito protetor. A presença de tecido desvitalizado,
de proteínas degradadas e a queda do suprimento de oxigênio favorecem à
proliferação de microrganismos patogênicos do ambiente, da pele normal que
circunda a lesão, ou da própria lesão (BARBOSA et al., 2007).
Entre as complicações que um paciente vítima de queimadura está exposto
estão: sobrecarga cardiovascular acarretando a hipotensão; comprometimento da
função renal, levando à hipovolemia e choque (FERNANDES et al., 2012). A
abordagem inicial ao paciente que sofreu queimaduras no âmbito intra-hospitalar
segue com: manutenção de vias aéreas, hidratação endovenosa, supervisão da
diurese e controle da dor. (JOFFE; BACHUR; WILEY, 2010).
A injúria térmica provoca no organismo uma resposta local, traduzida por
necrose de coagulação tecidual e progressiva trombose dos vasos adjacentes num
período de 12 a 48 horas. A ferida da queimadura a princípio é estéril, porém o tecido
necrótico rapidamente se torna colonizado por bactérias endógenas e exógenas,
19
produtoras de proteases, que levam à liquefação e separação da escara, dando lugar
ao tecido de granulação responsável pela cicatrização da ferida, que se caracteriza
por alta capacidade de retração e fibrose nas queimaduras de terceiro grau (LEÃO;
FONSECA; SAVASSI-ROCHA, 1999; SHERIDAN, 2003).
Forma-se, na região central da lesão, a denominada zona de coagulação, que
sofre necrose pela falta de oxigenação que impede a rapidez do processo cicatricial,
a qual deve ser removida. Em torno da zona de coagulação, localiza-se uma área
tecidual com perfusão diminuída, denominada zona de estase, onde há um aumento
da permeabilidade capilar e reação inflamatória exacerbada que distingue as
queimaduras de outras lesões, pela persistência e progressão da vasodilatação e do
edema, além da possibilidade de que podem evoluir como áreas estendidas de
necrose com aumento do tamanho da lesão inicial. Por último, a zona de hiperemia
que circunda a zona de estase, caracterizada por vasodilatação, inflamação e
viabilidade tecidual, exatamente por onde se inicia o processo cicatricial (FRANCK et
al., 2017).
A resposta sistêmica manifesta-se por febre, circulação sanguínea
hiperdinâmica e ritmo metabólico acelerado, com aumento do catabolismo muscular,
decorrente de alteração da função hipotalâmica (aumento da secreção de glucagon,
cortisol e catecolaminas), da deficiência da barreira gastrointestinal (passagem de
bactérias e seus subprodutos para a circulação sistêmica), da contaminação
bacteriana da área queimada (liberação sistêmica de bactérias e subprodutos), da
perda de calor (evaporação através da ferida levando à hipotermia) e da perda de
fluidos (desequilíbrio hidroeletrolítico) (HETTIARATCHY; DZIEWULSKI, 2004;
SHERIDAN, 2003).
As queimaduras se diferenciam de outras lesões pela intensidade da
inflamação sistêmica, enquanto a cicatrização se faz pelas três fases se sobrepondo
com o auxílio das células do sistema imunológico, endotelial e do estroma. Como não
há sangramento, parece que a fase inflamatória se inicia por extravasamento de
fluídos, vasodilatação e pela chegada dos neutrófilos e monócitos, que por meio de
quimiocinas sustentam o recrutamento de macrófagos. Nesta fase, além da proteção
contra infecções, ocorre a degradação dos tecidos necróticos e se ativam sinalizações
reparatórias (FRANCK et al., 2017).
A fase proliferativa se inicia sobrepondo a inflamatória com citocinas e fatores
de crescimento estimulando a ativação dos fibroblastos e queratinócitos, que migram
20
sobre a queimadura auxiliando o fechamento e a recuperação vascular. A fase de
remodelação também inicia se sobrepondo à proliferativa com deposição e
reformulação contínua do colágeno e da elastina, enquanto a queimadura se contrai
devido à transformação de fibroblastos em miofibroblastos. Esta conversão determina
a flexibilidade pelo equilíbrio entre a contração e reepitelização, além disso, a
apoptose dos queratinócitos e das células inflamatórias são essenciais para o término
do processo cicatricial e seu aspecto estético (ROWAN et al., 2015).
Segundo Kishikova, Smith e Cubison (2014), o tempo de reepitelização da
lesão menor que 21 dias está associado a uma melhor resolução da cicatriz. De fato,
as queimaduras de espessura parcial superficial ou profunda que demoram mais que
21 dias para reepitelizar necessitam geralmente de tratamento cirúrgico. Por outro
lado, queimaduras que cicatrizam em menos que 18 a 21 dias normalmente seguem
o tratamento conservador.
O dano estrutural e a resposta inflamatória exacerbada que ocorre em
queimaduras geram uma perturbação na formação dos capilares e um impedimento
da chegada das células necessárias para a recuperação. Este processo determina a
perda de fluidos, aumento do risco de infecção e sequelas agudas e subagudas
(LORDER et al., 2015). Não há substituto para a própria pele, mas existem materiais
projetados com funções específicas para o processo de cicatrização, no entanto,
deve-se estabelecer qual é o objetivo do tratamento local da queimadura
(SHAKESPEARE, 2005).
Em queimaduras extensas há perda de grande quantidade de plasma, que leva
ao choque, diferentemente de outras lesões em que o choque decorre de perda
sanguínea. Outra característica das queimaduras é o comprometimento do sistema
imunológico, pois embora no início as lesões, em sua maioria, não sejam
contaminadas, a principal causa de a morte se relaciona a sepses por infeção das
lesões (TIWARI, 2012).
Segundo Costa e Rossi (2003), para a equipe a convivência com pacientes de
longa internação demonstra-se como complexa, seja pela estadia prolongada ou seja
pelos inúmeros procedimentos dolorosos aos quais estes estão sujeitos. A rotina de
um paciente com queimaduras é composta por higiene corporal, desbridamento da
área atingida pela queimadura e estímulo à realização de exercícios fisioterápicos.
O tratamento da queimadura inclui cuidados locais e sistêmicos, variando de
acordo com a profundidade, localização corporal e extensão. O uso de curativos
21
contendo substâncias cicatrizantes e anti-infecciosas é a opção para a terapia local.
Os curativos têm por função converter uma ferida aberta e potencialmente
contaminada em uma ferida limpa, protegendo do risco de infecção sem destruir os
tecidos viáveis adjacentes. Também permitem a drenagem e controle da exsudação,
oferecem à superfície lesada repouso, mantêm discreta pressão para ativar as
drenagens venosa e linfática. Desta forma, asseguram cicatrização em menor período
de tempo com mínima perda da função (ARTZ; MONCRIEF; PRUITT, 1980).
Atualmente, para o tratamento de lesões crônicas é disponibilizada no mercado
uma variedade de curativos com a intenção de promover a neovascularização, a
formação de tecido de granulação e o fechamento (GARCIA et al., 2016). Os avanços
tecnológicos no atendimento às vítimas de queimaduras têm contribuído para redução
das taxas de morbidade devido à melhoria na capacidade de reanimação, cuidados
com feridas, controle de infecção, dentre outras ações realizadas pela equipe
multiprofissional, que refletem diretamente nos resultados funcionais (WHO et al.,
2008).
2.2 FITOTERÁPICOS UTILIZADOS NA CICATRIZAÇÃO DE QUEIMADURAS
2.2.1 Babosa (Aloe Vera)
Em 1693, a planta foi trazida por comerciantes para o mercado londrino e em
1843 quantias significativas eram importadas. Atualmente, é encontrada em diversos
países, como México, EUA e China, plantada em grande escala. No ano de 1932 foi
reconhecida pela Farmacopeia Britânica como droga oficial, sendo aceita também em
outras farmacopeias como a brasileira, onde é comumente aplicada em feridas com a
finalidade de cicatrização da lesão, ainda em conjuntivite, dores reumáticas e outras
doenças (HALLER, 1990; ALONSO, 2007; LORENZI; MATOS, 2008; GUERRA et al.,
2008).
A Aloe vera, ou Babosa como é popularmente chamada (figura 1), faz parte da
família Aloaceae que possui aproximadamente de 15 gêneros e 800 espécies. É uma
planta herbácea que cresce em qualquer tipo de solo, porém se adapta melhor aos
leves e arenosos, não exigindo muita água. A planta possui folhas verdes que medem
de 30 a 60 centímetros, sendo grossas e suculentas. Há ainda na literatura as
sinonímias: Aloe barbadensis Mill., Aloe barbadensis var. chinensis Haw., Aloe
22
perfoliata var. vera L., Aloe chinensis Bak. e Aloe vera var. chinensis Berger
(LORENZI; MATOS, 2008; WHO, 1999).
Figura 1: Babosa (Aloe vera)
Fonte: Disponível em: <https://www.cpt.com.br/cursos-plantasmedicinais/artigos/medicina-natural-babosa-aloe-spp>. Acesso em 07 nov. 2017.
A maturidade da Babosa se atinge entre quarto e cinco anos. Suas folhas
podem ser divididas em duas partes, sendo que da parte mais externa pode se extrair
um suco que, quando concentrado e seco, recebe a denominação de Aloé. O suco
escorre de forma espontânea das olhas cortadas, possui coloração marrom escura,
forte odor e sabor amargo, e constitui-se principalmente de derivados antracênicos,
sendo as aloínas (barbaloína e isobarbalaína) os mais conhecidos (ATHERTON,
1997; WHO, 1999).
Posterior a eliminação dos tecidos mais externos da folha, tem-se um gel
mucilaginoso de aparência viscosa e incolor (figura 2), que recebe o nome de A. vera
e é matéria prima na indústria cosmética, alimentícia (ATHERTON, 1997; ESHUN;
HE, 2004; CUNHA, 2005). A composição do gel dá-se principalmente por água e
polissacarídeos, além de 70 outros componentes, tais como: vitaminas A, B, C e E;
cálcio, potássio, magnésio e zinco, diversos aminoácidos, enzimas e carboidratos.
(TESKE; TRENTINI, 1997; FEMENIA et al., 1999; CARVALHO, 2005; SURJUSHE,
2008).
23
Figura 2: Gel da Babosa (Aloe vera).
Fonte: Disponível em: <https://www.tuasaude.com/babosa/>. Acesso em 7 nov. 2017.
A forma de cultivo e as alterações sazonais podem afetar a composição do gel.
Por exemplo, o número de polissacarídeos é menor nas plantas bem irrigadas. O
processamento das folhas deve ser feito logo após a colheita, tendo em vista que o
gel oxida rapidamente quanto entra em contato com o ar (YARON, 1993;
RODRÍGUEZ-GONZÁLEZ et al., 2011). O emprego correto das técnicas de
processamento permite conservar adequadamente os ativos do gel, permitindo que
este apresente os mesmos efeitos farmacológicos esperados (ESHUN; HE, 2004).
A acemanana, polissacarídeo encontrado no gel de Aloe vera, foi capaz de
estimular in vitro macrófagos murinos da linhagem RAW 264.7 a liberarem
interleucina-6, fator de necrose tumoral-α e óxido nítrico. A combinação entre a
acemanana e interferon-γ potencializou esses efeitos, sugerindo, portanto, uma ação
simultânea (ZHANG; TIZARD, 1996). O gel também apresenta atividade anti-
inflamatória in vitro dado à proteínas e glicoproteínas isoladas ao reduzirem
significativamente as enzimas COX-2 e lipoxigenase, comparando-se a anti-
inflamatórios não esteroidáis como o dicofenaco e a nimesulida. Testes em animais
foram capazes de acelerar a cicatrização e aumentar a proliferação celular (CHOI et
al., 2001; DAS et al., 2011).
A planta detém potencial anti-inflamatório e antimicrobiano, atuando em fungos,
vírus e em bactérias Gram positivas e negativas. A planta detém compostos
24
bactericidas e bacteriostáticos em Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa,
Escherichia coli, Helicobacter pylori, Salmonella typhi, Bacillus cereus, Candida
albicans, Shigella flexneri, Streptococcus pyogenes, Mycobacterium tuberculosis
entre outros. O pirocatecol, ácido cinâmico, ácido ascórbico e ácido p-cumárico são
alguns dos compostos encontrados que provavelmente atuam de forma simultânea
(CASTELLANOS PUERTO et al., 2001; FERRO et al. 2003; TAMURA et al., 2009;
LAWRENCE et al., 2009; GUPTA et al. 2010; DAS et al., 2011; FREITAS;
RODRIGUES; GASPI, 2014).
Khorasani et al. (2009) testaram o potencial cicatrizante da planta em um
estudo, comparando a sulfadiazina de prata a 1% (comumente utilizada no
tratamento) com um creme contendo A. vera a 0,5% em 30 pacientes com
queimaduras de segundo grau. O creme contendo A. vera mostrou-se mais efetivo em
promover a cicatrização e reepitelização da pele em menos de 16 dias, enquanto as
queimaduras tratadas com suldiazina de prata levaram em média 19 dias para o
mesmo processo. No entanto, a mesma eficácia não foi comprovada no caso de
queimaduras solares, não exercendo efeito protetor ou auxiliando no tratamento de
queimaduras (PUVABANDITSIN; VONGTONGSRI, 2005).
Os resultados acerca dos efeitos cicatrizantes da A. vera em humanos são
conflitantes. Schmidt e Greenspoon (1991) relataram que o uso do gel da planta
aumentou o período de cicatrização em feridas cirúrgicas comparado com tratamento
idêntico que não incluía o gel. Eshghi et al. (2010), no entanto, publicaram
recentemente em seu estudo que pacientes que passaram por cirurgia de
hemorroidectomia aberta e que fizeram aplicação do creme contendo A. vera
apresentaram menor dor pós-operatória, melhora na cicatrização e menor consumo
de analgésicos quando comparado com o grupo placebo.
Esses resultados conflitantes podem ser parcialmente explicados levando em
consideração o caráter hidrofílico dos componentes ativos presentes na A. vera, que
atravessam as barreiras impostas pela pele com grande dificuldade. Freitas,
Rodrigues e Gaspi (2014, p. 305) ressaltam que “pode ser devido às diferenças na
forma de extração dos princípios ativos ou nos métodos de armazenagem utilizados
pelos pesquisadores”. É sabido que a combinação do gel de A. vera com ultrassom,
microcorrente ou na forma de lipossomas pode acelerar o tempo de cicatrização e
diminuir a inflamação ao favorecer a absorção dos ativos pelo tecido (TAKAHASHI et
al., 2009; MENDONÇA et al., 2009; MAIA-FILHO et al., 2011).
25
3 FITOTERAPIA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
3.1 CONTRIBUIÇÃO DE ENFERMAGEM PARA A FITOTERAPIA
São consideradas terapias complementares as que podem ser desenvolvidas
ao mesmo tempo em que se usa outra terapêutica, dependendo da doença, da
estrutura dos serviços de saúde e da capacitação dos profissionais. A fitoterapia se
encaixa nas terapias complementares que objetivam a assistência à saúde do
indivíduo, seja na prevenção, no tratamento ou na cura, encarando o usuário
holisticamente (PARAÍBA, 2002).
Ocorre no Brasil, nos últimos anos, um aumento da utilização de plantas
medicinais, cujo destas são extraídos princípios ativos para a fabricação de
medicamentos usados para tratamento e cura doenças, movimentando bilhões de
dólares anualmente. Tal prática desperta o interesse das empresas farmacêuticas em
países com capacidade produtiva, princípios, essências e formulações para o
desenvolvimento de medicamentos e vacinas (AGRIANUAL, 2012).
A utilização de plantas medicinais para fins medicinais se configura como uma
prática bastante difundida no mundo inteiro. Contudo, no Brasil, ainda há a escassez
de pesquisas que avaliem o grau de uso das plantas como medicamentos e sua
inclusão na cultura popular, ainda que exista grande tradição de seu uso em vários
biomas locais, tais como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica (VEIGA JUNIOR,
2008). França (2008) destaca que é notório o interesse dos profissionais das diversas
áreas em fundir o conhecimento popular com os avanços tecnológicos na busca de
uma política de saúde eficaz, abrangente e humanizada, independendo a tecnologia
farmacêutica.
Levando em conta que os fitoterápicos são vendidos apenas sob prescrição
profissional, a carência de informações corretas sobre as propriedades das plantas,
seu uso paralelo aos medicamentos tradicionais (alopáticos) sem aviso ao médico e,
por fim, o desconhecimento sobre os efeitos medicinais e tóxicos das plantas são
fatores preocupantes para a automedicação (FERRARI, 2002; SILVEIRA; BANDEIRA;
ARRAIS,2008). Assim, a participação dos profissionais da saúde se faz importante,
buscando a integração do conhecimento já utilizado pelo sistema de saúde oficial ao
popular, haja visto que as terapias podem ser de grande contribuição para as ciências
26
da saúde, além de possibilitar ao indivíduo determinada em relação ao próprio cuidado
(REZENDE; COCO, 2002).
O uso das plantas medicinais pela população tem recebido interesse da
enfermagem a partir das crenças acerca dos efeitos e extensão de sua indicação. Vale
ressaltar que desde 1997, quando o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN),
através da resolução 197 de 19 de março do mesmo ano, reconhece as terapias
complementares como especialidade e/ou qualificação do profissional de
Enfermagem.
A profissão considera esta prática como ferramenta para o cuidado, além de
reconhecê-la como prática do cuidado popular (SENA et al., 2007), visto que a
realidade da população ainda hoje é marcada pela precariedade e desigualdade no
que tange ao acesso a medicamentos e tratamentos médicos necessários,
principalmente na atenção básica, o que acarreta na busca crescente por terapias
alternativas em prol da melhoria da qualidade da saúde prestada (BRASIL, 2009).
No Brasil, especialmente sobre seu sistema público de saúde, não há uma
política de assistência farmacêutica capaz de suprir a demanda da população,
principalmente nas regiões carentes, onde há a dificuldade de obtenção de
medicamentos. Nas últimas décadas vem ocorrendo a implantação de programas de
fitoterapia na atenção primária em estados e municípios do país, muitos vinculados
ao Programa Saúde da Família (PSF), atual Estratégia da Saúde da Família (ESF),
com o objetivo de suprir a necessidade de medicamentos em suas comunidades
(SILVA et al., 2006).
No âmbito do ESF, os profissionais, em especial o enfermeiro, têm
compreensão de aspectos que permeiam a dinâmica familiar, bem como seu
funcionamento, funções, desenvolvimento e características sociais, culturais,
demográficas e epidemiológicas; o que requer dos enfermeiros atitudes diferenciadas,
pautadas em respeito, ética e no compromisso com as famílias pelas quais são
responsáveis, mediante o estabelecimento de confiança e afeto, atuando de maneira
participativa na construção de ambientes mais saudáveis no espaço familiar
(BRASILEIRO et al., 2008).
Sampaio et al. (2013) em seu estudo, ressalta a importância que a enfermagem
possui na implementação da fitoterapia no âmbito da atenção básica, pois possui
contato direto e continuo com a população. Destacam ainda, a importância da inclusão
de todos os profissionais na capacitação e na busca da valorização desta prática.
27
Badke (2008) aponta que entre 1975 e 2005, foram encontradas somente 13
publicações envolvendo a participação do enfermeiro em estudos que envolviam
plantas medicinais.
Um programa adequado de fitoterapia deve compreender um conjunto de
atitudes, crenças e valores que constituem uma filosofia de vida, pois a implantação
de determinadas políticas públicas depende de informações essenciais para
direcionar a construção da situação da saúde local e orientação do modelo de
atenção. É importante conhecer como as pessoas vivem, quais fatores interferem no
processo de saúde-doença da população, constituindo-se como importante estratégia
para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos cidadãos (TOMAZZONI et al.
2006).
O conhecimento das propriedades e finalidades das plantas medicinais no
tratamento de doenças apresenta-se como de extrema importância, pois, segundo
Silveira, Bandeira e Arrais (2008), deve-se incluir os fitoterápicos nos Programas de
Farmacovigilância, em razão de que muitas plantas medicinais possuem efeitos
tóxicos e apresentam risco para o uso humano; não excluindo a necessidade de
pesquisas em busca pelas comprovações científicas e ainda de novas alternativas.
O acolhimento realizado pelo enfermeiro, profissionais que realizam seu
trabalho mais próximo da comunidade, além de aumentar o vínculo da população com
os profissionais da equipe e, por conseguinte, aos serviços de saúde, faz com que os
usuários relatem todas as medidas utilizadas para seu cuidado, como as plantas
medicinais (COSTA; CAMBIRIBA, 2010). Para a enfermagem, o impacto proveniente
do uso de plantas medicinais no cuidado à saúde da população, revela a demanda
frequente de troca de saberes (PIRIZ et al., 2013).
O uso das plantas medicinais na atenção primária representa o primeiro recurso
de muitos usuários frente aos agravos de saúde. O emprego de plantas medicinais se
demonstra vantajoso, pois apresenta baixo custo, contribui para o resgate e
valorização do conhecimento popular, na medida que este é incorporado nas normas;
e na promoção de seu uso de forma responsável, desde que embasado na
comprovação cientifica de sua eficácia (FLOR; BARBOSA, 2015).
A enfermagem caminha em busca do cuidado integral com promoção e
manutenção da saúde dos indivíduos, ainda que haja desafios para a implantação das
plantas medicinais como terapia alternativa para as práticas do enfermeiro (PIRIZ et
al., 2013). O emprego da fitoterapia na atenção básica à saúde denota mais que
28
redução de custos, implicando na aceitação do saber do outro, do usuário neste caso.
Estabelece e compreende vinculo e respeito por valores culturais e sociais, podendo
resultar no rompimento entre a divisão entre os sistemas formal e informal de saúde
(SAFORCADA, 2008).
Lima et al. (2016. p. 3327), ressalta em seu estudo a relevância da atuação da
enfermagem, apontando que:
É importante reconhecer que as ações de cuidado realizadas no núcleo familiar com base no uso de plantas medicinais são eficazes e permitem que essas famílias tenham melhores condições de saúde. Esse entendimento é imprescindível à realização de uma assistência culturalmente congruente e que possibilite ampliar as práticas de cuidado em saúde que considerem outras formas de cuidado além das que utilizam o modelo oficial de saúde.
Araújo et al. (2015) por meio de uma revisão integrativa concluiu que dentre as
principais dificuldades encontradas pelos enfermeiros na implantação da fitoterapia
foram: a ausência de planejamento na inserção dessa e outras práticas integrativas e
complementares na atenção básica; a falta de capacitação pelos profissionais de
saúde e a não valorização por parte da gestão e da própria equipe de saúde. Feitosa
et al. (2016), aponta em seu estudo que estudantes de graduação são favoráveis à
inserção do ensino de fitoterapia à suas grades curriculares, o que contribui para a
disseminação e valorização da fitoterapia.
O desconhecimento, a falta de credibilidade e o pouco respaldo para estudar o
assunto entre os profissionais de saúde, em especial à enfermagem, acarreta em
estes não estimularem a utilização de fitoterápicos pelos pacientes, criando barreiras
em relação ao esclarecimento das dúvidas da população sobre sua correta utilização
(ARNOUS; SANTOS; BEINNER, 2005).
Existem fragilidades na formação acadêmica dos profissionais de saúde a
respeito dos conhecimentos que estão além daqueles que constituem a cientificidade
do modelo biomédico, o que reflete inteiramente na estrutura de cuidado à saúde,
principalmente para os profissionais que estão diretamente envolvidos nos cuidados
dos pacientes (ALVIM et al., 2006; PIRES; ARAÚJO, 2012).
Os pacientes e a comunidade têm necessidade de esclarecimentos sobre as
terapias alternativas, visto que é direito seu ser orientado sobre o mecanismo de ação
das diferentes modalidades terapêuticas não-convencionais, sua eficácia, suas
indicações e/ou contraindicações, bem como prováveis riscos de interações entre
29
estas (FONTANELLA et al., 2007). Para Bastos e Lopes (2010. p. 28), “o trabalho da
Enfermagem caminha na direção de discutir e enfrentar junto com a comunidade a
preservação de nossas riquezas naturais enquanto questão de sobrevivência para a
vida no planeta”.
As experiências sobre o uso de plantas medicinais em território brasileiro, nas
esferas estadual e municipal, têm ocorrido de forma desigual, descontinuada e, por
vezes, sem registro ou avaliação. A busca da atenção integral das ações no SUS e a
influência da tendência mundial tem auxiliado no processo de incorporação das
técnicas complementares (LIMA et al., 2011). Os profissionais de enfermagem se
destacam em poder incentivar a utilização deste conhecimento nos diferentes locais,
inclusive nos mais carentes de recursos de saúde, associado ao saber local, tentando
enriquecer o estudo da fitoterapia e ainda propiciar qualidade de vida aos usuários,
orientando-lhes de forma adequada quanto a correta aplicação das plantas medicinais
(REZENDE; COCO, 2002).
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de plantas medicinais pelo homem é realizada por anos, e a
enfermagem possui papel fundamental na orientação acerca da aplicação correta dos
fitoterápicos, bem como atuar em pesquisas afim de descobrir novos princípios ativos
dentro das comunidades em que seus profissionais atuam, e comprovar
cientificamente a eficácia de tais produtos.
Frente ao tratamento às lesões à pele e seus anexos causados por
queimaduras, a Babosa (Aloe vera) surge como alternativa terapêutica com potencial
cicatrizante e anti-inflamatório, tendo sua eficácia clinicamente comprovada por
pesquisas científicas e órgãos como a ANVISA. As facilidades que cercam a utilização
do extrato da Babosa (Aloe vera) favorece a redução de custos ao sistema de saúde
quando indicado seu uso, e ainda permite que populações com difícil acesso aos
hospitais e unidades básicas de saúde possam fazer uso de seu potencial.
O extrato da planta medicinal é de fácil obtenção e manipulação para os
profissionais e usuários; e sendo de baixo custo se comparado aos medicamentos
sintéticos que, além de nem sempre serem distribuídos gratuitamente em todos os
locais de um município, apresentam preço alto nas farmácias, o que gera evasão de
alguns tratamentos. Vale ressaltar que a utilização de fitoterápicos requer a devida
checagem da segurança sobre sua aplicação comprovada pela ANVISA e, deve ser
feita sob orientação correta dos profissionais responsáveis pela assistência ao
paciente.
Portanto, conclui-se o estudo destacando a importância do enfermeiro frente
aos estudos de novos princípios ativos para a fitoterapia, bem como no levantamento
das plantas medicinais utilizadas pela comunidade em quem é atuante. O profissional
de enfermagem deve articular-se com os de outras áreas na pesquisa em fitoterapia,
incluído o uso das plantas medicinais no cotidiano de seus clientes e orientá-los
corretamente. Por fim, ressalta-se a necessidade da inserção das práticas
fitoterápicas na grade curricular da graduação em enfermagem com intuito de
introdução à área e valorização desta.
31
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