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O RPPS e aPORTARIA 916/2003

Luís Antônio Sleimann BertussiEconomistaPresidente do IPPASSOVice-Presidente da AGIP

RPPS – Região Sul

UF

% Municípios com RPPS /

País

Nº RPPS cada Estado

Nº Municípios por Estado

% no Estado

RS 14,31% 304 496 61,29%PR 8,47% 180 399 45,11%SC 3,53% 75 293 25,60%

Total 26,31% 559 1188 47,05%

Destaque para RJ, GO, PE, MT e RS:

mais de 60% dos municípios tem RPPS.

% do Total

RPPS no País: 2.125 38,22%

Fonte: MPS

47,05%Municípios com RPPS na Região Sul

Gestor X Conhecimentos

Decretos 3EC + CF 6Instrução Normativa 4Leis Federais 11Leis Municipais 5Medida Provisória 3Orientação Normativa 8Portarias 46Resoluções 3

Total 89

Legislação

Contabilidade e Previdência

A CONTABILIDADE aplicada à Previdência

tem o papel de evidenciar a capacidade

econômico-financeira dos Entes

Federativos em manter os indivíduos que

não tenham mais condições de exercerem

suas atividades laborais.

A Portaria MPS 916/2003

Port. nº 916

17/07/2003

Port. nº 66

31/01/2005

Port. nº 1.768

26/12/2003

Disciplina o

Tratamento Contábil do RPPS

Efeitos obrigatórios da Port. 916 para

2005, e facultativo para 2004,

alterando Anexos I, II e III

Introduzindo novas

alteraçõesAnexos I, II

e III

Objetivos da Portaria nº 916/2003

Uniformizar os registros contábeis;

Evidenciar o patrimônio e suas variações, proporcionando conhecimento adequado da situação econômica, patrimonial, orçamentária e financeira;

Possibilitar a extração de relatórios gerenciais necessários à avaliação de desempenho da gestão;

Objetivos da Portaria nº 916/2003

Consolidação das informações dos Regimes Próprios de Previdência.

Contabilização em separado dos recursos do RPPS (exclusivo pagamentos de benefícios)

Contabilização da avaliação atuarial: gera a cada exercício uma nova configuração do plano previdenciária do ente

Fundamento Legal

A legislação que regulamenta o tratamento contábil dos Regimes Próprios de Previdência Social deve observar:

• a Lei 4.320/1964• a Lei 9.717/1998• a Lei Complementar 101/2000 (LRF)• as Portarias da STN 163 e 339/2001, 448/2002

e 248/2003 e IN STN 08/1996• a Resolução CMN nº 3.244/2004• Princípios Fundamentais de Contabilidade• Normas Brasileiras de Contabilidade.

O RPPS deve observar:

Os fundamentos legais aplicáveis às outras entidades

públicas

Às regras expedidas pelo Ministério da Previdência

Social, como a Portaria MPS 916/03, que trata das regras

contábeis aplicáveis aos RPPS, de exigência obrigatória a

partir deste exercício financeiro de 2005.

Adequação da estrutura contábil para realizar a execução

orçamentária e a geração de balanços

Estruturação do sistema contábil para atender a nova

estrutura e codificação

CARACTERÍSTICAS DO RPPS

Visão de Longo Prazo:

• A preocupação é que a Entidade se perpetue (Princípio da Continuidade), para que seja possível o cumprimento do seu objeto social.

• Essa visão demanda alguns procedimentos contábeis que não são usuais na Contabilidade Pública, como depreciação, reavaliações, provisões, reservas, entre outros.

CARACTERÍSTICAS DO RPPS

Foco no Patrimônio:

Diferentemente da maioria dos órgãos públicos, a preocupação do RPPS não é voltada para a execução orçamentária e financeira.

Mas sim, para o fortalecimento do seu PATRIMÔNIO, de sorte a garantir condições de honrar os compromissos previdenciários sob sua responsabilidade.

CARACTERÍSTICAS DO RPPS

Carteira de Investimentos:

Objetiva garantir segurança, rentabilidade, solvência e liquidez dos seus ativos.

O RPPS DEVE aplicar seus recursos disponíveis conforme condiciona a Resolução CMN nº 3.244/2004.

Anexos da Portaria 916

A Portaria MPS 916/03, alterada pela Portaria MPS 1.768/03 e Portaria MPS 66/05, vem acompanhada de quatro anexos, a saber:

Anexo I - Estrutura do Plano de Contas Anexo II - Função e Funcionamento das Contas Anexo III - Modelos e Instruções de

Preenchimento das Demonstrações Contábeis Anexo IV - Normas de Procedimentos Contábeis

ANEXO I – Estrutura do Plano de Contas

O RPPS deve adotar exatamente a mesma

nomenclatura e codificação trazida pela Portaria MPS

916.

Qualquer necessidade de inclusão ou solicitação para

desdobramento de conta deve ser encaminhada à

SPS, que, em conjunto com a Secretaria do Tesouro

Nacional, verificará os meios para o seu atendimento.

Ainda, os municípios do Estado do RS devem observar

o Plano de Contas do TCE-RS (atualizado em

14/3/2005 em virtude da Portaria MPS 66/2005).

1-ATIVO 1.1 CIRCULANTE 1.2 REALIZ. A LONGO PRAZO 1.4 PERMANENTE 1.9 COMPENSADO

1-ATIVO 1.1 CIRCULANTE 1.2 REALIZ. A LONGO PRAZO 1.4 PERMANENTE 1.9 COMPENSADO

2-PASSIVO 2.1 CIRCULANTE 2.2 EXIGÍVEL LONGO PRAZO 2.3 RES. EXERC. FUTUROS 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.9 COMPENSADO

2-PASSIVO 2.1 CIRCULANTE 2.2 EXIGÍVEL LONGO PRAZO 2.3 RES. EXERC. FUTUROS 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.9 COMPENSADO

4-RECEITA 4.1 CORRENTES 4.2 DE CAPITAL 4.9 (-) DEDUÇÕES

4-RECEITA 4.1 CORRENTES 4.2 DE CAPITAL 4.9 (-) DEDUÇÕES

3-DESPESA 3.3 CORRENTES 3.4 DE CAPITAL

3-DESPESA 3.3 CORRENTES 3.4 DE CAPITAL

5-RES. DIMINUTIVO 5.1 RESULT. ORÇAMENTÁRIO 5.2 RES. EXTRA-ORÇAMENTÁRIO

5-RES. DIMINUTIVO 5.1 RESULT. ORÇAMENTÁRIO 5.2 RES. EXTRA-ORÇAMENTÁRIO

6-RES. AUMENTATIVO 6.1 RESULT.ORÇAMENTÁRIO 6.2 RESULT.EXTRA-ORÇAM. 6.3 RESULTADO APURADO

6-RES. AUMENTATIVO 6.1 RESULT.ORÇAMENTÁRIO 6.2 RESULT.EXTRA-ORÇAM. 6.3 RESULTADO APURADO

Anexo I - Estrutura do Plano de Contas

Anexo II – Manual de Contas

Evidencia a função e o funcionamento de cada conta.

ATIVO COMPENSADOConta: Cotas de Despesa AutorizadaCódigo: 1.9.3.1.1.01.00 Função Conta: Não Escriturada. Apresentar o valor das cotas de despesa programadas para o RPPS após a aprovação dos limites autorizados.

Natureza do saldo: Devedora.

PASSIVO COMPENSADOConta: Cotas de Despesa AutorizadaCódigo: 2.9.3.1.1.01.00Função Conta: Não Escriturada. Apresentar o valor das cotas de despesas autorizadas para o RPPS.

Natureza do saldo: Credora.

Anexo III – Modelos e Instruções das Demonstrações Contábeis

Os demonstrativos exigidos pela Portaria 916 são basicamente os mesmos da Lei 4.320/1964.

O Anexo III traz os modelos e as instruções de preenchimento dos demonstrativos, que são:

Balanço Orçamentário Balanço Financeiro Demonstração das Variações Patrimoniais Balanço Patrimonial Demonstração Analítica dos

Investimentos

BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

BALANÇO ORÇAMENTÁRIO RECEITA DESPESA Corrente Créditos Orçam. e Supl.Receita de Contribuições Corrente Receita Patrimonial Capital Outras Receitas Correntes Créditos Especiais

Corrente Capital Capital Alienação de Bens Créditos EspeciaisxtraordináriosOutras Receitas de Capital Corrente

Capital Subtotal SubtotalMOVIMENTAÇÕES FINANCEIRASRepasse Recebidos Contribuição Patronal Cobertura de Déficit

TOTAL TOTAL

DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DOS INVESTIMENTOS

DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DOS INVESTIMENTOS Aplic.Financeiras Investimentos

Saldo Inicial(+) Valores Aplicados Exercício(+) Receita Valores MobiliáriosEtc.Saldo Final do Exercício

Comissões, resgates, provisões, valorizações, transferências...

Entidade Contábil (Fundo, Autarquia ou Fundação)

Patrimônio: bens, direitos e obrigações

Registro analítico de cada um dos bens de caráter permanente (caracterização, guarda e administração)

Inventário analítico para levantamento geral dos bens móveis e imóveis

Anexo IV - Normas de Procedimentos Contábeis

Anexo IV - Normas de Procedimentos Contábeis

Avaliações e reavaliações periódicas dos imóveis – Resolução CFC 1.004/2004 - (NBC T 19.6)

Depreciações e amortizações segundo parâmetros da Secretaria da Receita Federal - (IN SRF 162/98)

Carteira de investimentos deve refletir valor de mercado

Elaboração de notas explicativas (constituição de provisões, depreciações, amortizações, reavaliações e indicação dos efeitos no patrimônio dos RPPS)

QUESTÕES PONTUAIS

Portaria 504/2003 – Débitos do Ente com o RPPS

Os valores relativos à Contribuição Patronal, quando não repassados integralmente pelo ente à Entidade Previdenciária deverão ser registrados contabilmente, como Obrigações a Pagar, no Passivo Financeiro do Ente.

Esses valores somente serão contabilizados no RPPS no momento do efetivo repasse de recursos (regime de caixa) pelo ente público, ainda que estejam homologados.

PARCELAMENTO DE DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS

Os valores das contribuições previdenciárias devidas pelo ente federativo e não repassadas à Unidade Gestora em época própria poderão ser objeto de acordo para pagamento parcelado.

Vinculação de percentual do FPM (LEI) Excluída contribuição funcional Critérios de atualização e juros Valor mínimo e número de parcelas

DAÇÃO EM PAGAMENTO

A Orientação Normativa 03/2004, do MPS veda

em seu art. 70 a quitação de dívida

previdenciária do ente com o RPPS mediante:

Dação em pagamento com bens móveis e imóveis de qualquer natureza

Ações,

ou quaisquer outros títulos

Taxa de Administração

Inciso III, art. 1º e inciso VIII, art. 6º da Lei 9.717/1998 Contribuições e recursos vinculados ao fundo

previdenciário somente poderão ser utilizados para pagamento de benefícios e despesas administrativas.

§ 3º do art. 17 da Portaria 4.992/1999 2% do valor total da remuneração, proventos

e pensões dos segurados vinculados ao RPPS, relativas ao exercício financeiro anterior.

ON SPS 02/2002 (Revogada pela ON SPS 03/2004)

São consideradas despesas administrativas, entre outras:

I - despesas com pessoal em exercício na unidade gestora do regime próprio de previdência social;

II - despesas de manutenção e operacionalização do regime próprio de previdência social;

III - despesas de manutenção de bens móveis e imóveis vinculados ao regime próprio de previdência social;

IV - despesas com consultoria e assessoria técnica.

Despesas Administrativas

Todas as despesas correntes serão custeadas pela Taxa de Administração (menos benefícios previdenciários, compensação financeira e despesas financeiras)

Quanto as despesas de CAPITAL?

ANEXO I – PORTARIA 916/2003

3.4.0.0.0.00.00 DESPESAS DE CAPITAL 3.4.4.0.0.00.00 INVESTIMENTOS 3.4.4.9.0.00.00 APLICAÇÕES DIRETAS 3.4.4.9.0.51.00 Obras e Instalações 3.4.4.9.0.51.91 Obras em Andamento 3.4.4.9.0.51.92 Instalações 3.4.4.9.0.52.00 Equipamentos e Material Permanente 3.4.4.9.0.52.06 Aparelhos e Equipamentos de Comunicação 3.4.4.9.0.52.34 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos 3.4.4.9.0.52.35 Equipamentos de Processamento de Dados 3.4.4.9.0.52.36 Máquinas, Instalações e Utensílios de Escritórios 3.4.4.9.0.52.39 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos 3.4.4.9.0.52.42 Mobiliário em Geral 3.4.4.9.0.52.48 Veículos Diversos

Art. 8º, Resolução 3.244/04

É permitida a utilização dos recursos dos regimes próprios de previdência social em gastos com a manutenção de bens móveis e imóveis a eles vinculados, até o limite anual de 2% (dois por cento) do valor total da carteira de imóveis e desde que:

atendam ao objetivo de capitalização

dos referidos regimes, mediante operações de aluguel, de renda e de alienação.

Despesa Administrativa: 2% é um valor eqüitativo?

SIMULAÇÃO TAXA ADMINISTRAÇÃO

Folha de Pagamento

Folha de Pagamento

Folha de Pagamento

Folha de Pagamento

Remuneração / mês 150.000,00 200.000,00 250.000,00 350.000,00 Proventos - 20.000,00 50.000,00 85.000,00 Pensões - 5.000,00 12.000,00 25.000,00 Total / mês 150.000,00 225.000,00 312.000,00 460.000,00

Total / ano (12+1) 1.950.000,00 2.925.000,00 4.056.000,00 5.980.000,00

Tx. Administração - 2% 39.000,00 58.500,00 81.120,00 119.600,00

Títulos Públicos Federais

POR QUÊ O RPPS NÃO PODE COMPRAR TÍTULOS PÚBLICOS DIRETAMENTE DA STN?

Tesouro Direto “RPPS” Taxas de custódia e corretagem Gestão própria combinada com preço Carteira marcada a valor de mercado

MPS

ADM. DIRETA STN

RPPS

DIZIA O VELHO GAÚCHO

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Muda-se o ser, muda-se a confiança

Todo o mundo é composto de mudanças,

Tomando sempre novas qualidades.”

Luís de Camões

Luís A. S. Bertussi

Presidente do IPPASSOLBERTUSSI@PMPF.RS.GOV.BR

(54) 316 - 7287

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